Edição Abril 2013

Transcrição

Edição Abril 2013
Detergentes
Novos atributos
Edição 75 / Mar-Abr de 2013 / www.editorastilo.com.br
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
expediente
Diretor
Daniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB 41.523
[email protected]
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
[email protected]
Publicidade
[email protected]
Direção de Arte e Produção
Leonardo Piva
Denise Ferreira
[email protected]
Conselho Editorial
Álvaro Azambuja
Daniel Geraldes
João Francisco Neves
Zoé Mores
Modelo:
Fotos Capa:
Impressão
Referência Editora
Distribuição
ACF Alfonso Bovero
Editora Stilo
Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Espuma é um veiculo
bimestral da ABISA publicada Editora
Stilo que tem como público-alvo
empresas dos seguintes mercados:
Fabricantes da Indústria de Sabão,
Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes
e Fragrâncias, Fornecedores de
Máquinas e Equipamentos, Insumos
e Matérias Primas, Prestadores de
Serviços, Frigoríficos e Graxarias,
Atacadistas, Supermercados,
Embalagens, Aromas, Indústria Química
Fina, Equipamentos de Laboratórios
e Análises, Corantes e Pigmentos,
Entidades da Cadeia Produtiva, Centros
de Pesquisas e Universidades, Escolas
Técnicas, entre outros.
A distribuição é gratuita para todo
o Brasil. É enviada para presidentes,
proprietários, diretores, gerentes,
compras, engenheiros e técnicos de
empresas.
Tiragem de 5.000 exemplares.
Os artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores e não
necessariamente refletem as opiniões
da revista. Não é permitida a reprodução
total ou parcial das matérias sem
expressa autorização da Editora.
Prezado Leitor
O detergente líquido para lavar louça está presente em quase 100%
dos lares brasileiros, portanto, é considerado uma das categorias
mais importantes para o setor de limpeza. Nos últimos cinco anos,
apresentou um crescimento bem significativo, registrando aumento
de 15% em volume e 32% em valor, e tudo indica que continuará
crescendo. É um item bastante versátil, o que faz dele um produto
com diversas utilidades.
No ano de 2012, segundo levantamento da ABIPLA – Associação
Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins – o consumo per capita
de detergente para lavar louça, no país, foi de 431 mil litros, um
crescimento de 4% em relação a 2011. O faturamento foi de cerca
de 926 milhões (em reais). Para 2013, a perspectiva do setor é
permanecer crescendo pelo décimo ano consecutivo, de 2% a 3%
acima do PIB.
Produtos de alta performance, que no momento da limpeza
exigem menos esforço, maior rendimento, excelente eficiência e
a preocupação com o meio ambiente dão a tônica e indicam para
onde o setor de detergentes para lavar louça (surfactantes por
definição), está caminhando. São itens de maior valor agregado, ou
seja, os consumidores hoje em dia estão dispostos a pagar um pouco
mais para ter acesso a estes benefícios. Confira as tendências nas
próximas páginas!
O grupo alemão Evonik, considerado um dos principais líderes
mundiais em especialidades químicas, investirá em nova fábrica de
ingredientes para cuidados pessoais e domésticos no Brasil. O início
das operações da unidade, que estará localizada em Americana
(SP), será en meados de 2014, com capacidade de produção de 50 mil
toneladas/ano. O portfólio incluirá surfactantes especiais, agentes
condicionadores, emolientes, emulsificantes, espessantes e ativos
amaciantes para têxteis, dentre outros. “A fábrica expandirá a nossa
rede de produção global de Consumer Specialties e nos facilitará o
acesso aos mercados em crescimento da América do Sul. Escolhemos
Americana para esse projeto em virtude de sua proximidade com a
maioria dos principais clientes brasileiros” explica Eraldo Pereira,
diretor da Unidade de Negócios Consumer Specialties da Evonik –
América Latina, que concedeu entrevista à Revista Espuma para
falar sobre o investimento.
