Edição de março e abril de 2015

Transcrição

Edição de março e abril de 2015
"Não há Democracia sem imprensa livre"
www.jornaldeoleiros.com
Director e Fundador: Paulino B. Fernandes
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Ano 6, Nº 42, Março / Abril de 2015 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira
Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros
Licor de Medronho
Silvapa é “O Melhor
dos Melhores”
Fernando Jorge
inaugura Trilho dos
Apalaches
Os Segredos,
o Estado e os
Cidadãos
página 14
página 4
Oleirep, 20 anos
em Oleiros
página 9
Dois anos
em Proença-a-Nova
página 4
O 25 de Abril é para celebrar
Estratégia
"Recomeçar"
apresentada
publicamente
Rally de Castelo Branco
na estrada em 24 e 25 de Abril
. Oleiros com duas
Especiais - Fórneas e
Sarnadas de S. Simão
incluidas nesta
importante prova
página 9
2
Jornal de OLEIROS
EDITORIAL
. OLEIROS, uma MARCA
relevante
O actual Executivo, presidido pelo Médico Fernando M. Jorge tem vindo a imprimir fortíssima
notoriedade tanto nacional como internacional ao
concelho de Oleiros.
Conscientes que é necessário em absoluto
captar nova gente, novos empreendedores, fixar
jovens (rompendo o tradicional status de que
só é bom o que é de Oleiros), velha máxima que
sempre esteve em prática, vai dando resultados
palpáveis.
O recente Trilho Internacional dos Apalaches e
o último Festival do Cabrito Estonado, são exemplos marcantes. Milhares de pessoas rumaram a
Oleiros e isso é revitalizante para a economia local que está agradecida.
O rumo é este, os resultados vão aparecendo,
mais céleres do que era até esperado.
. Uma Democracia pulverizada?
O recente aparecimento do Partido dos Reformados ( o 24º em Portugal) e outras formações
como o JPP, Livre, PDR, Nós Cidadãos, etc, etc.,
seguramente fizeram tocar as campainhas dos
tradicionais PSD, PS, PCP, CDS. Nada mais vai
ser igual no futuro.
Haverá possibilidade de um governo estável?
Como fazer maiorias de governo?
São dados para reflexão, já tardia, preocupantes por um lado relativamente ao afirmado anteriormente, mas, reveladores de que a Democracia
vai ficando amadurecida.
Director
Paulino B. Fernandes
Email: [email protected]
Para chegar mais rápido aos nossos
Leitores, vamos com a MRW
2015 MARÇO / ABRIL
Município de Oleiros atribui
Bolsas de Estudo-Empréstimo a
Estudantes de Medicina
Com o objetivo de reforçar a fixação de médicos na área do concelho
de Oleiros, nomeadamente jovens,
o Município acaba de criar um regime excecional de atribuição de
bolsas de estudo-empréstimo para
estudantes de Medicina. As bolsas
serão atribuídas tanto a alunos a
estudar em Portugal como no estrangeiro e implicam, desde logo,
um compromisso de honra de prestarem serviços e fixarem residência
permanente no concelho, após a
conclusão do curso.
A medida pretende colmatar a falta de médicos, sobretudo médicos de família, que permitam dar resposta às necessidades de cuidados de saúde de uma população maioritariamente idosa. No caso particular do concelho de Oleiros,
verifica-se que há mais de trinta anos nenhum médico fixou
residência no concelho.
Por outro lado, pretende-se impulsionar o desenvolvimento socioeconómico do concelho, diminuindo as assimetrias sociais existentes,
ao mesmo tempo que se pretende
apoiar os jovens oriundos de famílias
mais carenciadas no prosseguimento
de estudos no ensino superior.
O Projeto de Regulamento para
Atribuição Excecional de Bolsas de
Estudo-Empréstimo a Estudantes de
Medicina foi publicado no passado
dia 18 de março em Diário da República. No futuro, caso o Município se
venha a deparar com a falta de outros quadros qualificados
para responder às necessidades da população, poderão vir
a ser criadas novas bolsas de estudo, através da aprovação
de Regulamento Municipal no qual serão estabelecidas as
condições para a atribuição das bolsas aos estudantes, atendendo às especificidades de cada curso.
Reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra
Incêndios de Oleiros aprova POM e revalida PMDFCI
POM de Oleiros é o primeiro a ser
aprovado em 2015 no distrito
Realizou-se no passado dia 19 de março, no Auditório
da Casa da Cultura de Oleiros, a primeira reunião de 2015
da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) de Oleiros, na qual foi apresentado e
aprovado por unanimidade o Plano Operacional Municipal
(POM) de Defesa da Floresta Contra Incêndios referente
ao corrente ano. Esta aprovação é a primeira do distrito e
refere-se a um documento elaborado pelo Gabinete Técnico
Florestal do Município que congrega o planeamento anual
de todos os meios envolvidos no dispositivo DFCI durante
o período crítico.
Como nota adicional nesta edição do POM, foi referida a
incorporação de uma nova viatura afeta à Junta de Freguesa de Mosteiro, a qual irá reforçar o dispositivo, nomeadamente no que se refere à vigilância do território durante a
época de incêndios florestais.
PMDFCI de Oleiros (2015-19) já foi apresentado
Comissão aprova a construção e 14 pontos de água
Nesta primeira reunião de 2015 da Comissão Municipal
DFCI foi apresentado o Plano Municipal DFCI de Oleiros
referente ao período de 2015-19. Após a sua apresentação,
foi aprovado por unanimidade o envio deste documento para o ICNF, entidade à qual caberá a sua aprovação.
Relembra-se que está em vigor o PMDFCI 2013-17, sendo a
nova edição uma revisão e ajustamento do período de planeamento para 2015-19.
Este plano elaborado na íntegra pelo Gabinete Técnico
Florestal do Município tem como objetivos principais pro-
mover a gestão florestal e intervir preventivamente em áreas estratégicas; sensibilizar e educar a população; fomentar
o conhecimento das causas dos incêndios e das suas motivações; articular os sistemas de vigilância e de deteção
com os meios de 1.ª intervenção; adequar a capacidade de
1.ª intervenção; melhorar a eficácia do rescaldo e vigilância
pós-incêndio; recuperar e reabilitar ecossistemas e operacionalizar a própria CMDFCI.
No âmbito do PMDFCI, foi aprovada por esta Comissão
a localização e construção 14 pontos de água (13 reservatórios e 1 açude), tirando partido da abundância em recursos
hídricos nos locais considerados. Nesta reunião foi também
aprovado o Plano de Fogo Controlado para a execução de
algumas das parcelas da Rede Primária de Faixas de Gestão
de Combustível.
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2015 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
Quintais do Pinhal animaram
Mercado de Oleiros
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Licor de Medronho
Silvapa é “O Melhor
dos Melhores”
O “Licor de Medronho Silvapa”,
produzido pela empresa Silvapa,
Lda., sedeada na Madeirã, concelho de Oleiros, foi considerado
o “Melhor dos Melhores” no 4º
Concurso Nacional de Licores
Conventuais e Tradicionais Portugueses. O acontecimento teve lugar no passado dia 26 de fevereiro,
no Centro Nacional de Exposições
(CNEMA), em Santarém, realizado
em conjunto com a QUALIFICA.
Esta distinção máxima representa um orgulho para o concelho de
Oleiros e segundo a empresa, “a
motivação para continuar a desenvolver produtos de excelência”.
Recorde-se que a Silvapa Lda.
também produz uma afamada
aguardente de medronho e uma
deliciosa compota de medronho. Todos os produtos são comercializados em lojas gourmet no país inteiro e exportados para o mercado
internacional, verificando-se anualmente um aumento da procura.
. Revitalização do mercado era
medida essencial
O Mercado Municipal de Oleiros acolheu no passado domingo,
dia 8 de Março, mais uma edição
dos Quintais nas Praças do Pinhal.
Durante o dia, foram vários os
visitantes - incluindo uma excursão vinda de Lisboa propositadamente para este evento -, que se
deslocaram àquela infraestrutura
municipal.
Recorde-se que o local está a ser
alvo de uma importante requalifi-
cação que pretende tornar aquele
espaço mais cómodo e atraente
para os seus utentes, aproximando a população e permitindo um
novo aproveitamento do espaço.
Ao todo, participaram nesta
edição cerca de meia centena de
produtores, entre hortofruticultores, transformadores e artesãos,
não tendo faltado argumentos
para visitar aquele novo local que
possui 4 espaços para tasquinhas
e uma agradável esplanada.
A animação foi outra constante, conseguida através da parti-
cipação do grupo Seca Adegas
e da importante nota de humor
a cargo do Grupo de Teatro dos
Amigos da Casa da Cultura com
a sua “Epopeia Agrícola”.
A próxima edição deste acontecimento em Oleiros será, como
habitualmente, no segundo domingo do mês, a 9 de Agosto, no
Jardim Municipal ( esperamos
que excepcionalmente).
Esta coincidirá com a realização simultânea da Festa de
Santa Margarida e da Feira do
Pinhal.
LAFA,, Liga dos
Amigos da Amieira,
celebra 38º aniversário
. 18 de Abril no Hotel de Santa Margarida
LAFA presta homenagem aos Amigos
. António Domingues Mendes, José Domingues Mendes, Manuel
Mendes Fernandes Antão e a Armindo Ramos (a Título Póstumo)
Mais de 5.100 Quilos de
resíduos recolhidos por 12
escolas de castelo branco na 7ª
edição da geração depositrão
Escola Secundária com 3.º Ciclo do Fundão está no topo do ranking das escolas da região
18.Março.2015
A primeira fase da 7ª Edição da Geração Depositrão da ERP Portugal revela que, entre 12 escolas participantes de Castelo Branco, já foram recolhidos mais de 5.100 quilos de REEE (Resíduos de Equipamentos
Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores).
A Escola Secundária com 3.º Ciclo do Fundão ocupa a primeira posição das escolas da região, tendo
recolhido mais de 1600 quilos destes resíduos.
Até ao momento, entre as cerca de 600 escolas participantes, já foram recolhidos 145.000 quilos de resíduos (REEE e RP&A) em todo o país. Atualmente, as escolas que ocupam as primeiras posições no ranking
são: EB23 Damião de Odemira (mais de 11.400 quilos), EB1 de Loução – Venade (cerca de 10.000 quilos),
EB1 de Cabanas de Tavira (aproximadamente 3.000 quilos), Jardim de Infância de Casais de São Clemente
e EB23 de Cercal do Alentejo, respetivamente com volumes superiores a 2.700 e 2.600 quilos.
No que respeita à recolha de pilhas, em particular, o top 5 é composto pelas escolas que se seguem: EB1
de Lamas, Escola Sec./23 de Águas Santas, Escola Básica Deu La Deu Martins, EB1 de Torres Vedras e
Jardim de Infância do Cacém Nº1.
Todas estas escolas ultrapassaram o peso de 140 quilos, num universo de aproximadamente 90 escolas
responsáveis pelo encaminhamento adequado deste tipo de resíduos. No final do ano letivo serão premiadas 10 escolas, distribuídas por 2 categorias: peso absoluto e peso por aluno de resíduos recolhidos.
Para além da atividade de recolha, as escolas também serão reconhecidas pela elaboração de trabalhos
criativos dedicados ao tema da correcta gestão de equipamentos e pilhas em fim de vida, segmentados
por níveis de escolaridade. Esta campanha da ERP Portugal é implementada em parceria com o Programa
EcoEscolas e conta com o apoio das marcas Orima, Pingo Doce e Worten.
A LAFA convida todos os sócios e amigos da LAFA para a comemoração do seu 38º aniversário.
