Julho - Setembro
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INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA DE MOÇAMBIQUE Ministério da Agricultura Edição Trimestral Nota de abertura Caros leitores do Boletim do IIAM, Estamos na 9ª edição de mais uma reportagem trimestral de nossas actividades, na qual, de edição em edição, procuramos espelhar cada vez mais o que se desenvolve no IIAM a nível central e descentralizado. Deste modo, abrimos com o 1º Curso de Produção de Materiais de Extensão e Comunicação Agrária hospedado pelo IIAM, que teve a honra de ser oficialmente aberto por S. Excia o Ministro da Agricultura, Soares Nhaca. De seguida, destacamos o esforço empreendido pelo IIAM visando minimizar a tendente escassez da batata africana no nosso país. Entretanto, como a ciência “não se fecha e copas”, saiba aqui da visita do Vice Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietname ao IIAM. E, tomando o maneio e gestão de informação como impulsionador do desenvolvimento científico, o IIAM junta-se à SADC de modo a propiciar sua efectividade. Mas como um dos mecanismos de partilha de conhecimento é por via do treinamento, o IIAM capacitou técnicos do INAS em matéria de gestão de ciclos de projectos sociais. Enaltecendo a nossa forma intrínseca de estar institucionalmente, que seguramente é a investigação, convidámo-lo a conhecer os efeitos de diferentes substratos e do fertilizante NPK 12:24:12 na aclimatização ex vitro de plântulas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) propagadas in vitro. A propósito, tome nota ainda nesta edição que cientistas desenvolvem uma forma eficaz de controlo biológico de fungos que produzem elementos tóxicos que afectam alguns produtos agrícolas e periga a saúde humana na Africa Sub-Sahariana. Fechamos a presente edição com uma singela homenagem aos reformados do mundo inteiro, particularmente os da DFDTT. “Que o merecido recesso laboral seja rico e frutuoso em todos os quadrantes que norteiam suas necessidades quotidianas”. Mesmo para terminar, queremos agradecer a companhia incondicional do estimado leitor no decurso de todas edições do Boletim do IIAM. Abraços calorosos e até breve. A Editora: Paula Pimentel / DFDTT Julho - Setembro de 2008 Nº 9 Em Maputo IIAM acolhe o 1º Curso de Produção de Materiais de Extensão e Comunicação Agrária para os PALOPs Parte dos participantes ao curso. O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), do Ministério da Agricultura (MINAG), albergou o 1º Curso Internacional de Produção de Materiais de Extensão e Comunicação Agrária para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), financiado pelo Technical Centre for Agricultural and Rural Cooperation (CTA), uma organização internacional cujo objectivo é melhorar a disponibilidade e o acesso à informação sobre temas prioritários, tecnologias e inovações nas áreas de agricultura e desenvolvimento rural, nos países da África, Caraíbas e Pacífico (ACP). O CTA promove ainda a capacitação institucional das organizações que trabalham nessas áreas. O curso decorreu entre os dias 22 de Setembro a 03 de Outubro, no recinto do IIAM, em Maputo, e nele participaram mais de 20 técnicos das áreas de agricultura e extensão rural de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Moçambique. “Os técnicos sairão daqui com conhecimentos suficientes para treinarem outros investigadores e produtores de seus países de origem A actividade dos formandos terá acompanhamento anual porque os conhecimentos adquiridos deverão ser multiplicados”, disse Paula Pimentel, Directora Técnica de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias do IIAM. Boletim do IIAM DESTAQUES O curso foi oficialmente aberto por sua Excia. o Ministro da Agricultura de Moçambique, Soares Nhaca e tinha como objectivo melhorar a capacidade dos técnicos de investigação e extensão agrária dos PALOP na produção de materiais de extensão e transferência de tecnologias, criando meios de comunicação e informação efectivos e adequados aos produtores destes Países. Ministro da Agricultura, Soares Nhaca, discursando no acto de abertura do curso. O desenvolvimento da Agricultura através da adopção de tecnologias melhoradas constitui uma das prioridades dos Governos Africanos na prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Moçambique, através da revolução Verde definiu que a inovação tecnológica na produção agrária, é um dos principais factores de desenvolvimento e do aumento da produtividade no sector. O combate à pobreza absoluta e a criação sustentável de riqueza promove não só uma maior produtividade agrária, mas também uma maior diversidade e qualidade dos seus produtos, por forma a introduzilos nos mercados nacionais, regionais e mesmo internacionais. Esta acção pressupõe o acesso por parte dos produtores agrários a informação técnica actualizada, rigorosa, a qual deverá ser preparada por forma a torná-la atractiva, acessível e de fácil compreensão a diferentes grupos de produtores e extensionistas. Deste modo, a organização do presente curso, serviu para fortalecer as capacidades existentes das Instituições públicas e privadas responsáveis pelas acções de geração, transferência e divulgação de tecnologias, informação e partilha de conhecimento nas áreas de agricultura e desenvolvimento rural. “Ao