Gestar – Oficina I

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Gestar – Oficina I
OFICINA 1
Instruções para a Oficina 1: Leia os textos abaixo, assista aos vídeos, relacione-os, reflita e busque, se
desejar, mais informações. Repare como a propaganda e a publicidade estão presentes na nossa vida,
diariamente nos influenciando e, muitas vezes, forçando-nos a comprar, a consumir. Será que é, então,
necessário assim adquirirmos tantos produtos? Nosso planeta irá aguentar tanta exploração, quem
ganha com tudo isso? Você já pensou em todas essas questões?
Depois de ler e refletir, produza um artigo de opinião. Há informações sobre esse gênero textual
e exemplos. Tire suas dúvidas e peça mais informações a seu professor se achar necessário.
Bom trabalho!!
A outra senhora
A garotinha fez esta redação no ginásio:
“Mammy, hoje é dia das Mães e eu desejo-lhe milhões de felicidades e tudo mais que a Sra.
sabe. Sendo hoje o dia das Mães, data sublime conforme a professora explicou o sacrifício de ser Mãe
que a gente não está na idade de entender mas um dia estaremos, resolvi lhe oferecer um presente bem
bacaninha e ver as vitrines e li as revistas. Pensei em dar à Sra. o radiofono Hi-Fi de som estereofônico
e caixa acústica de 2 alto-falantes amplificador e transformador mas fiquei em dúvida se não era
preferível um tv legal e cinescópio multirreacionário e som frontal, antena telescópica embutida, mas o
nosso apartamento é um ovo de tico-tico, talvez a Sra. adorasse o transistor de 3 faixas de ondas e 4
pilhas de lanterna bem simplesinho, levava ele para a cozinha e se divertia enquanto faz comida. Mas a
Sra. se queixa tanto de barulho e dor de cabeça, desisti desse projeto musical, é uma pena, enfim tratase de um modesto sacrifício de sus filhinha em intenção da melhor Mãe do Brasil.
Falei em cozinha, estive quase te escolhendo o grill automático de 6 utilidades porta de vidro
refratário e completo controle visual dão prazer uma semana, chateação o resto do mês, depois encostase eles no só não comprei-o porque diz que esses negócios eletrodomésticos dão prazer uma semana,
chateação o resto do mês, depois encosta-se eles no armário da copa. Como a gente não tem armário de
copa nem copa, me lembrei de dar um, serve de copa, despensa e bar, chapeado de aço tecnicamente
subdesenvolvido. Tinha também um conjunto para cozinha de pintura porcelanizada, fecho magnético
ultra-silencioso puxador de alumínio anodizado, um amoreco. Fiquei na dúvida e depois tem o
refrigerador de 17 pés cúbicos integralmente utilizáveis, congelador cabendo um leitão ou peru inteiro,
esse eu vi que não cabe lá em casa, sai dessa?
Me virei para a máquina de lavar roupa sistema de tambor rotativo mas a Sra. podia ficar
ofendida deu querer acabar com a sua roupa lavada no tanque, alvinha que nem pomba branca. Mammy
bate e esfrega com tanto capricho enquanto eu estou no cinema ou tomo sorvete com a turma. Quase
entrei na loja para comprar o aparelho de ar condicionado de 3 capacidades, nosso apartamentinho de
fundo embaixo do terraço é um forno, mas a Sra. vive espirrando, o melhor é não inventar moda.
Mammy, o braço dói, e tinha um liquidificador de 3 velocidades, sempre quis que a Sra. não
tomasse trabalho de espremer laranja, a máquina de tricô faz 500 pontos, a Sra. sozinha faz muito mais.
