Edição de março e abril de 2015
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Edição de março e abril de 2015
"Não há Democracia sem imprensa livre" www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes o de t i r t s Di nco a r B lo Caste Ano 6, Nº 42, Março / Abril de 2015 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros Licor de Medronho Silvapa é “O Melhor dos Melhores” Fernando Jorge inaugura Trilho dos Apalaches Os Segredos, o Estado e os Cidadãos página 14 página 4 Oleirep, 20 anos em Oleiros página 9 Dois anos em Proença-a-Nova página 4 O 25 de Abril é para celebrar Estratégia "Recomeçar" apresentada publicamente Rally de Castelo Branco na estrada em 24 e 25 de Abril . Oleiros com duas Especiais - Fórneas e Sarnadas de S. Simão incluidas nesta importante prova página 9 2 Jornal de OLEIROS EDITORIAL . OLEIROS, uma MARCA relevante O actual Executivo, presidido pelo Médico Fernando M. Jorge tem vindo a imprimir fortíssima notoriedade tanto nacional como internacional ao concelho de Oleiros. Conscientes que é necessário em absoluto captar nova gente, novos empreendedores, fixar jovens (rompendo o tradicional status de que só é bom o que é de Oleiros), velha máxima que sempre esteve em prática, vai dando resultados palpáveis. O recente Trilho Internacional dos Apalaches e o último Festival do Cabrito Estonado, são exemplos marcantes. Milhares de pessoas rumaram a Oleiros e isso é revitalizante para a economia local que está agradecida. O rumo é este, os resultados vão aparecendo, mais céleres do que era até esperado. . Uma Democracia pulverizada? O recente aparecimento do Partido dos Reformados ( o 24º em Portugal) e outras formações como o JPP, Livre, PDR, Nós Cidadãos, etc, etc., seguramente fizeram tocar as campainhas dos tradicionais PSD, PS, PCP, CDS. Nada mais vai ser igual no futuro. Haverá possibilidade de um governo estável? Como fazer maiorias de governo? São dados para reflexão, já tardia, preocupantes por um lado relativamente ao afirmado anteriormente, mas, reveladores de que a Democracia vai ficando amadurecida. Director Paulino B. Fernandes Email: [email protected] Para chegar mais rápido aos nossos Leitores, vamos com a MRW 2015 MARÇO / ABRIL Município de Oleiros atribui Bolsas de Estudo-Empréstimo a Estudantes de Medicina Com o objetivo de reforçar a fixação de médicos na área do concelho de Oleiros, nomeadamente jovens, o Município acaba de criar um regime excecional de atribuição de bolsas de estudo-empréstimo para estudantes de Medicina. As bolsas serão atribuídas tanto a alunos a estudar em Portugal como no estrangeiro e implicam, desde logo, um compromisso de honra de prestarem serviços e fixarem residência permanente no concelho, após a conclusão do curso. A medida pretende colmatar a falta de médicos, sobretudo médicos de família, que permitam dar resposta às necessidades de cuidados de saúde de uma população maioritariamente idosa. No caso particular do concelho de Oleiros, verifica-se que há mais de trinta anos nenhum médico fixou residência no concelho. Por outro lado, pretende-se impulsionar o desenvolvimento socioeconómico do concelho, diminuindo as assimetrias sociais existentes, ao mesmo tempo que se pretende apoiar os jovens oriundos de famílias mais carenciadas no prosseguimento de estudos no ensino superior. O Projeto de Regulamento para Atribuição Excecional de Bolsas de Estudo-Empréstimo a Estudantes de Medicina foi publicado no passado dia 18 de março em Diário da República. No futuro, caso o Município se venha a deparar com a falta de outros quadros qualificados para responder às necessidades da população, poderão vir a ser criadas novas bolsas de estudo, através da aprovação de Regulamento Municipal no qual serão estabelecidas as condições para a atribuição das bolsas aos estudantes, atendendo às especificidades de cada curso. Reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Oleiros aprova POM e revalida PMDFCI POM de Oleiros é o primeiro a ser aprovado em 2015 no distrito Realizou-se no passado dia 19 de março, no Auditório da Casa da Cultura de Oleiros, a primeira reunião de 2015 da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) de Oleiros, na qual foi apresentado e aprovado por unanimidade o Plano Operacional Municipal (POM) de Defesa da Floresta Contra Incêndios referente ao corrente ano. Esta aprovação é a primeira do distrito e refere-se a um documento elaborado pelo Gabinete Técnico Florestal do Município que congrega o planeamento anual de todos os meios envolvidos no dispositivo DFCI durante o período crítico. Como nota adicional nesta edição do POM, foi referida a incorporação de uma nova viatura afeta à Junta de Freguesa de Mosteiro, a qual irá reforçar o dispositivo, nomeadamente no que se refere à vigilância do território durante a época de incêndios florestais. PMDFCI de Oleiros (2015-19) já foi apresentado Comissão aprova a construção e 14 pontos de água Nesta primeira reunião de 2015 da Comissão Municipal DFCI foi apresentado o Plano Municipal DFCI de Oleiros referente ao período de 2015-19. Após a sua apresentação, foi aprovado por unanimidade o envio deste documento para o ICNF, entidade à qual caberá a sua aprovação. Relembra-se que está em vigor o PMDFCI 2013-17, sendo a nova edição uma revisão e ajustamento do período de planeamento para 2015-19. Este plano elaborado na íntegra pelo Gabinete Técnico Florestal do Município tem como objetivos principais pro- mover a gestão florestal e intervir preventivamente em áreas estratégicas; sensibilizar e educar a população; fomentar o conhecimento das causas dos incêndios e das suas motivações; articular os sistemas de vigilância e de deteção com os meios de 1.ª intervenção; adequar a capacidade de 1.ª intervenção; melhorar a eficácia do rescaldo e vigilância pós-incêndio; recuperar e reabilitar ecossistemas e operacionalizar a própria CMDFCI. No âmbito do PMDFCI, foi aprovada por esta Comissão a localização e construção 14 pontos de água (13 reservatórios e 1 açude), tirando partido da abundância em recursos hídricos nos locais considerados. Nesta reunião foi também aprovado o Plano de Fogo Controlado para a execução de algumas das parcelas da Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível. PAPELARIA JARDIM e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 Oleiros Telefone 272 681 052 2015 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS Quintais do Pinhal animaram Mercado de Oleiros 3 Licor de Medronho Silvapa é “O Melhor dos Melhores” O “Licor de Medronho Silvapa”, produzido pela empresa Silvapa, Lda., sedeada na Madeirã, concelho de Oleiros, foi considerado o “Melhor dos Melhores” no 4º Concurso Nacional de Licores Conventuais e Tradicionais Portugueses. O acontecimento teve lugar no passado dia 26 de fevereiro, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA), em Santarém, realizado em conjunto com a QUALIFICA. Esta distinção máxima representa um orgulho para o concelho de Oleiros e segundo a empresa, “a motivação para continuar a desenvolver produtos de excelência”. Recorde-se que a Silvapa Lda. também produz uma afamada aguardente de medronho e uma deliciosa compota de medronho. Todos os produtos são comercializados em lojas gourmet no país inteiro e exportados para o mercado internacional, verificando-se anualmente um aumento da procura. . Revitalização do mercado era medida essencial O Mercado Municipal de Oleiros acolheu no passado domingo, dia 8 de Março, mais uma edição dos Quintais nas Praças do Pinhal. Durante o dia, foram vários os visitantes - incluindo uma excursão vinda de Lisboa propositadamente para este evento -, que se deslocaram àquela infraestrutura municipal. Recorde-se que o local está a ser alvo de uma importante requalifi- cação que pretende tornar aquele espaço mais cómodo e atraente para os seus utentes, aproximando a população e permitindo um novo aproveitamento do espaço. Ao todo, participaram nesta edição cerca de meia centena de produtores, entre hortofruticultores, transformadores e artesãos, não tendo faltado argumentos para visitar aquele novo local que possui 4 espaços para tasquinhas e uma agradável esplanada. A animação foi outra constante, conseguida através da parti- cipação do grupo Seca Adegas e da importante nota de humor a cargo do Grupo de Teatro dos Amigos da Casa da Cultura com a sua “Epopeia Agrícola”. A próxima edição deste acontecimento em Oleiros será, como habitualmente, no segundo domingo do mês, a 9 de Agosto, no Jardim Municipal ( esperamos que excepcionalmente). Esta coincidirá com a realização simultânea da Festa de Santa Margarida e da Feira do Pinhal. LAFA,, Liga dos Amigos da Amieira, celebra 38º aniversário . 18 de Abril no Hotel de Santa Margarida LAFA presta homenagem aos Amigos . António Domingues Mendes, José Domingues Mendes, Manuel Mendes Fernandes Antão e a Armindo Ramos (a Título Póstumo) Mais de 5.100 Quilos de resíduos recolhidos por 12 escolas de castelo branco na 7ª edição da geração depositrão Escola Secundária com 3.º Ciclo do Fundão está no topo do ranking das escolas da região 18.Março.2015 A primeira fase da 7ª Edição da Geração Depositrão da ERP Portugal revela que, entre 12 escolas participantes de Castelo Branco, já foram recolhidos mais de 5.100 quilos de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores). A Escola Secundária com 3.º Ciclo do Fundão ocupa a primeira posição das escolas da região, tendo recolhido mais de 1600 quilos destes resíduos. Até ao momento, entre as cerca de 600 escolas participantes, já foram recolhidos 145.000 quilos de resíduos (REEE e RP&A) em todo o país. Atualmente, as escolas que ocupam as primeiras posições no ranking são: EB23 Damião de Odemira (mais de 11.400 quilos), EB1 de Loução – Venade (cerca de 10.000 quilos), EB1 de Cabanas de Tavira (aproximadamente 3.000 quilos), Jardim de Infância de Casais de São Clemente e EB23 de Cercal do Alentejo, respetivamente com volumes superiores a 2.700 e 2.600 quilos. No que respeita à recolha de pilhas, em particular, o top 5 é composto pelas escolas que se seguem: EB1 de Lamas, Escola Sec./23 de Águas Santas, Escola Básica Deu La Deu Martins, EB1 de Torres Vedras e Jardim de Infância do Cacém Nº1. Todas estas escolas ultrapassaram o peso de 140 quilos, num universo de aproximadamente 90 escolas responsáveis pelo encaminhamento adequado deste tipo de resíduos. No final do ano letivo serão premiadas 10 escolas, distribuídas por 2 categorias: peso absoluto e peso por aluno de resíduos recolhidos. Para além da atividade de recolha, as escolas também serão reconhecidas pela elaboração de trabalhos criativos dedicados ao tema da correcta gestão de equipamentos e pilhas em fim de vida, segmentados por níveis de escolaridade. Esta campanha da ERP Portugal é implementada em parceria com o Programa EcoEscolas e conta com o apoio das marcas Orima, Pingo Doce e Worten. A LAFA convida todos os sócios e amigos da LAFA para a comemoração do seu 38º aniversário. Mais uma vez a LAFA quer juntar os conterrâneos em convívio num jantar que será realizado no Restaurante Calum (Hotel Santa Margarida), em Oleiros, no próximo dia 18 de Abril, Sábado, com o seguinte programa: - 17h00 – Missa na Igreja da Amieira em memória dos sócios e seus familiares e amigos já falecidos; - 19h00 – Início da recepção dos sócios e convidados no restaurante acima indicado, onde de seguida será servido o jantar; - 21h30 – Assembleia-Geral, seguida da continuação do convívio e sorteio pelos presentes (excluindo os membros dos Órgãos Sociais), de um almoço de cabrito estonado para duas pessoas (oferta do Restaurante Calum); de seguida teremos bolo de aniversário e espumante. Contamos com a presença de todos os sócios e amigos, pois a LAFA precisa do vosso apoio, da vossa participação e o vosso entusiasmo é fundamental, apela o Presidente José Gonçalves. Tragam os vossos amigos também, que todos serão bem recebidos. Se gosta de ajudar a nossa Associação, poderá trazer algo para leiloar durante o convívio. Pedimos confirmação das presenças, se possível, até 12 de Abril. Compareça, participe, a nossa terra precisa de todos. 