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
3
Editorial
2
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
ABISA
4
maioria da população brasileira, poderiam ser evitadas
das mães; e combater a Aids, malária e outras doenças
com o simples ato de lavar as mãos assiduamente. O
endêmicas e epidêmicas.
senso comum entre aqueles que atuam nos setores da
Economia é de que a informalidade tem prejudicado o
Institutos, Fundações e Empresas) aponta que 500 mil
desenvolvimento pleno do País, ao mesmo tempo em que
empresas do Brasil, 59%, afirmam realizar ações de
o fenômeno expõe a falta de empregos e a necessidade de
responsabilidade social, contudo, apenas 17% investem
mais investimentos por parte das empresas.
em programas de Saúde. Por isso, a ABISA busca,
Do lado privado, recente estudo do Gife (Grupo de
Estudo recente, divulgado pela Organização Mundial
sempre que possível, formas de ampliar essa participação
da Saúde (OMS) revela que quase 50 mil brasileiros
empresarial em projetos de Saúde, integrando-os ao
morrem por ano por falta de higiene, saneamento e
desenvolvimento de programas de Economia Solidária
poluição.
e, conseqüentemente, de reciclagem e Desenvolvimento
Dados da pesquisa Aspectos Distributivos dos
Sustentável.
Gastos Públicos na Saúde, publicada pelo Ministério da
É público que os governos brasileiros promovem
Saúde, apontam que 80% do total de pessoas atendidas
intensa campanha de prevenção de doenças transmitidas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são pobres ou estão
sexualmente, através de uma ampla distribuição de
abaixo da linha da pobreza. Segundo o estudo, o governo
preservativos. Algo mais pode ser obtido em benefício
gastou R$ 8 bilhões com internações e atendimentos
da população se for enfatizada a necessidade da higiene
do crédito não compensado poderá ser passível de
ambulatoriais com essas pessoas, sem contar cirurgias
pessoal.
pela Medida Provisória 609 de 08/03/2013, publicada
Pedido de Ressarcimento, porém a Receita Federal pode
e medicamentos.
em Edição Extra do DOU, várias empresas nossas
demorar até 5 (cinco) anos para fazer o ressarcimento,
Cólera, febre tifóide, disenteria, meningite e as
se do fim desse produto, que ficaria obsoleto diante das
associadas estão tendo problemas com a desoneração
sem qualquer atualização monetária (Selic).
hepatites A e B, esquistossomose, lepra, tuberculose,
novas tecnologias empregadas para fabricação de novos
do sabonete (empresas essas que só fabricam o produto
Com relação ao IPI, o problema é o mesmo, as
tétano e difteria, são algumas doenças que podem ser
sabões, mais sofisticados e, conseqüentemente, mais
sabonete ou terceirizam), cujo NCM era 3401.11.90,
empresas continuam a manter crédito referente às
evitadas se houver mais higiene, conseqüentemente,
modernos. Contudo, o sabão em barra resiste ao tempo e
foi reclassificado para 3401.11.90 Ex 01 e incluído na
entradas de insumos industriais e não terão mais o
uma maior limpeza pessoal e nos ambientes domésticos
mantêm-se como um dos principais produtos de higiene
Lei 10.925/2004, no inciso XXVI do art. 1º, portanto,
débito do próprio imposto para que possam compensá-lo.
e de trabalho das pessoas.
pessoal e doméstica em função de um simples fator:
tendo suas alíquotas de PIS e COFINS reduzidas de
Zoé Mores – Executiva da Abisa e jornalista.
Desoneração complexa...
