Estratégi divide ti1nes
Transcrição
Estratégi divide ti1nes
.. Seda-1e1raefimdesemana, 4, 5e6deabrll de 2014 Brasi1Ecoo6mlco s 4 Bras11Ecoa6mk:o Sexta-feira e llmdesemana, 4, Se6deabrll de2014 ~I R SIL Estratégi divide ti1nes Especialistas têm leituras divergentes sobre a eficácia da atuação do Banco Central nos últimos nove meses e as ferramentas de trabalho do Ministério da Fazenda diante da proximidade do fim do ciclo de alta da taxa básica de juros Allne Salqado, F"emanda Nunes e Sonla Fllquelras red~lleconomltá.com.br Pelo que não afirmou, o Banco Central estimulou o debate entre economistas sobre a efieácla e as alternativas ao ciclo de alta dataxa básica de juros. iJ1icladoem abril do ano passado, que resultou na Selic deli% ao ano até agora. A nota dejustificativa daelevação da taxa em 0,25 ponto pel'Celltual, divulgada na última quarta-leira pela autori- cinco analistas q_ue mais acertam as projeções do lndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os Top 5 do Boletim Focus, iicou a pergunta: "E agora, Guido?~ Quais estratégl.as a Fazenda tem na manga para dar conta do controledospreços, casooBancoCenttal recue nasua atuação? Além das ferramentas plausíveis para substituir a política mo- netária, é tema de questiona.mento entre os economistas consultados pelo Brasil Econômico a validade do trabalho desempee,.-cccão da alta nhado pelo BCnos últimos nove o amne11t , que é dade monetária, desta vez meses e os efeitos futuros de al1Uitoinstdval, não repetiu o termo • ...dan- tas passadas da Selic. do p~nto ao procesEntre técnlcos da área econô6épo sfvel so de ajuste da taxa básica de mícaquenão qulseremse identifi'lgar a atuaçao do juros". Em vez disso, infor- car, não há dúvida de que o ciclo anca Cemm1 mou que o BC "irá monitorar de aperto monetário combinado com umapolltlca fiscal mais coma~luçãodoceuáriomacroe partir dos pref-OS conômlco", dandomargemà portada ("neutra" para o Banco vres. eelesesUi.o interpretação de que-0 aperto Central, "lewmente conlillCionlso .. está próximo do fim. ta" para o Ministério da Fazenda), Diante de uma inflação vaifuncionar para COnt:eT alnfla- e.tos Thadeu de Fl'eltas comperspectivas de ultrapas- ção, hoje em wn patamannaisele- Ex-diretor do BC sar o reto da meta em 2014, vado. Além disso, o governo "torde 6,5%, como previram os ce" por uma taxa de câmbio mais branda ao longo do ano, já que o que prevalecem as setinbas verpreço do real em relação ao dólar melhas (indicando queda nas tal.ntluenda ouuos preços daecono- xas de oito índice de fuflação)? mia. Tem impacto, por exemplo, Eu entendo que não". Para o ex-diretor do BC e ecosobre o setor industrial importador de bens de capital e msumos. nomista-chefe da Confederação seo dólar ficar mal$ caro, isso sig- nacional do Comércio, CarlosThanificará aumento de custos e, na deu de Freitas, o Banco Central sequência, de preços. D-ata-se de não tinha, realmente, outraalteruma "torcida" porque o càmbio é natlva nos últimos meses a não flutuante eomáxlmoqueo BC po- ser promover um ciclo de alta dos de fazer sem botar aperder a credi- juros. "Com exceção da alta dos bilidade da regra é controlar o ex- alimentos, que é mtúto instável, cesso de volatilidade clamoeda. só é possível julgar a atuação do Dentro do governo, sabe- se BC a partir dos preço$ livres e eles que há pouca margem parareurill- estão em desaceleração", arguzar ~ferramentasconhed~ menta, para em seguida admitir das. E por exemplo, reduzido o es- que, neste momento, a posição da paço para prosseguir com a con- autoridade monet;l.rla não é a tenção dos preços administrados mais coruortável. Jimsua opinião, (por exemplo, combusúveis e ao.afirmar que irá observai ocenáenergia elétrica). O expediente foi rio macroeconômico até a próxiutilizado como forma de suavizar ma reunião do Comité de Polltlca a inflação, mas com impacto so- Monetária (Copom), o banco está O Banco Centml bre a arrecadação. Agora, o desa- sinalizando que vai observar.os deestd !lf!1ldo 11111dcnti fio é oposto: como sair da conten- sempenhos dos preços dos serviacredlro que a ção e realinhá-los como mínimo ços, mais resiStentes à alta dos jude Impacto sobre alnflação. ros, edos administrados paragulám(laçd 