PDF – 6,8MB - RRPP Atualidades Online

Transcrição

PDF – 6,8MB - RRPP Atualidades Online
RRPPAtualidades
Versão digital: www.rrpponline.com.br
Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS Ano 16 n° 31 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2010
BRUNO TODESCHINI/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA
ABRAPCORP
A materialização
dos teóricos
Ícones dos livros
de Comunicação
Organizacional
participam de encontro
nacional na PUCRS
FOTOS MARIANA FONTOURA/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA
SEM FRONTEIRAS
• PUCRS recebe estudantes de todo o mundo e os daqui vão para o exterior
∆∆ Fotografe
com o celular
e entre direto
no site
2
RRPPAtualidades/JULHO 2010
CONGRESSO BRASILEIRO
MÁRCIO OLIVEIRA/ RRPP
∆∆ As lideranças da área: Cláudia Moura, Sidinéia Freitas, Marlene Marchiori, Esnel Fagundes, Maria Aparecida Ferrari, João
José Curvello, Ivone de Lourdes Oliveira, Márcio Simeone, Valéria Lopes, Rudimar Baldissera e Margarida Kunsch
Abrapcorp traz a Porto Alegre
• Durante três dias, Congresso Brasileiro de Comunicação Organizacional discutiu na PUCRS
a presidente da entidade,
Profª. Drª. Margarida
Kunsch; a diretora da
Famecos, Profª. Draª.
Mágda Cunha; o diretor
da Fabico, Prof. Dr. Ricardo Schneider da Silva;
a coordenadora do PósGraduação da Fabico,
Profª. Drª. Maria Helena
Weber, e a Coordenadora Geral do evento, Profª.
Drª. Souvenir Dornelles.
Os professores Magda,
Ricardo e Margarida
agradeceram a presença
de todos, destacaram a
importância do evento
para a área da coFOTOS BRUNO TODESCHINI/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA
municação e desejaram a todos
boas discussões
e trocas de expe- ∆∆ Nicole d´Almeida, da Sorbonne, Paris
mesma esfera comunicacional. Diriência.
A conferência de aber- vidiu em dois tópicos os chamados
tura esteve a cargo da fran- “relatos do bem-comum”. São eles:
cesa Nicole d´Almeida, os relatos da casa, que partem do
professora da Universi- interior da organização, fazendo
dade Sorbonne de Paris. parte da sua história e são destinaAbordou “Opinião pública dos a fortalecer o local de trabalho;
e construção da imagem e os relatos de engajamento de ininstitucional”. Para ela, teresse público, com uma missão
a comunicação organiza- superior. “A troca comercial deve
cional é um processo de passar pelo pessoal, pela troca de
linguagem,
conversação valores e o bem-estar da humanie práticas, relacionando dade, mantendo uma relação homarketing, relações públi- rizontal com os públicos”, disse a
cas e administração numa conferencista.
∆∆ Debates lotaram o teatro do prédio 40 do campus da PUC
O IV Abrapcorp – Congresso
Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações
Públicas, realizado em Porto Alegre, oportunizou aos acadêmicos
de RRPP o contato face a face com
grandes teóricos e pensadores conhecidos, até então, apenas em
textos e artigos indicados por seus
professores. Entre eles, desfilavam
pelos painéis Margarida Kunsch,
Sidnéia Freitas e Celsi Silvestrin.
A quarta edição do evento,
tendo como tema central “Comunicação Pública: interesses públicos e privados”, ocorreu nos dias
20, 21 e 22 de maio no teatro do
prédio 40 da PUCRS. Tratou-se de
uma promoção conjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (Famecos/PUC-RS)
e a Faculdade de Biblioteconomia
e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(Fabico/UFRGS), Foram dias de
intensa movimentação na comunidade acadêmica com palestras,
painéis e oficinas que propiciaram
a interação entre teoria e prática e
a troca de impressões entre autor e
público leitor.
A solene abertura foi introduzida pelo assessor da Coordenadoria
de Relações Públicas da Famecos,
Uriel Ricachenevsky. Ele convidou
para participar da mesa do evento
RRPPAtualidades/JULHO 2010
Sidinéia e Kunsch
em destaque
A propaganda
eleitoral
A professora Sidinéia Freitas
(ECA-USP) sublinhou a “participação efetiva” dos associados e dos
estudantes de graduação “neste
mundo de redes sociais que hoje
abre um espaço de uma forma
muito clara para multidisciplinaridade”. A professora Margarida
Kunsch (também ECA-USP) vê um
avanço nos estudos do campo na
Comunicação Organizacional.
Sob a coordenação da professora da UFRGS Maria Berenice
Machado, a oficina de Propaganda
Política no IV Congresso Abrapcorp consistiu de uma apresentação em slides, debates e filmes. Foi
mostrado um panorama de toda a
história da política desde os seus
primórdios, passando desde Roma
e Grécia até os dias atuais. “A política não é tudo, mas tudo é política”, disse a palestrante.
CELINA GOMES, MÁRCIO OLIVEIRA
E PÂMELA STODUTO
GABRIELA MOSCOVICH
3
Política centraliza debate em grupo
A Profª Drª Ana Lucia Novelli,
da Universidade Católica de Brasília, coordenou o GT Comunicação
Pública, governamental e política.
Os estudos abordaram os processos que envolvem a gestão das redes públicas do país. Os trabalhos
abordam Comunicação, Política e
Democracia, TV Pública Digital,
TV Câmara, A Justiça em Pauta e a
Análise e Avaliação de Processo em
Relações Públicas Governamental.
Matheus Lock e Rudimar Baldissera (ambos da UFRGS) apresentaram o trabalho “Comunicação
política on-line: estratégias de administração da visibilidade no ambiente da Web 2.0”. Foi analisada a
campanha eleitoral do presidente
Barack Obama. O modo como o
ambiente online e as redes sociais
foram articulados para atingir os
eleitores, organização dos voluntários, arrecadação de verbas e monitoramento da opinião pública. Slogans com conceitos de esperança
similares ao “Yes we can” também
são utilizados”, observou Lock.
PAULA PASSOS
teóricos de Relações Públicas
o desenvolvimento das estratégias das instituições aplicadas nas esferas públicas e privadas
“Brasil, grande país que eu
amo.” Foi com esse entusiasmo que
o ensaísta, escritor e jornalista Stefano Rolando iniciou a conferência
da segunda manhã do IV Congresso
Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, da Abrapcorp, no dia 21 de
maio, no Teatro do Prédio 40 da
PUCRS. O italiano veio a Porto Ale-
gre a fim de debater o tema “Comunicação Pública: Interesses Públicos e Privados”. Durante o evento,
despertou a plateia para questões
relativas à felicidade, cidadania e
democracia.
Formado em Ciências Políticas
(Universitá IULM – Milão), com
especializações nas áreas de Planejamento Estratégico e Economia, o
FOTOS BRUNO TODESCHINI/ ESPAÇO EXPERIÊNCIA
conferencista trouxe à tona a discussão da felicidade sob uma ótica
pública. “Quem disse que a felicidade é um bem particular, privado?
Quem disse que a felicidade não é
um problema público?”, indagou
o cientista. Segundo ele, a felicidade pode ser entendida como um
sentimento coletivo, um direito de
todos os cidadãos e, portanto, um
processo que depende das políticas
governamentais.
Stefano ressaltou o papel da
comunicação para a conquista do
bem-comum: “os comunicadores
são os arquitetos sociais”. Tais profissionais projetam e constroem a
ponte que liga os interesses da po-
pulação aos das instituições, sempre mantendo a lealdade perante
ambos os lados. Urgem trabalhar
com base na “estatística verdadeira”, aquela que ultrapassa o valor
numérico, revela os contextos históricos intervenientes. A comunicação de utilidade pública tem a missão de clarificar as leis para que a
população possa utilizá-las a favor
do desenvolvimento nacional.
ALINA SOUZA, CAROLINA BOLZAN,
DÉBORA SZCZESNY, MARTA CAPITÃO,
REBECA D’ALBERTO, JULIA WILHELM,
LARISSA GENEHR, MAYARA ALOY,
MAYRA MAGGENTI TELMA LAMBERT,
FRANCISCO BARROS E DEISI CONTERATTO
A organização do Congresso
∆∆ Stefano Rolando, professor italiano de Milão
Trabalhar no IV Congresso
do Abrapcorp foi uma experiência
inusitada. Nos três dias de evento,
as funções foram as mais diversas.
Os 11 volantes do Núcleo de Eventos estiveram envolvidos em todos
os turnos em que o evento aconteceu e contaram com o apoio de
mais 20 alunos que trabalharam
voluntariamente.
Muitos acreditam que sabem
trabalhar em grupo e receber críticas. É muito fácil trabalhar com
nossos amigos e colegas, contudo
no momento em que somos confrontados com pessoas diferentes
e opiniões opostas, a situação complica. Aceitar diferenças, escutar
reclamações e, ao mesmo tempo,
manter o sorriso não é fácil. É uma
tarefa que necessita preparo psicológico e, como diz a mestre Neka
Machado, muito açúcar e afeto.
Gostaríamos de agradecer todo
o empenho oferecido pelos monitores e, principalmente, à Vanessa
Purper e Neka Machado, que tanto
se dispuseram para sanar nossas
dúvidas e ajudar em momentos de
dificuldade.
JOANA OLIVEIRA E MARIANA MUNIZ
4
COMUNICAÇÃO
RRPPAtualidades/JULHO 2010
TWITTER
Uma febre contagiante
Uma das redes sociais de
comunicação mais utilizada
atualmente, o Twitter, conta
com a presença de inúmeras
celebridades, tais como o escritor Paulo Coelho, a humorista do Pânico na TV Sabrina
Sato, a atriz Luana Piovani, o
apresentador do CQC Rafinha
Bastos e a cantora Pitty. Eles
usam deste meio para interação com seus fãs,
é uma maneira
de ficarem mais
próximos.
Criado em
março de 2006
por Evan Williams, Biz Stone e
Jack Dorsey, é
uma ferramenta gratuita, que
pode ser utilizada por qualquer internauta sem convite,
basta entrar no site, fazer o cadastro e em seguida começar
a “seguir” (termo usado pelos twitteiros). E o mais legal
é que pode ser atualizado de
qualquer lugar e acessado via
celulares e smartphones.
O Twitter hoje é muito
procurado por ser um serviço
prático para publicar e receber
mensagens de pessoas que fazem parte de uma mesma rede
de contatos. Possibilita, assim,
a postagem de mensagens,
também chamadas de tweets,
como:
novidades, notícias,
links interessantes, links de
conteúdos multimídias, coisas
do cotidiano, acontecimentos,
localização, conversas, qualquer coisa que venha à cabeça.
Isso é o que desperta a curiosidade em usar e abusar desta ferramenta, pois é de uso
pessoal e sem moderações,
um meio de comunicação com
inúmeras pessoas de diversos
lugares.
O melhor é que não tem
limite de “following/seguidores”, mas possui um limite de
140 caracteres, que é o suficiente, comparando-se a uma
MÁRCIO OLIVEIRA/ RRPP
“ Uso meu
twitter para
atingir os
alunos de
forma rápida
e eficaz. ”
(Vanessa
Purper)
mensagem de celular. Ser objetivo, é o objetivo do twitter.
Como participar
Nunca um “@” foi tão usado. Escrever uma mensagem
diretamente a alguém é como
escrever um e-mail: é necessário usar o “@” seguido do endereço do destinatário, criado
pelo usuário (utilizado para
enviar e receber
mensagens). E
a quantidade de
RTs inesperados, conhecido
pelos twitteiros
por
retweets,
não é nada mais
do que uma repetição de um tweet/post/
mensagem já públicado, uma
informação compartilhada a
mais “seguidores”.
Uma das curiosidades do
Twiitter são as imagens usadas como identidade visual. O
cantar entrecortado dos pássaros caracterizado por sons
curtos, agitados e agudos, em
inglês, é que dá significado ao
nome “twitter”. Não é à toa
que o simbolo principal é o
pássaro. Já a imagem da baleia carregada por pássaros,
representa uma sobrecarga
em solicitações ao servidor,
e a coruja, aparece em páginas
suspensas/bloqueadas
por spammers, como se fosse
uma mensagem de “estamos
de olho”.
Depois de voar nas asas do
Twitter, difícil querer pousar.
Vanessa Purper, professora da
Famecos, diz usar seu Twitter
para atingir os alunos de forma rápida e eficaz. Para ela, o
uso dessa ferramenta agrega
informações importantes com
rapidez e agilidade. “Proporciona uma multiplicidade de
informações”, destaca a professora.
MÁRCIO OLIVEIRA
PÂMELA STODUTO
∆∆ Vanessa Ourique Purper é professora da Faculdade de Comunicação Social
da PUCRS, formada em Relações Públicas pela Famecos (2001/2), com atuação
durante seis anos no mercado internacional de RRPP, voltado ao terceiro setor.
Neste tempo, cinco anos foram dedicados em experiências na África do Sul. Atualmente leciona algumas disciplinas do curso de RRPP e é co-coordenadora do
Núcleo de Eventos do Espaço Experiência da Famecos. (Damiela Jalmusny)
“Anos atrás
víamos sempre
o desenho
dos Jackson’s
que sempre
se mostravam
vivendo no
futuro, hoje
aquele futuro
é o presente”,
comentou
Marcelo Tas.
Inovar na era digital
Marcelo Tas, que atualmente apresenta o Programa
CQC nas noites de segundafeira na Band, esteve dia 6 de
maio na FIERGS para falar
sobre Inovação: A Criatividade
na era Digital. De uma maneira
bem descontraída e agradável,
o dinâmico Marcelo quebrou
o gelo e abordou o tema sem a
formalidade das palestras tradicionais.
As informações hoje circulam muito, correm o mundo
em questão de minutos. E por
estar falando em criatividade na era digital, Marcelo cita
Alec H. Reeves que revolucionou a comunicação visualizando as ondas elétricas, onde a
informação começa a chegar
a todos os lugares, pela informação circular. Depois traz
Arthur C. Clarke que criou os
satélites, trazendo então dois
nerds, que inovaram a área
digital. Logo, usou de exemplo, os celulares, chamados de
“tijolão” e também o aparelho
“startac” que, na sua época de
lançamento, revelavam status
para a sociedade.
