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Saga de Freeza – Parte 10: Pai e Filho
G
ohan permaneceu de braços cruzados enquanto seu
pai e Vegeta eram abatidos pelo tirano. Momentos
atrás, o raio havia criado uma profunda cratera no
solo, e Goku não estava emergindo dela.
“Eu poderia ter ajudado. Eu poderia ter feito alguma
coisa.” Gohan disse alto. “Mas eu estava com muito medo!
Por quê eu sempre tenho tanto medo?”
Ele sentiu um calafrio sacudir abaixo sua espinha, temendo
aceitar a verdade de que ele agora estava sozinho. Ele
sempre tinha alguém, pelo menos Kuririn, para olhar por
ele. Não era como se ele realmente precisasse de alguém
tomando conta dele mais, ele apenas contava com o apoio
deles. Afinal, ele havia se tornado um dos seres mais
poderosos vivos e ele tinha apenas cinco anos de idade. Seu
poder só era eclipsado por, evidentemente, Super Saiyajin
Vegeta, Goku, e por Freeza em sua forma final. E contra o
demônio do frio, ele daria qualquer coisa para não estar ali
por si mesmo. Assim como era, ele se sentia completamente
isolado.
“Ohh, o seu pai morreu e falhou com você? A vida é dura,
garoto. É uma boa coisa você aprender essa lição cedo.”
Freeza havia se livrado de seu nervosismo e estava de volta
ao seu velho eu, zombando de sua mais nova vítima.
“Quando eu era um garoto, meu pai nunca teria me
abandonado. Sabe por quê? Porquê ele era o mais poderoso
em todo o universo! Seu pai era apenas um macaco
insignificante; foi por isso que ele morreu. Hahaha.”
Gohan sentiu uma lágrima escorrer abaixo em sua jovem
bochecha, seu curto corpo ainda inclinando-se sobre a
cratera e procurando por qualquer esperança de que seu pai
pudesse ainda estar vivo. Ele não podia mesmo sentir a
energia de Goku, mas o que mais ele poderia fazer? Ele não
poderia enfrentar Freeza – ou poderia? Gohan decidiu,
naquele momento, que ele queria morrer em batalha, assim
como seu pai. O demônio havia continuado com os insultos
a sua honra, e Gohan iria fazê-lo pagar, ou morrer tentando.
“Eu não tenho mais medo de você, Freeza!” Gohan gritou.
O garoto possuía um incrível poder oculto, diretamente
conectado a sua raiva. Ele nunca havia intencionalmente
trazido ele a tona antes, nem ele sabia como fazê-lo. Ele
despertava em resposta a uma necessidade, não um desejo.
Enquanto lutava contra Freeza em sua segunda e terceira
formas, ele havia demonstrado um pouco desse poder, até
mesmo momentaneamente eclipsando o demônio em
energia bruta. Agora ele precisava dele mais do que nunca.
“Meu pai... grrrrr...era um melhor guerreiro do que você
jamais foi!” ele gritou.
“Ahn? Haha,” riu Freeza. “Então por quê eu fui capaz de
subjugá-lo tão facilmente? Talvez o seu pequeno cérebro
esteja imaginando coisas. Veja bem, hoje foi provado para
mim o por quê de eu ser o mais temido de todos. Eu sou o
mais poderoso, garoto! Eu nunca poderei ser derrotado!”
Freeza triunfantemente proclamou sua vitória, precisando
apenas aniquilar uma criança Saiyajin antes de toda a raça
virar história.
Gohan recuou dois passos, acendendo sua aura branca e
colocando seus braços para fora. Ele apoiou sua mão
esquerda perpendicularmente atrás de sua direita, e
começou a concentrar o seu mais poderoso ataque.