Mais uma vez a LAFA quer juntar os conterrâneos em convívio num
jantar que será realizado no Restaurante Calum (Hotel Santa Margarida), em Oleiros, no próximo dia 18 de Abril, Sábado, com o seguinte
programa:
- 17h00 – Missa na Igreja da Amieira em memória dos sócios e seus
familiares e amigos já falecidos;
- 19h00 – Início da recepção dos sócios e convidados no restaurante
acima indicado, onde de seguida será servido o jantar;
- 21h30 – Assembleia-Geral, seguida da continuação do convívio e
sorteio pelos presentes (excluindo os membros dos Órgãos Sociais), de
um almoço de cabrito estonado para duas pessoas (oferta do Restaurante Calum); de seguida teremos bolo de aniversário e espumante.
Contamos com a presença de todos os sócios e amigos, pois a LAFA
precisa do vosso apoio, da vossa participação e o vosso entusiasmo é
fundamental, apela o Presidente José Gonçalves.
Tragam os vossos amigos também, que todos serão bem recebidos.
Se gosta de ajudar a nossa Associação, poderá trazer algo para leiloar durante o convívio.
Pedimos confirmação das presenças, se possível, até 12 de Abril.
Compareça, participe, a nossa terra precisa de todos.
4
Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
“Manuel da Cunha
(25.12.1928 / 9.03.2015)
Manuel da Cunha, ex-Presidente da Direcção e actual representante de Oleiros no Conselho
Regional da Casa da Comarca
da Sertã, faleceu a 9 de Março de
2015, em Lisboa, aos 86 anos de
idade.
Natural do concelho de Felgueiras, distrito do Porto, era sócio desde 11 de Janeiro de 1978,
tendo sido agraciado com o Pinho de Ouro, distinção máxima
atribuída pela Casa da Comarca
da Sertã, num jantar de homenagem realizado em 20 de Janeiro
de 2007.
Grande amigo da Casa e da região, mantinha estreita ligação ao
concelho de Oleiros, a que ficou
ligado por casamento, dado que
sua mulher era natural de Sendinho da Senhora, na freguesia de
Amieira, mas também aos concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e
Vila de Rei, bem como às freguesias de Amêndoa e Cardigos do
concelho de Mação, demonstrando sincero interesse pela vivência
diária das suas populações.
Exerceu diversos cargos, tendo
sido, nomeadamente, Presidente da Direcção de 1987 a 1990 e
Presidente do Conselho Fiscal
entre 1991 e 1992. Desde 1993
era representante de Oleiros no
Conselho Regional da Casa da
Comarca da Sertã.
Fundador da LAFA - Liga dos
Amigos da Freguesia de Amiei-
ra, Colectividade de Utilidade
Pública fundada em 10 de Maio
de 1977 e que desenvolve a sua
acção na actual freguesia de
Oleiros-Amieira. Antigo dirigente da LAFA, exerceu o cargo de Tesoureiro no mandato
1978/79, Presidente da Direcção
no biénio 82/83 e Presidente da
Assembleia-Geral de 1990/96 e
de 2000/2002.
4º Presidente de Oleiros
Período de 22 de Abril de 1969
a 25 de Setembro de 1973
Manuel da Cunha, Alberto Barata, Irene Cardoso, Martinho de Oliveira, Pedro Amaro
e Manuel Luís Farinha
NOTA do DIRECTOR
Manuel da Cunha era um Amigo do Jornal de Oleiros desde
a primeira hora. Apreciava a independência, a luta pela região,
considerava o Jornal de Oleiros essencial e uma voz a preservar.
Obrigado Manuel da Cunha pelos momentos em que privámos
(foram muitos), por isso, aqui te enviamos um abraço forte, sentido, do Director, de toda a Equipa.
À família, a Casa da Comarca da Sertã endereça as mais sentidas
condolências.”
A OLEIREP comemora este
ano, em Março 20 anos de
actividade
Em Março, também, a nossa filial, em Proençaa-Nova, comemora o 2º aniversário. Para assinalar
este marco histórico, a empresa irá
realizar ao longo do ano de 2015
várias promoções e descontos.
"Queremos brindar os nossos
Clientes com os melhores preços!"
"São os Clientes a razão da nossa
existência. Passados 20 anos, a OLEIREP continua a desempenhar um
papel activo no concelho de Oleiros
e agora também em Proença-a-Nova,
tem vindo a registar um crescimento
gradual."
Nos últimos dois anos, apesar
da crise e da interioridade, este
crescimento manteve-se acima
dos 20% em volume de negócios.
Nos últimos 5 anos temos contribuído para a fixação de pessoas e
empresas no concelho.
A OLEIREP fomenta o emprego na região, contamos actualmente com 7 colaboradores, na
sua maioria jovens, distribuídos
pelas 2 lojas que dispomos abertas
ao público. Sempre que a empresa
necessita da prestação de serviços
externos recorre a Parceiros Empresariais locais, um contributo
importante para economia regional.
Maria Guiomar
Romão
A Administração da OLEIREP
continua empenhada em estabelecer parcerias duradouras e sólidas com os Fornecedores, para
proporcionarmos a todos Clientes produtos de elevada qualidade com a melhor garantia e assistência no pós-venda.
A maturidade da empresa/administração, permite conseguir
oferecer uma vasta diversidade
de produtos disponíveis em stock para os vários sectores de actividade económica.
A OLEIREP tem pela frente
alguns desafios que visam contribuir para a afirmação da empresa como principal fornecedor,
na Zona do Pinhal, de marcas de
prestígio e credíveis, nacionais e
internacionais, pelo que continua
a cativar o interesse de novos
marcas e novos produtos.
"De entre os desafios futuros,
a Administração, refere “o incremento da notoriedade da empresa junto do tecido empresarial
do distrito de Castelo Branco, o
alargamento da assistência pósvenda por técnicos especializados, a manutenção do serviço
de reparações de máquinas e
equipamentos, manter o ritmo
de investimento a curto prazo
com rentabilidades superiores,
de forma a atrair novos Clientes
nacionais e internacionais, a manutenção do nível de emprego,
fomentando o desenvolvimento
económico de Portugal e manter uma postura activa junto das
entidades reguladoras nacionais
e internacionais, no sentido de
tornar a empresa mais atractiva,
contribuindo de forma constante para a dinamização do sector
nacional".
A OLEIREP, dispõe de 2 pontos de venda físicos, 2 comerciais
para apoio e proximidade ao
Cliente, e mais recentemente, de
1 plataforma de Comércio Electrónico (www.oleirep.pt ) aberta
24 horas por dia, 7 dias por semana.
"A todos os que relacionam
com a empresa, ao longo destes
20 e futuros anos, agradecemos a
confiança depositada na equipa
de trabalho e na administração:
OBRIGADO ! Queremos continuar a merecer esta confiança."
Parabéns Parceiros, longa vida
e sucesso, os votos do Jornal de
Oleiros.
Passeio TT Rota do
Cabrito Estonado
Na sequência da realização do 7.º Festival Gastronómico do Cabrito Estonado
e do Maranho, vai ter lugar
no próximo dia 11 de abril o
Passeio TT Rota do Cabrito
Estonado promovido pela
associação Trilhos do Estreito. Não perca esta aventura gastronómica que alia
a adrenalina de um passeio
TT à gastronomia genuína
de uma região. Informações
em www.trilhosdoestreito.
pt, geral@trilhosdoestreito.
pt ou 964303969. Os interessados em participar devem
inscrever-se até ao dia 6 de
abril em www.trilhosdoestreito.pt. As inscrições são
limitadas a 25 veículos.
MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
VILA DE REI
Vila de Rei pioneira na
descentralização de
competências na Educação
Vila de Rei é um dos 13 Municípios portugueses envolvidos no projeto de descentralização de competências na área da Educação.
A reunião dos Municípios envolvidos
com o Governo decorreu no dia 26 de Março, devendo agora os contratos serem aprovados em Assembleias Municipais durante
o próximo mês para que possa ocorrer a
formalização dos mesmos.
Segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), o contrato negociado
com as 13 Autarquias (Águeda, Amadora,
Batalha, Cascais, Crato, Matosinhos, Óbidos, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira
do Bairro, Souselo, Vila de Rei e Vila Nova
de Famalicão) estipula que mais de 60% das
competências na área da Educação fiquem
nas mãos dos agrupamentos de escolas,
30% nos Municípios e menos de 10% no Ministério da Educação e Ciência.
Entre as competências que permanecem
no MEC estão as que dizem respeito à gestão do corpo docente e seu recrutamento
através dos concursos nacionais e avaliação
dos alunos, professores e escolas. Os Agrupamentos continuarão também a ser unidades orgânicas do MEC, mas a propriedade
das escolas abrangidas passará para os
Municípios depois de estar concluído o seu
processo de reabilitação, o qual deverá ficar
definido até ao final do primeiro ano de vigência do contrato.
Continuando a ter sempre como base as
normativas nacionais, as Escolas e os Municípios passarão agora a ter mais margem de
manobra nas decisões sobre constituição de
turmas, horários e até sobre o calendário escolar. As Escolas poderão igualmente ajustar a sua oferta de disciplinas tendo em conta as características e necessidades de cada
Município (de acordo com os contratos negociados, 25% do currículo nacional pode
passar a ser integrado por “componentes
curriculares de responsabilidade local.”
Ricardo Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, refere que “este processo de descentralização de competências
e autonomia das Escolas, onde Vila de Rei
volta a ser um dos pioneiros, vai conseguir
reforçar a qualidade da Educação através da
possibilidade de adaptação da oferta curricular aos nossos alunos, tendo em conta as
principais necessidades dos estudantes e do
nosso Concelho. Esta medida vem ainda reforçar o importante papel da Educação enquanto uma das principais prioridades do
Município de Vila de Rei.”
Antiga Cadeia de Vila
de Rei alvo de obras de
remodelação
A antiga Cadeia de Vila de
Rei, situada nas imediações
do Museu Municipal, vai
ser alvo de obras de remodelação e reabilitação, com
vista à transformação deste
espaço num importante polo
cultural do Concelho.
Com oito empresas convidadas para apresentação de
orçamentos para a empreitada, a obra foi adjudicada
à firma Gémeos Laranjeira
Construções, Lda, no valor
de 24.901,68€ e com um prazo de execução de 90 dias.
Os trabalhos previstos incluem, entre outros, a substituição da estrutura de suporte da
cobertura, remoção do teto falso e substituição por novo com as características idênticas
ao existente, substituição do pavimento, construção de degraus exteriores de acesso ao
piso superior, reparação da “torre” e do sino, instalação de abastecimento de água, esgotos e eletricidade e construção de um pequeno WC.
Ricardo Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, refere que “a antiga
Cadeia de Vila de Rei faz parte da história e da cultura do nosso Concelho, pelo que estas
obras de remodelação e reabilitação, mantendo os principais traços do edifício, serão de
grande importância para a preservação deste espaço.”
Karting
Estrelas correm na Sertã
a 20 de junho
O Karting irá regressar
aos circuitos urbanos a 20
de junho, desta feita na Vila
da Sertã. Trata-se do 5.º Encontro das Estrelas que fará
regressar o Karting às ruas,
com as estrelas dos anos 70 e
80 ao volante.
A corrida contará com
mais de 60 nomes conhecidos do automobilismo nacional. Estão já confirmadas
as presenças de Pedro Lamy,
Manuel Mello Breyner (Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e
Karting - FPAK), Pedro Matos Chaves, Pedro Couceiro
e do sertaginense Manuel
Gião, entre outros.
O circuito da prova será
aprovado pela FPAK e localizar-se-á na Abegoaria, entre
a margem da ribeira da Sertã
e o Centro de Coordenação
de Transportes. Brevemente
serão disponibilizados mais
detalhes deste evento.
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
cASTELO BRANCO
Portagens contribuem para redução
drástica de clientes
Cristina Valente
Jorge Loureiro, coordenador da zona centro da
AHRESP, e Presidente da
Delegação de Viseu da
AHRESP, considera o impacto das portagens nas
empresas associadas da
AHRESP "desastroso" . Por
outro lado o responsável
congratula-se com o facto
de a Escola de Gestão de
Idanha-a-Nova lecionar o
curso de Gestão Hoteleira.