aplicar as experiências e habilidades que serão proporcionadas no curso, os investigadores e extensionistas estarão a contribuir para o bem estar das populações rurais, segurança alimentar e nutricional e para a redução da pobreza”, referiu Soares Nhaca em seu discurso de abertura. (�Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) Espécie em Extinção IIAM Aposta na Macropropagação da População de Batata Africana O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) lança-se num processo de testagem, selecção e adopção de métodos de multiplicação rápida da batata africana (Hypoxis hemerocalidea), com vista a contrariar o tendente declínio do potencial desta espécie que resulta da sua crescente demanda nos últimos tempos, em consequência de ter sido associada ao uso no tratamento de HIV/SIDA. A partir do momento que vários estudos científicos pelo mundo fora revelaram que a batata africana tem uma forte capacidade de reconstituição imunológica no organismo humano, particularmente no concernente a revitalização e incremento das células CD4, a demanda por este tubérculo cresceu radicalmente. A batata africana propaga-se por semente ou vegetativamente a partir do tubérculo, contudo, a semente possui um poder germinativo muito pobre, sendo a sua dormência difícil de quebrar e a propagação através do tubérculo geralmente produz uma única planta. Em 2001, no IIAM realizou-se um estudo preliminar onde foi analisada a germinação deste tubérculo após a exposição a altas temperaturas e fumo de fogo das gramíneas, e ainda, após a sua divisão em 2, 4 e 8 partes. Neste estudo, (co-encetado por dr. Sofrimento Matsinhe e dra. Marta Manjate) os tubérculos germinaram independentemente do tipo de divisão, todavia nos propágulos da zona apical germinaram por 15 dias, enquanto que nos da zona basal só iniciaram a sua germinação por volta de 3 meses. Observou-se ainda, que as sementes tratadas (altas temperaturas e fumo) brotaram após 4-6 meses enquanto as não tratadas, não germinaram. Em 2002 iniciou um programa multi-sectorial (MINAG, MISAU e MIC) financiado pela UNIDO/UNDP, no qual o MINAG, representado pelo IIAM tinha a missão de estudar a propagação in vitro. A luz deste programa, o cientista francês Dr. Rajbir Sagwan (Especialista em Cultura de Tecido) escalou o IIAM para avaliar as potencialidades deste instituto para a efectivação dos objectivos ora traçados. De regresso, este cientista levou para Universidade de Picardie-Jules Verne, no Laboratoire Androgenese et Biotechnologie (Laboratório Androgenese e Biotecnologia), na França, amostras de batata africana, onde realizou um estudo para o estabelecimento dum protocolo eficiente de regeneração in vitro de batata africana através do tubérculo. DESTAQUES Em finais de 2005, Dr. Sagwan procedeu a transferência do protocolo para Moçambique, através duma capacitação técnica de 15 dias, realizada no IIAM, no Laboratório de Biotecnologia e que envolveu 14 técnicos do IIAM, UEM e MISAU. Em 2007, a luz do projecto APOMORINGA, financiado pela Visão Mundial, o IIAM estabeleceu um estudo da propagação vegetativa da batata africana em que se avaliou a germinação de tubérculos da batata africana submetidos a vários tratamentos. Os tratamentos consistiram basicamente de variação da temperatura, do tipo de substrato, Boletim do IIAM da exposição ao fumo em diferentes tempos e, do tipo de divisão do tubérculo. Resultaram destas acções, cerca de 3.600 plantas, as quais foram por duas ocasiões, levadas para o distrito de Chonguene para distribuição pelas comunidades e reintrodução no habitat natural. (Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) IIAM Recebe a Visita do Vice-Ministro da Agricultura do Vietname O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) recebeu Sua Excia. Diep Kinh Tan, Vice – Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) do Vietname, na sua Sede em Maputo, no quadro de sua visita à Moçambique de 14 a 20 de Agosto do presente ano. Com uma delegação de cerca de 13 técnicos e especialistas agrários, operando nas áreas de ordenamento e desenho agrícolas, ordenamento hidráulico, aquacultura, e, sobretudo, na borracha, a visita do ViceMinistro vietnamita ao IIAM, em particular, antevia reforçar linhas de cooperação. Deste modo, a visita realizou-se no quadro de implementação do acordo de cooperação assinado, a 16 de Janeiro de 2007, no domínio da ciência, tecnologia e economia na área de agricultura e Memorando de Colaboração de 19 de Outubro de 2007 e do domínio de pescas, entre os governos da República Socialista de Vietname e da República de Moçambique, rubricados pelo Ministério da Agricultura e de Desenvolvimento Rural do Vietname e os Ministérios de Agricultura e das Pescas de Moçambique, respectivamente. “Estamos interessados em obter uma cooperação com o IIAM, visto que, esta lida com investigação agrária e tal pode permitir uma maior flexibilidade para a efectivação do nosso plano de acção conjuntamente elaborado e aprovado por nós em parceria com o Ministério da Agricultura (MINAG)” rematou o Vice–Ministro da Agricultura do Vietname. A cooperação entre os governos da República de Moçambique e a República Socialista do Vietname na área da agricultura, enquadrados no espírito do acordo de cooperação Económica, Cultural, Científica e Tecnológica, foi rubricada