Clélia de Oliveira Assis - engenharia civil

Transcrição

Clélia de Oliveira Assis - engenharia civil
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – UEFS
Departamento de Tecnologia
Colegiado do Curso de Engenharia Civil
Clélia de Oliveira Assis
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE PREÇOS DE VENDA OBTIDOS A
PARTIR DE ORÇAMENTO DISCRIMINADO E DE ESTIMATIVA DE
CUSTOS: estudo de caso em obra habitacional na cidade de Feira de
Santana
Feira de Santana – Bahia
2010
Clélia de Oliveira Assis
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE PREÇOS DE VENDA OBTIDOS A
PARTIR DE ORÇAMENTO DISCRIMINADO E DE ESTIMATIVA DE
CUSTOS: estudo de caso em obra habitacional na cidade de Feira de
Santana
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado
ao
Departamento
de
Tecnologia, da Universidade Estadual de
Feira de Santana (UEFS), como um dos
requisitos para obtenção do título de
bacharel em Engenharia Civil.
Orientador:
Prof. Esp. Carlos Antônio Alves Queirós
Feira de Santana – Bahia
2010
iii
Clélia de Oliveira Assis
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE PREÇOS DE VENDA OBTIDOS A
PARTIR DE ORÇAMENTO DISCRIMINADO E DE ESTIMATIVA DE
CUSTOS: estudo de caso em obra habitacional na cidade de Feira de
Santana
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado pelos membros da banca
examinadora para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS).
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. Esp. Carlos Antônio Alves Queirós – UEFS (orientador)
___________________________________________________
Prof. MSc. Cristóvão César Carneiro Cordeiro - UEFS
___________________________________________________
Eng. Civil Esp. Jodilson Amorim Carneiro - UEFS
Feira de Santana – Bahia
2010
iv
“De fato, se alguém de vocês quer construir uma
torre, será que não vai primeiro sentar-se e
calcular os gastos, para ver se tem o
suficiente para terminar?”
Jesus Cristo (Lucas 14:28)
v
AGRADECIMENTOS
À Deus por ter me dado saúde, paz e força para que eu chegasse até este momento.
Aos meus pais, Artur e Eliana, que não mediram esforços para fazerem de mim o que
sou hoje.
As minhas irmãs, Karine e Rose pelo incentivo sempre.
Ao meu namorado Michel pela contribuição, carinho e paciência durante esse período.
Ao professor Carlos Alves pela disponibilidade de orientação.
Aos membros da banca, professor Cristóvão Cordeiro e o Engenheiro Civil Jodilson
Amorim, pelo convite aceito.
Ao engenheiro Erick Vinicius, pelo auxílio dado.
À empresa que disponibilizou o acesso às informações imprescindíveis à pesquisa.
Aos demais familiares e amigos que direta ou indiretamente influenciaram na
realização desse trabalho, meu muito obrigada.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Custos fixos..................................................................................................09
Figura 2 – Custos variáveis...........................................................................................09
Figura 3 – Custos semivariáveis....................................................................................10
Figura 4 – Custo total....................................................................................................10
Figura 5 – Margem de erro em função do desenvolvimento do projeto.......................12
Figura 6 – Fluxograma das etapas de orçamentação.....................................................14
Figura 7 – Imagem da planta baixa de uma unidade residencial...................................36
vii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Aspectos que influenciam no custo indireto total.........................................8
Quadro 2 – Resumo dos impostos componentes do BDI..............................................21
Quadro 3 – Características principais dos projetos-padrão...........................................31
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Matriz de custos...........................................................................................11
Tabela 2 - Situações relevantes para diferentes estratégias de pesquisa.......................23
Tabela 3 – Exemplo de uma composição de custo unitário de serviço.........................27
Tabela 4 – Encargos Sociais..........................................................................................28
Tabela 5 – Custo direto total do empreendimento.........................................................33
Tabela 6 - Planilha de venda do empreendimento.........................................................34
Tabela 7 – Planilha de venda do empreendimento – continuação.................................35
Tabela 8 – CUB janeiro/2010.......................................................................................36
Tabela 9 – Comparação entre preços de venda obtidos com a estimativa de custo para
o mesmo projeto-padrão................................................................................................38
Tabela 10 – Comparação entre preços de venda obtidos a partir da estimativa de custos
e do orçamento discriminado.........................................................................................39
Tabela 11 - Curva ABC de insumos de uma unidade residencial.................................40
Tabela 12 – Comparação dos insumos do lote básico encontrado no orçamento
discriminado do estudo de caso com o lote básico RP1Q da NBR 12721/2006...........41
Tabela 13 – Comparação dos insumos do lote básico encontrado no orçamento
discriminado do estudo de caso com o lote básico RP1Q da NBR 12721/2006
(continuação).................................................................................................................42
Tabela 14 - Curva ABC de mão-de-obra de uma unidade residencial..........................43
Tabela 15 - Comparação de mão-de-obra do lote básico encontrado no orçamento
discriminado do estudo de caso com o lote básico RP1Q da NBR 12.721:2006..........43
ix
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
B - Beneficios
BDI - Benefícios e Despesas Indiretas
CD - Custos Diretos
CI - Custos Indiretos
CMO - Custo da Mao-de-obra Direta
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPMF - Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e
de Créditos e Direitos de Natureza Financeira
CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
CUB - Custo Unitário Básico
CUT - Custo por Unidade de Tempo
DI - Despesas Indiretas
EPI - Equipamento de Proteção Individual
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
I(%) – Taxa de Imposto sobre o Preço de Venda
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA – Instituição Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISSO - International Organization for Standardization
ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza
L(%) – Taxa de Lucro Sobre o Preço de Venda
NB – Norma Brasileira
NBR – Norma Brasileira Revisada
ORSE - Sistema de Orçamentos de Obras de Sergipe
PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habitação.
PIS – Programa de Integração Social
x
PMO – Produtividade da Mão-de-obra Direta
PV - Preço de Venda
PVA - Poli Álcool Vinílico)
PVC - Poli Cloreto de Vinila
QS - Quantidade de um Determinado Serviço
R1-B - Residência Unifamiliar Padrão Baixo
RP1Q – Residência Popular
SEBRAE – Serviço e Apoio a Pequena e Média Empresa
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESI – Serviço Social da Indústria
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
SINDUSCON - Sindicato da Indústria de Construção
TCPO - Tabela de Composições de Preços para Orçamento
VGV – Valor Geral de Venda
xi
RESUMO
Boa parte das empresas de Construção Civil no Brasil utiliza de
conhecimentos adquiridos com experiências para mensurar os custos parciais e totais
de um empreendimento, sem a utilização de métodos de custeio eficientes que gerem
resultados mais precisos para as mesmas. Diante do exposto, este trabalho de
conclusão de curso analisa comparativamente o preço de venda de uma obra
habitacional na cidade de Feira de Santana a partir de dois tipos de orçamentação.
Inicialmente é apresentada uma fundamentação teórica, onde são classificados os
custos de construção, os métodos e as etapas de orçamentação, os tipos de orçamentos,
os custos unitários de serviços, as despesas indiretas, a margem de retorno e etc., tendo
como objetivo principal analisar comparativamente a variação do preço de venda no
orçamento em um empreendimento horizontal do segmento imobiliário. Para tanto foi
realizado um estudo de caso com o intuito de fazer uma comparação entre dois
métodos de orçamentação, mostrando que o preço de venda de uma obra a partir da
estimativa de custos representará valores muito dispersos em comparação ao obtido
através do orçamento discriminado e identificar os principais fatores que influenciam
nessa dispersão.
Palavras-chave: Construção Civil. Estimativa de Custos. Orçamento. Orçamento
discriminado. Preço de Venda.
xii
ABSTRACT
A majority of Civil Construction companies in Brazil uses of knowledge
acquired with experiences to measure the partial and total costs of an enterprise,
without the use of efficient methods of expenditure that generate resulted more
precised
for the same ones. Taking this into consideration, this final work
comparatively analyzes the price of sales of a housing project in the city of Feira of
Santana from two types of budgeting. Initially a theoretical recital is presented, where
the costs of construction, the methods and the stages budgeting, the types of budgets,
the unitary costs of services, the indirect expenses, the edge of return and etc are
classified. Analyzing comparatively the variation of the price of sales in the budget in
a horizontal enterprise of the real estate segment is a main goal in this work. For in
such a way, a study of case with intention was carried through to make a comparison
between the two methods of budgeting showing that the price of sales of a housing
project to estimate of costs will represent very dispersed values in comparison to the
ones obtained through the discriminated budget and to identify the main factors that
influence in this dispersion.
Keywords: Civil construction. Estimate of costs. Budget. Discriminated budget. Price
of sales.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................vi
LISTA DE QUADROS...............................................................................................vii
LISTA DE TABELAS...............................................................................................viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................ix
RESUMO......................................................................................................................xi
ABSTRACT.................................................................................................................xii
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................01
1.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................02
1.2 OBJETIVOS...........................................................................................................03
1.2.1 Objetivo Geral....................................................................................................03
1.2.2 Objetivos Específicos.........................................................................................03
1.3 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA......................................................................03
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................05
2.1 ORÇAMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL......................................................05
2.1.1 Definição............................................................................................................05
2.1.2 Custos na Construção Civil................................................................................07
2.1.2.1 Classificação dos custos............................... ................................07
2.1.3 Tipos de Orçamentos..........................................................................................11
2.1.3.1 Estimativa de custo.............................................................................................12
2.1.3.2 Orçamento preliminar.........................................................................................13
2.1.3.3 Orçamento analítico ou discriminado.................................................................13
2.1.4 Etapas de Orçamentação.....................................................................................14
2.1.4.1 Estudo das condicionantes..................................................................................15
2.1.4.2 Composição de custo unitário............................................................................15
2.1.4.2.1 Custo unitário de serviço................................................................................16
2.1.4.2.2 Coeficientes de materiais...............................................................................16
2.1.4.2.3 Coeficientes de equipamentos.......................................................................17
2.1.4.2.4 Coeficientes de mão-de-obra.........................................................................17
2.1.4.3 Determinação do preço de venda........................................................................18
2.1.4.3.1 Benefícios e despesas indiretas (BDI)..........................................................19
2.1.4.3.1.1
Composição do BDI................................................................................19
2.1.4.3.1.2
Taxa de BDI.............................................................................................22
3 METÓDO DE PESQUISA.....................................................................................23
3.1 ESTRATÉGIA DA PESQUISA.............................................................................23
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA......................................................................24
3.2.1 Descrição da Empresa e do Empreendimento......................................................25
3.2.2 Programa Utilizado no Orçamento.......................................................................26
3.2.3 Orçamento Analítico ou Discriminado.................................................................26
3.2.4 Estimativa de Custos.............................................................................................31
3.2.5 Comparação entre Preços de Venda.....................................................................32
4 RESULTADOS........................................................................................................33
4.1 ORÇAMENTO ANALITICO OU DISCRIMINADO...........................................33
4.2 ESTIMATIVA DE CUSTOS.................................................................................35
4.3 COMPARAÇÃO ENTRE PREÇOS DE VENDA.................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................44
REFERÊNCIAS .........................................................................................................46
APÊNDICE A..............................................................................................................48
ANEXO A – PROJETOS ARQUITETÔNICOS.....................................................50
ANEXO B – PROJETOS ELÉTRICOS...................................................................56
ANEXO C – PROJETO TELEFÔNICO/ANTENA................................................59
ANEXO D – PROJETOS HIDROSANITÁRIOS....................................................60
ANEXO E – PROJETOS ESTRUTURAIS..............................................................62
ANEXO F – PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS.................................................70
ANEXO G – PLANILHA DE CUSTOS INDIRETOS............................................80
1
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de se saber os custos vem desde os primórdios, com os homens
das cavernas, que previam a quantidade de comida para os tempos de inverno. Mais
tarde, com a obra da pirâmide de Quéops, já era possível identificar também uma
preocupação com os prazos de execução das obras. (LUNKES; BORNIA, [2003?])
Porém essa preocupação não garantia precisão dos custos, de qualidade e até
mesmo dos prazos, pois os recursos humanos e materiais eram abundantes e a
conclusão das pirâmides teria que ser anterior à morte do faraó o qual as utilizaria
como tumba, que caso não atendesse esse prazo, o responsável pela obra seria
emparedado vivo dentro da pirâmide.
Com o decorrer do tempo, apenas a análise do fluxo de caixa era suficiente
para determinar se um empreendimento havia sido bem ou mal sucedido. Segundo
Knolseisen (2003), a necessidade de se ter garantia de sucesso na conclusão de
empreendimentos fez com que novas informações de custos se tornassem essenciais.
Chegando a tal ponto, que hoje a equação Lucro = Preço – Custo passou a dominar o
mercado da Construção Civil. Com isso as empresas para garantir sua margem de
lucro precisam exigir um maior controle de todos os seus custos.
A Construção Civil é uma atividade econômica muito onerosa que envolve
custos muito altos, alcançando facilmente valores na casa dos milhões ou bilhões de
reais a depender do porte da obra. Esses custos são determinados através do
orçamento, definido mais adiante no decorrer do trabalho.
Para obtenção de um orçamento discriminado de uma obra deve-se ter
conhecimento dos mais variados projetos: estrutural, arquitetônico, de instalações, das
especificações técnicas da obra, do prazo da execução, disponibilidade de recursos
pessoal, equipamentos e ferramentas, todos eles limitados pelos recursos financeiros
disponíveis.
Segundo Losso (1995), o conhecimento dos custos de um empreendimento é
sem dúvida um dos pontos de partida para a tomada de decisão da viabilidade de um
empreendimento, para determinação do montante a ser investido, para limitação do
2
vulto da obra e até mesmo para definição das especificações das mesmas. Sendo
também o principal fator na definição do preço de venda do produto.
1.1 JUSTIFICATIVA
Boa parte das empresas de Construção Civil utiliza de conhecimentos
adquiridos com experiências anteriores para mensurar uma margem de custo de um
empreendimento, sem a utilização de métodos de custeio eficientes que gerem
resultados precisos de lucro para as mesmas.
Em um mundo tão competitivo quanto em que hoje vivemos, não cabe aquele
empresário que anseia pelo sucesso de seu trabalho na execução de um
empreendimento de Construção Civil, a falta de conhecimento de fatores chaves para o
perfeito gerenciamento com a utilização de processos científicos, se valendo de
variáveis retiradas do mercado relativos a recursos humanos, materiais e equipamentos
que o torne capaz de obter a obra construída, com qualidade satisfatória, dentro
de
um prazo determinado, e principalmente, seguindo os custos de execução previstos em
um orçamento bem elaborado. (LIMA, 2000).
O conhecimento desses fatores chaves só é obtido através do orçamento
discriminado o qual leva em consideração todos os custos diretos e indiretos
decorrentes da realização do empreendimento.
Por conta disso, escolheu-se por analisar a variação que ocorre entre o preço
de venda de obras obtido a partir do orçamento discriminado com um feito a partir de
uma estimativa de custos.
Segundo Dias (2006), é de grande responsabilidade profissional a preparação
correta de um orçamento, uma vez que quanto mais competitiva se torna a área de
engenharia civil, com o surgimento de novas empresas, bem como, e principalmente,
com a experiência que vem sendo obtida pelos contratantes na apropriação de custos e
elaboração de suas bases de orçamento, mais importante se torna a aplicação
consciente dos princípios da engenharia de custos.
Esta comparação é importante tendo-se em vista que, na maioria das vezes, o
preço de venda de uma unidade habitacional é calculado somente através da estimativa
3
de custos, o qual, segundo Knolseisen (2003), pode ser um valor que não retrata a
realidade específica das construções, principalmente em nível regional.
Para tanto, espera-se que um orçamento discriminado seja capaz de definir o
custo real de execução de cada atividade ou serviço, servindo de referência para
análise dos rendimentos obtidos e faturamento da empresa executora do projeto.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1
Objetivo Geral:
Analisar comparativamente a variação de preço de venda em um
empreendimento horizontal do segmento imobiliário.
1.2.2 Objetivos Específicos:
a) Identificar os critérios utilizados para levantamento dos custos a partir de
dois métodos de orçamentação diferentes.
b) Apresentar os principais fatores que influenciam na variação do preço de
venda de uma unidade obtidos através desses métodos.
1.3 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
A fim de alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho está organizado
em quatro capítulos além da conclusão, sintetizados a seguir.
O presente capítulo apresenta uma introdução, dando-lhes uma visão completa
do trabalho através dos seus objetivos geral e específicos, da justificativa do tema,
hipótese, bem como da estrutura da monografia.
No capítulo dois é feita uma fundamentação teórica abordando os principais
conteúdos necessários para realização da pesquisa, destacando os conceitos de
orçamento e de custos, a classificação dos custos, os tipos e as etapas de orçamentação
e os tipos de orçamento.
4
No terceiro capítulo encontra-se a metodologia utilizada, focalizando sobre a
estratégia e o delineamento da pesquisa e a descrição da obra e do empreendimento em
estudo.
