Carta Mensal - Pezco Microanalysis

Transcrição

Carta Mensal - Pezco Microanalysis
Carta Mensal
CONJUNTURA • MERCADOS • INFRAESTRUTURA
OUT
2013
Especial: FOMC: a redução que não veio
Política: Sonháticos mais socialistas são suficientes para
atrair os “órfãos de junho”?
Macro: Países não devem competir entre si
Infra: Acompanhamentos e análises
Calendário Econômico: Outubro
N
No
Ne
E
S
Se
SUMÁRIO
Especial:
FOMC: A redução que não veio
Crise, pós-crise e o adiamento da retirada dos
Microsoft
estímulos
Conjuntura Macro:
Países não devem competir entre si
Os impactos do protecionismo sobre a economia brasileira
Política:
Sonháticos mais socialistas são suficientes para
atrair os “órfãos de junho”?
Possíveis desdobramentos sobre a filiação de Marina
Silva ao PSB
Conjuntura Microanalysis:
SEÇÕES
ESPECIAL ................................................................................. 4
MAPA MUNDI DOS RISCOS ..................................................... 8
MERCADO FINANCEIRO ......................................................... 9
CONJUNTURA MACROANALYSIS .......................................... 10
O CENÁRIO DA POLÍTICA ...................................................... 13
CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL ....................................... 19
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS ......................... 21
SAVE THE DATE! ....................................................................34
HOT TOPICS ............................................................................35
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE .............................. 38
EDITORIAL
N
ovamente, a questão da credibilidade! Em um seminário
sobre projetos de infraestrutura no Brasil, realizado
em Nova York, a presidente Dilma Roussef enfatizou a
segurança jurídica, a estabilidade econômica e a responsabilidade
fiscal. Adicionalmente, a revista britânica The Economist, em
contraposição à edição de 2009 quando ressaltou a decolagem
da economia brasileira, agora tenta explicar as razões que a
transformaram em um “voo de galinha”. Entre as possíveis razões
elencadas na reportagem, destacam-se: a excessiva carga tributária,
a falta de reformas estruturais, a mão pesada do Estado sobre o setor
érika
Monteiro
[email protected]
privado, o baixo investimento em infraestrutura, entre outras. Não
por acaso, as críticas da revista vão ao encontro da pauta defendida
pelo governo brasileiro em Nova York. O questionamento sobre
a solidez nos fundamentos da economia e sobre o ambiente para
investimentos são fáceis de questionar, tendo em vista inclusive o
resultado vazio na concessão da BR-262 entre Espírito Santo e Minas
Gerais, o reduzido número de interessados no leilão do Campo de
Economista pela
Universidade Mackenzie.
Mestre em Economia
Política pela PUC - São
Paulo. Professora de
Economia dos cursos de
Direito da Universidade
Nove de Julho. Analista
econômica da Pezco
Microanalysis. Editora da
Carta Mensal.
Libra e o primeiro déficit primário registrado desde dezembro de
2001? Infelizmente, discursos e justificativas dão vazio, quando não
é possível corroborá-los com a realidade!
Neste mês, nosso Especial analisa a decisão do FOMC de adiar a
retirada dos estímulos; o Cenário da Política examina possíveis
desdobramentos sobre a filiação de Marina Silva ao PSB, enquanto
que a Conjuntura Macroanalysis aborda as implicações das medidas
protecionistas. Sob o aspecto microeconômico, discutimos sobre a
baixa atratividade dos leilões de rodovias; trazemos informações
acerca da Conta de Desenvolvimento Energético e sobre o leilão da
área de libra; informamos sobre a tentativa do governo de reduzir
as incertezas que pairam sobre os leilões de ferrovias; apresentamos
alguns detalhes sobre a 2ª rodada dos leilões de aeroportos e sobre as
possíveis consolidações que podem ocorrer no segmento de telefonia
móvel; informamamos sobre a abertuda da consulta pública das áreas
portuárias de Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador e também
sobre as alterações na Lei 11.445/11 e os novos dados de cobertura de
Saneamento da PNAD.
Por fim, essa CARTA traz ainda um evento sobre o setor de
Saneamento, nossas exposições na imprensa e o Calendário dos
indicadores macroeconômicos para o mês de Outubro.
ESPECIAL
por João Ricardo Costa Filho
FOMC: a redução que não veio
N
a última reunião do FOMC, conforme a Pezco
Microanalysis antecipou, o anúncio da autoridade
monetária veio na linha de manutenção dos
estímulos monetários e um esclarecimento sobre a sua
decisão. O mercado, contudo, se surpreendeu, e a surpresa
se materializou na forma de fortes oscilações nas taxas de
câmbio e juros, especialmente no Brasil.
uma (muito) breve descrição da
crise de 2008
De problemas no mercado imobiliário dos EUA emergiu
a maior crise financeira após a Grande Depressão. O
colapso nos preços dos imóveis em um ambiente de
elevação de taxas de juros dificultou o refinanciamento,
e os empréstimos de alto risco não mais puderam ser
adimplentes.
S&P Case-Shiller 20-City Home Price Index
220,0
Index January 2000 = 100
200,0
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
Jan-00
Dec-01
Nov-03
Oct-05
Sep-07
Aug-09
Jul-11
Jun-13
Source: S&P Dow Jones Indices LLC/FRED
Ao propagar-se através de complexos instrumentos
derivativos, a crise atingiu o lado real da economia, e
mesmo após cinco anos da quebra do Lehman Brothers,
os EUA ainda não se recuperaram:
4
ESPECIAL
A política monetária esgotou o instrumental convencional
ao esbarrar no limite inferior da taxa de juros nominal:
Effective Federal Funds Rate
6,0
5,0
Percent
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Jan-06
Feb-07
Mar-08
Apr-09
May-10
Jun-11
Jul-12
Aug-13
Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED
Em períodos de contração econômica, é natural que
o endividamento do governo aumente, mas mesmo os
estabilizadores automáticos não foram suficientes para
colocar os EUA na trajetória pré-crise:
Federal Debt Held by the Public
12000000,0
11000000,0
Millions of Dollars
10000000,0
9000000,0
8000000,0
7000000,0
6000000,0
5000000,0
4000000,0
3000000,0
Jan-01
Oct-02
Jul-04
Apr-06
Jan-08
Oct-09
Jul-11
Source: U.S. Department of the Treasury: Financial Management Service/FRED
Como é de se esperar em situações de armadilha da liquidez,
5
ESPECIAL
o endividamento do governo não causou o aumento das
taxas de juros, mas sim a Grande Recessão causou queda das
mesmas.
10-Year Treasury Constant Maturity Rate
6,0
5,5
5,0
Percent
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
Jan-01
Apr-02
Jul-03
Oct-04
Jan-06
Apr-07
Jul-08
Oct-09
Jan-11
May-12
Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED
O Pós-crise
Como importante estudioso da Grande Depressão, Ben
Bernanke conhecia bem o instrumental não convencional que
poderia ser implementado para evitar o risco de deflação e
tentar estimular a economia. Em três momentos distintos,
utilizou uma forma de relaxamento quantitativa conhecida
popularmente no mercado financeiro como Quantitative
Easing, comprando títulos públicos e de hipotecas,
colaborando para diminuir as taxas de juros mais longas e os
custos de capitação para crédito imobiliário.
Após cinco anos de investidas monetárias, começou-se a
questionar como e – principalmente – quando a expansão
seria encerrada. Os programas de liquidez do Federal Reserve
nunca foram desenhados para durarem eternamente, mas o
mercado desconsiderou isso. Quando o presidente do Banco
Central dos EUA comentou que a mera redução do ritmo de
compras estava sendo discutida, houve um movimento forte
nas taxas de juros...
10-Year Treasury Constant Maturity Rate
3,5
Percent
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
Jan-12
Mar-12
May-12
Jul-12
Sep-12
Nov-12
Jan-13
Mar-13
May-13
Jul-13
Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED
6
ESPECIAL
...e de câmbio:
Fonte: Relatório da XP; Bloomberg; Em 21/08/2013
Em uma evolução na condução da política monetária, o
Federal Reserve introduziu o “forward guidance”, indicando
os próximos passos da política monetária. Ben Bernanke
deixou claro que o foco está no mercado de trabalho. As
estatísticas de emprego, contudo, são de análise hermética. Ao
mesmo tempo em que a taxa de desemprego converge para o
nível de 7%, no qual a redução dos estímulos pode começar...
...a situação não é tão boa assim:
Civilian Employment-Population Ratio
66,0
10,0
64,0
8,0
62,0
Percent
Percent
Civilian Unemployment Rate
12,0
6,0
60,0
4,0
58,0
2,0
56,0
0,0
Jan-00
Dec-01
Nov-03
Oct-05
Source: U.S. Department of Labor: Bureau of Labor Statistics/FRED
Sep-07
Aug-09
Jul-11
Jun-13
54,0
Jan-00
Dec-01
Nov-03
Oct-05
Sep-07
Aug-09
Jul-11
Jun-13
Source: U.S. Department of Labor: Bureau of Labor Statistics/FRED
Foi com base nos estudos da Grande Depressão, da Crise
de 2008 e principalmente nos trabalhos do Bernanke que a
Pezco Microanalysis entendeu que a redução não se daria
em setembro/2013. A entidade monetária deve esperar que
os indicadores mostrem uma recuperação mais sólida do que
a apresentada até o momento.
7
MAPA MUNDI DOS RISCOS
EUA — Permanecem as incertezas quanto ao início da retirada dos estímulos
monetários e aprofunda-se o embate entre Republicanos e Democratas no
Congresso sobre a elevação do teto da dívida.
CHINA — A alteração da taxa de câmbio da China para um Renminbi
mais forte e a redução do ritmo de crescimento chinês são duas
alternativas possíveis, ambas arriscadas. A mudança política acende a
luz amarela em direção a um modelo econômico mais concentrado no
consumo, que pode ter como plano de fundo uma mudança cambial,
cuja onda de propagação chegaria aos quatro cantos deste planeta.
