Dia Mundial sem Tabaco 2006 - Centro Cultural do Ministério da
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Dia Mundial sem Tabaco 2006 - Centro Cultural do Ministério da
© 2006 – Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer Luiz Antonio Santini R. da Silva Coordenação de Prevenção e Vigilância Gulnar Mendonça Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer Tânia Maria Cavalcante Elaboração Andréa Cardoso Marcus Valério Frohe de Oliveira Revisão Aline Mesquita Cristina Perez Colaboração da Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer Cleide Carvalho, Cristiane Vianna, Érica Cavalcanti, Felipe Mendes, Júlio Wong, Luisa Goldfarb, Maria Raquel Fernandes, Mariana Pinho, Ricardo Meirelles, Sueli Couto, Thiago Devilart, Valéria Cunha, Vanessa Julitz e Vera Colombo. Apoio Técnico Rita de Cássia Martins Tamires Lima de Morais Projeto gráfico g-dés Copidesque Izabel Maria de Freitas Sodré Edição e distribuição: Instituto Nacional de Câncer – INCA Coordenação de Prevenção e Vigilância – Conprev Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer Rua dos Inválidos, 212 / 2º andar – Centro. Rio de Janeiro – RJ – Cep: 20231-020 Tel: (21) 3970-7414 Fax: (21) 3970-7500 e-mail: [email protected] SUMÁRIO 1. O que é o Dia Mundial Sem Tabaco? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. O tema escolhido para 2006 – Tabaco: mortal em todas as suas formas e disfarces . . . . . . . . 5 3. O erro histórico dos cigarros light . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4. Outros exemplos de disfarces dos produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 5. O que se conhece sobre os riscos de diferentes produtos de tabaco . . . . . . . . . . . . . . . . 7 6. A saúde pública e as tendências de regulação dos produtos de tabaco . . . . . . . . . . . . . . . 9 7. Contexto histórico da regulação dos produtos de tabaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 8. Histórico da regulação dos produtos de tabaco no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 9. Propostas para as comemorações do Dia Mundial sem Tabaco . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 10. Avaliar para valorizar suas atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 11. Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 12. Links interessantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1. O que é o Dia Mundial Sem Tabaco? Em 1988, a Assembléia Mundial de Saúde aprovou a resolução WHA 42.19 determinando que a celebração do Dia Mundial sem Tabaco acontecesse, a cada ano, no dia 31 de maio. Desde então, anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) articula em todo o mundo esta comemoração, definindo um tema a ser abordado por seus 192 países membros, com a finalidade de colocar em evidência as diferentes interfaces e problemáticas do consumo de tabaco engajando os vários atores sociais no controle do tabagismo. Para esse fim são abordados diferentes aspectos desta pandemia, como os riscos para a saúde dos fumantes, dos não-fumantes, a cessação do tabagismo, prejuízos para o meio am- biente, para a economia e demais áreas. Assim, todos os Estados Membros da OMS desenvolvem atividades no mesmo período, abordando o mesmo tema, fortalecendo a mensagem da OMS em todo o mundo. Cada Estado Membro adapta o tema escolhido à sua realidade sócioeconômica e cultural, mas nunca deixando o foco central do tema escolhido. No Brasil, o Ministério da Saúde divulga e comemora essa data desde 1987, sob a coordenação do Instituto Nacional de Câncer e a participação das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Secretarias de Atenção e Vigilância em Saúde e outros órgãos governamentais e não governamentais. 2. O tema escolhido para 2006 – Tabaco: mortal em todas as suas formas e disfarces O controle do tabagismo norteia-se por quatro estratégias básicas: prevenir o consumo, proteger os indivíduos dos malefícios causados pela exposição à fumaça dos produtos derivados do tabaco, promover a cessação do uso desses produtos e regulamentá-los. O tema do Dia Mundial Sem Tabaco 2006 volta-se para esta última estratégia. Apesar dos inúmeros estudos científicos que demonstram a relação entre o consumo dos diversos produtos derivados do tabaco com o desenvolvimento de doenças graves e fatais, a indústria do tabaco, a cada dia, lança novos produtos no mercado com as mais diferentes formas e sabores, e com o apelo de serem naturais, conterem um menor teor de substâncias tóxicas e de serem menos danosos à saúde. No entanto, eles estão longe de ser simples produtos agrícolas, uma vez que são engenhosamente manufaturados para servirem como dispositivos liberadores de nicotina, droga capaz de causar dependência química, e para mascarar os efeitos irritantes de alguns dos tóxicos da fumaça dos produtos. 