4 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL “Manuel da Cunha (25.12.1928 / 9.03.2015) Manuel da Cunha, ex-Presidente da Direcção e actual representante de Oleiros no Conselho Regional da Casa da Comarca da Sertã, faleceu a 9 de Março de 2015, em Lisboa, aos 86 anos de idade. Natural do concelho de Felgueiras, distrito do Porto, era sócio desde 11 de Janeiro de 1978, tendo sido agraciado com o Pinho de Ouro, distinção máxima atribuída pela Casa da Comarca da Sertã, num jantar de homenagem realizado em 20 de Janeiro de 2007. Grande amigo da Casa e da região, mantinha estreita ligação ao concelho de Oleiros, a que ficou ligado por casamento, dado que sua mulher era natural de Sendinho da Senhora, na freguesia de Amieira, mas também aos concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, bem como às freguesias de Amêndoa e Cardigos do concelho de Mação, demonstrando sincero interesse pela vivência diária das suas populações. Exerceu diversos cargos, tendo sido, nomeadamente, Presidente da Direcção de 1987 a 1990 e Presidente do Conselho Fiscal entre 1991 e 1992. Desde 1993 era representante de Oleiros no Conselho Regional da Casa da Comarca da Sertã. Fundador da LAFA - Liga dos Amigos da Freguesia de Amiei- ra, Colectividade de Utilidade Pública fundada em 10 de Maio de 1977 e que desenvolve a sua acção na actual freguesia de Oleiros-Amieira. Antigo dirigente da LAFA, exerceu o cargo de Tesoureiro no mandato 1978/79, Presidente da Direcção no biénio 82/83 e Presidente da Assembleia-Geral de 1990/96 e de 2000/2002. 4º Presidente de Oleiros Período de 22 de Abril de 1969 a 25 de Setembro de 1973 Manuel da Cunha, Alberto Barata, Irene Cardoso, Martinho de Oliveira, Pedro Amaro e Manuel Luís Farinha NOTA do DIRECTOR Manuel da Cunha era um Amigo do Jornal de Oleiros desde a primeira hora. Apreciava a independência, a luta pela região, considerava o Jornal de Oleiros essencial e uma voz a preservar. Obrigado Manuel da Cunha pelos momentos em que privámos (foram muitos), por isso, aqui te enviamos um abraço forte, sentido, do Director, de toda a Equipa. À família, a Casa da Comarca da Sertã endereça as mais sentidas condolências.” A OLEIREP comemora este ano, em Março 20 anos de actividade Em Março, também, a nossa filial, em Proençaa-Nova, comemora o 2º aniversário. Para assinalar este marco histórico, a empresa irá realizar ao longo do ano de 2015 várias promoções e descontos. "Queremos brindar os nossos Clientes com os melhores preços!" "São os Clientes a razão da nossa existência. Passados 20 anos, a OLEIREP continua a desempenhar um papel activo no concelho de Oleiros e agora também em Proença-a-Nova, tem vindo a registar um crescimento gradual." Nos últimos dois anos, apesar da crise e da interioridade, este crescimento manteve-se acima dos 20% em volume de negócios. Nos últimos 5 anos temos contribuído para a fixação de pessoas e empresas no concelho. A OLEIREP fomenta o emprego na região, contamos actualmente com 7 colaboradores, na sua maioria jovens, distribuídos pelas 2 lojas que dispomos abertas ao público. Sempre que a empresa necessita da prestação de serviços externos recorre a Parceiros Empresariais locais, um contributo importante para economia regional. Maria Guiomar Romão A Administração da OLEIREP continua empenhada em estabelecer parcerias duradouras e sólidas com os Fornecedores, para proporcionarmos a todos Clientes produtos de elevada qualidade com a melhor garantia e assistência no pós-venda. A maturidade da empresa/administração, permite conseguir oferecer uma vasta diversidade de produtos disponíveis em stock para os vários sectores de actividade económica. A OLEIREP tem pela frente alguns desafios que visam contribuir para a afirmação da empresa como principal fornecedor, na Zona do Pinhal, de marcas de prestígio e credíveis, nacionais e internacionais, pelo que continua a cativar o interesse de novos marcas e novos produtos. "De entre os desafios futuros, a Administração, refere “o incremento da notoriedade da empresa junto do tecido empresarial do distrito de Castelo Branco, o alargamento da assistência pósvenda por técnicos especializados, a manutenção do serviço de reparações de máquinas e equipamentos, manter o ritmo de investimento a curto prazo com rentabilidades superiores, de forma a atrair novos Clientes nacionais e internacionais, a manutenção do nível de emprego, fomentando o desenvolvimento económico de Portugal e manter uma postura activa junto das entidades reguladoras nacionais e internacionais, no sentido de tornar a empresa mais atractiva, contribuindo de forma constante para a dinamização do sector nacional". A OLEIREP, dispõe de 2 pontos de venda físicos, 2 comerciais para apoio e proximidade ao Cliente, e mais recentemente, de 1 plataforma de Comércio Electrónico (www.oleirep.pt ) aberta 24 horas por dia, 7 dias por semana. "A todos os que relacionam com a empresa, ao longo destes 20 e futuros anos, agradecemos a confiança depositada na equipa de trabalho e na administração: OBRIGADO ! Queremos continuar a merecer esta confiança." Parabéns Parceiros, longa vida e sucesso, os votos do Jornal de Oleiros. Passeio TT Rota do Cabrito Estonado Na sequência da realização do 7.º Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, vai ter lugar no próximo dia 11 de abril o Passeio TT Rota do Cabrito Estonado promovido pela associação Trilhos do Estreito. Não perca esta aventura gastronómica que alia a adrenalina de um passeio TT à gastronomia genuína de uma região. Informações em www.trilhosdoestreito. pt, geral@trilhosdoestreito. pt ou 964303969. Os interessados em participar devem inscrever-se até ao dia 6 de abril em www.trilhosdoestreito.pt. As inscrições são limitadas a 25 veículos. MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS VILA DE REI Vila de Rei pioneira na descentralização de competências na Educação Vila de Rei é um dos 13 Municípios portugueses envolvidos no projeto de descentralização de competências na área da Educação. A reunião dos Municípios envolvidos com o Governo decorreu no dia 26 de Março, devendo agora os contratos serem aprovados em Assembleias Municipais durante o próximo mês para que possa ocorrer a formalização dos mesmos. Segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), o contrato negociado com as 13 Autarquias (Águeda, Amadora, Batalha, Cascais, Crato, Matosinhos, Óbidos, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Souselo, Vila de Rei e Vila Nova de Famalicão) estipula que mais de 60% das competências na área da Educação fiquem nas mãos dos agrupamentos de escolas, 30% nos Municípios e menos de 10% no Ministério da Educação e Ciência. Entre as competências que permanecem no MEC estão as que dizem respeito à gestão do corpo docente e seu recrutamento através dos concursos nacionais e avaliação dos alunos, professores e escolas. Os Agrupamentos continuarão também a ser unidades orgânicas do MEC, mas a propriedade das escolas abrangidas passará para os Municípios depois de estar concluído o seu processo de reabilitação, o qual deverá ficar definido até ao final do primeiro ano de vigência do contrato. Continuando a ter sempre como base as normativas nacionais, as Escolas e os Municípios passarão agora a ter mais margem de manobra nas decisões sobre constituição de turmas, horários e até sobre o calendário escolar. As Escolas poderão igualmente ajustar a sua oferta de disciplinas tendo em conta as características e necessidades de cada Município (de acordo com os contratos negociados, 25% do currículo nacional pode passar a ser integrado por “componentes curriculares de responsabilidade local.” Ricardo Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, refere que “este processo de descentralização de competências e autonomia das Escolas, onde Vila de Rei volta a ser um dos pioneiros, vai conseguir reforçar a qualidade da Educação através da possibilidade de adaptação da oferta curricular aos nossos alunos, tendo em conta as principais necessidades dos estudantes e do nosso Concelho. Esta medida vem ainda reforçar o importante papel da Educação enquanto uma das principais prioridades do Município de Vila de Rei.” Antiga Cadeia de Vila de Rei alvo de obras de remodelação A antiga Cadeia de Vila de Rei, situada nas imediações do Museu Municipal, vai ser alvo de obras de remodelação e reabilitação, com vista à transformação deste espaço num importante polo cultural do Concelho. Com oito empresas convidadas para apresentação de orçamentos para a empreitada, a obra foi adjudicada à firma Gémeos Laranjeira Construções, Lda, no valor de 24.901,68€ e com um prazo de execução de 90 dias. Os trabalhos previstos incluem, entre outros, a substituição da estrutura de suporte da cobertura, remoção do teto falso e substituição por novo com as características idênticas ao existente, substituição do pavimento, construção de degraus exteriores de acesso ao piso superior, reparação da “torre” e do sino, instalação de abastecimento de água, esgotos e eletricidade e construção de um pequeno WC. Ricardo Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, refere que “a antiga Cadeia de Vila de Rei faz parte da história e da cultura do nosso Concelho, pelo que estas obras de remodelação e reabilitação, mantendo os principais traços do edifício, serão de grande importância para a preservação deste espaço.” Karting Estrelas correm na Sertã a 20 de junho O Karting irá regressar aos circuitos urbanos a 20 de junho, desta feita na Vila da Sertã. Trata-se do 5.º Encontro das Estrelas que fará regressar o Karting às ruas, com as estrelas dos anos 70 e 80 ao volante. A corrida contará com mais de 60 nomes conhecidos do automobilismo nacional. Estão já confirmadas as presenças de Pedro Lamy, Manuel Mello Breyner (Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting - FPAK), Pedro Matos Chaves, Pedro Couceiro e do sertaginense Manuel Gião, entre outros. O circuito da prova será aprovado pela FPAK e localizar-se-á na Abegoaria, entre a margem da ribeira da Sertã e o Centro de Coordenação de Transportes. Brevemente serão disponibilizados mais detalhes deste evento. 