Um secador de cabelo para Mammy! gritei, com capacete plástico mas passei adiante, a Sra. não é
desses luxos, e a poltrona anatômica me tentou, é um estouro, mas eu sabia que a minha Mãezinha
nunca tem tempo de sentar. Mais o quê? Ah, sim, o colar de pérolas acetinadas, caixa de talco de
plástico perolizado, par de meias, etc. Acabei achando tudo meio chato tanta coisa para uma garotinha
só comprar e uma pessoa só usar mesmo sendo a Mãe mais bonita e merecedora do Universo. E depois,
Mammy, eu não tinha nem 80 cruzeiros, eu pensava que na véspera deste Dia a gente recebesse não sei
como uma carteira cheia de notas amarelas, não recebi nada e te ofereço este beijo bem beijado e
carinhosão de tua filhinha Isabel.”
ANDRADE, C.D. de. Cadeira de balanço. Rio de Janeiro: Record, 1996, p.143-146.
EU ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade
Vídeos:
Ilha das Flores:
http://www.youtube.com/watch?v=Hh6ra-18mY8
A história das coisas.
http://www.youtube.com/watch?v=HiR4mlFizzc
Artigo de opinião
É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que
exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente
apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar
preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou
necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. Nos gêneros argumentativos, o autor
geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons
argumentos, que consistem em verdades e opiniões. O artigo de opinião é fundamentado em impressões
pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. Para produzir um bom artigo de opinião é
aconselhável seguir algumas orientações. Observe:
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles
podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem
deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de
modo mais consciente, e desenvolva-os.
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia
principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema
debatido.
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.
g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho
do seu texto).
h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a
ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está
adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como
um todo é persuasivo.
Reescreva-o, se necessário.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu
posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor
além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.
Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por
este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de
assinar o texto no final.
Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e
desclassificar o candidato.
É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser aprofundar
mais seus conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lo nestes tipos de
canais informativos. A leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a linguagem não é
intelectualizada, uma vez que a intenção é atingir todo tipo de leitor.
Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na
tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada.
Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor
satírico, ironia e fontes de informações precisas.
Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva, mas podem aparecem repletas de sinais de
exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.
Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija,
etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém,
entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias.
Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que se trata de um texto com marcas pessoais e,
portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.
Abaixo você encontra exemplos de artigos de opinião.
Jornalismo do deboche
Muitos leitores perguntam por que nunca escrevo artigos ridicularizando George W. Bush,
desancando o governo PT ou ridicularizando as bobagens ditas por algum de nossos governantes.
Não faço este tipo de colunismo porque é ilimitada a quantidade de bobagens feitas por seres
humanos. Estaríamos destruindo todo o papel do planeta se comentássemos cada besteira feita. Depois,
o tempo do leitor é curto, um jornalismo construtivo deveria também divulgar possíveis soluções e não
ficar somente na crítica dos erros dos outros.
Leitores são presas fáceis desta forma de crítica jornalística, porque ela insinua
equivocadamente que somos superiores aos nossos semelhantes, governantes e amigos.
Noventa por cento das nossas conversas é para se comentar gafes e fracassos dos amigos, nunca
suas conquistas e realizações, por isto nunca sou o primeiro a sair de uma festa de amigos.
O jornalista do deboche sabe que o sucesso do outro incomoda, e se aproveita disto. O
jornalismo do deboche não somente mostra que somos supostamente mais inteligentes do que os que
estão no poder, mas tem uma outra coisa “freudianamente” muito importante: mostra que o colunista é
mais inteligente do que todos nós juntos.
Não pelas suas idéias originais, critério único para se medir inteligência, mas pela burrice dos
outros que o jornalismo do deboche tem o prazer de desancar. Como o debochador sempre trata do
passado, quando os erros já são óbvios e evidentes, ele tem sempre a vantagem da onisciência, algo que
o governante não teve na hora da sua decisão.
Não faço referência àqueles que escrevem uma crítica de forma construtiva, precisamos ser
informados das mazelas e erros do governo. Um artigo debochado de vez em quando nos faz rir e
permite aguentar o fardo da incompetência alheia. Mas muitos fazem do deboche a sua especialidade,
sua razão de ser.
