Definição das áreas de influência

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Definição das áreas de influência
MORRO DO PILAR MINERAIS S.A.
E S T U D O D E I M PA C T O A M B I E N TA L ( E I A )
MEIO BIÓTICO
VOLUME IV – TOMO II
Doc. no. EIA-MOPI-004-03/12-v1
Belo Horizonte, março/2012
Morro do Pilar Minerais S.A.
Estudo de Impacto Ambiental
Meio Biótico
Volume IV – Tomo II
o
Documento n .
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Belo Horizonte
Morro do Pilar Minerais S.A.
Índice
Apresentação .................................................................................................................................................. 1
1
Área de Estudo .............................................................................................................................. 1
1.1
Rede de amostragem ................................................................................................................... 2
2
Entomofauna ................................................................................................................................. 4
2.1
Introdução ...................................................................................................................................... 4
2.2
Objetivos ........................................................................................................................................ 8
2.3
Material e métodos ...................................................................................................................... 9
2.4
Resultados e discussão ............................................................................................................... 17
2.5
Considerações finais ................................................................................................................... 38
3
Ictiofauna ..................................................................................................................................... 40
3.1
Introdução .................................................................................................................................... 40
3.2
Objetivos ...................................................................................................................................... 40
3.3
Material e métodos .................................................................................................................... 41
3.4
Resultados e discussão ............................................................................................................... 56
3.5
Considerações finais ................................................................................................................... 77
4
Herpetofauna............................................................................................................................... 78
4.1
Introdução .................................................................................................................................... 78
4.2
Objetivos ...................................................................................................................................... 79
4.3
Material e métodos .................................................................................................................... 79
4.4
Resultados e discussão ............................................................................................................... 87
4.5
Considerações finais ................................................................................................................. 117
4.6
Relatório fotográfico................................................................................................................. 119
5
Avifauna ...................................................................................................................................... 129
5.1
Introdução .................................................................................................................................. 129
5.2
Material e métodos .................................................................................................................. 130
5.3
Resultados e discussão ............................................................................................................. 131
5.4
Considerações finais ................................................................................................................. 143
6
Mastofauna ................................................................................................................................ 144
6.1
Introdução .................................................................................................................................. 144
6.2
Objetivos .................................................................................................................................... 146
6.3
Material e métodos .................................................................................................................. 146
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6.4
Material e métodos .................................................................................................................. 149
6.5
Resultados e discussão ............................................................................................................. 155
6.6
Considerações finais ................................................................................................................. 177
7
Diagnóstico Ambiental por sub-bacia .................................................................................... 178
7.1
Ribeirão das Lajes...................................................................................................................... 178
7.2
Rio Picão ..................................................................................................................................... 179
7.3
Rio Preto ..................................................................................................................................... 183
7.4
Rio Santo Antônio N ................................................................................................................. 183
7.5
Rio Santo Antônio NN ............................................................................................................... 184
8
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 184
Anexo I. Coordenadas dos pontos de amostragem de abelhas
Anexo II. Coordenadas dos pontos de amostragem de borboletas
Anexo III. Coordenadas dos pontos de amostragem de vetores
Anexo IV. Lista das espécies de abelhas registradas
Anexo V. Lista de espécie de borboletas registradas
Anexo VI. Listas de espécies de borboletas indicadoras de ambiente
Anexo VII. Listas de espécies de borboletas indicadoras de ambiente
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Índice de Figuras
Figura 1.1. Mapa de localização dos pontos de amostragem na Área de Influência Direta (AID) e
posição em relação à Área Diretamente Afetada (ADA) .................................................... 3
Figura 2.1. Mapa de Minas Gerais, com destaque para os municípios d e Morro do Pilar, área na
qual o presente estudo foi realizado .................................................................................. 9
Figura 2.2. Áreas destinadas à amostragem da entomofauna, sendo A1-A7 referentes à Porção
Norte e A8-A14 referentes à Porção Sul ........................................................................... 10
Figura 2.3. Representatividade das famílias de abelhas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais ...................... 17
Figura 2.4. Curva cumulativa de espécies de Abelhas (Hymenoptera) registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais 18
Figura 2.5. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de abelhas ...... 19
Figura 2.6. Curva cumulativa de espécies de borboletas (Lepidoptera) registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais 24
Figura 2.7. Porcentagem da abundância das Famílias de borboletas encontradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental ................................................................. 25
Figura 2.8. Porcentagem da riqueza das Famílias de borboletas encontradas durante a realização
do presente diagnóstico ambiental .................................................................................. 25
Figura 2.9. Porcentagem da abundância das subfamílias de Nymphalidae registradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental ................................................................. 25
Figura 2.10. Porcentagem da riqueza das subfamílias de Nymphalidae registradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental ................................................................. 26
Figura 2.11. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de borboletas 31
Figura 2.12. Espécies de Culicidae mais representativas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais ...................... 31
Figura 2.13. Curva cumulativa de espécies de Culicidae registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais ...................... 34
Figura 2.14. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de culicídeos . 35
Figura 2.15. Espécies de Flebothominae mais representativas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais ...................... 36
Figura 2.16. Curva cumulativa de espécies de Flebothominae registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais ...................... 37
Figura 3.1. Estações amostrais onde foram realizadas amostragens ativas e passivas para o
diagnóstico ictiofaunístico da Área de Influência do empreendimento Morro do Pilar
Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010– fev./2011): Dados consolidados.
Fotos: Sérgio Santos.......................................................................................................... 48
Figura 3.2 - Localização das áreas amostrais e pontos de amostragem da ictiofauna ................. 52
Figura 3.3 - Amostragens ativas de ictiofauna na Área de Influência do empreendimento Morro do
Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): (A) – peneira; (B)
arrasto; (C) tarrafa. Fotos: Sérgio Santos. .......................................................................... 54
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Figura 3.4 - Documentação fotográfica das espécies de peixes capturadas na área de influência do
empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 –
fev./2011): Dados consolidados. ......................................................................................... 60
Figura 3.5 - Percentual de espécies distribuídas pelas respectivas Famílias, capturadas durante o
diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): Dados consolidados. .................................... 62
Figura 3.6 - Porcentagem de participação de espécies e biomassa total (%) por período amostral
(seca e chuva) nas campanhas de amostragem da ictiofauna da área de influência do
empreendimento minerário Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................................................. 66
Figura 3.7 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por estação amostral.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................... 73
Figura 3.8 - Captura por unidade de esforço por biomassa (CPUEb) por estação amostral.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................... 73
Figura 3.9 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por espécie. Diagnóstico da
ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................................................. 74
Figura 3.10 - Captura por unidade de esforço por biomassa (CPUEb) por espécie. Diagnóstico da
ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................................................. 74
Figura 3.11 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por tamanho de malha.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................... 75
Figura 3.12 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por tamanho de malha.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................... 75
Figura 3.13 - Curva do coletor, traduzida pelo número acumulado de espécies observadas
(Sobservado) e estimadas (Sestimado) em função das estações amostrais
sequencialmente na sub-bacia do rio Santo Antônio, bacia do rio Doce, MG, em
setembro de 2010 e fevereiro de 2011. ............................................................................. 76
Figura 3.14 - Índices de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade (E) para as estações
amostrais da área de influência do empreendimento minerário Morro do Pilar, MG –
Período Pré-Implantação (set./2010 e fev/2011): Dados consolidados. ...................... 77
Figura 4.1 - Estações amostrais e pontos adicionais para o levantamento da herpetofauna ..... 86
Figura 4.2 - Espécies de anfíbios ordenadas pelas famílias registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) ............................................................................................................................ 93
Figura 4.3 - Espécies de répteis ordenadas pelas famílias registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) ............................................................................................................................ 94
Figura 4.4 - Representatividade das fitofisionomias principais nas 14 estações amostrais e entorno
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
Morro do Pilar /MG (2010/2011) ........................................................................................ 95
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Figura 4.5 - Representatividade dos pontos de amostragem distribuídos em cada estação amostral
e nas áreas de entorno durante a realização da amostragem da herpetofauna na região
do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) ................................................. 95
Figura 4.6 - classes de corpos d’água observados nos pontos selecionados durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) ............................................................................................................................ 96
Figura 4.7 - Riqueza de espécies de anfíbios registradas em cada estação amostral durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011) .......................................................................................................... 97
Figura 4.8 - riqueza de espécies de répteis registradas em cada estação amostral durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011) .......................................................................................................... 97
Figura 4.9 - Riqueza total de espécies registradas em cada estação amostral durante a realização
da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) ............................................................................................................................ 98
Figura 4.10 - Freqüência de ocorrência observada para as espécies de anfíbios durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011) .......................................................................................................... 99
Figura 4.11 - Freqüência de ocorrência observada para as espécies de répteis durante a realização
da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) .......................................................................................................................... 100
Figura 4.12 - Distribuição geográfica apontada para Physalaemus crombiei (IUCN, 2011) ....... 110
Figura 4.13 - Riqueza de espécies obtida nas estações amostrais através do emprego de
armadilhas de interceptação e queda durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) .... 115
Figura 4.14 - Freqüência acumulada de espécies obtida durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) .... 115
Figura 4.15 - Riqueza estimada de espécies (Jacknife_1) com base na amostra da herpetofauna
obtida na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) ................. 116
Figura 4.16 - Riqueza estimada de espécies (Bootstrap) com base na amostra da herpetofauna
obtida na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) ................. 116
Figura 5.1 - Famílias mais representativas registradas durante a realização do diagnóstico
ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG.. 132
Figura 5.2. Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco), espécie ameaçada de extinção no estado de
Minas Gerais, categoria “Em Perigo” (Fundação Biodiversitas 2007) ......................... 136
Figura 5.3 - Espécies mais abundantes, de acordo com o método de censo por ponto, registradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG ............................................................................................ 138
Figura 5.4 - Espécies mais frequentes, de acordo com o método de censo por ponto, registradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG ............................................................................................ 139
Figura 5.5 - Curva do coletor de espécies do observado e esperado (com barras do Desvio Padrão),
registradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento
minerário Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG............................................... 140
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Figura 6.1 - Porcentagem da abundância absoluta das espécies mais representativas registradas
no presente estudo ............................................................................................................. 159
Figura 6.2 - Curva de acumulação de espécies de mamíferos voadores registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG, novembro de 2010 e maio de 2011 ............................................. 159
Figura 6.3 - Número de capturas de indivíduos de T. s. elegans nas estações seca e chuvosa, na
região onde será instalado o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar
e Conceição de Mato Dentro, MG .................................................................................... 162
Figura 6.4 - Curva de acumulação de espécies de mamíferos voadores registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG ............................................................................................................. 166
Figura 6.5 - Número de espécies de mamíferos voadores capturados em cada área de amostragem
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG ............................................................................................ 168
Figura 6.6 - Riqueza de espécies de mamíferos voadores registrados por área de amostragem
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG. ........................................................................................... 169
Figura 7.1 - Localização das sub-bacias e pontos amostrais de ictiofauna ................................... 178
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Índice de Fotos
Foto 2.1. Coleta de abelhas em flor com o auxílio de puçá ........................................................ 11
Foto 2.2. Indivíduo de Bombus morio em flor ............................................................................ 11
Foto 2.3. Armadilha de isca aromática para coleta de abelhas Euglossina ................................ 12
Foto 2.4. Armadilha para capturar borboletas frugívoras .......................................................... 14
Foto 2.5. Borboletas frugívoras capturadas pela armadilha ....................................................... 14
Foto 2.6. Archaeopreopona demophon (Charaxinae) capturada, marcada e solta ................... 15
Foto 2.7. Armadilha Luminosa CDC ............................................................................................. 16
Foto 2.8: Mosquito adulto do gênero Psorophora pousado no braço do profissional durante a
coleta pelo método denominado isca humana .......................................................... 16
Foto 2.9. Ninho de S. xanthotricha encontrado na área 7 .......................................................... 20
Foto 2.10. Hamadryas amphinome (Biblidinae) capturada, marcada e solta............................. 23
Foto 2.11. Detalhe da marcação realizada em um espécime de H. amphinome ....................... 23
Foto 2.12. Paryphthimoides poltys (Satyrinae) ........................................................................... 26
Foto 2.13. Myscelia orsis (Biblidinae) macho .............................................................................. 27
Foto 2.14. Catonephele acontius (Biblidinae) macho ................................................................. 27
Foto 2.15. Catonephele acontius (Biblidinae) fêmea .................................................................. 28
Foto 3.1. Amostragem passiva da ictiofauna com auxílio de redes de espera, utilizadas nas
amostragens de ictiofauna na área de Influência do empreendimento Morro do Pilar
Minerais, MG – Período de Pré-Implantação (set./ 2010 – fev./2011). Foto: Sérgio
Santos. ........................................................................................................................ 53
Foto 4.1. Armadilhas de interceptação e queda utilizadas durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 119
Foto 4.2. Exemplar de Chiasmocleis sp. observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 119
Foto 4.3. Exemplar de Odontophrynus cultripes observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ........................................... 120
Foto 4.4. Exemplar de Phyllomedusa burmeisteri observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ........................................... 120
Foto 4.5. Exemplar de Hypsiboas pardalis observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 121
Foto 4.6. Exemplar de Hylodes otavioi observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 121
Foto 4.7. Exemplar de Physalaemus crombiei observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 122
Foto 4.8. Exemplar de Leptodactylus furnarius observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 122
Foto 4.9. Exemplar de Ischnocnema aff. verrucosa observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ........................................... 123
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Foto 4.10. Exemplar de Physalaemus orophilus observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 123
Foto 4.11. Exemplar de Elachistocleis cesarii observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 124
Foto 4.12. Exemplar de Mastigodryas bifossatus observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ........................................... 124
Foto 4.13. Exemplar de Enyalius bilineatus observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010 ................................................ 125
Foto 4.14. Exemplar de Liophis poecylogyrus capturado em pitfall traps durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011 ............ 125
Foto 4.15. Procedimentos para retirada das armadilhas de interceptação e queda utilizadas
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
2010/2011................................................................................................................. 126
Foto 4.16. Procedimento diário de vistoria das armadilhas de interceptação e queda utilizadas
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
2010/2011................................................................................................................. 126
Foto 4.17. Ponto de amostragem n° 22 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011 ...................................... 127
Foto 4.18. Ponto de amostragem n° 7 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011 ...................................... 127
Foto 4.19. Ponto de amostragem n°29 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011 ...................................... 128
Foto 4.20. Ponto de amostragem n° 20 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011 ...................................... 128
Foto 4.21. Procedimento de fechamento dos buracos das armadilhas de interceptação e queda
utilizadas durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do
empreendimento, 2010/2011 .................................................................................. 129
Foto 5.1. Myiornis auricularis (miudinho) ................................................................................. 134
Foto 5.2. Trogon surrucura (Surucuá) ....................................................................................... 134
Foto 5.3. Euphonia pectoralis (Ferro-velho) ............................................................................. 135
Foto 5.4. Indivíduo fêmea de Mackenziaena severa (borralhara) ............................................ 135
Foto 5.5. Indivíduo fêmea de Dysithamnus mentalis (Choquinha-lisa) .................................... 135
Foto 5.6. Jacamaralcyon tridactyla (Cuitelão). Espécie ameaçada de extinção de acordo com IUCN
(2011), classificada como “Vulnerável” .................................................................... 136
Foto 5.7. Pesquisador realizando as amostragens em um ponto de escuta, gravando as
vocalizações das espécies registradas ...................................................................... 138
Foto 5.8. Saltator similis (trinca-ferro) capturado em rede de neblina, espécie xerimbabo .... 141
Foto 6.1. Gaiola de arame galvanizado ..................................................................................... 149
Foto 6.2. Armadilha de interceptação e queda......................................................................... 150
Foto 6.3. Análise de fezes encontradas..................................................................................... 151
Foto 6.4. Caminhadas diurnas ................................................................................................... 152
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Foto 6.5. Vistoria da rede de neblina ........................................................................................ 153
Foto 6.6. Pesagem de espécime capturado .............................................................................. 153
Foto 6.7. Potencial abrigo diurno de morcegos ........................................................................ 154
Foto 6.8. Identificação de colônias de morcegos ...................................................................... 154
Foto 6.9. Indivíduo de Trinomys setosus elegans capturado .................................................... 161
Foto 6.10. Nectomys squamipes (In: Reis et al., 2006) ............................................................. 163
Foto 6.11. Membrana interdigital de N. squamipes ................................................................. 163
Foto 6.12. Armadilha posicionada no sub-bosque.................................................................... 163
Foto 6.13. Marmosops incanus ................................................................................................. 164
Foto 6.14. Didelphis albiventris................................................................................................. 164
Foto 6.15. Didelphis aurita ........................................................................................................ 165
Foto 6.16. Monodelphis americana .......................................................................................... 165
Foto 6.17. Carollia perspicillata ................................................................................................. 167
Foto 6.18. Desmodus rotundus ................................................................................................. 168
Foto 6.19. Mimon bennetii ....................................................................................................... 169
Foto 6.20. Plathyrrinus lineatus ................................................................................................ 170
Foto 6.21. Lasiurus blossevillii ................................................................................................... 170
Foto 6.22. Histiotus velatus....................................................................................................... 171
Foto 6.23. Dyphilla ecaudata..................................................................................................... 171
Foto 6.24. Chrotopterus auritus capturado na rede de neblina ............................................... 173
Foto 6.25. Chrotopterus auritus em um abrigo natural ............................................................ 173
Foto 6.26. Colônia de Chrotopterus auritus.............................................................................. 174
Foto 6.27. Entrada da caverna .................................................................................................. 174
Foto 6.28. Callithrix geoffroyi .................................................................................................... 175
Foto 6.29. Pegadas de Cerdocyon thous ................................................................................... 176
Foto 6.30. Pegada de Pecari tacaju ........................................................................................... 176
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Índice de Quadros
Quadro 2.1. Número de espécies e indivíduos, bem como valores calculados de dominância,
diversidade, riqueza e equitabilidade por ponto amostral, na área onde será implantado
o empreendimento Morro do Pilar Minerais .................................................................... 19
Quadro 2.2: Abundância e riqueza total dentro das famílias de borboletas amostradas nas
estações seca e chuvosa na área onde será implantado o empreendimento Morro do
Pilar Minerais ......................................................................................................................... 22
Quadro 2.3. Espécies de borboletas registradas que são consideradas indicadoras ambientais 28
Quadro 2.4. Riqueza, abundância e valores calculados de dominância, diversidade e equitabilidade
.................................................................................................................................................. 30
Quadro 2.5. Lista de espécies de Culicidae registradas em cada uma das 14 áreas amostradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais .................................................................................................................................. 32
Quadro 2.6. Número de espécies e indivíduos, bem como valores calculados de dominância,
diversidade, riqueza e equitabilidade por ponto amostral, na área onde será implantado
o empreendimento Morro do Pilar Minerais .................................................................... 35
Quadro 2.7. Lista de espécies de Flebothominae registradas em cada uma das 14 áreas
amostradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento
Morro do Pilar Minerais ....................................................................................................... 36
Quadro 3.1. Descrição das estações amostrais onde foram realizadas amostragens ativas e
passivas para o diagnóstico da ictiofauna da área de influência do empreendimento
Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): Dados
consolidados........................................................................................................................... 41
Quadro 3.2. Esforço de pesca total (m2), por malha, empregado nas estações amostrais da área
de influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período de PréImplantação (set./2010– fev./2011). .................................................................................. 53
Quadro 3.3. Lista de espécies de peixes registradas durante o diagnóstico da ictiofauna da área de
influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. .................................................................. 57
Quadro 3.4. Número de indivíduos capturados (N), maiores (Max.) e menores (Min.) exemplares;
média (Méd.) para comprimento padrão (CP) e peso corporal (PC) de cada espécie
capturada durante o diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar
Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): Dados consolidados.
.................................................................................................................................................. 64
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Quadro 3.5. Riqueza e abundância relativa das espécies capturadas durante o diagnóstico da
ictiofauna da área de influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG –
Período Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. ..................... 66
Quadro 3.6 - Valores dos índices de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade (E) para as
estações amostrais da área de influência do empreendimento minerário Morro do Pilar,
MG - Período Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados. ........... 77
Quadro 4.1. Pontos de instalação de armadilhas pitfall utilizados durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) ............................................................................................................................ 82
Quadro 4.2. Pontos adicionais utilizados durante a realização da amostragem da herpetofauna na
região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011) ..................................... 84
Quadro 4.3. Espécies de anfíbios registradas durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011). Obs.: V
= Visualização; Z = Zoofonia; PT = Pitfall traps .................................................................. 87
Quadro 4.4. Espécies de répteis registradas durante a realização da amostragem da herpetofauna
na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011). Obs.: V = Visualização;
PT = Pitfall traps; A = Atropelamento; E = Entrevista; O = Ocasional ............................ 91
Quadro 4.5. Riqueza de espécies de acordo com características de habitat e microhabitat ...... 98
Quadro 4.6. Abundância das espécies de anfíbios observadas durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)101
Quadro 4.7. Influência sazonal na ocorrência das espécies registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011) .......................................................................................................................... 104
Quadro 4.8. Resultado obtido nas armadilhas de interceptação e queda em cada estação amostral
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
Morro do Pilar /MG (2010/2011) ...................................................................................... 112
Quadro 4.9. Resultado obtido nas armadilhas de interceptação e queda em cada estação amostral
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
Morro do Pilar /MG (2010/2011) ...................................................................................... 113
Quadro 5.1. Espécies endêmicas registradas em Morro do Pilar, durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar,
MG ......................................................................................................................................... 132
Quadro 5.2. Espécies em alguma categoria de ameaça de extinção registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
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Morro do Pilar, MG ............................................................................................................. 137
Quadro 5.3. Número de espécies e de registros durante a realização do diagnóstico ambiental
para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG..................... 137
Quadro 5.4. Tempo amostral, número de espécies e capturas registradas em Morro do Pilar,
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG (etapas de período chuvoso e de seca) ....................... 141
Quadro 6.1. Áreas destinadas às amostragens da mastofauna terrestre e voadora – Conceição do
Mato Dentro e Morro do Pilar, MG, novembro de 2010 e maio de 2011 .................. 148
Quadro 6.2. Espécies registradas, área de amostragem em que a espécie foi detectada, número de
indivíduos registrados e metodologia utilizada que propiciou o registro – Morro do Pilar,
MG, novembro de 2010 e maio de 2011 ......................................................................... 155
Quadro 6.3. Índices de diversidade (Simpson e o de Shannon-Wiener) calculados para as espécies
de mamíferos voadores registradas durante a realização do diagnóstico ambiental para
o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG.............................. 167
Quadro 6.4. Registro dos abrigos estudados a procura de espécies de mamíferos voadores
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG. ........................................................................................... 172
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APRESENTAÇÃO
O presente documento constitui o relatório final referente ao diagnóstico ambiental da fauna
(entomofauna, ictiofauna, herpetofauna, avifauna e mastofauna) presente na área de influência
onde se pretende instalar o empreendimento minerário Morro do Pilar Minerais, o qual ficará
localizado nos municípios d e Morro do Pilar, estado de Minas Gerais.
Os referidos estudos foram conduzidos com o intuito de caracterizar devidamente a composição
da fauna da região, contemplando os elementos que, direta ou indiretamente, estarão sujeitos
aos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do empreendimento
supracitado.
Os dados apresentados a seguir foram obtidos em duas campanhas de campo, cada qual em uma
estação climática, seca e chuvosa, entre os meses de novembro de 2010 e junho de 2011. Os
dados estão separados por grupo faunístico e apresentam a distribuição, riqueza, abundância,
entre outras inferências específicas. Ao fim deste documento, será apresentado um diagnóstico
ambiental integrado, tendo cada sub-bacia hidrográfica como unidade de análise.
1
ÁREA DE ESTUDO
O Brasil é o principal país entre aqueles detentores de megadiversidade, possuindo entre 15 e
20% do número total de espécies da Terra (Campanili & Prochnow, 2006). Por conta de tamanha
diversidade e alto grau de ameaça à sua biodiversidade, o país possui hotspots mundiais, como é
o caso do Cerrado e da Mata Atlântica (Myers et al., 2000). Atualmente, a Mata Atlântica está
reduzida a aproximadamente 8% de sua área original, com cerca de 102.000 km² preservados,
dispostos de modo esparso ao longo da costa brasileira, no interior das regiões Sul, Sudeste e
Nordeste e em fragmentos ao sul dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul (MMA, 2000).
Mesmo reduzido e fragmentado, o bioma em questão ainda abriga mais de 20 mil espécies de
plantas, das quais oito mil são endêmicas, ou seja, apresentam distribuição restrita à determinada
unidade de área (Machado et al., 2004) uma vez que ocorrem em locais de condições ecológicas
muito particulares (Romero & Nakajima, 1999).
O estado de Minas Gerais é detentor de uma cobertura vegetal rica e agrupa em seu território
três grandes biomas: a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga (Drummond et al., 2005). As áreas
em que foi realizado o presente estudo (Figura 1.1) estão inseridas nos municípios de Morro do
Pilar , região central do estado de Minas Gerais a 150 km da capital Belo Horizonte. Esta
apresenta mosaicos residuais de Mata Atlântica e Cerrado, sendo vizinha a uma importante área
em termos de conservação, o Parque Nacional da Serra do Cipó (PNSC).
O Distrito da Serra do Cipó pertence ao município de Santana do Riacho/MG, parte sul da
Cordilheira do Espinhaço, e está inserido numa região que abriga uma série de Unidades de
Conservação, nos municípios d, Jaboticatubas e Morro do Pilar, entre outros, correspondendo ao
entorno do PNSC. Morro do Pilar se localiza na popularmente conhecida “Estrada Real”, na APA
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Morro da Pedreira, numa região serrana (550-1.600m) que, embora atualmente sob efeitos da
ocupação humana, originalmente abrange formações de mata de galeria, localizadas em áreas de
encostas, nascentes d’água e margens de córregos, além de campo cerrado e campo rupestre. A
região do PNSC é famosa pela riqueza e endemismo dos campos rupestres, consistindo um
complexo vegetacional sobre solos quartzosos, incluídos oficialmente no Bioma Cerrado. As
fitofisionomias de Cerrado predominam nas partes baixas a oeste, e as vertentes orientais (como
na região de Morro do Pilar) sustentam fragmentos de Mata Atlântica, antes contínua em todo o
vale do rio Doce, com presença marcante de embaúbas-brancas (Cecropia hololeuca), palmitosjuçara (Euterpe edulis) e indaiás (Attalea oleifera) (Ribeiro et al., 2009).
Esta região é de extrema importância ecológica, pois abrange as serras da borda leste do
Espinhaço Meridional. A Serra do Espinhaço foi considerada pela UNESCO (2005) a sétima Reserva
da Biosfera brasileira devido a sua elevada diversidade de recursos naturais o que demonstra a
importância da sua conservação. A despeito de tamanha relevância, mais da metade das espécies
da fauna e flora ameaçadas de extinção em Minas Gerais encontra-se na Cadeia do Espinhaço,
fato que justifica a realização sistemática de estudos ambientais na área.
1.1.
Rede de amostragem
A rede de amostragem é espacialmente abrangente, de modo a permitir, por um lado, a coleta de
dados em áreas sujeitas ou não a interferências do empreendimento. Os dados coletados
poderão ser utilizados para fins de background e comparação com as situações antes, durante e
após as intervenções.
Para as amostragens da fauna terrestre (Mastofauna, Avifauna, Herpetofauna e Entomofauna), os
locais de coleta de dados foram definidos com base na análise do mapeamento de cobertura
vegetal e imagens de satélite. Houve uma campanha de campo para reconhecimento das áreas, a
fim de pré-selecionar a localização das zonas para estações de amostragem, que foram definidas
com mais precisão no momento das campanhas de levantamento de acordo com a especificidade
de cada grupo. Foram estabelecidas 14 áreas amostrais de capturas (Figura 1.1).
Outras áreas, fora das estações de captura, também foram amostradas, porém sem o uso de
armadilhas, a priori. Todos os registros realizados fora das áreas amostrais foram devidamente
anotados e georreferenciados.
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Figura 1.1. Mapa de localização dos pontos de amostragem na Área de Influência Direta (AID) e
posição em relação à Área Diretamente Afetada (ADA)
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ENTOMOFAUNA
2.1.
Introdução
A composição florística da vegetação da Mata Atlântica tem sido estudada intensamente por
vários autores, conforme revisão apresentada em Oliveira-Filho & Ratter (2002). Entretanto,
estudos sobre a distribuição da fauna, particularmente a fauna de invertebrados, são escassos.
Os insetos e outros invertebrados – que compreendem cerca de 60% dos animais do planeta
(Wilson, 2003) – desempenham papel chave nos ecossistemas terrestres, pois estão envolvidos
em importantes processos ecológicos, tais como a decomposição, ciclagem de nutrientes,
produtividade secundária, fluxo de energia, polinização, e regulação de populações de fauna e
flora (Leppik, 1957; Stebbins, 1970; Dourojeanni, 1986; Didham et al., 1996).
Os invertebrados apresentam respostas demográficas e dispersivas bastante pronunciadas em
relação aos diferentes tipos de alterações de habitat o que os faz ferramentas importantes para
avaliar manejos e magnitude de impactos ambientais (Freitas et al., 2003; Lewinsohn et al., 2005).
Embora possam ser amostrados em grandes quantidades e escalas refinadas, a dificuldade na
identificação de alguns grupos e o tempo necessário para processar amostras em laboratórios
representam desafios. Apesar disto, os artrópodes estão sendo utilizados de maneira crescente
na avaliação de respostas ambientais das espécies e comunidades a diferentes níveis de impactos
e manejos a partir da análise dos componentes da diversidade, bem como da distribuição espacial
em habitats heterogêneos (Lewinsohn et al., 2005).
Os artrópodes terrestres possuem características que permitem seu uso como indicadores de
distúrbios ambientais em programas de conservação e monitoramento. Tais características
envolvem a elevada diversidade de espécies e de funções ecológicas do grupo, alta variação de
formas corporais, rápido desenvolvimento e grande sensibilidade aos processos evolutivos –
especificidades que fazem com estes organismos apresentem rápidas respostas às alterações
ambientais (Kremen et al., 1993).
A diversidade entomológica, de maneira geral, está intrinsecamente associada e dependente da
diversidade de espécies vegetais. Esta variável afeta diretamente os insetos fitófagos – por conta
de seus hábitos alimentares específicos – e indiretamente os insetos predadores e parasitas, já
que pode definir a presença ou ausência de hospedeiros (Camargo & Matsmura, 2000).
Assim, ressalta-se que a eficiência dos invertebrados como indicadores ambientais é incontestável
(Brown, 1991; Kremen, 1993; Andersen, 1997). Alguns desses grupos – dentre os quais destacamse as borboletas, abelhas e formigas –, são especialmente úteis no monitoramento ambiental,
devido à sua diversificação, à facilidade de amostragem e identificação, à ocorrência em todos os
períodos do ano e, sobretudo, ao hábito de vida especialista que os faz fiéis a determinadas
partições de habitat, respondendo, portanto, rapidamente a quaisquer alterações no ambiente
(Brown, 1991; Fernandes & Price, 1992). Destaca-se ainda a importância da identificação de
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populações de flebotomíneos de ecossistemas silvestres em estudos ambientais, uma vez que
estes são importantes vetores de doenças.
2.1.1.
Abelhas
As abelhas pertencem à Ordem Hymenoptera que apresenta elevada variedade de formas e
hábitos de vida. Atualmente, esse táxon possui 115.000 espécies descritas (Hanson & Gauld,
1995) distribuídas em 99 famílias taxonômicas (Goulet & Huber, 1993). Gaston (1991) e Stork
(1991) apresentaram evidências desta diversidade em regiões temperadas e tropicais,
respectivamente.
As abelhas pertencem à Subfamília Apoidea para a qual estima-se que existam quatro mil gêneros
e cerca de 30 mil espécies distribuídas nas diferentes regiões do mundo (Griswold et al., 1995).
Esses organismos representam o principal grupo de polinizadores de plantas floríferas, sendo
dependentes dos produtos florais para alimentação (e.g. néctar, pólen, resina) e, em muitos
casos, para a construção de ninhos (Michener, 2007). Por conta de sua atuação como
polinizadora, as abelhas favorecem a conservação das espécies de plantas, promovendo a
reprodução sexuada e, consequentemente, mantendo a diversidade genética das populações
vegetais. Além disso, contribuem para a manutenção das populações de muitas espécies de
animais, como aves e mamíferos, que se alimentam dos frutos e sementes (Wiese, 1985; Free,
1993).
Além de sua importância ecológica, as abelhas constituem um interessante objeto para estudos
ambientais, pois constituem um grupo muito abundante e diversificado, com mais de 3.000
espécies descritas para o Brasil (Silveira et al., 2002). Esses organismos são adaptados a diferentes
tipos de ambientes e respondem de forma distinta a diferentes tipos e graus de impactos
ambientais (Matheson et al., 1996). Além disto, as abelhas brasileiras são um dos grupos de
invertebrados cuja taxonomia está melhor conhecida, o que facilita a identificação dos
exemplares trazidos do campo. Esses fatores fazem com que os inventários de fauna de abelhas
forneçam dados robustos e relevantes em estudos ambientais.
2.1.2.
Borboletas
As borboletas pertencem à Ordem Lepidoptera, que possui aproximadamente 146.277 espécies
descritas e 255.000 estimadas no mundo (Heppner, 1991). Este táxon é constituído por
borboletas (13%) e mariposas (87%). As borboletas, cujos adultos são diurnos e coloridos, são
consideravelmente representativas na região neotropical, com cerca de 7.100 (Beccaloni &
Gaston, 1995) a 7.900 espécies (Heppner, 1991; Lamas, 2004). O Brasil possui elevada diversidade
destes insetos, abrigando em torno de 3.100 (Beccaloni & Gaston, 1995) a 3.200 espécies (Brown
Jr. & Freitas, 1999).
Atualmente, essas espécies estão distribuídas em duas superfamílias (Hesperioidea e
Papilionoidea) e seis famílias (Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae, Riodinidae e
Nymphalidae) (Lamas, 2004), sendo a família Nymphalidae a mais representativa na região
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neotropical com aproximadamente 2430 espécies distribuídas em 10 subfamílias (Lamas, 2004).
Todas as borboletas frugívoras fazem parte desta família e são distribuídas em quatro subfamílias,
sendo elas Satyrinae, Charaxinae, Biblidinae e Nymphalinae (tribo Coeini) (Uehara-Prado et al.
2004).
As borboletas estão envolvidas em muitas interações ecológicas dentro das comunidades as quais
pertencem, destacando-se as mutualísticas (polinização) e de predação (herbivoria) (Dessuy &
Morais, 2007). Além disso, são modelos úteis em pesquisas de ecologia de populações e
comportamento (devido à facilidade de marcação das asas); genética da seleção natural e em
processos básicos, como alimentação, parasitismo, competição e predação (Boggs et al., 2003;
Dessuy & Morais, 2007).
Assim, por conta da maior diversidade de animais terrestres ser composta por artrópodes,
compreender a distribuição e ecologia destes é igualmente fundamental para os estudos das
relações entre a biodiversidade e a função dos ecossistemas (Basset et al., 2007). Isto porque
estão envolvidos em muitas interações ecológicas dentro das comunidades que pertencem,
destacando-se as mutualísticas (polinização) e de herbivoria. As borboletas são úteis ainda como
modelos em pesquisas de ecologia de populações, comportamento, genética da seleção natural e
em processos básicos como alimentação, parasitismo, competição e predação (identificação de
substâncias tóxicas presentes, camuflagem e mimetismo) (Boogs et al., 2003; Dessuy & Morais,
2007).
No Brasil, são objetos de muitos estudos científicos (Brown Jr., 1992), sendo, inclusive, eficientes
ferramentas em diagnósticos de fauna, planejamento e administração de reservas naturais
(Brown Jr., 1992; Brown Jr. & Freitas, 2002; Emery et al., 2006; Dessuy & Morais, 2007).
Assim como as abelhas, as borboletas são eficientes indicadores de distúrbios ambientais (Freitas
et al., 2003), já que possuem reprodução rápida, estreitas associações com fatores físicos
específicos e plantas hospedeiras e sensibilidade a impactos ambientais de diferentes escalas
(New et al., 1995) respondendo rapidamente à alterações de habitat (Freitas et al., 2003). Por
possuírem vida curta e, portanto, produzir muitas gerações em pouco tempo, as borboletas
permitem a acumulação rápida de informações taxonômicas, ecológicas e evolutivas (Marini-Filho
& Martins, 2000).
Para que seja possível o monitoramento e a avaliação do ambiente, uma lista de espécies
constitui uma peça fundamental para pesquisas que envolvam borboletas. De acordo Lewinsohn
et al. (2005), a região neotropical é a menos inventariada do mundo, o que caracteriza um grande
desafio na conservação destas espécies.
2.1.3.
Dípteros de importância médica
Os mosquitos são insetos dípteros, pertencentes à família Culicidae, conhecidos também como
pernilongos, muriçocas ou carapanãs. Os adultos são alados, possuem pernas e antenas longas,
sendo a maioria hematófaga com as fases imaturas aquáticas. O ciclo biológico desses organismos
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compreende as seguintes fases: ovo, quatro estádios larvais, pupa e adulto (Consoli & Oliveira,
1994).
Estes organismos estão disseminados por todas as regiões do globo, inclusive no círculo polar
Ártico, embora algumas espécies habitem preferencialmente os territórios tropicais e
subtropicais. Atualmente reconhece-se a existência de cerca de 3600 espécies de mosquitos
(Crosskey, 1988) que se encontram distribuídas em aproximadamente 40 gêneros, sendo a área
Neotropical detentora do maior nível de endemismo, uma vez que 27% desses grupos são
restritos a essa região biogeográfica (Ward, 1982).
Devido ao hábito hematófago os culicídeos merecem destaque, pois são importantes vetores de
doenças. Esses insetos apresentam hábitos diurnos, crepusculares e noturnos, sendo encontrados
nos mais diversos ambientes, tanto endofílico (no domicílio humano) quanto exofílico (fora do
ambiente humano) (Forattini, 2002). Somente as fêmeas são hematófagas, pois o sangue constitui
um rico coquetel de aminoácidos de extrema necessidade ao desenvolvimento dos ovos, podendo
se alimentar ainda de substâncias açucaradas que fazem parte da dieta dos machos (Forattini,
2002).
Os flebotomíneos – dípteros pertencentes à família Psychodidae – são conhecidos como cangalha,
cangalhinha, asa-dura, orelha-de-veado, palha, birigüi, tatuíra, bererê, tatuquira, murutinga,
escangalhado ou asa-branca. Estes são pequenos (1,5 a 3mm), possuem olhos grandes, pilosos e
de cor palha e castanho-claros. São reconhecíveis pela atitude que adotam quando pousados:
com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, em vez de se cruzarem sobre o dorso (MS,
1997; Marzochi et al., 1999; Rey, 1992). Estes insetos apresentam hábitos crepusculares e
noturnos e são encontrados em tocas de animais, currais, chiqueiros e residências, abrigando-se
em locais mais escuros. Somente as fêmeas são hematófagas, o que é fundamental na maturação
dos ovos e no desenvolvimento da Leishmania. No entanto, elas também podem se alimentar de
seiva e sucos vegetais, como os machos. Seus vôos são curtos e baixos, realizando-se em saltos
curtos, em um raio de ação não superior a 200 metros (Marzochi et al., 1999; Rey, 1992). São de
grande importância médica, já que aproximadamente 40 espécies deste grupo são consideradas
suspeitas ou já foram comprovadas como vetores de leishmanioses (Rangel & Lainson, 2003).
Pesquisas sobre inventários de populações silvestres de mosquitos vetores potenciais de
arboviroses e malária, embora escassas, fornecem subsídios para a compreensão de relevantes
aspectos epidemiológicos. Esses estudos facilitam a identificação, o acompanhamento e o
controle desses mosquitos em relação às alterações ambientais aplicadas pelo homem, que
poderão ou não culminar em grandes epidemias (Paula & Gomes, 2007).
Os mosquitos são sensíveis às alterações ambientais, podendo haver um aumento ou diminuição
de suas densidades populacionais, dependendo do tipo de modificação que o ambiente venha a
sofrer (Forattini & Massad, 1998). As modificações ambientais também podem alterar a
composição da fauna, já que as espécies podem apresentar diferentes graus de adaptação às
alterações ambientais, podendo até haver a invasão da área por espécies adaptadas a ambientes
degradados (Dorvillé, 1996).
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Sendo assim, as modificações ambientais podem alterar a dinâmica populacional dos dípteros,
colocando a população humana local ou migrante sob risco de contrair doenças veiculadas por
esses insetos, além de estarem mais expostas ao incômodo provocado pela atividade de picar,
quando em grande abundância (Natal et al., 1998). Muitas vezes, o vetor participa da fauna
regional e se torna progressivamente domiciliada, na medida em que evolui a transformação do
ambiente natural em antrópico (Forattini, 1998). Por exemplo, a instalação de usinas hidrelétricas
é uma atividade que pode propiciar surtos ou epidemias de malária em determinadas regiões
devido à biologia dos vetores (Falavigna-Guilherme et al., 2005).
A malária, cujos agentes patogênicos são protozoários do gênero Plasmodium, incide
principalmente na região Amazônica (Carme & Venturin, 1999), ocorrendo predominantemente
em áreas impactadas como margens de rodovias, campos de mineração, projetos de colonização,
hidrelétricas, periferias urbanas, dentre outras situações. No estado de Minas Gerais,
principalmente no Norte, há transmissão ativa de parasitos da malária (Atanaka-Santos et al.,
2007; Barbieri & Sawyer, 2007).
Os flebotomíneos também podem ter suas populações alteradas devido às mudanças na
distribuição de habitações humanas e seus anexos (currais, chiqueiros, depósitos, dentre outros),
provocadas, por exemplo, pela construção de empreendimentos hidrelétricos.
Além desses aspectos, o conhecimento das populações de flebotomíneos em ecossistemas
silvestres fornece informações sobre a sua biodiversidade e base de dados para futuros
envolvimentos na incidência de doenças.
2.2.
Objetivos
2.2.1.
Objetivo geral
O objetivo geral do presente estudo foi realizar o levantamento da entomofauna (borboletas,
abelhas, culicídeos e flebotomíneos) na área de influência onde se pretende instalar o
empreendimento (Morro do Pilar, MG).
2.2.2.