5 6 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL cASTELO BRANCO Portagens contribuem para redução drástica de clientes Cristina Valente Jorge Loureiro, coordenador da zona centro da AHRESP, e Presidente da Delegação de Viseu da AHRESP, considera o impacto das portagens nas empresas associadas da AHRESP "desastroso" . Por outro lado o responsável congratula-se com o facto de a Escola de Gestão de Idanha-a-Nova lecionar o curso de Gestão Hoteleira. Os associados da AHRESP têm sido bastante contestatários em relação às portagens na A23, considerando-as motivo de redução de visitantes à região, e logo menos clientes. O que já fez a Associação para demostrar a quem de direito esta insatisfação, e o que pode vir a fazer? JORGE LOUREIRO: Infelizmente, o impacto das portagens é desastroso e por demais evidente. A par do IVA, esta é sem sombra de dúvida, a segunda razão de uma diminuição drástica do fluxo dos clientes, na zona centro. A comunicação acerca de como proceder ao pagamento das portagens é muito deficiente, para além do pesado custo, a ineficiente comunicação acaba por afastar e desmotivar o visitante. Como promover um destino interno, que conta já com um handicap = custo de acessibilidade tão elevado face ao litoral? Esta é uma das questões que nos preocupa, pois a AHRESP crê e aposta na diversidade da oferta turística portuguesa, como por exemplo a Gastronomia, um elemento fundamental e tão caracterizador da nossa oferta turística. A AHRESP conjuntamente com o Turismo do Centro, já reuniu com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, sobre esta matéria, e impacto da mesma, nas nossas depauperadas, e cada vez mais isoladas empresas. Quanto às escolas de Hotelaria, o distrito de Castelo Branco tem próxima a escola de Portalegre que os empresários consideram uma mais-valia, mas que corre o risco de ser encerrada. O que pode a AHRESP fazer para tentar evitar o fecho. JL: A AHRESP está atenta e preocupada com esta situação, tendo já desenvolvido alguns contactos com o Turismo de Portugal, responsável pela reorganização da rede de oferta formativa do país, no sentido de o sensibilizar para o impacto de um possível encerramento, de um polo formativo tão importante como o de Portalegre. Qual é a sua opinião, sobre o facto de em Idanha-a-Nova, um concelho do interior, e dos mais desertificados do país, o Politécnico de Castelo Branco, ter apostado no curso de Gestão Hoteleira? JL: Achamos muito positivo, e saudamos a resiliência da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que tem sabido manter uma relevante qualidade na sua oferta formativa, sendo mesmo uma referência para muitas instituições de educação e formação profissional, que, no interior do país, se confrontam com as dificuldades específicas das periferias dos grandes centros de decisão, e de mercados de procura formativa mais alargados. Quantos mais e melhores técnicos tenhamos no setor do Turismo, mais ganha a qualidade da nossa oferta turística, e mais garantia de satisfação do turista que nos visita, teremos. Palmeiras comemorou 23º aniversário Festival de Música da Beira Interior Centro Social Ribeiro das Perdizes continua a crescer "A lã e a Neve" inspira concerto final A Associação Cultural e Recreativa "As Palmeiras" comemorou o seu 23 º aniversário. Um dia de festa comemorado com os associados da coletividade e entidades da cidade. Nesse dia tomaram posse também os novos órgãos sociais da Associação "As Palmeiras" e do Centro Social Ribeiro das Perdizes. Davide Jacinto foi reconduzido na presidência da direção das duas coletividades. Se a associação "As Palmeiras" tem uma vertente mais cultural já o Centro Social, dedica-se ao apoio social, não só das gentes do bairro, mas também da cidade. Atualmente o Centro Social presta apoio a 36 utentes, e tem já 16 colaboradores a tempo inteiro, e a tendência é para este número crescer. Davide Jacinto, na qualidade de presidente das duas coletividades, agradeceu a todos os que ao longo dos últimos anos estiveram ao seu lado, nas direções anteriores, e deixou também uma palavra de estimulo e confiança para aqueles que agora entram para os corpos sociais, "o compromisso que hoje assumiram não é fácil, é trabalhoso, mas valerá a pena trabalhar em prol desta comunidade". O presidente da coletividade pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido, continuando a apoiar os grupos que nasceram na coletividade como é o caso da Banda e da Escola de Música, "a escola tem vindo a crescer, e com ela cresce a banda, são necessários instrumentos e também novas fardas" por isso fez um apelo à ajuda da Câmara Municipal e Junta de Freguesia, "um esforço suplementar para dar a essas crianças uma forma de poderem continuar aqui connosco". Davide Jacinto, lembrou também a necessidade de realizar obras de ajustamento na sala de ensaios, "que já se torna demasiado pequena, para tantos alunos". Jorge Neves destacou o trabalho desenvolvido pelas duas coletividades, e prometeu continuar a ajudar "dentro das possibilidades da Junta de Freguesia as coletividades a concretizarem os seus anseios e a apoiar as populações". Também o autarca Luís Correia, destacou o trabalho desenvolvido, e o facto de a Associação, "até já cria postos de trabalho". O autarca destacou ainda o trabalho digno que tem sido realizado, e o vasto património imaterial que a Associação das Palmeiras já detém. Quanto aos apoios pedidos, Luís Correia afirmou ter conhecimento da necessidade de efetuar alguns melhoramentos e afirmou que, "a autarquia vai continuar a apoiar e ajudar, mas temos, como até aqui, que ter equilíbrio, nunca nada ficou por fazer, mas tem que haver equilíbrio e bom senso". Durante a cerimónia a Associação "Das Palmeiras" recebeu uma lembrança das mãos do presidente da Associação da Carapalha José Perquilhas, que fez questão de estar presente. E recebeu também das mãos de Alice Barradas, que foi apresentadora do Rancho Folclórico das Palmeiras, de 1998 a 2010, vários documentos que a mesma foi guardando ao longo dos anos em que apresentou o rancho, nomeadamente, as apresentações, alguns recortes de jornais e um trabalho sobre a romaria da Sr.ª de Mercules e sobre os mercados da Devesa. Material que passa agora a fazer parte do espólio da Associação. A Scutvias está a organizar mais uma edição do Festival de música da Beira Interior, a 10ª edição, que decorre em Abrantes, Covilhã, Mação e Guarda, apresenta algumas novidades. Pinho Martins, diretor geral da concessionária, afirma, que a organização decidiu arriscar e "mixar mais o festival". Assim combina-se num mesmo concerto Beethoven com grandes temas de era do Jazz, ou Vivaldi com grandes temas do rock que marcaram as últimas gerações. O concerto de encerramento, dia 6 de junho na Guarda, Concerto da Beira Interior, apresenta este ano mais uma novidade, a organização convidou o compositor Duarte Dinis a compor uma obra inspirada no livro "A lã e a Neve" de Ferreira de Castro, romance que ficou para sempre ligado à Covilhã e à serra da Estrela. Este concerto vai ser interpretado por alunos de todas as escolas participantes na edição deste ano. Este ano foram convidados, A Escola Profissional de Artes da Covilhã, Conservatório Regional de Castelo Branco, Conservatório da S. José da Guarda, Associação Cultural da Beira Interior, Conservatório de Música da Covilhã e Academia de música e dança do Fundão. 2015 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 7 cASTELO BRANCO Engenharia Civil do IPCB atribui o título de Engenheiro Europeu A licenciatura em Engenharia Civil lecionada na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi recentemente incluída no “INDEX” da Federação Europeia de Associações Nacionais de Engenharia (FEANI), passando a atribuir o título de Engenheiro Europeu “EUR ING”. A FEANI, cujo Secretariado Geral se localiza em Bruxelas, é uma federação de engenheiros profissionais que reúne as associações nacionais de engenharia de 32 países europeus e representa os interesses de mais de 3,5 milhões de engenheiros profissionais na Europa. Através das suas atividades e serviços, especialmente com a atribuição do título profissional “EUR ING”, a FEANI tem como objetivo facilitar o reconhecimento mútuo das qualificações de engenharia na Europa e de reforçar a posição, o papel e responsabilidade de engenheiros na sociedade. Os diplomados poderão ter acesso ao cartão de Engenheiro Europeu junto da Ordem de Engenheiros. O presente reconhecimento foi resultado de um processo de candidatura conduzido pela Coordenadora do Curso, Prof. Rosa Luzia, que envolveu uma análise curricular e posterior realização dos ajustes necessários em termos de organização das áreas científicas do curso, no sentido de cumprir as exigências da FEANI. É ainda importante salientar que, para além do reconhecimento profissional, este curso foi recentemente acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior pelo período máximo possível, de 5 anos, comprovandose assim a qualidade do ambiente educativo que forma estes diplomados. Feira da Agricultura e das Atividades Agrícolas na Escola Superior Agrária de Castelo Branco Dando resposta ao interesse manifestado por expositores e visitantes das edições anteriores, a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza de 18 a 21 de abril a 5ª edição da Feira Agro-Agrária. O certame irá decorrer na Quinta da Sr.ª de Mércules, em Castelo Branco, compreende a exposição de animais, equipamentos, produtos agrícolas e fatores de produção direta ou indiretamente associados às atividades do setor. O principal objetivo da feira é realçar perante a comunidade a importância que a agricultura tem na região e no país, divulgando a Escola Superior Agrária e todos os agentes do setor agrícola e florestal presentes na exposição. Por outro lado, através desta feira, a Escola pretende sensibilizar os jovens e respetivas famílias para a agricultura, quer enquanto atividade económica, quer enquanto atividade produtiva que está na base da autossuficiência alimentar do país. A feira compreende, para além do espaço de exposição de um programa de atividades diversas; concurso das raças autóctones Merino da Beira Baixa e Charnequeira (participação da Ovibeira), demonstração de cães de pastoreio, concurso de queijos DOP (participação do CATAA), concursos hípicos de dressage (integrado no Concurso Regional de Dressage Centro) e de saltos de obstáculos, apresentação de poldros de raça Lusitana, passeio em bicicleta pela Quinta Sra. de Mércules e apresentação de novo percurso BTT, Open de orientação e passeio a cavalo. Integrado na feira haverá ainda um evento de jornadas técnicas para apresentação e discussão de temas técnicos da área agrícola de interesse regional e atual e de divulgação das novas medidas e oportunidades de apoio ao setor agrícola e rural. A exposição conta com a participação de variados intervenientes que irão apresentar produtos regionais como o mel, queijos e vinhos, produtos de utilização agrícola como tratores e alfaias, adubos, fitofármacos, material para vedações, rega, ordenha e equipamentos para utilização de energias renováveis e a representação de associações agrícolas e florestais. Desta forma espera-se reforçar nos visitantes a ligação ao território natural nas dimensões lúdica, cultural e económica. A feira conta com o apoio das autarquias de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Fundão, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Oleiros. Protocolo une Castelo Branco e Fundão Castelo Branco e Fundão, assinaram durante as comemorações dos 244 anos da elevação de Castelo Branco a cidade um protocolo de cooperação entre as duas autarquias para as áreas, social, cultural e ambiental, colaboração no projeto do regadio a sul da Gardunha e valorização do sector agro-alimentar de que o queijo é um exemplo. Um exemplo que no entender de Paulo Fernandes não pode ser desvalorizado, dada a importância do sector para a região “hoje provavelmente o queijo representa mais de 50 milhões de euros por ano para a região, um queijo que já tem uma DOP e marcas extraordinárias nos dois municípios". O protocolo prevê a realização de ações conjuntas no sentido de valorizar a inequívoca qualidade dos produtos agro-alimentares da região, aumentando a notoriedade de denominação de origem protegida. As autarquia pretendem promover em conjunto a qualidade de excelência reconhecido dos queijos DOP da beira baixa, nomeadamente Alcains, Castelo Branco, Fundão e Soalheira, e promover ações que privilegiarão a internacionalização dos mesmos. A colaboração em processos de inovação na área da biotecnologia e agro indústria é outra das colaborações previstas no documento. O autarca fundanense salienta o peso do sector na região “o sector agro-industrial nesta região, que é uma coisa que nós não conseguimos monitorizar muito bem, já vale mais de 200 milhões de euros por ano, estas duas regiões, a Cova da Beira e a Beira Interior Sul têm um PIB perto dos dois mil milhões, portanto estamos a falar de 10% da riqueza criada no nosso território, estamos a falar de uma questão absolutamente vital para o nosso futuro comum”. Para Luís Correia, presidente