plano de negócios: a realidade brasileira no mercado da melhor idade
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plano de negócios: a realidade brasileira no mercado da melhor idade
PLANO DE NEGÓCIOS: A REALIDADE BRASILEIRA NO MERCADO DA MELHOR IDADE Adriana Silva de Medeiros de Souza1 Anderson Cleyton Oliveira dos Santos¹ Adriely Nuvem Maciel¹ Éden Maldonado Nantes¹ Leonardo Henrique Pereira Vignoli¹ Michelle Oliveira de Castro¹ Nelina Aparecida Ribeiro¹ Patrícia Cristina Campos dos Santos¹ Vanessa Carla de Assis Ferreira¹ Armando Sérgio Aguiar Filho2 Ronaldo Maciel Guimarães3 RESUMO Este artigo objetiva o estudo do plano de negócios que aborda as etapas dessa ferramenta gerencial, exaltando a sua importância para atestar viabilidade de um empreendimento futuro ou potencializar uma empresa já existente. Concomitantemente a esta teoria o artigo apresenta a formulação do plano de negócios da empresa Espaço Viver conduzido pela análise do cenário atual do setor da melhor idade. O artigo passa pelas seguintes etapas: introdução que apresenta a contextualização da expectativa de vida do mercado brasileiro, a definição dos objetivos, as teorias sobre plano de negócios, a metodologia de pesquisa utilizada, que foi composta pela aplicação de uma pesquisa exploratória, a análise dos resultados e a conclusão mercadológica e financeira sobre a viabilidade do negócio pretendido. Após a análise dos resultados apurados concluiu-se que o implemento do negócio é viável, haja visto que os índices financeiros estão na margem esperada para o setor e a análise mercadológica evidencia o crescimento do segmento e do público-alvo do empreendimento como oportunidades relevantes. 1 Aluno do Curso de Administração da Faculdade Promove de Minas Gerais Armando Sérgio Aguiar Filho : Mestre em Administração; Professor do Curso de pós-graduação e de extensão de Políticas Sustentáveis da Faculdade Milton Campos 3 Ronaldo Maciel Guimarães: Graduado em Administração, Especialista em Educação a Distância e Mestre em Administração. Professor da Faculdade Promove de Minas Gerais 2 Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 1, jul. 2014. 2 Palavras-chaves: Estratégia. Gestão. Melhor Idade. Planejamento. Sucesso. 1. INTRODUÇÃO Estudos do IBGE (2012) demonstram que 7,4% da população do Brasil é composta por pessoas acima dos 65 anos. Estima-se que em 2060 este segmento ultrapassará os 27% de brasileiros. A instituição expõe ainda a queda na mortalidade, com expectativas de vida em 2013 para homens de 71,2 anos e mulheres 74,8 anos. Aponta uma projeção para 2060 de 78 e 84,4 anos para homens e mulheres respectivamente. O considerável aumento na população de pessoas que possuem acima de 65 anos deixa em evidência a expectativa de vida e a busca pela qualidade e bemestar, na qual emerge a necessidade de serviços voltados para esse nicho de mercado. A mudança do perfil das pessoas dessa faixa etária, com estilo de vida mais ativo, despertou a ideia de atender essa parcela do mercado. Mas, para implementar com segurança um empreendimento é necessário um planejamento prévio que sustenta a tomada de decisões. O plano de negócios é um instrumento essencial, utilizado para diminuir riscos e para que o empreendedor tenha a capacidade de estimar se seu negócio, projetado com o ideal baseado em uma visão de mundo, com valores, expectativas, conhecimento de mercado, terá sucesso ou não (Dolabela, 1999). Este artigo aborda o estudo dos componentes de um plano de negócios, detalha o desenvolvimento de um projeto e a viabilidade de um Centro de Convivência voltado para pessoas com idade a partir de 65 anos na região do bairro Santa Efigênia. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A ferramenta plano de negócios Para abrir um negócio é necessário planejamento. Boas ideias só se tornam realidade quando construídas passo a passo. Desenvolver um plano de negócios é essencial para quem busca o sucesso de um empreendimento (ROSA, 2004). 3 Dornelas, Timmons e Spinelli (2013) definem ainda que durante a vida de uma empresa, nos dez primeiros anos, as fases de desenvolvimento se assemelham a uma montanha-russa com altos e baixos, nos quais as crises propiciam aprimoramento e a ferramenta plano de negócios tem função importante para que elas possam ser superadas. Assim como um mapa, o Plano de Negócios irá orientar o empreendedor com informações sobre o mercado, os produtos e serviços a serem oferecidos, os possíveis clientes, concorrentes, fornecedores e pontos fortes e fracos no negócio. Por meio de projeções de faturamento, custos e despesas, o plano apresenta a viabilidade do negócio (ROSA, 2004). 