edição 3 – novembro2012tabloide

Transcrição

edição 3 – novembro2012tabloide
Informativo mensal da AleAkashi Comunicação - ano 1 - número 3 novembro 2012
Comparativo
TTS x SLK
Coupé ou roadster?
Uma dúvida que
poucos mortais tem
na hora de escolher
um carro
Pág. 8
Avaliação
Renault Sandero Stepway
Com câmbio automático de
quatro velocidades, o compacto é confortável, mas deixa
a desejar
Pág. 11
Distribuição gratuita
Farol Alto
Jornal
Salão do
Automóvel
Confira as novidades do
maior evento automotivo
do País que teve como
principal estrela o Chevrolet Onix
Pág. 4
2
Jornal Farol Alto
São Paulo, novembro de 2012
Editorial
São Paulo, novembro de 2012
Jornal Farol Alto
Curtas
O IPI e o novo regime
O Governo Federal não foi inocente ao
anunciar o novo regime automotivo e as
regras do Inovar-Auto no início de outubro. Fez o que tinha de fazer para garantir
arrecadação, e utilizou um dos mercados que
se mantém aquecido no País graças à paixão
que o brasileiro nutre pelo status de possuir
um automóvel.
Sem nenhum tipo de aviso, aumentou de
uma hora para outra em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis importados, e
assustou todo o mercado. Este foi o primeiro
passo para algo maior.
Muita gente reclamou, claro. Ainda reclama. A OMC (Organização Mundial do Comércio) foi uma delas. Em seguida, anunciou
que viria um plano para o setor, com objetivo
de incentivar a produção local, a engenheria
brasileira e o desenvolveimento de tecnologia
nacional. E, diante disso, algo surpreenden-
te aconteceu: os executivos brasileiros do
setor automotivo que já possuem linhas de
montagem no País aplaudiram o aumento do
imposto! Surreal!
O que era para ser anunciado em agosto,
se prolongou em estudos e discussões até
outubro. Para não desagradar tanta gente,
principalmente no exterior, foram criados artifícios para legitimar o aumento de
imposto. O primeiro é a obrigatoriedade
de investimento em engenharia no Brasil,
por parte das empresas que querem vender
automóveis aqui. São valores relativamente
pequenos para a maioria das montadoras que
já possuem plantas aqui.
O segundo é o sistema de cotas de limites
de importações sem o acréscimo de imposto,
e os créditos que poderão ser resgatados futuramente, que vai dar fôlego para as montadoras que tinham planos de construir fábricas
aqui, mas ficaram em dúvidas quando
anunciaram o aumento do IPI.
Verdade é que havia tempo que não se
ouvia tantas marcas de carros falando em
construir fábricas no Brasil. Só no Salão do
Automóvel, JAC Motors, Haima, Changan e
BMW confirmaram que vão investir alguns
milhões de reais em instalações no País. A
Suzuki e Hyundai comemoraram o início das
atividades e mostraram os produtos made in
Brazil, assim como a Chery, que já está a todo
vapor com os planos da fábrica em Jacareí
(SP). A Nissan, que compartilha a linha de
produção com a Renault, em Pinhais (PR),
anunciou investimentos em uma fábrica em
Resende (RJ).
Verdade é que para as montadoras, o
melhor mercado para investir é o Brasil, onde
há mercado em elevação, profissionais com
certo nível técnico, e principalmente um povo
apaixonado por automóvel que não mede
esforços para ter um na garagem, e que tem,
ainda, cultura de que carro é sinônimo de
status e, assim, não se incomoda de pagar o
dobro do preço em relação aos vizinhos. Para
as montadoras, isso significa lucro certo.
Fica evidente, assim, que o Governo
Federal não fez nada por acaso. Resta saber se
o objetivo de desenvolvimento de tecnologia
e inovação será atingido. Esta é a única parte
que ainda não ficou clara, pois para as montadoras que já estão instaladas, o investimento
de 0,5% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, e 1% em engenharia é banal.
Ah, mas os carros deverão ser 12% mais
eficientes energeticamente, o que representa
redução de consumo de 13,6%, algo em torno
de consumo médio de 17,1 km/l, medido de
acordo com normas ABNT.
Bom, para chegar a 17,1 km/l, pressupõe-se que a média atual é de aproximadamente 14,5 km/l. Fica a pergunta: quantos
carros fazem média de 14,5 km/l?
Coluna IQA
Rolls-Royce inaugura
showroom em S.Paulo
Curtas
Audi A4 Attraction
parte de R$ 118.900
IPI menor = JAC J2
mais barato:
R$ 30.990
Fiat renova câmbio
Dualogic do Idea
Equipado com motor 2.0
TFSI de 180 cv, o Audi A4
Attraction 2013 conta com
motor 2.0 TFSI, 4 cilindros,
com turbocompressor e injeção direta de combustível,
que gera 180 cv de potência
entre 4.000 e 6.000 rpm e
torque máximo de 320 Nm,
entre 1.500 e 3.900 rpm, o qeu Novo sedan conta com câmbio CVT
permite acelerar de 0 a 100
des, continuamente variável com
km/h em apenas 8,2 segundos e
nova programação e combinada à
atinge máxima de 226 km/h.
tração dianteira. O resultado é conCom preço de lançamento
sumo combinado (cidade/estrada)
de R$ 118.900, o novo Audi A4
é de 14,1 km/litro (10,6 km/litro na
Attraction é equipado com caixa de
câmbio Multitronic de 8 velocidacidade e 17,5 km/litro na estrada).
A presidente Dilma Rousseff
abriu o Salão Internacional do
Automóvel de São Paulo na semana
passada com a notícia de que vai
manter o desconto no IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados)
até o dia 31 de dezembro. Assim, a
JAC Motors acaba de anunciar que
o principal lançamento da marca,
o compacto J2, vai custar menos
do que o previsto: R$ 30.990. O J2
tem motor 1.4 16V VVT de 108 cv,
ar-condicionado, direção assistida,
vidros, trava e retrovisores com acionamento elétrico, freios com ABS,
air bag duplo, CD player com MP3 e
sensor de estacionamento traseiro.
encarrega, automaPrimeiro foi
ticamente, de mover
no Punto, Bravo
lentamente o veícue Linea, agora é a
lo, sem que o cliente
minivan Idea, nas
aperte o acelerador,
versões Essence
como em qualquer
e Adventure, que
recebe o novo câmmodelo automático
bio Dualogic Plus.
convencional.
