impacto socioeconómico

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impacto socioeconómico
IMPACTO SOCIOECONÓMICO
Impacto socioeconómico das
cadeias de abastecimento
das zonas de montanha
A agricultura de montanha tem
uma dimensão socioeconómica
que deve ser explorada de forma
mais eficaz. Para se poder conhecer melhor é necessário analisar
os seus diferentes aspetos, tal
como a criação de PME, a melhoria da economia local, etc. Neste
contexto, o impacto do desenvolvimento de produtos de montanha é muito importante na criação de emprego devido às elevadas taxas de desemprego que
existem atualmente na Europa.
Isto poderá ser alcançado através
da procura de bons exemplos e
estratégias onde são criadas
oportunidades de emprego através de a vidades relacionadas
com a agricultura de montanha.
De acordo com a úl ma Convenção Europeia de Montanha realizada em Chambery em 2012, o
papel dos jovens no desenvolvimento socioeconómico das zonas
de montanha merece atenção
especial. Os jovens são fundamentais para garan r a prosperidade dos territórios de montanha
e são fortemente a ngidos pelo
desemprego, o qual está também
relacionado com as dificuldades
que eles encontram quando tentam criar o seu próprio emprego.
Instrumentos polí cos
As diferentes polí cas na Europa possibilitam oportunidades para apoiar a criação
de emprego e de rendimentos. Por exemplo:

A menção de qualidade faculta va “Produto de Montanha” (Regulamento
UE Nº1151/2012) poderá ajudar os agricultores a manter o valor acrescentado dos seus produtos perante a opinião dos consumidores, melhorando
assim a sua comercialização e compe vidade.

Existem várias medidas do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento
Rural que apoiam a entrada de agricultores adequadamente qualificados
no setor agrícola e, em par cular, a renovação de gerações, tais como:
Art.º 14 – Transferência de Conhecimento e Ações de Informação), Art.º 15
– Serviços de aconselhamento e serviços de gestão agrícola e de subs tuição nas explorações agrícolas; Art.º 19 – Desenvolvimento das explorações
agrícolas e das empresas; Art.º 20 – Serviços básicos e renovação das aldeias em zonas rurais; Art.º 27 – Criação de agrupamentos e organizações de
produtores.