Marcelo Tas apresentou
três virtudes da era digital:
1) Colaboração. Exemplo: a
Wikipédia; 2) Transparência.
Exemplo: o Twitter; 3) Ouvir.
Exemplo: o manual do Twitter,
o prefácio foi elaborado com
contribuição de twitteiros.
Ele conclui com a última dica:
“Neste mundo que se transforma tão rapidamente, caso
você não consiga acompanhar,
observe o comportamento das
crianças. Elas são fortes consumidores”.
THAMIRA MENDINA,
MAYARA ALOY, PAMELA STODUTO,
LARISSA GENEHR,
CAMILA PIAN E MÁRCIO OLIVEIRA
INTERCÂMBIO
RRPPAtualidades/JULHO 2010
5
PRODUÇÃO ESPAÇO EXPERIÊNCIA
VIVA
∆∆ Intercambistas da África juntamente com alunas da PUCRS, Virginia, Caroline, Iabna, Paula, Deoclidiana , Ussumane e Rebeca
ESTE
MUNDO, PUCRS
• A cada semestre, a Famecos recebe estudantes provenientes de
diversos países. Eles buscam encontrar um ambiente receptivo
para proporcionar novas oportunidades, complementação de
conhecimentos técnicos, assim como expansão cultural.
Os estudantes estrangeiros que procuram
qualificar sua formação, encontram no intercâmbio possibilidade para isso. É através dele
que muitos alunos interagem com o mundo em
experiências acadêmicas e profissionais. Além
de adquirir conhecimentos linguísticos e formação, os intercambistas somam às suas culturas,
muitas outras.
Diversos países possuem universidades
com parcerias firmadas com a PUCRS. São estes: Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, China,
Coréia do Sul, Espanha, EUA, França, Israel,
Itália, México, Noruega, Japão, Portugal, Uruguai, Áustria, Dinamarca, Finlândia, Suécia e
vários países da África. Através desse vínculo,
há uma facilidade de locomoção e interação dos
estudantes entre as universidades. A Assessoria
para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais é um órgão vinculado à Reitoria da PUCRS
e tem como principal objetivo articular estes
contatos com as instituições.
A Famecos recebeu no segundo semestre de
2009 até o início deste ano 12 estudantes intercambistas, provenientes de Guiné-Bissau, Cabo
Verde, Japão e França. Três intercambistas africanos de Relações Públicas relataram suas experiências aqui no Sul à revista e site RRPP Atualidades. Iabna Faga, 20 anos, diz que sempre
sonhou em conhecer culturas diferentes e luga-
formada, ela pretende voltar para casa. “Tenho
um compromisso com o meu país como cidadã,
trabalhar lá é uma honra e ajudar no seu desenvolvimento também”, enfatiza a estudante.
Ao contrário de sua amiga Deoclidiana, Ussumane Djaló, 20 anos, pretende ficar por aqui
a vida toda, tentar uma oportunidade de mestrado e constituir uma família. “As maiores dificuldades que eu encontrei aqui no Brasil é que
os costumes de Guiné-Bissau são diferentes,
cultura diferente, alguns povos do Rio Grande
do Sul são fechados, e também porque fiquei um
mês e meio sem fazer o TRI e gastei todo o meu
dinheiro pra pegar ônibus pra vir à faculdade”,
lamentou o africano.
Por trás de cada um desses relatos sabe-se
que existe uma história de vida. Deixar seu país
de origem, familiares, raízes culturais e ir para
outro lugar não é tarefa fácil para ninguém. Sabendo disso é que a Famecos tem o prazer de
acolher em seu ambiente acadêmico todos estes
alunos.
res que aprimorassem seu conhecimento. “Eu
escolhi o Brasil porque é o país que mais coopera diplomaticamente com Guiné-Bissau”, conta.
Ele prestou vestibular na embaixada brasileira
e foi enviado à PUCRS. Reconheceu o prestígio
da Universidade no Brasil e ao ingressar não se
arrependeu. “Fui recebido trilegal pelos alunos
CAROLINE TRAMONTINA
e professores da Unidade”, disse Faga, que pelo
PAULA PASSOS
visto já está se aculturando.
REBECA MATIUZZI
Deoclidiana Cassamá, de
19 anos, confessa que não escolheu o Rio Grande do Sul e
nem a PUCRS porque nem sabia que existia um estado com
esse nome nem essa instituição.
“Mas quando fui selecionada
para estudar aqui, nossa, comecei a imaginar como será que
é a cidade e o que eu vou fazer
lá? Depois que cheguei aqui,
queria mudar para o Nordeste.
Após um semestre decidi ficar
porque é muito legal a maneira
como a PRAC trata a gente”, relata a intercambista também de
Guiné-Bissau. Cassamá afirma
que uma de suas maiores dificuldades foi enfrentar o frio
do inverno gaúcho. Depois de
∆∆ Intercambistas da França, Lea, Jean, Alison
6
RRPPAtualidades/JULHO 2010
INTERCÂMBIO
VIAGEM AO
CONHECIMENTO
• Os estudos pelo mundo enriquecem o currículo
e ampliam possibilidades para estágios e empregos
ACERVO PESSOAL
ticas das escolas e dos
O mercado de tracursos oferecidos.
balho se encontra em
A estudante Viviaum momento de dispune Lutz Bueno, gradutas acirradas por uma
ada em Engenharia de
vaga, apenas os concorMateriais pela UFRrentes mais qualificados
GS, foi selecionada
se destacam e é necespelo professor Carlos
sário buscar meios de
Bergmann (Laboratóse diferenciar da grande
rio de Cerâmicos - LAmassa. Frente a esse
CER/UFRGS) para o
panorama, uma opção
programa com bolsacada vez mais procuraauxílio em passagens
da pelos estudantes são
aéreas, moradia e saos programas que prolário mensal para esporcionam experiências
tudos na Suíça. Ela foi
no exterior. Nesse queescolhida pelo mérito
sito, existe um variado
acadêmico, baseandoleque de possibilidades,
∆∆ Daniela Carrion na Australian College of English
se,
principalmente,
como mobilidade acatrangeiros. No caso de instituições
no currículo escolar e
dêmica, estágio, dupla
diplomação, mestrado, doutorado, pagas, o normal é que o aluno siga na carta de motivação. “A recepção
entre outros. O programa mais quitando as mensalidades em sua no país estrangeiro foi muito boa,
procurado entre jovens que cursam universidade de origem, ficando pois éramos estudantes vindos de
sua primeira graduação é o de mo- isento da taxa universitária do país diferentes lugares do mundo com
bilidade acadêmica, oferecido por visitado. Enquanto estiver no exte- o mesmo objetivo. Durou um ano”,
rior, o aluno é responsável por suas contou Viviane. Apesar dos pondiversas universidades.
A mobilidade acadêmica acon- despesas extras como hospedagem tos negativos como a distância dos
tece através de um convênio feito e alimentação, salvo em casos raros amigos e da família, a gaúcha enuentre universidades nacionais com onde universidades públicas ofe- mera os pontos positivos: o crescioutras do exterior e o processo é recem bolsas para despesas extra- mento pessoal, a oportunidade de
conhecer diferentes culturas, viajar
semelhante em praticamente to- acadêmicas.
para outros países e aprender uma
das as instituições de ensino que
nova língua.
o oferecem. O que ocorre é como Malas prontas
No entanto, em muitos casos,
uma troca, a universidade manda
Escolhido o destino, é impresestudantes para o exterior por um cindível, para qualquer viagem de os estudantes procuram algo além
período de seis meses a um ano e, estudos, saber pelo menos o básico da experiência profissional, que
ao mesmo tempo, recebe alunos es- do idioma local, analisar o custo- acrescente à sua formação pessoal.
benefício, o clima e ter informa- Muitas vezes é a primeira vez que
ções sobre o visto. O essencial é os jovens se veem realmente indejá embarcar com todas as dúvi- pendentes, sozinhos em um lugar
das respondidas e a viagem pla- ao qual não estão familiarizados.
nejada. Empresas de turismo, Todos esses fatores propiciam o
como a Real Intercâmbio, dis- amadurecimento do jovem para
ponibilizam em sua home page a a vida adulta. É o exemplo de Daescolha de cada detalhe do curso niela Carrion Venturini, estudante
no exterior, esclarece dúvidas e de Relações Públicas da Famecos/
compara cursos em escolas de PUCRS. “Nunca passei dificuldade
diversos países do mundo, além alguma na minha vida, então pra
∆∆ Viviane Lutz fez estágio na Suíça de analisar preços e caracterís- mim foi outro aprendizado. Ter que
MOBILIDADE
ACADÊMICA
PUCRS
O Programa de Mobilidade Acadêmica da PUCRS é oferecido exclusivamente para seus alunos de
Graduação.
Quem pode participar:
•Ter cursado pelo menos 25% de
seu curso;
•Ter Idade mínima de 18 (dezoito)
anos;
•Apresentar Coeficiente de Rendimento igual ou superior a 5.0;
O PMA terá a duração máxima de dois semestres letivos (consecutivos ou não).
Verifique junto ao Núcleo de Mobilidade Acadêmica se as inscrições estão abertas para a Universidade desejada no semestre de seu
interesse.
Países parceiros:
ITÁLIA, PORTUGAL, SUÉCIA,
ÁUSTRIA, DINAMARCA,
ESPANHA, FINLÂNDIA,
FRANÇA e ALEMANHA
estar sozinha é uma coisa que as
pessoas acham que conseguem mas
no fundo não. Um encontro entre o
‘mim’ e o ‘eu mesmo’. Aprendi a ser
mais auto-suficiente, não financeiramente, mas mental e psicologicamente”, enfatiza.
O convívio com outra cultura
também é de grande valia na formação de adultos melhores, mais
conscientes e tolerantes quanto às
diferenças entre cada individuo.
Segundo Daniela Venturini, que fez
intercâmbio para Sydney, Austrália, “o melhor aprendizado foi conviver com o diferente, aprender a
respeitar, compreender”. Manoela
Canova, estudante de Engenharia
Química/UFRGS e intercambista
que retornou da França em 2009
(com o objetivo de dupla diplomação), reforça a visão de Daniela ao
afirmar que “conhecer e se integrar
a uma nova cultura e ter a oportunidade de conhecer novos lugares
pelo mundo, é, com certeza, muito
enriquecedor”.
FUTEBOL
RRPPAtualidades/JULHO 2010
FOTOS ACERVOS PESSOAIS
7
FOTO DIVULGAÇÃO
MARKETING
PROMOCIONAL
∆∆ Manoela Canova em Paris
É consenso entre os estudantes intercambistas que a experiência de estudar no exterior se torna
valiosa, tanto no sentido profissional quanto no pessoal – um investimento que será útil a vida inteira.
Daniela Venturini comenta que é
uma viagem cara, mas afirma que a
relação custo-benefício compensa.
“Aprendi em quatro meses a falar
inglês fluente, sendo que em três
anos de curso de inglês mal aprendi o básico”, no entanto, é necessário um bom planejamento para que
não ocorram imprevistos. Por se
estar em um país estrangeiro, em
meio a uma cultura desconhecida,
podem surgir grandes problemas.
É importante ter conhecimento básico sobre os hábitos e crenças da
população, bom preparo financeiro
e psicológico, saber o que fazer em
caso de emergência e se informar
sobre seguros de viagem, entre outros.
Por conseguinte, é necessário
estar sempre prevenido, com toda
informação possível buscada em
fontes confiáveis. Se o estudante
se certificar que todos esses fatores
estão corretos, basta fazer as malas
e aproveitar a viagem com tudo o
que ela tem a oferecer, e com certeza será uma experiência inesquecível e maravilhosa. Além de tudo,
segundo Manoela, “oferece muitas
possibilidades, tendo em vista os
possíveis estágios e oportunidades de emprego que podem surgir
tanto no País escolhido, quanto em
empresas multinacionais que reconheçam um currículo diferenciado
com uma experiência no exterior”.
CAROLINA ETCHICHURY,
DANIELA JALMUSNY,
HELOÍSA SCHWANKE
E SAMYRA CHANAN
∆∆ Gigantinho
transformado
para o evento
do centenário
do Inter
Quatro meses
de intensos
trabalhos para
preparar o
cenário
As empresas hoje em dia conseguem ver
os eventos empresariais como uma grande
ferramenta do marketing promocional. Além
de estimular, motivar, incentivar equipes internas e distribuidores, são focadas nos públicos em que o cliente quer atingir.
Reconhecer, premiar o esforço, a superação, a performance destacada. É isto
que significa marketing de relacionamento.
Construir uma base sólida capaz de sustentar os relacionamentos com os clientes, integrando todos os públicos com a marca. É uma
estratégia de negócio empregando várias ferramentas para desenvolver relacionamentos
pró-ativos significativos entre a organização
e seus clientes.
Um dos maiores eventos empresariais
Paixão e
frenesi
• Não importa se perto
ou longe, sempre tem
alguém a segui-los.
Independentemente se o clube
é grande ou pequeno, do interior
ou da capital, um grupo de aficionados faz o possível e o impossível,
move mundos e fundos para acompanhar e demonstrar o amor pelo
seu clube do coração. Inúmeras
histórias inusitadas já aconteceram
e acontecem por todos os cantos do
mundo e, às vezes, a paixão por um
que já aconteceu em Porto Alegre, foi o Jantar do Centenário do Sport Club Internacional, realizado pela Marprom Marketing e
Promoções.
Foram necessários mais de 4 meses intensos de trabalho, 3.500 fornecedores diretos e indiretos envolvidos no processo, 3.200
pessoas presentes no evento, mais de 1.500
staffs no dia do evento, 1.500 garrafas de espumantes, 46,5 mil litros de água, 7.750 kg
de comida, 2.000 m de lycra, 1.050 quilowatts de energia elétrica, 2.000 veículos. Todos
esses números geraram emissão de CO2 e
foram neutralizados em uma ação através do
plantio de 320 árvores.
clube leva os torcedores a cometerem atitudes impensadas que acabam gerando momentos de tensão
e de grande violência nas cidades,
alguns de forma organizada, confundindo futebol com criminalidade.
