Transformando um roteador em uma máquina de

Transcrição

Transformando um roteador em uma máquina de
Transformando um roteador em uma máquina de torrents e
servidor de arquivos
Por Cristiano Ash.
16 de Agosto de 2015
Em tempos de crise e com o custo da energia aumentando, sempre penso em soluções
para tentar diminuir estes custos, trocamos lâmpadas por modelos mais econômicos, tomamos
banhos mais curtos e por aí vai. Uma das coisas que vinham me incomodando era precisar deixar
o PC ligado para baixar filmes, um dos meus passatempos favoritos. Mas um PC comum, com
monitor LED/LCD consome em média 70 a 80 watts/hora, Isso se não tiver placa de vídeo e
outros “acessórios”. Este consumo pode ser razoavelmente alto, se for deixar ligado muito
tempo. Então comecei a pesquisar de que forma poderia ser construída uma máquina simples, a
um custo baixo para baixar torrents e que fosse mais econômica que um PC.
Procurei várias alternativas: Usar um Raspberry Pi, Um PC montado com placa Intel J1800,
até o famoso “NUC” (que troço caro!). Então descobri o OpenWRT, que nada mais é que um
Linux adaptado para rodar em alguns roteadores em substituição ao firmware original de fábrica,
que pode ser customizado com várias funções. E o que é melhor: O consumo médio destes
roteadores não passa de 4 Watts/hora! Então eu poderia deixar ligado sem me preocupar.
Veja algumas coisas que podemos fazer com o OpenWRT, além das funções básicas do roteador:










Cliente torrent que usa interface web com acesso interno e externo à rede podendo
salvar os arquivos em um HD externo ou unidade de rede;
Servidor FTP para transferir arquivos internamente e externamente;
Servidor DLNA que pode disponibilizar conteúdo multimídia para a TV/Xbox/PS
Serviço DDNS para acessar externamente a sua rede sem usar um IP fixo;
Firewall muito flexível e fácil de configurar portas, redirecionamentos, acessos, etc.;
Disco de rede (NAS). Dependendo do HD que você usar e das configurações, você pode
ter sua própria “nuvem” pessoal.;
Usar como servidor de impressão;
Conectar na internet usando um modem 3G USB;
Conectar uma webcam USB ou câmeras IP e acessá-las pela rede interna ou externa,
montando um mini sistema de vigilância on-line;
Configurar uma VPN para conectar-se na rede interna de qualquer lugar e/ou conectar
duas redes através da internet como se fossem uma só rede. (Fonte: HardMob)
Agora basta encontrar um roteador que tenha um bom custo/benefício e que seja
compatível para instalar este sistema. Depois de várias pesquisas, encontrei o TP LINK WDR3600
N600 (veja as características no site do fabricante). Ele é mais barato que o WDR4300, ambos
vêm com 128 MB de RAM e um bom processador, o que o torna ideal para instalarmos este
sistema. E o custo não é alto pelo que oferece, muito bom mesmo. Veja a “cara do bicho”:
A partir de agora, vou mostrar como foi feita a configuração deste roteador, em um passo a
passo bastante detalhado. Apenas gostaria de deixar claro que esta foi a forma que encontrei
para fazer a coisa toda funcionar, não entendo muito de redes e Linux, sou só mais um curioso
tentando fazer a coisa certa. Portanto, certamente devem haver outras maneiras melhores ou
mais elegantes de fazer determinados passos descritos aqui.
Apenas gostaria de deixar claro que ao fazer os procedimentos descritos aqui, você está
ciente dos riscos e da perda da garantia. Não me responsabilizo por nada neste sentido.
1. Introdução
Bom, conforme comentado mais acima, o objetivo é configurar um roteador para ser usado
como torrent box e também como servidor de arquivos, que possa ficar ligado o dia todo e que
tenha baixíssimo consumo de energia e zero ruído (sem ventoinhas). O modelo escolhido foi o
TP-Link WR3600.
Este roteador (modelo WDR3600) consome pouca energia (cerca de 4 Watts) e tem um
hardware bem interessante para usarmos para esta finalidade. A TP-link fabrica outro modelo
semelhante que é o WDR4300, que tem praticamente as mesmas características (processador,
memória, etc), mas com uma antena wi-fi a mais. Se preferir, pode usar este modelo para
configurar nosso torrent box, as configurações são exatamente as mesmas, só muda a versão de
firmware OpenWRT. Caso opte pelo 4300 baixe a versão específica para este modelo no site no
OpenWRT. Este artigo será focado apenas no WDR3600.
Estamos considerando que você já tenha um conhecimento básico sobre roteadores,
configuração básica de rede no Windows, linux e sobre o firmware OpenWRT. Caso ainda não
tenha procure no Google sobre estes assuntos antes de seguir adiante. Vamos fazer tudo passo a
passo, mas um conhecimento mínimo se faz necessário para a coisa andar. Embora eu imagine
que se você chegou até este artigo, não deve ser um usuário com conhecimentos básicos: termos
como “firmware”, “roteador” e “OpenWRT” certamente não são de conhecimento de um
usuário comum.
Porque o OpenWRT e não outro?
Poderia ter escolhido outra opção, mas testei todas e a única realmente funcional e que
permitiu com que tudo desse certo foi mesmo a OpenWRT. Os outros firmwares (DD-WRT,
Tomato) têm alguns problemas que não consegui resolver, pelos menos não com este
modelo de roteador que estou usando e com o conhecimento que tenho. Achei o suporte
ruim e muita informação desencontrada.
O suporte e a documentação também são muito importantes. Percebi que a OpenWRT
está em constante desenvolvimento e tem muito material na internet, sem a falar na
OpenWRT Wiki, que é muito bem organizada e cheia de informações.