$
O “B” DOS BRICS — A inflação
preocupa, assim como a perda de
produtividade da economia e o excesso
de gastos públicos. As medidas de
proteção, o microgerenciamento de
políticas pelo governo, a mudança de
regime macroeconômico, a instabilidade
regulatória, entre outros problemas têm
levado o país a uma situação de restrição
de capacidade de crescimento. Tudo isso
gera custos para a sociedade brasileira;
os impactos mais negativos só serão
observados no médio e longo prazo.
ZONA DO EURO — Saída da recessão após 1
ano e meio, com crescimento de 0,3% puxado,
principalmente, pela Alemanha, França e,
surpreendentemente,
Portugal.
Contudo,
diversos países ainda permanecem em recessão.
8
MERCADO FINANCEIRO
Retorno dos Investimentos em 2013, até setembro
IBOVESPA
IPCA
5,6%
-14,0%
3,4%
Juros 30 dias
27-set-13
25-set-13
23-set-13
19-set-13
Câmbio: Euros por Dólar
Câmbio: Reais por Dólar
0,77
2,44
2,40
2,36
2,32
2,28
2,24
2,20
2,16
2,12
2,08
2,04
2,00
17-set-13
13-set-13
9-set-13
11-set-13
5-set-13
30-ago-13
Selic % a.a
90d 180d 1ano 2anos 5anos
Média Móvel Anual
0,77
Média Móvel Mensal
0,76
0,76
Média Móvel Mensal
0,75
R$ por US$
0,75
0,74
0,74
EUR por US$
29-ago-13
31-ago-13
2-set-13
4-set-13
6-set-13
8-set-13
10-set-13
12-set-13
14-set-13
16-set-13
18-set-13
20-set-13
22-set-13
24-set-13
26-set-13
28-set-13
30-set-13
0,73
27-set-13
25-set-13
Risco-País
Renda variável: IBOVESPA
30-set-13
26-set-13
24-set-13
20-set-13
18-set-13
Risco País
16-set-13
27-set-13
25-set-13
23-set-13
19-set-13
17-set-13
13-set-13
11-set-13
O câmbio nas últimas 504 sessões, BRL por USD
2,50
2,40
2,30
2,20
2,10
2,00
1,90
1,80
1,70
1,60
Média Móvel Mensal
R$ por US$
18-set-13
9-ago-13
30-jun-13
21-mai-13
11-abr-13
2-mar-13
21-jan-13
2-nov-12
12-dez-12
23-set-12
14-ago-12
5-jul-12
16-abr-12
26-mai-12
7-mar-12
27-jan-12
18-dez-11
Média Móvel anual
8-nov-11
9-set-13
5-set-13
Média Móvel Mensal
12-set-13
Ibovespa
6-set-13
Média Móvel anual
4-set-13
255,00
250,00
245,00
240,00
235,00
230,00
225,00
220,00
215,00
210,00
205,00
2-set-13
57.000
56.000
55.000
54.000
53.000
52.000
51.000
50.000
49.000
10-set-13
23-set-13
19-set-13
17-set-13
13-set-13
9-set-13
11-set-13
5-set-13
3-set-13
30-ago-13
Média Móvel Anual
29-set-11
Quanto à curva de juros,
frente a um cenário fiscal
deteriorado, sua trajetória —
atravessando a curva de 2011
pelo segundo mês consecutivo
— reflete a expectativa do
mercado pela continuidade do
ciclo de aperto monetário.
-2,51%
Juros 360 dias
31/08/2012
60d
9,1%
Renda Fixa: as taxas de juros
30/08/2013
30d
EUR x US$
10,50
10,30
10,10
9,90
9,70
9,50
9,30
9,10
8,90
8,70
8,50
31/08/2011
3-set-13
Os
mesmos
fatores
inspiraram
o
movimento
cambial, ponderados pelos
leilões do Banco Central. Com
isso e, principalmente, pelo
pronunciamento do FED, após
quatro meses consecutivos de
alta, o Real valorizou-se em
6,0%, fechando cotado a R$
2,23 (PTAX). Frente à moeda
europeia,
a desvalorização
da moeda americana foi de
2,4% no mês, motivada pela
saída oficial da Zona do Euro
da recessão, com crescimento
de 0,3% no 2º trimestre em
relação ao anterior.
Renda Fixa: as Curvas de Juros
12,0
11,5
11,0
10,5
10,0
9,5
9,0
8,5
8,0
7,5
7,0
30-ago-13
A
volatilidade
do
IBOVESPA
em setembro
refletiu as boas notícias
da economia chinesa e da
economia
americana,
o
anúncio da continuidade do
programa de estímulos do FED,
os picos do Grupo X, as dúvidas
sobre a intervenção na Síria,
os rumores sobre reajustes
nos preços dos combustíveis
e, mais uma vez, o impasse
americano sobre a elevação
do teto da dívida. Apesar da
queda acumulada anual estar
em 14%, a valorização de
4,65% representou o melhor
resultado
mensal
desde
novembro de 2012.
R$ x US$
3-set-13
Microsoft
JUROS - CDI
9
CONJUNTURA MACROANALYSIS
por João Ricardo Costa Filho
Países não devem competir
entre si
O
s reflexos da adoção da nova matriz econômica
apontam os problemas do câmbio administrado, a
leniência com as metas de inflação e a falta de rigor
fiscal. Além de destruir o tripé, o microgerenciamento por
parte do governo tem interferido na alocação de recursos
e criado distorções que prejudicam o crescimento da
economia brasileira. Destaco aqui o recente movimento
protecionista via aumento de tributos sobre produtos
importados.
Em um artigo publicado na American Economic Review
em 1993, Paul Krugman fez uma interessante análise
sobre alguns princípios básicos relacionados ao comércio
internacional: What Do Undergrads Need to Know About
Trade? (O que os universitários precisam saber sobre
importação?).
Impactos do protecionismo recente
na economia brasileira
Primeiro, é necessário compreendermos que o comércio
internacional é fundamentalmente uma relação de troca
mutuamente benéfica. Países não competem entre si, e sim
as empresas competem com empresas. Essa diferença é
extremamente importante para identificar que os ganhos
do comércio internacional estão majoritariamente nas
importações, e não nas exportações: importar produtos
com uma tecnologia superior, ou intensivos em recursos
menos escassos em outros países, por preços menores do
10
CONJUNTURA MACROANALYSIS
que se fossem produzidos
domesticamente.
Quando o comércio se dá
entre países semelhantes,
podem ocorrer ganhos de
escala nas duas direções.
Microsoft
Fechar-se ao comércio
internacional é eliminar
uma importante porta
de acesso à tecnologia
e a mercados maiores.
Como diria Krugman, o
comércio internacional
é
uma
atividade
econômica como outra
qualquer, sujeita aos
mesmos princípios de
uma economia fechada. Assim, se os custos para trazer
produtos da China são menores do que os de levar
produtos do Centro-Oeste do Brasil para o Porto de
Santos, o problema está na infraestrutura tupiniquim, e
não no valor dos produtos chineses.
Nesse contexto é fundamental entender o papel da
produtividade. Para aumentar o padrão de vida do
brasileiro, faz-se necessária uma agenda genuína de
produtividade. No longo prazo, o crescimento é ditado pelo
progresso tecnológico. Este é direcionado pela inovação
e pela educação. Para inovar, o arranjo institucional
deve estimular a iniciativa privada a buscar as melhores
soluções, em um ambiente econômico competitivo cujas
regras sejam claras e estáveis. Aumentos de tarifas de
importação para proteger empresas nacionais vão na
contramão das prescrições da teoria econômica. Para ter
uma indústria saudável, deve-se estimular a competição
e proporcionar a ela a oportunidade de adquirir os
melhores produtos de outros países, a preços baixos. Aí
11
CONJUNTURA MACROANALYSIS
entra também a educação. Não adianta ter os melhores
processos de produção sem profissionais qualificados. Os
países que fizeram as lições de casa nesse sentido colhem
hoje os frutos de uma educação bem estruturada. Na
outra ponta, países como o Brasil sofrem para competir
e se veem tentados a escolher a saída mais fácil, mas que
não resolve o problema.
Fechar-se
ao comércio
internacional é
eliminar uma
importante
porta de
acesso à
tecnologia e
a mercados
maiores. sua
solvência.
Há sempre a questão do emprego. No curto prazo,
a demanda agregada dita o nível de emprego, mas no
longo prazo este se dá pela sua taxa natural. Portanto, o
comércio internacional deve ser analisado sob a ótica dos
incrementos à eficiência, e não sobre quantos empregos
são criados ou perdidos. É claro que a política econômica
deve objetivar a suavização dos ciclos de negócio mirando
o pleno emprego. Mas aumentar tarifas de importação
vai contra a criação de postos de trabalho. A proteção
proporciona espaços para a prática de preços maiores.
Com os produtos custando mais, as famílias demandam
menos produtos e, portanto, há uma menor necessidade
de mão de obra para produzi-los. Se a renda disponível
diminuir, há também perda de demanda e emprego em
outros setores.
Nesse arranjo, o governo deve abster-se de auxiliar
indústrias específicas. As políticas de campeões
nacionais podem até ajudar alguns poucos selecionados,
em detrimento de outras empresas que ficam em
segundo plano na alocação dos recursos tão escassos.
Mas o resultado líquido é insatisfatório. O governo
deve regulamentar e fiscalizar, de maneira horizontal,
proporcionando o melhor arranjo institucional possível.
Criadas as condições ideais, o mercado fará o resto.
Blindar a indústria nacional da concorrência parece uma
solução fácil, mas um olhar atento revela que não é fácil,
e muito menos, solução.
12
O CENÁRIO DA POLÍTICA
por Leonardo Trevisan
Sonháticos mais socialistas
são suficientes para atrair os
“órfãos de junho”?