aos 14 de Novembro de 2003, em Maputo. Refira-se que as partes se comprometeram a desenvolver uma cooperação técnica, particularmente, nas áreas de investigação agrária; produção agrícola; gestão de água para irrigação; produção pecuária e piscicultura; agro-industrial; mecanização agrícola e tecnologia sobre pós-colheita; florestas e reflorestamento, incluindo o processamento da madeira e de produtos não madeireiros; importação e exportação de madeira e de produtos madeireiros; e serviços de protecção ambiental da floresta relacionados com o Mecanismos de Desenvolvimento Limpo. Director Geral do IIAM conduzido a visita. O IIAM mostrou vontade acrescida em cooperar com Vietname, sobretudo no capítulo do compromisso de enviar técnicos para àquele país asiático para serem formados e receber peritos e técnicos vietnamitas, para trabalhar no âmbito da transferência de tecnologias, com vista ao incremento da produção e produtividade nas áreas de agricultura, pecuária, florestas e implementação do modelo de produção “arroz – peixe – pato”. No final da visita do Vice – Ministro da República Socialista do Vietname a Moçambique, adoptou-se como modelos de cooperação entre os dois Governos: a colaboração mútua, onde a parte vietnamita envia especialistas, técnicos e agricultores para assistência técnica a Moçambique no domínio da agricultura e pescas e a parte moçambicana vai suportar os devidos honorários; e a colaboração trilateral onde as partes procuram conjuntamente patrocínios de terceiros para financiar e executar projectos. (Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) Momento em que o Ministro Vietnamita visitava o Laboratório de Biotecnologia. 3 Boletim do IIAM DESTAQUES SADC Debate Maneio e Gestão de Informação sobre Agricultura e Desenvolvimento extrema relevância para a prossecução dos termos de referência dos técnicos acima referenciados visto que este não foge ao característico do dia-a-dia laboral dos mesmos. Deste modo, refira-se que o seminário teve como pano de fundo a necessidade de providenciar aos participantes, um treinamento no uso das ferramentas para o maneio e gestão de informação sobre Agricultura e Desenvolvimento (AR&D) bem como a estratégia de maneio da comunicação (CKMS) usados no projecto ICART – Tecnologia de informação sobre a Agricultura e Pesquisa. Participantes ao seminário do ICART. Teve lugar em Gaberone, Botswana, de 24 a 26 de Setembro de 2008, um seminário relativo ao desenvolvimento de um sistema integrado de gestão de informação agrária ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC). O encontro que aglutinou técnicos dos países membros da SADC, insere-se nos objectivos principais do Projecto ICART (Informação, Comunicação, Agricultura, Pesquisa e Treinamento) que é estabelecer e manter um sistema de informação e ao mesmo tempo capacitar um grupo de especialistas de informação na região de modo a promover e melhorar a troca de informação relevante sobre a Pesquisa Agrária e Desenvolvimento, ligar e harmonizar com outras iniciativas subregionais de sistemas de informação e produzir informação útil para desenvolvimento agrário. “O domínio no uso das ferramentas do TIC (Tecnologia de formação e comunicação) é fundamental para comunicação e troca de informação dai a necessidade pelo projecto de capacitar um grupo de especialistas 4 que irão assegurar a implementação nos países da região”, afirmou Dr. Clesensio Tizikara, Coordenador de Projecto ICART na abertura. Clesensio Tizikara, Coordenador de Projecto ICART no acto de abertura. Representando Moçambique, participaram no seminário os técnicos do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) Sostino Júnior da Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias (DFDTT) e Jorge Francisco da Direcção de Agronomia e Recursos Naturais (DARN), o Técnico de Comunicação e Marketing e o Especialista em GIS, respectivamente. De notar que o objectivo central do encontro era de Para o efeito, o seminário caracterizou-se por discussões em sessões plenárias, trabalhos em grupos para aprofundar alguns assuntos e exercícios práticos baseados em inserção de informação no portal AIMS ([email protected]). Assim sendo, os participantes foram capazes de identificar os parceiros do CKMS no AR&D, na medida em que, como continuação de seminário havido anteriormente (em Joanesburgo de 25-27/06/08), um grupo de parceiros foi categorizado de modo a permitir que fossem identificadas as suas necessidades, tipos de informação, formas de comunicação, etc., sua organização e enquadramento no contexto de “Networking”. Constituiu ainda matéria do seminário do ICART, a análise de parceiros CKMS e AR&D, onde após uma categorização criteriosa (dos parceiros), os participantes identificaram seu estado do conhecimento em AR&D, suas atitudes para com AR&D e seu estado actual de prática em relação ao AR&D. DESTAQUES Participantes moçambicanos. Que se refira ainda que os participantes buscaram determinar neste seminário, a matéria ideal a comunicar com os diferentes parceiros onde para cada categoria foi possível identificar matérias/assuntos a comunicar para cada parceiro (O que comunicar, identificar as diferentes necessidades em informação), para que uso o parceiro necessita de informação a comunicar (o Porquê?), media e/ ou canal de informação a ser usado na