teoria estruturalista - Administração Brasil

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teoria estruturalista - Administração Brasil
CURSO: TEORIA ESTRUTURALISTA
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TEORIA ESTRUTURALISTA
Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu
ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações,
caracterizada pela interdependência entre as organizações.
A Teoria estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do
conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o
seu meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos
estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema
fechado. Já quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o
papel na sobrevivência do sistema, ou seja, do principal agente: o gestor.
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BREVE RESUMO DAS
TEORIAS ANTERIORES
A abordagem clássica (Escola da Administração Científica e Teoria Clássica)
deu ênfase às tarefas e estrutura organizacional, proporcionando uma
abordagem rígida e mecanicista, que considerava o homem como um
apêndice da máquina ou como mero ocupante de um cargo em uma
hierarquia centralizada. A eficiência foi seu objetivo principal, porém tal
abordagem mostrou-se incompleta e parcialista.
A Teoria das Relações Humanas foi uma reação de oposição ao
tradicionalismo da abordagem clássica, dando ênfase ao homem e ao
clima psicológico de trabalho (Organização Informal). Ao superestimar os
aspectos informais e emocionais da organização, numa visão romântica do
trabalho, esta teoria também se mostrou incompleta e parcialista.
A Teoria da Burocracia pretendeu dar as bases de um modelo ideal que
pudesse ser aplicado às empresas. Apesar de apresentar um passo à frente
da organização formal proposta pela Abordagem Clássica, a organização
burocrática mostrou-se carente da flexibilidade e inovação imprescindíveis
a uma sociedade moderna.
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ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA
A origem da Teoria Estruturalista se dá aos seguintes aspectos:

Oposição Entre A Teoria Tradicional E Das Relações Humanas
Tornou-se necessária uma posição mais ampla e compreensiva que abrangesse os
aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da
Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max
Weber, e até certo ponto nos trabalhos de Karl Marx;

Necessidade De Visualizar A Organização Como Uma Unidade Social
Uma unidade grande e complexa, onde interagem grupos sociais que compartilham
alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da
organização), mas que pode incompatibilizar com outros (como a maneira de
distribuir lucros da organização). Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria
Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas;

A Influência Do Estruturalismo Nas Ciências Sociais
Sua influência e repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo teve
forte influência na Filosofia, na Psicologia, na Antropologia, na Matemática, na
Linguística, chegando até na Teoria das Organizações.
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
Novo Conceito De Estrutura
O conceito de estrutura é bastante antigo. Estrutura é o conjunto formal de dois ou
mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade
de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um de seus
elementos ou relações.
A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das
estruturas
fundamentais
em
alguns
campos
de
atividade
permite
o
reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O estruturalismo está
voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo.
A Teoria Estruturalista é administrativa baseada no movimento estruturalista,
fortemente influenciado pela sociologia organizacional. Estrutura é o conjunto de
elementos relativamente estáveis que se relacionam no tempo e no espaço para
formar uma totalidade. Em administração, a estrutura corresponde a maneira
como as organizações estão organizadas e estruturadas.
Como sabemos, a Teoria das Relações Humanas foi uma tentativa de introdução
das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia
humanística a respeito da participação do homem na organização. Contudo a partir
da década de 1950 a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, pois se de
um lado combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou as bases
adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir.
A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um
impasse dentro da administração que mesmo a Teoria da Burocracia não teve
condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista representa um desdobramento
da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação a Teoria das Relações Humanas e
representa também uma visão bastante crítica da organização formal.
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A SOCIEDADE DAS ORGANIZAÇÕES
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de
organizações, das quais as pessoas passam a depender para nascer, viver e morrer.
Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes
determinadas características de personalidade. Essas características permitem a
participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis
desempenhados variam.
O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais iniciado
pela Teoria das Relações Humanas, para os das interações entre as organizações
sociais. Da mesma forma como interagem entre si os grupos sociais, também
interagem entre si as organizações.
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AS ORGANIZAÇÕES
Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: são a
manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente, que se
caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os
aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas.
Cada organização é limitada por recursos escassos, e por isso, não pode tirar
vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a
melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica
seus recursos naquela alternativa que produz melhor resultado.
A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura
interna e na interação com outras organizações. As organizações são concebidas
como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas
e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos.
Exemplo de organizações e suas finalidades:

Escolas – proporcionar educação;

Hospitais – cuidar da saúde;