“Por favor. O que é isso?” Freeza colocou seus punhos
contra seus quadris, cotovelos apontando para fora, e
orgulhosamente levantou seu queixo. “Vá em frente. Dê o
seu melhor. Hahaha!” Ele estava completamente confiante
de que ele havia visto os limites do poder do garoto
enquanto lutava em suas formas anteriores. Ele estava
usando bem menos que 1% de seu poder máximo naquele
hora e Gohan mesmo assim não tinha o ferido. Mesmo
agora com ele desgastado e ferido, ele estava pelo menos
em 65%. Não havia como isso até mesmo o fazer cócegas.
“Masenko! Haaaa!” gritou o jovem discípulo de Piccolo.
O raio rapidamente irradiou-se em direção à Freeza, seu
diâmetro quase tão amplo quanto o demônio era alto.
Gohan gritou com toda a sua raiva, oferecendo cada
fragmento de poder que ele poderia reunir para a força de
seu ataque. Ele podia sentir o impacto no outro lado do
raio, mas não houve explosão.
“Oh não,” Gohan pensou. “Ele segurou o meu ataque! O
que eu vou fazer agora?” Ele continuou tentando empurrar
o ataque, mesmo que fosse somente para prevenir Freeza
de arremessá-lo de volta até ele. “Eu...não posso continuar
com isso por muito tempo,” ele entrou em pânico. “Parece
que estarei me juntando a você em breve,
pai...huh...papai?”
Gohan viu um raio de azul ardente atrás de Freeza,
prendendo o demônio do frio entre os dois ataques. O
garoto não teve tempo para pensar. Seu segundo fôlego
chegou do nada, e ele liberou-o todo em seu Masenko.
“Thuuuuuuum,” veio a explosão, estrondeando ao redor
dos ouvidos do jovem Saiyajin e fazendo-os zunir. Freeza
tinha sido espremido entre os dois ataques, e Gohan pode
sentir uma enorme queda na energia do tirano. E o melhor
de tudo, ele podia sentir o seu pai.
Envolto em detritos, o frígido tirano estava furioso. Ele
sabia sem se virar quem tinha atirado aquele ataque em
suas costas; o outro Saiyajin estúpido. A explosão
combinada havia enfraquecido seu corpo muito mais do
que ele teria gostado, e ele agora sentia-se próximo de
somente metade de sua força. A coisas estavam saindo para
fora de seu controle novamente, de alguma forma. Ele
estava certo de que quando ele havia matado Vegeta a sua
vitória sobre os outros seria tranqüila. Mesmo assim, a
resistência deles continuava a o surpreender. Mas não mais.
Ele estava farto de jogos e de brincadeiras. Os dois iriam
morrer, por suas poderosas mãos, muito em breve.
No momento em que a poeira da explosão começou a
desaparecer, os olhos de Gohan se encontraram com os de
seu pai. Eles olharam através do demônio entre eles e se
conectaram um com o outro. Exausto e ofegante mas
satisfeito, Goku falou para seu filho telepaticamente. “Estou
orgulhoso de você, Gohan. Você se tornou tão corajoso e
forte. Mas agora, nós precisamos de um plano. Vamos ter
que trabalhar juntos se quisermos derrotar Freeza de uma
vez por todas. Você vai ter que fazer exatamente o que eu
lhe disser.”
“Eu estou pronto, pai,” Gohan respondeu silenciosamente,
sabendo que seu pai podia o escutar telepaticamente. “Eu
estou tão feliz que você ainda está vivo.”
“Sim, eu estou vivo, mas eu não tenho poder suficiente
sobrando para derrotar Freeza. Aquele último ataque foi
praticamente mais do que eu poderia fazer. Mas você ainda
tem a força dentro de você para derrotá-lo. Eu sinto isso.”
Freeza fez uma careta, tentando recuperar suas energias. “O
que diabos vocês macacos desprezíveis estão olhando?” ele
demandou. “Vocês ainda não são páreos para mim.”
“Você realmente acredita que eu possa derrotá-lo, papai?”