da câmara de Castelo Branco, independentemente da estratégia de cada município, “o importante é sabermos construir em conjunto um futuro para a região, é importante que saibamos juntar os pontos fortes do município de Castelo Branco, com os do Fundão, e ter a noção onde podemos dar as mãos e fazer o caminho conjuntamente". Luís Correia lembra as infra-estruturas existentes no concelho de Castelo Branco, no agro alimentar, "na inovação e na internacionalização", mas que podem ser complementares às infraestruturas e conhecimentos existentes no concelho do Fundão. Castelo Branco: Nova exposição no CCCCB mostra parte da coleção de Norlinda e José Lima O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco vai receber nos últimos seis meses do ano parte da coleção de Norlinda e José Lima. José Lima, empresário de sucesso da indústria do calçado de S. João da Madeira, colocou no ato de colecionar a mesma atitude que adotou no mundo empresarial. José Lima soube ir mais além, soube ver para além do óbvio e, acima de tudo, quis ir mais longe. Fruto das várias viagens que realizou a trabalho, José Lima teve oportunidade de ver de perto a arte pela qual se viria a apaixonar – a arte contemporânea. Sendo esta a alavanca que o fez começar a colecionar na década de 80. Começou a fazê-lo por instinto e, claro, por paixão. Juntamente com Norlinda Lima reuniu um acervo, agora em depósito no Município de S. João da Madeira, que faz da Coleção Norlinda e José Lima uma referência no panorama do colecionismo privado português. Constituída por cerca de 1000 obras, são várias as razões que tornam esta coleção uma referência e um caso quase singular no contexto português: o facto de ter um arco temporal bastante alargado – desde o pós II Guerra Mundial até à atualidade; o facto de in- tegrar tanto artistas nacionais como internacionais e ainda o facto de integrar artistas oriundos de países com pouca representação nas coleções nacionais - países da América Latina, África e Ásia. Nesta coleção tanto podemos encontrar um Andy Wharol como um Miquel Barceló, uma Cindy Sherman como uma Lygia Pape, um Julião Sarmento como um Robert Rauschenberg; podemos encontrar um Kcho, um Erró, um José Bechara ou uma Helena Almeida. É quase inevitável não ficar surpreendido com a diversidade desta extraordinária coleção. 8 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL IDANHA-A-NOVA Medelim Rede das Cidades Criativas da UNESCO Culturas judaica, cristã e islâmica Idanha-a-Nova candidata-se no âmbito da Música refletem sobre caminhos da Fé A Conferência “A globalização nos caminhos da Fé”, em Medelim, sentou à mesma mesa representantes das culturas judaica, cristã e islâmica, na manhã de sexta-feira, dia 20 de março. Apropriadamente realizada na Igreja da Misericórdia de Medelim, completamente cheia, a iniciativa discutiu os impactos da globalização nas três principais religiões abraâmicas e as novas realidades, ameaças e oportunidades que estas enfrentam. Os vestígios e influências culturais do cristianismo, judaísmo e islamismo que caracterizam Medelim deram à povoação “a ousadia de organizar esta conferência”, referiu durante o evento o presidente da Junta de Freguesia, Albano Pires Marques. A esse propósito, o autarca lembrou o investimento realizado na preservação e valorização do património histórico-cultural da “Aldeia dos Balcões”. O trabalho em torno destas temáticas é, para o presidente da Câmara Municipal de Idanhaa-Nova, Armindo Jacinto, “um dever face à riqueza das nossas heranças culturais, marcadas por valores ecuménicos e de tolerân- cia entre diferentes culturas, mas é sobretudo importante para o futuro do concelho e do seu desenvolvimento sustentado”. Estas duas entidades, Câmara de Idanha-a-Nova e Junta de Freguesia de Medelim, organizaram a conferência em parceria com o Jornal do Fundão. A discussão dos novos caminhos da Fé contou com intervenções de Emanuel Matos Silva, cónego da Diocese de Portalegre, de Abdool Magid Vakil, presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, e de José Levy Domingos, coordenador do Gabinete Judaico/Museu Judaico de Belmonte e Centro de Interpretação da Cultura Judaica “Isaac Cardoso” de Trancoso. O evento contou ainda com a participação da diretora dos Serviços dos Bens Culturais da Direção Regional de Cultura do Centro, Zulmira Gonçalves, do diretor geral do Jornal do Fundão, Vasco Pinto Leite, e da investigadora Maria Antonieta Garcia, no encerramento dos trabalhos. O almoço foi confecionado e servido pela Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, na Casa de Campo Sefarad, em Medelim. O evento inseriu-se na estratégia do Projeto Taejo Internacional, dinamizado com o apoio da União Europeia e co-financiado pelo FEDER e POCTEP 20072013. Termas de Monfortinho Balneário abre para nova época termal O Balneário Termal de Monfortinho arrancou no sábado o novo ano termal, que decorre até 18 de outubro. As portas estão abertas todos os dias da semana, apenas de manhã durante a época baixa (21/03 a 30/06 e de 01/10 a 18/10) e também à tarde nos meses de julho, agosto e setembro. As águas das Termas de Monfortinho são reconhecidas pelas suas indicações terapêuticas nas doenças crónicas cutâneas, hepatobiliares e intestinais, reumatismais e alergias do foro respiratório. Mas o Balneário é ainda frequentado por muitos termalistas que procuram repouso psicossomático e momentos de bem-estar. “O Balneário vai manter o sistema de funcionamento que tem dado bons resultados, com uma equipa médica que se mantém sob a direção clínica do médico Carlos Crisóstomo”, explicou o director termal, Pedro Próspero, que espera um ano de 2015 positivo. Convidado para estar presente na abertura do ano termal, o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, realçou a “altíssima qualidade” do complexo das Termas de Monfortinho. “Tem excelentes condições e explora uma água de muitíssima qualidade, que devemos potenciar para que seja uma mais-valia para o operador, mas também para toda a atividade económica da região”, disse. A abertura do ano termal coincidiu com a inauguração da exposi- ção Termas de Monfortinho – Terra de Água, desenvolvida pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e pelo Geopark Naturtejo, sob os auspícios da UNESCO. A exposição desenrola-se no Balneário Termal e pretende sensibilizar os visitantes para a importância das Águas de Monfortinho, dando a conhecer a sua origem e propriedades, assim como a evolução histórica da sua utilização que remonta ao período romano. A mostra destina-se a termalistas e ao público em geral, podendo ser explorada pelo público escolar. Idanha-a-Nova acolheu o Encontro Internacional “As Cidades Criativas e a Música”, no âmbito da candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, no tema da música, durante os dias 26 e 28 de fevereiro, no Centro Cultural Raiano. O certame mostrou que a candidatura já conquistou o apoio de várias Cidades Criativas da Música reconhecidas pela UNESCO, da Comissão Nacional da UNESCO, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro) e do Governo Português, representado no encerramento dos trabalhos pelo Secretário de Estado da Cultura. Na apresentação da primeira candidatura portuguesa a Cidade da Música, o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, evidenciou a “extraordinária herança cultural do concelho”, que é, em grande parte, resultado do papel central que a música tem na vivência das populações. “A música é um lugar que ao longo do tempo nos trouxe as heranças culturais de que nos orgulhamos, e que hoje temos a obrigação de transmitir às novas gerações”, disse. O autarca sublinhou que a candidatura foi “delineada pelas gentes de Idanha”, com a colaboração de associações, grupo culturais e empresários, no âmbito de uma estratégia que aposta “na diferenciação, na qualidade, na inovação e no empreendedorismo”. “Temos uma identidade cultural muito forte e a ambição de trabalhar a música, por isso, podemos colaborar para o sucesso da rede das Cidades Criativas da Música. Estamos a conseguir demonstrar como o podemos fazer, e também como a rede, ao integrar-nos, pode ajudar a desenvolver um território da ruralidade”, concluiu Armindo Jacinto A mesma ideia foi partilhada pelo Secretário de Estado da Cultura, convidado para o encerramento dos trabalhos. Jorge Barreto Xavier garantiu que “o Governo apoia esta candidatura” e enalteceu “o trabalho que ao longo dos anos tem sido desenvolvido em Idanha-a-Nova, a favor de uma identidade cultural”. O governante destacou o uso da música “como elemento identitário, como elemento de desenvolvimento e como elemento de diferenciação deste território”. “Esta candidatura é importante para Idanha, mas é também importante para a rede [de Cidade Criativas], que deve aproveitar a possibilidade de um território de baixa densidade aderir”, disse. A presidente da CCDR Centro, Ana Abrunhosa, também fez questão de demonstrar o seu apoio à candidatura de Idanha-a-Nova, elogiando o “caminho que o município de Idanha tem seguido” para ser “competitivo na criatividade e na inovação”. Na sua intervenção, o presidente da Comissão de Candidatura, Carlos Medeiros, realçou o “atrevimento de Idanha ao tentar transformar o sonho em qualidade de vida, embalada sempre pela música”. Organizado no âmbito da candidatura de Idanha-a-Nova à Rede de Cidades Criativas, o encontro internacional reuniu especialistas de vários pontos do mundo, bem como os representantes de quatro Cidades da Música da UNESCO: Bolonha (Itália), Sevilha (Espanha), Mannheim (Alemanha) e Hamamatsu (Japão). O programa do certame incluiu ainda propostas musicais, com destaque para o concerto da banda Noa Noa, a estreia de uma composição do maestro Luís Cipriano dedicada à candidatura, com a participação das Adufeiras de Idanha-a-Nova e a atuação do Concerto Ibérico Orquestra Barroca. A fadista Laureana Geraldes, natural do concelho de Idanha-aNova, também protagonizou um momento musical muito apreciado pelos participantes, durante o requintado jantar de encerramento, confecionado e servido pela Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova. O Encontro Internacional “As Cidades Criativas e a Música” inseriu-se na estratégia do Projeto Taejo Internacional, dinamizado com o apoio da União Europeia e co-financiado pelo FEDER e POCTEP 2007-2013. MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS Estratégia “Recomeçar” dá as boas vindas à Nova Idanha A estratégia “Recomeçar em Idanha” foi apresentada publicamente em Idanha-a-Nova e em Lisboa, em salas completamente cheias. A melhoria das condições de vida dos idanhenses e a atração de talento para o município são os principais objetivos de um programa que desafia o país a olhar para o mundo rural como um espaço de oportunidade, de inovação e de empreendedorismo. Em Idanha-a-Nova, primeiro, e no Instituto Superior de Agronomia, depois, o presidente da Câmara Municipal, Armindo Jacinto, apresentou a “nova Idanha” a toda “uma geração qualificada de portugueses” que quer “trocar os problemas das grandes cidades pelo bem-estar e as oportunidades do campo”. O Município tem-se preparado, nos últimos meses, para gerir todo este processo. A filosofia será “ajudar os que aqui vivem, os que querem para cá vir e os que querem regressar para aqui construir um projeto de vida familiar e profissional”, explicou Armindo Jacinto, realçando que esta é uma estratégia “para os próximos dez anos”. São nove comissões e cerca de 40 pessoas envolvidas diretamente no processo, preparadas para receber de forma personalizada os potenciais migrantes e acompanhá-los na relocalização para o concelho de Idanha-aNova. O programa “Recomeçar” assenta em quatro pilares: Idanha Green Valley é um pilar que irá posicionar Idanha como centro de conhecimento e