Bruno Dornelles, 25 anos,
membro da Geral do Grêmio, acredita que a violência no futebol tornou-se algo comum porque a criminalidade das ruas acabou chegando
às arquibancadas. “Torcidas brigam para defenderem as cores do
seu clube e o seu território e também por ódio do rival”, observa.
Ele já fez de tudo para acompanhar seu time de coração. “Já faltei
dia das mães e dos pais, aniversários de amigos e familiares, perdi
provas e trabalhos, quase fui demitido várias vezes em diversos empregos, já fui quase sem dinheiro
RENATA KELLER
pra outros países e acabei passando necessidades como fome e frio.
Mas faria isso tudo de novo quantas vezes fosse necessário”, admite
Bruno.
O futebol mudou bastante, na
maneira de jogar e de administrar
um clube. Esse esporte passou de
um simples lazer para algo muito
mais sério e também um meio onde
circula muito dinheiro, é nada mais
do que um negócio. Empresários e
políticos estão tomando conta do
futebol, porém, ainda o que move
este esporte é a paixão das massas.
“Dizem que futebol é uma
questão de vida ou morte, Eu discordo... Para mim futebol é muito
mais do que isso.” (Bill Shankly, extécnico do Liverpool).
AUGUSTO ALMEIDA
EDUARDO CAVALLI
8
RRPPAtualidades/JULHO 2010
MEMÓRIA
Eu marchei rumo à vida
FOTOS GABRIELA MOSCOVICH/ RRPP
• No dia 7 de abril, embarquei para uma experiência inesquecível,
a Marcha da Vida. É um programa onde milhares de judeus do mundo
inteiro viajam à Polônia e lá ficam por uma semana, visitando vários locais
pertencentes a um dos períodos mais cruéis da História: o Holocausto.
O Holocausto ocorreu durante
a Segunda Guerra Mundial, entre
os anos de 1939 a 1945. Foi imposto pelo presidente alemão Adolf
Hitler com um único propósito:
eliminar todos os “indesejáveis” da
face da terra. Entre esse grupo de
indesejáveis, estava o povo judeu.
Mas por que a Polônia, e não
a Alemanha? O motivo é bem simples. É claro que Hitler queria a extinção de todos os judeus da Europa, mas se concentrou primeiro em
seu país. Mesmo tendo vários campos de concentração na Alemanha,
muitas pessoas foram enviadas
para outros países, para “purificar”
o solo alemão. Na Polônia, havia
o maior número de comunidades
judaicas e o nazismo a transformou no principal pólo de campos
de concentração, onde ocorreram
mais mortes.
Foi uma viagem, no mínimo,
marcante. Desde o primeiro dia, já
fui inserida ao mundo sombrio desse genocídio, visitando o cemitério
judaico de Varsóvia, onde há mais
de 50 mil túmulos – o seu tamanho
é incalculável. E posso dizer que
isso foi o mais leve. Visitei alguns
vilarejos onde as comunidades judaicas viviam antes da Guerra, e
de onde foram retiradas de um dia
para o outro. Ver tudo aquilo praticamente vazio (com apenas os moradores que vivem lá hoje em dia)
e saber que um dia tinha uma vida
agitada por lá, desperta um sentimento de perda, como se nos tivessem arrancado algo.
Fiquei impressionada no dia
em que fui conhecer o famoso
Gueto de Varsóvia, construído na
capital polonesa. Ele reunia toda a
comunidade judaica da cidade (que
era enorme) em um espaço que não
ocupava nem um terço dela. A vida
era miserável. Imagine só, pessoas
que um dia tinham exercido profissões de respeito, agora ficavam
morando entre muros e passavam
fome e frio, sem o direito de sair.
O guia contava histórias da vida no
local, uma delas falava de uma mãe
que dormia sempre com um olho
aberto, para conseguir enxergar
caso algum dos filhos roubasse um
pouco da comida durante a noite.
E há várias paredes de pé. Um
dos pedaços do muro, inclusive.
Há paredes com marcas de bala,
prédios com as janelas destruídas.
Mas o mais surpreendente é que eu
caminhava por diversas ruas normais, com prédios comuns e gente
morando neles, sem saber que, na
realidade, tudo aquilo fazia parte
do Gueto.
Mas o pior de tudo foi ir aos
campos de extermínio. Visitei cinco
no total. Em três deles, havia apenas monumentos em homenagem
aos ali assassinados, pois os nazistas destruíram tudo para não haver
vestígios. E em cada campo o sistema de matança era o mesmo: trens
chegavam de todas as partes da
Europa com vários passageiros nos
pequenos vagões, e logo eles eram
encaminhados para a Seleção, onde
as pessoas eram separadas por sexo
e idade e “escolhidos” – ou se era
selecionado para trabalhar por um
tempo, ou se era selecionado para a
morte direta.
Então, fui para Auschwitz.
Esse é o lugar onde foi morto o
maior número de pessoas do Holocausto inteiro. Lá, foram assassinados cerca de um milhão e meio
de indivíduos, em menos de cinco
anos de funcionamento. Eu sempre pensei que fosse apenas um
só campo, bem grande. Mas assim
que cheguei lá, informaram que era
um complexo com mais de 40 campos – três deles principais e outros
trinta e nove auxiliares. O “passeio”
pelo campo começou em Auschvitz
I (o primeiro a ser construído, e que
era o centro administrativo de todo
o complexo), onde fica o “museu”.
Foi então que aconteceu, realmente, o meu primeiro encontro face a
face com o genocídio.
As marcas da tragédia são expostas em diversas salas, montadas
dentro dos barracões onde a “vida”
acontecia. Em um dos prédios, os
corredores estavam repletos de fotos de prisioneiros, todos padronizados: de cabeça raspada e roupa
listrada, com um olhar melancólico. Parecia que eles estavam me
encarando. Em uma sala enorme
contém um espaço com os cabelos
das vítimas, uma pilha gigante que
ia de parede a parede, do teto ao
chão. Em outro salão estão empilhados os sapatos de quem passou
pelo campo. Há um outro lugar
onde há um a pilha de cinzas dos
mortos. E há, em uma das salas, as
roupas e os brinquedos das crianças enviadas ao campo.
O choque maior ocorreu logo
que saí da “exposição”, e entrei em
uma das câmaras de gás. Foi com
esse sistema que a maioria das vítimas foi assassinada. As pessoas entravam - nuas - nas câmaras, pensando que iam tomar um banho.
Mas ninguém saía daquela ducha
vivo. Em cerca de vinte minutos,
aproximadamente cinco mil indivíduos eram mortos por vez, por
causa do gás utilizado, o Zyclon B.
Após, todos os corpos eram queimados nos crematórios, colados
nas câmaras.
Em um momento do dia em
que se visita Auschwitz, ocorre a
Marcha de Vida. É quando todos os
10 mil integrantes desse programa
se reúnem para marchar de Auschwitz I para Auschwitz-Birkenau
(o segundo campo a ser construído,
esse sendo utilizado exclusivamente para o extermínio). A caminhada tem três quilômetros, e o mais
curioso é que esse caminho era
chamado de “Caminho da Morte”,
pois era por onde se ia para a morte
certa.
E isso despertou algo difícil de
descrever em mim. Ver tanta gente
caminhando em conjunto, cheios
de vida, como se tivessem todos
um objetivo em comum. Era uma
homenagem aos mortos, como se
estivéssemos dizendo a eles que estávamos ali por eles, que a sua memória estava guardada. Foi emocionante.
Voltei de lá mudada, e com
uma missão: não deixar essa história morrer.
GABRIELA MOSCOVICH
TENDÊNCIA
RRPPAtualidades/JULHO 2010
FOTO DIVULGAÇÃO
A NOVA
ERA 3D
∆∆ Neytiri, personagem principal do filme Avatar, de James Cameron, em uma cena com a tecnologia 3D
• A tecnologia que dá um tom mais real à ficção do cinema
A tecnologia 3D chegou para
revolucionar o mundo do cinema,
com suas novas imagens que fazem
você viver cada momento como se
fosse real. A inovação faz com que o
público faça parte da história.
Ao chegar à sala de cinema, o
telespectador recebe óculos para
assistir ao filme. Estes óculos são
modificados e causam a impressão
de profundidade, do contorno de
objetos e pessoas e proporcionam
cores mais reais às imagens. Isso
dá mais vitalidade ao que se está
presenciando.
“O grande aumento da produção de filmes pirateados, antes
mesmo de estrear nos cinemas, fez
a indústria recorrer a novas tecnologias”, observa João Guilherme
Barone, professor de Cinema da
PUCRS. O cinema 3D representa
um método de continuar trazendo
público às salas e o lucro às grandes produções. “Até os donos de
cinemas têm preferido filmes com
essa tecnologia inovadora, pois a
apresentação das películas tornam
as salas mais rentáveis”, detecta o
professor.
A estereoscopia
O que poucos sabem é que o
3D não existe. Este efeito é causado
por um defeito de percepção, o qual
o cérebro é enganado devido ao uso
do acessório. O nome deste efeito
natural é estereoscopia. A imagem
que é vista pelo olho direito, não é
exatamente igual a que o olho esquerdo percebe. A fusão entre as
distintas imagens gera a ilusão de
profundidade, distância, posição e
tamanho dos objetos. O resultado
deste fenômeno é o que chamamos
de tridimensional. Alguns oftalmologistas dizem que a nova tecnologia pode ser prejudicial e causar
alguns sintomas, tais como dor de
cabeça, náuseas e tonturas.
A maior ousadia até o momento - em termos de novas tecnologias
– é o filme Avatar (2009). O roteiro
ficou guardado durante 14 anos até
ter sido concluído, pois na época
não havia tecnologia capaz criar os
efeitos que o autor desejava. Para
que o filme fosse posto em prática,
seu idealizador – James Cameron –
precisou recorrer a novos métodos
de realizar o desafio de constituir
o mundo dos Na’Vi (humanóides
que protagonizam o filme, criados
pelo diretor). Câmeras especiais foram criadas para que as filmagens
pudessem ser realizadas conforme
a idealização do diretor. Tendo
como diferença os novos métodos
de interpretação, os quais se tornaram determinantes para a atuação
de experientes atores, e um árduo
trabalho de técnicos em sistemas
tridimensionais, uma nova maneira de fazer filme foi imposta pela
equipe de Avatar.
Para a opinião pública, o filme
representou um marco para a –
nem tão nova – tecnologia 3D. Os
cinemas tiveram um grande público em suas salas e a película conseguiu conquistar o recorde de maior
bilheteria da história dos cinemas
(mais de US$ 2 bilhões). Mesmo
que não gostassem do enredo, a beleza das imagens contagiou o público que foi aos cinemas. Até aqueles
que não possuíam salas capacitadas procuraram se adaptar para o
filme que entraria na história.
O sucesso poderia ser maior.
Os críticos do cinema – a Academia do Oscar – não reconheceram
seu sucesso. O filme conquistou
três das nove indicações ao Oscar,
apenas em categorias técnicas, tais
como efeitos visuais, fotografia e direção de arte. Isso comprovou que
a tecnologia ainda não conseguiu
superar os roteiros tradicionais.
A grande inovação não se
restringe apenas às telonas, mas
também poderá ser apreciada (em
breve) no conforto do lar. Grandes
marcas de televisores, videogames
e computadores irão se adaptar. Já
existem alguns modelos, mas são
apenas protótipos em experiência
para saber a reação do públicoalvo e da opinião pública. Uma das
maiores emissoras de televisão do
Brasil já está estudando um novo
método de realizar programas e novelas em tecnologia tridimensional.
Barone mencionou que não é
uma tecnologia nova, contudo ela
está sendo, atualmente, mais trabalhada. Devemos ficar à espera do
que esta nova tecnologia promete revolucionar, tanto no cinema
quanto nas nossas residências.
MAYRA MEGGENTI
CAROLINA BOLZAN
9
O Hoax e
a Gestão
de Crises
A sociedade contemporânea
optou por uma vida impessoal: a
internet. Através desse meio, as
pessoas fazem tudo em seu diaa-dia: vão a bancos, compram, se
relacionam, enfim, têm suas vidas
pautadas pela rede virtual, portanto, algo que já é comum para todos
é o Hoax. Já identificou o que é?
São aquelas correntes que você recebe diariamente por e-mail.
Os assuntos são os mais variados: desde o caso policial até a
criancinha doente que precisa de
assinaturas para se tratar. Todos
esses pretextos existem para lhe
enganar, e são meticulosamente
montados, para que você acredite e
passe adiante.
Na esfera das Relações Públicas, o Hoax surge como o estopim
de muitas crises de imagem. Segundo a professora universitária Glafira Furtado, o Hoax equivale aos
boatos de antigamente. “Poderíamos dizer que boatos constituem a
Opinião Pública não-institucionalizada”, explica a professora. “Um
boato, quando é repetido muitas
vezes, se torna uma verdade irrefutável para a Opinião Pública,
e pode gerar uma grande crise de
imagem”, alerta Glafira.
Para combater os boatos, as
companhias procuram esclarecêlos em seus sites. Alguns gerados
por Hoax ficaram famosos e exigiu
muito trabalho das empresas para
desfazê-los.
FERNANDA MORANDI
RAFAELA PINTO
RODRIGO BASEGGIO
VERDADE?
HAMBURGER de minhoca
COBRAS na piscina de bolinhas levam criança à óbito
MENTHOS e Coca-Cola quando são ingeridos juntos causam explosão
GUARANÁ Kuat tem ingrediente cancerígeno
INFECÇÃO mortal é causada
por absorventes internos
10 RRPPAtualidades/JULHO 2010
RESPONSABILIDADE
MARIANA MUNIZ
Sustentabilidade:
já aderiu?
• Você está fazendo sua parte? Empresas gaúchas como a Gerdau já assumiram
A humanidade vem sentindo cada vez mais os efeitos
causados pelo uso indevido dos
recursos naturais. Diante deste
quadro, é possível observar a
crescente preocupação das organizações. É nesse momento
que aparece o termo sustentabilidade, que nada mais é do
que um equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e
ambiental.