3. O erro histórico dos cigarros light A principal diferença no desenho de um cigarro de baixo teor e o de um cigarro regular é a existência de um maior número de orifícios nos filtros dos primeiros. Esses orifícios permitem que uma maior quantidade de ar entre no cigarro, não só para diluir os componentes tóxicos da fumaça que o fumante inala como para passar para o mesmo uma sensação de suavidade. Para classificar seus cigarros como de baixos teores, a indústria determina os níveis de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono através de um método que utiliza máquinas de fumar. O protocolo utilizado por esse método fixa o volume das tragadas, a sua duração, os intervalos entre elas e o comprimento da ponta de cigarro remanescente. No entanto, estudos científicos acumulados até o momento mostram que os teores assim determinados não correspondem aos teores que os fumantes realmente inalam. Esses estudos mostram que quando um fumante de cigarros de teores regulares muda para uma marca dita de baixos teores, ele passa a modificar a sua forma de fumar. Trata-se de um mecanismo de compensação através do qual ele passa a fumar mais cigarros, a tragar mais profundamente, a obstruir os poros dos filtros com os dedos ou com os lábios para obter a quantidade de nicotina necessária para satisfazer a sua dependência. classificar os teores de cigarros. Mesmo assim, continuaram a investir pesadamente no marketing de cigarros ditos de baixos teores, promovendo-os como uma alternativa saudável e segura. Esses documentos mostram também que o principal objetivo é atingir os fumantes que, preocupados com os riscos para a saúde, passaram a buscar formas para deixar de fumar. Esses documentos também revelam que além dos termos light, suave, mild, ultralight, a utilização de cores diferentes aplicadas numa mesma família de marcas foi uma das estratégias que a indústria construiu ao longo dos anos para dar uma conotação saudável aos produtos ditos light: “... Quando o “Marlboro Light” foi introduzido no mercado pela primeira vez em 1971... a propaganda era dramaticamente diferente.... primeiro usando execução de cores marca d’água, depois um grande pa- O governo do Canadá realizou uma pesquisa para avaliar a influência dos mecanismos compensatórios do fumante na absorção de alcatrão. Para esse fim, utilizou uma versão modificada da metodologia da máquina de fumar, visando simular o comportamento humano em relação a esse hábito. Nessa metodologia modificada, foram adotados alguns padrões compensatórios do fumante, como a obliteração dos orifícios dos filtros, o aumento do volume das tragadas, etc. cote de balas, um grande espaço branco e um pequeno cawboy visual” (Philip Morris, Inc. Merit history transcript from slides presentation). August 17, 1990 [065] citado por Pollay & Dewhirst, 2001). “Os maços vermelhos oferecem a conotação de sabor forte, os maços verdes oferecem a conotação de frescor ou mentol e os maços brancos sugerem que um cigarro é de baixo teor. Branco significa saudável e seguro. E se você coloca um cigarro de baixo teor num maço vermelho as pessoas Todas as marcas de cigarros apresentaram teores de alcatrão superiores às apresentadas na pesquisa feita pelo método tradicional. Devido a essa constatação o governo do Canadá, atualmente, divulga, nos maços de cigarros, a variação dos teores (medidos em máquinas de fumar e pela versão modificada da metodologia mencionada acima). Documentos secretos de companhias de tabaco mostram que, há muito tempo, o setor fumageiro tem conhecimento da inadequação do método que utiliza máquinas de fumar para dizem que ele tem um sabor mais forte do que o mesmo cigarro embalado num maço branco” (Koten, J. Tobacco marketers’ success formula: Make cigarettes in smoker’s own image. The Wall Street Journal, p. 22, February 29, 1980. citado por Pollay & Dewhirst 2001). Um dos grandes avanços do Brasil no âmbito do controle do tabagismo foi a publicação da Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) n.º 46 que a partir de 31 de janeiro de 2002 passou a proibir as companhias de cigarros de utilizarem qualquer denominação que possa induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos cigarros brasileiros, tais como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es) moderado(s), alto(s) teor(es), em embalagens ou material publicitário dos cigarros. O Brasil foi o primeiro país do mundo a adotar essa medida, o que lhe deu uma grande projeção internacional essa área. 4. Outros exemplos de disfarces dos produtos Outra estratégia muito utilizada pela indústria do tabaco, voltada principalmente ao público feminino e jovem, é a adição de diferentes sabores ao tabaco. “Cigarros sabor Tutti Frutti” foram descritos como para: “pessoas mais jovens, iniciantes, adolescentes… quando você se sente como um fumante leve, quer ser lem- Vários trechos de documentos internos da indústria, citados por Gregory Connolly da Harvard School of Public Health em sua apresentação durante a 2ª Reunião do WHO Study Group on Tobacco Product Regulation, confirmam esta estratégia: brado do sabor de um chiclete.” (Lorillard, 1978, Bates #85093450-3480). “Maçãs têm a conotação de frescor, bem-estar e nós vemos muitas possibilidades deste sabor para nossos cigarros orientados