Janeiro - Adventist World

Transcrição

Janeiro - Adventist World
Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
Ja n e i ro 2 01 1
Apelo Urgente por
Reavivamento, Reforma, Discipulado
e Evangelismo
12
A História de
Neemias
17
Saúde Espiritual
24
Nossa Maior
Necessidade
Jane iro 2011
IGREJA
EM
AÇÃO
Editorial ............................ 3
A R T I G O
D E
C A P A
O Dom Prometido
por Deus.................................... 8
S H E R W I N
Quando Deus concede o
Espírito Santo, tudo é transformado.
DEVOCIONAL
A História de Neemias
B .
Por Gerald A. Klingbeil .................... 12
Notícias do Mundo
3
Fatos & Imagens
SAÚDE
Saúde Espiritual ........... 17
Por Allan R. Handysides e
Peter N. Landless
D AV I D
O que podemos aprender de um
reavivamento ocorrido há 2.500 anos?
PERGUNTAS
CONVITE
Por Que Não Agora? Por Ted N. C. Wilson,
Mark Finley, Armando Miranda e Jerry Page ............................ 14
BÍBLICAS
Santo ao Senhor ..............26
Por Ángel Manuel Rodríguez
Este é o tempo para o reavivamento.
ESPÍRITO
DE
PROFECIA
Verdadeiro Versus Falso Reavivamento
Por Ellen G. White ...................................................................... 18
Quando Deus chama Seu povo, qual é o Seu objetivo?
MAIS
ESTUDO
BÍBLICO
Libertação
na Prova ........................... 27
Por Mark Finley
INFORMAÇÃO
Recursos para Reavivamento e Reforma ..................... 20
Por Sandra Blackmer e Kimberly Luste Maran
Livros, DVDs e sites para enriquecer sua vida devocional.
INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas
30 Lugar de Oração
31 Intercâmbio de Ideias
ENTREVISTA
No Caminho Certo ............................................................. 22
Bill Knott, editor da Adventist World, conversa com
o pastor Brett Townend.
CRENÇAS
O Lugar das
Pessoas ............................ 32
FUNDAMENTAIS
Nossa Maior Necessidade
Por Norman R. Gulley ................................................................ 24
O que estará Cristo esperando?
Tradução: Sonete Magalhães Costa
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald
Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 1, Janeiro de 2011.
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Adventist World | Janeiro 2011
www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação
EDITORIAL
Orando pela Estação
das Chuvas
“Sobre cada vida alguma chuva deve cair.”
Essa frase do poeta Henry Wadsworth
Longfellow nos relembra que desapontamento e desconforto são
inevitáveis em nossa vida. O autor usa a chuva como metáfora de
tudo o que nos impede de viver em permanentes dias de sol.
Entretanto, para um povo que definha numa paisagem
ressequida, a inevitabilidade da chuva soa mais como uma promessa, e até profecia: “Sobre cada vida alguma chuva deve cair.”
Ao redor de todo o mundo, o povo de Deus tem levantado
as mãos para os Céus e orado pela prometida chuva serôdia
do Espírito Santo. Fazemos isso com a santa ousadia de
cristãos confiantes de que essa é uma súplica que o Céu não
pode recusar-se a responder: “Alegrai-vos, pois, filhos de Sião,
regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque Ele vos dará em
justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva
temporã e a serôdia” (Jl 2:23, Almeida Revista e Atualizada).
Esta edição especial da Adventist World está concentrada
no apelo aos adventistas do sétimo dia de todo o mundo para
que abram o coração a uma nova experiência de reavivamento e reforma. Distinta de todas as outras edições, nos cinco
anos de história desta revista, esta edição agrupa artigos e
recursos destinados a chamar sua atenção ao desejo de Deus
de renovar o Seu povo.
“O Dom Prometido por Deus” é um convite irresistível ao
reavivamento pessoal e corporativo, votado por unanimidade
pelos delegados do Concílio Anual do Comitê Executivo da
Associação Geral. Leia-a cuidadosamente e em oração.
O devocional de Gerald Klingbeil, “A História de Neemias”,
apresenta a narrativa de um dos mais importantes reavivamentos da história de Israel e traz várias lições para nossos dias.
“Por que Não Agora? Reflexões Sobre o Reavivamento”
realça a experiência prática e interesse espiritual que caracterizam todo grupo de cristãos que abre a vida para o poder da
chuva serôdia de Deus.
A seção do Espírito de Profecia deste mês, “Verdadeiro
Reavivamento”, lembra-nos de que a Palavra de Deus deve ser
o centro de toda genuína experiência de reavivamento.
O artigo sobre “Recursos para o Reavivamento e Reforma”
oferece aos leitores uma amostra de material bíblico, livros
devocionais, materiais da mídia e sites da internet apelando a
você e à sua congregação a preparar-se para o derramamento
do Espírito Santo.
“No Caminho Certo”, entrevista com um pastor cuja igreja
está atualmente experimentando um reavivamento, ressalta
simples passos que induzem a congregação a uma nova
consciência do poder de Deus.
Finalmente, o artigo sobre as Crenças Fundamentais deste
mês, “Nossa Maior Necessidade”, relembra-nos de que o
reavivamento e a reforma têm como alvo um único evento, que
transformará o mundo: a segunda vinda de Cristo.
Leia esta edição especial nos momentos em que seu coração
estiver tranquilo e você tiver tempo para meditar e orar.
Então, prepare-se para a chuva de bênçãos!
– Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO
“Cremos que os líderes da Divisão
Interamericana [América Central] são
comprometidos e consagrados, capazes
de realizar um trabalho de qualidade
sob a liderança do Espírito Santo”,
afirmou o pastor Israel Leito, presidente
da igreja na América Central. “É por
isto que realizamos esta cerimônia de
comissionamento: para testemunhar
para a divisão e lhes mostrar gratidão
pelos anos de fidelidade e bom serviço.”
CONCEDIDA: Pastor Hector Sanchez
concede credencial de ministro
comissionado a Dinorah Rivera, durante
cerimônia especial em Martinica,
no dia 6 de novembro de 2010.
L I B N A
■ Os líderes da Igreja Adventista do
Sétimo Dia na América Central
reconheceram o trabalho de oito dos
seus obreiros, concedendo-lhes credencial de ministro comissionado durante
uma cerimônia especial realizada na
Igreja Adventista de Smyrna, em
Fort-de-France, Martinica, no dia
6 de novembro de 2010. A cerimônia
aconteceu no final das reuniões do
comitê executivo da igreja.
S T E V E N S / I A D
América Central: Igreja Concede Credencial de Ministro
Comissionado para Oito Obreiros
Janeiro 2011 | Adventist World
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A Igreja em Ação
NOTÍCIAS DO MUNDO
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Adventist World | Janeiro 2011
“Essa é uma alta honra concedida
pela igreja a você”, continuou Simmons,
“Mas você pode descer e andar pela
Terra como fez Jesus. Esse comissionamento é para a vida; você não se livra
dele quando a caminhada se torna
difícil ou quando você fica cansado.
Você agora está ligado a Deus por um
relacionamento muito especial.”
Antes da oração de comissionamento,
o pastor Hector Sanchez, secretário
ministerial da igreja para a América
Central, desafiou os candidatos a continuarem servindo a Deus: “É maravilhoso
trabalhar para Deus, viver para Ele e
trabalhar para essa maravilhosa igreja.
Que as pessoas olhem para você e sejam
influenciadas por sua determinação e
compromisso em terminar a obra.”
Para Myrna Costa, uma dos três
vice-presidentes da divisão, a cerimônia
marcou um renovado comprometimento
com seu trabalho. “Para mim, isso coroa
minha experiência trabalhando para a
igreja; dá-me confiança de seguir em
frente, para fazer mais, e alcançar outros
alvos e níveis na causa”, testemunhou.
CERIMÔNIA ESPECIAL: Oito obreiros da Divisão Interamericana receberam
credenciais de ministros comissionados durante cerimônia especial na
Igreja Adventista do Sétimo Dia em Fort-de-France, Martinica.
S T E V E N S / I A D
Santos, coordenadora da Afam, com
13 anos de serviço; Cecilia Iglesias,
diretora do Ministério da Mulher, com
26 anos de serviço; Abel Marquez,
diretor associado de comunicação, com
18 anos de serviço; Louise Nocandy,
diretor do ministério jovem, com 30
anos de serviço; e Dinorah Rivera,
diretora do ministério infantil, com 28
anos de serviço.
Ella Smith Simmons, vice-presidente
da Associação Geral dos Adventistas
do Sétimo Dia, pronunciou uma mensagem especial durante a cerimônia
para a igreja repleta. Simmons refletiu
sobre Mateus 25:1-13 e sobre a necessidade de os candidatos estarem
constantemente cheios do poder do
Espírito Santo ao continuarem a serviço
da missão da igreja.
“Devemos brilhar como luzes;
devemos mostrá-la para benefício da
missão”, explicou Simmons. Ela também
incentivou os candidatos a serem
valorosos aos olhos de Deus e lhe disse
que o interior deve brilhar no exterior
da pessoa.
L I B N A
Em maio, foram concedidas credenciais de ministros comissionados a
cinco obreiros. Duas mulheres foram
comissionadas em 2006, sendo a primeira reunião de comissionamento do
gênero na Divisão Interamericana. No
total, agora há 15 homens e mulheres
comissionados como ministros ativos
na divisão e em sua casa publicadora.
“Esse é o mais alto reconhecimento
dado pela igreja aos obreiros não ministeriais, pois queremos que eles tenham
a certeza do reconhecimento ao seu trabalho no território da divisão”, declarou
o pastor Leito.
Segundo os regulamentos trabalhistas da igreja, sempre que a organização
empregadora achar prudente oferecer
credenciais de ministro para um obreiro,
é realizada uma cerimônia para conferir
oficialmente ao obreiro essa alta honra
de reconhecimento da organização
ao serviço. É também uma cerimônia
que estimula o obreiro a continuar em
direção ao cumprimento da missão por
meio do serviço organizacional.
Para ser indicado a receber credencial de ministro comissionado, o
obreiro deve trabalhar regularmente
para a igreja por mais de cinco anos e
ser capaz de demonstrar eficiência nas
responsabilidades a ele concedidas.
Os ministros comissionados podem
servir como pastores associados, instrutores bíblicos, tesoureiros, diretores de
departamentos, diretores associados e
assistentes de departamentos, capelães
de instituições, presidentes e vicepresidentes de instituições, auditores e
diretores dos Christian Record Services
International. De acordo com os Regulamentos Eclesiástico-Administrativos,
os ministros comissionados geralmente
não são candidatos à ordenação.
A cerimônia foi realizada para conferir oficialmente a credencial especial
aos obreiros Belkis Archbold, diretora
do ministério da saúde, com 31 anos
de serviço; Myrna Costa, vice-presidente, com 31 anos de serviço; Leticia
Centro de Mídia Russo Prega o
Evangelho há Vinte Anos
■ Já se passaram duas décadas desde
que o sinal do Centro de Mídia Voz de
Esperança, em Tula, Rússia, foi transmitido pela primeira vez no maior país
do mundo. “Isso não foi nada menos
do que um milagre, porque as estações
de rádio da União Soviética foram
construídas para difundir a propaganda
comunista e, agora, transmite programas cristãos”, explicou o diretor Sergey
Kuzmin. O centro de mídia começou
como um estúdio pequeno em uma
residência particular, e ao longo dos
anos transformou-se em um grande
A D V E N T I S TA
M U N D I A L
VOZES DA ESPERANÇA: Equipe do Centro de Mídia Voz da Esperança, em
Tula, Rússia, que recentemente comemorou seu vigésimo aniversário.
centro de mídia, com produção própria
de rádio e televisão. Sua escola por correspondência já processou mais de um
milhão de cartas e pacotes e já sediou
campanhas evangelísticas via satélite na
TV. Como resultado, milhares de pessoas conheceram a Cristo, e muitos deles
O aceitaram como Salvador pessoal.
Aproximadamente mil adventistas,
assim como representantes do governo
de Moscou, outras denominações e mídias religiosas compareceram à celebração de aniversário, realizada na Igreja
Adventista Central de Moscou. Todos os
artistas adventistas que se apresentaram
durante o evento, gravaram sua música
nos estúdios da Voz da Esperança, ao
longo dos anos.
“Nosso programa de rádio foi o primeiro programa religioso transmitido
na Rússia após a queda do comunismo
na União Soviética”, informou Peter
Kulakov, primeiro diretor da Voz da
Esperança.
A Rádio Mundial Adventista desempenhou um papel significativo nos vinte
anos de história do centro de mídia,
patrocinando o tempo de transmissão
na Rádio Russa e outras estações russas,
transmitindo programas pelas ondas
curtas de sua estação em Guam e começando podcasts russos este ano.
“Hoje, estamos fazendo nosso
melhor para que, por meio da rádio, da
televisão e da internet, a verdade bíblica
alcance os lugares mais remotos, não
apenas de nosso país, mas também de
todo o planeta”, afirmou Kuzmin.
R Á D I O
“Esta cerimônia significa reconhecimento”, disse Dinorah Rivera. “Ela
nos capacita a realizar a missão com
um selo.” E acrescentou que, embora a
credencial não mude suas responsabilidades, inspira e renova o compromisso
com a missão da igreja.
“Participar da cerimônia significa
a confirmação do chamado de Deus”,
asseverou Abel Marquez. “O fato de eu
estar recebendo essa credencial ministerial significa o maravilhoso privilégio de
saber que Deus me escolheu para servi-Lo
fielmente. O compromisso de trabalhar
para a igreja é uma alta honra.”
Em outros lugares do território, homens e mulheres receberam credenciais
de ministros comissionados, como na
região do Caribe e nas Índias Ocidentais.
Outras regiões administrativas da igreja
estão abertas para receber tais credenciais em futuro próximo.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia
na América Central é composta por
mais de 3,3 milhões de membros que
se reúnem em mais de 10.395 igrejas e
congregações. Administra dezenas de
instituições de saúde, escolas e companhias de alimentos saudáveis em todas
as 21 regiões administrativas da igreja.
– Reportagem de Libna Stevens, diretora
assistente de comunicação da Divisão
Interamericana.
Ouvintes como Franceska
Skorodumova estão respondendo. Ela
escreve da cidade de Novocherkassk,
na região de Rostov: “Gostaria de agradecer pelos maravilhosos programas.
Quando acordamos, a primeira coisa
que fazemos é ligar o rádio para ouvirmos seu novo programa. É com muito
prazer que ouvimos suas entrevistas e
conversas sobre Cristo, a Bíblia e a fé.
Sempre somos surpreendidos com a
nossa situação espiritual após ouvirmos
seus programas, pois é como se fôssemos ungidos com o azeite da cura.”
– Reportagem de Shelley Nolan Freesland,
Rádio Mundial Adventista.
