Epidemiológico
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Epidemiológico
Boletim Epidemiológico___________ Coordenadoria de Vigilância em Saúde –SESA – AP Programa da Dengue/CHIKV e ZIKAV – UVE/DE/CVS - N° 01/2016 Monitoramento dos casos de Dengue e Febre do Chikungunya dos anos de 2014 e 2015 no estado do Amapá. Dengue Em 2015, foram registrados 4.120 casos prováveis de dengue no Estado – casos notificados, incluindo todas as classificações. No ano de 2015 houve crescimento de 58% em relação ao ano anterior e os municípios que mais contribuíram para este aumento foram Tartarugalzinho e Mazagão com 7.450% e 954,8 % respectivamente (Tabela 1). Em 2015 a CIR Central registrou o maior número de casos prováveis (2.399 casos; 58,23%) em relação ao total do Estado, seguida das CIR Norte ( 907 casos; 22,01%) e Sudeste ( 814 casos; 19,76%). Figura 1 – Casos prováveis de dengue, por semana epidemiológica de início de sintomas, Amapá, 2013, 2014 e 2015. 350 Número de casos 300 250 200 150 100 50 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Semana pidemiológica de Início de Sintomas 2013 2014 2015 Fonte: Sinan Online (acessado em 04/01/2016 às 16h58min). Dados sujeito a alterações. Na análise da incidência de casos prováveis de dengue ( número de casos por 100 mil hab),destaca-se a CIR Norte com a incidência de 1.444,47 casos por 100 mil hab, sendo os municípios de Calçoene e Oiapoque com as maiores incidências, 3.207,7/100 mil hab e 1.735,2/100 mil hab respectivamente. Em seguida a CIR Central com 468,5/100 mil hab, destacando-se os municípios de Ferreira Gomes (1.420,1/100mil hab) e Serra do Navio (1.134,1/100mil hab) e por último a CIR Sudeste com 424,26/100 mil hab, onde se destaca os municípios de Mazagão com 1.670,8 por 100 mil hab e Santana com a incidência de 381,4 por 100 mil hab. (Tabela 1). Tabela 1. Comparativo da incidência anual e aumento dos casos prováveis de dengue, por CIR e município de residência do estado do Amapá, 2014 e 2015 CIR/Município de Residência Norte Amapá Calçoene Oiapoque Pracuúba Tartarugalzinho Central Cutias Ferreira Gomes Itaubal Macapá Porto Grande Pedra B. Amapari Serra do Navio Sudeste Laranjal do Jari Santana Mazagão Vitória do Jari Total Número de Casos Incidência (/100 mil hab.) Aumento 2014 2015 2014 2015 % 734 907 1197,04 1444,47 807,00 2 8 23,4 92,8 300,0 87 326 871,8 3207,7 274,7 643 421 2721,3 1735,2 -34,5 0 1 0,0 22,1 100 2 151 13,6 992,6 7450,0 836 2399 166,8 468,5 187,0 2 3 37,8 55,5 50,0 13 98 193,6 1420,1 653,8 0 6 0,0 121,2 600 552 1980 123,6 434,0 258,7 120 149 625,3 757,5 24,2 136 107 1014,1 764,9 -21,3 13 56 268,0 1134,1 330,8 1038 814 550,53 424,26 714,0 933 59 2083,7 129,1 -93,7 70 428 63,3 381,4 511,4 31 327 161,8 1670,8 954,8 4 0 28,5 0,0 -100,0 2608 4120 347,3 537,4 58,0 Fonte: Sinan Online (acessado em 04/01/2016 às 16h58min). Dados sujeito a alterações. Na análise da incidência mensal ( número de casos por 100 mil hab), observa-se que as maiores incidências do ano de 2015 no Estado, foram registradas nos meses de janeiro a maio, sendo que o maior pico da incidência ocorreu no mês de março. (Tabela 2). No ano de 2015 os munícipios de Calçoene, Oiapoque, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Serra do Navio e Mazagão, apresentaram alta incidência/mês. Pedra Branca do Amapari apresentou média incidência/mês e os demais apresentaram baixa incidência/mês no Estado. O município de Calçoene apresentou alta incidência no mês de janeiro e fevereiro e media incidência nos meses de março, abril, maio e outubro, neste ultimo foi devido surto localizado no garimpo do Lourenço. (Tabela 2 e 3). Tabela 2. Incidência mensal e acumulada dos casos prováveis de dengue, por CIR e município de residência do estado do Amapá, 2015 CIR/Município Residência Norte Amapá Jan 248,4 0,0 Fev Mar Abr 278,7 531,9 