Prisões – manter a segurança civil.
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O HOMEM ORGANIZACIONAL
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus (homem econômico) e a
Teoria das Relações Humanas, o homem social, a Teoria Estruturalista focaliza o
"homem organizacional", ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes
organizações.
Ao final da década de 50, o ambiente organizacional estava em plena mutação e a
visão do homem passou a ser organizacional. Eram os estruturalistas defendendo a
ideia de um homem dinâmico, cooperativo e coletivista, capaz de desempenhar
vários papeis em organizações diferentes.
O homem organizacional era o indivíduo idealizado para compor o cenário
industrializado e com alta rotatividade que se formava naquela época, era preciso
que os funcionários entendessem que em nome da empresa ele precisaria ser
capaz de adiar ou abdicar de seus interesses, ser flexível diante dos diversos papeis
que ele poderia exercer dentro das organizações. Logo, na sociedade das
organizações, moderna e industrializada, aparece a figura do "homem
organizacional" que participa simultaneamente de várias organizações.
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O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em
todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:
A. FLEXIBILIDADE
Em face das constantes mudanças que ocorrem da vida moderna, bem como
da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações, que
podem chegar à inversão, aos bruscos desligamentos das organizações e aos
novos relacionamentos.
B. TOLERÂNCIA AS FRUSTRAÇÕES
Para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito necessário entre
necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é
feita através de normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram
envolver toda a organização.
C. CAPACIDADE DE ADIAR AS RECOMPENSAS
E poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em
detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de
atividade profissional.
D. PERMANENTE DESEJO DE REALIZAÇÃO
Garantido a conformidade e cooperação com as normas que controlam e
asseguram o acesso a posições de carreira dentro da organização,
proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
A Teoria Estruturalista fez o mundo empresarial e, quando falamos deste universo,
falamos de todos os tipos de empresas. A teoria estruturalista mudou a visão do
homem simplório, com visão fechada e ampliou-a para um homem articulado e
capaz de se adaptar em qualquer ambiente empresarial, seja na indústria ou no
comércio.
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ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de
qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das
Relações Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia. Assim, a análise
das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma
abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da
Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia.
Trata-se de uma abordagem múltipla utilizada por essa teoria que envolve:
1. TANTO A ORGANIZAÇÃO FORMAL COMO A ORGANIZAÇÃO INFORMAL;
2. TANTO
AS
RECOMPENSAS
SALARIAIS
E
MATERIAIS
COMO
AS
RECOMPENSAS SOCIAIS E SIMBÓLICAS;
3. TODOS OS DIFERENTES NÍVEIS HIERÁRQUICOS DE UMA ORGANIZAÇÃO;
4. TODOS OS DIFERENTES TIPOS DE ORGANIZAÇÕES;
5. A ANÁLISE INTRA-ORGANIZACIONAL E ANÁLISE INTERORGANIZACIONAL.
Veremos a seguir cada uma delas
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ABORDAGEM MÚLTIPLA:
ORGANIZAÇÃO FORMAL E INFORMAL
Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das
Relações Humanas somente na organização informal, os estruturalistas tentam
estudar o relacionamento entre ambas as organizações: a formal e a informal, em
uma abordagem múltipla.
A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais dentro
e fora da organização. Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização
formal e informal. (formal tudo o que estiver expresso no organograma como
hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações
sociais).
A Teoria Estruturalista tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e
não racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida,
da sociedade e do pensamento moderno. Constitui o problema da Teoria das
Organizações
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ABORDAGEM MÚLTIPLA:
RECOMPENSAS MATERIAIS E SOCIAIS
Os estruturalistas combinam os estudos da Teoria Clássica e da Teoria das
Relações Humanas.
O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos
de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc.) é
importante na vida de qualquer organização.
Para as recompensas sociais e simbólicas sejam eficientes, quem as recebe deve
estar identificado com a organização que as concede.
Os símbolos e significados devem ser prezados e compartilhados pelos outros,
como a esposa, colegas, amigos, vizinhos, etc. Por essas razões, as recompensas
sociais são menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas do que
com os de posições mais altas.
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ABORDAGEM MÚLTIPLA:
OS DIFERENTES ENFOQUES DA ORGANIZAÇÃO
As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas
diferentes concepções:

MODELO RACIONAL DA ORGANIZAÇÃO
Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas
conhecidas. Os objetivos organizacionais são explicitados (como, por exemplo, a
maximização dos lucros), todos os aspectos e componentes da organização são
escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo e as estruturas
organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os recursos são
adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas ações são
apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os
planos. É um sistema fechado, tendo como característica a visão focalizada apenas
nas partes internas do sistema, com ênfase no planejamento e controle.
Expectativa de certeza e de viabilidade. Neste modelo inclui a abordagem clássica
da administração e a teoria da burocracia.