Os
associados
da
AHRESP têm sido bastante
contestatários em relação às
portagens na A23, considerando-as motivo de redução
de visitantes à região, e logo
menos clientes. O que já fez
a Associação para demostrar a quem de direito esta
insatisfação, e o que pode
vir a fazer?
JORGE LOUREIRO: Infelizmente, o impacto das portagens é desastroso e por demais evidente. A par do IVA,
esta é sem sombra de dúvida,
a segunda razão de uma diminuição drástica do fluxo
dos clientes, na zona centro.
A comunicação acerca
de como proceder ao pagamento das portagens é muito deficiente, para além do
pesado custo, a ineficiente
comunicação acaba por afastar e desmotivar o visitante.
Como promover um destino
interno, que conta já com um
handicap = custo de acessibilidade tão elevado face
ao litoral? Esta é uma das
questões que nos preocupa,
pois a AHRESP crê e aposta
na diversidade da oferta turística portuguesa, como por
exemplo a Gastronomia, um
elemento fundamental e tão
caracterizador da nossa oferta turística.
A AHRESP conjuntamente com o Turismo do Centro,
já reuniu com o Secretário de
Estado das Infraestruturas,
Trans­portes e Comunicações, Sérgio Monteiro, sobre
esta matéria, e impacto da
mesma, nas nossas depauperadas, e cada vez mais isoladas empresas.
Quanto às escolas de Hotelaria, o distrito de Castelo
Branco tem próxima a escola de Portalegre que os empresários consideram uma
mais-valia, mas que corre
o risco de ser encerrada. O
que pode a AHRESP fazer
para tentar evitar o fecho.
JL: A AHRESP está atenta
e preocupada com esta situação, tendo já desenvolvido
alguns contactos com o Turismo de Portugal, responsável pela reorganização da
rede de oferta formativa do
país, no sentido de o sensibilizar para o impacto de
um possível encerramento,
de um polo formativo tão
importante como o de Portalegre.
Qual é a sua opinião, sobre
o facto de em Idanha-a-Nova, um concelho do interior,
e dos mais desertificados do
país, o Politécnico de Castelo Branco, ter apostado no
curso de Gestão Hoteleira?
JL: Achamos muito positivo, e saudamos a resiliência
da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico
de Castelo Branco, que tem
sabido manter uma relevante qualidade na sua oferta
formativa, sendo mesmo
uma referência para muitas
instituições de educação e
formação profissional, que,
no interior do país, se confrontam com as dificuldades
específicas das periferias dos
grandes centros de decisão,
e de mercados de procura
formativa mais alargados.
Quantos mais e melhores
técnicos tenhamos no setor
do Turismo, mais ganha a
qualidade da nossa oferta
turística, e mais garantia de
satisfação do turista que nos
visita, teremos.
Palmeiras comemorou 23º aniversário
Festival de Música da Beira Interior
Centro Social Ribeiro das Perdizes
continua a crescer
"A lã e a Neve"
inspira concerto
final
A Associação Cultural e Recreativa
"As Palmeiras" comemorou o seu 23 º
aniversário. Um dia de festa comemorado com os associados da coletividade e entidades da cidade.
Nesse dia tomaram posse também
os novos órgãos sociais da Associação
"As Palmeiras" e do Centro Social Ribeiro das Perdizes. Davide Jacinto foi
reconduzido na presidência da direção das duas coletividades.
Se a associação "As Palmeiras" tem uma vertente mais cultural já o Centro Social, dedica-se ao apoio social, não só das
gentes do bairro, mas também da cidade. Atualmente o Centro
Social presta apoio a 36 utentes, e tem já 16 colaboradores a
tempo inteiro, e a tendência é para este número crescer.
Davide Jacinto, na qualidade de presidente das duas coletividades, agradeceu a todos os que ao longo dos últimos anos
estiveram ao seu lado, nas direções anteriores, e deixou também uma palavra de estimulo e confiança para aqueles que
agora entram para os corpos sociais, "o compromisso que hoje
assumiram não é fácil, é trabalhoso, mas valerá a pena trabalhar em prol desta comunidade".
O presidente da coletividade pretende dar continuidade ao
trabalho desenvolvido, continuando a apoiar os grupos que
nasceram na coletividade como é o caso da Banda e da Escola
de Música, "a escola tem vindo a crescer, e com ela cresce a
banda, são necessários instrumentos e também novas fardas"
por isso fez um apelo à ajuda da Câmara Municipal e Junta de
Freguesia, "um esforço suplementar para dar a essas crianças
uma forma de poderem continuar aqui connosco".
Davide Jacinto, lembrou também a
necessidade de realizar obras de ajustamento na sala de ensaios, "que já se
torna demasiado pequena, para tantos
alunos".
Jorge Neves destacou o trabalho desenvolvido pelas duas coletividades, e
prometeu continuar a ajudar "dentro das
possibilidades da Junta de Freguesia as
coletividades a concretizarem os seus
anseios e a apoiar as populações".
Também o autarca Luís Correia, destacou o trabalho desenvolvido, e o facto de a Associação, "até já cria postos de trabalho". O autarca destacou ainda o trabalho digno que tem sido
realizado, e o vasto património imaterial que a Associação das
Palmeiras já detém. Quanto aos apoios pedidos, Luís Correia
afirmou ter conhecimento da necessidade de efetuar alguns
melhoramentos e afirmou que, "a autarquia vai continuar a
apoiar e ajudar, mas temos, como até aqui, que ter equilíbrio,
nunca nada ficou por fazer, mas tem que haver equilíbrio e
bom senso".
Durante a cerimónia a Associação "Das Palmeiras" recebeu
uma lembrança das mãos do presidente da Associação da Carapalha José Perquilhas, que fez questão de estar presente.
E recebeu também das mãos de Alice Barradas, que foi apresentadora do Rancho Folclórico das Palmeiras, de 1998 a 2010,
vários documentos que a mesma foi guardando ao longo dos
anos em que apresentou o rancho, nomeadamente, as apresentações, alguns recortes de jornais e um trabalho sobre a romaria
da Sr.ª de Mercules e sobre os mercados da Devesa. Material
que passa agora a fazer parte do espólio da Associação.
A Scutvias está a organizar mais uma edição
do Festival de música
da Beira Interior, a 10ª
edição, que decorre em
Abrantes, Covilhã, Mação e Guarda, apresenta
algumas novidades.
Pinho Martins, diretor
geral da concessionária,
afirma, que a organização decidiu arriscar e
"mixar mais o festival".
Assim combina-se num mesmo concerto Beethoven
com grandes temas de era do Jazz, ou Vivaldi com grandes temas do rock que marcaram as últimas gerações.
O concerto de encerramento, dia 6 de junho na Guarda, Concerto da Beira Interior, apresenta este ano mais
uma novidade, a organização convidou o compositor
Duarte Dinis a compor uma obra inspirada no livro "A lã
e a Neve" de Ferreira de Castro, romance que ficou para
sempre ligado à Covilhã e à serra da Estrela.
Este concerto vai ser interpretado por alunos de todas
as escolas participantes na edição deste ano.
Este ano foram convidados, A Escola Profissional de
Artes da Covilhã, Conservatório Regional de Castelo
Branco, Conservatório da S. José da Guarda, Associação
Cultural da Beira Interior, Conservatório de Música da
Covilhã e Academia de música e dança do Fundão.
2015 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
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cASTELO BRANCO
Engenharia Civil do IPCB atribui o
título de Engenheiro Europeu
A licenciatura em Engenharia Civil lecionada na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de
Castelo Branco foi recentemente incluída no “INDEX”
da Federação Europeia de Associações Nacionais de Engenharia (FEANI), passando a atribuir o título de Engenheiro Europeu “EUR ING”.
A FEANI, cujo Secretariado Geral se localiza em Bruxelas, é uma federação de engenheiros profissionais que
reúne as associações nacionais de engenharia de 32 países europeus e representa os interesses de mais de 3,5
milhões de engenheiros profissionais na Europa. Através
das suas atividades e serviços, especialmente com a atribuição do título profissional “EUR ING”, a FEANI tem
como objetivo facilitar o reconhecimento mútuo das qualificações de engenharia na Europa e de reforçar a posição, o papel e responsabilidade de engenheiros na sociedade. Os diplomados poderão ter acesso ao cartão de
Engenheiro Europeu junto da Ordem de Engenheiros.
O presente reconhecimento foi resultado de um processo de candidatura conduzido pela Coordenadora
do Curso, Prof. Rosa Luzia, que envolveu uma análise
curricular e posterior realização dos ajustes necessários
em termos de organização das áreas científicas do curso,
no sentido de cumprir as exigências da FEANI. É ainda
importante salientar que, para além do reconhecimento
profissional, este curso foi recentemente acreditado pela
Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
pelo período máximo possível, de 5 anos, comprovandose assim a qualidade do ambiente educativo que forma
estes diplomados.
Feira da Agricultura e das
Atividades Agrícolas na Escola
Superior Agrária de Castelo Branco
Dando resposta ao interesse manifestado por expositores e visitantes das edições anteriores, a Escola Superior
Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza de 18 a 21 de abril a 5ª edição da Feira Agro-Agrária.
O certame irá decorrer na Quinta da Sr.ª de Mércules,
em Castelo Branco, compreende a exposição de animais,
equipamentos, produtos agrícolas e fatores de produção
direta ou indiretamente associados às atividades do setor.
O principal objetivo da feira é realçar perante a comunidade a importância que a agricultura tem na região e
no país, divulgando a Escola Superior Agrária e todos os
agentes do setor agrícola e florestal presentes na exposição.
Por outro lado, através desta feira, a Escola pretende
sensibilizar os jovens e respetivas famílias para a agricultura, quer enquanto atividade económica, quer enquanto
atividade produtiva que está na base da autossuficiência
alimentar do país.
A feira compreende, para além do espaço de exposição
de um programa de atividades diversas; concurso das
raças autóctones Merino da Beira Baixa e Charnequeira
(participação da Ovibeira), demonstração de cães de pastoreio, concurso de queijos DOP (participação do CATAA),
concursos hípicos de dressage (integrado no Concurso
Regional de Dressage Centro) e de saltos de obstáculos,
apresentação de poldros de raça Lusitana, passeio em
bicicleta pela Quinta Sra. de Mércules e apresentação de
novo percurso BTT, Open de orientação e passeio a cavalo. Integrado na feira haverá ainda um evento de jornadas
técnicas para apresentação e discussão de temas técnicos
da área agrícola de interesse regional e atual e de divulgação das novas medidas e oportunidades de apoio ao setor
agrícola e rural.
A exposição conta com a participação de variados intervenientes que irão apresentar produtos regionais como
o mel, queijos e vinhos, produtos de utilização agrícola
como tratores e alfaias, adubos, fitofármacos, material
para vedações, rega, ordenha e equipamentos para utilização de energias renováveis e a representação de associações agrícolas e florestais.
Desta forma espera-se reforçar nos visitantes a ligação
ao território natural nas dimensões lúdica, cultural e económica.
A feira conta com o apoio das autarquias de Castelo
Branco, Idanha-a-Nova, Fundão, Proença-a-Nova, Vila
Velha de Ródão e Oleiros.
Protocolo une
Castelo Branco
e Fundão
Castelo Branco e Fundão, assinaram durante as comemorações dos 244 anos da elevação de Castelo Branco a
cidade um protocolo de cooperação entre as duas autarquias para as áreas, social, cultural e ambiental, colaboração no projeto do regadio a sul da Gardunha e valorização
do sector agro-alimentar de que o queijo é um exemplo.
Um exemplo que no entender de Paulo Fernandes não
pode ser desvalorizado, dada a importância do sector
para a região “hoje provavelmente o queijo representa
mais de 50 milhões de euros por ano para a região, um
queijo que já tem uma DOP e marcas extraordinárias
nos dois municípios".
O protocolo prevê a realização de ações conjuntas no
sentido de valorizar a inequívoca qualidade dos produtos
agro-alimentares da região, aumentando a notoriedade
de denominação de origem protegida. As autarquia pretendem promover em conjunto a qualidade de excelência
reconhecido dos queijos DOP da beira baixa, nomeadamente Alcains, Castelo Branco, Fundão e Soalheira, e promover ações que privilegiarão a internacionalização dos
mesmos.