Em face às alterações tributárias promovidas
Verificamos que a renúncia fiscal promovida pela
Sabão em barra - Há pelo menos duas décadas fala-
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia
sua multifuncionalidade. Tanto nas grandes cidades
quanto nas regiões mais remotas do país, o sabão em
12,5% (Lei 10.147/2000) para 0 (zero). Também houve a
referida Medida Provisória acarretará um problema
(SBU), o Brasil está em terceiro lugar no ranking
publicação do Decreto 7.947 no mesmo dia, reduzindo a
financeiro de grande magnitude no estabelecimento
mundial de uma outra doença, o câncer no pênis – perde
barra é o principal e mais eficiente agente de limpeza
alíquota de IPI de 5% para 0%.
industrializador desse produto, já que os mix de produtos
apenas para Índia e Uganda. Transmitida pelo vírus
para as famílias carentes. Está, segundo levantamento
são muito pequenos e não conseguirão absorver esses
HPV, a doença, causada principalmente pela falta de
da Abisa, em 96% dos lares brasileiros e, certamente,
cumulativo do PIS e COFINS, tomam o crédito desses
créditos de impostos em outros produtos que continuam
higiene, atinge 3% da população masculina do país e
em 100% das residências mais pobres. Ele pode ser
impostos na entrada no percentual de 9,25%, crédito
tributados normalmente.
poderia ser evitada de duas maneiras:
comprado em pedaços, de acordo com os recursos do
este que era descontado mensalmente da contribuição
. uso de preservativos nas relações sexuais e
consumidor. Em um aspecto mais amplo, o sabão em
apurada sobre a receita em 12,5%, conforme mencionado
canais, a desoneração da cadeia anterior ou uma
. a simples lavagem local e das mãos.
barra tem outro benefício: ele dilui-se na natureza em
no parágrafo anterior.
alternativa razoável em relação a tratativa dessa
menos de 48 horas, enquanto seu concorrente maior, o
Agora, embora continuem a tomar o crédito na
alteração tributária, que irá inviabilizar a operação de
é devastador. Principalmente quando sabemos que
detergente biodegradável, leva mais de um mês.
muitas empresas.
todas as políticas no setor surtem efeito a médio e longo
O sabão é fabricado a partir de matérias-primas
necessidade
prazos. Um país como o Brasil, que subscreveu os oito
renováveis, que não agridem o Meio-Ambiente, não
desde 09/03/2013, gerando um montante de crédito
e solicitando a “desoneração” do sabão comum –
compromissos das chamadas Metas do Milênio – três
provocam o efeito estufa e não possuem derivados de petróleo.
acumulado que inviabilizará toda a operação, pois
classificação fiscal 3401.1900, produto que está presente
dos quais dedicados à Saúde -, necessita de medidas
O produto pode ser elaborado descentralizadamente, pois
mesmo compensando esses créditos com outros tributos
em pelo menos 96% dos lares brasileiros, segundo
urgentes para que possa cumprir as metas, cujo prazo
sua fabricação é simples e requer pequeno investimento, o
administrados pela Receita Federal do Brasil, ainda
pesquisa.
foi acordado entre as nações para daqui a dois anos.
que favorece os pequenos produtores.
sobrará um montante de crédito que o Capital de Giro
Há um consenso entre profissionais da área de
Assim, em 2015, o Brasil precisará ter reduzido em dois
destas empresas não conseguirá suportar. O restante
Saúde de que doenças sérias, que atingem a ampla
terços a mortalidade infantil; em 75% as taxas de óbitos
seja sanado e que o sabão seja desonerado...
Como estas empresas estão sujeitas ao regime não-
entrada,
não
mais
conseguirão
compensar
esses
créditos com o débito apurado, pois esse não mais existe
Estamos solicitando ao governo, através de vários
Estamos
novamente
mostrando
a
O impacto dessas doenças na Economia de um país
Vamos torcer para que breve o problema do sabonete
5
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Sumário
6
08
Notícias
18
Capa
26
Entrevista
30
Informe Técnico
34
Em Foco 1
40
Em Foco 2
42
Em Foco 3
46
Em Foco 4
7
Notícias
8
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Desoneração tira competitividade do setor de
sabonete
Mais uma briga vencida pela ABISA – redução de
multas tributárias federais
O repasse integral da desoneração da cesta básica para os preços
do sabonete pode tirar do mercado pequenos e médios fabricantes
dedicados exclusivamente a esse ítem. Esses produtores, que fornecem
sabonetes para grandes indústrias ou para os supermercados venderem
com marca própria, apresentam problemas semelhantes ao de outros
ramos da indústria. Com a isenção da cobrança de PIS; COFINS e IPI sobre
o preço de venda, essas indústrias não conseguem recuperar créditos
tributários acumulados na compra de insumos, como produtos químicos
e embalagens. Grandes indústrias, com um amplo portfólio, conseguem
recuperar esses créditos na venda de outros produtos não desonerados.
