Ed 120 - Açores 9

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Ed 120 - Açores 9
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Junho l 2016 | Ano: XI | Nº.: 120
Preço: Gratuito | Edição: Mensal
Director: Paulo Melo
O Presidente da República decidiu convocar as eleições para a
Assembleia Legislativa
dos Açores para 16 de
outubro, depois de ter
ouvido os partidos representados no parlamento regional, disse
hoje à Lusa fonte oficial
de Belém.
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Foto: DR
Freitas quer
mais apoio
aos doentes
deslocados
Duarte Freitas, garantiu
hoje que vai aumentar os
apoios aos doentes deslocados, que foram “prejudicados” pelos cortes
impostos pelo governo
regional socialista nesta
área. Página 07
VascoCordeiro
recandidata-seaPresidente
doGovernodosAçores
O líder do PS/Açores afir- verno Regional “para fazer parte do combate por uma
mou hoje que se recandi- o que falta ser feito” e de- região cada vez mais dedata a presidente do Go- safiou os jovens a serem senvolvida. Página 02
Foto: Gacs
jornalacores9.net
PUB
Ricardo Moura
vence o 51º
Azores Airlines
Rallye
O piloto açoriano subiu
ao lugar mais alto do
pódio depois de ter assumido a liderança do
rali na 14.ª e antepenúltima prova especial de
classificação.
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Foto: Pedro Couto
Legisla6vas
Regionais
são a 16
de outubro
infomail
Projeto para a Calheta foi apresentado
A solução agora apresentada passa, genericamente, pela demolição das galerias comerciais existentes na Calheta Pêro de Teive, com a redução substancial da volumetria
ali existente, mantendo-se os dois pisos subterrâneos de estacionamento e criandose uma zona verde para fruição pública. Página 02
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Vasco Cordeiro recandidata-se ao Governo
dos Açores para “fazer o que falta ser feito”
02
Jornal Açores 9 Junho 2016
REGIONAL
JORNAL AÇORES 9
[email protected]
“Apresento-me hoje aqui, perante vós e
perante as açorianas e os açorianos, não
só pelo muito que foi feito, apresentome perante vós para fazer o que ainda
falta ser feito”, disse Vasco Cordeiro, no
Teatro Micaelense, em Ponta Delgada,
Açores.
Vasco Cordeiro discursava no dia em que
passam 40 anos sobre as primeiras eleições legislativas regionais, na sessão
de apresentação e entrega do contributo
da sociedade civil para o Programa de
Governo 2016-2020, documento no
qual são elencados mais de 400 objetivos, estratégias e medidas.
Perante uma sala cheia, o dirigente socialista declarou se apresenta “não porque nestes quatro anos” se reduziu a
taxa de desemprego em mais de 30% ou
por terem sido criados cerca de seis mil
novos empregos.
“Apresento-me hoje aqui, desde logo,
porque tenho a ambição de ajudar mais
o açoriano que ainda está desempregado, o jovem que ambiciona o seu primeiro emprego, o açoriano que gostaria de ter um melhor emprego, mais seguro e melhor remunerado”, referiu Vasco Cordeiro.
Acrescentando que se apresenta “não
porque nestes quatro anos” se conseguiu
aumentar a taxa de conclusão do ensino básico em mais de 16% ou porque se
reduziu em 15% a taxa de abandono escolar precoce”, o presidente do PS/Açores salientou que “tem a ambição de fazer mais e melhor pela educação e pela
qualificação dos açorianos”.
“O que nos reúne aqui não é o facto de,
nestes últimos quatro anos, termos
conseguido aumentar em cerca de 20%
o número de cirurgias ou o número de
consultas disponibilizadas pelo nosso Serviço Regional de Saúde”, continuou
Vasco Cordeiro, que quer dar “uma
resposta mais rápida” aos que ainda
aguardam em lista de espera uma ci-
Foto: PS/A
Presidente do PS/Açores recandidata-se à Presidência do Governo dos Açores
rurgia ou uma consulta médica.