Objetivos específicos
Verificar as espécies de insetos residentes na área em questão, quantificando a riqueza, a
abundância e, consequentemente, a diversidade;

Gerar informações a respeito da biologia, taxonomia e distribuição das espécies registradas; e

Identificar espécies ameaçadas de extinção, endêmicas e/ou de interesse ecológico.
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2.3.
Material e métodos
2.3.1.
Área de estudo
A região localiza-se na vertente leste do espinhaço, ocupando áreas dos municípios de Morro do
Pilar, MG (Figura 2.1). Para a realização do trabalho foram selecionadas 14 áreas amostrais
divididas em duas porções denominadas Norte (Pontos 1 a 7) e Sul (Pontos 8 a 14) (Figura 2.2).
Assim, foram amostrados dois pontos por dia, sendo que as armadilhas para dípteros de
importância médica eram instaladas no dia anterior, juntamente com as armadilhas de borboletas
e de abelhas, para possibilitar a captura de insetos de hábitos crepusculares e noturnos. A área
de estudo em questão abrange diferentes tipos fisionômicos do Cerrado e Mata Atlântica,
incluindo formações florestais, savânicas e campestres (Schiavini & Araújo, 1989). As tabelas
contendo as coordenadas dos pontos de amostragem de borboletas, abelhas e vetores estão
anexos a este documento (ANEXOS I, II, III, respectivamente).
Figura 2.1. Mapa de Minas Gerais, com destaque para os municípios d e Morro do Pilar, área na
qual o presente estudo foi realizado
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Figura 2.2. Áreas destinadas à amostragem da entomofauna, sendo A1-A7 referentes à Porção
Norte e A8-A14 referentes à Porção Sul
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2.3.2.
Amostragem de abelhas
2.3.2.1
Coletas em flor
Este método segue os procedimentos gerais sugeridos por Sakagami et al. (1967) e Silveira &
Godinez (1996), nos quais são realizadas varreduras através de caminhadas lentas no período de
atividade da maioria das espécies de abelhas (6:00 às 18:00 hs) a fim de identificar e coletar os
espécimes pertencentes ao táxon em questão (Foto 2.1 e Foto 2.2).
Foto 2.1. Coleta de abelhas em flor com o auxílio de puçá
Foto 2.2. Indivíduo de Bombus morio em flor
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2.3.2.2
Coletas em armadilhas de iscas aromáticas
Este método se destina à coleta de abelhas do táxon Euglossina e utiliza armadilhas desenvolvidas
pela Melpan Produtos Agrícolas Ltda. (Santo Antônio de Posse, São Paulo) e adaptadas por
Campos et al. (1989). Esta armadilha – amplamente utilizada em estudos ambientais (e.g. Oliveira
& Campos, 1995; 1996) – consiste de um tronco de cone oco, confeccionado em material plástico
rígido e translúcido (no caso, uma garrafa pet) com orifícios laterais afunilados de,
aproximadamente, 13 mm de diâmetro. Há ainda um orifício inferior que fica localizado no centro
da armadilha. O conjunto apresentado possui uma tampa sob a qual se fixa uma haste metálica
de aproximadamente 10 cm de comprimento. Na extremidade desta haste, à altura dos orifícios
laterais, ajusta-se um chumaço de algodão embebido em substância atrativa (Foto 2.3). No estudo
em questão, foram utilizados cinamato de metila, eucaliptol, eugenol (cineol), salicilato de metila
e vanilina. As armadilhas descritas foram dependuradas em local aberto – a aproximadamente
dois metros do solo – preferencialmente ao abrigo da insolação e dispostas de acordo com o
método do transecto ao longo de toda a área de estudo.
Assim, foram instalados dois conjuntos de cinco armadilhas em cada área amostral, cada qual
contendo uma substância aromática distinta. Essas permaneceram no período de 7:00 às 15:30 h
que corresponde ao período de maior atividade das abelhas euglossinas. A fim de diminuir a fuga
dos espécimes capturados, as armadilhas foram vistoriadas em intervalos de duas horas (Nemésio
& Morato, 2004). Os indivíduos coletados foram transferidos para frascos mortíferos e as
armadilhas contendo substâncias mais voláteis (cinamato de metila e eugenol) recarregadas para
manter a atratividade.
Foto 2.3. Armadilha de isca aromática para coleta de abelhas Euglossina
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2.3.2.3
Coletas em soluções atrativas de açúcar e feijoada enlatada
Soluções açucaradas (Wille, 1962) e de feijoada enlatada (Camargo, com.pess.) foram
pulverizadas e dispostas em porções, respectivamente, em ramos no sub-bosque a cada 10 m, em
dois transectos de 300 m cada, estabelecidos dentro de cada área amostral. As iscas foram
vistoriadas a cada 30 min.
2.3.2.4
Procura ativa por ninhos
A procura ativa por ninhos foi realizada através de varreduras em zig-zag para a observação dos
possíveis locais de nidificação existentes.
A base e o tronco das árvores foram analisados, até a altura de dez metros. Não foi estabelecido
um padrão de diâmetro para a procura dos ninhos, pois em análises anteriores não foi verificada
uma preferência das abelhas por nidificar em árvores com diâmetros específicos (Siqueira et al.,
2007). Operárias representantes foram coletadas e depositadas na coleção de referência da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, sob a responsabilidade do
Prof. Dr. Fernando A. Silveira.
Todas as abelhas capturadas foram levadas ao laboratório onde estão sendo identificadas com o
auxílio de chaves taxonômicas, literatura pertinente e por comparação com exemplares da
coleção de referência em questão.
2.3.3.
Amostragem de borboletas
2.3.3.1
Metodos empregados
Quanto ao modo de alimentação, as borboletas se dividem em dois grupos: as nectarívoras – que
se alimentam de néctar – e as frugívoras que se alimentam de caldo de frutas fermentadas. Estes
organismos, representantes da Ordem Lepidoptera, dividem-se em seis famílias, sendo que
apenas a Nymphalidae é composta por frugívoros.
Sendo assim, a coleta de borboletas frugívoras foi realizada através de armadilhas atrativas com
iscas de frutas fermentadas, método eficiente para este grupo que possui sistemática
relativamente bem conhecida (Freitas et al., 2003). Estas armadilhas consistem em um cilindro de
aproximadamente 80 centímetros de tela, fechadas na parte superior e montadas sobre uma
plataforma de madeira onde estará a isca. As borboletas entram por uma abertura de 2,5
centímetros, se alimentam e no momento de sair voam para a parte superior, ficando presas
(Foto 2.4 e Foto 2.5).
No caso de borboletas nectarívoras, o método empregado baseou-se na utilização de puçás
entomológicos que correspondem a aros de metal, presos a um bastão e fechados com voal
(DeVries, 1987).
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Foto 2.4. Armadilha para capturar borboletas frugívoras
Foto 2.5. Borboletas frugívoras capturadas pela armadilha
Para realizar as capturas de borboletas frugívoras foram instaladas dez armadilhas a
aproximadamente 30 metros de distância uma da outra, em linha reta quando possível, ao longo
de trilhas, em cada uma das estações de coleta pré-estabelecidas, utilizando como isca atrativa
banana caturra amassada com caldo de cana (DeVries, 1987). Estas foram armadas e iscadas na
tarde anterior ao dia de amostragem, com o objetivo de maximizar o período de ação da mesma,
bem como a eficiência da isca de atração e captura de espécies de hábito crepuscular. Para a
coleta das borboletas durante o vôo ou quando pousadas, foram utilizados dois puçás durante 8
horas ao longo de todo o ponto de amostragem, procurando amostrar diferentes locais, como
áreas no interior do fragmento, áreas abertas, bordas e locais próximos à água.
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2.3.3.2
Esforço amostral
Em cada área de amostragem foram utilizadas dez armadilhas expostas durante 24 horas e dois
puçás durante oito horas por dia, durante as estações seca e chuvosa. Assim, o esforço amostral
total foi de 6720 horas de armadilha e 448 horas de coleta com puçá nos 14 pontos selecionados
para a amostragem.
2.3.3.3
Processamento do material biológico
Os espécimes coletados foram sacrificados por compressão torácica e inseridos em envelopes
entomológicos numerados com identificação de data, área, número da armadilha e
posteriormente identificados, com o auxílio de chaves e guias de identificação. Parte dos
indivíduos capturados foi identificada em campo, marcados com uso de caneta de retro projetor e
soltos, com objetivo de minimizar o impacto de coletas desnecessárias (Foto 2.6). Os espécimes
coletados foram devidamente fixados e depositados na coleção entomológica da UFMG. A
classificação das borboletas se baseou em Lamas (2004).
Foto 2.6. Archaeopreopona demophon (Charaxinae) capturada, marcada e solta
2.3.4.
Amostragem de mosquitos adultos
Os mosquitos adultos foram coletados utilizando-se armadilhas luminosas do tipo CDC (Sudia &
Chamberlaim, 1962) e o método da isca humana, baseado no princípio descrito por Buxton
(1968).
As armadilhas luminosas representam dispositivos efetivos para atração e captura de insetos nas
formas aladas e que apresentam fototropismo positivo (Foto 2.7). Estas permaneceram ativas
durante 12 horas consecutivas no período noturno (18 às 6 h), sendo uma armadilha em cada um
dos 14 pontos de amostragem, totalizando 168 horas de amostragem. A técnica, o local e o
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horário de coleta foram compatíveis com os hábitos e a biologia dos insetos alvo (Service, 1976;
Forattini, 1962; 1965).
Já o método da isca humana consiste em capturar os mosquitos adultos com aparelho de sucção
oral quando se aproximam dos pesquisadores para se alimentarem. Nesse caso, os pesquisadores
propositalmente deixam partes de seus corpos expostos, como os antebraços (Foto 2.8).
Foto 2.7. Armadilha Luminosa CDC
Foto 2.8: Mosquito adulto do gênero Psorophora pousado no braço do profissional durante a
coleta pelo método denominado isca humana
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Os mosquitos coletados foram montados e etiquetados durante o campo e posteriormente
encaminhados ao laboratório de entomologia da UFMG, onde foram identificados de acordo com
as chaves entomológicas de Faran & Linthicum (1981) e Forattini (1965). A nomenclatura seguida
foi a de Knight & Stone (1977), com a abreviatura dos nomes genéricos e subgenéricos proposta
por Reinert (1975).
2.4.
Resultados e discussão
2.4.1.
Abelhas
Na primeira campanha, realizada na estação chuvosa, foram coletados 417 indivíduos de 88
espécies enquanto na campanha executada ao longo da estação seca, foram registrados 807
indivíduos de 116 espécies. Assim, no total, foram registrados 1219 indivíduos pertencentes a 165
espécies.
As espécies de abelhas, os respectivos números de indivíduos coletados nas amostragens
padronizadas, bem como as espécies coletadas nas amostragens suplementares, encontram-se
discriminados em ordem alfabética por famílias para as 14 localidades estudadas (Anexo IV). A
famíla Apidae foi mais representativa (89%), seguida por Halictidae (7%), Megachilidae (3%),
Andrenidae (1%) e Collectidae com representatividade percentual inferior a 1% (Figura 2.3).
Figura 2.3. Representatividade das famílias de abelhas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
A partir dos dados obtidos, estimou-se a riqueza de espécies, a fim de avaliar a suficiência
amostral. Através da curva gerada pela acumulação do número de espécies ao longo do período
de amostragem, observa-se que não há estabilização da curva (Figura 2.4), embora as resultantes
da curva indiquem menor acúmulo de espécies com a realização de novas coletas. Sendo assim,
considera-se que os dados coletados representam boa amostra da assembléia de abelhas da
região, uma vez que grande parte dos fragmentos encontrados localmente foram amostrados (14
estações).
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Figura 2.4. Curva cumulativa de espécies de Abelhas (Hymenoptera) registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
Entre os pontos de amostragem, o 4 e o 6 apresentaram as maiores riquezas, com 47 espécies
registradas em cada um deles, seguidos pelo ponto 12, com 42 espécies. Dos 14 pontos
selecionados para a coleta de dados, cinco (4, 6, 7, 13 e 14) formam um bloco onde os valores dos
índices de diversidade de Shannon (H), Equitabilidade (J) são os maiores e os de Dominância (D)
são os menores (Quadro 2.1).
Segundo Laroca (1992), as comunidades de abelhas tendem a se adaptar ao modelo de Curva
lognormal, o qual prevê poucas espécies abundantes, muitas espécies de abundância moderada e
poucas espécies raras. Geralmente em levantamentos, o número das espécies raras tende a
aumentar com um maior esforço de coleta, portanto elas têm uma alta importância relativa. A
abundância das espécies encontradas nesse estudo tende a se encaixar neste modelo de curva de
diversidade, pois, no geral, ocorreram relativamente poucas espécies raras, poucas espécies
muito abundantes e a maioria foram espécies de abundância intermediária.
Os resultados referentes ao ponto 3 podem não representar a realidade da área, a qual aparenta
bom estado de conservação, apesar da baixa riqueza registrada. As condições climáticas (como
frio e chuva intensa) certamente desfavoreceram a amostragem de abelhas no ponto. Sendo
assim, optou-se por ser conservativo e apresentar apenas os dados quantitativos brutos, sem
análises a posteriori, embora a área em questão represente um dos fragmentos de mata melhor
preservados da região.
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Quadro 2.1. Número de espécies e indivíduos, bem como valores calculados de dominância,
diversidade, riqueza e equitabilidade por ponto amostral, na área onde será implantado o
empreendimento Morro do Pilar Minerais
Ponto
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Número de Espécies
29
25
16
47
32
47
32
31
12
34
22
42
38
29
Número de Indivíduos
92
92
22
112
202
129
50
106
25
101
45
125
68
50
Dominância (D)
0,2
0,1
0,1
0,1
0,12
0,1
0,1
0,1
0,15
0,1
Diversidade (H)
2,68 2,68 2,71 3,41 2,58 3,29 3,25 2,81 2,13 2,84
2,8
3,1
3,43 3,14
Riqueza
0,5
0,6
0,9
0,6
0,4
0,5
0,8
0,5
0,7
0,5
0,7
0,53
0,8
0,8
Equitabilidade (J)
0,8
0,8
0,9
0,8
0,7
0,8
0,9
0,8
0,8
0,8
0,9
0,8
0,9
0,9
0,04 0,07 0,03 0,05
De acordo com o cluster de similaridade de Jaccard, nenhum dos pontos amostrados apresentou
resultado significativo (≥0,5), o que indica que há diferença considerável (muito abaixo de 0,5) na
composição da comunidade de abelhas entre os pontos, fato que evidencia alta heterogeneidade
de habitat (Figura 2.5).
4
11
9
2
1
3
8
13
12
10
14
5
7
6
Figura 2.5. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de abelhas
1
0,9
0,8
0,7
Similarity
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1,6
3,2
4,8
6,4
8
9,6
11,2
12,8
14,4
Neste estudo, a espécie Scaptotrigona xantotrica foi a mais abundante com 181 indivíduos
coletados, seguida por Eulaema nigrita com 88 indivíduos. Esta última foi a espécie que
apresentou o maior número de coletas em armadilhas contendo iscas aromáticas (n=58), sendo
bastante comum em levantamentos da fauna de abelhas Euglossina no Brasil (Nemésio & Silveira,
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2007). A espécie em questão não é encontrada com muita freqüência em ambientes preservados
(Braga, 1976; Powell & Powell, 1987; Becker et al., 1991), ocorrendo em áreas abertas,
perturbadas (Morato, 1994) e com altitudes próximas a 1000 m (Nemésio, 2009).
Foram registradas três espécies congêneres de elevada importância ecológica, já que, devido ao
fato de construírem seus ninhos em grandes árvores vivas, são indicadoras de boa qualidade de
habitat: Melipona quadrifasciata (áreas 2, 4, 5, 8, 9, 10 e 14), Melipona bicolor (áreas 1, 2, 4, 7, 8,
9 e 11) e Melipona mondury (áreas 4 e 5). A presença da Mandaçaia (M. quadrifasciata), a qual se
encontra na lista das espécies ameaçadas de extinção em Minas Gerais com o status de
“Deficiente em Dados” (Machado, 1998), revela a importância da região do empreendimento
para a conservação dessa espécie. Já M. bicolor, a despeito de sua ampla distribuição em Minas
Gerais, apresentou, neste estudo, o primeiro registro para região de Morro do Pilar (Silveira, com.
pess.). Apesar de ser uma espécie relativamente comum no estado, tem o hábito de nidificar em
árvores com ocos grandes o que torna as suas populações vulneráveis ao avanço das atividades
agrícolas que destroem seus ninhos no processo de retirada de madeira para implantação de
pastagens.
Exemplares do gênero Megalopta (família Halictidae) foram coletados em armadilhas de iscas
aromáticas e, por apresentarem hábito totalmente noturno, são raros em amostragens com rede
entomológica. Assim, registraram-se 13 indivíduos de duas espécies, M. amoena (n=12) nas áreas
12, 13 e 14 e M. guimaraese (n=1) na área 14. Esta última espécie foi encontrada recentemente
em pesquisas e está sendo descrita por Santos & Silveira. Informações como estas revelam
localidades específicas na região do empreendimento que apresentam considerável riqueza e
diversidade e, portanto, precisam ser estudadas em detalhe futuramente.
Durante a busca ativa, foram identificados seis ninhos de abelhas sem ferrão: quatro da espécie
Scaptotrigona xanthotricha (áreas 10, 12 e 14) (Foto 2.9), um de Tetragona clavipes (área 2) e um
de Partamona criptica (área 3). Estas são espécies que necessitam de grandes árvores para
construírem seus ninhos.
Foto 2.9. Ninho de S. xanthotricha encontrado na área 7
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Duas espécies encontradas nesse levantamento (Euglossa carolina e Eulaema marcii) foram
recém descritas por Nemésio (2009) para a Mata Atlântica. No entanto, estas espécies vem sendo
registradas em porções interioranas de Minas Gerais (obs. pess.), como neste trabalho,
expandindo as áreas de distribuição geográfica conhecidas para ambas. Tais informações são
importantes para o conhecimento da ecologia desses táxons e ressaltam o valor da região para a
conservação destas abelhas, ainda pouco conhecidas pela ciência.
Foram coletadas espécies de rara presença em coleções científicas de abelhas: Ancyloscelis sp.1,
Ancylocelis sp.2, Frieseomelitta díspar, Psaenythia sp., Exaerete smaragdina a qual atua como
parasita de ninhos de outras abelhas (Guérin, 1844). Acredita-se que F. dispar e Psaenythia sp.
apresentem, nesse trabalho, seu primeiro registro para Minas Gerais. Ambas as espécies são
inconspícuas, por apresentartem ninhos pouco populosos e situados no interior de áreas
florestais. Tais características, provavelmente, influenciam na detecção desses táxons, fazendo
com que cada registro seja relevante para o conhecimento ecológico. Ressalta-se ainda a
presença em todos os pontos de amostragem de duas espécies do gênero Trigona (T. fuscipennis
e T. guiane), já que para ambas reconheciam-se as porções mais litorâneas da Mata Atlântica
como área de ocorrência.
Partamona críptica (áreas 1, 2, 3, 4, 8, 12 e 14) – espécie encontrada na Mata Atlântica de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo – constrói seus ninhos em termiteiros
localizados no interior de troncos de árvores vivas, tendo sido identificado um destes abrigos na
área 3. Este fato merece destaque, já que, até o momento, existia o relato de apenas um ninho
encontrado na região de Caeté-MG (Stanciolla, 1989). Assim, o ninho identificado neste trabalho
corresponde ao segundo registro deste para a espécie no Brasil.
Xylocopa (Schonnherria) muscaria (Fabricius, 1775) (áreas 7 e 12) é uma espécie que consta no
Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de extinção em Minas Gerais (Machado, 1998) na
categoria “Deficiente em Dados”. Aparentemente, esta espécie possui distribuição restrita a
Minas Gerais, especificamente às porções mais orientais, sendo este, provavelmente, o seu
registro mais interiorano. Existem poucas informações sobre sua distribuição e preferências por
locais de nidificação, o que eleva a importância ecológica dos locais em que foram encontradas
nesse estudo (Silveira, com. pess.).
A heterogeneidade ambiental que ocorre na área de estudo, devido à presença de diferentes
fitofisionomias, sugere que ela seja de grande importância para a manutenção das populações de
abelhas já que elas podem apresentar especializações quanto ao uso de recursos florais, com
padrão de distribuição agregado (Azevedo et al., 2008).
Destaca-se ainda que o número de espécies de abelhas coletadas nas áreas amostradas é
relativamente alto quando comparado a trabalhos similares, considerando o curto período de
amostragem. As populações de algumas espécies como, por exemplo, Eulaema nigrita, podem ser
beneficiadas em detrimento a outras, mudando assim a composição da fauna local (Morato,
1994) e, conseqüentemente, as interações ecológicas que ocorrem na área, como é o caso da
polinização.
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Intervenções antrópicas na área podem gerar distúrbios que podem alterar a fauna de abelhas da
região. Em alguns casos poucas dezenas de metros de área aberta podem constituir uma barreira
efetiva para algumas espécies (Powell & Powell, 1987; Morato, 1994).
2.4.2.
Borboletas
Com o término das amostragens foram registradas 194 espécies de borboletas em 1434
indivíduos. Na primeira campanha (estação chuvosa) foram encontradas 113 espécies em 427
indivíduos e na segunda campanha (estação seca), 142 espécies em 1007 indivíduos, as quais se
encontram classificadas nas seis Famílias existentes. Em ambas as etapas de coleta de dados, a
família Nymphalidae foi a mais rica e abundante, com total de 97 espécies em 803 indivíduos,
sendo 57 espécies em 337 indivíduos na estação chuvosa e 78 espécies em 803 indivíduos na
estação seca (Quadro 2.2). Dos 1434 exemplares capturados, 922 foram coletados e 512 foram
identificados marcados e soltos em campo, com objetivo de minimizar o impacto de coletas
desnecessárias no local (Foto 2.10 e Foto 2.11).
Quadro 2.2 - Abundância e riqueza total dentro das famílias de borboletas amostradas nas
estações seca e chuvosa na área onde será implantado o empreendimento Morro do Pilar
Minerais
Famílias
Abundância
Riqueza
Estação chuvosa
Estação
seca
Hesperiidae
47
94
141
28
35
51
Lycaenidae
15
48
63
11
11
19
Nymphalidae
337
803
1140
57
78
97
Papilionidae
4
1
5
3
1
3
Pieridae
15
34
49
7
8
10
Riodinidae
9
27
36
7
9
14
Total
427
1007
1434
113
142
194
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Total Estação chuvosa Estação seca Total
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Foto 2.10. Hamadryas amphinome (Biblidinae) capturada, marcada e solta
Foto 2.11. Detalhe da marcação realizada em um espécime de H. amphinome
Existem poucas informações sobre as comunidades de borboletas no estado de Minas Gerais.
Estudos mais recentes tiveram como foco áreas urbanas (Fortunato & Ruszczyk, 1997; Silva et al.
2010) e ambientes de Cerrado (Marini-Filho & Martins, 2000; Motta, 2002).
Brown e Freitas (2000) realizaram um estudo em um remanescente de Mata Atlântica no estado
do Espírito Santo e previram um total de 900 espécies de borboletas para o local. Assim como a
região de Morro do Pilar, este local de estudo apresentava ambientes bem preservados,
acidentados e consideravelmente heterogêneos. Os autores sugerem que a mesma área compõe
a comunidade mais rica de Lepidoptera conhecida para a Mata Atlântica. Comparativamente, o
número de espécies encontradas neste estudo em Morro do Pilar foi consideravelmente alto,
tendo em vista que se trata de um método rápido de amostragem.
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Segundo Casagrande et al. (1998) existem aproximadamente 1.600 espécies de borboletas em
Minas Gerais, sendo que 20 destas se encontram ameaçadas de extinção (14 do bioma Mata
Atlântica). Das espécies encontradas até o momento na área de estudo, nenhuma delas está
presente nas listas de borboletas ameaçadas de extinção.
A partir dos dados obtidos da nesta etapa, foi elaborada uma curva cumulativa de espécies por
ponto de amostragem (Figura 2.6). Analisando a curva gerada, observa-se que não há
estabilização, embora as resultantes da curva indiquem menor acúmulo de espécies com a
realização de novas coletas. Sendo assim, considera-se que os dados coletados representam boa
amostra da assembléia de borboletas da região, uma vez que grande parte dos fragmentos
encontrados localmente foram amostrados (14 estações).
Acumulação de espécies por ponto
Figura 2.6. Curva cumulativa de espécies de borboletas (Lepidoptera) registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
y = 65,285ln(x) + 14,67
R² = 0,9546
Pontos amostrais
Das seis famílias de borboletas encontradas, a Nymphalidae foi a que apresentou a maior riqueza
e abundância (Figura 2.7 e Figura 2.8), como esperado, uma vez que é a Família com o maior
número de espécies (Lamas, 2004).
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Figura 2.7. Porcentagem da abundância das Famílias de borboletas encontradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental
Figura 2.8. Porcentagem da riqueza das Famílias de borboletas encontradas durante a realização
do presente diagnóstico ambiental
Entre os Nymphalidae, a subfamília que apresentou a maior riqueza e abundância (Figura 2.9 e
Figura 2.10) foi a Satyrinae com 53,6% indivíduos coletados e 37,11% das espécies identificadas.
Brown & Freitas (2000), afirmam que os Satyrinae e Ithomiinae são bons indicadores ambientais,
as quais juntas somam mais da metade das borboletas capturadas.
Figura 2.9. Porcentagem da abundância das subfamílias de Nymphalidae registradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental
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Figura 2.10. Porcentagem da riqueza das subfamílias de Nymphalidae registradas durante a
realização do presente diagnóstico ambiental
Das 1434 borboletas coletadas, 157 foram identificadas até espécie, 29 até gênero e oito somente
até subfamília (total de 194 espécies) (ANEXO V). O número de indivíduos identificados somente
até gênero e subfamília pode ser justificado por se tratar de espécies incluídas em famílias e/ou
gêneros que ainda representam uma lacuna de conhecimento dentro dos lepidópteros brasileiros,
como os Lycaenídeos, Riodinídeos e Hesperiídeos.
Paryphthimoides poltys (Satyrinae) (Foto 2.12) (202 indivíduos) e Myscelia orsis (Biblidinae) (Foto
2.13) (102 indivíduos) foram as espécies mais abundantes respectivamente e juntas representam
mais de 21% dos espécimes amostrados. Tais espécies são essencialmente frugívoras, bem como
outras 53 também identificadas neste estudo. Em um estudo realizado durante um ano na reserva
de Mata Atlântica do Parque Estadual do Rio Doce (MG), foram encontradas 83 espécies de
borboletas frugívoras (Silva et al., 2010). Assim como em Morro do Pilar, os autores consideraram
que seriam necessárias mais amostragens para alcançar o número de espécies real do local.
Foto 2.12. Paryphthimoides poltys (Satyrinae)
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Foto 2.13. Myscelia orsis (Biblidinae) macho
Das 1437 espécies registradas neste estudo, foram encontradas 72 espécies que podem indicar
diversos tipos de ambientes e apresentar hábitos de vida variados (Quadro 2.3 e ANEXO VI). Isso
se deve principalmente a heterogeneidade dos pontos de amostragem e consequentemente ao
número alto de espécies registradas. Destas, destaca-se a presença de indicadores de florestas
bem preservadas, como: Catonephele acontius (Biblidinae) (Foto 2.14 e Foto 2.15), encontrada
nas áreas 1, 3, 8, 10, 11 e 14 e Hypothyris ninonia (Ithomiinae), encontrada na área 6.
Foto 2.14. Catonephele acontius (Biblidinae) macho
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Foto 2.15. Catonephele acontius (Biblidinae) fêmea
De acordo com Brown Jr. (1992) e Raimundo et al. (2003), das espécies mais abundantes
registradas pode-se dizer que: Paryphthimoides poltys (Satyrinae) (202 indivíduos) é comum em
ambientes secundários com ocorrência de gramíneas; Paryphthimoides phronius (Satyrinae) (82
indivíduos) é considerada como comum em ambientes abertos; Pareuptychia ocirrhoe (Satyrinae)
(50 indivíduos) é Indicadoras de capoeira e de floresta secundária; Heliconius erato (Heliconiinae)
(58 indivíduos) ocorre em florestas abertas e perturbadas e também em clareiras em floresta
densa; Tegosa claudina (Nymphalinae) (52 indivíduos) é indicadora de florestas secundária e
capoeiras; Myscelia orsis (Biblidinae) (102 indivíduos) comum em florestas úmidas.
Quadro 2.3. Espécies de borboletas registradas que são consideradas indicadoras ambientais
Paryphthimoides poltys (Satyrinae) (202
indivíduos), comum em ambientes secundários
com ocorrência de gramíneas
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Paryphthimoides phronius (Satyrinae) (82
indivíduos), considerada como comum em
ambientes abertos
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Pareuptychia ocirrhoe (Satyrinae) (50
indivíduos), Indicadora de capoeira e de
floresta secundária
Heliconius erato (Heliconiinae) (58 indivíduos),
ocorre em florestas abertas e perturbadas e
também em clareiras em floresta densa
Tegosa claudina (Nymphalinae) (52 indivíduos),
indicadora de florestas secundária e capoeiras
Myscelia orsis (Biblidinae) fêmea (102
indivíduos) comum em florestas úmidas
Foram também registradas espécies migratórias como: Parrhasius polibetes (Theclinae),
encontrada no ponto 1; Eunica maja (Biblidinae), encontrada no ponto 10; Aphrissa statira
(Coliadinae), encontrada no ponto 12; Phoebis philea (Coliadinae) encontrada nos pontos 5 e 14; e
Ascia monuste (Pierinae) encontradas nos pontos 4 e 6 (Brown Jr., 1992; Raimundo et al., 2003).
As demais espécies listadas refletem a diversidade de ambientes amostrados, porém nem sempre
são vistas como indicadoras de locais bem preservados (ANEXO VI).
Dos pontos de amostragem, o que apresentou o maior número de espécies (68), número de
indivíduos (150), diversidade (H=3,87) e menor dominância (D=0,03) foi o ponto 6. O segundo em
número de espécies (52), número de indivíduos (139), dominância (D=0,04) e diversidade (H=
3,61) foi o ponto 8. Ambos os locais apresentaram o valor da equitabilidade entre os maiores
relatados no estudo. Dos 14 pontos de coleta, cinco (Pontos 2, 6, 8, 12 e 13) formam um bloco
onde os valores dos índices de diversidade de Shannon (H), Equitabilidade (J) são os maiores e os
de Dominância (D) são os menores. Isso, a princípio, demonstra que as populações de tais locais
estão equilibradas entre si, não ocorrendo nenhuma espécie que domine ou prevaleça na
comunidade estudada. Os resultados referentes ao ponto 3 não devem ser considerados de
imediato, já que as condições climáticas (como frio e chuva intensa) coincidiram de forma
desfavoráveis nas duas etapas de amostragens (Quadro 2.4).
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Quadro 2.4. Riqueza, abundância e valores calculados de dominância, diversidade e
equitabilidade
Nº de espécies
Indivíduos
Dominância-D
Shannon-H
Equitabilidade-J
Ponto 1
37
86
0,07
3,15
0,87
Ponto 2
33
47
0,04
3,4
0,97
Ponto 3
21
49
0,1
2,64
0,87
Ponto 4
43
103
0,05
3,4
0,9
Ponto 5
41
105
0,09
2,99
0,81
Ponto 6
68
150
0,03
3,87
0,92
Ponto 7
31
94
0,09
2,88
0,84
Ponto 8
52
139
0,04
3,61
0,91
Ponto 9
36
103
0,08
3,03
0,84
Ponto 10
24
125
0,17
2,35
0,74
Ponto 11
31
97
0,08
2,91
0,85
Ponto 12
45
94
0,04
3,54
0,93
Ponto 13
37
65
0,05
3,35
0,93
Ponto 14
34
177
0,13
2,58
0,73
De acordo com o cluster de similaridade de Jaccard, nenhum dos pontos apresentou resultado
significativo para esta análise (≥0,5). Todos os locais amostrados apresentaram diferença (muito
abaixo de 0,5) na composição das espécies que indicam que existe uma heterogeneidade alta de
hábitat (Figura 2.11).
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10
1
6
5
9
11
3
12
4
13
7
8
2
14
Figura 2.11. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de borboletas
0,9
0,8
0,7
Similarity
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1,6
3,2
4,8
2.4.3.
Dípteros de importância médica
2.4.3.1
Culicidae
6,4
8
9,6
11,2
12,8
14,4
No total, foram registradas 27 espécies de Culicidae, sendo Culex sp. a mais abundante (n=265),
seguida por Aedes sp. 1 (n=24), A. taeniorrinchus (n=16), A. squamipennis e Mansonia titilans
(n=14), Psorophora saeva (n=12) e Aedes gr. serratus (n=11) (
Figura 2.12). As outras espécies registradas apresentaram número de indivíduos registrados
inferior a 10 (n<10) e são apresentadas no Quadro 2.5.
Figura 2.12. Espécies de Culicidae mais representativas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
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Quadro 2.5. Lista de espécies de Culicidae registradas em cada uma das 14 áreas amostradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
Espécies/Pontos
PT
1
PT
2
PT
3
PT
4
PT
5
PT
6
PT
7
PT
8
PT
9
PT
10
PT
11
PT
12
PT
13
PT
14
Total
Aedes albifasciatus
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Aedes fulvitorax
0
0
0
0
1
2
0
0
0
0
0
0
1
0
4
Aedes fulvus
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
2
Aedes gr serratus
0
0
0
0
2
0
0
0
0
3
0
1
0
5
11
Aedes sp 1
2
0
0
2
6
4
1
0
7
2
0
0
0
0
24
Aedes sp 2
0
0
0
0
1
0
1
0
0
1
1
0
0
0
4
Aedes sp 3
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Aed. squamipennis *
2
0
0
0
4
2
0
0
4
0
0
0
0
2
14
Anopheles darling *
2
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
2
6
Chagasisa sp
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Coq. venezuelensis *
0
0
1
1
0
1
1
1
0
0
0
0
1
0
6
Culex sp *
44
0
3
8
28
46
19
6
23
13
5
11
15
44
265
Deinocerites sp
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Limatus sp 01
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Mansonia ferox
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
4
Mansonia sp 1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Mansonia titilans
6
0
0
0
0
0
6
0
2
0
0
0
0
0
14
NI 1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
O. taeniorrinchus
2
0
0
0
2
2
2
2
0
6
0
0
0
0
16
Psorophora dimidiata
0
0
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4
Psorophora saeva
6
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
4
12
Psorophora sp 1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
1
3
Psorophora sp 2
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Runchomyia sp 01
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
2
Documento no.
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Espécies/Pontos
PT
1
PT
2
PT
3
PT
4
PT
5
PT
6
PT
7
PT
8
PT
9
PT
10
PT
11
PT
12
PT
13
PT
14
Total
Ur. calasomata
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
1
0
3
Uranotaenia lowii
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
3
Wyeomyia sp
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
2
Total geral
69
0
4
12
53
61
32
9
37
25
6
14
25
60
407
* Espécies vetoras de doenças
Embora nenhum desses registros seja inédito para o estado de Minas Gerais, destaca-se o registro
de quatro espécies vetoras de doenças: Anopheles darling (vetor de malária), Aedomyia
squamipennis (vetor do vírus Gamboa e da febre equina), Coquillettidia venezuelensis (vetor de
encefalites e do vírus Oroupuche) e Culex sp. (vetor de febre amarela e arboviroses) (Quadro 2.5).
No entanto, não foram encontrados criadouros positivos, somente negativos em três pontos
amostrais (1, 4 e 9). Todos os criadouros foram classificados conforme determinado pela FUNASA
em seus protocolos de interesse médico, para posterior envio de informações para o órgão.
Ressalta-se ainda que a maior parte dos mosquitos foi coletada no peridomicílio (70%),
demonstrando que as espécies transmissoras de doenças identificadas podem representar um
risco à população humana local.
O Mansonini Coquillettidia venezuelensis é uma espécie de hábitos crepusculares, zoofílica
(preferência por animais que não o homem) e exofílica (preferência por permanecerem fora do
ambiente humano). Pode invadir casas nas épocas de elevada densidade populacional (período
chuvoso), o que representa sério risco à saúde pública, pois são vetores potenciais de arboviroses,
(Forattini, 1965) e Gripe Equina Venezuelana. Essa espécie de mosquito representa sério
problema aos moradores de áreas próximas aos seus criadouros, pois são geralmente muito
numerosas e agressivas. Destaca-se ainda a presença de Anopheles darling (1, 6, 14), transmissor
de Malária no Brasil, já que, na região do empreendimento até 2009, foram confirmados 2 casos
da doença na área rural.
A partir dos dados obtidos, construiu-se a curva do coletor para Culicidae, a fim de verificar a
eficácia da amostragem. Observa-se que não houve estabilização da curva, o que indica que o
aumento do esforço amostral pode representar um incremento ao número de espécies
registradas (Figura 2.13).
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Acumulação de espécies por ponto
Figura 2.13. Curva cumulativa de espécies de Culicidae registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
y = 7,6311ln(x) + 5,0545
R² = 0,8718
Pontos Amostrais
Acredita-se que existam outras espécies de Culicidae na região, inclusive vetores de doenças.
Gomes et al. (2007) e Alencar et al. (2008) identificaram em uma área alterada e em Floresta
Atlântica 83 e 63 espécies de culicídeos, respectivamente. Esses valores de riqueza, juntamente
com a análise da curva do coletor, apontam que a região de Morro do Pilar (MG) provavelmente
suporta mais espécies, as quais deverão ser detectadas em esforços futuros, uma vez que em
amostragens pontuais a sazonalidade pode ser ainda mais marcante para estes insetos. Metas de
contenção epidemiológica nessas áreas deverão ser traçadas a partir de estudos futuros de
média/longa duração, uma vez que dados de inventários não possuem esta finalidade.
Dos pontos de amostragem, o que apresentou o maior número de espécies foi o ponto 5 (12)
seguido do ponto 1 (10), sendo que ambos também apresentaram valores de equitabilidade entre
os maiores relatados no estudo (Quadro 2.6). A comunidade de vetores apresentou baixa
diversidade e distribuição pouco equilibrada de espécies. Este fato está relacionado às limitações
que os métodos de coleta provocam. Tais limitações são comuns quando utilizadas somente
armadilhas que capturam insetos noturnos, no entanto para um inventário de fauna a armadilha
CDC ilustra bem a fauna de vetores da região. Em esforços futuros pode-se utilizar armadilhas
específicas que coletem espécimes diurnas, assim medidas de contenção epidemiológicas
poderão ser traçadas, baseadas na sazonalidade das espécies, abundância e outros fatores que só
poderão ser diagnosticados em um estudo mais detalhado.
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Quadro 2.6. Número de espécies e indivíduos, bem como valores calculados de dominância,
diversidade, riqueza e equitabilidade por ponto amostral, na área onde será implantado o
empreendimento Morro do Pilar Minerais
Ponto
1
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Espécies
10
2
4
12
9
8
3
5
5
2
3
9
8
Indivíduos
69
4
12
53
61
32
9
37
25
6
14
25
60
Dominância
0,43 0,62 0,48 0,30 0,58 0,40 0,51 0,44 0,35 0,72 0,64 0,38 0,55
Shannon
1,39 0,56 0,98 1,72 1,04 1,34 0,85 1,11 1,27 0,45 0,66 1,48 1,05
Riqueza
0,40 0,88 0,67 0,47 0,32 0,48 0,78 0,60 0,71 0,78 0,64 0,49 0,36
Equitabilidade 0,60 0,81 0,71 0,69 0,47 0,64 0,77 0,69 0,79 0,65 0,60 0,68 0,50
A ordenação pelo Cluster evidenciou a ocorrência de agrupamentos entre áreas em relação às
espécies encontradas em cada uma delas (Figura 2.14). Pode ser observada uma relação bastante
similar entre os pontos 3 e 8, ambos contendo maiores áreas de Floresta Atlântica da região do
empreendimento. Os outros ambientes não se mostraram similares em relação às espécies
encontradas.
12
8
3
4
11
10
7
1
9
6
14
5
13
Figura 2.14. Cluster de similaridade entre os pontos amostrais para a comunidade de culicídeos
1
0,9
0,8
Similarity
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
2.4.3.2
1,6
3,2
4,8
6,4
8
9,6
11,2
12,8
Flebothominae
No total, foram coletados 685 indivíduos de 21 espécies de flebotomíneos na área do
empreendimento. A espécie Lutzomyia lenti foi a mais abundante com 73% dos indivíduos
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coletados, seguida por Nyssomya whitmani (10%), N. intermédia (4%) e Lutzomyia lloydi (4%)
(Figura 2.15). As outras espécies apresentaram representatividade menor que 2% e são
apresentadas no Quadro 2.7. Vale destacar que as três espécies de flebotomíneo mais
abundantes registradas representam as principais espécies vetoras de leishmaniose cutânea no
Brasil.
Figura 2.15. Espécies de Flebothominae mais representativas registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
Quadro 2.7. Lista de espécies de Flebothominae registradas em cada uma das 14 áreas
amostradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do
Pilar Minerais
Espécies/P
ontos
PT
1
PT
2
PT
3
PT
4
PT
5
PT
6
PT
7
PT
8
PT
9
PT
10
PT
11
PT
12
PT
13
PT
14
Tot
al
Evandromyia rupicola
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Evandromyia edwardsi
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Lutzomyia sp.
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Lutzomyia (P.) sp.
0
0
0
0
2
0
4
2
0
0
0
0
0
0
8
Lutzomyia amarali
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Lutzomyia lenti
25
0
16
17
1
0
0
2
0
7
20
198
17
Lutzomyia longispina
0
2
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
4
Lutzomyia lutziana
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Lutzomyia sp.
0
1
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
3
Lutzomyia termitophila
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
2
Documento no.
Data:
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36
198 501
Morro do Pilar Minerais S.A.
Espécies/P
ontos
PT
1
PT
2
PT
3
PT
4
PT
5
PT
6
PT
7
PT
8
PT
9
PT
10
PT
11
PT
12
PT
13
PT
14
Tot
al
Lutzomyia tupynambai
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Nyssomyia intermedia
1
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
2
15
26
Nyssomyia whitmani
9
0
0
0
0
0
0
0
14
0
1
0
40
1
65
Psathyromyia aragaoi
0
0
16
0
1
3
0
0
0
0
0
0
0
0
20
P. monticola
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
12
13
Psychodopygus davisi
0
0
2
0
1
0
2
0
0
0
0
0
0
0
5
Lutzomyia lloydi
10
2
0
1
2
5
4
0
4
1
0
0
0
0
29
Psychodopygus sp.
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Total
45
8
34
18
7
10
14
9
28
8
21
198
59
226 685
A partir dos dados obtidos, foi construída a Curva do Coletor para Flebothominae, na qual não foi
possível observar a estabilização, embora as resultantes da curva indiquem menor acúmulo de
espécies com a realização de novas coletas. Sendo assim, considera-se que os dados coletados
representam uma amostra representativa da assembleia de flebotomíneos da área de estudo,
uma vez que grande parte dos fragmentos encontrados localmente foram amostrados (14
estações (Figura 2.16).
Figura 2.16. Curva cumulativa de espécies de Flebothominae registradas durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais
Andrade & Dantas-Torres (2010) revelaram uma fauna de 93 espécies de flebothomíneos em
Minas Gerais, sendo reconhecida a presença de vetores de leishmaniose no estado (Lemos et al.,
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
2001; Resende et al., 2006). Assim, como dito anteriormente, no presente trabalho foram
registradas as três principais espécies vetoras de leishmaniose tegumentar no Brasil.
A leishmaniose tegumentar era uma doença praticamente silvestre, característica de ambientes
rurais, que atualmente vem sofrendo uma mudança do perfil epidemiológico. Tal mudança é
fundamentalmente causada por modificações socioambientais, como o desmatamento e
processos migratórios de populações humanas e caninas originárias de áreas rurais onde a doença
é endêmica (Barretto et al., 1956). Além disso, o crescimento desordenado das cidades levando à
alteração do ambiente, associado ao aumento da crise social, tem sido apontado como o principal
fator promotor das condições adequadas para ocorrência da doença na área urbana (FNS, 2002).
A mudança no contexto da doença, induzida pela adaptação de vetores à nova realidade, é fato já
bastante conhecido. A devastação de grandes áreas silvestres para exploração econômica traz a
doença para a periferia dos centros urbanos, sendo que tanto os vetores como os hospedeiros
são obrigados a migrarem ao peridomicílio humano em busca de alimento (Santa-Rosa & Oliveira,
1997).
Nas áreas de domínio da Lutzomyia whitmani e, principalmente, Nyssomyia intermedia, a
endemia perde seu caráter de transmissão em região de floresta e sua ligação com as atividades
ocupacionais, atingindo indivíduos de ambos os sexos e de todos os grupos etários, com
tendências à concentração familiar e predominando nas residências situadas próximas às
encostas dos morros. As lesões podem ocorrer em pálpebras ou em áreas normalmente cobertas
pelo vestuário, sugerindo que a transmissão normalmente ocorre no interior das habitações. As
populações atingidas, em geral, não têm acesso a condições ideais de infra-estrutura.
A presença ou não de flebotomíneos nas casas depende ainda, da distância do seu habitat
natural, ou até da intensidade da modificação do mesmo pelo homem. Em outras palavras, o
encontro de flebotomíneos adultos dentro das casas poderá significar um fato meramente
acidental ou à adaptabilidade da espécie ao meio humano (Forattini, 1962).
A variação desses insetos obedece às variações pluviométricas, assim as maiores densidade
ocorrem ao fim da época chuvosa, a partir de quando ocorre o declínio, podendo provocar até o
desaparecimento do díptero (Alencar, 1962). Vale ressaltar que a presença dos vetores não
implica na ocorrência ou prevalência de enfermidades, mas indica um potencial de se instalarem
se houver a presença de humanos infectados.
2.5.
Considerações finais
2.5.1.
Abelhas e borboletas
A região onde será implantado o empreendimento – sobretudo as dimensões ocupadas pelos
pontos de amostragem 3, 5, 7 e 13 – corresponde a uma área de transição entre os biomas
Cerrado e Mata Atlântica, fato que denota relevância em termos de conservação. Foram
registradas 194 espécies de borboletas e 116 de abelhas, números os quais podem ser
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Data:
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Morro do Pilar Minerais S.A.
considerados de alta relevância em levantamentos entomofaunísticos. Dentre tais espécies,
encontram-se certas recém-descritas pela ciência, algumas ameaçadas de extinção e outras com
anedóticas informações sobre sua ecologia.
De acordo com os dados obtidos para a elaboração desse relatório três áreas amostrais se
julgaram relevantes pelas características vegetais e físicas (3, 7 e 13), no entanto, devido às
condições climáticas encontradas ao longo das amostragens, os resultados das coletas não foram
de acordo com o, julgado, alto potencial das áreas. Tais áreas constituem habitats ideias para
espécies de interesse biológico e conservacionista. Estas áreas representam contínuos de
vegetação e abrigam espécies recém descritas pela ciência.
2.5.2.
Dípteros de importância médica
As alterações ambientais e formação de criadouros artificiais em regiões antropizadas ausentes
de predadores naturais que seriam esperados em ambientes aquáticos (e.g. invertebrados
aquáticos, peixes, etc.) facilita sobremaneira a reprodução destes mosquitos, promovendo o
aumento de suas densidades acima dos padrões naturais. Aliado a estes fatores, a circulação de
pessoas advindas de outros municípios para a execução das obras pode aumentar a circulação de
patógenos ou mesmo introduzir novos tipos, transformando algumas espécies listadas como
vetores potenciais em vetores reais.
No caso de flebotomíneos, o desmatamento dos criadouros naturais (florestas úmidas) obriga as
espécies a se deslocarem para ambientes mais propícios em busca de alimento. Os seus
reservatórios naturais (roedores, marsupiais, canídeos) perdem habitat com a supressão da
vegetação e o homem acaba se tornando a fonte de alimento mais próxima.
Baseado em dados do Ministério da Saúde (FNS, 2010), no município de Morro do Pilar, entre
2001 e 2009, houve cinco casos de doenças transmitidas por mosquitos, dentre os quais dois
casos confirmados de malária, um caso confirmado de leishmaniose, e duas notificações de
dengue.
Estes fatos despertam a atenção para a probabilidade de se encontrarem na área de influência do
empreendimento espécies de mosquitos vetores de doenças transmissíveis ao homem ainda não
registradas nos trabalhos de campo. Além disso, pode existir ainda a possibilidade de casos de
enfermidades que tenham sido contraídas por pessoas no município, porém não foram
devidamente registradas por se tratar de pessoas em trânsito ou que buscaram tratamento fora
da municipalidade.
É preciso reforçar que a presença dos vetores não implica na ocorrência ou prevalência de
enfermidades, mas indica um potencial de se instalarem se houver a presença de humanos
infectados. No caso de empreendimentos desse porte, grande parte da mão de obra pode ser
advinda de outros estados e municípios. Essas pessoas podem contrair algum tipo de doença que
é veiculada através da picada de uma determinada espécie de mosquito em outros locais e, como
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Data:
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Morro do Pilar Minerais S.A.
o local do empreendimento tem potencial transmissor de malária por manter populações de seus
vetores, um processo epidemiológico pode ser iniciado.
3
ICTIOFAUNA
3.1.
Introdução
A região sob influência do empreendimento minerário Morro do Pilar é drenada pela sub-bacia do
rio Santo Antônio, segundo maior afluente da bacia hidrográfica do rio Doce e caracterizado por
abrigar diversas espécies endêmicas, ameaçadas de extinção e elevada riqueza ictiofaunística. Tais
critérios contribuem para que o trecho do médio-alto rio Santo Antônio seja classificado como
pritoritário para conservação de peixes em Minas Gerais (Vieira et al., 2000; Vieira & Alves, 2001;
Castro et al., 2004; Rosa & Lima, 2005).
Na região, são observadas algumas atividades de aspectos indiretos sobre a ictiofauna, como por
exemplo, áreas da sub-bacia de drenagem com predomínio de pastagens, monoculturas e
margens desprovidas de vegetação ciliar, fatores que favorecem processos erosivos e o
assoreamento do leito do rio. Tais atividades, consequentemente, geram impactos como a perda
de habitat e o comprometimento da oferta de itens alimentares alóctones. Como conseqüências
das características acima explicitadas ocorrem alterações na estrutura de suas comunidades,
como diminuição da diversidade de espécies e da abundância de peixes. A área de influência do
empreendimento engloba um trecho médio da sub-bacia do alto rio Santo Antônio, na qual estão
inseridos pequenos a médios tributários, como por exemplo, os ribeirões Mata-Cavalo e o rio
Preto.
Em conformidade com a legislação ambiental vigente, buscou-se com este trabalho diagnosticar
quantitativa e qualitativamente a ictiofauna da região, como requisito básico inicial para nortear
os estudos de impacto ambiental previstos para implantação do empreendimento e visando
estratégias de minimização de impactos a serem gerados e sua conservação.
3.2.
Objetivos
3.2.1.
Objetivo geral
O presente estudo possui como objetivo geral diagnosticar a ictiofauna da área de estudo,
ampliando o conhecimento acerca das espécies ícticas da sub-bacia do rio Santo Antônio, bacia do
rio Doce. Os dados coletados no presente estudo poderão servir para a elaboração de medidas de
conservação e manejo das espécies.
3.2.2.