Gohan se perguntou. Goku assentiu quase que
imperceptivelmente. “Eu tenho certeza que você pode. Eu
posso sentir a energia de Freeza, e eu acho que é menos da
metade do que era quando ele estava lutando contra
Vegeta. Ele também está gravemente ferido. Se você puder
acertar o ferimento em seu lado com energia suficiente,
provavelmente seria o suficiente para alcançar o coração
dele. Você tem o poder em você. É muito além do que você
mesmo pode sentir. Se você se deixar encher com raiva
pelas coisas que Freeza fez, eu sei que você terá a força.”
Gohan não sabia se seu pai estava certo, mas ele confiou
nele. “O que você quer que eu faça?”
Goku manteve um olho no ainda ofegante Freeza. Eles
precisavam apenas de mais alguns momentos para
formularem seu plano. “Eu vou usar a técnica do
Taiyoken,” ele disse.
“Mas o Kuririn já tentou isso,” Gohan interrompeu.
“Freeza pode reconhecer e cobrir os olhos!”
“Esse é um risco que eu vou ter que correr,” Goku
respondeu. “Tudo o que eu preciso é criar uma distração.
Freeza não consegue sentir energia, então ele vai se virar
em direção a mim para se defender assim que eu usar o
Taiyoken e começar a atacá-lo. Eu não tenho força o
suficiente para machucá-lo, mas eu vou distraí-lo. Eu posso
evitar seus contra-ataques enquanto ele ainda estiver cego.”
Freeza estava ficando mais e mais furioso com o passar dos
segundos. “Por quê vocês não estão me respondendo? Eu
exijo que vocês falem comigo.” Ele queria
desesperadamente atacar o Saiyajin que o zombava com o
silêncio, mas ele precisava de mais alguns momentos para
reunir sua força.
Goku ignorou o tirano. “Assim que eu usar o Taiyoken, eu
preciso que você concentre o maior ataque de energia que
você conseguir. Comece voando em direção a Freeza por
trás, lentamente. Eu vou mantê-lo distraído pelo tempo que
eu puder, mas você precisa soltar o ataque no lado dele a
queima-roupa no último instante possível. Você pode fazer
isso por mim?”
Gohan assentiu. “Eu vou fazer o meu melhor, papai.”
“Lembre-se, Gohan, não irá funcionar a menos que você
fique realmente com raiva. Pense em todas as pessoas que
Freeza já machucou e todas as coisas que ele é capaz de
fazer.. Deixe que isso seja o seu poder!” Com isso, Goku
elevou seu ki e decolou em direção a Freeza.
O tirano, agora recuperado dos efeitos imediatos do ataque
combinado mas ainda em dor, virou seu rosto para encarar
o Saiyajin. “Vamos lá, você não acha realmente que tem o
poder para me derrotar, acha? Seja qual for o imprudente
esquema que vocês dois tenham tramado, eu posso lhe
prometer que não irá funcionar. Mas será hilário assistir.”
Conforme Goku se aproximava, punhos levantados, Freeza
se preparava para um rancoroso contra-ataque.
Mas o golpe esperado nunca veio. Fiel ao seu plano, Goku
puxou seu punho para trás, ambas as mãos cobrindo o seu
rosto. “TAIYOKEN!” ele gritou, liberando um brilhante
flash de luz a apenas alguns metros de distância.
Imediatamente, dor intensa preencheu a consciência de
Freeza. Mesmo enquanto cobria seus olhos com ambas as
suas mãos, ele xingava a si mesmo por não ter antecipado a
técnica. Apesar de cego, entretanto, ele sabia que era ainda
forte o suficiente para se defender contra o Saiyajin
miserável.