O jornalismo deve criticar e ao mesmo tempo propor soluções para serem discutidas, inclusive
correr o risco de ver a idéia debochada. Só que aí, o artigo teria de ser inovador, competente, criativo,
sensato, conciliador, persuasivo e corajoso. A crítica barata é muito mais fácil do que a análise
profunda. A análise requer pesquisa, números e estatísticas, o deboche só precisa de uma língua afiada.
Se você adora o jornalismo do deboche, porque ele é engraçado, lembre-se que você está rindo
de si mesmo, e embora autocrítica e umas risadas sejam sadias, limitar-se a isto é dar um tiro no pé. O
Brasil está diariamente dando tiros no pé, e achando graça.
Num congresso de estudantes colocaram-me para falar em penúltimo lugar, e o encerramento
foi feito por um profissional do deboche. Ele simplesmente destruiu o meu discurso otimista anterior,
dizendo que o Brasil jamais daria certo, de que estávamos condenados pelo gene do patrimonialismo
português, que o fracasso estava no nosso sangue, e assim por diante. Para a minha grande surpresa, a
plateia simplesmente adorou. Riam a valer, e no final aplaudiram de pé. Inacreditável para mim!
Se um grande intelectual prevê que o Brasil jamais dará certo, não precisamos nos esforçar.
Pode-se justificar o nosso fracasso pessoal, nossa mediocridade individual, como sendo inevitável, é
nosso destino. “Não preciso melhorar, a culpa não é minha, a culpa é do Brasil, a culpa é dos
portugueses”.
Muitos de nossos intelectuais jogam para a platéia, curvando-se à força do mercado, um
discurso de que jamais daremos certo, quando a função do intelectual seria justamente mostrar as
soluções, mostrar o caminho, mostrar o que nós pobres mortais não vemos.
Onde estão os poetas que antes nos inspiravam e motivavam, onde estão os filósofos que nos
mostravam a essência do que está ocorrendo, onde estão os padres com seus sermões edificantes, onde
estão os visionários que nos mostravam o caminho? Eles estão presentes como sempre estiveram, mas
hoje estão sem platéia, porque o jovem brasileiro está encantado com o discurso do deboche, é sempre
mais fácil culpar os outros.
O jornalismo do deboche é um fenômeno mundial, atingiu até o New York Times. Se acabou
acreditando que você é mais competente que Lula, FHC ou Bush, consulte um especialista.
O mundo não é tão simples nem tão ridículo quando lhe fizeram imaginar. Graças a Deus!
Stephen Kanitz
MODELO DE ARTIGO DE OPINIÃO
Desordem e progresso
Fulano de Tal
É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito à
preservação do meio ambiente. Apesar dos inúmeros desastres ecológicos que ocorrem com demasiada
frequência, a população continua “cega” e o pior é que essa cegueira é por opção.
Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que o Planeta não
anda bem. Tsunamis, terremotos, derretimento de geleiras, entre outros fenômenos, assustam a
população terrestre, principalmente nos países desenvolvidos – maiores poluidores do Planeta – seria
isso mera coincidência? Ou talvez a mais clara resposta da natureza contra o descaso com o futuro da
Terra? Acredito na segunda opção.
.
Enquanto o homem imbuído de ganância se empenha numa busca frenética pelo progresso, o
tempo passa e a situação adquire proporções alarmantes. Onde está o tal desenvolvimento sustentável
que é – ou era – primordial? Sabemos que o progresso é inevitável e indispensável para que uma
sociedade se desenvolva e atinja o estágio clímax de suas potencialidades, mas vale a pena conquistar
esse progresso às custas da destruição da fauna, da flora, da qualidade de vida que a natureza nos
proporciona?
Não podemos continuar cegos diante dessa realidade. Somos seres racionais em pleno exercício de
nossas faculdades, não temos o direito de nos destruirmos em troca de cédulas com valores monetários
que ironicamente estampam espécies animais em seus versos. Progresso e natureza podem, sim,
coexistir, mas para isso, é preciso que nós – população terrestre – nos conscientizemos de nossa
responsabilidade sobre o lugar que habitamos e ponhamos em prática o que na teoria parece funcionar.