Objetivos específicos
Diagnosticar qualitativa e quantitativamente a ictiofauna da região sob influência do
empreendimento minerário Morro do Pilar e definir padrões para a comunidade de
peixes na área de influência do empreendimento (riqueza, abundância relativa,
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Data:
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40
Morro do Pilar Minerais S.A.
diversidade e equitabilidade);

Estimar as produtividades em número e biomassa por estação amostral, espécies
capturadas e tamanhos de malha de rede de espera - (amostragens passivas);

Determinar a ocorrência de espécies migradoras, raras e/ou ameaçadas de extinção na
área de estudo;

Identificar a presença de espécies exóticas à sub-bacia do rio Santo Antônio; e

Propor ações de conservação e manejo, caso seja necessário, para a ictiofauna na área de
estudo.
3.3.
Material e métodos
3.3.1.
Campanha de campo
As campanhas de campo para levantamento dos dados que subsidiaram o diagnóstico preliminar
da ictiofauna da área de influência prevista para a implantação do empreendimento ocorreram
entre os dias 24 de setembro e 01 de outubro de 2010 e 15 a 20 de fevereiro de 2011,
englobando dois períodos amostrais distintos (final do período de seca e chuva, respectivamente).
Os dados foram coletados através de amostragens ativas e passivas no período anterior ao início
das obras do empreendimento (período pré-implantação). As amostragens foram realizadas em
52 estações amostrais, distribuídas ao longo de toda a área de influência do empreendimento, em
trechos que abrangem afluentes e subafluentes da sub-bacia do rio Santo Antônio, bacia do rio
Doce, no estado de Minas Gerais.
3.3.2.
Estações amostrais
A seguir, seguem relacionadas as estações amostrais com suas respectivas localizações e
descrições fisiográficas (Quadro 3.1, Figura 3.1 e Figura 3.2).
Quadro 3.1. Descrição das estações amostrais onde foram realizadas amostragens ativas e
passivas para o diagnóstico da ictiofauna da área de influência do empreendimento Morro do
Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): Dados consolidados.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
IC1 (AID)
(Ribeirão Mata Cavalo - montante)
IC2 (AID)
(Ribeirão das Lajes- montante)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
Tributário com características lóticas; pequenas
corredeiras; substrato de seixo/cascalho;
mata ciliar preservada nas margens; profundidade
variando entre 0,3m e 0,6m.
Tributário com mata ciliar preservada nas duas
margens, trechos com substrato pedregoso/arenoso e
matéria orgânica (folhiço). Profundidade variando
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Data:
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27/3/2012
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41
COORDENADA
UTM (23K)
668398
7879141
Altitude: 629m
666890
7881934
Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
aproximadamente de 0,30m a 0,6m.
IC3 (AII)
(Rio Santo Antônio - montante)
COORDENADA
UTM (23K)
Altitude: 758m
667796
Calha principal do rio; poucas macrófitas e vegetação
ciliar ausente. Substrato rochoso/arenoso e
profundidade máxima de 1,8m.
7886630
Altitude: 586m
IC4 (AII)
(córrego sem nome 1)
668286
Tributário com ausência de mata ciliar e pouca
vegetação marginal. Substrato argiloso e com folhiço.
Profundidade máxima de aproximadamente 0,4m.
7888413
Altitude: 580m
IC5 (AII)
(córrego sem nome 2)
IC6 (ADA)
(córrego do Brumado)
IC7 (AID)
(córrego sem nome 3)
IC8 (AID)
(Rio Santo Antônio – jusante)
IC9 (AID)
(ribeirão Vermelho)
Córrego com ausência de macrófitas, presença de
vegetação nas duas margens, substrato rochoso,
argiloso e com grande quantidade de folhiços.
Profundidade máxima de aproximadamente 0,4m.
7884479
Altitude: 644m
672569
Tributário pouco lótico, com água transparente;
substrato argiloso e em alguns trechos, rochoso;
margens desprovidas de vegetação ciliar, com
7877005
predominância de pasto; profundidade variando entre
0,2m e 0,5m.
Altitude: 602m
Curso hídrico com características lóticas; pequenas
corredeiras; substrato rochoso/cascalho e matéria
orgânica (folhiços); ausência de mata ciliar nas
margens, com predominância de bambu na margem
direita e área de pasto na margem esquerda;
profundidade aproximada de 0,5m.
Calha principal do rio; características lóticas;
vegetação ciliar ausente nas margens; substrato
rochoso/arenoso, com grande quantidade de galhos
no fundo; profundidade máxima de 1,8m.
Tributário com características lóticas; com água
transparente; ausência de vegetação ciliar nas
margens, com predominância de pasto; profundidade
variando entre 0,2m e 0,6m.
IC10 (AID)
(córrego sem nome 4)
667802
676374
7876320
Altitude: 519m
676836
7878524
Altitude: 513m
676791
7877386
Altitude: 513m
674901
Curso hídrico pouco lótico; situado em área de brejo;
água transparente; ausência de vegetação ciliar nas
margens; profundidade aproximada de 0,4m.
7878895
Altitude: 532m
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
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Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
IC11 (AID)
(ribeirão Picão - montante)
IC12 (AID)
(córrego sem nome 5)
IC13 (ADA)
(córrego sem nome 6)
IC14 (AID)
(rio Preto – trecho médio 1)
IC15 (AID)
(rio Preto – trecho médio 2)
IC16 (AID)
(córrego sem nome 7)
IC17 (AII)
(córrego sem nome 8)
IC18 (AII)
(córrego sem nome 9)
IC19 (ADA)
(córrego sem nome 10)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
Córrego com características lóticas; pequenas
corredeiras; com presença de macrófitas; vegetação
ciliar preservada nas duas margens, substrato
pedregoso/argiloso e com folhiços.; profundidade
variando aproximadamente de 0,4m a 0,6m.
Córrego com características lóticas; água transparente;
substrato pedregoso/argiloso e com folhiços; ausência
de vegetação ciliar nas margens; profundidade
variando entre 0,2m e 0,3m.
Tributário com características lóticas; presença de
macrófitas; substrato pedregoso/argiloso; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predominância de
pasto; profundidade variando entre 0,1m e 0,6m.
Calha do rio; apresenta características lóticas no
trecho amostrado; água transparente; substrato
rochoso/cascalho; margens com vegetação
relativamente preservada; profundidade de 1,7m.
Calha do rio; apresenta características lóticas no
trecho amostrado, com pequenas corredeiras; água
transparente; substrato rochoso/cascalho; margens
desprovidas de vegetação ciliar, com predominância
de pasto; profundidade de 1,7m.
Tributário com características lóticas; água pouco
turva; substrato argiloso; ausência de vegetação ciliar
nas margens, com predomínio de pasto; profundidade
variando entre 0,1m e 0,3m.
COORDENADA
UTM (23K)
671022
7874092
Altitude: 556m
671741
7873668
Altitude: 544m
673688
7872416
Altitude: 527m
675135
7870775
Altitude: 531m
675775
7873241
Altitude: 516m
675786
7872947
Altitude: 544m
667692
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente e a jusante de um barramento artificial;
água transparente; substrato rochoso; ausência de
7885324
vegetação ciliar nas margens; profundidade
aproximada de 0,2m.
Altitude: 612m
Tributário com características pouco lóticas, situado
em área de nascente; água transparente; substrato
rochoso; margens desmatadas; profundidade
aproximada de 0,1m.
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato de seixo;
margens com ausência de vegetação ciliar a montante
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
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Página:
43
667745
7885565
Altitude: 618m
670820
7879023
Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
IC20 (ADA)
(córrego sem nome 11)
IC21 (AID)
(rio Santo Antônio – trecho
médio)
IC22 (AID)
(córrego sem nome 12)
IC23 (AID)
(córrego sem nome 13)
IC24 (ADA)
(córrego sem nome 14 montante)
IC25 (ADA)
(córrego sem nome 14 - jusante)
IC26 (ADA)
(córrego sem nome 15 montante)
IC27 (ADA)
(córrego sem nome 15 - jusante)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
COORDENADA
UTM (23K)
em regeneração a jusante, no trecho amostrado;
profundidade aproximada de 0,3m.
Altitude: 601m
Tributário com características pouco lóticas, situado
em área de nascente; água transparente; substrato
argiloso; margens com ausência de vegetação ciliar,
com predomínio de pasto; profundidade variando
entre 0,3m e 0,6m.
670703
7879317
Altitude: 618m
674804
Calha principal do rio; trecho amostrado situado a
jusante de dragas para captação de areia; rio com
características lóticas; resquícios de vegetação ciliar na
7881734
margem esquerda e com ausência de vegetação ciliar
na margem direita, com predominância de pasto;
substrato arenoso; profundidade de 2,0m.
Altitude: 516m
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato argiloso; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predomínio de
pasto; profundidade aproximada de 0,4m.
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato argiloso; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predomínio de
pasto; profundidade variando entre 0,4m e 0,6m.
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato de seixo/cascalho; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predomínio de
vegetação em regeneração; profundidade aproximada
de 0,4m.
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato de cascalho; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predomínio de
pasto; profundidade aproximada de 0,5m.
Tributário com características pouco lóticas, situado
em área de nascente; água transparente; substrato de
seixo/cascalho; margens com vegetação em
crescimento, recobrindo em grande parte o curso
hídrico; profundidade aproximada de 0,2m.
Tributário com características lóticas; água pouco
turva; substrato rochoso/cascalho; vegetação
preservada nas duas margens; profundidade
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Página:
44
673720
7880702
Altitude: 522m
672039
7878804
Altitude: 572m
670264
7875964
Altitude: 621m
670502
7876093
Altitude: 622m
672717
7871528
Altitude: 611m
673593
7872153
Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
aproximada de 0,4m.
IC28 (AID)
(córrego sem nome 16)
IC29 (ADA)
(córrego sem nome 17)
IC30 (AID)
(rio Preto –jusante)
IC31 (AID)
(córrego sem nome 18)
IC32 (AID)
(ribeirão Picão - jusante)
IC33 (ADA)
(córrego sem nome 19)
Altitude: 539m
672979
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato
rochoso/seixo/cascalho; ausência de vegetação ciliar
7874327
nas margens, com predomínio de pasto; profundidade
aproximada de 0,2m.
Altitude: 556m
Curso hídrico pouco lótico; situado em área de brejo;
água transparente; ausência de vegetação ciliar nas
margens, com predomínio de área de pasto;
profundidade aproximada de 0,5m.
Calha do rio; apresenta características lóticas no
trecho amostrado; água de coloração escura;
substrato rochoso/seixo/cascalho; margens com
fragmentos de vegetação ciliar e áreas de pasto;
profundidade de 1,4m.
Tributário com características pouco lóticas; água
turva; substrato argiloso; ausência de vegetação ciliar
nas margens, com margem direita desmatada;
profundidade aproximada de 0,4m.
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato arenoso/cascalho; ausência de
vegetação ciliar nas margens, com predomínio de
pasto; profundidade variando entre 0,4m e 0,6m.
674694
7873971
Altitude: 535m
677168
7874666
Altitude: 509m
677493
7875070
Altitude: 507m
672563
7874378
Altitude: 537m
669907
Curso hídrico com características lóticas e situado em
região de cabeceira; água transparente; substrato
argiloso/cascalho; margens desmatadas em alguns
7878366
trechos e mata em regeneração principalmente na
margem esquerda; profundidade variando entre 0,3m. Altitude: 627m
IC34 (ADA)
(ribeirão Mata Cavalo – trecho
médio)
COORDENADA
UTM (23K)
669322
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato de seixo; vegetação ciliar
preservada nas margens; profundidade variando entre
0,4m e 0,6m.
7880450
Altitude: 589m
IC35 (AID)
(ribeirão Mata-Cavalo - jusante)
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato de seixo; vegetação ciliar
preservada nas margens; profundidade variando entre
0,4m e 0,7m.
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Página:
45
670555
7881537
Altitude: 576m
Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
IC36 (AII)
(rio Santo Antônio – trecho
médio)
COORDENADA
UTM (23K)
671798
Calha principal do rio; trecho amostrado situado em
área de remansos, com corredeiras intercaladas; rio
com características lóticas; margens preservadas;
profundidade máxima de 2,40m.
7883691
Altitude: 515m
IC37 (AII)
(córrego sem nome 20)
IC38 (AID)
(córrego sem nome 21)
IC39 (ADA)
(córrego sem nome 22)
IC40 (ADA)
(ribeirão Mata-Cavalo – trecho
médio)
IC41 (ADA)
(ribeirão das Lajes - jusante)
IC42 (AID)
(córrego sem nome 23)
IC43 (AID)
(córrego sem nome 24)
IC44 (AID)
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato argiloso;
vegetação preservada nas margens; profundidade
aproximada de 0,2m.
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato argiloso;
vegetação preservada nas margens; profundidade
aproximada de 0,1m.
669467
7883101
Altitude: 628m
670541
7881822
Altitude: 606m
670278
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato argiloso,
com seixo e grande quantidade folhiços concentrados
7881125
no fundo; vegetação em crescimento nas margens;
profundidade aproximada de 0,4m.
Altitude: 611m
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato com cascalho; ausência de
mata ciliar nas margens, com predomínio de área de
pasto; profundidade variando aproximadamente entre
0,3m e 0,6m.
Tributário com características lóticas; água
transparente; substrato arenoso/cascalho; presença
de vegetação ciliar apenas na margem esquerda, com
área de pasto na margem direita; profundidade
variando aproximadamente entre 0,3m e 0,6m.
Curso hídrico situado próximo a estrada de terra;
apresenta características lóticas; substrato arenoso;
margens desprovidas de vegetação ciliar, com
predomínio de área de pasto; profundidade
aproximada de 0,3m.
669445
7881213
Altitude: 566m
669413
7881353
Altitude: 560m
669647
7869897
Altitude: 656m
669662
Curso hídrico situado próximo a estrada de terra;
apresenta características lóticas; substrato rochoso;
margens desprovidas de vegetação ciliar, com
predomínio de área de pasto; profundidade
aproximada de 0,2m.
Altitude: 635m
Tributário de pequena ordem, com características
670039
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Página:
46
7869623
Morro do Pilar Minerais S.A.
ESTAÇÕES AMOSTRAIS
(AI)
(córrego sem nome 25)
IC45 (AID)
(córrego sem nome 26)
IC46 (AID)
(córrego sem nome 27)
IC47 (AID)
(córrego sem nome 28)
IC48 (AID)
(córrego sem nome 29)
IC49 (AID)
(rio Preto –montante)
IC50 (AID)
(Lagoa 1)
IC51 (AID)
(Lagoa 2)
IC52 (AII)
(córrego sem nome 30)
LOCALIZAÇÃO / DESCRIÇÃO
lóticas, situado próximo a região de cabeceira; água
transparente; substrato de seixo/cascalho;
profundidade aproximada de 0,2m.
COORDENADA
UTM (23K)
7870418
Altitude: 655m
676846
Curso hídrico situado em área próxima de nascente;
apresenta características lóticas; água turva; substrato
de seixo/cascalho e gramíneas associadas às margens;
7871581
ausência de vegetação ciliar nas margens;
profundidade aproximada de 0,3m.
Altitude: 588m
675420
Tributário com características lóticas, situado em área
de nascente; água transparente; substrato argiloso,
com folhiços em contato com o curso d’água;
7870824
vegetação em crescimento nas margens; profundidade
aproximada de 0,2m.
Altitude: 524m
Tributário com características lóticas, com pequenas
corredeiras; situado em área de nascente; água
transparente; substrato com cascalho; vegetação em
crescimento nas margens; profundidade aproximada
de 0,3m.
Tributário com características lóticas, com pequenas
corredeiras; situado em área de nascente; água
transparente; substrato com cascalho; vegetação em
crescimento nas margens; profundidade aproximada
de 0,3m.
670771
7870170
Altitude: 639m
672591
7869959
Altitude: 562m
672643
Calha do rio; apresenta características lóticas no
trecho amostrado, com pequenas corredeiras; água de
coloração escura; substrato arenoso/cascalho;
7870128
margens desprovidas de vegetação ciliar;
profundidade variando entre 0,2m e 1,3m.
Altitude: 573m
Lagoa artificial; apresenta características lênticas; água
pouco turva; margem variando entre trechos
desmatados e com vegetação preservada;
profundidade indeterminada.
Lagoa artificial; apresenta características lênticas; água
transparente; margem desprovida de vegetação, com
predomínio de gramínea; profundidade; profundidade
indeterminada.
670747
7881674
Altitude: 593m
670638
7870242
Altitude: 658m
667760
Tributário com características lóticas, com pequenas
corredeiras; situado próximo a área de nascente; água
transparente; substrato com cascalho; vegetação
7886766
preservada nas margens; profundidade aproximada de
0,3m.
Altitude: 618m
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Legenda: ADA (Área Diretamente Afetada); AID (Área de Influência Direta); AII (Área de Influência Indireta);
IC (Estações amostrais de ictiofauna)
Figura 3.1. Estações amostrais onde foram realizadas amostragens ativas e passivas para o
diagnóstico ictiofaunístico da Área de Influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais,
MG – Período Pré-Implantação (set./2010– fev./2011): Dados consolidados. Fotos: Sérgio Santos.
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Página:
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Figura 3.2 - Localização das áreas amostrais e pontos de amostragem da ictiofauna
3.3.3.
Levantamento da ictiofauna
Nas estações amostrais situadas no rio Santo Antônio (IC3, IC8, IC21 e IC36) e no rio Preto (IC14,
IC15 e IC30), foram realizadas amostragens passivas, com a utilização de redes de espera de 10
metros de comprimento com tamanhos de malhas: 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 e 12 cm, medidos entre nós
opostos. O esforço amostral foi padronizado de modo a permitir comparações espaciais e
temporais futuras. As redes foram armadas durante o período da tarde e retiradas na manhã do
Documento no.
Data:
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dia seguinte, permanecendo expostas por aproximadamente 12 horas na coluna d’água (Foto
3.1). O esforço de pesca utilizado por ponto amostral foi de 120m².
Foto 3.1. Amostragem passiva da ictiofauna com auxílio de redes de espera, utilizadas nas
amostragens de ictiofauna na área de Influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais,
MG – Período de Pré-Implantação (set./ 2010 – fev./2011). Foto: Sérgio Santos.
O esforço de pesca total empregado em cada estação amostral encontra-se detalhado no Quadro
3.2, a seguir.
Quadro 3.2. Esforço de pesca total (m2), por malha, empregado nas estações amostrais da área de
influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período de Pré-Implantação
(set./2010– fev./2011).
Esforço de Pesca (m²)
Malha (cm)
IC3
IC8
IC14
IC15
IC21
IC30
IC36
Total
3
15
15
15
15
15
15
15
105
4
15
15
15
15
15
15
15
105
5
15
15
15
15
15
15
15
105
6
15
15
15
15
15
15
15
105
7
15
15
15
15
15
15
15
105
8
15
15
15
15
15
15
15
105
10
15
15
15
15
15
15
15
105
12
15
15
15
15
15
15
15
105
Total
120
120
120
120
120
120
120
840
A fim de enriquecer o levantamento ictiofaunístico, foram realizadas em todos os outros locais de
coleta, amostragens ativas com auxílio de tarrafas (malha 4 cm), peneiras com aro de alumínio e
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Data:
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tela mosquiteira e arrasto de tela mosquiteira (5 metros de comprimento). As amostragens
ocorreram aleatoriamente, sem esforços padronizados, porém condizentes com as limitações
impostas pelos ambientes de coleta e as possibilidades de captura (Figura 3.3).
Figura 3.3 - Amostragens ativas de ictiofauna na Área de Influência do empreendimento Morro do
Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): (A) – peneira; (B) arrasto;
(C) tarrafa. Fotos: Sérgio Santos.
Após capturados, os peixes foram identificados e separados por artefato de pesca, para
posteriormente serem fixados em solução de formalina a 10% e acondicionados em bombas
plásticas contendo esta mesma solução.
3.3.4.
Análise do material em laboratório
Ao final de cada campanha em campo, os peixes foram enviados ao laboratório do Centro de
Transposição de Peixes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De cada exemplar
capturado foi realizada a triagem, etiquetação, e identificação até o menor nível taxonômico
possível. Foram realizadas as biometrias dos exemplares {comprimento total (CT) e padrão (CP)
em centímetros} e medidos os pesos corporais dos indivíduos (PC, em gramas). Para a
identificação dos exemplares foram utilizadas chaves taxonômicas segundo Géry (1977), Britski et
al.(1988), Burgess (1989), Langeani et al. (2001), Reis et al. (2003), Provenzano et al. (2005),
Buckup et al.(2007), Menezes et al.(2007), Covain & Fisch-Muller (2007), Zawadski et al.(2008) e
Oyakawa & Mattox (2009), além de sites específicos para ictiofauna, como “Fishbase.org”
(disponível
em:
www.fishbase.org)
e
“Catalog
of
Fishes”
(disponível
em:
http://research.calacademy.org/ichthyology/catalog). Após a correta identificação, os exemplares
foram armazenados em bombas plásticas contendo álcool a 70%. O material coletado está sendo
incorporado ao acervo da coleção ictiológica da UFMG e as espécies com maior grau de
dificuldade na identificação foram enviadas para especialista desta Instituição.
3.3.5.
Análise de dados
3.3.5.1
Tamanho corpóreo e abundância dos animais capturados
A variação nos tamanhos das espécies foi avaliada por meio de construção de tabelas com os
comprimentos e pesos médios, máximos e mínimos dos exemplares capturados.
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As produtividades em número e biomassa foram estimadas através da captura por unidade de
esforço (CPUE), definida como o somatório do número (CPUEn) ou biomassa (CPUEb em kg) de
peixes em 100 m2 de redes empregadas por 12 horas. Este procedimento possibilita comparações
quantitativas entre espécies, estações e períodos amostrais, sendo obtido da seguinte forma:
n
CPUEn =

n
N / E x 100 e
CPUEb =
i1

B / E x 100, onde
i1
CPUEn = captura em número em 100 m2 por unidade de esforço;
CPUEb = captura em biomassa (kg) em 100 m2 por unidade de esforço;
N = nº de peixes capturados para um determinado tamanho de malha;
n = tamanhos de malha empregados (3, 4, 5, 6, 7, 8 10 e 12 cm);
B = biomassa (g) dos peixes capturados para um determinado tamanho de malha;
E = esforço de pesca para um dado tamanho de malha (área de rede empregada) durante o
tempo de exposição.
Deste modo, obtiveram-se as seguintes CPUEs:



3.3.5.2
CPUE(n, b) total/estação = número ou biomassa (kg) totais dos peixes capturados por
estação de coleta.
CPUE(n, b) total/espécie = número ou biomassa (kg) totais dos peixes capturados por
espécie.
CPUE(n, b) total/malha = número ou biomassa (kg) totais dos peixes capturados por
tamanho de malha empregada.
Riqueza, equitabilidade e diversidade
Para o cálculo da riqueza (número de espécies), foram utilizadas todas as espécies capturadas nas
amostragens ativas e passivas nas estações amostrais da área de influência prevista, caso o
empreendimento seja implantado.
Para a estimativa da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos obtidos
através das redes de espera, de modo a padronizar os dados. Utilizou-se o índice de diversidade
de Shannon (H’) (Magurran, 1988) que leva em conta a riqueza absoluta de espécies e suas
abundâncias relativas ou a equitabilidade, segundo a equação:
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H' = -
 [( ni / N ). ln( ni / N )] , onde
ni = número de peixes da espécie i contido nas amostragens de um dado local;
N = número total de peixes capturados nas amostragens de um dado local;
ln = logaritmo natural.
A equitabilidade (E) leva em conta a diversidade de Shannon pela riqueza de espécies,
apresentando assim, a relação das espécies em cada local amostrado. De acordo com Pielou
(1975), a seguinte equação nos permite o cálculo do índice de Equitabilidade:
E = H’/LogS, onde:
H’ = Índice de Diversidade de Shannon;
S = número de espécies.
3.4.
Resultados e discussão
3.4.1.
Composição da ictiofauna
Após as duas campanhas de coleta em campo para diagnóstico da ictiofauna da área de influência
do empreendimento minerário Morro do Pilar (MG), foram capturados através de amostragens
ativas e passivas 828 exemplares, pertencentes a 37 espécies, distribuídas em cinco Ordens e 11
Famílias, que em conjunto apresentaram biomassa total de 15.451g (Quadro 3.3, Figura 3.4). A
riqueza registrada no presente estudo corresponde a 50,7% do total já registrado para a sub-bacia
do rio Santo Antônio, em Minas Gerais, em que há registro de 71 espécies (Vieira, 2006).
Somando-se os dois períodos amostrais, observou-se o maior número de espécies pertencentes à
ordem Characiformes, que obteve 44% do total capturado. Em seguida registrou-se a ordem
Siluriformes, com 39%. Por outro lado, com menor sucesso de captura observou-se
Gymnotiformes, com 3% do total amostrado. A predominância dos Characiformes e Siluriformes é
fato comum em águas interiores neotropicais (Lowe-McConnel, 1987), ainda que a abundância e
a riqueza possam variar consideravelmente (Agostinho et al., 2007), tendo em vista o número de
amostragens sistemáticas e a vasta área ainda desprovida de estudos, que no Brasil são poucas ou
nunca estudadas do ponto de vista de riqueza de espécies e que possuem altas taxas de
endemismos (Alves et al., 2008).
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Quadro 3.3. Lista de espécies de peixes registradas durante o diagnóstico da ictiofauna da área de
influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010
a fev./2011): Dados consolidados.
Classificação
Nome Popular
Categoria
Local de Registro
ORDEM CHARACIFORMES
Família Anostomidae
Leporinus copelandii
Piau-vermelho
1
IC14, IC15, IC30, IC36, IC48
Leporinus mormyrops
Timburé
1
IC3, IC8, IC15, IC21
Família Characidae
Astyanaxaff. fasciatus
Lambari do rabo
vermelho
1
IC2, IC9, IC10, IC12, IC13, IC14,
IC17, IC19, IC20, IC24, IC25, IC28,
IC35, IC36
Astyanax aff.scabripinnis
Lambari
1
IC6, IC16, IC22, IC23, IC32, IC34,
IC37, IC40, IC48
Astyanax aff. taeniatus
Lambari
1
IC2, IC9, IC10, IC14, IC16, IC17,
IC23, IC32, IC34, IC40, IC41, IC46,
IC49
Astyanax bimaculatus
Lambari do rabo
amarelo
1
IC8, IC9, IC21, IC36
Astyanax sp.1
Lambari
6
IC7, IC9, IC49
Astyanax sp.2
Lambari
6
IC14
Brycon opalinus
Pirapetinga
1,4
IC3, IC4, IC8, IC14
Hasemania sp.
Piaba
6
IC4, IC7, IC9, IC12, IC22, IC32, IC52
Henochilus wheatlandii
Andirá
4,6
IC1, IC3, IC14, IC49
Knodus sp.
Piaba
6
IC4, IC7, IC9, IC10, IC31, IC52
Oligosarcus argenteus
Lambari-cachorro
1
IC7, IC8, IC14, IC15, IC21, IC30,
IC33
Família Crenuchidae
Characidiumaff. timbuiensis
Canivete comum
1
IC14, IC48
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus
Traíra
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Data:
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1
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IC6, IC8, IC20, IC23, IC30, IC32,
IC35, IC48, IC49
Morro do Pilar Minerais S.A.
Classificação
Nome Popular
Categoria
Local de Registro
Hoplias intermedius
Trairão
1
IC3, IC4, IC8, IC14, IC15, IC30, IC32
ORDEM SILURIFORMES
Família Heptapteridae
Rhamdia quelen
Bagre
1
IC8, IC11, IC14, IC35, IC36
Família Loricariidae
Harttia sp.
Cascudinho
6
IC35
Hypostomus affinis
Cascudo
1
IC9, IC36
Hypostomus luetkeni
Cascudo
1
IC3, IC14, IC21, IC36
6
IC14, IC34, IC41, IC52
Neoplecostomus sp.
Pareiorhaphissp.1
Cascudinho
6
IC1, IC24, IC25, IC27, IC33, IC34,
IC35, IC52
Pareiorhaphissp.2
Cascudinho
6
IC19, IC25
6
IC35
Parotocinclus sp.
Família Trichomycteridae
Trichomycterus cf. alternatus
Cambeva
1
IC6, IC11, IC24, IC25, IC27, IC28,
IC32, IC33, IC35, IC40, IC41, IC45
Trichomycterus cf.brasiliensis
Cambeva
1
IC13, IC45
Trichomycterus
cf.immaculatus
Cambeva
1
IC35, IC42
Trichomycterus sp.1
Cambeva
6
IC4, IC14, IC22, IC24, IC27, IC40,
IC41, IC45, IC46
Trichomycterus sp.2
Cambeva
6
IC1, IC14, IC34, IC48, IC49
Trichomycterus sp.3
Cambeva
6
IC7
ORDEM CYPRINODONTIFORMES
Família Poeciliidae
Phalloceros sp.
Barrigudinho
1
IC1, IC2, IC4, IC7, IC9, IC11, IC12,
IC13, IC16, IC23, IC24, IC25, IC31,
IC32, IC35, IC40, IC41, IC42, IC46,
IC48
Poecilia reticulata
Barrigudinho
2
IC5, IC6, IC7, IC9, IC11, IC28, IC31,
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Classificação
Nome Popular
Categoria
Local de Registro
IC32
ORDEM PERCIFORMES
Família Cichlidae
Geophagus brasiliensis
Acará
1
IC2, IC3, IC6, IC7, IC8, IC9, IC10,
IC11, IC12, IC13, IC14, IC15, IC16,
IC17, IC21, IC22, IC30, IC32, IC35,
IC36, IC40, IC45, IC48, IC49, IC51
Oreochromis niloticus
Tilápia
2
IC51
Tilapia rendalli
Tilápia
2
IC50
Família Sciaenidae
Pachyurus adspersus
Curvina
1
IC8, IC21, IC36
ORDEM GYMNOTIFORMES
Família Gymnotidae
Gymnotus carapo
Sarapó
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
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IC6, IC9, IC10, IC13, IC16, IC23,
IC29, IC32, IC44, IC48
Morro do Pilar Minerais S.A.
Legenda: Categorias de distribuição geográfica e grau de ameaça/local de registro de cada
espécie: (1) Comuns a outras bacias do leste brasileiro; (2) exóticas; (3) no rio Doce ocorre
somente no rio Santo Antônio; (4) ameaçadas de extinção; (5) endêmica do rio Santo Antônio; (6)
sem dados.
Figura 3.4 - Documentação fotográfica das espécies de peixes capturadas na área de influência do
empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011):
Dados consolidados.
Documento no.
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A família taxonômica com maior representatividade foi a dos Characidae (30,6%), seguido das
famílias Loricariidae (19,4%) e Trichomycteridae (16,7%). As famílias com menor número de
espécies capturadas foram Crenuchidae, Heptapteridae, Gymnotidae e Sciaenidae, com 2,8%.
Estudos com predominância de espécies pertencentes à família Characidae são comuns, visto que
representa o grupo mais diverso e bem sucedido nos habitats neotropicais (Géry, 1977). Os dados
referentes ao percentual de espécies por família podem ser observados na Figura 3.5, a seguir.
Figura 3.5 - Percentual de espécies distribuídas pelas respectivas Famílias, capturadas durante o
diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 – fev./2011): Dados consolidados.
3.4.2.
Espécies migradoras e reofílicas
Tendo em vista o sucesso reprodutivo dos peixes, a migração é o principal processo responsável,
pois permite a busca de ambientes adequados à fertilização dos ovos, desenvolvimento inicial e
condições de baixa taxa de predação (Agostinho et al., 2007). No presente estudo, as espécies
registradas que apresentam comportamento migratório e reofílico foram Pachyurus adspersus
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(curvina) e Leporinus copelandii (piau-vermelho). Com relação ao Brycon opalinus (pirapetinga),
há controvérsias sobre o comportamento migrador, embora este seja reofílico e possa apresentar
características migratórias, a exemplo de alguns bryconíneos encontrados em outras bacias
(Agostinho et al., 2004). De forma semelhante, sem informações concretas sobre sua biologia
reprodutiva disponíveis na literatura, o andirá possui características reofílicas, necessitando,
portanto, obrigatoriamente de ambientes lóticos para completar seu ciclo de vida. Leporinus
mormyrops foi outra espécie reofílica registrada, além de outras também reofílicas e de menor
porte, como Characidium aff. timbuiensis, Harttia sp., Pareiorhaphis sp. e espécies pertencentes
ao gênero Trichomycterus.
3.4.3.
Espécies ameaçadas de extinção e de interesse para conservação
Duas espécies de peixes ameaçadas de extinção no estado de Minas Gerais foram capturadas no
presente estudo: Brycon opalinus, a pirapetinga, e Henochilus wheatlandii, o andirá (Brasil, 2003,
2004; Vieira, 2010). Esta última espécie merece especial atenção devido ao fato de ser
considerada reofílica e tida como endêmica do trecho médio/alto do rio Santo Antônio, em Minas
Gerais.
Atualmente, B. opalinus encontra-se na categoria vulnerável, segundo critérios da IUCN (The
Wolrd Conservation Union, 2004) e foi declarada como ameaçada de extinção, conforme Diário
Oficial da União (2004). Esta espécie caracteriza-se por habitar rios e riachos de encosta (Lima,
2003), sem comportamento migratório comprovado (Vieira et al., 2005), dependente de
vegetação ripária não apenas para alimentação, mas também para a manutenção das
características bióticas e abióticas dos ambientes aquáticos (Gomiero et al., 2007). Esta espécie
foi registrada nos pontos IC3 (AII), IC4 (AII), IC8(AID) e IC14(AID), não havendo nenhum registro
para a ADA, apesar de que se trata de cursos d’água que drenam diretamente da ADA..
A presença de indivíduos jovens de H. wheatlandii (andirá) no ribeirão Mata-Cavalo,
especificamente em IC1, assim como em segmentos médios do rio Preto (IC14 e IC49) é fator de
grande relevância para o estudo, ao passo que demonstra a utilização destas áreas como possíveis
áreas de desova e/ou recrutamento por esta espécie. Tal fato, somado ao alto grau de
importância desta espécie para a sub-bacia do rio Santo Antônio, conduz a um extremo cuidado
com relação a qualquer tipo de intervenção antrópica nestas áreas e à preservação destes microhabitats para a manutenção da ictiofauna, já que é uma espécie endêmica da bacia do rio Doce
(Vieira, 2010) e criticamente em perigo em Minas Gerais (IUCN, 2004). Esta espécie caracteriza-se
como endêmica da bacia do rio Doce. Esta espécie foi registrada nos pontos IC1 (AID), IC3(AII),
IC14(AID), IC49(AID), não havendo nenhum registro para a ADA, apesar de que se trata de cursos
d’água que drenam diretamente da ADA.
A carência de estudos científicos básicos sobre a biologia de peixes de riacho dificulta a análise
quanto a endemismos e riscos de extinção. Algumas espécies registradas neste estudo, como as
dos gêneros Harttia, Neoplecostomus, Pareiorhaphis e Trichomycterus, devido à falta de
informação, geram dúvidas quanto a possíveis endemismos (Vieira, 2009).
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Espécies de pequeno porte, pertencentes às famílias Loricariidae e Trichomycteridae podem ser
consideradas indicadoras de boa qualidade ambiental, pois geralmente são exigentes quanto às
condições ambientais, conforme ocorreu em estudos realizados por Galves et al. (2007) e Melo et
al. (2006).
3.4.4.
Espécies exóticas
Durante o diagnóstico da ictiofauna da área de influência do empreendimento Morro do Pilar
Minerais S.A., foram capturadas através das amostragens ativas e passivas, três espécies
consideradas exóticas à bacia do rio Doce, (Oreochromis niloticus, Tilapia rendalli e Poecilia
reticulata). As duas primeiras têm origem africana e foram introduzidas em várias bacias da
América do Sul, sendo bastante cultivadas em pesqueiros e pisciculturas (Graça & Pavanelli,
2007). Possuem como características grande resistência a alterações ambientais e elevado
potencial reprodutivo. P. reticulata possui distribuição das bacias dos rios da Venezuela até a
bacia do rio da Prata e sua introdução em várias bacias se deve a controle de larvas de insetos
transmissores doenças (Graça &Pavanelli, 2007).
3.4.5.
Estrutura das comunidades
3.4.5.1
Tamanho e ocorrência
Os maiores exemplares capturados foram Hoplias intermedius (trairão) e Leporinus copelandii
(piau-vermelho), apresentando o maior indivíduo 35,5cm de comprimento padrão, e 915g de
peso corporal. Os menores indivíduos foram exemplares de Phalloceros sp. e Poecilia reticulata
(barrigudinho), que apresentaram 1,5cm de comprimento padrão. Espécimes com menor peso
corporal capturados pertenceram às espécies Phalloceros sp., Poecilia reticulata (barrigudinho) e
Trichomycterus cf. alternatus (cambeva), com 0,05 g de peso corporal.
O maior número de indivíduos obtidos foi de Geophagus brasiliensis (acará, com 107 indivíduos),
espécie de pequeno porte e ampla distribuição no Brasil. As amplitudes de comprimento padrão
(CP) e peso corporal (PC) por espécie e número de indivíduos capturados encontram-se no
Quadro 3.4.
Quadro 3.4. Número de indivíduos capturados (N), maiores (Max.) e menores (Min.) exemplares;
média (Méd.) para comprimento padrão (CP) e peso corporal (PC) de cada espécie capturada
durante o diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período
Pré-Implantação (set./2010 – fev./2011): Dados consolidados.
CP (cm)
Espécie
Astyanax aff. fasciatus
Astyanax aff. scabripinnis
Astyanax aff. taeniatus
Astyanax bimaculatus
Astyanax sp.
N
86
35
94
11
6
Máx
8,7
8,1
6,7
12,7
5,1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
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Min
1,9
2,2
2,5
4
4
PC (g)
Méd
4,4
5,3
4,5
7,0
4,4
Página:
64
Máx
13
17,9
7,9
51
3
Min
0,2
0,3
0,3
1,9
1,5
Méd
2,7
5,7
2,7
13,3
2,0
Morro do Pilar Minerais S.A.
CP (cm)
Espécie
Astyanax sp.2
Brycon opalinus
Characidiumaff.
timbuiensis
Geophagus brasiliensis
Gymnotus carapo
Harttia sp.
Hasemania sp.
Henochilus wheatlandii
Hoplias intermedius
Hoplias malabaricus
Hypostomus affinis
Hypostomus luetkeni
Knodus sp.
Leporinus copelandii
Leporinus mormyrops
Neoplecostomus sp.
Oligosarcus argenteus
Oreochromis niloticus
Pachyurus adspersus
Pareiorhaphis sp.
Pareiorhaphis sp. 2
Parotocinclus sp.
Phalloceros sp.
Poecilia reticulata
Rhamdia quelen
Tilapia rendalli
Trichomycterus
cf.
alternatus
T.cf. brasiliensis
T.cf. immaculatus
Trichomycterus sp.1
Trichomycterus sp.2
Trichomycterus sp.3
PC (g)
N
2
4
10
107
15
5
8
4
10
10
2
20
88
8
13
9
25
2
29
15
2
1
85
46
6
3
Máx
8,7
22,4
5,3
12,2
17,3
6,9
3,3
21,7
35,5
16,2
16,3
21,3
4,7
27,5
23
6,7
15,5
10,5
24
12,5
5,2
4,2
4,2
3,2
23,2
6,8
Min
8,3
9,5
3,5
1,5
2,4
5,7
2
2,6
7,8
2,6
6
13
2,2
2
11,2
2,2
3,3
10,5
16
2,2
4,5
4,2
1,5
1,5
7,8
5,2
Méd
8,5
15,1
4,7
6,5
10,0
6,2
2,6
8,3
21,3
11,4
11,2
16,9
3,3
15,2
14,9
3,8
9,6
10,5
19,0
5,2
4,9
4,2
2,6
2,3
14,7
5,8
Máx
20
240
2,6
62
22,8
4,3
0,8
133
915
92
94
224
2,2
380
217
7,3
61
47
207
41,3
4
1,3
2
1,1
215
12,8
Min
15
19,8
0,9
0,05
0,3
2,5
0,2
0,3
9
0,2
5,8
54
0,2
0,1
30
0,2
0,9
47
59
0,3
2,3
1,3
0,05
0,05
4,8
6,9
Méd
17,5
97,5
2,0
13,8
6,3
3,2
0,5
34,3
266,9
49,0
49,9
120,6
0,8
140,0
69,8
1,7
22,7
47,0
107,1
7,1
3,2
1,3
0,6
0,4
85,6
9,1
40
2
4
12
8
1
6,4
6,4
11,6
8,2
5,8
5,5
2,2
4,3
4,1
3,4
2,6
5,5
4,3
5,4
7,1
5,0
4,2
5,5
3,7
3,8
33
6,8
3,4
2,7
0,05
1
1
0,5
0,2
2,7
1,4
2,4
10,6
2,1
1,5
2,7
Na Figura 3.6, estão representados os dados consolidados referentes às porcentagens de
participação e a biomassa total das espécies nas campanhas de amostragem da ictiofauna da área
de influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais S.A., durante os períodos de seca e
chuva. Pode-se observar que durante o período de seca o número de indivíduos e a biomassa foi
maior que no período de chuva. Este fato pode estar relacionado ao maior número de espécies
sedentárias, ou seja, não migradoras, terem sido capturadas durante a estação seca. Estas
espécies são capazes de completar todo o ciclo de vida em um mesmo ambiente, ou seja, utilizam
os mesmos habitats para alimentação, crescimento e reprodução (Agostinho et al., 2007).
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Figura 3.6 - Porcentagem de participação de espécies e biomassa total (%) por período amostral
(seca e chuva) nas campanhas de amostragem da ictiofauna da área de influência do
empreendimento minerário Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação (set./2010 a
fev./2011): Dados consolidados.
3.4.5.2
Riqueza e abundância
Quadro 3.5. Riqueza e abundância relativa das espécies capturadas durante o diagnóstico da
ictiofauna da área de influência do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Estação Amostral
Espécie
IC1
IC2
A. aff. fasciatus
IC3
IC4
IC5
IC7
IC8
8
IC9 IC10 IC11 IC12 IC13 IC14 IC15 IC16
6
A.aff.
scabripinnis
A. aff. taeniatus
IC6
3
2
21
11
4
15
1
A. bimaculatus
1
Astyanax sp. 1
2
5
6
7
7
3
Astyanax sp. 2
2
B. opalinus
1
1
1
1
C.aff.
timbuiensis
G. brasiliensis
2
8
2
7
3
G. carapo
1
Documento no.
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2
8
1
3
1
2
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6
2
15
1
10
6
4
1
Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação Amostral
Espécie
IC1
IC2
IC3
IC4
IC5
IC6
IC7
IC8
IC9 IC10 IC11 IC12 IC13 IC14 IC15 IC16
Harttia sp.
Hasemania sp.
H. wheatlandii
1
1
1
2
1
1
H. intermedius
1
1
1
1
H. malabaricus
1
2
2
2
H. affinis
1
H. luetkeni
6
Knodus sp.
4
13
55
1
11
L. copelandii
2
L. mormyrops
1
9
2
2
Neoplecostomus
sp.
5
O. argenteus
1
5
2
2
O. niloticus
P. adspersus
Pareiorhaphis
sp. 1
17
2
Pareiorhaphis
sp. 2
Parotocinclus
sp.
Phalloceros sp.
1
7
P. reticulata
9
9
1
R. quelen
1
1
9
2
3
11
1
1
2
1
1
T. rendalli
T.cf. alternatus
2
6
T.cf. brasiliensis
1
Documento no.
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Estação Amostral
Espécie
IC1
IC2
IC3
IC4
IC5
IC6
IC7
IC8
IC9 IC10 IC11 IC12 IC13 IC14 IC15 IC16
T.cf.
immaculatus
Trichomycterus
sp. 1
Trichomycterus
sp. 2
1
1
1
1
Trichomycterus
sp. 3
1
Abundância
5
32
17
26
9
19
65
45
27
24
33
6
40
48
14
17
Riqueza
4
4
6
6
1
6
8
9
11
5
5
4
5
15
5
5
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação Amostral
Espécie
IC17 IC19 IC20 IC21 IC22 IC23 IC24 IC25 IC27 IC28 IC29 IC30 IC31 IC32 IC33 IC34
A. aff. fasciatus
6
1
6
3
A.aff.
scabripinnis
A. aff. taeniatus
3
14
A. bimaculatus
1
8
16
1
3
4
9
10
1
1
Astyanax sp. 1
Astyanax sp. 2
B. opalinus
C. aff.
timbuiensis
G. brasiliensis
6
4
1
G. carapo
3
1
3
3
1
Harttia sp.
Hasemania sp.
1
1
H. wheatlandii
H. intermedius
H. malabaricus
1
1
1
2
1
1
H. affinis
H. luetkeni
1
Knodus sp.
3
L. copelandii
L. mormyrops
1
1
Neoplecostomus
sp.
O. argenteus
2
1
4
O. niloticus
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação Amostral
Espécie
IC17 IC19 IC20 IC21 IC22 IC23 IC24 IC25 IC27 IC28 IC29 IC30 IC31 IC32 IC33 IC34
P. adspersus
4
Pareiorhaphis
sp. 1
2
Pareiorhaphis
sp. 2
1
1
1
2
4
1
Parotocinclus
sp.
Phalloceros sp.
1
7
3
P. reticulata
1
11
3
13
6
R. quelen
T. rendalli
T. cf. alternatus
6
2
1
2
2
3
T. cf. brasiliensis
T. cf.
immaculatus
Trichomycterus
sp. 1
1
1
2
Trichomycterus
sp. 2
1
Trichomycterus
sp. 3
Abundância
26
2
7
12
6
16
17
15
4
19
3
10
27
32
15
12
Riqueza
3
2
2
6
4
6
5
5
3
3
1
5
3
10
3
5
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação Amostral
Espécie
IC35 IC36 IC37 IC40 IC41 IC42 IC44 IC45 IC46 IC48 IC49 IC50 IC51 IC52
A. aff. fasciatus
2
1
A.aff.
scabripinnis
5
A. aff. taeniatus
3
1
12
A. bimaculatus
5
1
8
2
Astyanax sp. 1
1
Astyanax sp. 2
B. opalinus
C. aff.
timbuiensis
G. brasiliensis
2
2
8
1
2
G. carapo
Harttia sp.
5
1
1
2
3
5
Hasemania sp.
1
H. wheatlandii
1
H. intermedius
H. malabaricus
1
1
H. affinis
1
H. luetkeni
9
1
Knodus sp.
L. copelandii
5
1
2
L. mormyrops
Neoplecostomus
sp.
1
1
O. argenteus
O. niloticus
P. adspersus
2
8
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação Amostral
Espécie
IC35 IC36 IC37 IC40 IC41 IC42 IC44 IC45 IC46 IC48 IC49 IC50 IC51 IC52
Pareiorhaphis
sp. 1
2
1
Pareiorhaphis
sp. 2
Parotocinclus
sp.
1
Phalloceros sp.
7
10
3
6
1
1
P. reticulata
R. quelen
2
1
T. rendalli
3
T. cf. alternatus
7
1
3
5
T. cf. brasiliensis
T. cf.
immaculatus
1
3
1
Trichomycterus
sp. 1
1
2
2
1
Trichomycterus
sp. 2
3
2
Trichomycterus
sp. 3
Abundância
32
31
5
28
14
7
1
10
3
18
14
3
4
8
Riqueza
10
8
1
6
5
2
1
4
3
8
6
1
2
4
3.4.5.3
Esforço de captura e curva do coletor
Através dos dados obtidos a partir das amostragens para análise quantitativa, realizaram-se os
cálculos de captura por unidade de esforço em número (CPUEn) e biomassa (CPUEb) por estação
amostral, por espécie e por tamanho de malha de rede de espera. Na Figura 3.7 e Figura 3.8,
estão representados os valores de captura por unidade de esforço por número e biomassa,
respectivamente, por estação amostral.
Documento no.
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Figura 3.7 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por estação amostral.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Figura 3.8 - Captura por unidade de esforço por biomassa (CPUEb) por estação amostral.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Através das análises quantitativas da captura por unidade de esforço por espécie, foi possível
constatar que na área de influência do empreendimento a espécie com maior sucesso de captura,
em número, foi G. brasiliensis (acará) seguido pelas espécies Pachyurus adspersus (curvina) e
Hypostomus luetkeni (cascudo) (Figura 3.9). As espécies mais expressivas em relação ao esforço
empregado, considerando-se a biomassa foram P. adspersus seguido de Hoplias intermedius
(trairão) e H. luetkeni (Figura 3.10).
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Figura 3.9 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por espécie. Diagnóstico da
ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Figura 3.10 - Captura por unidade de esforço por biomassa (CPUEb) por espécie. Diagnóstico da
ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período Pré-Implantação
(set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
As malhas 3 cm e 4 cm (medidas entre nós opostos) foram as que obtiveram o maior sucesso de
captura por número de indivíduos, enquanto na malha 12 cm nenhum indivíduo foi capturado
(Figura 3.11). O fato de que nas malhas menores a captura por unidade de esforço apresente
maiores resultados já é esperado, ao passo que espécies que possuem indivíduos de portes
menores costumam ter maiores abundâncias de indivíduos capturados.
Por outro lado, as malhas que obtiveram o melhor rendimento em biomassa foram as malhas 5
cm, 4 cm e 7 cm, respectivamente (Figura 3.12). Estes dados corroboram o fato de que um maior
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número de espécimes de menor porte foi coletado durante as campanhas de coleta em campo,
ultrapassando o valor de biomassa atingida pelas redes de malha maior em que, teoricamente,
costumam ocorrer capturas de indivíduos de maior porte e biomassa. Associado a isto, as
características dos rios amostrados (rio Santo Antônio e rio Preto), por serem considerados rios de
porte pequeno a médio, costumam abrigar maior número de espécies de tamanhos corporais
pequenos a médios, característica também observada em grande parte dos rios das bacias
hidrográficas brasileiras.
Figura 3.11 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por tamanho de malha.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Figura 3.12 - Captura por unidade de esforço por número (CPUEn) por tamanho de malha.
Diagnóstico da ictiofauna do empreendimento Morro do Pilar Minerais, MG – Período PréImplantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
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Nº acumulado de Espécies (S)
Figura 3.13 - Curva do coletor, traduzida pelo número acumulado de espécies observadas
(Sobservado) e estimadas (Sestimado) em função das estações amostrais sequencialmente na
sub-bacia do rio Santo Antônio, bacia do rio Doce, MG, em setembro de 2010 e fevereiro de 2011.
50
45
40
35
30
25
20
Sobservado
15
Sestimado
10
5
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40
Amostragem
Através da curva do coletor (Figura 3.13), traduzida pelo número acumulado de espécies em
função dos pontos amostrados sequencialmente através de peneira e redes de emalhar, na subbacia do rio Santo Antônio, bacia do rio Doce, em setembro de 2010 e fevereiro de 2011, pôde-se
verificar que a curva não atingiu a assíntota superior para as espécies capturadas e ainda
demonstra que houve um aumento na riqueza à medida que se aumentou o esforço de captura
(Anexo). Este fato provavelmente pode ter ocorrido devido à grande diversidade que estes
ambientes proporcionam e às diferentes diversidades observadas em cada trecho. Para esta
análise foi utilizado o estimador de riqueza Jacknife 1 (Sestimado). Todavia, Santos (2003) ressalta
que a estabilidade da curva dificilmente é alcançada em ecossistemas tropicais.
3.4.6.
Diversidade e equitabilidade
Através das análises do índice de Shannon, foi constatado que a estação amostral com maior
diversidade foi IC14 e em seguida observou-se IC8. Dentre os outros locais analisados
quantitativamente, IC3 e IC30, nesta ordem, foram os que apresentaram menores índices.
Em relação ao valor da equitabilidade (E) que informa acerca da uniformidade de exemplares
capturados por espécie em determinado local, verificou-se que nas estações amostrais IC14 e
IC15 apresentaram total uniformidade, sendo que em IC30 e IC21 também ocorreram valores
altos. Os menores índices de equitabilidade registrados foram para IC3 e IC8 (Quadro 3.6). Na
Figura 3.14, todos os valores registrados para os índices de diversidade de Shannon e a
equitabilidade nas estações amostrais da área de influência do empreendimento Morro do Pilar
Minerais S.A. podem ser observados.
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Quadro 3.6 - Valores dos índices de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade (E) para as
estações amostrais da área de influência do empreendimento minerário Morro do Pilar, MG Período Pré-Implantação (set./2010 a fev./2011): Dados consolidados.
Estação Amostral
Índices
IC3
IC8
IC14
IC15
IC21
IC30
IC36
Diversidade
(H’)
1,4
1,72
1,9
1,48
1,56
1,42
1,68
Equitabilidade
(E)
0,78
0,78
0,92
0,92
0,87
0,88
0,81
Figura 3.14 - Índices de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade (E) para as estações
amostrais da área de influência do empreendimento minerário Morro do Pilar, MG – Período PréImplantação (set./2010 e fev/2011): Dados consolidados.
3.5.