MODELO NATURAL DE ORGANIZAÇÃO
Concebe a organização com um conjunto de partes independentes que, juntas,
constituem um todo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema. O modelo
natural procura tornar tudo funcional e equilibrado, podendo ocorrer disfunções.
Este modelo traz com inevitável aparecimento a organização informal nas
organizações. É um sistema aberto tendo como característica a visão focalizada
sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente. Expectativa de incerteza e
de imprevisibilidade.
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ABORDAGEM MÚLTIPLA:
OS NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO
Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma
multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a
responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos:
 NÍVEL INSTITUCIONAL: É o nível mais alto, composto dos
dirigentes ou altos funcionários. É também denominado nível
estratégico, pois é responsável pela definição dos principais
objetivos e das estratégias organizacionais relacionadas em
longo prazo.
 NÍVEL GERENCIAL: É o nível intermediário, situado entre o
institucional e o técnico, cuidando do relacionamento e da
integração desses dois níveis. Uma vez tomadas as decisões
no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela
sua transformação em planos e em programas para que o
nível técnico os execute.
 NÍVEL TÉCNICO: É o nível mais baixo da organização.
Também denominado nível operacional, é o nível em que as
tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as
técnicas são aplicadas. É o nível que cuida da execução das
tarefas em curto prazo e segue os programas e rotinas
desenvolvidas pelo nível gerencial.
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ABORDAGEM MÚLTIPLA:
A DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram
as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização,
a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas:
organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais
diversos tipos (indústrias ou produtoras de bens, prestadoras de serviços,
comerciais, agrícolas, etc.), organizações militares (exército, marinha, aeronáutica),
organizações religiosas (igreja), organizações filantrópicas, partidos políticos,
prisões, sindicatos, etc.
A partir do estruturalismo, a administração não ficou mais restrita as fábricas, mas
passou a ser entendida a todos os tipos possíveis de organizações. Além disso, toda
a organização, a medida que cresce torna-se complexa e passa a exigir um
adequada administração.
ABORDAGEM MÚLTIPLA: ANÁLISE
INTERORGANIZACIONAL
Os estruturalistas, além de se preocupar com os fenômenos internos, também se
preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações, mas
que afetam os que ocorrem dentro delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim,
os estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o
modelo natural de organização como base de seus estudos. A análise
organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja,
através
das
análises
intra-organizacional
(fenômenos
internos)
interorganizacional (fenômenos externos).
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e
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A TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
Não existem duas organizações iguais. Contudo, embora elas sejam diferentes
entre si, apresentam características que permitem classificá-las em certos grupos.
São as classificações ou tipologias das organizações, que permitem uma análise
comparativa das mesmas do ponto de vista de uma característica comum.
As classificações tradicionais enfatizam seu tamanho (empresas pequenas, médias
e grandes), ou sua natureza (empresas primárias, secundárias e terciárias), ou seu
mercado (indústrias de bens de capital ou indústrias de bens de consumo), ou
ainda sua dependência (empresas públicas ou privadas).
TIPOLOGIA DE ETZIONI
Amitai Etzioni é um sociólogo
germano-
estadunidense-israelense. É um dos autores
mais importantes da Abordagem Estruturalista
mais precisamente da Teoria Estruturalista da
Administração. Etzioni elabora sua tipologia de
organizações classificando as organizações com
base no uso e significado da obediência. Para ele,
a estrutura de obediência em uma organização é
Amitai Etzioni
determinada pelos tipos de controles aplicados
aos participantes.
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Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, é:

ORGANIZAÇÕES COERCITIVAS: o poder é imposto pela força física ou por
controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou
manifesta - como o significado principal de controle sobre os participantes de
nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em
relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem
exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais etc.

ORGANIZAÇÕES UTILITÁRIAS: poder baseia-se no controle dos incentivos
econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os
participantes de nível inferior contribuem para a organização com um
envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos
benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão
incluídos nesta classificação.