Enumerando outras áreas que o executivo socialista desenvolveu nos últimos
quatro anos, da solidariedade social à
agricultura, das pescas às finanças públicas, o também presidente do Governo Regional apontou as dificuldades
desta legislatura que colocou à prova a
capacidade de a autonomia servir como
instrumento para melhorar a vida da população, assim como a sua “capacidade
de resistência e tenacidade”.
“Estes foram, na verdade, quatro anos
desafiantes, mas mobilizadores, quatro
anos intensos mas gratificantes, quatro
anos exigentes, mas plenos de realizações”, declarou, expressando, agora
que a região se prepara para um novo
ciclo, com as próximas eleições regionais,
um reconhecimento “aos verdadeiros
obreiros da forma como, nos Açores”, se
ultrapassou a “tempestade económica
e social”.
Para Vasco Cordeiro, neste período, a
forma como a região venceu e ultrapassou os desafios deveu-se, “de forma
determinante, à capacidade de união, à
solidariedade, ao esforço, ao trabalho e
à confiança que, em diversos momentos”, a população, nos mais diversos setores de atividade, manifestou.
Segundo o líder do PS/Açores, nestes
quatro anos, os Açores foram “capazes
de privilegiar o essencial, trabalhando
para preservar a estabilidade política
como um bem comum, trabalhando
para salvaguardar a paz social como um
ativo enriquecedor” da sociedade açoriana.
Presidente da República Carlos César espera que resultado do
convoca eleições nos
referendo agite consciências na Europa
Açores para 16 de outubro
Foto: DR
Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República decidiu convocar as eleições para a Assembleia Legislativa dos Açores para 16 de outubro,
depois de ter ouvido os partidos representados no parlamento regional, disse
à Lusa fonte oficial de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa concluiu hoje
as audiências que realizou desde terçafeira à tarde com os partidos com assento
parlamentar na Assembleia Legislativa Regional dos Açores com vista à marcação
das eleições neste arquipélago.
A data de 16 de outubro foi a que reuniu
mais preferências, tendo sido apontada
pelo PS, PSD e PPM.
O PCP disse preferir dia 09, o BE apontou
os dias 09 ou 16 de outubro como "as datas mais aconselháveis", enquanto o
CDS-PP disse que o dia 23 é a melhor data,
embora também não tivesse excluído a
possibilidade do ato eleitoral ocorrer dia
16.
De acordo com a lei eleitoral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma
dos Açores, "o Presidente da República
marca a data das eleições dos deputados
à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores com a antecedência
mínima de 60 dias", em caso de eleições
ordinárias, como serão as próximas.
"As eleições realizam-se, normalmente,
entre o dia 28 de setembro e o dia 28 de
outubro do ano correspondente ao termo da legislatura", refere ainda a legislação.
Nas últimas eleições regionais, a 14 de outubro de 2012, o PS elegeu 31 dos 57 lugares na Assembleia Legislativa dos Açores, enquanto o PSD, o maior partido na
oposição, conquistou 20 mandatos. O CDS
tem três deputados no parlamento regional, enquanto BE, PCP e PPM conseguiram um mandato cada.
Nos Açores, onde o PS governa há 20
anos, há nove círculos eleitorais, coincidentes com cada uma das ilhas, e um círculo regional de compensação.LLusa
O presidente do grupo parlamentar do
Partido Socialista na Assembleia da República, Carlos César, manifestou esperança de que o resultado do referendo
no Reino Unido agite consciências para
uma mudança europeia, sob pena dos
cidadãos procurarem alternativas.
Oxalá que sobressaltos como os provocados por este referendo no Reino Unido agitem consciências de uma mudança
europeia”, afirmou Carlos César, no
âmbito das jornadas parlamentares do
Partido Socialista, dedicadas à “Autonomia, fator de desenvolvimento”, que
hoje decorrem em Ponta Delgada, ilha
de São Miguel.
Para Carlos César essa mudança europeia “deve reforçar um poder político democrático, forte, esclarecido, que torne
a União competitiva e um interlocutor
válido no palco internacional”.
“Ou a União Europeia muda nos planos
de legitimidade democrática da sua governação nos planos económicos, social,
equidade e coesão territorial ou os cidadãos procurarão a pouco e pouco alternativas por mais arriscadas, mais
desconhecidas nos seus efeitos que sejam”, referiu o líder parlamentar socialista, acrescentando que as alternativas
serão sempre “tendencialmente extremistas à direita ou à esquerda”.