comunicação com os diferentes parceiros (Como comunicar) e quem deve comunicar. No final, com uma sensação de missão cumprida por parte dos participantes, foi identificado e estabelecido o grupo ICT (composto pelo grupo dos Boletim do IIAM participantes deste seminário) que irá implementar o projecto a partir dos seus países; foi estabelecido o plano estratégico para o projecto ICART regional; foram categorizados os parceiros envolvidos no sistema CKMS; foi criada a matriz de analise das necessidades de informação dos diferentes parceiros; foi estabelecido o plano de acção estratégico do ICART regional e nacional; e foi executado o treinamento em uso das Ferramentas do ICT no portal AIMS. (Sostino Mocumbe/DFDTT/DDIC e Jorge Francisco/DARN/GIS) IIAM Capacita o INAS em Matérias de Gestão de Ciclo de Projectos Sociais A Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias (DFDTT) do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) realizou no período de 30 de Julho a 19 de Agosto de 2008 o curso sobre Gestão do Ciclo de Projectos Sociais para os técnicos do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) e suas delegações da cidade de Maputo e Matola. A capacitação que teve lugar nas instalações da DFDTT, emerge na sequência dum concurso público promovido pelo INAS. Com esta formação pretendia-se que os participantes fossem capazes de identificar projectos/programas relevantes para a redução da pobreza em conformidade com o contexto local e as políticas do sector; usar as técnicas adequadas para identificação de projectos /programas sociais, seleccionar os beneficiários dos seus programas; fazer análise, planeamento e gestão das intervenções; determinar os princípios básicos da monitoria e avaliação do impacto e como usálos na gestão de projectos; escrever e apresentar uma proposta de um projecto social; e facilitar processos participativos de elaboração de projectos. O Curso de Gestão de Ciclo de Projectos Sociais teve um enfoque fundamentalmente prático através da simulação do diagnostico, planeamento e implementação do projecto, recorrendo a palestras participativas e trabalhos em grupos que culminaram com apresentações e debates em plenário. “Este curso é essencialmente interactivo, portanto, a metodologia usada é participativa, onde não existe um formador como tal, mas um facilitador que mostra os passos que devem ser tomados em consideração com vista a elaboração do projecto”, esclareceu Eng. Alcino das Felicidades, Coordenador da Formação do IIAM. Com a presença da Sra. Directora da DFDTT Dra. Paula Pimentel, a abertura formal do curso foi feita pela Sra. Directora Nacional do INAS, Dra. Lúcia Bernardete Mairosse, tendo salientando o seguinte: “Já têm um certo conhecimento sobre desenho de projectos, no entanto, é necessário fazer uma consolidação e uniformização das técnicas usadas pelos técnicos dentro da instituição. Pretendemos que depois da formação os participantes sejam capazes de começar a fazer formações para os colegas das Delegações do INAS nas províncias”. Com cerca de 18 participantes o curso tangeu temas como: identificação dos projectos, formulação de projectos, apreciação de projectos, implementação de projecto e comunicação, monitoria e avaliação de projectos, técnicas de facilitação em programas participativos e formulação de projectos pelos participantes. Na visão dos participantes “o programa do curso esteve de acordo com a área de actuação do INAS e os conhecimentos e as habilidades adquiridos vão ajudar os participantes a melhorar a elaboração de projectos sociais”. (Sostino Mocumbe/DFDTT/ DDIC, Alcino das Felicidades/ DFDTT/DF) Publicidade 5 Boletim do IIAM INVESTIGAÇÃO Avaliação dos efeitos de diferentes substratos e do fertilizante NPK 12:24:12 na aclimatização ex vitro de plântulas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) propagadas in vitro. S. Matsimbe (IIAM); O. Quilambo (UEM); A. Zacarias (IIAM); C. Martins (IIAM); A. Sitoe (IIAM) & C. Do Vale (IIAM). Materiais & Métodos Campo com plantas propagadas in vitro apos a aclimatização ex vitro. Introdução A cultura de tecidos é um método efectivo de eliminação de viroses e multiplicação rápida de material são (Jorge et al., 2000). Todavia, a disseminação de plantas de mandioca propagadas in vitro tem sido difícil devido as baixas taxas de sobrevivência que se verificam durante a transferência das plantas para as condições ex vitro (Jorge et al., 2001). Esta transferência, denominada aclimatização, é uma passagem crítica e representa, em muitos casos, factor limitante para a propagação in vitro da mandioca. marcada influência no enraizamento adventício e sobre a qualidade das raízes formadas (Hoffmann et al., 2001). O NPK, por promover o vigor e o desenvolvimento radicular da planta (Segovia et al., 2002), também pode ter papel importante para o rápido estabelecimento das plântulas durante esta fase. O objectivo deste trabalho foi de avaliar os efeitos de 3 diferentes substratos e do NPK durante a aclimatização ex vitro de plântulas de mandioca propagadas in vitro. A aclimatização ex vitro é definida como uma adaptação das plântulas transferidas das condições in vitro para o ambiente natural, geralmente uma estufa ou campo. Um dos factores chave da aclimatização é o substrato, uma vez que constitui um factor externo de 6 Plântulas