Pré-requisitos:
Como dito mais acima, recomendo que você tenha um conhecimento mínimo em Linux
e que esteja familiarizado com termos como “firmware”, “Terminal”, “roteador”, etc. Eu não sei
muita coisa, sei o básico para não desistir de tudo quando vejo uma janela preta de terminal
escrito algo como $Root> e um cursor piscando. Procure estudar um pouco sobre o básico do
básico do Linux, como permissões, uso do editor “vi”, comandos básicos para percorrer
diretórios, criar pastas, etc, pela linha de comando. Não sabe o que é linha de comando? Melhor
parar por aqui e estudar um pouquinho mais, depois continue a leitura a partir daqui.
Vamos listar os itens necessários para que tudo aconteça conforme esperado:
a) Hardware necessário:
 Um roteador TP Link WDR3600 – N600 ou mesmo um WDR4300 (neste caso, só muda o
firmware). Você também pode tranquilamente usar este tutorial como referência para tentar
instalar o OpenWRT em outro modelo/marca de roteador, isso fica a seu critério, mas faça as
modificações necessárias e pesquise sobre o seu modelo e se tem o firmware OpenWRT para ele;
 Um PC/Notebook com Windows instalado (qualquer versão);
 Um cabo de rede para ligar o roteador direto no seu PC;
 Um HD Externo com boa capacidade (será usado para guardar seus arquivos e para guardar os
torrents baixados. A capacidade fica a seu critério, o meu é um HD externo Samsung de 500 GB,
modelo M3 que peguei no programa de pontos do cartão de crédito, saiu “de graça”. );
 Um pendrive de 4 ou 8 GB de boa qualidade (será usado para fazer “Swap” e para arquivos do
sistema – “extroot”) – Neste caso, compre o melhor pendrive que puder. Estou usando um
Kingston G4 de 8 GB. Nada de marcas desconhecidas ou procedência duvidosa. Este ponto é
essencial para a estabilidade da coisa toda. Use a marca que desejar.
b) Software e outros recursos necessários:
 Software PuTTY para conexão com terminal. Baixe e instale no seu PC.
(http://www.chiark.greenend.org.uk/~sgtatham/putty/download.html ). Pode usar outro se
preferir.
 Software Mini Tool Partition Wizard Free (http://www.partitionwizard.com/download.html ).
Baixe e instale no seu PC. Se preferir outro, também fique à vontade. Estou usando esta:
 Firmware OpenWRT. Atualmente ele está na versão 14.07 (Barrier Braker), mas já há uma nova
em desenvolvimento que deve se chamar “Chaos Calmer”. Usaremos então a última estável
para o TP Link WDR3600 que pode ser encontrada neste link:
http://downloads.openwrt.org/barrier_breaker/14.07/ar71xx/generic/openwrt-ar71xx-generictl-wdr3600-v1-squashfs-factory.bin .
Se você for curioso vai notar que existem sempre duas versões para cada modelo de
roteador, uma tem no nome do arquivo uma parte escrita “squashfs-factory” e outra tem
“Sysupgrade”. A Squashfs é usada quando o roteador ainda está com a versão de firmware que
veio de fábrica (nosso caso) e a “sysupgrade” como o nome já diz, é para usar quando seu
roteador já tem o OpenWRT instalado e você vai fazer a atualização para uma nova versão.
Preste atenção neste detalhe para não destruir seu roteador;
 Meu provedor de acesso à internet é a GVT. Não sei como é o “modem” das outras operadoras,
mas este da GVT que eu uso (Pace) tem 4 portas LAN disponíveis atrás dele. Vamos precisar que
o modem de sua operadora tenha pelo menos uma porta LAN livre para interligarmos com o
Roteador TP-Link. Algumas instruções que vou dar aqui são baseadas no modem da GVT, mas
podem ser usadas para qualquer tipo de “modem” basta você saber o IP da página de
configuração dele (geralmente é 192.168.25.1 ou 192.168.0.1) e a senha/login para entrar nas
configurações. No caso da GVT o meu é padrão: usuário é “admin” e a senha é “gvt12345”;
 Paciência. Muita paciência.
 Tempo. Pelos meus cálculos, se tudo der certo deve levar em torno de 2h30 a 3h para deixar tudo
certo, caso não dê nenhum problema e caso você já tenha providenciado todo o hardware e
software listado acima.
 Um lugar calmo e tranquilo para você trabalhar. Não tente fazer nada com crianças por perto,
cachorro, faxina por fazer ou algum parente (principalmente esposa) te pressionando para usar o
computador. Paz é essencial para nada dar errado:
 Seguir rigorosamente os passos deste tutorial, sem pular etapas.
Agora vai começar a diversão! Sempre lembrando que estou considerando que você tenha um
roteador TP link WDR 3600 original de fábrica.
Passo 1: Teste o roteador
A primeira coisa a fazer é ligar o roteador na tomada e ver se ele liga. Ligou? Ótimo,
você não vai precisar trocar na loja, vamos ver se ele configura agora.
Passo 2: Baixe o firmware OpenWRT
Vá até o link : http://downloads.openwrt.org/barrier_breaker/14.07/ar71xx/generic/openwrtar71xx-generic-tl-wdr3600-v1-squashfs-factory.bin e faça o download do firmware. Lembre-se
que este é específico para o seu roteador TP Link WDR3600-N600. Salve na sua área de
trabalho. Se este link estiver quebrado quando estiver lendo este artigo, sempre entre no site
oficial do OpenWRT e procure no diretório barrier_braker/er71xx/generic/ .
Passo 3: Conecte-se com seu roteador.
Para podermos configurar o roteador com segurança, ele precisa estar ligado ao seu PC
por um cabo de rede. Não vá se aventurar com conexão wi-fi, conselho de amigo. Mas então
vamos lá: ligue uma ponta do cabo de rede na porta LAN1 do TP link e outra ponta na porta de
rede do seu PC/Notebook. Se seu PC estiver conectado pelo cabo de rede que vem do modem da
sua operadora, desconecte-o e deixe ligado apenas o seu PC com o TP link. Nada mais. Sim, você
vai ficar sem internet até terminarmos esta etapa.