No quarto e último capítulo é feita uma análise e exposição dos resultados
obtidos em cada etapa da pesquisa além das ferramentas disponíveis para o trabalho.
Por fim apresentam-se as conclusões, os comentários da pesquisa e sugestões
para trabalhos futuros.
5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ORÇAMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo Morales (2009), a palavra orçamento deve-se aos antigos romanos
que coletavam impostos e também foi utilizada para as bolsas de tesouraria e os
funcionários que a usavam.
A história do orçamento empresarial teve sua origem na administração pública
e foi utilizado como instrumento de planejamento e controle das operações
empresariais na Du Pont nos Estados Unidos em 1919 sendo que entre os anos de 1950
e 1960 ele ganha relevância com uso pelas grandes empresas. (MORALES, 2009)
Atualmente, com o mundo cada vez mais competitivo, se torna imprescindível
a realização de uma obra com conhecimento de todos os custos da mesma. Para
competir nesse ambiente, segundo Limmer (1997), as empresas precisam direcionar o
orçamento para satisfazer aos seguintes objetivos:
a) definir o custo de execução de cada serviço;
b) constituir-se em documento contratual, servindo de base para o
faturamento da empresa executora e para esclarecer dúvidas ou omissões
quanto a pagamentos.
c) servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos
empregados na execução do projeto;
d) fornecer, como instrumento de controle de execução de obras, informações
para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando ao
aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa
executora.
2.1.1 Definição
Segundo Lima (2000), orçamento é a determinação dos gastos necessários
para realização de um projeto, de acordo com o plano de execução pré-estabelecido,
6
sendo interpretado como a previsão de ocorrência de atividades que acarretam em
custos.
De acordo com Giamusso (1991) citado por Jesus (2008), orçamento é a
atividade de determinar ou prever os custos de um empreendimento antes mesmo de
ser executado. Ainda segundo o mesmo autor, orçamento significa identificar
previamente o custo global que uma obra deverá resultar ao seu final.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Mattos (2006) afirma que orçamento é
uma técnica que envolve a identificação, descrição, quantificação e análise de valor
dos itens que deverão compor o preço de venda de um empreendimento.
Losso (1995) considera orçamento como uma descrição pormenorizada dos
materiais e das operações necessárias para realização de uma obra, com a estimativa de
preços.
Freitas (2007) espera que o orçamento seja a capacidade de estimar o custo de
execução de cada atividade ou serviço, servindo de referência para análise dos
rendimentos obtidos e faturamento da empresa executora do empreendimento.
Segundo a NBR 12721:2006, orçamento é o documento onde se registram as
operações de cálculo de custo da construção, somando todas as despesas
correspondentes à execução de todos os serviços previstos nas especificações técnicas
e constantes na discriminação orçamentária.
Diante dos conceitos apresentados, define-se orçamento como a atividade de
prever os custos parciais e totais de uma obra, feito antes mesmo da execução da
mesma, com a função de compor o preço de venda de um empreendimento.
Segundo Limmer (1997), um orçamento pode ser expresso tanto em unidades
monetárias quanto em unidades não-monetárias, como, por exemplo, homens-horas
reais de trabalho, estas a serem gastas na materialização do empreendimento,
baseando-se na previsão de ocorrência de atividades futuras logicamente encadeadas e
que consomem recursos, acarretando em custos.
7
2.1.2 Custos na Construção Civil
Segundo Andrade e Souza (2003), citados por Jesus (2008), o custo de um
empreendimento é o fator limitante para sua concepção e implementação. É necessária
sua verificação para viabilidade financeira de um empreendimento na Construção
Civil.
Lima (2000) considera custo como sendo qualquer gasto, monetário ou não,
para produção de um bem ou serviço, através da utilização de diversos insumos tais
como matérias-primas, mão-de-obra e equipamentos.
Na execução de um empreendimento estão envolvidos custos diretos e custos
indiretos, podendo estes últimos serem aplicados diretamente ao produto ou
indiretamente, através de rateio com outros produtos. (LIMA, 2000).
Freitas (2007) afirma que os custos devem ser tratados de maneira
diferenciada, de acordo com sua categoria e pelo modo como se comportam diante das
diversas variáveis de um orçamento.
2.1.2.1 Classificação dos custos:
Os custos de execução de um empreendimento, ao final do qual se tem a obra
construída, quando ordenados sistematicamente formam o orçamento do produto,
sendo que este, de forma indireta, engloba o orçamento empresarial, pois é com a
venda do produto que são cobertos todos os custos. (LIMMER, 1997).
A maioria dos autores classifica os custos apenas como diretos e indiretos,
como definidos abaixo:
a) Custos Diretos (CD): são considerados todos os custos relacionados com a
obra
específica,
incluindo
materiais,
mão-de-obra,
equipamentos
auxiliares e toda a infra-estrutura necessária para a sua execução no
ambiente da obra. (LIMMER, 1997; FREITAS, 2007; JESUS, 2008;
TISAKA, 2006)
8
b) Custos Indiretos (CI) ou Despesas Indiretas (DI): são considerados todos
os custos que, de forma indireta, influenciam no custo final da obra, não
sendo atribuídos a um determinado produto, normalmente incluídos em
uma taxa percentual que incide sobre o custo direto da obra, decorrentes
da estrutura da obra e da empresa. (LIMMER, 1997; FREITAS, 2007;
JESUS, 2008; DIAS, 2006). Segundo Mattos (2006), o custo indireto fica
na faixa de 5 a 30% do custo total da construção, oscilando em função dos
seguintes aspectos como demonstrado no quadro 1.
Quadro 1 – Aspectos que influenciam no custo indireto - Mattos (2006)
Os custos podem ser classificados também de acordo com o volume de
produção em:
a) Custos Fixos: são os custos que geralmente não variam com a produção,
ou seja, aqueles cujo montante se mantém fixo, no curto prazo,
independente da quantidade produzida, como podemos observar na figura
1. Tendo com exemplos: salário de pessoal administrativo, aluguel de
equipamentos, telefones, entre outros. Os custos indiretos são em sua
maioria custos fixos. (FREITAS, 2007; KNOLSEISEN, 2003)
9
Figura 1 – Custos Fixos
Fonte: Limmer, 1997
b) Custos Variáveis: são os que variam diretamente com a quantidade
produzida, podendo ser diretos e indiretos, dependendo do volume da
produção, sendo constante por unidade de produto. Identificados na figura
2. Ex.: materiais, mão-de-obra direta, impostos e taxas, pagamento dos
serviços de empreiteiro e outros. (FREITAS, 2007; LIMMER 1997)
Figura 2 – Custos Variáveis
Fonte: adaptado de Limmer, 1997
c) Custos Semi-variáveis: são aqueles definidos em função da variação de
quantidade produzida, porém de forma não diretamente proporcional.
Como pode-se observar na figura 3, essa variação pode acontecer de
forma escalonada ou contínua, podendo ter características tanto de custos
fixos como de custo variável. (LIMMER, 1997). Alguns autores referem-
10
se a esses custos como sendo os mais predominantes na Construção Civil.
Como exemplo:
 Um acréscimo de 10% na quantidade produzida de um determinado
produto corresponde uma variação diferente de 10% no custo total
de produção. (LIMMER, 1997).
Figura 3 – Custos Semivariáveis
Fonte: Limmer, 1997
d) Custos Totais: são os constituídos pelas parcelas de custo variável e de custo
fixo ou semivariável. Como demonstrado na figura 4.
Figura 4 – Custo total
Fonte: Limmer, 1997
De acordo com os tipos de custos definidos, Limmer (1997) montou uma
matriz, adaptada de Trajano (1986), mostrada na Tabela 1 a seguir:
11
Tabela 1 - Matriz de custos – Limmer (1997)
Custos
Fixos
D
I
R
E
T
O
S
I
N
D
I
R
E
T
O
S
Variáveis
Materiais incorporados ao
produto.
Mão-de-obra e encargos
sociais dos operários envolvidos
diretamente na execução do projeto.
Materiais da administração
Materiais consumidos na
empresarial e do projeto.
manutenção do projeto, mas que não
podem ou não convém ser
Pessoal da administração apropriados diretamente.
empresarial.
Mão-de-obra do pessoal de
Mão-de-obra do projeto, serviços auxiliares do projeto, como,
tanto da administração como de por exemplo, o de transporte interno.
manutenção.
Depreciação
do
equipamento de construção usado
no projeto.
2.1.3 Tipos de Orçamento
Toda estimativa orçamentária, segundo Limmer (1997) e Mattos (2006), é
afetada de erro, sendo menor quanto melhor for a qualidade de informações
disponíveis e mais apurada e criteriosa for a orçamentação.
A qualidade de informação depende do grau de detalhamento dos variados
projetos do empreendimento, sendo importante para o levantamento dos custos do
mesmo, pois quanto mais detalhes conter o projeto, mais serviços vão ser
quantificados e o custo orçado ficará o mais próximo do real.
A Figura 5 mostra a correlação entre erro de estimativa e qualidade de
informação, podendo o erro variar entre mais ou menos 40% no caso de estimativas
com poucas informações e até 5% para mais ou para menos no caso de estimativas
com informações bem definidas. (LIMMER, 1997)
12
Figura 5 - Margem de erro em função do desenvolvimento do projeto
Fonte: Limmer, 1997
De acordo com o gráfico, quanto mais desenvolvido estiver o projeto menor
será à margem de erro de estimativa. Isso ocorre porque os projetos vão se
modificando de acordo com o desenvolvimento do empreendimento, possibilitando um
grau de detalhamento maior dos mesmos, definindo assim um método de
orçamentação mais preciso.
Os tipos de orçamentos são:
2.1.3.1 Estimativas de custos
É uma avaliação feita com base de custos de projetos similares, servindo como
uma primeira estimativa da faixa de custo do empreendimento. Um indicador bastante
usado nesse método de orçamentação é o Custo Unitário Básico (CUB),
principalmente em obras de edificações, indicando o custo do metro quadrado
construído, não eliminando a necessidade de se fazer o orçamento analítico. O CUB
foi normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), inicialmente
como a NB-140 - Avaliação de Custos Unitários e Preparo de Orçamento de
Construção para Incorporação de Edifícios em Condomínio -, sendo substituída mais
tarde pela NBR 12721 - Avaliação de Custos de Construção para Incorporação
Imobiliária e Outras Disposições para Condomínios Edilícios -, a qual define os
13
critérios de coleta, cálculo, insumos representativos e os pesos de acordo com os
padrões de construção (baixo, normal e alto), que levam em conta as condições de
acabamento, a qualidade do material empregado e os equipamentos existentes. Outro
índice que calcula o custo do metro quadrado construído é o Custo Unitário PINI de
Edificações, servindo como uma referência paralela ao CUB, tendo projeto padrão
diferente, além dos índices do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e
Índices da Construção Civil) e do SINDUSCON (Sindicato da Indústria de
Construção).
2.1.3.2 Orçamento preliminar
Um pouco mais detalhado do que a estimativa de custo, o orçamento
preliminar pressupõe o levantamento expedito de algumas quantidades e atribuição de
alguns serviços, sendo mais preciso do que o primeiro. Utiliza-se uma quantidade
maior de indicadores, representando um aprimoramento da estimativa real. As
empresas podem criar seus próprios indicadores para obras similares, pois, apesar de
cada obra ter seu projeto particular, a relação entre os quantitativos dos principais
serviços obedece a um comportamento geral. (MATTOS, 2006).
2.1.3.3 Orçamento analítico ou discriminado
Representa o método mais detalhado e preciso da orçamentação, prevendo o
custo da obra e chegando a um valor bem próximo do custo real contabilizado ao final
da obra. Sendo uma composição de custos unitários para cada serviço, considera-se
mão-de-obra, materiais e equipamentos utilizados na execução dos mesmos. Nesse
tipo de orçamentação, além dos custos diretos, são considerados também os custos
indiretos no cálculo do custo da obra.
De acordo com Minichiello (2007) os orçamentos analíticos geralmente são
divididos em serviços ou grupos de serviços, facilitando a determinação dos custos
parciais, devendo seguir um padrão claro e objetivo, facilitando a execução e
conferência dos resultados.
14
2.1.4 Etapas da Orçamentação
Segundo Mattos (2006), a orçamentação engloba três grandes etapas de
trabalho: estudo das condicionantes, composição de custos e determinação do preço. Já
de acordo com Dias (2006), a orçamentação engloba quatro etapas, separando a etapa
de planejamento da proposta, vindo logo após a do estudo das condicionantes, que no
caso de Mattos está inserida na segunda etapa.
Inicialmente faz-se o estudo dos documentos disponíveis, realizando visita de
campo e consulta ao cliente. Em seguida, monta-se o custo, que é proveniente das
definições técnicas, do plano de ataque da obra, dos quantitativos dos serviços, das
produtividades e da cotação de preços de insumos. Por fim, soma-se o custo indireto,
aplicam-se os impostos e a margem de lucratividade desejada, obtendo-se assim o
preço de venda da obra.
O fluxograma apresentado na Figura 6, retirado de Mattos (2006) representa
os processos necessários para elaboração de um orçamento na construção civil.
Figura 6 – Fluxograma das etapas de orçamentação
Fonte: Mattos, 2006
15
2.1.4.1 Estudo das condicionantes:
Na primeira etapa, também chamada de estudo das condicionantes, são
identificados os serviços constantes da obra, com suas respectivas quantidades, grau de
interferência entre eles, dificuldade relativa de realização das tarefas, entre outros.
Engloba a leitura e interpretação do projeto - os quais são compostos de plantas baixas,
cortes, vistas, perspectivas, notas esclarecedoras, detalhes, diagramas, gráficos, tabelas
e quadros -, de acordo com as especificações técnicas - que são documentos de texto
que trazem informações de natureza mais qualitativa do que quantitativa -, leitura e
interpretação do edital (documento que rege a licitação, no caso da obra ter sido objeto
de uma concorrência) e visita técnica ao local da obra, que segundo Dias (2006) é
impossível elaborar qualquer orçamento sem a realização da visita técnica, por mais
simples que pareça a obra, para ter pleno conhecimento das dificuldades logísticas a
serem encontradas.
Ainda segundo Dias (2006), o conhecimento adquirido nesta etapa é que
permitirá ao orçamentista elaborar adequadamente o custo das obras em questão.
Portanto, é de fundamental importância a precisão na execução desta etapa.
2.1.4.2 Composição de custo unitário
A segunda etapa é responsável por identificar os serviços, tomando o cuidado
de não excluir algum requerido pela obra, de realizar o levantamento quantitativo, que
são cálculos baseados em dados fornecidos pelo projeto, e, em seguida, fazer a
discriminação dos custos diretos que podem ser unitários quando for possível
mensurá-lo e, caso contrário, este é dado como verba. Cada composição é representada
pelo seu valor acompanhada do seu referido índice, o qual indica a quantidade de certo
produto para realizar uma unidade do serviço. Para obter as composições de custos, as
empresas podem criar suas próprias composições ou podem também tomar como base
as de publicações especializadas como a TCPO (Tabela de Composições de Preços
para Orçamento) da editora PINI, ORSE (Sistema de Orçamentos de Obras de
Sergipe), SINAPI, entre outras. Logo após, é feita a discriminação dos custos
16
indiretos, dimensionando as equipes técnica, de apoio e de suporte e identificando as
despesas gerais da obra. Dando continuidade, é feito uma cotação de preços, coletando
os valores de mercado para todos os insumos levantados da obra. E por fim, é definido
o percentual de encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre a mão-de-obra.
Assim, o custo de cada serviço que foi subdividido a obra é composto segundo
a quantificação e os custos da mão-de-obra, dos insumos ou materiais e dos
equipamentos.
2.1.4.2.1 Custo unitário de serviço
Segundo Tisaka (2006), constitui o custo de cada um dos serviços existentes
na obra que quando somados ao BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), transformamse em Preços Unitários.
O custo unitário representa a soma dos custos de materiais, mão-de-obra e
equipamentos, multiplicados pelos seus respectivos índices, necessário para realização
de um determinado serviço.
2.1.4.2.2 Coeficientes de materiais ou insumos
Aqueles utilizados na composição dos serviços, podem se apresentar na forma
natural, semi-processada ou acabada, representados por unidades de medida. Deve ser
considerado o frete, se caso for, e todos os impostos e taxas que incidirem sobre o
produto. (TISAKA, 2006).
De acordo com Limmer (1997), os materiais representam cerca de 60% do
custo da construção, e o seu custo de utilização subordina-se a dois aspectos bem
distintos:
a) consumo: depende fundamentalmente das condições de gerenciamento do
projeto, das condições de administração dos materiais, das condições do
canteiro, estocagem, manuseio, das técnicas construtivas empregadas na
construção, do grau de treinamento e do grau de qualidade da mão-de-obra
que o aplica. (LIMMER, 1997).