2.2 Objetivos do plano de negócios Para a maioria dos empreendedores, a elaboração do plano de negócios tem como principal objetivo a apresentação do empreendimento a possíveis futuros parceiros comerciais como sócios, incubadoras e investidores. Mas, o principal benefício da montagem de um plano de negócio está no conhecimento adquirido pelo próprio empreendedor durante esse processo (DEUTSCHER, 2012). Segundo Deutscher (2012, p. 43) “o plano de negócios deverá responder às questões relativas à capacidade da empresa de perceber e se apropriar das oportunidades resultantes das novas demandas do mercado”. 2.3 O plano de negócios como gestão estratégica Uma das melhores formas de planejar um empreendimento é o plano de negócios, além de uma ferramenta eficaz, por meio dela é possível comprovar viabilidade e traçar estratégias de mercado que transformem um sonho em objetivo e meta concretizados (DOLABELA, 1999). Segundo Dolabela (1999) a ferramenta ainda é utilizada para concessões de financiamentos bancários, que possibilitam a implementação do negócio. Já o Sebrae (2013) descreve uma visão semelhante a de Dolabela, na qual o plano de negócios é um documento que determina os objetivos de um negócio e quais etapas devem ser cumpridas para que esses objetivos possam ser alcançados, diminuídos os riscos e as incertezas. E ainda mais: o plano de negócios permite identificar os principais erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. 4 Longenecker (1997) defende ainda que o plano de negócios deve descrever a ideia do empreendimento, planejando características de mercado, operacionais e financeiras. Segundo Dolabela (1999) o plano de negócios trata-se de algo tão importante para quem está montando um negócio que deve ser utilizado como o aparelho de medir pressão do médico, o martelo do carpinteiro ou o código civil do advogado, é um instrumento que ajuda ao empreendedor enfrentar obstáculos e mudanças rumo a economia ou no próprio negócio. Portanto, uma ferramenta que deve acompanhar todo empreendedor e todo negócio. 2.4 Processo de elaboração de um plano de negócios Deutscher (2010) defende que o plano de negócios deve evidenciar a oportunidade de implementação da empresa. A empresa deverá explicar a razão pela qual pretende receber o investimento. A oportunidade deve ser exposta de forma clara e atraente para motivar a leitura do plano. Lembre-se de que investidores costumam receber dezenas de planos de negócios por semana, e lhes é impossível ter uma equipe que leia no detalhe cada um deles (DEUSTSCHER, 2010, p. 25). A composição do plano de negócios segundo Dornelas (2002) deve ser composta pelas seguintes etapas: • Sumário executivo: é a primeira parte, a ser lida por um eventual investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do plano. • Descrição da empresa: contém o modelo de negócio da empresa, sua natureza, sua história, estrutura legal, localização, objetivos, estratégias e missão. • Produtos e serviços: descrição dos produtos e/ou serviços da empresa, suas características, forma de uso, especificações, estágio de evolução. • Estrutura organizacional: como a empresa está organizada internamente, número de funcionários, principais posições, perfil do profissional. 5 • Plano de marketing: são descritos o setor, mercado, tendências, forma de comercialização, distribuição e divulgação dos produtos, preços, concorrentes e vantagens competitivas. • Plano operacional: descrição do fluxo operacional, cadeia de suprimentos, controle de qualidade, serviços associados, capacidade produtiva, logística e sistemas de gestão. • Estrutura de capitalização: informa como a empresa está capitalizada – quem faz parte da sociedade, as necessidades de capital de terceiros, a forma de remuneração e as estratégias de saída. • Plano financeiro: demonstra como a empresa se comportará ao longo do tempo do ponto de vista financeiro. Traz descrições de cenários internos e externos, pressupostos críticos, situação histórica, fluxo de caixa, análise do investimento, demonstrativo de resultados, projeções de balanços e outros indicadores. Para se iniciar um negócio é necessário fazer uma análise minuciosa do micro e macro ambiente. Todo negócio, independentemente