A colaboração em processos de inovação na área da biotecnologia e agro indústria é outra das colaborações previstas no documento.
O autarca fundanense salienta o peso do sector na região “o sector agro-industrial nesta região, que é uma
coisa que nós não conseguimos monitorizar muito bem,
já vale mais de 200 milhões de euros por ano, estas duas
regiões, a Cova da Beira e a Beira Interior Sul têm um
PIB perto dos dois mil milhões, portanto estamos a falar
de 10% da riqueza criada no nosso território, estamos a
falar de uma questão absolutamente vital para o nosso
futuro comum”.
Para Luís Correia, presidente da câmara de Castelo
Branco, independentemente da estratégia de cada município, “o importante é sabermos construir em conjunto
um futuro para a região, é importante que saibamos
juntar os pontos fortes do município de Castelo Branco,
com os do Fundão, e ter a noção onde podemos dar as
mãos e fazer o caminho conjuntamente".
Luís Correia lembra as infra-estruturas existentes no
concelho de Castelo Branco, no agro alimentar, "na inovação e na internacionalização", mas que podem ser complementares às infraestruturas e conhecimentos existentes no concelho do Fundão.
Castelo Branco: Nova exposição no CCCCB mostra
parte da coleção de Norlinda e José Lima
O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco
vai receber nos últimos seis meses do ano parte da coleção
de Norlinda e José Lima.
José Lima, empresário de sucesso da indústria do calçado de S. João da Madeira, colocou no ato de colecionar a
mesma atitude que adotou no mundo empresarial. José
Lima soube ir mais além, soube ver para além do óbvio e,
acima de tudo, quis ir mais longe.
Fruto das várias viagens que realizou a trabalho, José
Lima teve oportunidade de ver de perto a arte pela qual
se viria a apaixonar – a arte contemporânea. Sendo esta a
alavanca que o fez começar a colecionar na década de 80.
Começou a fazê-lo por instinto e, claro, por paixão.
Juntamente com Norlinda Lima reuniu um acervo, agora em depósito no Município de S. João da Madeira, que
faz da Coleção Norlinda e José Lima uma referência no panorama do colecionismo privado português.
Constituída por cerca de 1000 obras, são várias as razões
que tornam esta coleção uma referência e um caso quase
singular no contexto português:
o facto de ter um arco temporal bastante alargado – desde o pós II Guerra Mundial até à atualidade; o facto de in-
tegrar tanto artistas nacionais como internacionais e ainda
o facto de integrar artistas oriundos de países com pouca
representação nas coleções nacionais - países da América
Latina, África e Ásia.
Nesta coleção tanto podemos encontrar um Andy Wharol como um Miquel Barceló, uma Cindy Sherman como
uma Lygia Pape, um Julião Sarmento como um Robert
Rauschenberg; podemos encontrar um Kcho, um Erró, um
José Bechara ou uma Helena Almeida. É quase inevitável
não ficar surpreendido com a diversidade desta extraordinária coleção.
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
IDANHA-A-NOVA
Medelim
Rede das Cidades Criativas da UNESCO
Culturas judaica, cristã e islâmica Idanha-a-Nova candidata-se
no âmbito da Música
refletem sobre caminhos da Fé
A Conferência “A globalização
nos caminhos da Fé”, em Medelim, sentou à mesma mesa representantes das culturas judaica,
cristã e islâmica, na manhã de
sexta-feira, dia 20 de março.
Apropriadamente realizada na
Igreja da Misericórdia de Medelim, completamente cheia, a iniciativa discutiu os impactos da
globalização nas três principais
religiões abraâmicas e as novas
realidades, ameaças e oportunidades que estas enfrentam.
Os vestígios e influências culturais do cristianismo, judaísmo e islamismo que caracterizam Medelim deram à povoação “a ousadia
de organizar esta conferência”, referiu durante o evento o presidente da Junta de Freguesia, Albano
Pires Marques. A esse propósito,
o autarca lembrou o investimento
realizado na preservação e valorização do património histórico-cultural da “Aldeia dos Balcões”.
O trabalho em torno destas temáticas é, para o presidente da
Câmara Municipal de Idanhaa-Nova, Armindo Jacinto, “um
dever face à riqueza das nossas
heranças culturais, marcadas por
valores ecuménicos e de tolerân-
cia entre diferentes culturas, mas
é sobretudo importante para o futuro do concelho e do seu desenvolvimento sustentado”.
Estas duas entidades, Câmara
de Idanha-a-Nova e Junta de Freguesia de Medelim, organizaram
a conferência em parceria com o
Jornal do Fundão.
A discussão dos novos caminhos da Fé contou com intervenções de Emanuel Matos Silva, cónego da Diocese de Portalegre, de
Abdool Magid Vakil, presidente
da Comunidade Islâmica de Lisboa, e de José Levy Domingos,
coordenador do Gabinete Judaico/Museu Judaico de Belmonte e
Centro de Interpretação da Cultura Judaica “Isaac Cardoso” de
Trancoso.
O evento contou ainda com
a participação da diretora dos
Serviços dos Bens Culturais da
Direção Regional de Cultura do
Centro, Zulmira Gonçalves, do
diretor geral do Jornal do Fundão, Vasco Pinto Leite, e da investigadora Maria Antonieta Garcia,
no encerramento dos trabalhos.
O almoço foi confecionado e servido pela Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, na Casa de
Campo Sefarad, em Medelim.
O evento inseriu-se na estratégia do Projeto Taejo Internacional, dinamizado com o apoio da
União Europeia e co-financiado
pelo FEDER e POCTEP 20072013.
Termas de Monfortinho
Balneário abre para nova
época termal
O Balneário Termal de Monfortinho arrancou no sábado o novo
ano termal, que decorre até 18 de
outubro.
As portas estão abertas todos
os dias da semana, apenas de manhã durante a época baixa (21/03 a
30/06 e de 01/10 a 18/10) e também
à tarde nos meses de julho, agosto
e setembro.
As águas das Termas de Monfortinho são reconhecidas pelas
suas indicações terapêuticas nas
doenças crónicas cutâneas, hepatobiliares e intestinais, reumatismais
e alergias do foro respiratório.
Mas o Balneário é ainda frequentado por muitos termalistas que
procuram repouso psicossomático
e momentos de bem-estar.
“O Balneário vai manter o sistema de funcionamento que tem
dado bons resultados, com uma
equipa médica que se mantém sob
a direção clínica do médico Carlos
Crisóstomo”, explicou o director
termal, Pedro Próspero, que espera
um ano de 2015 positivo.
Convidado para estar presente
na abertura do ano termal, o presidente da Câmara Municipal de
Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto,
realçou a “altíssima qualidade” do
complexo das Termas de Monfortinho. “Tem excelentes condições
e explora uma água de muitíssima
qualidade, que devemos potenciar
para que seja uma mais-valia para
o operador, mas também para toda
a atividade económica da região”,
disse.
A abertura do ano termal coincidiu com a inauguração da exposi-
ção Termas de Monfortinho – Terra
de Água, desenvolvida pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
e pelo Geopark Naturtejo, sob os
auspícios da UNESCO.
A exposição desenrola-se no Balneário Termal e pretende sensibilizar os visitantes para a importância
das Águas de Monfortinho, dando
a conhecer a sua origem e propriedades, assim como a evolução histórica da sua utilização que remonta ao período romano.
A mostra destina-se a termalistas
e ao público em geral, podendo ser
explorada pelo público escolar.
Idanha-a-Nova acolheu o Encontro Internacional “As Cidades Criativas
e a Música”, no âmbito da candidatura à Rede de Cidades Criativas da
UNESCO, no tema da música, durante os dias 26 e 28 de fevereiro, no
Centro Cultural Raiano.
O certame mostrou que a candidatura já conquistou o apoio de várias
Cidades Criativas da Música reconhecidas pela UNESCO, da Comissão
Nacional da UNESCO, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Centro (CCDR Centro) e do Governo Português, representado no encerramento dos trabalhos pelo Secretário de Estado da Cultura.
Na apresentação da primeira candidatura portuguesa a Cidade da Música, o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, evidenciou a “extraordinária herança cultural do concelho”, que é,
em grande parte, resultado do papel central que a música tem na vivência
das populações.
“A música é um lugar que ao longo do tempo nos trouxe as heranças
culturais de que nos orgulhamos, e que hoje temos a obrigação de transmitir às novas gerações”, disse.
O autarca sublinhou que a candidatura foi “delineada pelas gentes de
Idanha”, com a colaboração de associações, grupo culturais e empresários, no âmbito de uma estratégia que aposta “na diferenciação, na qualidade, na inovação e no empreendedorismo”.
“Temos uma identidade cultural muito forte e a ambição de trabalhar a
música, por isso, podemos colaborar para o sucesso da rede das Cidades
Criativas da Música. Estamos a conseguir demonstrar como o podemos
fazer, e também como a rede, ao integrar-nos, pode ajudar a desenvolver
um território da ruralidade”, concluiu Armindo Jacinto
A mesma ideia foi partilhada pelo Secretário de Estado da Cultura, convidado para o encerramento dos trabalhos. Jorge Barreto Xavier garantiu
que “o Governo apoia esta candidatura” e enalteceu “o trabalho que ao
longo dos anos tem sido desenvolvido em Idanha-a-Nova, a favor de uma
identidade cultural”.
O governante destacou o uso da música “como elemento identitário,
como elemento de desenvolvimento e como elemento de diferenciação
deste território”.
“Esta candidatura é importante para Idanha, mas é também importante
para a rede [de Cidade Criativas], que deve aproveitar a possibilidade de
um território de baixa densidade aderir”, disse.
A presidente da CCDR Centro, Ana Abrunhosa, também fez questão
de demonstrar o seu apoio à candidatura de Idanha-a-Nova, elogiando o
“caminho que o município de Idanha tem seguido” para ser “competitivo
na criatividade e na inovação”.
Na sua intervenção, o presidente da Comissão de Candidatura, Carlos
Medeiros, realçou o “atrevimento de Idanha ao tentar transformar o sonho em qualidade de vida, embalada sempre pela música”.
Organizado no âmbito da candidatura de Idanha-a-Nova à Rede de
Cidades Criativas, o encontro internacional reuniu especialistas de vários pontos do mundo, bem como os representantes de quatro Cidades
da Música da UNESCO: Bolonha (Itália), Sevilha (Espanha), Mannheim
(Alemanha) e Hamamatsu (Japão).
O programa do certame incluiu ainda propostas musicais, com destaque para o concerto da banda Noa Noa, a estreia de uma composição do
maestro Luís Cipriano dedicada à candidatura, com a participação das
Adufeiras de Idanha-a-Nova e a atuação do Concerto Ibérico Orquestra
Barroca. A fadista Laureana Geraldes, natural do concelho de Idanha-aNova, também protagonizou um momento musical muito apreciado pelos participantes, durante o requintado jantar de encerramento, confecionado e servido pela Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova.
O Encontro Internacional “As Cidades Criativas e a Música” inseriu-se
na estratégia do Projeto Taejo Internacional, dinamizado com o apoio da
União Europeia e co-financiado pelo FEDER e POCTEP 2007-2013.
MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
Estratégia “Recomeçar” dá as
boas vindas à Nova Idanha
A estratégia “Recomeçar em
Idanha” foi apresentada publicamente em Idanha-a-Nova e em
Lisboa, em salas completamente
cheias.
A melhoria das condições de
vida dos idanhenses e a atração
de talento para o município são
os principais objetivos de um programa que desafia o país a olhar
para o mundo rural como um espaço de oportunidade, de inovação e de empreendedorismo.
Em Idanha-a-Nova, primeiro, e
no Instituto Superior de Agronomia, depois, o presidente da Câmara Municipal, Armindo Jacinto, apresentou a “nova Idanha” a
toda “uma geração qualificada de
portugueses” que quer “trocar os
problemas das grandes cidades
pelo bem-estar e as oportunidades do campo”.