Já a função
A tecnologia traz
“Auto-Up Shift
duas novas funções,
“Creeping” e “Auto- Agora com novas funçãoes Abort” identifica
o exato momento
Up Shift Abort”, que
segundo a Fiat aumentam o prazer de uma retomada de velocidade e
abortar, se for o caso, a troca para
de dirigir.
uma marcha superior, mantendo a
A função “Creeping” proporciona manobras muito mais confor- rotação do motor elevada para distáveis e seguras, já que o sistema se ponibilizar mais torque e potência.
Expediente
Edição, reportagem e fotografia
Alexandre Akashi (MTB: 30.349)
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Direção Comercial
Jéssica Akashi
11.2925-7107
O Jornal Farol Alto é uma publicação da
AleAkashi Comunicação
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Todos os texto aqui publicados são fruto do trabalho desenvolvido mensalmente por Alexandre Akashi, jornalista especializado no setor automotivo, com ênfase no aftermarket e bons conhecimentos teóricos de
mecânica. Algumas matérias podem ser conferidas também nos sites Carplace (www.carplace.com.br), People Power (www.ppow.com.br) e no Blog Reparador Online (www.reparadoronline.blogspost.com).
Apenas os textos das seções Curtas e Colunas podem ser reproduzidas sem prévia autorização.
Da esquerda para a direita: os executivos Hugo Bustamante, gerente geral para América Latina de Rolls-Royce
Motor Cars, Viviane Polzim , diretora de Marketing da Via Itália, Milton Chameh, gerente Comercial e de
Marca de Rolls-Royce Motor Cars São Paulo, e Jaroslav Sussland, diretor de Relações Internacionais de RollsRoyce Motor Cars São Paulo
O espaço escolhido para a
primeira loja da Rolls Royce na
América Latina foi a avenida
Cidade Jardim, em um dos pontos
mais exclusivos de São Paulo. A
representação comercial da marca
será feita pelo Grupo Via Itália,
que já importa as marcas Ferrari,
Maserati e Lamborghini.
“Estamos aumentando nossa
presença de forma significativa
nos mercados emergentes e por
isso o desejo de estarmos no Brasil
é algo natural, em razão do forte
crescimento econômico e demanda expressiva por produtos de
alto luxo no país”, revela Torsten
Müller-Ötvös, CEO de RollsRoyce Motor Cars.
“Foi um longo processo de negociação, que durou cerca de seis
3
meses e foi oficializado em outubro
de 2011 para, agora, inaugurarmos
oficialmente o showroom”, afirma
Jaroslav Sussland, diretor de Relações Internacionais de Rolls-Royce
Motor Cars São Paulo.
Com a inauguração, o cliente
brasileiro terá à disposição os
mesmos modelos oferecidos pela
Rolls-Royce em todo o mundo:
Ghost, Ghost versão estendida
e quatro modelos do Phantom
(sedã, coupé, conversível e versão
estendida). A entrega e o cálculo
do preço final dependem da configuração exclusiva de cada carro.
“Quando sai da fábrica, cada
modelo Rolls-Royce possui características únicas e exclusivas, sem
existir um idêntico em qualquer
lugar do mundo. Por isso, nesse
momento, não é possível estabelecer uma tabela de preços, pois
a definição se faz unicamente
sobre cada carro já fabricado e
montado que chegará ao país”,
explica Milton Chameh, gerente
Comercial de Rolls-Royce Motor
Cars São Paulo.
O modelo de entrada no
mercado brasileiro será o Ghost,
com motor V12 biturbo de 563
cavalos, que está disponível no
showroom para pronta entrega. A
expectativa é vender entre 8 e 12
carros por ano no Brasil. O preço
inicial do modelo é de R$ 2,3
milhões. Detalhe é que a Via Itália
afirma que terá carro em estoque,
com entrega em até uma semana.
“Conhecemos o gosto de nossos
clientes”, disse Chameh.
Instituto amplia
atuação regional no
interior de São Paulo
Com objetivo de ampliar
a sua atuação regional, o
IQA - Instituto da Qualidade
Automotiva, entidade sem
fins lucrativos e organismo de
certificação acreditado pelo
Inmetro, criado e dirigido pela
Anfavea, Sindipeças, Sindirepa
e outras entidades do setor,
inicia parceria com a Facens
(Faculdade de Engenharia
de Sorocaba) para ministrar
treinamentos voltados à qualidade. Além disso, começa a desenvolver trabalho nas cidades
de Campinas (SP) e Salvador/
Camaçari (BA), onde também
disponibilizará treinamentos
em qualidade automotiva.
O calendário de cursos na
Facens inicia em novembro,
no dia 8, com o treinamento
IMDS (E sua Integração com
APQP e PPAP), e em dezembro ocorrem os treinamentos
sobre VDA 6.3 - 2ª Edição 2010
| Conhecimento geral para
Auditor de Processo (dias 3 e
4), VDA 6.3 - 2ª Edição 2010|
Auditor de Processo Produção
Seriada (Questões P5, P6 E P7)
(dias 3, 4, 11 e 12), e VDA 6.3
- 2ª Edição 2010 | Auditor de
Processo Ciclo de Vida Produto
(Questões P1, P2, P3, P4, P5, P6
e P7) (dias 3, 4, 10, 11 e 12).
Os treinamentos são
voltados para engenheiros e
profissionais ligados ao setor
da engenharia, produção,
compras, qualidade e logística.
Realizar um treinamento com o
IQA significa obter um diferencial reconhecido por montadoras (Anfavea), fabricantes
de auto peças (Sindipeças),
concessionárias (Fenabrave) e
oficinas (Sindirepa), condição
oferecida exclusivamente pelo
único organismo de certificação
dirigido pelo setor automotivo.
“A ideia é multiplicar nossa
força em todo o Brasil, pois
acreditamos ser fundamental
para a sociedade que todos os
profissionais tenham noções
acerca das ferramentas da qualidade”, afirma Mario Guitti,
superintendente do IQA.
“Além disso, esta é uma
especialização que representa
para o profissional um diferencial competitivo”, diz Guitti.
Em Campinas – SP e Salvador/
Camaçari - BA, o IQA também
já homologou instrutores para
ministrar treinamentos que
terão início em dezembro.