N
a política, como na guerra, o elemento surpresa pode ser
definidor. No mínimo, surpresa altera o curso tático do
confronto. A decisão de Marina Silva de compor – ainda
é cedo para saber exatamente em que termos – chapa com o PSB
de Eduardo Campos devolveu expectativas diferentes ao jogo
político eleitoral. A recuperação nas pesquisas na última semana
de setembro da candidata Dilma, depois do tombo de junho,
tinha devolvido movimento de inércia no caminho da tranquila
reeleição. Esse cenário exige reavaliação. A hipótese do movimento
de inércia, neste momento, saiu do horizonte de médio prazo.
Este é ponto sensível, mas não decisivo: retirar inércia é relevante,
mas tem poder de alterar o resultado “da guerra”? A coligação
Campos/Marina tem viabilidade suficiente para alterar resultados
nacionais, além do espaço capitalizado na mídia?
A mais recente pesquisa do Ibope, divulgada 27/09, mostra
importante contradição. Primeiro, Dilma alcançou alta de oito
pontos, saindo dos 30%, na debacle de julho, para 38% no final
de setembro. Marina fez caminho contrário: foi de 22% para 16%,
na mesma comparação. A pesquisa do Ibope é bem consistente
metodologicamente, feita em parceria com o Estadão. A leitura
aritmética sugere que Dilma abriu 22 pontos sobre Marina. Na
mesma pesquisa, Aécio foi de 13% para 11% e Campos de 5% para
4%. Esta é a parte aritmética da “fotografia visível” do momento
eleitoral pré coligação Campos /Marina. Há outra, talvez mais
relevante: os números do Ibope mostram que um em cada três
eleitores do País ainda está rigorosamente sem candidato.
Este é o dado importante e sugere que o fator surpresa pode ser
essencial para alterar o resultado final. Descontadas as faixas de
eleitores definidos, a pesquisa encontrou 15% de votos brancos ou
13
O CENÁRIO DA POLÍTICA
Micr
oso
ft
nulos (deve cair para 10% no dia da eleição, taxa histórica no Brasil)
e outros 20% do eleitorado literalmente “a deriva”, a expressão é
do analista José Roberto de Toledo do Voz Publica. É quantidade
de votos suficiente para levar qualquer um dos candidatos
de oposição ao segundo turno contra Dilma.
Este dado não significa que o segundo turno
já está definido, apenas sinaliza a importância
e a viabilidade de qualquer ‘fator surpresa”
nas eleições de 2014. Trata-se de alteração
no “curso tático do confronto” com real
possibilidade de mudança do resultado
final. O Palácio do Planalto não trabalhava
com esta hipótese, a de “cessão de direitos”
na cabeça de chapa por parte de Marina.
Isto é um fato. Depois, o Planalto confiava
na “relação pessoal” Lula/Campos para repor o
PSB como “linha auxiliar” na candidatura oficial. A
mídia toda registrou que na manhã de sábado, quando
Marina anunciou a adesão ao PSB, Campos teria procurado
Lula para avisar antes da mídia, mas o celular do ex-presidente
estaria o tempo todo “fora de área”...
Marina e Campos
conhecem
bem as regras do jogo ...
Este movimento de estremecimento entre Campos e Lula, com
fortíssimas repercussões nas políticas estaduais, é essencial para
entender a aliança Campos/Marina. Em especial, na política como
ela é, e não como qualquer um gostaria que fosse.
Tanto Marina, como Campos foram integrantes da famosa base
aliada e sabem muito bem como são as regras do jogo. Tudo o
que aconteceu na eleição municipal de 2012 em Pernambuco –
e aconteceu nas estaduais para 2014 – deixaram bem claro para
Eduardo Campos quais podem ser os limites de suas ambições,
mesmo quando se é, oficialmente, “amigo” de Lula. O caso Rands
foi tão significativo que serviu de referência para o Brasil todo.
Só para lembrar, o ex-deputado federal de 4 mandatos, Maurício
Rands, líder do PT na Câmara dos Deputados, foi preterido sem
explicações no pleito municipal de 2012 para prefeito de Recife.
14
O CENÁRIO DA POLÍTICA
Recorde-se que Rands e o então prefeito João da Costa (índice de
aprovação de 70%) disputaram um prévia e foram tirados do páreo
pela direção nacional do partido, sem explicações, que escolheu a
candidatura do senador Humberto Costa. O governador Campos
rompeu aliança local PSB /PT e elegeu o candidato do PSB, em
chapa puro sangue, em primeiro turno. Motivo da ruptura PT/
PSB: as lutas internas no PT são mais fortes do que a realidade
política, seja ela qual for. Ficou, para qualquer um, também a lição:
o projeto de poder pertence ao comando do PT e não à bancada
aliada. Até o PMDB, com larga experiência anotou o recado. Como
se viu depois na disputa pelo comando das duas Casas — Câmara
e Senado.
Campos
é amigo de Lula, mas
preferiu fazer novos amigos ...
Este quadro tem especial referência nas composições políticas
nos Estados. Eduardo Campos tem uma dívida moral com Lula: no
final dos anos 90, Campos complicou-se com denúncias na diretoria
da Sudene e Lula usou a força política petista para encerrar o caso.
O neto de Miguel Arraes repete sempre que é grato a Lula. E este
diz que Campos tem “todo o direito de fazer sua vida”.
O projeto político do PSB, com a candidatura de Campos à
Presidência ganhou muita consistência desde as eleições de 2010,
quando o partido conquistou 5 governos estaduais e triplicou a
bancada na Câmara. Desde então, multiplicaram-se também as
aproximações com ex-adversários, mesmo em um arco ideológico
bem diferente do ideário “socialista”.
O PSB ganhou cada vez mais musculatura política. Apesar das
alianças políticas cada vez mais estranhas. Ou, por causa delas.
Foi deste modo, por exemplo em Santa Catarina com a família
Bornhausen (ex-DEM) ou em Goiás, aliança com a liderança de
Ronaldo Caiado, para citar dois exemplos. Na complexa política do
Rio de Janeiro, um quadro ainda mais complicado: intervenção da
Executiva Nacional para a entrega do partido ao comando do exjogador Romário.
Foi neste processo de formar um arco de alianças cada vez mais
amplo que as conversas entre PSB/Marina começaram faz seis
meses. Ganharam força quando o senador Rodrigo Rollemberg,
15
O CENÁRIO DA POLÍTICA
do PSB, entrou com mandato de segurança no Supremo Tribunal,
em março, para suspender projeto no Congresso que restringia
criação de partidos, o que afetaria a pretensão da Rede de Marina.
Com o sucesso da ação na Justiça abriu-se via entre o senador e
Marina. Foi Rollemberg quem reuniu-se com Marina logo depois
da decisão do TSE.
No arco ideológico, projeto
Campos é mais flexível
“
... as
conversas
entre PSB/
Marina
começaram
faz seis
meses ...
de
O Palácio do Planalto tinha todo conhecimento da aproximação
entre PSB/Rede mas considerava que seria difícil um dos dois
candidatos ceder a cabeça de chapa. O projeto de Campos é flexível
o suficiente para acolher as propostas de Marina. O inverso é mais
discutível. Especialmente, pelas parcerias nos Estados que Campos
já firmou. Basta um exemplo: há três dias o senador Heráclito
Fortes, deixou o DEM do Piauí e filiou-se no PSB de Campos, com
direito à grande festa. A reação da liderança da Rede com estes
acordos foi cautelosa ao extremo. Em declaração ao Estadão de
6/10, Pedro Ivo, coordenador de organização da Rede e um dos
negociadores com o PSB afirmou: “Somos independentes. Não
somos obrigados a apoiar o PSB. Nosso compromisso é apenas com
a chapa nacional. Em muitos estados podemos ter posicionamento
diferente”. A realidade operacional da política brasileira, a de seus
palanques reais, das pressões locais e provinciais, é bem diferente
deste tipo de linguagem.
Mesmo só no compromisso nacional há questões especialmente
complexas. Basta o exemplo da atuação do PSB quando da
aprovação do novo Código Florestal, item que era suficiente para
impedir filiações à Rede. Recorde-se que 27 dos 30 deputados
federais do PSB votaram a favor do Código Florestal, totalmente
rejeitado pela Rede.
O processo decisório de aceitação da aliança com o PSB não
foi, por sua vez, absolutamente consensual no interior da Rede.
As pressões eram bem diferenciadas entre dois grupos, digamos
entre os “sonháticos” e os pragmáticos. Os “sonháticos“ preferiam
preservar a pureza da construção de atitude; os operadores
preferiam construir uma estrada para Marina pregar seu credo.
Na véspera da decisão obrigatória, tanto o Estadão , como o Globo
noticiavam as pressões dos grupos empresariais que financiaram
16
“
O CENÁRIO DA POLÍTICA
os passos da Rede para que ela saísse candidata. Além desse fato,
havia também a pressão dos deputados que estavam sem legenda e
que precisavam de alguma estrutura partidária para continuarem
na política.
Na
chapa, Marina escolheu
preservar cacife político
As irritadas declarações, um dia depois da decisão do TSE,
do deputado Alfredo Sirkis (ex-PV do RJ) de que a ex-senadora
“falha como operadora política”, além da afirmação de que “cultiva
processo decisório caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito
com seus incondicionais” (Estadão, 5/10, pg A4) foram definidoras.
Era o sinal mais evidente de que os operadoras da política que
estavam na Rede, com as mesmas convicções dos “sonháticos”,
tinham “limites” para a sobrevivência política e pretendiam
respeitá-los. A conversa na madrugada de sábado com a liderança
do PSB foi feita sob o condão dessas pressões dos operadoras da
política na Rede.
A cúpula do PSB percebeu a necessidade dos operadores da
política na Rede e ofereceu a eles o que mais precisavam: legenda
para disputarem as urnas de 2014. A oferta foi incondicional para a
esfera legislativa. Para os cargos majoritários a conversa é outra. A
cúpula do PSB já tem compromissos firmados, estado por estado,
com alianças específicas e os cumprirá. O acordo com a Rede veio
depois destes acertos e não terá poder de reformulá-los.