Considerações finais
Nos córregos localizados na área de influência do empreendimento, há um predomínio de
assembléias compostas por espécies nativas de pequeno porte, características de riachos de
cabeceira, lóticos e com baixas temperaturas, local propício à existência de espécies reofílicas,
dependentes de material alóctone;

A abundância representada por espécies generalistas e a ocorrência de espécies exóticas nos
ambientes lênticos e em alguns lóticos da região, reflete alterações provocadas por ações
humanas. Introduções de espécies exóticas de peixes têm se tornado sério problema à
conservação de espécies nativas em todo o mundo, pois conduz a um dos principais fatores à
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diminuição da biodiversidade. O número de espécies exóticas à sub-bacia do rio Santo
Antônio encontradas durante o presente estudo foi considerado pequeno, todavia com a
realização de novas amostragens estes números poderão sofrer alterações;

Duas espécies (Brycon opalinus e Henochilus wheatlandii) constantes em listas oficiais de
espécies ameaçadas de extinção foram registradas no presente estudo, fato este de extrema
importância para a manutenção das características dos corpos hídricos da região e para a
continuação dos estudos de acompanhamento das possíveis alterações sobre estas
populações, em detrimento de qualquer tipo de intervenção humana na área.

A diversidade e abundância encontradas na área de influência do empreendimento (ADA, AII,
AE) girou em torno de 50% do total das espécies já registradas para a bacia do rio Santo
Antônio, o qual é tido como área prioritária para conservação devido à ocorrência de diversas
espécies endêmicas, ameaçadas de extinção (Vieira et al., 2000; Vieira & Alves, 2001; Castro
et al. 2004, Rosa & Lima, 2005) e por apresentar alta diversidade de espécies (Vieira, 2006).

Dados ainda incipientes disponíveis na literatura a respeito do comportamento migratório de
B. opalinus e H. wheatlandii demonstram a importância da continuação dos estudos, os quais
seguem propostos no programa de monitoramento da ictiofauna, visando à descoberta de
áreas de desova e recrutamento, possivelmente devido à utilização de tributários como o
ribeirão Mata Cavalo (IC1, no presente estudo) e um córrego sem nome (IC4, no presente
estudo), além de trechos do rio Preto (IC14 e IC49, neste estudo);

O rio Santo Antônio possui espécies com comportamento migrador, fato que reflete a
necessidade de continuidade dos estudos na forma de monitoramento visando à preservação
e manejo destas espécies.
4
HERPETOFAUNA
4.1.
Introdução
A alteração de ambientes naturais em função das atividades desenvolvidas pelo homem é na
atualidade a maior ameaça para a manutenção da diversidade biológica do planeta (Primack e
Rodrigues, 2001). Embora o Brasil seja um país megadiverso, o estado da conservação de sua
biodiversidade é precário, de modo que grande parte de seus biomas perderam áreas
significativas de sua extensão original (Drummond et al., 2005). No estado de Minas Gerais, a
ocupação desordenada e a exploração de seus recursos naturaissão as principais fontes
causadoras da descaracterização de seus biomas, particularmente a Mata Atlântica.
Por comportar elevada diversidade de habitats e microhabitats, a Mata Atlântica é um bioma rico
em espécies de anfíbios e répteis, abrigando grande número de espécies especialistas
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acarretando elevado número de endemismos (Haddad, 1998; Marques et al., 1998). Espécies de
anfíbios e répteis são negativamente afetadas pelos efeitos decorrentes do processo de
fragmentação deste bioma (Gibbons et al., 2000; Stuart et al., 2004). Recentes estudos
relacionados ao empobrecimento destas comunidades e aos riscos de extinção associados à perda
de hábitat, fragmentação, mudanças climáticas e patógenos (Gibbons et al., 2000; Dixo, 2005;
Eterovick et al., 2005; Carnaval et al., 2006) têm alertado sobre a necessidade da ampliação do
conhecimento sobre estes grupos animais, que desempenham um papel importante nas cadeias
ecológicas como controladores de insetos e outros invertebrados, além de integrarem a dieta de
grandes vertebrados (Vitt et al., 1998). São ainda importantes no fluxo de energia das cadeias
tróficas, pois convertem cerca de 90% do que consomem em massa corpórea (Pough et al., 2003).
A supressão de populações destes grupos em suas respectivas áreas de ocorrência pode acarretar
conseqüências negativas no funcionamento dos ecossistemas do qual estão inseridos.
Adicionalmente, por possuírem características biológicas próprias (como por exemplo, um
tegumento extremamente permeável a gases e a água) os anfíbios podem atuar na indicação da
qualidade ambiental de áreas em que vivem (Welsh e Ollivier, 1998).
4.2.

Objetivos
Realizar o levantamento primário da riqueza e composição de espécies de anfíbios e
répteis presentes na área do empreendimento;

Verificar a presença de espécies de ocorrência pontual, relevância taxonômica,
endêmicas ou ameaçadas de extinção;