inovação na ruralidade; Idanha Experimenta dá aos interessados a oportunidade de experimentar a vida rural; Idanha Vive promove a criação de condições especiais para quem vive ou pretende viver neste território; e Idanha Made In apoia e promove tudo o que é produzido localmente. Viajaram até Lisboa alguns bons exemplos de empreendedores que encontraram o seu projeto de vida em Idanha-a-Nova: o antigo jornalista Jorge Van Krieken que hoje se dedica à bioconstrução sendo responsável pelo desenvolvimento da Casa Sustentável – Modelo Idanha; a escultora e padeira Ana Mena; o conceituado chefe de cozinha Mário Ramos; e aindaIsménia Araújo, responsável pela rede de creches e produtora biológica. A iniciativa contou com uma atuação do projeto Noa Noa que tem, desde 2013, estatuto de “Artist-in-Residence” na aldeia histórica de Idanha-a-Velha. Terminou com um cocktail confecionado e servido pela Escola Superior de Gestão de Idanhaa-Nova. Ficou demonstrado que esta é uma estratégia que vai ao encontro da captação de investimento, da criação de riqueza e de emprego, destinada aos idanhenses que residem no concelho, aos idanhenses da diáspora e a todos aqueles que querem vir a ser os novos idanhenses. Mais informações através do correio eletrónico: recomecar@ cm-idanhanova.pt ou do telefone 277 200 570. belmonte Etapa rainha da Volta a Castilla e Léon disputa-se na Cova da Beira e inclui subida à Torre Decorreu hoje ao final da tarde, na Pousada Convento de Belmonte, a apresentação da etapa rainha da 30ª edição da Volta a Castilla y Léon, que se realiza de 17 a 19 de Abril. A etapa, decorre a 18 de Abril, com saída da Guarda e com passagem em nove municípios da Cova da Beira, incluindo Belmonte. A etapa conta com a subida ao Alto da Torre e termina em Fuentes de Oñoro, Salamanca, numa extensão total de 208 quilómetros. A região portuguesa da Cova da Beira vai receber a etapa rainha com um traçado desenhado de forma a promover a região e evocar o 5º Centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus e a rota turística do Românico Atlântico do lado espanhol. Não é comum uma prova espanhola integrar no seu itinerário território de Portugal, a última vez em que tal aconteceu foi em 1997, quando uma etapa da Volta a Espanha partiu de Lisboa, tendo como pano de fundo a Expo98. A Volta a Castilla y Léon está inscrita no calendário da UCI e reunirá um largo número de ciclistas de renome mundial, como o francês Thomas Voeckler, vencedor do Prémio da Montanha no Tour de France em 2012 e que vestiu a camisola amarela de líder da mesma prova em 2004 e 2011. O pelotão será constituído por 17 equipas, sobressaindo desde logo a presença da Movistar, número um do World Tour em 2014, a que se juntarão: a Seleção de Espanha, Caja Rural, Lokosphinx, De Rijke, MG Kvis, Europcar, Colômbia, Burgos Cyl, Murias Talde, Rad-Net Rose, Sky Dubai, Inteja MMR, e as portuguesas W52-Quinta da Lixa-Jetclass, Efapel, Tavira e Rádio PopularBoavista. O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira, José Manuel Biscaia, justificou a aposta no ciclismo e nesta prova que une duas regiões periféricas de Portugal e Espanha, “não só pelo retorno económico imediato que proporciona, como pela projeção que dá do território e das suas potencialidades turísticas”. ETAPAS DA VOLTA A CASTILLA Y LÉON 1ª Etapa – dia 17 de Abril: Ávila-Alba de Tormes, 147 kms; 2ª Etapa – dia 18 de Abril: Guarda-Fuentes de Oñoro, 208 kms; 3ª Etapa – dia 19 de Abril: Zamora-Alto de Lubián, 179 kms. 9 10 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL CRÓNICAS DE LISBOA Os cofres estão cheios Serafim Marques Economista O Zé da Silva, influenciado pela euforia consumista de há poucos anos atrás, e também pelas palavras do então PM (apesar de ser de formação de engenharia) considerava-se “um grande mestre de economia”, que afirmou de que as dívidas não são para pagar, mas sim para renegociar, mesmo que vão crescendo, até por efeito da inclusão das taxas de juro não pagas, por incapacidade em reduzir despesas ou aumentar os rendimentos, gastou mais do que podia com a sua família, pelo que teve que contrair alguns empréstimos, mesmo quando os credores lhe exigiam condições penosas de prazos de pagamento e elevadas taxas de juro, porque estava com a “corda ao pescoço”. Quando se apercebeu do “aperto” em que estava, pelo elevado endividamento e sujeito a ser penhorado nalguns dos seus bens patrimoniais, convocou a família para lhes comunicar que teriam que enveredar por um novo modo de vida, isto é, “apertar o cinto” ou, melhor dizendo, implementar um plano de austeridade, de modo a poderem solver os compromissos assumidos no tempo das “vacas gordas” . Mas os credores, que mesmo que tenham abusado da publicidade apelativa ao consumo e ao endividamento, “encostaram a família Silva à parede” e impuseram-lhe um plano rigoroso de amortização dos empréstimos e, caso a família Silva falhasse alguma das mensalidades, implicaria o vencimento imediato das restantes amortizações vincendas, levando não só a família à bancarrota mas também à penhora dos bens. Com a crise, o Zé Silva foi tomando juízo e aprendeu que, afinal, o dinheiro que nos emprestam tem dono e, como tal, terá que ser pago. Foi também aprendendo algumas noções de gestão financeira e passou a estar atento aos mercados de capitais, variação das taxas de juro, liquidez, etc, coisas de que todos deveriam saber para não cometerem os erros que ele próprio cometeu, vivendo acima das suas reais posses, ainda por cima gastando dinheiro que pedia emprestado, em bens ou serviços não indispensáveis. Não fica mal a ninguém querer ser rico, aliás todos o deveriam querer, e sem vergonha, mas lutando por isso com bases sólidas, investindo na sua formação e atitudes pessoais e profissionais, apesar dos riscos da vida, às vezes com grandes reveses que se reflectem na nossa conta bancária. E a melhor forma é aprender sempre e estar atento ao universo que nos rodeia, pois só assim poderemos vencer. O Zé Silva aprendeu mais nestes últimos anos do que nas mais de quatro dezenas de vida que já leva. Até aprendeu a fazer uma “jogada de mestre” em assunto financeiros, quando se apercebeu que o preço do dinheiro nos mercados (taxas de juro) estavam bem mais baixas do que aquelas a que estava “amarrado”, contratualmente nos empréstimos que terá que pagar. Assim, conseguiu que lhe emprestassem dinheiro, antecipadamente, para poder liquidar, definitivamente, os “maus empréstimos” substituindo-os por este. Assim, num repente, os seus “cofres ficaram cheios” (a sua conta bancária) e logo alguns dos familiares lhe exigiam que os libertasse da austeridade em que viviam. – Pai, então tens tanto dinheiro na conta bancária e não podemos “alargar o cinto”? Estás a ser um ditador ou és insensível aos sacrifícios que temos feito? Tem pena de nós e vamos gastar mais, enquanto temos esses dinheiro no cofre. O Zé perdeu as estribeiras e lá puxou não só da sua autoridade de patriarca da família e agora de também “gestor financeiro”, para dizer aos familiares que aquele dinheiro não provinha de qualquer aumento de rendimento familiar nem do euro milhões, mas sim duma mera operação de tesouraria e que se destinaria a pagar os empréstimos cujo vencimento ocorreriam nos próximos tempos. Foi difícil entenderem este tipo de operação que o pai, inteligente e preventivamente, tinha efectuado junto do novo credor. O Zé Silva também não soube utilizar os termos e as justificações adequadas, ainda mais para leigos nas matérias financeiras, pelo que a família só foi vencida pelos “argumentos” do poder do chefe da família. Afinal, parece que a nossa Ministra das Finanças Maria Luis Albuquerque aprendeu com o Zé Silva e aproveitando-se das boas condições dos mercados de capitais, contraiu, antecipadamente, novos empréstimos para serem utilizados nos pagamentos das dividas pública do Estado a vencer nos próximos tempos, ganhando nas condições, isto é, garantido os fundos e poupando nos juros bastante mais baixos do que os anteriores. Encheu os cofres de “liquidez” (dinheiro) mas que é apenas isso mesmo uma operação de tesouraria e não provem de aumento de receitas do Estado português e, como tal, não contar para as contas operacionais do Estado (OE). Se a jogada foi de mestre, já as palavras que a ministra utilizou foi duma grande ingenuidade política , ao dizer que “o país tem os cofres cheios”. Assim, deu oportunidade aos opositores ao governo de enveredarem pela demagogia, a campanha eleitoral há muito que começou, dizendo que este Governo é duma grande insensibilidade, porque tem os cofres cheios e não os distribui pelos portugueses carenciados! Ao líder do PS António Costa, candidato a futuro PM, fica muito mal ter dito isto, porque, sabe que aquele dinheiro tem um fim específico, pelo que com a sua “acusação” ao Governo chamou ignorantes aos portugueses que entendem alguma coisa, mesmo que mínima como o Zé Silva, das questões financeiras. Mas mais grave, lançou mais uma “acha para a fogueira” no povo que é , sistematicamente , “envenenado” e enganado por todos aqueles que o deveriam informar, ainda mais com grandes responsabilidades governativas, directas ou indirectas, pelo estado a que chegou o nosso país. Por isso, não fiquemos admirados pelo “divórcio” entre o povo e os políticos que nos (des) governam e nos tratam como “burros”. “Porca da política”, esta que temos. RADAR Governo aprovou o regime de incentivos financeiros para fixar médicos em zonas com falta de clínicos. Conheça as regras para receber este apoio. O Governo aprovou hoje um conjunto de incentivos financeiros para fixar médicos no interior do país e no Algarve, onde há falta de profissionais da saúde. São incentivos que não existem em nenhum outro sector da Função Pública, que já estavam previstos no Orçamento do Estado para 2015, e que estão isentos de IRS. Para definir as zonas geográficas, os estabelecimentos de saúde e as especialidades para onde os médicos podem concorrer e beneficiar dos incentivos, o Governo vai fazer um levantamento das necessidades de clínicos que ainda será publicado em Diário da República. Mas a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) acredita que a medida vá beneficiar cerca de 100 médicos que vão receber 21 mil euros, durante os cinco anos. Saiba como vão funcionar estes incentivos: 1 - Qual a duração e quem pode beneficiar dos incentivos? Os incentivos têm a duração de cinco anos mas as compensações financeiras vão reduzindo com o passar do tempo. Os incentivos são para todos os médicos que terminem o internato este ano e que vão trabalhar no Serviço Nacional de Saúde. Ou seja, podem beneficiar destas compensações todos os médicos contratados ou com vínculo à Função Pública. 2 - Qual o valor do incentivo? O incentivo financeiro é de mil euros mensais, extra-salário. Seis meses após a colocação, o médico passa a receber metade desse valor (500 euros) que passado um ano é reduzido para 250 euros mensais (25% do incentivo inicial). No total, cada médico vai receber 21 mil euros durante os cinco anos. 3 - Além do incentivo financeiro há outras regalias ? Ao incentivo financeiro somam-se outras regalias. Aos médicos que concorram para as zonas carenciadas é garantida a transferência da escola dos filhos e facilidades na colocação de emprego para o cônjuge. Além disso, os médicos têm direito de dispensa de serviço até cinco dias úteis, no período imediatamente anterior ou posterior ao início de funções no posto de trabalho. Têm também mais dois dias de férias por ano e têm garantidos 11 dias úteis consecutivos de férias, em simultâneo com o cônjuge. A duração da licença sem perda de vencimento é também alargada para o dobro. 