17
b) preço: depende das condições
de mercado, das condições de
comercialização específica de cada produto, da capacidade utilizada de
produção de cada fabricante, da quantidade a ser adquirida, do conceito
comercial da empresa construtora junto aos fornecedores, do grau de
especialização do fornecedor e da distância de transporte do local de
embarque do material à obra, entre outros. (LIMMER, 1997).
2.1.4.2.3 Coeficientes de equipamentos
Representam o custo horário do transporte e movimentação dos materiais e
pessoas dentro da obra, podem ser de propriedade do construtor, nesse caso considera
depreciação, juros do capital, manutenção, entre outras despesas ou alugados no
mercado, incluindo o custo horário dos operadores. (TISAKA, 2006).
Limmer (1997) considera o custo de utilização de equipamentos de construção
na execução de obras resultantes de dois outros custos: o custo de propriedade
(equipamento adquirido por compra ou aluguel) e o custo de uso do equipamento,
sendo esses custos geralmente calculados em base horária. O uso de um equipamento
na construção envolve, além da depreciação (perda de valor ao longo do tempo,
resultante do desgaste pelo uso e/ou da obsolescência do equipamento), os custos de
manutenção e os custos de operação.
2.1.4.2.4 Coeficientes de mão-de-obra
Indicam o salário dos trabalhadores que manuseiam os materiais, somados aos
encargos sociais e outras despesas que envolvem a participação do trabalhador na obra
como as despesas com alimentação, transporte, EPI (Equipamento de proteção
individual) e ferramentas de uso pessoal.
Segundo Limmer (1997), a mão-de-obra representa uma parcela significativa
do custo da produção, sendo que na construção civil ela atinge cerca de 40% do custo
total de uma construção.
18
Ainda segundo o mesmo autor, o custo da mão-de-obra (CMO) pode ser
estimado a partir do seu custo por unidade de tempo (CUT), da sua produtividade
(PMO) e da quantidade de um determinado tipo de serviço (QS) a ser realizado, ou
seja:
(1)
2.1.4.3 Determinação do preço de venda
A terceira e última etapa, também chamada de fechamento do orçamento, é
onde se define o Preço de Venda (PV) da obra. Para isso, o construtor define a
lucratividade que deseja obter, baseado em fatores como concorrência, risco do
empreendimento, entre outros. Em seguida calcula-se o BDI, que é um fator de
majoração, expresso em percentual sobre o custo direto, representando o custo
indireto, o lucro e os impostos incidentes. Resultando em:
(2)
Onde:
PV = Preço de Venda
CD = Custo Direto
BDI = Benefícios e Despesas Indiretas
O preço de venda é o valor total ofertado pelo contrato, o qual engloba todos
os custos, o lucro e os impostos, representando o valor final do orçamento. É com ele
que a construtora irá propor negócio à entidade contratante ou participar da licitação.
Segundo Mattos (2006), esta etapa é onde certamente encontram-se as maiores
fontes de erro do orçamento. A passagem de custo para preço exige cuidados. São
muitos os profissionais que erram na forma de aplicar o lucro e os impostos,
contribuindo para o insucesso da obra.
19
2.1.4.3.1 Benefícios e Despesas Indiretas (BDI)
Toda empresa precisa gerar lucro, decorrente da própria necessidade de
sobrevivência e crescimento. Nos orçamentos de construção, o lucro arbitrado pelo
proprietário da empresa pode ser baixo ou alto, a depender das circunstâncias. Sendo
incluído no final do processo de orçamentação, depois da inclusão dos custos diretos e
indiretos.
BDI é um termo originado do inglês Budget Diferente Income. Para a
Construção Civil, representa a soma de todas as despesas indiretas necessárias para a
administração da obra incluindo o benefício ou lucro do construtor. Como o próprio
nome já representa: B = benefício ou lucro e DI = despesas indiretas.
2.1.4.3.1.1 Composição do BDI
Existem várias formas de compor o BDI, variando de acordo com o
autor.Sendo este trabalho baseado na forma de Dias (2006).
Segundo Dias (2006), o BDI é uma taxa que nunca pode ser predeterminada,
ela deve atender às características da obra, da empresa e do tipo de contrato, sendo
afetado pela localização, pelo tipo de administração local exigido, pelos impostos
gerais sobre o faturamento, exceto leis sociais sobre a mão-de-obra aplicadas no custo
direto, entre outros.
a) Mobilização e desmobilização de equipamentos:
Este custo deverá ser calculado em função da localização da obra, isto é, de
posse de mapa com as rodovias existentes, será traçada a rota a ser percorrida pelo
transporte, considerando as dificuldades encontradas por cada máquina no transporte,
identificando a distância de transporte obtida entre a origem dos equipamentos e o
local de execução do serviço.
A quantidade de equipamentos será conhecida na fase de análise do edital ou
dos projetos da obra.
20
b) Mobilização e desmobilização de pessoal:
Consiste do deslocamento do pessoal, correspondendo ao transporte,
alimentação, exames médicos, entre outros itens cabíveis.
c) Mobilização e desmobilização de ferramentas:
Consistem nos custos de manuseio de EPI (Equipamentos de Proteção
Individual), ferramentas manuais e etc.
d) Administração local:
O custo da administração local deve considerar o vulto da obra a fim de
dimensionar a estrutura administrativa de apoio necessária a sua perfeita execução.
e) Administração central:
Corresponderá ao rateio dos custos da sede da construtora que deverá ser
dividido por todas as obras em andamento da empresa, proporcionalmente ao porte de
cada uma, representando normalmente valores entre 2 e 5% do custo da obra.
f) Tributos:
São os impostos incidentes sobre o faturamento da empresa, das diversas
esferas de poder – federal, estadual e municipal -, resumidos no quadro 2, retirado de
Mattos (2006).
21
Quadro 2 – Resumo dos Impostos componentes do BDI – Mattos (2006)
A Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores
e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) foi um tributo brasileiro que
vigorou de 1997 a 2007, tendo sua última alíquota de 0,38%.
g) Custos financeiros:
Cabe ao construtor, principalmente em razão das condições de pagamentos
preconizadas no contrato, verificar a necessidade de incluir encargos referentes aos
custos financeiros, estabelecendo a defasagem entre o momento do desembolso e o
momento do recebimento, avaliando quanto isso representaria de remuneração numa
aplicação bancária.
h) Benefício ou lucro:
É admitido um percentual a ser aplicado sobre o valor final do orçamento,
visando o lucro bruto de contrato. Cabe a direção da empresa determinar esse valor.
22
i) Riscos ou eventuais:
Corresponde aos imprevistos normais de obra e ainda a determinados pontos
falhos existentes nos editais e nos projetos de engenharia tomados como base para a
elaboração do orçamento. Segundo Dias (2006), nos dias de hoje, onde a
competitividade é enorme, admitir tal acréscimo é inviabilizar a obtenção de um custo
mínimo, para disputa no mercado.
2.1.4.3.1.2
Taxa de BDI
Tendo o preço de venda calculado a partir da fórmula:
(3)
A taxa de BDI é:
(4)
Onde,
PV = preço de venda
CD = custos diretos
DI = despesas indiretas
i(%) – percentual de impostos
l(%) – percentual de lucro
BDI (%) – percentual de benefícios e despesas indiretas
23
3 MÉTODO DE PESQUISA
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa monográfica referente à análise
comparativa entre preços de venda obtidos a partir do orçamento discriminado e da
estimativa de custos em um empreendimento habitacional no município de Feira de
Santana. Para tanto neste capítulo serão apresentados e discutidos a estratégia e o
delineamento da pesquisa, onde se apresenta uma descrição geral das etapas de
elaboração da mesma, bem como as ferramentas utilizadas para sua realização. Por fim
faz-se a caracterização do objeto de pesquisa utilizado, abordando a descrição da
empresa e do empreendimento e do programa utilizado para fazer o orçamento.
3.1 ESTRATÉGIA DA PESQUISA
A escolha da estratégia da pesquisa mais adequada, segundo Yin (2005),
depende de três fatores: o tipo de questão de pesquisa, o controle que o pesquisador
exerce sobre o objeto pesquisado e o grau com que a pesquisa envolve a investigação
de fatos contemporâneos, cujo fator mais importante é a identificação do tipo de
questão proposta. A tabela 2 abaixo apresenta esses três fatores e mostra como cada
um se relaciona às cinco principais estratégias de pesquisa.
Tabela 2 - Situações relevantes para diferentes estratégias de pesquisa - Yin, 2005.
24
Dentre as várias estratégias existentes, escolheu-se o estudo de caso, por ser
uma investigação empírica que utiliza múltiplas fontes de evidência para estudar um
fenômeno contemporâneo dentro de seu próprio contexto, especialmente quando as
fronteiras entre eles não estão bem definidas (KNOLSEISEN, 2003). E quando o
pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos, tendo que responder a
questões do tipo “como” e “porque”.
Segundo Silva (2001), estudo de caso é um estudo profundo e exaustivo de um
ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento
acerca do tema estudado.
De acordo com Roesch (1996), segundo Rocha Neto (2010), neste tipo de
estudo é feita a realização de uma avaliação formativa, cujo propósito é melhorar ou
aperfeiçoar sistemas ou processos. A avaliação formativa normalmente implica um
diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação requerendo certa
familiaridade com o sistema e, idealmente, a possibilidade de implementação de
mudanças sugeridas e observar seus efeitos.
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Inicialmente realizou-se uma fundamentação teórica com base em literaturas
sobre o assunto estudado, objetivando proporcionar ao leitor maior familiaridade com
o tema proposto.
Para realização do estudo de caso propriamente dito, dividiu-se a pesquisa em
cinco etapas. Na primeira realizou-se a descrição da empresa e do empreendimento,
onde foi desenvolvido o estudo de caso. Depois, fez-se a descrição do programa
utilizado para fazer o orçamento. Em seguida definiu-se o preço de venda a partir da
estimativa de custos e do orçamento discriminado e por último realizou-se a análise
comparativa entre os preços de venda obtidos, identificando os critérios utilizados e os
principais fatores que influenciam na variação do preço de venda de um
empreendimento habitacional.
25
3.2.1 Descrição da Empresa e do Empreendimento
A empresa onde foi desenvolvido o estudo de caso foi fundada em 1998 na
cidade de Feira de Santana - Bahia. Sendo uma empresa de Construção Civil focada no
sub-setor de Edificações. Caracteriza-se por uma empresa de grande porte, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), possuindo um quadro com
aproximadamente 600 funcionários, sendo 46 no escritório central e o restante nas
diversas obras. Possui também a colaboração de 17 estagiários no total. Hoje a
empresa possui certificações como a NBR ISO 9001 e PBQP-H – Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade na Habitação.
No início desenvolvia projetos e construções de casas, passando a construir
condomínios residenciais e prédios comerciais, atuando hoje em dia em vários
municípios do estado da Bahia, tendo mais de 20 obras entregues, outras em
andamento e lançamento.
A obra em estudo consiste em um conjunto habitacional com área total de
186.959 m², composto por 987 unidades habitacionais, dispostas em 27 quadras. As
unidades habitacionais possuem um único pavimento, contendo: sala, cozinha, 2
quartos, banheiro e área para tanque, somando um total de 36,70 m² de área construída
e 36,00 m² de área útil. Estão previstos quiosques, quadras de areia e parque infantil
como equipamentos de uso comum. Possui atualmente, 176 funcionários registrados
pela própria empresa e 3 empresas terceirizadas, sendo 2 para execução dos serviços
de levante e reboco de alvenaria e 1 para execução dos serviços de cobertura,
possuindo 129 funcionários terceirizados, somando um total de 305 funcionários.
Iniciou suas atividades no dia 20 de abril de 2010, tendo duração prevista de 18 meses,
com prazo para término no dia 20 de outubro de 2011.
É uma obra que utiliza tecnologias convencionais. O método construtivo é
composto de: paredes em alvenaria estrutural de bloco cerâmico; revestimentos
internos com gesso corrido e externos com massa única; cobertura em telhas
cerâmicas; revestimentos cerâmicos para os pisos da cozinha e sanitários; instalações
elétricas, telefônicas (seca) embutidas em paredes; instalações hidráulicas-sanitárias
com tubulação em PVC (poli cloreto de vinila) soldável; pintura interna com tinta
26
látex PVA (poli álcool vinílico) e externa com textura acrílica rolada; portas internas e
porta externa com folha semi-oca pré-pintada; caixa e alizar em madeira com
acabamento em verniz ou pintura, e janelas em alumínio.
Empreendimento concebido e projetado de acordo com um programa
habitacional do Governo Federal, tendo um agente financeiro como órgão financiador.
Explanação sobre o referido programa habitacional no Apêndice A.
3.2.2 Programa Utilizado no Orçamento
O programa utilizado para fazer o orçamento: orça, planeja, controla e
fiscaliza os serviços e insumos da construção; integrado ao módulo de gestão de
suprimentos em uma única plataforma. Comercializado desde 1984, o programa pode
ser adquirido em módulos conforme a necessidade de seus clientes, podendo ser
utilizado em um equipamento individual, em rede ou via internet. No caso específico
desse trabalho, o módulo utilizado foi o de orçamento de obras o qual tem a finalidade
de elaborar o orçamento de obras e propostas técnicas a partir das informações de
quantidades de serviços e insumos. Permite a criação de orçamentos com qualquer tipo
de itemização, podendo utilizar modelos pré-existentes ou criados pelo próprio usuário
de acordo com suas necessidades. Possui um banco de dados contendo mais de 3000
serviços e insumos, incluindo codificação organizada em 4 (quatro) níveis. Os
principais relatórios que o programa emite são: orçamento sintético, analítico, de mãode-obra e de materiais, curva ABC de insumos, curva ABC de serviços, programação
de insumos por etapa e atividade construtiva. A empresa possui um banco de dados
próprio com aproximadamente 1500 serviços criados além dos insumos.
3.2.3 Orçamento Discriminado ou Analítico
O orçamento discriminado foi feito pela autora desse trabalho juntamente com
o engenheiro de orçamentos da empresa. A partir da análise dos mais variados
projetos: arquitetônico, estrutural e de instalações hidrosanitárias para a unidade
residencial e equipamentos de uso comum e de esgoto, de Estação de Tratamento de
27
Esgoto (ETE), de pavimentação e drenagem e de rede de água para a infra-estrutura do
empreendimento, representados nos Anexos A ao Anexo E, e da visita técnica feita ao
local do empreendimento, fez-se o levantamento quantitativo dos mais variados
serviços. Posteriormente foram feitas as composições de custo unitários de todos os
serviços de construção, utilizando os materiais, mão-de-obra e equipamentos
necessários. Muitas dessas composições já existiam no banco de dados da empresa,
armazenadas em um programa específico de orçamento, baseadas em orçamentos
feitos de obras anteriores. As que não existiam foram criadas com base na TCPO da
Editora PINI, disponível no próprio programa de orçamento utilizado, no ORSE
disponível no site da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado de
Sergipe, ou no SINAPI disponível no site da Caixa Econômica Federal. As
composições de custo dos serviços, (materiais, mão-de-obra e equipamentos) foram
criadas seguindo o exemplo demonstrado na tabela 3, a seguir:
Tabela 3 – Exemplo de uma composição de custo unitário de serviço .
Como podemos observar na tabela 3, o serviço utilizado como exemplo foi
assentamento de piso cerâmico 20x20cm, incluindo rejuntamento. Para execução de 1
m² desse serviço, precisa-se de 1,05 m² do piso cerâmico 20x20cm, 5 kilogramas (kg)
de argamassa colante e 0,70 kg de rejuntamento flexível classificados como material,
já sendo considerados as percentagens de perdas dos materiais e 0,90 horas (h) de
pedreiro e 0,60 h de ajudante classificados no nosso serviço como mão-de-obra, sendo
utilizado o percentual de encargos sociais adotado pela empresa de 126% como
demonstrado na Tabela 4. Nesse caso não se utilizou equipamento para a execução do
serviço. Somando-se o preço unitário de cada material e da mão-de-obra multiplicados
28
pelos seus respectivos coeficientes, obteve-se o preço unitário do referido serviço, que
no nosso exemplo custou R$ 24,24 (vinte e quatro reais e vinte e quatro centavos).
Tabela 4 – Encargos Sociais
Grupos
% Incidência
GRUPO A (Encargos Sociais Básicos)
Previdência Social
20,00
Seguro contra acidentes de trabalho
3,00
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
8,00
Salário Educação
2,50
Instituição Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
0,20
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
1,00
Serviço Social da Indústria (SESI)
1,50
Serviço e Apoio a Pequena e Média Empresa (SEBRAE)
0,60
Sub Total
36,80
Grupo B (Encargos Trabalhistas)
Repouso Semanal Remunerado
17,27
Férias
14,65
Décimo Terceiro Salário
11,00
Feriados
4,09
Sub Total
47,01
Grupo C (Encargos Idenizatórios)
Aviso Prévio
13,83
Multa por recisão do contrato de trabalho
5,72
Indenização Adicional
0,69
Sub Total
20,24
Grupo D (Incidências Cumulativas)
Incidência de A sobre B
17,30
Incidência de Férias sobre o Aviso Prévio
2,03
Incidência do 13º Salário sobre o Aviso Prévio
1,52
Incidência do FGTS sobre o Aviso Prévio
1,11
Sub Total
21,95
Total dos Encargos
126,00
Todos os serviços utilizados nesse orçamento são compostos de material, mãode-obra e equipamento, não necessariamente tendo que constar os três em cada
serviço. Cada um dos itens da composição possui um código, uma descrição, uma
unidade, um coeficiente e um preço unitário, como demonstrado no exemplo.