Os fabricantes só de sabonetes, não, o que gerou uma grande distorção no mercado. A ABISA já apresentou este problema ao
Ministério da Fazenda e solicitou novamente, a desoneração do sabão. Estamos publicando várias matérias, em vários jornais,
mostrando realmente o que está acontecendo com as indústrias e pressionando para que essas medidas sejam tomadas logo.
Iniciamos os debates e trabalhos em 2008 e agora foi publicada nova lei que reduz multas tributárias federais pelo descumprimento
de obrigações acessórias das empresas. A Lei 12.766 alterou o artigo 57 da Medida Provisória 2.158-35, reduzindo as penalidades pela
falta de apresentação, atraso, erro ou omissão na Escrituração Contábil Digital (ECD) e na Escrituração Fiscal Digital da Contribuição
para o PIS/PASEP (EFD-PIS/COFINS), itens do Sistema Público de Escrituração Fiscal Digital-SPED. As empresas optantes pelo Simples
foram beneficiadas com previsão de redução em até 70% das multas referentes ao não atendimento à intimação da Secretaria da
Receita Federal do Brasil para apresentação de informações inexatas ou omitidas. Já a multa por atraso nas declarações foi reduzida
de R$ 5.000,00 por mês para R$ 500 para empresas cuja última declaração tenha apurado lucro presumido. Como são muitas as
declarações fiscais que precisam ser entregues todos os meses pelas empresas a todos os fiscos, é comum ocorrerem erros ou
atrasos. Assim, é muito importante a redução das multas pelo mero descumprimento de uma obrigação acessória ao tributo, para
que atrasar ou errar uma declaração não custe à empresa mais que o próprio imposto. Para mais informações e aproveitamento
amplo dos benefícios conquistados, deve ser analisada a legislação na íntegra. As leis que reduzem as multas devem ser aplicadas
retroativamente aos casos anteriores às leis novas e mais benéficas.
Biodiesel da JBS é o único do país com certificado ISCC
A JBS Biodisel é a primeira fabricante de biodiesel do Brasil a conquistar a Certificação Internacional de Sustentabilidade
e Carbono. Graças a isso, a empresa é a primeira do país cujos produtos comprovadamente atendem às exigências da
legislação européia sobre redução das emissões de gases do efeito estufa e rastreabilidade das matérias primas e, portanto,
podem ser exportados aos países da União Europeia. A fabricante de biodiesel faz parte do Grupo JBS-Friboi, gigante
brasileiro do setor de processamento de proteínas animais que registrou vendas de R$ 76 bilhões durante o ano passado.
Graças a sua relação com sua matriz, a JBS Biodiesel tem acesso facilitado ao sebo bovino que, nos termos da diretiva
européia, pode ser considerado um material residual. A certificação se aplica ao biodiesel feito de sebo e foi a primeira do
mundo a obter o ISCC para essa matéria prima.
Jequiti quer produção própria e mais consultoras
em 2014
Com a intenção de começar 2014 com produção própria – hoje feita por sete grandes nomes
e cerca de 200 fornecedores de matéria prima-, além de ampliar o quadro de consultoras, que
hoje é de 190 mil pessoas, a terceira maior empresa de vendas diretas de produtos de beleza,
a brasileira Jequiti Cosméticos, quer configurar-se como exemplo de empenho profissional e
feeling de negócios no segmento. Por atuar com consumidores das classes B, C e D, a Jequiti,
do ano passado para cá, têm aumentado a atenção ao conceito de popularização do luxo.