para os jovens. É um fato bem conhecido que os adolescentes gostam de produtos “Cigarros aromatizados têm sido usados para promover o consumo entre jovens e doces. Mel deve ser considerado…” (Brown & Williamson, 1972 - Bates #170042014). para disfarçar o sabor desagradável e a irritação da fumaça do cigarro” (Ferris Wayne & Connolly, 2002; Cummings et al. 2002). “Várias crianças, quando começam, não gostam do sabor do cigarro e começam a tossir. Mas com um cigarro com sabor, di- “Fumantes descrevem o produto (Cre- gamos cereja, eles podem se sentir melhor. me de menta) como sendo para os“muito O sabor pode eliminar o gosto (ruim do ci- jovens, adolescentes, meninas iniciantes no garro) para eles e eles podem começar mais consumo” ….” cedo”. (Lorillard, 1978, Bates #85093450-3480). (Brown & Williamson, 1984, Bates #679235846). 5. O que se conhece sobre os riscos de diferentes produtos de tabaco 5.1. Nenhum produto de tabaco é seguro para consumo Cigarros convencionais A fumaça inalada pelo fumante de cigarros tem mais de 4.000 substâncias tóxicas. Além do câncer de pulmão, o consumo de cigarros está associado o desenvolvimento dos cânceres de laringe, pâncreas, rim, bexiga, entre outros. Além dos cânceres, o consumo desses produtos também leva ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e respiratórias. A expectativa de vida de fumantes regulares é seis a oito vezes menor do que a de não-fumantes. Cigarros light ou de baixo teor Pelos motivos citados anteriormente (O erro histórico dos cigarros light, item 3), o consumo destes produtos não resulta em decréscimo significativo do risco de doenças relacionadas ao tabaco. Uma das mais importantes revisões feitas pelo National Institute of Health dos Estados Unidos sobre riscos associados com o consumo de cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina apresentou, dentre outras, as seguintes conclusões: “Estudos epidemiológicos e outras evidências científicas, incluindo o padrão de mortalidade por doenças causadas pelo tabagismo, não indicam benefícios para a saúde pública no que se refere às alterações no desenho ou manufatura de cigarros nos últimos 50 anos.” “Não existem evidências convincentes de que as alterações no desenho dos cigarros, introduzidas entre 1950 e meados da década de 80, tenham resultado em uma pode causar até mesmo paralisia respiratória em pessoas mais sensíveis. Charutos e fumo para cachimbos Os charutos e o fumo para cachimbos contêm os mesmos compostos tóxicos que o cigarro. Quem fuma um ou dois charutos por dia tem duas vezes mais riscos de contrair doenças na cavidade oral, nos lábios, língua e garganta e seis vezes mais de contrair câncer de esôfago e laringe. O risco de câncer de pulmão de quem fuma cinco charutos ao dia é comparável ao de um fumante de um maço de cigarros ao dia. Um outro ponto importante sobre os cachimbos e charutos é a sua absorção. Muitos fumantes decidem trocar seus cigarros por cachimbos ou charutos por acreditarem que eles são menos nocivos, pois não é necessário tragar. Isto decorre simplesmente do fato de a fumaça dos cachimbos e charutos ter o pH alcalino: sua absorção se dá pela mucosa oral, alcançando, na corrente sangüínea, os mesmos níveis de concentração de nicotina que o originado do cigarro, assim como acontece com a absorção de todas as outras substâncias tóxicas. importante redução no volume de adoecimento devido ao consumo de cigarros.” “A adoção disseminada dos cigarros de baixos teores nos Estados Unidos não evitou o continuado crescimento das taxas de câncer de pulmão entre fumantes mais antigos.” Bidis Também conhecidos como beedis ou beedies, esses pequenos cigarros aromatizados com manga, cereja, chocolate e outros sabores agradáveis são enrolados à mão com folhas secas de Tendu ou Temburni e amarrados por uma linha em uma das pontas. Mas o resultado para a saúde não é nem um pouco agradável. Cigarros de Bali (Kreteks) São também chamados de cigarros de cravo e contêm uma mistura de tabaco, cravo e outros aditivos. Ao serem analisados nas máquinas de fumar, apresentam emissão de nicotina, monóxido de carbono e alcatrão superiores à dos cigarros convencionais. O tipo de tabaco usado nesse cigarro contém, em média, 3 vezes mais alcatrão, nicotina e monóxido de carbono que o tabaco usado em cigarros comuns. Além de todos os riscos de um cigarro comum, o Eugenol (nome da substância que confere o aroma característico) Seu consumo é mais perigoso que o de um cigarro normal. Não possuem filtro e produzem três vezes mais monóxido de carbono e mais de cinco vezes mais alcatrão que um cigarro comum. Como os outros produtos de tabaco, os bidis aumentam o risco de doenças cardiovasculares, de câncer de cavidade oral, faringe, laringe, pulmão, esôfago e fígado. Está associado também à morte perinatal quando fumado durante a gravidez. Narguillé Também conhecido como cachimbo d´água, shisha, goza, narghile, nargile ou arghile, hookah e “ huble buble”, consiste de um grande cachimbo composto de cabeça, corpo, recipiente de água e uma única