O Município tem-se preparado, nos últimos meses, para gerir todo este processo. A filosofia
será “ajudar os que aqui vivem,
os que querem para cá vir e os
que querem regressar para aqui
construir um projeto de vida familiar e profissional”, explicou
Armindo Jacinto, realçando que
esta é uma estratégia “para os
próximos dez anos”.
São nove comissões e cerca de
40 pessoas envolvidas diretamente no processo, preparadas
para receber de forma personalizada os potenciais migrantes e
acompanhá-los na relocalização
para o concelho de Idanha-aNova.
O programa “Recomeçar” assenta em quatro pilares: Idanha
Green Valley é um pilar que irá
posicionar Idanha como centro
de conhecimento e inovação na
ruralidade; Idanha Experimenta
dá aos interessados a oportunidade de experimentar a vida rural;
Idanha Vive promove a criação
de condições especiais para quem
vive ou pretende viver neste território; e Idanha Made In apoia e
promove tudo o que é produzido
localmente.
Viajaram até Lisboa alguns bons
exemplos de empreendedores
que encontraram o seu projeto de
vida em Idanha-a-Nova: o antigo
jornalista Jorge Van Krieken que
hoje se dedica à bioconstrução
sendo responsável pelo desenvolvimento da Casa Sustentável
– Modelo Idanha; a escultora e
padeira Ana Mena; o conceituado
chefe de cozinha Mário Ramos; e
aindaIsménia Araújo, responsável pela rede de creches e produtora biológica.
A iniciativa contou com uma
atuação do projeto Noa Noa que
tem, desde 2013, estatuto de “Artist-in-Residence” na aldeia histórica de Idanha-a-Velha.
Terminou com um cocktail confecionado e servido pela Escola
Superior de Gestão de Idanhaa-Nova.
Ficou demonstrado que esta é
uma estratégia que vai ao encontro da captação de investimento,
da criação de riqueza e de emprego, destinada aos idanhenses
que residem no concelho, aos
idanhenses da diáspora e a todos
aqueles que querem vir a ser os
novos idanhenses.
Mais informações através do
correio eletrónico: recomecar@
cm-idanhanova.pt ou do telefone
277 200 570.
belmonte
Etapa rainha da Volta a Castilla
e Léon disputa-se na Cova da
Beira e inclui subida à Torre
Decorreu hoje ao final da tarde,
na Pousada Convento de Belmonte, a apresentação da etapa
rainha da 30ª edição da Volta a
Castilla y Léon, que se realiza
de 17 a 19 de Abril. A etapa, decorre a 18 de Abril, com saída da
Guarda e com passagem em nove
municípios da Cova da Beira, incluindo Belmonte. A etapa conta
com a subida ao Alto da Torre e
termina em Fuentes de Oñoro,
Salamanca, numa extensão total
de 208 quilómetros.
A região portuguesa da Cova
da Beira vai receber a etapa rainha com um traçado desenhado
de forma a promover a região e
evocar o 5º Centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus
e a rota turística do Românico
Atlântico do lado espanhol. Não
é comum uma prova espanhola
integrar no seu itinerário território de Portugal, a última vez em
que tal aconteceu foi em 1997,
quando uma etapa da Volta a
Espanha partiu de Lisboa, tendo
como pano de fundo a Expo98.
A Volta a Castilla y Léon está
inscrita no calendário da UCI e
reunirá um largo número de ciclistas de renome mundial, como
o francês Thomas Voeckler, vencedor do Prémio da Montanha
no Tour de France em 2012 e que
vestiu a camisola amarela de líder
da mesma prova em 2004 e 2011.
O pelotão será constituído por
17 equipas, sobressaindo desde
logo a presença da Movistar, número um do World Tour em 2014,
a que se juntarão: a Seleção de Espanha, Caja Rural, Lokosphinx,
De Rijke, MG Kvis, Europcar,
Colômbia, Burgos Cyl, Murias
Talde, Rad-Net Rose, Sky Dubai,
Inteja MMR, e as portuguesas
W52-Quinta da Lixa-Jetclass,
Efapel, Tavira e Rádio PopularBoavista.
O presidente da Associação
de Municípios da Cova da Beira,
José Manuel Biscaia, justificou a
aposta no ciclismo e nesta prova
que une duas regiões periféricas
de Portugal e Espanha, “não só
pelo retorno económico imediato que proporciona, como pela
projeção que dá do território e
das suas potencialidades turísticas”.
ETAPAS DA VOLTA A CASTILLA Y LÉON
1ª Etapa – dia 17 de Abril: Ávila-Alba de Tormes, 147 kms;
2ª Etapa – dia 18 de Abril: Guarda-Fuentes de Oñoro, 208 kms;
3ª Etapa – dia 19 de Abril: Zamora-Alto de Lubián, 179 kms.
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
CRÓNICAS DE LISBOA
Os cofres
estão cheios
Serafim Marques
Economista
O Zé da Silva, influenciado pela euforia consumista de há poucos anos atrás, e
também pelas palavras do então PM (apesar de ser de formação de engenharia)
considerava-se “um grande mestre de
economia”, que afirmou de que as dívidas não são para pagar, mas sim para renegociar, mesmo que vão crescendo, até
por efeito da inclusão das taxas de juro
não pagas, por incapacidade em reduzir
despesas ou aumentar os rendimentos,
gastou mais do que podia com a sua família, pelo que teve que contrair alguns
empréstimos, mesmo quando os credores
lhe exigiam condições penosas de prazos
de pagamento e elevadas taxas de juro,
porque estava com a “corda ao pescoço”.
Quando se apercebeu do “aperto” em que
estava, pelo elevado endividamento e sujeito a ser penhorado nalguns dos seus
bens patrimoniais, convocou a família
para lhes comunicar que teriam que enveredar por um novo modo de vida, isto
é, “apertar o cinto” ou, melhor dizendo,
implementar um plano de austeridade, de
modo a poderem solver os compromissos
assumidos no tempo das “vacas gordas” .
Mas os credores, que mesmo que tenham
abusado da publicidade apelativa ao consumo e ao endividamento, “encostaram a
família Silva à parede” e impuseram-lhe
um plano rigoroso de amortização dos
empréstimos e, caso a família Silva falhasse alguma das mensalidades, implicaria o
vencimento imediato das restantes amortizações vincendas, levando não só a família à bancarrota mas também à penhora
dos bens.
Com a crise, o Zé Silva foi tomando
juízo e aprendeu que, afinal, o dinheiro
que nos emprestam tem dono e, como tal,
terá que ser pago. Foi também aprendendo algumas noções de gestão financeira e passou a estar atento aos mercados
de capitais, variação das taxas de juro,
liquidez, etc, coisas de que todos deveriam saber para não cometerem os erros
que ele próprio cometeu, vivendo acima
das suas reais posses, ainda por cima
gastando dinheiro que pedia emprestado, em bens ou serviços não indispensáveis. Não fica mal a ninguém querer ser
rico, aliás todos o deveriam querer, e sem
vergonha, mas lutando por isso com bases sólidas, investindo na sua formação e
atitudes pessoais e profissionais, apesar
dos riscos da vida, às vezes com grandes
reveses que se reflectem na nossa conta
bancária. E a melhor forma é aprender
sempre e estar atento ao universo que nos
rodeia, pois só assim poderemos vencer.
O Zé Silva aprendeu mais nestes últimos
anos do que nas mais de quatro dezenas
de vida que já leva. Até aprendeu a fazer uma “jogada de mestre” em assunto
financeiros, quando se apercebeu que o
preço do dinheiro nos mercados (taxas
de juro) estavam bem mais baixas do que
aquelas a que estava “amarrado”, contratualmente nos empréstimos que terá
que pagar. Assim, conseguiu que lhe emprestassem dinheiro, antecipadamente,
para poder liquidar, definitivamente, os
“maus empréstimos” substituindo-os por
este. Assim, num repente, os seus “cofres
ficaram cheios” (a sua conta bancária) e
logo alguns dos familiares lhe exigiam
que os libertasse da austeridade em que
viviam. – Pai, então tens tanto dinheiro
na conta bancária e não podemos “alargar o cinto”? Estás a ser um ditador ou
és insensível aos sacrifícios que temos
feito? Tem pena de nós e vamos gastar
mais, enquanto temos esses dinheiro no cofre. O Zé perdeu as estribeiras
e lá puxou não só da sua autoridade de
patriarca da família e agora de também
“gestor financeiro”, para dizer aos familiares que aquele dinheiro não provinha
de qualquer aumento de rendimento
familiar nem do euro milhões, mas sim
duma mera operação de tesouraria e que
se destinaria a pagar os empréstimos
cujo vencimento ocorreriam nos próximos tempos. Foi difícil entenderem este
tipo de operação que o pai, inteligente e
preventivamente, tinha efectuado junto
do novo credor. O Zé Silva também não
soube utilizar os termos e as justificações adequadas, ainda mais para leigos
nas matérias financeiras, pelo que a família só foi vencida pelos “argumentos”
do poder do chefe da família. Afinal,
parece que a nossa Ministra das Finanças Maria Luis Albuquerque aprendeu
com o Zé Silva e aproveitando-se das
boas condições dos mercados de capitais, contraiu, antecipadamente, novos
empréstimos para serem utilizados nos
pagamentos das dividas pública do Estado a vencer nos próximos tempos, ganhando nas condições, isto é, garantido
os fundos e poupando nos juros bastante
mais baixos do que os anteriores. Encheu
os cofres de “liquidez” (dinheiro) mas
que é apenas isso mesmo uma operação
de tesouraria e não provem de aumento
de receitas do Estado português e, como
tal, não contar para as contas operacionais do Estado (OE). Se a jogada foi de
mestre, já as palavras que a ministra utilizou foi duma grande ingenuidade política , ao dizer que “o país tem os cofres
cheios”. Assim, deu oportunidade aos
opositores ao governo de enveredarem
pela demagogia, a campanha eleitoral
há muito que começou, dizendo que este
Governo é duma grande insensibilidade,
porque tem os cofres cheios e não os distribui pelos portugueses carenciados! Ao
líder do PS António Costa, candidato a
futuro PM, fica muito mal ter dito isto,
porque, sabe que aquele dinheiro tem
um fim específico, pelo que com a sua
“acusação” ao Governo chamou ignorantes aos portugueses que entendem
alguma coisa, mesmo que mínima como
o Zé Silva, das questões financeiras. Mas
mais grave, lançou mais uma “acha para
a fogueira” no povo que é , sistematicamente , “envenenado” e enganado por
todos aqueles que o deveriam informar,
ainda mais com grandes responsabilidades governativas, directas ou indirectas, pelo estado a que chegou o nosso
país. Por isso, não fiquemos admirados
pelo “divórcio” entre o povo e os políticos que nos (des) governam e nos tratam
como “burros”. “Porca da política”, esta
que temos.
RADAR
Governo aprovou o regime de incentivos financeiros para
fixar médicos em zonas com falta de clínicos.
Conheça as regras para receber este apoio.
O Governo aprovou hoje um conjunto de incentivos financeiros para fixar médicos
no interior do país e no Algarve, onde há falta de profissionais da saúde. São incentivos que não existem em nenhum outro sector da Função Pública, que já estavam
previstos no Orçamento do Estado para 2015, e que estão isentos de IRS.
Para definir as zonas geográficas, os estabelecimentos de saúde e as especialidades para
onde os médicos podem concorrer e beneficiar dos incentivos, o Governo vai fazer um
levantamento das necessidades de clínicos que ainda será publicado em Diário da República. Mas a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) acredita que a medida
vá beneficiar cerca de 100 médicos que vão receber 21 mil euros, durante os cinco anos.
Saiba como vão funcionar estes incentivos:
1 - Qual a duração e quem pode beneficiar dos incentivos?