Filipinas: Departamento de Educação
Especifica Direito à Observância
do Sábado
■ O Departamento de Educação do
governo das Filipinas recentemente
solidificou seu apoio à liberdade de
expressão religiosa para estudantes que
desejam ser liberados das atividades
escolares no sábado.
Um recente decreto do departamento permite que estudantes adventistas
do sétimo dia sejam liberados das
aulas e exames escolares aos sábados.
O decreto é uma sequência do memorando de janeiro de 2010, liberando os
membros da igreja adventista que trabalham no Departamento de Educação,
de participar de cursos de capacitação
profissional e de exames aos sábados.
“Sou muito grato por esse decreto e
tenho certeza de que nossos alunos vão
Janeiro 2011 | Adventist World
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A Igreja em Ação
NOTÍCIAS DO MUNDO
se alegrar com essa nova possibilidade”,
expressou-se Jonathan Católico, diretor
de relações públicas e liberdade religiosa
dos adventistas na região do Pacífico-Sul
Asiático.
Parte do decreto do dia 14 de outubro
de 2010 afirma o seguinte: “Funcionários
e alunos pertencentes a qualquer grupo
religioso em que o sábado é dia de
descanso não deve ser requisitado a participar de seminários, exames, aulas especiais, treinamentos ou outras atividades
escolares nesse dia.” O decreto também
determina que os alunos ausentes aos
sábados por motivo de culto religioso
não terão suas notas reduzidas.
Jonathan Católico dá o crédito ao
deputado Daryl Grace Abayon, que
recebeu reclamações de estudantes que
se sentiram excluídos do memorando de
janeiro. Abayon escreveu ao Secretário
de Educação Armin Luistro abordando
o assunto.
Vários alunos já usaram o decreto.
“Ele me ajudou a explicar aos meus
professores que os adventistas realizam
cultos aos sábados, e agora sou liberado
das minhas aulas nesse dia”, informou
Ralph Waldo Camay Realisan, aluno do
quarto ano da Young Achievers International School, em Manila.
Care Mae Aguirre, aluna da Escola de
Ensino Médio E. Rodriguez, declarou que
suas notas foram reduzidas após as aulas
aos sábados se tornarem obrigatórias,
no ano passado, depois de um período
escolar perdido após os tufões: “Esse
decreto é um grande alívio para os
alunos muito preocupados com seus
estudos”, acrescentou ela.
Seu pai, Eric Aguirre, testemunhou:
“Com esse decreto, como pais, não
teremos mais do que explicar aos professores. porque nossos filhos devem estar
na igreja e não na escola. Espero que, por
meio dele, possamos ensinar aos estudantes adventistas a serem fiéis na guarda
do sábado.”
– Reportagem de Ron Genebago, Rede
Adventista de Notícias
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Adventist World | Janeiro 2011
Ajuda a
Mineiros
Chilenos
Resulta em
Evento
Evangelístico
Dois dos mineiros resgatados
comparecem à campanha
de Robert Costa
D
ois dos mineiros resgatados do interior do solo a cerca
de 700 metros de profundidade, em Copiapó, Chile,
foram entrevistados por Robert Costa durante campanha
evangelística transmitida via satélite, em outubro de 2010,
realizada em Santiago, capital do país. O pastor Costa é evangelista
adventista e recentemente tornou-se secretário ministerial associado
da Associação Geral.
A série evangelística Tempo de Esperança foi realizada em Santiago
e transmitida via satélite para 17 mil locais diferentes. Estima-se que
cerca de dois milhões de pessoas assistiram aos programas, via satélite,
por TV a cabo ou gravados em DVD.
Uma atração importante nas reuniões foi a breve entrevista com
os dois mineiros. Embora ambos não sejam adventistas do sétimo dia,
os dois mineiros, inclusive Mário Sepulveda, sentem-se próximos do
pastor Carlos Parra Diaz, que conseguiu 33 Bíblias em miniatura para
serem enviadas lá embaixo para os mineiros presos. “Esse livro nos
trouxe esperança. Esperança de que algo bom iria acontecer”, disse um
dos mineiros.
O pastor Robert Costa também exibiu uma bandeira chilena
assinada por todos os mineiros, onde a gratidão é expressa a todos que
os encorajaram, incluindo o Asaf, um grupo musical adventista que
enviou seus CDs para os mineiros presos.
De cima para baixo:
BANDEIRA DE GRATIDÃO:
Uma bandeira assinada
pelos 33 mineiros chilenos
soterrados foi dedicada
ao Asaf, grupo musical
adventista. O pastor
adventista Carlos Parra
Diaz conseguiu Bíblias
em miniatura para
enviar aos mineiros, que
apreciaram sua ajuda.
EVANGELISTA NO CHILE: Robert Costa, agora secretário
ministerial associado da Associação Geral, com sua esposa
Nancy. Costa pregou na campanha evangelística em outubro
de 2010, em Santiago, Chile, transmitida via satélite, onde
dois mineiros resgatados falaram sobre sua experiência.
M A R K
Nesse período, os membros da família do primeiro
mineiro a ser resgatado da mina ficaram animados e surpresos
não apenas com o impacto de ver um membro da sua família
outra vez, mas de ver que muitos deles estavam usando
camisetas com mensagens espirituais.
A camiseta possuía a imagem de uma grande estrela
branca sobre um quadrado azul e vermelho, onde podia
ser lido: “Gracias, Señor!” (Obrigado, Senhor!). Acima estava
escrito: “Nas Suas mãos estão as profundezas da Terra, os
cumes dos montes Lhe pertencem [Sl 95:4]. A Deus seja a
honra e glória!”
Alberto Segovia, irmão de David Segovia, um dos 33
mineiros, ficou alegre e surpreso. Ele descreve: “Não
sabíamos que eles iriam sair vestindo as camisetas, só a roupa
verde do resgate. Mas quando saíram, e vimos a primeira
camiseta, fiquei surpreso.”
Segovia crê que o fato de terem usado a camiseta com
essa mensagem deixa claro que os mineiros estavam
emergindo da terra espiritualmente renovados. “David me
disse que assim que sair daqui, a primeira coisa que fará
é ir a uma igreja para agradecer a Deus”, declarou. “Não
éramos 33 pessoas no subsolo”, disse um dos mineiros ao
K E L L N E R / A D V E N T I S T
W O R L D
pastor Costa. “Éramos 34, porque Jesus estava conosco.”
No dia 5 de agosto um desabamento na mina San José,
em Copiapó, deixou 33 trabalhadores presos em uma
galeria, a cerca de 700 metros de profundidade. Após 17
dias, as equipes de resgate obtiveram sucesso conseguindo
contato com o grupo e, por meio de um bilhete enviado à
superfície, descobriram que todos estavam vivos. Dali em
diante, começou uma operação para retirá-los em segurança
da mina.
A escavação de um túnel foi completada em 33 dias,
quando os mineiros foram alcançados. O processo terminou
no sábado, quando a máquina de perfurar alcançou o
refúgio onde estavam. Após essa etapa, a equipe de resgate
decidiu reforçar o túnel, embora parcialmente, para
aumentar a segurança antes de retirá-los. Os mineiros
foram colocados na cápsula Fênix II, cujo diâmetro era de
aproximadamente 53 centímetros, para fazer a viagem rumo
à liberdade.
– Reportagem de Mark A. Kellner, editor de notícias da
Adventist World, com informação adicional de Felipe Lemos,
da Divisão Sul-Americana.
Janeiro 2011 | Adventist World
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A R T I G O D E C A PA
D
eus chamou, de forma singular,
a Igreja Adventista do Sétimo
Dia para viver e proclamar Sua
mensagem de amor e verdade para os
últimos dias do mundo (Ap 14:6-12).
O desafio de alcançar os mais de seis
bilhões de pessoas no planeta Terra com
Sua mensagem para o tempo do fim
parece impossível. A tarefa é esmagadora.
De uma perspectiva humana, o rápido
cumprimento da Grande Comissão de
Cristo, em algum momento próximo,
parece improvável (Mt 28:19, 20).
A taxa de crescimento da Igreja
simplesmente não está acompanhando
o crescimento da população mundial.
Uma avaliação honesta de nosso impacto
evangelístico atual no mundo leva à
conclusão de que, a não ser que haja uma
mudança dramática, não concluiremos
a comissão celestial nesta geração. A despeito de nossos melhores esforços, todos
os nossos planos, estratégias e recursos
são incapazes de concluir a missão dada
por Deus para Sua glória na Terra.
O
Dom Prome
Promessa de Cristo à Sua Igreja
do Novo Testamento
O desafio de levar o evangelho
ao mundo não é novo. Os discípulos
enfrentaram esse desafio no primeiro
século, e nós o enfrentamos no século 21.
A igreja do Novo Testamento foi, aparentemente, confrontada com uma tarefa
impossível. Porém, dotada do poder do
Espírito Santo, a igreja teve um crescimento explosivo (At 2:41; 4:4; 6:7; 9:31).
Os primeiros cristãos compartilharam
sua fé em todas as partes (At 5:42).
A graça de Deus transbordou do
coração deles para sua família, amigos
e colegas de trabalho. Apenas poucas
décadas depois da crucifixão, o apóstolo
Paulo relatou que o evangelho “foi
pregado a toda criatura debaixo do
céu” (Cl 1:23). Como foi possível a um
desconhecido grupo de crentes relativamente insignificante exercer impacto
no mundo em um período tão curto
de tempo? Como tão poucos cristãos
puderam ser usados por Deus para
transformar o mundo para sempre?
D AV I D
8
Adventist World | Janeiro 2011
B .
S H E R W I N
etido
por
Apelo
eus
urgente por
reavivamento,
reforma,
discipulado e
evangelismo.
A Grande Comissão de Cristo foi
acompanhada de Sua grande promessa.
O Salvador “determinou-lhes que não
se ausentassem de Jerusalém, mas que
esperassem a promessa do Pai” (At 1:4).
E também prometeu: “Mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis Minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda
a Judeia e Samaria, e até os confins da
Terra” (At 1:8).
O amor de Cristo controlava cada
aspecto da vida dos discípulos e os
levava a um compromisso fervoroso
com Seu serviço. Eles rogaram a Deus
o poder prometido do Espírito Santo e
prostraram-se diante dEle em sincera
confissão e fervoroso arrependimento.
Davam prioridade à busca das bênçãos
de Deus e dedicavam tempo para a oração e para o estudo das Escrituras. Suas
mesquinhas diferenças foram absorvidas
por seu desejo todo abrangente de compartilhar o amor de Cristo com todos a
seu redor e de alcançar o mundo com o
evangelho. Nada era mais importante.
Eles reconheceram que eram incapazes
de cumprir a missão sem o poderoso
derramamento do Espírito Santo.
Descrevendo a experiência dos discípulos, Ellen G. White escreveu: “Pondo
de parte todas as divergências, todo o
desejo de supremacia, uniram-se em
íntima comunhão cristã. [...] A tristeza
lhes inundava o coração ao se lembrarem
de quantas vezes O haviam mortificado
por terem sido tardos de compreensão,
falhos em entender as lições que, para seu
bem, estivera buscando ensinar-lhes. [...]
Os discípulos sentiram sua necessidade
espiritual, e suplicaram do Senhor a santa
unção que os devia capacitar para o
trabalho de salvar almas. Não suplicaram
essas bênçãos apenas para si. Sentiam
a responsabilidade que lhes cabia nessa
obra de salvação de almas. Compreendiam
que o evangelho devia ser proclamado ao
mundo, e reclamavam o poder que Cristo
prometera” (Atos dos Apóstolos, p. 37).
Cristo cumpriu Sua palavra. O
Espírito Santo foi derramado no poder
pentecostal. Milhares se converteram
em um dia. A mensagem do amor de
Cristo exerceu impacto no mundo. Em
um curto período de tempo, o nome
de Jesus Cristo estava nos lábios de
homens e mulheres em todas as partes.
“Mediante a cooperação do Espírito
divino, os apóstolos fizeram uma obra
que abalou o mundo. O evangelho foi
levado a todas as nações numa única
geração” (Atos dos Apóstolos, p. 593).
A Promessa de Cristo para a
Igreja do Tempo do Fim
O derramamento do Espírito Santo
no Pentecostes, na chuva temporã, foi
apenas um prelúdio do que está para
acontecer. Deus prometeu derramar
Seu Espírito Santo em abundância nos
últimos dias (Jl 2:23; Zc 10:1). A Terra
será iluminada “com Sua glória” (Ap 18:1)
e a obra de Deus neste mundo será
rapidamente concluída (Mt 24:14;
Rm 9:28). A Igreja experimentará um
reavivamento espiritual e a plenitude
do poder do Espírito Santo como nunca
ocorreu antes em sua história. Falando
do derramamento do Espírito Santo no
Pentecostes, Pedro nos dá esta certeza:
“Pois para vós outros é a promessa,
para vossos filhos e para todos os que
ainda estão longe, isto é, para quantos o
Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2:39).
Ellen G. White acrescenta: “Antes de os
juízos finais de Deus caírem sobre a Terra,
haverá, entre o povo do Senhor, tal
avivamento da primitiva piedade como
não fora testemunhado desde os tempos
apostólicos. O Espírito e o poder de
Deus serão derramados sobre Seus
filhos. Naquele tempo, muitos se separarão das igrejas em que o amor deste
mundo suplantou o amor a Deus e à Sua
Palavra. Muitos, tanto pastores como
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9
A R T I G O D E C A PA
leigos, aceitarão alegremente as grandes
verdades que Deus providenciou fossem
proclamadas no tempo presente, a fim de
preparar um povo para a segunda vinda
do Senhor” (O Grande Conflito, p. 464).
Centenas de milhares de pessoas
aceitarão a mensagem dos últimos dias,
dada por Deus, mediante o ensino e a
pregação de Sua Palavra. Oração, estudo
da Bíblia e testemunho são os elementos
de todo verdadeiro reavivamento.
A manifestação do Espírito Santo se
intensificará à medida que o fim se
aproxima. “Ao avizinhar-se o fim da
ceifa da Terra, uma especial concessão
de graça espiritual é prometida a fim de
preparar a igreja para a vinda do Filho
do homem” (Atos dos Apóstolos, p. 55).
“Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência.
Operar-se-ão prodígios, os doentes serão
curados, e sinais e maravilhas seguirão
aos crentes” (O Grande Conflito, p. 612).
Não há nada mais importante do
que conhecer Jesus, estudar Sua Palavra,
compreender Sua verdade e buscar Sua
promessa do derramamento do poder
do Espírito Santo na chuva serôdia para
o cumprimento da comissão evangélica.
A profetisa de Deus para o remanescente
nos últimos dias escreveu de forma muito
clara para ser mal compreendida que
“um reavivamento da verdadeira piedade
entre nós, eis a maior e a mais urgente de
todas as nossas necessidades. Buscá-lo,
deve ser nossa primeira ocupação”
(Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 121).