Além dos produtos básicos que levam a marca Jequiti, eles nacionalizam marcas de perfume
estrangeiras que levam o nome de celebridades, nicho esse que representa cerca de 51% do faturamento da empresa. Mesmo
trabalhando com margens baixas para conseguir levar esse luxo a preço acessível, a rede tem portfólio amplo com cerca de
1.000 produtos, ressaltando que há lançamentos periódicos e investimentos em pesquisas para que os produtos tenham
qualidade superior a de seus concorrentes. “Posso afirmar que a fixação dos nossos produtos é muito maior que a de todos
os nossos concorrentes”, disse o diretor Lázaro do Carmo.
Mercado global de glicerina deve movimentar U$
2,1 bilhões em 2018
Nos próximos 5 anos, o comércio global de glicerina deverá movimentar anualmente uma cifra da ordem
de U$ 2,1 bilhões. A previsão consta de relatório de mercado divulgado pela norte-americana Transparency
Market Research. O levantamento indica que a demanda mundial de glicerol deverá superar a marca de 3
milhões de toneladas até 2018. isso representa um crescimento superior a 50% em relação aos 2 milhões
de toneladas consumidos pelo mercado em 2011. esse crescimento será sustentado principalmente pela
demanda crescente em ramos industriais como cosméticos, farmacêuticos e alimentação – nessa última o
crescimento da demanda por glicerina deverá chegar a 7,3% ao ano. A glicerina também tem sido explorada
por outras indústrias interessadas no desenvolvimento de plataformas químicas renováveis. Avanços
tecnológicos recentes permitem a fabricação de compostos comercialmente importantes a partir do glicerol, entre os quais
propilenoglicol e a epicloridrina. Tradicionalmente esses produtos são sintetizados a partir de fontes não renováveis baseadas no
petróleo. Companhias como ADM, Solvay e Dow já possuem rotas desenvolvidas baseadas na glicerina.
Governo aumenta limite para opção pelo regime de
tributação do lucro presumido
Através da Medida Provisória 612, o governo aumentou, no dia 04 de abril, o limite para opção pelo regime de tributação
com base no lucro presumido. O limite passará dos atuais R$ 48 milhões para R$ 72 milhões, a partir de 1º de janeiro de 2014.
Desta forma, a pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 72 milhões ou
a R$ 6 milhões, multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses, poderá
optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. Além desta mudança importante, a MP 612 acrescentou e excluiu
setores e produtos na nova tributação sobre a receita bruta, alterando, mais uma vez, a Lei 12.546 de 2011, que aumentou a
COFINS-Importação de diversos produtos, entre outras novidades. Vale lembrar aos nossos associados, que este foi mais um
pleito vencido pela Abisa, tendo em vista que já a algum tempo vínhamos brigando por mais esta causa.
9
Notícias
10
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Desoneração tributária da cesta básica
Muitas empresas estão entrando em contato conosco procurando informações relacionadas à recente edição da MP
609/2013 (PIS/COFINS) e Decreto 7947 (IPI) com impacto para o setor de higiene e limpeza.
Conforme Decreto 7947, houve a criação de um Ex 01 na NCM 3401.1190 – sabão de toucador, ou seja, sabonete, o qual
foi reduzida a alíquota para zero, tanto do IPI quanto do PIS/COFINS.
Esta interpretação decorre não somente da análise da classificação fiscal, mas do fato de que o sabão já possui alíquota
0% de IPI (3401.1900 – ex 03 da TIPI). Por sua vez, houve a edição da MP 609, a qual incluiu no art 1, da Lei 10.925/2004,
novos produtos com tributação de PIS/PASEP e COFINS à alíquota zero.
Nossa solicitação foi para serem incluídos os sabões e sabonetes, entre outros. Neste momento, fomos agraciados
somente com o sabonete.