4 - Estão previstas ajudas para despesas de transporte? Sim. Os médicos têm direito a um abono por compensação das despesas que resultam da sua deslocação e do seu agregado familiar, correspondente ao valor do abono de 15 dias de ajuda de custo. O pagamento desta compensação é da responsabilidade do centro de saúde ou hospital para onde o médico se desloca e será processado em conjunto com o salário. 5 - Há incentivos para os médicos com casa própria nas zonas carenciadas? Sim. Os incentivos também são atribuídos aos médicos com casa própria nas zonas do interior identificadas. Mas caso a sua residência ou a do seu cônjuge seja a um raio de 30 quilómetros a partir do novo local de trabalho, o incentivo é reduzido para um terço (cerca de 330 euros). 6 - O que acontece quando há um casal de médicos? No caso de o cônjuge do médico beneficie de um incentivo idêntico e dele não prescinda, não haverá lugar ao pagamento da compensação. 7 - O que acontece no caso de rescisão durante o pagamento do incentivo? Caso o médico, por sua iniciativa, cesse funções no decurso dos cinco anos, é obrigado a devolver 250 euros calculado proporcionalmente à parte do prazo que ainda falta decorrer até ao final dos cinco anos. O médico fica ainda impedido de beneficiar deste regime de incentivos nos próximos cinco anos e durante dois anos está inibido de exercer funções no SNS. 8 - Os incentivos estão sujeitos a imposto? Não. Os incentivos não estão sujeitos a tributação de IRS. 9 - Há mais incentivos para os médicos? Além deste regime de incentivos, o Ministério da Saúde desenhou um regime especial de ajudas de custo e transporte para os médicos que trabalhem em dois ou mais serviços com uma distância de, pelo menos, 60 quilómetros entre si. Para a Função Pública as ajudas de custo para transportes são no máximo 50 euros. Mas para os médicos esta compensação pode ascender aos 200 euros por dia, tendo em conta a hora de partida e de chegada de cada profissional e a necessidade de alojamento. O Governo adimite que, no futuro, estas ajudas de custo possam ser alargadas a outros profissionais de saúde, como enfermeiros, por exemplo. Além disso, foi prorrogado por mais três anos o regime excepcional de contratação de médicos aposentados. 2015 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS O FAROL Uma questão de elites OLEIROS Festival Gastronómico bate records Número de doses servidas aumentou significativamente António Graça O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico Elite é o que pode ser considerado como o melhor ou mais relevante, dentro de um grupo,de uma sociedade, de uma nação etc., aquelas pessoas ou grupos capazes de formar e difundir opiniões e adoptar práticas que servem como referência para os demais membros da sociedade. A estrutura sócio-política de um país assenta, fundamentalmente, nas suas elites, cuja qualidade se reflecte obviamente na qualidade da referida estrutura e em diversos aspectos da vida do país. Portugal tem, em minha opinião, um sério problema de falta de elites, sendo na política que essa falta se faz sentir com maior intensidade. De facto, e, salvo raríssimas excepções, os actuais políticos nacionais, não constituem qualquer tipo de elite. Não passam de criaturas vulgares, que apenas atingiram um lugar de maior visibilidade através de meios nem sempre isentos de irregularidades éticas ou materiais, e de grandes doses do chamado chico-espertismo, e apenas os atingiram porque a democracia, embora sendo considerado o menos mau dos sistemas políticos, permite que atinjam o poder indivíduos medianos, medíocres e banais que apenas são eleitos porque prometem aquilo que as maiorias gostam de ouvir, esquecendo tais promessas logo que alcançam o poder. Em Portugal a democracia tem vindo a ser manipulada pelo tal chico-espertismo e descambou no triste espectáculo que nos é oferecido diariamente; de governantes que, sistematicamente, fogem a assumir as responsabilidades decorrentes dos lugares para os quais foram nomeados, passando-as cobardemente para os seus subordinados assumindo-se, portanto, como irresponsáveis; de um carnaval em que se transformam muitas das sessões na casa da democracia, a Assembleia da República, com deputados a assumirem comportamentos próprios de miúdos da escola; de banqueiros e gestores, condecorados, doutorados honoris-causa por universidades, premiados com prémios de qualidade de gestão, que, afinal não sabem o que se passa nas suas empresas, tendo provocado a ruína das mesmas e prejuízos a milhares de cidadãos que neles confiaram; das comissões parlamentares de inquérito, nas quais os inquiridos, numa autêntica demonstração de falta de respeito pelas mesmas são possuídos de violentos ataques 11 de amnésia focalizada, comportando-se como a velha figura do marido enganado. Tudo isto sob a proteção do senhor inércia, que se esconde atrás da constituição para se furtar à tomada de decisões. Pergunto. Que credibilidade e confiança podem ser depositadas em governantes e gestores que desconhecem o que se passa nas estruturas dependentes da sua tutela? Haverá concerteza em Portugal bastantes cidadãos com perfil, currículo e honorabilidade para desempenharem com seriedade lugares relevantes para a condução dos destinos do país. Provavelmente a sua disponibilidade para tal, no estado actual da política nacional não será a maior. E, sob pena de omitir alguns de igual relevo, aqui poderia citar alguns nomes de referência, tais como; o General Ramalho Eanes, o Doutor Jorge Sampaio, o Professor António Barreto, por exemplo, que são o tipo de pessoas cujo pensamento e práticas correspondem ao que é esperado de uma verdadeira elite. HENRIQUE NETO Quando preparava o presente texto, foi anunciada a candidatura às próximas eleições presidenciais do Sr. Henrique Neto. Henrique Neto é, pelo seu percurso de vida e participação de cidadania, um dos nomes que podem, sem favor, participar ao lado dos que acima referi, numa lista de cidadãos de elite. A sua candidatura, à margem dos interesses partidários, é, apesar de todo o folclore montado à volta de outros possíveis candidatos, a mais interessante no sentido das mudanças necessárias ao estado actual do regime. Alguns títeres da área do PS mostraram-se desagradados com esta candidatura e não se pouparam a exibir publicamente o seu lado imbecil, com reles comentários à mesma. Os candidatos a Presidente da República não dependem do acordo dos partidos e, por motivos que todos temos observado recentemente, é bom que sejam o mais independentes possível desses mesmos partidos. Além disso os portugueses têm maturidade e experiência políticas para escolherem um Presidente sem terem de para tal ser aconselhados por quem quer que seja. Até breve Mais de 3.000 comensais aderiram ao Festival Gastronómico O VII Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, nos dois últimos fins-de-semana, ficou marcado pela superação de resultados. Ao todo, foram nove os restaurantes do concelho que aderiram a esta iniciativa, num número record de adesão de estabelecimentos aderentes. A fazer jus a estes dados, também o número de cabritos assados excedeu largamente as edições anteriores e nos quatro dias do Festival o número de doses servidas aumentou significativamente face a outros anos, dando resposta à procura das mais de 3.000 pessoas que tiveram a oportunidade de provar esta especialidade Oleirense no seu concelho de origem, assim como os Maranhos do Pinhal, cujo número de doses consumidas também aumentou. Segundo os participantes, o Festival atrai anualmente um elevado e crescente número de visitantes, fruto do trabalho de divulgação efetuado que envolve anualmente os mais variados meios e órgãos de comunicação social. Nesta edição, houve ainda a preocupação de realizar outras atividades paralelas de animação, as quais foram do agrado dos mais vários públicos que ao longo destes dias passaram por Oleiros em busca do turismo de natureza, religioso, gastronómico, da saudade ou de aventura. Segundo os profissionais aderentes, este é um esforço que tem dado frutos de uma forma sustentável, verificando-se uma procura frequente ao longo do ano e crescente a cada edição. Quem participa reconhece que o investimento da autarquia se traduz num benefício imediato, acrescido de frequentes mais-valias ao longo do tempo. Primeira Revisão do PDM de Oleiros A Câmara Municipal de Oleiros procedeu à abertura do período de discussão pública da proposta final de Revisão do Plano Diretor Municipal de Oleiros, nos termos do disposto no artigo 77.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na sua atual redação. O período de discussão pública decorrerá entre 10 de abril e 11 de maio de 2015 e durante este período, qualquer interessado poderá consultar a proposta de revisão do PDM, bem como o respetivo relatório ambiental, o parecer final da comissão de acompanhamento e os demais pareceres emitidos, em dois locais: no Gabinete Técnico da Câmara Municipal de Oleiros (todos os dias úteis, durante o horário de expediente (das 9h às 12h30m e das 14h às 17:30h)) e no Posto de Turismo de Oleiros (de terça-feira a domingo, incluindo feriados (das 10h às 12:30h e das 14h às 18:30h)). Esta proposta pode ainda ser consultada permanentemente no website do Município. 12 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL A Alternativa, Somos Todos Nós Joaquim Vitorino Afastar Portugal da Grande montra que é a Exposição Universal de Milão, é acima de tudo uma decisão miserabilista; que em nome da austeridade vem penalizar a Universalidade Lusíada. O argumento da Sra. Ministra não se traduz em poupança; porque o nosso país é um destino turístico em contínuo crescimento; e os ganhos com a nossa presença compensariam de longe os custos do investimento, que não ultrapassariam o que se paga num único dia de juros da dívida pública. Portugal beneficia de uma localização geográfica única no Mundo, com as duas maiores Cidades de Lisboa e Porto numa posição única em toda a Europa; é preciso retirar dividendos desta Grande porta Atlântica que é Portugal, em que os produtos que exportamos e o turismo que recebemos, é a nossa inesgotável jazida de petróleo que é preciso explorar e preservar. Somos um país de emigrantes espalhados por todos os Continentes; que criaram durante Séculos raízes profundas em todo o globo terrestre, sendo Eles os promotores naturais do nosso belo país; a que se junta o nosso clima, a beleza paisagística e o património cultural. A nossa ausência do grande certame de Milão, contradiz a milenar vocação portuguesa; que é dar a conhecer o que de melhor temos para oferecer, que são os nossos produtos e a nossa simpatia aliada a uma habilidade única no relacionamento com outros povos. Certamente que a Itália, que se fez representar na Expo 98 em Lisboa e que foi de longe o maior evento português de sempre, irá sentir a falta do nosso país que devia retribuir com o melhor que temos para mostrar; até porque, Portugal é visitado todos os anos por dezenas de milhares de italianos que adoram o nosso país. Os argumentos do governo caem pela base, se tiver em conta que a penalização pela ausência de Portugal em Milão, é muito superior aos custos que teriam a nossa participação. Em contradição com a decisão do Governo de nos afastar do grande Certame em Itália, está o Evento “SISAB” que já vai na sua 20ª Edição; um sucesso que tem como promotor o Semanário “O Mundo Português” que leva Portugal a mais de 110 países; tantos quantos são os que se deslocam a Portugal para ver e comprar o que de melhor temos para oferecer. Como afirmou Carlos Morais, que está à frente deste ambicioso projeto de que os portugueses se orgulham e beneficiam, Portugal anda há 40 anos com a pirâmide invertida; e a resposta está na nossa exportação. Existe uma regra que nos últimos 40 anos nunca foi respeitada; é que a riqueza só poderá ser distribuída depois de ser produzida. SISAB, é a Grande Montra