O marco deste tema, no
Brasil, deu-se com a realização
do encontro internacional da
Agenda 21, no Rio de Janeiro,
em junho de 1992, que reuniu
entidades voltadas ao meio
ambiente e representantes dos
principais países do mundo.
Com o lema “Pensar globalmente e agir localmente”, a
Agenda 21 consiste em um plano de ação mundial para orientar a transformação desenvolvimentista, tendo como pilares
os princípios de ética, justiça,
participação, democracia e satisfação de necessidades.
A preocupação com o futuro da humanidade e seus
recursos está obrigando as
empresas a agir de acordo
com os princípios da transparência, sustentabilidade e
mestiçagem (NASSAR, 2006).
Aquelas que não se adaptam a
essas condições tendem a sofrer as conseqüências perante
a Opinião Pública. É por isso
que muitas organizações estão adotando programas desse
tipo em sua gestão. ‘’Quando
uma empresa trabalha com as
suas operações ligadas ao tema
da responsabilidade social,
ela fortalece relacionamentos
éticos e parcerias estratégicas,
agrega valor à marca, tem impactos positivos na imagem da
empresa, e provoca o orgulho
e a satisfação de seus colaboradores’’ observa Ana Paula
Mohr, relações-públicas da
empresa Gerdau na área de
responsabilidade social.
Como exemplo de empresa preocupada com esse tema,
a Gerdau criou o Instituto Gerdau, o qual direciona o tema
responsabilidade social nas
empresas do grupo. Sua missão é ‘’propor políticas e diretrizes de responsabialidade social para a Gerdau e promover
ações sociais empreendedoras,
que contribuam de forma eficaz para a melhoria da qualidade de vida, objetivando o
desenvolvimento sustentável’’,
sustenta Ana Paula.
São empresas como a Gerdau que dão credibilidade para
a construção de um futuro
sustentável. Com isso, outras
empresas devem aderir a este
pensamento, dando assim garantia de que essa idéia não
será facultativa, mas, obrigatória. Esta postura, então, não
deverá ser vista apenas como
propaganda institucional, mas
como ideologia de trabalho. E
você, vai aderir?
JOANA OLIVEIRA
MARIANA MUNIZ
VICTORIA BALDO
Empresas
que não se
adaptam
tendem a
sofrer as
conseqüências perante
a Opinião
Pública.
SAIBA MAIS:
Atividades do Instituto Gerdau (IG):
• Garantir as melhores práticas de Responsabilidade Social Empresarial
no GBS de todos
os processos.
• Contribuir para a consolidação e disseminação da Cultura Empresarial Gerdau, através da Responsabilidade Social.
• Garantir a implantação dos Comitês do
Instituto Gerdau e do Programa.
• Voluntário Gerdau em todas as Operações
de Negócio.
• Contribuir para a consolidação e disseminação global da imagem e da marca Gerdau.
• Garantir o alinhamento das iniciativas do
Instituto Gerdau à estratégia e à situação do
negócio.
Mãos Unidas
promove
brechó social
A Organização Não Governamental Mãos Unidas,
da casa lar Mãos Unidas, que
presta assistência a mulheres
moradoras de rua de Porto
Alegre, realiza mensalmente o
seu tradicional brechó beneficente, com o objetivo de angariar recursos. Ocorre sempre
no 1° domingo após o dia 05,
exceto nos meses de maio e
de agosto, devido ao Dia das
Mães e ao Dia dos Pais. No
evento, realizam a venda peças
de sapatos, acessórios e roupas
masculinas, femininas e infantis, com preços que variam de
R$1,00 a R$3,00.
Devido aos poucos recursos, os diretores da ONG estarão recebendo doações de
seus visitantes que quiserem
contribuir para a atividade de
maior fonte de recursos para a
instituição. Além dos objetos
de uso pessoal, a organização
aceita doações de eletrodomésticos, móveis, utensílios
domésticos e louças, pois querem estruturar uma cozinha
para voltar a fazer o famoso
Sopão e distribuir para os moradores de rua. A colaboração
através dos donativos é uma
forma de ajudar, mesmo à distância, pessoas em situações
sócio-econômicas desfavorecidas.
O objetivo da ONG é colaborar na reinserção social
de moradores de rua da cidade de Porto Alegre, seja no
acolhimento institucional, na
reaproximação com a família,
no encaminhamento ao mercado de trabalho, no resgate
de sua auto-estima, no auxílio
na área da saúde, na condução
a emergências hospitalares e
exames médicos. O grupo de
alunos da disciplina de Projeto
Experimental Comunitário, do
Curso de Relações Públicas da
PUCRS, fizeram um projeto de
comunicação para a ong.
Mais informações: www.
maosunidas.org.br
GRAZIELA FREITAS GOMES
RRPPAtualidades/JULHO 2010 11
ESPECIAL
•Museu de Comunicação Hipólito José da Costa
O TEMPO
PRESERVADO
∆∆ Ramas de ferro para montagem das páginas
FOTOS JULIA WILHELM
Criado em 1974, o Museu
de Comunicação Hipólito José
da Costa está voltado para conservação, pesquisa e divulgação da história da Comunicação Social. Promove atividades
culturais para que estudantes,
pesquisadores, profissionais
da comunicação e a sociedade
possam vivenciar a trajetória
da imprensa, televisão, rádio,
publicidade e propaganda,
fotografia e cinema. Localizado
no Centro Histórico de Porto
Alegre, o Museu viabiliza a
preservação da memória cultural dos acontecimentos do Rio
Grande do Sul, oferecendo um
acervo inestimável relacionado
ao patrimônio da comunicação, além de cursos, palestras,
seminários, mostras temáticas
e eventos.
Às vésperas de completar
35 anos, o memorial entrou em
reforma. A intervenção pretende apagar as marcas da ação do
tempo e conta com o Programa
Monumenta, projeto de recuperação do patrimônio cultural
urbano brasileiro, realizado em
parceria com o Ministério da
Cultura e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
JULIA GEBHARDT WILHELM
MÁRCIO DA SILVA OLIVEIRA
TELMA SILVINO LAMBERT
THAMIRA SANTANA MENDINA
∆∆ Uma antiga impressora plana
∆∆ O Museu de Comunicação fica na Rua dos Andradas 959, Centro Histórico de Porto Alegre
12 RRPPAtualidades/JULHO 2010
ESPECIAL
O Museu recupera espaços
FOTOS JULIA WILHELM
∆∆ Linotipo: antiga máquina de compor os textos em barras de chumbo
Viva o Centro
valoriza
prédios
históricos
Com o objetivo de estimular a área central, o
Centro de Porto Alegre é
abraçado por um projeto
da Secretaria de Planejamento Municipal. O Viva o
Centro, além de atrair visitantes, preocupa-se com
a paisagem, a recuperação
de prédios e áreas públicas, o transporte coletivo
e individual, a segurança,
a moradia e o comércio informal. O Museu Hipólito
José da Costa é uma das
atrações culturais atendidas pelo projeto.
O Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, entre os anos
1922 a 1937, foi sede do jornal “A
Federação”. O diário tinha o objetivo de divulgar os ideais republicanos do Partido Republicano
Rio-Grandense (PRR). Em 1974,
a instituição foi transformada em
Museu. Em 2010, passa por mudanças e disponibiliza para pesquisas cerca de oito mil exemplares
de revistas e jornais, com temas
relacionados a todos os setores da
comunicação.
As mudanças começaram pelo
subsolo, passando pelo mezanino,
hall e salas de acervo, ganhando
novas cores, equipamentos, renovando a estrutura antiga e sua
identidade. A vice-diretora Maria Esther Saldanha do Museu e
a Secretaria Estadual da Cultura
solicitam mais investimentos de
voluntários para tornar o edifício
acessível aos portadores de necessidades especiais. Futuramente,
é pretendido obter recursos para
climatizar o local e trocar os elevadores.
A agência de Publicidade e
Propaganda, SLM Ogilvy, responsável pela renovação da identidade do museu, liderou uma intensa
mobilização de diversas empresas
da área de comunicação, que contribuíram, disponibilizando profissionais, equipamentos e materiais de forma gratuita. O nome da
instituição passou de “Museu de
Comunicação Social” para “Museu
de Comunicação”, simplificando-o.
O Logotipo também foi renovado,
inspirado num novo conceito desenvolvido “Você vê. Você ouve.
Você lê. Você vive.”. Segundo Daniela Maciel, assistente de Mídia
da agência SLM Ogilvy, a mudança
de identidade é essencial para que
o memorial tenha maior visibilidade entre estudantes, profissionais
da comunicação e curiosos. “Com
o layout simplificado, o objetivo do
Museu ficou claro e mais atraente”,
destacou a publicitária.
Com o apoio de inúmeras entidades por trás dos projetos e campanhas, o Museu Hipólito busca
ainda uma maior participação da
sociedade. A visita é uma boa opção para quem procura cultura e
lazer. Para conhecer a história da
Comunicação, o Museu fica disponível gratuitamente para todos os
públicos de terça a sexta-feira das
9h às 18h e, aos sábados, das 9h às
12h30min.
“Você vê.
Você ouve.
Você lê. Você
vive.”
∆∆ Reforma do velho prédio do jornal A Federação, no centro da capital, começou pela fachada
RRPPAtualidades/JULHO 2010 13
ESPECIAL
JULIA WILHELM
Os acervos em exposição
Dispostas em setores específicos, as exposições do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa
se dividem por áreas da comunicação. Peças do acervo datam desde o
século XIX até os dias de hoje.
No setor de Rádio e Fonografia, localizado no terceiro andar do
prédio, são disponibilizados documentos sonoros e gráficos e de
equipamentos fonográficos, como
Scripts de programas radiofônicos
dos anos 40, 50, 60, gravações com
registro de eventos, depoimentos e
entrevistas relacionados à atividade política e cultural do país e gravações de jingles e spots veiculados
ao rádio brasileiro.
O setor de Vídeo e Televisão
guarda a memória do material usado para a produção, transmissão
e recepção de televisão. No acervo
encontram-se scripts de programas
televisivos, filmes em vídeo e documentários, além de acervo de equipamentos e programas da TV Piratini – Canal 5, inaugurada em 1959
e um televisor a válvula quando
chegou a Porto Alegre, nos anos 60.
A área de Imprensa Escrita,
jornais, revistas e cartuns publicados no Estado e também pelos
principais periódicos do país fazem
parte da exposição. Entre os mais
de 3.000 títulos, destacam-se, entre outros títulos, o Diário de Porto Alegre (1827), primeiro jornal
impresso no Rio Grande do Sul; O
Noticiador (1832), primeiro órgão
de imprensa do interior do Estado;
O Sentinela do Sul, primeiro jornal
ilustrado do Sul do país (1867); A
Reforma (1869) e A Federação
(1884), exemplares da fase do jornalismo político-partidário do Estado; Partenon Literário (1871), revista de grande expressão cultural
na Porto Alegre do Século XIX; e a
Revista do Globo, lançada em 1929,
com sucesso de repercussão nacional.
O principal do setor de Publicidade e Propaganda é a preservação e reconstituição da memória
desta atividade no Rio Grande do
Sul, além de contar com materiais
nacionais e de fora do país. Impressos, folhetos de propaganda política, religiosa, cartazes, catálogos,
bilhetes de loteria, calendários,
∆∆ Segundo andar
do prédio, a
Cronologia da
Comunicação
brindes e jingles formam o acervo.
O Setor de Fotografia dispõe de
coleções de fotógrafos de conhecida
relevância no cenário cultural, ou
que atuaram na imprensa gaúcha,
além de equipamentos fotográficos,
em diversos exemplares datados,
principalmente, entre 1890 e 1940.
Na área do Cinema é preservada a memória da produção cinematografia do Estado. Neste caso o
acervo é composto por documentários, cinejornais, curtas-metragens,
e telejornais, datados de meados da
década de 40 até a década de 80.
São registros da vida cotidiana, aspectos sociais e eventos políticos.
Através de um Projeto aprovado e financiado pela Fundação VITAE de São Paulo, no setor da Reserva Técnica, o Museu implantou
peças para exposições tridimensionais, incluindo equipamentos
da Extinta TV Piratini e da extinta
CRT, disponível através de comodato. Foram adquiridos armários
deslizantes de compactação de arquivos, desumidificador, computador e software para tombamento e
informação das peças.
REPRODUÇÃO
Quem foi Hipólito
José da Costa?
Nascido em 13 de agosto de
1774, na Colônia do Sacramento, Hipólito José da Costa Pereira
Furtado de Mendonça foi jornalista, maçom, diplomata brasileiro
e patrono da Academia Brasileira
de Letras. Hipólito se formou em
Leis, Filosofia e Matemática. Além
do Brasil, passou por Portugal,
Estados Unidos, México, Inglaterra, Espanha, Grã-Bretanha. Teve
uma grande participação na luta
por idéias liberais. Em Londres,
no ano de 1808, fundou o primeiro
jornal brasileiro: Jornal Braziliense. Faleceu em 1823 e in memorian
foi nomeado cônsul do Império do
Brasil. Hoje nosso país o considera
Patrono da Imprensa.
14 RRPPAtualidades/JULHO 2010
ENTREVISTA
FOTOS DIVULGAÇÃO
∆∆ Dani Lima, da TW Carangacci, participa da produção das bandas Papas da Língua, Chimarruts
Produção, amor e muita Música!!!
• Trabalhar na assessoria de bandas reconhecidas e independentes também é tarefa do relações-públicas
Se o assunto é banda, a estudante de Relações Públicas Dani
Lima entende do assunto, há quase
dois anos ela trabalha com as Bandas Papas da Língua, Reação em
Cadeia, e Chimarruts. Segundo ela
“o ramo da música é encantador
mais exige muita organização”.
Conte um pouco de você.
Estou no último semestre do
curso de Relações Públicas da PUCRS. Trabalho numa produtora de
bandas chamada TW Carangacci,
trabalhamos com as bandas Papas
da Língua, Chimarruts e Reação em
Cadeia. Nas minhas horas vagas,
ajudo na organização e na comunicação da banda que está começando agora em Porto Alegre, Zamba
Ben, da qual realizei o lançamento
do EP no teatro Tulio Piva.
Qual o seu trabalho na TW
produtora?