de mandioca in vitro selecionadas para a aclimatização ex vitro na estufa. O ensaio foi montado nas estufas do IIAM entre Fevereiro a Abril de 2006. Plantas de mandioca propagadas in vitro no Laboratório de Biotecnologia e seleccionadas de acordo com altura (5 a 7 cm); número de folhas e desenvolvimento radicular foram transferidas para a estufa onde, foram retiradas dos tubos de ensaio, lavadas com água corrente para remoção do meio de cultura aderido as raízes (Roca et al., 1984) e transplantadas em bandejas (44*30*7 cm) contendo substratos, previamente preparados, mantidas em condições com altos níveis de humidade relativa (IITA, 2002) [reduzida gradualmente a partir dos 8 até aos 16 DAT (dias após o transplante)] providenciada pelas câmaras de humidade na estufa. Estabelecimento das camaras de humidade na estufa. O delineamento experimental utilizado foi o completamente casualizado com 6 tratamentos por variedade (Chinhembue e 6 Meses), com 30 plantas por tratamento. Três diferentes substratos foram considerados: Hygromix+Vermiculita (HV) (3:1 v/v), Solo arenoso+Estrume bovino (SE) (3:1 v/v) e Vermiculita+Estrume bovino (VE) (3:1 v/v) nos quais foram adicionados (T4, T5 e T6) ou não (T1, T2 e T3) 2g/L do NPK 12:24:12. Aos INVESTIGAÇÃO 52 DAT foram avaliadas as taxas de sobrevivência e de crescimento (AF = área foliar; CR = comprimento da raiz; PMFPA = peso da matéria fresca da parte aérea; PMFPR = peso da matéria fresca da parte radicular e NF = número de folhas e NR = número de raízes). Avaliação da sobrevivência foi feita por análise numérica enquanto os dados relativos ao crescimento (CR, NF e NR) foram submetidos a análise de variância complementada pela comparação das médias através do teste de Tukey (HSD) com intervalo de confiança de 5% (Flower & Cohen, 1996). Bandejas contendo plântulas após a remoção das câmaras de humidade. Resultados & Discussões Os resultados obtidos mostraram que, independemente da variedade e da dose do NPK aplicada, o HV (T2 e T5) foi o substrato que proporcioniu maior índice sobrevivência (> 70%) contrastando com os outros dois substratos [SE (T1 e T4) e VE (T3 e T6)] nos quais o índice foi baixo (<35%). O sucesso do HV pode estar relacionado com a sua composição química que é equilíbrada além da sua uniformidade física, diferentemente do que ocorre com os outros substratos. Este substrato caracterízase pela baixa densidade; adequada porosidade, drenagem e aeração; boa economia hidrica e nutritiva. Estas características, segundo Maciel et al. (2002) determinam a adaptação das plantas as condições ex vitro. O NPK promoveu maior sobrevivência das plantas no entanto, apenas proporcionou maior diferênça entre os tratamentos no substrato SE, onde a presença do NPK (T4) superou o tratamento sem NPK (T1), isto pode ser justificado pela acção positiva do NPK no promoção e desenvolvimento radicular das plantas (Segovia et al., 2002) atendendo que as raízes formadas em meio de cultura in vitro são de baixa qualidade constituindo uma das causas da baixa sobrevivência (Hoffmann et al., 2001). A avaliação do crescimento mostrou significância dos efeitos dos substratos no NF, NR e CR. Estes resultados coincidem com as conclusões de Hartmann et al. (1990) que referem que os principais efeitos dos substratos manifestam se sobre as raízes, podendo acarretar algumas influências sobre o crescimento da parte aérea. De facto durante o processo da aclimatização, houve um incremento no NF e NR em plantas dos substratos HV e SE. O CR apenas foi significativo na variedade 6 Meses, onde os substratos HV e SE superaram o VE. Transplante das plantulas nas bandejas contendo substrato. Boletim do IIAM Conclusões Nas condições deste trabalho concluise: i) o substrato HV promoveu maior índice de sobrevivência e crescimento das plântulas, sendo o mais adequado para a aclimatização ex vitro, enquanto o VE foi o menos eficiente; ii) a aplicação do NPK produziu maior diferença entre os tratamentos em termos de sobrevivência no substrato SE e iii) a expressão significava do crescimento das plantas verificou-se no NF, NR e CR, onde os substratos HV e SE registaram os melhores resultados. Recomendações Diante do constatado, recomenda-se que sejam feitos outros experimentos desta natureza, de forma: 1) a avaliar o efeito dos outros factores relacionados com a aclimatização ex vitro 2) formular substratos preparados a base de materiais disponíveis localmente e de baixo custo (por exemplo: serradura; fibras da casca do coco, etc) por forma a reduzir-se os custos desta metodologia. dr. Sofrimento Matsimbe, em plena actividade. 