de sua natureza sofre interferências de diversas variáveis. Toda essa gama de variáveis são separadas devido a capacidade da empresa de controlá-las ou não (SEBRAE, 2013). Para que os objetivos sejam atingidos deve o plano de negócios ser elaborado com foco em quem é dirigido. Deve-se portanto, segundo Deustscher (2010) ter em conta alguns conceitos práticos que se apresentam em seguida: • Profissionalismo ao documento: um plano de negócios consistente e bem estruturado com a inclusão de um índice e numeração das páginas é o primeiro indicativo de que o negócio é coerente e viável. • Qualidade dos elementos da empresa: deve-se demonstrar que a equipe é composta por pessoas qualificadas e de grande credibilidade, com conhecimentos técnicos capazes de dar resposta às adversidades com que o negócio se irá deparar. • Abordagem focada no mercado alvo: apresentar o plano direcionado para a forma como o produto ou serviço irá satisfazer as necessidades do mercado. 6 • Demonstrar que o negócio é um sucesso: deve ser realçado qual o fator crucial para o sucesso e quais as características que dão vantagem competitiva ao negócio. • Analisar os riscos do negócio: o plano de negócios deve além de indicar os pontos fortes e as oportunidades de mercado precisa referir eventuais pontos fracos e ameaças externas. A referência aos riscos e a indicação de como os prevenir e minimizar é um fator de credibilidade da empresa perante os investidores, pois demonstra a consciência das dificuldades que o empreendimento implica. • Apresentar estimativas e projeções realistas: o plano de negócios deve ser realista quanto à capacidade da empresa e o potencial de mercado dos seus produtos ou serviços. • Obter uma revisão crítica: antes de se concluir a elaboração do plano de negócios, fazer um julgamento crítico e sugestões, com fundamentação para corrigir e melhorar um ou outro aspecto que foi planificado é importante para qualidade do plano. 2.5 Oportunidades em planos de negócios O Plano de Negócios é um documento que agrega e sistematiza informação prática e atualizada para a concretização de um projeto e para a previsão e solução de problemas. Também trata da comercialização de uma inovação. Discute a oportunidade, o mercado, as competências da empresa ou dos empreendedores de se apropriarem da estratégia, bem como estabelece os planejamentos. Zeidan (2013) acrescenta que muitos negócios não sobrevivem nos cinco primeiros anos, por não entenderem os riscos que cada empreendimento apresenta, nos quais existem quatro passos simples, que podem ser utilizados e que são diferenciais: • O relacionamento de riscos mais importantes que a empresa enfrenta; • A determinação se os riscos são internos e externos à empresa; • A ordenação dos riscos de acordo com a importância; • E a elaboração de um plano de ações para cada risco considerado como importante. 7 Portanto, o plano de negócios mais do que uma ferramenta gerencial que proporciona comprovar a viabilidade de um negócio ainda permite que o empreendedor encontre os pontos fracos e enfrente as ameaças para os transformarem em pontos fortes e encontrar as melhores oportunidades (DORNELAS, 2002). 3. METODOLOGIA DA PESQUISA Para fundamentar a pesquisa realizada, este utilizou-se de um modelo metodológico baseado em pesquisa exploratória, dentro desse item será feita uma reflexão a respeito da definição de pesquisa exploratória, as suas principais finalidades e os principais métodos de coletas de dados através da revisão de obras de diversos autores que tratam desse tema. É importante destacar que os estudos exploratórios podem ser concebidos a partir de uma ótica objetivista, Schramm apud Yin (2001) afirma: “A essência de um estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados” (SCHRAMM, 1971, apud YIN, 2001). Yin (2005) propõe ainda uma reflexão sobre o estudo de caso como método rigoroso de pesquisa, por meio de uma abordagem sistêmica e sociológica, apoiando-se em exemplos diversos, comparando com outros tipos de pesquisa. Entretanto, o autor afirma: O estudo de caso há muito foi (e continua ser) estereotipado como o parente pobre entre os métodos de ciência social. Os pesquisadores que realizam estudos de caso são vistos como se tivessem rebaixado o nível de suas disciplinas acadêmicas. Os estudos de caso também têm sido denegridos, como se tivessem precisão (ou seja, quantificação), objetividade e rigor insuficientes. Esse estereótipo dos estudos de caso, que começou no século XX, continua no século XXI [...] (YIN, 2005, p.11). Por fim, o autor sugere que um estudo de caso “atraente” deve reunir algumas características básicas: engajamento, instigação e sedução – essas são características incomuns dos estudos de caso. Produzir um estudo de caso como esse exige entusiasmo por parte do pesquisador em relação à investigação e deseje transmitir amplamente os resultados obtidos. (YIN, 2005, p. 197). 