Trabalho com a assessoria de
comunicação da empresa, e isso
inclui: comunicação interna e comunicação de cada banda que está
associada à produtora. Faço todos
os relacionamentos, desde o público, como fãs, até relacionamento
com a imprensa. Agendo entrevistas, mando materiais da banda
para que o entrevistador saiba com
quem está falando e não deixo o artista constrangido, envio materiais
do programa para o artista também, para que ele saiba com quem
conversará. Algumas vezes (sempre
que possível) acompanho a banda
na entrevista agendada.
Devo sempre tomar cuidado
com horários, mando mensagens
no dia marcado para todos os componentes da banda para lembrálos, às vezes até ligo. Me preocupo
em saber como foi a entrevista e
onde ela será vinculada, normal-
mente recolho o material e coloco
no clipping da banda.
Faço a comunicação virtual
de outras mídias como site, blog,
Orkut, Myspace, YouTube, Twitter
etc. Mantenho sempre atualizado com as últimas informações da
banda, além de elaborar o mailing.
O que você aprende com o
seu trabalho?
Procuro aprimorar os conhecimentos, busco informações de
outras áreas para entender todo o
processo da empresa, sempre questiono o setor de vendas, de produção de shows e até o setor financeiro, acho importante sabermos
como as coisas funcionam. A equipe que trabalha são pessoas que
trabalham em família. Acredito que
o maior aprendizado, que é muito
forte na área de Relações Públicas,
é o relacionamento com as pessoas,
aprendo todo o dia a ter paciência,
a cumprir prazos para não prejudicar um colega ou alguém da im-
prensa, aprendo todo o dia um pouco mais sobre trabalho em equipe,
a respeitar diferenças e não julgar
o próximo.
Quais são suas maiores dificuldades?
Talvez a falta de tempo possa
ser a mais importante, às vezes saio
de lá com trabalho pendente e com
a agenda do outro dia lotada, mas
sempre consigo cumprir. Outra dificuldade pode ser a agenda dos artistas que muitas vezes não suporta
todas as mídias, mas neste caso por
mais que eles e nós tenhamos vontade de atender a todos, algumas
vezes isso se torna inviável.
Como é o seu relacionamento com os fãs das bandas?
Eu procuro sempre tratá-los
muito bem e com muito respeito,
parto do pressuposto que se não
fossem eles, a banda não existiria.
Eles me ajudam demais, tudo que
preciso em termo de divulgações
eles sempre me estendem a mão,
∆∆ Reação em Cadeia, outra das bandas assessoradas
inclusive muitas vezes chegam com
novas idéias e criam estratégias,
eles são ótimos.
No dia que os Papas lançaram
o novo disco em Porto Alegre, no
teatro Bourbon Country, as meninas do fã clube me levaram um caixa com doces de Pelotas, aquele foi
um gesto que pra elas era simples
e pra mim significou muito, foi um
reconhecimento muito especial por
parte delas, senti que fiz diferença
para as gurias em algum momento.
O que você almeja para o
futuro?
Penso em trabalhar sozinha
e construir o meu negócio para
trabalhar com outros setores artísticos, como artesanatos, artes
visuais, teatro, etc. Eu gostaria de
auxiliar a cultura pelo menos no
setor da comunicação, no que for
preciso, como uma consultoria.
RENATA DYDZIAN
E ALESSANDRA CAMARGO
RRPPAtualidades/JULHO 2010 15
TRANSPARÊNCIA
Manipular imagens
pode distorcer valores
Comunicação
Organizacional
é modernidade
ARTE MAIARA BOEIRA
• A discussão do uso do Photoshop em campanhas publicitárias
A Europa luta contra o uso
do Photoshop em fotos de menores de idade. O Congresso
Francês quer exigir um selo em
imagens modificadas por ele.
O Governo Brasileiro anuncia
que, em fotos de pessoas para
campanhas publicitárias, um
aviso pode se tornar obrigatório. De quem estamos falando?
Do Photoshop. Rugas, celulite, claridade, lagos, estradas,
excesso de gordura, fumaça,
paisagem ou cabelos. Não importa o quê, as ferramentas de
modificação de imagem podem tirar ou colocar qualquer
coisa, e se tornam, cada vez
mais, essenciais nas formações
de conceitos para campanhas
publicitárias.
O uso da mais famosa
dessas ferramentas - o Photoshop – vem sendo discutido
em vários continentes, como a
Europa. Após o escândalo na
campanha que envolvia a marca Olay e a modelo ícone dos
anos 60, Twiggy, os europeus
querem que as fotos retocadas
com a ferramenta venham notificadas e que seu uso só seja
permitido em ensaios com modelos maiores de idade. A deputada francesa Valorie Boyer
acredita que a medida causará
efeito positivo nos adolescentes que veem na realidade falsa
um ideal a ser alcançado.
Para o professor de fotojornalismo da Faculdade de
Comunicação Social da PUCRS, Elson Sempé Pedroso, é
importante que o profissional
saiba utilizar a ferramenta
com clareza e sem excessos,
destacando também que uma
“foto publicitária é conceito e
imagem, não somente foto”.
Os profissionais da área de Publicidade e Propaganda devem
ao Photoshop, muitas vezes,
sua conquista de transmitir
um conceito por imagem. A
ferramenta proporciona que
CARMELA PECCIN
os limites da imaginação
sejam
quebrados por um
programa que torna qualquer figura
possível.
A discussão
sobre alterações,
porém, vai muito
além de campanhas publicitárias.
Às jovens que buscam ter um corpo
igual à de certas
modelos, fica a
dica: as revistas
não retratam a
verdade quando o
assunto é a beleza
das tops.
A preocupa∆∆ Aluna faz o tratamento da imagem
ção em relação ao
Photoshop se inicia quando dor do mundo em busca do
adultos e, principalmente, as conceito de beleza ideal para
adolescentes buscam manter- “mulheres reais”. Constatou
se no atual padrão de beleza que apenas 6% das brasileiras
imposto pela mídia e acabam se descrevem como belas e a
adoecendo. Tratamentos para maioria gostaria que a mídia
anorexia e bulimia tornam-se retratasse uma beleza não só
cada vez mais frequentes, fa- baseada em atratividade física,
zendo com que cresça a polê- mas sim, uma beleza que presmica sobre a ferramenta que, cinde da aparência.
de certa forma, induziu adoNão há como discutir o
lescentes a crer que precisa- uso do Photoshop sem quesvam modificar seu corpo. Ca- tionar o atual conceito de berolina de Siqueira, jornalista, leza. A distorção de imagem
acredita que “a modificação de ocorre por alguma razão e acaimagens não pode ser definida ba tornando valores pessoais
como certa ou errada. Ela deve em regra de massa. Embora
ser plausível à realidade, im- difícil de acreditar, é possível
pedindo, assim, que a mente tornar os estereótipos de beconfunda o que é real com o leza menos sufocantes, basta
que é ideal ou belo”.
medir a beleza de si mesmo
Em 2004, a marca Dove por suas singulares qualidalançou a “Campanha pela Real des. A beleza não é, afinal, só
Beleza”, tendo como modelos atrativos físicos — ela também
mulheres reais e com uma be- inclui a autorrealização de
leza atingível. Ultrapassando o cada pessoa, assim como sua
padrão usual até então, a mar- dignidade. E pode ser gerada
ca de cosméticos revolucionou pela autoestima, não o contráno sentido publicitário e legiti- rio.
mou ainda mais clientes. Após
a campanha, Dove seguiu com
CAMILA PIAN
seu propósito e entrevistou
CARMELA PECCIN
milhares de mulheres ao reDEISI CONTERATTO
“A
inserção das
novas
tecnologias
permite que
a empresa
comuniquese com
seus
públicos de
forma
mais
economica e
rápida.”
(Monica Pon).
A comunicação organizacional deixou de ser uma das áreas
mais antigas e tradicionais de
Relações Públicas para se tornar uma das mais modernas ao
se apropriar do desenvolvimento tecnológico para aplicá-lo na
comunicação institucional e empresarial.
As empresas se modernizam
cada vez mais, utilizando ferramentas da web para efetuar
o seu desenvolvimento na área
da comunicação organizacional
com base no planejamento estratégico, objetivos, e o envolvimento dos públicos de interesse.
“As empresas, versões pósmodernas das fábricas, também
experimentam um relacionamento com seus públicos através
das novas tecnologias de comunicação. A Internet media uma
boa parcela das comunicações
realizadas nas empresas, tanto internamente quanto entre a
instituição e seu ambiente externo”, afirma Monica Elisa Dias
Pon (Unisc/RS) no texto: Novas
tecnologias na comunicação empresarial. É a comunicação que
proporciona espaço de interação e diálogo para a construção
de relacionamentos sentidos
e significados, resultando em
comprometimento e participação. Na dimensão estratégica da
comunicação, um dos principais
públicos-alvo é o público interno, do qual depende o cumprimento da missão de qualquer
organização.
As organizações públicas no
Brasil vêm passando por processos de modernização e assumindo tecnologias gerenciais já adotadas no setor privado.
MAIARA BOEIRA
16 RRPPAtualidades/JULHO 2010
ESPAÇO
DEU ROCK NA RP
• Assessoria que impulsiona o sucesso das bandas gaúchas
DÉBORA CORREA SZCZESNY
∆∆ Miguel DJ, Nei Van Soria e Vinícius Câmara Canto: de corpo e alma na produção e divulgação de carreiras de sucesso
Em 1984, Vinicius Câmara
despretensiosamente dá o pontapé
inicial que incluiu o Rio Grande do
Sul no roteiro dos grandes shows
de rock. Iniciou trazendo Os Paralamas do Sucesso e produziu importantes bandas do Estado.
Eles eram apenas três amigos
que queriam agitar. O ano era 1984
e o cenário era de muito rock ‘n’ roll
– menos em Porto Alegre. Bandas
como Barão Vermelho, Kid Abelha,
Legião Urbana, Ira!, Titãs despontavam no cenário do rock nacional.
Foi então que, fugindo de um verão
escaldante, os três embarcaram
rumo ao Rio de Janeiro e trouxeram
para tocar em solo gaúcho ninguém
menos que Herbert Viana e Os Paralamas do Sucesso. O show trouxe
prejuízo para os rapazes, mas valeu
como aprendizado. Destacou Porto
Alegre como referência musical,
deu início à cena do rock gaúcho e a
várias carreiras de sucesso.
Hoje, com mais de 20 anos de
profissão, Vinícius Câmara Canto, o Vini, um dos três agitadores,
se dedica à carreira solo do cantor
Nei Van Soria (ex-TNT e ex-Cascavelletes) que atualmente possui
gravadora própria, uma loja de instrumentos musicais e está lançando
o DVD Nei Van Soria 40 anos – Ao
Vivo no Ocidente. A história do Nei
e do Vini se cruza desde 1984 com o
TNT e desde então os dois constroem uma trajetória que conta com o
apoio de outros profissionais independentes, como o Miguel DJ que
divulga trabalhos específicos.
Quando Vini começou a trabalhar com músicos, a profissão de
produtor musical e assessor ainda
não existia no Rio Grande do Sul,
apesar de ser conhecida nacionalmente. Ele passou a exercer a atividade confiando muito no empirismo, sem as bases teóricas, “na
cara e na coragem”, como ele mesmo define. Aprendeu muito com a
observação dos que outros artistas
estavam fazendo e no contato com
as gravadoras. Ao conhecer o Zé
Fortes, produtor dos Paralamas do
Sucesso, percebeu que existia essa
figura, esse papel, alguém que desempenhava essa função, e mais:
viu que existia uma cena local muito forte e os artistas gaúchos ainda
não possuíam produtores. Bingo!
É aí que o TNT, na época a banda do Nei Van Soria, entra na história. O Vini começa a atuar como
produtor musical, assessorando a
banda, correndo atrás do marketing e da publicidade para que o
artista ficasse conhecido. Ele fazia
o relacionamento com a mídia, levava o que a banda produzia no estúdio até os radialistas que colocam
o material no ar. “A necessidade de
ter apoio em áreas complementares
sempre existiu. Isso é fruto de um
amadurecimento, eu tive a sorte de
poder contar com um cara que se
desdobrou em vários papéis desde
produtor até a parte de assessoria,
nós tivemos a sorte de começar juntos. Assim podemos levar com mais
eficiência o trabalho musical que
eu faço até as pessoas”, garante Nei
Van Soria. Segundo ele, a quantidade de trabalho é muito grande para
ser feito só internamente, obrigando a contratação de pessoas de
fora da produtora, como o Miguel
DJ, que faz trabalhos específicos
como divulgador de marketing. “A
importância deles pra mim é complementar, tem que colocar tudo
no lugar certo, cada um tem o seu
espaço”, comenta o cantor.
O Miguel começou a trabalhar
meio sem querer (e sem saber muito bem o que era) em 1975. Além
de DJ, ele divulgou os primeiros
discos da Alcione, Beth Carvalho,
Sidnei Magal, Amado Batista, Roupa Nova, passando por Roberto
Carlos, Skank, Jota Quest, Marcelo D2 e Cidade Negra. “O divulgador é o fabricante de sucesso e a
música trata de emoção, é preciso
emocionar. Não senti necessidade
de formação acadêmica, agora, por
exemplo, eu tô fazendo uma agenda pra um artista italiano que vai
estar em Porto Alegre e aprendi as
coisas no corpo a corpo. Com o Vini
e com o Nei funciona bem, a gente
tem uma sintonia muito legal, mas
tem os artistas que são chatos de se
trabalhar, e outras assessorias são
mais artista que o próprio artista”,
conta Miguel.
ESPAÇO
Além do TNT, que depois se
desdobrou nos Cascavelletes, o
Vini trabalhou com Os Replicantes,
Julio Reny, Maria do Relento e fez
a divulgação do Rock Grande do
Sul, um dos discos mais importantes do rock gaúcho. O TNT (cujos
integrantes na época tinham entre
15 e 16 anos) começou a abrir os
shows dos Replicantes que, apesar
de não ter muito a ver com o TNT,
apadrinhou a banda. E então a cena
do rock gaúcho começou a se desenvolver – e a aparecer.