Segundo Carlos César, os resultados – os
eleitores votaram maioritariamente pela
saída do Reino Unido da União Europeia
Foto: PS/A
Carlos César Presidente do Partido Socialista nacional
- demonstram que a atual Europa não satisfaz os cidadãos em geral for razões diferentes, mas “há realidades conjunturais que parecem falar mais alto no momento de irracionalidade que envolvem
decisões referendárias ou o anúncio
da sua intenção”.
Alegando que o resultado do referendo
no Reino Unido “não foi bom” para a Europa Carlos César afirmou que os britânicos descobrirão “a breve trecho que
o caminho era exatamente o inverso”.
“Os tempos europeus que vivemos são
preocupantes em especial para os que
defendem a Europa democrática, forte,
esclarecida e interlocutora mundial”
reiterou Carlos César, que na sua intervenção manifestou, ainda, confiança
que o PS/Açores é "merecedora de
uma nova vitória" nas eleições regionais
deste ano.
António Costa pergunta
aos partidos de direita qual é o seu plano B
Jornal Açores 9 Junho 2016
REGIONAL
O secretário-geral do
Partido Socialista, António Costa, perguntou aos
partidos de direita qual é
o seu plano B, acusandoos de terem errado num
conjunto de indicadores
económicos e de estarem esgotados.
JORNAL AÇORES 9
[email protected]
A direita errou no défice, a direita errou
no investimento, a direita errou nas
exportações, a direita errou no desequilíbrio da balança comercial, a direita
errou e agora é altura de nós perguntarmos e qual é o plano B da direita, depois de ter falhado tão redondamente ao
longo de todo o primeiro ano da sessão
legislativa”, afirmou António Costa, nas
Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem em Ponta Delgada, Açores.
Para o líder socialista e também primeiroministro, “a verdade é que a direita não
tem plano B, a direita só tinha como ânimo o azedume, como objetivo a vingança
e como sonho o falhanço do país”, sustentando que “ninguém constrói espe-
rança, ninguém tem futuro nesta base”.
“E é por isso que, tendo apostado sistematicamente e só no nosso falhanço,
os grandes falhados são a direita, porque
a direita é que não acertou numa única
das suas previsões e agora não tem nem
medidas adicionais nem plano B para
apresentar ao país, está esgotada, amarrada e ficou no passado que os portugueses derrotaram”, adiantou.
Antes, António Costa considerou que é
o momento de começar a fazer “o balanço de quem cumpriu o plano A e de
quem fracassou na ambição de ter um
plano B”, destacando a informação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na sexta-feira sobre o défice do primeiro trimestre.
“O que nos veio dizer o Instituto Nacional de Estatística é que tivemos o melhor
défice desde 2008 e tivemos mesmo”,
afirmou o responsável, referindo que se
forem descontadas as medidas extraordinárias que existiram em 2008, o
país registou “o melhor défice do primeiro trimestre desde 2002”, ao contrário "de todas as profecias que a direita
ia fazendo, ao contrário de todos os planos B” que pedia ao Governo.
“O nosso plano A é o plano A, é só o plano A e não haverá plano B”, realçou António Costa.
No final do discurso, o secretário-geral
do PS destacou a governação socialista
nos Açores, classificando-a como um
tema está preparado para desenvolver
o voto antecipado, em mobilidade, nas
eleições regionais dos Açores, mas a medida precisa de ser aprovada na Assembleia Legislativa.
Fonte do PSD/Açores, maior partido na
oposição nos Açores, adiantou que “o
PSD está sempre disponível para melhorar a lei eleitoral, mas a esta distância das eleições só se houver unanimidade”.
A mesma fonte assinalou que “não
abona nada a favor da autonomia que
o Governo da República queira fazer do
parlamento dos Açores uma barriga de
aluguer do Simplex”.
Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda,
entende que esta solução poderá trazer
benefícios "à própria Democracia" e a todos os partidos, de uma maneira geral.