Espere o Windows reconhecer a rede (deve aparecer um ícone de rede com um ponto de
exclamação amarelo na área de notificação) e se você passar o mouse em cima vai ver algo como
“conexão limitada”. Agora tente digitar no seu navegador o endereço 192.168.0.1
Se deu tudo certo, você está na página de configuração do seu TP link. Tem que se
parecer com isso:
Não deu certo? Então será necessário configurar o IP do seu PC manualmente: vá nas
opções de rede/TCP-IP do seu Windows e configure o IP como fixo. Coloque ele na mesma rede
do TPlink. Para isso digite no endereço IP algo como “192.168.0.2”. Assim você coloca o seu PC
na mesma rede do TP link. Tem que ficar assim:
Até aqui tudo bem? Se não conseguir, faça e refaça os testes e tente novamente. Se o roteador
não conectar, pode ter um problema de fábrica, se precisar, leve-o na assistência técnica ou
troque-o antes de seguir para o próximo passo.
Passo 4 – Trocar o firmware
Agora vem a parte que você não respira até que termine. São dois minutos que você fica
em uma dimensão paralela. Se faltar energia neste momento ou se alguém tropeçar em algum
cabo, a possibilidade de corromper a memória do roteador é quase 100%, aí pode ir pensando
em como comprar outro. Mas em 99,9% dos casos, sempre dá certo. Então faça tudo com calma
e fique tranquilo. Confira novamente se o firmware que baixou é o correto. Vá até “System
Tools” no menu lateral e na tela que se abre, clique no botão “Choose file” e escolha o arquivo
que você fez o download e salvou na área de trabalho do seu PC.
Agora é só aguardar. Depois que o roteador finalizar o processo você ficará sem rede
novamente, ficará tudo parado por alguns instantes. Depois deste momento, você irá
calmamente para a barra de endereços de seu navegador e irá digitar o endereço 192.168.1.1.
Este é o IP padrão para roteadores que usam o OpenWRT. Caso nada aconteça, repita o passo
para configurar o IP no Windows, mas agora coloque o IP na mesma faixa novamente. Pode usar
o 192.168.1.2. Ficará mais ou menos assim:
Depois de configurar o IP no no seu PC, reinicie o navegador e acesse 192.168.1.1...
Pronto... eis o OpenWRT! A primeira e mais crítica parte do trabalho foi terminada. Agora vá até
as configurações e coloque uma senha, isso é muito importante OK? NÃO ESQUEÇA A SENHA!
4.1 - Me arrependi, queria voltar para o firmware padrão da TP-Link, como faço?
Não sei. E pelo que andei lendo, é complicado demais. Mas tenho certeza que você não
vai querer voltar. A não ser que seja para fins de garantia ou algo assim. Aí você vai ter que
aprender na marra, porque se levar o roteador na assistência técnica com o fw OpenWRT, eles
vão invalidar na hora. O manual do fabricante deixa isso bem claro.
Passo 5 – Configuração básica do roteador
Agora precisamos fazer o roteador conversar com a seu “modem” GVT ou outro
qualquer. Vamos fazer com que os dois fiquem na mesma rede e vamos configurar o TP-LINK
como repetidor.
1 – vá no menu Network e clique em interfaces:
2 – Agora, na Interface Lan clique em “Edit”:
OBS: Você pode remover as interfaces que não for usar. No meu caso removi a WAN e as Wi-fi, já
que meu objetivo é fazer apenas um servidor de arquivos e cliente torrent. Mas fica a seu
critério. Caso mude de ideia depois, é só adicionar a interface novamente.
3 – Configure o IP para fixo:
Aqui coloquei o 192.168.25.177. Mas você pode usar outro se quiser, desde que esteja dentro da
faixa de endereçamento (192.168.25.xx) de IP do seu roteador GVT (ou outra operadora). Tome
cuidado para não colocar o mesmo IP de algum outro dispositivo que já está na sua rede ou de
errar a faixa, senão você pode perder o contato com seu roteador e vai ser necessário um reset
de fábrica (ver apêndice a). O gateway vai ser o mesmo IP da página de configuração do modem
da operadora, no caso da GVT é 192.168.25.1. O Netmask, IP padrão do seu modem (e outros
dados) você pode obter indo no prompt de comando do Windows e digitando Ipconfig. Faça esta
verificação para não errar.
Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:
4 – Nesta mesma tela de configurações da interface LAN, que fica um pouco mais abaixo, você
precisa desabilitar o DNS. Fica assim:
Isto é necessário pois aqui no nosso caso, quem vai distribuir o DNS é o modem da operadora. O
nosso TP Link é apenas um escravo. Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:
5 – Agora vá na aba “Firewall settings” nesta mesma tela e deixe assim:
Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:
6 – Agora vá em Network/DHCP and DNS:
Coloque o IP do modem da sua operadora aqui (isso é muito importante):
Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:
6 – Agora vá até o menu System e clique em Reboot:
Na outra tela que aparece clique em “perform reboot”.
7 – Enquanto o roteador reinicia, desconecte o cabo de rede do seu PC, ligue o cabo de rede que
vem do modem da sua operadora (se houver) de volta no seu PC. Deixe tudo como antes. Se teve
que alterar as configurações de rede do Windows, volte lá e deixe como antes (geralmente o
padrão é assim):
Agora conecte a LAN1 do TPlink com a LAN1 (ou outra qualquer) do roteador da sua operadora.
Fica mais ou menos assim:
Feito isso, vá até seu PC e digite no navegador o endereço IP que você atribuiu para o TP-link, no
caso deste exemplo seria 192.168.25.177. Se deu tudo certo, você agora vai voltar a ver a página
inicial de configurações do OpenWRT. Se não deu, faça novamente ou vá até o apêndice a “recuperação de desastres” no final deste tutorial.