8 A pesquisa exploratória que foi utilizada no projeto tem como objetivo a busca pelo entendimento das razões e motivações subentendidas para determinadas atitudes e comportamentos das pessoas que possuem acima de 65 anos de idade, e que possuem um perfil de vida ativo, procurando entender o que elas necessitam e desejam de um serviço especialista para este segmento. Ela foi utilizada na geração de hipóteses e na identificação de variáveis que devem ser incluídas na pesquisa. Além de proporcionar a formação de ideias para o entendimento do conjunto do problema (Malhotra, 2001). Como método para obtenção de informações foi utilizado o survey no desenvolvimento do trabalho,segundo Malhotra (2001, p.179), esta maneira para obtenção de informações se “baseia no interrogatório dos participantes, aos quais se fazem várias perguntas sobre o seu comportamento, intenções, atitudes, percepção, motivações e características demográficas e de estilo de vida”. Ou seja, constitui-se de um questionário estruturado dado a uma amostra de uma população e destinado a provocar informações especificas dos entrevistados. 4. ANÁLISE DOS DADOS É notório o crescimento da população acima de 60 anos, tornando-os um segmento de mercado em evidência. Consultas em artigos, sites de materiais específicos ao público da melhor idade, evidenciam que o avanço tecnológico, da medicina e em outras áreas, propiciam o constante crescimento populacional. O censo do IBGE (2012) mostrou que o número de pessoas acima de 65 anos já é maior do que as crianças de 4 anos. Utilizando como base a pesquisa de mercado realizada em 2011, com homens e mulheres que possuem acima de 60 anos foi escolhido como público-alvo as pessoas que possuem entre 60 e 75 anos que residem próximo da região central de Belo Horizonte, que tenham uma renda superior a dois salários mínimos e que possuem o novo estilo de vida da melhor idade. São pessoas ativas que buscam diversão e aproveitar melhor cada dia de suas vidas. O Espaço Viver foi idealizado para atender a melhor idade de uma forma diferenciada. Um local de diversão, espaço para relaxamento e distração, visando à participação social e conferindo cidadania com a consequente qualidade de vida. A empresa será implantada no bairro Santa Efigênia, porque é um local estratégico, de fácil acesso, um dos bairros centrais da cidade. 9 Logo o negócio consiste na prestação de serviços de lazer, interatividade e entretenimento para o público da melhor idade. 4.1 Missão Promover a qualidade de vida do público da melhor idade, com foco em bem estar, saúde e lazer e estimulando a interação social. 4.2 Visão A empresa Espaço Viver visa ser uma empresa de qualidade, criando metodologias diferenciadas para a melhor idade até 2017, em Belo Horizonte. Pretende-se ser referência no bem-estar social no tratamento ao idoso. Para isso a empresa oferece soluções versáteis em resposta às necessidades demandadas pelo mercado. 4.3 Valores A empresa Espaço Viver terá como valores: ética, capacitação, integridade, confiança, comprometimento, respeito, solidariedade, transparência com o cliente, responsabilidade e excelência na qualidade total dos serviços comercializados. 4.4 Análise P.E.S.T. e SWOT A análise PEST (aspectos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos) do Espaço Viver tem como objetivo conhecer o ambiente globalizado, que cerca a empresa e, auxilia na preparação de mudanças para o sucesso de um trabalho bem feito. Os fatores que são levados em consideração envolvem: • A influência e a interferência da tecnologia no mercado; • Os hábitos de consumo mais frequentes; • A regulamentação para que o funcionamento da organização seja efetivo. Ao analisar as fortalezas do Espaço Viver, o destaque do empreendimento fica a cargo do atendimento diferenciado ao cliente, no qual o comprometimento e engajamento dos funcionários com a empresa é fundamental para desenvolvimento da atividade. E a metodologia dos serviços é preparada de maneira exclusiva para a melhor idade. 