"Não nos opomos, de maneira nenhuma, aliás, achamos que é justo. Também
vimos há muito tempo reivindicando
essa possibilidade, do voto de mobilidade
e dos invisuais, portanto não temos
nada contra, temos tudo a favor", insistiu
a parlamentar bloquista.
Posição diferente tem Artur Lima, líder
parlamentar do CDS-PP, que entende
que "não vale a pena" discutir o assunto, porque já se sabe que não reúne con-
Foto: PS/A
Primeiro-ministro António Costa nas jornadas do Partido Socialista nos Açores
“modelo e exemplo” e dizendo-se “muito satisfeito” pelos resultados no défice.
“Estou muito contente por estarmos a
conseguir cumprir o nosso objetivo sem
planos B nem medidas adicionais, mas
sei que ainda nos falta muito para alcançar os resultados do défice nos Aço-
res, porque esses são mesmo muito difíceis de atingir, mas é essa a motivação
que tenho”, acrescentou.
O défice das administrações públicas, em
contas nacionais, foi de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, divulgou na sexta-
feira o Instituto Nacional de Estatística
(INE).
No primeiro trimestre do ano anterior,
o défice foi de 5,5% do PIB (-2.344,6 milhões de euros).
Partidos nos Açores divergem sobre alteração na lei
para voto antecipado em mobilidade
Os partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores divergiram
sobre a alteração à lei eleitoral para permitir o voto antecipado em mobilidade
já nas eleições regionais deste ano.
O líder da bancada do PS, partido maioritário no parlamento regional, afirmou
à Lusa que a anteproposta de lei que o
PS/Açores pretende apresentar só irá
avançar se o seu partido tiver a garantia de que há uma maioria de dois terços para ser aprovada.
"Lamentamos essa falta de consenso,
porque achamos que esta questão só
deve avançar se houver um consenso
alargado, tendo em conta aquilo que
está em causa", declarou Berto Messias,
notando, porém, que o parlamento
"ainda vai a tempo" de aprovar esta proposta.
O Governo liderado pelo socialista António Costa quer permitir que o eleitor
possa votar antecipadamente nas eleições, à exceção das autárquicas, em
qualquer local, sem necessidade de justificar a indisponibilidade no dia do sufrágio, perante a administração eleitoral.
Em entrevista à agência Lusa, a secretária
de Estado Adjunta e da Administração
Interna, Isabel Oneto, afirmou que o sis-
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Foto: Gacs/JAR
Assembleia Legislativa Regional dos Açores
senso.
"Em primeiro lugar, isto devia ter sido
apresentado com a devida antecedência e, em segundo lugar, ao que julgo sa-
ber, não existe consenso em nenhuma
das bancadas nesta matéria, por isso, não
havendo consenso, está o assunto resolvido por natureza", sentenciou o di-
rigente centrista.
Também Paulo Estêvão, do PPM, discorda do ‘timing’ desta proposta, com a
qual até concorda, mas apenas para vigorar na próxima legislatura, e não
avançar "à pressa", nas próximas eleições
legislativas regionais.
"Acho muito bem que se introduzam estas alterações na próxima legislatura,
mas agora não. É inusitado e ao PPM
causa grande desconfiança que o PS o
queira fazer nesta altura, a pouco meses das eleições. Isto seria um risco enorme", alertou o parlamentar monárquico.
O comunista Aníbal Pires manifestou
concordância com os “princípios”, mas
referiu que “importa saber como se vai
operacionalizar e se há consenso entre
todas as forças políticas”.
“Uma iniciativa desta importância e
desta dimensão política importa que reúna, se não unanimidade, pelo menos um
consenso muito alargado”, defendeu.
Admitindo que o ‘timing’ da proposta
“talvez não seja o mais adequado”, Aníbal Pires afirmou não ter nada contra “a
possibilidade de ser alargado o espetro
de pessoas que votam antecipadamente”.
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Jornal Açores 9 | Junho 2016
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Jornal Açores 9 | Junho 2016
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Câmara de Ponta Delgada investe
150 mil euros nas “Noites de Verão 2016”
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A Câmara de Ponta Delgada, nos Açores, vai investir 150 mil euros para
promover de 17 de junho a 18 de setembro o
projeto “Noites de Verão”, evento com mais
de 50 concertos, foi hoje
anunciado.
