Estado da arte em métodos alternativos para avaliação - IPD

Transcrição

Estado da arte em métodos alternativos para avaliação - IPD
Estado da arte em métodos
alternativos para avaliação de
segurança e eficácia em cosméticos
Silvia Berlanga de Moraes Barros
• Inovação em cosméticos – eficácia e
segurança
• Porque testes alternativos
• Conceito de métodos alternativos
• Eficácia – testes em humanos
• Segurança
Desafios na inovação em cosméticos
Avaliação de Eficácia e Segurança
Inovação incremental – aperfeiçoam-se produtos,
processos ou serviços.
Lista positiva de ingredientes
Avaliação de segurança e eficácia testes em
humanos
Pode se desenvolver em prazo curto
Inovação radical: com base em descobertas ou bases
inteiramente novas de conhecimentos, modificam um
produto, serviço ou processo.
Nem sempre ocorre a curto prazo.
Porque Testes Alternativos
Russell and Burch in 1959 - "The Principles of Humane
Experimental Technique."
O principio dos 3 Rs
 Reduction
 Refinement
 Replacement
Marco na história dos
testes alternativos
Porque Testes Alternativos
EU Directive 86/609/EEC
Proteção dos anmais usados para fins experimentais ou
outros fins científicos
Artigo 7.2:
Um experimento não deve ser realizado se outro método
científicamente satisfatório que permita obter resultados
semelhantes, sem o uso de animais esteja disponível e possa ser
realizado na prática.
Artigp 23:
A Comissão e os estados membros devem estimular a pesquisa
para o desenvolvimento e validação de técnicas alternativas que
forneçam o mesmo nivel de informação que os obtidos em
experimentos com animais, que empreguem menos animais ou
que provoquem menso dor.....
Porque Testes Alternativos
7a emenda
27 de fevereiro de 2003, Directiva 2003/15/EC
Testing ban - Proibiu a realização de testes em produtos cosméticos
acabados e ingredientes para cosméticos em animais
Aplicação imediata em setembro de 2004
Market ban - proibiram a comercialização na Comunidade
Européia, de produtos cosméticos acabadaos e ingredientes para
cosméticos que forem avaliados em animais
Aplicação imediata em setembro de 2004 ou logo de
métodos alternativos tenham sido validados pelo ECVAM e
adotados pela legislação da EU. Prazo máximo 6 anos, 11 de março
de 2009, independentemente da disponibilidade de testes
alternativos ao uso de animais.
Para toxicidade com doses repetidas, toxicidade sobre a
reprodução e toxicocinética - prazo 11 de março de 2013
Porque Testes Alternativos
LEI Nº 11.794, DE 8 DE OUTUBRO DE 2008
Brasil – Lei Arouca – Criação do CONCEA -Conselho Nacional de Controle de
Experimentação Animal
Artigo 5º - III - monitorar e avaliar a introdução de técnicas alternativas
que substituam a utilização de animais em ensino e pesquisa;
Decreto 6.899/09, que regulamenta a Lei 11.794/2008
Define Métodos Alternativos
Procedimentos validados e internacionalmente aceitos que garantam resultados
semelhantes e com reprodutibilidade para atingir, sempre que possível, a mesma
meta dos procedimentos substituídos por metodologias que:
• não utilizem animais
• usem espécies de ordens inferiores
• empreguem menor número de animais
• utilizem sistemas orgânicos ex vivos ou
• diminuam ou eliminem o desconforto
Métodos Válidos x Métodos Validados
• Métodos alternativos válidos: são técnicas que não
necessariamente tenham passado pelo processo
completo de validação, mas para as quais existe
quantidade de dados suficientes provando sua
relevância e confiabilidade
• Métodos alternativos validados: são os métodos para
os quais a relevância e confiabilidade estão
estabelecidas para um propósito particular de acordo
com critérios determinados por órgãos oficiais
PAUWELS; ROGIERS, 2004
Validação de Testes Alternativos
International Cooperation on Alternative Test Methods (ICATM)
USA
ICCVAM - Interagency Coordinating Committee on the Validation of Alternative
Methods – 1997 – NIEHS – 15 Agencies including FDA, EPA and the ATSDR – Agency
for Toxic Substances and Disease Registry.
NICEATM – National Inter-agencies Center for Evaluation of Alternative Methods –
1998 – NTP – operational support to ICCVAM
CANADA
EUROPE ECVAM –European Center
for the validation of Alternative
Methods - 1991 – European Directive
86/609/EEC
JAPAN – JACVAM Japanese Center for the Validation of
Alternative Methods
KOREA - KoCVAM (Republic of Korea's Centre for the
Validation of Alternative Methods)
BRASIL – Brazilian Center for the validation of Alternative Methods –
INCQS and ANVISA, 2012.