7 Boletim do IIAM REPORTAGEM EZC Acolhe mais um Dia de Campo o de gado de leite e, mais tarde o Banco de Germoplasma. Seguiu-se a demonstração de um ensaio que compreendeu a mistura de bagaço de copra, ureia e sal. Rumou-se ao ovil e, por fim, visitou-se o campo de capim elefante. Com a presença de representantes das Associações dos Criadores, Chefes Tradicionais, Serviço Distrital de Actividades Económicas, ONG’s, do Governo (na pessoa do administrador do distrito), o evento, tornou-se num processo de aprendizagem consubstanciado em mini-palestras de local em local por onde os participantes eram condicionados a visitar. O Chefe da Estação Zootécnica de Chobela e a Directora Técnica da DCA saudando os presentes ao dia de campo. A Direcção de Ciências Animais (DCA) do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) realizou mais um dia de campo. O evento que teve lugar a 06 de Agosto do ano em curso, na Estação Zootécnica de Chobela (EZC), no distrito de Magude, província de Maputo, aglutinou quadros do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique a vários níveis, representantes das associações dos criadores de gado locais, representantes das autoridades tradicionais, regulado e órgãos de comunicação a fim de testemunhar as actividades em curso naquela estação científica. “Pretendemos com este dia de campo partilhar com colegas e parceiros um pouco das actividades desenvolvidas na EZC e que por via disso possamos receber contributos visando a melhora-las de modo a bem servir o nosso público-alvo”, afirmou Dra. Rosa Costa, Directora Técnica da DCA na abertura do evento. Dra. Rosa Costa, Directora Técnica da DCA em seu discurso de abertura. O chefe da estação Zootécnica de Chobela intervindo perante os presentes ao dia de campo. es aos 8 A visita que abarcou todos os pontos que caracterizam as actividades da EZC, teve o seu início no viveiro de espécies forrageiras, passou pelo sector de gado de corte, depois, Na visita ao viveiro de espécies forrageiras, foi notório o entusiasmo dos participantes, na medida em que, vinham convivendo com maior parte delas sem, no entanto, reconhecerlhes suas potencialidades nutritivas para os animais. “Temos visto estas plantas crescendo em nossos campos, sobretudo, nas baixas da nossa zona”, exclamou um criador não conseguindo conter o entusiasmo. Os especialistas do IIAM afectos a EZC, tomaram o momento como oportunidade única para debruçarse acerca da conservação de cilagem, evidenciando-a como uma tecnologia alternativa a ser adoptada pelos criadores, para ultrapassar o constrangimento do baixo peso de seus animais na época fresca. No decurso da visita, os criadores manifestaram vontade de beneficiar das tecnologias apresentadas, dentre as quais, a inseminação artificial, visto que, garante com que as fêmeas de seu rebanho, reproduzam sem serem cobridas por um macho, merecendo, deste modo, a oportunidade de tal, ocorrer por via da inseminação do sémen duma espécie de alta patente num número e momento controlados. REPORTAGEM Na multiplicação de espécies forrageiras, alguns dos visitantes ficaram com vontade de adquirilas para posterior multiplicação em seus próprios espaços e, em resposta, a EZC comprometeu-se a fornecer sementes de capim elefante, tendo deixado claro que as que se apresentam já em planta ser-lhe-ão vendidas a preço simbólico de modo a garantir a ininterrupta reprodução e conservação das mesmas. A efectivação deste ponto em particular está associada as acções que se antevêem, sendo que, parafraseando o discurso de fecho do evento avançado pelo Dr. Zacariais Massango (Chefe da EZC), “avisinham-se Boletim do IIAM acções com destaque para o projecto das galinhas e a moringa que ainda no decurso do mês de Agosto se pretende com ele atingir 84 famílias visadas em que metade se supõe que irão tratar de galinhas para a produção de ovos, enquanto a outra metade será para a produção de carne”. (Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) EAU Beneficia de Reabilitação no seu Sistema de Rega Este fenómeno propiciou uma paragem sistemática de muitos ensaios que a Estação vinha desenvolvendo. “A pouco mais de 4 anos que não nos aproveitamos integralmente do verdadeiro potencial do nosso sistema de rega, isto é, usamos apenas 20% dos 100 ha disponíveis no nosso terreno, facto que propiciou que alguns dos ensaios fossem realizados condicionalmente, assim sendo, a compra de duas bombas e a reabilitação parcial do canal é, sem dúvida, uma mais valia para a EAU”, afirmou Eng. Celestino Simpho, Chefe da EAU. As duas bombas terão a capacidade para 700 metros cúbicos de água por hora, prevendo atingir cerca de 100 hectares de terras disponíveis. A Estação Agrária de Umbelúzi (EAU) do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) vive desde primeira semana de Agosto do ano em curso, um processo de reabilitação do sistema de regadio no seu recinto, no distrito de Boane. Com fundos do Banco Mundial (BM) orçado em cerca de 50 mil dólares, o Grupo Consultivo para Pesquisa Agrária Internacional (sua denominação em Inglês CGIAR) lidera a iniciativa encetada no âmbito da “Reunião Geral Anual” a ter lugar em Maputo no mês de Dezembro de 2008. “Porque grande parte de nossas actividades encontram-se no norte do país e não achando necessário deslocar convidados em tamanhas distâncias, programamos que durante a Reunião Geral Anual do CGIAR haja um dia de campo na Estação Agrária de Umbelúzi onde em coordenação com os programas nacionais do IIAM, o grupo antevê algumas sessões de demonstração de parte de suas actividades em curso em Moçambique”, informou Sicco Kolijn o coordenador do processo de reabilitação do regadio. Para o efeito, o Secretariado do CGIAR, ainda por volta de finais de Abril e princípios de Maio do corrente ano, num dos encontros de preparação da sua Reunião Geral Anual, decidiram apoiar a EAU, intermediando o financiamento e acompanhamento do processo de reabilitação do regadio. Refira-se que desde 2004, as duas bombas que vinham alimentando o sistema de rega na EAU