Se um verdadeiro reavivamento
espiritual é a maior e a mais urgente de
nossas necessidades, não deveríamos,
como líderes, dar prioridade à busca
da bênção prometida pelo Céu, com
todo o nosso coração?
Nossa Grande Necessidade:
Reavivamento e Reforma
Quando buscamos Jesus, Ele nos
preenche com Sua presença e poder
mediante a dádiva do Espírito Santo.
Anelamos por conhecê-Lo melhor e
o Espírito Santo reaviva as faculdades
espirituais adormecidas da alma. Não
10
Adventist World | Janeiro 2011
há nada que desejemos mais do que
ter um relacionamento profundo e
transformador com Jesus. O coração
reavivado experimenta uma conexão
vital com Jesus mediante a oração e a
Palavra, e a reforma é a mudança correspondente que ocorre em nossa vida
como resultado do reavivamento.
“Precisa haver um reavivamento
e uma reforma, sob a ministração do
Espírito Santo. Reavivamento e reforma
são duas coisas diversas. Reavivamento
significa renovação da vida espiritual,
um avivamento das faculdades da mente
e do coração, uma ressurreição da morte
espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e
teorias, hábitos e práticas. A reforma não
trará o bom fruto da justiça a menos
que seja ligada com o reavivamento do
Espírito. Reavivamento e reforma devem
efetuar a obra que lhes é designada,
e no realizá-la, precisam fundir-se”
(Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128). A
reforma não é manifestada com uma
atitude de justiça própria que condena
outros. É a transformação do caráter
que revela os frutos do Espírito na vida
(Gl 5:22-24). A obediência à vontade
de Deus é evidência de todo verdadeiro
reavivamento. Nosso Senhor anela por
um povo reavivado, cuja vida reflita a
amabilidade de Seu caráter. Não há nada
que Jesus anseie mais do que um povo
desejoso de conhecer pessoalmente Seu
amor e compartilhá-lo com os outros.
Compromisso e Apelo
Como líderes e representantes
da Igreja Adventista do Sétimo Dia
reunidos na sua sede mundial em Silver
Spring, Maryland, Estados Unidos da
América, para o Concílio Anual de
2010, agradecemos a nosso grande e
maravilhoso Deus por Sua fidelidade
e bênçãos abundantes à Sua Igreja,
desde seu início. A rápida expansão
mundial de Sua Igreja, em membros e
em instituições, é simplesmente um
milagre de Deus. Embora O louvemos
pela obra maravilhosa de cumprir Seu
propósito por meio de Sua Igreja, e Lhe
agradeçamos pelos líderes piedosos que
guiaram Seu povo no passado, reconhecemos humildemente que, devido
às nossas fragilidades humanas, até
mesmo nossos melhores esforços são
maculados pelo pecado e necessitam de
purificação por meio da graça de Cristo.
Reconhecemos que nem sempre temos
dado prioridade ao dever de buscar a
Deus pela oração e em Sua Palavra pelo
derramamento do poder do Espírito
Santo na chuva serôdia. Humildemente
confessamos que, em nossa vida pessoal,
em nossas práticas administrativas e nas
reuniões das comissões, com frequência,
temos agido com nossas próprias forças.
“Nosso
maior
anseio é
que Jesus
volte”
J E S P E R
N O E R
R e a v i v a mento e R e f o r m a
Muitas vezes, a missão de Deus de salvar
o mundo perdido não tem ocupado o
primeiro lugar em nosso coração. Às
vezes, em nossa intensa busca por fazer
boas coisas, temos negligenciado o mais
importante: conhecer a Deus. Com
frequência, ambições mesquinhas, inveja
e relacionamentos pessoais fragilizados
têm subjugado nosso anelo pelo reavivamento e pela reforma e nos levado a
trabalhar em nossa força humana, em
vez de na força de Seu divino poder.
Aceitamos a clara instrução de nosso
Senhor de que “o tempo decorrido não
operou nenhuma mudança na promessa
dada por Cristo ao partir, promessa essa
de enviar o Espírito Santo como Seu
representante. Não é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas
de Sua graça não fluem para a Terra em
favor dos homens. Se o cumprimento
da promessa não é visto como poderia
ser, é porque a promessa não é apreciada
como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito”
(Atos dos Apóstolos, p. 50).
Confiamos no fato de que todo o
Céu espera derramar o Espírito Santo,
com poder infinito, para a conclusão da
obra de Deus na Terra. Reconhecemos
que a vinda de Jesus tem sido atrasada e
que o anelo de nosso Senhor era ter vindo
décadas atrás. Arrependemo-nos de nossa
indiferença, de nosso mundanismo e
de nossa falta de paixão por Cristo e Sua
missão. Sentimos que Cristo nos chama
a um relacionamento profundo com
Ele, mediante oração e estudo da Bíblia,
e a um mais ardente compromisso
de transmitir Sua mensagem para os
últimos dias ao mundo. Regozijamo-nos
de que “é privilégio de todo cristão não
somente aguardar, mas apressar a vinda
do Salvador” (Atos dos Apóstolos, p. 600).
Assim sendo, como representantes
da Igreja mundial e em nome de todos
os membros, comprometemo-nos a:
1. Pessoalmente dar prioridade ao dever
de buscar a Deus para um reavivamento
espiritual e o derramamento do Espírito
Santo, no poder da chuva serôdia, em
nossa vida, família e ministério.
2. Individualmente dedicar tempo
significativo, a cada dia, para manter
comunhão com Cristo mediante a oração
e o estudo da Palavra de Deus.
3. Examinar nosso coração e pedir ao
Espírito Santo para nos convencer de
tudo que nos esteja impedindo de
revelar o caráter de Jesus. Desejamos ter
um coração disposto a fim de que nada
em nossa vida impeça a plenitude do
poder do Espírito Santo.
4. Incentivar os ministros da Igreja a
dedicar tempo à oração, ao estudo da
Palavra de Deus e a buscar o coração
de Deus, a fim de compreenderem Seus
planos para Sua Igreja.
5. Incentivar cada uma das organizações da Igreja a separar tempo para que
os administradores, pastores, obreiros
da saúde, das publicações, educadores,
estudantes e todos os colaboradores
busquem a Jesus e o prometido derramamento do Espírito Santo mediante o
estudo da Palavra de Deus e da oração.
6. Priorizar o Seminário de Enriquecimento Espiritual e a Jornada Espiritual
como meios de envolver os membros,
servidores da Igreja e instituições em
um forte movimento de comunhão
e reavivamento, buscando a Deus na
primeira hora de cada dia.
7. Usar cada mídia disponível, bem
como diferentes reuniões, seminários
e programas para apelar aos membros
da Igreja a buscar um relacionamento
profundo com Jesus, com vistas ao
reavivamento e à reforma prometidos.
8. Urgentemente apelar e convidar
todos os membros da Igreja a se unir
a nós no abrir o coração ao poder
transformador da vida, que é o Espírito
Santo, o qual transformará nossa vida,
nossa família, nossas organizações e
nossas comunidades.
Especialmente, reconhecemos que
Deus usará as crianças e os jovens
neste último e poderoso reavivamento
e encorajará todos os nossos jovens
a participar na busca de Deus para o
reavivamento espiritual em sua vida e
a capacitação do Espírito Santo para
compartilhar sua fé com outros.
Apelamos a cada membro de igreja
a se unir aos líderes da Igreja e a
milhões de outros adventistas do sétimo
dia, buscando um relacionamento mais
profundo com Jesus e o derramamento
do Espírito Santo na primeira hora
de cada dia, e também participando
da corrente mundial de oração às sete
horas de cada manhã ou tarde, sete dias
na semana. Esse é um apelo urgente
que deve alcançar todo o nosso território e circundar o globo com sincera
intercessão. Esse é o chamado para um
compromisso total com Jesus e para
experimentar o poder transformador
de vidas do Espírito Santo, e que nosso
Senhor anela nos dar agora.
Cremos que o propósito do derramamento do Espírito Santo no poder da
chuva serôdia é concluir a missão de Cristo
na Terra, a fim de que Ele possa vir em
breve. Reconhecendo que nosso Senhor
somente derramará Seu Espírito, em Sua
plenitude, sobre uma igreja que tiver paixão pelas pessoas perdidas, determinamos
apresentar e manter o reavivamento, a
reforma, o discipulado e o evangelismo
no topo de todas as nossas agendas de
atividades da Igreja. Mais do que tudo o
mais, anelamos pela vinda de Jesus.
Apelamos a cada administrador, líder
de departamento, obreiro institucional,
obreiro da saúde, colportor, capelão,
pastor e membro da Igreja a se unir a
nós em tornar o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo as
prioridades mais urgentes e importantes
de nossa vida pessoal e em nossas áreas
no ministério. Estamos certos de que, ao
buscarmos a Deus juntos, Ele derramará
Seu Espírito Santo sem medida, a obra de
Deus na Terra será concluída e Jesus virá.
Juntamente com o idoso apóstolo João,
na Ilha de Patmos, clamamos: “Vem,
Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
Documento votado no Concílio Anual
da Associação Geral em 11 de outubro
de 2010, um chamado ao reavivamento,
reforma, discipulado e evangelismo entre
os líderes e membros em todo o mundo.
– Os Editores
Janeiro 2011 | Adventist World
11
D E V O C I O N A L
A
quela tinha sido uma época de
profunda escuridão para o povo
de Deus.
Com Jerusalém em ruínas, o Templo
destruído e a maioria do povo exilado
na Babilônia, parecia não haver esperança para tal situação. Deus, porém, fez
o impossível. Babilônia caiu e o novo
superpoder da Medo-Pérsia permitiu
que o povo de Deus retornasse ao lar –
a Terra Prometida – em um segundo
êxodo. O Senhor “despertou o espírito
governo era boa, seus filhos podiam
frequentar ótimas universidades, e o
que poderiam esperar encontrar se eles
retornassem? Uma cidade destruída,
campos abandonados, vizinhos não
amigáveis e um lugar perigoso localizado na borda do império entre o Egito e
a Mesopotâmia.
Quando lemos os primeiros capítulos
do livro de Esdras, reconhecemos imediatamente a grandeza da tarefa e
os muitos problemas (veja Ed 3-7).
A
(Ed 6:13-22). A partir de então, contudo,
há um silêncio de muitas décadas.
Saltamos para o ano 445 a.C., aproximadamente 70 anos depois da reconstrução
do Templo, e Jerusalém enfrenta dificuldades. Neemias, um oficial de alto escalão da corte persa, recebe as más notícias
sobre Jerusalém, e em uma das grandes
orações da Bíblia, apresenta ao Senhor
sua angústia (Ne 1:1-11). Ele confessa
seus pecados e os do povo, mas também
clama pelas promessas divinas de
História de
Por Gerald A. Klingbeil
Neemias
Lições de um
reavivamento
bíblico
de Ciro” (Ed 1:1),* o rei persa. E quando
Deus move um coração, quem pode
deixar de responder?
Início Difícil
Com base em documentos extrabíblicos, listas de nomes, selos e
outras inscrições, estudiosos calculam
que as aproximadamente 50 mil
pessoas (Ed 2:64) que retornaram com
Zorobabel representavam somente
um pequeno número dos judeus que
então viviam no Império Medo-Persa.1
Muitos estavam estabelecidos e não
queriam mudar-se de lá. As prestações
de suas casas já estavam quase completamente quitadas. A vida sob o novo
12
Adventist World | Janeiro 2011
Contudo, um olhar mais atento sobre
a questão revela que o problema era
maior do que uma cidade destruída e a
grande oposição vinda de fora. O profeta
Ageu diz que os que estavam retornando
tinham um problema espiritual: eles
tinham prioridades distorcidas, mundanismo, egoísmo – e logo tiveram que
reconhecer que, se não pusessem o mais
importante em primeiro lugar, seus
esforços seriam em vão (Ag 1:2-11).
Neemias entra em cena
A Bíblia narra que o Templo foi por
fim reconstruído cerca de 20 anos após
o retorno do exílio e que a comunidade
judaica comemorou sua primeira Páscoa
renovação e transformação (versos 8, 9).
Enquanto ora, reconhece que ele não
é apenas parte do problema (veja sua
confissão), mas necessita ser também
parte da solução de Deus.
Ainda em oração, com coração
temeroso e joelhos trêmulos, Neemias
se dirige a seu chefe, que é inclusive
um monarca absoluto cujo simples ato
ou palavra é suficiente para exterminar
a vida de alguém em um instante.
Deus opera outro milagre e Neemias
deixa a Pérsia, ocupando um cargo
oficial do governo, com poder outorgado pelo rei persa. Com esse apoio,
tem o que necessita para fazer as coisas
acontecerem.
R e a v i v a mento e R e f o r m a
Reavivamento em Jerusalém
Jerusalém está desprotegida, seus
muros destruídos e abandonados,
seus vizinhos hostis zombando dela.
Neemias inspeciona as ruínas em uma
operação secreta noturna (Ne 2:11-16)
e então começa a trabalhar. Contudo,
percebe que essa grande obra requer uma
comunidade e, ao descrever para a corte
persa a bênção recebida pouco antes,
Neemias convida os líderes para que se
unam à grande obra de reconstrução
capacidade de concentração devia ser
maior naqueles tempos.
Uma das palavras-chave desse encontro de reavivamento é entender, que
aparece seis vezes (8:2, 3, 7, 8, 9, 12) ao
longo do capítulo. Homens e mulheres,
jovens e idosos entenderam que sua vida
não estava em harmonia com a Palavra
de Deus. Eles choraram e lamentaram
tanto (Ne 8:9) que Esdras e Neemias
precisaram relembrá-los sobre o poder
da graça de Deus. Neemias enfatizou que
a alegria do Senhor era sua força (Ne
8:10), assim como é nossa também.
O Que Podemos Aprender?
A M Y
B U R T O N
dos muros de Jerusalém (Ne 2:17-20).
Você sabe como era a determinação
de Neemias. Nada e ninguém vai
impedi-lo; e, para a glória de Deus, os
muros de Jerusalém foram reconstruídos
em tempo recorde (veja Ne 3, 4, 6, 7).
Mas reavivamento e reforma não se
tratam somente de ação. É necessário
voltar aos fundamentos. Ao continuarmos na leitura da história de Neemias,
testemunhamos uma grande assembleia pública em Jerusalém durante
o sétimo mês.2 Esdras, o sacerdote,
reaparece na história e lê a Torá, a lei,
muito provavelmente o Pentateuco
(Ne 8:1-3), revezando com outros
levitas. Todos ouvem por horas – a
Algo importante aconteceu naquele
dia em Jerusalém: naquele reavivamento as pessoas perceberam que Deus e o
pecado não andam juntos; e isso resultou também em relações transformadas entre os membros da comunidade
pós-exílica. Estas são algumas lições
que podemos extrair do reavivamento
de Neemias:
1. O reavivamento não é um evento
que acontece uma só vez, mas é uma
decisão constante e consciente. Lemos
a respeito de outros reavivamentos na
comunidade pós-exílica (ex. Ed 3 e 10),
e antes disso temos muitos exemplos de
reavivamento em épocas anteriores. O
reavivamento precisa ser um compromisso diário.
