Utilização da Remonta para captação de recursos
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Utilização da Remonta para captação de recursos
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS por Alexandre Arruda Pereira e Silva – Ten PM Rio de Janeiro 2005 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS por Alexandre Arruda Pereira e Silva – Ten PM Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. ORIENTADOR: Cap Cav Sérgio Murilo de Almeida Cerqueira Filho Rio de Janeiro 2005 SILVA, Alexandre Arruda Pereira e. Utilização da remonta para a captação de recursos. / Alexandre Arruda Pereira e Silva - Rio de Janeiro, 2005. 64.; 30 cm. Monografia (Especialização em Equitação) – Escola de Equitação do Exército, 2005. Bibliografia: f. 57. 1. Cavalo. 2 Cavalaria. 3. Captação de Recursos. I. Autor. II. Título. ALEXANDRE ARRUDA PEREIRA E SILVA – TEN PM UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pósgraduação (latu sensu) em Equitação. Aprovada em _______de _______________de 2005. BANCA EXAMINADORA ____________________________________ ____________________________________ ___________________________________ DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a minha esposa, fiel companheira, pelo apoio prestado para a realização do presente curso. AGRADECIMENTOS A DEUS, Que norteia nossos passos obstinados na do conhecimento para o nossas enaltecimento vidas profissionais busca de e das instituições públicas. Família e aos amigos, Pelo apoio constante em compreensão e meus estudos, pela paciência em momentos difíceis de minha ausência, que a concluir me levou esta Intervenção, no afã de cada vez mais defendermos e protegermos a nossa Sociedade. EPÍGRAFE "Muitos séculos terão que passar até que as máquinas fassam para o homem o que o cavalo já fez”. Autor desconhecido RESUMO Este projeto de intervenção na área defesa social tem como objetivo favorecer a melhoria de serviços prestados pelo Regimento de Cavalaria Dias Cardoso, fornecendo os meios necessários à implantação de um projeto que vise a captação de recursos, até então inexploráveis pela instituição, que proporcionem numerários capazes de ser utilizados na atividade operacional e administrativa da unidade hipomóvel. A metodologia utilizada consistiu na realização de estudos teóricos sobre o tema e no desenvolvimento de pesquisa de campo na própria Corporação e em outras instituições policiais militares, bem como em consultas mais informais com alguns conhecedores do ramo, visando chegar a uma compreensão mais acurada, objetivando colher subsídios para o programa de ação. Destarte, ao se realizar a pesquisa de campo, foi identificada uma gama de interessados pela idéia, haja vista o problema detectado também ocorrer em outras coirmãs. A questão supra é identificar-se, através do Centro de Criação e Treinamentos de Eqüinos, em pleno funcionamento no regimento dias Cardoso, uma forma de se utilizar seu potencial em benefício das atividades operacionais e administrativas da unidade hipomóvel. Desse modo, garantem-se investimentos que buscarão o aperfeiçoamento da remonta, das instalações, do efetivo, a aquisição de equipamentos e, indiscutivelmente, a melhoria dos serviços presta dos à sociedade pernambucana. Palavras Chave: recursos, captação, cavalo, cavalaria ABSTRACT This project of intervention in the social prohibited area has as objective to favor the improvement of services given for the Regiment of Cavalry Dias Cardoso, supplying the necessary ways to the implantation of a project that aims at the captation of resources, until then not explored for the institution, that they provide money capable to be used in the operational and administrative activity of the horse-draw unit. The used methodology consisted of the accomplishment of theoretical studies on the subject and of the development of research of field in the proper Corporation and other military police institutions, as well as in more informal consultations with some experts of the branch, aiming at to arrive more at a refinedunderstanding, objectifying spoon subsidies for the action program. However, to if carrying through the field research, a gamma was identified of interested by the idea, it has seen the problem also detected to occur in others military police. The question supplies is to identify itself, through the Center of Creation and Training of Equines, in full functioning in the regiment Cardoso days, one forms of if using its potential in benefit of the operational and administrative activities of the horse-draw unit. In this way, investments are guaranteed that will search the perfectioning of retrace, of the installations, of the cash, the acquisition of equipment and, without questions, the improvement of the services quick of to the pernambucana society. Words Key: resources, captation, horse, cavalry SUMÁRIO CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO............................................................................ 10 CAPÍTULO II – JUSTIFICATIVA........................................................................ 13 2.1. Problema 2.2. Objetivos 2.3. Importância do Projeto para o Regimento Dias Cardoso CAPÍTULO III – REFERENCIAL TEÓRICO....................................................... 19 3.1. Síntese histórica do Regimento dias Cardoso 3.2. Origem do Cavalo 3.3. A Importância Socioeconômica do Cavalo 3.4. Alimentação, Ferimentos, Doenças, Higiene, Cuidados e Ferrageamento dos Animais 3.5. Inclusão do bem Semovente do RPMon no Patrimônio da PMPE 3.6. Possibilidades de captação de recursos com a alienação de Equinos 3.7. alienação dos semoventes 3.8 Procedimento de leilão dos Semoventes CAPÍTULO VI - METODOLOGIA....................................................................... 47 4.1. Estudo Exploratório 4.1.1 Estrutura do regimento dias Cardoso 4.1.2 Efetivo Humano do regimento dias Cardoso 4.1.3 Efetivo de eqüinos do regimento Dias Cardoso 4.1.4 Manejo para a Reprodução do RPMon 4.1.5 Avaliação do Mercado de Comercialização de Equinos 4.1.6 Providências para a Alienação dos Semoventes CAPÍTULO V – PROGRAMA DE AÇÃO.......................................................... 63 5.1 Pressupostos Norteadores 5.2 Viabilidade 5.3 Metas, Ação, Execução e Responsabilidades 5.4 Recursos Necessários 5.5 Plano Orçamentário de Arrecadação CAPÍTULO VI – CONCLUSÃO ......................................................................... 70 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 73 GLOSARIO ANEXOS ANEXO A – Questionário 1 – Público Alvo : Integrantes da PMPE ANEXO B – Questionário 2 – Público Alvo : Criadores de eqüinos da PE ANEXO C – Questionário 3 – Público Alvo : RPMon / EPM e outras coirmãs LISTA DE ABREVIATURAS PMPE – POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO RPMON – REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA CCTE – CENTRO DE CRIAÇÃO E TREINAMENTO DE EQUINOS APMP – ACADEMIA DE PLOÍCIA MILITAR DE PAUDALHO DCTE – DIRETORIA DE CONTROLE DO TESOURO ESTADUAL CGE – CONTADORIA GERAL DO ESTADO DAFE – DIRETORIA EXECUTIVA ADA ADMINISTRAÇÃO DOESTADO. DGPE - DEPARTAMENTO GERAL DE PATRIMONIO DO ESTADO DAL – DIRETORTIA DE APOIO LOGÍSTICO SISPAT – SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL BI – BOLETIM INTERNO LISTA DE QUADROS Quadro 01 – Conceituação do público civil quanto ao tema do projeto Quadro 02 – Tempo de Existência das Unidades Hipomóveis Quadro 03 – Fluxogramas de procedimentos Quadro 04 – Fluxogramas de procedimentos Quadro 05 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2006 Quadro 06 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2007 Quadro 07 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2008 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO A Polícia Militar de Pernambuco tem consciência das suas limitações administrativas e operacionais e dos reflexos disso no cumprimento de sua função legal de polícia ostensiva e preservadora da ordem pública. Nada mais importante de que identificar meios que possam colaborar para desempenhar um papel importante no sentido de reequilibrar as forças na diminuição da criminalidade, por deter formas, as quais escapam aos olhos, ou por não encontrar os meios administrativos para a implantação de políticas que visem a um fluxo de caixa, dentro da moralidade pública, que lhe permita investimentos nas áreas operacionais e administrativas. O Regimento Dias Cardoso, unidade indispensável à corporação no controle de distúrbio e no policiamento ostensivo montado, vem enfrentando uma situação comum a muitas outras organizações militares estaduais, que é falta de recursos necessários à sua manutenção e a consecução de suas atividades operacionais e administrativas. Essa situação é comum nos dias de hoje, devido à escassa arrecadação estatal e à distribuição de recursos esparsos aos diversos órgãos estatais responsáveis pela prestação de serviços públicos à sociedade pernambucana. Crê-se, ao identificar os caminhos que podem levar à melhoria dessa situação, contribuir, distinta e inexoravelmente, a soerguer a de seus serviços unidade hipomóvel, na qualidade prestados à comunidade, no aperfeiçoamento de seu trabalho e no engrandecimento junto às demais coirmãs. Não obstante, o trabalho também traz à tona a questão que é preciso renovar e criar condições favoráveis, diante das dificuldades, e não tão somente de deixar vencer sem obstinação. A mente crimino as evolui a cada ação policial e, portanto, necessita-se dos conhecimentos para estar sempre à frente dela. A princípio, justifica-se o projeto mostrando-se os problemas que enfrenta o Regimento Dias Cardoso com a falta de recursos para a manutenção e, principalmente, investimento em sua estrutura já montada, descrevendo os objetivos e o impacto esperado. Em seguida apresenta-se a metodologia utilizada que consistiu no estudo teórico e na pesquisa de campo junto ao público policial militar e civil. O estudo teórico teve por objetivo o levantamento do manejo da criação de eqüinos abordando as várias fases de seu desenvolvimento e ao amparo legal para a implantação do projeto. A pesquisa de campo, buscou avaliar a aceitação da idéia, o perfil dos prováveis mercados consumidores, o melhor caminho a ser seguido para a venda dos cavalos e o retorno do numerário para investimento no próprio Regimento Dias Cardoso, e os meios disponíveis para a consecução do trabalho. O programa de ação, respaldado nas necessidades detectadas durante as pesquisas irá contribuir decisivamente para o pleno êxito do projeto, fornecendo os caminhos para se alcançarem os objetivos sugeridos nos estudos. Por fim, com bases nos estudos e pesquisas realizados, procura-se, em síntese, através da conclusão, mostrar as soluções