*Redação produzida por Monalise Cristina Dantas, aluna da CENTRAL DE CURSOS-CURRAIS
NOVOS/RN, dentro do Projeto de Incentivo à Leitura/2008.
OPINIÃO DO HOJE-Jovens, álcool e drogas
Investigação inédita realizada pelo IBGE traça uma verdadeira radiografia da juventude
brasileira, especialmente dos jovens com 13 a 15 anos de idade, em média. E os seus resultados são
deveras preocupantes para toda a sociedade. A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar consultou
60.973 alunos da 9ª série do Ensino Fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas de todas as
capitais e do Distrito Federal. E conseguiu reunir boas informações sobre as condições de vida do
estudante brasileiro.
A novidade é que esta é a primeira pesquisa da história do IBGE em que os próprios
entrevistados responderam ao questionário nos computadores de mão. Daí a maior privacidade dos
estudantes para responderem a questões sobre violência, uso de álcool e drogas e comportamento
sexual.
Pois o estudo constatou uma triste realidade que paira sobre a nossa juventude, a de que a
maioria dos estudantes das capitais brasileiras já experimentou bebida alcoólica. Mais de 70% dos
entrevistados disseram já ter experimentado bebida, 24% fumaram cigarro e 9% já usaram drogas
alguma vez na vida.
Ora, tendo em vista a idade dos estudantes, a conclusão a que se chega é que nossos jovens
estão bebendo, se drogando e fazendo sexo cada vez mais cedo. Outra constatação é a facilidade com
que moças e rapazes que ainda nem chegaram à maioridade conseguem comprar bebidas, cigarros e
drogas. As festas são os locais mais comuns para contato com a bebida (37%), seguidas de lojas (19%)
e até da própria casa (13%).
Também merece extrema atenção o fato de que 30,5% dos estudantes pesquisaram já tiveram
relação sexual alguma vez, média que sobe para 43,7% quando se considera apenas o universo
masculino.
Ora, num momento em que o Ministério da Saúde, reconhecendo a verdadeira epidemia de
crack que se instalou no país, lança uma campanha nacional de combate ao crack, os dados do IBGE
pedem outras ações urgentes do Estado, contra o abuso do álcool ao uso de drogas e também à
promiscuidade, em tempos de tantas doenças sexualmente transmissíveis.
É claro que não cabe apenas ao Poder Público solucionar de vez esta questão que se apresenta à
sociedade brasileira. A família também tem a obrigação de estar presente, a escola tem de estar atenta,
a comunidade tem de estar preparada para melhor educar esta geração. Afinal, são eles os cidadãos do
futuro.
Postado em 23 de Dezembro, 2009.
Observações:
1- O texto apresenta informações relevantes, como dados estatísticos e suas fontes;
2- Apresenta título chamativo e relacionado ao conteúdo do texto;
3- A linguagem é clara e objetiva;
4- Opinião do redator: “E os seus resultados são deveras preocupantes para toda a sociedade.”;
“Pois o estudo constatou uma triste realidade que paira sobre a nossa juventude” e toda a conclusão: “É
claro que não cabe apenas ao Poder Público solucionar de vez esta questão que se apresenta à
sociedade brasileira. A família também tem a obrigação de estar presente, a escola tem de estar atenta,
a comunidade tem de estar preparada para melhor educar esta geração. Afinal, são eles os cidadãos do
futuro.”
5- Embora seja um artigo de opinião, o texto está em 3ª pessoa e não em 1ª, mas os dois primeiros
textos estão em 1ª pessoa: “Muitos leitores perguntam por que nunca escrevo artigos ridicularizando
George W. Bush, desancando o governo PT ou ridicularizando as bobagens ditas por algum de nossos
governantes.” ; “Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que o
Planeta não anda bem.”.

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