2. O reavivamento deve estar baseado nas Escrituras, e não em emoções e
música de fundo adequada ou dinâmica
de grupo. Quando o povo de Deus
se depara face a face com a revelação
divina, olha no espelho da Palavra de
Deus e reconhece quem realmente é
(sim, somos pecadores), o reavivamento
acontece.
3. O reavivamento entre o povo
de Deus envolve uma comunidade:
homens e mulheres, jovens e velhos,
ricos e pobres – todos se uniram para
ouvir a Palavra – e responderam como
comunidade. Mesmo que seja verdade
que o reavivamento pessoal é um compromisso diário, há momentos-chave
na vida de uma igreja em que a força
propulsora do reavivamento pessoal é o
que leva ao reavivamento do grupo.
4. O reavivamento não está focado
no líder. Sim, Neemias e Esdras foram
líderes fortes e se importaram muito
com Jerusalém e seus problemas. Mas
conseguiram ir adiante somente quando os outros entenderam e assumiram o
mesmo propósito. Eles conduziram, mas
não geraram o reavivamento.
5. O reavivamento tem uma visão
ampla e evita distrações externas. Tenho
certeza de que os inimigos de Jerusalém
queriam que a cidade se concentrasse
em seus problemas. No entanto, em
vez disso, a comunidade de fé dirigiu
sua atenção à Palavra de Deus e à Sua
mensagem para aquele momento.
Restaura-nos, ó Deus!
Você sente necessidade dessa renovação pessoal em sua vida espiritual? O seu
tempo dedicado às Escrituras e à oração
anda limitado pelos muitos compromissos (por bons que sejam) e agenda
cheia? A história de Neemias, ainda que
pessoal, é de grande alcance. Ele deve ter
lido com frequência nos Salmos sobre
esse Deus restaurador: “Restaura-nos ó
Deus! Faze resplandecer sobre nós o Teu
rosto, para que sejamos salvos” (Sl 80:3).
E Deus realmente fez resplandecer Seu
rosto sobre Seu povo – e está pronto a
fazê-lo novamente.
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão
Internacional.
Veja Laurie E. Pearce, “New Evidence for Judeans in Babylonia”,
em Judah and the Judeans in the Persian Period, ed. Oded
Lipschits e Manfred Oeming (Winona Lake, IN: Eisenbrauns,
2006), p. 399-412, e a bibliografia complementar lá presente.
2
O mês sétimo do Antigo Testamento, que corresponde a
setembro/outubro do nosso calendário, é importante no sistema
religioso judaico. Três eventos significativos acontecem nesse
mês: a Festa das Trombetas (Lv 23:24), o Dia da Expiação
(Lv 23:27) e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:34). Trata-se
realmente de um mês de reavivamento e reforma.
1
Gerald A. Klingbell é
editor associado da
revista Adventist World
e vive com sua esposa
Chantal e três filhas em Silver Spring,
Maryland, EUA.
Janeiro 2011 | Adventist World
13
C O N V I T E
A
presença de Deus foi sentida de maneira acentuada
durante a reunião do Concílio Anual dos representantes
da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, entre
os dias 8 e 13 de outubro de 2010, na sede da
Associação Geral. Vários delegados falaram sobre o expressivo
impacto espiritual que essas reuniões causaram em sua vida.
O tema do Concílio foi “Reavivamento para a Missão”.
O principal item da agenda foi a ênfase no reavivamento,
reforma, discipulado e evangelismo. Além da mensagem
devocional de cada manhã, houve vários períodos de fervorosa oração durante o dia e reuniões de testemunhos
preparando o ambiente para que o Espírito Santo trabalhasse poderosamente. Os delegados votaram um importante documento intitulado: “O Dom Prometido por Deus:
Um Apelo Urgente ao Reavivamento, Reforma, Discipulado
e Evangelismo.” É evidente que Deus atuou de maneira especial. Mas isso nos leva a algumas perguntas: Quais são as características de um verdadeiro reavivamento? Existe o perigo
de sermos enganados por falsos reavivamentos? Qual é o
objetivo final do reavivamento? Como o documento do
Concílio Anual sobre o tema pode ser aplicado às divisões,
uniões, associações, igrejas locais e em nossa própria vida?
Por
Ted N. C. Wilson,
Mark Finley, Armando
Miranda, e Jerry Page
Não
Por Que
Agora?
Características do Verdadeiro Reavivamento
Todo reavivamento verdadeiro é caracterizado por três
elementos: oração sincera, profundo estudo da Bíblia e
compromisso apaixonado por ganhar pessoas perdidas. Essas
três características essenciais do reavivamento verdadeiro
foram manifestadas na vida dos discípulos no livro de Atos
dos Apóstolos. Quando Jesus prometeu o derramamento do
Espírito, Ele apresentou algumas condições. Os discípulos não
deviam esperar ociosos, mas unidos em sincera oração e súplica. E assim eles fizeram. O livro de Atos registra que “todos
eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive
Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dEle” (At 1:14).*
No momento exato, quando o Redentor foi exaltado
perante o trono de Deus e a aceitação de Seu sacrifício reconhecida pelo Pai diante de todo o Universo, o Espírito Santo
veio em Sua plenitude. Como no tempo dos discípulos, somos
assim aconselhados: “Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir
as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento
em resposta à oração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas,
v. 1, p. 121). Sem a capacitação do Espírito Santo, por meio
da oração, somos impotentes para enfrentar as tentações de
Satanás e incapazes de ser testemunhas eficazes do Mestre.
Os discípulos ficaram imersos na oração e estudo da
Palavra de Deus. O sermão de Pedro no dia do Pentecostes
foi uma apresentação magistral sobre as evidências de Jesus
como o Messias, baseada no Antigo Testamento. As três mil
pessoas batizadas naquele dia “se dedicavam ao ensino e à
comunhão, ao partir do pão e às orações” (At 2:42). Os
14
Adventist World | Janeiro 2011
C H A R L I E
B A L C H
R e a v i v a mento e R e f o r m a
discípulos “anunciavam corajosamente a palavra de Deus”
(At 4:31) e se dedicavam continuamente “à oração e ao ministério da palavra” (At 6:4). “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos” (verso 7).
A autoridade das verdades das Escrituras é a base para
todo reavivamento e reforma. Todo verdadeiro reavivamento
é ancorado na Palavra de Deus. “Nada há melhor para dar
vigor à mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da
Palavra de Deus. Nenhum outro livro é tão poderoso para
elevar os pensamentos, para dar vigor às faculdades, como as
amplas e enobrecedoras verdades da Bíblia” (Ellen G. White,
Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 460). Ao lermos
a Bíblia e meditarmos nela, seremos guiados pelo mesmo
Espírito Santo que inspirou seus escritores.
O objetivo de nossa oração e vida devocional não deve ser
alcançar um grau de santidade que nos torne superiores aos
outros. Ao contrário, essa prática nos ajuda a perceber nossa
necessidade de nos humilhar diante do Senhor para receber
Sua justiça, graça, sabedoria e força. Ele nos capacita a revelar
o amoroso caráter de Jesus aos outros e sermos poderosas
testemunhas de Sua graça e verdade. A vida dos discípulos
era centralizada na missão. O livro Atos dos Apóstolos começa
com as seguintes palavras: “A igreja é o instrumento apontado
por Deus para a salvação dos seres humanos. Foi organizada
para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (p. 9).
Os “discípulos oraram com intenso fervor para serem
habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário,
falar palavras que levassem os pecadores a Cristo” (ibid., p. 37).
Oração sem o claro objetivo de missão leva à justiça própria e
ao orgulho farisaico. Missão sem oração leva ao testemunho
impotente e ineficaz. Oração e missão sem ter como base a
Palavra de Deus e sua verdade, criam o ambiente para aberrações doutrinárias e heresias. Oração, missão e estudo da Bíblia
são as características de todo verdadeiro reavivamento.
O chamado ao reavivamento do Concílio Anual é o chamado do Espírito Santo para uma experiência mais profunda
com Jesus na expectativa do poder da chuva serôdia para a
proclamação final das três mensagens angélicas (Ap 14:6-12).
O atual chamado ao reavivamento não significa que no
passado o Espírito Santo não guiou, instruiu e capacitou Sua
igreja. Sem dúvida, Ele agiu e continuará agindo. O notável
índice de crescimento da igreja nos últimos anos, com mais
de um milhão de conversos por ano, e a fidelidade do povo
de Deus são indicadores visíveis das bênçãos de Deus. No
entanto, tudo o que o Espírito Santo fez para e por meio de
Seu povo no passado não é suficiente para hoje.
O Espírito Santo nos chama agora a uma experiência
renovada. Necessitamos da capacitação do Espírito Santo para
realizarmos a missão final neste período crítico da história
da Terra, pouco antes da segunda vinda de Cristo. Por muitos
anos, Deus tem desejado enviar a chuva serôdia sobre Sua igreja
remanescente. Isso depende de nossa submissão e humildade
perante o Senhor, pedindo perdão por nosso orgulho e
egoísmo. É-nos dito que “a descida do Espírito Santo sobre a
igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio
da igreja tê-la agora. Busquem-na, orem por ela, creiam nela.
Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la”(Ellen G.
White, Evangelismo, p. 701).
Nosso Senhor apela urgentemente a cada membro da
igreja que desenvolva um relacionamento mais profundo
com Ele pela oração, e pelo estudo da Bíblia e dos escritos de
Ellen G. White. Ele nos chama a um comprometimento mais
profundo com o testemunho e com o evangelismo. Ele nos
convida a buscar a unção do Espírito Santo para obtermos o
poder da chuva serôdia para terminarmos Sua obra na Terra.
A missão de Deus deve ser realizada no poder de Deus
(veja Zc 10:1; Rm 9:28; Ap 18:1).
Verdadeiros e Falsos Reavivamentos
O inimigo odeia reavivamento. Ele fará o que lhe for possível para evitar o reavivamento entre o povo de Deus. O inimigo
sabe que ao ser derramado o Espírito Santo no poder da chuva
serôdia, o trabalho de Deus será concluído na Terra. “Não há
coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus
desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito
sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente.
Se Satanás pudesse fazer o que quisesse, nunca haveria outro
despertamento, grande ou pequeno, até o fim do tempo”
(Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 124). Os frutos do
verdadeiro reavivamento são revelados no caráter transformado
que apresenta os frutos do Espírito Santo (Gl 5:22-24).
O verdadeiro reavivamento leva homens e mulheres a
revelar na vida, os frutos do Espírito Santo. Não existe
reavivamento sem arrependimento, confissão e obediência à
vontade de Deus revelada em Sua Palavra. O reavivamento
superficial, centralizado principalmente em sinais miraculosos, manifestações físicas e maravilhas, é enganoso. Deus
pode e opera milagres. Haverá grandiosa manifestação do
poder do Espírito Santo nos últimos dias. Aí, porém, está o
ponto: o principal objetivo do reavivamento não são os
milagres; é a revelação do amoroso caráter de Jesus em
nossa vida e o desejo de compartilhar Seu amor e verdade
com os outros. Porque Satanás odeia Jesus, também odeia
aqueles que desejam testemunhar e ser semelhantes a Ele.
Ao longo da história do cristianismo, desde Atos dos
Apóstolos, passando pela Reforma e até o movimento
adventista, o inimigo tem tentado neutralizar a influência
dos movimentos de reavivamento ungidos pelo Céu. “Ele
[Satanás] está trabalhando com todo o seu poder insinuante
Ted N. C. Wilson é o presidente da Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo dia, Mark Finley é assistente do presidente
para o evangelismo, Armando Miranda é vice-presidente geral e
Jerry Page é diretor do Departamento Ministerial.
Janeiro 2011 | Adventist World
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C O N V I T E
demonstração emocional. Está centrado em Jesus e Sua Palavra,
e encontra expressão no testemunho e no serviço.
Cremos que o sonho de
Deus de completar Sua obra
será logo realizado.
O L I V I A
M A D A K O R
O Objetivo de Deus para Todo Reavivamento
e enganador, para desviar as pessoas da mensagem do terceiro
anjo, que deve ser proclamada com forte poder. Se Satanás vê
que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para
discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatismo de um lado e frio formalismo
de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas”
(Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 19).
Quando acontece o genuíno reavivamento, as igrejas “petrificadas pelo formalismo” são incendiadas com uma nova vida
em Cristo. A “forma de piedade” que caracteriza a complacência
de Laodiceia em tantas igrejas dá lugar à oração sincera, sério
estudo da Bíblia e entusiasmado testemunho. Nos reavivamentos
genuinamente guiados pelo Espírito Santo, o povo de Deus não
é apanhado em euforia emocional e entusiasmado com sinais e
maravilhas. Eles estão apaixonados por Jesus, comprometidos
com a verdade de Sua Palavra e desejosos de compartilhar Jesus
e Suas verdades para o tempo do fim. Em outras palavras, o
verdadeiro reavivamento ordenado pelo Céu é equilibrado e
não de comportamento extremista e fanático ou somente de
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Adventist World | Janeiro 2011
“Para quê um reavivamento?” A resposta é: o propósito de
todo reavivamento é conhecer melhor a Deus para que possamos
compartilhá-Lo mais com outras pessoas. O objetivo do
reavivamento não é que a igreja tenha uma experiência espiritual
mais efervescente ou eufórica. O reavivamento proporciona
a motivação e o poder para a missão. Quanto mais amamos a
Jesus, tanto mais desejamos compartilhar Seu amor; e quanto
mais compartilhamos o amor de Jesus, mais O amaremos. A
missão não é o único objetivo do reavivamento, mas uma parte
dele. Somos levados para mais perto de Cristo quando compartilhamos Seu amor com outros.
“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar
pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos
caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso participar de
Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de
ver pessoas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar
parte em Seus labores para redenção delas” (Ellen G. White,
O Desejado de Todas as Nações, p. 142). Quando a igreja falha
em priorizar o trazer pessoas para Cristo, ela morre espiritualmente. “A própria vida da igreja depende de sua fidelidade
em cumprir a comissão do Senhor. Negligenciar essa obra é
certamente convidar a fraqueza e a decadência espirituais.
Onde não há ativo trabalho em benefício de outros, o amor
diminui e definha a fé” (ibid., p. 825).
O reavivamento não induz à “auto-justiça santificada”.