anual de Portu- gal com o melhor que temos para oferecer, e não tem patrocínio do Estado; por isso é lamentável que Portugal não esteja representado na Universal de Milão; sendo a segunda ausência do nosso país a uma Exposição Mundial e ambas com este Governo. O nosso país precisa de exportar, mas para isso é preciso dar a conhecer o que tem para vender; não se podendo argumentar a falta de dinheiro, porque uma coisa nunca vem sem a outra. Os portugueses estabeleceram no passado relações de comércio em todo o Mundo, beneficiando da sua posição de estratégia geográfica e marítima; fomos sempre um povo vocacionado para o comércio de longas distâncias; não estar presente em Milão é uma má opção tanto política como económica. Portugal não pode perder muito mais tempo; andamos há anos em busca de uma alternativa que nos tire da pobreza e ela está aqui tão perto; somos todos nós “portugueses” que vamos levantar Portugal. OBS: O Autor escreveu esta crónica, ao abrigo do acordo ortográfico. Os Segredos, o Estado e os Cidadãos Maria Alzira Serrasqueiro Estamos a viver em Portugal um período de grande ebulição política e social, e ao contrário do que diz o Sr. Presidente da República, a culpa não é da proximidade de eleições, até porque os portugueses se manifestam cada vez mais tristes com os políticos. O governo e seus defensores, em vez de esclarecerem e de justificarem os atos da governação culpam terceiros. Colocam-se, na oposição à oposição, para confundir as pessoas e distrair a atenção dos portugueses, sobre a responsabilidade da condução dos destinos do país. Ao longo das semanas disparam escândalos com membros do Governo: ora é o 1º Ministro que não pagou milhares de euros à Segurança Social, antes de entrar nestas lides governativas, ora é uma lista de contribuintes VIP (Importantes), que estão guardados a sete chaves, não vão os funcionários do Fisco espreitar e propagandear tudo nos Jornais, televisões e nas Redes Sociais…entre outras mais antigas e de que temos tendência a esquecer-nos. Todos os cidadãos têm obrigação de pagar até ao último cêntimo as suas dívidas fiscais e sociais, sob pena de penhoras e outras sanções; quem vive do seu salário não tem como escapar… mas se formos VIP, nomeadamente membros do Governo e da Presidência da República nem é problema não pagar, porque a tal lista está segura por alarmes que impedem que sejam vistas por “curiosos”… É isto um Estado de Direito? É isto uma democracia? Num país em que diariamente jorram em alguns Meios de Comunicação Social notícias que supostamente deviam estar em Segredo de Justiça, que direitos estão afinal garantidos? Estamos seguros e estão seguros os nossos Direitos? Temo bem que a resposta a todas estas perguntas seja um rotundo Não! Defendo que o problema não são os dados que o Estado sabe sobre mim; o problema é a forma como os guarda e os usa. Alguns desses dados são constitucionalmente protegidos, mas quem liga hoje em dia à Constituição da República Portuguesa. Serve para ser estudada nas Universidades, pouco mais, aparentemente. Os segredos de Justiça são violados. E quem vai depois julgar isso? Os que os devem guardar? Como é que um Secretário de Estado demite um Diretor-geral que aparentemente mandou fazer a lista, que ambos dizem desconhecer? Que raio de confusão é esta, pergunta o povo; então se não havia lista, porque demitiram o homem? Agora está na moda: sempre que há um escândalo demite-se um Diretor e salvam-se os Ministros e Secretários de Estado. O Governo tem de chegar até ao fim da legislatura, mesmo que já nem Governe. O Estado passou a ser omnipotente e omnipresente por todo o lado, não havendo como lhe escapar, mesmo que erre; os cidadãos que se cuidem, e melhor é que não falem muito alto. Parece o regresso ao período negro do Estado Novo. Há já quem o receie. Parece estar em curso um perigoso amedrontamento coletivo que nos tornará cidadãos mais fracos, mais submissos e mais vulneráveis. Não bastando isto, o Estado iniciou um processo de devolução das suas responsabilidades para os Municípios, mesmo sem que se tenha feito uma verdadeira reforma Administrativa. Ficou-se pela agregação de freguesias, algumas sem qualquer ligação identitária, existindo hoje muitas Freguesias muito maiores que Municípios… Também aqui o Governo está a ensaiar um processo negocial e secreto com algumas Camaras Municipais, no sentido de lhes entregar as responsabilidades com Educação e saúde; Já não nos bastavam a discrepâncias entre terras do Litoral e do Interior, para agora criarem mais umas “capelinhas” em certos Concelhos, que terão responsabilidades e verbas (?) diferentes de concelhos vizinhos; e a educação e a saúde ministrada nestes sítios terá a mesma qualidade em todos os territórios… Este é um país cada vez mais esfrangalhado; as reformas nunca têm por base estudos integrados, antes se fazem ao sabor dos ventos e das vontades de quem as determina. Por isso digo no início que es- tamos em período de grande ebulição; sente-se que o mundo está perigoso, e ao Presidente da República, instância a que todos deveriam poder recorrer, diz que isto é propaganda eleitoral. Assim vai este país. Sabores do Pinhal Restaurante Centro de Coordenação de Transportes, Sertã Email: [email protected] / www.saboresdopinhal.pt Telf: 274 604 458 (Encerra às 4ªs feiras) MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 13 SERTÃ Na Casa da Cultura Importante Exposição de pintura em Cernache (Sertã) “Inspiração do Olhar” 28 de Março a 27 de Setembro De 28 de Março a 27 de Setembro o Ateliê Túllio Victorino, em Cernache do Bonjardim, acolhe mais uma exposição de quadros de Túllio Victorino e Tito Vitorino. Da exposição fazem parte obras dos dois pintores, pai e filho, provenientes de diversas colecções particulares e de entidades como Clube da Sertã, Clube Bonjardim, Museu José Malhôa, Museu Francisco Tavares Proença Júnior e do património do próprio Município da Sertã, foi aberta oficialmente no dia 28 de Março, às 21 horas e contou com a actuação do Grupo Coral do Sertanense. A exposição poderá ser apreciada até 27 de Setembro, de quarta a sexta-feira das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas e sábados e domingos das 14 às 19 horas. Refira-se que esta é a terceira exposição que reúne quadros de Túllio e Tito Victorino promovida pela Câmara Municipal da Sertã. No ano passado a autarquia promoveu uma exposição de quadros de Túllio Victorino e do seu mentor, José Malhoa. Túllio da Costa Victorino nasceu a 14 de Dezembro de 1896, em Cernache do Bonjardim. Frequentou a Escola de Belas Artes em Lisboa, transitando depois para a Escola de Belas Artes do Porto. Pintor impressionista, aluno de Columbano Bordalo Pinheiro, recebeu influência do mestre Malhôa. Ao pintar, procurava estabelecer um diálogo entre a sua alma e a da própria paisagem. Participou em inúmeros exposições individuais e colectivas. Faleceu na sua casa-ateliê, em Cernache do Bonjardim, em 23 de março de 1969. Tito Príncipe Victorino nasceu em Cernache do Bonjardim, Sertã, a 17 de Agosto de 1921. Fez os seus estudos secundários no Colégio Académico, em Lisboa. Recebeu lições de pintura de seu pai, o pintor Túllio Victorino. Partiu para Angola em 1946, tendo vivido em Luanda até 1961. Ali exerceu a sua actividade profissional no Banco de Angola, durante 15 anos e deu expressão à sua faceta de pintor. Participou em diversas exposições individuais em Angola e Portugal. Faleceu em Coimbra a 22 de Outubro de 1988. De 1 a 30 de abril, a Casa da Cultura da Sertã terá patente a exposição de pintura “Inspiração do Olhar”. Da autoria de José Maria Reisinho Serra, estarão expostos 25 quadros elaborados a acrílico. O autor nasceu na vila de Nisa, Alto Alentejo e, após a aposentação, dedicouse à atividade artística como autodidata. Com formação em desenho de construção civil e desenho técnico, adquiriu conhecimentos artísticos através de livros e audiovisuais. A exposição poderá ser apreciada de 1 a 30 de abril, na Casa da Cultura da Sertã, de segunda a sexta-feira das 9h às 17h30m e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 17h30m. Sertã A Escola de Acordeão da Sertã está de parabéns, em mais um ano consecutivo foi a escola que mais alunos levou a participar na XIX edição do Concurso de Acordeão em Santiago da Guarda, concelho de Ansião. Este evento realizou-se no passado dia 29 de Março com a participação total de 23 acordeonistas, 7 destes pertencem à Escola de Acordeão da Sertã, dos quais foram distinguidos 4 alunos com diversos prémios na totalidade de 9 classificações atribuídas durante esta tarde de acordeão. Parabéns a: Alexandre Alves 2º Prémio 1º nível Vasco Miguel 1º Prémio 2º nível Miguel Ribeiro 2º Prémio 2º nível Rodrigo Tomé 3º Prémio 2º nível A Escola encontra-se a funcionar às sextas-feiras na Casa da Cultura da Sertã 917934834 / 916756413 14 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL SERTÃ Frutos dos Tempos Romaria São Nuno de Santa Maria 18, 19, 25 e 26 de abril em Cernache do Bonjardim São Nuno de Santa Maria estará em destaque na romaria que se realiza em sua honra nos dias 18, 19, 25 e 26 de abril em Cernache do Bonjardim. Religião, Música, “Produtos da Terra” e a emissão em direto do programa “Somos Portugal” da TVI, serão os pontos altos da romaria que pretende perpetuar a memória e o legado de Nuno Álvares Pereira, natural de Cernache do Bonjardim e exemplo ímpar de dedicação à Igreja e aos mais necessitados, nos seus últimos anos de vida, não esquecendo as suas qualidades de estratega, guerreiro e defensor de Portugal. Trata-se da terceira edição desta iniciativa, promovida conjuntamente pelo Município da Sertã e pela União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. O programa iniciase a 18 de abril, pelas 9 horas, com a abertura do comércio tradicional até às 20 horas. Às 15 horas, no Edifício da União de Freguesias, realiza-se a sessão solene com José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, e Diamantino Pina, Presidente da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. Segue-se a exibição do documentário “Santos de Portugal – São Nuno de Santa Maria”. Às 16 horas, inicia-se a animação das artérias da Vila de Cernache do Bonjardim com o Grupo de Animação Seca Adegas, Grupo de Concertinas da Sertã, tocata do Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno e do Rancho Folclórico de Clube Bonjardim e Grupo de Música Popular de Cernache do Bonjardim. A partir das 22 horas, haverá animação musical com Fábio Bastinho junto ao Mercado Municipal de Cernache do Bonjardim. No domingo 19 de abril, segundo dia da romaria, a partir das 9h30m realiza-se a arruada com a associação "Os Tambores de Casal da Madalena". Às 10 horas abre o mercado “Produtos da Terra” dedicado à “Doçaria Tradicional”. À mesma hora inicia-se o cortejo com a participação da Filarmónica Aurora Pedroguense: começa junto à Igreja Matriz passando pela Rua de São Sebastião seguindo em direção à estátua de D. Nuno Álvares Pereira, Rua dos Pinheiros, Rua D. Nuno Álvares Pereira, Rua Dr. Gil Marçal, Rua do Vale e Rua dos Pinheiros, terminando junto ao Seminário das Missões. Às 11h30m realiza-se a Missa na Igreja do Seminário das Missões com a participação do Grupo Coral InfantoJuvenil da Paróquia da Sertã, Juventude Mariana Vicentina, Agrupamento CNE 721 de Cernache do Bonjardim e Agrupamento CNE 170 da Sertã. A partir das 14 horas inicia-se o programa “Somos Portugal” da TVI em direto da Romaria, que se prolongará até às 20 horas. No dia 25 de abril, sábado, realiza-se o Torneio de Preparação das Seleções Distritais de Basquetebol, no Pavilhão Fernando Vaz Serra, em Cernache do Bonjardim. No domingo, dia 26 de abril, às 10 horas, a associação "Os Tambores de Casal da Madalena" fará a arruada pelas artérias da Vila de Cernache do Bonjardim. Na parte da tarde, às 15h30m, inicia-se o desfile de ranchos folclóricos pela Vila, que terminará no recinto e dará o mote para o início do XXXII Festival de Folclore às 16 horas. Figura indelével da História de Portugal, Nuno Álvares Pereira nasceu em 1360, nos Paços do Bonjardim, em Cernache do Bonjardim, Concelho da Sertã. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira e Iria Gonçalves, Nuno Álvares Pereira foi nobre, guerreiro e carmelita e apoiou as pretensões de D. João Mestre de Avis (D. João I) à coroa, tendo desempenhado um papel decisivo durante a crise de 1383-1385: as vitórias nas batalhas de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde garantiram a consolidação da independência portuguesa face ao reino de Castela. Após o falecimento de sua esposa, Nuno Álvares Pereira ingressou na Ordem dos Carmelitas em 1423, no Convento do Carmo que mandara construir em Lisboa, para cumprir um voto. Tomou o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Faleceu a 1 de novembro de 1431. Foi beatificado em 1918 pelo Papa Bento XV e canonizado a 26 de abril de 2009 como São Nuno de Santa Maria pelo Papa Bento XVI, em Roma. Programa Romaria São Nuno de Santa Maria Cernache do Bonjardim 18 de abril - sábado 09h às 20h - Comércio Tradicional Aberto Animação de Rua 15h - Sessão Solene - Edifício da União de Freguesias Diamantino Calado Pina, Presidente da União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã Exibição do Documentário "Santos de Portugal: São Nuno de Santa Maria" 16h 17h 18h 19h 20h 22h - Grupo de Animação Seca Adegas Grupo de Concertinas da Sertã Tocata do Rancho Folclórico de Pedrógão Pequeno Tocata do Rancho Folclórico do Clube Bonjardim Grupo de Música Popular de Cernache do Bonjardim Concerto: Fábio Bastinho - Mercado Municipal de Cernache do Bonjardim Maria dos Reis Loução Martins Fernandes Nos dias de hoje, assistimos a fenómenos que seriam impensáveis antigamente, mas não ainda muito longe no tempo. A presença dum polícia inspirava respeito e segurança e um Inspector da Polícia Judiciária, então, seria uma honra conhecer e cunprimentar. Não era qualquer pessoa que chegava ao posto de Inspector da Polícia Judiciária. Necessariamente, tais pessoas eram talhadas e escolhidas para esses postos, baseados nos princípios de honra, moral, equilíbrio emocional, rectidão e forte discriminação dos deveres e obrigações de cada cidadão. Nesses tempos, começava-se a aprender desde mutio cedo e ao longo dos anos, se fosse caso disso, a mudar condutas, rectificar uma ideia, escolher um caminho - já com a própria inteligência. E aqui, quando não se tem carácter - que é o caso! inventa-se um método! Não faltam inteligência, argúcia e poder para estes homens que são excepções para uma regra que não existe! Estes indivíduos conseguem enganar subtilmente a sociedade que nos rodeia, convencem e enganam até que um dia a verdade fala mais alto! É o desmoronar de um plano, dum sonho concebido à margem da lei, planeado com minúcia e inteligência... Ninguém iria imaginar ou desconfiar? Mas... tudo por terra! Descobriram! Agora até já um Inspector da Polícia Judiciária não poder ser ladrão! Livro sugerido este mês Não, as lagrimas, o suor, o medo, o sangue, a fome, a sede, eu não esqueci… Para quê recordar os tempos maus que passamos, se eles não se apagam da memória… Nas minhas crónicas, eu quis recordar apenas as vivências de uma juventude irreverente, mas educada, contestatária, mas leal… Nas minhas cronicas, eu “canto” as historias que vivemos juntos… Nas minhas histórias, eu lembro o “Ginguba”, o “Reguila”, o “Alentejano”, o “Lisboa” ou o “Sanfins”… Nas minhas crónicas, eu lembro “O pilha galinhas”, “A guerra dos Pirilampos”, “O Zé da Fisga”, “A noite no abrigo”, “Os copos, as bebedeiras”, “O SPM e os Bate Estradas”, “A ração de combate”, “As doenças venéreas”, “O Bandalho”… Não, eu não esqueci os mortos, eles vivem nas minhas crónicas, eles moram no meu pensamento… Angola, Guiné ou Moçambique, a mesma juventude, as mesmas vivências, as mesmas histórias… Pedidos a: [email protected] Preço: 12,50 € (portes incluídos) 19 de abril - domingo 09h30m - Arruada com a Associação "Os Tambores de Casal da Madalena" pelas artérias da Vila 10h - Cortejo com a participação da Filarmónica Aurora Pedroguense: começa junto à Igreja Matriz passando pela Rua de São Sebastião seguindo em direção à estátua de D. Nuno Álvares Pereira, Rua dos Pinheiros, Rua D. Nuno Álvares Pereira, Rua Dr. Gil Marçal, Rua do Vale e Rua dos Pinheiros, terminando junto ao Seminário das Missões. 10h às 20H - Produtos da Terra: Doçaria Tradicional 11h30m - Missa na Igreja do Seminário das Missões, com a participação do Grupo Coral Infanto-Juvenil da Paróquia da Sertã, Juventude Mariana Vicentina, Agrupamento CNE 721 de Cernache do Bonjardim e Agrupamento CNE 170 da Sertã 14h às 20h - Transmissão do programa "Somos Portugal" da TVI em direto do Seminário das Missões 25 de abril - sábado 10H - Torneio de Preparação das Seleções Distritais de Basquetebol, Pavilhão Fernando Vaz Serra 26 de abril - domingo 10h - Arruada com a Associação "Os Tambores de Casal da Madalena" pelas artérias da Vila 15h30m - Desfile de ranchos folclóricos pelas artérias da Vila 16h - XXXII Festival de Folclore – junto ao Seminário das Missões (organização: Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache do Bonjardim) Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros • Telefone 962567362 2015 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 15 Assinatura do jornal Uma das formas de manter vivo um jornal regional, independente é ter a assinatura regularizada. Agradecemos assim aos que não o fizeram ainda, a atenção de regularizar a assinatura, podendo liquidar por transferência bancária, tanto no plano nacional como internacional. Para os nacionais: NIB: 0045 4111 4023 1723 5964 3 Estrangeiro, IBAN: PT50 0045 4111 4023 1723 5964 3 Swift: Caixa Agrícola Oleiros Podem ainda enviar cheque ou Vale dos CTT para Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160-419 Oleiros Rua Estreita, s/n, 6185 - 179 Cambas (OLR) Telefone: 272 773 003 Semáforo Celebramos o 25 de Abril Estamos no mês que há 40 anos alterou as nossas vidas. Acabava as férias de desmobilização. Tinha chegado a Portugal vindo da guerra em África dia 16 de Março de 1974, dia do Golpe de Estado das Caldas (falhado por inépcia). Tudo mudou de repente. Para melhor, mesmo descontados os excessos de uma "revolução" que afinal não tinha siso. Mas, pelo menos, serviu para adquirir a necessária liberdade e a abertura ao mundo. Preservemos o essencial e celebremos, é justo Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 Cupão de Assinatura q Nacional q Europa Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 Ficha técnica Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira www.jornaldeoleiros.com 15,00€ 25,00€ q Apoio (valor livre) Nome................................................................................................. Morda.................................................................................................... Localidade..................................Código Postal .......... - ..................... 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Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273 www.jornaldeoleiros.com PF CONTACTOS ÚTEIS • Câmara Municipal – 272 680 130 • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 • Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170 • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 • G.N.R – 272 682 311 • Finanças – 272 682 388 Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes Presidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques • Colaboradores Especializados: Eduardo Lyon de Castro (Vila de Rei) • Colaborador Especializado em Atletismo: Manuel Geraldes (Juíz Técnico da Associação de Atletismo de Castelo Branco) • Depósito Legal: 372094/14 • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros • Editado por: Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . 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Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Vania Costa Ramos (Jurista), Maria Alzira Serrasqueiro • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Luis Henriques • Correspondentes: Cristina Valente (Castelo Branco) • Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (CambasOLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:maguxamil@hotmail. com; Zona Oeste: Joaquim Vitorino, email: [email protected] • Catarina Fernandes (Lisboa) • Idanha-a-Nova: Carmo Barroso, email: carmobarroso@gmail. com • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] • Depósito Legal: 372094/14 * João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros. 16 Jornal de OLEIROS 2015 MARÇO / ABRIL Oleiros diferencia-se ao nível dos percursos pedestres Portugal passa a dispor de marca internacional de prestígio Cerca de mil participantes, vindos de vários pontos do país e do estrangeiro, marcaram presença no concelho de Oleiros no passado sábado, no lançamento do Trilho Internacional dos Apalaches português, naquele que foi provavelmente o maior acontecimento do género na região nos últimos tempos. Com este novo e desafiante percurso de 37 km, situado integralmente no concelho de Oleiros e intitulado GR 38 - Grande Rota Muradal-Pangeia, Portugal passou a ter um dos Trilhos Internacionais dos Apalaches, o maior de pegadas humanas do mundo, visitado anualmente por quatro milhões de pessoas. O percurso promovido pelo Município de Oleiros e pelo Geopark Naturtejo, em parceria com as Juntas de Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S. Simão, irá servir os amantes da natureza e do turismo ativo, sendo um dos produtos estratégicos que irão reforçar o posicionamento do território através de uma rede internacional de prestígio. Por outro lado, esta aposta reflete o potencial turístico do concelho, comprovado pela evolução do número de dormidas nos últimos anos, assim como pela capacidade de internacionalização em mercados em crescimento, como o americano. Para além da expressiva adesão de participantes, realça-se o envolvimento das comunidades que habitam a envolvente da Serra do Muradal (Cardosa, Estreito, Orvalho, Póvoa da Ribeira, Sarnadas de S. Simão e Vilar Barroco), as quais se empenharam e revelaram um genuíno saber-receber. Também as associações locais deram as mãos e contribuíram para o sucesso da organização deste evento, como é o caso das associações de desporto aventura Trilhos do Estreito e Pinhal Total, da associação “Os Cucos” de Vilar Barroco e dos Bombeiros Voluntários de Oleiros. As deslumbrantes paisagens deram o mote neste percurso, onde não faltou a mais típica gastronomia ou a presença de 20 alpinistas que desfrutaram das 14 vias de escalada da Crista de Zebro e da via ferrata (a segunda do país), de amantes do BTT e de praticantes de asa delta que coloriram os céus da região. A animação foi assim uma constante ao longo de uma exigente Caminhada, numa harmoniosa sintonia entre as tradições locais e ancestrais, a cargo d´ “Os Bombos da Cardosa” e da Companhia de Teatro Viv´arte. No final, a satisfação era geral. Para os resistentes que conseguiram concluir os 23 km, a prova foi superada; para todos os habitantes locais, o orgulho era evidente e para quem veio de fora, registando-se a adesão de vários grupos especializados de caminheiros oriundos de vários pontos do país, este foi sem dúvida um dia inesquecível e a oportunidade de percorrerem o mais diferenciador dos percursos pedestres nacionais, com a chancela IAT (International Appalachian Trail), num território classificado pela UNESCO. Agradecemos ao Amigo Alberto Ladeira e à Fotodisco o apoio. PF
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