Os incentivos têm a duração de cinco anos mas as compensações financeiras vão
reduzindo com o passar do tempo. Os incentivos são para todos os médicos que
terminem o internato este ano e que vão trabalhar no Serviço Nacional de Saúde.
Ou seja, podem beneficiar destas compensações todos os médicos contratados ou
com vínculo à Função Pública.
2 - Qual o valor do incentivo?
O incentivo financeiro é de mil euros mensais, extra-salário. Seis meses após a colocação, o médico passa a receber metade desse valor (500 euros) que passado um ano
é reduzido para 250 euros mensais (25% do incentivo inicial). No total, cada médico
vai receber 21 mil euros durante os cinco anos.
3 - Além do incentivo financeiro há outras regalias ?
Ao incentivo financeiro somam-se outras regalias. Aos médicos que concorram para
as zonas carenciadas é garantida a transferência da escola dos filhos e facilidades na
colocação de emprego para o cônjuge. Além disso, os médicos têm direito de dispensa
de serviço até cinco dias úteis, no período imediatamente anterior ou posterior ao início
de funções no posto de trabalho. Têm também mais dois dias de férias por ano e têm garantidos 11 dias úteis consecutivos de férias, em simultâneo com o cônjuge. A duração
da licença sem perda de vencimento é também alargada para o dobro.
4 - Estão previstas ajudas para despesas de transporte?
Sim. Os médicos têm direito a um abono por compensação das despesas que resultam da sua deslocação e do seu agregado familiar, correspondente ao valor do abono
de 15 dias de ajuda de custo. O pagamento desta compensação é da responsabilidade
do centro de saúde ou hospital para onde o médico se desloca e será processado em
conjunto com o salário.
5 - Há incentivos para os médicos com casa própria nas zonas
carenciadas?
Sim. Os incentivos também são atribuídos aos médicos com casa própria nas zonas
do interior identificadas. Mas caso a sua residência ou a do seu cônjuge seja a um raio
de 30 quilómetros a partir do novo local de trabalho, o incentivo é reduzido para um
terço (cerca de 330 euros).
6 - O que acontece quando há um casal de médicos?
No caso de o cônjuge do médico beneficie de um incentivo idêntico e dele não prescinda, não haverá lugar ao pagamento da compensação.
7 - O que acontece no caso de rescisão durante o pagamento
do incentivo?
Caso o médico, por sua iniciativa, cesse funções no decurso dos cinco anos, é obrigado a devolver 250 euros calculado proporcionalmente à parte do prazo que ainda
falta decorrer até ao final dos cinco anos. O médico fica ainda impedido de beneficiar
deste regime de incentivos nos próximos cinco anos e durante dois anos está inibido
de exercer funções no SNS.
8 - Os incentivos estão sujeitos a imposto?
Não. Os incentivos não estão sujeitos a tributação de IRS.
9 - Há mais incentivos para os médicos?
Além deste regime de incentivos, o Ministério da Saúde desenhou um regime especial de ajudas de custo e transporte para os médicos que trabalhem em dois ou mais
serviços com uma distância de, pelo menos, 60 quilómetros entre si. Para a Função
Pública as ajudas de custo para transportes são no máximo 50 euros. Mas para os
médicos esta compensação pode ascender aos 200 euros por dia, tendo em conta a
hora de partida e de chegada de cada profissional e a necessidade de alojamento. O
Governo adimite que, no futuro, estas ajudas de custo possam ser alargadas a outros
profissionais de saúde, como enfermeiros, por exemplo. Além disso, foi prorrogado
por mais três anos o regime excepcional de contratação de médicos aposentados.
2015 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
O FAROL
Uma questão
de elites
OLEIROS
Festival Gastronómico
bate records
Número de doses servidas aumentou significativamente
António Graça
O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico
Elite é o que pode ser considerado como
o melhor ou mais relevante, dentro de um
grupo,de uma sociedade, de uma nação
etc., aquelas pessoas ou grupos capazes
de formar e difundir opiniões e adoptar
práticas que servem como referência para
os demais membros da sociedade.
A estrutura sócio-política de um país assenta, fundamentalmente, nas suas elites,
cuja qualidade se reflecte obviamente na
qualidade da referida estrutura e em diversos aspectos da vida do país.
Portugal tem, em minha opinião, um
sério problema de falta de elites, sendo
na política que essa falta se faz sentir com
maior intensidade.
De facto, e, salvo raríssimas excepções,
os actuais políticos nacionais, não constituem qualquer tipo de elite. Não passam
de criaturas vulgares, que apenas atingiram um lugar de maior visibilidade
através de meios nem sempre isentos de
irregularidades éticas ou materiais, e de
grandes doses do chamado chico-espertismo, e apenas os atingiram porque a democracia, embora sendo considerado o menos mau dos sistemas políticos, permite
que atinjam o poder indivíduos medianos,
medíocres e banais que apenas são eleitos
porque prometem aquilo que as maiorias
gostam de ouvir, esquecendo tais promessas logo que alcançam o poder.
Em Portugal a democracia tem vindo a
ser manipulada pelo tal chico-espertismo
e descambou no triste espectáculo que nos
é oferecido diariamente; de governantes
que, sistematicamente, fogem a assumir
as responsabilidades decorrentes dos lugares para os quais foram nomeados, passando-as cobardemente para os seus subordinados assumindo-se, portanto, como
irresponsáveis; de um carnaval em que se
transformam muitas das sessões na casa
da democracia, a Assembleia da República, com deputados a assumirem comportamentos próprios de miúdos da escola;
de banqueiros e gestores, condecorados,
doutorados honoris-causa por universidades, premiados com prémios de qualidade
de gestão, que, afinal não sabem o que se
passa nas suas empresas, tendo provocado
a ruína das mesmas e prejuízos a milhares
de cidadãos que neles confiaram; das comissões parlamentares de inquérito, nas
quais os inquiridos, numa autêntica demonstração de falta de respeito pelas mesmas são possuídos de violentos ataques
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de amnésia focalizada, comportando-se
como a velha figura do marido enganado.
Tudo isto sob a proteção do senhor inércia, que se esconde atrás da constituição
para se furtar à tomada de decisões.
Pergunto. Que credibilidade e confiança
podem ser depositadas em governantes e
gestores que desconhecem o que se passa
nas estruturas dependentes da sua tutela?
Haverá concerteza em Portugal bastantes cidadãos com perfil, currículo e
honorabilidade para desempenharem
com seriedade lugares relevantes para
a condução dos destinos do país. Provavelmente a sua disponibilidade para tal,
no estado actual da política nacional não
será a maior. E, sob pena de omitir alguns
de igual relevo, aqui poderia citar alguns
nomes de referência, tais como; o General
Ramalho Eanes, o Doutor Jorge Sampaio,
o Professor António Barreto, por exemplo,
que são o tipo de pessoas cujo pensamento e práticas correspondem ao que é esperado de uma verdadeira elite.
HENRIQUE NETO
Quando preparava o presente texto, foi
anunciada a candidatura às próximas eleições presidenciais do Sr. Henrique Neto.
Henrique Neto é, pelo seu percurso de
vida e participação de cidadania, um dos
nomes que podem, sem favor, participar
ao lado dos que acima referi, numa lista
de cidadãos de elite.
A sua candidatura, à margem dos interesses partidários, é, apesar de todo o folclore montado à volta de outros possíveis
candidatos, a mais interessante no sentido
das mudanças necessárias ao estado actual do regime. Alguns títeres da área do PS
mostraram-se desagradados com esta candidatura e não se pouparam a exibir publicamente o seu lado imbecil, com reles
comentários à mesma.
Os candidatos a Presidente da República não dependem do acordo dos partidos
e, por motivos que todos temos observado recentemente, é bom que sejam o mais
independentes possível desses mesmos
partidos.
Além disso os portugueses têm maturidade e experiência políticas para escolherem um Presidente sem terem de para tal
ser aconselhados por quem quer que seja.
Até breve
Mais de 3.000 comensais aderiram ao Festival
Gastronómico
O VII Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, nos dois últimos fins-de-semana, ficou marcado pela superação de resultados. Ao todo, foram
nove os restaurantes do concelho que aderiram a esta iniciativa, num número record de adesão de estabelecimentos aderentes. A fazer jus a estes dados, também o
número de cabritos assados excedeu largamente as edições anteriores e nos quatro
dias do Festival o número de doses servidas aumentou significativamente face a
outros anos, dando resposta à procura das mais de 3.000 pessoas que tiveram a
oportunidade de provar esta especialidade Oleirense no seu concelho de origem,
assim como os Maranhos do Pinhal, cujo número de doses consumidas também
aumentou.
Segundo os participantes, o Festival atrai anualmente um elevado e crescente
número de visitantes, fruto do trabalho de divulgação efetuado que envolve anualmente os mais variados meios e órgãos de comunicação social. Nesta edição, houve
ainda a preocupação de realizar outras atividades paralelas de animação, as quais
foram do agrado dos mais vários públicos que ao longo destes dias passaram por
Oleiros em busca do turismo de natureza, religioso, gastronómico, da saudade ou
de aventura.
Segundo os profissionais aderentes, este é um esforço que tem dado frutos de
uma forma sustentável, verificando-se uma procura frequente ao longo do ano e
crescente a cada edição. Quem participa reconhece que o investimento da autarquia se traduz num benefício imediato, acrescido de frequentes mais-valias ao longo do tempo.
Primeira Revisão
do PDM de Oleiros
A Câmara Municipal de Oleiros procedeu à abertura do período de discussão
pública da proposta final de Revisão do Plano Diretor Municipal de Oleiros, nos
termos do disposto no artigo 77.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na sua atual redação. O período de discussão pública decorrerá entre 10 de
abril e 11 de maio de 2015 e durante este período, qualquer interessado poderá
consultar a proposta de revisão do PDM, bem como o respetivo relatório ambiental, o parecer final da comissão de acompanhamento e os demais pareceres emitidos, em dois locais: no Gabinete Técnico da Câmara Municipal de Oleiros (todos os
dias úteis, durante o horário de expediente (das 9h às 12h30m e das 14h às 17:30h))
e no Posto de Turismo de Oleiros (de terça-feira a domingo, incluindo feriados
(das 10h às 12:30h e das 14h às 18:30h)). Esta proposta pode ainda ser consultada
permanentemente no website do Município.
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
A Alternativa, Somos Todos Nós
Joaquim Vitorino
Afastar Portugal da Grande
montra que é a Exposição Universal de Milão, é acima de tudo
uma decisão miserabilista; que em
nome da austeridade vem penalizar a Universalidade Lusíada. O
argumento da Sra. Ministra não
se traduz em poupança; porque o
nosso país é um destino turístico
em contínuo crescimento; e os ganhos com a nossa presença compensariam de longe os custos do
investimento, que não ultrapassariam o que se paga num único dia
de juros da dívida pública. Portugal beneficia de uma localização
geográfica única no Mundo, com
as duas maiores Cidades de Lisboa e Porto numa posição única
em toda a Europa; é preciso retirar
dividendos desta Grande porta
Atlântica que é Portugal, em que
os produtos que exportamos e o
turismo que recebemos, é a nossa inesgotável jazida de petróleo
que é preciso explorar e preservar.
Somos um país de emigrantes espalhados por todos os Continentes; que criaram durante Séculos
raízes profundas em todo o globo
terrestre, sendo Eles os promotores naturais do nosso belo país; a
que se junta o nosso clima, a beleza paisagística e o património cultural. A nossa ausência do grande
certame de Milão, contradiz a milenar vocação portuguesa; que é
dar a conhecer o que de melhor temos para oferecer, que são os nossos produtos e a nossa simpatia
aliada a uma habilidade única no
relacionamento com outros povos.
Certamente que a Itália, que se fez
representar na Expo 98 em Lisboa
e que foi de longe o maior evento
português de sempre, irá sentir a
falta do nosso país que devia retribuir com o melhor que temos para
mostrar; até porque, Portugal é visitado todos os anos por dezenas
de milhares de italianos que adoram o nosso país. Os argumentos
do governo caem pela base, se
tiver em conta que a penalização
pela ausência de Portugal em Milão, é muito superior aos custos
que teriam a nossa participação.