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Jornal Farol Alto
São Paulo, novembro de 2012
São Paulo, novembro de 2012
Jornal Farol Alto
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Especial
Salão do Automóvel de São Paulo
Ladrão
de cena
A
maior mudança desta 27ª
edição para as anteriores
é que não há tantos carros
extravagantes como as Ferrari,
Lamborghini, Bugatti, Bentley,
Koenigsegg, entre outros, como
ocorreu em 2010, mas sim muitos
lançamentos que logo estarão nas
concessionárias de todo País. É,
assim, um evento mais ‘pé no chão’.
Mas não será pela falta destas
marcas que o salão ficou menos
interessante. Muito pelo contrário.
Os veículos premium foram bem
representados por Aston Martin,
Audi, BMW, Mini, Mercedes-Benz,
Porsche, Chrysler, Dodge, Jeep,
Ram, Jaguar, Land Rover, Volvo,
Lexus e Subaru, com destaque
maior para a Audi que vai oferecer
teste drive dos modelos R8 GT
Spyder, superesportivo conversível
da marca que custa R$ 1,2 milhão.
Mas, voltando à realidade pos-
sível da grande maioria, o grande
destaque ente os lançamentos é o
Chevrolet Onix, com certeza. Isso
porque depois de derrapar feio
com Agile e Cobalt, a GM acer-
Os superesportivos
Um dos mais importantes
carros do salão: o Audi R8 GT
Spyder. Com motor V10 de 560
hp, acelera de 0 a 100 km/h
em apenas 3,8 segundos. Serão
fabricados apenas 333 unidades, sendo que três vem para o
Brasil. O mais bacana do carro
é que a Audi permite test drive
do modelo, mas para apenas
21 felizardos por dia. Quem
perder essa oportunidade, não
terá outra, a não ser que tenha
R$ 1.200.000, valor pedido
pela marca para quem quiser
guardar o modelo na garagem.
do passado, e ao invés de fazer um
facelift do modelo anterior (como
ocorreu quando lançou o 207 brasileiro, que é uma mistura do antigo
206 com 207 europeu) decidiu que
é hora de os brasileiros terem um
carro com concepção moderna,
alinhado ao que há na França.
nonononono non on ono no non ononono nono nonon
ononono nononono non ono no no no no nonon onon
tou o design do Onix, colocou air
bags duplos frontais, freios ABS
e direção hidráulica em todas as
versões, inclusive na mais barata,
e posicionou o carro em R$ 29.990.
Vai vender muito, pois é bonito e
barato (para os padrões do nosso
mercado, claro), e vem com equipamentos que até então não havia
em modelos populares, mas que a
Peugeot 208 terá prévenda com 208 unidades
especiais, numeradas; na
foto, modelo GTI, que
ainda não tem previsão
de vinda para o país
partir de 2014 serão obrigatórios.
Chevrolet Onix
A primeira impressão do Onix
é que se trata de um carro mais
encorpado, como um micro SUV,
mas é um hatchback. Pela estética, era de se esperar um interior
caprichado, mas ai o custo ficaria
elevado. Assim a marca decidiu
encher o modelo de plástico duro e
feio, mas como o que importa para
brasileiro é aparência externa, fica
ai a dica de onde o carro pode melhorar. O Onix chega em novembro
às concessionárias, com motores
de 1.0l e 1.4l que a GM disse ter
retrabalhado e chamou de SPE/4.
Outra marca que trouxe boas
novidades foi a Peugeot, ao anunciar o lançamento do compacto
208, que chega às concessionárias
em abril de 2013. Tal como a GM,
a Peugeot aprendeu com os erros
Peugeot 208
Outra novidade do 208 é que
ele marca a volta da Peugeot ao segmento de motores 1.0l. Porém, de
forma mais moderna com um tri-cilindros que desenvolve em torno de
80cv de potência. Ainda sem preço
definido (por conta do vai e vem do
IPI, que hora tem desconto, ora não
têm), o Peugeot 208 vai ser concorrente forte do Hyundai HB20,
pois trará design e acabamento
interno de bom nível e bom gosto.
Fiat
Fiat 500 Cabrio
A BMW caprichou no M6 Coupé, uma supermáquina com motor
V8 de 560 hp e 680 Nm de torque,
que acelera de 0 a 100 km/h em
4,2 segundos. Além desta belezura,
a BMW anunciou que vai montar
uma planta em Santa Catarina, na
cidade de Araquari. Com o investimento, que será na ordem de 200
milhões de euros, a marca alemã
tende a ganhar vantagem competitiva ante a concorrência, uma
vez que poderá participar do novo
regime automotivo, e não precisar
pagar acréscimo de IPI. Vamos
torcer pelo sucesso da marca.
Dodge Viper. Este é um nome
que arrepia quem entende e gosta de
automóveis. A marca norte-americana trouxe para o salão nada menos
do que a versão SRT Viper GTS, o
mais cobiçado dos Dodges. Com
motor motor aspirado de alumínio
feito à mão V10 de 8,4 litros, despeja
648 cv de potência e nada menos do
que 82,9 mkgf de torque nas duas
rodas traseiras. Pena que a marca
não tem planos de comercializar
o veículo no Brasil. Enquanto isso,
para as famílias, a Dodge lançou o
SUV Durango, um 7 lugares de luxo
para quem quer ir além do Journey.
O carro da foto é um dos cinco
SLS GT 45th Anniversary que a
AMG, divisão esportiva da MercedesBenz, vai fabricar no mundo. E o
carro exposto no salão já tem dono,
que com certeza vai utilizá-lo nas
pistas no ano que vem. Internamente,
não tem requinte nenhum. Mas conta
com um diferencial importante: o
piloto e embaixador da marca AMG,
Bernd Schneider, está diretamente
envolvido no processo de produção,
instalando pessoalmente o motor V8
AMG 6,3 litros no carro. E mais um
detalhe: a marca escoulheu São Paulo
para mostrar o carro ao mundo.
Com a missão de mostrar ao
mundo que não é somente norte-americanos e alemães que sabem produzir superesportivos, a
Lexus, marca de luxo da Toyota
que acaba de desembarcar
oficialmente no Brasil, trouxe
uma das 500 unidades do LF-A,
exclusivo coupé que conta com
motor V10 de 4,8 litros de 560 cv
e 48,9 kgfm de torque, e acelera
de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos. Feito com carroceria em
fibra de carbono, o carro pesa
apenas 1.580 kg, e atinge velocidade máxima de 325 km/h.