manga por onde a fumaça costuma ser aspirada por várias pessoas que compartilham uma sessão de narguillé. A fumaça do narguillé contém quantidade significativa de constituintes perigosos, entre eles a nicotina e metais pesados como o arsênico, cobalto, cromo e chumbo. Sob condições normais, a fumaça produzida pelo uso de um único narguillé contém aproximadamente a mesma quantidade de nicotina livre e partículas de alcatrão que 20 cigarros. tura em que a fumaça do narguillé vem à boca é quase igual à da temperatura ambiente. Cigarro de palha Os cigarros de palha são muitas vezes vistos como opções “naturais” de fumo. No entanto, eles também contêm inúmeras substâncias tóxicas, com o agravante de não contarem com os filtros dos cigarros manufaturados, que, de certa forma, alteram a exposição a estas substâncias. Alguns estudos apontam para o fato de que fumantes de cigarro de palha apresentam níveis maiores de dependência à nicotina e risco aumentado de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco. Tabaco para mascar A intoxicação do usuário com monóxido de carbono é maior quando comparada com a de fumantes de cigarros. O seu uso está associado com um maior risco de câncer de pulmão, oral e de bexiga. Também está associado como doenças cardíacas, tuberculose, doenças respiratórias (bronquite, enfisema e obstrução das vias aéreas), e baixo peso de uma criança ao nascer. A dimensão social de seu uso pode ajudar a transmitir doenças infecciosas. Essa prática pode ajudar a disseminar tuberculose, herpes, hepatite, particularmente considerando que a tempera- Tabaco mascado consiste de tabaco in natura ou uma mistura de tabaco usado para mascar. Traz significativos riscos para a saúde e não é um substituto seguro para cigarros. Mascar tabaco causa dependência à nicotina, como acontece com cigarros, tornando difícil deixar o seu uso. Na boca é causa de retração e inflamação das gengivas, cáries e queda dos dentes. Por conter muitos agentes cancerígenos, aumenta o risco de câncer de boca e leucoplasia – placa branca na boca –, considerada uma lesão pré-cancerosa. Também aumenta a freqüência cardíaca e a pressão arterial, levando a um aumento do risco de infarto. 6. A saúde pública e as tendências de regulação dos produtos de tabaco O conhecimento sobre a real exposição às inúmeras substâncias tóxicas dos derivados do tabaco é de fundamental importância para a saúde pública e um direito dos consumidores. Este direito está reforçado no primeiro tratado internacional de saúde pública, a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, do qual o Brasil é signatário. Em seus artigos 9, 10 e 111, conclama os Estados Partes a adotarem medidas voltadas à regulamentação do conteúdo dos produtos do tabaco, e à divulgação dessas informações para o público e à regulamentação da embalagem e etiquetagem de produtos do tabaco com intuito de evitar o uso de mensagens subliminares. Sendo assim, a comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco deste ano tem como objetivo chamar a atenção da população para o fato de os produtos derivados do tabaco em todas as suas diferentes formas – cigarros, charutos, cachimbos, cigarros de palha, de cravo, de Bali, mascado, etc – e disfarces suaves, – baixos teores, menta, chocolate, etc – serem igualmente danosos à saúde e o de seu consumo aumentar o risco de doenças neoplásicas, cardiovasculares e respiratórias, entre outras. Essas informações são cruciais para que a população e a sociedade civil organizada requeiram e apóiem o governo na implementação de medidas de regulação rigorosa destes produtos. 1 Artigo 9 - Regulamentação do conteúdo dos produtos de tabaco 10 “A Conferência das Partes, mediante consulta aos organismos internacionais competentes, proporá diretrizes para a análise e a mensuração dos conteúdos e emissões dos produtos de tabaco, bem como para a regulamentação desses conteúdos e emissões. Cada Parte adotará e aplicará medidas legislativas, executivas e administrativas, ou outras medidas eficazes aprovadas pelas autoridades nacionais competentes, para a efetiva realização daquelas análises, mensuração e regulamentação.” Artigo 10 - Regulamentação da divulgação das informações sobre os produtos de tabaco “Cada Parte adotará e aplicará, em conformidade com sua legislação nacional, medidas legislativas, executivas, administrativas e/ou outras medidas eficazes para exigir que os fabricantes e importadores de produtos de tabaco revelem às autoridades governamentais a informação relativa ao conteúdo e às emissões dos produtos de tabaco. Cada Parte adotará e implementará medidas efetivas para a divulgação ao público da informação sobre os componentes tóxicos dos produtos de tabaco e sobre as emissões que possam produzir.” Artigo 11 - Embalagem e etiquetagem de produtos de tabaco “1. Cada Parte, em um período de três anos a partir da entrada em vigor da Convenção para essa Parte, adotará e implementará, de acordo com sua legislação nacional, medidas efetivas para garantir que: (a) a embalagem e a etiquetagem dos produtos