10 Como fraquezas, se comparado com entidades que atendem ao segmento, o Espaço Viver não oferece uma disponibilidade de horários (o fato de funcionar de segunda a sexta e durante o dia) e o preço que se julga alto, mas adequado devido a qualidade dos serviços prestados. O crescimento do nicho de mercado e o poder aquisitivo desta população que caracteriza o consumidor como exigente sobre a qualidade dos serviços, já que, eles possuem disponibilidade de tempo para experimentar e opinar, desta forma a probabilidade de fidelidade se torna cada vez maior. Portanto, a oportunidade se encontra no ambiente econômico. Por se tratar de um mercado em crescimento a ameaça que mais se destaca é a possibilidade de novos entrantes com o aumento da concorrência. Sendo que aliado a esta situação a empresa precisa se destacar ainda mais no atendimento diferenciado para fidelizar o cliente. Sendo, assim relacionada ao aspecto econômico. 4.5 Ciclo de vida do setor No cenário atual o conhecimento dos ciclos econômicos e empresariais, determina o aprimoramento dos processos de gestão, com a definição de fatores de sucesso, a fim de vencer em ambiente competitivo. O setor de mercados desenvolvidos para a melhor idade está no crescimento saindo da introdução. Então é um mercado promissor que está carente de bons negócios especializados neste público e que começa atrair olhares de possíveis concorrentes. 4.6 Fatores críticos de sucesso A vantagem competitiva pode ser entendida, como uma vantagem que uma empresa tem em relação aos seus concorrentes, geralmente demonstrada pelo desempenho econômico sistematicamente superior ao dos demais competidores. A empresa apresenta seu diferencial competitivo com a presença de ritmos sempre atuais e destacados no período; com área de lazer, destinadas a atenção ao cliente, mas o maior diferencial está em atender ao cliente como único, oferecendo não apenas o cuidado especializado com alimentação e atividades adequadas, mas um serviço de alto astral, com promoção de bem-estar e autoestima. 11 De maneira que ao analisar os fatores críticos pode-se afirmar que como o mercado se apresenta em crescimento saindo da introdução por ser um novo negócio a ameaça de novos entrantes é o fator que precisa ser observado de perto para que em uma possível concorrência a empresa saiba como lidar com a situação e despontar no mercado. A rivalidade ainda é baixa acompanhada com o poder de barganha dos fornecedores, clientes e a aparência de produtos substitutos é dificultada pela inovação do serviço. 4.7 Análise Possíveis Concorrentes O Espaço Viver sabe que tão importante quanto olhar para dentro do próprio negócio é saber como o concorrente atua. Por isso, destaca-se os concorrentes indiretos que são instituições de asilo, onde os idosos vivem como seu lar e outras instituições de convivência, onde podem ter atividades e repousar como um hotel. Em análise apresenta-se: O primeiro concorrente no mercado mineiro, com o preço de venda estipulado em quantas vezes é frequentado na semana. A localização é no bairro Caiçara em uma estrutura residencial modificada para atender as necessidades dos idosos, e possui espaço para caminhada. Funciona somente das 13 às 17 horas. O método de venda restringe ao jornal local para do bairro que é divulgado quinzenalmente. As características do serviço são terapia ocupacional com diferencial em musicoterapia e massagem. Outro concorrente, indireto, é o um centro de convivência, com o preço de venda estipulado em diárias com valor elevado, a localização é no bairro Ouro Preto, com a estrutura residencial plana, com barras nos corredores e banheiros, piso antiderrapante e instalações modernas, a qual proporciona residência permanente ou temporária. O método divulgação é pela internet. As características do serviço é uma pousada com diferencial em fisioterapia e psicologia. 