A grande sensação da Fiat é o
500 Cabrio, primeiro conversível
da marca no Brasil. Com motor
1.4 MultiAir 16 válvulas de 105 cv
de potência a 6.250 rpm e torque
máximo de 13,6 kgfm a 3.850 rpm,
vem com câmbio automático de
seis marchas, ABS + EBD, airbag
duplo, sidebag, ar-condicionado
manual, piloto automático, direção
elétrica Dual Drive, auto rádio CD
MP3, ESP + ASR e Hill Holder,
função Sport, entre outros itens.
Além disso, faz o pré-lançamento das séries especiais Sublime, para os sedans Grand Siena
e Linea, e Interlagos, para Palio e
Uno. Os sedans receberão itens de
acabamento exclusivos, remetendo
os modelos a um estágio superior
quanto ao requinte e sofisticação.
Já a Série Especial Interlagos
tem previsão de venda a partir
do final de novembro. Ambos
os modelos receberão a nova cor
Amarelo Interlagos e contarão com
itens que acentuarão ainda mais
esportividade desses modelos.
Volkswagen
O lançamento da marca alemã
é o Gol 2 portas. Sem grandes
novidades em relação ao que já
existe no mercado, o Gol 2 portas
chega ainda este mês, com motor
1.0l (76 /72 cv (e/g) a 5.250 rpm
e torque de 10,6/9,7 kgfm (e/g)
a 3.850 rpm), e 1.6l (104/101 cv
(e/g) a 5.250 rpm e torque de
15,6/15,4 kgfm (e/g) a 2.500 rpm).
Segundo a Volkswagen, o motor TEC 1.0l conta com nova ECU,
com micro controlador de 32 bits e
2 Mbytes de memória. O software
foi desenvolvido para otimizar a
performance do motor em baixas
rotações e, na versão com o pacote
BlueMotion Technology, o novo
software ainda permite a indicação digital de troca de marchas.
A montadora diz também que
há um novo coletor de admissão,
projetado para atuar em conjunto
com um novo perfil do comando
de válvulas, com o objetivo de
aumentar o fluxo de ar admitido
pelos cilindros em baixas rotações.
Foram feitos melhorias em
relação à redução de atrito das
peças móveis, com novos pistões
que contam com superfícies de
carbono nas saias, acionamento
de válvulas e retentores também
modificados para redução de atrito,
molas das válvulas com redução na
constante elástica e menor massa,
e para completar, novos retentores
de válvulas, do eixo comando e da
flange traseira do virabrequim.
foi o facelift do New Fiesta sedan,
mostrado mundialmente pela
primeira vez no Salão de São Paulo.
O carro que é importado do México
será produzido na planta de São
Bernardo do Campo e deve estrear
em 2013. A grade dianteira ganhou
corpo em formato trapezoidal e o
capô com vincos proeminentes são
elementos que marcam o visual. No
estande, mostra também o novo Fusion que chega em janeiro, com motor EcoBoost, 2.0l de injeção direta e
turbo, que rende 250 cv de potência.
Volkswagen Gol G5 2 portas
Honda Civic
Ford
O destaque pé no chão da Ford
Toyota Prius
Renault
O destaque popular da Renault
foi o Clio que ganhou mais um
facelift, apesar de na Europa estar
uma geração adianta da nossa,
que parou no tempo já faz alguns
anos. A frente do carro ganhou
novos faróis, para-choques, capô
e entradas de ar. Na traseira, foi
Renault Clio
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Jornal Farol Alto
SãoPaulo,
Paulo,novembro
outubro de
São
de 2012
2012
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Especial
A importância Brasil
Apesar de esta edição do
Salão do Automóvel ter ficado
desfalcada por alguns superesportivos mais populares, como
Ferrari, Lamborghini, Maresati,
Bugatti entre outros, as montadoras que participaram do
evento mostraram esmero ao
apresentar para o consumidor
algumas máquinas exclusivas.
Se por um lado os importadores oficiais de algumas marcas
decidiram que não havia sentido
investir em evento que raramente
traz retorno em vendas, ainda
mais agora que o importado
ficou mais caro por causa do
aumento do IPI, por outro este
foi um salão de avant-première,
uma vez que o Brasil já ocupa a
quarta posição no ranking dos
mercados automotivos mundiais.
Então, é assim. Se lá fora as
vendas estão estagnadas, vamos
mostrar as novidades no Brasil.
A primeira a impressionar foi
a Mercedes-Benz, que durante
semanas divulgou a versão exclusiva da SLS GT3 45th Anniversary, e decidiu que o modelo seria
visto pelo público pela primeira
vez no Brasil. Dito e feito. O
carro, que na verdade é uma
versão de corrida especialmente
preparado para as pistas, terá
apenas 5 unidades produzidas.
A que está no Salão, já tem dono
e não vai sair do País. Além do
superesportivo, a marca apresentou a nova Classe B, monovolume que chega oficialmente,
com motor 1.6l turbo de 156 cv
e 250 Nm de torque, e cambio
incorporado um aerofólio com
brake-light e as lanternas têm luzes
com nova disposição. A tampa do
porta-malas ganhou dois vincos
horizontais. O quadro de instrumentos é novo, com marcadores de
nível de combustível e temperatura
do líquido de arrefecimento digitais, além do computador de bordo.
Sandero Privilège e Stepway
e o Logan Expression 1.6 passam
a trazer, como opcional, o sistema
automático de 7 velocidades.
Outra marca a apresentar uma novidade global foi a
Volkswagen, que apesar de ter
derrapado ao não lançar o up!
(somente trouxe uma versão
conceito, batizada de GT up),
mostrou o Taigun, que será um
SUV compacto, e deverá ser
fabricado e comercializado no
Brasil com data de estreia prevista para 2014. O protótipo exposto
no estande conta com motor
três-cilindros 1.0l TSI que rende
até 110cv e consumo aproximado de 22,2 km/l de gasolina.
A Ford também fez estria
mundial da reestilização do New
Fiesta Sedan, que agora conta
com grade dianteira em formato
trapezoidal, novos faróis e capô
com linhas esculpidas, além
de nova tampa do porta-malas
e lanternas de grande efeito
visual. Lembrou um carro da
década de 1990, o Ford Taurus,
mas acredito que semelhanças são meras coincidências.