A ABISA já havia solicitado ao governo há mais de um ano pela isenção das alíquotas, pois o segmento enxergava a
necessidade de baratear produtos com índice de penetração de mais de 90% no consumo das famílias, o que também inclui
o sabão. Após o anúncio, contactamos nossos parceiros e tivemos informação de que o governo fará mais desonerações de
impostos federais até maio, com o objetivo de ajudar no controle da inflação e assim afastar, ou minimizar, um ciclo de alta
da taxa básica de juros. Vamos pressionar muito para que o sabão seja incluído. De qualquer forma, hoje mesmo nossos
tributaristas estarão entrando com pedido de adendo ou nova inclusão.
Vendas sustentáveis dos pequenos negócios
crescem 115%
Os pequenos negócios foram os principais vendedores
de bens ecológicos, sociais e economicamente
responsáveis para o governo federal, em 2012. Dos R$
40 milhões gastos nas licitações sustentáveis, 57% foram
pagos para as micro e pequenas empresas. Em apenas
dois anos, a participação dos empreendimentos de micro
e pequeno porte nesse tipo de compra pública cresceu
R$ 6,6 milhões em 2010 para R$ 22,4 milhões em 2012, o
que representa um crescimento de 115%. Uma pesquisa
do SEBRAE demonstrou que 89% dos donos dos pequenos
negócios sabem que as ações sustentáveis podem atrair
mais clientes e que a sustentabilidade está fortemente
associada à questões ambientais, sociais e econômicas.
Apesar do assunto sustentabilidade ser relativamente novo, os empreendedores já estão com a consciência de que esse
assunto envolve diversos fatores, e que só traz benefícios para quem vende e para quem compra.
Mulheres Decidem Compras em 86% dos Lares
Pesquisa do Data Popular mostra maior poder feminino – As mulheres decidem as compras dos supermercados em 86%
do lares, e em 79% deles são também as responsáveis por escolher as viagens de férias da família. “Cada vez mais, a ida da
mulher ao mercado de trabalho dá a ela uma posição ativa em casa”, afirma Renato Meirelles do Data Popular. “Alem disso,
coloca o marido numa posição de não querer encrenca, “até porque muitas vezes ela ganha mais que ele” e a pesquisa
revela uma certa acomodação do marido.
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
11
12
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Symrise adquire Belmay - fabricante americana de
fragrâncias
Mais um grande evento chega ao Brasil –
“Sustainable Brands”
A Symrise adquiriu o negócio de fragrâncias global do grupo Belmay, um
desenvolvedor e fabricante internacional de perfumes e óleos de perfume. Com
esta aquisição, a Symrise está dando mais um passo estrategicamente importante
para o crescimento sustentável na perfumaria fina, cuidados pessoais e segmento
de cuidados com o ar. Tanto os portfólios de clientes quanto de produtos da
Belmay complementam as atividades existentes da divisão de Fragrâncias e
Cuidados da Symrise e dão suporte aos seus planos de crescimento. Enquanto
a aquisição fortalece os negócios da Symrise a nível global, também acrescenta
valor específico à crescente presença da empresa na America do Norte, que é o
mercado núcleo da Belmay. Com esta aquisição, está tomando conta dos clientes
de fragrâncias da Belmay, todo o portfólio existente de produtos e clientes, a
experiência de seu departamento de pesquisa e desenvolvimento, especialistas
qualificados, bem como propriedades selecionadas, instalações e equipamentos.