1/fqucsob discur5o otimista do gover- los em qualquer decisão. controff até ofim du no O tem sido, na verdade, um exer"O Banco Central está sendo ano ( .. ) Viftcil cício recorrente. J;I. em Tl de mar- prudente e acredito que a inflação antcwra extcmzillo ço, odiretorde PolltlcaEconõmi- fique sob controle até o fim do ca (lo Banco Central, Carlos Ha- ano". projeta o especialista empodu cfüftos da milton Araújo, foi a público queslltlcamonetária Carlos Roberto Si1 1 ' tionar: "será que se a taxa de ju- queira Casuo. Emsua opinião, enCarlos Roberto castro ros estivesse boje em 7,25% ao tretanto, é dificil antever a extenEspecialista em polltica f"!Stal ano, nós teríamos um quadro em são dos efeitos da atuação do BC. '' ' :om 7 '?t:;O/n Folomenorpatamaraquea taxa básica de juros chegou durante a gestão de Olima Rousseff, entre outubro de 2012 e abril do ano passado. Assim que Oitma assumiu, a Selicestavaem 10,75%ao ano. to atual valor da Selic, após nove altas consecutivas. A llltlmafol de0,25ponto percentual- após reunião do Copom na última quarta-feira. )'. l ) 1 ·: .3 l t : 3 · J ~ l t • j , li t '. i . E1 ~ ~ i f 9 5 i . l ! ~ 6 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 4, 5 e 6 de abril de 2014 'I: ~I BRA Pesos-pesados do pensamento econom1co vao , para o octogono IL A e ~ Nakano e Schwartsman trocam farpas em novo embate sobre a política monetária F'ábio Nascimento [email protected] ScliWm ts1na11 e11te11Glou que alta de JlUOS é eficiente contra a ififlução Citando NnkÊUlo desfechou, em aitigo, uma 'Joelhada' · "um pouco tle estudo n1e parece essencial" Nakano nunca se acanhou em àtacar. No einbate anterior, disse que Schwartsman "é um destes economistas que, quando saem do livrinho- texto; não sabem de nada" • Alexandre Schwartsman e Yoshiaki Nakano, dois pesos-pesados do pensamento econômico brasileiro, se confrontam novamente. O pano de fundo para o novo desafio ( a primeira "disputa de cinturão" ocorreu em 2006) é a política de aperto monetário do Banco Central, que culminou com a elevação da Selic, para 11%ao ano, na reunião de anteontem do Comitê de Política Monetária (Copom). Antes mesmo da correção da taxa básica, em 0,25%, Schwartsman sentenciou que alta de juros é eficiente contra a inflação. Citando nominalmente Nakano, desfechou, em artigo na imprensa, uma 'joelhada' : "um pouco de estudo me parece absolutamente essencial", em resposta à defesa de posição contrária pelo desafeto. O ataque foi um revide ao 'cruzado' que sofrera de Nakano, em 18 de março, também em artigo, sob o título "Juro alto não derruba inflação", no qual o oponente relaciona a queda das taxas à apreciação do câmbio. Nakano não cita nome, mas provoca Schwartsman com a irônica expressão "inteligente articulista". Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, é crítico feroz do governo de Dilma Rousseff, en- quanto Nakano, professor da FGV-SP, é consultor da equipe da presidenta. Ambos são doutores formados, respectivamente, nas universidades americanas de Berkeley e Cornell. Os currículos apontam que a luta terá repertório vasto de golpes. Nakano nunca se acanhou em atacar. No embate anterior, disse que Schwartsman "é um destes economistas que, quando saem do livrinho-texto, não sabem de nada". Nesta semana, o outro faixa-preta usou os punhos e acertou um gancho com a frase "a principal atrocidade (dele) é a afirmação sobre a ineficácia da política monetária". Mais que uma disputa particu-. lar, o embate evidencia correntes diferentes que se chocam, principalmente, em ano de eleição presidencial. No texto de março, o heterodoxo Nakano sugere que a posição de Schwartsman, um ortodoxo, pode estar ligada a "interesses, valores políticos ou ideológicos". Ontem, Schwartsman respondeu ao Brasil Econômico, dizendo que o artigo de Nakano "é tão incompreensível que não fica claro seelequersefazerdebobo" . Também procurado, Nakano não concedeu entrevista. Colaborou Marcelo Loureiro -
Documentos relacionados
Copom - Banco Central do Brasil
7. Qual o formato do segundo dia de reunião? O segundo dia de reunião, em que estão presentes somente os membros do Comitê e o chefe do Depep, tem início com a análise das projeções atualizadas par...
Leia mais