Depois de criadas as composições, foram montadas planilhas de custo direto
no programa de orçamento, referente a uma unidade habitacional (casa), equipamentos
29
de uso comum (parque infantil, quadra de areia, quiosques) e infra-estrutura de
urbanização, formando um total de 5 (cinco) Planilhas de Custo Direto.
A planilha da casa foi dividida em 24 macroserviços, identificados a seguir:
1)
Serviços Preliminares
2)
Fundações
3)
Estrutura
4)
Alvenaria e fechamentos
5)
Cobertura
6)
Impermeabilizações
7)
Revestimentos internos
8)
Revestimentos externos
9)
Pavimentação e pisos
10) Mármores e granitos
11) Esquadrias de alumínio
12) Esquadrias de madeira
13) Eletrodutos e conexões
14) Quadros e disjuntores
15) Fios e cabos
16) Tomadas e interruptores
17) Instalações de telefone
18) Instalações hidraúlicas
19) Louças e metais sanitários
20) Instalações de esgoto
21) Pintura interna
22) Pintura externa
23) Forros
24) Limpeza
30
A planilha de infraestrutura de urbanização, possui 8 macroserviços:
25) Serviços preliminares
26) Terraplenagem
27) Água potável
28) Esgoto sanitário
29) Pavimentação
30) Iluminação
31) Telefonia
32) Paisagismo
E as planilhas do parque infantil, quadra de areia e quiosques, cada uma
contém 1 macroserviço que são:
33) Parque infantil
34) Quadra de areia
35) Quiosques
Dentro de cada macroserviço foram incluídos os serviços pertinentes a eles,
lançando a quantidade referente a cada serviço baseado no levantamento quantitativo
feito. Depois foi gerado um relatório chamado orçamento sintético global, o qual
apresenta todos os serviços e suas respectivas quantidades separados por etapas,
apresentando um subtotal referente a cada etapa e um total geral no final, que é a soma
do custo total referente a todas as etapas constituindo o custo direto total do
empreendimento, resumindo-se em uma planilha de custo direto.
Após a elaboração da planilha de custos diretos, foi feito o levantamento de
todos os custos indiretos pertinentes a execução do empreendimento, os quais são:
custos com os projetos e documentações, administração da obra, equipamentos,
ferramentas, EPI, sinalização, consumos das concessionárias, despesas com pessoal,
despesas diversas. Outras despesas como custo de aquisição do terreno, rateio dos
31
custos com a administração central, custos com juros, publicidade, seguros, stand de
vendas, encargos e taxas, além dos impostos.
Por fim, contabilizados todos os custos diretos e indiretos da obra, somandoos, resultou no custo total do empreendimento que adicionado ao lucro fornecido pelo
diretor da empresa, pode-se calcular o PV de uma unidade residencial, baseando-se na
fórmula (3).
3.2.4 Estimativa de Custos
A estimativa de custos foi feita pelo autor desse trabalho. Inicialmente, com a
descrição do empreendimento já definida, escolheu-se o projeto-padrão que mais se
aproximasse das características do empreendimento em estudo de acordo com o
quadro 3, retirado da NBR 12721: 2006.
Quadro 3 – Características principais dos projetos-padrão – NBR 12721:2006
Por possuir mais de um projeto-padrão com características semelhantes da
unidade residencial em estudo: Residência Unifamiliar Padrão Baixo (R1-B) e
Residência Popular (RP1Q) foram escolhidos os dois para efeito de cálculo.
32
O CUB/m² representa o custo parcial da obra e não o global, não levando em
conta, no caso do empreendimento em estudo, custos adicionais como:
a) Instalações e regulamentação do condomínio;
b) Impostos;
c) Taxas e emolumentos cartoriais;
d) Projetos;
e) Remuneração do construtor;
f) Remuneração do incorporador;
g) Custo do terreno;
h) Urbanização;
i) Equipamentos de uso comum.
Ou seja, só considerando os custos diretos da unidade residencial.
Com o CUB/m² definido, calculou o custo direto total de uma unidade
residencial através da fórmula 5, multiplicando o valor do CUB pela área total
construída da residência. Adotou-se a mesma taxa de BDI calculada no orçamento
discriminado para calcular o PV de uma unidade residencial do referido
empreendimento, através da fórmula 1.
(5)
3.2.5 Comparação entre Preços de Venda
Depois de obtido o preço de venda de uma unidade residencial a partir dos
tipos de orçamentação descritos anteriormente, foi feito a comparação entre os preços
de venda obtidos a partir da estimativa de custos e do orçamento discriminado.
Identificando eficácia, principais fatores que influenciaram na diferença, entre outras
finalidades.
33
4 RESULTADOS
No presente capítulo serão apresentadas a análise e comparação dos dados
encontrados, seguindo basicamente a aplicação da metodologia adotada para esse
estudo.
4.1 ORÇAMENTO ANALÍTICO OU DISCRIMINADO
Pelo orçamento discriminado, o custo direto total do empreendimento é de R$
28.399.845,11 (vinte e oito milhões, trezentos e noventa e nove mil, oitocentos e
quarenta e cinco reais e onze centavos), representando o custo direto das unidades
residenciais, da infraestrutura de urbanização, da quadra de areia, dos quiosques e do
parque infantil, ou seja, do empreendimento como um todo, discriminados na planilha
de custos diretos no Anexo F, tendo os valores referentes a cada um demonstrado na
tabela 5, a seguir:
Tabela 5 – Custo Direto Total do Empreendimento
Dividindo-se esse valor pelas 987 unidades residenciais, obtém-se o custo
direto de uma unidade residencial correspondente à R$ 28.773,91 (vinte e oito mil,
setecentos e setenta e três reais e noventa e um centavos).
As despesas indiretas, explicitadas na planilha de despesas indiretas no Anexo
G e na Tabela 6, resultaram num valor de R$ 9.039.790,47 (nove milhões, trinta e
nove mil, setecentos e noventa reais e quarenta e sete centavos), que rateadas entre as
mesmas unidades residenciais, correspondeu a um valor de R$ 9.158,85 (nove mil,
cento e cinqüenta e oito reais e oitenta e cinco centavos).
34
Os impostos foram considerados iguais a 1% sobre o valor geral de venda
(VGV) do empreendimento, determinado pelo agente financiador para o tipo de
empreendimento do programa habitacional do Governo Federal e o lucro determinado
pelo diretor da empresa foi igual a 15,00% do VGV do empreendimento.
Por fim, depois de calculados o custo total do empreendimento, os impostos a
serem pagos e o lucro estimado, calculou-se o valor geral de venda do
empreendimento baseado na formula 3, como demonstrado a seguir:
(3)
Resultando num valor de R$ 44.570.994,74 (quarenta e quatro milhões,
quinhentos e setenta mil, novecentos e noventa e quatro reais e setenta e quatro
centavos), que rateados entre as 987 unidades residenciais, resultou num preço de
venda de R$ 45.158,05 (quarenta e cinco mil, cento e cinqüenta e oito reais e cinco
centavos) por unidade, como demonstrado na tabela 6, planilha de preço de venda do
empreendimento.
Tabela 6 – Planilha de venda do empreendimento
CÓDIGO
DESCRIÇÃO
01.0
UN
QUANT.
PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL
(R$)
CUSTO DIRETO
01.1
CASAS PADRÃO 36,74M2 - 987 UNIDADES
VB
1,00
22.811.254,25
22.811.254,25
01.2
INFRAESTRUTURA DE URBANIZAÇÃO
VB
1,00
5.491.590,11
5.491.590,11
01.3
QUADRA DE AREIA 326,67M2
VB
1,00
76.382,49
76.382,49
01.4
QUIOSQUES 36,00M2
VB
1,00
13.476,08
13.476,08
01.5
PARQUE INFANTIL 28,26M2
VB
1,00
7.142,18
7.142,18
CUSTO DIRETO
02.0
28.399.845,11
DESPESAS INDIRETAS
VB
1,00
2.848.286,32
2.848.286,32
02.2
TERRENO (R$ 10,00/M2)
VB
1,00
1.869.595,20
1.869.595,20
02.3
VB
1,00
1.620.213,79
1.620.213,79
VB
1,00
1.562.406,57
1.562.406,57
02.5
JUROS=6,05% SOBRE 60% DO VGV
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL = 5% SOBRE
(CD+CI)
PUBLICIDADE =1,50% SOBRE O VGV
VB
1,00
669.509,83
669.509,83
02.6
SEGUROS= 1,00% SOBRE O CUSTO DIRETO (CD)
VB
1,00
283.998,45
283.998,45
02.7
STAND DE VENDAS =0,20% SOBRE O VGV
ENC. FINAN/TARIFAS BANC./CONTIGÊNCIAS =
0,25% (CD+CI)
TAXAS DA CAIXA
VB
1,00
89.267,98
89.267,98
VB
1,00
78.120,33
78.120,33
VB
1,00
18.392,00
18.392,00
CUSTO INDIRETO
9.039.790,47
02.8
02.9
63,63%
CUSTO INDIRETO
02.1
02.4
(%)SOBRE
A VENDA
20,25%
35
Tabela 7 – Planilha de venda do empreendimento - continuação
03.0
03.1
IMPOSTOS = 1,00%
IMPOSTOS = 1,00%
VB
1,00
445.709,95
445.709,95
IMPOSTOS
445.709,95
1,00%
RESULTADOS FINAIS
DESCRIÇÃO
VALOR
UNITÁRIO
UNIDADE
QUANTIDADE
R$/CASA
UN
987,00
R$ 23.111,71
R$/M2 DA CASA
M2
36,74
R$ 629,06
R$/CASA C/OS EQUIP. COMUNS, INFRA.
UN
987,00
R$ 28.773,91
R$/M2 DA CASA C/EQUIP.COMUNS, INFRA.
M2
36,74
R$ 783,18
Obs: Encargos Sociais de 126,00% aplicado sobre a mão de obra nos custos diretos e indiretos.
VGV
R$/CASA C/OS EQUIP. COMUNS, INFRA, CUSTO
INDIRETO, IMP. E ETC
UN
987,00
R$ 45.158,05
TOTAL GERAL VGV
44.570.994,74
LUCRO PROPOSTO
6.685.649,21
15,00%
Definido o valor do PV de uma unidade residencial, calculou-se a taxa de BDI
utilizada de acordo com a fórmula 4:
4.2 ESTIMATIVA DE CUSTOS
A partir da análise dos projetos arquitetônicos, definiu-se o tipo de construção
de acordo com os projetos-padrão existentes para calculo do CUB. Foram escolhidos
dois projetos-padrão semelhantes: Residência unifamiliar padrão baixo e Residência
popular: com 1 pavimento, 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque,
com área total construída, considerando as projeções das paredes, de 36,74 m², como
demonstrada na figura 7.
36
Figura 7 – Imagem da planta baixa de uma unidade residencial
Alguns dos índices de CUB existentes no mercado para a unidade residencial
descrita e utilizados para cálculo do CD, são os demonstrados na tabela 8:
Tabela 8 – CUB Janeiro/2010
O CUB quando multiplicado pela área total construída de uma unidade
habitacional de 36,74 m², resulta no custo direto de uma unidade residencial, calculado
através da fórmula 5 e, considerando a mesma taxa de BDI encontrada no orçamento
discriminado, encontra-se o PV calculado pela fórmula 2.
Como se pode notar a partir da tabela 7, há uma diferença significativa em
relação aos índices de CUB escolhidos dos projetos-padrão semelhantes ao do
estudado. Se for considerar como residência unifamiliar padrão baixo, o custo direto
de uma unidade residencial e, consequentemente o preço de venda, calculados a partir
do índice do Sinduscon-BA é de:
37
Já a partir do índice do Sinapi-BA equivale a:
Se considerado como residência popular, o custo direto de uma unidade
residencial, calculado através do CUB do Sinduscon-BA resulta em:
E através do CUB da PINI-BA igual a:
A partir da definição do preço de venda de acordo com o projeto-padrão
escolhido, torna-se evidente a discrepância em relação aos valores encontrados, sendo
este um fator que influencia na determinação do preço de venda de uma unidade
habitacional a partir da estimativa de custos através do CUB.
38
4.3 COMPARAÇÃO ENTRE PREÇOS DE VENDA
Como constatado, a escolha do projeto-padrão semelhante e de qual índice de
CUB utilizar para determinado projeto-padrão, influencia no preço de venda de uma
unidade residencial como demonstrado na tabela 9, abaixo:
Tabela 9 – Comparação entre os preços de venda obtidos com a estimativa de custo para o mesmo projeto-padrão
Residência Padrão Baixo
Preços de Venda
R$ 51.930,11
R$ 34.397,50
Residência Popular
R$ 46.144,52
R$ 39.832,52
Diferença
R$ 17.532,61
R$ 6.312,00
Porcentagem (%) da diferença
encontrada pelos CUB
34%
14%
A partir da análise dos dados da tabela 9, pode-se perceber uma diferença
relevante em relação aos preços de venda encontrados. Para residência de padrão baixo
a variação foi de 34%, o que resultou num valor de R$ 17.532,61 (dezessete mil,
quinhentos e trinta e dois reais e sessenta e um centavos). Já para residência popular
houve uma diferença menor, no valor de 14%, equivalente a R$ 6.312,00 (seis mil,
trezentos e doze reais), considerada também significativa.
Para efeito de comparação entre o preço de venda obtido a partir do orçamento
discriminado com o obtido através da estimativa de custos, utilizou-se os PV
calculados com o CUB da Sinduscon-BA, pois o mesmo contém a listagem de
insumos utilizados para determinação desses índices.
Como se pode observar, houve uma diferença de 15% entre os preços de
venda obtidos a partir do orçamento discriminado e da estimativa de custos através do
CUB/m², considerando o projeto-padrão como residência unifamiliar padrão baixo e
de 2,18% considerando o projeto-padrão como residência popular, como demonstrado
na tabela 10.
39
Tabela 10 – Comparação entre preços de venda obtidos a partir da estimativa de custos e do orçamento
discriminado
Preços de Venda
Diferença
Porcentagem (%) da diferença
encontrada pelo CUB em relação
ao orçamento discriminado
Preços de Venda
Diferença
Porcentagem (%) da diferença
encontrada pelo CUB em relação
ao orçamento discriminado
Orçamento
Discriminado
R$ 45.158,05
Estimativa de Custo –
Residência Padrão Baixo
R$ 51.930,11
R$ 6.772,06
15%
Orçamento
Discriminado
R$ 45.158,05
Estimativa de Custo –
Residência Popular
R$ 46.144,52
R$ 986,47
2,18%
Essa diferença se deve exclusivamente aos custos diretos, já que a taxa de BDI
utilizada foi à mesma nas duas definições do PV. Foi uma diferença que representa R$
6.772,06 (seis mil, setecentos e setenta e dois reais e seis centavos) para cada unidade
residencial, que multiplicado pelo total de unidades residenciais existentes no
empreendimento, soma um total de R$ 6.684.023,22 (seis milhões, seiscentos e oitenta
e quatro mil, vinte e três reais e vinte e dois centavos), considerando o projeto-padrão
como residência unifamiliar padrão baixo. Caso considere o projeto-padrão como
residência popular essa diferença é de R$ 986,47 (novecentos e oitenta e seis reais e
quarenta e sete centavos).
Como o CUB é baseado em um projeto-padrão similar, ele não representa as
quantidades e os materiais específicos do projeto em estudo, possuindo um grau de
precisão baixo, não representando com exatidão o custo direto da unidade residencial
de um empreendimento. Lembrando ainda que o custo direto utilizado para os cálculos
do preço de venda através da estimativa de custos só contabilizou o CD das unidades
residenciais, não levando em conta o CD dos equipamentos de uso comum do
empreendimento e o da infraestrutura de urbanização, o qual elevaria ainda mais o
preço de venda de uma unidade residencial.
40
Por conta disso, utilizando o conceito da curva ABC, selecionou-se 33
serviços correspondente a 80% do custo direto de uma unidade habitacional, como
demonstrado na tabela 11.
Tabela 11 – Curva ABC de insumos de uma unidade residencial.
DESCRIÇÃO
UNIDADE
QUANT.
PREÇO
UNITÁRIO(R$)
PREÇO
TOTAL(R$)
PART. PART.ACUM.