foram forçadas a parar de funcionar devido a uma avaria diagnosticada no seu sistema operativo. Deste modo, a reabilitação abrangeu a compra e montagem de duas novas bombas de fabrico Japonês que funcionam a energia à empresa sulafricana sedeada em Nelspruit, na República Sul Africana (RSA). A fase subsequente corresponde à reabilitação de canais do sistema de rega que conduzem a água aos campos de ensaio da EAU, visto que, já denunciava algumas características de avançado estado de degradação. Sendo as bombas, de grande capacidade, irão, sem dúvida, contribuir para dinamizar o exercício científico traduzido em ensaios que consiste na justificação primária da existência da EAU. “As duas bombas juntas têm uma capacidade de 700 metros cúbicos por hora, prevendo atingir cerca de 100 hectares de terras disponíveis na EAU”, enalteceu Sicco Kolijn. (Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) 9 Boletim do IIAM DIVULGAÇÃO Cientistas Preocupados com Maneio de Contaminações por Aflatoxinas de gestão e controle; uma análise sobre o desenvolvimento da aflatoxina durante o movimento na cadeia de valores desde o campo ate ao consumidor para melhor identificação dos pontos críticos de controle; um desenvolvimento de tecnologias práticas de controle biológico para reduzir a vulnerabilidade das plantações à contaminação por aflatoxinas; uma criação dum sistema prático de maneio e monitoria de aflatoxinas que sirva para determinado ecossistema com as tecnologias existentes; e um desenvolvimento dum plano de intervenção para milho e amendoim e apoiar na sua implementação. Milho infectado pela Aflatoxina. Cientistas desenvolveram uma forma eficaz de controlo biológico de fungos que produzem elementos tóxicos que afectam alguns produtos agrícolas e coloca em sérios riscos a saúde dos humanos na Africa Sub-Sahariana. quer nos campos de ensaio, ainda no ambiente controlado, como gestadores de elementos não-tóxicos (atóxicos) capazes de reduzir radicalmente a aflatoxina no milho a partir do controle biológico. O estudo co-executado por pesquisadores do Instituto Internacional para a Agricultura Tropical (IITA), na Nigéria, do Departamento Norte Americano para Agricultura, e de três universidades, nigeriana, alemã e norte americana, Universidade de Ibadan, Universidade de Bonn e Universidade de Arizona, respectivamente, conseguiu reunir 2,127 amostras de Aspergillus, dos quais 1,000 foram reconhecidas como não tóxicas. No entanto, 8 espécies promissoras de Aspergillus flavus, responderam positivamente aos sucessivos testes quer no laboratório Refira-se que, no transacto ano de 2007, cientistas avançaram com um teste da eficácia do novo mecanismo, a grande escala ao nível da Nigéria 10 No mês de Junho do ano em curso, pesquisadores do IITA avançaram com uma proposta de maneio de contaminações por aflatoxinas no milho e no amendoim nas maiores zonas de produção de Moçambique. O documento prevê uma caracterização da distribuição geográfica de aflatoxinas nas maiores zonas de produção de milho e amendoim no intuito de definir a melhor estratégia As espécies que produzem a aflatoxina de Aspergillus flavus de acordo com o IITA são o fungo que provoca contaminações em aflatoxina que impede o crescimento e desenvolvimento de milhões de crianças em Africa. A contaminação da Aflatoxina é largamente abrangente no panorama agrícola em Africa, resultando em milhões de pessoas expostas ao crónico envenenamento químico nas dietas prevalescentes. O tão propalado “Fungo Queniano Assassino”, um familiar distante do fungo em causa, foi responsável por cerca de 125 mortes no decurso do ano 2004 no Quénia. Exposição prolongada, ainda que de doses menores de aflatoxina pode resultar em cancro de fígado e suspensão do sistema imunológico, a qual coloca as pessoas mais vulneráveis as doenças. IITA esclareceu que uma equipa de DIVULGAÇÃO Boletim do IIAM sinergicamente com hepatite B, vírus causador de carcinoma hepatocelular. Este é o câncer mais comum na Africa Sub-Sahariana atingindo 10% da população masculina adulta em partes da Africa Ocidental. Muitos casos de aflatoxicose aguda são conhecidos. A aflatoxina tem sido ligada ao câncer e tem sido associada a crescente taxa de mortalidade infantil. cientistas liderada pelo Dr. Ranajit Bandyopadhyay, Patologista de plantas da instituição, usou uma espécie atóxica altamente competitiva de Aspergillus para eliminar seus parentes altamente tóxicos, fazendo, deste modo, reduzir as aflatoxinas. “A espécie atóxica foi capaz de reduzir a contaminação em aflatoxina cerca de 99,8% nos campos de ensaio”, disse Ranajit. Assim sendo, a espécie atóxica mais eficaz pode fazer frente a espécie tóxica em grãos até cerca de 99% depois de espalhado no campo. O próximo passo é o de testar a eficácia de bio-controlo depois de espalhadas as espécies múltiplas em larga escala nos campos de ensaio em vários locais da Nigéria. “O projecto de bio-controlo está na sua fase mais avançada onde precisamos de finalmente provar que a espécie atóxica pode reduzir radicalmente as contaminações de aflatoxina numa situação real de produção agrária”, disse Ranajit. A espécie atóxica segura foi identificada depois de rigorosamente testadas centenas de espécies colectadas do milho bolorento armazenado pelos produtores na Nigéria. “Neste caso, o uso de