12 5. PLANO DE MARKETING 5.1 Serviços prestados Os serviços são divididos em um pacote essencial, que não é engessado e o cliente pode escolher outras atividades que agregam ao dia do cliente entretenimento e uma vida ativa. Pacote essencial: É composto pelas atividades de ginástica, artes manuais, artesanato e cuidados durante o dia como medicamento na hora exata, palestras, expressart (espaço para conversar e ensinar uns aos outros aquilo de diferente que sabem fazer). Além de que, a especialidade do serviço como um todo e diferencial, é o cuidado e atenção ao cliente, com diversão alto-astral e melhoria da autoestima, de forma que o cliente permanece parte de seu dia no estabelecimento. E pode ir agregando os outros serviços ao cronograma de horários e a necessidade do dia a dia. Artes manuais: Aulas com duração de 1hora e 30minutos, realizadas duas vezes por semana, sendo manhã e tarde. As salas comportam 15 alunos. Dia da beleza: As sessões de cuidados com o corpo é proporcionada pelas parcerias entre o Espaço Viver e empresas interessadas no público idoso. É disponibilizado o auditório para as exposições de produtos, de 15 em 15 dias. A venda é destinada às pessoas interessadas em adquiri-los. Hidroginástica: Aulas duas vezes por semana, às segundas e quintas, ou terças e sextas. As turmas são formadas por 15 alunos, sendo a duração das aulas de 50 minutos cada. Culinária: Aulas duas vezes por semana, com duração de 1 hora. Massagem: São disponibilizadas sessões de 30 minutos 3 vezes por semana. Informática: Aulas 2 vezes por semana com duração de 40 minutos e turmas formadas por 15 alunos. 5.2 Preço O Espaço Viver visa atender pessoas da classe B+ (vale ressaltar que a principal característica desse nicho está em exigir não apenas produtos de alta qualidade, mas também ao conceito diferenciado de atendimento, de projeto e de 13 prestação de serviço) que estão dispostas a pagar mais por um produto de qualidade. Vislumbrando, principalmente, pelo público alvo dessa empresa, determinouse a estratégia genérica: diferenciação. E como estratégia de preço será baseada na percepção do cliente. O objetivo é explorar a peculiaridade de ter a gama de serviços oferecidos, em um único espaço, com qualidade diferenciada, garantindo ao cliente descontração, integração, socialização, fazendo com que cada dia frequentado na empresa seja único. A estratégia determinada é o valor percebido pelo cliente, pois a atividade da empresa é desenvolvida na comercialização de benefícios, na diferenciação. E este diferencial é a qualidade de atendimento, é fazer o cliente usufruir de cada momento como único no empreendimento. 5.3 Promoção O Espaço Viver, sabendo da importância da promoção para alcançar o maior número de clientes, pensou em uma estratégia simples, mas eficiente para estar presente nas famílias brasileiras. Com o propósito de uma ampla divulgação, será utilizado de propaganda por meio de panfletagem nas regiões centro e hospitalar (Bairros: Funcionários, Santa Efigênia e Serra), este que é um recurso rico de informações e de baixos custos, para promover a marca, e aos poucos fazendo com que o mercado conheça a empresa. Como segunda ação de promoção será utilizada a divulgação dos serviços por meio da internet nas redes sociais, no site da empresa e inclusive no Google para que quando se procurar algo relacionado ao bem-estar da melhor idade, o nome da empresa apareça como os primeiros na listagem do site. 5.4 Praça Como local definido para as instalações do Espaço Viver foi determinado a região do bairro Santa Efigênia por se tratar de um local de fácil acesso a ônibus e a empresa disponibilizar um estacionamento próprio. O que torna viável estrategicamente o local. E por ser um local em que o trânsito de público-alvo é frequente. 14 A pesquisa exploratória desenvolvida mostrou que a localização é a mais apropriada pela concentração de pessoas na região, e pela facilidade de acesso que é imprescindível para este público que visita o espaço várias vezes por semana. 6. VIABILIDADE FINANCEIRA O trabalho apresentou as seguintes informações financeiras. Planilha Resultados Operacionais Discriminação Projetada 12,56% Lucratividade 41,24% Rentabilidade 2,42 (anos) PRI (anual) 83,86% PE (quantidade) R$113.043,00 Investimento O índice lucratividade mostra o esforço operacional da empresa e que nesta situação informa que 12,56% das receitas obtidas pelo Espaço Viver se transformam em lucro, o que comparado com o mercado é um índice muito representativo e positivo. Já a rentabilidade que é o fator que avalia a atratividade em relação ao mercado mostra que o percentual de atratividade do negócio é de 41,24% a. a. o que também é um índice extremamente favorável para a implantação da empresa. O prazo de retorno do investimento, deixa claro que em 2,42 anos de atividade é possível recuperar todo investimento inicial feito na empresa, e o ponto de equilíbrio que demonstra a segurança do investimento está em um percentual atrativo (83,86%) e que transmite que o Espaço Viver além, de um investimento menos arriscado é lucrativo em relação ao mercado. E portanto, um bom investimento. 