(%)
(%)
Cimento Portland CP II-F-32 (resistência:
32,00 MPa)
KG
3.478,10
0,32
1.112,99
11,94
11,94
Bloco Cerâmico 06 furos 9x19x24cm
UN
3.005,41
0,36
1.081,95
11,61
23,55
Forro de PVC
Tela Soldada para Estruturas de Concreto
Armado Q92
Poste de concreto armado 12/400 h=6,00m
Porta de abrir,1 FL(1/2 VD, 1/2VZ)
70x210cm, alum. anodizado fosco,vidro
liso 3mmNiagara,ESAF
Janela de correr, 1,00x1,20m, alum.
anodizado fosco 02FL (M), c/vidro incolor
3mm, Niagara II,ESAF
Bloco calha de concreto 09x19x39cm
M2
32,00
12,50
400,00
4,29
27,84
UN
5,17
73,69
380,65
4,08
31,92
UN
1,00
286,00
286,00
3,07
34,99
UN
1,00
244,96
244,96
2,63
37,61
UN
2,00
122,19
244,38
2,62
40,24
UN
187,19
1,30
243,35
2,61
42,85
Textura acrílica hidrorepelente
Porta de abrir,01FL(VD) 90x210cm,
alum.anodizado fosco, c/vidro incolor
3mm,Niágara,ESAF
Areia Grossa Lavada
L
83,23
2,85
237,21
2,54
45,39
UN
1,00
236,76
236,76
2,54
47,93
M3
6,42
35,00
224,75
2,41
50,34
Gravilhão 3/8"
M3
3,47
55,00
190,66
2,04
52,39
Brita 01
M3
3,55
53,00
188,30
2,02
54,41
Tabeira de madeira serrada 15x2,50cm
M
24,15
7,00
169,05
1,81
56,22
Aço CA-50 8,00 mm
KG
48,52
3,25
157,68
1,69
57,91
Aço CA-60 5,00 mm
KG
50,68
3,05
154,57
1,66
59,57
Areia fina
M3
6,29
22,00
138,46
1,49
61,05
Bloco de concreto 09x19x39cm-Vedação
Janela de correr, 02 FL(MV) 1.20x1.20cm,
alum. anodizado fosco,vidro incolor
3mm,Niagara II,ESAF
Madeira Mista Serrada
UN
148,64
0,90
133,77
1,44
62,49
UN
1,00
130,49
130,49
1,40
63,89
M3
0,13
1.000,00
128,00
1,37
65,26
Ceramica branca Samarsa tipo A 20x20cm
M2
12,87
9,80
126,14
1,35
66,61
Arame galvanizado macio 16 (1,65mm)
KG
18,60
6,70
124,59
1,34
67,95
Areia para aterro
M3
11,27
11,00
123,95
1,33
69,28
Tabua agreste de 23,00cm
M
23,74
5,20
123,43
1,32
70,60
Cabo isolado PVC rígido 750V 16,0mm²
M
31,11
3,65
113,15
1,22
71,82
Aduela mista 14CM c/alizar 5x1,5cm
Caixa p/telefone em chapa metálica
10x10x12cm
Reservatório d água de fibra 500,00 l /
forma: CILÍNDRICA
Fio isolado PVC rígido 750V 2,50mm²
UN
3,00
36,50
109,50
1,17
73,00
UN
2,00
52,00
104,00
1,12
74,11
UN
1,00
100,00
100,00
1,07
75,19
M
145,15
0,65
94,34
1,01
76,20
L
31,87
2,80
89,23
0,96
77,16
UN
1,00
82,14
82,14
0,88
78,04
UN
2,00
41,00
82,00
0,88
78,92
M2
2,90
28,00
81,20
0,87
79,79
Selador Acrílico
Bacia sanitária de louça c/caixa acoplada
branco gelo
Porta semi-oca 2,10x70m
Laje pré-fabricada treliçada para piso ou
cobertura h=12cm, com EPS, h=8cm
41
Depois de selecionados os serviços, fez-se a comparação com os serviços
correspondentes utilizados na determinação do CUB do projeto-padrão residência
popular, por ser o que representou a menor percentagem de diferença em relação ao
orçamento discriminado, gerando uma tabela comparativa, demonstrada nas tabelas 12
e 13.
Tabela 12 – Comparação dos insumos do lote básico encontrado no orçamento discriminado do estudo de caso
com o lote básico RP1Q da NBR 12721:2006
NBR 12721 – RP1Q
ORÇAMENTO EXPEDITO
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
Aço CA-50 10,00 mm
KG
7,23
Aço CA-50 8,00 mm
KG
1,32
Aço CA-60 5,00 mm
KG
1,38
Aduela mista 14CM c/alizar
5x1,5cm
UN
0,08
Não encontrado
UN
-
Arame galvanizado macio 16
(1,65mm)
KG
0,51
Não encontrado
KG
-
Areia fina
M3
0,17
Areia Média
M3
0,52
Areia Grossa Lavada
M3
0,17
Areia para aterro
M3
0,31
Não encontrado
M3
-
Bacia sanitária de louça c/caixa
acoplada branco gelo
UN
0,03
Bacia sanitária branca
com caixa acoplada
UN
0,05
Bloco calha de concreto
09x19x39cm
UN
5,1
Não encontrado
UN
-
Bloco Cerâmico 06 furos
9x19x24cm
UN
81,8
Tijolo de 08 furos
9x19x19cm
UN
64,19
Bloco de concreto 09x19x39cmVedação
UN
4,05
Bloco de concreto
19x19x39cm
UN
-
Brita 01
M3
0,1
Brita nº 02
M3
0,26
Cabo isolado PVC rígido 750V
16,0mm²
M
0,85
Não encontrado
M
-
Caixa p/telefone em chapa
metálica 10x10x12cm
UN
0,05
Não encontrado
UN
-
Ceramica branca Samarsa tipo A
20x20cm
M2
0,35
Não encontrado
M2
-
Cimento Portland CP II-F-32
(resistência: 32,00 MPa)
KG
94,67
Cimento CP-32 II
KG
179,48
Fio isolado PVC rígido 750V
2,50mm²
M
3,95
Fio de cobre anti-chama,
isolamento 750V,
#2,5mm²
M
11,6
Forro de PVC
M2
0,87
Não encontrado
M2
-
Gravilhão 3/8"
M3
0,09
Não encontrado
M3
-
Janela de correr, 02 FL(MV)
1.20x1.20cm, alum. anodizado
fosco,vidro incolor 3mm,Niagara
II,ESAF
UN
0,03
Janela de correr de chapa
dobrada
UN
0,16
Janela de correr, 1,00x1,20m,
alum. anodizado fosco 02FL
(M), c/vidro incolor 3mm,
Niagara II,ESAF
UN
0,05
42
Tabela 13 – Comparação dos insumos do lote básico encontrado no orçamento discriminado do estudo de caso
com o lote básico RP1Q da NBR 12721:2006 – continuação.
NBR 12721 – RP1Q
ORÇAMENTO EXPEDITO
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
Laje pré-fabricada treliçada para
piso ou cobertura h=12cm, com
EPS, h=8cm
M2
0,08
Não encontrado
M2
-
Manta asfáltica classic poliester
3PP
M2
0,17
Emulsão asfáltica
impermeabilizante
KG
0,34
Porta de abrir,01FL(VD)
90x210cm, alum.anodizado
fosco, c/vidro incolor
3mm,Niágara,ESAF
UN
0,03
Não encontrado
UN
-
Porta de abrir,1 FL(1/2 VD,
1/2VZ) 70x210cm, alum.
anodizado fosco,vidro liso
3mmNiagara,ESAF
UN
0,03
Não encontrado
UN
-
Porta semi-oca 2,10x70m
UN
0,05
Porta interna semi-oca
para pintura 0,60m x 2,10
m
UN
0,3
Poste de concreto armado 12/400
h=6,00m
UN
0,03
Não encontrado
UN
-
Reservatório d água de fibra
500,00 l / forma: CILÍNDRICA
UN
0,03
Não encontrado
UN
-
Selador Acrílico
L
0,87
Não encontrado
L
-
Tabeira de madeira serrada
15x2,50cm
M
0,66
Não encontrado
M
-
Tabua agreste de 23,00cm
M
0,65
Chapa compensado
plastificado 18mm
2,20x1,10m
M2
0,82
Tela Soldada para Estruturas de
Concreto Armado Q92
UN
0,14
Não encontrado
UN
-
Textura acrílica hidrorepelente
L
2,27
Não encontrado
L
-
A partir da tabela comparativa dos insumos utilizados no orçamento
discriminado com os insumos utilizados no projeto-padrão RP1Q da NBR
12.721:2006, pode-se observar que muitos dos materiais representativos do orçamento
discriminado, quando encontrado material igual ou similar no lote básico utilizado
nesse estudo, não possuem a mesma especificação e mesma quantidade consumida
para 1 m² (um metro quadrado) de construção. Dos 33 insumos comparados, foram
encontrados apenas 11 semelhantes utilizados no projeto-padrão RP1Q e desses, o
consumo por metro quadrado diferencia em aproximadamente o dobro do consumo
por metro quadrado obtido pelo orçamento discriminado. Apenas 2 insumos utilizados
pelo CUB tiveram consumo menor do utilizado pelo orçamento discriminado.
43
O mesmo foi feito para mão-de-obra, considerou-se os consumos mais
representativos a partir da curva ABC de mão de obra, tabela 14, e comparou-os com o
utilizado no lote básico RP1Q da NBR 12.721:2006, como demonstrado na tabela 15.
Tabela 14 – Curva ABC de mão-de-obra de uma unidade residencial.
DESCRIÇÃO
Ajudante
Pedreiro
Pintor
Eletricista
Carpinteiro
Encanador
Armador
UNIDADE
QUANT.
H
H
H
H
H
H
H
737,03
361,47
116,58
68,99
63,41
48,01
17,75
PREÇO
UNITÁRIO(R$)
2,43
4,15
4,15
4,15
4,15
4,15
4,15
PREÇO
TOTAL(R$)
1.790,98
1.500,09
483,80
286,33
263,16
199,25
73,65
PART.
(%)
38,96
32,63
10,52
6,23
5,72
4,33
1,60
PART.ACUM.
(%)
38,96
71,59
82,11
88,34
94,06
98,40
100,00
Fez-se a comparação apenas com o ajudante e o pedreiro, em função do lote
básico utilizado para o CUB contabilizar apenas o consumo dessas duas mão-de-obra.
Tabela 15 – Comparação da mão-de-obra do lote básico encontrado no orçamento discriminado do estudo de
caso com o lote básico RP1Q da NBR 12721:2006.
NBR 12721 – RP1Q
ORÇAMENTO DISCRIMINADO
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
DESCRIÇÃO
UNIDADE
CONSUMO/M²
Ajudante
H
19,37
Ajudante
H
22,59
Pedreiro
H
9,84
Pedreiro
H
28,14
Como o consumo do ajudante no orçamento discriminado não representa
somente o ajudante de pedreiro e sim o ajudante de todos os oficiais utilizados, a
comparação se restringe ao oficial de pedreiro, o qual o consumo da hora por metro
quadrado de construção, do lote básico RPQ1 da NBR 12.721:2006 representa
aproximadamente o triplo do consumo calculado pelo orçamento discriminado. Sendo
o índice de produtividade da mão-de-obra referente a cada serviço, um fator que
influencia na determinação do preço de venda de uma unidade residencial.
44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, conclui-se que o preço de venda de um empreendimento
determinado através da estimativa de custos do CUB, possui uma precisão menor em
comparação ao preço de venda determinado através do orçamento discriminado, sendo
vários os fatores que influenciam nessa determinação.
Como observado a partir da comparação do consumo dos insumos e da mãode-obra utilizados no orçamento discriminado e no lote básico do projeto-padrão em
estudo, os insumos similares do CUB não representam a mesma quantidade de
consumo por metro quadrado e até mesmo não estão de acordo com as especificações
técnicas do empreendimento, chegando assim a um valor distante do que realmente
vale o CUB do empreendimento.
A escolha do projeto-padrão semelhante utilizado para determinar o índice do
CUB e qual índice de CUB utilizar para determinado projeto-padrão influencia
consideravelmente no valor do preço de venda de uma unidade residencial de acordo
com o estudo feito. Outros fatores de influencia detectados foram: preços dos insumos,
os coeficientes dos materiais e os índices de produtividades da mão-de-obra utilizados
na composição dos serviços.
O custo unitário básico nada mais é do que uma estimativa preliminar dos
custos diretos de uma unidade referenciada a um projeto-padrão similar, podendo ser
utilizada para a viabilização da obra e para determinar um valor de referência do preço
de venda da mesma.
O preço de venda de uma unidade residencial de um empreendimento deve ser
definido a partir do orçamento discriminado ou analítico, o qual contabiliza com maior
precisão os custos parciais e totais do referido empreendimento, chegando numa
margem de retorno ou lucro mais próximo do estimado.
Lembrando que qualquer tipo de orçamento não passa de uma mera estimativa
dos custos, sendo mais preciso quanto mais detalhes possuir os projetos e mais
detalhados forem os trabalhos de orçamentação, para que o levantamento quantitativo
dos serviços seja o mais aproximado possível da quantidade de serviços executada na
45
obra, onde realmente terá o custo real e a margem de retorno real do referido
empreendimento.
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Fazer uma análise comparativa com uma obra que já tenha sido terminada,
sendo possível levar em conta os custos parciais reais e o custo total real do
empreendimento estudado, com o objetivo de identificar o grau de precisão de cada
método.
46
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Avaliação de Custos de
Construção para Incorporação Imobiliária e Outras Disposições para
Condomínio Edilícios – NBR – 12721. Rio de Janeiro, RJ. 2006.
BORNIA, A. C.; LUNKES, R. J. Orçamento Renovado: proposta para aumentar o
processo orçamentário. Florianópolis, SC. [2003?].
DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: uma metodologia de orçamentação para
obras civis. 6ª ed., Rio de Janeiro: HOFFMANN, 2006.
FREITAS, R. A. S. Análise da Variação de Custos Na Construção Civil. 2007.
Projeto de Pesquisa de Conclusão de Curso – Universidade Estadual de Feira de
Santana. Feira de Santana, BA, 2007.
JESUS, C. R. M. de, Análise de Custos para Reabilitação de Edifícios para
Habitação. 2008. Projeto de Dissertação (Mestrado em Engenharia) –
Universidade de São Paulo, SP, 2008.
KNOLSEISEN, P. C. Compatibilização de Orçamento com o Planejamento do
Processo de Trabalho para Obras de Edificações. 2003. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis/SC, 2003.
LIMA, J. L. P. Custos da Construção Civil. 2000. Projeto de Dissertação (Mestrado
em Engenharia) – Universidade Federal Fluminense – Niterói, RJ, 2000.
LIMMER, C. V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras.
1ªed., Rio de Janeiro: LTC, 1997.
LOSSO, I. R. Utilização das Características Geométricas da Edificação na
Elaboração de Estimativas Preliminares de Custos: estudo de caso em uma
empresa de construção. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis/SC, 1995.
MATTOS, A. D. Como Preparar Orçamentos de Obra. 1ª ed., São Paulo: PINI,
2006.
MINICHIELLO, M. O. Qualidade no Orçamento do Custo Direto de Produção na
Construção Civil. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro Federal de Educação
Tecnológica de Santa Catarina. Florianópolis, SC, 2007.
MORALES, P. P. G. A Importância do Orçamento para as Empresas. 2009.
Disponível em http://www.webartigos.com, acessado em julho de 2010.
47
ROCHA NETO, H. S. da, Avaliação dos Índices de Desperdícios de Materiais:
Estudo de Caso em uma Obra de Edificações na Cidade de Feira de SantanaBa. Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Estadual de Feira de Santana,
Feira de Santana, BA, 2010.
SILVA, E. L. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3ª ed. revisada
e atualizada, Florianópolis: Laboratório de Ensino à Distância da UFSC, 2001.
TISAKA, M. Orçamento na Construção Civil: consultoria, projeto e execução. 1ª
ed., São Paulo: PINI, 2006.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 3ª ed., Porto Alegre:
BOOKMAN, 2005.
48
APÊNDICE A – PROGRAMA DE HABITAÇÃO POPULAR DO GOVERNO
FEDERAL
O programa habitacional popular do Governo Federal tem como objetivo
atender as necessidades de habitação da população com renda familiar mensal de até
R$ 1.395,00, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos de
sustentabilidade, segurança e habitabilidade, sendo gerido pelo Ministério das Cidades
e operacionalizado pelo agente financiador. É prevista a construção e venda de
400.000 unidades habitacionais, localizadas nas capitais estaduais e respectivas regiões
metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes, no
período compreendido de 2009 a 2011.
A construção das unidades habitacionais ocorre a partir da contratação de
empreendimentos em condomínio ou em loteamento, constituídos de apartamentos ou
casas. A execução das obras do empreendimento é realizada por construtora contratada
pelo agente financiador, a qual se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e
legalizados. Os imóveis contratados são de propriedade exclusiva do programa e
integram seu patrimônio até que sejam alienados. As unidades habitacionais
apresentam tipologia de casas térreas ou apartamentos.