Não foi por outra razão que Marina preservou seu cacife político
e não confirmou seu lugar pessoal na chapa. A aliança com o PSB
oferecia uma terceira via, um autêntico Plano C, desobrigando-a
a tomar uma decisão entre não disputar ou entrar em um partido
tradicional. Se o PSB só tinha ganhos eleitorais com a adesão da
Rede, começando com o show de mídia que recebeu, Marina
precisava de alguma estrutura para abrigar seus operadores
políticos. Foi compensador para os dois lados, como qualquer bom
negócio deve ser.
Na
hora da decisão, o tempo na
tv conta
Sobra , no entanto, o cotidiano do jogo político, até as eleições.
A candidatura Aécio Neves, provavelmente será a mais afetada,
17
O CENÁRIO DA POLÍTICA
Microsoft
se a candidatura Campos subir na pesquisas empurrada pela
Rede. Neste caso, se a adesão do PPS de Roberto Freire (bom dia
dr. Serra) ocorrer, a sangria nos votos do PSDB será ainda mais
significativa. Ou seja, o cacife de Serra aumentou depois da aliança
Campos/Marina.
Se é verdade que os dias
anteriores ao pleito são os
decisivos, o tempo de tv no
horário
gratuito
continua
essencial para os operadores
da política. Aqui reside a maior
força da candidatura petista: o PT
tem 2 min 47s, o aliado PMDB,
2min18s, o PR, 1min02s, o PSD,
1min37s, além dos 27 segundos
respectivos do PC do B e do Pros.
Na oposição, PSDB tem 1min37
s, mais os 42 segundos do DEM
e eventuais 40 segundos do
Solidariedade. O bloco Campos/Marina terá 56 segundos do PSB
e eventuais mais 11 segundos do PPS. Estes tempos referem-se a
blocos obrigatórios de 25 minutos diários no horário gratuito.
Se a hipótese PSB/Rede deslanchar nas pesquisas e ocupar toda
a densidade política na esfera da oposição, sua maior conquista
será o espaço de desafiante no segundo turno. Aí o tempo na tv
se iguala. Mas, nesse caso, o discurso da ética e da atitude política
terá de conviver com propostas reais de operação do poder. Aí as
diferenças serão enormes, dentro da Rede e na aliança com o PSB.
Marina, sabiamente, não fala sobre temas difíceis. Esse silêncio
terá limite se a hipótese de poder estiver muito perto. E, neste
ponto, o fator surpresa já terá perdido seu poder.
Uma
linha sobre
São Paulo
Lula indicou para vice da candidatura de Alexandre Padilha,
o usineiro, Alexandre Biagi Filho. O alvo, óbvio, é lidar com a
resistência conservadora do interior paulista. Lula acha que São
Paulo vale mais do que a metade do Brasil. Ele pode ter razão.
18
CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL
Contas Nacionais
PIB Real (% a.a.)
2009
2010
2011
2012
-0,3
7,5
2,7
0,9
3.239
PIB (R$ bi)
1
PIB Per Capita (US$)
1
Taxa de Investimento (Fbkf/PIB)
População Residente (milhões de hab)
4.143
4.423
2,0
4.773
2,3
5.171
8.354
11.476
12.007
11.482
11.106
10.949
191,5
193,3
195,0
196,5
198,0
199,5
4,4
7,0
4,1
3,1
3,0
2,9
-6,7
21,3
4,7
-4,0
2,3
3,2
-7,6
35,8
9,7
0,2
18,0
1
3.770
2013P 2014P
19,5
19,3
18,3
18,4
18,6
PIB - Ótica de Demanda Real (% a.a.)
Consumo das famílias
3,1
Consumo do Governo
Investimento
-9,1
Exportação
Importação
4,2
11,5
1,9
4,5
3,2
3,1
4,4
0,5
-0,6
-1,6
6,2
6,0
PIB - Ótica da Oferta Real (% a.a.)
Agropecuária
-3,1
6,3
3,9
-2,3
3,4
2,6
Indústria
-5,6
10,4
1,6
-0,8
2,1
2,7
-7,3
10,6
0,4
-2,8
1,0
3,0
43,7
45,2
49,0
53,5
17,5
19,8
2,1
Serviços
Atividade Econômica
Produção Industrial (%)2
Comércio Varejista - Restrito (% a.a.)
2
5,9
5,5
10,9
2,7
6,7
1,7
9,0
2,4
3,3
2,7
3,3
Crédito
Crédito Total/PIB6 (%)
29,5
29,6
31,5
Pessoa Física
5,5
5,3
6,0
5,9
Pessoa Jurídica
1,7
1,7
2,1
2,1
60,9
53,3
54,1
54,1
55,5
58,1
5,3
5,2
5,7
4,8
5,3
5,3
Recuros Livres
14,2
Recursos Direcionados
15,6
33,7
Inadimplência de 15 a 90 dias (%)
3
Setor Público
Dívida Bruta5 6 (% PIB)
Dívida líquida5 6 (% PIB)
Juros sobre a Dívida5 6 (%PIB)
Saldo Nominal5 6 (% PIB)
Saldo primário5 6 (% PIB)
42,1
39,1
-2,5
-2,6
-2,5
36,3
41,8
2,0
2,7
32,0
40,4
37,1
Carga Tributária (% PIB)
34,4
35,0
1
35,1
-3,3
Prazo Médio dos Títulos Consolidados do
Tesouro e do Bacen (meses)
Participação Prefixado dívida mobiliária4 (%)
36,4
40,3
3,1
41,8
2,4
35,4
-3,8
1,5
37,0
-4,4
0,9
46,1
Preços correntes; 2Com ajuste sazonal; 3Média anual; 4Posição de custódia; 5Setor Público consolidado; 6Fim do período
19
CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL
Preços
IPCA (%a.a)
Livres (Peso: 70,6)
Comercializáveis (Peso: 33,1)
Não Comercializáveis (Peso: 37,5)
Monitorados (Peso: 29,4)
Serviços (Peso: 24,1)
IGP-M (% a.a.)
IPA-M (% a.a.)
IPC-M (% a.a.)
INCC-M (% a.a.)
Setor Externo
Transações correntes/PIB (%)
Transações correntes (US$ bi)
Balança comercial (US$ bi)(líquido)
Exportações (fob) (US$ bi) (líquido)
2009
2010
2011
4,3
5,9
6,5
5,8
2,6
6,9
4,4
4,5
6,2
3,6
4,2
5,5
4,7
6,4
7,1
7,3
3,1
7,6
-1,7
11,3
4,0
6,1
-4,4
3,2
-1,5
13,9
7,6
-2,2
6,6
8,6
9,0
5,1
4,4
6,2
7,6
-2,2
2012P 2013P 2014P
6,6
5,8
5,9
4,5
5,5
-3,3
-3,8
8,5
8,7
7,8
8,7
5,8
7,3
-2,4
-24,3
-47,3
-52,5
-54,3
-72,4
-82,2
153,0
202,0
256,0
242,6
240,5
236,6
-38,0
-41,1
-41,0
-37,0
25,3
20,1
29,8
19,4
-226,2
Balança de Serviços (US$ bi) (líquido)
-19,2
-181,8
Balança de Rendas (US$ bi) (líquido)
-33,7
-39,5
-47,3
-35,5
-40,0
-36,0
70,1
98,8
110,8
74,6
50,0
35,0
-10,1
11,6
-1,0
-2,8
8,0
9,0
Transferências Unilaterais (US$ bi) (líquido)
Conta Capital e Financeira (líquido)
Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bi)
Investimento Brasileiro Direto (IBD) (US$ bi)
Reservas (US$ bi)
Mercado Financeiro
Taxa de Câmbio2 (R$/US$)
Variação cambial, %
Taxa de Juros - SELIC (% a.a.)
TJLP (% a.a.)
3
Risco- País (EMBI+)(pontos-base)
Índice Bovespa2 (pontos)
3,3
26,0
-30,8
2,9
48,5
3,0
66,7
238,5
288,6
352,0
1,74
1,66
8,75
192
-24,7
6,0
2,8
65,3
234,7
-12,2
-127,7
Importações (fob) (US$ bi) (líquido)
223,1
5,7
2,9
60,0
248,8
3,0
60,0
380
358
310
1,88
2,04
2,30
2,44
10,75
11,00
7,25
10,0
9,5
189
228
142
240
300
BBB
BBB-
-4,6
6,0
13,3
6,0
8,5
5,5
68.588
69.304
56.754
60.952
BBB-
BBB
BBB
BBB
12,7
5,0
5,9
5,0
Rating Soberano
Fitch
Moody’s
Standard & Poors’
1
Baa3
BBB-
Baa3
BBB
Baa2
BBB
Baa2
BBB
Baa2
BBB
Baa3
BBB-
Líquido; 2Fim do período; 3Média anual;
Fontes: Banco Central do Brasil; IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; IPEADATA.
20
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
»»Portos
P
orto de Santos e Paraná – Com a proximidade
da divulgação dos editais para o arrendamento de
terminais no Porto de Santos e do Pará, prevista para 25
de outubro, acirra-se o conflito de interesses entre as partes e
avolumam-se as críticas sobre as regras submetidas à consulta
pública, após o recebimento de 3104 contribuições. Ao todo
serão licitadas 20 áreas no Porto de Santos, agrupadas em 11
terminais e outras 20 no Pará, com investimentos previstos de
R$ 3 bilhões. Entre os principais questionamentos, destacamse:
»» Exigência de operar de 70% a 85% do volume mínimo de
carga, sob risco de cancelamento do contrato;
»» Superestimação e, em alguns casos, subestimação dos
estudos de demanda agravado pelo fato deste ser um dos
critérios de seleção;
»» Inconsistências entre a dimensão dos berços de atracação e
do calado em relação ao navio-tipo;
»» Inexigibilidade quanto ao conhecimento do novo operador
sobre determinadas operações de carga, tal como cargas
perigosas;
»» Ausência de informações acerca dos bens que serão
indenizados pelo novo concessionário.
Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador – A
ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários
abriu consulta pública, até 25 de outubro, sobre as áreas de
Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador.
PORTOS
2009
2010
2011
2012
Granéis Sólidos
433,0
504,8
543,1
554,2
Granéis Líquidos
197,9
210,4
212,3
217,1
Carga Geral
102,0
118,8
130,1
132,4
Carga Total (milhões de ton)
Movimentaçãp de Cargas, por instalações portuárias (milhões de ton)
Porto Público
260
289
309
316
Terminais de Uso Privado (TUP)
473
545
577
588
Movimentação de Cargas, por tipo de navegação (milhões de ton)
Longo Curso
Cabotagem
Interior
531,3
616,1
657,7
670,7
31,4
28,4
31,7
29,9
170,2
185,8
Movimentação de Cargas do Comércio Exterior (milhões de ton)
Exportações
Importações
439,8
91,5
489,3
126,8
193,4
514,3
143,4
201,0
525,4
144,8
Fontes: ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
21
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
»»Transporte
Aéreo
Microsoft
»» 2ª Rodada de Leilões: Confins e Galeão – O TCU
– Tribunal de Contas da União aprovou com ressalvas
o edital de licitação dos aeroportos de Confins e Galeão.
Algumas das interposições do TCU foram ao encontro
das contribuições apresentadas pela Pezco Microanalysis
à Audiência Pública realizada pela ANAC, a saber:
»» Participação minoritária da Infraero em todos os
aeroportos – tal como questionado no edital de concessão
dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Confins em
2012, o Tribunal volta a questionar essa necessidade,
sugerindo, ao menos, redução gradativa da participação
da estatal;
»» Operador com experiência em movimentação mínima
de 35 milhões de passageiros por ano – TCU considerou
que tal requisito restringe demasiadamente o número de
potenciais participantes – dos 33 aeroportos habilitados
informados pelo Conselho Nacional de Desestatização,
21, segundo o TCU, são administrados por entidades
públicas subnacionais e, portanto, teriam participação
limitada, assim recomenda que tal exigência seja
comprovada tecnicamente.
»» Restrição da participação dos atuais concessionários
com participação superior a 15%. Em resposta ao
questionamento,
o
Ministro Moreira Franco
justificou tal exigência
sob a alegação de defesa
da concorrência, contudo,
sinaliza em direção a acatar
a decisão do TCU caso tal
argumento não seja aceito.
Ademais, o TCU também
recomendou elevação dos
preços mínimos de outorga,
de R$ 4,73 bilhões para
R$ 4,828 bilhões e de R$
994 milhões para R$ 1,096
bilhão,
respectivamente
22
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
para os aeroportos de Galeão e Confins. Note-se que,
para o leilão dos três primeiros aeroportos concedidos,
a outorga mínima para os três aeroportos foi de R$ 5,5
bilhões, contudo, as ofertas vencedoras apresentaram
ágio total de 345,5%.
Quanto à elevação do percentual de participação do
operador aeroportuário de 10% para 25% foi considerada
adequada, tendo em vista “garantir um maior
comprometimento da atuação da empresa responsável
pela operação [...] com os resultados econômicofinanceiros da concessionária, almejando um maior
alinhamento entre as atividades gerenciais e operacionais
do aeroporto e seus resultados” (Acórdão 2466/2013 –
TCU, pág. 13).
Em atenção às solicitações do TCU, no edital, o governo
reduziu as exigências para os operadores interessados
no Galeão, de 35 para 22 milhões de passageiros e, de
Confins, para 12 milhões, bem como elevou os valores
de outorga. Quanto aos demais questionamentos, não
houve alterações, permanecendo restrita aos consórcios
vencedores no leilão anterior, participação máxima de
14,99%. O leilão está previsto para 22 de novembro na
BM&F Bovespa, em São Paulo.
No mais, o TCU também sugeriu que os futuros leilões
sejam embasados de um conjunto de indicadores que
envolvam, não apenas, movimentação de passageiros,
mas também movimentação de carga e qualidade do
serviço, e que ainda, apresentem estudos acerca da
competitividade.
Pacote aéreo e tarifas – Entre as reivindicações
apresentadas em agosto pelas Aéreas, o governo sinaliza
com duas possibilidades, quais sejam: a desoneração
do PIS/COFINS incidente sobre o QAV e a liberação da
participação do capital estrangeiro nas empresas, hoje
restrito a 20%. Segundo o último Anuário de Transporte
Aéreo divulgado pela ANAC, os custos com combustíveis
representaram 34,9% dos custos e despesas operacionais
da indústria em 2011. O gráfico abaixo, apresenta
23
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
detalhamento da composição de tais custos e despesas:
Composição dos custos e das despesas operacionais da indústria, 2011
Despesas Administrativas
Gerais
16%
Outras Despesas
Operacionais
7%
Custo com Tripulação
12%
Total de Custos Indiretos
9%
Custo com
Tarifas de
Navegação
Aérea
3%
Custo com Tarifas
Aeroportuárias
2%
Custo com Arrendamento,
Manutenção e Seguro de
Aeronaves
12%
Custo com Depreciação de
Equip. de Voo
4%
Custo com Combustível
35%
Fonte: Anuário do Transporte Aéreo, 2011.
Quanto às demais, com o objetivo de não atribuir maiores
prejuízos a Petrobrás, não se cogita alterar a fórmula do
QAV, tampouco utilizar recursos do Fundo Nacional de
Aviação Civil para cobrir as tarifas de navegação aérea
sob a alegação do Ministro da Secretaria de Aviação Civil
(SAC), Moreira Franco, de que não haverá injeção de
recursos públicos. No mais, a unificação das alíquotas
do ICMS pleiteada pelas companhias, permanece sem
definições.
O último relatório de Tarifas Aéreas Domésticas
divulgado pela ANAC revelou elevação da tarifa aérea
média doméstica real – que corresponde ao valor médio
pago por passageiro em uma viagem aérea – de 0,84%
em 2012 em relação ao período anterior, após três anos
consecutivos de queda, conforme demonstrado no gráfico
a seguir.
Distribuição de slots – Em Congonhas, o resultado
que se desenha é pela manutenção do número de slots para
as empresas TAM e Gol, destinando os slots adicionais ao
24
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
estímulo da concorrência, possivelmente, em benefício
da Azul que conta com apenas dois slots semanais, entre
as 3.252 operações realizadas.
Todavia, as novas regras relativas à distribuição dos
slots que deverão ser anunciadas em breve pela SAC,
considerando critérios de pontualidade e regularidade,
podem ainda penalizar as duas maiores companhias
aéreas.
Evolução da tarifa aérea média doméstica real (R$)
650
600
550
500
450
400
350
300
250
200
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: Tarifas Aéreas Domésticas, 4º trim/2012, ANAC.
TRANSPORTE AÉREO
2009
2010
2011
2012
115.002
139.393
161.76
172.920
13.133
15.971
18.194
18.697
1.250,2
1.563.8
1.404.2
70,2
81,5
87,0
84,3
102,0
116,1
119,2
31,9
3,2
52,9
-
Passageiros (milhões)(1)
Voos Domésticos
Voos Internacionais
Carga Total (milhões de ton)
(1)
1.114,7
RPK (milhões de PAX.km PG TR), medida da demanda
Voos Domésticos
Voos Internacionais
(2)
56,3
21,0
23,5
ASK (milhões de assentos.km PG TR), medida da oferta
Voos Domésticos
Voos Internacionais
IPCA - Avião (%)(3)
Fontes:
(1)
Infraero;
(2)
30,2
ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil;
30,8
(3)
26,3
26,4
(2)
33,4
33,4
Banco Central
25
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
Microsoft
»»Ferrovias
N
o início de outubro foi aprovado no Senado o projeto
de lei originado na Medida Provisória 618 que permite
o aumento do capital da VALEC em R$ 15 bilhões. O
objetivo do governo é o de reforçar que a empresa consiga
cumprir os compromissos de compra da capacidade de carga
ferroviária e reduzir as incertezas dos possíveis investidores
privados das licitações ferroviárias. Apesar do discurso sobre
reforçar as garantias aos investidores, o mercado sinaliza
preocupações com a extensão do cronograma das obras
e o risco político, distribuído no horizonte de 30 anos de
concessão. Adicionalmente, decisão recente do TCU levanta
dúvidas sobre a capacidade de compra de grandes volumes de
trilhos pela VALEC, aumentando o risco das concessões.
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
2008
2009
2010
2011
Extensão da Malha Ferroviária de carga (km)
29.187
29.486
30.784
28.692
1,41
1,27
1,34
1,3
196.308
177.327
204.311
20.024
21.391
20.582
267,0
245,3
277,9
Passageiros (milhões de passageiros)
Carga Total (TKU)
(2)
Minério de Ferro
Soja
Siderurgia, Cimento e Construção Civil
Produção de Transporte (bilhões de TKU
(1)(2)
)
25.057
19.014
22.669
291,9
Produção da Indústria Nacional(3)
Locomotivas
Vagões
Carros de Passageiros
29
22
68
5.118
1.022
3.261
447
438
430
113
5.616
336
Fonte: Carga Transportada em Tonelada x Quilômetro Útil; ANTT - Agência Nacional de Transporte Terrestre; ABIFER - Associação Brasileira da Indústria Ferroviária; IPEADATA; CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento de
Infraesturura de Transporte
1
2
3
26
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
»»Rodovias
As propostas apresentadas na sexta feira, 13 de setembro,
foram sensíveis para a percepção do mercado sobre o
programa de concessões rodoviárias – assim como de todo o
programa federal de concessões. A concessão da BR-050, que
liga os estados de Goiás e Minas Gerais, recebeu apenas oito
propostas, abaixo das trinta e poucas esperadas pelo governo.
A BR-262, que liga os
estados de Minas Gerais
e Espírito Santo, não
recebeu nenhuma proposta,
simplesmente não houve
interessados. A concessão
da BR-262 é referente a um
trecho de 375 quilômetros
e destes, 188 quilômetros
devem ser duplicados no
prazo de cinco anos, para que
então a concessionária possa
iniciar a cobrança do pedágio.