Pronto! Agora você já cumpriu com a etapa mais crítica de todo o processo. Instalou o OpenWRT,
configurou o acesso ao seu TP Link e fez tudo ficar como antes no seu PC. Daqui para frente,
vamos então iniciar a configuração para que nosso roteador cumpra o objetivo de ser o mais
econômico e versátil servidor de arquivos e torrents.
Passo 6 – Preparando o HD externo e Pendrive com o Mini Tool partition Wizard.
Agora precisamos fazer com que o roteador reconheça nosso pendrive e nosso HD
externo e fazer com que eles possam ser usados pelo sistema.
1 – Plugue seu HD externo em uma USB qualquer do seu PC e abra o Partition Wizard. Clique
com o botão direito em cima da partição, exclua todas (comando “delete partition”), clique
novamente e escolha “create ”:
No menu que aparece, escolha o tipo “Primary” (ATENÇÃO) e o sistema de arquivos (File
System) tem que ser Ext4, que tem um desempenho melhor e se entende melhor com Linux.
Esqueça NTFS.
Depois de escolhidas estas opções, dê um OK e clique e “Apply”. Só aguardar. Vai demorar um
pouco dependendo do tamanho do disco.
Finalizado a formatação do HD externo, vamos para o Pendrive. Aquele de boa qualidade que
você comprou lembra?
Vamos dividir o Pendrive em 2 partições: uma para Swap, que vai ser a extensão da memória
RAM do nosso roteador (entendeu porque tem que ser de boa qualidade o pendrive?) e outra
para os arquivos de sistema do OpenWRT.
A primeira partição que vamos fazer é a Swap. Faça o mesmo procedimento que você fez acima
(delete todas as partições e depois clique em “create”) porem agora na opção “file system” você
vai escolher “Linux Swap” (ATENÇÃO) e vai determinar o tamanho de 1000 MB para esta
partição. Depois clique em OK. Vai ficar como abaixo:
Agora, vamos pegar o que sobrou de espaço no pendrive, criar uma nova partição Ext4, setar
como primário também:
Clique em OK depois, na janela principal do Partition Wizard, clique em “apply”. Agora só
aguardar.
Após finalizar a tarefa, conecte o HD externo na USB1 do roteador e o pendrive na USB2. Reinicie
o roteador (pode ser pelo menu ou ligando e deligando pelo botão mesmo).
Passo 7 - Sistema de arquivos, swap e extroot
Vamos agora criar o sistema de arquivos, o swap e fazer com que nosso roteador
reconheça o HD externo.
Abra o programa PuTTY que você baixou e salvou no seu desktop e conecte-se com o roteador.
Faça assim:
Vai aparecer a tela de login do openWRT. Mais ou menos como isso:
Digite “root” e a senha que você mudou lá no início, no passo 4. Deve aparecer uma tela como
essa:
Este é o terminal do OpenWRT, aqui é onde são feitas algumas configurações mais avançadas
que não podem ser feitas pela interface do OpenWRT.
7.1 – Instalando os pacotes
Vamos instalar agora os pacotes para gerenciarmos nosso armazenamento e fazermos um
“extroot”. Isto pode ser feito pela Interface gráfica, mas pelo terminal é mais prático, então
vamos lá:
Digite o comando:
opkg update
Aguarde até finalizar a atualização dos pacotes.
Digite o comando
opkg install block-mount kmod-fs-ext4 kmod-usb-storage-extras
Aguarde até finalizar a instalação dos pacotes. Depois que estiver tudo instalado, reinicie (digite
“reboot” na janela de terminal), feche a janela do PuTTY e aguarde. Após o roteador reiniciar,
abra uma nova conexão com terminal.
7.2 – Montando o sistema de arquivos
Agora vamos montar um extroot para estender o armazenamento do nosso roteador para os
pacotes que vamos instalar, o swap e o disco de dados, para guardarmos nosso arquivos e
torrents. Procure na internet sobre como o Linux gerencia discos e partições e onde elas se
localizam, se precisar de maiores detalhes.
O extroot é necessário porque o roteador possui pouca capacidade de memória, e fazendo este
processo, vamos expandir a capacidade do roteador para guardar os pacotes e programas que
vamos instalar posteriormente. Se tiver interesse em saber como isso funciona, pode estudar
sobre isso aqui: http://wiki.openwrt.org/doc/howto/extroot/extroot.theory ou procure no
google sobre este assunto.
As minhas partições ficaram da seguinte forma (e caso você tenha feito tudo exatamente
como expliquei até aqui, as suas devem ter ficado iguais):



/dev/sda1 – aqui está o HD externo, onde vamos guardar os arquivos. No meu caso é o
Samsung externo de 500 GB;
/dev/sdb1 – aqui está a partição Swap, que o OpenWRT vai usar para estender a
memória. Fica no Pendrive.
/dev/sdb2 – Partição Overlay, que vamos usar para aumentar o espaço para instalarmos
os pacotes ou o que for necessário, também está em outra partição no pendrive.

7.3 – Mão na massa
Digite o comando abaixo. (Você pode selecionar os comandos abaixo com o mouse e copiar,
depois para colar na janela de terminal apenas clique com o botão direito em cima do cursor).