Induz ao evangelismo. É uma paixão para ganhar pessoas
perdidas. Seu objetivo é trazer homens e mulheres redimidos
para o reino de Deus. Seu coração clama pelo relacionamento
com Jesus e com Seu povo redimido pela eternidade sem fim.
O Concílio Anual Apela a Você e à Sua Igreja
Cremos que o sonho de Deus de completar Sua obra será
logo realizado. A chuva serôdia do Espírito Santo será derramada sem medida. A missão de Cristo na Terra será concluída.
Jesus em breve virá. Deseja você se unir a nós, aceitando pessoalmente esse chamado para uma experiência espiritual mais
profunda, por meio da oração, estudo da Bíblia e dos escritos
do Espírito de Profecia e suplicando a Deus pela chuva serôdia?
Assumirá você um compromisso de vida de compartilhar Sua
verdade, proclamando as três mensagens angélicas, vivendo
uma vida de serviço cristão e sendo testemunha para Ele? Você
irá orar por seus irmãos e irmãs desse poderoso movimento
adventista ao redor do mundo enquanto a igreja humilha-se
diante do Senhor para a última advertência para este mundo
que perece? Oramos para que o Espírito Santo seja concedido
poderosamente ao povo de Deus e para que Jesus volte logo.
“Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
E
M I C H E L
R YA N
S A Ú D E
N O
M U N D O
Saúde
Espırıtual
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
Estou preocupado com minha saúde espiritual. Nosso pastor está realizando
reuniões de reavivamento, mas o fato de ver pessoas confessando pecados e dando
testemunhos despertou em mim um sentimento perturbador de desconfiança.
Sinto-me culpado por me sentir assim. O que há de errado comigo? Poderiam me
dar uma prescrição espiritual? Eu desejo ser um bom cristão.
S
ua pergunta parece mostrar que
você está se sentindo culpado por
não ter um arroubo emocional no
processo de reavivamento. Possivelmente você já viu isso antes e pode estar duvidando da sinceridade do reavivamento
em sua igreja. Sua personalidade pode
ser diferente das demais e precisamos
fazer concessões para tais diferenças.
Muitos não conseguem entender
que o Espírito Santo não é um “poder
líquido” ou um tipo de “vapor” envolvente, mas uma Pessoa – o “Confortador” ou “Consolador”, a “terceira Pessoa
da Trindade”. Espiritualidade é um
relacionamento com o Espírito Santo,
com Jesus e com Deus, o Pai. Crescer
espiritualmente é apaixonar-se por
Jesus e desfrutar de uma relação rica,
madura e contínua.
Todos necessitamos de constante
reavivamento, renovação, cura e relacionamentos gratificantes; no entanto,
dependendo de nossa personalidade, há
diferentes modos de nutrir um relacionamento. Nem todos se encaixam no
mesmo molde.
Deus nos fez singulares. Alguns são
sóbrios e intensos; outros extrovertidos e
extravagantes. Alguns pastores podem se
esforçar para ser “reavivalistas”. Podem
ter desenvolvido uma “cartilha” sobre o
que sentir espiritualmente, ou, se “fizer
isso ou aquilo”, você será reavivado. Para
muitos, esse processo estruturado dá
resultado, mas não para todos.
Pense em como as pessoas se apaixonam. Quando são atraídas por alguém,
fazem tudo pelo ser amado. Pensam
nessa pessoa o tempo todo e dizem coisas carinhosas. Alguns compram flores,
talvez chocolates. Gostam de fazer longas
caminhadas pela praia juntos, segurando
as mãos à luz da lua. Cada pessoa tem
sua própria maneira de se apaixonar, de
acordo com sua personalidade.
Deus pode ser todas as coisas para
todas as pessoas, e Ele compreende
você. Ele não Se preocupa com o processo para Se tornar seu amigo, contanto
que você seja amigo dEle. O Espírito
Santo procura nos conquistar. Geralmente nos enganamos no processo para
alcançar o objetivo.
O estudo da Bíblia e a oração são
muito importantes, embora o método
possa diferir de pessoa para pessoa.
Alguns de nós imaginam-se no meio da
multidão, participando da história bíblica.
Se lerem uma história bíblica por
dez minutos e meditarem nela pelas
próximas dez horas, serão capazes de
entrar tão intimamente na história
que se arrepiarão ao imaginar Lázaro
saindo da sepultura. Não queremos
menosprezar os que conseguem ler por
duas horas inteiras, mas apenas concluímos que as pessoas são diferentes.
Definitivamente, necessitamos de um
relacionamento constante com Deus. É
vital ler a Palavra, meditar e orar. Meditação e oração deve ser nossa atividade a
qualquer hora e toda hora, especialmente
quando sentimos Sua presença.
Vários casais, após várias décadas
de casados, compreendem tão bem seu
cônjuge que podem completar suas
frases. Nos bons casamentos, o amor
e o respeito de um pelo outro sempre
cresce. Esse é o tipo de relacionamento
que Deus quer ter conosco: natural e
verdadeiro, honesto e aberto. Concentrar nossa atenção em Deus ajuda a
revitalizar o relacionamento, mas deve
ser feito de modo natural.
Não se preocupe com o método
usado; contente-se em buscar a Deus
do modo confortável para você. Um
reavivamento realmente piedoso encontra expressão na gentileza, humildade,
compaixão e cuidado, antes disposto a
sofrer do que ferir a outro. Esses são os
frutos da santificação, que é o reavivamento de uma vida toda.
Allan R. Handysides, M.B.,
Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG,
é diretor do Ministério da
Saúde da Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B., B.Ch.,
M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C.,
é diretor executivo do
ICPA e diretor associado do
Ministério da Saúde da
Associação Geral.
Janeiro 2011 | Adventist World
17
S A R A H
E S P Í R I T O
D E
K O B U N S K I
P R O F E C I A
Verdadeiro
Versus
Falso Reavivamento
O
nde quer que a Palavra de Deus tenha sido
fielmente pregada, seguiram-se resultados
que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de
Seus servos, e a Palavra era proclamada com
poder. Os pecadores sentiam ser despertada a consciência.
A “luz que alumia a todo homem que vem ao mundo”
iluminava-lhes os íntimos aposentos da alma, e as coisas
ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito
eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do
pecado, da justiça e do juízo vindouro.
Essas pessoas tinham a intuição da justiça de Jeová, e
sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante
Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam:
“Quem me livrará do corpo desta morte?” Ao revelar-se a
cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados dos
homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria
suficiente para a expiação de suas transgressões; somente
esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus.
Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram “a remissão
dos pecados passados”. [...]
18
Adventist World | Janeiro 2011
Por Ellen G. White
Os despertamentos resultaram em profundo exame de
coração e humildade. Caracterizavam-se pelos solenes e
fervorosos apelos ao pecador, pela terna misericórdia para
com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens
e mulheres oravam e lutavam com Deus, pela salvação de
almas. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos
nas almas que não recuavam da renúncia e do sacrifício, mas
que se regozijavam de que fossem consideradas dignas de
sofrer desprezo e provação por amor a Cristo. Notava-se uma
transformação na vida dos que tinham professado o nome
de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência.
Uniam-se com Cristo e semeavam no Espírito, a fim de ceifar
a vida eterna. [...]
Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há
prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere
reforma na vida. Se o pecador restitui o penhor, devolve o que
tinha roubado, confessa os pecados, e ama a Deus e a seus
semelhantes, pode estar certo de que encontrou paz com Deus.
Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às
ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos,
sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos
homens e para reerguimento da humanidade.
R e a v i v a mento e R e f o r m a
Muitos dos despertamentos dos tempos modernos têm,
no entanto, apresentado notável contraste com aquelas
manifestações de graça divina que nos primitivos tempos
se seguiam aos trabalhos dos servos de Deus. É verdade que
se desperta grande interesse, muitos professam conversão e
há larga procura pelas igrejas; no entanto, os resultados não
significam que houve aumento correspondente da verdadeira
vida espiritual. A luz que brilha por algum tempo logo desaparece, deixando as trevas mais densas do que antes.
Avivamentos populares são muitas vezes realizados por
ocupações mundanas absorvem a mente, e as coisas de interesse eterno mal recebem atenção passageira. [...]
Em muitos dos avivamentos ocorridos durante o último
meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau,
as mesmas influências que se manifestarão em movimentos
mais extensos no futuro. Há um excitamento emotivo, mistura
do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar.
Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de
Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos.
Onde quer que as pessoas negligenciem o testemunho das Es-
Onde quer que as pessoas negligenciem
o testemunho das Escrituras Sagradas,
desviando-se das verdades claras que
servem para provar a alma e que exigem
a renúncia de si mesmo e a do mundo,
podemos estar certos de que ali não é
outorgada a bênção de Deus.
meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos
ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade
bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional,
não lhes é atraente. Não é atendida a mensagem que apele
para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra
de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério.
Para toda alma verdadeiramente convertida, a relação com
Deus e com as coisas eternas será o grande objetivo da vida.
Mas onde, nas igrejas populares de hoje, está o espírito de
consagração a Deus? Os conversos não renunciam ao orgulho
e amor ao mundo. Não estão mais dispostos a negar-se,
tomar a cruz e seguir o manso e humilde Nazareno, do que
estiveram antes de se converter.
A religião tornou-se o entretenimento dos incrédulos e
céticos, porque muitos que são portadores de seu nome
lhes desconhecem os princípios. O poder da piedade quase
desapareceu de muitas das igrejas. Piqueniques, representações
teatrais nas igrejas, quermesses, casas elegantes, ostentação
pessoal, desviaram de Deus os pensamentos. Terras, bens e
crituras Sagradas, desviando-se das verdades claras que servem
para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a
do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a
bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu – “Por
seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16) – é evidente que esses
movimentos não são obra do Espírito de Deus.
Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos homens a
revelação de Si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de
escudo contra os enganos de Satanás. Foi a negligência dessas
verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista,
em grande parte, a natureza e importância da lei de Deus.
Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência
da lei divina tem ocasionado erros quanto à conversão e santificação, resultando em baixar, na igreja, a norma da piedade.
Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder
de Deus nos avivamentos de nosso tempo.
Este artigo foi extraído do livro O Grande Conflito, capítulo 27
(“Como alcançar paz de espírito”). Os adventistas do sétimo dia
creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia
bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.
Janeiro 2011 | Adventist World
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R E C U R S O S
para
reavivamento
e reforma
Não sabe como começar?
Confira as dicas abaixo.
Compilado por Kimberly Luste Maran e Sandra Blackmer
Estas duas páginas contêm uma variedade de recursos e citações inspiradas para
ajudar nossos leitores a levar o reavivamento e reforma às suas congregações.
– Os editores.
Textos Bíblicos
■ Salmo 85:6 e 7: “Acaso não nos renovarás a vida, a fim de que o Teu povo se
alegre em Ti? Mostra-nos o Teu amor, ó
Senhor, e concede-nos a Tua salvação!”*
■ Isaías 57:14 e 15: “E se dirá: ‘Aterrem,
aterrem, preparem o caminho! Tirem os
obstáculos do caminho do Meu povo.’
Pois assim diz o Alto e Sublime, que
vive para sempre, e cujo nome é santo:
Habito num lugar alto e santo, mas
habito também com o contrito e
humilde de espírito, para dar novo
ânimo ao espírito do humilde e novo
alento ao coração do contrito.”
■ Romanos 12:1 e 2: “Portanto, irmãos,
rogo-lhes pelas misericórdias de Deus
que se ofereçam em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus; este é o culto
racional de vocês. Não se amoldem ao
padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente,
para que sejam capazes de experimentar
e comprovar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.”
■ 1 Timóteo 4:12: “Ninguém o
despreze pelo fato de você ser jovem,
mas seja um exemplo para os fiéis na
palavra, no procedimento, no amor,
na fé e na pureza.”
Citações de Ellen G. White
■ “Digo a vocês que deve haver entre
nós um reavivamento completo. Tem de
haver um ministério convertido. Precisa haver confissões, arrependimento e
conversões. Muitos que estão pregando a
Palavra necessitam da graça transformadora de Cristo no coração. Não devem
permitir que coisa alguma os impeça
de fazerem uma obra cabal e esmerada
antes que seja para sempre demasiado
tarde” (Eventos Finais, p. 189).
■ “A oração e a fé farão o que nenhum
poder da Terra conseguirá realizar”
(A Ciência do Bom Viver, p. 509).
■ “O mundo ficará convencido, não
pelo que o púlpito ensina, mas pelo que
a igreja vive” (Testemunhos para Igreja,
vol. 7, p. 16).
Sandra Blackmer e Kimberly Luste Maran são editoras assistentes da Adventist World.
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Adventist World | Janeiro 2011
J A K
E
S T R
O H A
U E R
Livros, Guias de Estudos, DVDs
e Brochuras
■ True Revival, de Ellen G. White
(Review and Herald, 2010) – Compilação
recente sobre reavivamento e reforma
em pequena brochura (94 páginas).
Esse livro será lançado pela Casa
Publicadora Brasileira no primeiro
semestre deste ano.
■ 40 Days:
Prayers and
Devotions to
Prepare for the
Second Coming,
de Dennis
Smith (Review
and Herald, 2010)
– Leituras para
o devocional
com ênfase na
oração e busca pelo batismo do
Espírito Santo. Para adquirir, acesse
www.adventistbookcenter.org.
R e a v i v a mento e R e f o r m a
■ Série Coming Together, pelo Center
for Creative Ministry (AdventSource,
1999) – Quatro guias de estudos
destinados a levar o reavivamento e
reforma às igrejas locais, classes da
Escola Sabatina, séries para reuniões
durante a semana, ou pequenos grupos.
Composto por treze lições vida de
oração, testemunho pessoal e contemplação de Cristo. O quinto volume é
um guia da série para líderes. Para
adquirir, visite www.adventsource.org.
■ Hunger: Satisfy
the Longing of Your
Soul, de Jon L.
Dybdahl (Review
and Herald, 2008) –
Livro prático que
apresenta uma
vida spiritual mais
profunda. Para
adquirir, acesse
www.adventistbookcenter.org.
■ Empowered by the
Spirit DVD
(AdventSource, 2008)
– Sermões sobre o
reavivamento por
Mark Finley, evangelista e vice-presidente
jubilado da
Associação Geral.
Inclui cinco sermões em dois CDs e
uma entrevista com o pastor Finley. Para
adquirir, acesse www.adventsource.org.
■ Possibilities for Prayer Ministries
in Your Home Church, de Rick
Remmers (adquira ou faça o download
no site www.nadadventist.org/article.
php?id=200&action=print) – Brochura
que destaca vinte ministérios de
oração fácil de ser instituídos nas
igrejas locais.
Artigos sobre Reavivamento
e Reforma na Adventist World
e Adventist Review
(disponíveis on-line)
■ “Everyday Revival and Reformation”,
de Kathy Beagles, 16 de fevereiro
de 2006, Adventist Review, www.
adventistreview.org/article.php?id=344.