Além do New Fiesta Sedan,
a marca aproveita o salão para
mostrar ao consumidor o novo
Fusion, que a partir do ano que
vem perde o motor V6 para um
2.0l quatro-cilindros de injeção
direta e turbo que rende 250
cv. O novo motor Ecoboost
é menor, mais potente e econômico, e promete agradar a
gregos e troianos. Tomara que
não tarde a trazer toda gama
de Ecoboost para o Brasil, e
deixe finalmente de produzir
o antigo Rocam, em Taubaté.
Media Nav, o mesmo disponível
na série limitada Duster Tech
Road. Com tela touch screen de 7
polegadas integrada ao painel, o
sistema oferece as funções de rádio,
Bluetooth e GPS, com menus de
fácil identificação e configuração.
Outra novidade é o Fluence GT,
com motor turbo 2.0l 16V de 180
cv de potência e torque máximo
de 30,6 kgfm a 2.250 rpm, sendo
que quase 80% da força já está
Os conceitos
A Honda anunciou durante
o Salão do Automóvel de São
Paulo a vinda da Acura para o
Brasil. Para quem desconhece,
esta é a marca de luxo e esportivos que faz parte do grupo.
Para celebrar a decisão, trouxe
nada menos do que a próxima
geração do superesportivo NSX,
que contará com motor V6 de
injeção direta, com transmissão
de dupla embreagem e uma inovadora tecnologia de propulsão
Sport Hybrid SH-AWD – Super
Handling All Wheel Drive, que
utiliza dois motores elétricos com
sistema de controle de torque
bilateral, que pode gerar instantaneamente torque positivo
ou negativo às rodas dianteiras
nas curvas, o que proporcionará uma capacidade de controle
sem precedentes nos anteriores
sistemas de tração integral.
Para o salão, a marca trouxe
também o sedan ILX e o SUV RDX.
O Ford Evos Concept é um
fastback de quatro portas que tem
silhueta dinâmica. Mede 4,50 m de
comprimento, 1,97 m de largura e 1,36
m de altura, com entre-eixos de 2,74
m. O capô proeminente, o para-brisa
dianteiro fortemente arredondado e
os pilares “A” voltados para a traseira
permitiram aos designers criar a impressão de um GT clássico. O interior,
projetado em torno do motorista,
acompanha o mesmo espírito de
prazer de dirigir. A conectividade
em núvem utiliza as preferências e
hábitos dos consumidores para combinar as informações pessoais com
dados adicionais da nuvem, como
a agenda de trabalho do motorista,
tráfego local ou condições do tempo.
A tecnologia reconhece os hábitos
e habilidades do motorista e pode
sobrepor dados de mapas e condições
do tempo a partir da núvem para
ajustar a potência, direção, suspensão
e sistema de freios para oferecer máxima satisfação, conforto e segurança.
Outro coupé conceito foi mostrado pela Mercedes-Benz. Batizado
de Concept Style Coupé o carro tem
design esportivo com um jogo entre
superfícies côncavas e convexas. O
capô se posiciona, com saliências no
conjunto dianteiro, assim como a
grade com acabamento inspirado nos
diamantes – um tema repetido em
outros pontos do carro. Para reforçar
a escultura das linhas, o conceito
foi pintado em Alubeam, uma cor
com efeitos luminosos especiais, que
reforça a qualidade escultural de
suas linhas. Os faróis lembram os
olhos sempre alertas de um predador. Em modo standby, eles brilham
em vermelho. Outro detalhe são os
indicadores de direção: uma linha
de pontos de luz individuais que se
acendem sucessivamente, como o
teclado de um piano. Assim como
a Ford, a Mercedes-Benz aposta
na tecnologia de computação em
nuvem para prover aos usuários
conectividade em tempo integral.
O Nissan Extrem foi criado
especialmente para o Brasil,
sendo, inclusive, desenhado e
desenvolvido no próprio país.
Foi, assim, o primeiro conceito
dos engenheiros locais da marca.
O design é marcante, com linhas
e superfície da carroceria que
transmitem sensação de robustez
e agilidade com os para-lamas
volumosos, definidos por vincos
afiados. É equipado com o moderno e elogiado 1.6 turbocharger
de injeção direta, tração dianteira
ou ainda na versão com tração
integral e Vetor de Torque para
uma condução mais aprimorada.
Além disso, a marca anunciou a chegada do sedan médio
Altimam que vai entrar na disputa do mercado nacional em
2013. Com entreeixos de 2,78 m,
comprimento de 4,86 m, largura
de 1,83 m e altura de 1,47 m, o
Altima é equipado com motor
2.5l 16V de quatro cilindros.
JAC J2
Chery Celer
Changan MiniBenni
Kia Quoris
Hyundai HB20X
de metal, madeira, baú de alumínio ou câmara frigorífica.
A Chery anunciou que a fábrica
em Jacareí fica pronta no ano
que vem e apresentou o primeiro
modelo a ser produzido, o Chery
Celer, um compacto nas silhuetas
sedan e hatch, com motor flex 1.5l
de 116/111 cv (e/g) e torque de 14
kgfm a 3.000rpm, equipado com
airbag duplo frontal, freios com
ABS, ar condicionado, travas e
vidros elétricos e sistema de som.
A Districar, que em 2013 inicia
a distribuição das marcas chinesas Changan e Haima no Brasil,
e já comercializa a sul-coreana
SsangYong, anunciou intenção
de montar fábrica no País, em
Linhares (ES), para produzir
os veículos das três marcas.
Da Changan, serão três utilitários: Picape Star CS, Star Family
e Star Utility, com lançamentos
previstos para janeiro de 2013, e
quatro veículos de passeio Mini
Benni, Alsvin, CX20 e C201 com
vendas programadas também
para o próximo ano. O destaque
é o Mini Benni, um subcompacto
com motor 1.0l de 69 cv que deve
custar algo em torno de R$ 24.900.
Da Haima virão três modelos
de automóveis que começam a
ser vendidos em novembro: o
compacto Haima 2 GLS, o
médio Haima 3 GLS (sedan) e
o utilitário esportivo Haima 7,
top de linha da montadora.
Coreanas e japonesas
A coreana Hyundai se
apoiou no recém-lançado HB20
e mostrou o HB20x, versão cross
do HB20 que deve ser lançado
em março. Já a Kia esbanjou
tecnologia e apresentou o Quoris, um sportback de luxo que
chega para competir de igual a
BMW Série 5 e Audi A5, porém
com preço mais competitivo.