JORNAL AÇORES 9
[email protected]
“É sobretudo uma estratégia de apoio a
uma perspetiva citadina, enquanto destino turístico, de vida no centro histórico e concertação com os empresários”,
afirmou o presidente da autarquia, José
Manuel Bolieiro, numa conferência de
imprensa no Centro Municipal de Cultura
de Ponta Delgada para apresentação do
evento.
Além de 15 animações infantis, como
‘pula-pulas’, constam do programa das
65 “Noites de Verão 2016”, no centro histórico, mais de meia centena de concertos e atuações musicais, mais de 30
Jornal Açores 9 Junho 2016
animações itinerantes, um festival de folclore, um mercado de sabores, mais uma
edição da “Noite branca” (festa em diferentes pontos da cidade) e várias outras iniciativas paralelas, que também terão apoio da autarquia.
José Manuel Bolieiro informou que toda
a atividade programada decorrerá de
quarta-feira a domingo, em locais prédefinidos, estando prevista a isenção de
taxas para esplanadas e a interrupção de
algumas ruas ao trânsito no centro histórico, desde que os empresários o solicitem na Loja do Munícipe instalada nos
Paços do Concelho.
Segundo o autarca, este ano serão incluídos novos locais de animação, como
é o caso do jardim Sena Freitas, o jardim
António Borges, o largo Mártires da
Pátria e o parque do Relvão, entre outros.
“É uma enorme satisfação manter uma
política pública municipal que tem sido
um sucesso para o centro histórico, comércio, e creio mesmo para uma dimensão de projeção cosmopolita de Ponta Delgada, enquanto destino turístico”,
considerou José Manuel Bolieiro, alertando para a importância de os empresários que participam terem uma cultura
de cumprimento de regras.
Foto: DR
João Ponte Presidente da
Atlãnticoline
co e a apresentação de uma pré-notificação junto da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, o administrador da Atlânticoline manifestou
a esperança de “que em 2016 seja possível obter, por parte das autoridades comunitárias, a necessária autorização
para o lançamento do concurso público
internacional com vista à construção de
dois navios com capacidade para 650
passageiros e 150 viaturas”.
Segundo o relatório e contas, no último
ano a operação sazonal decorreu com os
Foto: DR
O Presidente da maior autarquia dos Açores, José Manuel Bolieiro apresentou as noites de Verão 2016
Atlânticoline gastou 60 ME
em nove anos com navios
para operação sazonal nos Açores
A empresa pública de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores despendeu, de 2007 a 2015, cerca de
60 milhões de euros para fretar navios
para a operação sazonal, revela o relatório e contas da Atlânticoline.
No relatório e contas da empresa relativo ao ano passado, é revelado que a
empresa de capitais públicos registou no
último ano um resultado positivo de 1,6
milhões de euros.
Desde o seu início, em 2005, que a Atlânticoline realiza a operação sazonal, para
ligar as nove ilhas dos Açores entre
maio e setembro, recorrendo ao fretamento de dois navios, sendo que a
construção novos navios é uma pretensão antiga.
“A dificuldade de encontrar, a preços
economicamente sustentáveis, navios
com as características apropriadas às
condições dos nossos portos, a idade dos
navios que têm vindo a operar na região,
a situação atual no mercado, com tendência para se manter nos próximos
anos, com a procura muito superior à
oferta, indica-nos que o único caminho
desejável e racional é a região ter navios
novos”, defende João Ponte, que assumiu a administração da Atlânticoline em
abril de 2015.
Após a atualização do estudo económi-
REGIONAL
navios “Express Santorini” e “Hellenic
Wind”, sendo que o primeiro teve gastos de fretamento de 2,4 milhões de euros (ME) e o segundo de 3,9 ME.
Ambos os navios tiveram alguns dias inoperacionais em 2015 por diferentes tipos de incidentes, acrescido de pontuais
cancelamentos de viagens devido ao
mau tempo, algo que João Ponte adiantou ter originado “uma quebra na procura superior a 40% e o desgaste dos índices de credibilidade da empresa”,
que integrou em setembro último a
Transmaçor.