Microsoft
Foram recorrentes as idas e vindas do governo federal
para estabelecer as condições para a realização dos leilões.
As diversas mudanças nos prazos de concessão, formas de
financiamento e na taxa interna de retorno, foram feitas para
garantir a atratividade ao setor privado.
A posição do governo federal era a de licitar os trechos mais
atrativos em primeiro lugar, para que pudessem ditar o ritmo
dos leilões seguintes, mas pelo visto, mudanças deverão ser
feitas em função da falta de interessados pela BR-262 e da
concorrência menor que a esperada pela BR-050.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
Extensão da Malha Rodoviária (km)
Arrecadação dos Pedágios (R$ bilhão)
2009
2010
2011
2012
1.634.071
1.580.964
1.712.481
-
1.044,5
1.363,0
1.526,4
34,5
37,2
39,8
8,2
2
Fluxo de Veículos (milhões)
Frota de Automóveis (milhões)
59,4
6
Carros
Caminhões
2,0
Ônibus
0,42
10,4
64,8
2,1
0,45
12,1
13,4
70,5
76,1
2,3
2,4
0,49
-
42,7
0,51
Fonte: ANTT - Agência Nacional de Transportes; ABCR - Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias;
IPEADATA, CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte;
6
DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito
2
27
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
»»Saneamento
E
m 17 de Setembro de 2013 foi publicada a Lei nº
12.862 com o objetivo de alterar os artigos 2º, 48º e
49º da lei nº 11.445 de janeiro de 2007 que estabelece
as diretrizes nacionais para o saneamento básico. As três
alterações estão diretamente relacionadas à economia no
consumo de água. No artigo 2º a “adoção de medidas de
fomento à moderação do consumo de água” foi incluída nos
princípios fundamentais da prestação de serviços públicos
federais de saneamento básico. O artigo 48º prevê o estímulo
ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos
e métodos para economizar água, e o artigo 49º, além de
incentivar a adoção dos equipamentos que gerem maior
economia de água, prevê a promoção da educação ambiental
como princípio básico de uso racional da água. Basta saber
como e em quais programas o governo federal pretende
viabilizar estes estímulos.
Além da mudança na lei nº 11.445, dada a preocupação com
a economia no consumo de água, os dados PNAD divulgados
no final de setembro pelo IBGE indicaram lentidão na
evolução da cobertura de saneamento no país. De acordo com
a pesquisa, em 2012, mais de 40 % dos domicílios não tinham
acesso à rede coletora de esgoto e aproximadamente 25% dos
domicílios não receberam água com canalização interna da
rede geral.
SANEAMENTO
2009
2010
2011
2012
Cobertura de domicílios por rede de água (% ligação à rede geral)(1)
Total
Urbano
Rural
82,9
82,8(2)
83,5
84,4
78,5
78,9
79,6
80,2
3,9(2)
3,9
4,2
55,4(2)
54,9
57,1
0,7
0,7
4,4
(2)
Cobertura de domicílios por rede de esgoto (% rede coletora)(1)
Total
52,4
Urbana
51,6
Rural
Coleta de lixo (% de domicílios com coleta
direta)(1)
IPCA - Taxa de Água e Esgoto (%)(4)
Fonte:
(1)
IBGE - PNAD;
(2)
IBGE - Censo 2010;
(3)
0,9
55,0
0,4
54,3
(2)
(2)
82,0
87,4(2)
4,9
3,4
IBGE - Plano Nacional de Saneamento Básico;
(4)
56,3
83,6
88,8
8,3
8,8
Banco Central
28
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
T
IM – A ampliação da participação da
Telefónica da España no consórcio Telco
que controla a Telecom Italia, aqueceu os
debates sobre a telefonia celular no Brasil, uma vez
que, com isso um mesmo grupo controlaria as duas maiores
operadoras do Brasil – Vivo e TIM, ou seja, 55,9% do mercado,
segundo dados da Teleco de jul/2013. Inicialmente, o aporte
da Telefónica somente ampliaria sua participação na Telecom
em 4,5 p.p., de 10% para 14,5%; no próximo ano, a depender
do posicionamento das autoridades regulatórias brasileiras, a
empresa espanhola assumiria o controle da italiana. Entre as
soluções apontadas por especialistas para o caso, encontramse:
»»Telecomunicações
»» Uma possível devolução das licenças e faixas de frequência
sobrepostas à Anatel, uma vez que ultrapassariam o limite
permitido que é de 80 megahertz de faixa de espectro por
cada grupo econômico; com possíveis impactos na qualidade
dos serviços para acomodar a base de clientes ampliada em
uma rede mais restrita.
»» Divisão da TIM entre as três outras operadoras: Claro, Oi
e Vivo.
»» Venda da TIM a outro grupo que ainda não atua na telefonia
móvel no mercado brasileiro. Entre as possíveis interessadas,
apontam-se: a americana AT&T, a britânica Vodafone, a
Portugal Telecom, a francesa Vivendi, a Nextel, a chilena
Entel e a Millicon, atuante em países da América e da África.
Essa última posição foi defendida pelo ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, mais inclinado a ampliação
da concorrência no setor.
Ademais, também há resistência por parte das autoridades
regulatórias italianas em razão de o controle de uma grande
empresa nacional tornar-se estrangeiro; cogita-se, inclusive,
que o governo faça uso de uma golden share.
Extensão dos serviços de banda larga 4G a pequenos e
médios provedores – em medida publicada no Diário Oficial
da União, o Ministério das Telecomunicações oferece tal
possibilidade às empresas que não obtiveram esse direito no
leilão. Para tanto, terão que manifestar interesse à Anatel,
passar por uma seleção e pagar uma taxa. Todavia, o alto
investimento exigido em instalação de antenas para atuar
29
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
nessa faixa continua figurando uma importante barreira à
entrada de outras empresas na prestação desse serviço.
Portugal Telecom e Oi — Foi anunciada a fusão das
empresas que resultará na criação da CorpCo, uma operadora
multinacional com receita de R$ 37 bilhões e uma dívida
líquida de R$ 41 bilhões. Contudo, devido à pulverização
do capital da empresa entre ações nas Bolsas de São Paulo,
Portugal e Nova York, não haverá um controlador, o que abre
possibilidades para que outro grande grupo possa fazer uma
oferta pelo controle. A operação ainda será submetida ao
CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Consulta Pública – A fixação de valores máximos da VUM, da TU-RL e de Exploração Industrial de Linha Dedicada
(EILD) com base em modelos de custos será, em breve,
submetida à consulta pública. A proposta é que os preços
sejam estabelecidos pelo modelo “top down” e que, no longo
prazo, convirjam para os resultados obtidos pelo modelo
“bottom up”. Atualmente, os preços e tarifas são definidos por
modelos diversos – o Plano Geral de Metas de Competição
(PGMC), por exemplo, adota o modelo retail minus, cujo
critério é adotar valores que permitam a competição.
PNAD 2012 – O IBGE divulgou da última Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios, os gráficos a seguir apresentam
a evolução da penetração do microcomputador com acesso a
60,0
Penetração do microcomputador com acesso à Internet,
Brasil e Regiões, %
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2003
Fonte: PNAD, IBGE
2004
2005
BR
2006
N
2007
NE
2008
SE
2009
S
2011
2012
CO
30
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
Internet e da telefonia celular para o Brasil e para as cinco
Grandes Regiões.
Penetração do telefone celular, Brasil e Regiões, %
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2003
2004
BR
Fonte: PNAD, IBGE
TELECOMUNICAÇÕES
2005
2006
N
2009
2007
NE
2008
SE
2009
S
2011
2012
CO
2010
2011
2012
Telefones em serviço por 100 habitantes (teledensidade)(1)
Teledensidade fixa em serviço
21,6
21,7
22,0
22,5
Teledensidade celular
90,5
104,7
123,9
132,9
82,5
82,3
81,8
80,5
Teledensidade Tv por assinatura
3,9
5,0
6,5
8,2
Teledensidade Banda Larga
5,9
7,1
8,4
8,6
34,6
38,3
42,9
46,4
11,4
13,8
16,7
20,0
8,7
20,6
41,1
65,9
1,1
0,9
1,5
0,8
2,5
1,9
6,2
Pré-pagos
(% Total)
(2)
Domicílios com computador
(% Total)(1)
Com acesso à Internet
Acessos Banda Larga (milhões)
27,3
Fixa
ADSL
7,7
Móvel
3G (via celular)
Índice de Preços ao Consumidor
4,1
IPCA - Telefone Fixo
0,9
IPCA - Telefone Celular
Fontes:
Teleco;
(2)
Telebrasil;
36,5
40,3
9,0
14,6
10,4
33,2
-
52,5
(3)
IPCA - Comunicação
(1)
-
(2)
(3)
Banco Central
0,8
0,2
-1,6
4,1
31
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
»»Energia
O
s gastos primários do governo continuam a
aumentar para garantir a redução das tarifas
de energia elétrica. Na primeira semana de
outubro o Tesouro Nacional emitiu mais de R$ 2 bilhões
em LTNs como aporte à Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE). Após a criação da Medida Provisória –
MP 615 em maio deste ano, que autoriza o endividamento
em favor da CDE, o valor nominal destes aportes chega a
aproximadamente R$ 7 bilhões.
Em relação à
contratação de
energia futura,
o
Governo
F e d e r a l
prorrogou
em
o
um
mês
prazo
para
cadastramento
dos interessados
Microsoft
em
participar
do Leilão A-5,
assim como a
data de início
do suprimento,
que de janeiro de 2018 passou para maio de 2018. Apesar
das mudanças nas datas, o leilão continua marcado para
dezembro deste ano. Com o novo prazo, os interessados
têm até o dia 10 de outubro para apresentar as propostas.
Particularmente no caso das termelétricas, também é
necessário apresentar documentos para a comprovação da
disponibilidade de combustível até o dia 7 de novembro.