Já a Honda trará em 2015
a marca Acura para o Brasil, o
que significa mais carros de luxo
nas ruas brasileiras. Também
apresentou o novo Civic 2.0l
flex sem tanquinho que chega
em fevereiro de 2013, além do
CR-V também sem tanquinho, que chega em março.
Tal como a Hyundai, a Toyota
se apoiou no recém-lançado Etios
como base da participação no
salão, e confirmou as vendas do
híbrido Prius, a partir de janeiro, por modestos R$ 120 mil.
A Volkswagen trouxe uma
versão apimentada do minicarro up!, batizado de GT up!.
Recém-lançado na Europa, o
up! conta com motor de 75 cv,
porém nesta versão esportiva
conceito, traz um propulsor
de 100 cv. Com apenas 900
kg, deve ser um carrinho bem
divertido de dirigir. Pena
que ainda é um conceito...
O para-choque dianteiro foi
refeito, e difere completamente
do design típico do up!: em vez
do componente central integrado e pintado que o atravessa,
que no cross up! é metálico, o
GT up! apresenta uma grande
entrada de ar para refrigeração
com grade em colmeia. Por fora,
há duas entradas de refrigeração para os freios e, integradas
a elas estão os LEDs dispostos
como asas das luzes de uso
diurno. As rodas de liga-leve
têm 17 polegadas e pneus 195.
O mini SUV da Volkswagen Taigun deve ser lançado oficialmente em 2014
Acima e ao lado, o New Fiesta
reestilizado, que foi apresentado pela
primeira vez ao público no Salão de
São Paulo; outra estreia importante
foi o Mercedes-Benz Classe B,
que finalmente chega ao Brasil
disponível a partir de 1.500 rpm.
Segundo a Renault, vai de 0 a 100
km/h em 8,0 segundos e atinge
velocidade máxima de 220 km/h.
Chinesas
A JAC anunciou que vai montar
fábrica em Camaçari, na Bahia, para
produzir os veículos que hoje traz
da China, para não sofrer com o
acréscimo de 30 pontos percentuais
do IPI, e manter o produto com-
petitivo. No salão, três novidades:
o J2, o J3 Sport e o caminhão leve
T140. O primeiro é um subcompacto de 3,5 metros de comprimento
e 915 kg equipado com motor 1.4
16V VVT de 108 cv, que segundo
a JAC faz 0 a 100 km/h em menos
de 10 segundos e atinge 187 km/h.
O J3 Sport agora tem motor flex
de segunda geração que dispensa
o uso de tanquinho, desenvolvido em parceria com a Delphi.
Modelo traz motor 1.5 de 125
cv (gasolina) ou 127 cv (etanol),
configurando-se na versão “esportiva” da família. Seu lançamento
comercial ocorrerá em dezembro.
Já o JAC T140 é um VUC´s
equipado com motor diesel Cummins de 140 cv. Utiliza tecnologia
EGR, tem capacidade para 1.570
kg de carga útil, com peso bruto
total de 3.490 kg, e chassi versátil
para instalação de implemento
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Avaliação
Audi TTS x Mercedes-Benz SLK 250
Dúvida cruel
Coupé ou conversível? E se houvesse a opção de ter os dois em um?
Confrontamos a esportividade do Audi TTS com a exclusividade
do Mercedes-Benz SLK 250, e encontramos uma resposta...
H
Seja bem vindo
Posto de condução excelente
para quem gosta de acelerar
á certas dúvidas que são
verdadeiros desafios. Ter
de escolher entre um coupé ou um cabriolet é um deles. Se
um for Audi e o outro MercedesBenz, então, totalmente fora de
cogitação. A verdade é que este é o
tipo de dúvida que poucas pessoas
têm o prazer de ter. Por alguns
dias, vivemos este dilema: Audi
TTS ou Mercedes-Benz SLK 250?
A resposta certa é: ambos.
Os dois carros conseguem satisfazer com perfeição os desejos
dos felizes proprietários, pois
entregam boa dose de esportividade e muita exclusividade.
Torna-se praticamente impossível passar desapercebido e com
certeza não faz feio em nenhum
tipo de encontro de VIPs.
Trata-se, assim, de uma questão
de gosto pessoal. É certo que as versões S da Audi apresentam uma pitada a mais de esportividade, refletida de forma direta no preço. São R$
311.433 em um TTS contra ‘apenas’
R$ 228.666 da SLK 250 (tabela Fipe).
Em compensação o motor 2.0
TFSI do Audi entrega 272cv de potência a 6.000rpm e torque máximo
de 350Nm entre 2.500 e 5.000rpm,
Aerofólio de
acionamento
automático
Volante mais simples, mas
não menos funcional
Freio de mão mecânico permite
manobras mais radicais
enquanto a Mercedes-Benz com
o 1.8 BlueEfficiency gera 204cv
de potência a 5.500rpm e torque
máximo de 315Nm a 2.000rpm.
Nos números de fábrica, o TTS,
de 1.415kg, faz de 0 a 100km/h em
5,2 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente em
250km/h; já a SLK 250, com 1.500kg,
leva 6,6 segundos para atingir os
100km/h, e acelera até 243km/h.
Números que impressionam.
Capota rígida
Como todo bom roadster, a
Mercedes-Benz SLK 250 tem frente
avantajada, com cofre excepcionalmente grande para o pequeno motor
quatro-cilindros, mas que fica sob
medida quando é substituído pelo
V8 de 5.5 litros da versão AMG 55.
Mas, se por um lado o motor é
pequeno, a eficiência é grande. De
acordo com a Mercedes, o consumo médio é de quase 15km/l.
Na semana de teste, medimos
12km/l em circuito 30% rodoviário e 70% urbano, com trânsito
leve-moderado. Nada mal.
Em pista livre, chegamos a acelerar 180km/h com capota abaixada.
Apesar de uma certa turbulência
atrás da cabeça, a sensação é ótima,
de velocidade bem superior. O carro
tem bom grip e suspensão acertada
para rodar forte, independente com
multilink nas quatro rodas, de 17 polegadas, calçadas com pneus 225/45
na frente e 245/40 na traseira.
Apesar de acelerar mais do que
isso, a sensação de alta velocidade é
bem forte, o que inibe um pouco a
vontade de ir mais rápido, mesmo
sendo equipado com sistema de
controle de estabilidade. Muito
justo, pois o bacana na SLK é rodar
de forma suave, em velocidade
que dê para apreciar a paisagem e,
muito mais que isso, ser apreciado.