Além da operação sazonal, a Atlânticoline realiza durante todo ano uma operação regular entre três ilhas do grupo
central (Faial, Pico e São Jorge) e as duas
ilhas do grupo ocidental (Flores e Corvo),
com recurso a barcos próprios.
O relatório e contas 2015, com data de
03 de maio de 2016, indica que a empresa teve um volume de prestação de
serviços e vendas de 12,63 milhões de
euros, um ativo de 28,96 milhões de euros e um passivo de 8,79 milhões de euros.
A Atlânticoline, detida em 83,97% pela
Portos dos Açores e 16,03% pela Região
Autónoma dos Açores, tem um quadro
de pessoal composto por 92 colaboradores.
Comissário da Agricultura
admite medidas adicionais
para apoiar leite dos Açores
O comissário europeu da Agricultura
admitiu hoje que Bruxelas pode aprovar
medidas adicionais para apoiar o setor do
leite nos Açores, mas terão de ser avaliadas no âmbito dos recursos e da legislação existentes.
Phil Hogan, que falava aos jornalistas após
brindar ao leite dos Açores no ‘stand' regional da Feira Nacional da Agricultura,
em Santarém, salientou
que já foram implementadas, desde setembro,
23 medidas para apoiar o
setor dos laticínios e outros setores e que quaisquer apoios suplementares só serão decididos
após o Conselho dos Ministros europeus da Agricultura, que vai acontecer
ainda durante este mês.
"Não pomos nada de parte, vou tentar ajudar dentro dos recursos que tenho e da legislação que tenho", afirmou.
O presidente do Governo Regional dos
Açores, Vasco Cordeiro, que esteve reunido esta manhã com o comissário europeu, considerou que as matérias abordadas são "boas pistas de trabalho",
mas assinalou que "há necessidade de
continuar a trabalhar".
"Há um conjunto de medidas relativamente às quais não estamos inteiramente
de acordo, quer em termos de diagnóstico, quer em termos de necessidade",
disse Vasco Cordeiro, indicando que vai
continuar a insistir em medidas "fundamentais", como um apoio suplementar
no âmbito do POSEI (regime que estabelece medidas específicas relativas à
agricultura nas regiões ultraperiféricas da
União Europeia), sem quantificar valores.
"O que é necessário estabelecer é uma questão de princípio: os Açores precisam de um apoio
suplementar para fazer
face à crise do setor leiteiro", vincou o governante açoriano.
Vasco Cordeiro acrescentou que convidou Phil
Hogan a visitar a região
para conhecer a realidade local, que é "muito
particular e muito específica desde logo pela insularidade e
pelo distanciamento".
O comissário europeu visitou esta manhã
a Feira Nacional da Agricultura acompanhado pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Regional
(MAFDR), Luís Capoulas Santos, e parte
esta tarde para Beja onde vai fazer a ligação simbólica da chegada de água do
Alqueva à barragem do Roxo.
Ricardo Moura vence o 51º Azores Airlines Rallye
Jornal Açores 9 Junho 2016
REGIONAL
07
PARABÉNS RICARDO
Foto: Pedro Couto
Ricardo Moura (Ford
Fiesta R5) venceu hoje o
Rali dos Açores, quarta
prova do ano do Europeu de Ralis (ERC) e a
terceira pontuável para
o Campeonato Nacional.
JORNAL AÇORES 9
[email protected]
O piloto açoriano subiu ao lugar mais alto
do pódio depois de ter assumido a liderança do rali na 14.ª e antepenúltima prova especial de classificação, relegando
para a segunda posição o russo Alexey Lukyanuk (Ford Fiesta R5), com o polaco Kajetan Kajetanowicz (Ford Fiesta R5), líder
do ERC, a terminar em terceiro.
O terceiro e último dia do Rali dos Açores, ficou marcado pelos problemas mecânicos dos pilotos da frente. Kajetan Kajetanowicz partiu um eixo do motor na
primeira especial do dia, Graminhais 1,
e perdeu bastante tempo para os da frente. Alexey Lukyanuk assumiu a liderança,
mas teve problemas no turbo do Ford
Fiesta R5 na 14.ª especial, Vila de São Brás
2, deixando Ricardo Moura confortável
na liderança.