Elaborar o diagnóstico da herpetofauna da área do empreendimento Morro do Pilar
Minerais.
4.3.
Material e métodos
Para a caracterização da composição herpetofaunística na área do empreendimento, foram
utilizadas metodologias conjugadas para a obtenção de dados primários (observação em campo)
e secundários (dados bibliográficos). Foram realizadas quatro campanhas, sendo duas em estação
chuvosa, nos períodos de 15/11 a 24/11/10 e 26/11 a 04/12/10, e duas durante a seca, de 02/05 a
09/05/11 e 13/06 a 21/06/11.
4.3.1.
Dados secundários
Foram levantadas informações disponíveis provenientes de estudos anteriormente realizados em
áreas próximas ao empreendimento. Através desta compilação pretendeu-se obter um panorama
geral do estoque regional de espécies possibilitando a realização de inferências comparativas. No
entanto, a vertente da bacia do rio Doce, na qual se insere o município de Morro do Pilar, é pouco
conhecida em relação aos seus aspectos biológicos e ecológicos e no que se refere à
herpetofauna, pouco se conhece sobre a composição das comunidades formando lacunas
amostrais na paisagem.
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4.3.2.
Dados primários
A metodologia empregada seguiu o plano elaborado para solicitação das Licenças de Captura e
Transporte de fauna, pré-aprovado pelo IBAMA e consistiu na realização de campanhas sazonais.
Foram adotados três métodos para o registro e levantamento de espécies: busca ativa diurna e
noturna, armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps) e registros de estrada/ocasionais.
A busca ativa foi realizada conforme as diferentes fitofisionomias disponíveis. Os pontos
selecionados foram percorridos para verificação in loco do seu status de conservação e o registro
de suas características. Foi também observada a eventual existência de características propícias à
ocorrência de exemplares da herpetofauna, tais como disponibilidade de ambientes úmidos e
áreas de formações vegetacionais mais bem preservadas e menos acessadas.
As buscas ativas referentes à anurofauna foram realizadas em pontos estratégicos e ocorreram
após o anoitecer, sendo ainda iniciadas na presença de alguma luminosidade (após o pôr-do-sol).
Os exemplares foram registrados através de zoofonia (vocalização) ou registro direto (visualização
ocasional), tendo-se o auxílio de lanterna de mão de luz branca para sua localização. Cada
ambiente selecionado foi lentamente percorrido procurando-se observar os substratos passíveis
de serem utilizados por indivíduos adultos e jovens. As vocalizações foram gravadas com mini
gravador digital de marca Panasonic RR-US 450 com microfone acoplado e dispositivo zoom
inteligente.
Para os répteis, as buscas ativas foram realizadas, sobretudo, no período diurno, através da
procura ativa nas áreas de amostragem (em terra e/ou corpos d’água), visualizações ocasionais e,
adicionalmente, amostragens de estrada (“road sampling”) (Fitch, 1987). Foram consideradas
áreas florestadas e de borda, sempre que possível, verificando-se locais passíveis de serem
utilizados como abrigo, tais como frestas em acúmulos de pedras e aglomerados rochosos,
troncos caídos e madeira empilhada, termiteiros, vegetação marginal e a camada de folhedo que
se acumula no chão destes ambientes. O registro da ocorrência de espécies de serpentes foi
auxiliado através do uso de gancho próprio. Salienta-se, que o inventário de répteis é dificultado
devido aos hábitos do grupo (p. ex. noturnos, fossoriais) e a cripticidade, cujos representantes, ao
contrário dos anfíbios, não formam aglomerados reprodutivos.
Qualquer oportunidade de registro por visualização foi quantificada, considerando-se os animais
encontrados mortos (geralmente atropelados) e os indícios da ocorrência de espécies, como a
presença de carcaças, girinos e/ou desovas de anuros (que podem ser coletados com auxílio de
redes e peneiras), assim como de mudas ou ovos de répteis.
Foram selecionadas e padronizadas previamente 14 estações amostrais para a instalação das
armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps). Estas áreas corresponderam a diferentes
formações florestais presentes na área de estudo. Em cada estação foi instalada uma bateria de
10 unidades que permaneceram abertas durante quatro noites consecutivas, sendo vistoriadas
diariamente pela manhã.
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As armadilhas consistiram em baldes plásticos (60 litros) enterrados ao nível do solo e deixados
destampados durante o período amostral, sendo percorridos uma vez ao dia (pela manhã) para
verificação da ocorrência de espécimes. Os baldes foram instalados eqüidistantes 5m entre si,
correspondendo a uma extensão total de 50m em cada bateria. Foram empregadas cercas-guia
para otimização das capturas, que consistem em lonas plásticas de até 1m de altura, enterradas
no solo através da abertura de valas de 15 cm de profundidade entre cada balde, sendo afixadas
em estacas de madeira. Cada um dos baldes teve o fundo furado com auxílio de ferro aquecido,
de forma a permitir o escoamento de água. Foram também depositadas folhas nos baldes para
garantir a sobrevivência dos exemplares, funcionando como abrigo e pequenas placas de isopor
como sistema antiafogamento. Cada balde foi devidamente retirado ao final dos trabalhos e os
buracos no solo foram tampados.
O esforço empregado nas armadilhas de queda foi de 70 pitfall traps/dia. Para a metodologia de
busca ativa foi adotado o esforço médio de uma hora/dia por coletor no turno da manhã e uma
hora/dia por coletor à tarde, além de cerca de três horas/dia no turno da noite, totalizando
aproximadamente cinco horas diárias de observações.
A maioria dos exemplares capturados foi identificada, contabilizada e solta, não tendo sido
utilizado nenhum tipo de marcação de indivíduos. Cabe salientar que as técnicas mais acessíveis e
ainda amplamente utilizadas no país envolvem a mutilação de extremidades de dedos e artelhos,
o que pode causar prejuízos ao animal, devendo o seu emprego ficar restrito às etapas de
monitoramento de longo termo ou ser substituído pelo uso de elastômeros. Além disto, o ciclo de
vida de muitos destes animais restringe-se a poucos anos, muitas vezes não compatível ao
cronograma executivo de obras e às próprias etapas inerentes ao licenciamento ambiental.
Alguns exemplares de interesse foram coletados e sacrificados através de técnicas apropriadas
para os grupos em questão, montados em posição anatômica e fixados em soluções de formol a
10% e álcool a 70%, para composição do material testemunho. O material testemunho foi
depositado na Coleção de Herpetologia do Museu de Ciências Naturais da PUC MINAS conforme a
Licença do Ibama 356/2010 NUFAS/MG.
4.3.3.
Análise de dados
As espécies foram ordenadas em listagens para anfíbios e répteis e ilustradas graficamente com
base nas famílias representadas na amostra. Foram realizadas análises de riqueza e abundância
de espécies, distribuição espacial, freqüência de ocorrência e influência sazonal. Encontram-se
ainda apresentadas algumas informações acerca de aspectos biológicos e distribuição geográfica
das espécies, além da eventual ocorrência de táxons ameaçados, raros, endêmicos,
bioindicadores e de interesse científico, econômico ou médico.
Para avaliar o desempenho das amostragens de campo, encontra-se apresentada a freqüência
acumulada de espécies (curva do coletor) associada a estimadores de riqueza de espécies, só se
tomando como suficiente o esforço de amostragem a partir da percepção nítida da estabilização
da curva.
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Os estimadores não paramétricos Jacknife (1ª ordem) e Booststrap baseados em incidência de
espécies foram aplicados para extrapolar os valores observados de riqueza em busca de um
número que corresponda ao total de espécies esperado para a área de estudo. Eles incluem na
sua função o número de espécies encontradas em apenas uma amostra e o número total de
amostras. Os gráficos foram gerados com o auxílio do Software EstimateSWin820. O resultado
obtido foi comparado com a curva real do coletor obtida nas duas campanhas realizadas. A curva
do coletor é obtida através do registro diário de ocorrência inédita das espécies incluídas na
amostra. A partir destes dados um gráfico de acúmulo de espécies é confeccionado e representa
o número de espécies amostradas de forma cumulativa ao longo de todos os dias.
Para avaliar o status de conservação das espécies registradas foram adotadas as listas: estadual
(Deliberação Normativa COPAM n.º 147, de 30 de abril de 2010), nacional (Instrução Normativa
do IBAMA/MMA nº 3, de 27 de maio de 2003) e mundial (lista Vermelha conforme a União
Internacional para Conservação da Natureza - IUCN, 2010). O estado taxonômico para as espécies
de anfíbios aqui relacionados segue Frost (2011) e para as espécies de répteis segue o disposto
pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (Bérnils, 2010).
4.3.4.
Área de estudo
Foram pré-determinadas as 14 estações de amostragem entre as áreas norte e sul, através de
sensoriamento remoto e uma visita em campo pela coordenação geral de fauna, para instalação
das armadilhas pitfall, conforme o Quadro 4.1, a seguir.
Quadro 4.1. Pontos de instalação de armadilhas pitfall utilizados durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
Estação
Amostral
Caracterização sucinta/
Fitofisionomias principais
Coordenadas
(UTM/UPS) 23 K
Corpo dágua
1 (AID)
FES-I e FES-M/A
666108/7881961
Ausente – Córrego das Lages
localizado a cerca de 500m de
distância
2 (ADA)
FES-I, Eucaliptal e Canga
667453/7881111
Ausente - Riacho de médio porte
localizado a cerca de 300m de
distância
3 (ADA)
FES-M/A e Pastagem
669321/7881818
Riacho permanente de pequeno
porte com formação brejosa
associada
4 (AID/AV)
FES-I e FES-M/A
667949/7879862
Ausente - Riacho de médio porte
localizado a cerca de 300m de
distância
5 (AID/AV)
FES-I e FES-M/A e Pastagem
673194/7880800
Riacho permanente de pequeno
porte
6 (ADA)
FES-I e FES-M/A e Pastagem
671214/7878292
Riacho pequeno de constante
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Estação
Amostral
Caracterização sucinta/
Fitofisionomias principais
Coordenadas
(UTM/UPS) 23 K
Corpo dágua
troca com grande formação
brejosa associada
7 (ADA/AID)
FES-I e FES-M/A
668864/7876448
Riacho permanente de pequeno
porte com formação brejosa
associada
8 (AID)
FES-I e FES-M/A e Pastagem
669756/7875194
Riacho permanente de pequeno
porte
9 (ADA)
FES-I e FES-M/A e Pastagem
674163/7876700
Pequena formação brejosa
10 (AID)
FES-I e Pastagem
676790/7875173
Riacho de pequeno porte e brejos
temporários
11 (AID)
FES-M/A
671209/7872308
Riacho de pequeno porte e
pequenos alagadiços temporários
12 (ADA)
FES-I e FES-M/A
673257/7871818
Riacho de pequeno porte com
barramento artificial
13 (AID)
FES-I, FES-M/A, Candeal e
Pastagem
670630/7869719
Lagoa permanente e pequenas
drenagens adjacentes
14 (AID/AV)
FES-I, FES-M/A e Eucaliptal
675430/7869702
Riacho permanente de pequeno
porte
Legenda: FES-I: Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração; FES-M/A:
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio/avançado de regeneração.
Durante a realização das atividades de campo, foram observados ainda 41 pontos adicionais
localizados próximos aos pitfalls e também ao longo da área de entorno do empreendimento.
Estes pontos foram selecionados conforme a potencialidade de ocorrência de espécimes e a
viabilidade de acesso, através do auxílio de aparelho GPS para georreferenciamento e material
cartográfico para localização. A determinação destes pontos visou a complementação dos
resultados, representando diferentes fitofisionomias existentes na área do estudo e observando o
status atual de conservação (Quadro 4.2).
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Quadro 4.2. Pontos adicionais utilizados durante a realização da amostragem da herpetofauna na
região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
Número do
ponto e Estação
amostral
Caracterização sucinta
1) E2 (AID/AV)
Curso d’água localizado em área florestal; Leito pedregoso,
formação de remansos e abundante camada de folhedo
marginal
2) AE (AID/AV)
3) AE (AID)
Coordenadas
(UTM/UPS) 23 K
667009/7881538
Curso d’água associado a extensa formação brejosa em área
aberta e borda de mata; Abundante estrato herbáceo e
666734/7882135
arbustivo
Curso d’água de menor porte localizado em área semi667713/7882540
aberta de solo arenoso e vegetação típica de pequeno porte
4) AE (AID/AV)
5) AE (AII)
Curso d’água localizado em área florestal
Curso d’água localizado em área florestal
668164/7882618
668961/7882706
6) AE (AID)
669929/7882462
11) E1 (AID/AV)
Área brejosa inserida em área de capoeira
Curso d’água localizado em significativa área florestal com
formação de poça de médio porte associada
Curso d’água (Rib. Mata Cavalo) localizado em área florestal
com pequena rede de afluentes associados
Curso d’água localizado em área florestal
Curso d’água de médio porte localizado em área semiaberta de solo arenoso e vegetação típica de pequeno porte
Curso d’água localizado em área florestal
12) E1 (AID/AV)
13) AE (AID)
Curso d’água de médio porte localizado em área florestal
Afloramentos rochosos e rede de drenagens superficiais
666350/7881946
665517/7881871
14) AE (AID)
15) AE (AII)
Curso d’água localizado em área florestal, leito rochoso
Rede de drenagens em área de campo limpo
665413/7881808
665204/7881851
16) AE (AII)
Curso d’água de médio porte (Rib. Das Lages) localizado em
área aberta, leito rochoso
665120/7881870
7) E3 (ADA)
8) E4 (AID/AV)
9) E4 (AID/AV)
10) E4 (AID/AV)
17) AE (AII)
18) AE (AII)
19) E6 (AID/AV)
20) AE (ADA)
21) E7 (AID/AV)
22) AE (AID/AV)
23) E6 (AID/AV)
Curso d’água localizado em área florestal
Rede de drenagens em área de campo limpo
Curso d’água localizado em área florestal em transição a
pastagens, bambuzais próximos
Curso d’água localizado em área florestal em transição a
pastagens
Curso d’água de constante troca com grande formação
brejosa associada, localizado em área florestal
Área brejosa inserida em área de capoeira e borda de mata
Curso d’água permanente de pequeno porte com formação
brejosa associada
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Página:
84
669385/7881750
668310/7879120
668297/7879269
668659/7879442
666334/7881955
665043/7881763
664661/7881612
670852/7879058
669261/7878169
668864/7876448
670315/7877545
671214/7878292
Morro do Pilar Minerais S.A.
24) AE (AID)
Área brejosa inserida em área de capoeira
670685/7875145
25) AE (AID)
Curso d’água localizado em área peri-urbana
Área brejosa extensa associada a curso d’água e inserida em
área de capoeira e borda de mata
Poças localizadas em área de capoeira e borda de mata,
abundantes estratos arbustivos e herbáceos
Área brejosa inserida em área de capoeira e borda de mata
Poça localizada em área de capoeira
Área brejosa inserida em área de capoeira
Lagoa inserida em área aberta
Poça localizada em área de capoeira
Área brejosa associada a curso d’água e inserida em área de
capoeira
Área brejosa associada a curso d’água e inserida em área de
capoeira
Pequeno curso d água permanente próximo a área
antropizada; Vegetação ripária composta por estrato
herbáceo ausente em determinados pontos
Brejo pequeno com aproximadamente 35m de diâmetro;
Predominância de vegetação herbácea no entorno
Pequeno curso d água margeando fragmento de mata, com
formações de pequenos brejos temporários
Pequena drenagem inserida entre fragmentos de mata com
formação de pequenas áreas alagadas temporárias
670807/7874805
Pequeno curso d’água represado por barreiras de concreto
Pequena lagoa em área com predominância de vegetação
herbácea; Presença de pequenas drenagens associadas
Pequena drenagem inserida entre reduzidos fragmentos de
mata
673153/7871580
26) AE (AID)
27) E5 (AID)
28) E5 (AID/AV)
29) AE (ADA)
30) AE (AID)
31) AE (AID)
32) AE (AID/AV)
33) AE (ADA)
34) AE (AID/AV)
35) E8 (AID/AV)
36) E9 (ADA)
37) E10 (AID)
38) E11 (AID)
39) E12 (ADA)
40) E13 (AID)
41) E14 (AID/AV)
673869/7880809
673227/7880684
672913/7880774
672354/7881194
674451/7880405
674252/7879928
673560/7878827
672627/7877059
671695/7875516
669964/7875181
673967/7876688
677376/7875244
671144/7872376
670610/7870251
675367/7869767
Legenda: AE – Área de Entorno; E – Corresponde a cada estação amostral (1 a 14); ADA – Área
Diretamente Afetada; AID – Área de Influência Direta; AII – Área de Influência Indireta; AV – Área
de Vizinhança (500m da ADA).
Documento no.
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85
Morro do Pilar Minerais S.A.
Figura 4.1 - Estações amostrais e pontos adicionais para o levantamento da herpetofauna
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Data:
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86
Morro do Pilar Minerais S.A.
4.4.
Resultados e discussão
4.4.1.
Riqueza de espécies
Foram registradas diretamente 47 espécies de anfíbios anuros no total, distribuídas em nove
famílias: Hylidae (23), Leptodactylidae (8), Leiuperidae (4), Bufonidae (3), Brachycephalidae (3),
Cycloramphidae (2), Microhylidae (2), Craugastoridae (1) e Hylodidae (1). Anfíbios cecilídeos
(Gymnophiona) não foram observados. Também foram registradas 23 espécies de répteis, sendo
oito lagartos, 13 serpentes e dois jacarés, pertencentes às seguintes famílias: Dipsadidae (8),
Teiidae (3), Viperidae (3), Tropiduridae (2), Colubridae (2), Alligatoridae (2), Gekkonidae (1),
Leiosauridae (1), e Polychrotidae (1) (Quadro 4.3 e Quadro 4.4). A somatória totaliza uma riqueza
de 70 táxons.
Quadro 4.3. Espécies de anfíbios registradas durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011). Obs.: V =
Visualização; Z = Zoofonia; PT = Pitfall traps
Família
Espécie
Nome vulgar
Tipo de
registro
Pontos com
registro da
espécie
6, 7, 25, 37, 38,
Rhinella pombali
Sapo
amarelo
39, 40, 41,
V, Z, PT
PT4, PT5, PT8,
PT11, PT12
Bufonidae
Rhinella
Sapo
rubescens
vermelho
Rhinella
schneideri
Ischnocnema
juipoca
Brachycephalidae
PT1, PT2, PT3,
Ischnocnema cf.
izecksohni
Ischnocnema
surda
V
Estação
Amostral
com
ocorrência
Campanha
de
ocorrência
AE, E1, E2,
E3, E4, E5,
E8, E10, E11,
1ª e 2ª
E12, E13, E14
7
E3
1ª
PT8, PT9,
E8, E9, E10,
PT10, PT12
E12
1ª
E10, E13, E14
1ª
Sapo cururu
PT
Rãzinha
PT
Rãzinha
Z
21
E6
1ª
Rãzinha
PT
PT2, PT7
E2, E7
1ª
PT10, PT13,
PT14
7, 21, 37, 38,
Craugastoridae
Haddadus
binotatus
Rãzinha
V, PT
40, 41, PT2,
E2, E3, E4,
PT3, PT4, PT6,
E6, E10, E11,
PT10, PT13,
E13, E14
PT14
Documento no.
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Página:
87
1ª e 2ª
Morro do Pilar Minerais S.A.
Estação
Amostral
com
ocorrência
Campanha
de
ocorrência
Nome vulgar
Tipo de
registro
Pontos com
registro da
espécie
Rãzinha
Z, PT
28, PT5
E5
1ª
megatympanum
Rãzinha
V, Z, PT
15, 40, PT10
AE, E10, E13
1ª
Aplastodiscus
Perereca
7, 21, 23, 27,
AE, E3, E5,
cavicola
verde
32, 37, 41
E6, E7, E10,
Família
Espécie
Odontophrynus
cultripes
Cycloramphidae
Thoropa
V, Z
1ª e 2ª
E14
Bokermannohyla
nanuzae
Bokermannohyla
saxicola
Bokermannohyla
gr. circumdata
Dendropsophus
branneri
Perereca
V, Z
3, 4, 14, 40, 41
AE, E13, E14
1ª
Perereca
V
16, 40
AE, E13
1ª e 2ª
Perereca
V
41
E14
1ª
Pererequinha
V, Z
5, 37
AE, E10
1ª
AE, E5, E8
1ª e 2ª
Dendropsophus
Pererequinha
elegans
de moldura
Hylidae
2, 5, 6, 22, 25,
V, Z
26, 27, 28, 29,
31, 33, 35
2, 3, 5, 6, 7, 21,
Dendropsophus
Pererequinha
minutus
amarela
V, Z
22, 23, 27, 28,
AE, E3, E5,
29, 30, 32, 35,
E6, E7, E8,
36, 37, 38, 39,
40, 41
Dendropsophus
rubicundulus
Pererequinha
V, Z
E9, E10, E11,
1ª e 2ª
E12, E13, E14
27, 35, 36, 37,
E5, E8, E9,
38, 39, 40, 41
E10, E11,
1ª
E12, E13, E14
Dendropsophus
seniculus
Dendropsophus
aff. branneri
Perereca
V, Z
Pererequinha
V, Z
Documento no.
Data:
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27/3/2012
26, 27, 28, 29,
30, 33
AE, E5
1ª
AE, E5
1ª
2, 5, 22, 27, 29,
31, 32, 33
Página:
88
Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Espécie
Nome vulgar
Tipo de
registro
Pontos com
registro da
espécie
Estação
Amostral
com
ocorrência
Campanha
de
ocorrência
2, 5, 6, 21, 22,
Hypsiboas
Rã carneiro
albopunctatus
V, Z
24, 27, 29, 30,
AE, E5, E6,
31, 32, 35, 36,
E8, E9, E10,
37, 38, 39, 40,
41
Hypsiboas
crepitans
Hypsiboas faber
Perereca
V, Z
Sapo martelo
V, Z
E11, E12,
1ª e 2ª
E13, E14
26, 29, 35, 41
AE, E8, E14
21, 27, 37, 38,
AE, E5, E6,
39, 40, 41
E10, E11,
1ª
1ª e 2ª
E12, E13, E14
Hypsiboas lundii
Perereca
V, Z
37, 38, 40, 41
E10, E11,
E13, E14
Hypsiboas
Perereca
pardalis
V, Z, PT
Hypsiboas cf.
Perereca de
cipoensis
pijama
Phyllomedusa
Perereca
burmeisteri
verde
Scinax carnevallii
Perereca
V, Z
Scinax eurydice
Perereca
V, Z, PT
Scinax
fuscomarginatus
Perereca
Scinax
Perereca de
fuscovarius
banheiro
Z
5, 7, 22, 26, 29,
30, PT5
AE, E3, E5
1ª e 2ª
15, 16, 17
AE
1ª
5, 6, 21, 27, 28,
V, Z
AE, E5, E6,
34, 38, 39
E11, E12
7, 16, 29, 40
AE, E3, E13
5, 6, 27, 30, 33,
AE, E5, E13,
40, 41, PT13
E14
39
E12
28, 35, 36, 37,
AE, E5, E8,
38, 39, 40, 41
E9, E10, E11,
V, Z
V, Z
E12, E13, E14
Documento no.
Data:
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1ª
Página:
89
1ª
1ª e 2ª
1ª
1ª
1ª e 2ª
Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Espécie
Scinax aff.
perereca
Scinax aff. xsignatus
Hylodidae
Hylodes otavioi
Nome vulgar
Tipo de
registro
Pontos com
registro da
espécie
Perereca
Z
6
Perereca
V, Z
Rãzinha
V, Z, PT
Estação
Amostral
com
ocorrência
Campanha
de
ocorrência
AE
1ª
AE, E5, E7
1ª
5, 6, 23, 26, 27,
29, 30, 33
1, 9, 11, 23,
PT3, PT4
E1, E2, E3,
E4, E7
1ª e 2ª
2, 5, 6, 21, 22,
24, 26, 27, 28,
Physalaemus
Rã cachorro
cuvieri
V, Z, PT
29, 30, 31, 32,
AE, E3, E5,
E6, E7, E9,
33, 34, 36, 38,
E11, E12,
39, 40, 41,
E13, E14
1ª
PT3, PT6, PT7
Leiuperidae
Physalaemus
crombiei
Physalaemus
orophilus
Pseudopaludicola
sp.
Leptodactylus
cunicularius
Leptodactylidae
Rãzinha
V, Z, PT
21, PT6
E6
1ª
Rãzinha
V, Z, PT
21, PT1, PT6
E1, E6
1ª e 2ª
Rãzinha
V, Z
26, 33
AE
1ª
Rãzinha
V, Z
AE, E13
1ª e 2ª
Leptodactylus
Rã
fuscus
assobiadora
Leptodactylus
latrans
Leptodactylus
labyrinthicus
Rã manteiga
Rã-pimenta
15, 18, 40,
Estrada*
2, 5, 25, 26, 27,
V, Z, PT
V, Z, PT
V, Z
AE, E5, E9,
29, 30, 36, 38,
E10, E11,
40, PT10, PT12
E12, E13
21, 37, 38, 39,
E6, E10, E11,
40, 41, PT11
E12, E13, E14
2, 5, 7, 21, 26,
AE, E3, E5,
27, 29, 31, 36,
E6, E8, E9,
38, 39, 40, 41
E11, E12,
E13, E14
Documento no.
Data:
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Página:
90
1ª
1ª e 2ª
1ª
Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Espécie
Leptodactylus
furnarius
Leptodactylus
mystacinus
Leptodactylus
mystaceus
Leptodactylus sp.
(Adenomera)
Elachistocleis
cesarii
Estação
Amostral
com
ocorrência
Campanha
de
ocorrência
24
AE
1ª
Pontos com
registro da
espécie
Nome vulgar
Tipo de
registro
Rãzinha
V, Z
Rãzinha
V, PT
2, PT7
AE, E7
1ª
Rãzinha
Z
26
AE
1ª
Rãzinha
Z
21
E6
1ª
Rã apito
V, Z, PT
6, 15, 18, 22,
26, 27, 33, 34,
E14
21, PT6
E6
Microhylidae
Chiasmocleis sp.
Rãzinha
AE, E5, E11,
PT11, PT14
PT
1ª
1ª
Quadro 4.4. Espécies de répteis registradas durante a realização da amostragem da herpetofauna
na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011). Obs.: V = Visualização; PT =
Pitfall traps; A = Atropelamento; E = Entrevista; O = Ocasional
Família
Polychrotidae
Leiosauridae
Espécie
Polychrus
Lagarto
acutirostris
preguiça
Enyalius
bilineatus
Tropidurus
Tropiduridae
itambere
Tropidurus gr.
torquatus
Gekkonidae
Teiidae
Nome vulgar
Hemidactylus
mabouia
Tipo de
registro
V
Pontos com
Estação
Campanha
registro da
Amostral com
de
espécie
ocorrência
ocorrência
40
E13
1ª
PT1, PT8, PT9,
Lagarto
PT
PT10, PT11,
PT13, PT14
E1, E8, E9, E10,
E11, E13, E14
1ª
Calango
V
36, 37, 40
E9, E10, E13
1ª e 2ª
Calango
V
25
AE
1ª
Lagartixa
V
25, 37, 38, 40
Ameiva ameiva Calango verde
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
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V, PT
AE, E10, E11,
E13
PT9, PT10,
E9, E10, E11,
PT11, PT13
E13
Página:
91
1ª e 2ª
1ª e 2ª
Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Espécie
Cnemidophorus
ocellifer
Tupinambis
merianae
Colubridae
registro da
Amostral com
de
espécie
ocorrência
ocorrência
PT8, PT9, PT10,
E8, E9, E10,
PT11, PT12,
E11, E12, E13,
PT13, PT14
E14
21, PT10, PT11,
AE, E7, E10,
PT13, Estrada*
E11, E13
V, A
Estrada*
AE, E11
1ª
Cobra cipó
A
Estrada*
AE
2ª
Palheira
V
40
E13
2ª
Cobra
V
38
E11
1ª
Cobra do lixo
V, PT
PT6
E6
1ª e 2ª
Falsa coral
A
Estrada*
AE
2ª
Cobra coral
PT
PT10
E10
1ª
Cobra verde
V
41
E14
1ª
Cobra
V
7
E3
1ª
Boipeva
A
Estrada*
AE
2ª
A
Estrada*
E14
2ª
21, 28, 37, 40,
E5, E6, E10,
41
E13, E14
Nome vulgar
Calango verde
Teiú
bifossatus
do brejo
Chironius
almadensis
Liophis typhlus
Liophis
poecylogyrus
Oxyrhopus
petola
Oxyrhopus
trigeminus
Philodryas
olfersii
Philodryas sp.
Xenodon
merremii
Bothropoides
Jararaca de
neuwiedi
rabo branco
Bothropoides
jararaca
Caudisona
durissa
Paleosuchus
Alligatoridae
Campanha
Jararacussu
Liophis
Viperidae
Estação
Mastigodryas
exoletus
Dipsadidae
Pontos com
palpebrosus**
Tipo de
registro
PT
V, PT, O
1ª
1ª e 2ª
Jararaca
V
Cascavel
V, O
27, 41
E5, E14
1ª e 2ª
Jacaré
V, E, O
29**
AE, E10
1ª
V
14***
E14
2ª
Caiman
Jacaré do
latirostris***
papo amarelo
Legenda:
Documento no.
Data:
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Página:
92
1ª
Morro do Pilar Minerais S.A.
*Estrada: M. bifossatus - 671695/7875515; 674158/7879801
T. merianae – 667911/7886631; 668361/7878998; 672354/7881194
X. merremi – 670248/7870367
O. petola – 676775/7874907
C. exoletus – 675229/7874488
B. neuwiedi – 675349/7870974
**P. palpebrosus foi apontada por moradores locais como ocorrente no ponto 29 (AE), observação não
constatada in loco. Visualizações Ocasionais: 678245/7868295; 676993/7875158
***C. latirostris registrada próxima à E14 – 678206/7868250.
Entre os anfíbios, a família Hylidae foi a de maior representatividade durante os estudos,
contando com o registro de 23 táxons, seguida por Leptodactylidae (oito táxons) e Leiuperidae
(quatro táxons), superioridade esta que é geralmente esperada para estudos desenvolvidos em
regiões neotropicais (Duellman & Trueb, 1986) (Figura 4.2). A presença de discos adesivos na
extremidade de suas falanges, que conferem a capacidade de escalar superfícies verticais,
possibilitou ao grupo explorar um grande número de ambientes, notadamente em áreas
florestadas, e levou à elevada especiação nesta família (Haddad & Sawaya, 2000). O hábito
arborícola facilita a visualização e registro de espécimes em campo, pois podem ser encontrados
nas margens de córregos e lagoas (Duellman & Trueb, 1986).
Oito espécies ainda não apresentam seu estado taxonômico totalmente definido e três
correspondem a novas espécies para a ciência, quais sejam: Scinax aff. perereca, cujo trabalho de
descrição encontra-se em fase final (Nascimento, Nunes e Carvalho Jr., in prep.) Pseudopaludicola
sp. e Chiasmocleis sp., que ainda estão em processo de análise. Uma espécie, Aplastodiscus
cavicola é considerada NT (near threatened) segundo a IUCN (2011).
Figura 4.2 - Espécies de anfíbios ordenadas pelas famílias registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
25
Riqueza de espécies
20
15
10
5
Documento no.
Data:
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Página:
93
da
e
od
i
H
yl
da
e
or
i
as
t
C
ra
ug
M
ic
ro
hy
lid
ae
da
e
lo
ra
m
C
yc
ha
l
yc
ep
ph
i
id
ae
e
id
a
B
ra
ch
B
uf
on
id
ae
pe
r
Le
iu
Le
pt
od
a
ct
y
H
yl
lid
ae
id
ae
0
Morro do Pilar Minerais S.A.
Entre os répteis, houve uma predominância global da família Dipsadidae (oito táxons), seguida
por Teiidae e Viperidae (três táxons cada) (Figura 4.3). A predominância de dipsadídeos, antes
alocados em Colubridae, concorda com o padrão geral observado em diferentes biomas da
América do Sul (veja Santos-Costa & Prudente, 2003). Apenas duas espécies não apresentam seu
estado taxonômico totalmente definido, o lagarto Tropidurus gr. torquatus e a serpente
Philodryas sp., ambos registrados apenas visualmente à distância. Destacam-se os registros de
duas espécies de jacarés e de três viperídeos de importância médica. Como não formam
aglomerados reprodutivos, o encontro de répteis durante as atividades de campo costuma
ocorrer de forma ocasional, sobretudo em amostragens de curto termo, devido à cripticidade,
hábitos e período de atividade, dentre outros fatores.
Figura 4.3 - Espécies de répteis ordenadas pelas famílias registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
4.4.2.
Distribuição espacial, freqüência de ocorrência e abundância das espécies na área de
estudo
As 14 estações de amostragens definidas compreenderam seis fitofisionomias principais, que
foram: FES-I, ou Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração; FES-M/A, ou
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio/avançado de regeneração; Eucaliptal; Canga;
Pastagem e Candeal. Estas fitofisionomias distribuíram-se conforme apresentado na Figura 4.4.
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Figura 4.4 - Representatividade das fitofisionomias principais nas 14 estações amostrais e entorno
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011)
1
1
2
12
FES-I
7
FES-M/A
Pastagem
Eucaliptal
Canga
Candeal
12
Em cada estação amostral, assim como no seu entorno, foram selecionados os pontos para
realização das atividades, que estiveram distribuídos entre as áreas como mostra a Figura 4.5, a
seguir.
Figura 4.5 - Representatividade dos pontos de amostragem distribuídos em cada estação amostral
e nas áreas de entorno durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do
empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
3
2
Estação 1
2
Estação 2
Estação 3
Estação 4
4
Estação 5
Estação 6
22
Estação 7
3
Estação 8
Estação 9
Estação 10
2
Estação 11
Estação 12
Estação 13
3
1
1
1
1
1
1
Estação 14
Entorno
1
A ocorrência de espécies, sobretudo de anfíbios, em função da formação de assembléias
reprodutivas, esteve fortemente ligada à presença de pontos úmidos inseridos nas estações
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amostrais (e entorno), seja natural ou artificial, e que estiveram distribuídos da seguinte forma
(Figura 4.6).
Figura 4.6 - classes de corpos d’água observados nos pontos selecionados durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Riachos e córregos
Áreas brejosas
Malhas de drenagens
Poças e lagoas
A partir da análise destas figuras, é possível perceber que as duas fitofisionomias mais presentes
na área de estudo foram a Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de recuperação e a
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio/avançado de recuperação, com destaque
também para pastagens. Da mesma forma, com relação aos ambientes úmidos, riachos e córregos
corresponderam à classe mais abundante na região, seguidos pelas áreas brejosas. Deve-se
ressaltar que a dominância numérica de pontos amostrais presentes na classe denominada “área
de entorno” (Figura 4.9), se deve ao fato de que a mesma reúne todos os pontos observados
entre as 14 estações amostrais, ou seja, no seu entorno imediato.
Neste contexto, a ocorrência de espécies de anfíbios e répteis em termos de riqueza variou em
cada estação amostral conforme apresentado na Figura 4.7 e Figura 4.8.
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Figura 4.7 - Riqueza de espécies de anfíbios registradas em cada estação amostral durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar/MG
(2010/2011)
20
Riqueza de espécies de anfíbios
18
16
14
12
10
8
6
4
2
Es
ta
çã
o
5
Es
ta
çã
o
13
Es
ta
çã
o
14
Es
ta
çã
o
10
Es
ta
çã
o
6
Es
ta
çã
o
11
Es
ta
çã
o
12
Es
ta
çã
o
3
Es
ta
çã
o
8
Es
ta
çã
o
9
Es
ta
çã
o
7
Es
ta
çã
o
2
Es
ta
çã
o
1
Es
ta
çã
o
4
0
No caso dos anfíbios, as estações amostrais que apresentaram maior riqueza foram,
consecutivamente, a E5, E13, E14 e E10. Em contrapartida, as estações com menor quantidade de
espécies foram a E7, E2, E1 e E4. As áreas de entorno (AE) reuniram uma riqueza total de 30
espécies, mas este dado não foi incluído na análise gráfica acima, porque se trata de um conjunto
de pontos.
Figura 4.8 - riqueza de espécies de répteis registradas em cada estação amostral durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011)
12
Riqueza de espécies de répteis
10
8
6
4
2
Es
ta
çã
o
10
Es
ta
çã
o
13
Es
ta
çã
o
11
Es
ta
çã
o
14
Es
ta
çã
o
9
Es
ta
çã
o
5
Es
ta
çã
o
6
Es
ta
çã
o
8
Es
ta
çã
o
1
Es
ta
çã
o
3
Es
ta
çã
o
7
Es
ta
çã
o
12
Es
ta
çã
o
2
Es
ta
çã
o
4
0
No caso dos répteis, as estações amostrais que apresentaram maior riqueza foram,
consecutivamente, a E10, E13, E11 e E14. Em contrapartida, as estações com menor quantidade
de espécies foram a E1, E3, E7 e E12, com um táxon apenas em cada, além de E2 e E4, que não
apresentaram qualquer resultado. As áreas de entorno (AE) reuniram uma riqueza total de nove
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espécies, mas este dado não foi incluído na análise gráfica acima, porque se trata de um conjunto
de pontos.
Figura 4.9 - Riqueza total de espécies registradas em cada estação amostral durante a realização
da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
30
Riqueza total de espécies
25
20
15
10
5
Es
ta
çã
o
13
Es
ta
çã
o
10
Es
ta
çã
o
14
Es
ta
çã
o
11
Es
ta
çã
o
5
Es
ta
çã
o
6
Es
ta
çã
o
12
Es
ta
çã
o
9
Es
ta
çã
o
3
Es
ta
çã
o
8
Es
ta
çã
o
7
Es
ta
çã
o
2
Es
ta
çã
o
1
Es
ta
çã
o
4
0
Considerando-se a riqueza total obtida, as estações amostrais que apresentaram maior riqueza
foram, respectivamente, a E13, E10, E14 e E11. Em contrapartida, as estações com menor
quantidade de espécies foram a E7, E2, E1 e E4, estas três últimas com menos de cinco espécies
cada. As áreas de entorno (AE) reuniram uma riqueza total de 39 espécies, mas este dado não foi
incluído na análise gráfica acima pelas razões já colocadas. Ao analisar a informação sobre a
riqueza de espécies considerando-se conjuntamente os dados das fitofisionomias e da ocorrência
de corpos d’água, tem-se o
Quadro 4.5.
Quadro 4.5. Riqueza de espécies de acordo com características de habitat e microhabitat
Total fitofisionomias
inseridas
Total classes de
fitofisionomias
Presença de corpo
d’água
Tipos de corpo
d’água
Maior riqueza
(n=4)
5
13
Sim
5
Menor riqueza
(n=4)
4
9
Sim
1
Áreas
Entre as áreas de maior riqueza, todas apresentaram corpos d’água, lênticos, lóticos, temporários
ou permanentes, e ocorreram cinco classes de fitofisionomias: FES-I; FES-M/A; Pastagem;
Candeal; Eucaliptal. Quanto às menos ricas, apenas uma apresentou corpo d’água e ocorreram
quatro classes de fitofisionomias: FES-I; FES-M/A; Eucaliptal; Canga. Desta forma, cabe ressaltar a
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importância da presença e da diversidade de corpos d’água para a ocorrência de espécies da
herpetofauna, como supracitado.
Torna-se importante discernir, entretanto, que o resultado encontrado deve ser considerado com
cautela porque em determinadas situações a observação de uma riqueza de espécies superior na
verdade pode remeter a um quadro de alteração ambiental com predominância quantitativa e
qualitativa de táxons oportunistas e de maior tolerância, ou mesmo corresponder a algum viés
metodológico. A título de exemplo, a Estação Amostral 3, que apresentou apenas a nona maior
riqueza (n=11) representa uma das maiores aglomerações de Floresta Estacional Semidecidual da
região, além de corresponder a uma área de acessibilidade mais difícil. Já a Estação Amostral 5,
detentora da quinta maior riqueza entre todas as áreas, encontra-se atualmente com suas
condições naturais alteradas, sobretudo por atividades como lavouras e abertura de pastagens.
Geralmente, estudos que envolvem amostragens rápidas permitem a obtenção de uma noção do
que se pode esperar para determinada localidade, mas nem sempre são realmente
representativos, não permitindo comparações ideais (Nascimento e Oliveira, 2007).
Em relação à freqüência de ocorrência, algumas espécies mostraram-se mais amplamente
distribuídas entre as estações amostradas enquanto outras tiveram ocorrência mais pontual (
Figura 4.10 e Figura 4.11).
Figura 4.10 - Freqüência de ocorrência observada para as espécies de anfíbios durante a
realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG
(2010/2011)
25
Frequência de ocorrência
20
15
10
5
U
S
X
A
A
Q
O
A
A
M
A
A
I
K
A
A
E
G
A
A
Z
C
A
X
U
S
Q
O
M
I
K
E
G
C
A
0
Legenda:
A Physalaemus cuvieri
Dendropsophus
B minutus
Hypsiboas
C albopunctatus
M Scinax fuscovarius
Z
N
Scinax aff. x-signatus
AB Hypsiboas lundii
NA Pseudopaludicola sp.
O
Aplastodicus cavicola
AC Scinax carnevallii
AO Leptodactylus mystacinus
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Hypsiboas crepitans
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AM Physalaemus crombiei
Morro do Pilar Minerais S.A.
Leptodactylus
AD cunicularius
D Rhinella pombali
P
Hypsiboas faber
E Haddadus binotatus
Leptodactylus
F labyrinthicus
Q
Hypsiboas pardalis
R
Leptodactylus latrans
G Leptodactylus fuscus
Dendropsophus
H elegans
Dendropsophus
I rubicundulus
Dendropsophus
aff.
J branneri
S
Dendropsophus seniculus
T
Hylodes otavioi
U
V
Elachistocleis cesarii
Bokermannohyla
nanuzae
K Scinax eurydice
Phyllomedusa
L burmeisteri
X
Leptodactylus furnarius
Y
Rhinella schneideri
AP
Chiasmocleis sp.
AE Ischnocnema juipoca
Physalaemus
AF orophilus
Thoropa
AG megatympanum
Hypsiboas
cf.
AH cipoensis
AQ Rhinella rubescens
Ischnocnema
AR izecksohni
Bokermannohyla
AS circumdata
AI
AU Scinax aff. perereca
Ischnocnema surda
Odontophrynus
AJ cultripes
Bokermannohyla
AK saxicola
Dendropsophus
AL branneri
AT
cf.
gr.
Scinax fuscomarginatus
AV
Leptodactylus mystaceus
AX
Leptodactylus sp.
Figura 4.11 - Freqüência de ocorrência observada para as espécies de répteis durante a realização
da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
8
7
Frequência de ocorrência
6
5
4
3
2
1
0
B
G
H
E
F
T
C
I
M
U
V
X
D
A
J
K
L
Legenda:
B
G
Enyalius bilineatus
Cnemidophorus ocellifer
A
J
Polychrus acutirostris
Chironius exoletus
H
Tupinambis merianae
K
Liophis almadensis
E
Hemidactylus mabouia
L
Liophis typhlus
F
Ameiva ameiva
N
Oxyrhopus petola
T
Bothropoides jararaca
O
Oxyrhopus trigeminus
C
I
Tropidurus itambere
Mastigodryas bifossatus
P
Q
Philodryas olfersii
Philodryas sp.
M
Liophis poecylogyrus
R
Xenodon merremii
U
V
Caudisona durissa
Paleosuchus palpebrosus
S
Bothropoides neuwiedi
Documento no.
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N
O
P
Q
R
S
Morro do Pilar Minerais S.A.
X
D
Caiman latirostris
Tropidurus gr. torquatus
Entre os anfíbios, oito espécies foram registradas em maior número de localidades amostradas,
um indício de que provavelmente estejam mais amplamente distribuídas ao longo da área de
estudo. São elas: P. cuvieri (23), D. minutus (20), H. albopunctatus (18), R. pombali (16), H.
binotatus (13), L. labyrinthicus (13), L. fuscus (12) e D. elegans (12). Todas são generalistas, de
ocorrência comum e ampla distribuição geográfica (Frost, 2011). Estes táxons podem ser
encontrados preferencialmente em ambientes lênticos ou de constante troca, primariamente
abertos, à exceção de R. pombali e H. binotatus, que requerem formações fechadas ou de borda,
este último relacionado à camada de serrapilheira que se forma no solo, apresentando maior
independência com relação à água por possuir desenvolvimento direto.
Por outro lado, sete espécies ocorreram de forma restrita, em apenas uma localidade. São elas:
Rhinella rubescens, Ischnocnema cf. izecksohni, Bokermannohyla gr. circumdata, Scinax
fuscomarginatus, Scinax aff. perereca, Leptodactylus mystaceus e Leptodactylus sp. Quatro destes
táxons não se apresentam identificados até o nível específico; Ischnocnema cf. izecksohni foi
registrado isoladamente e apenas por zoofonia, Bokermannohyla gr. circumdata que ocorre em
riachos no interior de mata, Scinax aff. perereca, que apesar de apresentar-se distribuída em
outros municípios de MG é um táxon ainda não descrito pela ciência, e Leptodactylus sp., que
anteriormente se incluía no gênero Adenomera e foi igualmente registrada isoladamente e
apenas por zoofonia.
Entre os répteis, seis espécies foram registradas em maior número de localidades amostradas, um
indício de que provavelmente estejam mais amplamente distribuídas ao longo da área de estudo.
São elas: E. bilineatus (7), C. ocellifer (7), T. merianae (5), A. ameiva (4) e B. jararaca (4).Trata-se
de espécies de ocorrência comum e ampla distribuição geográfica, que podem ser relacionadas a
ambientes tanto de Mata Atlântica como de Cerrado, como os encontrados na área de estudo
(TIGR, 2011).
Por outro lado, onze espécies ocorreram de forma altamente pontual, em apenas uma localidade,
incluindo nove serpentes e dois lagartos, o que corresponde a 47,8% do total, com destaque para
B. neuwiedii, de importância médica. Este dado reforça a dificuldade e ocasionalidade para os
registros de répteis em geral, como já foi discutido.
Através dos dados levantados é possível inferir sobre a abundância de indivíduos com a qual cada
espécie foi representada nas localidades. Estes dados se restringirão ao grupo dos anfíbios, devido
ao registro único e pontual da maioria das espécies de répteis (Quadro 4.6).
Quadro 4.6. Abundância das espécies de anfíbios observadas durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
Família
Espécie
Abundância
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Atividade de vocalização
Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Bufonidae
Brachycephalidae
Craugastoridae
Espécie
Abundância
Atividade de vocalização
Rhinella pombali
2
S-1
Rhinella rubescens
1
N
Rhinella schneideri
1
N
Ischnocnema juipoca
1
N
Ischnocnema cf. izecksohni
1
S-2
Ischnocnema surda
1
N
Haddadus binotatus
1
N
Odontophrynus cultripes
1
S-2
Thoropa megatympanum
1
S-2
Aplastodicus cavicola
2
S-1
Bokermannohyla nanuzae
2
S-1
Bokermannohyla saxicola
1
N
Bokermannohyla gr. circumdata
1
N
Dendropsophus branneri
1
S-2
Dendropsophus elegans
2
S-1
Dendropsophus minutus
2
S-1
Dendropsophus rubicundulus
2
S-1
Dendropsophus seniculus
2
S-1
Dendropsophus aff. branneri
2
S-1
Hypsiboas albopunctatus
2
S-1
Hypsiboas crepitans
2
S-1
Hypsiboas faber
2
S-1
Hypsiboas lundii
1
S-2
Hypsiboas pardalis
2
S-1
Hypsiboas cf. cipoensis
1
S-2
Phyllomedusa burmeisteri
2
S-1
Cycloramphidae
Hylidae
Documento no.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Família
Hylodidae
Espécie
Abundância
Atividade de vocalização
Scinax carnevallii
2
S-1
Scinax eurydice
2
S-1
Scinax fuscomarginatus
1
S-2
Scinax fuscovarius
2
S-1
Scinax aff. Perereca
1
S-2
Scinax aff. x-signatus
2
S-1
Hylodes otavioi
2
S-1
Physalaemus cuvieri
2
S-1
Physalaemus crombiei
2
S-1
Physalaemus orophilus
2
S-1
Pseudopaludicola sp.
2
S-1
Leptodactylus cunicularius
1
S-2
Leptodactylus fuscus
2
S-1
Leptodactylus latrans
2
S-1
Leptodactylus labyrinthicus
2
S-1
Leptodactylus furnarius
2
S-1
Leptodactylus mystacinus
1
N
Leptodactylus mystaceus
1
S-2
Leptodactylus sp.
1
S-2
Elachistocleis cesarii
1
S-2
Chiasmocleis sp.
1
N
Leiuperidae
Leptodactylidae
Microhylidae
Legenda: Classe 1 significa até 15 indivíduos; Classe 2 significa uma assembléia reprodutiva (“coro”), aonde a contagem
é impossibilitada; S-1 significa sim e com grande número de indivíduos ativos; S-2 significa sim, mas com baixo número
de indivíduos ativos e/ou registros isolados; N - significa sem atividade de vocalização.
Quase todas as espécies de anfíbios foram registradas em atividade de vocalização (80,8%) sendo
55,32% de forma abundante. Nove espécies não apresentaram registro zoofônico. Durante a
estação chuvosa, formaram-se grandes assembléias reprodutivas em diversos locais úmidos
temporários, sobretudo abertos, caracterizando coros reprodutivos, como o ponto amostral P26,
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uma extensa área alagada em mosaico e com abundante vegetação arbustiva e herbácea, que
contou com o registro de mais de 10 espécies de anfíbios.
A vocalização em anfíbios anuros pode ser um indicativo da atividade reprodutiva, mas ela
também possui outras funções como anunciar a posição de um indivíduo para outros, defesa de
sítios de canto ou ainda expressar um comportamento agressivo (Duellman & Trueb, 1986).
Devido a esta plasticidade das vocalizações em anuros, considerá-las isoladamente como
marcadores de atividade reprodutiva pode incluir um período maior do que aquele realmente
usado para reprodução. A presença de fêmeas ovuladas, jovens recém metamorfoseados e
girinos, em conjunto às vocalizações, obtidos durante a temporada chuvosa, constituem indícios
mais seguros acerca do período reprodutivo real. Foram observados girinos em alguns dos pontos
amostrados assim como imagos puderam ser registrados, como os jovens indivíduos de H. faber,
H. pardalis, L. fuscus, L. latrans e principalmente R. pombali, entre outros, caracterizando a
entrada de novos indivíduos na população (recrutamento).
4.4.3.
Distribuição sazonal e aspectos da biologia das espécies
Durante a execução dos estudos, foi possível perceber uma influência marcante da questão
sazonal na amostra obtida para a área do empreendimento, como é esperado em geral para a
região sudeste. Na campanha realizada durante a estação chuvosa, foram registrados de forma
exclusiva 43 táxons e durante a seca, foram registradas seis espécies de anfíbios e répteis,
totalizando 21 espécies ocorridas em ambas as estações, como mostra o Quadro 4.7, a seguir.
Quadro 4.7. Influência sazonal na ocorrência das espécies registradas durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
2ª campanha –
Grupo
1ª campanha – exclusivos
chuvosa
exclusivos seca
Anfíbios
32
Répteis
Total
Ambas
Total
0
15
47
11
6
6
23
43
6
21
Esta influência é notável, em que a falta de umidade e a escassez de chuvas caracterizam a
temporada seca, ao contrário do período de verão, quando a precipitação pluviométrica se
mostra consideravelmente aumentada ocasionando a formação de diversos ambientes úmidos,
estimulando a saída dos indivíduos de seus abrigos em busca de oferta alimentar e parceiros
sexuais. Esta condição se mostra evidente no caso dos anfíbios, em que não foram registradas
espécies exclusivas durante a segunda campanha, na qual o número de registros foi
substancialmente inferior ao da primeira campanha.
Grande parte dos corpos d’água apresentou caráter intermitente, seja em áreas totalmente
abertas ou em áreas de Floresta Estacional, apresentado significativa redução do volume de água
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ou mesmo tornando-se completamente secos fora do período chuvoso, como pode ser observado
durante as amostragens realizadas.
4.4.3.1
Anfíbios
Sabe-se que a chuva é o fator extrínseco primário que atua no controle da atividade da maioria
das espécies neotropicais (Duellman & Trueb, 1986) e os anfíbios são extremamente dependentes
dos corpos d’agua, utilizados como sítios de reprodução e locais de desova. Algumas espécies
apresentam a capacidade de se reproduzir durante o ano inteiro, sobretudo aquelas relacionadas
a ambientes fechados e/ou com presença de corpos d`água permanentes, mas a grande maioria
prefere concentrar suas atividades durante a estação chuvosa, como é o caso da maioria das
espécies ocorrentes na área do empreendimento.
Nas assembleias reprodutivas observadas nos alagadiços temporários, foi possível amostrar
grandes coros reprodutivos, destacando-se numericamente as espécies de hilídeos D. minutus, H.
albobunctatus e D. elegans, os leptodactilídeos P. cuvieri, L. labyrinthicus e L. fuscus, e o
bufonídeo R. pombali. A diversidade de microambientes disponíveis nestes mesoambientes, bem
como a estratificação vertical, são fatores que possibilitam a ocorrência de uma gama de espécies
com características e especificidades distintas e favorecem a diminuição das interferências intra e
interespecíficas e a sobreposição de nichos.
Entre os hilídeos citados, os três ocupam poleiros nos estratos herbáceos e arbustivos,
preferencialmente, podendo utilizar-se também do estrato arbóreo, em alturas variando de 0,1m
a mais de 2,0m em relação ao nível da água/solo. A desova é realizada na água e apresentam o
modo reprodutivo 1, com ovos e girinos exotróficos depositados em água lêntica (Haddad &
Prado, 2005; Kopp et al., 2010).
Os três leptodactilídeos podem ser encontrados no solo marginal aos corpos d’água ou mesmo
inseridos nestes, em posição semiflutuante. P. cuvieri apresenta o modo reprodutivo 11, com
ninhos de espuma depositados na água, onde os girinos futuramente se desenvolverão. L.
labyrinthicus apresenta o modo reprodutivo 13, com ninhos de espuma também depositados na
água, mas em “bacias” previamente construídas, onde os girinos futuramente se desenvolverão.
Já L. fuscus apresenta o modo reprodutivo 30, com ninhos de espuma depositados em pequenas
câmaras construídas marginalmente ao corpo d’água, localizadas aonde poderão ser inundadas
pelo corpo d’água, no qual os girinos futuramente se desenvolverão (Haddad & Prado, 2005; Kopp
et al., 2010).
Por fim, o bufonídeo R. pombali que foi registrado com grande volume de indivíduos jovens
durante a temporada chuvosa, também apresenta o modo reprodutivo 1, com ovos e girinos
exotróficos depositados em água lêntica, apresentando uma desova em padrão típico de “fita”
(Haddad & Prado, 2005; Kopp et al., 2010).
Do total de espécies, 15 foram encontradas em menos de duas localidades. Entre estas, se
destacam os brachycefalídeos I. surda, Ischnocnema cf. izecksohni, o cycloramphídeo O. cultripes,
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os hylídeos B. saxicola e Bokermannohyla gr. circumdata, os leiuperídeos P. crombiei e
Pseudopaludicola sp., além dos leptodactilídeos L. mystaceus e Leptodactylus sp.
Os dois brachycefalídeos, que podem ser encontrados na serrapilheira, apresentam o modo
reprodutivo 23, com desenvolvimento direto a partir de ovos depositados em solo terrestre. O
cycloramphídeo, que vocaliza enterrado no solo e/ou na serrapilheira marginal aos corpos d’água,
apresenta o modo reprodutivo 1, com ovos e girinos exotróficos depositados em água lêntica. Os
dois hilídeos ocupam substratos marginais a corpos d’água lóticos no interior ou borda de mata,
mas B. saxicola apresenta a característica peculiar de se posicionar em rochas junto às
corredeiras, em pontos de alta interferência acústica, favorecidas pela freqüência mais baixa e
diferenciada do seu canto. Já os leiuperídeos podem ser encontrados marginalmente ou em
posição semiflutuante em poças e alagadiços, apresentando, respectivamente, o modo
reprodutivo 13, com ninhos de espuma depositados na água em “bacias” previamente
construídas, onde os girinos futuramente se desenvolverão, e o modo reprodutivo 32, com ninhos
de espuma depositados em pequenas câmaras construídas em solo terrestre, nas quais os girinos
endotróficos completarão seu desenvolvimento apenas na espuma (Haddad & Prado, 2005; Kopp
et al., 2010).
Em contrapartida, existem as espécies ditas de reprodução prolongada, ao longo do ano, que se
beneficiam da estabilidade do ambiente aonde vivem, como riachos e remansos permanentes em
interior de mata, ou mesmo algumas espécies que preferem concentrar os esforços reprodutivos
durante a época seca, o que pode ser considerado uma estratégia para se evitar a competição
interespecífica por diferentes recursos, como sítios reprodutivos, territórios e espaço acústico.
Durante a estação fria e seca a redução do metabolismo prolonga a vida larvária, possibilitando a
emergência dos jovens apenas no início da estação úmida seguinte, em que há maior
disponibilidade de alimentos. Desta forma, os girinos completariam a metamorfose no período de
abundância alimentar, aumentando as chances de sobrevivência (Rossa-Feres & Jim, 1994).
Geralmente estas espécies possuem menores requerimentos ecológicos e caráter mais
generalista, sobretudo aquelas relacionadas a ambientes abertos. Esta estratégia é tipicamente
observada para algumas espécies do gênero Rhinella (p. ex. gr. schneideri e gr. crucifer) e do
gênero Scinax (clado catharinae). Na presente amostra, estes grupos foram representados por R.
pombali e R. schneideri, registrados abundantemente, além de S. carnevalii, registrada apenas em
dois pontos.
4.4.3.2
Répteis
A pluviosidade também tem se mostrado um importante fator regulando a reprodução de
lagartos tropicais, podendo determinar o ciclo reprodutivo e influenciar o processo de
recrutamento (Rocha, 1994). Os parâmetros de muitas populações de lagartos variam ao longo do
ano, como resultado das variações nas condições ambientais locais e podem ser entendidos como
estratégias reprodutivas que, embora tenham uma base genética, são também controladas por
fatores ambientais. A resposta de lagartos ao ambiente termal é influenciada por aspectos do
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ambiente abiótico e biótico, pela história do indivíduo à exposição termal e por filogenia (Vitt et
al., 2008).
Animais ectotérmicos possuem importanet papel nas cadeias ecológicas. Anfíbios e lagartos, por
exemplo, são os principais controladores de insetos e outros invertebrados e apresentam papel
na alimentação de grandes vertebrados (Vitt et al., 2008). Em termos ecológicos, como animais
ectotérmicos, eles são importantes no fluxo de energia (cadeia trófica) de um ambiente porque
convertem cerca de 90% do que consomem em massa (tecidos corpóreos). Desta forma,
apresentam taxas de crescimento muito elevadas e, por isto, tornam-se as presas principais de
vertebrados maiores (p. ex. aves e mamíferos) (Pough et al., 1993).
O número de espécies de répteis numa comunidade depende de uma variedade de fatores, entre
os quais se destacam a altitude, o clima e a localização geográfica específica (Heatwole, 1982).
Sabe-se que a distribuição de grupos de répteis está relacionada com os tipos vegetacionais
encontrados em determinada região, embora muitas espécies ocupem mais de um ambiente.
Desta forma, a sua distribuição está relacionada à estrutura da vegetação e aos tipos de hábitats
disponíveis. Pianka (1967) considera que o fator mais importante relacionado ao número de
espécies ocorrentes em determinada área é a heterogeneidade espacial do ambiente. Neste
contexto cabe destacar a importância exercida pelos remanescentes de Floresta Estacional (e seus
microambientes associados) existentes na área do empreendimento para a manutenção da
herpetofauna da região, vizinha ao PARNA Serra do Cipó, possibilitando ainda o registro de
espécies não amostradas em estudos anteriores, como será discutido adiante.
A presença de lagartos em determinados ambientes tem forte ligação com os comportamentos
de forrageamento e termo-regulação, dieta, adaptações morfológicas e padrões de atividade
adotados por cada espécie (Meira et al., 2007). Dois padrões básicos de forrageamento podem
ser reconhecidos entre os lagartos, forrageadores ativos, que se deslocam atrás das presas, como
os teiídeos (p. ex. calango verde - A. ameiva) e os sedentários, que utilizam primariamente o
recurso visual, permanecendo parados à espreita, como os gekonídeos (p. ex. lagartixa - H.
mabouia). A composição da dieta de uma espécie pode variar entre os sexos, sazonalmente ou
ontogeneticamente. Machos e fêmeas diferem na dieta em termos qualitativos e quantitativos
tendo sido sugerida a redução da competição intersexual. A variação sazonal pode estar
relacionada à alteração na disponibilidade local do alimento e a ontogenética devido às
características morfológicas diferenciadas e requerimentos fisiológicos variando entre as etapas
de crescimento. Em muitas espécies os jovens são essencialmente carnívoros, condição que se
altera com o tamanho/idade, passando a onívoros, por exemplo, (Rocha et al., 1994).
Entre as 23 espécies de répteis obtidas durante a amostragem realizada, oito corresponderam a
lagartos, pertencentes a cinco famílias. Lagartos, assim como algumas serpentes, podem ser mais
facilmente encontrados em atividade de termoregulação e/ou forrageamento, ao contrário de
outros répteis. As oito espécies são generalistas e oportunistas, algumas delas sendo favorecidas
pela antropização, como Tropidurus gr. torquatus, H. mabouia e A. ameiva. P. acutirostris, C.
ocellifer e E. bilineatus, apesar de também generalistas, são as que apresentam relação mais
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íntima com os ambientes de mata, ainda necessários para sua perpetuação. O primeiro apresenta
hábitos arborícolas, sendo mais comumente associada a ambientes de Cerrado e os dois últimos
possuem hábitos rasteiros, C. ocellifer mais relacionado ao Cerrado e E. bilineatus mais
relacionado à Mata Atlântica.
As serpentes podem ser classificadas de acordo com o uso de certo tipo de hábitat e, geralmente,
a sua morfologia permite inferir o ambiente mais explorado. Podem ser terrícolas, caçando e se
abrigando no chão entre a vegetação, como é o caso da boipeva Xenodon merremii, registrada
neste estudo, arborícolas ou escansoriais, caçando e se abrigando também sobre a vegetação
suspensa, como, por exemplo, C. exoletus e P. olfersii, também obtidas na amostra. Podem
apresentar hábitos semiaquáticos, onde realizam suas atividades diárias, como M. bifossatus,
conhecida como jararacussu do brejo, ou ainda subterrâneos, permanecendo sob a superfície do
chão ou folhedo, como o gênero Oxyrhopus, o que consiste um dos fatores principais que
dificultam o registro das espécies durante as atividades de campo. As cobras são carnívoras e
ingerem suas presas inteiras. A maioria se alimenta de anfíbios, lagartos ou mamíferos, sendo
especialistas ou generalistas quanto a este aspecto (Marques et al., 2001).
Devem-se destacar também os registros de espécimes atropelados obtidos nas estradas durante
os deslocamentos realizados. Estradas geralmente consistem ilhas de calor, atraindo espécimes
de répteis em busca de termoregulação corpórea, sobretudo lagartos e serpentes, mais
comumente observados. No presente estudo cinco espécies de serpentes foram observadas
atropeladas, quais sejam: M. bifossatus (2 indivíduos), C. exoletus (1 indivíduo), O. petola (1
indivíduo), X. merremii (1 indivíduo) e B. newiedii (1 indivíduo).
Por fim, duas espécies de jacarés foram observadas, C. latirostris e P. palpebrosus, totalizando três
registros oportunísticos. No Brasil ocorrem cinco espécies de jacarés pertencentes à subfamília
Alligatorinae, quais sejam: jacaré-açu (Melanosuchus niger), jacaré-paguá (Paleosuchus
palpebrosus), jacaré-curuá ou jacaré-coroa (P. trigonatus), jacaré-tinga e jacaré-do-Pantanal
(Caiman crocodilus crocodilus e C. crocodilus yacare, respectivamente) e o jacaré-de-papoamarelo (C. latirostris). A sistemática destruição de seus habitats de ocorrência natural - lagoas
marginais e várzeas de rios das regiões Sul, Sudeste e parte da Nordeste do Brasil, além da caça
predatória humana, tem sido responsável pela fragmentação e declínio de suas populações
(Brazaitis et al., 1990). Como possível conseqüência da pressão humana sobre seus habitats
originais, estas espécies vêm aparentemente colonizando ambientes antrópicos como lagoas de
decantação e açudes artificiais, muitas vezes próximos a centros urbanos (Verdade & Lavorenti,
1990), como foi observado no presente estudo (veja Verdade, 1995; Verdade et al., 2003).
4.4.4.
Espécies ameaçadas, raras, endêmicas, bioindicadoras, de interesse científico,
econômico ou médico
De acordo com as listagens oficiais de espécies ameaçadas de extinção consultadas, apenas uma
espécie se encontra enquadrada como “NT” (near threatened) segundo a IUCN (2011), que é
Aplastodiscus cavicola. Esta perereca foi registrada em sete pontos de amostragem inseridos em
seis das 14 estações amostrais, além da área de entorno (E3 situada na ADA e E5, E6, E7, E10 e
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E14 na área de entorno). A espécie pode ser encontrada em ambientes lênticos e de constante
troca sempre associados à borda ou interior de matas, das quais são dependentes, e possuem
hábitos reprodutivos especializados, nos quais o macho constrói tocas como sítios de vocalização
e oviposição, no intuito de atrair as fêmeas, correspondendo ao modo reprodutivo 5, de acordo
com Haddad & Prado (2005). Sugere-se que esta espécie seja incluída como um dos alvos no
monitoramento de herpetofauna.
Cinco espécies são endêmicas do Complexo do Espinhaço: T. Megatympanum (área de entorno,
E10 e E13, nenhuma das estaçoes situa-se na ADA), B. Nanuzae (área de entorno, E13 e E14,
nenhuma delas encontra-se situada na ADA), B. Saxicola (área de entorno e E13, não situada na
ADA), Hypsiboas cf. Cipoensis (área de entorno) e H. otavioi (E1, E2, E3*, E4 e E7, sendo a com
asterisco situada na ADA), o que corresponde a 17,8% do total de espécies reconhecidamente
endêmicas desta cadeia montanhosa. Além destas, devem ser consideradas também I. Surda (E2 e
E7, ambas situadas na AID) e P. Orophilus (E1 e E6, ambas situadas na ADA), espécies
recentemente descritas e para as quais são poucas as informações disponíveis, além dos táxons
novos, que serão discutidos logo a seguir, e nada se sabe ainda sobre sua distribuição geográfica.
Com relação ao interesse científico, algumas espécies destacam-se por diferentes razões. Três
táxons ainda não foram descritos pela ciência, quais sejam: Scinax sp. (aff. perereca),
Pseudopaludicola sp. e Chiasmocleis sp. A primeira foi registrada em apenas um ponto amostral
(AE) e atualmente encontra-se em fase final de descrição (Nascimento, Nunes & Carvalho Jr. in
prep.). As outras duas foram registradas, respectivamente, em dois pontos (AE) e novamente dois
pontos (E6). Ambas se encontram em análise por pesquisadores para proceder ao processo de
descrição.
O registro da espécie P. crombiei em dois pontos na estação amostral 6 representa uma
ampliação da distribuição geográfica conhecida da espécie, atualmente correspondente a apenas
duas localidades, Reserva Biológica Nova Lombardia/ES e Nova Viçosa/BA (Frost, 2011) (
Figura 4.12).
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Figura 4.12 - Distribuição geográfica apontada para Physalaemus crombiei (IUCN, 2011)
O registro de determinadas espécies (algumas já comentadas) mostra-se inédito para a região do
PARNA Serra do Cipó e seu entorno, conforme as listagens conhecidas, aumentando o
conhecimento sobre a herpetofauna da região. Entre elas podem ser citadas: I. surda,
Dendropsophus aff. branneri, P. burmeisteri, Scinax aff, perereca, Scinax aff. x-signatus, P.
crombiei, P. orophilus, L. mystaceus, Pseudopaludicola sp. e Chiasmocleis sp., entre outras. I. surda
foi recentemente descrita por Canedo et al. (2010).
Quanto ao interesse médico, enquadram-se os viperídeos B. neuwiedii, registrada na estação
amostral E14, B. jararaca, registrada nas estações amostrais E5, E6, E10, E13 e E14, assim como C.
durissa, registrada nas estações amostrais E5 e E14. De interesse econômico constam Tupinambis
merianae (teiú) e os jacarés (C. latirostris e P. palpebrosus), que costumam ser utilizados pela
população rural na alimentação.
Entre os táxons registrados, houve predominância de espécies generalistas, de forma que a
maioria não deve ser considerada adequada para se avaliar parâmetros específicos como
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bioindicadores. Algumas apresentaram uma distribuição mais localizada em comparação às
demais, estando restritas a determinados tipos de ambientes e sendo mais dificilmente
encontradas, o que pode sugerir uma menor tolerância a grandes modificações do habitat. Como
exemplos citam-se I. surda, Bokermannohyla gr. circumdata e Chiasmocleis sp.
Os anfíbios constituem importante papel na cadeia alimentar, transpondo da fonte de energia dos
invertebrados para os predadores mais altos na cadeia (Stebbins & Cohen, 1995). Sua ecologia é
complexa e reflete a maioria dos processos que governam a dinâmica de uma população e
comunidade. São considerados filtradores herbívoros, mas podem ingerir larvas de mosquitos,
sedimentos orgânicos do fundo de lagos e rios, pólens, perifíton, folhas e restos de animais em
decomposição e ainda consumir microinvertebrados bentônicos ou se alimentar por canibalismo
(Duellman & Trueb, 1986; Flecker et al.,1999; Arias et al., 2002). Além disto, possuem extrema
sensibilidade cutânea a alterações físico-químicas do ar e da água. Por razões desta natureza todo
o grupo por si só costuma ser utilizado com sucesso em análises de indicação de qualidade
ambiental.
4.5.
Aplicação de armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps), curva do coletor e
estimativa de riqueza de espécies
A aplicação da metodologia de armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps) permitiu a
obtenção de dados qualitativos e também quantitativos acerca da abundância de determinadas
espécies. O Quadro 4.8, a seguir, mostra os resultados específicos desta metodologia obtidos nas
14 estações amostrais.
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Quadro 4.8. Resultado obtido nas armadilhas de interceptação e queda em cada estação amostral
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011)
Espécies
E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9
E10
E11
E12
E13
E14
3
5
4
4
4
3
Anfíbios
Rhinella pombali
18
2
5
4
3
5
Rhinella schneideri
5
1
1
Ischnocnema juipoca
Ischnocnema surda
1
Haddadus binotatus
1
1
1
1
2
1
Odontophrynus cultripes
4
1
Thoropa megatympanum
1
Hypsiboas pardalis
1
Scinax eurydice
1
Hylodes otavioi
2
Physalaemus cuvieri
1
3
12
Physalaemus crombiei
Physalaemus orophilus
1
4
5
40
Leptodactylus fuscus
1
Leptodactylus latrans
2
1
Leptodactylus mystacinus
2
Elachistocleis cesarii
3
Chiasmocleis sp.
2
1
Répteis
Enyalius bilineatus
1
3
Ameiva ameiva
Cnemidophorus ocellifer
2
Tupinambis merianae
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2
6
6
5
3
4
5
5
3
1
1
2
3
4
2
2
4
1
4
Morro do Pilar Minerais S.A.
Espécies
E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9
Liophis poecylogyrus
E11
E12
E13
E14
6
5
7
5
1
Oxyrhopus trigeminus
Riqueza Total
E10
1
3
3
4
3
3
6
3
4
4
10
* Nas células encontra-se a abundância de cada táxon
Alguns estudos demonstram que a metodologia de armadilhas de interceptação e queda produz
resultados mais eficientes apenas em amostragens superiores a 20 dias, sendo que o período de
realização das amostragens também pode exercer uma forte influência nas taxas de captura,
especialmente para grupos com atividade tipicamente sazonal, como a maioria dos anfíbios (Corn
1994; Cechin & Martins, 2000). Apesar de serem aplicados por oito niotes, os esforços deste
trabalho foram direcionados para 14 diferentes áreas o que garante uma amostra representativa
da região estudada.
Aproximadamente 35% (24 espécies) da riqueza total obtida foi amostrada através dos pitfall
traps empregados, sendo 18 anfíbios e seis répteis. Seis espécies foram exclusivamente
registradas através desta metodologia, sendo três répteis (E. bilineatus, C. ocellifer e O.
trigeminus) e três anfíbios (R. schneideri, I. juipoca e Ischnocnema surda). Estes fatos ilustram a
importância da utilização de métodos complementares na realização de inventários de espécies.
As condições abióticas devem ser consideradas respeitando-se a variação sazonal, o que permite
obter respostas importantes sobre o padrão de ocorrência das espécies, como mostra o Quadro
4.9, no qual é possível visualizar a significativa diferença na atividade das espécies e sucesso de
captura nas armadilhas entre chuva (1ª campanha) e seca (2ª campanha). Diversos estudos
demonstraram que a atividade reprodutiva dos anfíbios é fortemente influenciada por fatores
abióticos. Em regiões sazonais, com estação seca definida, a maioria das espécies se reproduz na
estação chuvosa, época em que são registradas de forma predominante (veja Conte & RossaFeres, 2006).
Quadro 4.9. Resultado obtido nas armadilhas de interceptação e queda em cada estação amostral
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, Morro do
Pilar /MG (2010/2011)
Espécies
1ª campanha - abundância
2ª campanha - abundância
Rhinella pombali
36
2
Rhinella schneideri
8
0
Ischnocnema juipoca
12
0
Ischnocnema surda
2
0
Haddadus binotatus
11
8
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Espécies
1ª campanha - abundância
2ª campanha - abundância
Odontophrynus cultripes
1
0
Thoropa megatympanum
1
0
Hypsiboas pardalis
0
1
Scinax eurydice
1
0
Hylodes otavioi
4
1
Physalaemus cuvieri
14
0
Physalaemus crombiei
4
0
Physalaemus orophilus
33
12
Leptodactylus fuscus
3
0
Leptodactylus latrans
1
0
Leptodactylus mystacinus
2
0
Elachistocleis cesarii
5
0
Chiasmocleis sp.
1
0
Enyalius bilineatus
27
0
Ameiva ameiva
12
2
Cnemidophorus ocellifer
25
0
Tupinambis merianae
3
0
Liophis poecylogyrus
0
1
Oxyrhopus trigeminus
1
0
Total espécies
22
7
Total indivíduos
207
27
Considerando-se o resultado obtido nas estações amostrais através do emprego de armadilhas de
interceptação e queda, as áreas que apresentaram maior riqueza foram, respectivamente, a E10,
E13, E6 e E11. Em contrapartida, as estações com menor quantidade de espécies foram a E1, E2,
E4, E5 e E7 (Figura 4.13).
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Figura 4.13 - Riqueza de espécies obtida nas estações amostrais através do emprego de
armadilhas de interceptação e queda durante a realização da amostragem da herpetofauna na
região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
12
Riqueza de espécies
10
8
6
4
2
Es
ta
çã
o
10
Es
ta
çã
o
13
Es
ta
çã
o
6
Es
ta
çã
o
11
Es
ta
çã
o
12
Es
ta
çã
o
14
Es
ta
çã
o
3
Es
ta
çã
o
8
Es
ta
çã
o
9
Es
ta
çã
o
1
Es
ta
çã
o
2
Es
ta
çã
o
4
Es
ta
çã
o
5
Es
ta
çã
o
7
0
Através dos resultados obtidos, foi calculada a curva real do coletor (freqüência acumulada)
acompanhada pelas estimativas de riqueza de espécies, como mostram as Figura 4.14 a Figura
4.16, a seguir.
Figura 4.14 - Freqüência acumulada de espécies obtida durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
80
70
70
60
Riqueza
50
40
30
20
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Amostras
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Figura 4.15 - Riqueza estimada de espécies (Jacknife_1) com base na amostra da herpetofauna
obtida na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
Range Plot of Jack 1
120
Estimativa de riqueza de espécies
100
80
60
40
20
0
-20
-40
Jack 1 Mean
Amostras
Figura 4.16 - Riqueza estimada de espécies (Bootstrap) com base na amostra da herpetofauna
obtida na região do empreendimento, Morro do Pilar /MG (2010/2011)
Range Plot of Bootstrap
120
Estimativa de riqueza de espécies
100
80
60
40
20
0
-20
-40
-60
-80
-100
4
7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55
Amostras
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Bootstrap Mean
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A curva do coletor apresenta uma tendência à estabilização a partir do 21º dia, atingindo uma
riqueza de 70 espécies para a área do empreendimento. A riqueza obtida com base na
extrapolação da amostra a partir do estimador Jacknife de 1ª ordem correspondeu a
aproximadamente 90 espécies com intervalo de confiança variando entre 80 e 100 espécies. Este
teste aplicado não atingiu a assíntota, o que pode significar a necessidade de mais amostragens
para a obtenção de um valor de riqueza estimada mais preciso e realista.
A riqueza obtida com base na extrapolação da amostra a partir do estimador Bootstrap
correspondeu a aproximadamente 75 espécies com intervalo de confiança preciso e praticamente
igual a zero. Este teste também não atingiu a assíntota plena, mas apresenta uma nítida
tendência à estabilização.
Ambos os testes aplicados mostram uma riqueza superior ao número real de espécies registradas
em campo e, apesar do estimador Bootstrap ter apresentado um resultado mais consistente, é
muito provável que futuras amostragens venham revelar novos registros para a área de estudo.
4.6.
Considerações finais
Em termos gerais, a herpetofauna registrada na área do empreendimento apresenta uma maioria
de espécies características de áreas abertas e de áreas florestadas (em caráter de transição entre
dois biomas), com ampla distribuição geográfica no território brasileiro, mas contando com a
importante presença de elementos conspícuos e de ocorrência mais restrita.
A área amostrada se encontra inserida na Cadeia do Espinhaço e possui grande relevância
regional, devido aos fragmentos florestais remanescentes, representando refúgio para diversas
espécies herpetofaunísticas, algumas de relevância científica e de ocorrência restrita. A área é
geograficamente próxima ao Parque Nacional da Serra do Cipó e encontra-se na região
denominada “Espinhaço Sul”, de importância biológica para a conservação da herpetofauna
mineira.
A grande diversidade de ambientes no estado de Minas Gerais possibilita a ocorrência de uma
alta diversidade de anfíbios, que ultrapassa 350 espécies e representa cerca de 1/4 do total
registrado para o país (Costa et al., 2008; Sociedade Brasileira de Herpetologia, 2011).
A Serra do Espinhaço se estende por cerca de 1.000km do centro-sul de Minas Gerais até a região
central da Bahia. Atualmente são conhecidas 105 espécies de anfíbios registradas em localidades
inseridas na Serra (Leite et al., 2008). Deste total, 28 espécies são endêmicas da Cadeia do
Espinhaço, sendo que cinco delas ocorreram na área do empreendimento (T. megatympanum, B.
nanuzae, B. saxicola, Hypsiboas cf. cipoensis e H. otavioi). Aplastodiscus cavicola encontra-se
enquadrada como “NT” (Near Threatened) segundo os critérios da IUCN (2011).
Entre os táxons ainda não plenamente identificados, alguns se destacam por estarem incluídos
em grupos de espécies de difícil identificação e/ou em processo de revisão taxonômica, podendo
até mesmo representar novas espécies para a ciência, tais como: Bokermannohyla gr. circumdata,
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Dendropsophus aff. branneri, Scinax aff. x-signatus e Leptodactylus sp. (antigo gênero
Adenomera).
Três espécies ocorrentes na área do empreendimento representam táxons ainda não descritos
pela ciência e para os quais ainda não há informações disponíveis na literatura científica, quais
sejam:
Scinax aff. perereca (Nunes, Nascimento & Carvalho Jr. in. prep.);
Pseudopaludicola sp. (R.R.Carvalho Jr. pers. obs);
Chiasmocleis sp. (C.R.Rievers & C.A.G.Cruz pers. com.).
Em termos de riqueza, o resultado obtido para as espécies de anfíbios da região amostrada em
questão, localizada no município de Morro do Pilar (47 espécies), se mostra altamente
significativo e supera algumas localidades conhecidas para a região do Espinhaço Sul:



Serra do Cipó (Eterovick & Sazima, 2004): 43 espécies;
Serra do Ouro Branco (São Pedro & Feio, 2010): 28 espécies;
Serra do Caraça (Canelas & Bertoluci, 2007): 38 espécies.
Estes fatores, associados à presença de espécies conspícuas e às análises realizadas quanto à
curva do coletor, indicam a ocorrência muito provável de outros táxons não registrados, ou
mesmo de uma distribuição mais ampla entre as áreas amostradas do que a aqui apresentada
para algumas espécies, o que requer extrema atenção nas medidas de mitigação e manejo a
serem adotadas caso o projeto de implantação do empreendimento logre êxito. Apesar de novas
espécies poderem ser registradas para a região, acredita-se que os dados obtidos até o presente
representem uma amostra fidedigna da assembléia de anfíbios e répteis local.
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4.7.
Relatório fotográfico
Foto 4.1. Armadilhas de interceptação e queda utilizadas durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.2. Exemplar de Chiasmocleis sp. observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.3. Exemplar de Odontophrynus cultripes observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.4. Exemplar de Phyllomedusa burmeisteri observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.5. Exemplar de Hypsiboas pardalis observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.6. Exemplar de Hylodes otavioi observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.7. Exemplar de Physalaemus crombiei observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.8. Exemplar de Leptodactylus furnarius observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.9. Exemplar de Ischnocnema aff. verrucosa observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.10. Exemplar de Physalaemus orophilus observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.11. Exemplar de Elachistocleis cesarii observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.12. Exemplar de Mastigodryas bifossatus observado durante a realização da amostragem
da herpetofauna na região do empreendimento, 2010
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Foto 4.13. Exemplar de Enyalius bilineatus observado durante a realização da amostragem da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010
Foto 4.14. Exemplar de Liophis poecylogyrus capturado em pitfall traps durante a realização da
amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
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Foto 4.15. Procedimentos para retirada das armadilhas de interceptação e queda utilizadas
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
Foto 4.16. Procedimento diário de vistoria das armadilhas de interceptação e queda utilizadas
durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
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Foto 4.17. Ponto de amostragem n° 22 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
Foto 4.18. Ponto de amostragem n° 7 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
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Foto 4.19. Ponto de amostragem n°29 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
Foto 4.20. Ponto de amostragem n° 20 utilizado durante a realização do levantamento da
herpetofauna na região do empreendimento, 2010/2011
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Foto 4.21. Procedimento de fechamento dos buracos das armadilhas de interceptação e queda
utilizadas durante a realização da amostragem da herpetofauna na região do empreendimento,
2010/2011
5
AVIFAUNA
5.1
Introdução
A maior ameaça à diversidade biológica é a perda de habitat, que atinge a maioria das espécies de
vertebrados, invertebrados, plantas e fungos que atualmente enfrentam a extinção (Primack&
Rodrigues 2001). As aves podem desempenhar um papel fundamental como indicadores
ecológicos, sendo extremamente úteis na identificação de comunidades biológicas com
necessidade para a conservação (Stotz et al 1996), além de proporcionarem a avaliação rápida e
acurada das características ecológicas e status de conservação da maioria das comunidades
biológicas terrestres. Elas estão entre os vertebrados com maior número de informações sobre a
sua biologia, taxonomia e distribuição geográfica (Pough et al 1999) e vários países têm
estabelecido programas de monitoramento ambiental baseados em parâmetros ecológicos de
comunidades e/ou toxicológicos de populações de aves (Rodrigues et al 2000).
A Serra do Espinhaço possui vegetação peculiar, a qual protege importantes nascentes e
mananciais de água e elevado grau de endemismo. A cadeia do Espinhaço vem recebendo nos
últimos anos do Governo Mineiro atenção especial. Como exemplo pode citar o apoio integral ao
seu reconhecimento como Reserva da Biosfera pelo Programa Homem e Biosfera da organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e a criação e implantação de 17
Unidades de Conservação de Proteção Integral – parques e reservas biológicas – bem como de 36
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Unidades de Conservação e uso sustentável – áreas de proteção ambiental e reservas particulares
de patrimônio natural. Desta forma, 27% da Reserva da Biosfera do Espinhaço se encontram
protegidos, mas é preciso avançar cada vez mais no sentido de garantir a preservação do
patrimônio natural e cultural da região (Carvalho 2008), pois assim também seria preservada a
diversidade biológica e, consequentemente, as aves.
A Cadeia do Espinhaço é composta por um conjunto de serras e chapadas localizadas no interior
dos estados de Minas Gerais e Bahia, leste do Brasil. A vegetação de campos rupestres, que
ocorre nas áreas rochosas e mais elevadas desta região, abriga espécies endêmicas de plantas e
aves (Vasconcelos & D’Angelo 2007). Ademais, a Cadeia do Espinhaço situa-se em zonas de
contato de três importantes biomas da América do Sul: a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga,
o que implica na ocorrência de diversas espécies características dessas tão distintas regiões
biogeográficas. É importante ressaltar que a Mata Atlântica e o Cerrado são considerados dois
hotspots da biodiversidade mundial, ou seja, áreas que abrigam extrema diversidade biológica e,
ao mesmo tempo, encontram-se entre as mais ameaçadas do planeta (Myers 2000, Vasconcelos
& D’Angelo 2007).
5.2
Material e métodos
Os estudos foram conduzidos em duas campanhas de campo (novembro e dezembro/2010; maio
e junho/2011), cada qual em uma estação climática, na região que engloba os municípios de
Morro do Pilar , Minas Gerais. Foram selecionadas 14 áreas florestadas para serem amostradas,
onde foram aplicadas três metodologias para avaliar a avifauna presente, descritas a seguir:
5.2.1
Captura
Em cada uma das 14 áreas, as aves foram capturadas por 10 redes de captura, de 12 X 3 metros
(malha de 19mm), sendo cada área amostrada durante um dia/campanha. As redes foram abertas
na alvorada, permanecendo abertas por 6 horas em cada ponto. Os indivíduos capturados foram
identificados até o nível específico. Foi verificado a presença de muda de penas e de placa
incubatória, com a finalidade de observar o status reprodutivo de cada indivíduo. Após esses
procedimentos e a realização de registro fotográfico, as aves foram individualizadas com anilhas
de CEMAVE/ICMBio e soltas nas proximidades das redes.
5.2.2
Censos populacionais (Pontos de escuta)
No total, foram amostrados 224 pontos de censo em 14 áreas diferentes (08 pontos de
escuta/estação amostral). Em cada ponto, foram realizados censos populacionais de 10 minutos,
em que são registradas todas as espécies e indivíduos visualizados e/ou detectados pelas suas
vocalizações em um raio de 50 metros, sendo a posição do observador central ao círculo
imaginário.
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5.2.3
Amostragens qualitativas (Inventário)
Ao contrário dos dois métodos anteriores, o inventário de espécies não sistematiza o esforço
amostral, tendo por objetivo principal registrar o maior número possível de espécies da avifauna.
Para isso é feito o registro de qualquer ave avistada, permitindo avaliações sobre a riqueza local,
os processos migratórios, a distribuição e presença de espécies ameaçadas de extinção.
5.2.4
Análise dos dados
Foram calculados os IPAs (Índice Pontual de Abundância) e as Freqüências de Ocorrência (FO) de
todas as espécies detectadas durante o censo por pontos de escuta. Para o cálculo do IPA foi
divido o número total de contatos por espécie pelo número de pontos amostrados (Vielliard &
Silva 1988) e para o cálculo da FO das espécies foi divido o número de observação de cada espécie
por ponto pelo número de pontos executados.
Para a determinação do status de conservação das espécies registradas durante o diagnóstico,
foram utilizados os critérios da IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural
Resources, 2008), do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA &
Fundação Biodiversitas, 2005), e da lista de espécies ameaçadas do Estado de Minas Gerais
(Biodiversitas, 2007).
Para determinar o endemismo das espécies aos respectivos biomas, foram utilizadas as seguintes
bibliografias (Cracraft 1985, Stotzat al.1996, Silva 1997, Sick 1997).
Para os dados de captura, foi calculada a taxa de captura (Bibbyet al 1993), que consiste em
dividir o número total de indivíduos capturados pelo total de horas amostradas pelo método.
Para a elaboração da curva do coletor, foram utilizados somente os dados de censo por pontos de
escuta (para que o esforço diário fosse padronizado). Para estimar a riqueza provável de espécies
presentes na área, foi utilizado Jacknife de primeira ordem utilizando-se o programa EstimateS
(Colwell 2000).
A ordem taxonômica das espécies seguiu o CBRO (2009).
5.3
Resultados e discussão
Foram registradas 239 espécies de aves pertencentes a 48 famílias, 208 espécies na primeira
etapa e 152 para a segunda. É um alto número de espécies se considerarmos as 226 espécies de
aves registradas para o Vale do Rio Cipó, proximidades da área amostrada, em cinco anos de
estudo por Rodrigues et al. (2005). As famílias mais representativas nas duas etapas foram a
Tyrannidae, com 50 (24%) espécies; seguido por Thraupidae, com 18 (9%), Furnariidae com 14
(7%), Thamnophilidae com 13 (6%); Trochilidae, Psittacidae e Emberizidae com 9 (4%) espécies
cada (Figura 6.1). As demais famílias possuíram sete ou menos espécies registradas. Este padrão
demonstra uma riqueza de espécies elevada, uma vez que a família dominante possui 24% das
espécies amostradas.
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Figura 6.1 - Famílias mais representativas registradas durante a realização do diagnóstico
ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG.
Morro do Pilar se localiza na vertente leste da Serra do Espinhaço, a qual possui forte influência
Atlântica, porém ainda apresenta espécies típicas de Cerrado, como pode ser demonstrado pelos
53 endemismos registrados, sendo 44 da Mata Atlântica e nove do Cerrado (Quadro 6.1). Certas
espécies endêmicas do Cerrado, como a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus) estão
expandindo a sua área de distribuição para áreas antes caracterizadas por ambientes florestais
pertencentes ao bioma atlântico. Este alto número de endemismos (22% das espécies registradas)
mostra a importância da área para a conservação da avifauna destes biomas.
Quadro 6.1. Espécies endêmicas registradas em Morro do Pilar, durante a realização do
diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG
Espécie
Nome comum
Endemismo
Penelope obscura
Aramides saracura
Primolius maracana
Brotogeris chiriri
jacuaçu
saracura-do-mato
maracanã-do-buriti
periquito-de-encontro-amarelo
Ma
Ma
Ma
Ce
Amazona vinacea
Pulsatrix koeniswaldiana
Florisuga fusca
Thalurania glaucopis
Trogon surrucura
Baryphthengus ruficapillus
papagaio-de-peito-roxo
murucututu-de-barriga-amarela
beija-flor-preto
beija-flor-de-fronte-violeta
surucuá-variado
juruva-verde
Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Jacamaralcyon tridactyla
Veniliornis passerinus
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Dysithamnus mentalis
cuitelão
picapauzinho-anão
borralhara-assobiadora
borralhara
choquinha-lisa
Ma
Ce
Ma
Ma
Ma
Herpsilochmus rufimarginatus
chorozinho-de-asa-vermelha
Ma
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Espécie
Nome comum
Endemismo
Formicivora serrana
formigueiro-da-serra
Ma
Drymophila ferruginea
Drymophila ochropyga
Pyriglena leucoptera
Myrmeciza loricata
Conopophaga lineata
Chamaeza meruloides
trovoada
choquinha-de-dorso-vermelho
papa-taoca-do-sul
formigueiro-assobiador
chupa-dente
tovaca-cantadora
Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Dendrocincla turdina
Xiphorhynchus fuscus
Lepidocolaptes angustirostris
Lepidocolaptes squamatus
Synallaxis ruficapilla
arapaçu-liso
arapaçu-rajado
arapaçu-de-cerrado
arapaçu-escamado
Ma
Ma
Ce
Ma
Ma
Synallaxis cinerascens
Cranioleuca pallida
Phacellodomus ruber
Automolus leucophthalmus
Mionectes rufiventris
Hemitriccus diops
Hemitriccus nidipendulus
Myiornis auricularis
Poecilotriccus plumbeiceps
Todirostrum poliocephalum
Elaenia mesoleuca
Myiobius atricaudus
Gubernetes yetapa
Tyrannus albogularis
Pyroderus scutatus
Neopelma pallescens
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Schiffornis virescens
Hylophilus poicilotis
Cyanocorax cristatellus
Turdus subalaris
Compsothraupis loricata
Tachyphonus coronatus
Thraupis ornata
Tangara cyanoventris
Hemithraupis ruficapilla
Basileuterus hypoleucus
Basileuterus leucoblepharus
Euphonia pectoralis
pichororé
pi-puí
arredio-pálido
graveteiro
barranqueiro-de-olho-branco
abre-asa-de-cabeça-cinza
olho-falso
tachuri-campainha
miudinho
tororó
teque-teque
tuque
assadinho-de-cauda-preta
tesoura-do-brejo
suiriri-de-garganta-branca
pavó
fruxu-do-cerradão
tangarazinho
tangará
flautim
verdinho-coroado
gralha-do-campo
sabiá-ferreiro
carretão
tiê-preto
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-douradinha
saíra-ferrugem
pula-pula-de-barriga-branca
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Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Ma
Ce
Ce
Ma
Ce
Ma
Ma
Ma
Ma
Ce
Ma
Ce
Ma
Ma
Ma
Ma
Ce
Ma
pula-pula-assobiador
ferro-velho
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Ma
Ma
Ce
Ma
Ma
Ma
Ma
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Foto 6.1. Myiornis auricularis (miudinho)
Foto 6.2. Trogon surrucura (Surucuá)
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Foto 6.3. Euphonia pectoralis (Ferro-velho)
Foto 6.4. Indivíduo fêmea de Mackenziaena severa (borralhara)
Foto 6.5. Indivíduo fêmea de Dysithamnus mentalis (Choquinha-lisa)
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Sete espécies estão em alguma categoria de ameaça, seja no Estado de Minas Gerais, no Brasil ou
mundialmente (Quadro 6.2), sendo a principal ameaça para estas espécies a perda de habitat.
Além desta ameaça, algumas espécies, como o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) (Figura
6.2) e o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), ainda sofrem por serem cinegética (alvo de
caça) e xerimbabo (animal de estimação), respectivamente.
Figura 6.2. Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco), espécie ameaçada de extinção no estado de
Minas Gerais, categoria “Em Perigo” (Fundação Biodiversitas 2007)
.
Foto 6.6. Jacamaralcyon tridactyla (Cuitelão). Espécie ameaçada de extinção de acordo com IUCN
(2011), classificada como “Vulnerável”
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Quadro 6.2. Espécies em alguma categoria de ameaça de extinção registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do
Pilar, MG
Espécie
Nome comum
Primolius maracana
Aratinga auricapillus
Amazona vinacea
maracanã-do-buriti
jandaia-de-testavermelha
papagaio-de-peitoroxo
Jacamaralcyon tridactyla cuitelão
Categoria
Categoria de
de ameaça
ameaça IUCN
Brasil
Quaseameaçado
Quaseameaçado
Categoria
de ameaça
MG
-
Em Perigo
Vulnerável
Vulnerável
Vulnerável
-
-
Drymophila ochropyga
choquinha-de-dorsovermelho
Quaseameaçado
-
-
Spizaetus tyrannus
gavião-pega-macaco
-
-
Em Perigo
Pyroderus scutatus
pavó
-
-
Quaseameaçado
5.3.1
Principais
ameaças
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Perda de
Habitat
Censo por pontos
Pelo método de censo, foram amostrados 8 pontos em cada uma das 14 áreas, em um total de
224 pontos (112 na estação chuvosa e 112 na estação seca), totalizando um esforço amostral de
2240 minutos, (10 minutos por ponto). Foram obtidos 2429 registros, sendo a área 08 a com o
maior número de registros (246), seguido pela área 12 (238). A área com o maior número de
espécies foi a 12 (78), seguido pela área 07 (75) (Quadro 6.3).
Quadro 6.3. Número de espécies e de registros durante a realização do diagnóstico ambiental
para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG
Área Amostral
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Espécies
detectadas
Etapa I Etapa II
36
26
38
33
39
31
34
29
36
35
38
39
62
35
51
19
56
27
47
31
38
30
58
38
42
32
40
38
208
152
Número de Registros
obtidos
Etapa I
Etapa II
69
59
86
66
66
77
66
58
77
85
81
73
131
61
202
44
161
49
139
63
78
56
180
58
109
44
97
94
1542
887
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Data:
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Total de espécies
detectadas
Total de registros
obtidos
53
53
60
52
58
67
75
58
69
66
59
78
64
65
242
128
152
143
124
162
154
192
246
210
202
134
238
153
191
2429
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As espécies mais abundantes presente na área foram Aratinga leucophthalma (periquitãomaracanã) (IPA médio 0,379) seguido por Tangara cyanoventris (saíra-douradinha) (IPA médio
0,344) (Figura 6.3). A primeira espécie forma grandes bandos, sendo que o maior registrado no
trabalho possuía 23 indivíduos, o que afetou significativamente os resultados; e a segunda é uma
espécie que forma pequenos bandos, mistos (inter-específicos) ou não, comum na Mata Atlântica
em ambientes florestais.
Foto 6.7. Pesquisador realizando as amostragens em um ponto de escuta, gravando as
vocalizações das espécies registradas
Figura 6.3 - Espécies mais abundantes, de acordo com o método de censo por ponto, registradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG
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As espécies Saltator similis (trinca-ferro-verdadeiro) (frequência média 0,246) e Basileuterus
flaveolus (canário-do-mato) (freqüência média 0,196) foram as mais registradas em números de
pontos (Figura 6.4), o que demonstra sua ampla distribuição na área de estudo. São espécies de
hábitos florestais e dietas frugívora (trica-ferro) e insetívora (canário-do-mato) que habitam tanto
o estrato médio e o dossel (trica-ferro) quanto o chão e o sub-bosque (canário-do-mato) de
praticamente todos os fragmentos e matas ciliares da região.
Na mesma figura, pode ser facilmente observado que o maior número de registros ocorreu na
primeira campanha, realizada durante o período reprodutivo das aves (setembro a janeiro), época
na qual ficam mais conspícuas, aumentando suas vocalizações, forma principal de registro das
espécies em campo. Já a segunda campanha foi realizada em um período no qual as aves estão
em muda, trocando suas penas desgastadas e, consequentemente, direcionando grande parte de
suas energias metabólicas para tal processo, extremamente importante para os indivíduos.
Figura 6.4 - Espécies mais frequentes, de acordo com o método de censo por ponto, registradas
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG
Com base na análise dos dados dos pontos de escuta, onde foram registradas 183 espécies, foi
estimado para a área um total de 218,84 ± 6,48 espécies (Figura 6.4). Este número ficou abaixo da
riqueza de espécies encontradas para a área (242 espécies) considerando todas as metodologias
de amostragem e registros ocasionais. Isto está relacionado ao fato de algumas espécies
ocorrerem esparsamente e em menor abundância e desta forma de difícil detecção pelo método
de ponto de escuta, os quais são fixos. No entanto, a curva do coletor demonstrou certa
tendência à estabilização (Figura 6.5) o que permite avaliar com segurança a assembléia de aves
presente na região.
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Figura 6.5 - Curva do coletor de espécies do observado e esperado (com barras do Desvio Padrão),
registradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento minerário
Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG
5.3.2
Captura por rede
Pelo método de capturas, não foi possível amostrar três áreas (durante a primeira etapa) devido a
intempéries climáticas (fortes chuvas), o que impediu a abertura das redes de neblina, porém a
área sete foi amostrada duas vezes, nesse período, para que o esforço não fosse totalmente
perdido. Considerando as duas etapas, foi realizado um total de 528 horas rede nas 14 áreas
amostrais, esforço o qual proporcionou a captura de 129 indivíduos (46 na estação chuvosa e 83
estação seca, etapas I e II respectivamente), pertencentes a 18 famílias. A maior taxa média de
captura foi obtida no ponto 11 (0,285), seguido pelos pontos 5 e 14 (0,271 cada) (Quadro 6.4). O
esforço amostral calculado de acordo com Straube& Bianconi (2002), foi de 19.008 hm2. Tal
cálculo considera a área ocupada pelas redes-de-neblina (36m2 cada), multiplicada pelo número
total de horas nas quais elas permaneceram abertas.
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Foto 6.8. Saltator similis (trinca-ferro) capturado em rede de neblina, espécie xerimbabo
Quadro 6.4. Tempo amostral, número de espécies e capturas registradas em Morro do Pilar,
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG (etapas de período chuvoso e de seca)
Área
Amostral
Ind. c/
placa
incubatória
Horas/ Rede
Número de
Capturas
Espécies
Capturadas
Taxa de Captura
Indiv. em
muda
I
II
Total
I
II Total
I
II Total
I
I
1
72
72
144
7
5
12
6
4
9
0,097 0,069 0,083 0 0
0
2 0
2
2
72
72
144
4
6
10
3
5
7
0,056 0,083 0,069 0 0
0
1 0
1
3
72
72
144
5 14
19
4 10
11
0,069 0,194 0,132 0 0
0
2 0
2
4
72
72
144 21 13
34
9 10
16
0,292 0,181 0,236 2 0
2
5 0
5
5
72
72
144 10 29
39
9 14
17
0,139 0,403 0,271 0 0
0
2 0
2
6
72
72
144 10 17
27
9 13
18
0,139 0,236 0,188 0 0
0
3 0
3
7
144 72
216 17 1
18
11 1
12
0,118 0,014 0,083 2 0
2
5 0
5
II
Total
II Total I II Total
8
*
72
72
* 13
13
* 11
11
*
0,181 0,181 * 0
0
* 0
0
9
*
72
72
*
8
*
6
*
0,111 0,111 * 0
0
* 0
0
8
Documento no.
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Área
Amostral
Horas/ Rede
Número de
Capturas
Espécies
Capturadas
Taxa de Captura
10
*
72
72
*
5
5
*
5
5
*
11
72
72
144 19 22
41
10 17
12
72
72
144 13 24
37
13
72
72
144 11 14
14
24
72
96
Total
Indiv. em
muda
Ind. c/
placa
incubatória
0,069 0,069 * 0
0
* 0
0
24
0,264 0,306 0,285 0 0
0
3 0
3
10 11
16
0,181 0,333 0,257 3 0
3
0 0
0
25
6 11
14
0,153 0,194 0,174 3 0
3
2 0
2
26
2 14
15
0,125 0,319 0,271 4 0
4
0 0
0
240 288 528 46 83 129 40 45
58
0,192 0,288 0,244 10 0
10
5 0
5
3 23
A diferença nas taxas de capturas entre as duas etapas está relacionada principalmente à taxa de
precipitação na Etapa I, mesmo sendo esta a melhor época do ano para estudos ornitológicos em
virtude do período reprodutivo, como já citado. O período reprodutivo é evidenciado no fato de
20% dos indivíduos capturados apresentarem placa incubatória, e 12 % apresentarem muda de
penas, evento o qual sucede o período reprodutivo.
5.3.3
Comentários sobre espécies de interesse para a conservação
5.3.3.1
Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco)
Classificação: Em Perigo (Fundação Biodiversitas, 2007); Quase-Ameaçada (Fundação Biodiversitas
2005)
A espécie encontra-se ameaçada no estado devido, principalmente, à alta taxa de desmatamento
e fragmentação de ambientes florestais, porém também enfrenta ameaças como a caça
(DRUMMOND 2005). Aves de rapina de médio e grande porte, categoria na qual se encontra S.
tyrannus, ocupam o nível mais alto da teia alimentar e possuem importante papel no controle
populacional de suas presas. Além disso, necessitam de extensas áreas para sobreviver. Tais
características intrínsecas de algumas espécies do grupo permitem que os dados sejam utilizados
como ferramenta no planejamento de novas e/ou re-estruturação dos limites de Unidades de
Conservação pré-existentes. Durante as duas campanhas a espécie foi registrada nas áreas 1 (área
de entorno), 3 e 12 (ambas situadas na ADA), e, em um mesmo dia, o mesmo indivíduo sobrevoou
mais de uma área amostral, mostrando a importância do conjunto de fragmentos florestais como
um todo e não somente como áreas isoladas/pontuais. Portanto, a espécie ocorre em várias
localidades da região, sendo o contexto paisagístico de grande importância para o táxon, e não
somente áreas específicas.
5.3.3.2
Amazona vinacea (papagaio-de-peito-roxo)
Classificação: Em Perigo (IUCN 2011); Vulnerável (Fundação Biodiversitas 2007, MMA 2008)
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O papagaio-de-peito-roxo, considerado endêmico da Mata Atlântica por Cracraft (1985), tem se
tornado raro ao longo de sua área de ocorrência e, em Minas Gerais, é encontrado pontualmente,
principalmente na bacia do rio doce. As principais ameaças enfrentadas pela espécie são a
destruição de habitat, a perseguição e o comércio ilegal. A. vinacea é classificado na categoria
Vulnerável [VU] em nível nacional (MMA 2008; MACHADO et al. 2005) e estadual (FUNDAÇÃO
BIODIVERSITAS 2007), porém Em Perigo [EN] segundo IUCN (2011). Ao longo das campanhas a
espécie foi registrada principalmente nas áreas 1 (área de entorno) e 3 (ADA), porém também
foram obtidos registros na áreas 2, 6 (ambas situadas na ADA) e 5 (área de entorno). Da mesma
forma como a espécie anterior, esta espécie utiliza da paisagem fragmentada na busca por
alimento, ou seja, o contexto da paisagem regional possui de grande relevância para o táxon.
5.3.3.3
Jacamaralcyon tridactyla (cuitelão)
O Cuitelão é uma espécie mundialmente Vulnerável (IUCN 2011) e dependente tanto de áreas
florestais quanto de “encostas”, onde nidifica discretamente. A espécie foi registrada apenas na
segunda campanha para a área 8 (área de entorno), no entanto, pode estar presente em outros
ambientes com características similares não amostrados. A espécie ocorre em baixa densidade na
área e, aparentemente, este registro trata-se de um dos registros mais interioranos de sua
distribuição. Esta espécie, da mesma forma como as anteriores, destaca a importância dos
fragmentos florestais para a manutenção de populações de aves na região.
5.4
Considerações finais
Apesar da região se encontrar antropizada com a presença de pastagens, principalmente as
localidades ao sul da sede do município de Morro do Pilar (pontos 08 a 14), estão presentes
diversos fragmentos florestais importantes para a conservação da avifauna local. Estes
fragmentos variam de tamanho e, de certa forma, pode-se considerar que os maiores suportam
maior diversidade.
A presença de espécies endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado comprova que a região é uma
área de transição entre os dois Biomas e, consequentemente, de grande importância para a
conservação da avifauna de ambos, hotspots da biodiversidade mundial.
A presença de aves de topo da cadeia alimentar, como Accipiter superciliosus (gavião-miudinho),
Accipiter bicolor (gavião-bombachinha-grande) e Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco),
demonstra que a região possui áreas preservadas.
A presença do elevado número de endemismos, principalmente do Bioma Mata Atlântica, ressalta
a importância dos fragmentos florestais para essas espécies, visto que representam o limite oeste
de distribuição de diversas espécies, sendo uma delas Jacamaralcyon tridactyla (cuitelão),
considerada Vulnerável a nível mundial (IUCN 2011) (
Figura 4.12).
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6
MASTOFAUNA
6.1
Introdução
O Brasil abriga a maior diversidade de mamíferos do mundo com 652 espécies (Reis et al., 2006),
sendo que ainda há muitas espécies novas a serem descobertas e catalogadas, principalmente
roedores, marsupiais e morcegos (Costa et al., 2005) que compreendem mais de 60% do total de
espécies de mamíferos encontradas no país (Machado et al., 2005).
Os pequenos mamíferos não voadores (marsupiais e roedores) representam um grupo
diversificado, com 255 espécies descritas para o Brasil (Reis et al., 2006). Estes apresentam
hábitos variados (Crawshaw, 2009) e, embora haja grande grau de endemismo, estão muito bem
distribuídos ao longo de todo o território brasileiro. A despeito de tamanha diversidade, esses
organismos ainda apresentam a taxonomia mal definida (Reis et al., 2006), o que ocasiona, entre
outras, a impossibilidade de uma acurada categorização da maioria das espécies (Machado et al.,
2005).
Doze espécies de pequenos mamíferos não voadores constam na Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (2005), das quais seis estão na categoria Criticamente em Perigo, duas Em
Perigo e quatro classificadas como Vulnerável. No entanto, estes números podem não refletir a
realidade, já que 30 espécies (17 marsupiais e 13 roedores) constam como Deficiente em Dados.
Assim, a limitação de informações a respeito destas espécies dificulta a adoção de medidas
conservacionistas (Machado et al., 2005) que são de extrema urgência, já que de todas as
extinções de mamíferos ocorridas, três quartos são de pequenos mamíferos (Rocha, 2004).
Pequenos roedores e marsupiais desempenham importante papel na dinâmica das florestas
(Carey, 1995) sendo bons indicadores de alterações nestas paisagens (Pardini & Umetsu, 2006).
Assim, modificações no ambiente podem alterar a distribuição das espécies deste grupo, já que o
habitat é um fator fundamental na estrutura das suas comunidades (Alho, 2005). Portanto, essas
espécies parecem ser mais suscetíveis aos efeitos demográficos e genéticos da fragmentação, pois
suas populações apresentam altas taxas de flutuação natural, além das suas limitadas habilidades
de movimentação (Rocha, 2004) comprometerem a dispersão dos indivíduos.
Os pequenos mamíferos voadores (morcegos) compreendem a segunda maior Ordem de
mamíferos do mundo em número de espécies (Wilson & Reeder, 2005) com 220 espécies
catalogadas, o que representa 39% das espécies de mamíferos das florestas tropicais (Emmons &
Feer, 1997). Estes indivíduos pertencem à ordem Chiroptera, a qual se subdivide em duas
subordens: Megachiroptera e Microchiroptera, sendo todos os representantes brasileiros
pertencentes ao último táxon. A subordem Microchiroptera é composta por 17 famílias e 930
espécies, as quais estão distribuídas em todo o mundo, exceto nas regiões polares. No Brasil são
registradas nove famílias, 64 gêneros e 167 espécies (Emmons & Feer, 1997; Wilson & Reeder,
2005; Reis et al., 2006; Barros et al., 2006).
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Devido à distribuição cosmopolita e diversidade de dieta, os morcegos ocupam diversos nichos da
cadeia ecológica. Por conta disto, possuem papéis fundamentais na manutenção dos processos
ecológicos em florestas tropicais, podendo se alimentar de insetos, anfíbios, aves, pequenos
roedores, néctar, pólen, peixes, sangue, vertebrados, folhas, frutos e até de outras espécies de
morcegos (Zortéa & Chiarello, 1994; Fischer et al., 1997, Medellín & Gaona, 1999; Zortéa, 2003;
Passos et al., 2003; Bonato et al., 2004; Bordignon, 2006; Reis et al., 2007).
Além da notável importância ecológica, algumas espécies de morcegos possuem reconhecida
relevância para a saúde pública, por possuírem hábitos hematófagos e serem transmissores do
vírus da raiva. Estes morcegos pertencem à família Phyllostomidae, táxon endêmico da região
neotropical (Uieda, 1995; Aguiar & Marinho-Filho, 2004; Cunha et al., 2005).
Os morcegos respondem de modo diferente aos diferentes tipos de ambientes: espécies da
subfamília Phyllostominae (Chrotopterus auritus, Mimon bennettii e Phyllostomus discolor) são
extremamente sensíveis a habitats alterados enquanto outras espécies, como é o caso de Carollia
perspicillata, se adaptam bem a habitats secundários e antropizados (Heithaus et al., 1975;
Fenton et al., 1992; Barros et al. 2006).
Segundo a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2005), cinco espécies de morcegos
estão classificadas como Vulnerável, embora Aguiar & Tadei (1995) reconheçam outras nove
espécies vulneráveis à extinção. Além destas, há 26 espécies listadas como Deficiente em Dados
(Machado et al., 2005), fato que pode subestimar o número de espécies que estão de fato
ameaçadas.
De modo geral, os mamíferos ou possuem hábitos crípticos ou são noturnos, o que torna difícil a
sua observação na natureza (Becker & Dalponte, 1991), ameaça indiscutível aos estudos,
sobretudo, de mamíferos de médio e grande porte que ainda possuem áreas de vida grandes e
densidades populacionais baixas (Pardini et al., 2003). Assim, devido à grande dificuldade de
obtenção de dados quantitativos, há poucas informações sobre essas espécies (Nishikawa, 2005).
Entretanto, é possível verificar sinais desses animais no ambiente, como rastros e fezes que,
quando bem interpretados, fornecem informações precisas do animal que os produziu (Becker &
Dalponte, 1991). Além disso, no Brasil, estudos de bioespeleologia destacam os morcegos como
os principais mantenedores da biota cavernícola (Trajano, 1995; Bredt et al., 2000). Como muitas
cavernas não possuem corpos d’água perenes, o guano acaba tornando-se um dos principais
recursos cuja oferta pode ocorrer ao longo de todo o ano e, decisivamente, assume uma função
de vital relevância enquanto fonte de alimento para muitas comunidades que utilizam tal
ambiente (FERREIRA et al., 2007). Ressalta-se que informações sobre essas espécies são de
extrema importância, pois, a despeito de serem peças fundamentais para o funcionamento do
ecossistema (Morrison et al., 2007), estão severamente ameaçadas por atividades antrópicas,
sobretudo caça e redução de habitat (IUCN, 2005). O levantamento dos quirópteros de hábitos
crípticos são objeto de estudos específicos da bioespeleologia, e resultados mais detalhados
podem ser vistos dentro do estudo de relevância de cavidades naturais.
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Ressalta-se, portanto, que o grau de ameaça e importância ecológica de todos os grupos de
mamíferos torna evidente a urgência em se incluir informações sobre as espécies desse grupo em
inventários e diagnósticos ambientais (Cullen Jr. & Rudran, 2003).
Assim, o presente relatório refere-se aos dados primários obtidos através do levantamento da
mastofauna para a elaboração do diagnóstico ambiental na área onde se pretende instalar uma
lavra a céu aberto, projetada para a produção de minério de ferro no município de Morro do Pilar
e porção sul do município d, Minas Gerais. O empreendimento em questão, denominado Morro
do Pilar Minerais, pretende abranger áreas ocupadas pelas formações dos biomas da Mata
Atlântica e Cerrado e localiza-se no domínio meridional da Serra do Espinhaço, reconhecida pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura como Reserva da Biosfera
(UNESCO, 2005).
6.2.
Objetivos
6.2.1
Objetivo geral
Realizar o levantamento da mastofauna terrestre e voadora na Área de Influência do local onde se
pretende instalar o empreendimento Morro do Pilar Minerais a fim de conhecer a situação do
ambiente para posterior avaliação dos possíveis impactos incidentes sobre as espécies locais.
6.2.2

Objetivos específicos
Verificar as espécies de mamíferos residentes na área em questão, quantificando a
riqueza, a abundância e, consequentemente, a diversidade;

Gerar informações a respeito da biologia, taxonomia e distribuição das espécies
registradas;

Relacionar as espécies registradas aos locais onde foram observadas, a fim de se
entender a segregação espacial natural das espécies ao longo de toda a área amostrada;