apresentadas para a resolução do problema. CAPÍTULO II JUSTIFICATIVA O Regimento Dias Cardoso disponibiliza hoje de aproximadamente 300 (trezentos) cavalos, os quais, para a sua manutenção, necessitam de alguns cuidados importantes, tais como: alimentação específica para organismo do animal, visto que são compreender as exigências animais que se submetem a nutricionais do esforços físicos permanentes, seja no policiamento montado, seja nas instruções ministradas durante o diaa–dia. Além dos cuidados com alimentação, são necessários outros cuidados como o ferrageamento para proteger o animal do desgaste dos cascos e também impedir que os mesmos se deformem, prevenindo as doenças ligadas ao sistema locomotor. Cuidados médicos que proporcionam a manutenção da saúde de toda a cavalhada, dando o suporte técnico para que toda as atividades Policiais Militares a cavalo sejam realizadas a contento e de maneira segura. Devido à atividade policial montada, outros setores são necessários para dar suporte a utilizados manutenção realização para e do encilhar pequenos policiamento montado. A correaria, o cavalo e é de sua cuida dos apetrechos responsabilidade a guarda, a consertos de materiais. A sapataria, responsável pela produção e pelo conserto das botas utilizadas para a prática da montaria. Diante dos cuidados necessários com a alimentação dos cavalos, com o seu ferrageamento, com a sua saúde e com a necessidade do suporte oferecido por outros setores tais como : a correaria e a sapataria, além da utilização das armas específicas, constata-se que os custos necessários para a manutenção das atividades do Regimento Dias Cardoso são substanciais e que por isso mesmo ocorre escassez de verbas para investimentos nos diversos setores, bem como para a manutenção das instalações. É de grande importância ressaltar que além dos equipamentos utilizados por policiais militares de outras unidades não especializadas, a cavalaria faz uso de armas como: espada e lança. A área que compreende as instalações do Regimento Dias Cardoso ocupa um quarteirão no bairro de San Martin, o que onera ainda mais os custos para a manutenção e a limpeza das mesmas, além da necessidade atual de modernização de todas as suas seções, do pavilhão de baias, da formação veterinária, principal, do campo do picadeiro de soltura, do Centro de Criação treinamento de Eqüinos ( CCTE ), na Academia de Polícia do Paudalho ( APMP ), da quadra de esportes, do minicampo de futebol, da sala de musculação, do refeitório, e do cassino dos oficiais e praças. Existe também a necessidade da construção de um redondel coberto, novas baias, na sede do ( CCTE ) e de piquetes planejados, instalações para o efetivo humano, e muitas outras necessidades importantes. Há uma grande defasagem no setor de informática do RPMon, pois este apenas possui um único computador para suprir as necessidades de toda parte administrativa, prejudicando a eficácia na execução de suas atividades. Outro ponto importante é a necessidade de modernizar a sala cirúrgica e de criar um laboratório de análises clínicas, através da compra de equipamentos e materiais hospitalares, pois a redução do efetivo humano, que é um fato ocorrido com bastante força nos últimos anos está fazendo com que haja uma redução significativa no potencial de reprodução de seu plantel de eqüinos, já que não dispõe de policiais militares suficientes para suplanta a oferta de animais que poderiam ser produzidos, ocorrendo assim, um sub aproveitamento da capacidade da produção de eqüinos. A inexistência de centros de reprodução Eqüinos em outras Corporações militares estaduais, principalmente na Região Nordeste, torna o Regimento Dias Cardoso, um referencial entre as demais Coirmãs, além de potencial produtor e fornecedor de cavalos, não só para os policiais militares, mas também para criadores particulares. 2.1. Problema Nesse contexto fica o impasse sobre o que fazer para resolver a problemática de excedente de cavalos que assola de maneira preocupante o regimento de cavalaria e, ao mesmo tempo, obter recursos, sem sobrecarregar os cofres públicos, para serem aplicados nas diversas áreas carentes do Regimento Dias Cardoso, visando a otimização da prestação de serviços à sociedade pernambucana. O que fazer para manter funcionando o Centro de Criação e Treinamento de Eqüinos (CCTE ) ? Vale ressaltar a capacidade do CCTE de produzir cavalos de excelente linhagem, tanto que no ano de 2001, no parque de exposições de animais do Cordeiro, expôs alguns de seus exemplares. Além disso seus garanhões e matrizes têm um alto valor genético e podem ser subtilizados com a paralisação de suas atividades. 2.2. Objetivos Pensando em todos esses aspectos citados, o projeto “Utilização da Remonta para Captação de Recursos”, visa alcançar alguns patamares de melhoria interna e externa e também mostrar a importância do projeto para o Regimento Dias Cardoso no tocante ao seu crescimento junto à sociedade. Sendo assim, o projeto propõe: gerar recursos através da remonta do RPMon com a venda de eqüinos excedentes. Nessa perspectiva, o projeto “Utilização da Remonta para Captação de Recursos” espera concentrar-se e alcançar alguns objetivos específicos: Gerar recursos para investimentos no próprio RPMon; Amortizar os custos necessários para a manutenção das atividades inerentes ao RPMon; Aproveitar toda a potencialidade da capacidade reprodutiva do Tornar o RPMon num centro de plantel de eqüinos; referência na produção e no fornecimento de eqüinos para outras corporações e criadores particulares. 2.3. A importância do Projeto para o Regimento Dias Cardoso Com a implantação do projeto pela corporação, espera se que haja uma melhoria das instalações do Regimento de Cavalaria Dias Cardoso, não só as destinadas ao setor administrativos, como as seções e os esquadrões, mas também os setores ligados ao bemestar e lazer do efetivo humano, como os cassinos e os locais destinados à prática de esportes,e os que servem para a criação de eqüinos, como os pavilhões de baias, a sala cirúrgica, o picadeiro e o campo de solta, não deixando de lado as áreas de utilização comum do RPMon, como as vias de acesso e a praça Cavalo Comanche. Seguindo essa linha de ação, pretende-se também a melhoria dos equipamentos utilizados , com a aquisição de apetrechos mais modernos para serem utilizados no policiamento ostensivo e, principalmente, policiamento de choque. Outro avanço importante será a aquisição de equipamentos modernos para as seções administrativas: os cassinos, a sala de musculação, a seção hípica a quadra de esportes e o mini campo de futebol. Outro impacto esperado é o aumento do nível de satisfação do efetivo do RPMon, através da sua capacitação na parte técnica e administrativa, bem como das melhorias acima especificadas, tendo como conseqüência um melhor desempenho em todas as áreas citadas. E por último, espera-se que o Regimento Dias Cardoso se torne um reconhecido centro produtor de eqüinos para criadores particulares e, principalmente, para outras polícias militares, elevando o conceito que a Cavalaria desfruta junto à sociedade. CAPÍTULO III REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. Síntese Histórica do Regimento Dias Cardoso A origem do Regimento Dias Cardoso se confunde com a da própria corporação, pois o decreto imperial de 11 de junho de 1825 determinava a organização provisória de um corpo de cavalaria na cidade de Recife, Província de Pernambuco, e de mais duas companhias de infantarias, com a finalidade de assegurar a tranqüilidade e a segurança da mencionada cidade. Apesar de sua importância para sociedade pernambucana, em 25 de outubro de 1963 a unidade de cavalaria foi extinta, através do Decreto lei n° 4.773, sendo reativada em 19 de maio de 1964, através do Decreto lei n° 5.019, desta feita com a denominação “Esquadrão Dias Cardoso” , em homenagem ao mestre – de – campo de Antônio Dias Cardoso, organizador da tropa de cavalaria e herói da Batalha de Guararapes. O Regimento de Polícia Montada foi primeiramente sediado nas instalações do Palácio do Campo das Princesas, em seguida, foi transferido para a Avenida João de Barros, depois para o parque de exposição de animais, localiza do no bairro do Cordeiro, e por fim , a 16 de outubro de 1965, passou a ocupar a ocupar as atuais instalações, sediadas na Avenida General San Martin, s/n, no bairro de San Matim, na Cidade do Recife, as quais são próprias e adequadas a uma unidade de cavalaria. À tradição desta tropa somam-se ao longo desses anos, a sua credibilidade, o seu poder operacional e a sua mística como tropa de elite da Polícia Militar de Pernambuco, propiciando a disseminação da unidade de origem, a exemplos de outras coirmãs, como a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Brigada Militar do Rio Grande do Sul ( ALBUQUERQUE, 1994: 4 ). 3.2. Origem do Cavalo O cavalo é mencionado pela civilização há vários séculos antes de cristo, não sendo possível precisar o local exato em que apareceu pela primeira vez e quais os povos que o submeteram ao trabalho, ( RIBEIRO, 1956: 25). A princípio havia uma hipótese de que a origem do cavalo era do planalto central da Ásia, outros estudos falavam na região Nordeste da Cadeia Caucásica, porém, alguns achados paleontólogos levaram a outra hipótese, essa mais aceitável, que a origem do cavalo havia ocorrido na América Setentrional, espalhando-se daí para o resto do mundo, vindo a se tornar extinto nas Américas posteriormente ( RIBEIRO, 1956: 25 E 26 ). Os primeiros vestígios do cavalo primitivo foram encontrados nas camadas do sistema Eoceno da Era Terciária, a essa espécie foi chamada de Eobippus, por possuir quatro dedos e um quinto atrofiado e ter um tamanho de Uma raposa ( ROMASZKAN, 1986;11). Com a evolução de milhões de anos, outros dedos desse cavalo primitivo foram atrofiando, dando origem ao Miobippus, o qual não era maior que um carneiro. o processo de evolução continuou até que restasse apenas um dedo tendo a sua unha se transformado em casco; era um cavalo selvagem, da altura de um pônei, e recebeu o nome científico de Hipparion ( Ibidem ). O primitivo animal selvagem continuou a evoluir, tornando-se mais robusto e mais possante, transformando-se no cavalo que nós conhecemos (Ibidem). Há oito ou nove milênios, o cavalo vem servindo ao homem como força de tração e de carga, sendo seu fiel companheiro desde a Antigüidade até os tempos atuais ( Ibidem ). As raças surgiram devido as diferentes condições em eram submetidos os cavalos, dando origem a diferentes características fenotípicas e genotípicas que podemos dividir em dois grandes grupos, os animais de origem oriental, que são os mais esbeltos, mais velozes e mais fogosos e os animais de origem ocidental, que são os mais pesados, mais lentos e mais calmos (OMASZ KAN, 1986: 12 ). O cavalo volta a ser introduzido na América em 1493, através de Colombo, e, posteriormente, por volta de 1534, pela senhora Ana Pimentel, esposa de Martin Afonso de Souza,na Capitania de São Vicente, e na Argentina, através de Pedro Mendonça ( WELDON, 1989: 15 ). Outras introduções de eqüinos nos tempos coloniais se seguiram, culminando com a vinda da cavalhada coudelaria do Alter Real de D. João VI quando fugiu de Portugal para o Brasil, em 1808. O cavalo Alter, que era uma variedade da raça andaluza, contribuiu para formação dos melhores cavalos de sela do Brasil, o manga-larga e o campolina ( Ibidem). O cavalo andaluz, influi de forma qualitativa no melhoramento das raças mangalarga, campolina e crioula ( Ibidem ). A influência de outras raças européias no Brasil só se deu a partir do segundo Império, e a que mais se destacou foi a inglesa de corrida, sendo seus mestiços ideais para o cavalo de sela militar ( Ibidem ). 