Engana-se quem pensa que o
Vini nunca frequentou a faculdade. Ele diz: “Talvez o meu mundo
não seja tão acadêmico, acho que é
preciso ter o embasamento teórico,
mas a prática ensina bastante, a
convivência com o diretor artístico
de uma gravadora me ensinou muito.” Ele cursou Relações Públicas
na Faculdade de Biblioteconomia
e Comunicação (Fabico) da UFRGS
por dois anos, mas cansou do curso
por “não chegar nunca aonde acha-
va que deveria chegar: na prática,
lidando com os problemas, vendo
como se soluciona as questões”.
O trabalho do Vini vai além da
assessoria de comunicação: como
produtor musical, ele negocia contratos, venda de shows, divulgação, cuida da relação do Nei com
a mídia e os públicos. “A internet
aproxima o artista do público, mas
o acesso ao veículo oficial está mais
restrito, a mídia eletrônica atinge
um público mais popular. Como eu
trabalho especificamente com rock
e com artistas de uma geração anterior, essa mídia nem sempre está
tão aberta pra te dar espaço. E o
Nei agora tá viciadinho no twitter
(@NeiVanSoria) e ele tem o blog
(www.neivansoria.com/blog) também. Isso permite uma proximidade muito maior”, reconhece. Para
Vini, tudo abre caminhos.
DÉBORA SZCZESNY
MARTA CAPITÃO
REBECA N. D’ALBERTO
FOTO DIVULGAÇÃO
∆∆ Nei Van Soria lança DVD 40 Anos ao Vivo no Ocidente
Discografia do Nei Van Soria
1995 - CD Avalon
1998 - CD Jardim Inglês
2001 - CD Cidade Grande
2003 - CD O Dia + Feliz da Minha Vida
2005 - CD Só (ao vivo)
2007 - CD Mundo Perfeito
2009 - DVD Nei Van Soria 40 Anos ao Vivo no Ocidente
RRPPAtualidades/JULHO 2010 17
Comentário
Nem só de releases
nós vivemos
A mídia
eletrônica
atinge um
público mais
popular
Conforme afirmam diversos autores da área
da comunicação, estamos vivendo a Era da Informação. A comunicação tornou-se digital e com isso
o profissional de Relações Públicas ficou responsável por manter o relacionamento das organizações
com os seus públicos estratégicos também no mundo virtual.
Uma das atividades que vem sendo desenvolvida por alguns profissionais é a criação e envio
de comunicados institucionais mais conhecidos
como newsletters e também de e-mail marketing
(comunicados comerciais). Mas como conseguir
transmitir uma informação qualificada para os
públicos sem que isso pareça um spam?
Todo o cuidado é pouco quando lidamos com
imagem e reputação de uma organização, desta forma, algumas dicas são importantes para
uma comunicação eficiente. Vamos começar pelo
assunto – identifique no campo do que se trata a
mensagem. É importante mostrar a vantagem que
o leitor terá ao abrir o e-mail. Evite frases longas,
já que alguns softwares exibem apenas determinada quantidade de caracteres. Envie o comunicado
somente ao público estratégico com comprovado
interesse potencial na mensagem, não compre listas de e-mails, crie você mesmo um banco de dados. Uma forma de conseguir multiplicar os seus
contatos é criando um cadastro no site da organização em que o usuário autoriza o envio de e-mails
institucionais. Identifique claramente os dados
completos do remetente. Sempre insira a marca
de sua empresa. Quando possível, personalize as
mensagens, crie diferentes e-mails para diferentes públicos. Facilite a exclusão dos destinatários
enviando telefones e outros endereços de correios
eletrônicos para contato. Evite incluir anexos. E
por fim, cuidado com a acessibilidade –12kb é o
tamanho recomendado pelo IAB – Interactive Advertising Bureau.
Como todos sabem, os desafios impostos pelas novas tecnologias são enormes para qualquer
área profissional, mas para o relações-públicas,
em específico, acostumado a escrever releases, temos um novo caminho a desbravar.
MARIANA OLIVEIRA
Fontes:
Código de Autorregulamentação para a prática de email marketing.
Como fazer e-mail marketing legalmente. Autor: Gilberto Martins de Almeida.
http://www.wbibrasil.com.br/boletim.php?id_boletim=310
http://www.imasters.com.br/artigo/5257/e-mail_
marketing/boas_praticas_de_e-mail_marketing/
18 RRPPAtualidades/ JULHO 2010
EVENTOS
FOTO DIVULGAÇÃO
Lançado livro ‘Construindo
relacionamentos estratégicos’
∆∆ Autores em noite de autógrafos na Semana do Livro da PUCRS
A 4ª Semana do Livro,
que aconteceu em abril, na
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), teve o lançamento
da obra “Relações Públicas:
Construindo relacionamentos estratégicos” – segundo
livro da coleção “Relações
Públicas” – , que tem como
organizadora e autora a coordenadora do curso de RRPP
da PUC, professora Souvenir
Maria Graczyk Dornelles.
O livro tem como objetivo desenvolver o assunto em
maior evidência na atualidade
pelos profissionais dessa área
– o relacionamento – através
do conhecimento dos professores e pesquisadores da área.
A edição tem autores conhecidos do meio, tais como: Roberto José Porto Simões, Gla-
fira Furtado, Cássio Scelovsky
Grinberg, Marisa de Carvalho
Soares, Nadege Gonçalves Lomando, Rosane Palacci Santos, Silvana Sandini, Susana
Gib Azevedo e Tibério Vargas
Ramos.
O evento – que ocorreu
às 19 horas, do dia 19 de abril
– contou com a presença dos
autores dos artigos, familiares, alunos e amigos. Além
deles, uma equipe do site
RRPP Online compareceu ao
local para cobrir, entrevistar
e prestigiar os homenageados da noite. Entrevistas com
cada um dos autores confira
no site: WWW.rrpponline.
com.br
BIANCA PEDROSO DOS SANTOS
CAROLINA BOLZAN
MAYARA ALOY CUNHA
FOTOS DIVULGAÇÃO
CUMBRE 2010
Comunicação e política são
debatidas em Buenos Aires
• Delegação da PUCRS participa da Cumbre Iberoamericana
Professores e alunos de graduação e pós da
Faculdade de Comunicação Social (Famecos)
representaram a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul na IX edição da Cumbre Iberoamericana de Comunicadores, realizada nos dias 28, 29 e 30 de abril, no campus
de Miguelete da Universidad de San Martín,
em Buenos Aires. O evento reuniu especialistas
e pesquisadores de comunicação de 20 países
para debater a Comunicação Política e as mudanças no cenário sociocultural do século XXI.
Na delegação de PUCRS, estava o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom),
professor Antônio Hohlfeldt, um dos palestrantes convidados. Também viajaram à Argentina,
a coordenadora do curso de Relações Públicas,
professora Souvenir Dornelles, e os professores
Cláudia Moura, Cleusa Andrade Scroferneker e
Luciano Klöckner.
Durante o evento, foram discutidos mídia
e jornalismo político, discriminação, comunicação política, eleitoral, censura, liberdade de
expressão e opinião pública. Também estiveram em pauta estratégias de comunicação para
governos, a informação em crises e governabilidade. Ainda foi analisada a responsabilidade
social empresarial. Segundo a professora Cláudia Moura, um dos pontos mais importantes
debatidos foi “a Comunicação Institucional a
ser trabalhada em prol de relacionamentos entre as organizações e os seus públicos de interesse.”
Um dos conferencistas mais destacados
foi o espanhol Toni Puig Picart, especialista
em gestão cultural e um dos responsáveis pela
criação da marca Barcelona. Ele falou sobre “O
Retorno do Público: a comunicação como uma
grande conversação para a mútua confiança”,
e conquistou a todos os presentes com suas
ideias e visão de marketing público. Puig trabalhou o conceito de city marketing, cuja função
principal é gerar conversação, e não convencer
ou simplesmente prover os cidadãos de informação oficial. Tal processo alcançou êxito em
Barcelona ao questionar a população: “Que
cidade temos e qual queremos?” A definição
do presente e o futuro almejado passou a ser
construído por todos, numa visão coletiva em
que o poder público limitou-se a cumprir metas
∆∆ Delegação que representou a Famecos
∆∆ Pesquisadoras Cleusa, Souvenir e Cláudia
definidas por seus habitantes.
A relações-públicas Ana Barretto, recentemente formada pela Famecos, hoje aluna
de Mestrado nessa mesma instituição, teve a
oportunidade de apresentar seu artigo “Teoria
Cognitiva em Portais Institucionais”, um dos
trabalhos selecionados.
ALINA OLIVEIRA DE SOUZA
RRPPAtualidades/JULHO 2010 19
RÁDIO
Chave-mestra na RBS
Mais espaço
para os RPs
• Estratégias de marketing nas emissoras
O Grupo RBS é uma empresa de comunicação multimídia que opera no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O
grupo possui ramificações em
quatro mídias de comunicação
– TV, rádio, internet e jornal.
A história do Rádio do
Grupo RBS começou quando
Mauricio Sirotsky Sobrinho
assumiu como sócio da Rádio
Gaúcha em 1957, dando início à organização, que criou a
então TV Gaúcha, em 1962, e
incorporou a Zero Hora, em
1969. Logo após, em 1973, veio
a formação das rádios FMs.
Na área do rádio, a RBS tem
hoje, como as suas
cinco principais
rádios, a Gaúcha
AM e FM, Cidade
FM, Farroupilha,
estas adquiridas,
respectivamente,
em 1979 e 1982, a
Itapema FM, inaugurada em 2003, e
a Rádio Atlântida,
criada pelo Grupo
em 1976.
Operando através de 26
emissoras de rádio AM e FM,
o foco se dá na informação, na
prestação de serviço e entretenimento para os seus respectivos públicos. Para conseguir
lidar com tamanha diversidade, a chave-mestra que se faz
necessária é o Marketing.
“Somos marqueteiros em
todos os momentos”, assim
teoriza a gerente de Marketing da Unidade Rádio RS e
SC, do Grupo RBS, Sioni Gonçalves. Segundo a American
Marketing Association (AMA),
marketing é uma função organizacional e um conjunto de
processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega
de valor para os clientes, bem
como a administração do relacionamento com eles, de modo
que beneficie a organização e
seu público interessado.
Como saber o que direcionar ao público-alvo? Qual a necessidade da aplicação de técnicas de marketing no âmbito
do rádio? Foi observando a estruturação das áreas de marketing nas empresas do mundo afora que Sioni Gonçalves
enxergou a oportunidade de
“construir e gerenciar marcas
consolidadas que ofereçam benefícios aos seus consumidores” através da audiência, no
caso de rádio, pois assim cria
laços estreitos e de relevância.
Formada em Jornalismo
pela Famecos (PUCRS), em
1988, e Pós-Graduada em Marketing pela ESPM, Sioni Gonçalves vê a constante necessidade de observar tendências e
gostos da sociedade. “Preciso
“Comprove
que você
tem valor
e que a
empresa
precisa
de você.
Busque
sempre
conhecimento, de
tudo que
é possível,
será um
diferencial.”
(Rafael
Guerra)
A área de Relações Públicas pode acabar surpreendendo muita gente pelas suas
diversas oportunidades. Quem
arriscaria, por exemplo, dizer
que tem RP’s até no rádio? Pois
é, mas existe.
Milena Demaman e Rafael
Guerra trabalharam em empresas do grupo RBS. Ela, 26
anos, é assessora de imprensa
do MC Jean Paul. Rafael, 28
anos, é radialista e coordena
eventos e marketing da rádio
Gaúcha. Os dois sempre estiveram envolvidos com a área
de eventos. Milena presenciou
esse tipo de trabalho desde
∆∆ Rafael Guerra
estar inteirada de tudo o que
está acontecendo com a classe
C, público jovem, adulto contemporâneo e formadores de
opinião”, conta a profissional.
Abrindo o jogo, Sioni revela com que foco é realizado
o seu trabalho. “Minha missão
é estar inovando e trabalhando
conceitos diferenciados para
cada uma das rádios, como
Cidade, Atlântida, Itapema,
Gaúcha, Farroupilha e Rural
e fazendo com que elas sejam
ouvidas e compradas pelos
clientes”, tendo consciência de
que cada rádio tem a sua característica, indo do jovem ao
adulto. Sioni ainda deixa como
dica aos alunos de Comunicação que queiram conhecer melhor a área de marketing que
façam estágio em empresas e
agências, na área de planejamento.
ALESSANDRO DA S. SEVERO
CELINA SOUTO GOMES
SHEILA MOREL DA ROSA
“O marketing é o
nome do
jogo, pois
é através
dele que
se estuda
mercado,
se lança
ou reposiciona
produtos
e evolui as
marcas”.
(Sioni
Gonçalves)
muito cedo ao lado do pai, Anselmo Gangilher Silva, coordenador de operações da RBS TV
há 37 anos. “Dizia pra ele que
queria ser igual aos seus colegas, que organizavam eventos.” No começo, claro, existem
as dificuldades, ela fez seu primeiro estágio em um estúdio
de fotografia e só com muita
luta e perseverança foi chamada para um processo seletivo
de uma vaga na RBS, passou
por várias fases classificatórias e só então começou como
estagiária da rádio Atlântida,
onde tinha funções como atendimento ao ouvinte, mailing,
pesquisas por telefone e também auxiliava nos eventos.
No tempo em que trabalhava na Atlântida, Milena recorda: “Todos faziam de tudo
um pouco! Mas o RP especificamente cuida da divulgação
institucional do evento. Quando tinha contato direto com o
público da rádio, precisava ser
FOTOS DIVULGAÇÃO
∆∆ Milena Demaman
bastante cuidadosa, atenciosa
com todos e sempre dar uma
lembrancinha da rádio quando
havia visitas ao estúdio”.
Rafael diz sempre ter gostado de rádio e mesmo antes
de entrar na faculdade já organizava os eventos no colégio.
Ele teve sua oportunidade no
renomado grupo, através do
programa Rádio Talento, cujo
objetivo era qualificar os jovens profissionais com conhecimentos e informações sobre
a área. Guerra começou a trabalhar com eventos da RBS e
na programação da Atlântida.