Levantando seus braços rapidamente para proteger seu
rosto, ele posicionou-se. De certo, o punho de Goku bateu
com força em seus antebraços, forçando-o para trás
ligeiramente. Ele notou com satisfação que os socos do
Saiyajin, apesar de serem poderosos, não eram uma séria
ameaça. Ele balançou sua cauda cegamente, esperando
acertar o peito de seu oponente, mas ele somente teve
sucesso em bloquear um chute mirado em seu estômago.
Freeza continuou bloqueando e socando
descontroladamente, desesperadamente desejando que sua
visão retornasse, mas Goku continuava dançando
justamente fora de seu alcance, alternadamente salpicando
seu corpo com chutes e socos. Nenhum deles eram o
suficientes para o machucar de forma séria, mas ele estava
ficando cada vez mais e mais frustrado. Lentamente, sua
visão começou a voltar, e ele podia apenas perceber a
silhueta de Goku em frente a ele. Atacando com raiva, ele
socou bem a frente.
Goku trouxe ambos os braços para cima para bloquear, mas
a força do golpe o fez rolar para trás. “Agora, Gohan! Faça
isso agora!” ele gritou.
Freeza se virou somente para ver uma brilhante luz azul o
envolvendo. Com sua visão ainda borrada, ele só pôde
começar a se curvar para fugir quando Gohan gritou "HAAAA!"
O raio concentrado tinha somente alguns centímetros de
extensão, e as mãos estendidas de Gohan estavam a apenas
um metro de distância da lateral de Freeza quando ele
soltou o ataque. Sua aura brilhava com uma matiz quase
dourada conforme ele derramava tudo o que tinha no
ataque, sua raiva interior adicionada ao poder da rajada de
energia. Um dos sóis de Namekusei estava se pondo atrás
de Gohan e seu brilho dourado enviou um arrepio através
do coração frio de Freeza; por um breve momento ele
temeu estar enfrentando outro Super Saiyajin.
Mesmo assim, Freeza havia se virado para fora do caminho
bem na hora. Ao invés de perfurar através de seu ferimento
e acertar o seu coração, o raio de Gohan somente ralou nas
costas do tirano, abrindo uma violenta linha roxa indo da
parte inferior de suas costas até o seu ombro. O demônio do
frio gritou de dor, atacando com um vicioso golpe com as
costas da mão que enviou o exausto Gohan tombando para
trás. O plano deles havia fracassado.
Gohan procurou desesperadamente pelos olhos de seu pai,
não sabendo o que fazer em seguida. Quando seus olhos
finalmente se encontraram, nenhuma palavra precisava ser
dita. A mensagem era clara. Goku queria que seu filho
partisse, mas a determinação de Gohan em ficar e lutar era
impenetrável. Juntos, eles haveriam de lutar. Não haviam
mais planos, nem táticas. Como pai e filho, eles iriam
combinar seus esforços em uma desesperada última
ofensiva para parar Freeza.
Com um aceno da cabeça de Goku, eles imediatamente
atacaram o tirano. Freeza não podia acreditar na arrogância
deles em achar que de alguma forma seus esforços
combinados iriam fazer alguma diferença contra ele. Ele
levantou ambos os seus punhos e começou a bloquear.
"Thuuum, thuuum, thuuum," veio o barulho de punho
contra punho. Cada golpe que vinha até ele, Freeza era
capaz de afastar, mesmo com mal a metade de sua força.
“Esse é o melhor que vocês podem fazer? Hahahahahaha!”
gargalhou o demônio enquanto continuava a desviar.
Goku estava tão exausto por ter usado seu Kaioken
aumentado x20, sem mencionar ter sido acertado pelo raio
de Freeza, que ele mal conseguia lutar no nível de Gohan.
Ele não podia nem iniciar o menor nível do Kaioken, por
medo de que isso fosse o paralisar ou tornar o seu corpo
inútil. Não, ele não poderia arriscar. Especialmente quando
ele sabia que isso não iria fazer a menor diferença. Talvez, e
apenas talvez, se ele estivesse com força total ele poderia
abater o deteriorado, e desgastado Freeza com quem eles
estavam lutando agora. Mas ele não tinha sementes dos
deuses, e não sabia de nenhum outro meio para se curar.