(1) Tipologia mínima apresentada para casa térrea:
(a) 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço;
(b) área útil mínima de 32 m².
(2) Tipologia mínima apresentada para apartamento:
(a) 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço;
(b) área útil mínima de 37 m².
Para viabilizar a construção das unidades habitacionais foram aportados ao
programa, recursos no valor de 14 bilhões de reais. A distribuição orçamentária é feita
nas 27 unidades federativas do Brasil, tendo como base o estudo do déficit
habitacional dos municípios que compõem às respectivas unidades.
49
As famílias a serem beneficiadas pelo programa são indicadas pelo município
ou Governo do Estado ou Distrito Federal e a seleção é realizada pelo agente
financiador. Os imóveis são adquiridos pelas famílias beneficiadas por venda com
parcelamento.
50
ANEXO A – PROJETOS ARQUITETÔNICOS
51
52
53
54
55
56
ANEXO B – PROJETOS ÉLETRICOS
57
58
59
ANEXO C – PROJETO TELEFÔNICO/ANTENA
60
ANEXO D – PROJETOS HIDROSANITÁRIOS
61
62
ANEXO E – PROJETOS ESTRUTURAIS
63
64
65
66
67
68
69
70
ANEXO F – PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS
CÓDIGO
01.0
LM 0016
02.0
DESCRIÇÃO
CLASS UNIDADE
QUANT.
SER.CG
72.366,84
PREÇO(R$) PREÇO TOTAL (R$)
SERVIÇOS PRELIMINARES
LOCAÇÃO DA OBRA EXECUÇÃO DE
GABARITO
M2
3,51
253.734,79
SUBTOTAL (Etapa):
253.734,79
FUNDAÇÃO
LM 0004
ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA
PROFUNDIDADE ATÉ 2,00 m
SER.CG
M3
3.355,80
10,98
36.858,76
LM 0026
ARMADURA DE AÇO CA 60 5.0mm
SER.CG
KG
17.943,66
4,96
89.010,96
LM 0075
ALVENARIA DE BLOCO DE CONCRETO
9X19X39cm
SER.CG
M2
11.597,25
26,54
307.832,07
LM 0121
ATERRO COMPACTADO MANUALMENTE
SER.CG
M3
9.267,93
19,79
183.413,82
VIGA DE BLOCO CALHA DE CONCRETO
9x19x39cm-Aço 5.0mm-Estrutura
SER.CG
M
29.017,80
15,36
445.752,87
LM 0278
FORMA DE TÁBUA AGRESTE
P/FUNDAÇÃO (03 USOS)
SER.CG
M2
2.033,22
23,13
47.038,14
LM 0912
CARGA E BOTA FORA EXTERNO
SER.CG
M3
3.355,80
14,75
49.484,29
LM 1108
RADIER EM CONCRETO ARMADO
C/LONA PLASTICA
SER.CG
M2
46.349,52
31,05
1.439.057,58
SUBTOTAL (Etapa):
2.598.448,49
LM
0272D
03.0
ESTRUTURA
LM 0026
ARMADURA DE AÇO CA 60 5.0mm
SER.CG
KG
9.070,53
4,96
44.995,09
LM 0272
VIGA DE BLOCO CALHA DE CONCRETO
9x19x39cm-Aço 5.0mm-Estrutura
SER.CG
M
39.410,91
16,03
631.849,90
LM 0277
FORMA DE TÁBUA AGRESTE
P/ESTRUTURA (03 USOS)
SER.CG
M2
2.615,55
30,96
80.980,46
LM 0392
LAJE TRELIÇADA H=12CM, COM EPS,
H=8CM, INCL. ESCORAMENTO E
CAPEAMENTO H=4CM
SER.CG
M2
2.862,30
70,05
200.505,78
LM 0763
CONCRETO ESTRUTURAL EM
ESTRUTURA FCK 25,0MPa, preparo com
betoneira, transporte, lançamento e
adensamento.
SER.CG
M3
118,44
277,95
32.919,97
SUBTOTAL (Etapa):
991.251,20
04.0
ALVENARIA E FECHAMENTOS
LM 0031
ALVENARIA DE BLOCO CERAMICO
9x19x24 cm
SER.CG
M2
123.878,37
20,73
2.567.436,20
LM 0032
CONTRAVERGA PREMOLDADA
SER.CG
M
22.503,60
18,36
413.278,05
SUBTOTAL (Etapa):
2.980.714,25
05.0
EM 51
LM 0548
06.0
LM 0268
COBERTURA
COBERTURA COM TELHA CERÂMICA
SOBRE MADEIRA GUAJARÁ, INCL.
CUMEEIRA (EMPRE)
EMPRE
M2
48.007,68
50,00
2.400.384,00
COLOCAÇÃO DE TABEIRA EM
COBERTURA DE MADEIRA
SER.CG
M
22.701,00
15,19
344.723,77
SUBTOTAL (Etapa):
2.745.107,77
IMPERMEABILIZAÇÕES
IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA
ASFÁLTICA -PERIMETRO DAS PAREDES
SER.CG
M2
5.187,67
40,87
212.010,53
71
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 0283
LM 0416
07.0
EM 01
LM 0062
LM 0064
DESCRIÇÃO
IMPERMEABILIZAÇÃO COM
ARGAMASSA POLIMÉRICA 02
DEMÃOS
BASE EM ARGAMASSA PARA
IMPERMEABILIZAÇÃO e=3,00cm
CLASS
UNIDADE
QUANT.
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
SER.CG
M2
5.922,00
14,81
87.698,31
SER.CG
M2
1.974,00
13,05
25.760,53
SUBTOTAL (Etapa):
325.469,36
REVESTIMENTOS INTERNOS
APLICAÇÃO DE REBOCO EM
PAREDES C/GESSO CORRIDO
CHAPISCO INTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA GROSSA TRAÇO 1:3, e=
5mm
REBOCO INTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA TRAÇO 1:5, e= 20mm
EMPRE
M2
98.749,35
6,20
612.245,97
SER.CG
M2
37.851,45
2,75
104.063,86
SER.CG
M2
33.686,31
12,46
419.692,35
114.718,54
LM 0073
REVESTIMENTO CERÂMICO
20X20CM INCL. REJUNTE
SER.CG
M2
4.658,64
24,62
LM 0074
EMBOÇO INTERNO e=1,5MM
SER.CG
M2
4.658,64
11,08
51.598,72
SUBTOTAL (Etapa):
1.302.319,44
08.0
REVESTIMENTOS EXTERNOS
LM 0409
EXECUÇÃO DE MOLDURA DE
ARGAMASSA EM ESQUADRIAS
SER.CG
M
17.963,40
29,90
537.033,81
LM 0495
REBOCO EXTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA TRAÇO 1:5, e= 20mm
SER.CG
M2
77.815,08
12,51
973.687,65
LM 0496
CHAPISCO EXTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA GROSSA TRAÇO 1:3, e=
5mm
SER.CG
M2
77.815,08
3,49
271.793,29
SUBTOTAL (Etapa):
1.782.514,74
09.0
PAVIMENTAÇÃO/PISOS
LM 0092
LAJOTA PREMOLDADA DE
CONCRETO 40x40cm
SER.CG
M2
3.948,00
20,77
81.993,33
LM 0095
PISO CERÂMICO 20X20CM,
INCL. REJUNTE
SER.CG
M2
6.612,90
24,24
160.271,43
LM 0109
REGULARIZAÇÃO DE BASE
P/ASSENTAMENTO DE PISO
CERÂMICO-CONTRAPISO
SER.CG
M2
6.612,90
9,78
64.682,76
LM 0352
RODAPÉ CERÂMICO 7X20CM
INCL. REJUNTE
SER.CG
M
10.343,76
3,97
41.107,76
LM 0619
PISO CIMENTADO LISO C/
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA
SER.CG
M2
35.304,99
17,85
630.164,77
SUBTOTAL (Etapa):
978.220,05
10.0
LM 1107
11.0
LM 0378
MÁRMORES E GRANITOS
FILETE EM MÁRMORE BRANCO
ESQUADRIAS DE ALUMINIO
PORTA DE
ABRIR,1FL(1/2VZ,1/2VD),
70x210cm, ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO C/VIDRO
LISO 3MM-NIAGARA-ESAF
SER.CG
SER.CG
M
UN
4.204,62
8,94
37.608,35
SUBTOTAL (Etapa):
37.608,35
987,00
275,49
271.904,48
72
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 0538
LM 0543
DESCRIÇÃO
JANELA DE CORRER, 2F(MV)
120x120cm, ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO, VIDRO
INCOLOR 3MM-ESAF-NIAGARA
II
JANELA BASCULANTE, 02 FL,
60x40cm, ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO, VIDRO
CANELADO 3/4MM, MALBECESAF
CLASS
UNIDADE
QUANT.
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
SER.CG
UN
987,00
164,95
162.807,40
SER.CG
UN
987,00
39,77
39.248,65
LM 0847
PORTA DE ABRIR, 01FL(VD) DE
90x210cm,ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO,VIDRO
INCOLOR 3mm,NIAGARA,ESAF
SER.CG
UN
987,00
267,38
263.903,27
LM 0981
JANELA DE CORRER, 2F(MV)
100x120cm, ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO, VIDRO
INCOLOR 3MM-ESAF-NIAGARA
II
SER.CG
UN
1.974,00
151,33
298.724,45
LM 0982
JANELA BASCULANTE, 04 FL(1F
3M), 60x80cm, ALUMINIO
ANODIZADO FOSCO, VIDRO
CANELADO 3/4MM, MALBECESAF
SER.CG
UN
987,00
67,51
66.628,64
SUBTOTAL (Etapa):
1.103.216,89
12.0
ESQUADRIAS DE MADEIRA
LM 0295
PORTA INTERNA SEMI-OCA
60x210, COMPLETA,
COLOCAÇÃO E ACABAMENTO
SER.CG
UN
987,00
123,77
122.156,55
LM 0296
PORTA INTERNA SEMI-OCA
70x210, COMPLETA,
COLOCAÇÃO E ACABAMENTO
SER.CG
UN
1.974,00
128,77
254.183,10
LM 0871
MONTAGEM E ASSENTAMENTO
DE CAIXAS DE PORTAS INCL.
ALIZARES
SER.CG
UN
2.961,00
73,53
217.713,65
SUBTOTAL (Etapa):
594.053,29
13.0
LM 0123
ELETRODUTOS E CONEXOES
ELETRODUTO PVC ROSCÁVEL
1"
SER.CG
M
16.581,60
4,79
79.478,26
LM 0131
ELETRODUTO PVC FLEX.
CORRUGADO 20mm
SER.CG
M
47.079,90
2,22
104.615,30
LM 0132
ELETRODUTO PVC FLEX.
CORRUGADO 25mm
SER.CG
M
7.896,00
2,12
16.716,46
LM 0161
CAIXA DE LUZ PVC 4x2"
SER.CG
UN
17.766,00
3,28
58.283,49
LM 0164
CAIXA OCTOGONAL PVC 3x3"
SER.CG
UN
8.883,00
4,03
35.804,00
LM 0205
CURVA 90º PVC ELETRODUTO
ROSCÁVEL 1"
SER.CG
UN
3.948,00
2,88
11.387,99
SER.CG
UN
7.896,00
1,09
8.644,79
SER.CG
UN
3.948,00
1,35
5.324,70
SER.CG
UN
987,00
1,10
1.084,42
LUVA PVC ELETRODUTO
ROSCÁVEL 1"
BUCHA ZAMAK PARA
LM 0211
ELETRODUTO 1"
BUCHA ZAMAK PARA
LM 0211D
ELETRODUTO 3/4"
LM 0207
LM 0256
HASTE DE TERRA TIPO
COPPERWELD 5/8"x2,40cm
SER.CG
UN
987,00
61,12
60.322,08
LM 0307
CURVA 180º PVC ELETRODUTO
ROSCÁVEL 1"
SER.CG
UN
1.974,00
3,63
7.174,50
LM 0311
CAIXA EM POLICARBONATO
MONOFÁSICO PADRÃO
COELBA
SER.CG
UN
987,00
62,39
61.574,78
73
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 0321
LM 0324
LM 0376
LM 0437
LM 0988
14.0
LM 0220
LM 0241
LM 0242
LM 0249
LM 0310
LM 0487
15.0
LM 0168
LM 0169
LM 0171
LM 0219
16.0
DESCRIÇÃO
ELETRODUTO PVC ROSCÁVEL
3/4"
RACK 01 ELEMENTO
C/ISOLADOR
ARMAÇÃO SECUNDÁRIA DE 1
ESTRIBO
CAIXA DE INSPEÇÃO EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
60x60x60cm, REBOCADA
POSTE EM CONCRETO
ARMADO 12/400 H=6,00M
QUADROS E DISJUNTORES
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE
LUZ EM PVC DE EMBUTIR ATÉ
06 DISJUNTORES
DISJUNTOR MONOPOLAR DIN
20A
DISJUNTOR MONOPOLAR DIN
40A
DISJUNTOR BIPOLAR DIN 63A
DISJUNTOR MONOPOLAR DIN
63A
DISJUNTOR MONOPOLAR DIN
16A
FIOS E CABOS
FIO ISOLADO PVC RÍGIDO 750V
1,50mm²
FIO ISOLADO PVC RÍGIDO 750V
2,50mm²
FIO ISOLADO PVC RÍGIDO 750V
6,00mm²
CABO ISOLADO PVC RÍGIDO
750V 16,00mm²
CLASS
UNIDADE
QUANT.
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
SER.CG
M
987,00
4,18
4.127,30
SER.CG
UN
987,00
20,39
20.120,39
SER.CG
UN
987,00
7,94
7.834,71
SER.CG
UN
987,00
128,71
127.041,52
SER.CG
UN
987,00
469,08
462.977,03
SUBTOTAL (Etapa):
1.072.511,73
SER.CG
UN
987,00
34,87
34.417,48
SER.CG
UN
1.974,00
6,91
13.642,79
SER.CG
UN
987,00
11,51
11.361,59
SER.CG
UN
987,00
54,92
54.208,49
SER.CG
UN
1.974,00
9,36
18.479,09
SER.CG
UN
987,00
6,91
6.821,39
SUBTOTAL (Etapa):
138.930,83
SER.CG
M
97.713,00
1,92
187.128,21
SER.CG
M
140.450,10
2,32
325.674,01
SER.CG
M
17.469,90
2,97
51.941,58
SER.CG
M
30.103,50
6,12
184.303,50
SUBTOTAL (Etapa):
749.047,30
TOMADAS E INTERRUPTORES
LM 0226D TOMADA HEXAGONAL 2P+T
SER.CG
UN
9.870,00
8,96
88.447,44
LM 0229
INTERRUPTOR DE EMBUTIR 01
TECLA SIMPLES
SER.CG
UN
2.961,00
3,49
10.325,24
LM 0230
INTERRUPTOR DE EMBUTIR 02
TECLAS SIMPLES
SER.CG
UN
1.974,00
8,23
16.247,24
LM 0232
INTERRUPTOR DE EMBUTIR 01
TECLA SIMPLES C/TOMADA
SER.CG
UN
987,00
9,55
9.428,02
LM 0236
PLACA CEGA 4" x 2"
SER.CG
UN
987,00
1,89
1.868,92
SUBTOTAL (Etapa):
126.316,87
17.0
LM 0132
INSTALAÇÕES DE TELEFONE
ELETRODUTO PVC FLEX.
CORRUGADO 25mm
LM 0161
CAIXA DE LUZ PVC 4x2"
TOMADA P/TELEFONE TIPO RJ
LM 0224
11
TOMADA P/TELEFONE TIPO RJ
LM 0224D
45
LM 0236 PLACA CEGA 4" x 2"
LM 0437
CAIXA DE INSPEÇÃO EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
60x60x60cm, REBOCADA
SER.CG
M
21.319,20
2,12
45.134,45
SER.CG
UN
4.935,00
3,28
16.189,86
SER.CG
UN
5.922,00
11,41
67.577,36
SER.CG
UN
1.974,00
27,46
54.208,49
SER.CG
UN
3.948,00
1,89
7.475,70
SER.CG
UN
987,00
128,71
127.041,52
74
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 0465
18.0
DESCRIÇÃO
CAIXA EM CHAPA DE AÇO
P/TELEFONE 10x10x12cm
CLASS
UNIDADE
SER.CG
UN
QUANT.