No rádio existem várias
possibilidades para o profissional de RP, como eventos,
marketing e RH. Ter contatos
também é muito importante,
como em qualquer profissão,
um bom relacionamento abre
muitas portas. “É fundamental o papel e a atuação de um
profissional de RP no rádio,
independente do perfil de programação. O negócio rádio tem
alguns pilares importantes,
como plástica, programação,
pessoas e promoção”, enumera
Rafael. Para ele, ainda existe
preconceito, justamente porque as pessoas desconhecem
as funções de um relações-públicas e o próprio mercado não
procura orientar o público e as
instituições sobre a complexidade das atividades que podemos desenvolver.
Rafael Guerra finaliza com
um recado para quem busca estágio na área: “Arrisque,
quebre a cara, erga a cabeça,
tente de novo, conheça a empresa que está trabalhando,
pense globalmente, não só
como um RP.”
CAROLINA MONTEIRO
20 RRPPAtualidades/JULHO 2010
VISUAL
VANESSA FREITAS/ HIPER
Escrevendo
esperança
e amor
• Área de RRPP se envolve também em
empresas de análises de tendências de moda
∆∆ Banda Anberlin participa da ONG em defesa da vida
To Write Love On Her Arms
(Para Escrever Amor Em Seus
Braços) é uma organização não
governamental americana, criada
após um incidente em que uma
adolescente, durante uma crise
de depressão, tentou suicidar-se.
A garota auto-mutilou-se e com
seu próprio sangue escreveu Fuck
Up (Se Ferrar) em seu braço. Dias
após o ocorrido, começou a movimentação em prol da vida, do amor
e da esperança, que deu origem à
ONG.
A campanha ganhou sucesso
quando bandas populares entre
os adolescentes – como Anberlin,
Paramore e Fresno – passaram a
Bruno aderiu à
causa pela vida
Bruno de Bona Farinon, 20
anos, estudante de Letras na PUC,
é um dos jovens gaúchos que aderiu à Ong americana To Write Love
On Her Arms. Conheça sua experiência:
Desde quando tu conheces
a ONG? Há, mais ou menos, dois
anos.
Tu conheces a origem da
campanha? Sim.
O que te levou a comprar e
usar as camisetas? Vi que os
músicos das bandas que eu gosto
estavam usando as camisetas e acabei me interessando pela causa.
Quais são essas bandas? As
principais são Underoath, Anberlin
e Fresno.
Qual a importância que tu
vês na To Write Love On Her
Arms? Eu acho importante poder
ESTAMOS
usar as camisetas confeccionadas
para arrecadar fundos para ajudar
pessoas com depressão. Nos últimos anos, a campanha já se espalhou por mais de 40 países, onde
jovens, influenciados pela causa
e pelas bandas, vestiram (literalmente) a camisa da To Write Love
On Her Arms. Hoje a confecção
conta com camisetas, casacos, bolsas, entre outros produtos que são
comercializados através de sites de
vendas na internet, assim como, no
site oficial da campanha. Confira:
www.twloha.com
JULIANA ULBRICH
MARIANE REIS
ARQUIVO PESSOAL
ajudar, mesmo de longe. É um assunto que, apesar de merecer destaque, é pouco debatido hoje em
dia. Além de ser muito legal o fato
das bandas fazerem parte disso,
por dar popularidade e visibilidade
à causa.
O cenário da moda, fortemen- Bisker, tem seu background em
te ligado à comunicação e imagem, marketing e gerencia as operações
é uma nova área que se abre para no Brasil, “por ser uma coisa que
as Relações Públicas. Exemplo dis- gosta e faz muito bem”, sublinha.
so é a empresa WGSN. Para quem Carolina é formada em moda e esnão é familiarizado com as quatro tuda Relações Públicas. “No braço
letras, explicamos: trata-se de um operacional, temos um engenheiro,
canal pago que gera conteúdo de com pós-graduação em gestão e coestilo, moda, arte e cultura. Funda- municação”, complementa.
A aluna de RRPP desenvolve
da em 1998, a Worth Global Style
Network é líder mundial no serviço seu trabalho no único escritório
de pesquisa online, análise de ten- da WGSN no Brasil, em São Paulo.
ELIAS EBERHARDT
dências e notícias para
as indústrias de moda e
estilo.
O serviço revela e
monitora as notícias via
newsletters, enviadas
aos clientes. Sua missão
é manter os assinantes atualizados com o
que acontece na moda
global, têxtil, varejo e
indústrias de estilo. A
base de clientes inclui
desde varejistas e fabricantes como Gap, Levi
Strauss, Guess, Zara,
Burberry, Adidas, Timberland, Calvin Klein,
até empresas ligadas ∆∆ Relações Públicas conquista novo espaço
à beleza e tendências,
como a L’óréal e a Procter and Outros escritórios são localizados
em Londres, Nova Iorque, Los AnGamble.
A empresa internacional de geles, Paris, Alemanha, Hong Kong
assessoria conta no Brasil com uma e Japão. Ao todo, são 150 profisdensa equipe de comunicação, com sionais que produzem informações
relações-públicas, jornalistas e fo- sobre o que acontece no mundo da
tógrafos, para estabelecerem con- moda, inclusive para a indústria do
tatos e desenvolverem conteúdo. setor.
“As empresas gastam tempo
Carolina Althaller, assistente de RP
e Marketing da WGSN, explicou em viajando pelo mundo para particie-mail que a empresa se divide em par de desfiles e outros eventos e
eram obrigados a utilizarem seus
PR (public relations) e Marketing.
“O marketing trabalha dando próprios recursos para se mantesuporte nos eventos, principalmen- rem atualizados”, regata Carolina.
te nas semanas de moda – Fashion “Hoje, a WGSN, com toda sua equiRio e SPFW –, quando recebemos pe e assistência, auxilia a indústria
editores da WGSN para cobertura de moda.” Cumpre o trabalho de
dos desfiles e palestras, selecionan- consultoria e imagem, com pensado futuras tendências em potencial. mento estratégico sempre focado
Nosso PR faz toda a comunicação na melhoria da comunicação com
com a nossa assessoria de impren- os públicos.
sa e a mídia em geral”, explica Carolina. Ela destaca que a diretora da
CAROLINE POSTAL MACHADO
WGSN na América do Sul, Andrea
MAYARA ALOY
VISUAL
RRPPAtualidades/JULHO 2010 21
NA MODA
Blogs ditam as tendências aos consumistas
Consumidoras e especialistas em moda optaram pela interação com os consumidores para
publicarem suas críticas em blogs direcionados
ao setor. As blogueiras Maysa Úrsula, do blog
Pílulas da Moda, Priscila Knechtel e Patricia
Schlindwein, do blog Delírios de Consumo SA,
se destacam neste segmento.
A definição inicial de blogs como diários
íntimos para escrever sobre os acontecimentos
do seu dia-a-dia não se aplica para o conteúdo
destas blogueiras. Ambas escolheram a ferramenta da Web para divulgar publicamente sua
fascinação pelo mundo da moda e contribuir
para outras pessoas fazerem uso de seu conhecimento no assunto. O ponto forte deste meio de
comunicação, e que auxilia no trabalho delas, é
a interação direta com os consumidores que utilizam os comentários para passar feedbacks das
novas tendências e ainda contribuir com outras
informações sobre os posts das autoras.
Uma característica comum das leitoras dos
blogs de moda é o consumismo, pois, diante de
tantas inovações do setor e desfiles constantes
com novas coleções, as consumidoras se tornam
reféns desta indústria. As próprias autoras dos
blogs assumem que falar sobre moda e estar por
dentro deste mundo desperta o lado consumista
e a vontade de comprar o último lançamento é
irresistível. “Às vezes vejo alguma tendência e
nem gosto muito de primeira, mas depois pesquisando looks, onde comprar, dicas de como
usar... Fico doidinha pra colocar meu cartão de
crédito em ação!”, diz Priscila.
O público identificado pelos blogs é composto por meninas de 13 anos até mulheres de
50 anos que procuram uma referência de moda
para suas escolhas. As blogueiras identificaram
que as jovens estão focadas em saber todas as
novidades e os lançamentos, enquanto as mulheres adultas procuram identificar a escolha
do modelo ideal para vestir, desde que fique de
acordo com as novas coleções.
Tanto Maysa como Priscila ainda não obtêm retorno financeiro nas suas atividades de
blogar. “As lojas locais nos procuram bastante
para divulgar coleções recém chegadas, promoções. Porém, não há retorno financeiro, nós
não cobramos para divulgá-las, em geral propusemos que a loja ofereça algum brinde para
ser sorteado para nossas queridas leitoras, mas
eu já recebi presentes bem legais”, comenta
Priscila. Elas destacam que o estímulo da pu-
blicação está voltado pelo interesse no assunto
e compartilhar este conhecimento com outras
pessoas. Existe um espaço ainda para crescerem comercialmente, uma vez que muitos blogs
possuem links de fabricantes que são remunerados conforme os cliques dos internautas. O blog
bem explorado pode ser tornar uma ótima fonte
de divulgação e renda. “Recebo releases de divulgação, sim, mas até hoje só recebi uma proposta de uma marca inglesa para ser parceira
do blog... Sobre ter retorno financeiro, até hoje
nunca ganhei um real com isso”, admite Maysa.
Especialistas do mercado apontam que os
blogs de moda possuem significativa parcela na
escolha das consumidoras por novas marcas e
produtos, e acreditam ser tendência. Os posts
das autoras podem influenciar a compra de um
produto, bem como tirar uma marca do mercado, conforme a dimensão que estes comentários
conseguem alcançar na blogosfera. Os blogs estão gerando uma nova tendência do setor para
divulgação dos seus produtos.
BIANCA PEDROSO,
FRANCIELE SCHNEIDER
MARIANE LAUER
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
∆∆ Maysa produz o blog Pílulas de Moda
∆∆ Priscila Knechtel e Patricia Schlindwein vivem na pele o blog Delírios de Consumo SA
22 RRPPAtualidades/JULHO 2010
ORGANIZAÇÕES
FOTOS ANGÉLICA PENTZ/ RRPP
Artigo
Crise? Jogue limpo
O bom relacionamento e uma imagem positiva de uma organização é
resultado de um bom planejamento, prevenção e eventual gerenciamento
de crises. O profissional de Relações Públicas assume o papel de gestor da
reputação e da confiabilidade que uma empresa necessita para o mercado
de trabalho.
Um evento negativo que foge do controle da gestão empresarial e põe
em risco sua imagem e reputação, provocando perda de confiança e crise de
credibilidade diante do público.
É fundamental a organização ter um bom relacionamento com a mídia,
pois é ela que influencia e tem o poder de determinar opiniões. Firmar laços com a mídia é importante para a construção da boa imagem, pois diante de um episódio negativo, a reputação conquistada não será esquecida.
Em algumas situações em que os gestores souberam administrar os
problemas com sucesso, temos como exemplo o caso do Tylenol. O caso teve
início no dia 29 de setembro de 1982, com a notícia de que três pessoas
haviam morrido após ingerir cápsulas de Tylenol supostamente envenenadas por cianeto. Com a repercussão do fato, os profissionais de Relações
Públicas da organização lidaram com o problema de forma transparente e
atingindo todos os meios de comunicação para que todos soubessem, pois
era o medicamento mais vendido no país. Após a crise, as vendas do medicamento não diminuíram. A grande estratégia da empresa foi a transparência com o público.
A crise na General Motors, em 2009, foi mais profunda. A situação da
companhia, até então próspera, começou a mudar em 2007, com a alta do
preço do petróleo. Com isso, os consumidores passaram a preferir carros
mais econômicos. Como a montadora havia apostado em veículos mais
pesados, se viu em dificuldades e em julho de 2008, as vendas da companhia já baixavam 20%. Com a crise financeira internacional, a situação ficou ainda mais complicada para a GM. A diminuição do crédito atingiu
em cheio as vendas de automóveis e impediu negociações de vendas entre
as montadoras. A montadora chegou a recorrer ao governo americano,
pedindo ajuda financeira que exigiu que a GM apresentasse um plano de
reestruturação, apresentado em fevereiro de 2009. O governo americano
exigiu que a indústria automobilística reduzisse custos drasticamente. Não
conseguindo reagir, a concessionária decreta concordata, situação em que
os credores abrem mão de parte dos créditos que têm a receber, para que a
companhia possa se recuperar, durante um período estabelecido e garantido por proteção judicial. Assim a empresa se torna estatal até que retome
a lucratividade.
Agora em 2010, a GM está caminhando com bons resultados. Apesar de
todo lado financeiro, causador da crise, existe um planejamento de comunicação para que boatos falsos não sejam espalhados e apenas notícias verdadeiras cheguem aos públicos interno e externo. Mesmo com discussões e
medo tanto de funcionários, credores, acionistas, de como ficaria a situação
da montadora, uma boa negociação e mediação são essenciais para uma
superação da crise, e aí está a combinação de um profissional de Relações
Públicas com a direção da organização.
Nos dois casos percebe-se a atuação dos profissionais de RP que interagiram com diversos setores, desde o públicos interno, para os quais era preciso dar informações corretas sem causar impacto negativo. Utilizaramse de comunicação externa, esclarecendo as falhas e tornando públicas as
informações de interesse dos consumidores, contribuindo para a fortalecimento da imagem organizacional, explorando bem os veículos de comunicação, agindo de forma rápida. No contexto atual, de rápidas trocas de
informações pelo mundo, o relações-públicas exerce o papel de gerenciador
de relacionamentos, controlando informações.
ALICE QUADROS, CAROLINA SANTIAGO, GUILHERME LAU E MARIELI OLIARI
∆∆ Hospital da PUCRS dá importância à ouvidoria
Como saber
ouvir os
públicos
• O funcionamento
da Ouvidoria do
Hospital São Lucas
A profissão de relaçõespúblicas, por ser uma atividade relativamente nova no
mercado de trabalho brasileiro, passa ainda por uma série
de questionamentos impostos
pela sociedade. Dentre eles,
está o fato de que muitas pessoas veem o RRPP só como um
organizador de eventos.
Esta distorção desaparece
quando nos depararmos com
profissionais trabalhando nas
mais diversas áreas, como assessor de imprensa, pesquisador, gestor da comunicação,
gerenciador de crises e também como ouvidor. Se o relações-públicas lida diariamente
com o sistema organização/
públicos por que não mediar os
conflitos existentes entre eles?