7. GESTÃO DE PESSOAS O Espaço Viver é uma empresa que visa a melhor prestação de serviços no mercado de trabalho, para isso foram desenvolvidas técnicas para obter um quadro de funcionários com padrão de excelência. A empresa conta com o auxílio do departamento de pessoas ativo, no qual as técnicas de motivação são empregadas. Para realização do processo de seleção a empresa terceiriza o serviço para garantir que as seleções iniciais e substantivas 15 ocorram com o máximo de qualidade possível. Para conhecer a estrutura de cargos e funções da empresa foram determinados a quantidade de 12 (doze) funcionários para trabalhar na prestação dos serviços e garantir a qualidade no atendimento. CONCLUSÃO Este trabalho discorreu sobre plano de negócios, o quanto ele auxilia na tomada de decisões, na implantação, e expansão de uma empresa. Alguns aspetos dos assuntos desenvolvidos no referencial teórico destacaram a importância do plano de negócios para as organizações, o conhecimento de mercado como diferencial para o desenvolvimento da ideia e o planejamento como peça fundamental para o desempenho da empresa. Foi evidenciado, a prática deste planejamento, no qual o houve o desenvolvimento de uma ideia que se tornou uma oportunidade no mercado. Pontos como: a realidade da população brasileira que está envelhecendo, a pesquisa de mercado realizada pelo grupo, que demonstraram o quão carente se encontra este nicho de mercado e os aspectos financeiros deixam claro que o plano de negócios além de uma ferramenta gerencial extremamente importante é também um dos fatores que tornam a possibilidade de sucesso maior na atualidade. Como finalização deste artigo, pode-se afirmar que o plano de negócios que fora criado, precisa ser mais do que uma ideia, e sim uma oportunidade, na qual o empreendedor precisa vislumbrá-la e acreditar que pode ser um negócio de sucesso. Já que analisando o mercado há um enorme potencial no crescimento da população que possui acima de 65 anos, ou seja, uma oportunidade em evidência que associada aos dados financeiros apresentados e levantados em pesquisa e de acordo com o planejamento, pode-se apontar dados como a lucratividade de 12,56%, a rentabilidade de 41,24% e o prazo de retorno do investimento em 2,42 anos. O plano de negócios do Espaço Viver mostra-se viável devido ao resultado financeiro e mercadológico apresentados. REFERÊNCIAS DEUTSCHER, José Arnaldo. Plano de Negócios (Gestão estratégica e econômica de negócios). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012. 16 DEUTSCHER, José Arnaldo. Plano de Negócios: um guia prático. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. DOLABELA, F. C. O segredo de Luísa: uma ideia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura Editores Associados,1999. DORNELAS, José; TIMMONS, Jeffry; SPINELLI, Steve. O Dilema do Crescimento. Disponível em: <www.planodenegocios.com.br/www/index.php/informcao/artigos- cientificos/3305-o-dilema-do-crescimento>. Aceso em: 01 set. 2013. DORNELAS, José Carlos Assis. Planejando incubadoras de empresas: como desenvolver um plano de negócios pra incubadoras/ José Carlos Assis Dornelas – Rio de Janeiro: Campus, 2002. LONGENECKER, Justin G; MOORE, Carlos W. & PETTY, J. William. Administração de Pequenas Empresas. São Paulo: Makron Books, 1997. MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 720 p. ROSA, José Humberto. Plano de negócio: instrumento eficaz. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. SEBRAE. Como elaborar um plano de negócios. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/uf/goias/programas-e-projetos/plano-de-negocios/comoelaborar-um-plano-de-negocio>. Acesso em: 28 ago. de 2013. IBGE. Censo 2010. Disponível em: http://www1.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php? id_noticia=606&id_pagina=1. Acesso em: 25 mai. 2012. YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. YIN, Robert K. Resenha livre. Porto Alegre: Bookman, 2005 17 ZEIDAN, Rodrigo. 4 passos para lidar com os riscos em seu negócio. Revista Exame. Disponível em: http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de- especialista/noticias/4-passos-para-lidar-com-os-riscos-do-seu-negocio. Acesso em: 01 set. 2013.
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