3.3. A Importância SOcio econômica do Cavalo A equideocultura foi, para o Brasil, nos anos 80, uma das principais atividades agroeconômicas, injetando 2,5 milhões de dólares na economia e gerando cera de 140.000 postos de trabalho diretos (MANSO FILHO, 2001: 19). Nos Estados Unidos, a eqüideocultura movimentou cerca de 12 bilhões de dólares no ano de 1996, gerando o equivalente a 300.000 empregos diretos. No estado da Flórida, a indústria do cavalo está colocada na terceira posicão em termos de geração de receita. ( Ibidem )Na Europa, a equideocultura também desempenha papel importante, pois, para a formação de mercado comum europeu, travaram-se importantes discussões a respeito dessa atividade econômica, que abrange competições esportivas, trabalhos rurais e o comércio de seus derivados, como a carne.( Ibidem ). A criação de eqüinos também tem uma função social, no que tange a geração de empregos, pois várias famílias tiram seus sustento, de forma direta ou indireta, desse tipo de atividade econômica, o que é facilmente constatado quando se observa a gama de profissionais envolvidos nesse processo, entre os quais podemos citar cavalariços, ferradores, vendedores de alimentos, ginetes e técnicos ( Ibidem ). O que foi exposto anteriormente mostra a importância que a equideocultura tem para o Brasil e para o mundo. Mesmo com todo o desenvolvimento das máquinas e dos motores, o rebanho de cavalos do Brasil é um dos maiores do mundo, sendo importante ressaltar que, em muitas regiões, os eqüídeos tornaram viável a produção econômica de outras culturas e criações (MANSO FILHO, 2001: 20). 3.4. Alimentação, ferimentos, doenças, higiene, cuidados ferrageamentodos animais 3.4.1. Alimentação Entram como alimento do cavalo; os cereais, a forragem natural, as raízes, os tubérculos e a forragem artificial. No caso dos cereais, empregam-se aveia, cevada, centeio, trigo e milho. Como forragem, dar-se ao animal; feno,palha, capim e em casos extremos, folhas de árvore. As raízes e os tubérculos utilizados, são os nabos e os rabanetes, as cenouras, as beterrabas e as batatas No tocante aos alimentos preparados encontramos as tortas ( de açúcar, de melaco, de bagaço e de sal ) e as papas. O açúcar tem grande valor nutritivo, portanto deve ser dado a cavalos pesados. O melaço empregados em trabalhos tem características semelhantes ao açúcar, tendo efeito laxativo, quando empregado em grande quantidade. O sal mineral é utilizado para completar a alimentação do animal,uma vez que não o absorve dos alimentos que consome na quantidade necessária. A água deve ser dada à vontade, pois favorece a digestão e a nutrição ,sendo imprescindível ao organismo do cavalo, deve ser de boa qualidade evitando se, quando possível, as provenientes de charcos e cisternas (ROMASZKAN,1986: 87 a 91 ). O cavalo tem, em relação ao seu corpo, um estômago pequeno, o que torna necessária a distribuição de sua alimentação durante todo o dia, sempre levando em consideração o trabalho que executa, para a definição do tipo de alimento, sua quantidade e distribuição durante o dia. Deve-se evitar oferecer ao animal alimentação e água, quando o mesmo tiver terminado um trabalho, pois, caso contrário, doenças graves, relacionadas com o travo digestivo, podem surgir (ROMASZKAN, 1986: 91 E 92 ). Segundo RIBEIRO ( 1956 : 219 E 224 ) , a alimentação composta basicamente por milho, alfafa, do solípede militar é verdejo, sal neral, água, podendo ser adicionados, esporadicamente, aveia, sais minerais etc.. A alimentação deve ser distribuída durante o dia, em quantidade e horários pré-fixados, que devem ser seguidos para manter uma boa higiene alimentar, com isso, evitando distúrbios digestivo. A água fornecida deve ser límpida, resca e inodora, evitando-se as do trato de origem duvidosa, como as provenientes de rios contaminados e bebedouros públicos. De acordo com MANSO FILHO ( 2001: 105 e 106 ), a grande preocupação na alimentação de eqüídeos é com a definição da quantidade e nutrientes de que o mesmo necessita para suprir o gasto de energia na execução de suas tarefas. O cavalo é um herbívoro, comedor de gramíneas, que evolui junto com os demais, mas que, devido as exigências que lhe foram impostas, teve, em sua dieta, alguns alimentos incluídos para suprir as suas necessidades energéticas, como os grãos de cereais. outros motivos, como a manutenção de grandes tropas e criação Além do mais, de cavalos em pequenas áreas, favorecem essas modificações. Os eqüídeos se alimentam vagarosamente, ao longo de todo o dia, preferindo gramíneas rasteiras e macias, como também frutas quando a elas têm acesso. Ocorre da mesma forma com a água. Normalmente, o alimento fornecido ao cavalo, varia de acordo com a sua disponibilidade na região. Nas Américas, o mais utilizado é milho. E quando nos referimos a gramíneas,em Pernambuco, na sua zona da mata, utiliza-se a grama estrela; no agreste, o pangola; e, no utilizam o capim sertão, o buffel. Para a produção de feno, muitos criadores tifton e o coastcross. Já o capim elefante e suas variedades, são cultivados pela maioria dos criadores pernambucanos. Para que possamos obter bons resultados na criação de eqüídeos faz-se necessário o estabelecimento de um manejo nutricional adequado para atender às necessidades do animal, e, conseqüentemente, aos anseios do criador. 3.4.2. Ferimentos e Doenças Como todo ser vivo, o cavalo está sujeito a ferimentos e INfecções patológicas, que provocam a diminuição ou a conhecimento das causas e perda do permanente desenvolvimento de duas potencialidades. O dos ferimentos e das INfecções patológicas é muito importante para estabelecer formas de tratamento mais adequadas e, o que é mais importante, definir mecanismos de prevenção de doenças e ferimentos ( ROMASZKAN, 1986: 67 ). As doenças contagiosas que acometem os eqüinos, são transmitidas do animal doente para o animal sadio, podendo atacar ao mesmo tempo um grande número de indivíduos ou não, ou até mesmo o homem (RIBEIRO, 1956:303). A doença pode ser infecciosa ou parasitária e seu contágio é direto,quando não existe vetor, ou indireto, quando existe a participação de vetores, como; insetos, fômites, forragem, água, etc.. (RIBEIRO, 1956: 303 ). Existem vários tipos de doenças que podem acometer os eqüinos, dependendo da situação ,podem afetar todo o plantel ou uma boa parcela dele. As doenças agrupadas em cinco grandes grupos; podem ser infecciosas, parasitárias, metabólicas, nutricionais , genéticas e funcionais ( MANSO FILHO, 2001: 57 ). Segundo MANSO FILHO (2001: 57 A 66 ), as enfermidades infecciosas são causadas por bactérias ,vírus e outros microorganismos, havendo uma maior incidência das seguintes doenças: tétano, garrotilho, rodococus eqüi, mormo, leptospiroses, metrite contagiosa, klebisielas sp. salmoneloses, E pseudomonas sp, botulismo, anemia infecciosa eqüina, influenza, herpes vírus eqüino, artrite viral eqüina, peste africana, raiva, encefalomielites, enfermidade de borna, encefalomielite japonesa, estomatite vesicular, rativirose, doença do capim, e aspergilose. As enfermidades parasitárias são as que mais causam prejuízos aos criatórios cavalos ,já que podem provocar o retardo do crescimento e predisposição a outras doenças. Os principais agentes parasitários são: pequenos e paracaris de equorum, que causam, entre grandes estrôngilos, oxyuris eqüi, dictyocaulus arnifieldi, tênias, moscas e suas larvas, outras doenças, a habronemose gástrica e cutânea, carrapatos, pulgas sarnas e fungos. Além dos hemoparasitas, que podem causar babesiose, cadeiras” “mau das e erliquiose (MANSO FILHO, 2001:66 a 69 ). As doenças de origem genética são pouco consideradas no Brasil, mas algumas já preocupam, por estarem bastante disseminadas e serem de difícil eliminação: imunodeficiência combinada, hipercalemia paralítica periódica ,rabdomiólise recorrente, miopatia polissacarídica de reserva, ipoplasia cerebelar,branco letal, isoeritrólise, cegueira noturna, e epiteliogênese imperfeita (MANSO FILHO, 2001: 71 a 73 ). As enfermidades funcionais ou atléticas são as oriundas do tipo de exercício a que o cavalo é submetido, como; corrida, salto, pólo, aquejada, marchas, tração, adestramento e carga, não havendo doenças particulares ou limitadas a um tipo de trabalho, e sim relacionadas com alguns fatores, como idade avançada e alguns defeitos de aprumo (MANSI FILHO, 2001: 73 a 75). 