ORGANIZAÇÕES NORMATIVAS: o poder baseia-se em um consenso sobre
objetivos e métodos de organização. Utilizam o controle moral como a força
principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto
envolvimento "moral" e motivacional. As organizações normativas são
também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, universidades, hospitais
e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar
seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais.
A tipologia de Etzioni é muito utilizada em face da consideração que faz sobre
os sistemas psicossociais das organizações. Contudo, sua desvantagem é dar
pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo.
Trata-se de uma tipologia simples e unidimensional, baseada exclusivamente
nos tipos de controle.
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TIPOLOGIA DE BLAU E SCOTT
Richard Scott
Peter Blau
Peter Blau foi um sociólogo norte-americano e como sociólogo dedicou-se
prioritariamente ao estudo das organizações. Junto com Richard Scott,
apresentaram uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de
quem se beneficia com a organização. Para Blau e Scott, há quatro categorias de
participantes que podem se beneficiar com uma organização formal:
A. OS PRÓPRIOS MEMBROS DA ORGANIZAÇÃO;
B. OS PROPRIETÁRIOS OU DIRIGENTES DA ORGANIZAÇÃO;
C. OS CLIENTES DA ORGANIZAÇÃO:
D. O PÚBLICO EM GERAL.
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Em função dessas quatro categorias de beneficiários principais que a organização
visa atender, existem quatro tipos básicos de organizações:
1. ASSOCIAÇÃO DE BENEFÍCIOS MÚTUOS: em que o beneficiário principal é os
próprios membros da organização como as cooperativas, os sindicatos, etc.
2. ORGANIZAÇÕES DE INTERESSES COMERCIAIS: em que os proprietários ou
acionistas são os principais beneficiários da organização como a maior parte
das empresas privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de
responsabilidade limitada;
3. ORGANIZAÇÕES DE SERVIÇOS: em que um grupo de clientes é o beneficiário
principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas.
4. ORGANIZAÇÕES DE ESTADO: em que o beneficiário é o público em geral.
Exemplos: a organização militar, correios instituições jurídicas e penais, etc.
A tipologia de Blau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e de
influencia do beneficiário sobre as organizações, a ponto de condicionar a sua
estrutura.
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OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
As organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos: a
sua razão de ser é servir a esses objetivos, proporcionando benefícios. Um objetivo
organizacional é uma situação desejada que a organização tenta atingir. Porém, se
o objetivo é atingido, ele deixa de ser a imagem orientadora da organização e é
incorporado a ela como algo real e atual. Quando isso ocorre, deixa de ser o
objetivo desejado. Neste sentido, um objetivo nunca existe; é um estado que se
procura, e não um estado que se possui.
A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que esta
atinge seus objetivos, enquanto a competência de uma organização é medida pela
quantidade de recursos utilizados para fazer uma unidade de produção.
Os objetivos organizacionais têm muitas funções, a saber:
A. Estabelecem linhas mestras para a atividade da organização;
B. Constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma
organização e, inclusive, sua existência;
C. Servem como padrões para a avaliação de seu êxito, isto é, de sua
eficiência e de seu rendimento;
D. Servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que
tenta comparar e verificar a produtividade da organização.
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Há cinco categorias de objetivos organizacionais:

OBJETIVOS DA SOCIEDADE: cujo ponto de referência é a sociedade em
geral. Exemplos: produzir bens e serviços, manter a ordem pública, etc.

OBJETIVOS DE PRODUÇÃO: cujo ponto de referência é o público que entra
em contato com a organização. Exemplos: bens de consumo, serviços a
empresas, educação.

OBJETIVOS DE SISTEMAS: cujo ponto de referência é o estado ou maneira
de funcionar da organização, independentemente dos bens e serviços que ela
produz ou dos objetivos daí resultantes. Exemplos: ênfase nos lucros, no
crescimento e na estabilidade da organização.

OBJETIVOS DE PRODUTOS: cujo ponto de referência são as características
dos bens e serviços produzidos. Exemplos: ênfase sobre qualidade ou
quantidade de produtos, originalidade ou inovação dos produtos, etc.

OBJETIVOS DERIVADOS: cujo ponto de referência são os usos que a
organização faz do poder originado na consecução de outros objetivos.
Exemplos: metas políticas, serviços comunitários, etc.
O estudo dos objetivos das organizações permite identificar as relações entre as
organizações e a sociedade em geral.
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MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS
Um dos assuntos mais abordados pelos estruturalistas são as mudanças
organizacionais. As organizações apresentam maior inclinação para a mudança do
que qualquer outra unidade social, pelo fato de serem planificadas e orientadas por
objetivos específicos, sob liderança relativamente racional. Podem, ainda, alterar
de forma profunda seus objetivos, no processo de ajustamento a problemas e
situações emergentes e imprevistas.
Para os estruturalistas, há uma relação íntima entre os objetivos organizacionais e
o meio, de forma que a estrutura de objetivos é que estabelece a base para a
relação entre uma organização e seu meio ambiente. O processo de estabelecer
objetivos é complexo e dinâmico, porque toda organização não busca unicamente
um objetivo, mas um total de objetivos inter-relacionados e que formam toda uma
estrutura. Estes, não sendo estáticos, estão em contínua evolução, modificando as
relações da organização com seu meio.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de se apoiar nas teorias anteriores, os Estruturalistas apresentam uma
série de novos conceitos: como o de homem organizacional, a organização como
um sistema aberto, a abordagem múltipla, etc. Sendo estes de grande contribuição
para o campo da Administração.
A teoria estruturalista se apresenta consideravelmente mais completa que as
anteriores, pois abrange as organizações formais e informais, o fenômenos
internos (intra-organizacional) e externos (interorganizacional), procurando
conciliar aspectos estudados nas teorias anteriores e ainda acrescentar novos
aspectos à administração.
Notamos a importância da Teoria Estruturalista pela sua influência no estudo das
organizações, e também quando percebemos uma ampliação do campo de estudo
da Administração a partir desta.
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