Preste atenção para não errar:
mount /dev/sdb2 /mnt
tar -C /overlay -cvf - . | tar -C /mnt -xf –
umount /mnt
Agora reinicie o roteador, depois abra o terminal e faça:
echo > /etc/config/fstab
block detect > /etc/config/fstab
Agora vá na interface gráfica do OpenWRT e faça o seguinte:
Vá ate aqui (system/mount points):
Veja se está assim:
Senão vamos lá:
Desça um pouco a página, vá em Mount points e edit:
Deixe/faça exatamente assim:
Agora volte a página anterior e edite o /dev/sdb2:
Deixe assim (Sim, isso mesmo, deixe a opção “device” em branco) e depois save & Apply:
Volte a página anterior e veja se o swap está ok:
Edite, e deixe assim, se já não estiver:
Reinicie, entre novamente na interface gráfica vá em system/statup:
Veja se o fstab está habilitado, se não, habilite (enable) e reinicie novamente:
Agora Reinicie, entre novamente na interface gráfica e veja se ficou assim:
Agora abra o terminal, digite:
vi /etc/config/fstab
Tem que aparecer algo como isso:
Saia do vi (Esc + :q!), digite o comando “mount”, tem que parecer com isso:
Digite “free”. Tem que ficar mais ou menos assim:
Digite “df”, tem que ficar mais ou menos assim:
Pronto, sistema de arquivos criado!! Mas ainda tem chão, agora que temos espaço e memória,
vamos instalar os pacotes que precisamos e completar as configurações.
8 – TORRENTS!
Vamos instalar um programa para cuidar dos torrents. O escolhido foi o Transmission,
que é o melhor e mais versátil cliente/servidor torrent para Linux. Ele é pequeno e muito estável,
permite configurar quase tudo. O único contra é que ele consome memória, quanto mais
torrents baixando, mais memória. Mas vamos colocar algumas limitações para que ele não
devore toda a RAM do nosso roteador e não desestabilize tudo.
8.1 – Instalação
Entre na interface gráfica do OpenWRT e vá em System/Software:
Agora clique em “update lists”:
Vá até a aba “Avaliable Packages”:
Procure na letra T pelo Transmission ou então use o filtro:
E instale os pacotes nesta ordem, de 1 a 5 (só clicar em install, vai ter que repetir o passo para
cada um. Instale um por vez:
Agora reinicie o roteador e veja se o Transmission está habilitado na inicialização aqui:
Veja se está habilitado, se não estiver habilite e depois reinicie novamente:
Pronto, agora temos tudo que precisamos para o transmission instalado. Vamos iniciar as
configurações:
8.2 Configuração das pastas
Primeiramente vamos criar as pastas necessárias para trabalharmos com o Transmission.
Vamos ter que fazer isso via terminal. Abra o PuTTY e conecte-se com o seu roteador, entre
neste diretório:
cd /mnt/sda1
Agora crie as pastas:
mkdir andamento
mkdir baixados
mkdir arquivos
Agora liste os diretórios para conferir:
ls -a
Deve ficar assim:
Agora vá até /mnt/sdb2:
cd /mnt/sdb2
Crie duas pastas: Umas delas (trsys) vai guardar os arquivos de configuração do transmission e
outra (watch) vai ser para o transmission monitorar quando você jogar um torrent para dentro
dela.
mkdir trsys
mkdir watch
Liste as pastas com um ls -a . Ficará assim:
Agora vamos ajustar as permissões para estes diretórios, vamos precisar de acesso livre para
todos os usuários (leitura e escrita) quando formos mapear estas pastas no Windows.
Vá para:
cd /mnt/sda1
Digite o comando para mudar permissões com a opção para todos os subdiretórios:
chmod -R 777 andamento
chmod -R 777 baixados
chmod -R 777 arquivos
Agora vá para:
cd /mnt/sdb2
Digite o comando:
chmod -R 777 trsys
chmod -R 777 watch
O usuário mais experiente deve estar se perguntando porque não criamos todas as pastas no HD
externo (/mnt/sda1). Simples: Para prolongar a vida útil do HD. O transmission faz muitos
acessos a pasta watch e a pasta de arquivos do sistema dele próprio (que aqui vamos chamar de
“trsys”), então melhor deixar isso no pendrive (/mnt/sdb2), assim o HD não fica ligado e com as
cabeças funcionando o tempo todo.
Agora já temos as pastas que precisamos todas criadas. Vamos passar para a configuração do
Transmission. Faremos pela Interface gráfica. Faça o login e vamos começar.
8.3 – Configuração do Transmission
Vá na aba Services/Transmission:
Em Global settings, deixe assim (observe o config file directory, fala igual):
O Cache você pode fazer alguns testes depois. Tente adicionar alguns torrents e vá aumentando
este valor. Se ficar muito grande o roteador trava, porem quanto maior melhor, o HD será menos
acessado. Eu consegui um ajuste razoável com 32, não consegui aumentar mais que isso sem
prejudicar o desempenho do sistema todo.
A parte Bandwidth e Blocklists:
Note que deixei o speed limit em 1500 MB/s porque minha conexão com a internet é de 25
Mbps, com upload de 2 Mbps. Então ajuste de acordo com a sua conexão. Se por exemplo for 10
Mb/s, o speed limit fica em 600 ou 700 KB/s e o Speed limit up fica em 50 KB/s. Se não fizer isso,
o transmission vai ocupar toda a sua largura de banda e você vai ter dificuldades para usar a
internet enquanto tem torrents ativos. Ajuste de acordo com a sua conexão e com a sua
prioridade.
Agora vamos setar os diretórios. Fica assim:
Atenção, um parâmetro muito importante aqui é o “umask”. O padrão é 18, mas deixe ele em 0
(zero), para que o transmission não ajuste permissões de root para os arquivos que ele baixar. Se
não fizer isso, fica muito chato manipular pastas e arquivos criados por ele. Quando tiver as
pastas mapeadas no seu PC, você precisa ter liberdade para fazer o que quiser com elas (apagar,
renomear, mover). Com o umask em 0, você poderá fazer isso sem problemas.
Outras configurações, deixe assim:
Mais tarde você pode brincar com autenticações, senhas etc. Por hora deixe como está acima,
a porta padrão para o transmission é a 9091.
Finalizando....