3.4.3. Higiene e Cuidados com o Cavalo Em qualquer criação de eqüídeos, a higiene tem que ocupar um lugar de destaque, sendo muitas vezes, realizada de forma automática, devido à rotina já estabelecida para aquela criação, o que vem facilitar o manejo e o reconhecimento de problemas com maior rapidez (MANSO FILHO, 2001: 203). Um dos primeiros cuidados que se deve tomar é com as cavalariças, pois, é o local onde o cavalo irá passar a maior parte de sua vida, devendo possuir algumas características que viabilizem a higiene espaçosa, arejada, seca respiratórias indesejadas, para ventilação e e, e consequentemente, bem sua criação. A cavalariça deve ser iluminada. O arejamento irá evitar doenças devendo-se evitar correntes de ar, deixando-se as aberturas uma altura conveniente. O piso deve ter uma leve inclinação e ser constituído de material não derrapante e com canais de escoamento, para que o local seja sempre mantido seco. A boa iluminação será garantida através de portas e janelas amplas colocadas no alto (ROMASZKAN, 1986: 81). O box (baia) deve ter uma área que permita ao animal, movimentar-se livremente, evitando-se acidentes e conferindo-se ao cavalo certa “liberdade moral “ , que vai ter sua importância evidenciada, tanto na parte física como na psíquica, quando se exigir do animal um grande esforço (RAMASZKAN, 1986: 81 e 82 ). A baia deve ser provida de cocho para ração, bebedouro e manjedoura, não se esquecendo de providenciar a cobertura do piso com material macio, que pode ser palha de cereais, serragem ou ramos de pinheiro (ROMASZKAN, 1986: 82 e 83 ). Como cuidados diários que se deve ter com as cavalariças, incluímos a remoção das fezes e da cama suja e úmida com a urina e dejetos e a limpeza do comedouro e do bebedouro, evitando-se restos de alimentos, os quais favorecem o aparecimento de doenças ( MANSO FILHO, 2001:203 ). A remoção da cama ( cobertura do piso ), pelo menos uma vez por mês, a pintura das baias e a aplicação bactericidas e parasiticidas são ações que devem ser realizadas periodicamente para manter a sanidade do plantel (Ibidem). Muitas vezes, pela situação precária das instalações, o animal termina adquirindo vícios, que são motivados pelo seu desejo de movimentação e também pelo tédio. Podemos citar como vícios adquiridos, os de roer e os de engolir ar (aerofagia ) (ROMASZKAN,1986: 84 e 85 ). A limpeza do corpo do cavalo pode ser a seco, quando se utilizam rasqueadeiras de metal ou de borracha, realizando movimentos contra o sentido dos pêlos, em forma de círculos, e a favor do sentido dos pêlos, lembrando-se que a rasqueadeira não pode ser usada nos locais desprovidos de massa muscular, como os membros, utilizando-se nesse local as de borracha. Após o uso das rasqueadeiras, é utilizado um piaçava, refazendo-se os mesmos movimentos escovão de nylon ou descritos anteriormente; em seguida, um pano limpo é passado sobre o corpo do animal para apurar o brilho e retirar os últimos pêlos mortos; e, por fim, os orifícios naturais são limpos com um pano úmido (MANSO FILHO, 2001:204 ) Segundo RIBEIRO (1956: 229 a 231 ), a limpeza a seco também faz uso do pente, do ferro de ranilha e de um pedaço de borracha, sendo usados para escovar as crineiras, evitar doenças na sola, e, consequentemente, no casco, e, remover pêlos mortos. A limpeza úmida do cavalo consiste na utilização da água e sabão neutro, sendo aplicada periodicamente, em intervalos que vão variar de acordo com a situação, pois, animais que são submetidos a terrenos enlameados são banhados mais vezes do que aqueles que apenas suam. molhado ou O banho pode ser completo, quando todo o corpo do animal é pode ser meio banho, quando apenas as patas, o ventre e a região inguinal são lavados, sem resfriar o cavalo. Um cuidado importante na hora do banho,é a preocupação que se deve ter em relação à entrada de água no pavilhão auricular (MANSO FILHO, 2001: 204 ). Deve-se molhar e ensaboar todo o corpo do cavalo, esfregando-o metodicamente, em movimento de vai-e-vem, da garupa para a cabeça e de baixo para cima, logo após seguido para o enxágüe. Como etapa seguinte, um pano enxuto é utilizado para secá-lo (RIBEIRO, 1956: 232 e 233). Segundo RIBEIRO ( 1956:233), os banhos podem ser prejudiciais se forem diários, já que tiram o brilho dos pêlos e provocam o ressecamento dos cascos. Para MANSO FILHO (2001: 205), incluem-se, em cuidados gerais de higiene limpeza dos a cascos e ferraduras, o casqueamento, ferrageamento, a limpeza da bolsa e do pênis e o corte das crineiras. Como nos conta ROMASZKAN (1986: 93 ), a limpeza a seco deve ser feita duas vezes ao dia, sendo uma pela manhã e outra pela noite, de preferência ao ar livre. 3.4.4. Ferrageamento Devido ao grande desgaste a que são submetidos os cascos dos cavalos, principalmente nos tempos atuais, já que boa parte das estradas são duras e pavimentadas, o crescimento natural dos cascos não é suficiente para sobrepujar tal desgaste , fazendo-se necessária a utilização de peças de metal colocadas na sola do casco e nele fixadas por intermédio de cravos, as quais são chamadas de ferraduras. Desde a época dos romanos, usavam-se “hipósandálias“ (ferraduras), que eram constituídas de cortiça ou couro e tinham o solado de ferro, o que as tornava muito pesadas; mesmo assim, prestavam bons serviços. Atualmente, empregam-se ferraduras de diversos formatos para atender as variadas finalidades, desde competições esportivas a defeitos de aprumos. Segundo RIBEIRO ( 1956 : 108), “Ferrageamento ou ferragem é a operação que consiste na aplicação metódica no bordo plantar do casco, de uma lâmina presa por meio de cravos, de ferros que se implantam na parede ou muralha, com o objetivo de proteger, curar ou corrigir o pé.” O autor citado também concorda que as ferraduras são necessárias para evitar o desgaste excessivo dos cascos, pois os cavalos são expostos a terrenos duros. Além da função protetora, a ferradura, tem função corretiva e curativa, sendo esta última chamada de patalógica. 3.5. Inclusão do Bem Semovente do RPMon no Patrimônio da PMPE Tão logo nasça o eqüino, são realizadas, pela formação veterinária, a sua identificação e classificação, conhecidas como; “ A Resenha Cavalar “ , isto é, o registro minucioso do animal, que é constituído dos seguintes dados: a) Controle de eqüino: nome, sexo, data de nascimento, categoria, nome do criador, local de nascimento, pai, mãe, avô, avó, unidade, Boletim Interno (B.I.) de inclusão. b) Ficha zootécnica: peso/altura (nascer), descrições dos sinais e da pelagem. A partir de então, O Comandante da Organização Militar Estadual (OME) cumpre o estabelecido na Portaria Administrativa n° 2568, e 27 de Dezembro de 1994 (Normas de Controle e Administração de Bens Móveis), instituída pelo comandante Geral da PMPE, procedendo da seguinte forma: 1. Nomeia carga do bem semovente; uma comissão para examinar, receber e elaborar o processo de 2. A comissão designada através da competente portaria, providenciará a elaboração de toda a documentação referente ao animal, sendo, posteriormente, enviada a diretoria de 3. Em apoio logístico e formação veterinária do RPMon; seguida é confeccionada a nota para a publicação em adiantamento ao boletim interno ( B I ) com os semoventes a serem carregados; 4. Remete cópia do aditamento ao B I da unidade administrativa, juntamente o boletim de incorporação para a Diretoria de Apoio Logístico que sejam, ( DAL ) , a com fim de implantados os novos registros no Sistema de Administração Patrimonial (SISPAT). Ainda faz do Estado (DGPE), uma posterior remessa ao Departamento Geral de Patrimônio bem como a outras secretarias do Estado (Fazenda, Tribunal de Contas). 5. Envia cópia para o arquivo da seção de patrimônio do RPMon (P/4) e os originais são encaminhados à DAL (seção de patrimônio da PMPE). Doravante, de acordo com o preceito n. 03 do manual de normas e Procedimentos do SISPAT, o semovente se enquadra nesta cláusula para efeito de cadastramento do bem patrimonial no acervo do Estado, e consequentemente o tombamento, haja vista, o valor de aquisição estar abaixo do valor mínimo vigente e ter vida útil superior a 1 (um ) ano. 3.6. A Possibilidade de Captação de Recursos com a Alienação dos Eqüinos A captação de recursos deve, como toda ação administrativa pública, ser regida pelos seguintes princípios: interesse público, supremacia do interesse público, moralidade, autotutela, legalidade, impessoalidade, publicidade, finalidade, indisponibilidade, continuidade, motivação ( fundamentação ), razoabilidade, proporcionalidade, igualdade, controle judicial, hierarquia, poder dever, eficiência e especialidade. Estes princípios são essenciais e norte adores quando há referência à venda de coisas públicas, pois o fim a que e propõe deve ser o do interesse público. De tal forma que a venda de solípedes (ato administrativo) deve atingir o chamado “interesse público , eferente ao bem-estar da sociedade com um todo, para se chegar aos objetivos pretendidos e, neste aspecto, encontrar uma nova forma de geração de recursos, com vistas à melhoria do serviço policial montado. É primordial primar-se durante todo processo de pela seriedade na maneira como se gerem tais recursos “ alienação de um bem público”, para que os mesmos sejam de fato aplicados para atingir as demandas sociais da coletividade. De acordo com o artigo 97 do Código Civil : ”São bens móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia”. Os bens suscetíveis “semoventes “. os que de movimento se movem por próprio, isto é, os força animais, chamam-se alheia, móveis propriamente ditos (RODRIGUES, 1997: 121 ). Como se percebe, “ o cavalo policial militar “ é um bem público. Para tanto, é necessário especificar, o que, juridicamente, se considera um “bem público”, e daí, iniciar a sustentação legal, através dos ordenamentos vigentes, para alienação dos eqüinos excedentes do RPMon. São bens de domínio público os de uso comum do povo e os de uso especial .Consideram-se bens de uso comum do povo (Art.99, Inc. I do Código Civil ) aqueles que, por determinação legal ou por sua própria natureza, podem ser utilizados por todos, em igualdade de condições, sem necessidade de consentimento individualizado por parte da administração. Dentre eles, citam-se as ruas ,as praças, as estradas, as águas do mar, os rios, etc..(DI PIETRO, 2001:532 ). Bens de uso especial (Art. 99, Inc. II do Código civil ) são todas as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou para a realização de suas adequar à expressão utilizada incorpóreas, utilizadas pela Administração Pública atividades e a consecução de seus fins. Também podem se pelo do patrimônio indisponível; por ai Código de Contabilidade Pública, ou seja, bens se ressaltam o caráter patrimonial do bem ( a sua possibilidade de ser economicamente avaliado ) e a sua indisponibilidade, a qual resulta, não da natureza do bem , mas do fato de esta ele afetado a um fim púbico ( DI PIETRO ,2001: 533 ). São exemplos de bens de uso especial os imóveis onde estão instalados as repartições públicas , os bens móveis utilizados pela administração , museus, quartéis, entre outros. Como foi visto anteriormente , em razão de sua destinação ou afetação a fins públicos, os de uso comum do povo e os de uso especial estão fora do comércio jurídico de direito privado, como compra e venda, doação, permuta, etc. Se isso já não decorresse da própria afetação desses bens, a conclusão seria a mesma pela análise dos artigos 99,100 e 756 do Código Civil. O primeiro estabelece sua inalienabilidade , nos casos e na forma que a lei prescrever; o segundo determina serem coisas fora do comercio as insuscetíveis de apropriação e as legalmente inalienáveis ; e o terceiro dispõe que só as coisas alienáveis podem ser objeto de penhor, anticrese ou hipoteca. A tudo isso se acrescente do artigo 100 da Constituição Federal, que exclui a possibilidade de penhora de bens públicos, ao estabelecer processo especial de execução contra a Fazenda Pública ( DI PIETRO , 2001 : 534 ). São , portanto, características dos