■ “Dreaming Revival”, de Fordson
Chimoga, April 2007, Adventist World,
www.adventistworld.org/article.
php?id=54.
■ “O Mundo Está Esperando,” por
H.M.S. Richards, Sr., junho 2008,
Adventist World, http://portuguese.
adventistworld.org/images/2008-1006/
2008-1006.pdf
■ “A Comunhão Incendiária,” por Bill
Knott, outubro 2010, Adventist World,
http://shade.keeptrees.com/publications/
729/Adventist%20World%20Portuguese/
Sites na Internet
www.revivalandreformation.com:
página da Web que serve como fonte de
recursos para o reavivamento e reforma,
recomendado e desenvolvido pela
Associação Geral.
■ www.discipletree.com: Página
produzida por Jim Park, professor de
evangelismo e missão no Adventist
International Institute of Advanced
Studies (Instituto Internacional
Adventista de Estudo Avançados) e por
vários anos pastor e evangelista na
Califórnia, Estados Unidos. O site
inclui vários guias de estudo para
pequeno grupos, livros e sermões sobre
o tema do reavivamento e reforma.
■ www.nadadventist.org/article.
php?id=37: Página da Internet que
sugere vários recursos sobre o tema
da oração.
■
Recursos Internacionais para
Acesso On-line
■ www.atc3004.org
Site produzido pelo Centro de Treinamento Adventista (Jaerimyeonsoowon)
para o treinamento em oração, reavivamento epiritual e reforma, foi criado
pela União Coreana dos Adventistas do
Sétimo Dia. Esse Centro de Treinamento
produziu vários programas para seminários em reavivamento, palestras bíblicas cristocêntricas, sermões, salas de
oração pessoal, cursos e outros recursos.
■ www.iebc.org
Usado para o reavivamento e crescimento
espiritual nas igrejas e grupos da
União Franco-Belga, o “Osez grandir”
(“Ouse Crescer”), curso escrito, com
16 lições, oferecido pela Escola Bíblica
por Correspondência na França. O
jogo completo está disponível online ao
custo de dois euros. Geralmente o
material é impresso, mas é também
oferecido online para alunos
matriculados.
■ www.ellenwhitebooks.com/
Veja o livro O Reavivamento e Seus
Resultados. Escolha o título na lista dos
livros disponíveis. Você pode ler o livro
ou usar a ferramenta de busca para
encontrar palavras específicas.
Hinos do Hinário Adventista
(Casa Publicadora Brasileira)
“Breve Jesus Voltará”, nº 134
“Vem, Santo Espírito”, nº 161
■ “Abre, Senhor, os Olhos Meus”, nº 401
■ “De Ti Careço, ó Deus”, nº 394
■ “Meu Cálice Transborda”, nº 201
■ “Esta Pequenina Luz”, arranjo de
Alma Blackmon.
■
■
* Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão
Internacional.
Janeiro 2011 | Adventist World
21
E N T R E V I S T A
No
Caminho
erto
C
A
S A N D R
Bill Knott, editor da revista Adventist World
conversou recentemente com o pastor Brett
Townend, da Associação North New South
Wales, em Murwillumbah, Austrália, sobre
as fantásticas mudanças que estão ocorrendo na sua congregação de 400 membros.
E R
B L A C K M
Bill Knott – Sua igreja está experimentando uma renovação
e reavivamento que centenas de outras igrejas adventistas
gostariam de experimentar. Qual a diferença entre a igreja
hoje e o que era há 18 meses?
Pastor Brett Townend – Primeiro, há um renovado entu-
siasmo pelo estudo da Bíblia. A oração é a segunda maior
diferença em comparação a um ano e meio atrás. Em terceiro
lugar, é o renovado interesse em perguntar: “O que podemos
fazer por nossa comunidade? Como podemos entrar em
contato com outras pessoas para compartilhar o evangelho?”
Portanto, há três grandes diferenças: renovado interesse pela
Bíblia, oração e contato com a comunidade.
Você desafiou sua igreja a alguns passos específicos no
preparo para o reavivamento?
Primeiro, fizemos uma análise honesta sobre nossa condição
como igreja e, no início, tudo parecia ir muito bem. Descobrimos, porém, que não tínhamos uma espiritualidade apaixonada. Em outras palavras, estávamos seguindo o fluxo e tudo
parecia bem (talvez para manter as aparências), mas realmente
não estávamos impactando a vida de ninguém (creio que
pode ser chamado de mornidão). Então, perguntei: “O que
podemos fazer para mudar isso?” A primeira coisa que fizemos
como líderes, porque realmente não sabíamos o que fazer, foi
dizer: “Vamos nos reunir, todas as semanas, para simplesmente
passar um tempo orando e vamos ver o que acontece.”
O hábito de se reunir para orar já era algo estabelecido
em sua congregação ou foi novidade?
Tivemos que criar o hábito. Simplesmente anunciamos que nos
22
Adventist World | Janeiro 2011
reuniríamos para orar das 18h30 às 19h00, todas as terças-feiras.
Não pedimos por muito tempo, mas tínhamos um período
específico. Concentramo-nos em duas coisas: reavivamento
para nossa igreja e reavivamento para a escola da nossa igreja.
Oramos com um grupo de líderes, por cerca de doze meses
antes de começarmos a perceber algum resultado na vida da
igreja; e continuamos orando enquanto eles acontecem.
O que particularmente você ganhou com essa experiência?
Uma das coisas mais importantes que eu aprendi foi que esta
é a igreja de Deus. Eu estava sofrendo muita pressão para
ser um pastor de sucesso, mas somente a Sua presença traz
sucesso. Aprendi, então, que nossa escola é a escola de Deus. Eu
era o presidente do conselho escolar e sentia todo o peso do
declínio nos números: precisávamos de 140 alunos para ser
viáveis, mas terminamos o ano com 103. Ao orarmos, entregamos nosso maior desafio para Deus e dissemos: “A escola
é Tua. Queremos fazer o que Tu queres que façamos. Esta é a
Tua igreja e a Tua escola. Dize-nos para onde ir e o que fazer.”
Hoje, na sua igreja, 50 pessoas estão frequentando o curso
bíblico, todas as semanas, quando antes só havia quatro
ou cinco. Como aconteceu essa mudança?
Uma das melhores coisas que nos aconteceu foi o programa de
leitura da Bíblia. Sempre acreditei que a oração e o estudo da
Bíblia são elementos-chave para a vida cristã, e já vinha pregando e tentando encorajar as pessoas no estudo da Palavra de
Deus. Mas se as pessoas não leem a Bíblia em sua vida pessoal,
é como tomar um lanchinho no sábado pela manhã e tentar
sobreviver o resto da semana com a nutrição desse lanche.
Vários de nossos líderes participaram de um seminário onde
ouvimos falar de um programa de leitura da Bíblia. Assim,
perguntamos a nós mesmos: “O que podemos fazer entre julho
e dezembro para que as pessoas se envolvam com a Bíblia?”
Então decidimos: “Vamos ler o Novo Testamento.” Dividimos o
Novo Testamento em leituras diárias, geralmente um capítulo
por dia e às vezes dois capítulos. Demos um marca-página para
F O T O
E N V I A D A
P O R
B R E T T T O W N E N D
R e a v i v a mento e R e f o r m a
Eu os desafiei dizendo: “Somos conhecidos como o povo da
Bíblia; vamos parar de fingir!” Já imprimimos três vezes os
marca-páginas, porque os membros começaram a doá-los
a amigos e familiares. Concluíram que estávamos levando
a sério o curso bíblico, especialmente quando decidi pregar
sobre o que estávamos lendo na Bíblia.
Ele dedicou-se, então, aos esportes e é um excelente jogador
de basquete. Dedicou-se de todo o coração ao esporte, inclusive
sendo convocado para a seleção regional de menores de 18
anos. Mas, à medida que alcançava mais sucesso no basquete,
mais ele se sentia vazio. Um dia decidiu: “O papai e os outros
vivem falando sobre essa tal leitura da Bíblia. Já que não tenho
nada a perder, vou ler também!” Assim, ele começou a estudar
a Bíblia mais ou menos no período em que lançamos o programa de leitura bíblica. Ele encontrou o Senhor por si mesmo, e
sua vida deu uma reviravolta. Contou seu testemunho numa
capela, na escola, e apelou para os outros jovens a também
buscarem a Deus. Ele disse: “Quero iniciar um grupo jovem nas
reuniões das quartas-feiras à noite em nossa igreja. Vocês vêm
comigo?” Doze ou treze apareceram na primeira noite e agora
o grupo cresceu para quase 30 pessoas – várias delas são de
lares não adventistas, e estão pedindo batismo.
Você escolhia o assunto dos seus sermões do calendário
de leitura bíblica?
Não há nada mais comovente que se reunir ao redor das
Escrituras? Sem jogos, sem concertos de “rock cristão”...
Essa foi uma boa disciplina para mim, como pastor: pregar
sistematicamente a Bíblia o leva a aspectos da verdade que
normalmente você não aborda. Do púlpito, comecei a fazer
introduções aos livros da Bíblia, ajudando os membros a
saber o que esperar do texto, ajudando-os a compreender, por
exemplo, por que João escreveu seu evangelho. Os membros
da igreja reagiram muito positivamente a essa abordagem.
Segundo, decidimos nos reunir às quartas-feiras à noite
para tomar sopa e, divididos em grupos, discutimos o que
estamos lendo. Algumas pessoas ficaram preocupadas com
o modo como os grupos seriam formados e quem seriam
os líderes. Assim, dissemos: “Vamos simplificar. Estamos
lendo a Palavra de Deus; vamos nos reunir, comer juntos
e estudar Sua Palavra juntos.” E foi isso que fizemos. A
frequência subiu para cerca de cinquenta pessoas todas as
quartas-feiras à noite.
Sem nada! Apenas sopa e pão. Comendo e compartilhando da
Palavra juntos.
cada um onde havia três perguntas impressas: O que Deus está
dizendo a você, individualmente, por meio dessas leituras? O que
você acha que Ele está dizendo à comunidade de nossa igreja? E o
que podemos fazer para responder à direção de Deus? Em apenas
algumas semanas, 70% da congregação estava seguindo o
programa de leitura da Bíblia.
Setenta por cento começou a ler o Novo Testamento
simplesmente porque você apresentou o plano e deu
algumas instruções?
E a escola?
Em pouco mais de nove meses, as matrículas subiram dos
103 do final do ano passado para 153, e tudo indica que
iniciaremos o próximo ano com 180 alunos. Deus respondeu
à oração de uma equipe dedicada e comprometida.
Essa história toma uma importância pessoal para você,
pois tem o envolvimento do seu filho.
Meu filho de 17 anos de idade é um grande garoto! Porém, se
afastou das coisas espirituais porque algumas coisas muito dolorosas aconteceram na vida dele. Quando Lachlan tinha 14 anos,
seu melhor amigo morreu de câncer, embora toda a comunidade da igreja tenha orado muito por ele. Outro garoto, da mesma
classe, também morreu de câncer. Para alguém com 14 anos
de idade, isso é muito duro. Foi quando sua avó também foi
diagnosticada com câncer e, como os outros, morreu.
E os adolescentes estão descobrindo que isso é
satisfatório?
Eles estão achando muito interessante, mais que satisfatório.
Estão realmente levando a sério o fato de buscar a Deus por si
mesmos.
Você mencionou um terceiro componente do
reavivamento: alcançar a comunidade.
Nós decidimos: “Vamos ver se encontramos alguém que realmente precisa de ajuda.” Trabalhamos com uma instituição
regional para identificar as pessoas que estão doentes ou
fisicamente necessitadas. Reunimos uma equipe de vinte
pessoas, por duas horas, e transformamos o lugar. As pessoas
nos perguntam: “O que vocês querem com isso?” E dizemos:
“Não queremos nada! Cremos, como igreja da comunidade,
que Jesus veio para servir. Nós nos consideramos Seus
seguidores, e estamos aqui apenas para servir. Esperamos que
vocês sejam abençoados pelo que estamos fazendo.” Recebemos
algumas cartas extraordinárias como resposta das pessoas
que servimos. Os jovens se envolveram e estão entusiasmados
por fazer algo prático com sua fé.
Tenho a impressão que Deus ainda não concluiu o que Ele
deseja para sua congregação.
Penso que Deus tem em mente fazer de nós o tipo de pessoas
que Ele quer que sejamos, compartilhando Seu amor. Nosso
país é muito secularizado, mas ao nos tornar um povo de oração, ao crescermos no estudo da Palavra, nosso testemunho
será prático e faremos uma abençoada diferença na vida de
nossos vizinhos.
Janeiro 2011 | Adventist World
23
C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
G
ostaria que você estivesse lá.
Centenas de adventistas do
sétimo dia lotavam a estação do
metrô, enquanto esperavam para ir ao
Georgia Dome. Eles cantavam: “Oh, que
esperança”, enquanto outros se perguntavam sobre o motivo de tanto júbilo.
Era o último sábado da assembleia da
Associação Geral, em julho de 2010.
Que alegria ser adventista do sétimo
dia! Que bendita esperança nós temos!
Os Sinais da Volta de Jesus
Cristo falou de Sua volta. Você
conhece Seu sermão sobre os sinais
(Mt 24-25). Você percebeu a pergunta
dos discípulos? “E qual será o sinal [singular] da Tua vinda e do fim dos tempos?”
(Mat 24:3)* “Jesus respondeu: Cuidado,
que ninguém os engane” (v. 4) e seguiu
mencionando vários sinais. Será que Jesus
estava ignorando o que perguntaram?
Embora os sinais fossem importantes,
será que Ele tinha algum propósito mais
profundo, além dos sinais? Finalmente,
Jesus indicou Sua volta nas nuvens dos
céus como “o sinal” (verso 30). Cristo
falou sobre os enganos dos falsos cristos e
dos falsos profetas (v. 5, 11, 24).
Entretanto, Sua principal preocupação era o preeminente falso cristo
(Satanás): “Se, então, alguém lhes disser:
‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está
ele!’, não acreditem” (v. 26), pois Minha
vinda será como o relâmpago que cruza
o céu de um lado para o outro (v. 27;
veja 1Ts 4:16-18). Em outras palavras:
“Não permitam que Satanás os engane
ao imitar Minha volta” (veja 2Co 11:14).
“Apenas os que forem diligentes estudantes
Norman R. Gulley, Ph.D.,
é professor-pesquisador
de teologia sistemática
da Southern Adventist
University, no Tennessee, EUA. Ele é
autor de vários livros, entre eles Christ Is
Coming!: A Christ-Centered Approach to
Last-Day Events (Hagerstown: Review and
Herald, 1998).