Guias Validados e Harmonizados
34 members countries
International Conference on Harmonisation of
Technical Requirements for Registration of
Pharmaceuticals for Human Use
Section 1: Physical Chemical Properties
Section 2: Effects on Biotic Systems
Section 3: Degradation and Accumulation
4: Health Effects
Section 5: Other Test Guidelines
Validated in vitro test OECD guidelines
• Test No. 456: H295R Steroidogenesis Assay
• Test No. 455: The Stably Transfected Human Estrogen
Receptor-alpha Transcriptional Activation Assay for
Detection of Estrogenic Agonist-Activity of Chemicals
Toxicidade Ocular
• Test No. 437: Bovine Corneal Opacity
and Permeability Test Method
• Test No. 438: Isolated Chicken Eye
Test Method
Validated in vitro test OECD guidelines
TESTES PARA AVALIAR GENOTOXICIDADE E MUTAGENICIDADE
•Test No. 471: Bacterial Reverse Mutation Test
•Test No. 473: In vitro Mammalian Chromosome Aberration Test
•Test No. 476: In vitro Mammalian Cell Gene Mutation Test
•Test No. 479: Genetic Toxicology: In vitro Sister Chromatid
Exchange Assay in Mammalian Cells
•Test No. 480: Genetic Toxicology: Saccharomyces cerevisiae,
Gene Mutation Assay
•Test No. 481: Genetic Toxicology: Saccharomyces cerevisiae,
Miotic Recombination Assay
•Test No. 482: Genetic Toxicology: DNA Damage and Repair,
Unscheduled DNA Synthesis in Mammalian Cells in vitro
•Test No. 487: In Vitro Mammalian Cell Micronucleus Test
Validated in vitro test OECD guidelines
Testes para avaliação de segurança de produtos de uso
tópico (cosméticos)
•Test No. 435: In Vitro Membrane Barrier Test
Method for Skin Corrosion
•Test No. 430: In Vitro Skin Corrosion: Transcutaneous
Electrical Resistance Test (TER)
•Test No. 431: In Vitro Skin Corrosion: Human Skin
Model Test
•Test No. 439: In Vitro Skin Irritation
Reconstructed Human Epidermis Test Method
Validated in vitro test OECD guidelines
• Test No. 432: In Vitro 3T3 NRU Phototoxicity
• Test No. 428: Skin Absorption:
In Vitro Method
BACKGROUND – Sens-it-iv project
• Develop in vitro alternatives to animal tests currently used for the risk
assessment of potential skin or lung sensitizers
• 28 partners: 9 industries + 15 universities + 4 organizations
• Focus on allergens
- Worldwide health problem
- Skin and lung are the most important targets for allergens
• Major Sens-it-iv delivery is a 2-tier assay capable of identifying and ranking
sensitizer potency
NCTC2544 IL-18 assay
Epidermal Equivalent potency assay
Corsini E. et al., 2009. Toxicol in Vitro 23(1):789-96
dos Santos GG. et al., 2009. Toxicol In Vitro 23(2):349-55
dos Santos GG. et al., 2011. Toxicol In Vitro 25(1):347-57
TIER approach
for eye irritation
evaluation
Combination of
tests in a
sequencial way
REGULAMENTAÇÃO BRASILEIRA
• Guia para Avaliação de Segurança de Produtos
Cosméticos, ANVISA, 2012
• Caráter de orientação
Uma vez que o produto cosmético é de livre
acesso ao consumidor, o mesmo deve ser seguro
nas condições normais ou razoavelmente previsíveis
de uso. A busca dessa segurança deve incorporar
permanentemente o avanço do estado da arte da
ciência cosmética.
REGULAMENTAÇÃO BRASILEIRA
• A avaliação da segurança está baseada na
avaliação do risco e deve considerados
parâmetros toxicológicos dos ingredientes
com base em dados atualizados, observadas
as condições de uso do produto cosmético e o
perfil do consumidor alvo
Risco = toxicidade x exposição
REGULAMENTAÇÃO BRASILEIRA
• Risco de produtos cosméticos
Toxicidade das substâncias isoladas
Formulações
Interações entre substâncias
Modificações de liberação
Nível de exposição
• Embora os produtos cosméticos sejam aplicados
topicamente, um ou mais de seus ingredientes podem
permear a barreira cutânea, enquanto que outros, devido à
sua apresentação e modo de uso, podem ser ingeridos ou
inalados, como por exemplo, os dentifrícios, enxaguatórios
bucais e spray para cabelos.
• A avaliação de toxicidade de um ingrediente
cosmético está intimamente relacionada à
natureza físico-química do ingrediente e à
metodologia de avaliação utilizada (via de
administração, tempo e frequência de
exposição, entre outros).
• Por esta razão, guardadas as respectivas
particularidades de cada ingrediente, o
Scientific Committee on Consumer Safety
(SCCS) tem indicado a realização dos seguintes
ensaios pré-clínicos:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Toxicidade sistêmica aguda;
Corrosividade e irritação dérmica;
Sensibilização cutânea;
Absorção/penetração cutânea;
Doses repetidas;
Mutagenicidade/genotoxicidade;
Toxicidade subaguda e subcrônica;
Irritação ocular;
Irritação de mucosas;
Efeitos tóxicos induzidos pela radiação UV (fototoxicidade,
genotoxicidade,
fotoalergia);
Carcinogenicidade;
Toxicidade do desenvolvimento e reprodutiva
(teratogenicidade);
Toxicocinética e Toxicodinâmica.
Eficácia
• Depende finalidade do produto
• Garantir que o produto atinja o alvo desejado
Ex.
 Fotoproteção – camada superficial da pele
 Estimulo a produção de colágeno – derme
Métodos in vitro para eficácia podem não responder
perguntas sobre liberação em camadas específicas da
pele
Métodos in vitro de permeação cutânea
Eficácia e Segurança
• Dois princípios básicos devem ser observados nos
testes sem uso de animais para avaliação de
segurança e eficácia.
1) Garantir que o produto atinge o alvo desejado
Atividade antioxidante em testes in vitro não
significa que atingirá as camadas da pele onde se
espera a atividade.
2) Aproximação com a situação em humanos
(linhagens celulares, tecidos biomiméticos)
3) O teste se aproxima da situação de uso humano
OBRIGADA PELA ATENÇÃO
[email protected]