bens das duas modalidades integrantes do domínio público do Estado a inalienabilidade e , como decorrência desta a imprescritibilidade , a impenhorabilidade e a impossibilidade de honeração ( Ibidem ). Como fulcro na afirmação de DI PIETRO , os bens de uso comum e de uso especial não podem ser vendidos, já que estão a serviço da coletividade. É o caso das instalações físicas do Regimento de Cavalaria e dos solípedes que estão prestando serviço policial à população. Nessa seara , aloca-se a situação jurídica dos animais excedentes que serão postos à alienação pelo regimento a fim de que se possam gerar os recursos necessários a serem revertidos na melhoria dos serviços na própria Unidade Militar. A própria autora DI PIETRO diz que a inalienabilidade, no entanto , não é absoluta , a não ser com relação àqueles bens que , por sua própria natureza são inalienáveis, em decorrência da destinação legal , e são suscetíveis de valorização patrimonial , podendo perder o caráter de inalienabilidade, desde que percam a destinação pública, o que ocorre pela desafetação , definida por José de Cretella Júnior ( apud DI PIETRO , 2001: 534 ) como o “ fato ou a manifestação de vontade do poder público mediante a qual o bem de domínio público é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao domínio privado do Estado ou do Administrado. O que não se aceita, segundo DI PIETRO ( 2001:535 ) , é a desafetação pelo não - uso, ainda que prolongado , como por exemplo , no caso de um cavalo deixar de ser utilizado e ficar afastado por um determinado período. Neste caso , torna-se necessário um ato expresso de desafetação, pois não se pode precisar um momento em que o não – uso pudesse representar a desafetação . Sem essa restrição, segundo a mesma , a cessão da dominialidade pública poderia ocorrer sem restrições , em prejuízo do interesse coletivo. Para tanto , ao se fazer referencia ao ponto em questão , que é a venda dos eqüinos produzidos pela remonta do Regimento de Cavalaria deve-se entender bem o que são bens dominicais. Os bens que pertencem ao patrimônio do Estado e , portanto, são do domínio deste , são chamados bens dominicais pelo Código Civil Brasileiro; são definidos legalmente como “ os que constituem o patrimônio da União , dos Estados ou Municípios , como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades “ ( Art. 99, Inc . III do Código Civil ). No Código de Contabilidade Pública , os bens dominicais são chamados de bens do patrimônio disponível ; ele os define como “ os bens do Estado , qualquer que seja sua proveniência , dos quais se possa efetuar a venda , a permuta ou a seção , ou com os quais se possam fazer operações financeiras em virtude de disposições legais especiais de autorização “ ( Art. 810 do Código de Contabilidade Pública ). Para DI PIETRO ( 2001: 535) , tradicionalmente apontam-se as seguintes características para os bens dominais : “. Comportam uma função patrimonial ou financeira , porque se destinam a segurar renda ao estado, em oposição aos demais bens públicos que são afetados a uma destinação de interesse geral; a conseqüência disso é que a gestão dos bens dominais não era considerada serviço público, mas uma atividade privada da administração; . Submetem-se a um regime jurídico de direito privado, pois a Administração Pública age , em relação a eles, como um proprietário privado”. Hoje já se entende que a natureza desses bens não é exclusivamente patrimonial, a sua administração pode visar , paralelamente, a objetivos de interesse geral. Esse novo modelo de encarar a natureza e as funções dos bens dominicais leva alguns autores a considerar sua administração como serviço público sob regime de gestão privada. O duplo aspecto de bens dominicais justifica a sua submissão a regime jurídico de direito privado parcialmente derrogado pelo direito público ( DI PIETRO , 2001:536 ). 3.7 Alienação dos Semoventes Ao abordar o contido no Artigo 97 do Código Civil , percebe-se , claramente, que as três categorias de bens públicos “ só perderam a inalienabilidade, que lhes é peculiar , nos casos e na forma que a lei prescrever “. Neste contexto , evidencia-se que , para os bens de uso comum e de uso especial , não a prescrição de nenhuma lei que estabeleça a possibilidade de alienação , por estarem atrelados a fins públicos e , portanto, fora do comercio jurídico de direito privado, não podendo ser objeto de relações jurídicas regidas pelo Direito Civil, como por exemplo, compra e venda, doação etc. Segundo DI PIETRO ( 2001: 541 ) , “ para serem alienados pelos métodos de direito privado , têm de ser previamente desafetados, ou seja, passar para categoria de bens dominicais, pela perda de suas destinações públicas. Vale dizer que a inalienabilidade não é absoluta”. Não obstante , alem do fato de o bem passar para categoria dominical outros requisitos são necessários para que ocorra alienação do semovente, apesar de a Lei Federal nada citar , especificamente, a respeito do bem semovente. Como vimos anteriormente, o bem semovente esta correlacionado aos dispositivos jurídicos dos bens móveis , os quais constam no Art. 17 da Lei nº 8.666/93, a qual exige demonstração de interesse público , previa avaliação , e autorização legislativa; este ultimo requisito não é exigível para bens móveis. E é claro que a inobservância dessas exigências invalida a alienação. Quando se trata de bens móveis ( semoventes ) , a autorização legislativa não é necessária , e a modalidade de Licitação a ser utilizada é o leilão para os bens dominicais , aqueles em que ocorreu a desafetação ( Art. 22, § 5º da Lei nº 8.666/93 ). 3.8. Procedimento de Leilão dos Semoventes De acordo com a definição do Artigo 22, § 5º da nova redação dada pela Lei nº 8.883 , de oito de junho de 1994 , leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados , ou para alienação de bens e móveis , prevista no Art. 19 da Lei nº 8.666/93 ( aqueles adquiridos mediante procedimentos judiciais ou dação em pagamento ) , a quem possa oferecer o maior lance , igual ou superior da avaliação. O leilão tem regras próprias de realização. Ainda com relação à modalidade de licitação “ Leilão , a Legislação Federal não estabelece o procedimento especifico , remetendo a matéria à “Legislação pertinente” ( Art. 53 da Lei nº 8.666/93). Poderá ser efetuado por leiloeiro oficial , ou por servidor da própria administração designado para a realização da disputa, observada a legislação especifica, não sendo, no entanto, possível sua execução por qualquer pessoa estranha ao órgão público.10 Sua convocação obedece às normas gerais de publicidade da licitação, embora a legislação recomende ampla divulgação, especialmente no Município onde se realiza o certame, objetivando atrair o maior número de interessados. Caberá ao administrador atender às exigências de convocação obrigatória , sendo recomendável que amplie a divulgação , observados o campo de interesse próprio do órgão administrativo e o objeto licitado ( Art. 53, § 4º da Lei nº 8.666/93 ) Quando se trata de bens e imóveis, a modalidade de licitação obrigatória é a concorrência ( Art. 17,Inc. I, e art. 23 , § da Lei nº 8.666/93 ) , com ressalva para as hipóteses do artigo 19 da Lei nº 8.666/93 . Como se viu anteriormente , nada diz a lei sobre os bens semoventes. No Decreto – Lei nº 2.300/86 era possível inferir , com maior tranqüilidade , que a modalidade cabível era o leilão , por que o dispositivo não fazia menção à modalidade do bem , se móvel ou imóvel , e havia exigência expressa de concorrência apenas para alienação dos imóveis. Na Lei nº 8.666/93, nada se diz quanto a esse tipo de bem , podendo , no entanto , ser-lhe aplicada a mesma regra que se refere aos bens moveis , já que os semoventes são , em regra , considerados uma espécie de bem móvel dotado de movimento próprio ( como os animais ) , ao lado de outra modalidade que não tem essa característica ( DI PIETRO , 2001 : 320 )._ CAPÍTULO IV METODOLOGIA A metodologia utilizada consistiu na realização de estudos teóricos sobre o tema e no desenvolvimento de pesquisa de campo na própria corporação e em outras instituições policiais militares, bem como em consultas bibliográficas e com autoridades do meio jurídico estatal e do tesouro estadual, visando chegar a uma compreensão mais acurada, objetivando subsídios para o programa de ação. A população pesquisada foi dividida em três categorias. A primeira foi selecionada entre o público policial militar possuidor do Curso de Equitação do Exército ou da PMPE, tendo em vista o grau de conhecimento técnico e profissional da área que essa amostra possui. A segunda foi selecionada entre o público civil, que trabalha com o ramo da eqüinocultura, mais especificamente, os que lidam com as raças Puro-Sangue Inglês Lusitano (P S L ), Brasileiro de Hipismo ( BH – Hosteiner ), Westfalen Puro- Sangue Inglês ( PSI ). A terceira parte foi o conjunto composto pelas unidades militares estaduais Hipomóveis. As entrevistas , na forma livre , foram feitas a especialistas da área da administração pública financeira, de bens públicos , leilões , inclusão em carga , tombamento de bens públicos e manejo da reprodução eqüina. Cada questionário foi tabulado para melhor visualização das respostas , os quais ensejaram uma analise critica das possibilidades do Regimento Dias Cardoso de viabilizar o presente projeto de intervenção. As entrevistas informais foram feitas em forma de texto para maior confrontação com os objetivos, dando o suporte técnico necessário. 