Acima, o parâmetro “Download queue size” é o que define a quantidade de torrents ativos. O
padrão é 4, mas você pode testar com uma quantidade maior (fiz testes com 10 downloads e
funcionou, mas preferi deixar com 4 mesmo, os torrents baixam mais rápido). Agora está
finalizado. Nada impede que você modifique estes ajustes ao seu gosto, estude e faça de acordo
com a sua necessidade.
Depois de tudo configurado, dê um save & apply:
Para estabilizar nosso roteador e impedir que o transmission se apodere de toda a
memória com as conexões, vamos precisar incluir duas linhas em um arquivo de sistema. Isto é
opcional, mas depois que fiz esta mudança, que encontrei aqui:
https://forum.openwrt.org/viewtopic.php?id=55151 , nunca mais tive que reiniciar o roteador.
Enquanto escrevo este artigo, o sistema está ligado a 10 dias sem interrupções/travamentos.
Mas você pode testar sem fazer isso se preferir.
Abra o PuTTY e conecte-se com o OpenWRT. Vamos usar o editor vi para modificar o arquivo
sysctl. Digite este comando:
vi /etc/sysctl.conf
Agora pressione a tecla “Insert” ou “I” no seu teclado e insira as seguintes linhas, no final do
arquivo sysctl (pode copiar abaixo e colar no vi com o botão direito do mouse se quiser):
net.core.rmem_max=4194304
net.core.wmem_max=1048576
Aqui ficou assim:
Agora vamos salvar e sair do vi:
Pressione “esc” e digite
:wq!
Quando você pressiona esc, o vi entra no modo comando e os comandos que você digitar vão
aparecer sempre no canto inferior esquerdo, como na imagem acima. Agora é só dar enter. O vi
vai gravar (w) e sair (q). Procure estudar alguns comandos do vi, você vai precisar algum dia.
Agora digite os comandos:
/etc/init.d/transmission stop
sysctl -p
/etc/init.d/transmission start
Agora digite reboot e reinicie o roteador.
8.4 – Acessando o Transmission
Finalmente chegou a hora. Vamos ver se nosso trabalho foi feito direito. Vá até seu
navegador e digite: http://192.168.25.177:9091/transmission/web/ Viu a “cara do bicho”? é isso
aí. Você pode administrar seus torrents pelo link acima, que é a interface web ou então usar um
programa para o Windows chamado transmission remote GUI. Eu uso este programa por ter
mais opções para gerenciar os torrents e por ser mais prático. Pode baixar aqui:
http://sourceforge.net/projects/transgui/ é grátis.
Depois que instalar, é só ajustar a conexão de acordo com seus parâmetros: vá em manage
connections e faça isso. Aqui ficou assim:
Agora precisamos adicionar um torrent e ver se ficou tudo certo.
Entre no seu site favorito de torrents e salve na sua área de trabalho qualquer arquivo .torrent.
Abra a interface Transmission GUI, clique no menu “Tools”, depois em “Application Options”:
Agora na tela que aparece clique nesta aba e mude o idioma para Português, confirme e depois
feche o programa e abra novamente:
Agora vá no menu “torrent”, clique em Adicionar e aponte para o arquivo torrent que você
baixou agora a pouco:
Agora observe se está tudo funcionando. Demora um pouquinho para conectar. Você pode
também fazer isso pela interface web do transmission sem problemas
http://192.168.25.177:9091/transmission/web/ Faça de acordo com seu gosto.
9 – Gerenciando torrents remotamente
Opcionalmente, você pode querer gerenciar seus torrents e acessar seus arquivos
remotamente, fora da rede da sua casa. Quando estiver no trabalho por exemplo. Existem várias
maneiras de fazer com que isto aconteça, mas vou abordar aqui o jeito mais simples e que
funcionou para mim.
Como você já deve saber, os provedores não nos fornecem um IP fixo, a não ser que
paguemos por isso. Seu IP troca em intervalos regulares, de acordo com cada provedor. Então a
primeira coisa que precisamos para acessar uma máquina remotamente é um IP fixo ou um
serviço de DNS fixo.
O Modem da GVT possui uma configuração padrão que nos permite usar um serviço de
free DNS. Se entrar na página de configuração do modem, clicar na aba DDNS verá que existem
várias opções. Escolhi o serviço No-IP, na minha opinião é o que tem o melhor suporte e mais
fácil de configurar.
Sempre use um que seu modem/operadora permita, assim facilita tudo. Se o modem não
oferecer esta opção, será necessário você fazer um processo manual, porém não vou descrever
isso aqui. Procure na Internet sobre o assunto.
O segundo passo é você entrar no site do No-IP.com e fazer um cadastro. Preencha os dados
necessários, complete todo o processo de cadastro e depois configure o seu ddns do No-IP.
Depois volte a página de configuração do modem da GVT, insira os dados da sua conta NO-IP e
salve.
Entre na aba DMS e coloque o IP do seu Roteador OpenWRT (se seguiu a risca o exemplo deste
tutorial, será 192.168.25.177 , depois salve.
Ligue o UPnP e salve...
Agora você vai ter que tentar acessar o seu roteador remotamente. Um jeito de fazer isso
é pedir para um amigo que está em outro local acessar para você ou então se tiver um
smartphone, desative o wi-fi e deixe ele conectado somente pela operadora, então vá no
navegador do seu smartphone e digite o seu ddns: nomequevcescolheu.ddns.net .Deve abrir a
página de configuração do OpenWRT. Se tentar fazer isso de um computador conectado à rede
local não vai funcionar, isso é só para acesso externo.
Para acessar o Transmission, coloque o seu ddns + porta + webgui do transmission. Seria
algo como http://nomequevcescolheu.ddns.net:9091/transmission/web. Assim você já deve
visualizar o cliente Web do transmission.