de tabaco não promovam produto de tabaco de qualquer forma que seja falsa, equivocada ou enganosa, ou que possa induzir ao erro, com respeito a suas características, efeitos para a saúde, riscos ou emissões, incluindo termos ou expressões, elementos descritivos, marcas de fábrica ou de comércio, sinais figurativos ou de outra classe que tenham os efeitos, diretos ou indiretos, de criar a falsa impressão de que um determinado produto de tabaco é menos nocivo que outros. São exemplos dessa promoção falsa, equívoca ou enganosa, ou que possa induzir a erro, expressões como “low tar” (baixo teor de alcatrão), “light”, “ultra light” ou “mild” (suave); e (b) cada carteira unitária e pacote de produtos de tabaco, e cada embalagem externa e etiquetagem de tais produtos também contenham advertências descrevendo os efeitos nocivos do consumo do tabaco, podendo incluir outras mensagens apropriadas. Essas advertências e mensagens: (i) serão aprovadas pela autoridade nacional competente; (ii) serão rotativas; (iii) serão amplas, claras, visíveis e legíveis; (iv) ocuparão 50% ou mais da principal superfície exposta e em nenhum caso menos que 30% daquela superfície; (v) podem incluir imagens ou pictogramas. 2. Cada carteira unitária e pacote de produtos de tabaco, e cada embalagem externa e etiquetagem de tais produtos deverá conter, além das advertências especificadas no parágrafo 1(b) do presente Artigo, informações sobre os componentes e as emissões relevantes dos produtos de tabaco, tais como definidos pelas autoridades nacionais competentes. 3. Cada Parte exigirá que as advertências e a informação especificada nos parágrafos 1(b) e 2 do presente artigo figurem – em cada carteira unitária, pacote de produtos de tabaco, e em cada embalagem externa e etiquetagem de tais produtos – em seu idioma, ou em seus principais idiomas. 4. Para os fins deste Artigo, a expressão “embalagem externa e etiquetagem”, em relação a produtos de tabaco, aplica-se a qualquer embalagem ou etiquetagem utilizadas na venda no varejo de tais produtos.” 7. Contexto histórico da regulação dos produtos de tabaco Os diversos estudos científicos que surgiram a partir da década de 50 mostrando a associação entre o consumo dos produtos de tabaco e o desenvolvimento de várias doenças levaram aos governos a necessidade melhor conhecer e regular estes produtos. Uma das primeiras iniciativas de regulação data da década de 60, quando a Federal Trade Commission – FTC, organização norte-americana, padronizou os métodos de análise das emissões de alcatrão e nicotina na fumaça do tabaco e tornou obrigatória a informação dos níveis destas substâncias na propaganda dos produtos de tabaco. Movimento semelhante ocorreu também na Europa por meio da International Standardisation Organization – ISO. Os métodos de testagem propostos por estas organizações são utilizados até hoje, mas apresentam limitações na perspectiva da Saúde Pública. Estudos científicos comprovaram de forma exaustiva que os resultados oferecidos pelos padrões de análise ISO/FTC não refletem a realidade da exposição humana aos produtos de tabaco, e induzem o consumidor a uma equivocada interpretação de segurança desses produtos. Frente a estas questões, o próprio FTC passou a questionar a validade dos resultados gerados pelo seu protocolo, indicando que estes poderiam subestimar de forma significativa os níveis de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono a que os fumantes estariam expostos. Anos mais tarde, o National Cancer Institute norteamericano demonstrou que o uso dos diferentes produtos lançados no mercado até aquele momento, com o apelo de redução de danos, não impactaram os fumantes quanto ao risco de desenvolvimento de doenças relacionadas ao tabaco. Com isso, em junho de 1998, o governo canadense torna obrigatória a testagem de todos os produtos do tabaco sob dois regimes: segundo o protocolo da ISO e sob um regime por ele denominado de “intenso”, que melhor se aproxima ao padrão humano de fumar. Com todas estas evidências, a OMS passa então a liderar um movimento mundial para fortalecer os mecanismos de regulação dos produtos do tabaco pelos países e, durante a Nona Conferência Internacional de Autoridades em Regulação de Drogas, realizada em abril de 1999 em Berlim, pontua que os cigarros são produtos altamente elaborados para consumo, colocando perante as autoridades internacionais da área de regulação de alimentos, drogas e medicamentos, a necessidade de se inserir os cigarros e demais produtos de tabaco sob o mesmo tipo de mecanismo regulatório utilizado para outras drogas. Logo em seguida, a OMS organiza duas reuniões internacionais para tratar do assunto: a Conferência sobre Regulação dos Produtos de Tabaco – Helsinque – outubro, 1999 e a Conferência Internacional para Ampliar o Conhecimento sobre a Regulação dos Produtos de Tabaco – Oslo – fevereiro, 2000. Estas duas conferências trouxeram vários avanços no campo da regulação. Citam-se entre eles, a criação de um grupo assessor científico em regulação, o Scientific