4.1. Estudo Exploratório 4.1.1. Estrutura do Regimento Dias Cardoso O Regimento Dias Cardoso está situado na Av. General San Martin S/N , Bairro de San Martin , Recife – PE. Possui estrutura física para suas atividades administrativas , comportando; o comando , o estado maior, a tesouraria, a secretária , o aprovisionamento, o material bélico, o almoxarifado, a correaria , os esquadrões, o PCS ( Pelotão de Comando e Serviços ), a subseção de transportes e comunicações , a formação veterinária , consultório odontológico, a ferradoria e a sapataria, alem de outras instalações que complementam as atividades executadas pela cavalaria; como alojamentos, cassinos , refeitórios , campo de futebol , quadra de esportes, sala de musculação , campo de solta , picadeiro coberto, picadeiro principal, sala de cirurgia, quarto de ração e ferragem, baias e o presídio , alem das áreas comuns , como as estradas de acesso e as praças. Além da sede em San Martim , o RPMon também comanda o Centro de Criação e Treinamentos de Eqüinos ( CCTE ), o qual tem sede na Academia de Policia Militar do Paudalho. Com relação à estrutura edificada para abrigar as funções administrativas da sede RPMon , existe a necessidade de serem revisadas as estruturas prediais , sendo mais urgente a aplicação de recursos para manutenção e melhoria das mesmas. Quando aos equipamentos de informática, seria necessária a aquisição de computadores e impressoras , principalmente quando se constata que em todo RPMon só existem dois computadores . Já a formação veterinária , não dispões de laboratório para análises clinicas nem de um aparelho de raio - x. Policiamento lançado não dispõe de rádios transceptores e respectivos carregadores em número suficiente, bem como os equipamentos de proteção utilizados em operação de choque não são os ideais. O RPMon possui, em sua sede 04 ( quatro ) pavilhões com 194( cento e noventa e quatro ) baias, que se somam a 09 ( nove ) baias de formação veterinária e mais 13 ( treze ) baias do pavilhão do terno anexo , perfazendo um total de 216 ( duzentos e dezesseis ) baias. Outro fator que deve ser observado , é a reforma que precisa ser feita no piso do picadeiro principal , que vem causando lesões aos animais, podendo até provocar acidentes graves ao cavalo e ao cavaleiro tal reforma devera se estender ao campo de solta , localizado na retaguarda do quartel. No Centro de Criação e Treinamento de eqüinos os investimentos deveram ser intensificados , visando torna-lo mas produtivo, a partir das instalações destinadas às atividades administrativas , aos dormitórios , à cozinha, ao quarto de ração e forragem. Os piquetes têm que ser melhorados com a construção de cochos individualizados, manjedouras , bebedouros e com a reforma das cercas , das baias existentes e do embarcadouro , pois as viaturas utilizadas para realizar o transporte dos animais são antigas. O Regimento de Policia Montada Dias Cardoso vem cumprindo suas atividades , porém , poderia executa-las de maneira bem mais eficiente e eficaz , caso tivesse a sua disposição os meios que realmente necessita, pois ao melhorar as condições de trabalho , favoreceria uma resposta bem mais satisfatória por parte do efetivo humano e animal. 4.1.2 Efetivo Humano do Regimento Dias Cardoso O Regimento Dias Cardoso dispõe de um total de 230 ( duzentos e trinta ) policiais militares, dos quais 56 ( cinqüenta e seis ) estão indisponíveis por motivos diversos. Adicionam-se , ainda , a este efetivo os “ Guardas Especiais Temporários “ ( GET’s ), os quais perfazem um total de 32 ( trinta e dois ) agentes , acrescentando –se uma funcionaria civil que trabalha na função de veterinária como especialista em reprodução. Para manutenção dos eqüinos do Regimento Dias Cardoso, o efetivo empregado consiste em 03 ( três ) veterinários, sendo um deles civil e 13 ( treze ) policiais militares no manejo da reprodução e criação de cavalos novos , 07 ( sete ) policiais militares na função de tratadores , os quais zelam pela boa saúde dos cavalos de representação e garanhões. 4.1.3. Efetivo de Eqüinos do Regimento dias Cardoso O Regimento Dias Cardoso dispõe de um efetivo total de 300 Equinos, sendo 111 (cento e onze) cavalos, 103 (cento e três) éguas, 51 (cinqüenta e um) potros, 35 (trinta e cinco) potras. Alguns desses animais ainda estão divididos em outras de nossas unidades no interior do estado; Caruaru, garanhuns e Petrolina, a essas unidades são destacados 37 (trinta e sete) dos nossos animais. Na sede do RPMon, ficam estalados os animais que são destinados ao policiamento montado: garanhões, égua em sua metade final de gestação, ou em sua metade inicial, quando não estão com crias ao pé potros e potras com dois anos de idade, animais baixados (doentes ),os que são empregados na eqüoterapia e os de representação que são os de montarias dos oficiais No CCTE, ficam os animais que devido a idade ,não reúnem mais condições de executar o serviço policial militar. Atualmente a remonta conta com uma média de 40 (quarenta) éguas destinadas à reprodução, o que, segundo a formação veterinária do RPMon, poderia ser elevado para 90 (noventa ), já que existem nos quadros 105 éguas e 06 garanhões, sendo estes últimos das raças puro-sangue lusitano (andaluz), puro- sangue inglês, hosteiner (brasileiro de hipismo) e westfalen. Os potros são o resultado do cruzamento das raças existentes no regimento, havendo disponibilidade, hoje, de potros das raças Puro-Sangue lusitano (PSL) e Puro-Sangue Inglês (PSI), bem com ¾ westfalen e ½ hostteiner, entre outras variações. 4.1.4. Manejo para Reprodução no RPMon Atualmente, o Regimento Dias Cardoso conta com 06, garanhões como já foi citado anteriormente, os quais são utilizados como reprodutores para a geração de crias, que serão empregadas no policiamento montado e na prática de esportes eqüestres, principalmente o hipismo. As matrizes são escolhidas entre todas as éguas do plantel, a partir dos 03 anos de idade, levando-se em consideração seu porte físico, sua índole, sua estrutura óssea, sua árvore genealógica e seu desempenho nas diversas situações em que são empenhadas, fazendo parte desse grupo seleto 40 éguas, número , que anteriormente já foi citado, poderia ser bem maior, elevado para os 90. Caso houvesse campo para as crias. Iniciada a época da remonta, que no Regimento Dias Cardoso, vem no mês de agosto até dezembro, o primeiro procedimento é a rufiação, que consiste na utilização de um cavalo inteiro, para estabelecer as matrizes que estão no cio, e, assim, formar um calendário, já que as éguas possuem um ciclo estral regular de 21 dias, bem como para estimular aquelas que não estão no cio a nele entrar. Formado o calendário, as éguas entrando no cio, são submetidas ao exame de palpação retal que vai avaliar os seus ovários e estabelecer o melhor dia de inseminação artificial ou monta natural. O primeiro sinal da gestação é constatado quando a égua não entra no cio novamente, sendo que o diagnóstico positivo só é aceito quando o exame de palpação retal confirma a presença do útero gravídico. Confirmada a prenhez, a égua fica proibida de ser submetida a exercícios intensos, sob pena de abortar, sendo permitida apenas a execução do policiamento montado, sempre se mantendo a andadura ao passo. 3.1.5. Avaliação do Mercado de Comercialização de Eqüinos Após pesquisa de mercado, verificou-se que os preços da raça andaluz ( puro – sangue lusitano ) são mensurados de acordo com o grau de pureza da raça, a idade , se já não são animais de sela e se os pais são reconhecidos reprodutores. Nessa mesma pesquisa, um cavalo Puro –Sangue Andaluz ( PSA ) com 7 anos de idade e já montado, é colocado à venda por R$ 4.000,00 ( quatro mil reais ) , variando o preço até R$ 1.200,00 ( um mil e duzentos reais ), por um cavalo PSA , com dois anos de idade não montado. Os animais cruzados também são colocados a venda , tendo os preços variando de R$ 1.200,00 ( um mil e duzentos reais ) , para um animal com 7/8 de sangue PSA, com 5 anos de idade , já montado, passando pelos valores de R$ 1.000,00 ( um mil reais ) , para os animais com ½ sangue PSA, e de 6 a 8 anos de idade, já montados , e de R$ 800,00 (oitocentos reais ) , para os animais com ½ a 7/8 de sangue PSA, de 2 a 6 anos de idade, não montados , chegando –se ao preço mínimo de R$ 500,00 ( quinhentos reais ), para um animal com ½ sangue PSA, com 15 anos de idade não montado. Cavalos mestiços de outras raças também são colocados à venda, alcançando-se o preço de R$ 1.000,00 ( um mil reais ), por animal obtido na cruza das raças manga – larga com puro – sangue inglês, com 5 anos de idade, não montado, bem como o valor de R$ 400,00 ( quatrocentos reais ) , por um animal obtido da cruza das raças apaloosa e árabe , com 11 anos de idade Diante do quadro apresentado , constata-se que o Movimento Dias Cardoso possui plenas condições de fornecer cavalos mestiços de puro – sangue lusitano, e até mesmo puros , porém em menor proporção, alcançando o preço médio de R$ 1.000,00 ( um mil reais ), para os animais cruzados , e de R$ 1.500,00 ( um mil e quinhentos reais ) para os animais puros já que o planejado é que os animais sejam postos à venda prontos para serem montados. Alcançados estes valores e a meta de eleva o número de matrizes de 40 ( quarenta ) para 90 ( noventa ) , estima-se que a renda anual possa chegar a 90.000,00 ( noventa mil reais ) , valendo salientar que este valor vai depender da situação do mercado de eqüinos no momento da negociação e do número de cavalos postos à venda. Em pesquisa realizada, através de questionários aplicados ao público civil e militar , foi constatado que o Regimento Dias Cardoso goza de grande prestigio junto aos pesquisados , principalmente na produção de cavalos destinados ao policiamento ostensivo montado, sendo também mencionado como produtor de eqüinos destinados ao hipismo. O mercado se mostrou receptivo à idéia de venda de eqüinos do Regimento de Cavalaria Dias Cardoso, quando 87% dos pesquisados disseram que utilizariam o serviço do Movimento Dias Cardoso, caso fosse viabilizada a comercialização de cavalos e as raças de eqüinos existentes no RPMon , se mostraram adequados para a prática do hipismo 88% e policiamento montado 57%. O mercado Nordestino para eqüinocultura se mostrou viável para 58% dos pesquisados , tendo alguns alegado a falta de divulgação e o baixo nível de aquisição dos compradores. Outro fator importante foi a constatação da viabilidade da venda de eqüinos através de leilões públicos , já que esta posição tomou 63% da resposta dos pesquisados. A maioria do público militar, cerca de 41%, optou pela aquisição do animal logo após a doma do potro , preferindo o público civil a aquisição do animal ainda potro. A raça puro – sangue lusitano ( PSL ) e a pelagem tordilha foram as preferências do público consumidor ( civil ) , caso viessem adquirir um cavalo. A idéia de comercialização de eqüinos do RPMon foi muito bem aceita pelo público civil que lida com a eqüinocultura, já que a maioria dos pesquisados a consideraram excelente, observe o gráfico: CONCEITUAÇÃO DO PÚBLICO CIVIL QUANTO AO TEMA DO PROJETO EXCELENTE MUITO BOA BOA Quadro 01 – Conceituação do público civil quanto ao tema do projeto Em pesquisa realizada com as Policias Militares do Brasil, observe-se que as suas unidades hipomóveis possuem tempo de existência inferior a 30 anos , o que denota um grande potencial de crescimento de suas atividades relativas ao policiamento de choque e ostensivo montados. TEMPO DE EXISTÊNCIA DAS UNIDADES HIPOMÓVEIS 226 138 10 AL BA 170 147 21 16 DF MT MG PR 15 6 PI RN 28 SC SP Quadro 02 – Tempo de Existência das Unidades Hipomóveis Com relação ao efetivo humano e de eqüinos e a existência de remonta , Percebe-se que o número de semoventes é quase sempre menor do que o de humanos, existindo na maioria delas , mas de 100 animais , e que apenas 3 estados destinam sua remonta para a produção de uma raça especifica. Quanto à realização de compras de eqüinos, realizadas pelas policias militares nos últimos 10 anos pode-se observar que todas lançaram mão desse recurso para compor os seus efetivos realizando suas compras , principalmente, no Estado do Rio Grande do Sul , identificando a existência do mercado em uma atividade que pode ser explorado Não obstante, existe um interesse maior dos Estados Nordestinos em adquirir exemplares do RPMon , apesar dos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, de forma tímida , terem manifestado a intenção de participar do Certame. Todos esses dados levantados só vêm comprovar a capacidade que o Regimento de Cavalaria Dias Cardoso possui para entrar e se estabelecer no mercado de eqüinos. 