1.974,00
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
71,33
140.809,45
SUBTOTAL (Etapa):
458.436,82
INSTALAÇÕES HIDRAULICAS
JOELHO 90º PVC SOLDAVEL
20mm
JOELHO 90º PVC SOLDAVEL
25mm
SER.CG
UN
10.857,00
3,08
33.423,21
SER.CG
UN
5.922,00
3,10
18.351,35
LM 0046
JOELHO 90º PVC AZUL COM
BUCHA DE LATÃO 20mm x 1/2"
SER.CG
UN
3.948,00
5,95
23.509,51
LM 0047
JOELHO 90º PVC AZUL COM
BUCHA DE LATÃO 25mm x 1/2"
SER.CG
UN
4.935,00
5,37
26.513,72
LM 0058
BUCHA DE REDUÇÃO PVC
SOLDAVEL 32x25mm
SER.CG
UN
987,00
1,84
1.814,93
LM 0059
TUBO DE PVC SOLDAVEL 20mm
SER.CG
M
20.036,10
2,36
47.329,68
LM 0060
TUBO DE PVC SOLDAVEL 25mm
SER.CG
M
7.896,00
3,12
24.640,82
LM 0061
TUBO DE PVC SOLDAVEL 32mm
SER.CG
M
690,90
4,45
3.072,05
LM 0115
RESERVATÓRIO D`AGUA
CILINDRICO EM FIBRA 500L
SER.CG
UN
987,00
283,21
279.528,66
LM 0134
TUBO DE PVC SOLDAVEL 40mm
SER.CG
M
3.948,00
5,54
21.865,62
LM 0137
REGISTRO DE ESFERA PVC
SOLDAVEL 20mm
SER.CG
UN
987,00
8,04
7.939,09
LM 0146
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
C/FLANGES 20x1/2"
SER.CG
UN
987,00
8,40
8.291,50
LM 0147
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
C/FLANGES 25x3/4"
SER.CG
UN
987,00
9,42
9.294,29
LM 0149
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
C/FLANGES 40x1.1/4"
SER.CG
UN
987,00
10,65
10.509,12
LM 0150
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
BOLSA/ROSCA 20x1/2"
SER.CG
UN
1.974,00
1,65
3.254,38
LM 0152
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
BOLSA/ROSCA 25x3/4"
SER.CG
UN
987,00
1,75
1.725,89
LM 0154
ADAPTADOR PVC SOLDÁVEL
BOLSA/ROSCA 40x1.1/4"
SER.CG
UN
3.948,00
1,84
7.255,43
SER.CG
UN
987,00
13,45
13.271,58
SER.CG
UN
2.961,00
3,35
9.932,66
987,00
4,96
4.891,94
LM 0043
LM 0044
LM 0157
LM 0172
REGISTRO DE PRESSÃO 3/4"
JOELHO 90º PVC SOLDAVEL
40mm
LM 0175
JOELHO 90º PVC AZUL COM
BUCHA DE LATÃO 25mm x3/4"
SER.CG
UN
LM 0180
TE DE PVC SOLDAVEL 25mm
SER.CG
UN
987,00
3,46
3.413,64
LM 0183
TE DE PVC SOLDAVEL 32x25mm
SER.CG
UN
2.961,00
3,77
11.159,35
LM 0423
BUCHA DE REDUÇÃO PVC
SOLDAVEL 40x25mm
SER.CG
UN
987,00
1,49
1.470,90
LM 0568
REGISTRO DE GAVETA
C/CANOPLA 1 1/4"
SER.CG
UN
987,00
42,74
42.186,37
LM 0709
LUVA PVC SOLDÁVEL E COM
ROSCA 25mm x 3/4"
SER.CG
UN
987,00
3,81
3.763,19
LM 0713
TE DE 90º RED. SD. COM BUCHA
DE LATÃO 25mmX1/2''
SER.CG
UN
987,00
7,94
7.833,25
LM 0745
TE DE PVC SOLDAVEL 40x32mm
SER.CG
UN
1.974,00
7,54
14.876,91
LM 0748
COLAR DE TOMADA
POLIPROPILENO DE 85X20MM
SER.CG
UN
987,00
11,32
11.175,71
75
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 1011
19.0
LM 0080
DESCRIÇÃO
REGISTRO DE GAVETA BRUTO
ref. 1510-HD 1.1/4"
CLASS
UNIDADE
SER.CG
UN
LOUÇAS E METAIS SANITARIOS
LAVATÓRIO DE LOUÇA
S/COLUNA C/TORNEIRA E
SER.CG
ACESSÓRIOS
QUANT.
987,00
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
25,32
24.988,06
SUBTOTAL (Etapa):
677.282,81
UN
987,00
86,26
85.140,50
LM 0084
BACIA SANITÁRIA EM LOUÇA
C/CAIXA ACOPLADA
SER.CG
UN
987,00
134,41
132.667,11
LM 0192
TANQUE P/ LAVAR ROUPA EM
MÁRMORE SINTÉTICO 15L
SER.CG
UN
987,00
88,67
87.519,66
LM 0348
CHUVEIRO PVC COM BRAÇO
SER.CG
UN
987,00
7,32
7.229,53
LM 0689
PIA DE COZINHA EM MÁRMORE
SINTÉTICO 1,20X0,50m
SER.CG
UN
987,00
133,81
132.070,57
SUBTOTAL (Etapa):
444.627,36
20.0
INSTALAÇÕES DE ESGOTO
LM 0033
TUBO DE PVC ESGOTO 50MM
SER.CG
M
6.751,08
7,61
LM 0035
TUBO DE PVC ESGOTO 40MM
SER.CG
M
1.421,28
5,24
7.451,05
LM 0036
TUBO DE PVC ESGOTO 100MM
SER.CG
M
10.995,18
12,44
136.762,90
LM 0038
JOELHO 90º PVC ESGOTO 50mm
SER.CG
UN
5.922,00
6,05
35.798,93
LM 0040
SER.CG
UN
2.961,00
5,50
16.270,91
SER.CG
UN
987,00
6,57
6.481,95
SER.CG
UN
987,00
12,77
12.599,62
SER.CG
UN
987,00
15,45
15.247,49
SER.CG
UN
987,00
26,48
26.135,99
LM 0196
JOELHO 45º PVC ESGOTO 50mm
JOELHO 90º PVC ESGOTO
40x38mm COM ANEL DE
BORRACHA
JUNÇÃO SIMPLES PVC ESGOTO
100x50mm
RALO SIFONADO PVC
QUADRADO 100x40mm GRELHA
DE ALUMÍNIO
CAIXA SIFONADA PVC
150x150X50mm GRELHA DE
ALUMINIO
TE DE PVC ESGOTO 100x 50mm
SER.CG
UN
987,00
11,78
11.628,04
LM 0299
LUVA PVC ESGOTO 100mm
SER.CG
UN
1.974,00
6,45
12.736,56
LM 0300
LUVA PVC ESGOTO 50mm
SER.CG
UN
1.974,00
3,41
6.737,58
LM 0300D LUVA PVC ESGOTO 40mm
SER.CG
UN
987,00
4,86
4.799,94
SER.CG
UN
987,00
3,48
3.439,20
SER.CG
UN
987,00
128,71
127.041,52
SER.CG
UN
987,00
104,21
102.853,80
SER.CG
UN
987,00
10,48
10.340,13
SER.CG
UN
1.974,00
5,28
10.415,46
SUBTOTAL (Etapa):
598.142,03
LM 0042
LM 0050
LM 0054
LM 0160
LM 0308
LM 0437
LM 0439
LM 0997
CAP PVC ESGOTO 100mm
CAIXA DE INSPEÇÃO EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
60x60x60cm, REBOCADA
CAIXA DE
GORDURA/SIFONADA EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
30x40x60cm, REBOCADA, COM
TAMPA DE CONCRETO e=6,00cm
CURVA 90º PVC ESGOTO 100mm
LM 0997D CURVA 90º PVC ESGOTO 40mm
21.0
LM 0107
LM 0845
PINTURA INTERNA
PINTURA DE PAREDES
INTERNAS 02 DEMÃOS
S/MASSA CORRIDA
TEXTURA DE PAREDES
INTERNAS 01 DEMÃO S/MASSA
CORRIDA
51.400,97
SER.CG
M2
98.749,35
9,44
932.618,49
SER.CG
M2
33.686,31
7,74
260.602,01
SUBTOTAL (Etapa):
1.193.220,50
76
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
DESCRIÇÃO
22.0
PINTURA EXTERNA
TEXTURA DE PAREDES
EXTERNAS 01 DEMÃO S/MASSA
CORRIDA
LM 0328
23.0
LM 0103
24.0
LM 0482
25.0
LM 0994
VB 06
26.0
FORROS
FORRO EM PVC PAINÉIS
LINEARES EM ESTRUTURA DE
MADEIRA
CLASS
UNIDADE
SER.CG
M2
SER.CG
M2
QUANT.
PREÇO(R$)
77.815,08
PREÇO TOTAL (R$)
9,24
719.131,17
SUBTOTAL (Etapa):
719.131,17
31.584,00
26,64
841.375,34
SUBTOTAL (Etapa):
841.375,34
LIMPEZA
LIMPEZA PERMANENTE
SER.CG
M2
36.262,38
2,75
99.572,87
SUBTOTAL (Etapa):
99.572,87
TOTAL GERAL:
22.811.254,25
SERVIÇOS PRELIMINARES
TAPUME PARA OBRA
LIGAÇÕES PROVISÓRIAS DE
ÁGUA, ESGOTO, LUZ, FORÇA E
TELEFONE
SER.CG
M2
5.380,58
46,18
248.473,57
VERBA
VB
1,00
7.600,00
7.600,00
SUBTOTAL (Etapa):
256.073,57
TERRAPLENAGEM
EM 10
ATERRO COM EMPRÉSTIMO DE
MATERIAL
EMPRE
M3
18.695,95
30,00
560.878,50
EM 21
ESCAVAÇÃO MECANIZADA DE
VALAS
EMPRE
M3
10.071,93
3,50
35.251,76
EM 74
DESTOCAMENTO E LIMPEZA
MECANIZADA DE TERRENO
EMPRE
M2
186.959,52
1,20
224.351,42
SUBTOTAL (Etapa):
820.481,68
27.0
EM 21
EM 25
LM 0912
LM 0965
LM 1099
VB 14
VB 16
28.0
EM 21
EM 25
LM 0007
LM 0027
ÁGUA POTAVEL
ESCAVAÇÃO MECANIZADA DE
VALAS
REATERRO COMPACTADO
MECANICAMENTE
CARGA E BOTA FORA
EXTERNO
COLCHÃO DE AREIA
LIGAÇÃO DOMICILIAR
C/MURETA
CADASTRO DE REDE DE ÁGUA
TUBOS E CONEXÕES DE PVC
P/REDE DE ÁGUA
ESGOTO SANITÁRIO
ESCAVAÇÃO MECANIZADA DE
VALAS
REATERRO COMPACTADO
MECANICAMENTE
CONCRETO NÃO ESTRUTURAL
FCK 13,5MPa, preparo com
betoneira
ARMADURA DE AÇO CA 50
8.0mm
EMPRE
M3
4.130,00
3,50
14.455,00
EMPRE
M3
2.587,00
6,20
16.039,40
SER.CG
M3
1.543,00
14,75
22.752,92
SER.CG
M3
1.543,00
42,88
66.156,74
SER.CG
UN
987,00
160,56
158.469,81
VERBA
M
5.134,40
0,20
1.026,88
VERBA
M
5.134,40
42,00
215.644,80
SUBTOTAL (Etapa):
494.545,55
EMPRE
M3
3.107,63
3,50
10.876,71
EMPRE
M3
2.210,07
6,20
13.702,43
SER.CG
M3
1,95
197,91
385,92
SER.CG
KG
2.579,72
5,18
13.364,45
LM 0278
FORMA DE TÁBUA AGRESTE
P/FUNDAÇÃO (03 USOS)
SER.CG
M2
312,02
23,13
7.218,52
LM 0406
POÇO DE VISITA, DIÂMETRO
0,60m , h=1,20m, INCLUSIVE
TAMPÃO DE FERRO Dn=0,60m
SER.CG
UN
53,00
423,28
22.433,79
77
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
DESCRIÇÃO
CLASS
UNIDADE
LM 0440
CAIXA DE PASSAGEM EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
40x40x40cm, REBOCADA, COM
TAMPA DE CONCRETO e=5,00cm
SER.CG
UN
987,00
73,56
72.605,50
LM 0763
CONCRETO ESTRUTURAL EM
ESTRUTURA FCK 25,0MPa,
preparo com betoneira,transporte,
lançamento e adensamento.
SER.CG
M3
42,99
277,95
11.948,92
SER.CG
M3
897,57
14,75
13.235,48
SER.CG
M3
464,41
42,88
19.911,76
LM 0912
LM 0965
CARGA E BOTA FORA
EXTERNO
COLCHÃO DE AREIA
QUANT.
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
LM 1106
POÇO DE VISITA, DIÂMETRO
0,80m , h=1,50/2,00m, INCLUSIVE
TAMPÃO DE FERRO Dn=0,60m
SER.CG
UN
19,00
592,00
11.248,06
LM 1124
POÇO DE VISITA, DIÂMETRO
1,20m , h=2,00/3,00m, INCLUSIVE
TAMPÃO DE FERRO Dn=0,60m
SER.CG
UN
12,00
1.176,83
14.121,96
VB 12
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ESGOTO (ETE)
VERBA
VB
1,00
700.000,00
700.000,00
VB 15
CADASTRO DE REDE DE
ESGOTO
VERBA
M
5.034,40
0,20
1.006,88
VB 17
TUBOS E CONEXÕES DE PVC
P/REDE DE ESGOTO
VERBA
M
5.034,40
34,92
175.801,25
SUBTOTAL (Etapa):
1.087.861,62
29.0
EM 21
LM 0102
PAVIMENTAÇÃO
ESCAVAÇÃO MECANIZADA DE
VALAS
PASSEIO EM CONCRETO
SIMPLES DESEMPOLADO
e=5,00cm
EMPRE
M3
14.855,40
3,50
51.993,90
SER.CG
M2
18.860,58
28,81
543.316,92
LM 0407
FORNECIMENTO E
ASSENTAMENTO DE MEIO FIO
SER.CG
M
11.868,39
9,76
115.791,57
LM 0965
COLCHÃO DE AREIA
SER.CG
M3
12.263,73
42,88
525.812,33
LM 0990
CALÇAMENTO EM PARALELO
INCLUSIVE NIVELAMENTO E
COMPACTAÇÃO DE RUAS COM
REJUNTAMENTO A RODO
SER.CG
M2
37.138,50
26,88
998.174,44
LM 0993
BASE EM BRITA PARA
ESTACIONAMENTO
SER.CG
M2
1.250,00
4,73
5.909,12
LM 1118
DEMARCAÇÃO DE VAGAS
PARA ESTACIONAMENTO
SER.CG
M
450,00
13,98
6.293,21
SUBTOTAL (Etapa):
2.247.291,48
30.0
ILUMINAÇÃO
VB 20
FIAÇÃO
VERBA
M
16.416,63
23,00
377.582,49
VB 21
POSTEAÇÃO
VERBA
UN
250,00
300,00
75.000,00
VB 22
LUMINÁRIAS
VERBA
UN
250,00
150,00
37.500,00
SUBTOTAL (Etapa):
490.082,49
31.0
VB 18
VB 19
32.0
TELEFONIA
DUTOS E CONEXÕES PARA
TELEFONIA
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
GERAL
PAISAGISMO
VERBA
M
5.472,00
17,00
93.024,00
VERBA
UN
10,00
125,00
1.250,00
SUBTOTAL (Etapa):
94.274,00
78
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
LM 1084
33.0
LM 0407
LM 0965
VB 25
34.0
DESCRIÇÃO
PLANTIO DE ÁRVORES DE
PEQUENO PORTE
CLASS
UNIDADE
SER.CG
UN
QUANT.