Advisory Committee on Tobacco Product Regulation – SACTob. Por meio de reuniões regulares, este grupo gerou uma série de recomendações (http://www. who.int/tobacco/sactob/recommendations/en) de fundamental importância para subsidiar os governos na difícil tarefa de construir um arcabouço regulatório. Em 2003, este grupo teve seu papel revisado, frente à nova realidade trazida pela aprovação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco na 56ª reunião da Assembléia Mundial de Saúde, e foi transformado em um grupo de estudos, o WHO Study Group on Tobacco Product Regulation – TobReg. Entre as atribuições deste grupo, destacam-se: • trocar informações científicas sobre o design e manufatura de produtos de tabaco que precisam ser regulados; • definir objetivos de saúde pública relativos à regulação dos produtos de tabaco, e como os conceitos “ cigarros mais seguros” e “redução de dano” se adequam a tais objetivos; • identificar áreas prioritárias necessárias para avançar na regulação dos produtos de tabaco; • considerar opções administrativas a serem utilizadas pelos países no campo da regulação dos produtos de tabaco; • recomendar um protocolo sobre regulação de produtos de tabaco a ser desenvolvido como parte da Convenção Quadro para Controle do Tabaco. 11 Em 2005, após extensa pesquisa da capacidade instalada de laboratórios para análise de produtos de tabaco em diversas regiões, a OMS promoveu em Haia, Holanda, a primeira reunião da International Network on Tobacco Testing and Research for Regulation (INTTARR). Esta reunião teve como objetivo criar uma rede mundial de laboratórios que possibilite o compartilhamento de informações e expertise nas áreas de testagem e pesquisa de produtos do tabaco para prover as bases científicas para o aprimoramento dos mecanismos de regulação dos produtos do tabaco e das políticas públicas de controle do tabagismo. Esta rede é hoje chamada de WHO Tobacco Laboratory Network (TobLabNet) e tem entre suas funções apoiar os países no desenvolvimento de expertise na área de testagem de produtos de tabaco. 8. Histórico da regulação dos produtos de tabaco no Brasil 12 Em 1995, ao enviar para o Canadá amostras das cinco marcas de cigarros mais vendidas e produzidas no Brasil para análise dos teores de substâncias, o Ministério da Saúde/INCA deu um importante passo no sentido de mobilizar ações legislativas para regular os derivados do tabaco. Em 1996, com a ampla divulgação na mídia dos resultados que mostraram que os níveis de várias das substâncias analisadas estavam muito acima dos teores máximos estipulados em outros países, o Ministério da Saúde/INCA expôs publicamente a necessidade de regulamentação dos conteúdos dos cigarros. Nessa ocasião, foi elaborado um documento onde foram feitas recomendações no sentido de que fossem criados mecanismos legislativos que obrigassem os fabricantes ou importadores de cigarros a informar ao Ministério da Saúde sobre os conteúdos dos seus produtos e a divulgarem essas informações nas embalagens dos produtos derivados do tabaco. Também foi recomendado que fossem criados pelo governo mecanismos para fiscalizar, inspecionar e normatizar as metodologias de análise, dentre outras. Essa importante ação foi a mola propulsora para os subseqüentes avanços no âmbito do controle e fiscalização dos derivados de tabaco no Brasil. O primeiro deles foi a inserção da regulamentação, controle e fiscalização dos cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto derivado do tabaco dentre as atribuições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criada através da Lei Federal n.º 9.782, de 26/01/99. Através dessa medida tem sido possível ao Ministério da Saúde regulamentar os produtos de tabaco no que se refere aos seus conteúdos, emissões, embalagens e às atividades de promoção dos mesmos. Dentre os avanços que sucederam a esse importante marco no controle do tabagismo no Brasil, destacamos: • determinação de limites máximos para os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, que devem ser, respectivamente, 10mg, 1mg e 10mg para cigarros comercializados no Brasil. • proibição do uso de descritores de produtos como light, ultralight, suave, baixos teores ou outros descritores que passem para o consumidor uma falsa idéia de que existem produtos menos nocivos que outros. • obrigatoriedade da inserção em uma das laterais das embalagens de produtos de tabaco da seguinte frase: “Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo dessas substâncias”. • • adoção de medida que determina que as companhias de tabaco registrem e apresentem relatórios anuais sobre os produtos que comercializam no Brasil, acompanhados de informações sobre vendas e características físico-químicas dos mesmos. pagamento de uma taxa à ANVISA, no valor de R$100.000,00 por ano, para cada marca comercializada no Brasil. Esse recurso tem como objetivos financiar a manutenção de um banco de dados para armazenamento das informações que as companhias de tabaco são obrigadas a fornecer, construir um laboratório que permita as