4.1.6 Providências Para Alienação dos Semoventes 1. O Comandante do RPMon expedirá oficio ao Comandante Geral, informando sobre o excesso de semoventes e/ou interesse público da alienação de determinado solípede da unidade hipomóvel, solicitando a formação de uma comissão de estudo técnico ( constituída de pessoas especialistas na matéria, que poderão ser oficiais com curso de equitação , veterinários e/ou convidados; 2. O Comandante Geral designará a comissão ( Portaria do Comando Geral ) , objetivando o estudo ( o qual deve conter o preço mínimo do bem ) , o relatório e o laudo técnico de excedente de eqüinos e/ou animais disponíveis para alienação ; 3. De posse do parecer relatório de comissão , o Comandante Geral fará expediente junto à Secretaria de Defesa Social, para que com a aquiescência do Governo do Estado e da prévia gerência da Diretoria de Controle do Tesouro Estadual , seja definido o retorno dos recursos oriundos do Certame, a serem aplicados no Regimento Dias Cardoso ( fase importante , pois é onde será definido , através da fundamentação e da importância da alienação do bem, o fim a que serão destinados os recursos provenientes do leilão; 4. Ato do Comandante Geral, determinando a abertura do processo licitatório o “leilão”, cuja atividade poderá ser desenvolvida pela Comissão Permanente de Licitação da própria Corporação, que elaborará o edital até a confecção do contrato; 5. A DEAJA ( Diretoria Especial de Apoio Jurídico – Administrativo ) da PMPE , órgão responsável pelo assessoramento jurídico da corporação , aporá o visto ao processo licitatório; Celebração : Comandante Geral assinara o contrato, dando por consumado o ato administrativo Pagamento : haverá o registro do contrato na Secretaria da Fazenda, objetivando o pagamento na conta “C”. Esses procedimentos podem ser mas bem visualizados nos fluxogramas abaixo : FLUXOGRAMA DOS PROCEDIMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS INTERESSE PÚBLICO DESAFETAÇÃO ATOS PROCESSO LICITATÓRIO ( LEILÃO ) CONTRATO Quadro 03 – Fluxograma dos Procedimentos FLUXOGRAMAS DE PROCEDIMENTOS DOS ORGÃOS ENVOLVIDOS 1.10 REMONTA ( PLANTEL ) 1.9 COMISSÃO DE AVALIAÇÃO 1.8 Comandante do RPMon / Comandante Geral da PMPE 1.7 Interesse Público SEC. DE DEFESA SOCIAL GOVERNO DO ESTADO D.C.T.E 1.6 COMISSÃO DE LICITAÇÃO / PMPE 1.5 LEILÃO BAIXA CONTÁBIL ( Contadoria Geral do Estado – C. G.E ) 1.4 CONTA “C” da D. A..F.E ( Diretoria Executiva da Administração do Estado ) 1.3.1.2 1.1.1.1 D. BANDEPE - CONTA 1.3.1.1 PROGRAMAÇÃO 1.3 P M P E 1.2 R P M o n Quadro 04 – Fluxogramas de procedimentos D. C. T. E. – Diretoria de Controle do Tesouro Estadual. Conta “C” – Conta destinada à centralização e movimentação de recursos fora ( Independente ) da Conta Única do Estado. CAPÍTULO V PROGRAMA DE AÇÃO 5.1 Pressupostos Norteadores : a) A necessidade de melhorar o serviço do RPMon; b) Falta de uma infra-estrutura que de suporte às atividades do Regimento Dias Cardoso; c) Viabilidade da eficiência com eficácia através da geração de recursos; d) Garantir a sustentabilidade do projeto ; e) A Remonta do Regimento Dias Cardoso poderá ser paralisada ou subtilizada , com fulcro na redução do número de cavalos novos para não aumentar os custos; f) Com a falta de recursos para implementar o desenvolvimento da atividades administrativas, que têm repercussão nas atividades operacionais , os equipamentos, os materiais e as instalações podem tornar-se obsoletos ou se danificar pela falta de manutenção; g) A Policia Militar de Pernambuco tem interesse em manter o funcionamento do Regimento de Cavalaria, entretanto, os gastos com todas as unidades administrativas da corporação representam um criterioso estudo de distribuição de verbas , o que leva, por vezes, à ausência de investimento para melhorias em suas atividades ; h) Uma possibilidade de gerar , com a “ auto-sustentação” a expansão do Regimento Dias Cardoso em Pernambuco. 5.2 Viabilidade a) Gerar recursos; b) Melhoria da Remonta ; c) No futuro , servir como base de aquisição de um novo centro de criação (local novo ), próximo ao interior para servir de base a novas unidades ; d) Implica o emprego dos setores já existentes da corporação e do governo; e) Melhoria da assistência veterinária ( hospital, reprodução etc ); f) Não implicar custos imediatos para o inicio do projeto para o Estado de Pernambuco; g) Aproveitar a capacidade produtiva do próprio Centro de Criação e Treinamento de Eqüinos – CCTE para produzir animais para serem vendidos a outras corporações , entidades públicas e/ou privadas; h) No aspecto jurídico é possível se concretizar a venda dos semoventes , a partir do “ Interesse Público “ , com a aquiescência dos Órgãos da Secretaria da Administração da Fazenda e Tribunal de Contas do Estado; i) Os valores oriundos das vendas dos animais podem retornar ao Regimento de Cavalaria para serem empregados na melhoria dos serviços administrativos e operacionais; j) Melhoria da qualidade genética do plantel de eqüinos da cavalaria – divulgação de uma raça destinada ao Serviço Policial Militar; k) Expansão e incentivo à atividade de eqüinocultura do Estado de Pernambuco. 5.3 Metas , Ações ,execuções e Responsabilidades METAS AÇÕES 1. manter funcionando o 1.1 Cuidar da higiene, da CCTE alimentação e da saúde dos animais bem como das instalações físicas EXECUÇÕES RESPONSABILIDADES Ocorrera durante todo o ano Comandante do RPMon; Comandante do 3º EPM/RPMon ; Formação veterinária/RPMon 2. Produzir 40 potros anualmente 2.1 Selecionar os cruzamentos, visando à melhoria genética do plantel; Durante os meses Comandante do 3º EPM; de junho Formação veterinária/RPMon 2.2 Manter 40 matrizes. Comandante do 3º EPM; Ocorrera durante todo o ano Formação veterinária/RPMon Entre os meses de Comandante do 3º EPM/RPMon ; janeiro e setembro 3.Doma dos potros 3.1 Ensinar os comandos básicos de rédias e montaria 4. Identificar os excedentes. 4.1 Designar comissão de Durante os meses Comandante do RPMon; avaliação dos animais de maio Durante os meses de 4.2 Selecionar os potros destinados ao policiamento e os excedentes ( potros, cavalos adultos e adestrados ) para a venda. agosto Comissão técnica de avaliação; 5. Gerar recursos com a 5.1 Oficiar ao cmt geral venda de excedentes de acerca dos animais eqüinos excedentes; Durante os meses Comandante do RPMon; de agosto 5.2 Oficial secretario de defesa social sobre a necessidade de alienar bens semoventes. Durante os meses Comando Geral de Corporação; de agosto 5.3 Agendar o leilão para exposição de animais do ano decorrente; Durante os meses Comissão de licitação da PMPE; Chefe da 5ª Seção de setembro do Estado Maior; Comissão de licitação da 5.4 Divulgação pública do Durante os meses Comissão de licitação da Certame; de setembro PMPE; Chefe da 5ª Seção do Estado Maior; 5.5 Oficio ao DCTE , solicitando o retorno da verba do leilão à PMPE/RPMon. Durante os meses Comando Geral da de setembro. Corporação; 5.4 Recursos Necessários Os recursos disponibilizados para a execução do projeto de intervenção serão os já existentes , não existindo custo adicional para corporação ; pelo contrario , haverá geração de receita. 5.5 Plano Orçamentário de Arrecadação Com a media anual de 15,4 animais que chegam a óbito no Regimento de Cavalaria Dias Cardoso , informação cedida pela seção veterinária , acrescentando-se a este dado uma margem de segurança de 30% , conclui-se que a cavalaria necessita de uma reposição de 20 animais ao ano. Este procedimento visa à renovação do plantel da cavalaria e à escolha dos animais que melhor se adaptam ao serviço da policia militar. Levando –se em conta os dados obtidos anteriormente , o Regimento Dias Cardoso disponibilizará no ano de 2006, um excedente de 11 eqüinos, com idade de 3 anos , que serão postos à alienação. No ano de 2007, haverá um excedente de 8 potros e , no ano de 2008, um excedente , a principio , de 9 animais podendo ser elevado este número para 21, uma vez que 12 éguas restavam parir , quando se fez o levantamento dos dados oriundos da formação veterinária, o que se pode ser mas bem visualizado no plano orçamentário abaixo: PLANO ORÇAMENTÁRIO DE ARRECADAÇÃO DO LEILÃO DOS EQUINOS - 2006 ______________________________________________________________________ RAÇA IDADE QUANT. VALOR MÍNIMO R$ TOTAL R$ _______________________________________________________________________ ¾ P.S.L 3 anos 2 animais 1.000,00 2.000,00 ½ P.S.L 3 anos 3 animais 1.000,00 3.000,00 ½ WESTFALEN 3 anos 5 animais 1.000,00 5.000,00 ½ P.S.I 3 anos TOTAL GERAL 1 animal 11 ANINAIS 1.000,00 1.000,00 Quadro 05 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2006 1.000,00 11.000,00 PLANO ORÇAMENTÁRIO DE ARRECADAÇÃO DO LEILÃO DOS EQUINOS 2007 RAÇA IDADE QUANT. VALOR MÍNIMO R$ TOTAL R$ ¾ P.S.L 3 anos 1 animal 1.000,00 1.000,00 ½ P.S.L 3 anos 4 animais 1.000,00 4.000,00 ½ HOSTEINER 3 anos 2 animal 1.000,00 2.000,00 ¾ WESTFALEN 3 anos 1 animal 1.000,00 1.000,00 8 ANINAIS 1.000,00 8.000,00 TOTAL GERAL Quadro 06 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2007 PLANO ORÇAMENTÁRIO DE ARRECADAÇÃO DO LEILÃO DOS EQUINOS - 2008 RAÇA IDADE QUANT. VALOR MÍNIMO R$ TOTAL R$ S.R.D 3 anos ½ HOSTEINER TOTAL GERAL 3 anos 2 animais 500,00 1.000,00 7 animais 1.000,00 7.000,00 9 ANINAIS 1.000,00 8.000,00 Quadro 05 – Plano Orçamentário de Arrecadação 2008 Não obstante, esses valores representam o quantitativo de potros em excesso em processo a cada ano, que não impede que a comissão julgue procedente em seu relatório um animal que venha se destacando em concursos hípicos , ou até mesmo aqueles que não sejam mais potros, mas que possam ser classificados como excedentes para alienação , o que, certamente, elevara os valores dos planejamentos orçamentário. CAPÍTULO VI CONCLUSÃO É notória, nas interpretações dos questionários , a necessidade iminente de se captarem recursos para o Regimento Dias Cardoso, através do leilão de potros excedentes e/ou animais habilitados à prática esportiva e ao policiamento, destinando –se