Identificar espécies ameaçadas de extinção, endêmicas e/ou de interesse ecológico.
6.3.
Material e métodos
6.3.1
Pontos de amostragem
Para as amostragens da mastofauna, foram selecionadas 14 áreas, sendo sete na porção norte e
sete na porção sul do futuro empreendimento (
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Quadro 7.1). Assim, a coleta de dados ocorreu em duas campanhas: uma no mês de novembro de
2010 e outra no mês de maio de 2011 que correspondem à estação chuvosa e seca,
respectivamente. A amostragem dessas áreas envolveu quatro biólogos (dois responsáveis pela
amostragem da mastofauna terrestre e dois responsáveis pela amostragem da mastofauna
voadora) e seus respectivos assistentes de campo.
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Quadro 7.1. Áreas destinadas às amostragens da mastofauna terrestre e voadora – Conceição do
Mato Dentro e Morro do Pilar, MG, novembro de 2010 e maio de 2011
ÁREA
COORDENADA (UTM)
666172,1
1
7881956,5
667582,3
2
7881094,8
669359,2
3
7881837,8
668329,8
4
7879323,7
672962,3
5
7880709,6
670843,6
6
7878606,4
669075,0
7
7876607,0
669657,1
8
7874977,0
674108,2
9
7876815,0
677015,5
10
7875466,0
671088,7
11
7872148,1
672987,3
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração com a
presença de um rio nas proximidades.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração com
presença de clareiras extensas. Área próxima a plantação de eucalipto.
Floresta Estacional Semidecidual extensa em estágio avançado de
regeneração. Toda a extensão de seu entorno é composta por mata.
Floresta Estacional Semidecidual extensa em estágio avançado de
regeneração, porém apresenta uma via de acesso adjacente ao local.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio avançado de regeneração,
com a
presença de um estreito curso d’água e pasto no entorno.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio avançado de regeneração,
com a
presença de pasto e gado em seu entorno.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração . A
extensão do seu entorno é composta por matas também em estágio
intermediário de regeneração.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração com
predominância de espécies de baixo porte.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração.
Fragmento isolado com a presença de pasto e eucalipto em seu entorno.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração
localizado em topo de morro e, em sua extensão, há a presença constante
de gado.
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração. Esta
área é conhecida como Acaba Mundo (AM).
7871830,4
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração, com a
presença de um curso d’água. Esta área está localizada no vale da mata
AM.
670575,4
Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração. Esta
12
13
DESCRIÇÃO
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ÁREA
COORDENADA (UTM)
DESCRIÇÃO
apresenta-se conectada a fragmentos menores .
7869581,4
675272,4
14
7869453,1
6.4
Floresta Estacional Semidecidual em estágio avançado de regeneração,
com a
presença de um curso d’água.
Material e métodos
Devido à grande variação no tamanho corpóreo, nos hábitos de vida e preferências de habitat
entre os diferentes grupos de mamíferos, faz-se necessária a utilização de metodologias
específicas (Pardini et al., 2003). Assim, a descrição das metodologias está dividida entre os
subgrupos de mamíferos e é apresentada a seguir.
6.4.1
Pequenos mamíferos não voadores
Para a captura de roedores e marsupiais, foram utilizadas duas metodologias associadas, a gaiola
de arame galvanizado (15cmx15cmx30cm) (Foto 7.1) e a armadilha de interceptação e queda
(pitfall) (Foto 7.2) a qual também é utilizada para a captura de anfíbios e répteis.
Foto 7.1. Gaiola de arame galvanizado
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Foto 7.2. Armadilha de interceptação e queda
Foram utilizadas 560 gaiolas (40 em cada uma das 14 áreas amostrais) em cada estação climática.
Estas foram dispostas de acordo com o método do transecto – com pontos de captura
eqüidistantes em 10 m – e posicionadas aos pares preferencialmente no solo e na árvore. As
armadilhas permaneceram abertas durante cinco noites em cada uma das duas campanhas o que
perfaz um total de dez noites. No entanto, na amostragem que ocorreu na estação seca, a Área 5
foi amostrada apenas ao longo de duas noites, já que, devido ao sumiço de algumas armadilhas,
optou-se por reduzir os dias de coleta de dados. Assim, por conta desse ajuste, o esforço total de
captura (número total de armadilhas X número total de noites amostradas) do presente
diagnóstico ambiental foi de 5.480 armadilhas-noite. Todas as armadilhas foram vistoriadas pela
manhã e a isca – composta por uma mistura de pasta de amendoim, sardinha em óleo e banana –
reposta quando necessário.
Armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) também foram utilizadas para a captura dos
pequenos mamíferos, método reconhecido, sobretudo, como um complemento da amostragem,
pois captura animais que não são facilmente atraídos pela isca. Assim, os pitfalls foram montados
com baldes de 60 litros enterrados no solo e interligados por uma cerca guia (lona com
aproximadamente 1m de altura). Esta metodologia está precisamente definida na descrição da
coleta de dados da herpetofauna. Todos os indivíduos capturados foram marcados com uma
anilha numerada e destes se registrou as seguintes informações: espécie, número da anilha, sexo,
condição reprodutiva, peso, medidas morfométricas padrão (comprimento da cauda, do corpo, da
orelha e do tarso), classe etária, modelo da armadilha em que ocorreu a captura, área e ponto de
captura. Indivíduos com dúvidas na identificação taxonômica foram coletados para avaliação em
laboratório e depositados na coleção do Programa de Pós-Graduação em Zoologia dos
Vertebrados da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
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6.4.2
Mamíferos de médio e grande porte
A fauna de mamíferos de médio e grande porte, devido ao hábito noturno e baixas densidades
populacionais, é amostrada através – além de registro direto – da visualização de vestígios (pêlos,
fezes, pegadas etc.), método eficaz para a estimativa de riqueza (Becker & Dalponte, 1991).
Assim, a busca por registros foi realizada em todas as 14 áreas amostrais, bem como nas estradas
de acesso a essas áreas. As metodologias empregadas para registrar estas espécies são descritas a
seguir.
6.4.2.1 Busca ativa por observações diretas e vestígios
Foram realizadas caminhadas diurnas em todas as áreas de amostragem com velocidade média
de 1,5 km/h em busca de vestígios dos animais (Foto 7.3 e
Foto 7.4). Acrescido a este esforço, deslocamentos diurnos e noturnos em automóvel também
foram considerados na tentativa de observações diretas. A visualização de qualquer indivíduo
e/ou vestígio implicava a tomada das seguintes informações: data, espécie, coordenada
geográfica (com o uso de GPS), área de amostragem e, quando possível, registro fotográfico.
Foto 7.3. Análise de fezes encontradas
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Foto 7.4. Caminhadas diurnas
6.4.2.1 Entrevistas
Foram realizadas entrevistas informais com moradores da região no intuito de obter informações
sobre registros históricos e/ou de espécies com baixa densidade populacional e/ou inconspícuas.
Para auxiliar os entrevistados, foram oferecidos guias de campo com ilustrações e fotos de
espécies tanto da fauna nativa quanto exótica, a fim de notar tendências nos dados informados. A
credibilidade das entrevistas foi avaliada de acordo com a experiência do profissional responsável
pelo trabalho.
No caso de dúvida sobre a conformidade entre o nome de um animal citado e a espécie
correspondente, os entrevistados foram solicitados a descreverem o animal, incluindo suas
características que o diferem de outros mamíferos semelhantes. Essa metodologia visa obter
informações que possam complementar a caracterização da fauna de mamíferos.
6.4.3
Mamíferos voadores
Para a captura dos morcegos, foram utilizadas cinco redes de neblina (mist-nets) de 12 x 2,5m x
25mm (Foto 7.5) dispostas em linha em cada uma das áreas amostrais. As redes foram instaladas
ao longo de possíveis locais de forrageio e/ou rota dos morcegos e abertas durante seis horas /
noite (18h00min a 00h00min), sendo vistoriadas a cada 30 minutos, para evitar o óbito de
espécimes. Cada área foi amostrada durante uma noite o que perfaz um total de 14 noites de
amostragem por estação. Assim, o esforço total de captura deste trabalho foi de 28 noites o que
contabilizou 25200 hm2 (1800 hm2 por área). Para calcular este esforço, primeiramente calculouse a área abrangida por cada rede (altura x comprimento), e esse resultado foi multiplicado pelo
número de redes. Assim obteve-se a área total coberta por redes (m2). Em seguida, multiplicou-se
o valor da área pelo tempo de exposição das redes, resultado que, por fim, foi multiplicado pelo
número de dias.
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Os indivíduos capturados foram identificados e, destes, tomadas as medidas biométricas padrão
para Chiroptera (antebraço, pé e, quando presente, cauda), peso (Foto 7.6) e sexo. Indivíduos
com dúvidas na identificação taxonômica foram coletados para avaliação em laboratório e
depositados na coleção do Programa de Pós-Graduação em Zoologia dos Vertebrados da PUC
Minas.
Foto 7.5. Vistoria da rede de neblina
Foto 7.6. Pesagem de espécime capturado
Com o intuito de ampliar o número de capturas de espécimes de morcegos foi realizada a busca
por indivíduos em abrigos diurnos (Foto 7.7 e Foto 7.8), procedimento que prevê, sobretudo, o
registro de espécies que dificilmente são capturadas por redes de neblina. Neste estudo, as
buscas por abrigos restringiram-se às cavernas (coordenadas UTM SAD 69 fuso 23k,
6672291/7880926; 668811/7979886; 668592/7879479; 669004/7880331), pois a probabilidade
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de encontrar abrigos de espécies cavernícolas é bastante superior à de espécies arborícolas, já
que estas se abrigam no interior de tronco de árvores, o que dificulta o acesso aos locais de
repouso (Pereira, 2000).
Foto 7.7. Potencial abrigo diurno de morcegos
Foto 7.8. Identificação de colônias de morcegos
6.4.4 Análise de dados
A partir dos dados registrados de pequenos mamíferos não voadores, foi possível o cálculo do
sucesso de captura (SC) = (número de espécimes / esforço captura X 100) e, além deste, para
pequenos mamíferos voadores e terrestres foi calculado o índice de diversidade de Simpson (D),
que é dado através da equação 1 - (D), sendo (D) = ∑pi², onde pi é a proporção de indivíduos da
espécie na amostra total de indivíduos. Para estes mesmos grupos, foi estimada a riqueza de
espécies pelo procedimento Jackknife de 1ª ordem através do aplicativo EstimateS versão 8.0
(Colwell, 2000) que avalia a suficiência amostral.
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Foi realizado ainda o teste estatístico Qui-Quadrado para verificar se houve variação no número
de capturas de Trinomys setosus elegans entre as estações climáticas, bem como uma Análise de
Variância (ANOVA) simples a fim de testar a diferença significativa das riquezas entre os
diferentes estágios sucessionais (inicial, médio e avançado). Para a execução destes testes não é
preciso atender a premissas de homecedasticidade e normalidade, ao contrário do Teste T que foi
realizado para verificar as diferenças entre os valores de riqueza das porções norte e sul. Todos os
testes estatísticos foram realizados no aplicativo BioEstat 5.0 e atenderam o valor de significância
usual (p<0,05).
A fim de comparar diferentes valores de diversidade, calculou-se para mamíferos voadores, além
do índice de Simpson, o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H) que foi obtido através da
fórmula (H') = ∑pilogpi, onde pi é a freqüência de cada espécie, para i variando de 1 a S (riqueza).
Além disso, foram obtidos os valores de homogeneidade e heterogeneidade em cada área de
amostragem. Tais valores medem o grau de variabilidade ou dispersão dos dados de captura dos
animais. O maior valor registrado para a homogeneidade implica em uma maior uniformização
dos dados, ou seja, os indivíduos registrados apresentaram um mesmo valor aproximado de
captura.
6.5
Resultados e discussão
Foram registradas 42 espécies de mamíferos distribuídas em oito ordens distintas, conforme
apresentado no Quadro 7.2.
Quadro 7.2. Espécies registradas, área de amostragem em que a espécie foi detectada, número
de indivíduos registrados e metodologia utilizada que propiciou o registro – Morro do Pilar, MG,
novembro de 2010 e maio de 2011
Táxon
Nome Popular
Área (Número de Indivíduos capturados)
Tipo de
Registro
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Didelphis aurita
Gambá
10 (5); 12 (4)
CG
Dildelphis
albiventris
Gambá
6 (1); 4 (1)
CG; OD
Marmosops
incanus
Cuíca
1 (1); 2 (2); 3 (4); 4 (6); 5 (1); 6(4); 8(2); 10 (2) 11 (1); 12
(3); 13 (1); 14(2)
CG; CP
Monodelphis
americana
Cuíca-de-trêslistras
12 (1)
CG
ORDEM XENARTHRA
Família Dasypodidae
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Táxon
Nome Popular
Área (Número de Indivíduos capturados)
Tipo de
Registro
Dasypus
novemcinctus
Tatu-galinha
3; 11
OD
4; 6; 7; 8; 10; 12
OD
ORDEM PRIMATES
Família Cebidae
Callithrix geoffroyi
Mico-da-carabranca
Família Pitheciidae
Callicebus sp.
Guigó
1; 2; 7
VO
ORDEM LAGOMORPHA
Família Leporidae
Sylvilagus
brasiliensis
Coelho
1; 2
OD
ORDEM CHIROPTERA
Família Phyllostomidae
Artibeus liturartus
Morcego
8(1)
CR
Artibeus
planirostris
Morcego
2(1)
CR
Carollia
perspicillata
Morcego
4(1); 8(1); 9 (2); 10(2); 11(7); 12 (2); 13 (2); 14 (10)
CR; OD
Carollia
brevicauda
Morcego
6 (1)
CR
Chrotopterus
auritus
Morcego
2 (1)
CR; OD
Desmodus
rotundus
Morcegovampiro
7(1); 8(5); 11 (4); 13 (3); 14 (11)
CR
Diphylla ecaudata
Morcegovampiro
13 (2)
CR
Glossophaga
soricina
Morcego
2(1); 5(1); 8(4); 9(1);13(1); 14(1)
CR; OD
Glyphonycteris sp.
Morcego
6 (1)
CR
Mimon bennetii
Morcego
8(1)
CR
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Táxon
Nome Popular
Área (Número de Indivíduos capturados)
Tipo de
Registro
Plathyrrinus
lineatus
Morcego
4(1); 10(1); 13(2)
CR
Sturnira lilium
Morcego
5(2); 6(1); 9(1); 13(3)
CR
Família Vespertilionidae
Histiotus velatus
Morcego
8(1)
CR
Lasiurus blossevillii
Morcego
4(1)
CR
Myotis nigricans
Morcego
10 (1); 14 (1)
CR
ORDEM CARNIVORA
Família Canidae
Cerdocyon thous
Cachorro-domato
1; 2; 4
OD; VE
Família Procyonidae
Nasua nasua
Quati
5
EM
Família Felidae
Puma yaguarondi
Jaguarundi
3
OD
Leopardus pardalis
Jaguatirica
5
EM
13
OD
Família Mustelidae
Eira barbara
Irara
ORDEM ARTIODACTYLA
Família Tayassuidae
Pecari tacaju
Cateto
5; 7
EN; VE
5
EM
4 (1); 6 (2); 8 (1); 11 (7); 12 (2); 13 (3); 14 (2)
CG; CP
Família Cervidae
Mazama
gouazoupira
Veadocatingueiro
ORDEM RODENTIA
Família Cricetidae
Akodon sp.
Rato-de-chão
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Táxon
Nome Popular
Área (Número de Indivíduos capturados)
Tipo de
Registro
Calomys sp.
Rato-do-mato
5 (1)
CG
Cerradomys cf.
subflavus
Rato-do-mato
8 (1); 9 (1)
CG
Hylaeamys cf.
laticeps
Rato-do-mato
2 (1); 3 (1); 11( 4); 12 (2)
CG
Nectomys
squamipes
Rato d'água
5 (1)
CG
Necromys lasiurus
Rato-do-mato
10 (1); 11 (2); 13 (2)
CG
Oecomys sp.
Rato-do-mato
12 (1)
CG
Euryoryzomys sp
Rato-do-mato
5 (1); 7 (1); 11 (1); 12 (1)
CG
Rhipidomys
mastacalis
Rato-de-árvore
3 (2); 9 (1)
CG
Família Dasyproctidae
Dasyprocta sp.
Cutia
1; 3; 6
EN; OD
1;3
OD
1 (12); 2 (4); 3 (14); 4 (3); 7 (9); 8 (1); 10 (4); 11 (22); 12
(18); 13 (7); 14 (22)
CG
Família Sciuridae
Guerlinguetus
ingrami
Esquilo
Família Echyimidae
Trinomys setosus
elegans
Rato-deespinho
Legenda: CG=Captura em Gaiola; CP=Captura em Pitfall; CR=Captura em Rede de Neblina; OD=Observação
Direta; VE=Vestígio; EN=Entrevista, VO= Vocalização.
6.5.1
Pequenos mamíferos não voadores
Foram coletadas 14 espécies de pequenos mamíferos terrestres, sendo quatro da Ordem
Didelphimorphia (D. aurita, D. albiventris, M. incanus e M. americana) e 10 da Ordem Rodentia
(Akodon sp., Calomys sp., C. cf. subflavus, H. cf. laticeps, Euryoryzomys sp., N. squamipes, N.
lasiurus, Oecomys sp., R. mastacalis, Trinomys setosus elegans). As espécies que apresentaram
maior representatividade são apresentadas na Figura 7.1.
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Figura 7.1 - Porcentagem da abundância absoluta das espécies mais representativas registradas
no presente estudo
A suficiência amostral para este subgrupo foi testada a partir da análise da curva de acumulação
de espécies gerada pelo estimador de riqueza Jacknife e esta não demonstrou tendência à
estabilização (
Figura 7.2). Este fato sugere que a riqueza nas áreas amostradas pode sofrer acréscimo com o
aumento do esforço amostral, embora acredita-se que a amostra obtida a partir das campanhas
realizadas reflita significativamente a comunidade de roedores e marsupiais presentes na área do
empreendimento.
Número de Espécies
Figura 7.2 - Curva de acumulação de espécies de mamíferos voadores registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do
Pilar, MG, novembro de 2010 e maio de 2011
Riqueza observada
Riqueza estimada
Dias de amostragem
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A fim de complementar as análises, calculou-se o índice de diversidade de Simpson (D=0.56). Este
valor revela uma diversidade consideravelmente baixa, já que este índice varia de 0 a 1 e quanto
mais próximo este for de 1, maior a dominância e, consequentemente, menor a diversidade
(Uramoto et al., 2005). Certamente, a baixa diversidade observada está diretamente relacionada
à dominância de T. s. elegans (Foto 7.9) que apresentou 116 indivíduos capturados. De acordo
com Simpson (1949), a diversidade está inversamente relacionada com probabilidade de dois
indivíduos capturados ao acaso pertencerem a mesma espécie. No caso do presente trabalho,
devido à dominância de uma espécie (T. s. elegans), a chance de dois indivíduos capturados serem
desta espécie é alta.
O gênero Trinomys faz parte dos ratos-de-espinho neotropicais da família Echimyidae, grupo mais
diverso em termos de taxonomia, ecologia e morfologia entre todos os roedores histricognatos
(Leite & Patton, 2002). Este grupo inclui 13 espécies descritas, todas de hábito terrestre,
distribuídas em seis estados brasileiros (Oliveira & Bonvicino, 2006; Bonvicino et al., 2008), sendo
a maioria associada a áreas de Floresta Atlântica (Lara & Patton, 2000). Embora as espécies de
Trinomys ocorram em áreas consideradas mundialmente prioritárias para a conservação da
biodiversidade (hotspots), onde esforços para pesquisas devem ser crescentes e contínuos (Myers
et al., 2000), pouquíssimas são as informações a respeito da distribuição e taxonomia do gênero,
fazendo com que, para a maioria das espécies, os dados sejam apenas sobre a localidade-tipo e
imediações (Lara & Patton, 2000; Attias et al., 2009). Sabe-se, portanto, que a identificação
precisa das espécies deste gênero deve considerar a análise minuciosa das características craniais
dos espécimes, fato que justifica a coleta de alguns indivíduos capturados neste trabalho para
posterior identificação.
Esta escassez de informações acomete T. s. elegans (Lara & Patton, 2000; Lara et al., 2002; Attias
et al., 2009), embora esta não esteja incluída em nenhuma categoria de ameaça. De acordo com
registros de captura e mapeamento de áreas potenciais de distribuição a partir de variáveis
climáticas, topográficas e fitogeográficas, essa espécie é encontrada no estado de Minas Gerais e
regiões fronteiriças com Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia (Lara & Patton, 2000; Lara et al.,
2002; Attias et al., 2009). Este táxon – que foi originalmente descrito como Echimys elegans (Lund
1841) em Lagoa Santa, Minas Gerais – é, atualmente, considerado uma subespécie de T. setosus,
embora mudanças nesta classificação estejam na iminência de ocorrer. Esta modificação é
sugerida por T. s. elegans apresentar distribuição disjunta com as outras subespécies de T.setosus
(T. s. denigratus e T. s. setosus) (Lara et al., 2002; Attias et al., 2009), devendo, portanto, ser
elevada à categoria específica (Iack-Ximenes, com. pessoal). No entanto, no decorrer deste
trabalho, respeitar-se-á a bibliografia publicada até o presente que considera o táxon em questão
uma subespécie de T. setosus.
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Foto 7.9. Indivíduo de Trinomys setosus elegans capturado
Uma hipótese que pode justificar a elevada abundância de indivíduos dessa espécie em relação às
outras é o fato de, supostamente, T. s. elegans apresentar elevada capacidade espermatogênica.
Esta afirmativa baseia-se em estudo publicado por Cordeiro-Júnior et al. (2010) que verificou que
uma espécie do mesmo gênero (T. moojeni) e – portanto com presumida similaridade fisiológica
à T. s. elegans – apresenta a maior capacidade de produção de espermatozóides dentre todos os
mamíferos investigados até o momento (e.g. Sharpe, 1994; Hess & Franca, 2007). Sendo assim, é
possível inferir que indivíduos pertencentes a este gênero, caso apresentam características
reprodutivas semelhantes à T. moojeni, tendem a ser abundantes nas localidades nas quais
ocorrem.
Embora a espécie tenha se mostrado abundante nas estações seca e chuvosa, houve uma
variação estatisticamente significativa do número de capturas entre ambas as estações climáticas,
conforme apresentado na Figura 7.3.
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Figura 7.3 - Número de capturas de indivíduos de T. s. elegans nas estações seca e chuvosa, na
região onde será instalado o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar e
Conceição de Mato Dentro, MG
² = 83.051
(p) =
0.0001
A escassez de recursos alimentares é característica da estação seca (Blake & Loiselle, 1991;
Bergallo & Magnusson, 1999; Stenvenson et al., 2000; Develey & Peres, 2000) e, segundo Slade &
Swihart (1983), pode reduzir a taxa de movimentação dos indivíduos, já que a menor abundância
de recursos pode fazer com que os indivíduos minimizem seus requerimentos metabólicos e,
consequentemente, a taxa de movimentação, com o intuito de economizar energia, o que
aumenta a atratividade das armadilhas. Esse fato representa uma evidência de que o uso do
espaço por pequenos mamíferos pode sofrer influência de fatores abióticos (August, 1983) e,
como a obtenção de recursos é uma das motivações desencadeadora da movimentação animal
(Claussen et al., 1997), os organismos tendem a responder às alterações de disponibilidade de
alimento no ambiente (Cáceres, 2003; Loretto & Vieira, 2005; Lambert et al., 2006; Adler, 2011).
A espécies do gênero Trinomys são comumente encontradas em áreas florestadas de Mata
Atlântica (Reis et al., 2006), como é o caso das áreas que foram destinadas a este estudo. No
entanto, a maioria das espécies de roedores registradas apresenta-se bem distribuída ao longo de
vários biomas brasileiros: Akodon sp., Calomys sp., C. cf. subflavus, H. cf. laticeps e N. lasiurus.
Uma espécie de roedor capturado demonstra grande especificidade quanto ao hábito de vida. N.
squamipes (Foto 7.10), embora apresente ampla distribuição geográfica, está restrita a habitats
próximos a cursos d’água, já que tem hábito semi-aquático, característica que justifica a presença
de membranas interdigitais (Sousa et al., 2004) (Foto 7.11). Durante toda a amostragem, foi
registrado apenas um indivíduo desta espécie (Área 5) que foi capturado com uma armadilha
posicionada na borda de um curso d’ água.
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Foto 7.10. Nectomys squamipes (In: Reis et al., 2006)
Foto 7.11. Membrana interdigital de N. squamipes
Duas espécies de hábitos reconhecidamente arborícolas foram capturadas com armadilhas
posicionadas em árvores (Foto 7.12), o roedor R. mastacalis e o marsupial M. incanus (Foto 7.13).
Este marsupial geralmente abundante em florestas primárias e secundárias (Pardini et al., 2005)
foi capturado tanto com armadilhas no solo quanto nas árvores, fato discutido em estudo de
Passamani (2000) que verificou não haver diferença significativa entre o número de capturas no
solo e no sub-bosque para M. incanus.
Foto 7.12. Armadilha posicionada no sub-bosque
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Foto 7.13. Marmosops incanus
Além de M. incanus, outras três espécies de marsupiais foram capturadas: D. albiventris (Foto
7.14), D. aurita (Foto 7.15) e M. americana. Os indivíduos do gênero Didelphis têm grande
eficiência adaptativa aos mais variados habitats, vivendo até mesmo em centros urbanos (Reis et.
al., 2006). Neste trabalho, foram registrados indivíduos de D. aurita na porção sul e D. albiventris
na porção norte do futuro empreendimento o que, devido à grande capacidade de dispersão dos
indivíduos, pode indicar possível simpatria. A ocorrência simultânea destas duas espécies já foi
registrada em outras localidades (Reis et al., 2006) e impulsiona discussões ecológicas como a
proposta por Begon (2006): quanto uma espécie deve ser diferente de um potencial competidor
para que ambas coexistam numa mesma área?
Foto 7.14. Didelphis albiventris
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Foto 7.15. Didelphis aurita
A outra espécie de marsupial registrada – M. americana (Foto 7.16) – foi capturada em
armadilhas do tipo gaiola, fato pouco comum, já que a maioria das suas capturas ocorre em
armadilhas de queda (Pardini et al., 2005). Esta espécie consta como “Deficiente em Dados” pela
Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2005) e, por isso, quaisquer informações a
respeito da sua história natural são de extrema relevância para a conservação.
Foto 7.16. Monodelphis americana
Foram realizados testes estatísticos para avaliar diferenças de riqueza entre as porções norte e sul
(t=1.18; p=0.25), bem como entre os estágios sucessionais (p=0.53), porém as variações não
foram significativas.
6.5.2
Mamíferos voadores
Foram capturadas quinze espécies de morcegos de duas famílias distintas, Phyllostomidae (A.
lituratus, A. planirostris, C. perspicillata, C. brevicaudata, C. auritus, D. rotundus, D. ecaudata,
Glossophaga soricina, Glyphonycteris sp., Mimon bennetii, Plathyrrinus lineatus, Sturnira lilium ) e
Vespertilionidae (Histotus velatus, Lasiurus blossevillii, Myotis nigricans).
Para este subgrupo de mamíferos, foi possível observar a não estabilização da curva de
acumulação de espécie gerada pelos estimadores de riqueza Jackknife de 1ª ordem (Figura 7.4),
revelando que as áreas amostradas podem abrigar um número de táxons superior ao amostrado.
Durante a primeira etapa de realização do trabalho, as áreas que obtiveram maior número de
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registros de morcegos concentraram-se na porção sul da futura área do empreendimento. Tal
resultado pode ser reflexo das condições climáticas do local durante a amostragem da porção
norte, como a incidência constante de chuvas torrenciais, ventos fortes e a fase cheia do ciclo
lunar, já que a utilização de espaços abertos pelos pequenos mamíferos diminui em noites com
maior influência da luminosidade da lua (Julien-Laferrière, 1997). Já na segunda etapa, foi possível
realizar o registro de mais oito espécies não contempladas na campanha anterior. A circunstância
reflete e reafirma que o local abriga um número de espécies superior ao amostrado, que pode
chegar a mais de 20 registros (Figura 7.4). Além das condições climáticas, a presença de
ambientes cavernícolas que não foram amostrados podem também influenciar na subestimativa
da riqueza observada, já que foram encontradas nos levantamentos espeleológicos da área 21
cavernas na área de influência do futuro empreendimento.
Figura 7.4 - Curva de acumulação de espécies de mamíferos voadores registradas durante a
realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do
Pilar, MG
Paralelamente, através do cálculo do índice de Simpson e Shannon-Wiener, foi possível inferir
sobre a diversidade em cada uma das áreas amostradas, o que nos revela um índice de
diversidade relativamente baixo (Bordigon, 2006) já que o índice de Simpson varia de 0 a 1 e
quanto mais alto for, maior a probabilidade de os indivíduos serem da mesma espécie, ou seja,
maior a dominância e menor a diversidade (Uramoto et al., 2005). Já o índice de diversidade de
Shannon registrado para cada sítio de amostragem é possível ser visualizado no Quadro 7.3.
Segundo Uramoto et al. (2005), este mede o grau de incerteza em prever a que espécie
pertencerá um indivíduo escolhido, ao acaso, de uma amostra com S espécies e N indivíduos.
Logo, quanto menor o valor do índice de Shannon, menor o grau de incerteza e, portanto, a
diversidade da amostra é baixa. A diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do
índice. Para os valores registrados em cada área, o índice revela que a diversidade da amostra
ainda é baixa, porém fica registrado que, entre os locais amostrados, o local mais diverso é a
estação amostral 8 .
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A diferença entre o resultado do índice de similaridade de Simpson e o de Shannon pode ter
ocorrido devido a presença de espécies pouco amostradas no trabalho, portanto, consideradas
raras. Este fato diminui a diversidade de Shannon por atribuir maior peso a espécies raras, ao
contrário do índice de Simpson. Como é o caso das espécies registradas, destaca-se C.
perspicillata (Foto 7.17) como a mais abundante na maioria das áreas amostradas (27), seguida
por D. rotundus (24). (Foto 7.18). O maior número de capturas em determinados locais, como as
das espécies supracitadas, levam as diferenças mencionadas nos índices de diversidade (Figura
7.5).
Quadro 7.3. Índices de diversidade (Simpson e o de Shannon-Wiener) calculados para as espécies
de mamíferos voadores registradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o
empreendimento Morro do Pilar Minerais, Morro do Pilar, MG
ÁREAS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Espécies
15
15
15
15
15
15
15
15
15
15
15
15
15
15
Animais capturados
0
3
0
3
3
3
1
13
4
5
11
2
12
23
Simpson
-*
0.6667 -* 0.6667 0.444 0.667
0
0.734
0.625
0.64
0.4628
0
0.806 0.578
Shannon-Wiener
-*
0.4771 -* 0.4771 0.276 0.477
0
0.66
0.4515 0.4581 0.2847
0
0.74
Homogeneidade
-*
0.4057 -* 0.4057 0.235 0.406
0
0.561 0.3839 0.3895
0.242
0
0.629 0.365
Heterogeneidade
-*
0.5943 -* 0.5943 0.765 0.594
1
0.439 0.6161 0.6105
0.758
1
0.371 0.635
(-*) Valores não registrados devido a ausência de capturas
Foto 7.17. Carollia perspicillata
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0.429
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Foto 7.18. Desmodus rotundus
Figura 7.5 - Número de espécies de mamíferos voadores capturados em cada área de amostragem
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG
As áreas que apresentaram maior riqueza de espécies foram a oito e a 13, com seis espécies cada,
seguida pela área 14 com o registro de quatro espécies (Figura 7.6).
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Figura 7.6 - Riqueza de espécies de mamíferos voadores registrados por área de amostragem
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG.
O maior número de indivíduos da família Phyllostomidae capturados na primeira campanha já era
esperado, pois se trata da família de morcegos neotropicais mais diversificada e mais versátil na
obtenção de alimentos. Estes podem explorar frutos, néctar, pólen, folhas, insetos, vertebrados,
sangue, entre outros (Passos & Graciolli, 2004), sendo que a maioria das espécies de
filostomídeos é frugívora como Artibeus lituratus, Artibeus planirostris, Mimon bennetii (Foto
7.19) e Plathyrrinus lineatus (Foto 7.20).
Foto 7.19. Mimon bennetii
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Foto 7.20. Plathyrrinus lineatus
Por outro lado, a família Vespertilionidae, por incluir animais que se alimentam principalmente de
insetos, é mais difícil de ser amostrado pelo fato de os morcegos insetívoros apresentarem um
vôo de dossel e um sistema de ecolocalização mais apurado, por exemplo, Lasiurus blossevillii
(Foto 7.21), Histiotus velatus (Foto 7.22) e Myotis nigricans. Os animais capturados no decorrer da
campanha não estão inseridos em nenhuma lista de ameaça de extinção, seja ela regional ou
nacional.
Foto 7.21. Lasiurus blossevillii
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Foto 7.22. Histiotus velatus
O morcego hematófago D. rotundus é o morcego mais comum e de ampla distribuição, ocorrendo
desde o norte do México até o Chile e por toda a extensão do território brasileiro (Emmons,
1990). Sua preferência alimentar está relacionada ao sangue de bovinos, seguido de cavalos,
sendo comumente encontrada em ambiente rural (Uieda, 1995). A outra espécie hematófaga, D.
ecaudata (Foto 7.23), tem uma distribuição tropical ocorrendo do sul do México à parte central
da América do Sul. D. ecaudata, quando comparada a D. rotundus, é considerada rara, suas
populações são de pequeno porte - com não mais de 50-70 indivíduos e o alimento é
exclusivamente o sangue de aves (Uieda, 1994).
Foto 7.23. Dyphilla ecaudata
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Da mesma forma, C. perspicillata ocorre em várias localidades e muitas vezes se apresenta como
dominante (Pedro & Passos, 1995; Bernard, 2002; Pedro & Taddei, 2002). Caracteriza-se por ser
uma espécie comum, e segundo Mclellan (1984), pertence a um dos gêneros mais comumente
encontrado em toda a América tropical, assim como C. brevicauda. A espécie apesar de não ter
sido capturada com grande freqüência pelas redes de neblina na estação chuvosa, em abrigos não
naturais (casas abandonadas) foram contabilizados aproximadamente 80 indivíduos de C.
perspicillata (Quadro 7.4). Tal fato pode ser explicado não só pela grande área de vida que esses
animais normalmente ocupam, mas também por vários outros fatores que podem influenciar na
taxa de captura de morcegos, tais como vento, chuva e nebulosidade (Lee & Mccraken, 2001).
Normalmente, por manter características físicas semelhantes aos ambientes cavernícolas,
residências, minas e porões funcionam como locais de abrigos para quirópteros (Johnson et al.,
2006). Na maioria dos casos, os morcegos que ocupam esses ambientes são insetívoros, mas
morcegos de outros hábitos alimentares também podem ser encontrados (Bredt et al., 1998),
como é o caso de C. perspicillata e Glossophaga soricina.
Quadro 7.4. Registro dos abrigos estudados a procura de espécies de mamíferos voadores
durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar Minerais,
Morro do Pilar, MG.
Abrigos naturais : Coordenadas (UTM)
Espécies (Número de indivíduos)
06672291- 7880926
Chrotopterus auritus (6) e Glossophaga soricina (2)
0668811 - 7979886
0669004 - 7880331
0668592 - 7879479
0671541 - 7871499
Chrotopterus auritus (5)
06694419 - 7873865
Abrigos não - naturais: Coordenadas (UTM)
0668442 - 7879906
Glossophaga soricina (1)
0672962 - 7880709
Glossophaga soricina (> 50)
0674149 - 7876782
Carollia perspicillata (10)
0671896 - 7883542
Carollia perspicillata ( > 80)
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O único morcego carnívoro registrado, C. auritus (Foto 7.24, Foto 7.25 e Foto 7.26), pertencente à
família Phylostomidae, é o segundo maior no Novo Mundo. Trata-se de uma espécie amplamente
distribuída nos biomas brasileiros, sendo encontrada principalmente em áreas de florestas de
vegetação primária (Reis et al., 2007). Além disso, em duas cavernas visitadas ocorreu o registro
da espécie: uma caverna próxima a área 2 (06672291- 7880926)(Foto 7.27) com seis indivíduos e
outra próxima aos pontos 12 e 14 (0671541 – 7871499) com cinco indivíduos (Quadro 7.4).
Foto 7.24. Chrotopterus auritus capturado na rede de neblina
Foto 7.25. Chrotopterus auritus em um abrigo natural
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Foto 7.26. Colônia de Chrotopterus auritus
Foto 7.27. Entrada da caverna
O gênero Glyphonycteris sp. registrado tem sido motivo de muitas controvérsias taxonômicas.
Dessa forma, o indivíduo capturado foi analisado cuidadosamente e comparado com outros
exemplares tombados no Museu de Ciências Naturais e na coleção do Programa de PósGraduação em Zoologia dos Vertebrados, ambos da PUC Minas, porém a sua posterior
confirmação só poderá ser realizada após a análise de um especialista no gênero.
Já a família Vespertilionidae é aquela que inclui a maior diversidade de espécies e distribuição
geográfica dentre a ordem Chiroptera, com 48 gêneros dispersos pelas regiões tropicais e
temperadas de todo o globo terrestre. Nesta família, Myotis é o gênero com a mais ampla
distribuição geográfica dentre os morcegos e, provavelmente, dentre os mamíferos terrestres
(com exceção do homem) (Kunz & Pierson, 1994). A espécie Myotis nigricans trata-se de um
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morcego de pequeno porte que chega a pesar de 3 a 8 g, possui o hábito alimentar insetívoro e
está distribuído por toda a região Neotropical (Wilson & Laval, 1974; Gardner, 2007; Ayres, 2008).
O conhecimento sobre características taxonômicas e de sistemática filogenética ainda são
incipientes com relação ao gênero Myotis (Ayres, 2008), porém para a região de estudo a espécie
foi identificada como Myotis nigricans. Os outros indivíduos capturados Histiotus velatus e
Lasiurus blossevillii tratam-se de espécies de pequeno porte (6 a 10g) e estão distribuídas por
toda a América do Sul, inclusive em todas as regiões do sudeste. Assim como Myotis nigricans,
possuem o habito alimentar insetívoro e capturam suas presas em vôo com o auxílio do longo
uropatágio (Gardner, 2007).
6.5.3
Mamíferos de médio e grande porte
Foram registradas 13 espécies de mamíferos de médio e grande porte distribuídos em seis Ordens
distintas. Destas, seis foram registradas exclusivamente através de observação direta (D.
novemcinctus, C. geoffroyi (Foto 7.28), S. brasiliensis, H. yaguarondi, E. barbara, G. ingrami), uma
exclusivamente através da identificação de sua vocalização (Callicebus sp.), três através de
entrevistas com moradores da região (N. nasua, L. pardalis, M. gouazoupira) e as outras três a
partir de metodologias associadas. Sendo assim, C. thous foi registrada através da observação
direta e identificação de vestígios (pegada e fezes), P. tacaju através de entrevistas e vestígios
(pegadas) e Dasyprocta sp. ocorrência detectada através de entrevistas e confirmada pela
observação direta.
Foto 7.28. Callithrix geoffroyi
Foram registradas cinco espécies de carnívoros e nenhuma consta na Lista da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (2005). No entanto, este fato não reduz a importância ecológica destes
animais que, por estarem no topo da pirâmide alimentar, regulam as populações de presas
influenciando toda a dinâmica do ecossistema em que vivem (Pitman et al., 2002). A despeito de
tamanha importância, estas espécies são continuamente ameaçadas pela destruição e alteração
do habitat (Machado et al., 2005), fato que faz com que estas espécies estejam no centro de
discussões conservacionistas. Sendo assim, algumas destas constam nos Apêndices I (P.
yaguarondi, L. pardalis) e III (E. barbara) da CITES (Convention on International Trade in
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Endangered Species of Wild Fauna and Flora), Convenção que regulamenta a importação,
exportação e exploração de animais e plantas (CITES, 2006).
Ressalta-se a importância da associação de metodologias distintas para um levantamento de
fauna efetivo de mamíferos de médio e grande porte. Como dito anteriormente, rastros e fezes
podem fornecer informações precisas do animal que os produziu (Becker & Dalponte, 1991),
como é o caso de C. thous (Foto 7.29) e P. tacaju (Foto 7.30), espécies das quais se identificou
pegadas no ambiente.
Foto 7.29. Pegadas de Cerdocyon thous
Foto 7.30. Pegada de Pecari tacaju
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6.6 Considerações finais
Os mamíferos registrados no decorrer do estudo são considerados comuns no ambiente em que
se encontram, ainda que algumas espécies precisem de confirmação taxonômica.
Verificou-se que a composição da fauna de pequenos mamíferos terrestres entre as porções norte
e sul não diferiu significativamente, já que há cinco espécies comuns (Akodon sp., Euryoryzomys
sp., Hylaeamys cf. laticeps, T. s. elegans e M. incanus). Trinomys setosus elegans foi,
indiscutivelmente, a espécie mais abundante e encontrou-se bem distribuída ao longo de toda a
área de estudo. O elevado número de indivíduos jovens capturados nas duas estações climáticas
pode indicar período reprodutivo ao longo de todo o ano, bem como a suposta alta capacidade
espermática da espécie.
Para os morcegos, de acordo com a IUCN (2010), as espécies registradas estão classificadas como
“Pouco Preocupante” em relação à ameaça de extinção, sendo que a maioria das identificações
pertence a táxons comuns nos locais em que ocorrem. Por outro lado, Glyphonycteris sp., precisa
ainda passar por confirmação taxonômica. As áreas 8 e 13, locais de maior riqueza para os
quirópteros até o momento, é um local em potencial e pode abrigar outras espécies ainda não
contempladas nesse trabalho. Foi possível observar também que dentre as 14 áreas de estudo
amostradas nas duas estações do ano (seca e chuvosa), as áreas 8 e 13 apresentaram o mesmo
valor para a riqueza de espécies (6). Porém, D. rotundus e Carollia perspicillata apresentaram-se
dominante na área 14 com taxas de captura (11 e 10, respectivamente) superior às demais
espécies registradas para o local.
Por outro lado, é importante ressaltar que a região está inserida em um domínio geomorfológico
que propicia a formação de um grande número de cavernas e abrigos, que podem ser utilizados
pelos morcegos em diferentes épocas do ano. Dessa forma, tais locais funcionam como um
importante refúgio e centros de descanso para muitas espécies. Não encontrar morcegos nas
cavernas não significa que esses não a utilizam em outros períodos. O hábito de se abrigar, muitas
vezes está relacionado com a viabilidade e distribuição dos abrigos, rotas de forrageio, riscos de
predação, economia de energia imposta pelo tamanho do corpo animal e do ambiente e as
características microclimáticas estáveis (Kunz, 1982).
Quanto aos mamíferos de médio e grande porte, não houve um acréscimo do número de espécies
na segunda campanha.
No entanto, todos os dados gerados através do presente diagnóstico ambiental consistem em
ferramentas que subsidiarão as futuras tomadas de decisões e ações durante as fases que
envolvem toda a dinâmica de preparação para a instalação do empreendimento.
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7
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL POR SUB-BACIA
Apresenta-se a seguir a descrição de cada sub-bacia (Figura 7.1) – ribeirão das Lajes, rio Picão, rio
Preto, rio Santo Antônio N e rio Santo Antônio NN – quanto aos componentes relevantes da
fauna.
Figura 7.1 - Localização das sub-bacias e pontos amostrais de ictiofauna
7.1
Ribeirão das Lajes
As áreas amostradas que correspondem à sub-bacia do Ribeirão das Lajes (áreas 1, 2, 3 e 4)
apresentaram cinco espécies ameaçadas de extinção (entomofauna n=1; avifauna n=2; ictiofauna
n=2), diversas endêmicas e três de interesse médico. Em relação à entomofauna, destacam-se a
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abelha Partamona ailyae, que apresenta status “Vulnerável” em Minas Gerais quanto ao risco de
extinção e três espécies de flebotomíneos – Lutzomyia lenti, Nyssomya whitmani e
Psychodopygus lloydi – que são as principais vetoras de leishmaniose cutânea no Brasil. Essa
ocorrência indica a importância de um programa voltado para minimizar as as chances de
contaminação da população humana local.
Quanto à ictiofauna, evidencia-se a ocorrência de duas espécies ameaçadas de extinção, Brycon
opalinus (pirapetinga) e Henochilus wheatlandii (andirá), consideradas “Vulnerável” para o Brasil
(Vieira, 2010) e “Criticamente em Perigo” de acordo com critérios mundiais (IUCN, 2011),
respectivamente. No entanto, devido à escassez de informações das espécies supracitadas,
programas de manejo não garantem a conservação destas na região, sendo necessários estudos
detalhados. No entanto, programas de monitoramente podem ser adotados e, embora não
possuam caráter mitigador, podem corresponder a medida compensatória eficiente. A elevada
ameaça a qual o andirá está submetido refere-se ao fato desta espécie ser endêmica do trecho
médio/alto do rio Santo Antônio. Outro caso de endemismo foi registrado na sub-bacia para a
espécie de anfíbio Hylodes otavioi que apresenta ocorrência restrita à cadeia do Espinhaço.
Acredita-se que programas de monitoramento sejam efetivos na conservação desta espécie, caso
haja a necessidade de utilizar as áreas que pertencem à sub-bacia do ribeirão das Lajes para a
implantação do empreendimento.
Quanto à avifauna, foram registradas duas espécies ameaçadas de extinção na sub-bacia, uma
ameaçada no âmbito estadual (Fundação Biodiversitas, 2007), Spizaetus tyrannus (gavião-pegamacaco) classificada como “Em Perigo”; e outra nos âmbitos estadual (Fundação Biodiversitas,
2007), nacional (MMA, 2008) e mundial (IUCN, 2011), Amazona vinacea (papagaio-de-peito-roxo),
classificada como “Vulnerável” em todas as referências citadas.
Ressalta-se ainda a importância das cavernas existentes nessa região, já que representam abrigo
potencial à fauna, sobretudo de quirópteros (e.g. Chrotopterus auritus).
7.2
Rio Picão
As áreas amostradas que correspondem à sub-bacia do rio Picão (áreas 7, 8, 9, 10 e 11)
apresentaram duas espécies ameaçadas de extinção (entomofauna n=1; avifauna n=1), diversas
endêmicas e de três de interesse médico. Em relação à entomofauna, foram registradas as
mesmas espécies relevantes que foram detectadas no ribeirão das Lajes (Partamona ailyae,
Lutzomyia lenti, Nyssomya whitmani e Psychodopygus lloydi) e, portanto, sugere-se também a
implantação de programas de monitoramento específicos caso o empreendimento seja
implantado nas dimensões da sub-bacia em questão.
Quanto à herpetofauna, evidencia-se a ocorrência de duas espécies de anuros endêmicas à cadeia
do Espinhaço, Hylodes otavioi e Thoropa megatympanum que, devido à restrição da área de
ocorrência, devem ser contempladas com estudos periódicos. Ressalta-se ainda a importância do
rio Picão para a avifauna, já que esta sub-bacia concentra grande parte dos endemismos
registrada para a Mata Atlântica e/ou Cerrado, hotspots mundiais de biodiversidade, com
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destaque para o ponto de amostragem denominado “sete” que apresentou 21 espécies
endêmicas. Além disso, nesta área, foi registrada a presença de Jacamaralcyon tridactyla, uma
espécie considerada “Vulnerável” pela International Union for Conservation of Nature (IUCN,
2011).
7.3
Rio Preto
As áreas amostradas que correspondem à sub-bacia do rio Preto (áreas 10, 11, 12, 13 e 14)
apresentaram quatro espécies ameaçadas de extinção (entomofauna n=1; avifauna n=1;
ictiofauna n=2), diversas endêmicas e três de interesse médico. Em relação à entomofauna, foram
registradas as mesmas espécies relevantes que foram detectadas no ribeirão das Lajes e no rio
Picão (Partamona ailyae, Lutzomyia lenti, Nyssomya whitmani e Psychodopygus lloydi) e,
portanto, sugere-se também a implantação de programas de monitoramento específicos, a fim de
minimizar o impacto proveniente da instalação do empreendimento.
Quanto à ictiofauna, observa-se a mesma situação daquela apresentada pelo ribeirão das Lajes
onde foi registrada a ocorrência de duas espécies ameaçadas de extinção, Brycon opalinus
(pirapetinga) e Henochilus wheatlandii (andirá), consideradas “Vulnerável” para o Brasil e
“Criticamente em Perigo” pela IUCN, respectivamente. Como apresentado para a sub-bacia do
ribeirão das Lajes, a escassez de informações sobre estas espécies dificulta a adoção de medidas
de conservação, sendo aconselhável a implantação de programa de monitoramente de longo
prazo.
Nesta região, foram registradas três espécies de anfíbios de distribuição restrita à cadeia do
Espinhaço – Thoropa megatympanum, Bokermannohyla nanuzae, Bokermannohyla saxicola –
fato que ressalta a importância de estudos periódicos ao longo da implantação e operação do
empreendimento em questão. O mesmo procedimento é sugerido à ave Spizaetus tyrannus
(gavião-pega-macaco), uma vez que esta é classificada como “Em Perigo” para o estado de Minas
Gerais (Fundação Biodiversitas, 2007).
7.4
Rio Santo Antônio N
As áreas amostradas que correspondem à sub-bacia do rio Santo Antônio N (áreas 5, 6, 7 e 9)
apresentaram duas espécies ameaçadas de extinção (avifauna n=1; ictiofauna n=1), diversas
endêmicas e três de interesse médico. Os estudos realizados da entomofauna nesta área
registraram, assim como nas outras sub-bacias amostradas, a presença de flebotomíneos
(Lutzomyia lenti, Nyssomya whitmani e Psychodopygus lloydi) vetores de leishmaniose cutânea,
fato que exige acompanhamento periódico destas populações, caso haja a necessidade de
desmate das áreas florestadas pertencentes a esta sub-bacia.
Programas de monitoramento também devem ser conduzidos às espécies ameaçadas Brycon
opalinus (pirapetinga) e Amazona vinacea (papagaio-do-peito-roxo), já que estas apresentam o
status “Vulnerável” de acordo com a IUCN (2011), sendo a última ainda considerada ameaçada
em âmbito nacional (MMA, 2008) e estadual (Fundação Biodiversitas, 2007). No entanto, a
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eficácia de programas de controle à pirapetinga ainda é questionável, uma vez que muito pouco
se sabe sobre essa espécie. No entanto, a fim de obter informações detalhadas a respeito desta
espécie, é aconselhável a implantação de um programa de monitoramento nas sub-bacias onde
será instalado o empreendimento.
Ressalta-se que a área de ocorrência restrita à cadeia do Espinhaço do anfíbio Hylodes otavioi
também reforça a importância de acompanhamento periódico da área durante as fases de
instalação e operação do empreendimento.
7.5
Rio Santo Antônio NN
As áreas amostradas que correspondem à sub-bacia do Rio Santo Antônio NN (áreas 1 e 3)
apresentaram quatro espécies ameaçadas de extinção (avifauna n=2; ictiofauna n=2), duas
endêmicas e duas de interesse médico. Assim como apresentado para as outras sub-bacias, há
espécies de vetores de leishmaniose cutânea (Lutzomyia lenti e Psychodopygus lloydi), portanto,
caso haja desmate para a instalação do empreendimento, sugere-se o acompanhamento
periódico do ciclo reprodutivo, a fim de evitar a contaminação da população local.
Foram registradas duas espécies de aves ameaçadas de extinção na sub-bacia, uma ameaçada a
nível estadual (Fundação Biodiversitas, 2007), Spizaetus tyrannus (gavião-pega-macaco)
classificada como “Em Perigo”, e outra de âmbito estadual (Fundação Biodiversitas, 2007),
nacional (MMA, 2008) e mundial (IUCN, 2011), Amazona vinacea (papagaio-de-peito-roxo),
classificada como “Vulnerável” em todas as referências citadas.
Além disso, sugere-se ainda o monitoramento das populações de Brycon opalinus (pirapetinga) e
Henochilus wheatlandii (andirá), devido ao seu status de ameaça, conforme apresentado ao longo
do documento, embora sejam necessárias novas amostragens a fim de definir um método eficaz
de manejo. Sugere-se ainda o acompanhamento das populações do anfíbio Hylodes otavioi, já que
esta espécie apresenta-se restrita à cadeia do Espinhaço.
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo I
Coordenadas dos pontos de amostragem de abelhas
Documento no.
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Anexo I
Morro do Pilar Minerais S.A.
Ponto
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
Ponto 6
Ponto 7
Ponto 8
Ponto 9
Ponto 10
Ponto 11
Ponto 12
Ponto 13
Ponto 14
Coordenadas
Armadilha
Tipo de Ambiente
Lat.
Long.
1.1
23K
666040595
7881841494
1.2
23K
666145514
7881943903
2.1
23K
667495394
7881025333
2.2
23K
667427282
7881027309
3.1
23K
669816193
7881824606
3.2
23K
669841669
7881804849
4.1
23K
667888177
7879832311
4.2
23K
667822200
7879664274
5.1
23K
673298510
7880683898
5.2
23K
673172704
7880761140
6.1
23K
671273180
7878542915
6.2
23K
671059881
7878515095
7.1
23K
668823624
7876400641
7.2
23K
668835995
7876328435
8.1
23K
670054297
7875163691
8.2
23K
669990190
7875227203
9.1
23K
673866778
7876766245
9.2
23K
673752822
7876774572
10.1
23K
676855020
7875050273
10.2
23K
676893717
7875092256
11.1
23K
671239244
7872372894
11.2
23K
671239804
7872224843
12.1
23K
673077315
7871782884
12.2
23K
673127974
7871818525
13.1
23K
670190891
7869760222
13.2
23K
670441632
7869532111
14.1
23K
675422621
7869692409
14.2
23K
675390341
7869651875
Documento no.
Data:
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Anexo I
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Cerradão
Cerradão
Floresta Estacional Semidecidual
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo II
Coordenadas dos pontos de amostragem de borboletas
Documento no.
Data:
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Anexo II
Morro do Pilar Minerais S.A.
Ponto
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 5
Coordenadas
Armadilha
Tipo de Ambiente
Lat.
Long.
1.1
23K
666065009
7881963243
1.2
23K
666043345
7881954569
1.3
23K
665999688
7881948497
1.4
23K
665976508
7881939818
1.5
23K
665951048
7881920824
1.6
23K
665936470
7881875558
1.7
23K
665909966
7881856212
1.8
23K
665869573
7881849340
1.9
23K
665801929
7881829112
1.1
23K
665759402
7881823215
2.1
23K
667509576
7881024898
2.2
23K
667482328
7881024515
2.3
23K
667455534
7881010100
2.4
23K
667433047
7881018405
2.5
23K
667410701
7881028629
2.6
23K
667392526
7881019638
2.7
23K
667391560
7881001675
2.8
23K
667377927
7880966653
2.9
23K
667362264
7880938182
2.1
23K
667338978
7880948768
3.1
23K
669365359
7881698188
3.2
23K
669394180
7881707348
3.3
23K
669403573
7881681867
3.4
23K
669421631
7881659832
3.5
23K
669458467
7881672797
3.6
23K
669499574
7881685277
3.7
23K
669538581
7881683201
3.8
23K
669573448
7881683454
3.9
23K
669610016
7881679869
3.1
23K
669648919
7881702826
4.1
23K
667881865
7879846861
4.2
23K
667888828
7879828297
4.3
23K
667882954
7879804060
4.4
23K
667878448
7879782687
4.5
23K
667878078
7879771176
4.6
23K
667834669
7879683830
4.7
23K
667825809
7879660845
4.8
23K
667833428
7879641653
4.9
23K
667861352
7879615985
4.1
23K
667879377
7879579765
5.1
23K
673331656
7880677637
5.2
23K
673312729
7880683634
5.3
23K
673278158
7880696755
Documento no.
Data:
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27/3/2012
Anexo II
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Morro do Pilar Minerais S.A.
Ponto 6
Ponto 7
Ponto 8
Ponto 9
5.4
23K
673257305
7880706082
5.5
23K
673252192
7880720187
5.6
23K
673248040
7880717470
5.7
23K
673224232
7880748165
5.8
23K
673219839
7880760083
5.9
23K
673199503
7880758735
5.1
23K
673177503
7880767961
6.1
23K
671277125
7878542377
6.2
23K
671257509
7878536696
6.3
23K
671220720
7878548109
6.4
23K
671184423
7878546063
6.5
23K
671148476
7878561708
6.6
23K
671093668
7878567434
6.7
23K
671091588
7878555280
6.8
23K
671074174
7878523776
6.9
23K
671072680
7878516785
6.1
23K
671070100
7878502010
7.1
23K
668838683
7876474681
7.2
23K
668826701
7876426517
7.3
23K
668832378
7876383571
7.4
23K
668858994
7876353339
7.5
23K
668888890
7876335778
7.6
23K
668920248
7876316032
7.7
23K
668941065
7876301292
7.8
23K
668935746
7876264562
7.9
23K
668918296
7876236257
7.1
23K
668916403
7876196369
8.1
23K
669911056
7875238719
8.2
23K
669924517
7875233194
8.3
23K
669926896
7875204641
8.4
23K
669918709
7875192423
8.5
23K
669951983
7875181073
8.6
23K
669951816
7875189666
8.7
23K
669987179
7875214278
8.8
23K
669996934
7875193172
8.9
23K
670012044
7875193412
8.1
23K
670030954
7875206022
9.1
23K
674072890
7876750629
9.2
23K
674021885
7876735758
9.3
23K
673984401
7876750468
9.4
23K
673952437
7876763474
9.5
23K
673916495
7876775339
9.6
23K
673878721
7876765111
9.7
23K
673834117
7876767167
9.8
23K
673797694
7876763634
9.9
23K
673759574
7876778155
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo II
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Morro do Pilar Minerais S.A.
Ponto 10
Ponto 11
Ponto 12
Ponto 13
Ponto 14
9.1
23K
673744552
7876752141
10.1
23K
676890718
7875062027
10.2
23K
676855815
7875078677
10.3
23K
676849181
7875107300
10.4
23K
676865094
7875134964
10.5
23K
676858211
7875167005
10.6
23K
676864290
7875189493
10.7
23K
676878673
7875230291
10.8
23K
676884326
7875264298
10.9
23K
676893827
7875287876
10.1
23K
676889665
7875331507
11.1
23K
671250433
7872324504
11.2
23K
671224249
7872351815
11.3
23K
671190058
7872362527
11.4
23K
671165290
7872373410
11.5
23K
671135913
7872384439
11.6
23K
671106326
7872409629
11.7
23K
671093490
7872429929
11.8
23K
671065059
7872463811
11.9
23K
671053918
7872500426
11.1
23K
671042677
7872549846
12.1
23K
673090587
7871801454
12.2
23K
673064570
7871809717
12.3
23K
673070378
7871807955
12.4
23K
673095719
7871812057
12.5
23K
673107620
7871806813
12.6
23K
673122544
7871795157
12.7
23K
673078641
7871761976
12.8
23K
673080279
7871761849
12.9
23K
673074710
7871747910
12.1
23K
673094989
7871749889
13.1
23K
670345565
7869670727
13.2
23K
670333985
7869686608
13.3
23K
670323410
7869698788
13.4
23K
670309886
7869714056
13.5
23K
670295706
7869737542
13.6
23K
670277023
7869744842
13.7
23K
670240465
7869764918
13.8
23K
670225960
7869776086
13.9
23K
670200668
7869768314
13.1
23K
670183734
7869771432
14.1
23K
675426410
7869693319
14.2
23K
675415435
7869665338
14.3
23K
675403103
7869633779
14.4
23K
675384886
7869588610
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo II
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual
Cerradão
Cerradão
Floresta Estacional Semidecidual
Morro do Pilar Minerais S.A.
14.5
23K
675387075
7869550426
14.6
23K
675376086
7869510995
14.7
23K
675365015
7869471167
14.8
23K
675328812
7869466207
14.9
23K
675282447
7869469278
14.1
23K
675247677
7869454748
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo II
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo III
Coordenadas dos pontos de amostragem de vetores
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo III
Morro do Pilar Minerais S.A.