24
Adventist World | Janeiro 2011
Nossa
aıor
M
Necessı
NÚMERO 25
das Escrituras e receberem o amor da
verdade estarão ao abrigo dos poderosos
enganos que dominam o mundo.”1
Igreja Necessitada
Cristo disse que no tempo do fim
as pessoas seriam frias e sem amor
(Mt 24:12). Essa é a cultura que permeia
a igreja. E o que Ele falou sobre a igreja?
Cristo disse que Sua igreja acha que não
precisa de nada quando, na verdade,
necessita de tudo – pois Cristo é mantido
do lado de fora (Ap 3:14-22). Cristo sabia
que alguns na igreja amariam mais o prazer
que a Deus, “tendo aparência de piedade,
mas negando o seu poder” (2Tm 3:5).
Cristo, então, contou a parábola das
dez virgens (Mt 25:1-13). Todas as dez
virgens dormiram. As virgens insensatas
eram como as outras, exceto pela falta
do óleo (v. 1-5, 8). Cristo disse: “Bemaventurados os que têm fome e sede de
justiça, pois serão satisfeitos” (Mt 5:6).
Cristo quer que Sua igreja esteja cheia,
não satisfeita com um pouco de óleo
quando poderiam ter tanto. Cristo sabia
que as virgens sonolentas precisavam
de reavivamento e reforma.
Cristo disse que as pessoas do tempo
de Noé foram surpreendidas pelo dilúvio
e estavam fora da arca. Sua segunda
vinda seria tão de surpresa quanto aquela
(Mt 24:38, 39). Seria como a vinda de um
ladrão “numa hora em que vocês menos
esperam” (verso 44). “Espere um pouco”,
alguém pode dizer. “Não devemos esperar
a vinda de Cristo após a lei dominical
internacional, um decreto de morte internacional e as sete últimas pragas? Como
podemos ser tomados de surpresa?”
“Boa pergunta!” Então, vem a resposta: “Não é uma questão de sinal, mas
uma questão de óleo.” As dez virgens
sabem como serão os sinais do tempo
do fim, porém cinco delas não têm óleo
suficiente. Elas foram comprar óleo,
evidentemente conseguiram um pouco
e tentaram entrar, mas Cristo disse: “Eu
não as conheço” (Mt 25:12). Elas devem
ter comprado óleo falso, uma imitação
(Mt 7:21-23).
O Outro Segundo Advento
Você sabia que há dois segundos
adventos? O de Cristo e o do Espírito
Santo. O primeiro advento do Espírito,
ou chuva temporã, foi no Pentecostes
(At 2:1-39); e o segundo advento, ou
chuva serôdia, será no tempo do fim
(Jl 2:28-31). Pense no primeiro advento de Cristo. A nação judaica estava
pronta para recebê-Lo? Não. Ele veio
do modo como era esperado? Não.
Eles esperavam por um Messias que
conquistaria os odiados romanos e
libertaria a nação.
R e a v i v a mento e R e f o r m a
or
ıdade
Os judeus não perceberam a silenciosa
vinda de Cristo para salvar os seres humanos por meio de Sua morte. Do mesmo
modo hoje, nossa igreja almeja pela vinda
do Rei dos reis, que vem libertá-la deste
mundo hostil (Ap 19:14-21; 13:1-8,
11-17); alguns, porém, não percebem a
silenciosa vinda da chuva serôdia para
salvá-los (por meio do selamento).
E segue um decreto divino que envolve
o mundo inteiro: “Retenha os quatro
ventos da terra para que Meu povo seja
selado” (veja Ap 7:1-4). O selamento
é uma “aceitação da verdade, tanto
intelectual [conhecer a verdade] como
espiritual [amar a verdade], de modo
que não possa ser mudada”.2 A chuva
serôdia nos sela para que permaneçamos
Eis que Ele vem
Ela vem para selar-nos. Devemos estar
prontos agora, antes que Cristo venha!
Sua vinda será o próximo acontecimento. Cristo sabe que alguns abandonarão
sua fé e darão atenção a espíritos de
demônios (1 Tm 4:1; ou seja, comprar
óleo falso) e sabe que alguns resistirão
à chuva serôdia porque ela não vem
segundo suas expectativas (semelhante
à primeira vinda de Cristo, quando Ele
foi rejeitado e crucificado).4 Que terrível
tragédia é resistir ao poder que garante
uma passagem segura pelos últimos
eventos da história! Não pode haver
nada pior do que isso! Não estar preparado para a vinda da chuva serôdia é
enfrentar o ladrão no meio da noite.
Agora é o tempo crucial nos eventos
finais. Estou orando a Deus por um preenchimento mais profundo do Espírito
Santo, para estar pronto, para ser selado,
para entregar-me completamente a
Cristo e à Sua vontade todos os dias, e
para ser totalmente dependente dEle.
Desejo profundamente receber a plenitude da chuva serôdia, do óleo santo, o selo
do Espírito. Essa é a minha necessidade
mais urgente, essa é a nossa necessidade
mais urgente. Busquemos a Deus agora
e preparemo-nos para o outro segundo
advento. Assim, estaremos prontos para
a segunda vinda de Cristo.
Não há nenhum sinal para nos
avisar de que a chuva serôdia está vindo.
Será muito tarde para os que esperam
que a chuva serôdia os prepare.3 A chuva serôdia não vem para preparar-nos.
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão
Internacional.
1
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 625.
2
Idem, Manuscrito 173, 1902.
3
Idem, Primeiros Escritos, p. 71.
4
Idem, Eventos Finais pp. 209, 210.
fiéis a Cristo, aconteça o que acontecer.
Essa é a apólice de seguro de Deus de que
nada vai nos enganar no tempo do fim.
No fundo, a verdade é a seguinte: se não
estivermos prontos para a segunda vinda
do Espírito Santo não estaremos prontos
para a segunda vinda de Cristo. Mas
a boa notícia é: se estivermos prontos
para a segunda vinda do Espírito Santo,
estaremos prontos para a segunda vinda
de Cristo. Garantido!
A
Segunda Vında
de
Por
Norman
R. Gulley
Cristo
A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da igreja,
o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador
será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os
justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos
que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu.
Mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da
maioria dos aspectos da profecia e a condição atual do mundo
indicam que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse
acontecimento não foi revelado, e somos portanto exortados a
estar preparados em todo o tempo. (Tt 2:13; Hb 9:28; Jo 14:1-3;
At 1:9-11; Mt 24:14; Ap 1:7; Mt 24:43, 44; 1Ts 4:13-18; 1Co 15:51-54;
2Ts 1:7-10; 2:8; Ap 14:14-20; 19:11-21; Mt 24; Mc 13; Lc 21; 2Tm 3:1-5;
1Ts 5:1-6.)
Janeiro 2011 | Adventist World
25
P E R G U N TA S B Í B L I C A S
O
e quem deve recebê-lo? A resposta é óbvia. Se ele pertence a
dinheiro é uma daquelas coisas que, de modo
Deus, é Ele quem define seu propósito e destino. Isso é claro
especial, consideramos de nossa propriedade. Ele
no Antigo Testamento: “Dou aos levitas todos os dízimos em
representa uma parte de nossa vida que resulta do
Israel [...] pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do
investimento de nossa energia e tempo. É vida preservada na
Encontro” (Nm 18:21). O dízimo é designado pelo Senhor
forma líquida; ou seja, nós o trocamos por quase qualquer
para um grupo específico entre o Seu povo, com o propósito
coisa de que gostamos. Assim, normalmente, não queremos
de remunerá-lo pelo trabalho que fazem no santuário em
que os outros nos digam como usá-lo ou o que fazer com
favor do povo, um trabalho dado por Deus a eles.
ele. Mas, para os cristãos, a vida é um dom de Deus, tanto
na forma de sopro da vida como na forma de dinheiro.
3. Deus Estabeleceu um Sistema: Não apenas o propósito
Portanto, deve ser usada
e uso do dízimo foram
para a glória dEle. Depois
determinados por Deus
dessa introdução, deixe(o Dono do dízimo), mas
me abordar especificatambém o sistema pelo
mente sua pergunta.
qual o dízimo chegaria
1. O Dono do Dízimo:
àqueles que deveriam
O dízimo é um percentual
recebê-lo. Os israelitas
do dinheiro que recebemos
deviam separar seu dízimo em casa e levá-lo para
como resultado do investia casa do Senhor, aos lemento de nosso tempo e
P E R G U N TA :
vitas (Nm 18:24 Ml 3:10).
energia. É natural, portanto,
É correto devolver o dízimo
que consideremos que ele
O “celeiro” (ou “casa do
é nosso e que devemos deTesouro”, na tradução
para qualquer organização
cidir como administrá-lo.
Almeida Revista e Atuaou indivíduo que alega
A respeito disso, a Bíblia
lizada) refere-se a salas
estar realizando uma obra
no templo destinadas a
nos surpreende declaranpara Deus?
do algo que não pode ser
guardar o dízimo que
provado cientificamente.
deveria ser distribuído
entre os levitas. Em outras
O dízimo, dez por cento de
Por Ángel
palavras, o povo não era
nossa renda, pertence ao
Manuel Rodríguez
Senhor: “Todos os dízimos
livre para dar seu dízimo
a quem quisesse ou para
[...] pertencem ao Senhor
[leYahweh]; são consagradepositá-lo em qualquer
dos ao Senhor [leYahweh]”
outro lugar, mas somente
(Lev. 27:30).* Do ponto de
no templo. Havia pessoas
vista humano, toda a renda é o resultado do investimento de
específicas para coletar e distribuir o dízimo entre os levitas
nosso tempo e energia. No entanto, o texto rejeita essa cone sacerdotes (2Cr 31:12, 13, 15, 16). Na igreja, o dízimo deve
clusão ao mostrar que parte de nossa renda é fundamentalser usado somente por aqueles reconhecidos por ela como
mente diferente do restante. Ela é descrita pelo Senhor como
instrumentos separados por Deus para a proclamação do
“santa”. Nessa passagem, a propriedade divina é enfatizada
evangelho (1Co 9:13, 14).
pelo uso da preposição hebraica le (“pertence a”) duas vezes,
O dízimo deve ser devolvido à igreja, na tesouraria local,
junto com a palavra “santo”. Algo “santo” é o que Deus sepae não enviado a pessoas ou grupos que desenvolvem projetos
rou para Seu propósito divino e que, portanto, pertence a Ele. espirituais pessoais. Deixe que o dízimo de Deus seja usado
Nós não consagramos o dízimo para o Senhor; o Senhor já o
pelo Senhor como Ele planejou: para o cumprimento da
declarou santo. Ele colocou em nossas mãos algo que é santo,
missão de Sua igreja.
e somos santificados quando, em obediência à Sua vontade, o
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
empregamos da maneira como Deus planejou que fosse usado.
2. Determinando o Uso Adequado: Uma vez que aceitamos
que o dízimo pertence ao Senhor, as próximas perguntas
Ángel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisa
seriam: Quem tem a autoridade de determinar seu propósito
Bíblica da Associação Geral, em Silver Spring, Maryland, EUA
Santo ao
enhor
S
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Adventist World | Janeiro 2011
E S T U D O
Libertação
na Prova
B Í B L I C O
Por Mark Finley
Ao longo do Antigo Testamento, alguns heróis bíblicos se sobressaem. Eram nobres homens
e mulheres de fé, que foram leais a Deus no meio de circunstâncias desafiadoras: Abraão,
Moisés, Daniel, Ester, Elias, Davi e, certamente, José. A vida de José revela as constantes
bênçãos de Deus para aqueles que confiam nEle em tempos de provas e dificuldades.
Nesta lição, descobriremos como os princípios que guiaram a vida de José podem guiar
também nossa vida.
1.
Que erro cometeu Jacó, pai de José, na educação de seu filho?
“Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice;
por isso mandou fazer para ele uma túnica longa. Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele
do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gn 37:3, 4).*
“Israel
de José
de qualquer outro filho.”
A preferência dos pais por um filho pode facilmente criar atrito na família. Os irmãos de
José gradualmente desenvolveram uma atitude de inveja e ciúme dele.
2.
Como as atitudes de José contribuíram para aumentar o ciúme de seus irmãos?
“Certa vez, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles passaram a odiá-lo ainda mais.
‘Ouçam o sonho que tive’, disse-lhes. ‘Estávamos amarrando os feixes de trigo no campo, quando o meu feixe se
levantou e ficou em pé, e os seus feixes se ajuntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele’” (Gn 37:5-7).
José não apenas teve um sonho, mas ele
para seus irmãos.
Sem dúvida, os irmãos de José eram responsáveis por suas atitudes e ações, mas a
decisão insensata de contar a eles o sonho contribuiu para aumentar o ciúme que crescia
no coração deles.
3.
Como consequência do ciúme que tinham no coração, o que fizeram os irmãos de José?
“Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo” (Gn 37:18).
Eles planejaram
.
O ciúme e a inveja levam as pessoas a fazer coisas que nunca imaginavam que fariam.
Nesse caso, porém, Deus tinha outros planos. José, mais tarde, foi vendido como escravo
para o Egito.
4.
Como Deus honrou José, mesmo como escravo?
“O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio [Potifar].
[...] Este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava” (Gn 39:2, 3).
Potifar percebeu que Deus fazia
prosperar, e tudo o que fazia
.
Através da história, Deus tem abençoado especialmente aqueles que são fiéis a Ele. Tem-lhes
dado paz no meio da tempestade, força nas provações e sabedoria diante das perplexidades.
Nem sempre as bênçãos de Deus vieram em forma de bens materiais, mas às vezes, sim.
Janeiro 2011 | Adventist World
27
5.
Quando a esposa de Potifar tentou induzir José à tentação, qual foi a resposta dele?
“Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele.
Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?” (Gn 39:9).
José disse: “Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e
contra
?”
A lealdade de José para com Deus era mais forte do que a tentação colocada à sua frente.
Ele não podia desonrar a Deus, cedendo às paixões de seu jovem coração. A esposa de
Potifar ficou furiosa e acusou falsamente a José. Depois, ele foi injustamente condenado e
jogado na prisão.
6.
Como Deus honrou as escolhas de José, mesmo na prisão?
“Mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro” (Gn 39:21).
O Senhor ____________________________ com ele e concedeu-lhe a simpatia do carcereiro.
Leia Gênesis 40 e descubra como Deus abençoou a José permitindo-lhe que interpretasse
os sonhos de outros dois companheiros de prisão.
7.
Quando o faraó sonhou com sete vacas gordas e sete vacas magras, sete espigas de
trigo cheias e sete mirradas, qual foi a interpretação de José?
“Sete anos de muita fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito, mas depois virão sete anos de fome.
Então, todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra” (Gn 41:29, 30).
Sete anos de
estão para vir sobre toda a terra;
mas depois virão sete anos de
.
8.
Anos mais tarde, quando José se encontrou com seus irmãos outra vez, qual foi o
testemunho dele?