esse capital à melhoria do plantel , da sala cirúrgica, do laboratório de inseminação artificial, das instalações , da alimentação dos eqüinos etc, tornando-o num pólo referencial da eqüinocultura no pais. Por outro lado, desperta-se na Corporação uma visão critico – construtiva de quem almeja soluções diante do binômio custo x beneficio. Com eficácia, aspira se cumprir o preceito constitucional do art. 144, Inciso V. c/c § 5º, que diz: a segurança pública , dever do estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio , através de vários órgãos, entre eles a Policia Militar, à qual cabem a policia ostensiva e a preservação da ordem pública. Doravante, destaca-se que as alternativas existentes já estão consolidadas neste projeto de intervenção, a serem operacionalizadas a partir do expediente do Comandante do Regimento Dias Cardoso ao Comandante Geral, expondo os considerados quanto ao excedente de potros e/ou ao interesse em alienar algum animal, desencadeando um processo através do qual a cavalaria possa captar recursos para serem investidos nas áreas operacionais e administrativas, amortizando os custos necessários para suas atividades, além do fato de aproveitar toda a potencialidade reprodutiva do seu plantel de cavalos, bem como tornando-a num centro de referência na produção e fornecimento de eqüinos para outras Corporações e criadores particulares. Desta forma, espera-se que a sociedade pernambucana seja beneficiada com as ações propostas, já que, com a geração de recursos oriundos da venda dos eqüinos excedentes, os quais serão investidos nas instalações físicas e equipamentos do próprio Regimento Dias Cardoso, haverá uma melhoria dos serviços prestados, devido ao grau de satisfação ( motivação ), que será gerado no efetivo. É evidente , que não bastão a vontade política dos governantes e , muito menos, apenas o interesse do Comandante do RPMon. É fundamental que a visão do interesse público proceda a todas as demais , bem como que haja a união de esforços e a participação de todos no problema: do Comandante do Regimento Dias Cardoso , do Comandante Geral , da comissão técnica designada , do Secretário de Defesa Social, do Secretário da Fazenda e do Governo do Estado Somente assim se conseguira implementar um trabalho interativo que , com certeza, gerará recursos sem onera os cofres do Estado, criando uma nova fonte de receita para o Regimento Dias Cardoso. Não obstante, é de bom alvitre salientar que o projeto visa resolver um problema atual da forma mas rápida e dentro da moralidade pública , a saber, o excedente de eqüinos e a falta de recursos. Entretanto, fica um espaço para novos estudos, como por exemplo , a criação de uma fundação ou fundo, com a finalidade de administrar os recursos da alienação dos semoventes. Dessa forma, acredita-se que o retorno de recursos seria direcionado para uma entidade responsável apenas pela produção de eqüinos para a PMPE e para as entidades privadas, o que não compromete este estudo, haja vista que , na segunda hipótese, o policiamento ostensivo continuaria sendo realizado pelo Regimento Dias Cardoso. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, José Cassimiro Henrique de. Descentralização do Policiamento Ostensivo Montado para o Interior do Estado – Uma Proposta. Monografia (Especialização) – Academia da Polícia Militar do Paudalho. Paudalho 1994. BRASIL. Decreto Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com a redação dada pelas Leis nº 8.883, de 8 de junho de 1994 e 9.648, de 27 de maio de 1998. Lei de licitação e contratos. DI PIETRO , Maria Sylvia Zanella . Direito Administrativo, 13 ed. São Paulo: Atlas, 2001. MANSO FILHO, Hélio Cordeiro. Manejo do Haras. UFRPE, Imprensa Universitária, Recife, 2001. NOGUEIRA, Weldon Rodrigues. Centro de Criação, Treinamento e Emprego do Eqüino na Policia Militar. Monografia ( Especialização) – Academia da Policia Militar do Paudalho. Paudalho 1989. RIBEIRO, Diogo Branco. O Cavalo e o Burro de Guerra e de Paz. São Paulo : MDL, 1956. RODRIGUES, Silvio. Código Civil ( parte geral ) , vol. 1 São Paulo : Savaiva, 1997. ROMASZKAN, Gregor de. O Cavalo. 3 ed, Belo Horizonte: Itatiaia LTDA, 1986. GLOSSÁRIO Acostado – Cavalo de propriedade particular que se encontra estabulado nas dependências do regimento. Afetação – É algo imposto a um bem qualquer; desse modo vem indicar ou determinar o fim a que ele se destina ou para o qual será utilizado. Tanto pode recair sobre um bem móvel como sobre um imóvel. Alienação – Toda transferência de domínio de bens a terceiros. Anticrese –Ação de se servir de uma coisa em substituição ou troca de uma outra. Apetrecho – Objetos necessários a execução de um trabalho. Atividade Fim – O efetivo policial militar escalado nas atividades. Atividade Meio – O efetivo policial militar escalado nas atividades de apoio às ações operacionais. Brete – Local utilizado para contenção do eqüino. Burçal – Arreios destinados a conduzir o cavalo. Cabeçada – São os arreios destinados à cabeça do cavalo. Caneleiras – São os arreios destinados à canela do cavalo . Cavalariço – O homem responsável pela higiene das baias dos cavalos. Coirmãs – Outras instituições militares estaduais. Compra – Toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. Conjunto – É a figura composta pelo cavaleiro e pela sua montaria. Corporação – Denominação dada às instituições militares estaduais. Dação – É o ato pelo qual se da ou se concede a outrem alguma coisa que é nossa, ou a ele se transfere a propriedade. Encilhar – Ato de colocar arreios no cavalo. Fômetes – São os materiais usados pelos veterinários. Ginete – Sinônimo de cavalheiro. Manjedoura – Local destinado para colocação de feno e capim. Peias – São amarras utilizadas nas patas dos cavalos com a finalidade de evitar acidentes. Peitoral – São os arreios fixados no peito do cavalo para evitar que a cela escorrego do dorso do animal. Plantel – Conjunto de animais selecionados para procriação. Redondel – Local em forma de circulo , utilizado para exercitar e domar o cavalo. Remonta – Local destinado à criação e reprodução de eqüinos. Rufiação – É uma técnica utilizada para detecção de uma égua no cio. Semovente – Do Latin Semoves , o que se move por si , serve para designar os bens representados por animais irracionais: gados , cavalos, carneiros etc. Solípede – ( animal ) que só tem um casco em cada pé. Unidade Hipomóvel – Refere-se a uma organização militar estadual que utiliza o processo de policiamento montado ANEXO “A” UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECRUSOS ( PROJETO DE INTERVENÇÃO ) QUESTIONÁRIO Visando subsidiar a monografia do curso da Escola de Equitação do Exercito Brasileiro /2005 pelo oficial aluno : Alexandre Arruda Pereira e Silva. 1.Na sua opinião , Pernambuco dispõe de reconhecidos centros produtores de eqüinos , destinados ao policiamento e/ou hipismo? Quais? ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 2. Utilizaria os serviços do RPMon , caso fossem disponibilizados à comercialização de eqüinos ? Por quê ? ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 3. As raças puro – sangue lusitano , brasileiro de hipismo , Westfalen e puro –sangue inglês são indicadas para a pratica de hipismo e/ou policiamento montado? Por quê ? 4. O mercado de eqüino da Região Nordeste encontra-se propicio para sua comercialização ? Por que ? ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 5. Considera viável a idéia da comercialização dos produtos da remonta da PMPE através de leilões públicos? Justifique. ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 6. Na sua opinião , em que estágio de adestramento ( treinamento) os animais deveriam ser postos para comercialização ? Justifique. ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ Identificação Nome : __________________________________________ Data ___/___/___ Posto / Função : __________________________________________________ ( identificação não obrigatória ) ANEXO “B” UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECRUSOS ( PROJETO DE INTERVENÇÃO ) QUESTIONÁRIO O regimento de cavalaria possui um Centro de Criação e Treinamento de Eqüinos , destinado a produzir cavalos para o policiamento e para a prática de Hipismo , visando subsidiar um projeto do curso de equitação do Exercito Brasileiro 2005 , que tem como titulo “ a utilização da remonta para utilização de recursos “. 1. Na sua opinião , Pernambuco dispõe de reconhecido centro de produção de eqüinos ? Você conhece algum? ( ) SIM ( ) NÃO Qual ( is ) ? _________________________________________________________ 2. A prática de comercialização de Eqüino é viável ? Por quê ? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique _________________________________________________________ 3. Você compraria, mediante leilão público , cavalos do RPMon ? Por quê ? ( ) SIM ( ) NÃO Justifique __________________________________________________________ 4. Qual ( is ) a ( s ) raça do plantel do RPMon você teria interesse de adquirir ? ( ) Brasileiro de Hipismo ( BH – Hosteiner ) ( ) Westfalem ( ) Puro – Sangue Lusitano ( PSL) ( ) Mestiços dessas raças ( ) Puro – Sangue Inglês( PSI ) ( ) Nenhuma 5. Por quais das pelagens abaixo você teria preferência ? ( ) Tordilha ( ) Pampa ( ( ) Castanha ( ) Alazã ( ) Rosilha ( ) Baia ) Outras 6. Dos itens especificados abaixo em que estagio de desenvolvimento você preferiria adquirir um cavalo ? ( ) Potro ( ) Cavalo amansado ( ) Cavalo adestrado para passeio ( ) Cavalo adestrado para prática do hipismo ( ) outros ( especifique ) _________________________________________ 7. Qual das classificações abaixo você daria para a idéia da “ comercialização dos eqüinos do Regimento de Cavalaria “ ? ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim Se ruim.Justifique ___________________________________________________ Identificação Nome : __________________________________________ Data ___/___/___ Profissão : ______________________________________________________z( identificação não obrigatória ) ANEXO “C” UTILIZAÇÃO DA REMONTA PARA CAPTAÇÃO DE RECRUSOS ( PROJETO DE INTERVENÇÃO ) QUESTIONÁRIO Visando subsidiar o projeto de intervenção do curso da Escola de Equitação do Exercito Brasileiro 2005, que tem com titulo “ a utilização da remonta para utilização de recursos que será apresentado pelo oficial aluno : 1º Ten Alexandre Arruda Pereira e Silva. − A quanto tempo a corporação dispõe de Unidade hipomóvel ? − Possui “ remonta “ em atividade em sua unidade hipomóvel? − Tem selecionada alguma raça eqüina especifica para compor os quadros de solípedes? − Realizou compra de cavalos nos últimos 10 anos? − E se existiria interesse de compra de cavalos da PMPE, caso esse serviço fosse colocado a disposição ?