Não vou abordar detalhes desta parte aqui, tem muito material na internet ensinando a
usar serviços de DDNS, use o google e pesquise bastante se tiver interesse. Lembrando que se o
seu modem da operadora não permitir a configuração de um serviço de Free DNS, como o No-IP,
fica um pouco complicado de conseguir o acesso externo. Mas não impossível.
Agora podemos ficar bem satisfeitos, completamos as partes mais críticas da
configuração do nosso TP-Link. Trocamos o firmware, montamos um sistema de arquivos,
fizemos um swap para aumentar a memória, instalamos o transmission para cuidar dos nossos
torrents e configuramos tudo direitinho para que não trave e não nos dê dor de cabeça.
9 . Compartilhando pastas e arquivos
Lembra das pastas que criamos no nosso HD externo plugado no roteador, lá no começo
do tutorial? O que precisamos fazer agora é permitir que nosso PC com Windows enxergue as
pastas que criamos no nosso HD externo, que está plugado no roteador e mapear a pasta
“watch” para que você também tenha a opção de arrastar os arquivos torrents para dentro dela
e o transmission inicie automaticamente o download.
Precisamos também mapear nossa pasta “Arquivos” que vai ser nossa pequena nuvem
pessoal, dentro dela que vamos guardar nossos backups e coisas que são importantes. Temos
que encontrar um jeito de manipular estes arquivos e pastas pelo Windows: copiar, colar,
apagar, criar pastas, etc. Para não complicar nossa vida, temos que conseguir fazer estas
operações no roteador do mesmo jeito que fazemos no Windows, sem enrolação. É o que vamos
ver a seguir.
O que precisamos fazer para que a coisa dê certo é instalar um servidor de arquivos. E o
servidor de arquivos padrão para o Linux é o Samba. O Samba é como se fosse a implementação
do protocolo "padrão" da Microsoft para troca de arquivos em rede, é o que temos de melhor
para troca de arquivos mesmo entre duas máquinas Linux. A Microsoft chama isso de NetBios.
No OpenWRT, já existe um pacote pronto do samba para o OpenWRT. Basta instalar o
pacote samba36-server e o luci-app-samba e teremos o que precisamos para o nosso “servidor”.
Vamos instalar os pacotes agora. Entre na página de configuração do OpenWRT, vá no
menu system/software, clique em “Update packages”, aguarde finalizar, agora vá na aba
“Avaliable packages”, vá no filtro e digite “Samba”. Instale os dois pacotes (samba36-server e luciapp-samba):
Instale um por vez! Só clicar em install e aguardar finalizar. Um por um.
“A configuração do samba pode ser feita com as opções do arquivo smb.conf ou, de forma
mais limitada, pela infraestrutura do OpenWRT, no arquivo "/etc/config/samba" . Vou me limitar
ao segundo caso pois atenderá a maioria dos usuários. Quanto ao primeiro, não seria diferente de
um sistema Linux padrão. Preferencialmente altere o arquivo "/etc/samba/smb.conf.template"
pois a configuração final será obtida juntando as informações deste arquivo com o que for
configurado em "/etc/config/samba". O pacote luci-app-samba, opcional, fornece uma página na
interface WEB Luci que possibilita a configuração básica do samba ou a edição do arquivo
"smb.conf.template" sem precisar saber usar o vi.
Na interface WEB, assim como no arquivo de configuração, é bom definir o nome e o grupo
de trabalho do seu roteador. Os diretórios compartilhados são criados em um item sambashare
ou
em
"Diretórios
Compartilhados"
na
interface
Luci.”
(fonte:
http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhando-seu-hd-na-rede.html)
Agora que instalou os pacotes, na página de configuração do OpenWRT vá em services/network
shares:
Deixe desta forma:
No nosso caso, por enquanto não estamos preocupados a segurança, então vamos ativar a
opção "permitir convidados" ou "Allow guests". “Assim, não será necessário fornecer um usuário
e senha para conectar no roteador. A opção "somente leitura" vai no mesmo sentido. Só
lembrando que, por padrão, usuário sem senha assume o usuário unix nobody e este precisa ter
permissão de leitura ou escrita ou diretório para poder acessar ou escrever nos diretórios. Abra o
terminal e digite:
Chmod -R 777 /mnt/sda1
Com este comando permitimos acesso completo a todos os usuários. Só lembre que ao liberar o
acesso sem senha e com permissão de escrita a todos, seus arquivos estarão acessíveis a qualquer
usuário que tenha acesso a sua rede local. Isto inclui as suas visitas que conectam no seu wireless.
Por padrão, o acesso externo (pela internet) ao samba está bloqueado no firewall. Não
recomendaria a abertura deste servidor para a internet e, se for feito, por favor, não usem acesso
de convidados. (base/fonte: http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhandoseu-hd-na-rede.html )
Vá na pagina de configuração do OpenWRT, menu System/Startup e veja se o Samba server está
habilitado. Se não estiver, habilite:
Reinicie o roteador e aguarde.
E teste a partir de um computador. No windows, o caminho será \\<nome ou ip do
roteador\<compartilhamento> e nas interfaces gráficas do Linux, em geral, smb://<nome ou ip
do roteador/<compartilhamento>. Ex:


\\roteador\fotos ou smb://roteador/fotos
\\192.168.25.177\documentos ou smb://192.168.25.177/documentos
(base/fonte: http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhando-seu-hd-narede.html ).
Uma opção é clicar com o botão direito em meu computador ou “Este computador”, escolher a
opção “mapear unidade de rede”/Localizar e então encontrar o OpenWRT. Aqui Fica assim (dei o
nome ao /mnt/sda1 de “opwrt-storage” e compartilhei a pasta watch como se fosse outra unidade,
aí depois criei atalhos para estas pastas na área de trabalho):
Escolha pasta que vai compartilhar e dê um OK. Pode ocorrer em alguns Windows o bloqueio ao
acesso a estas pastas pelo firewall. Neste caso, depois que mapear a unidade de rede, vá em meu
computador/este computador e clique com o botão direito do mouse na unidade que você
mapeou, escolha “compartilhamento/compartilhamento avançado/ e siga os passos da imagem
abaixo:
Agora é só você clicar com o botão direito do mouse na unidade que acabou de criar, e arrastar
para a área de trabalho como atalho. Crie este atalho para a pasta arquivos. Assim, você pode
agora guardar suas coisas nesta pasta, esta é a sua “nuvem”.