E para isso, o carro conta um
ponto mais forte do que a mecânica: o design. A versão atual é
a terceira geração do carro que
nasceu em 1996, ganhou mais
estilo em 2004, e no ano passado
passou por uma nova revista, para
alinhamento de estilo da marca que
tem como base a SLS 63 AMG, a
famosa Asa de Gaivota. Ficou mais
imponente e ganhou robustez.
Como todos os modelos da marca, a SLK tem um toque de exclusividade único: a capota rígida retrátil,
que apesar de ser utilizada por
outras montadoras, faz torcer pescoços sempre que transformamos o
coupé em conversível e vice-versa.
Coupé
Ao optar pela carroceria coupé
do Audi TT para esta matéria
não imaginava que ganharia um
upgrade com a disponibilização
de um TTS. Surpresa inesperada
e muito bem vinda, claro. Afinal,
o TTS é muito mais divertido
que o TT, que custa R$ 222.120,
Com a capota fechada, a
SLK é também um coupé
Capota rígida é show a parte, mas
precisa parar o carro para acioná-la
No volante, todos os
comandos estão à mão
Por dentro, a SLK é
simples, mas completa
e rende 211 cv de potência e
350Nm de torque máximo.
Abro aqui um parênteses. É
preciso explicar que pensamos nesta
matéria comparar um roadster a um
coupé, e fazer algo um pouco dife-
rente do usual, que seria comparar
dois roadster. Neste caso, teríamos
optado pelo Audi TT Roadster,
que tem a mesma configuração
mecânica do TT, mas conversível
e com capota de lona, e preço na
ordem de R$ 237.783 (Fipe).
Tanto o TT Coupé quanto o Roadster equilibrariam bem a balança
custo, mas como experimentamos
um TTS, ficou evidente que o Audi
levou vantagem no quesito esportividade, mas perdeu em custo.
Tanto TT quanto TTS têm
exatamente o mesmo design, de
linhas retas e limpas, quase de
uma simplicidade extrema e por
isso mesmo chama tanta atenção
por onde passa. São obras de arte
clássicas que dificilmente o tempo
apaga. Muito pelo contrário.
Mas em termos de esportividade, o TTS oferece muito mais, e
vai além da potência e velocidade.
Acoplado ao motor 2.0 TFSI, há
uma excelente transmissão automatizada de seis velocidades
acionada por dupla embreagem. A
tração é 4x4 integral e além de tudo
isso conta ainda com sistema de
controle de estabilidade e tração.
Um sofisticado programa
eletrônico gerencia motor, câmbio,
tração, e assim a Audi desenvolveu um dispositivo bem bacana
batizado de Launch Control que
permite arrancar com rotação de
torque máximo, o que leva o carro
No canto à direita, escondido, o
botão para acionar a capota elétrica
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Avaliação
Avaliação
Renault Sandero Stepway Automático
Conforto à
bordo
Grade com estrela da SLK é mais imponente
do que os quatro anéis do TTS
O TTS é mais bem resolvido
com a silhueta coupé clássica
Ficha técnica
Audi TTS 2.0 TFSI
Motor: dianteiro, 4 cilindros, 16V,
Cilindrada: 1.984 cm³
Potência: 272 cv a 6.000 rpm
Torque: 350 Nm a 2.500 ~ 5.000 rpm
Câmbio: S tronic 6 marchas
Tração: 4x4 quattro
Pneus: 245/40 R18
Dimensões: comprimento, 4.178
mm; largura, 1.842 mm; altura,
1.345 mm; entre-eixos, 2.468 mm
Volumes: porta-malas, 290 litros;
tanque de combustível, 60 litros
Desempenho: aceleração de 0 a
100 km/h, 5,2 segundos; velocidade máxima, 250 km/h (limitada
eletronicamente)
Ficha técnica
Esprotividade vem fundo preto e detalhes em vermelho
Na Mercedes, o tradicional fundo branco agrada
Console da
porta do Audi
é simples e
conta apenas
com os botões
essenciais
de 0 a 100km/h em 5,2 segundos.
Na prática, é parar o carro,
engatar em modo esportivo, desligar
o controle de estabilidade, pisar no
freio com o pé esquerdo, acelerar
fundo com o direito e quando a
rotação subir para 3.000rpm, soltar o
freio e sentir o corpo colar no banco.
Contar 1, 2, 3, 4 e 5! Pronto. 100km/h.
Neste momento a suspensão
se ajusta automaticamente, graças
ao gerenciamento eletrônico dos
amortecedores batizado de Audi
Magnetic Ride. Em cada um dos
quatro amortecedores há microesferas metálicas misturadas ao
fluido do amortecedor. Por meio de
corrente elétrica, o sistema alinha as
Bancos elétricos
com três opções
de memória é
uma tradição
nas Mercedes
esferas e dificulta a passagem de óleo
dentro do amortecedor, aumentando a eficiência de estabilidade do
veículo. O controle pode ser acionado automaticamente ou manualmente, através da tecla esporte.
Em alguns pontos, é indiscutível
a maior presença de tecnologia no
TTS do que em qualquer outro coupé
ou roadster compacto premium,
e tudo isso justifica o maior custo.
Mesmo com apenas quatro cilindros,
é um esportivo puro sangue, que
permite rodar tranquilo a 220km/h
em retas e também algumas curvas,
que não seriam recomendáveis contornar a mais de 140km/h a bordo
da maioria dos carros ‘normais’.
Escolha do editor
Conversível,
por favor
Apesar da maior esportividade do Audi TTS e da
melhor sensação de pilotagem esportiva, a MercedesBenz SLK 250 entrega um
status mais sofisticado. Por
este motivo, o conversível
se sobrepõe ao coupé.
Merdeces-Benz SLK 250
Motor: dianteiro, longitudinal, 4 cilindros, 16V, com duplo comando
de válvulas variável (DOHC)
Cilindrada: 1.796 cm³
Potência: 204 cv a 5.500 rpm
Torque: 31,6 kgfm a 2.000 rpm
Câmbio: automático sequencial, 7
marchas
Tração: traseira
Freios: discos ventilados na frente
e sólidos atrás
Pneus: 225/45 R17 dianteira;
245/40 R17 traseira
Dimensões: comprimento, 4.134
mm; largura, 1.817 mm; altura,
1.303 mm; entre-eixos, 2.430 mm
Volumes: porta-malas, 225 litros;
tanque de combustível, 60 litros
Desempenho: aceleração de 0 a
100 km/h, 6,6 segundos; velocidade máxima, 243 km/h
Suspensão elevada e transmissão
automática tornam o modelo bem
adequado ao asfalto brasileiro
A
lguns veículos foram
pensados para trazer mais
conforto aos ocupantes. Assim é o Renault Sandero
Stepway Automático, que conta
com a facilidade da trasmissão
automática, aliada à suspensão elevada e os pneus 195/60
R 16, combinação que permite
rodar sem se preocupar com
buracos, valetas e lombadas.