32
CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS
No dia 21 deste mês está marcada a 1º licitação de
partilha de produção. A ANP divulgou as empresas
interessadas no leilão da área de libra, as empresas são:
Cnooc International Limited, China National Petroleum
Corporation, Repsol/Sinopec, Ecopetrol, Mitsui & CO
ONGC, Videsh, Petrogal, Petrobras, Petronas, Shell
e Total. Após a assinatura do contrato de partilha de
produção, previsto para novembro de 2013, a Petrobrás,
como única operadora do pré-sal no sistema de partilha,
terá direito a 30% do campo de libra.
ENERGIA
2009
2010
2011
2012
Produção de Petróleo(1) (2)
711,9
750,0
768,5
754,4
Exportações
191,9
230,5
220,6
200,6
143,5
123,6
121,1
113,8
12.176
13.987
14.288
-
21,1
22,9
24,1
25,8
27.513
25.694
27.376
1,6
2,4
2,7
2,5
358.121
416.952
434.376
-
Petróleo
38,3
35,9
36,5
-
Energia Hidráulica
14,0
13,4
14,3
-
(1) (2)
Importações
(1) (2)
Reservas Provadas de Petróleo(1) (2)
Produção de Gás Natural
Produção de Álcool
(1) (3)
(em milhões de m )
3
(3) (5)
Produção de Biodiesel(1) (3)
Reservas Provadas de Gás(1) (3)
Matriz Energética Brasileira
(%)
(4)
Produtos da Cana
18,7
Gás Natural
8,9
Lenha
10,7
10,3
Urânio
Geração de Energia Elétrica
1,9
8,4
(TWh)
Consumo de Energia Elétrica
Oferta Interna de Energia
10,1
1,4
Outras fontes primárias
IPCA - Energia Elétrica
18,9
(4)
(TWh)
(TWh)
10,2
1,6
9,8
-
515,8
532,9
506,1
550,4
568,8
4,0
2,9
98,9
98,7
99,3
99,5
13,1
13,3
13,6
415,7
4,7
(%)(6)
10,8
-
463,0
384,3
(4)
(4)
Domicílios com energia elétrica
9,2
16,8
3,0
433,0
-
(%)(7)
Total
Urbana
84,6
Rural
85,6
14,3
86,1
85,9
Fontes: ANP - Agência Nacional de Petróleo; milhões de barris; milhões de m ; BEN - Balanço
Energético Nacional; (5)UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar; (6)Banco Central do Brasil; (7)IBGE Censo 2010
(1)
(2)
(3)
3
(4)
33
SAVE THE DATE!
»»Entenda o Impacto das Tarifas
para os investimentos no setor de
saneamento
»»Saiba como fazer a gestão adequada
dos ativos de saneamento
»»Conheça os detalhes na implantação
da Contabilidade Regulatória
»»Aprofunde-se sobre composição,
reajuste e revisão tarifária em
saneamento
»»Avalie os reflexos dos movimentos
políticos sociais para os setores de
infraestrutura
»» Entenda o alinhamento das
normas contábeis locais às normas
internacionais
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34
HOT TOPICS
Agência Estado| Mercado superestimou
importância de concessões
Frederico Araujo Turolla e João Ricardo Costa Filho, falam sobre as
dificuldades de levar adiante o programa de concessões do governo
federal e os possíveis efeitos para o cenário macroeconômico.
Assista a entrevista completa, concedida à AETV.
InfoMoney | Fomc: veja o que pode acontecer na
reunião que promete mexer com o mercado
Começa a ganhar força a ideia de que o Fed irá apenas apresentar
maiores detalhes sobre fim do QE. Artigo publicado no portal
InfoMoney, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link
do artigo completo http://goo.gl/DIa9jS
Amanhã | Empresas do sul devem perder
participação no Ibovespa
Na quarta-feira (11/09), a BM&FBovespa anunciou uma série de
mudanças na metodologia do Ibovespa, o principal indicador do
mercado de ações no Brasil. Artigo publicado no portal Amanhã,
com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo
completo http://goo.gl/0gc6hM
GloboNews | Consórcio
Planalto vence leilão do
trecho BR-050 entre
Goiás e Minas Gerais
Entrevista com sócio-diretor da
Pezco Microanalysis, Cleveland
Prates Teixeira, sobre o leilão
do trecho BR-050 entre Goiás e
Minas Gerais. Assista a entrevista
completa no portal da GloboNews
http://goo.gl/GLSjND
por Daniel Sales
Valor Econômico |
Lentes acadêmicas
Política
monetária
como
principal instrumento em
ciclos de curto prazo, sem
desprezar possibilidades de
estímulos keynesianos. Artigo
publicado no jornal Valor
Econômico, com participação
de João Ricardo Costa Filho.
Link do artigo completo
(conteúdo para assinantes)
http://goo.gl/OdwWuj
DCI | Excesso de
confiança
A
mais
recente
aposta
de alguns analistas é no
programa de concessões de
infraestrutura do governo
federal. Infelizmente, essa
aposta está mirando em um
alvo inatingível, por pelo
menos quatro razões. Artigo
publicado no jornal DCI, com
comentários de Frederico
Araujo Turolla. Link do DCI
(conteúdo para assinantes)
http://goo.gl/uUgz4x. Link do
artigo em PDF
http://goo.gl/qaLttW
Terra | Especialistas questionam fundo de
reserva dos Brics
Enquanto os principais líderes mundiais se preparavam
para o encontro entre as 20 maiores potências econômicas
(incluindo União Europeia), lideranças do Brics (grupo das
economias emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) se reuniram às margens do megaevento ocorrido em São
Petersburgo, Rússia, no início de setembro. Na reunião paralela,
foi novamente discutida a criação do Arranjo Contingente de
Reservas (CRA, na sigla em inglês). Artigo publicado no portal
Terra, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do
artigo completo http://goo.gl/vDX5uR
35
HOT TOPICS
Blog do Trevisan |
Competitividade: me
engana que eu voto!
O World Economic Forum
divulgou a edição 2013-2014
do seu tradicional “The Global
Competitiveness Report”. O
Brasil, que vinha ganhando
algumas posições no ranking
global de competitividade nos
últimos anos, caiu agora da 48ª
para a 56ª posição. Continuamos
figurando entre os piores países
do mundo em diversos pilares
de competitividade, tais como...
(continua). Artigo de Frederico
Araujo Turolla, publicado no
Blog do Leonardo Trevisan. Link
do artigo completo
http://goo.gl/LVSHgL
G1 Economia
| Programa de
concessões pode estar
superdimensionado,
dizem analistas
Zero Hora | Preço da gasolina em Porto Alegre
varia até R$ 0,17
Levantamento de Zero Hora constata que valor do combustível
em um mês ficou estável, mas há diferença entre o maior e o
menor preço, de 6,2%. Artigo publicado no portal Zero Hora,
com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo
completo http://goo.gl/P6qJaT
Agência Estado | Mudança em regra para
confins amplia leque de concorrentes em até
37,5%
A flexibilização para o leilão do aeroporto de Confins (MG)
anunciada ontem pelo ministro Moreira Franco, da Secretaria
de Aviação Civil (SAC), tem potencial de aumentar em até 37,5%
o leque de possíveis concorrentes, de acordo com levantamento
apresentado pela consultoria Pezco Microanalysis ao Broadcast...
(continua). Link do artigo completo http://goo.gl/K2IybM
Jornal da Cultura | Leilão de rodovias
Matéria exibida no Jornal da Cultura em 16/09/2013, com a
participação de Cleveland Prates. Assista o a entrevista:
Para
especialistas,
outros
trechos podem não despertar
interesse. Leilão da BR-050
foi o primeiro do pacote de
privatizações
de
rodovias.
Artigo publicado no portal G1,
com comentários de Frederico
Araujo Turolla. Link do artigo
completo http://goo.gl/K10LV4
DCI | Tímida a retomada da indústria este ano
Apesar de registrar crescimento em relação ao ano passado, a produção industrial ainda está muito
aquém do que poderia ser diante de um ano ruim como foi 2012. Artigo publicado no DCI, com
comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do DCI (conteúdo para assinantes)
http://goo.gl/A3cnr0. Link do artigo em PDF http://goo.gl/vchcyY
Business Review Brasil | O preço do transporte urbano
Mobilidade urbana brasileira ineficiente, onerosa a e insuficiente custa caro não somente para o país,
como também para a população. Artigo de Frederico Araujo Turolla, publicado no portal Business
Review Brasil. Link do artigo completo http://goo.gl/FsHwC7
36
HOT TOPICS
Amanhã | No ano,
dólar já subiu 19,2%
Business Review Brasil | Concessões de
ferrovias
A sexta-feira (30) tinha tudo
para
ser
dominada
pelo
otimismo, mas não foi assim
que terminou a semana –
e o mês.
A moeda norteamericana fechou em alta pelo
segundo pregão consecutivo,
completando o quarto mês
seguido de valorização ante o
real. Artigo publicado no portal
Amanhã, com comentários de
João Ricardo Costa Filho – Link
do artigo http://goo.gl/m7PJg6
Declarações da Presidente Dilma Rousseff de que “o Brasil ficou
muito tempo sem investir em ferrovias” e de que “estamos dois
séculos atrasados” no setor não constituem novidade apenas
confirmam a persistência da estagnação nessa área. Artigo de
Frederico Araujo Turolla, publicado no portal Business Review
Brasil. Link do artigo completo http://goo.gl/b1yGrF
Blog do Trevisan | O
elixir de Bernanke
O mundo financeiro parou
para assistir ao Ben Bernanke.
O mundo real não parou, até
por que boa parte dele não
imaginava o que estava em
jogo naquele dia. O mundo
ligado acreditava que o Federal
Reserve reduziria as dezenas
de bilhões de dólares que vem
derramando no mercado...
(continua). Artigo de Frederico
Araujo Turolla, publicado no
Blog do Leonardo Trevisan.