Em contradição com a decisão do
Governo de nos afastar do grande
Certame em Itália, está o Evento “SISAB” que já vai na sua 20ª
Edição; um sucesso que tem como
promotor o Semanário “O Mundo
Português” que leva Portugal a
mais de 110 países; tantos quantos
são os que se deslocam a Portugal
para ver e comprar o que de melhor temos para oferecer. Como
afirmou Carlos Morais, que está à
frente deste ambicioso projeto de
que os portugueses se orgulham
e beneficiam, Portugal anda há 40
anos com a pirâmide invertida; e a
resposta está na nossa exportação.
Existe uma regra que nos últimos
40 anos nunca foi respeitada; é que
a riqueza só poderá ser distribuída
depois de ser produzida. SISAB, é
a Grande Montra anual de Portu-
gal com o melhor que temos para
oferecer, e não tem patrocínio do
Estado; por isso é lamentável que
Portugal não esteja representado
na Universal de Milão; sendo a
segunda ausência do nosso país a
uma Exposição Mundial e ambas
com este Governo. O nosso país
precisa de exportar, mas para isso
é preciso dar a conhecer o que tem
para vender; não se podendo argumentar a falta de dinheiro, porque
uma coisa nunca vem sem a outra.
Os portugueses estabeleceram
no passado relações de comércio
em todo o Mundo, beneficiando
da sua posição de estratégia geográfica e marítima; fomos sempre
um povo vocacionado para o comércio de longas distâncias; não
estar presente em Milão é uma má
opção tanto política como económica. Portugal não pode perder
muito mais tempo; andamos há
anos em busca de uma alternativa
que nos tire da pobreza e ela está
aqui tão perto; somos todos nós
“portugueses” que vamos levantar Portugal.
OBS: O Autor escreveu esta crónica, ao
abrigo do acordo ortográfico.
Os Segredos, o Estado e os Cidadãos
Maria Alzira Serrasqueiro
Estamos a viver em Portugal
um período de grande ebulição
política e social, e ao contrário do
que diz o Sr. Presidente da República, a culpa não é da proximidade de eleições, até porque os
portugueses se manifestam cada
vez mais tristes com os políticos.
O governo e seus defensores,
em vez de esclarecerem e de justificarem os atos da governação
culpam terceiros.
Colocam-se, na oposição à
oposição, para confundir as
pessoas e distrair a atenção dos
portugueses, sobre a responsabilidade da condução dos destinos
do país.
Ao longo das semanas disparam escândalos com membros
do Governo: ora é o 1º Ministro
que não pagou milhares de euros à Segurança Social, antes de
entrar nestas lides governativas,
ora é uma lista de contribuintes
VIP (Importantes), que estão
guardados a sete chaves, não
vão os funcionários do Fisco espreitar e propagandear tudo nos
Jornais, televisões e nas Redes
Sociais…entre outras mais antigas e de que temos tendência a
esquecer-nos.
Todos os cidadãos têm obrigação de pagar até ao último
cêntimo as suas dívidas fiscais e
sociais, sob pena de penhoras e
outras sanções; quem vive do seu
salário não tem como escapar…
mas se formos VIP, nomeadamente membros do Governo e da
Presidência da República nem é
problema não pagar, porque a tal
lista está segura por alarmes que
impedem que sejam vistas por
“curiosos”…
É isto um Estado de Direito?
É isto uma democracia?
Num país em que diariamente
jorram em alguns Meios de Comunicação Social notícias que
supostamente deviam estar em
Segredo de Justiça, que direitos
estão afinal garantidos? Estamos
seguros e estão seguros os nossos
Direitos?
Temo bem que a resposta a todas estas perguntas seja um rotundo Não!
Defendo que o problema não
são os dados que o Estado sabe
sobre mim; o problema é a forma
como os guarda e os usa. Alguns
desses dados são constitucionalmente protegidos, mas quem liga
hoje em dia à Constituição da República Portuguesa. Serve para
ser estudada nas Universidades,
pouco mais, aparentemente.
Os segredos de Justiça são violados.
E quem vai depois julgar isso?
Os que os devem guardar?
Como é que um Secretário de
Estado demite um Diretor-geral
que aparentemente mandou fazer a lista, que ambos dizem desconhecer?
Que raio de confusão é esta,
pergunta o povo; então se não
havia lista, porque demitiram o
homem?
Agora está na moda: sempre
que há um escândalo demite-se
um Diretor e salvam-se os Ministros e Secretários de Estado. O
Governo tem de chegar até ao fim
da legislatura, mesmo que já nem
Governe.
O Estado passou a ser omnipotente e omnipresente por todo o
lado, não havendo como lhe escapar, mesmo que erre; os cidadãos que se cuidem, e melhor é
que não falem muito alto. Parece
o regresso ao período negro do
Estado Novo. Há já quem o receie.
Parece estar em curso um perigoso amedrontamento coletivo
que nos tornará cidadãos mais
fracos, mais submissos e mais
vulneráveis.
Não bastando isto, o Estado iniciou um processo de devolução
das suas responsabilidades para
os Municípios, mesmo sem que
se tenha feito uma verdadeira reforma Administrativa.
Ficou-se pela agregação de freguesias, algumas sem qualquer
ligação identitária, existindo hoje
muitas Freguesias muito maiores
que Municípios…
Também aqui o Governo está
a ensaiar um processo negocial
e secreto com algumas Camaras
Municipais, no sentido de lhes
entregar as responsabilidades
com Educação e saúde;
Já não nos bastavam a discrepâncias entre terras do Litoral e
do Interior, para agora criarem
mais umas “capelinhas” em certos Concelhos, que terão responsabilidades e verbas (?) diferentes
de concelhos vizinhos; e a educação e a saúde ministrada nestes
sítios terá a mesma qualidade em
todos os territórios…
Este é um país cada vez mais
esfrangalhado; as reformas nunca têm por base estudos integrados, antes se fazem ao sabor dos
ventos e das vontades de quem as
determina.
Por isso digo no início que es-
tamos em período de grande
ebulição; sente-se que o mundo
está perigoso, e ao Presidente da
República, instância a que todos
deveriam poder recorrer, diz que
isto é propaganda eleitoral.
Assim vai este país.
Sabores do Pinhal
Restaurante
Centro de Coordenação de Transportes, Sertã
Email: [email protected] / www.saboresdopinhal.pt
Telf: 274 604 458 (Encerra às 4ªs feiras)
MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
13
SERTÃ
Na Casa da Cultura
Importante Exposição de
pintura em Cernache (Sertã) “Inspiração do Olhar”
28 de Março a 27 de Setembro
De 28 de Março a 27 de Setembro o Ateliê Túllio Victorino, em
Cernache do Bonjardim, acolhe
mais uma exposição de quadros
de Túllio Victorino e Tito Vitorino.
Da exposição fazem parte
obras dos dois pintores, pai e filho, provenientes de diversas colecções particulares e de entidades como Clube da Sertã, Clube
Bonjardim, Museu José Malhôa,
Museu Francisco Tavares Proença Júnior e do património do
próprio Município da Sertã, foi
aberta oficialmente no dia 28 de
Março, às 21 horas e contou com
a actuação do Grupo Coral do
Sertanense.
A exposição poderá ser apreciada até 27 de Setembro, de quarta a
sexta-feira das 10 às 13 horas e das
14 às 18 horas e sábados e domingos
das 14 às 19 horas.
Refira-se que esta é a terceira
exposição que reúne quadros de
Túllio e Tito Victorino promovida pela Câmara Municipal da
Sertã. No ano passado a autarquia promoveu uma exposição
de quadros de Túllio Victorino e
do seu mentor, José Malhoa.
Túllio da Costa Victorino nasceu a 14 de Dezembro de 1896,
em Cernache do Bonjardim.
Frequentou a Escola de Belas
Artes em Lisboa, transitando depois para a Escola de Belas Artes
do Porto. Pintor impressionista,
aluno de Columbano Bordalo
Pinheiro, recebeu influência do
mestre Malhôa.
Ao pintar, procurava estabelecer um diálogo entre a sua alma
e a da própria paisagem. Participou em inúmeros exposições
individuais e colectivas. Faleceu
na sua casa-ateliê, em Cernache
do Bonjardim, em 23 de março
de 1969.
Tito Príncipe Victorino nasceu em Cernache do Bonjardim,
Sertã, a 17 de Agosto de 1921.
Fez os seus estudos secundários no Colégio Académico, em
Lisboa.
Recebeu lições de pintura de
seu pai, o pintor Túllio Victorino.
Partiu para Angola em 1946, tendo vivido em Luanda até 1961.
Ali exerceu a sua actividade profissional no Banco de Angola,
durante 15 anos e deu expressão
à sua faceta de pintor.
Participou em diversas exposições individuais em Angola e
Portugal.
Faleceu em Coimbra a 22 de
Outubro de 1988.
De 1 a 30 de abril, a Casa da Cultura da
Sertã terá patente a exposição de pintura “Inspiração do Olhar”. Da autoria de
José Maria Reisinho Serra, estarão expostos 25 quadros elaborados a acrílico.
O autor nasceu na vila de Nisa, Alto
Alentejo e, após a aposentação, dedicouse à atividade artística como autodidata.
Com formação em desenho de construção civil e desenho técnico, adquiriu conhecimentos artísticos através de livros e
audiovisuais.
A exposição poderá ser apreciada de
1 a 30 de abril, na Casa da Cultura da
Sertã, de segunda a sexta-feira das 9h às
17h30m e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 17h30m.
Sertã
A Escola de Acordeão da Sertã está de parabéns, em mais um ano
consecutivo foi a escola que mais alunos levou a participar na XIX edição do Concurso de Acordeão em Santiago da Guarda, concelho de
Ansião.
Este evento realizou-se no passado dia 29 de Março com a participação total de 23 acordeonistas, 7 destes pertencem à Escola de Acordeão
da Sertã, dos quais foram distinguidos 4 alunos com diversos prémios
na totalidade de 9 classificações atribuídas durante esta tarde de acordeão.
Parabéns a:
Alexandre Alves 2º Prémio 1º nível
Vasco Miguel 1º Prémio 2º nível
Miguel Ribeiro 2º Prémio 2º nível
Rodrigo Tomé 3º Prémio 2º nível
A Escola encontra-se a funcionar às sextas-feiras na Casa da Cultura
da Sertã 917934834 / 916756413
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
SERTÃ
Frutos
dos
Tempos
Romaria São Nuno de Santa Maria
18, 19, 25 e 26 de abril em Cernache do Bonjardim
São Nuno de Santa Maria estará em
destaque na romaria que se realiza em
sua honra nos dias 18, 19, 25 e 26 de
abril em Cernache do Bonjardim. Religião, Música, “Produtos da Terra” e a
emissão em direto do programa “Somos Portugal” da TVI, serão os pontos
altos da romaria que pretende perpetuar a memória e o legado de Nuno Álvares Pereira, natural de Cernache do
Bonjardim e exemplo ímpar de dedicação à Igreja e aos mais necessitados, nos
seus últimos anos de vida, não esquecendo as suas qualidades de estratega,
guerreiro e defensor de Portugal.
Trata-se da terceira edição desta iniciativa, promovida conjuntamente pelo
Município da Sertã e pela União de
Freguesias de Cernache do Bonjardim,
Nesperal e Palhais. O programa iniciase a 18 de abril, pelas 9 horas, com a
abertura do comércio tradicional até às
20 horas. Às 15 horas, no Edifício da União de Freguesias,
realiza-se a sessão solene com José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, e Diamantino Pina,
Presidente da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. Segue-se a exibição do documentário “Santos de Portugal – São Nuno de Santa Maria”.