As medidas da Organização Comum de Mercado (Reg. Nº 1308/2013) para
o vinho poderão ser interessantes rela vamente à restruturação e conversão de vinhas (Art.º 46) e inves mentos (Art.º 50).
Outras polí cas europeias como o programa Erasmus + poderão ajudar no âmbito
do emprego e do impacto social da agricultura de montanha através de formação
e oportunidades de intercâmbio para os jovens agricultores, por exemplo.
Cofinanciado pela Direcção-Geral da
Agricultura e do Desenvolvimento Rural
da União Europeia
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Cadeia de abastecimento de montanha local para maior valor acrescentado – Leitaria Planika
Contexto
A leitaria Planika (Eslovénia) não foi
capaz de compe r no mercado global.
O seu tamanho não permi a preços
compe vos e os seus produtos não
estavam posicionados no mercado
como algo especial. Esta situação afetou gravemente os agricultores da
região e teve influência direta na decisão entre fazer alterações ou fechar
a unidade.
Projeto
O despovoamento das zonas de montanha está in mamente relacionado
com o potencial dos habitantes viverem e trabalharem nessas mesmas
zonas. Os remotos vales alpinos foram fortemente afetados pela deserficação e foi necessário adotar novas
soluções inovadoras.
A longa tradição estava ameaçada
devido à globalização do mercado do
leite (redução de preços; falta de diversificação, o mercado não estava
pronto para pagar mais). A leitaria
Planika e os seus proprietários foram
capazes de transformar as fraquezas
em potencialidades e provaram que
foi uma boa decisão.
Era importante que a leitaria pertencesse à coopera va que foi criada
pelos agricultores.
É portanto uma economia circular
fechada que beneficia os agricultores,
a manutenção da paisagem, que respeita a tradição e oferece às pessoas
a possibilidade de viver e trabalhar no
vale. O caso mostra que esse nicho de
mercado – Produto de Montanha –
orientado ou soluções empresariais
inovadoras podem exercer uma influência importante noutras questões.
Resultados
A leitaria Planika é atualmente uma
das empresas de tamanho médio de
transformação de leite com mais sucesso e é reconhecida no mercado
como um símbolo de produtos de
montanha de alta qualidade. O preço
que pagam ao produtor é o mais alto
de toda a Eslovénia e criaram uma
sinergia para os fornecedores e os
seus clientes. A cooperação com a
marca de turismo local (Vale Soča)
que usam nos produtos revela um
bom posicionamento no mercado.
Aspetos inovadores
 Decisão de evitar o mercado
global;
 Criação de sinergias e bene cios para toda a cadeia de
valor acrescentado (desde o
agricultor até ao consumidor);
 Influência posi va na paisagem cultural e na redução do
despovoamento.
Atelier de Cozinha Brimi
Contexto
Projeto
O Atelier de Cozinha Brimi é o resul-
O projeto teve início em 2008 com o
apoio do sistema de ensino local e
nacional e envolveu as escolas do 3º
ciclo e do ensino secundário.
tado do esforço conjunto entre empresas de turismo da zona de Jotunheimen com o obje vo de criar
programas de aprendizagem em
culinária atra va acessíveis a todos
os jovens da Noruega.
O Atelier de Cozinha Brimi centra-se
no es lo culinário único da célebre
chef Arne Brimi, baseado na alimentação norueguesa confecionada com
produtos frescos locais.
O Atelier de Cozinha Brimi proporciona 2 anos de formação em empresas
locais para alunos que tenham terminado o ensino secundário.
No sen do de promover a sua oferta
forma va foram postas em prá ca
diferentes a vidades de marke ng
através de uma página web, correio
eletrónico, panfletos e visitas a escolas.
Resultados
Em 2014, como resultado da oferta
forma va, formaram-se 20 pessoas
que passaram o exame de chef ou
padeiro.
Ao mesmo tempo a procura de produtos locais aumenta à medida que o
conhecimento melhora devido a um
bom sistema de distribuição.
A elevada procura de competências
culinárias na zona faz com que os
finalistas arranjem emprego facilmente.
Para mais informação consulte a página web do Atelier de Cozinha Brimi: h p://www.brimikjoken.no/
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Vinho Biológico e Rolhas FSC: um
Motor de Desenvolvimento Rural
Contexto
Projeto
As vinhas e os montados ocupam
grandes áreas de terra em Espanha.
Ambos sofrem de problemas relacionados com o abandono e a intensificação, o que resulta em grandes
consequências socioeconómicas e
ambientais nega vas. O obje vo é
que através de boas prá cas agrícolas e silvícolas implementadas por
profissionais qualificados se consiga
produzir vinho biológico com rolhas
cer ficadas pelo Forest Stewardship
Council (FSC), restabelecendo assim
uma ligação entre estas duas indústrias complementares.
As a vidades estão relacionadas
com dois setores principais: produção e engarrafamento de vinho, com
o úl mo setor a incluir tanto as a vidades silvícolas como as da indústria
de cor ça. Estas a vidades requerem a iden ficação de áreas geográficas específicas e a assinatura de
acordos de colaboração com os donos das propriedades e com a indústria do engarrafamento, preparando
assim um manual de boas prá cas e
a implementação de boas prá cas
nas operações-piloto.
Os obje vos do projeto eram os
seguintes:
1) Gestão sustentável das operações
agrícolas e silvícolas;
2) Rentabilidade a longo prazo através da melhoria da mul funcionalidade das operações;
3) Desenvolvimento de a vidades
que possam servir como fonte de
diversificação de lucros;
4) Redução do abandono ou intensificação do uso do solo, e prá cas e
hábitos de preservação;
5) Melhoria da qualidade de vida nas
zonas rurais.
Lições aprendidas
Resultados
1) Gestão melhorada dos montados
através da implementação de medidas de gestão de florestas ecologicamente responsáveis;
2) Gestão melhorada das explorações vinícolas através da aplicação
de boas prá cas para o uso sustentável dos recursos naturais;
3) Criação e manutenção de emprego local relacionado com a gestão
sustentável da região;
4) Formação da população local em
matéria de gestão agrícola e silvícola
sustentável;
5) Formação no âmbito das indústrias de produção de vinho e de engarrafamento espanholas.
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1) A aplicação de prá cas agroambientais simples e económicas
traz grandes bene cios para a
biodiversidade e importantes bene cios agronómicos, aumentando assim a rentabilidade das explorações agrícolas.
2) A viabilidade económica da
gestão sustentável das florestas
ainda é um desafio. Pode ser interessante combinar a cer ficação
de florestas com outras inicia vas, tal como o pagamento pelos
serviços ecossistémicos. O regime
de cer ficação do grupo pode ser
parte da solução.
3) Um processo par cipa vo que
envolvesse todas as partes interessadas e formação seria muito
eficaz na iden ficação de soluções, na definição de planos de
ação com obje vos claros e na
concre zação de obje vos comuns.
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Os conteúdos desta ficha informa va são da única
responsabilidade da Euromontana e não reflete as
perspe vas da União Europeia.