espécies atóxicas indígenas, e não importadas, é crucial para garantir que espécies libertadas sejam adequadas a condições locais e resistentes ao ecossistema local”, Dr. Peter Cotty do Departamento Norte Americano de Serviços de Pesquisa Agrária. Refirase que a pesquisa foi fundada pelo governo Alemão (BMZ/GTZ). A contaminação do milho, o maior cereal na dieta africana, pela aflatoxina é crónica e difundida transformando-a no maior factor de risco na saúde e bem estar, particularmente nas crianças. Em Benin e Togo, os níveis de aflatoxina no milho atinge em média 5 vezes o limite seguro de 20 partes por bilião em mais de 30% de armazenistas de grão. Como resultados, pessoas têm sido expostas a altos níveis de aflatoxina e as consequências têm sido amplamente ignoradas. Recentemente, estes causaram a morte de cerca de 125 quenianos em 2004 com réplicas em 2005, 2006 e 2007. Os efeitos crónicos da aflatoxina são abrangentes e perigosos, sobretudo, para as crianças. Cerca de 50% em 4.5.milhões de mortes na Africa Sub-Sahariana em crianças com idades inferior a 5 anos foi associada a baixa nutrição e constrangimentos no crescimento. Importa referir que a Aflatoxina também estanca a reacção imunológica, incrementando, deste modo, a susceptibilidade a doenças (Ex.: HIV e Malária), e possivelmente, compromete a eficácia das vacinas. A toxicidade extremamente alta da aflatoxina nos humanos e animais quando localizada na comida e alimentar-se tem conduzido a controles regulares. De até certo ponto, produtos alimentares africanos falham penetrar grande parte dos mercados porque os países importadores estabeleceram padrões de altos níveis de qualidade, particularmente, o milho e o amendoim. Este fenómeno gera uma perda substancial nos rendimentos ao nível da comercialização agrícola com efeitos nefastos, sobretudo, no bem estar das populações rurais africanas, uma vez que, na sua maioria, de tal dependem. (Sostino Mocumbe/ DFDTT/DDIC) A aflatoxina tem sido ligada ao câncer e tem sido associada a crescente taxa de mortalidade infantil em conexão com o kwashiorkor. A aflatoxina age 11 Boletim do IIAM ÚLTIMAS DFDTT Presta Homenagem a Funcionários Reformados dúvida a prevalecente entre os colegas que ao beneficiar da palavra, tomaram-na como oportunidade para tecer algumas palavras de apreço aos homenageados. A homenagem conheceu sua apoteose quando das mãos da Dra. Paula Pimentel (DT da DFDTT), numa acção motivada pela necessidade de manter o IIAM em suas mais nobres recordações, os visados receberam presentes pelos anos de serviço prestados na Direcção. Os homenageados ladeados pelo Director Geral do IIAM e pela Directora Técnica da DFDTT. A Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias (DFDTT) do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), conheceu um momento especial no dia 12 de Setembro do ano em curso, ao prestar homenagem a três colegas que com perspicácia e exemplaridade completaram o período regulamentar de sua missão laboral, instituído pelo Estatuto Geral dos Funcionários do Estado, nomeadamente, Ernesto Domingos Chale, Bande Ofisso Chirindza e Jeremias Bila. O evento que teve lugar nas instalações do IIAM e, foi presidido pelo Dr. Calisto Bias, Director Geral, coadjuvado pela Dra. Paula Pimentel, Directora Técnica da DFDTT. “Agradecemos o tempo que ficaram connosco, esperamos que continuem com saúde, tomem a reforma para merecidamente repousar, mas, não se esqueçam de nos visitar assim que tiverem algum vagar e, louvamos a iniciativa da DFDTT por este evento”, afirmou Dr. Calisto Bias, Director Geral do IIAM. Quadros vinculados a DFDTT testemunharam o evento que, certamente, ficará indelevelmente marcado na mente dos homenageados. Ernesto Domingos Chale e Jeremias Bila que trabalharam como Chefe Administrativo e Agente de Serviço, respectivamente e, Bande Ofisso Chirindza que beneficiou de rescisão de contrato por idade, não foram capazes de esconder o entusiasmo diante da vénia prestada pelos colegas que nos mais diferenciados momentos, conjuntamente foram desempenhado a sua tarefa. “Foi gratificante e enriquecedor trabalhar convosco e seguramente sentiremos vossa falta” foi sem Um dos homenageados recebendo uma prenda das mãos da Directora Técnica da DFDTT. Os homenageados foram unânimes ao afirmar que “faltam palavras para classificar tamanha satisfação e gratidão pela iniciativa da DFDTT e que os jovens recém ingressados no aparelho do Estado, sejam fortes e perseverantes profissionalmente, sobretudo, no que tange ao HIV/ SIDA que tem ceifado muitas vidas de funcionários desde que foi diagnosticado em Moçambique”. (Sostino Mocumbe / DDIC / DFDTT) Director: Doutor Calisto Bias. Editora: Paula Pimentel (DFDTT). Coordenação de Produção: Américo Humulane. Revisão: Roseiro M. Moreira. Redacção e Colaboração nesta Edição: Paula Pimentel, Américo Humulane, Marta Francisco, Sostino Mocumbe e Sofrimento Matsimbe. Maquetização: Manuel Cossa. Fotografia: Arquivo de colaboradores. Impressão: Reprografia do IIAM. Tiragem: 500 exemplares. Sede: Av. das FPLM, 2698. Internet: http//www.iiam.gov.mz. Email: [email protected]. Telefone: 21 460219. Fax: 21 460220. Propriedade: Instituto de Investigação Agrária de Moçambique. Distribuição Gratuíta: DISP.REG/GABINFO-DEC/2006. 12
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