Às 16 horas, inicia-se a animação das artérias da Vila de
Cernache do Bonjardim com o Grupo de Animação Seca
Adegas, Grupo de Concertinas da Sertã, tocata do Rancho
Folclórico de Pedrógão Pequeno e do Rancho Folclórico de
Clube Bonjardim e Grupo de Música Popular de Cernache
do Bonjardim. A partir das 22 horas, haverá animação musical com Fábio Bastinho junto ao Mercado Municipal de
Cernache do Bonjardim.
No domingo 19 de abril, segundo dia da romaria, a partir
das 9h30m realiza-se a arruada com a associação "Os Tambores de Casal da Madalena". Às 10 horas abre o mercado
“Produtos da Terra” dedicado à “Doçaria Tradicional”. À
mesma hora inicia-se o cortejo com a participação da Filarmónica Aurora Pedroguense: começa junto à Igreja Matriz
passando pela Rua de São Sebastião seguindo em direção à
estátua de D. Nuno Álvares Pereira, Rua dos Pinheiros, Rua
D. Nuno Álvares Pereira, Rua Dr. Gil
Marçal, Rua do Vale e Rua dos Pinheiros, terminando junto ao Seminário das
Missões.
Às 11h30m realiza-se a Missa na
Igreja do Seminário das Missões com
a participação do Grupo Coral InfantoJuvenil da Paróquia da Sertã, Juventude Mariana Vicentina, Agrupamento
CNE 721 de Cernache do Bonjardim
e Agrupamento CNE 170 da Sertã. A
partir das 14 horas inicia-se o programa “Somos Portugal” da TVI em direto
da Romaria, que se prolongará até às
20 horas.
No dia 25 de abril, sábado, realiza-se
o Torneio de Preparação das Seleções
Distritais de Basquetebol, no Pavilhão
Fernando Vaz Serra, em Cernache
do Bonjardim. No domingo, dia 26
de abril, às 10 horas, a associação "Os
Tambores de Casal da Madalena" fará
a arruada pelas artérias da Vila de Cernache do Bonjardim.
Na parte da tarde, às 15h30m, inicia-se o desfile de ranchos
folclóricos pela Vila, que terminará no recinto e dará o mote
para o início do XXXII Festival de Folclore às 16 horas.
Figura indelével da História de Portugal, Nuno Álvares
Pereira nasceu em 1360, nos Paços do Bonjardim, em Cernache do Bonjardim, Concelho da Sertã. Filho de D. Álvaro
Gonçalves Pereira e Iria Gonçalves, Nuno Álvares Pereira
foi nobre, guerreiro e carmelita e apoiou as pretensões de
D. João Mestre de Avis (D. João I) à coroa, tendo desempenhado um papel decisivo durante a crise de 1383-1385: as
vitórias nas batalhas de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde
garantiram a consolidação da independência portuguesa
face ao reino de Castela.
Após o falecimento de sua esposa, Nuno Álvares Pereira ingressou na Ordem dos Carmelitas em 1423, no Convento do Carmo que mandara construir em Lisboa, para
cumprir um voto. Tomou o nome de Irmão Nuno de Santa
Maria. Faleceu a 1 de novembro de 1431. Foi beatificado em
1918 pelo Papa Bento XV e canonizado a 26 de abril de 2009
como São Nuno de Santa Maria pelo Papa Bento XVI, em
Roma.
Programa
Romaria São Nuno de Santa Maria
Cernache do Bonjardim
18 de abril - sábado
09h às 20h - Comércio Tradicional Aberto
Animação de Rua
15h - Sessão Solene - Edifício da União de Freguesias
Diamantino Calado Pina, Presidente da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais
José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã
Exibição do Documentário "Santos de Portugal: São Nuno de Santa Maria"
16h
17h
18h
19h
20h
22h
-
Grupo de Animação Seca Adegas
Grupo de Concertinas da Sertã
Tocata do Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno
Tocata do Rancho Folclórico do Clube Bonjardim
Grupo de Música Popular de Cernache do Bonjardim
Concerto: Fábio Bastinho - Mercado Municipal de Cernache do Bonjardim
Maria dos Reis Loução
Martins Fernandes
Nos dias de hoje, assistimos a fenómenos que seriam
impensáveis antigamente, mas não ainda muito longe no
tempo.
A presença dum polícia inspirava respeito e segurança e um Inspector da Polícia Judiciária, então, seria uma
honra conhecer e cunprimentar. Não era qualquer pessoa
que chegava ao posto de Inspector da Polícia Judiciária.
Necessariamente, tais pessoas eram talhadas e escolhidas para esses postos, baseados nos princípios de honra,
moral, equilíbrio emocional, rectidão e forte discriminação dos deveres e obrigações de cada cidadão.
Nesses tempos, começava-se a aprender desde mutio
cedo e ao longo dos anos, se fosse caso disso, a mudar
condutas, rectificar uma ideia, escolher um caminho - já
com a própria inteligência.
E aqui, quando não se tem carácter - que é o caso! inventa-se um método!
Não faltam inteligência, argúcia e poder para estes homens que são excepções para uma regra que não existe!
Estes indivíduos conseguem enganar subtilmente a sociedade que nos rodeia, convencem e enganam até que
um dia a verdade fala mais alto!
É o desmoronar de um plano, dum sonho concebido à
margem da lei, planeado com minúcia e inteligência...
Ninguém iria imaginar ou desconfiar?
Mas... tudo por terra! Descobriram!
Agora até já um Inspector da Polícia Judiciária não poder ser ladrão!
Livro sugerido este mês
Não, as lagrimas, o suor, o
medo, o sangue, a fome,
a sede, eu não esqueci…
Para quê recordar os tempos maus que passamos,
se eles não se apagam da
memória…
Nas minhas crónicas, eu
quis recordar apenas as
vivências de uma juventude irreverente, mas educada, contestatária, mas
leal…
Nas minhas cronicas, eu
“canto” as historias que
vivemos juntos…
Nas minhas histórias, eu lembro o “Ginguba”, o “Reguila”, o
“Alentejano”, o “Lisboa” ou o “Sanfins”…
Nas minhas crónicas, eu lembro “O pilha galinhas”, “A guerra
dos Pirilampos”, “O Zé da Fisga”, “A noite no abrigo”, “Os copos,
as bebedeiras”, “O SPM e os Bate Estradas”, “A ração de combate”, “As doenças venéreas”, “O Bandalho”…
Não, eu não esqueci os mortos, eles vivem nas minhas crónicas,
eles moram no meu pensamento…
Angola, Guiné ou Moçambique, a mesma juventude, as mesmas
vivências, as mesmas histórias…
Pedidos a: [email protected]
Preço: 12,50 € (portes incluídos)
19 de abril - domingo
09h30m - Arruada com a Associação "Os Tambores de Casal da Madalena" pelas artérias da Vila
10h - Cortejo com a participação da Filarmónica Aurora Pedroguense: começa junto à Igreja Matriz passando pela Rua de São
Sebastião seguindo em direção à estátua de D. Nuno Álvares Pereira, Rua dos Pinheiros, Rua D. Nuno Álvares Pereira, Rua Dr. Gil
Marçal, Rua do Vale e Rua dos Pinheiros, terminando junto ao Seminário das Missões.
10h às 20H - Produtos da Terra: Doçaria Tradicional
11h30m - Missa na Igreja do Seminário das Missões, com a participação do Grupo Coral Infanto-Juvenil da Paróquia da Sertã,
Juventude Mariana Vicentina, Agrupamento CNE 721 de Cernache do Bonjardim e Agrupamento CNE 170 da Sertã
14h às 20h - Transmissão do programa "Somos Portugal" da TVI em direto do Seminário das Missões
25 de abril - sábado
10H - Torneio de Preparação das Seleções Distritais de Basquetebol, Pavilhão Fernando Vaz Serra
26 de abril - domingo
10h - Arruada com a Associação "Os Tambores de Casal da Madalena" pelas artérias da Vila
15h30m - Desfile de ranchos folclóricos pelas artérias da Vila
16h - XXXII Festival de Folclore – junto ao Seminário das Missões (organização: Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache do
Bonjardim)
Carne de qualidade
Praça do Município . Oleiros • Telefone 962567362
2015 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
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Telefone: 272 773 003
Semáforo
Celebramos o 25
de Abril
Estamos no mês que há 40
anos alterou as nossas vidas.
Acabava as férias de desmobilização. Tinha chegado a
Portugal vindo da guerra
em África dia 16 de Março
de 1974, dia do Golpe de Estado das Caldas (falhado por
inépcia).
Tudo mudou de repente.
Para melhor, mesmo descontados os excessos de uma
"revolução" que afinal não
tinha siso.
Mas, pelo menos, serviu
para adquirir a necessária liberdade e a abertura ao mundo. Preservemos o essencial
e celebremos, é justo
Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra
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Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016
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João H. Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Ana Maria
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Carlos N de Carvalho, Vania Costa Ramos (Jurista), Maria Alzira Serrasqueiro • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Luis Henriques • Correspondentes: Cristina Valente
(Castelo Branco) • Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (CambasOLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:maguxamil@hotmail.
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* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.
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Jornal de OLEIROS
2015 MARÇO / ABRIL
Oleiros diferencia-se ao nível dos percursos pedestres
Portugal passa a dispor de marca
internacional de prestígio
Cerca de mil participantes,
vindos de vários pontos do país
e do estrangeiro, marcaram presença no concelho de Oleiros no
passado sábado, no lançamento
do Trilho Internacional dos Apalaches português, naquele que foi
provavelmente o maior acontecimento do género na região nos
últimos tempos.
Com este novo e desafiante
percurso de 37 km, situado integralmente no concelho de Oleiros e intitulado GR 38 - Grande
Rota Muradal-Pangeia, Portugal
passou a ter um dos Trilhos Internacionais dos Apalaches, o maior
de pegadas humanas do mundo,
visitado anualmente por quatro
milhões de pessoas. O percurso
promovido pelo Município de
Oleiros e pelo Geopark Naturtejo, em parceria com as Juntas de
Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S.
Simão, irá servir os amantes da
natureza e do turismo ativo, sendo um dos produtos estratégicos
que irão reforçar o posicionamento do território através de uma
rede internacional de prestígio.
Por outro lado, esta aposta reflete
o potencial turístico do concelho,
comprovado pela evolução do
número de dormidas nos últimos
anos, assim como pela capacidade de internacionalização em
mercados em crescimento, como
o americano.
Para além da expressiva adesão de participantes, realça-se o
envolvimento das comunidades
que habitam a envolvente da Serra do Muradal (Cardosa, Estreito,
Orvalho, Póvoa da Ribeira, Sarnadas de S. Simão e Vilar Barroco),
as quais se empenharam e revelaram um genuíno saber-receber.
Também as associações locais
deram as mãos e contribuíram
para o sucesso da organização
deste evento, como é o caso das
associações de desporto aventura
Trilhos do Estreito e Pinhal Total,
da associação “Os Cucos” de Vilar Barroco e dos Bombeiros Voluntários de Oleiros.
As deslumbrantes paisagens
deram o mote neste percurso,
onde não faltou a mais típica
gastronomia ou a presença de 20
alpinistas que desfrutaram das
14 vias de escalada da Crista de
Zebro e da via ferrata (a segunda
do país), de amantes do BTT e de
praticantes de asa delta que coloriram os céus da região.
A animação foi assim uma constante ao longo de uma exigente
Caminhada, numa harmoniosa
sintonia entre as tradições locais
e ancestrais, a cargo d´ “Os Bombos da Cardosa” e da Companhia
de Teatro Viv´arte.
No final, a satisfação era geral.
Para os resistentes que conseguiram concluir os 23 km, a prova foi
superada; para todos os habitantes locais, o orgulho era evidente
e para quem veio de fora, registando-se a adesão de vários grupos especializados de caminheiros oriundos de vários pontos do
país, este foi sem dúvida um dia
inesquecível e a oportunidade de
percorrerem o mais diferenciador
dos percursos pedestres nacionais,
com a chancela IAT (International
Appalachian Trail), num território
classificado pela UNESCO.
Agradecemos ao Amigo Alberto Ladeira e à Fotodisco o apoio.
PF

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