Mas ele estava orgulhoso de seu filho. Esse único
pensamento confortava o Saiyajin da Terra enquanto ele
lutava o que ele temia ser a sua última batalha. Enquanto
esteve em Namekusei, Gohan havia progredido mais do
que ele poderia ter esperado. Apesar de todos os esforços
de Chi-Chi, ele havia se tornado um lutador como seu pai.
Goku sorriu para seu filho enquanto notava a fúria de seus
ataques e o poder bruto que ele tinha dentro de seu
pequeno corpo.
Gohan, no lado oposto ao seu pai, estava fazendo o seu
melhor não apenas para se vingar de Freeza, mas para
impressionar seu pai. Seus ataques não eram contidos, visto
que ele tentava arduamente apenas para encostar um único
soco em Freeza. Ele falhara, é claro; eles ambos falharam.
Freeza podia resistir a qualquer torrente de ataques naquele
nível, mesmo vindos de cinco ou dez combatentes. Depois
do que parecia ser uma eternidade para Gohan, mas em
realidade havia somente passado cerca de um minuto,
Freeza liberou uma onda explosiva de seu corpo a qual
arremessou os Saiyajins para longe dele.
“É o fim,” pensou Goku. “Eu não tenho nenhum poder
restando e ele sabe disso.”
Freeza sorriu com seus malevolentes lábios roxos, seus
olhos cruelmente direcionados em direção a Goku. E então,
com tamanha velocidade a qual Goku mal pôde enxergar,
ele atacou Gohan e deu a criança o seu mais poderoso soco
bem em sua barriga. Ele foi imediatamente posto a nocaute
e caiu para o chão como uma rocha. Freeza sorriu para
Goku.
“A relação entre pai e filho é bastante singular, não
concorda?” Os olhos vermelhos de Freeza olhavam para
cima enquanto ele falava. “Ele escolheu ficar e morrer
quando poderia ter escapado mais cedo, e tudo por causa
de você. Isso tudo é muito tocante, sabe. Então, você aceita
a responsabilidade pela morte iminente de seu filho?”
“Eu aceito, Freeza. Isso é tudo minha culpa.” Goku
respondeu, ligeiramente chocando o tirano com sua
resposta.
“Ah bom, então você entende agora as conseqüências de se
opor a mim. Eu sou o senhor do universo! Ninguém deve se
atrever a me desafiar, especialmente um macaco estúpido!
Hahahaha!” ostentou o demônio frio.
"Não, na verdade o que eu quis dizer foi que eu não deveria
ter interferido com o ataque de Vegeta antes. Eu deveria ter
deixado o Super Galic Flash dele o fazer em pedacinhos,
Freeza!
"O quê? Você realmente acha que você teve algo a ver com
a minha sobrevivência? Hahaha. Tolo! Nada, nem mesmo
um Super Saiyajin, pode me destruir!" O tirano desdenhou
da sugestão desvairadamente impossível de Goku.
"Você está errado, Freeza, e você sabe disso! Aquele ataque
teria acabado com você! Eu tentei salvar o planeta de ser
consumido por aquele ataque enviando um forte pulso de
energia mental para dentro do ataque de Vegeta, fazendo-o
detonar antes da hora. Eu pensei que tinha esperado tempo
o suficiente para que você estivesse morto; mais um pouco
e o planeta provavelmente teria sido irreparavelmente
danificado. Eu tinha que tomar uma decisão e eu tinha
somente um instante. Eu vejo agora que teria sido melhor
deixá-lo morrer e sacrificar Namekusei, mas eu acho que é
tarde demais para mudar o que eu fiz." Goku tinha ficado
sobrecarregado por essa verdade: o duro fato de que ele, o
suposto aliado de Vegeta, o único outro Saiyajin vivo, havia
sido aquele que foi o maior responsável por sua morte.