143,3 23,2 23,2 11,6 Mai Jun 84,4 20,7 15,9 11,1 19,1 11,6 11,6 Calçoene 846,2 1062,7 236,2 295,2 275,5 Oiapoque 288,5 Pracuúba 0,0 Tartarugalzinho Central Cutias F. Gomes 0,0 152,5 993,3 131,9 0,0 22,1 37,1 Jul 0,0 Ago Set 92,8 0,0 19,7 19,7 88,6 255,8 78,7 29,5 3178,2 0,0 0,0 4,1 8,2 0,0 4,1 8,2 57,7 1677,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 22,1 184,1 433,9 177,5 98,6 19,7 32,9 26,3 0,0 13,1 6,6 0,0 992,6 38,9 35,3 31,8 26,6 14,1 7,2 5,5 468,5 0,0 18,5 0,0 55,5 40,8 47,8 83,4 81,4 55,7 0,0 0,0 18,5 18,5 0,0 0,0 0,0 173,9 521,7 420,2 144,9 0,0 0,0 14,5 29,0 29,0 0,0 Nov Dez 0,0 37,1 12,4 0,0 11,6 Incidência Acumulada 46,2 17,5 27,1 1444,5 Out 0,0 0,0 86,9 0,0 0,0 1420,1 Itaubal 0,0 0,0 0,0 40,4 20,2 20,2 20,2 20,2 0,0 0,0 0,0 0,0 121,2 Macapá 22,1 39,5 75,6 76,3 53,3 40,1 37,7 34,0 28,1 14,2 7,7 5,5 428,6 462,7 132,2 55,9 35,6 25,4 20,3 0,0 0,0 0,0 757,5 0,0 0,0 21,4 P. Grande P. B. Amapari 92,9 92,9 128,7 164,4 121,5 S. do Navio 40,5 283,5 324,0 141,8 182,3 61,5 144,4 95,4 40,1 L. do Jari 2,2 2,2 28,4 Santana 62,4 68,6 Sudeste Mazagão V. do Jari Estado 5,1 5,1 15,3 57,2 42,9 21,4 21,4 60,8 20,3 40,5 0,0 29,7 7,8 12,5 10,4 4,7 4,2 28,4 52,5 6,6 0,0 0,0 98,9 52,6 27,6 9,8 16,9 16,9 240,2 1016,8 301,5 25,5 10,2 5,1 10,2 0,0 0,0 0,0 0,0 90,9 123,1 76,2 51,5 0,0 63,0 0,0 743,5 0,0 1134,1 6,3 7,3 424,3 0,0 0,0 2,2 126,9 8,0 6,2 8,9 4,5 376,9 5,1 0,0 5,1 10,2 40,9 1630,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 29,6 28,0 24,8 20,5 14,2 7,8 7,7 537,4 6,6 0,0 20,3 20,3 Fonte: Sinan Online (acessado em 04/01/2016 às 16h58min). Dados sujeito a alterações. Obs: Incidência: Baixa Incidência Média Incidência Alta Incidência . Tabela 3. Municípios de residência com as maiores incidências de casos prováveis de dengue no estado do Amapá, 2015 Município Residência Calçoene 846,2 1062,7 236,2 295,2 275,5 Oiapoque 288,5 152,5 993,3 131,9 37,1 37,1 12,4 0,0 184,1 433,9 177,5 98,6 Tartarugalzinho Jan F. Gomes 29,0 P. Grande 462,7 Fev Mar Abr Mai 173,9 521,7 420,2 144,9 132,2 55,9 35,6 25,4 P. B. Amapari 92,9 92,9 128,7 164,4 121,5 S. do Navio 40,5 283,5 324,0 141,8 182,3 Mazagão Estado 240,2 1016,8 301,5 63,0 90,9 123,1 25,5 10,2 76,2 51,5 Incidência Acumulada 0,0 19,7 19,7 88,6 255,8 78,7 29,5 3178,2 Jun Ago Set 4,1 8,2 4,1 19,7 32,9 26,3 0,0 13,1 6,6 0,0 992,6 0,0 14,5 29,0 0,0 Jul Out Nov Dez 8,2 57,7 1677,5 86,9 0,0 0,0 1420,1 5,1 15,3 0,0 0,0 0,0 757,5 57,2 42,9 21,4 21,4 0,0 0,0 21,4 743,5 20,3 5,1 60,8 20,3 40,5 5,1 10,2 5,1 0,0 0,0 29,6 28,0 24,8 20,5 20,3 20,3 0,0 1134,1 5,1 10,2 40,9 1630,0 14,2 7,8 Fonte: Sinan Online (acessado em 04/01/2016 às 16h58min). Dados sujeito a alterações. Obs: Incidência: Baixa Incidência Média Incidência Alta Incidência . 7,7 537,4 No ano de 2015 foram confirmados dezesseis casos de dengue grave e 32 casos de dengue com sinais de alarme, um aumento considerável quando comparado com o ano anterior que houve apenas dois casos de dengue grave e 12 com sinais de alarme. Em relação aos óbitos houve dois registros este ano no município de Macapá e um no ano de 2014 em Laranjal do Jari. ( Tabela 3) Tabela 3 – Casos graves, com sinais de alarme e óbitos por dengue confirmados por município de residência do estado do Amapá. 2014 e 2015 Casos confirmados Município de Residência Laranjal do Jari Macapá Oiapoque Santana Total 2014 Dengue Grave 2015 Dengue com Sinais de alarme 1 0 0 1 2 Óbitos confirmados 0 12 0 0 12 Dengue Grave 0 4 12 0 16 Dengue com Sinais de alarme 0 25 5 2 32 2014 2015 1 0 0 0 1 0 2 0 0 2 Fonte: Sinan Online ( atualizado em 04/11/2015 as 15h ). Dados sujeito a alterações. Monitoramento dos casos de febre de Chikungunya a partir de julho do ano de 2014 e ano de 2015. No ano de 2014, entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 26 a 53, foram notificados 1653 casos suspeitos de febre de Chikungunya em cinco municípios do Estado, Calçoene (8), Macapá (100), Oiapoque (1541), Porto Grande (2) e Santana (2). Destes apenas o município de Oiapoque e Macapá apresentaram casos autóctones, com 1385 e 2 casos confirmados respectivamente. No ano de 2015 foram notificados 1.247 casos suspeitos. (Figura 2). Destes 1.008 foram confirmados, sendo 959 pelo critério clínico epidemiológico, 49 por critério laboratorial. 