Coordenadas
Ponto
Lat.
Tipo de Ambiente
Long.
Ponto 1 (Casa)
23K
666536529
7881908528
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 2 (Mata)
23K
667338978
7880948768
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 3 (Mata)
23K
669648919
7881702826
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 4 (Mata)
23K
667876450
7879759037
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 5 (Casa)
23K
673494969
7880596671
_
Ponto 6 (Mata)
23K
671081565
7878502413
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 7 (Mata)
23K
668916403
7876196369
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 8 (Mata)
23K
670029507
7875174554
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 9 (Casa)
23K
673427462
7876638962
_
Ponto 10 (Mata)
23K
676855020
7875050273
Floresta Estacional Semidecidual
Ponto 11 (Mata)
Ponto 12 (Mata)
23K
23K
671135913
672743317
7872384439
7871515484
Floresta Estacional Semidecidual
Cerradão
Ponto 13 (Casa)
23K
670211893
7868949151
_
Ponto 14 (Mata)
23K
675422621
7869692409
Floresta Estacional Semidecidual
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo III
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo IV
Lista das species de abelhas registradas
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Andrenidae
Apidae
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Oxaea sp.1
1
4
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
2
1
0
5
Oxaea sp.2
0
3
0
0
0
0
1
0
0
2
0
0
0
0
0
0
3
Psaenythia sp.
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Ancyloscelis sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ancyloscelis sp.2
0
3
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Arhysoceble sp.
5
6
0
0
0
5
0
0
0
1
0
0
0
0
5
0
11
Bombus (Fervidobombus) morio
0
20
2
2
0
0
4
1
2
6
0
0
0
2
0
1
20
Centris (Centris) inermis
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Centris (Centris) nitens
0
2
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
2
Centris (Centris) sp.1
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
2
Centris (Heterocentris) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Centris (Heterocentris) sp.2
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Centris (Paracentris) sp.1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Centris (Puçáacentris) sp.1
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Centris (Puçáacentris) sp.2
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Centris (Puçáacentris) sp.3
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Cephalotrigona capitata
0
8
0
8
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
Ceratina (Calloceratina) chloris
0
4
0
0
0
0
0
2
0
0
0
2
0
0
0
0
4
Ceratina (Calloceratina) sp.
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ceratina (Crewella) sp.1
0
4
0
0
0
2
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
4
Ceratina (Crewella) sp.2
0
8
0
0
0
1
0
4
0
0
0
1
0
1
0
1
8
Ceratina (Crewella) sp.3
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ceratina (Crewella) sp.4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Ceratina (Crewella) sp.5
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Ceratina (Crewella) sp.6
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Ceratina (Crewella) sp.7
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ceratina (Crewella) sp.8
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Dialictus sp.3
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Epicharis (Epicharana) flava
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Epicharis (Epicharis) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Epicharis (Epicharitides) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Euglossa (Euglossa) avicula
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Euglossa (Euglossa) carolina
2
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
2
Euglossa (Euglossa) despecta
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Euglossa (Euglossa) fimbriata
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Euglossa (Euglossa) hemichlora
4
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
1
0
4
Euglossa (Euglossa) ioprosopa
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
2
Euglossa (Euglossa) leucotricha
10
0
0
0
1
0
0
2
1
3
0
0
1
1
1
0
10
Euglossa (Euglossa) melaanotricha
10
0
0
0
2
0
0
1
3
1
0
0
0
2
1
0
10
Euglossa (Euglossa) securigera
24
1
0
2
2
0
3
1
3
1
0
4
2
2
5
0
25
0
2
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
14
3
5
0
1
0
0
0
3
0
0
1
4
2
1
0
17
Euglossa (Euglossella) mandibularis
6
0
4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
6
Euglossa (Glossurella) stellfeldi
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
39
4
6
2
1
0
5
4
0
4
1
4
3
4
3
6
43
Euglossa (Euglossa) sp.1
Euglossa (Euglossa) truncata
Eulaema (Apeulaema) marcii
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Eulaema (Apeulaema) nigrita
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
83
2
1
16
0
5
5
6
8
14
1
8
7
8
4
2
85
Eulaema (Apeulaema) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Exaerete smaragdina
4
0
1
0
0
1
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
4
Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1
3
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
2
0
0
4
Exomalopsis (Exomalopsis) fulvofasciata
0
4
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
1
0
0
4
Exomalopsis (Exomalopsis) minor
0
9
0
0
0
0
9
0
0
0
0
0
0
0
0
0
9
Exomalopsis (Exomalopsis) sp.
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Exomalopsis (Exomalopsis) ypirangensis
0
5
0
0
0
0
5
0
0
0
0
0
0
0
0
0
5
Florilegus (Euflorilegus) sp.
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Friesella schrottkyi
0
3
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
2
0
0
0
3
Frieseo itta dispar
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Leurotrigona muelleri
0
10
0
0
0
0
5
0
0
0
0
0
0
5
0
0
10
Mesoplia (Mesoplia) sp.1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Mesoplia (Mesoplia) sp.2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Oxytrigona tataira
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Paraterapedia (Paraterapedia) sp.6
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Paratetrapedia (Lophopedia) sp.1
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.1
1
6
1
1
0
1
1
2
0
0
0
0
0
0
1
0
7
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.2
0
9
0
0
0
1
0
8
0
0
0
0
0
0
0
0
9
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.3
0
3
1
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.4
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.5
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Paratetrapedia (Xanthopedia) sp.1
0
2
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Paratrigona incerta
0
2
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Paratrigona lineata
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Paratrigona subnuda
4
84
0
11
0
14
27
2
0
7
5
2
0
18
1
1
88
Partamona ailyae
0
5
0
0
0
0
0
3
0
1
0
0
0
1
0
0
5
Partamona criptica
2
12
3
5
1
1
0
0
0
1
0
0
0
2
0
1
14
Partamona cupira
1
15
2
0
3
2
3
0
0
2
0
0
2
2
0
0
16
Partamona rustica
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Plebeia droryana
3
31
8
5
3
4
0
0
1
0
2
3
2
1
2
3
34
Plebeia lucii
1
1
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
2
Plebeia phrynostoma
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Plebeia saiqui
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
Plebeia sp.1
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
1
0
0
0
4
Plebeia sp.2
0
2
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
2
Plebeia sp.3
0
2
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Melipona (Eiomelipona) bicolor
1
9
1
1
0
2
0
0
2
2
1
0
1
0
0
0
10
Melipona (Michomelipona) mondury
0
11
0
0
0
4
7
0
0
0
0
0
0
0
0
0
11
Melipona (Melipona) quadrifasciata
0
20
0
2
0
2
4
0
0
9
1
1
0
0
0
1
20
Melissodes (Ecoplectica) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.10
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.11
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.12
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.13
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Melissodes (Ecoplectica) sp.14
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.15
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.2
0
2
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
2
Melissodes (Ecoplectica) sp.3
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.5
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.6
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.7
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.8
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissodes (Ecoplectica) sp.9
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Melissoptila sp.1
0
3
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
3
Melissoptila sp.2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Melissoptila sp.3
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Melissoptila sp.1
0
2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
2
Melitoma sp.2
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Melitoma sp.3
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Melitoma sp.4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Scaptotrigona bipunctata
0
13
0
0
0
5
0
8
0
0
0
0
0
0
0
0
13
Scaptotrigona postica
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Scaptotrigona xanthotricha
1
180
0
0
0
16
59
26
0
27
0
27
0
19
1
6
181
Schwarziana quadripunctata
1
48
0
0
1
1
28
6
2
7
0
0
0
1
1
2
49
Tapinotaspoides sp.1
0
2
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Tapinotaspoides sp.2
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
2
Tapinotaspoides sp.3
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Tapinotaspoides sp.4
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4
0
4
Tapinotaspoides sp.5
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Tetragona clavipes
4
30
2
5
0
0
5
0
0
4
4
8
1
3
1
1
34
Tetragonisca angustula
0
18
0
1
0
0
12
1
1
0
0
1
1
0
0
1
18
Thygater (Thygater) sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Thygater (Thygater) sp.2
0
3
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Colletidae
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Trichocerapis sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Trigona fuscipennis
4
19
1
1
0
6
2
5
1
0
0
2
0
2
3
0
23
Trigona guianae
0
61
30
16
2
2
0
6
2
0
0
0
0
0
1
2
61
Trigona hyalinata
1
5
0
0
0
0
2
0
0
0
0
1
0
1
1
1
6
Trigona recursa
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Trigona sp.1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Trigona spinipes
4
54
6
6
2
1
1
5
2
0
7
13
4
9
2
0
58
Trigonisca intermedia
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
2
Trigonopedia sp.1
0
12
3
0
0
1
0
3
0
0
0
0
1
3
1
0
12
Trigonopedia sp.2
0
3
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
3
Xylocopa (Neoxylocopa) nigrocincta
0
5
0
0
0
0
0
0
1
0
0
3
0
1
0
0
5
Xylocopa (Schoenherria) viridis
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Xylocopa (Schonnherria) muscaria
0
2
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
2
Xylocopa (Schonnherria) sp.
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Hylaeus (Hylaeana) sp.
0
4
0
0
0
0
2
2
0
0
0
0
0
0
0
0
4
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Halictidae
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Perditomorpha sp.
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Ptiloglossa sp.
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Augochlora (Augochlora) sp.1
0
3
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Augochlora (Augochlora) sp.2
2
1
0
0
0
1
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
3
Augochlora (Augochlora) sp.3
2
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
0
4
Augochlora (Augochlora) sp.4
3
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
3
5
Augochlora (Augochlora) sp.5
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Augochlora (Augochlora) sp.6
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochlorella sp.
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Augochlorodes sp.
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis hebescens
4
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
3
1
5
Augochloropsis sp.1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis sp.2
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis sp.3
0
2
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
2
Augochloropsis sp.4
2
5
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
2
3
7
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Augochloropsis sp.5
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis sp.6
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis sp.7
2
3
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
2
1
5
Augochloropsis sp.8
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Augochloropsis sp.9
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Ceratalictus sp.1
4
1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
0
2
5
Dialictus sp.1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Dialictus sp.2
0
2
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
2
Dialictus sp.3
0
5
0
0
0
5
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
5
Megalopta (Megalopta) sp.1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
12
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
1
2
3
12
Neocorynura (Neocorynura) sp.1
1
3
0
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
4
Neocorynura (Neocorynura) sp.2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Neocorynura (Neocorynura) sp.3
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Neocorynura (Neocorynura) sp.4
0
2
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Megalopta amoena
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Megachilidae
Espécie
Armadilha
Pontos
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Neocorynura (Neocorynura) sp.5
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Pseudaugochlora graminea
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
2
Sphecodes (Austrosphecodes) sp.
0
2
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Hypanthidium foveolatum
5
5
0
1
0
2
0
0
0
0
0
0
2
0
5
0
10
Larocanthidium bilobatum
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Larocanthidium emarginatum
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Larocanthidium sp.1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Megachile (Austromegachile) susurrans
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Megachile (Dactylomegachile) sp.1
0
9
0
0
0
2
0
6
1
0
0
0
0
0
0
0
9
Megachile (Dactylomegachile) sp.2
0
2
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
2
Megachile (Pseudocentron) sp.1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Megachile (Pseudocentron) sp.2
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
3
Megachile (Puçáanosarus) nigripenis
0
3
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
0
0
3
293
926
92
92
22
112
202
129
50
106
25
101
45
125
68
50
1219
Total
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo IV
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo V
Lista de espécies de borboletas registradas
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Hesperiidae Hesperiinae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Anthoptus epictetus (Fabricius, 1793)
0
2
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
2
Anthoptus sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Artines aepitus (Geyer, [1832])
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Callimormus sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Callimormus sp.2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Cobalus virbius (Cramer, [1777])
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Cymaenes sp.1
0
2
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Cymaenes sp.2
0
2
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Cymaenes sp.3
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Cymaenes tripuncutus (Herrich-Schäffer,
1865)
0
5
0
0
0
4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
5
Euphyes sp.1
0
4
1
0
0
1
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
4
Euphyes sp.2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Hesperiinae sp.1
0
2
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
2
Methionopsis ina (Plötz, 1882)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Pyrginae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Nyctelius nyctelius (Latraille, [1824])
0
7
0
2
0
0
0
1
0
2
0
0
0
0
2
0
7
Papias
1870)
0
2
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Paracarystus sp.1
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Quasimellana sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Synapte silius (Latraire, [1824])
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
2
Aguna sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Autochton neis (Geyer, 1832)
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Autochton zarex (Hübner, 1818)
0
3
0
0
0
0
0
2
0
1
0
0
0
0
0
0
3
Ebrietas sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Ebrietas sp.2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Heliopetes alana (Reakirt, 1868))
0
2
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
0
17
0
1
0
1
2
5
0
3
1
1
0
2
1
0
17
subscotulata
(Herrich-Schaffer,
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Heliopetes sp.1
0
2
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Nisoniades sp.1
0
4
0
0
0
0
0
1
0
0
2
0
0
0
1
0
4
Nisoniades sp.2
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Nisoniades sp.3
0
2
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Pellicia dimidiata Herrich-Schäffer, 1870
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.1
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.2
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.3
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Pyrginae sp.4
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.5
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.6
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrginae sp.7
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Pyrgus oileus (Linnaeus, 1767)
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
0
32
1
1
0
3
21
5
0
0
1
0
0
0
0
0
32
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Lycaenidae
Subfamília
Polyommati
nae
Theclinae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Pythonides jovianus (Stoll, [1782])
0
3
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
3
Pythonides sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
0
6
0
2
0
1
0
1
0
1
0
1
0
0
0
0
6
Urbanus doryssus (Swainson, 1831)
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Urbanus pronus Evans, 1952
0
5
0
0
0
0
0
1
1
2
0
0
0
0
1
0
5
Urbanus proteus (Linnaeus, 1758)
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Urbanus sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Urbanus sp.2
0
4
0
0
0
0
1
1
0
2
0
0
0
0
0
0
4
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
0
3
1
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Hemiargus hanno (Stoll, [1790])
0
24
0
1
0
0
1
3
0
1
0
0
0
3
1
14
24
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
0
15
0
0
0
1
0
2
0
0
0
0
0
0
0
12
15
Allosmaitia strophius (Godart, [1824])
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
2
Arawacus ellida (Hewitson, 1867)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Arawacus separata (Lathy, 1926)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Arcas imperialis (Cramer, [1775])
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
0
3
0
0
0
1
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
3
Erora sp.1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Janthecla flosculus (Druce, 1907)
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ocaria ocrisia (Hewtson, 1868)
0
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Oenomaus atesa (Hewitson, 1867)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Olynthus sp.1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Ostrinotes empusa (Hewitson, 1867)
0
3
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
3
Parrhasius polibetes (Stoll, 1781)
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Rekoa palegon (Cramer, [1780])
0
2
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
2
Theritas hemon (Cramer, 1775)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Theritas lisus (Stoll, 1790)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Ziegleria hesperitis (Butler & Druce, 1872)
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ziegleria sp.1
0
2
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
2
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Nymphalida Biblidinae
e
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Biblis hyperia (Cramer, 1779)
6
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
7
0
0
0
0
7
Callicore sorana (Godart, [1824])
0
3
0
0
0
0
0
0
0
2
0
1
0
0
0
0
3
Catonephele acontius (Linnaeus, 1771)
20
0
5
0
2
0
0
0
0
2
0
4
1
0
0
6
20
Catonephele numilia (Cramer, [1775])
1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
2
Dynamine agacles (Dalman, 1823)
0
8
0
1
0
2
0
0
1
2
0
0
0
1
0
1
8
Dynamine athemon (Linnaeus, 1758)
0
12
3
1
1
2
0
2
0
0
1
0
1
1
0
0
12
Dynamine postverta (Cramer, 1780)
1
10
1
0
1
0
0
0
3
2
0
0
1
3
0
0
11
Dynamine tithia (Hübner, 1823)
0
5
0
3
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
5
Ectima thecla (Fabricius, 1796)
0
7
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
4
0
1
1
7
Eunica cuvierii (Godart, 1819)
0
3
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
3
Eunica maja (Fabricius, 1775)
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Eunica sydonia (Godart, [1824])
0
3
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
0
3
Hamadryas amphinome (Linnaeus, 1767)
7
0
0
1
0
0
0
1
0
1
0
0
3
0
1
0
7
Hamadryas epinome (C. & R. Felder,
1867)
16
1
0
2
1
1
0
0
2
4
1
4
0
0
1
1
17
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Charaxinae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Hamadryas februa (Hübner, [1823])
15
12
0
4
0
0
0
2
1
11
0
2
7
0
0
0
27
Hamadryas feronia (Linneaus, 1758)
15
8
0
0
0
0
0
0
0
12
1
5
3
0
2
0
23
Mestra dorcas (Fabricius, 1775)
0
3
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
3
Myscelia orsis (Drury, 1782)
86
16
14
2
8
5
4
4
8
7
4
17
17
5
5
2
102
Nica flavilla (Godart, [1824])
2
3
0
0
0
0
2
0
0
0
2
1
0
0
0
0
5
Temenis laothoe (Cramer, [1777])
4
2
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
1
2
1
0
6
Archaeoprepona amphimachus (Fabricius,
1775)
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
2
Archaeoprepona demophon (Linnaeus,
1758)
38
4
2
1
1
2
1
4
2
5
6
2
4
6
2
4
42
Archaeoprepona demophoon (Hübner,
[1814])
2
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
2
Fountainea ryphea (Cramer, [1775])
5
0
2
0
0
0
0
2
0
0
0
0
1
0
0
0
5
Hypna clytemnestra (Cramer, [1777])
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Memphis moruus (Fabricius, 1775)
5
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
1
0
2
5
Prepona laertes (Hübner, [1811])
4
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
2
0
1
0
4
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Danainae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Siderone galanthis (Cramer, [1775])
2
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
2
Zaretis isidora (Cramer, [1779])
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Danaus gilippus (Cramer, [1775])
0
3
0
0
0
0
0
1
0
2
0
0
0
0
0
0
3
Lycorea cleobaea (Hübner, 1816)
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Actinote canutia (Hopffer, 1874)
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Actinote pellenea Hübner, [1821]
0
4
0
0
0
1
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4
Actinote thalia (Linnaeus, 1758)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Dione juno (Cramer, [1779])
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Dryas iulia (Fabricius, 1775)
0
10
0
0
2
0
0
0
0
1
2
0
1
0
0
4
10
Eueides pavana Ménétriés, 1857
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Euptoieta hegesia (Cramer, [1779])
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Heliconius besckei Ménétriés, 1857
0
7
1
0
0
3
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
7
Heliconius erato (Linnaeus, 1764)
0
58
6
1
9
3
1
10
4
1
4
0
10
8
1
0
58
Heliconiinae Actinote bonita Penz, 1996
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Heliconius ethilla Godart, 1819
0
10
3
1
0
1
0
0
1
0
1
0
1
1
1
0
10
Heliconius sara (Fabricius, 1793)
0
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
3
Aeria olena Weymer, 1875
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Hypoleria lavinia (Hewitson, [1855])
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
Hypothyris ninonia (Hübner, [1806])
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Ithomia agnosia Hewitson, [1855]
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Mechanitis lysimnia (Fabricius, 1793)
0
5
1
0
0
0
1
0
0
3
0
0
0
0
0
0
5
Mechanitis polymnia (Linnaeus, 1758)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Oleria aquata (Weymer, 1875)
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Limenitidina Adelpha cytherea (Linnaeus, 1758)
e
Adelpha plesaure Hübner, 1823
0
4
0
0
0
0
0
0
0
2
1
0
0
1
0
0
4
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
Nymphalina
e
Anartia amathea (Linnaeus, 1758)
0
4
0
0
1
0
1
0
0
0
2
0
0
0
0
0
4
Anartia jatrophae (Linnaeus, 1763)
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Colobura dirce (Linnaeus, 1758)
2
2
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
1
0
0
1
4
Ithomiinae
Espécie
Pontos
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Satyrinae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
0
4
0
1
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
1
4
Historis acheronta (Fabricius, 1775)
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Junonia evarete (Cramer, [1779])
0
5
0
0
0
0
0
3
0
0
0
2
0
0
0
0
5
Siproeta stelenes (Linnaeus, 1758)
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
2
Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821)
2
51
3
0
1
1
1
9
0
0
2
0
0
2
1
33
53
Vanessa braziliensis (Moore, 1883)
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Caligo arisbe Hübner, [1822]
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Caligo illioneus (Cramer, [1775])
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
Catoblepia berecynthia (Cramer, [1777])
2
2
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
1
4
Eryphanis automedon (Cramer, 1775)
7
2
1
0
0
0
0
0
1
0
0
1
1
2
2
1
9
Eryphanis reevesii (Doubleday, [1849])
1
1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Forsterinaria quantius (Godart, [1824])
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Godartiana byses (Godart, [1824])
2
1
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
3
Magneuptychia sp.1
2
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
2
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Morpho anaxibia (Esper, 1801)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Morpho helenor (Cramer, 1776)
6
19
7
2
0
0
0
0
8
1
2
0
1
0
1
3
25
Morpho menelaus (Linnaeus, 1758)
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Opsiphanes quiteria (Stoll, 1780)
2
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
Pareuptychia ocirrhoe (Fabricius, 1776)
7
43
0
0
4
6
1
4
7
2
9
0
11
6
0
0
50
Pareuptychia summandosa (Gosse, 1880)
4
2
0
0
1
0
0
1
0
0
1
0
1
2
0
0
6
Paryphthimoides
[1824])
35
47
2
0
1
0
11
8
8
11
4
12
0
2
0
23
82
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
53
149
11
1
7
0
19
7
22
4
22
46
10
2
8
43
202
Paryphthimoides sp.1
2
28
0
2
0
15
1
5
0
3
0
0
1
3
0
0
30
Paryphthimoides sp.2
1
3
0
0
0
1
0
0
0
2
0
0
0
1
0
0
4
Paryphthimoides sp.3
0
14
1
1
0
6
2
3
0
0
0
0
0
0
1
0
14
Paryphthimoides undulata (Butler, 1867)
33
27
0
2
2
5
6
8
1
8
12
5
2
7
2
0
60
Pharneuptychia innocentia (C. & R. Felder,
1867)
1
5
0
0
0
0
3
2
0
1
0
0
0
0
0
0
6
phronius
(Godart,
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Pharneuptychia phares (Godart, [1824])
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Pierella nereis (Drury, 1782)
0
2
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
2
Pseudodebis euptychidia (Butler, 1868)
13
1
0
0
0
0
0
0
0
0
4
4
1
4
0
1
14
Splendeuptychia doxes (Godart, [1824])
3
3
0
0
1
3
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
6
Splendeuptychia sp.1
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
3
Taygetis acuta Weymer, 1910
1
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
2
Taygetis laches (Fabricius, 1793)
7
1
0
0
0
0
0
0
2
4
1
0
0
0
1
0
8
Taygetis mermeria (Cramer, [1776])
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
2
3
Taygetis virgilia (Cramer, 1776)
5
1
0
0
0
0
1
0
0
0
4
0
1
0
0
0
6
Yphthimoides affinis (Butler, 1867)
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
Yphthimoides manasses (C. & R. Felder,
1867)
9
11
0
2
2
5
1
1
1
1
0
0
2
2
3
0
20
Yphthimoides ochracea (Butler, 1867)
20
3
2
0
0
5
0
0
5
0
0
0
4
0
6
1
23
Yphthimoides renata (Stoll, 1780)
4
2
0
1
0
2
0
0
1
0
0
0
0
2
0
0
6
Yphthimoides sp.1
5
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
3
0
0
3
0
7
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Papilionida
e
Pieridae
Subfamília
Espécie
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Yphthimoides yphthima (C. & R. Felder,
[1867])
1
2
0
0
0
1
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
3
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
2
Heraclides thoas (Linnaeus, 1771)
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Protesilaus glaucolaus (Bates, 1864)
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
2
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
Eurema albula (Cramer, 1776)
0
12
0
1
0
0
1
1
2
1
0
0
0
0
0
6
12
Eurema elathea (Cramer, 1777)
0
8
1
0
0
4
0
1
1
0
0
0
0
1
0
0
8
Eurema phiale (Cramer, 1775)
0
5
0
0
0
0
1
2
0
2
0
0
0
0
0
0
5
Leucidia elvina (Godart, [1819])
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Phoebis philea (Linnaeus, 1763)
0
3
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
3
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
2
13
1
0
0
1
2
1
0
3
1
0
0
1
3
0
13
3
0
0
0
1
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Papilioninae Battus polydamas (Linnaeus, 1758)
Coliadinae
Pontos
Pyrisitia nise (Cramer, 1775)
0
Pierinae
Ascia monuste (Linnaeus, 1764)
0
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Riodinidae
Subfamília
Euselasiinae
Riodininae
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
Melete lycimnia (Cramer, [1777])
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Euselasia mys (Herrich-Schäffer, [1853])
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Euselasia thucydides (Fabricius, 1793)
0
3
1
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Baeotis hisbon (Cramer, 1775)
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
Baeotis johannae Sharpe, 1890
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Calephelis inca McAlpine, 1971
0
9
0
0
0
0
1
7
0
0
0
0
0
1
0
0
9
Calephelis laverna (Godman & Salvin,
[1886])
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
Emesis russula Stichel, 1910
0
3
0
1
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
3
Lasaia agesilas (Latreille, 1809)
0
3
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
3
Lemonias zygia Hübner, [1807]
0
4
0
0
0
2
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
4
Leucochimona icare (Hübner, [1819])
0
6
0
0
0
0
0
0
0
4
1
0
0
0
0
1
6
Lyropteryx terpsichore Westwood, 1851
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Metacharis ptolomaeus (Fabricius, 1793)
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Metacharis sp.1
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Método
Família
Subfamília
Espécie
Pontos
Armadilha
Puçá
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Total
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
473
961
86
4
7
4
9
10
3
10
5
15
13 10
0 94 9 3
12
5
97
94
65
17
7
1434
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
Total
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo V
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo VI
Lista de espécies de borboletas indicadoras de ambientes
(não necessariamente bem preservados) registradas durante a realização do presente
diagnóstico ambiental e ambientes nos quais são encontradas, segundo Brown Jr. (1992) e
Raimundo et al. (2003)
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Famíli
a
Subfa
mília
Espécie
Tipo de ambiente indicadora
Hespe
riidae
Hesper
iinae
Synapte silius
Florestas.
Pyrgina
e
Astraptes
fulgerator
Comum em floresta perturbada e áreas abertas.
Autochton
neis
Comum em ambientes ribeirinhos e superúmidos.
Heliopetes
alana
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Heliopetes
arsalte
Comum em ambientes abertos.
Pyrgus oileus
Comum em ambientes abertos e perturbados.
Pyrgus orcus
Comum em ambientes abertos e perturbados.
Urbanus
dorantes
Comum em floresta perturbada e áreas abertas.
Urbanus
proteus
Ambientes ruderais.
Lycae
nidae
Polyom Hemiargus
matina hanno
e
Theclin
ae
Nymp
halida
e
Comum em campos.
Leptotes
cassius
Comum em matas e campos.
Parrhasius
polibetes
Migratória.
Rekoa palegon
Hábitats abertos.
Biblidin Biblis hyperia
ae
Catonephele
acontius
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária.
Floresta virgem.
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Famíli
a
Subfa
mília
Espécie
Tipo de ambiente indicadora
Catonephele
numilia
Floresta úmida ou sazonal.
Dynamine
agacles
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Dynamine
athemon
Indicadoras de áreas abertas, rios, brejos de capim e floresta
úmida.
Dynamine
tithia
Florestas e beira de riachos.
Eunica maja
Migratória, florestas perturbadas e ribeirinhas.
Hamadryas
epinome
Diversos hábitats.
Hamadryas
februa
Comum em muitos ambientes perturbados.
Mestra dorcas
Hábitats abertos e ruderais.
Myscelia orsis
Floresta úmida em clareiras.
Nica flavilla
Comum em florestas sazonais.
Temenis
laothoe
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária.
Charaxi Archaeoprepo
nae
na
amphimachus
Comum em florestas tropicais ou mesófilas (estacional
semidecidual).
Archaeoprepo
na demophon
Comum em florestas tropicais e mesófilas (estacional
semidecidual).
Memphis
moruus
Ocorre em vários ambientes.
Prepona
laertes
Ocorre em muitos habitats.
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Famíli
a
Subfa
mília
Espécie
Tipo de ambiente indicadora
Zaretis isidora
Ocorre em vários ambientes.
Danain
ae
Lycorea
cleobaea
Floresta perturbadas, ocorre em vários ambientes.
Helico
niinae
Actinote
canutia
Ocorre em clareiras de floresta.
Actinote
pellenea
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Dione juno
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Dryas iulia
Comum em
perturbadas.
Heliconius
beskei
Florestas de perturbadas ou não.
Heliconius
erato
Florestas abertas e perturbadas, clareiras em floresta densa.
Heliconius
ethila
Florestas perturbadas.
Hypothyris
ninonia
Floresta virgem.
Mechanitis
lysimnia
Ocorre em vários ambientes.
Ithomii
nae
Limenit Adelpha
idinae
plesaure
Nymph
alinae
varias
habitats,
mas
prefere
florestas
Floresta perturbada.
Anartia
amathea
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim; Brejos,
valas, margens de rios e lagos, e outros lugares úmidos e
perturbados.
Anartia
jatrophae
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Colobura dirce
Presente em diversos tipos de hábitats inclusive os
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Famíli
a
Subfa
mília
Espécie
Tipo de ambiente indicadora
antrópicos.
Satyrin
ae
Historis
acheronta
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária.
Junonia
evarete
Hábitats abertos e ensolarados; Indicadoras de áreas abertas,
rios e brejos de capim.
Siproeta
stelenes
Floresta perturbada.
Tegosa
claudina
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária.
Vanessa
braziliensis
Hábitats abertos e ensolarados.
Caligo
illioneus
Comum em ambientes antrópicos.
Catoblepia
berecynthia
Palmeiras e palheirais.
Pareuptychia
ocirrhoe
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária.
Paryphthimoid
es phronius
Comum em ambiente abertos.
Paryphthimoid
es poltys
Comum em ambientes secundários com ocorrência de
gramíneas.
Pharneuptychi
a innocentia
Comum em ambiente abertos.
Pseudodebis
euptychidia
Palmeiras e palheirais.
Splendeuptych
ia doxes
Floresta úmida com bambus.
Taygetis
laches
Comum em ambientes secundários.
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Famíli
a
Papili
onida
e
Pierid
ae
Riodi
nidae
Subfa
mília
Espécie
Tipo de ambiente indicadora
Yphthimoides
ochracea
Campos úmidos e brejos de altitude.
Battus
polydamas
Comum em ambiente abertos e perturbados.
Heraclides
thoas
Ambientes perturbados.
Protesilaus
glaucolaus
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Aphrissa
statira
Migratória; Beira de rio.
Eurema albula
Indicadoras de capoeira e de floresta secundária; Florestas
úmidas perturbadas até campos abertos.
Eurema
elathea
Comum em ambientes secundários.
Leucidia elvina
Habita o sub-bosque de florestas úmidas.
Phoebis philea
Migratória.
Phoebis
sennae
Indicadoras de áreas abertas, rios e brejos de capim.
Pyrisitia nise
Encontrada em ambientes ruderais.
Pierina
e
Ascia monuste
Migratória, habita áreas abertas.
Riodini
nae
Lasaia
agesilas
Diversos hábitats.
Papilio
ninae
Coliadi
nae
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VI
Morro do Pilar Minerais S.A.
Anexo VII
Lista de espécies de borboletas indicadoras de ambientes
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
Morro do Pilar Minerais S.A.
Lista de espécies de aves registradas em Morro do Pilar, registradas durante a realização do diagnóstico ambiental para o empreendimento Morro do Pilar
Minerais, Morro do Pilar, MG (etapas de período chuvoso e de seca). As espécies que não constam registros para nenhuma área específica foram registradas fora
das estações amostrais, portanto classificadas como ad libitum
Espécie
Nome comum
Categoria Categoria Categoria Etapa
de
de
de
Status
ameaça ameaça ameaça
I II
IUCN
Brasil
MG
Área
1
2
3
4
5
6
7
8 9 10 11 12 13 14
TINAMIFORMES
Tinamidae
Crypturellusobsoletus
inhambuguaçu
x
x
x
x
Crypturellusparvirostris
inhambu-chororó
x
x
x
x
Crypturellustataupa
inhambu-chintã
x
Rhynchotusrufescens
perdiz
x
Nothura maculosa
codorna-amarela
x
x
x
x
x
x
x
x
x
GALLIFORMES
Cracidae
Penelope obscura
jacuaçu
Ma
x
CICONIIFORMES
Ardeidae
Butoridesstriata
socozinho
x
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
x
x
x
x
Morro do Pilar Minerais S.A.
Bubulcusibis
garça-vaqueira
x
Ardea alba
garça-branca-grande
x
Syrigmasibilatrix
maria-faceira
x
Egrettathula
garça-branca-pequena
x
Cathartes aura
urubu-de-cabeça-vermelha
x
Cathartesburrovianus
urubu-de-cabeça-amarela
x
Coragypsatratus
urubu-de-cabeça-preta
x
Sarcoramphus papa
urubu-rei
CATHARTIFORMES
Cathartidae
DD
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
FALCONIFORMES
Accipitridae
Ictiniaplumbea
sovi
x
Accipitersuperciliosus
gavião-miudinho
x
Accipiter bicolor
gavião-bombachinha-grande
x
Heterospiziasmeridionalis
gavião-caboclo
x
Rupornismagnirostris
gavião-carijó
x
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Morro do Pilar Minerais S.A.
Buteoalbicaudatus
gavião-de-rabo-branco
Spizaetus tyrannus
gavião-pega-macaco
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EP
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Falconidae
Caracaraplancus
caracará
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Milvagochimachima
carrapateiro
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Herpetotherescachinnans
acauã
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Falcosparverius
quiriquiri
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Falcorufigularis
cauré
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Aramidescajanea
saracura-três-potes
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Aramides saracura
saracura-do-mato
Pardirallusnigricans
saracura-sanã
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GRUIFORMES
Rallidae
Ma
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Cariamidae
Cariamacristata
seriema
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CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Documento no.
Data:
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27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Vanelluschilensis
quero-quero
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Columbina talpacoti
rolinha-roxa
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Columbina squammata
fogo-apagou
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Patagioenaspicazuro
pombão
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Patagioenasplumbea
pomba-amargosa
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Leptotilaverreauxi
juriti-pupu
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Leptotilarufaxilla
juriti-gemedeira
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Geotrygonmontana
pariri
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COLUMBIFORMES
Columbidae
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PSITTACIFORMES
Psittacidae
Primoliusmaracana
maracanã-do-buriti
Ma
QA
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Diopsittacanobilis
maracanã-pequena
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Aratingaleucophthalma
periquitão-maracanã
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Aratingaauricapillus
jandaia-de-testa-vermelha
Aratingaaurea
periquito-rei
QA
Documento no.
Data:
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Forpusxanthopterygius
tuim
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Brotogerischiriri
periquito-de-encontro-amarelo
Pionusmaximiliani
maitaca-verde
Amazona vinacea
papagaio-de-peito-roxo
Ce
Ma
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EP
Vu
Vu
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CUCULIFORMES
Cuculidae
Piayacayana
alma-de-gato
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Crotophagaani
anu-preto
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Guiraguira
anu-branco
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Tapera naevia
saci
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coruja-da-igreja
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Megascopscholiba
corujinha-do-mato
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Pulsatrixkoeniswaldiana
murucututu-de-barriga-amarela
Strixvirgata
coruja-do-mato
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STRIGIFORMES
Tytonidae
Tyto alba
Strigidae
Ma
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Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Glaucidiumbrasilianum
caburé
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mãe-da-lua
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Nyctidromusalbicollis
bacurau
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Hydropsalistorquata
bacurau-tesoura
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Cypseloidesfumigatus
taperuçu-preto
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Streptoprocnezonaris
taperuçu-de-coleira-branca
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Streptoprocnebiscutata
taperuçu-de-coleira-falha
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Phaethornisruber
rabo-branco-rubro
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Phaethornispretrei
rabo-branco-acanelado
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Eupetomenamacroura
beija-flor-tesoura
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Florisuga fusca
beija-flor-preto
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CAPRIMULGIFORMES
Nyctibiidae
Nyctibiusgriseus
Caprimulgidae
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APODIFORMES
Apodidae
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Trochilidae
Ma
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Colibri serrirostris
beija-flor-de-orelha-violeta
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Chlorostilbonlucidus
besourinho-de-bico-vemelho
Thaluraniaglaucopis
beija-flor-de-fronte-violeta
Amaziliafimbriata
beija-flor-de-garganta-verde
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Amazilialactea
beija-flor-de-peito-azul
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Ma
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TROGONIFORMES
Trogonidae
Trogonsurrucura
surucuá-variado
Ma
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CORACIIFORMES
Alcedinidae
Chloroceryle amazona
martim-pescador-verde
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Momotidae
Baryphthengusruficapillus
juruva-verde
Ma
Jacamaralcyontridactyla
cuitelão
Ma
Galbularuficauda
ariramba-de-cauda-ruiva
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GALBULIFORMES
Galbulidae
Vu
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Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Bucconidae
Malacoptilastriata
barbudo-rajado
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Nonnularubecula
macuru
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PICIFORMES
Ramphastidae
Ramphastos toco
tucanuçu
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Pteroglossusaracari
araçari-de-bico-branco
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Picumnuscirratus
pica-pau-anão-barrado
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Melanerpescandidus
birro, pica-pau-branco
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Veniliornispasserinus
picapauzinho-anão
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Colaptescampestris
pica-pau-do-campo
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Dryocopuslineatus
pica-pau-de-banda-branca
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Picidae
Ce
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PASSERIFORMES
Thamnophilidae
Mackenziaenaleachii
borralhara-assobiadora
Ma
Mackenziaena severa
borralhara
Ma
Documento no.
Data:
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Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Taraba major
choró-boi
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Sakesphoruscristatus
choca-do-nordeste
Thamnophiluscaerulescens
choca-da-mata
Dysithamnusmentalis
choquinha-lisa
Herpsilochmusatricapillus
chorozinho-de-chapéu-preto
Herpsilochmusrufimarginatus
chorozinho-de-asa-vermelha
Formicivora serrana
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formigueiro-da-serra
Ma
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Drymophilaferruginea
trovoada
Ma
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Drymophilaochropyga
choquinha-de-dorso-vermelho
Ma
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Pyriglenaleucoptera
papa-taoca-do-sul
Ma
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Myrmecizaloricata
formigueiro-assobiador
Ma
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chupa-dente
Ma
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tovaca-cantadora
Ma
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arapaçu-liso
Ma
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QA
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Conopophagidae
Conopophagalineata
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Formicariidae
Chamaezameruloides
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Dendrocolaptidae
Dendrocinclaturdina
Documento no.
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Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Sittasomusgriseicapillus
arapaçu-verde
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Xiphocolaptesalbicollis
arapaçu-de-garganta-branca
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Xiphorhynchusfuscus
arapaçu-rajado
Ma
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Lepidocolaptesangustirostris
arapaçu-de-cerrado
Ce
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Lepidocolaptessquamatus
arapaçu-escamado
Ma
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Furnariidae
Furnariusfigulus
casaca-de-couro-da-lama
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Furnariusrufus
joão-de-barro
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Synallaxisruficapilla
pichororé
Ma
Synallaxiscinerascens
pi-puí
Ma
Synallaxisfrontalis
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petrim
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Synallaxisalbescens
uí-pi
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Synallaxisspixi
joão-teneném
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Cranioleucapallida
arredio-pálido
Phacellodomusrufifrons
joão-de-pau
Phacellodomusruber
graveteiro
Anumbiusannumbi
cochicho
Ma
Ce
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Documento no.
Data:
27/3/2012
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Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Automolusleucophthalmus
barranqueiro-de-olho-branco
Lochmiasnematura
joão-porca
Xenopsrutilans
bico-virado-carijó
Ma
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Tyrannidae
Mionectesrufiventris
abre-asa-de-cabeça-cinza
Leptopogonamaurocephalus
Ma
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cabeçudo
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Corythopisdelalandi
estalador
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Hemitriccusdiops
olho-falso
Ma
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Hemitriccusnidipendulus
tachuri-campainha
Ma
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Myiornisauricularis
miudinho
Ma
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Poecilotriccusplumbeiceps
tororó
Ma
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Todirostrumpoliocephalum
teque-teque
Ma
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Phyllomyiasfasciatus
piolhinho
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Myiopagiscaniceps
guaracava-cinzenta
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Elaeniaflavogaster
guaracava-de-barriga-amarela
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Elaeniamesoleuca
tuque
Elaeniacristata
guaracava-de-topete-uniforme
Ma
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Elaeniachiriquensis
chibum
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Elaenia obscura
tucão
Camptostomaobsoletum
risadinha
Serpophagasubcristata
alegrinho
Phaeomyiasmurina
bagageiro
Capsiempisflaveola
marianinha-amarela
x
Phylloscartesventralis
borboletinha-do-mato
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Tolmomyiassulphurescens
bico-chato-de-orelha-preta
Tolmomyiasflaviventris
bico-chato-amarelo
Platyrinchusmystaceus
patinho
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Myiophobusfasciatus
filipe
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Myiobiusatricaudus
assadinho-de-cauda-preta
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Hirundineaferruginea
gibão-de-couro
Lathrotriccuseuleri
enferrujado
Contopuscinereus
papa-moscas-cinzento
Knipoleguslophotes
maria-preta-de-penacho
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Xolmiscinereus
primavera
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Ma
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Gubernetesyetapa
tesoura-do-brejo
Ce
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Fluvicolanengeta
lavadeira-mascarada
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Coloniacolonus
viuvinha
x
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Machetornis rixosa
suiriri-cavaleiro
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Legatusleucophaius
bem-te-vi-pirata
x
Myiozetetescayanensis
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
Myiozetetessimilis
bentevizinho-de-penacho-vermelho
x
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Pitangussulphuratus
bem-te-vi
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Myiodynastesmaculatus
bem-te-vi-rajado
x
Megarynchuspitangua
neinei
x
Empidonomusvarius
peitica
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Tyrannus albogularis
suiriri-de-garganta-branca
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Tyrannus melancholicus
suiriri
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Tyrannus savana
tesourinha
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Sirystessibilator
gritador
Myiarchusswainsoni
irré
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Myiarchusferox
maria-cavaleira
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Documento no.
Data:
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27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Myiarchustyrannulus
maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado
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Cotingidae
Pyroderusscutatus
pavó
Ma
QA
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Neopelmapallescens
fruxu-do-cerradão
Ce
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Ilicuramilitaris
tangarazinho
Ma
x
x
Manacusmanacus
rendeira
x
x
x
Chiroxiphiacaudata
tangará
Ma
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x
Schiffornisvirescens
flautim
Ma
x
x
Pachyramphusviridis
caneleiro-verde
Pachyramphuscastaneus
caneleiro
Pachyramphuspolychopterus
caneleiro-preto
x
Cyclarhisgujanensis
pitiguari
x
Vireoolivaceus
juruviara
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Hylophilusamaurocephalus
vite-vite-de-olho-cinza
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Pipridae
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Tityridae
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Vireonidae
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Corvidae
Cyanocoraxcristatellus
gralha-do-campo
Ce
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Hirundinidae
Pygochelidoncyanoleuca
andorinha-pequena-de-casa
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Stelgidopteryxruficollis
andorinha-serradora
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Progne tapera
andorinha-do-campo
x
Prognechalybea
andorinha-doméstica-grande
x
Troglodytesmusculus
corruíra
x
x
Pheugopediusgenibarbis
garrinchão-pai-avô
x
x
Catharusfuscescens
sabiá-norte-americano
x
Turdusrufiventris
sabiá-laranjeira
x
x
Turdusleucomelas
sabiá-barranco
x
x
Turdusamaurochalinus
sabiá-poca
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Turdussubalaris
sabiá-ferreiro
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Turdusalbicollis
sabiá-coleira
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Troglodytidae
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Polioptilidae
Ma
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Documento no.
Data:
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27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Mimidae
Mimussaturninus
sabiá-do-campo
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cambacica
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Schistochlamysruficapillus
bico-de-veludo
x
Cissopisleverianus
tietinga
x
Compsothraupisloricata
carretão
Nemosiapileata
saíra-de-chapéu-preto
x
x
Trichothraupismelanops
tiê-de-topete
x
x
Piranga flava
sanhaçu-de-fogo
x
Habiarubica
tiê-do-mato-grosso
x
Tachyphonuscoronatus
tiê-preto
Thraupissayaca
sanhaçu-cinzento
Thraupisornata
sanhaçu-de-encontro-amarelo
Thraupispalmarum
sanhaçu-do-coqueiro
Tangara cyanoventris
saíra-douradinha
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Coerebidae
Coerebaflaveola
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Thraupidae
Ce
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Data:
27/3/2012
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Tangara cayana
saíra-amarela
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Tersinaviridis
saí-andorinha
x
x
Dacniscayana
saí-azul
x
x
Hemithraupisruficapilla
saíra-ferrugem
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Conirostrumspeciosum
figuinha-de-rabo-castanho
Ma
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Emberizidae
Zonotrichiacapensis
tico-tico
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Ammodramushumeralis
tico-tico-do-campo
x
Sicalisflaveola
canário-da-terra-verdadeiro
x
Emberizoidesherbicola
canário-do-campo
x
Volatiniajacarina
tiziu
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Sporophilanigricollis
baiano
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Sporophilacaerulescens
coleirinho
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Arremonflavirostris
tico-tico-de-bico-amarelo
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Coryphospinguspileatus
tico-tico-rei-cinza
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trinca-ferro-verdadeiro
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Cardinalidae
Saltatorsimilis
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Cyanoloxiabrissonii
azulão
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Basileuterusculicivorus
pula-pula
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Basileuterushypoleucus
pula-pula-de-barriga-branca
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Basileuterusflaveolus
canário-do-mato
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Basileuterusleucoblepharus
pula-pula-assobiador
Parulidae
Ce
Ma
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Icteridae
Psarocoliusdecumanus
japu
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Cacicushaemorrhous
guaxe
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Gnorimopsarchopi
graúna
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Chrysomusruficapillus
garibaldi
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Pseudoleistesguirahuro
chopim-do-brejo
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Molothrusoryzivorus
iraúna-grande
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Molothrusbonariensis
vira-bosta
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Euphoniachlorotica
fim-fim
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Euphoniapectoralis
ferro-velho
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Fringillidae
Ma
Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
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Anexo VII
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Morro do Pilar Minerais S.A.
Passeridae
Passerdomesticus
pardal
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Documento no.
Data:
EIA-MOPI-004-03/12-v1
27/3/2012
Anexo VII