análises necessárias à fiscalização do cumprimento das medidas acima, assim como financiar pesquisas sobre os efeitos biológicos da dependência de nicotina. Hoje o Brasil é um dos poucos países do mundo que já têm um processo regulador dos produtos de tabaco, sendo inclusive citado em muitos documentos do TobReg e SacTob como um dos países pioneiros na regulação de produtos de tabaco ao lado de países como o Canadá e EUA. Em junho de 2005, o Brasil sediou a 2ª reunião do TobReg e referendou seu interesse em sediar um laboratório de pesquisa e testagem de produtos do tabaco. De forma conjunta, o INCA, a ANVISA e o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro estão dando os primeiros passos no estabelecimento de um projeto desse laboratório, que será a referência do TobLabNet para a América Latina. Outro passo mais recente e de grande importância para o processo de regulação foi a solicitação da ANVISA junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – para a criação da Comissão de Estudo Especial Temporária de Tabaco e Produtos de Tabaco. Esta comissão tem como finalidade a elaboração de normas sobre o assunto e representar o Brasil nas reuniões da ISO TC 126, dando voz ao Brasil nas discussões das mudanças dos protocolos de teste dos produtos de tabaco. 9. Propostas para as comemorações do Dia Mundial sem Tabaco 9.1. Sugestões de atividades para a divulgação da data – – Nível Estadual e Municipal Procurar envolver, localmente, entidades governamentais ligadas à regulação – Vigilâncias Sanitárias, Ministério Público – e não-governamentais (controle social). Divulgar, através da mídia, matérias colocando a regulação com uma das estratégias essenciais para o controle do tabagismo em nosso país. malefício do uso do tabaco, principalmente as relacionadas ao tema deste ano. Promover a divulgação da data comemorativa através de mensagens nos contracheques estaduais/municipais, nas contas de água, luz e telefone, nos extratos bancários, etc. Buscar apoio de Associações de Moradores de Comunidades Carentes para discutir, através de palestras/eventos, os malefícios do tabaco sob suas diferentes formas. Trabalhar com instituições acadêmicas para realizar e disseminar as informações sobre o Mobilizar estudantes de diversas áreas: comunicação, educação, turismo, saúde, etc para Buscar apoio de pessoas(artistas, atletas, modelos, etc), entidades públicas (igrejas, etc), formadoras de opinião, para participação nos eventos comemorativos. 13 que possam se tornar multiplicadores do programa de controle do tabagismo. Incentivar ONGs locais a realizarem movimentos junto à população e autoridades para estimular e apoiar a implementação de medidas de regulação dos produtos do tabaco. Promover uma atividade que reúna música, esportes e panfletagem. Promover, com escolas de teatro e artes, atividades para jovens e crianças, onde o tema da campanha de 2006 possa ser explorado através de uma peça teatral, brincadeiras e outras atividades de arte. 9.2. Sugestões de atividades para escolas, unidades de saúde, organizações e associações de classe e ambientes de trabalho Escola Concurso de desenhos, após o tema ter sido trabalhado nas aulas ou numa palestra para toda a escola. 14 Exposição com os cartazes para cuja visitação sejam convidados pais e comunidade. Incentivo aos alunos para a montagem de uma exposição sobre as diversas formas e dis- farces utilizados pela indústria do tabaco para comercializar produtos danosos à saúde. Realização de palestras com profissionais de saúde sobre os malefícios do tabaco sob qualquer forma. Entrevista e pesquisa sobre as atribuições próprias de cada profissional de saúde para saber como ele pode contribuir no controle do tabaco. Unidades de Saúde e Organizações e Associações de Classe: • As Organizações Nacionais/Locais de Profis-sionais de Saúde podem: produzir um documento (carta ou outro, à • dedicar um artigo ou um editorial, para auescolha) para distribuição interna, mostranmentar a consciência sobre o Dia Mundial to a importância da regulação dos produtos Sem Tabaco, enfatizando o tema que está derivados do tabaco e sugerindo que se faça sendo divulgado (Tabaco: letal em todas as uma cobrança aos órgãos governamentais suas formas e disfarces), e promover atividade ações como: des que sejam preparadas para a ocasião. a) criação de legislação sobre locais de trabalho livres do tabaco; b) criação de legislação sobre reembolso para específicos métodos de cessação de fumar; c) aumento de preço e de taxação dos produtos do tabaco. • utilizar jornal da organização ou qualquer outra via de comunicação formal ou regular com os seus membros para solicitar-lhes que assinem o documento acima descrito, visando demonstrar apoio por parte da instituição. • ter um bom lugar de divulgação das informações, no seu local de trabalho como forma de chamar a atenção para o controle do tabaco, em espaço estratégico onde possa ser visto facilmente. • assegurar-se, como profissional de saúde, de que qualquer informação que você deva ter – como, por