Vegeta se culpara pelo seu fracasso. Antes de sua morte,
Goku queria lhe dizer a verdade, mas as palavras
simplesmente não vinham até ele. Agora, no seu fim, ele
queria pelo menos que Freeza soubesse que foi sorte que o
salvou de Vegeta, e não a própria força do demônio.
"Então, é verdade mesmo." Freeza murmurou. "É uma pena
que Vegeta teve que morrer antes de descobrir que seu
companheiro Saiyajin havia o traído. Mas talvez quando
você encontrá-lo no inferno você dois possam acertar as
contas, haha. Mas primeiro, eu tenho um pequeno negócio
a tratar com seu filho." O demônio do frio sorriu para o
desamparado Goku, vendo o pânico em seus olhos mais
uma vez.
As palavras de Freeza haviam afundado em águas
profundas. De um modo ele havia traído Vegeta, e ele
sentiu o peso do que ele havia feito. Mas sua hora para
arrependimento estava acabada; A vida de Gohan agora
estava em jogo. Goku havia tentado por várias vezes dar a
Gohan a chance para escapar, mas o garoto tinha
simplesmente ficado lá assistindo. Se pelo menos ele não
tivesse voltado por ele. Se ele tivesse ficado com Kuririn e
Piccolo. "Piccolo...hmmmm," pensou Goku. "Se ele está
vivo, então as esferas do dragão da Terra estão de volta.
Talvez eles possam desejar para que todas as minhas forças
se restaurem! Mas eu tenho que me apressar."
Goku rapidamente deixou sua mente buscar o ki do Senhor
Kaio. Quando ele se concentrava, ele havia aprendido a
contatá-lo telepaticamente, mesmo entre galáxias e
dimensões de distância. Em maior parte isso se dava pelos
próprios poderes telepáticos do Senhor Kaio e pelo fato
dele normalmente manter um olho em Goku.
“Senhor Kaio, você pode me ouvir? Senhor Kaio, olá?”
Nenhuma resposta veio do Outro Mundo, e Goku percebeu
que Freeza agora estava pairando diretamente em sua
frente. “Por quê ele não está respondendo? Uh-oh.”
Freeza golpeou Goku com as costas da mão, atirando-o na
lateral de uma formação rochosa, a qual desmoronou e caiu
sobre ele.
“Como você se atreve a me ignorar quando eu falo com
você, macaco!”
Goku não tinha a força para explodir com os pedregulhos
para fora de si, então ao invés disso ele levantou-os e
arrastou-se para fora. Freeza estava o esperando.
“Agora, dessa vez eu quero que você me olhe nos olhos
quando eu estiver falando com você!” Freeza gritou e
enrolou sua cauda ao redor do pescoço de Goku,
suspendendo-o no ar por estrangulamento.
“Antes que você morra, eu quero que você tenha o
privilégio de me ver matando o seu filho.” Freeza levantou
seu braço esquerdo em direção a Gohan e, com sua cauda,
empurrou a cabeça de Goku para o lado de forma que ele
fosse forçado a assistir. “Apenas olhe para ele ali. Mesmo
inconsciente, ele tem aquele olhar repugnante de esperança
em seu rosto. É por isso que ele deve morrer, entende.”
Freeza começou a concentrar uma esfera roxa em sua mão
apontando-a para Gohan. “Porquê contra o Grande Freeza,
não há esperança para ninguém! Agora MORRA!”
"THUUUUUM!" Uma explosão trovejante interrompeu
Freeza acompanhada por um lampejo de brilhante luz
dourada, a nem mesmo um quilometro de distancia, algo
havia repentinamente irrompido para fora de Namekusei.
Bringer of Death por npberryhill
Co-autor Davidstarling
Tradução por Fael955
Links:
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DeviantArt
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Tradutor:
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