Raquel Martins trabalha
no Departamento de Ouvidoria do Hospital São Lucas e relatou um pouco do dia-a-dia da
sua profissão. Demonstrou o
quanto seu tempo é movimentado e apresentou o trabalho
realizado no departamento,
mostrando que a Ouvidoria do
hospital recebe diariamente
solicitações e encaminha para
o gestor da área responsável.
Procura ter as duas visões do
problema (gestor/solicitante)
para poder indicar o caminho
mais adequado na solução do
problema. Os canais que os públicos utilizam para se comunicar dentro do Hospital são:
pessoal, telefone, internet e o
“fale conosco” do site da organização.
Outra questão pertinente
da área é a diferença entre o
SAC (Serviço de Atendimento
ao Consumidor) e o Departamento de Ouvidoria. Enquanto
o primeiro presta informações
24h para os clientes/consumidores, a Ouvidoria é responsável pelo encaminhamento das
solicitações dos públicos.
Para trabalhar na área de
ouvidoria, são indispensáveis
algumas características. “Temos que ter bom senso, sensibilidade, saber ouvir e dar
retorno, empatia, credibilidade e transparência”, enumera
Raquel.
No âmbito interno, é preciso manter bom relacionamento com todos os departamentos. “Conquistar a confiança
dos gestores é um grande desafio, para os profissionais que
pretendem trabalhar na área”,
comenta.
Segundo Raquel, no início
foi difícil controlar algumas
emoções, como o estresse e a
sensibilidade. “Muitas vezes
fui para casa com um sentimento de impotência por não
poder solucionar os problemas
da forma esperada, contudo, a
experiência diária faz com que
a gente aprenda a lidar melhor
com estes sentimentos”, diz a
relações-públicas.
Ouvir os públicos de uma
organização determina uma
melhoria no relacionamento
interno e pretação de serviços.
“Ao tomar conhecimento de
problemas, o São Lucas imediatamente busca resolvê-los”,
conclui sua assessora na Ouvidoria.
ANGÉLICA PENTZ
MARIANA OLIVEIRA
AMBIENTE
O humor para vencer
o estresse do trabalho
RRPPAtualidades/JULHO 2010 23
FRANSICO M. BARROS
• Como o bom humor pode melhorar o rendimento dos colaboradores
Ameaçadas diariamente pelo
estresse, as pessoas procuram ter
uma vida melhor, levando-a com
mais calma e tranquilidade, vendo
as coisas com bom humor. Fazem
terapias, mudam de um dia para
o outro, mas será que esse pensamento também vale para o trabalho? Pois, divertir-se nunca esteve
ligado ao ambiente profissional,
onde as pessoas devem ser sérias
para não acabarem se distraindo
de sua função. Porém, depois de estudos feitos pela universidade italiana Bocconi, esse conceito pode
estar chegando ao final.
A Universidade pesquisou
1.860 pessoas da Itália, Japão,
Alemanha, Rússia, Grã-Bretanha,
Estados Unidos e França para chegar ao seguinte resultado: 98%
delas usam o humor no trabalho e
99% o apreciam. O estudo também
mostrou que quando há humor no
ambiente de trabalho, os trabalhadores se sentem mais motivados e
com o moral mais alto, mostrando
que um ambiente de trabalho em
que os funcionários podem ser bem
humorados incentiva sua própria
produtividade.
A professora de Relações Públicas, Neka Machado, afirma
apostar em ambientes saudáveis
de trabalho. “Eu preciso e proponho ambientes saudáveis. Toda a
minha vida quando fui chefe ou coordenadora, eu tinha um princípio:
funcionário feliz é aquele que está
bem com ele, com a vida dele e seu
trabalho. Não acredito nessa tese
de que funcionário é só mais um,
tem que trabalhar e deu. Eu tenho
um ser humano inteiro que precisa
ser visto e compreendido. Isso não
quer dizer que vai ser um ambiente super paz e amor, é uma simples
questão de respeito. E dentro de
um contexto, respeito é saber que
tu tens tuas responsabilidades e o
teu colega as dele, mas nada o impede que se respeitem”.
Associada a esta concepção de
respeito mútuo, o professor de Publicidade e Propaganda, Fernando
Azevedo, expõe um caso sobre o
ARQUIVO PESSOAL
∆∆ O Núcleo de Eventos do Espaço Experiência é historicamente conhecido por não abrir mão de “açucar e afeto” no ambiente de trabalho.
sentimento de pertencimento, a
valorização do trabalho do profissional, que também é um fator
que influencia na produtividade:
“Há pouco tempo eu produzi uma
reportagem sobre a empresa que
fabrica Ferrari e existe por parte de cada equipe que monta cada
componente daquele carro, que são
muitos, o orgulho de estar montando aquele carro, o orgulho de estar
fabricando aquele carro, como se
fosse um artesão.”
Empresas de consultoria do
ramo já indicam para seus clientes
promoverem atividades recreativas e sociais ou até mesmo pequenos detalhes como faz a PMWeb,
empresa nacional especializada
em marketing digital e gestão de
relacionamento com clientes para
o setor hoteleiro, que tem todas
redes sociais liberadas para os funcionários. Também como forma
de interação, eles devem trazer de
suas viagens um ursinho de pelúcia
ou uma xícara do local visitado. Os
objetos permanecem no escritório
conjunto com mobílias estilizadas,
que deixa o ambiente bem mais
agradável para quem trabalha.
Essa ideia foi inspirada na sede da
empresa Google, em que local de
trabalho e lazer se fundem.
Azevedo destaca a influencia
no trabalho dos bons ambientes,
planejados. “A forma arquitetônica,
ajuda muito, as próprias agências
de propaganda têm muito neste
sentido. Se você vai, por exemplo,
numa GardenDesign, você vai ver
um ambiente amplo, um ambiente
agradável, um ambiente bem iluminado”.
Mas essa liberdade deve ser
administrada profissionalmente e o
foco tem que ser mantido sempre,
pois a falta de atenção pode prejudicar o rendimento, além de estragar
projetos e deixar vazar informações
restritas da empresa. “É sempre
bom ter humor no trabalho, o
problema é quando há o excesso dele. A falta de seriedade pode
∆∆ Professor Fernando Azevedo
LARISSA S. GENEHR
∆∆ Professora Neka Machado
LARISSA S. GENEHR
∆∆ Professora Bete Duarte
atrapalhar o comprometimento do
funcionário e o ambiente virar uma
gandaia, prejudicando até mesmo
quem precisa estar concentrado
no momento. Um ambiente sem
regras pode desestimular o funcionário e o humor deve ajudar no
rendimento e não transformar tudo
em piada, pois quando a situação é
séria, às vezes é melhor deixá-lo de
lado”, diz Bete Duarte, professora
de Jornalismo na PUCRS e editora
do caderno Gastronomia da Zero
Hora, em entrevista à revista RRPP
Atualidades.
FRANCISCO M. BARROS
LARISSA S GENEHR
24 RRPPAtualidades/JULHO 2010
PONTO FINAL
Riso, fantasia e arte
durante o trabalho
Quem somos
• Como o teatro pode se tornar um aliado na Comunicação das Organizações
Quem disse que lugar de empresa
não é lugar para fazer arte? O teatro
vem invadindo a arena das organizações, abrindo perspectivas para os relações-públicas, pois consegue levantar
o astral, motivar, emocionar e treinar
o público interno. Para fugir da rotina,
dar boas gargalhadas e unir a equipe de
trabalho, não há nada melhor do que
uma apresentação teatral, ou oficinas
cênicas em que os próprios funcionários participam. “O teatro desenvolve
o bem-estar das pessoas”, afirma Luís
Fernando Moojen, diretor da Moojen
Teatro Empresa, produtora que oferece
este tipo de serviço em Porto Alegre.
Ao cursar o curso de História na
PUCRS, Luiz encantou-se com as origens da comédia, com o teatro medieval, com a alegria dos palhaços e tudo
que envolvia a arte de interpretar papéis e divertir a plateia. Participou da
Cia. Teatral D’Rua, grupo que surgiu
após uma oficina de teatro organizada
pela Secretaria Municipal da Cultura e
ministrada por Paulo Guerra – professor que ele faz questão de mencionar
por ser o exemplo norteador de sua
carreira. A Cia. fazia apresentações nas
ruas mais movimentadas da cidade,
com um apelo político e social, em um
momento decisivo para a democracia
no Brasil (a época de 1989).
Luiz Fernando se apaixonou tanto
pelas caras e bocas do teatro que decidiu abandonar o curso de História e
optar pela trajetória artística. Fez da
sua vocação a sua missão, e ainda adicionou uma pitada de empreendedorismo. Ao ministrar uma oficina no SESI
voltada para a Prevenção de Acidentes
no Trabalho, teve a ideia de criar algo
independente, com a intenção de vender espetáculos para as empresas. Em
1997, começou a elaborar trabalhos
direcionados para esse novo nicho de
mercado.
Desde então, muitos gestores simpatizam com a novidade e contratam a
produtora a fim de tornar mais envolvente e bem-humorada a Comunicação
das organizações. O teatro funciona
como ferramenta motivacional e pedagógica, trazendo informações pertinentes não só em relação ao ambiente
corporativo, como também em relação
∆∆ Moojen usa a magia cênica
à importância da vida. A Moojen apresenta peças com temáticas voltadas para
a prevenção de acidentes de trabalho,
qualidade dos produtos e dos serviços,
cuidados com a saúde (doenças sexualmente transmissíveis), cidadania, meio
ambiente etc. Embora existam as peças
tradicionais, outras podem ser criadas
conforme as demandas do cliente. “Há
oficinas nas quais os funcionários podem soltar a língua, distender o corpo,
distrair a mente e despertar a alma”,
explica Moojen. “Alguns até se revelam
talentosos para essa área, e todos, de
certa forma, saem da dali mais comunicativos, criativos e animados”, observa
o artista.
A Moojen é composta por mais três
amigos. Cláudia Severo, Lorena Sanches e Robson Serafini fazem parte do
elenco, ora representando personagens
engraçados e curiosos, ora tocando músicas para hipnotizar o público. Travessuras, indagações e ensinamentos dão
o tom e o ritmo às tramas. O objetivo
da produtora é, sobretudo, fazer com
que as pessoas se valorizem como seres
humanos, não apenas como “máquinas
de produção” sem capacidade de reflexão. Para além da rotina atribulada de
tarefas repetitivas e desgastantes, há o
lazer, o riso, a fantasia. E trata-se de um
lazer que não aliena: liberta, transcende, revela e estimula. Mesmo que sob
disfarces, a arte descortina as verdadeiras faces da realidade. Luiz, conservando seus ideais revolucionários, declara:
“O teatro muda as pessoas para depois
elas mudarem o mundo”.
ALINA SOUZA
∆∆ Turma
da manhã
∆∆ Turma
da noite
PUBLICAÇÃO informativa e de reflexão do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, avenida
Ipiranga 6681, Jardim Botânico, Porto Alegre,
RS, Brasil.
Versão Online: www.rrpponline.com.br
E-mails: [email protected]
Reitor: Ir. Dr. Joaquim Clotet
Vice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio Teixeira
Diretora/ Famecos: Drª. Mágda Cunha
Coordenadora/ Curso: Drª. Souvenir Dornelles
Professores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana Sandini
Edição: alunos de Produção de Mídia Impressa e Digital em RRPP. Turmas da manhã e da
noite: Alessandra Lobato Camargo, Alessandro
da Silva Severo, Alice Quadros, Alina Oliveira
de Souza, Angélica Pentz, Augusto Rocha de
Almeida, Bianca Pedroso dos Santos, Camila
Pian, Carmela Schmitz Peccin, Carolina da Silva
Bolzan, Carolina Etchichury, Carolina Quinteiro Monteiro, Carolina Santiago, Caroline Postal
Machado, Caroline Tramontina Freitas, Celina
Souto Gomes, Daniela Jalmusny, Débora Correa Szczesny,
Deisi Conteratto, Eduardo de Menezes
Cavalli,
Felipe Jung,
Fernanda Morandi, Franciele Schneider, Francisco
Martí Barros,
Gabriela Lemchen Moscovich, Guilherme Lau, Heloisa Soterio Schwanke, Joana Oliveira, Julia Gebhardt
WilhelmJuliana Ulbrich, Juliano Godin, Larissa
Simonini Genehr, Lucas Aricio Pacheco, Maiara
Pereira Boeira, Márcio da
Silva Oliveira,
Mariana Castilhos de Oliveira, Mariana
Muniz,
Mariane Lauer,
Mariane Reis,
Marieli Oliari,
Marta Capitão,
Mayara Aloy
Cunha, Mayra Maggenti, Pamela Stoduto de Almeida, Paula Passos, Rafaela Moreira, Rebeca
Matiuzzi de Souza, Rebeca Nogueira D’Alberto,
Renata Fialho Dydzian, Renata Keller, Rodrigo Baseggio, Samyra Chanan, Sheila Morel da
Rosa, Stefanie Machado da Silveira, Telma Silvino Lambert, Thamira Santana Mendina e Victoria Baldo.

Documentos relacionados

PDF – 7,8MB - RRPP Atualidades Online

PDF – 7,8MB - RRPP Atualidades Online uma grande participação de familiares, que juntos buscam a aceitação e lutam pelo fim de qualquer discriminação que ainda possa existir. O público era composto, em sua maioria, de cadeirantes, que ...

Leia mais

PDF – 7,8MB - RRPP Atualidades Online

PDF – 7,8MB - RRPP Atualidades Online com profissionais. É um trabalho referência em teoria”, afirma a professora Suzana. Para nós, colegas de Relações Públicas, é um imenso prazer ter a certeza de que fomos muito bem representados nes...

Leia mais

Clique aqui para baixar a revista RRPP

Clique aqui para baixar a revista RRPP primeira vez, uma publicação impressa da PUCRS ganha sua versão online. O site traz todos os conteúdos da revista, porém, com maior dinamismo. Semanalmente, novas notícias, entrevistas, artigos e p...

Leia mais