“José, porém, lhes disse: ‘Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra
mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos’” (Gn 50:19, 20).
“Vocês planejaram o
contra mim; mas Deus o tornou em
Ao olhar para sua vida, José teve absoluta certeza de que Deus o guiara. Ele sabia que,
apesar das provações e dificuldades que enfrentara, Deus fez com que as coisas
contribuíssem para seu bem e para a glória dos propósitos do reino de Deus. José honrou
a Deus e Deus o abençoou.
Quando, mesmo em tempos difíceis, colocamos Deus em primeiro lugar em nossa vida,
Deus nos abençoará de maneira extraordinária. Como José, poderemos olhar para trás e
ter completa confiança de que Deus sempre faz o melhor.
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
O estudo bíblico do próximo mês será
“O Divino Conselheiro”
Nova série sobre o Espírito Santo.
28
Adventist World | Janeiro 2011
.”
Intercâmbio Mundial
C A R TA S
No Passado e Agora
Obrigado pelo artigo “Vamos Conversar?”, de Ángel Manuel Rodríguez
(outubro de 2010). Alguns assuntos não
podem ser compreendidos apenas com
a leitura da Bíblia. Isso envolve mais
do que simplesmente um “está escrito”,
porque as diferenças entre o nosso
tempo e os tempos bíblicos são muito
grandes. Os textos bíblicos precisam ser
interpretados.
Gostei muito desse artigo porque
fala a verdade: muitas discussões surgem devido ao medo (liberais versus
corrente principal versus extremistas,
etc.). Estou feliz de ser membro de uma
igreja que tem, por um lado, fortes
fundamentos, e por outro lado, também
admite que alguns assuntos tenham
várias possibilidades de pensamento.
Também concordo que devemos
conversar e orar uns pelos outros, pois é
Deus quem nos une.
Por favor, continuem a nos informar
sobre assuntos como esse e abordem
outros como vegetarianismo, joias,
música e outros.
Christian Macher
Salzburgo, Áustria
Lendo para Mim Mesmo
Gostei muito do artigo escrito por Sylvia
Renz, “Fome da Palavra” (outubro de
2010). Identifiquei-me perfeitamente
com a experiência dela, com a síndrome
“eu já sei isso” e os bloqueios mentais
que nos distraem enquanto lemos.
Para mim, também é difícil de
explicar, mas quanto mais eu leio a
Palavra, mais preciosa ela se torna
para mim. Estou começando a compreender finalmente o que sempre me
pareceu um cliché infantil: a Bíblia é
uma carta de amor para mim. Sinto
paz ao lê-la.
Obrigada pelo artigo e pelo trabalho
maravilhoso que sua publicação faz
por Deus.
Suzette Peterson
Redlands, Califórnia,
Estados Unidos
Fazendo aos Outros
Eu me senti muito mal quando li a
história de “Mustaq”, escrita por Sudha
Khristmukti (outubro de 2010). Não
posso acreditar que alguém possa tratar
os outros como Mustaq foi tratado. Será
que aqueles alunos eram adventistas?
Por que a professora não se ofereceu
para ajudar Mustaq, ou, pelo menos,
repreendeu os outros alunos pelo seu
comportamento não cristão?
Fiquei com vergonha por aqueles
alunos. Por que a pobreza do menino
teve que ser exposta para os garotos
da mesma idade? Irritei-me com seus
algozes e sua professora. Queria pôr
meu braço em volta dele, trazê-lo para
perto de mim e deixar que soubesse que
ele era importante para alguém.
Infelizmente, não apenas os
jovens são culpados por ser esnobes
e ridicularizar os outros. Isso pode ser
encontrado em todas as idades, até
em nossas igrejas. Não se espera que
nós, que nos chamamos de cristãos,
andemos com Jesus em direção à
santificação? Como podemos levar o
nome de Cristo quando tratamos os
outros como Mustaq foi tratado?
Jean Cummings
Por e-mail
Tratada com
Discernimento
Trabalhei por
mais de dez anos
como diretora de
uma classe bíblica. No momento,
estudamos com
um grupo de
quinze pessoas.
Fiquei feliz ao ler o artigo sobre o evangelismo em Roma, realizado por Shawn
Boonstra, “Evangelismo Adventista
Surpreende Roma” (julho de 2009).
Como já morei na Europa, compreendo bem a dificuldade de pregar
o evangelho em cidades como Roma.
Participo de um programa evangelístico
destinado às classes sociais mais elevadas. Estou curiosa para saber como
foram abordadas as questões complexas
e controvertidas.
Carmen Silva
Salvador, Brasil
Instrução
Sou membro
da Igreja
Adventista do
Sétimo Dia
de Himo, na
Tanzânia. Leio a
revista Adventist
World e me
interessei muito
pelo artigo “Começando o enditnow”
(maio de 2010). Com ele, compreendi,
especialmente, como os adventistas deveriam ser. Que Deus abençoe todos os que
participam escrevendo para esta revista.
Wilson Mjema
Tanzânia
Janeiro 2011 | Adventist World
29
Intercâmbio Mundial
C A R TA S
Evangelismo
Sou pastor da
Igreja Batista de
Maláui. Li na
Adventist World
o artigo “Esta é a
Minha História”,
escrito por Samuel
Neves (abril
de 2008). Após
lê-la, decidi me tornar um ministro
adventista, mas não sei o procedimento.
Por favor, vocês podem me informar
como posso fazer isso?
Leonard Kazembe
Blantyre, Maláui
Apreciação
Muito obrigado pela revista internacional Adventist World. Consegui alguns
exemplares em Chillán, Chile. Parabéns
por essa publicação com assuntos tão
interessantes e que tanto nos informa e
ensina. Que Deus abençoe o ministério
dessa revista.
Jose Orlando Soto Ojeda
Chillán, Chile
Parabéns à revista Adventist World. Gosto
muito dela. Minha coluna preferida é
Lugar de Oração, pois podemos orar por
pessoas do mundo inteiro e fortalecer
nossa vida espiritual. Muito obrigada!
Maria Teresa Pascual
Llaida, Espanha
Recebo a Adventist World todos os
meses. Sou grata pelo fato de que ela
tem me edificado espiritualmente. Que
Deus os abençoe!
Angela Paiea
Cordeiro, Recife, Brasil
Cartas para o Editor – Envie para: [email protected]
As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com
250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo,
data da publicação e número da página em seu comentário.
Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você
está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão
resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser
publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
LUGAR DE ORAÇÃO
Necessito, urgentemente, de suas
orações por minhas dificuldades
financeiras. Preciso completar meu
estipêndio para este semestre. Satanás
tem trabalhado muito para atrapalhar
os planos que Deus tem para mim.
Ocen, Uganda
Minha família e eu necessitamos de
bênçãos em nossa vida financeira.
Devido às dificuldades, meus pais
decidiram não me ajudar a continuar
meus estudos no segundo semestre.
Eu não gostaria de parar de estudar.
May Ann, Filipinas
Por favor, orem por nossa filha, que foi
diagnosticada com câncer. Peço que os
irmãos de todo o mundo orem por ela.
Joanne, Estados Unidos
30
Adventist World | Janeiro 2011
Completei meu mestrado no mês de
maio e estou procurando trabalho,
mas ainda não encontrei uma empresa.
Estou me tornando fraca na fé, embora,
desde a infância, tenha dependido de
Deus em todas as coisas. Mantenham
meu nome em suas orações.
Caroline, Índia
O número de leitores da Adventist
World tem crescido a cada dia. As
pessoas estão interessadas em estudar a
Bíblia. Uma pessoa falou com cerca de
trezentos pastores para visitar a edição
on-line e fazer sermões com os artigos.
Orem por esse ministério.
Saleem, Paquistão
Obrigado a todos por terem orado por
mim. Pedi oração para que fosse curado
de câncer em abril, e os indicadores
estavam bem baixos em setembro. Eles
dizem que não existe cura, mas somente
Deus sabe o melhor.
Ralph, Estados Unidos
Orem para que o Espírito Santo
trabalhe no coração do meu esposo e
lhe dê luz e compreensão para que ele
siga a Jesus outra vez.
Petra, Alemanha
Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à
oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo,
75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão
editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos
os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem
todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome
e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material:
envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio
Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring,
Maryland 20904-6600 EUA.
INTERCÂMBIO DE IDEIAS
Rocha Sólida
Leitora conta o que sua
coleção de pedras lhe ensinou
sobre Deus.
N
unca apreciei trabalhar no jardim. Quando jovem, eu era responsável por cortar a
grama e rastelar as folhas. Esse trabalho tinha
que ser feito o ano todo, e meu desejo era ter
um jardim cheio de areia, sem árvores, onde
C H A R
L E S
T H O M
não precisasse cortar a grama nem rastelar.
P S O N
Agora, como adulta, continuo não gostando
das lindas folhas que caem no chão do meu jardim. Parece que
a grama cresce mais rápido a cada ano e as ervas daninhas aparecem sem convite.
Meu esposo tem uma alergia severa a grama e, por isso, realizo sozinha essas tarefas.
Decidi colecionar pedras – grandes e belas pedras que não precisam de
manutenção. Pelo seu tamanho, ocupariam bastante espaço no jardim, ajudando
a diminuir meu trabalho. Sempre que viajamos, eu trago pedras para casa, como
souvenir. Já fiz meu marido dirigir para dentro do mato, fora das rotas familiares,
em busca de pedras. Já andei por riachos, barro e tantos outros lugares, à procura
de pedras. Nossos filhos foram claramente instruídos de que, em todos os natais
e aniversários eu queria pedras de presente.
Olhando pela janela, posso ver a coleção. Pedras da semana em que minha filha
adolescente e eu acampamos sozinhas, no verão de 2006. Pedras de várias escaladas
nas montanhas. Pedras que foram compradas por meu querido marido, em lugar
das flores que a maioria das mulheres gosta de receber de surpresa. Será que essa
obsessão por pedras diminuiu meu trabalho no jardim?
Infelizmente, não! Na verdade, tirar as folhas de cima das pedras leva muito
mais tempo. Para mim, no entanto, as pedras se tornaram uma visão de beleza,
poder e esperança.
Todas as vezes que tiro uma pedra do lugar, que me assento sobre outra ou
caminho sobre uma pedra no meu jardim, lembro-me do verso bíblico de 1 Pedro
2:5: “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma
casa espiritual” (NVI). Eu sou uma pedra viva, cheia de força e possibilidades de me
desenvolver para ser alguém mais parecido com o que Deus quer que eu seja. Às vezes,
apresento lascas, rachaduras e marcas de golpes, como resultado das más escolhas.
Às vezes, sou pequena, mas sirvo para grandes propósitos. Outras vezes, sou como
uma pedra grande, formidável e forte, recebendo o poder do Espírito Santo.
Rochas, pedras e pedregulhos me lembram que somos singulares por dentro e
por fora, mas com um único propósito: conhecer a Deus e fazê-Lo conhecido pelo
modo como vivo.
Eu arranco as ervas daninhas que rodeiam a pedra do centro, com suas veias
vermelhas e pontas afiadas. Sento-me e admiro sua beleza, sabendo que Deus desenhou
suas entrâncias. Então, questiono: Qual é o formato da pedra da minha vida? Como
está sendo construída minha casa espiritual? Será que há muita erva daninha crescendo
nela? As pedras me fazem parar e refletir em questões como essas e me lembram do
que lemos no Salmo 94:22: “O meu Deus é a rocha em que encontro refúgio” (NVI).
– Malinda Fillingim, Rome, Geórgia, Estados Unidos
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os
adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só
crença, missão, estilo de vida e esperança.
Editor
Adventist World é uma publicação internacional da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação
Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.
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Vol. 7, No. 1
Janeiro 2011 | Adventist World
31
O Lugar das
PESS
L U G A R
É
E N V I A D O
F R A SE
D O
E S T E ?
P O R
C R I S T I A N Y O LY
S E R R A N O
M Ê S
“A oração faz com que céticos e descrentes
perguntem: ‘Como isso aconteceu?’”
– Pastor Desmond Michael, diretor associado de
evangelismo, Distrito Central Aba, Associação Este
Nigeriana, durante sermão em 2010.
VIDA ADVENTISTA
Minha família teve contato pessoal com Ellen
White há muitos anos. Eis a história:
Minha tia Edith Barnes conta que, em 1910, a
Associação do Norte da Califórnia buscava o
conselho da Sra. White em relação a uma dívida
contraída pela Academia Lodi. Meus avós maternos
possuíam uma casa espaçosa, de modo que prepararam um quarto para Ellen White e Sara McEnterfer
para que se hospedassem enquanto estivessem em
Lodi. (Sara preparava as refeições da Sra. White).
Os Barnes (meus avós) tomavam suas refeições
em uma cozinha no porão, onde havia todo o conforto da casa. No último dia que Ellen White estava
em Lodi, ela queria comer com os Barnes. Vovó preparou uma boa refeição. Vovô e a tia Edith ajudaram
a Sra. White a descer até o porão. Quando já estavam
lá, ela observou: “Se eu soubesse que a comida
aqui era tão boa e com pessoas tão agradáveis, teria
tomado todas as minhas refeições aqui no porão!”
– Faye Jull, Auburn, Califórnia, Estados Unidos
E N V I
A D O
com outros membros da igreja,
incentivaram os pais de Yessy a
enviá-lo para a Escola Adventista
Ebenézer, em Marankiari, Peru.
Mesmo sendo adventistas, resistiram fortemente à ideia, temendo
que Yessy fosse ridicularizado.
Fernando Ingaruca, diretor da
escola, convenceu os pais a
enviá-lo. Hoje, o garoto gosta da
escola e de todas as atividades
ali, inclusive ler e escrever. Yessy
também gosta muito de desenhar.
Recentemente ele viu um vídeo
de Nick Vujicic, um jovem
palestrante motivacional, que
D A N I
E L
P E C H
O
O J E D
A
nasceu sem os braços e sem as
pernas, e foi inspirado a fazer várias
coisas e uma delas é aprender
a nadar. Para saber mais sobre
Yessy, acesse o site: www.youtube.
com/watch?v=E1xVnc70BCs.
Na Colômbia, membros da igreja de San Juan Nepomuceno (Bolívar) desfrutam
juntos da natureza, após celebrar o 13º sábado na igreja. Início de 2010.
CO N H E ÇA S E U
VI Z IN H O
Yessy é um aluno de 6 anos de
idade em nossa escola adventista
na Missão Central Andina, no
Peru. Yessy nasceu sem os membros. Ele é uma inspiração para
todos os alunos, professores e
para os pais dos alunos. É realmente uma inspiração ver o rosto
de Yessy, cheio de alegria, apesar
de suas limitações.
Há aproximadamente um
ano, Daniel Pecho Ojeda, diretor
de educação e comunicação da
Missão Central Andina, junto
P O R
R ESP O S TA :
Q U E
AS