Faça isso também com a pasta “watch”. Os arquivos .torrent que você baixar podem ser
salvos/movidos nesta pasta, assim o transmission detecta o torrente começa a baixar
imediatamente.
10 – hd-idle
Agora, já finalizando nossas configurações, vamos instalar um pacote para deixar o HD em
repouso depois de um certo tempo que não estiver sendo utilizado, como o Windows faz no
gerenciamento de energia. Este recurso é importante para prolongar a vida útil do nosso HD
externo. Este “programa” chama-se HD-idle.
Para instalar vá na aba System/Software, clique em Update Lists, agora vá na aba
“Avaliable Packages”, vá no filtro e digite “hd-idle”:
Instale um a um, e depois reinicie o roteador.
Após logar novamente, vá na aba services/HD-idle...
E agora basta escolher o disco e o tempo que você quer que ele desligue após ficar inativo. Aqui
ficou desta forma (O HD externo é /mnt/sda):
Depois dê um Save & Apply.
11. Conclusão
Chegamos ao fim do tutorial. Espero que tenha corrido tudo bem e que você tenha
gostado e se interessado pelo assunto. Existem outras coisas que poderiam ser feitas para melhorar
nosso pequeno servidor, como instalar o pacote mini-DLNA para distribuir seus filmes pelas suas
“smart TV” e dispositivos de mídia espalhados pela casa (Xbox, bluray, smartphones, etc), instalar
um serviço de FTP, talvez um servidor de impressão, para você conectar sua impressora e usá-la em
todos os PCs, etc. Tudo depende da sua necessidade e do seu interesse em fazer a coisa funcionar.
Outro aspecto importante que não tratamos aqui é a segurança. Realmente não usamos
senha para nada, não habilitamos o firewall nem implementamos nenhum tipo de política para
acesso ao nosso pequeno sistema. Embora eu não ache que vai surgir alguma alma maligna
tentando roubar seus arquivos e estragar suas configurações, é sempre bom ter em mente a
questão da segurança. Recomendo (e eu farei isso em breve), buscar alguma informação e tentar
melhorar a segurança deste roteador.
Recomendo procurar pelo assunto OpenWRT na internet, tem muito material mesmo,
especialmente em sites estrangeiros e fóruns, a comunidade de usuários é grande. Eu pelo menos
parti do zero e cheguei até aqui apenas “googlando” por aí e fazendo testes, como falei no início,
eu sou leigo, e a única coisa que eu queria era parar de gastar energia para baixar torrents. Com um
pouquinho de paciência e com um objetivo em mente, tudo funciona.
Até a próxima.
12. Referências:
1. http://www.hardmob.com.br/internet-redes-and-telefonia-fixa/465602-openwrt-instalacaoconfiguracoes.html
2. http://www.rodrigorodrigues.info/2012/01/05/openwrt-fazendo-magica-com-linux-no-roteadorparte-1/
3. http://mndti.com/view/1129-tp-link-wr1043nd-openwrt-samba-e-torrent/1210-barrier-breaker1407-extroot
4. http://wiki.openwrt.org/doc/howto/extroot#openwrt.barrier.breaker.trunk
5. https://forum.openwrt.org/viewtopic.php?id=55151
6. http://luizluca.blogspot.com.br/
7. http://wiki.openwrt.org/
Apendice A: Recuperando-se de um desastre.
Mesmo seguindo as instruções, podemos cometer um erro, esquecer algum detalhe,
enfim. Dependendo do que for, você pode perder o acesso ao seu roteador. Isto aconteceu comigo
três vezes durante as experiências, mas sempre consegui reverter. Na verdade, o mais perigoso é se
no momento que você estiver gravando o firmware, ocorrer queda de energia ou algo do gênero. Aí
não tem jeito... melhor comprar outro. Tem alguns tutoriais que mostram tentativas para
recuperar, mas pelo que vi a chance de sucesso é mínima.
Mas usem isso se não tiver outro jeito, porque você vai perder tudo que fez e o roteador
vai voltar ao padrão, com o OpenWRT “virgem” e sem nenhum pacote instalado. Vamos começar:
Veja que atrás do TP-Link WDR3600, tem um botão wps/reset:
Faça assim:
1.
2.
Desligar o roteador;
Religue-o e fique pressionando rapidamente o botão wps/reset até o LED SYS acender:
Depois que ele acender espere este LED ficar piscando bem rápido, isso indica que o
modo failsafe está ativo;
4. Agora você vai plugar o roteador com um cabo de rede direto no seu PC, da mesma
forma que fizemos no início deste tutorial (ver passo 4), configurando o IP do Windows
para estar na mesma rede do TP-Link, que é a 192.168.1.x.
3.
Estando no modo Failsafe, basta acessar o roteador via Telnet, no endereço 192.168.1.1. Isso
pode ser feito usando o cliente telnet do Windows ou PuTTY. Se form no Windows é só abrir uma
janela de prompt de comando e digitar: telnet 192.168.1.1.
Após o login, que não necessita de usuário nem senha, basta executar o comando:
firstboot
Agora só começar tudo outra vez.

Documentos relacionados

Clique aqui para fazer o do tutorial em

Clique aqui para fazer o do tutorial em memória, etc), mas com uma antena wi-fi a mais. Se preferir, pode usar este modelo para configurar nosso torrent box, as configurações são exatamente as mesmas, só muda a versão de firmware OpenWRT...

Leia mais