Link do artigo completo http://
goo.gl/qY57nk
DCI | Importações afetam a receita da Zona
Franca
Apesar de usufruir de benefícios importantes, as empresas
instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) não têm
conseguido vencer a concorrência com importados. Artigo
publicado no jornal DCI, com comentários de João Ricardo
Costa Filho. Link do artigo completo (conteúdo para assinantes)
http://goo.gl/p6L2Ve
Business Review Brasil | Protecionismo
brasileiro enfraquece o país
Recente movimento protecionista via aumento de tributos sobre
produtos importados prejudicam o crescimento da economia
brasileira. Os reflexos da adoção da nova matriz econômica
apontam os problemas do câmbio administrado, a leniência
com as metas de inflação e a falta de rigor fiscal. Além de
destruir o tripé, o microgerenciamento por parte do governo
tem interferido na alocação de recursos e criado distorções que
prejudicam o crescimento da economia brasileira. Destaco aqui
o recente movimento protecionista via aumento de tributos
sobre produtos importados...(continua). Artigo de João Ricardo
Costa Filho, publicado no portal Business Review Brasil. Link do
artigo completo http://goo.gl/mfsnCI
DCI | Plano de Voo: Semana decisiva para a economia
Terá reflexos pelo menos nos próximos dois anos na economia global a decisão que o Federal Reserve
– o Banco Central dos EUA – anunciará sobre a taxa de juros naquele país e, principalmente, como
será feita a redução do programa de compra de ativos, por meio do qual estavam sendo injetados
cerca de US$ 85 bilhões ao ano no mercado norte-americano…Artigo publicado no jornal DCI, com
comentários de João Ricardo Costa Filho. Link da publicação original http://goo.gl/OhFQhQ
DCI | Demanda por equipamentos atrai empresas estrangeiras
A expectativa de demanda gerada pelos pacotes de investimento em infraestrutura lançados pelo
governo federal tem atraído cada vez mais apostas de empresas estrangeiras ao Brasil. Artigo
publicado no jornal DCI, com comentários de Frederico Araujo Turolla. Link do DCI com artigo
completo (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/zrIUIQ
37
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE
Mundo
Eventos
Feriados
qua 02/out
ter 01/out
seg 30/set
Brasil
IPC-S Q4, FGV, Set
Motor Vehicle Sales, Sep
PMI Manufacturing Index, Sep
ISM Mfg Index, Sep
Construction Spending, Aug
IPC-S Capitais Q1, FGV, Set
MBA Purchase Applications
IPC, Mensal, FIPE, Set
ADP Employment Report, Sep
Pesquisa Industrial Mensal:
Produção Física – Brasil, IBGE,
Ago
Gallup U.S. Job Creation Index,
Sep
qui 03/out
Challenger Job-Cut Report, Sep
Gallup US Payroll to Population,
Sep
Dia Mundial do Dentista
Dia do Petróleo Brasileiro
Jobless Claims
ISM Non-Mfg Index, Sep
Fed Balance Sheet
Money Supply
sáb 05/out
sex 04/out
Employment Situation, Sep
Treasury STRIPS
Etapa 1 de Houston (EUA) de
Fórmula Indy
Grand Prix de Judô (Tashkent,
Usbequistão)
Campeonato Brasileiro de Judô
(Manaus)
dom 06/out
Etapa 2 de Houston (EUA) de
Fórmula Indy
Grande Prêmio de Coréia do Sul
de Fórmula 1
Chegada do Tour do Brasil /
Volta Ciclística de São Paulo
5º Etapa da Copa Int. de
Mountain Bike ( Mata de São
João- BA)
38
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE
seg 07/out
Brasil
ter 08/out
qua 09/out
qui 10/out
sex 11/out
sáb 12/out
Eventos
Gallup US Consumer Spending Masters de Xangai de Tênis
Measure, Sep
(China )
Feriados
52-Week Bill Announcement
TD Ameritrade IMX, Sep
Consumer Credit, Aug
IGP-Di, FGV, Set
dom 13/out
Mundo
IPC-S Q1, FGV, Out
Pesquisa Industrial Mensal:
Produção Física – Regional, IBGE,
Ago
Reunião Copom, Banco
Central
IPC-S Q1, FGV, Out
NFIB Small Business Optimism
Index, Sep
ICSC-Goldman Store Sales,
ICSC
International Trade, Aug
Redbook, Redbook
MBA Purchase Applications
IPC, Q37, FIPE, Out
Wholesale Trade, Aug
IPCA e INPC, IBGE, Set
EIA Petroleum Status Report,
EIA
Custos e Índices da
Construção Civil, IBGE, Set
Divulgação Copom, Banco
Central
IGP-M 1º DEC, FGV, Out
IPC-C1, FGV, Out
Pesquisa Industrial Mensal:
Emprego e Salário, IBGE, Ago
Chain Store Sales, Sep
30ª Sessão Ordinária, CADE,
Out
FOMC Minutes, 9/18
Jobless Claims
Import and Export Prices,
Sep
Treasury Budget, Sep
Fed Balance Sheet
Money Supply
Indicadores Mercado de
Trabalho, FGV, Set
Producer Price Índex, Sep
Retail Sales, Sep
Consumer Sentiment, Oct
Business Inventories, Aug
Nossa Senhora Aparecida
Grande Prêmio do Japão de
Fórmula 1
Maratona de Chicago (EUA)
39
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE
ter 15/out
seg 14/out
Brasil
Eventos
IPC-3i, FGV, Jul/Set
Pesquisa Mensal de Comércio,
IBGE, Ago
Feriados
US Holiday: Columbus Day
ICSC-Goldman Store Sales,
ICSC
Empire State Mfg Survey, Oct
Redbook, Redbook
IGP-10, FGV, Out
qua 16/out
Mundo
IPC-S Q2, FGV, Out
Bank Reserve Settlement
MBA Purchase Applications
Consumer Price Index
Atlanta Fed Business
Inflation Expectations, Oct
Housing Market Index, Oct
qui 17/out
Beige Book
IPC-S Capitais Q2, FGV, Set
Jobless Claims
Indicadores Antecedentes e
Coincidentes da Economia
Brasileira, FGV, Set
Industrial Production, Sep
IPC, Q38, FIPE, Out
sex 18/out
sáb 19/out
Fed Balance Sheet
Money Supply
Pesquisa Mensal de Serviços,
IBGE, Ago
IGP-M 2º DEC, FGV, Out
dom 20/out
Início da Copa do Mundo Sub 17
(Emirados Árabes )
Leading Indicators, Sep
Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15, IBGE,
Out
Etapa de Fontana (EUA) de
Fórmula Indy – última corrida
Etapa de Curitiba Stock Car
40
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE
seg 21/out
Brasil
ter 22/out
qua 23/out
qui 24/out
Eventos
Feriados
Existing Home Sales, Sep
Prévia Sond. Indústria, FGV, Out
ICSC-Goldman Store Sales, ICSC
Redbook, Redbook
Richmond Fed Manufacturing
Index, Oct
Sondagem do Consumidor, FGV,
Out
IPC-S Q3, FGV, Out
MBA Purchase Applications
FHFA House Price Índex, Aug
31ª Sessão Ordinária, CADE,
Out
EIA Petroleum Status Report, EIA
IPC-S Capitais Q3, FGV, Out
Jobless Claims
Pesquisa Mensal de Emprego,
IBGE, Set
PMI Manufacturing Index Flash,
Oct
Mercado aberto, Banco Central
New Home Sales, Sep
EIA Natural Gas Report, EIA
Fed Balance Sheet
Money Supply
IPC, Q39, FIPE, Out
Durable Goods Orders, Sep
Setor externo, Banco Central
Consumer Sentiment, Oct
dom 27/out
sáb 26/out
sex 25/out
Mundo
Chicago Fed National Activity
Índex, Sep
Grande Prêmio da Índia de
Fórmula 1
41
CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE
qui 31/out
qua 30/out
ter 29/out
seg 28/out
Brasil
Mundo
INCC-M, FGV, Out
Pending Home Sales Índex, Sep
Sondagem da Construção, FGV,
Dallas Fed Mfg Survey, Oct
Eventos
Masters de Paris de Tênis
(França)
Feriados
Out
Sondagem da Indústria, FGV,
Out
Política monetária e operações
de crédito, Banco Central
FOMC Meeting Begins
ICSC-Goldman Store Sales, ICSC
Redbook, Redbook
S&P Case-Shiller HPI, Aug
Consumer Confidence, Oct
IGP-M, FGV, Out
ADP Employment Report, Sep
Índice de Preços ao Produtor Indústrias de Transformação,
IBGE, Set
GDP, Q3:13
EIA Petroleum Status Report, EIA
FOMC Meeting Announcement
Sondagem Serviços, FGV, Out
Jobless Claims
Sondagem Comércio, FGV, Out
Personal Income and Outlays,
Sep
Política fiscal, Banco Central
Employment Cost Index, Q3:13
Farm Prices, Oct
Fed Balance Sheet
Money Supply
Ana Cássia Silva
42
TERMO DE EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Este documento tem como objetivo servir
de base para a discussão de elementos do ambiente econômico e setorial, através da compilação de
informações e exposição de análises e de pontos-de-vista. Tomamos os melhores cuidados com a
confiabilidade das informações e de suas fontes, mas não podemos garantir a exatidão das mesmas
ou das análises realizadas sobre elas. Todas as informações aqui contidas a título de “projeção” ou
“previsão” se referem a análises com base em elementos e tendências atuais, cujos pressupostos
podem mudar significativamente ao longo do tempo. A Pezco Micronalysis e empresas e pessoas
que eventualmente participaram deste relatório não se responsabilizam por decisões tomadas com
base neste relatório. Tanto Pezco Microanalysis quanto seus eventuais colaboradores e consultores,
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neste documento, bem como podem estar participando ou ter participado de projetos de consultoria/
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documento não são, necessariamente, vinculados a Pezco Microanalysis em qualquer aspecto. Ainda,
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