O piloto russo ainda forçou o andamento nas duas últimas classificativas, mas Ri-
Ricardo Moura satisfeito com vitória nos Açores
Duarte Freitas garante
mais apoio aos doentes deslocados
O candidato do PSD/Açores a presidente do governo, Duarte Freitas, garantiu hoje que vai aumentar os apoios
aos doentes deslocados, que foram
“prejudicados” pelos cortes impostos
pelo governo regional socialista nesta
área.
“Os doentes deslocados foram prejudicados por esta medida do governo regional. Pretendo aumentar os apoios aos
doentes deslocados e aos seus acompanhantes e eliminar a limitação do
apoio aos transportes terrestres [usados
pelos doentes]”, afirmou Duarte Freitas,
em declarações aos jornalistas, após uma
visita ao centro de saúde da ilha das Flores.
O líder dos social-democratas açorianos
salientou que o governo regional socialista “deu com uma mão e retirou com
a outra” quando alterou o regime de
apoio aos doentes deslocados, dado que
fez um corte nas verbas atribuídas aos
acompanhantes dos doentes.
“Em 80 por cento dos casos, a soma dos
apoios ao doente deslocado e ao acom-
FICHA TÉCNICA
Foto: DR
Duarte Freitas Presidente do PSD/Açores
panhante é menor do que era antes da
alteração que o governo regional fez”,
cardo Moura limitou-se a gerir a vantagem, conseguindo o triunfo com 26,8 segundos de vantagem sobre Alexey Lukyanuk, com Kajetan Kajetanowicz a
terminar a 3.23 minutos do vencedor.
Nas contas do ERC, o piloto polaco viu reduzida a vantagem para Alexey Lukyanuk,
mas continua na liderança, cumpridos
quatro dos dez ralis do campeonato de
2016.
Para o Campeonato Nacional de Ralis,
José Pedro Fontes (Citroen DS3 R5) sai
dos Açores na liderança.
O campeão nacional de 2015 teve uma
penalização de 1,5 minutos por ter controlado fora de José Pedro Fontes viu reduzida a vantagem para Pedro Meireles
(Skoda Fabia R5), segundo melhor entre
os portugueses, no sexto lugar da geral
a 5.44,1 minutos do vencedor. O piloto
de Guimarães, com os pontos somados
nos Açores, subiu ao segundo lugar do
campeonato, ultrapassando Miguel Campos, ausente nos Açores.
Luís Miguel Rego (Ford Fiesta R5), fechou
o ‘top 3’ entre os pilotos portugueses no
rali, terminando no sétimo lugar da geral, mas o açoriano não está inscrito no
Campeonato Nacional de Ralis.
O Campeonato Europeu de Ralis regressa a 23 de junho, com o Rally de
Ypres, na Bélgica, enquanto o Campeonato Nacional de Ralis vai até à região
Centro, para o Rali Vidreiro, dias 24 e 25
de junho.
sublinhou.
Além do aumento dos apoios aos doen-
tes deslocados e seus acompanhantes,
Duarte Freitas assegurou também que
o seu governo vai “eliminar” o limite de
10 euros de apoio à utilização de transportes terrestres pelos doentes deslocados.
“Neste momento há uma limitação de
10 euros no apoio. Isto faz com que muitos doentes deslocados, que já se encontram em situação de fragilidade,
tenham de pagar do seu bolso o transporte terrestre fora da sua terra”, explicou.
O candidato do PSD/Açores a presidente do governo comprometeu-se
ainda a criar “mais apoios sociais e humanos no terreno para os doentes que
saem das ilhas mais pequenas e para todos os que têm de sair da Região” para
tratar de problemas de saúde.
“Vamos oferecer outra dignidade aos
doentes deslocados, para que possam
ter apoios financeiros compatíveis e
apoios humanos que os ajudem nesses
momentos difíceis das suas vidas”, garantiu Duarte Freitas.
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Jornal Açores 9 Junho 2016
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