exemplo, sobre cessação de fumar – esteja disponível e à mão. • promover o controle do tabagismo entre seus colegas de trabalho. • incluir o controle do tabaco na agenda de congressos e conferências. • criar uma declaração de interesses para confirmação do não envolvimento com a indústria do tabaco. • engajar os membros em atividades para promover o Dia Mundial Sem Tabaco no 31 de maio. • organizar palestras, seminários, debates ou oficinas de trabalho relacionados ao Dia Mundial Sem Tabaco deste ano. • • Incluir mensagens nos contracheques dos funcionários e promover a entrega de folhetos de sensibilização (que podem ser elaborados pela própria Instituição). • Realizar troca de maços de cigarro por brindes (a critério da Instituição). • Realizar um concurso interno entre funcionários, filhos de funcionários e familiares, para criação de frases e desenhos sobre o tema e a data. Tais materiais poderiam ser classificados e premiados, assim como permanecer durante um período pré-determinado em exposição em local de grande circulação. • Realizar um evento com atividades comemorativas com palestras técnico-científicas, entrega de prêmios, stand para verificação de monóxido de carbono e panfletagem. disseminar informação sobre o assunto na página da internet. • Realizar peça teatral com participação de funcionários e outras atividades, com a presença de personalidades. • Realizar uma palestra com profissionais de saúde sobre os malefícios do cigarro sob suas diferentes formas. Ambientes de Trabalho • Desenvolver uma parceria com a CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) e com a Divisão da Saúde do Trabalhador para realização de um evento comemorativo. 10.Avaliar para valorizar suas atividades A avaliação do trabalho realizado consiste em uma etapa fundamental neste processo. Um registro cuidadoso das principais atividades desenvolvidas em comemoração a esta data pontual é o primeiro passo a ser dado. Para tanto, encontra-se anexa uma planilha com informações a serem obtidas, além de instruções para o seu preenchimento. Tal planilha deve ser enviada à CONPREV/INCA (se for o caso, com cópia para a Coordenação Estadual), até 30 (trinta) dias após o encerramento das comemorações. De posse dessas informações, o coordenador poderá fazer um balanço das atividades realizadas, verificar se as metas foram atingidas, comparar com o trabalho de anos anteriores, divulgar os resultados alcançados, dar maior visibilidade ao trabalho, e ainda captar mais recursos para realizações futuras, além de justificar o que foi investido. De modo semelhante, a CONPREV estará consolidando as diversas planilhas recebidas para produzirmos a dimensão nacional do nosso trabalho, esperando que este seja continuamente aprimorado e valorizado. 15 É importante lembrar que, para que os dados possam ser aproveitados, é preciso respeitar a padronização do instrumento e cuidar da qualidade do que é informado. Do contrário, corre-se o risco de perder tempo com preenchimento de informações que não poderão ser utilizadas. No caso de haver sugestões, críticas ou interesse em fornecer dados que não foram solicitados, estes devem ser anexados à planilha original e enviados em conjunto. 11. Referências bibliográficas WHO. World No Tobacco Day 2006. Disponível em: http://www.who.int/tobacco/communications/events/wntd/2006/en/index.html Acesso em: 04.04.2006 OPAS. Dia Mundial Sin Tabaco (DMST). Disponível em: http://www.paho.org/spanish/ad/sde/ra/Tabdmst.htm Acesso em:04.04.2006 16 CDC. Tobacco Information na Prevention Source (TIPS). Disponível em: <http://www.cdc.gov/tobacco/> Acesso em: 04.05.2006 Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa de incidência de câncer no brasil, 2006 BURNS, D. M., MAJOR, J.M., SHANKS, T.G., THUN, M. J., SAMET, J.M. Smoking lower yield cigarettes and disease risks. In: Smoking and tobacco control: risks associated with smoking cigarettes with low machineMeasured yields of tar and nicotine. National Institutes of Health National Cancer Institute. Monograph 13. pp 65 – 157. Cavalcante, T. Relatório da 1ª Reunião do Grupo de Estudo sobre Regulação de produtos de tabaco da Organização Mundial da Saúde (First WHO Study Group on Tobacco product regulation meeting - TobReg), Montebello Canadá, 25 a 28 de outubro de 2004 & Oficina de Trabalho sobre Avaliações toxicológicas relacionadas a produtos de tabaco, promovida pelo Ministério da Saúde Canadá (Workshop on Tobacco related toxicological assays / Health Canada), Montebello, Canadá , 28 a 29 de outubro de 2004. Mimeo,2004. WHO. Advancing knowledge on regulating tobacco products. Monograph. Genebra, 2001. 12.Links interessantes http://www.anvisa.gov.br/tabaco/index.htm http://www.who.int/tobacco/global_interaction/tobreg/canadian_bp/en/index.html http://www.who.int/tobacco/global_interaction/tobreg/goa_2003_principles/en/index.html http://www.hc-sc.gc.ca/hl-vs/tobac-tabac/legislation/index_e.html http://www.cdc.gov/doc.do/id/0900f3ec802346d8 http://www.tabacozero.net/
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