239 foram descartados. (Tabela 4). Os municípios de Oiapoque, Porto Grande, Macapá, Ferreira Gomes e Santana, registraram casos autóctones. (Tabela 4) e os municípios de Calçoene, Itaubal, Mazagão, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Vitória do Jari, registraram casos suspeitos de febre de Chikungunya porem não foram confirmados. Ressalta-se que uma vez caracterizada a transmissão sustentada de febre Chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico. Nesta condição, temos no Estado os municípios de Oiapoque e Porto Grande. Portanto, qualquer município que receba pacientes com quadro clínico suspeito de febre Chikungunya desses locais considerados com transmissão sustentada, poderá estar notificando e encerrando o caso por critério clínico epidemiológico, não esquecendo de informar o município de infecção e o bairro. Observa-se na figura 2 o decréscimo considerável dos casos a partir da semana 14ª e a última notificação no sistema de informação de agravos de notificação – SINAN_net do Estado, foi registrado na semana epidemiológica 49, a partir daí os municípios se tornaram silenciosos, acredita-se que esta ausência de casos seja pela condição climática e ou a banalização da doença pela população e ou subnotificação dos casos. Figura 2. Demonstrativo das notificações de Febre Chikungunya por semana epidemiológica de sintomas no Estado do Amapá nos anos de 2014 a partir da sem. 23 e o ano de 2015. 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Semana Epidemiológica de Sintomas 2014 2015 Fonte: Sinan_net (atualizado em 04/01/2016). Elaboração de Pinto,I.C.S. Dados sujeito a alterações. Tabela 4 – Municípios com registros de casos de Febre de Chikungunya no estado do Amapá, 2015. Muni cípios Calçoene F. Gomes Oiapoque Macapá P. Grande Santana V. Jari Total Casos notifi cados 5 4 944 184 50 34 0 1247 Incidência (/100 mil hab) 49,2 58,0 3.890,7 40,3 254,2 30,3 0 Casos confirmados por município de residência ClínicoLabora epidemio tório lógico 0 1 5 16 24 3 0 49 0 1 932 2 19 4 1 959 Casos confirmados autóctones/2015 Clínico Labora Epidemio tório lógico 0 1 5 5 24 2 0 37 Fonte: Sinan_net (atualizado em 04/01/2016). Elaboração de Pinto,I.C.S. Dados sujeito a alterações. 0 1 919 0 19 0 0 939 ORGANIZAÇÃO E ELABORAÇÃO Antônio Waldez Góes da Silva Governador do Estado do Amapá Renilda Nascimento da Costa Secretária de Estado da Saúde Clóvis Omar Sá Miranda Coordenador de Vigilância em Saúde Silvia Claudia Cunha Maués Chefe da Divisão de Epidemiologia Kelly Souza Dutra Chefe da Unidade de Vigilância Epidemiológica EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO COMPONENTE EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE/CHIKV E ZIKAV Cristina Yuri Kawakami Rego Rodrigues Bióloga Resp. pelas análise do banco de dados do Sinan_net e GAL do CHIKV Gabriela Viana Antunes Bióloga Resp. pela análise do banco de dados do Sinan_net e GAL da Dengue Iracilda Costa da Silva Pinto Enfª. msc. em Saúde Pública Resp. técnica pelo componente Vigilância Epidemiológica da Dengue/CHIKV/Zikav E confecção dos boletins epidemiológicos Suely Sarmento Avelar Técnica de Enfermagem/Administradora Apoio técnico dos agravos Dengue/CHIKV/Zikav Especialista em Epidemiologia Unidade de Vigilância Epidemiológica/DE/CVS Av. Almirante Barroso n° 619 – Centro – 3º andar CEP – 68900-041 – Macapá-AP Fone: (096) 3212-6259 E-mail institucional: [email protected]