PREÇO(R$)
61,00
16,06
PREÇO TOTAL (R$)
979,71
SUBTOTAL (Etapa):
979,71
TOTAL GERAL:
5.491.590,11
PARQUE INFANTIL 28,26M2
FORNECIMENTO E
ASSENTAMENTO DE MEIO FIO
COLCHÃO DE AREIA
BRINQUEDOS PARA PARQUE
INFANTIL
SER.CG
M
56,52
9,76
551,43
SER.CG
M3
25,44
42,88
1.090,75
VERBA
VB
1,00
5.500,00
5.500,00
SUBTOTAL (Etapa):
7.142,18
TOTAL GERAL:
7.142,18
QUADRA DO CAMPO SOCIETY
LM 0016
LOCAÇÃO DA OBRA
EXECUÇÃO DE GABARITO
SER.CG
M2
806,40
3,51
2.827,42
LM 0437
CAIXA DE INSPEÇÃO EM
ALVENARIA DE BLOCO
CERÂMICO SINGELO,
60x60x60cm,REBOCADA
SER.CG
UN
18,00
128,71
2.316,87
LM 0571
POSTE EM TUBO DE FERRO
GALVANIZADO 2.1/2"
SER.CG
UN
8,00
171,43
1.371,47
LM 0832
MONTAGEM DO SISTEMA DE
FECHAMENTO EM
ALAMBRADO DA QUADRA
SER.CG
CJ
2,00
25.361,64
50.723,28
SER.CG
M
240,00
2,77
664,14
SER.CG
PAR
2,00
1.501,10
3.002,20
SER.CG
PAR
2,00
161,10
322,20
SER.CG
UN
24,00
281,31
6.751,35
SER.CG
M3
196,00
LM 0916
LM 0917
LM 0918
LM 0919
LM 0965
35.0
EM 51
LM 0004
LM 0021
LM 0022
LM 0026
LM 0027
LM 0028
DEMARCAÇÃO DE CAMPO COM
CAL
TRAVE DE FUTEBOL SOCIETY
REDE PARA TRAVE DE
FUTEBOL SOCIETY
PROJETOR EXTERNO PARA
LÂMPADA VAPOR DE
MERCÚRIO 250W
COLCHÃO DE AREIA
42,88
8.403,58
SUBTOTAL (Etapa):
76.382,49
TOTAL GERAL:
76.382,49
QUIOSQUE
COBERTURA COM TELHA
CERÂMICA SOBRE MADEIRA
GUAJARÁ, INCL. CUMEEIRA
(EMPRE)
ESCAVAÇÃO MANUAL DE
VALA PROFUNDIDADE ATÉ 2,00
m
REATERRO COMPACTADO
MANUALMENTE
ARMADURA DE AÇO CA 50
6.3mm
ARMADURA DE AÇO CA 60
5.0mm
ARMADURA DE AÇO CA 50
8.0mm
ARMADURA DE AÇO CA 50
10.00mm
EMPRE
M2
128,00
50,00
6.400,00
SER.CG
M3
19,51
10,98
214,29
SER.CG
M3
17,32
5,49
95,12
SER.CG
KG
9,73
5,46
53,08
SER.CG
KG
42,19
4,96
209,29
SER.CG
KG
42,91
5,18
222,30
SER.CG
KG
39,37
4,80
188,80
LM 0278
FORMA DE TÁBUA AGRESTE
P/FUNDAÇÃO (05 USOS)
SER.CG
M2
33,64
23,13
778,25
LM 0328
TEXTURA DE PAREDES
EXTERNAS 01 DEMÃO S/MASSA
CORRIDA
SER.CG
M2
20,16
9,24
186,31
79
Planilha de Custos Diretos - continuação
CÓDIGO
DESCRIÇÃO
CLASS
UNIDADE
QUANT.
PREÇO(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
LM 0495
REBOCO EXTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA TRAÇO 1:5, e= 20mm
SER.CG
M2
20,16
12,51
252,26
LM 0496
CHAPISCO EXTERNO COM
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA GROSSA TRAÇO 1:3, e=
5mm
SER.CG
M2
20,16
3,49
70,42
LM 0548
COLOCAÇÃO DE TABEIRA EM
COBERTURA DE MADEIRA
SER.CG
M
64,00
15,19
971,87
LM 0619
PISO CIMENTADO LISO C/
ARGAMASSA DE CIMENTO E
AREIA
SER.CG
M2
72,00
17,85
1.285,14
LM 0763
CONCRETO ESTRUTURAL EM
ESTRUTURA FCK 25,0MPa,
preparo com betoneira,transporte,
lançamento e adensamento.
SER.CG
M3
2,28
277,95
633,72
SER.CG
M2
72,00
26,15
1.883,10
SER.CG
M3
2,18
14,75
32,15
LM 0869
LM 0912
CAMADA
IMPERMEABILIZADORA
E=8,00CM
CARGA E BOTA FORA
EXTERNO
SUBTOTAL (Etapa):
13.476,08
TOTAL GERAL:
28.399.845,11
80
ANEXO G – PLANILHA DE CUSTOS INDIRETOS
DESPESAS INDIRETAS - 987 UNIDADES HABITACIONAIS
FUNCIONÁRIOS ESTIMADOS
305
UNIDADES
987
MESES 18,00
TOTAL R$ 2.848.286,32
DATA:
03.03.2010
ITEM DESCRIÇÃO
TOTAL/MÊS R$ 158.238,13
UNID QUANT. TOTAL (R$)
01
PROJETOS E DOCUMENTAÇÃO
01.01
ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO
m2
1,00
01.02
REGISTROS NO CREA
Vb
1,00
1.000,00
01.03
HABITE-SE
Vb
1,00
30.597,00
01.04
APROVAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS
Vb
1,00
1.000,00
01.05
SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS
Vb
1,00
6.650,00
01.06
SERVIÇOS TERRAPLENAGEM
Vb
1,00
2.200,00
01.07
PROJETO ARQUITETÔNICO
Vb
1,00
70.000,00
01.08
PROJETO ESTRUTURAL
Vb
1,00
2.000,00
01.09
PROJETO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Vb
1,00
6.000,00
01.10
PROJETO INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIAS
Vb
1,00
6.000,00
01.11
PROJETO ESTRUTURAL DE ETE
Vb
1,00
18.000,00
01.12
PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM
Vb
1,00
4.400,00
01.13
PROJETO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Vb
1,00
17.500,00
01.14
PROJETO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Vb
1,00
17.500,00
01.15
PROJETO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Vb
1,00
2.500,00
01.16
SONDAGENS/TESTE DE ABSORÇÃO
Vb
1,00
7.576,00
01.17
PCMAT
Vb
1,00
1.000,00
01.18
PCMSO
Vb
1,00
1.000,00
01.19
MANUAL DO PROPRIETÁRIO
Vb
1,00
1.500,00
01.20
CONSULTORIA JURÍDICA
Vb
1,00
01.21
QUADROS NBR
Vb
1,00
01.22
IPTU/TERRENO
Vb
1,00
65.000,00
1.500,00
R$ 262.923,00
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT. PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
02
ADMINISTRAÇÃO DA OBRA (ES = 126,00%)
02.01
ENGENHEIRO RESIDENTE
MES
1,00
10.373,40
186.721,20
02.02
MESTRE DE OBRAS
MES
1,00
5.989,00
107.802,00
02.03
ENCARREGADO DE PEDREIRO
MES
1,00
2.034,00
36.612,00
02.04
TÉCNICO DE SEGURANÇA
MES
1,00
2.260,00
40.680,00
02.05
TÉCNICO DE QUALIDADE
MES
1,00
2.260,00
40.680,00
02.06
VIGILÂNCIA / PORTARIA
MES
2,00
6.712,20
241.639,20
02.07
ALMOXARIFE
MES
1,00
2.024,96
36.449,28
02.08
APONTADOR
MES
1,00
1.281,42
23.065,56
02.09
SERVENTE APOIO ALMOXARIFADO
MES
1,00
1.205,60
21.700,75
02.10
ESTAGIÁRIOS
MES
2,00
651,20
23.443,20
02.11
BETONEIRO
MES
3,00
1.281,42
69.196,68
R$ 827.989,87
81
Planilha de Custos Indiretos - continuação
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT. PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
03
EQUIPAMENTOS
DEPRECIAÇÃO
03.01
BETONEIRA 600L
un
3,00
1.500,00
1.200,00
3.600,00
80,00%
03.02
MOTOR PARA VIBRADOR
un
2,00
500,00
400,00
800,00
03.03
SERRA DE BANCADA
un
1,00
500,00
400,00
400,00
03.04
SERRA CIRCULAR MANUAL
un
1,00
450,00
360,00
360,00
03.05
TESOURA PARA CORTAR FERRO
un
1,00
300,00
240,00
240,00
03.06
FURADEIRA DE IMPACTO
un
1,00
200,00
160,00
160,00
03.07
FURADEIRA LEVE
un
1,00
120,00
96,00
96,00
03.08
SERRA MÁRMORE
un
5,00
200,00
160,00
800,00
03.09
VEÍCULOS
un
1,00 25.000,00 20.000,00
20.000,00
03.10
MOITÃO
un
10,00
25,00
20,00
200,00
03.11
EXTINTOR PÓ QUÍMICO SECO 6KG
un
3,00
320,00
256,00
768,00
03.12
EXTINTOR AP-AGUA PRESSURIZADA
un
3,00
90,00
72,00
216,00
03.13
MÁQUINA CALCULAR ELETRÔNICA
un
3,00
20,00
16,00
48,00
03.14
FREZZER
un
1,00
2.000,00
1.600,00
1.600,00
03.15
SIRENE
un
1,00
330,00
264,00
264,00
03.16
MICROCOMPUTADOR C/IMPRESSORA
un
2,00
1.400,00
1.120,00
2.240,00
03.17
MÓVEIS
un
1,00
1.500,00
1.200,00
1.200,00
03.18
VENTILADOR
un
3,00
40,00
32,00
96,00
03.19
EXTENSÕES/GAMBIARRAS/CHAVES/REFLETORES
vb
1,00
3.000,00
2.400,00
2.400,00
03.20
CARRO PLATAFORMA PNEUMÁTICO
un
3,00
400,00
320,00
960,00
03.21
CARRO P/ARMAZÉM PNEUMÁTICO
un
3,00
200,00
160,00
480,00
03.22
MÁQUINA CORTAR CERÂMICA
un
1,00
300,00
240,00
240,00
03.23
ANDAIMES
un
1,00
5.000,00
4.000,00
4.000,00
03.24
BOMBONA PARA LIXO
un
10,00
50,00
40,00
400,00
03.25
PISTOLA PARA APLICAR SILICONE
un
2,00
15,00
12,00
24,00
03.26
AR CONDICIONADO
un
1,00
800,00
640,00
640,00
03.27
TELEFONE
un
1,00
50,00
40,00
40,00
03.28
COMPLEMENTOS
VB
1,00
3.000,00
2.400,00
2.400,00
R$ 44.672,00
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT. PREÇO(R$)
04
FERRAMENTAS
04.01
CHAVE DE VIRAR FERRO (completa)
un
04.02
TRENA METÁLICA 30M AÇO
04.03
ALAVANCA
04.04
TOTAL (R$)
DEPRECIAÇÃO
90,00%
6,00
30,00
27,00
un
4,00
90,00
81,00
324,00
un
20,00
57,00
51,30
1.026,00
PICARETA
un
80,00
20,00
18,00
1.440,00
04.05
CAVADOR RETO
un
80,00
13,00
11,70
936,00
04.06
CAVADOR ARTICULADO
un
80,00
16,00
14,40
1.152,00
04.07
ENXADA
un
80,00
15,00
13,50
1.080,00
04.08
PÁ QUADRADA
un
80,00
13,50
12,15
972,00
04.09
RÉGUA DE ALUMÍNIO
un
40,00
12,00
10,80
432,00
04.10
MARRETA 2KG
un
20,00
18,50
16,65
333,00
04.11
CARRO DE MÃO REFORÇADO
un
100,00
140,00
126,00
12.600,00
04.12
JOGO DE CHAVES
un
4,00
70,00
63,00
252,00
04.13
TRENA METÁLICA 5M
un
80,00
8,00
7,20
576,00
04.14
PRUMO DE CENTRO
un
80,00
18,00
16,20
1.296,00
04.15
ARCO DE SERRA
un
16,00
2,00
1,80
28,80
04.16
PRUMO DE FACE
un
80,00
15,00
13,50
1.080,00
04.17
NÍVEL DE ALUMÍNIO
un
80,00
15,00
13,50
1.080,00
162,00
82
Planilha de Custos Indiretos - continuação
ITEM DESCRIÇÃO
04.18
COMPLEMENTOS
UNID QUANT.
VB
PREÇO(R$)
1,00 1.000,00
TOTAL (R$)
900,00
900,00
R$ 25.669,80
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT.
05
FERRAMENTAS - CONSUMIDAS NA OBRA
05.01
BALDE DE CHAPA METÁLICA
un
05.02
BALDE DE PLÁSTICO
05.03
MANGUEIRA DE NÍVEL
05.04
PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
100,00
7,00
700,00
un
70,00
4,00
280,00
m
400,00
0,65
260,00
MANGUEIRA 3/4"
m
300,00
0,50
150,00
05.05
LÂMINA DE SERRA
un
500,00
2,50
1.250,00
05.06
DESEMPENADEIRA
un
10,00
10,00
100,00
05.07
ESPÁTULA
un
40,00
5,00
200,00
05.08
TRINCHÃO
un
100,00
3,00
300,00
05.09
LONA PLÁSTICA
m2
2.500,00
0,65
1.625,00
05.10
PONTEIRO/TALHADEIRA
un
60,00
5,00
300,00
05.11
DISCO PARA MAQUITA
un
300,00
25,00
7.500,00
05.12
DISCO PARA SERRA CIRCULAR
un
16,00
145,00
2.320,00
05.13
ROLO DE LÃ
un
300,00
15,00
4.500,00
05.14
ROLO DE ESPUMA
un
120,00
10,00
1.200,00
05.15
PINCEL
un
60,00
4,00
240,00
05.16
CORDA DE SISAL
kg
200,00
5,50
1.100,00
05.17
CORDA DE NYLON 5/8"
m
150,00
3,80
570,00
05.18
VASSOURA
un
200,00
2,50
500,00
05.19
BROCA DE VÍDIA (conjunto)
un
4,00
60,00
240,00
05.20
LÂMPADAS
un
200,00
2,50
500,00
05.21
CADEADO
un
20,00
7,50
150,00
05.22
LINHA DE PEDREIRO
un
40,00
10,00
400,00
05.23
CÓPIA DE CHAVES
un
20,00
2,00
40,00
05.24
COMPLEMENTOS
VB
1,00
1.000,00
1.000,00
R$ 25.425,00
ITEM DESCRIÇÃO
UNID VIDA ÚTIL(MÊS) QUANT PREÇO(R$) TOTAL (R$)
06
EPI´S / SINALIZAÇÃO
06.01
CAPACETE
un
457,50
4,50
2.058,75
06.02
BOTA DE COURO
un
4,00 1.372,50
20,00
27.450,00
06.03
BOTA DE BORRACHA
un
6,00
91,50
28,00
2.562,00
06.04
LUVA DE RASPA
PAR
2,00 1.098,00
3,50
3.843,00
06.05
LUVA DE BORRACHA
PAR
1,00 2.196,00
2,00
4.392,00
06.06
LUVA DE MALHA
PAR
1,00 2.196,00
1,30
2.854,80
06.07
ÓCULOS DE SEGURANÇA
un
6,00
183,00
13,00
2.379,00
06.08
CAPA DE CHUVA
un
6,00
457,50
9,00
4.117,50
06.09
MÁSCARA DE PARTÍCULAS
un
1,00
549,00
1,20
658,80
06.10
PROTETOR AURICULAR
un
6,00
732,00
0,65
475,80
06.11
PROTETOR FACIAL
un
12,00
45,75
15,00
686,25
06.12
UNIFORME (CALÇA)
un
3,00 1.830,00
21,50
39.345,00
06.13
UNIFORME (CAMISA)
un
9,50
17.385,00
06.14
CINTO DE SEGURANÇA
un
12,00
457,50
31,00
14.182,50
06.15
AVENTAL DE COURO
un
12,00
45,75
15,00
686,25
06.16
COMPLEMENTOS
VB
1,00
1,00
3.000,00
12,00
3,00 1.830,00
3.000,00
R$ 126.076,65
83
Planilha de Custos Indiretos - continuação
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT.
PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
07
CONSUMOS CONCESSIONÁRIAS
07.01
ENERGIA ELÉTRICA
MES
1,00
800,00
14.400,00
07.02
ÁGUA
MES
1,00
700,00
12.600,00
07.03
TELEFONE
MES
1,00
500,00
9.000,00
R$ 36.000,00
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT.
PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
08
DESPESAS DIVERSAS - OUTRAS
08.01
CÓPIAS HELIOGRÁFICAS E XEROGRÁFICAS
MES
1,00
150,00
2.700,00
08.02
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO
MES
1,00
200,00
3.600,00
08.03
MATERIAL DE ESCRITÓRIO
MES
1,00
200,00
3.600,00
08.04
FRETES/CARRETOS
MES
1,00
100,00
1.800,00
08.05
ÁGUA MINERAL
MES
1,00
100,00
1.800,00
08.06
PLACA DA OBRA
M2
6,00
100,00
600,00
08.07
PLACA DE SEGURANÇA
08.08
COMBUSTÍVEL
08.09
COMPLEMENTOS
M2
12,00
200,00
2.400,00
MES
1,00
300,00
5.400,00
VB
1,00
1.000,00
1.000,00
R$ 22.900,00
ITEM DESCRIÇÃO
UNID QUANT.
PREÇO(R$)
TOTAL (R$)
09
DESPESAS COM PESSOAL
09.01
EXAMES MÉDICOS
MES
10,00
60,00
10.800,00
09.02
CAFÉ DA MANHÃ
MES
9.150,00
1,20
197.640,00
09.03
REFEIÇÃO
MES
9.150,00
3,70
609.390,00
09.04
VALE TRANSPORTE
MES
18.300,00
2,00
658.800,00
R$ 1.476.630,00
TOTAL GERAL:
R$ 2.848.286,32
___________________
___________________
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SETOR DE ORÇAMENTOS
DIRETORIA
OBRA

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