Mas isso tem um preço:
o alto valor de aquisição do
modelo, que pode superar os
R$ 50 mil (R$ 48.150, segundo
tabela Fipe). Algo surreal em
um carro compacto que conta
com acabamento interno simples. O modelo avaliado contava
com pintura metálica (R$ 850)
e bancos de couro (R$ 1.100).
De série, vem com Pack
Segurança (freios ABS, airbag duplo, volante em couro
e apoios de cabeça traseiro),
e os itens de conforto básicos:
ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas e computador de bordo.
Há ainda possibilidade de
adicionar sistema de navegação
com tela touchscreen de 7’’, rádio
com conexão USB/iPod, Bluetooth e AUX, por R$ 500. De série,
vem com rádio CD Player 2DIN,
MP3, USB, entrada auxiliar /
IPOD e Bluetooth, com controle
satélite na coluna do volante.
Vida a bordo
A posição de condução do
Sandero não é das melhores.
Falta a regulagem de profundidade do volante, e os comandos do
vidro elétrico ficam posicionados
em região que motoristas com
mais de 1,80 m costumam reclamar, pois atrapanham as pernas.
O câmbio automático de quatro velocidades é bom, no sentido
de conforto no trânsito intenso
- tem operação suave e progressiva, mas é antigo e exige demais
do motor 1.6l 16V Hi-Flex, principalmente nas ultrapassagens.
Claro que o conforto de não
precisar passar as marchas tem
um preço. Na cidade, paga-se
caro, pois o carro não faz mais do
que 8 km/l, mesmo com opção
de trocas manuais sequenciais.
Já na estrada, o consumo
melhora bastante, e chega a 11
km/l em trechos de pista plana, onde é possível manter a
velocidade mais constante.
O modelo 2013 ganhou nova
grade fronta, mais agressiva.
Os acessórios que o tornam um
crossover compacto deixam
o modelo mais chamativo e
destaca o veículo no trânsito.
O ponto forte é o motor,
robusto e bem resolvido, tanto
na gasolina quanto no etanol.
Podia ser um pouco mais liso,
mas ai não seria Renault.
Ficha técnica
Renault Sandero Stepway
Motor: dianteiro, transversal, 4
cilindros, 16V
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência: 112/107 cv (etanol/gasolina) a 5.250 rpm
Torque: 15,5/15,1 (e/g) kgfm a
3.750 rpm
Câmbio: automático sequencial,
4marchas
Tração: dianteira
Pneus: 195/60 R16
Dimensões: comprimento, 4.021
mm; largura, 1.746 mm; altura,
1.640 mm; entre-eixos, 2.591 mm
Volumes: porta-malas, 320 litros;
tanque de combustível, 50 litros
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Artigo
Falta de manutenção: agente oculto
Antônio Carlos Bento é
presidente da Corneta e coordenador do GMA – Grupo
de Manutenção Automotiva
responsável Programa Carro
100% / Caminhão 100% / Moto
100% que visa conscientizar o
motorista sobre a importância
da manutenção preventiva para
garantir segurança no trânsito
E
m véspera de feriado, é importante abordar questões
relacionadas ao trânsito,
principalmente lembrar de cuidados que ajudar na prevenção
de acidentes, como prudência ao
volante, uso do conto de segurança em todos os ocupantes,
inclusive os que estão no banco
de trás, assim como manter o
veículo em boas condições de uso.
Ainda pouco comentada, mas a
falta de manutenção pode ser a
causa de acidente. É comum ouvir
que o motorista perdeu a direção,
estava embriagado, o veículo ficou
desgovernado, alta velocidade. A
falta de manutenção do veículo
não é cogitada como uma possível
causa de acidentes. Até porque
o País não tem estatística sobre o
estado de conservação dos itens
de segurança dos veículos envolvidos em desastres no trânsito.
Enquanto a aprovação da
Inspeção Técnica Veicular, que
prevê a fiscalização de componentes que interferem diretamente na
segurança do veículo, está emperrada no Congresso Nacional, o
número de mortes em acidentes de
trânsito é crescente e assustador:
38 mil pessoas perdem a vida por
ano em ruas, avenidas e estradas
de todo o Brasil e outras milhares ficam com sequelas graves
permanentes. Os acidentes de
trânsito matam 104 pessoas todos
os dias. É realmente um dado
estarrecedor e preocupante. E o
pior é que muitos deles poderiam
ser evitados se o veículo estivesse
em boas condições de uso. Uma
simples palheta do parabrisa pode
ser determinante em um momento em q ue precisa ser acionada
para garantir boa visibilidade do
motorista na hora da chuva.
Quando os pneus estão
carecas, pastilhas de freios
desgastadas, amortecedores sem
eficiência, o problema se agrava.
Imagina tudo isso junto em uma
noite chuvosa, o risco de acidente
aumenta ainda mais. No trânsito
em estradas, imprevistos acontecem a todo o momento e o veículo precisa estar preparado para
corresponder à altura das necessidades. Para isso, é preciso mantêlo em boas condições de uso,
fazendo a manutenção preventiva
indicada no manual do fabricante
em uma oficina de confiança.
Se por um lado, os veículos
não são fiscalizados regularmen-
te, uma vez que não existe um
programa que regulamenta a inspeção de itens de segurança, assim como já acontece em mais de
50 países, dados de uma pesquisa
realizada com 4 mil motoristas
para avaliar o comportamento
e cuidados com manutenção do
veículo indicam que, quanto mais
idade tem o automóvel, menor
é a preocupação do dono com o
seu estado de conservação. Uma
contradição, pois, com o uso,
ocorre desgaste das peças, exigindo assim maior cuidado para
garantir que o veículo permaneça
em boas condições. A educação
no trânsito deveria ir muito além
da forma de como o motorista conduz e abordar aspectos
relacionados também à manutenção adequada do veículo.

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