O Rio de Janeiro receberá entre os dias 8 e 9 de maio, a primeira edição brasileira
da conferência Sustainable Brands (SB Rio), evento ligado à sustentabilidade. O
evento, segundo os organizadores, é marco zero para profissionais de inovação,
sustentabilidade e comunicação se prepararem para construir marcas cada vez
melhores. Com o tema central “A Revolução estará nas marcas (em tradução livre),
essa primeira edição do SB no Brasil apresentará experiências de empresas nacionais
e internacionais sobre como viabilizar tecnologias e negócios transformadores. Serão
cerca de 70 palestras com líderes empresariais e empreendedores, além de sessões
temáticas, onde serão discutidos temas como inovação em rede, mudança de cultura
empresarial, comunicação e empreendedorismo. Maiores informações: [email protected]
Tendências na embalagem – o charme e a
praticidade dos Sleeves
As etiquetas oferecem flexibilidade e funcionalidade de marketing para a marca. Precisam capturar o interesse do
consumidor, mas há muitos obstáculos e escolhas a considerar para se determinar o que funciona melhor. Os segmentos
de beleza e cuidados pessoais representam um desafio de embalagem, uma vez que os comerciantes devem encontrar
maneiras de destacar seus produtos nas prateleiras. A popularidade dos sleeves, uma espécie de rótulo decorado que
é formatado á forma do frasco é atribuída a vários fatores. No topo da lista está a sua flexibilidade e versatilidade e
os rótulos, sensíveis à pressão, estão disponíveis em papel e filme, com escolhas de materiais que oferecem uma vasta
gama de imagens e opções gráficas, bem como efeitos táteis. “Uma das razões de nossas opções pelo sleeve é que esta
ferramenta permite uma área de impressão grande, 100% aproveitável”, diz Francis Canterucci, gerente da Phisália.
Como classificar produtos de risco II
Compreendem os saneantes domissanitários e afins que sejam cáusticos, corrosivos,
os produtos cujo valor de ph puro (caso possa ser determinado) e em solução aquosa a
1% p/p à temperatura de 25°C (vinte cinco graus Celsius), seja igual ou menor que 2 e igual
ou maior que 11,5, aqueles com atividade antimicrobiana, os desinfetantes e os produtos
biológicos à base de microorganismos. Os produtos classificados de Risco II devem atender
ao disposto em legislações específicas. Saiba quais são os requisitos e como se classificam
acessando o site da ANVISA.
Embalagens viram utensílios domésticos
Brasileiros gastaram R$ 48 bilhões em produtos de higiene e beleza
em 2012, segundo o Ibope. Isso se reflete numa enorme quantidade de
embalagens que vão para o lixo. Apesar de a maioria ser reciclável, muitas
não são aproveitadas. A TerraCycle recebe de consumidores de qualquer
lugar do Brasil embalagens, tubos e frascos de produtos para cabelos, higiene
bucal, maquiagem, esmaltes, protetores solares, cremes e perfumes. Com o
material, a empresa cria produtos verdes, como vários utensílios domésticos.
Para participar, cadastre-se gratuitamente acessando o site
Edilimp vence etapa do Prêmio MPE Brasil
A empresa EDILIMP de Arcoverde-PE - vence pela segunda vez a etapa estadual do Prêmio
MPE Brasil 2012/2013 – O prêmio será conferido à bicampeã, pelo SEBRAE-PE, e tem o objetivo de
estimular o aumento da competitividade das pequenas empresas, proporcionando um diagnóstico
completo sobre a situação desses empreendimentos no país. São feitas avaliações dos pontos
fortes e fracos das empresas, em busca do fortalecimento da gestão. Entre os critérios avaliados
destacam-se planejamento estratégico, relacionamento com o cliente, desenvolvimento de
pessoas, gerenciamento de processos e resultados. A torcida agora é pela premiação nacional, cujos
vencedores serão conhecidos no dia 04 de abril, em Brasília. A EDILIMP é especializada em produtos
de limpeza, foi fundada em 1996, tem forte compromisso com qualidade e atendimento e mantém no mercado produtos
de qualidade, aliados a um custo baixo. É uma empresa que combina qualidade com praticidade, profissionalismo e paixão
de todos os envolvidos, o que lhe garante uma trajetória de sucesso, descreve Elidaine de Oliveira Severiano Albuquerque,
diretora executiva. O slogan que rege a empresa é: ESSA FAMÍLIA É A MAIOR LIMPEZA!
Nossos parabéns a Edilimp e estamos na torcida...
13
Notícias
14
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Importante lançamento para o setor estará no 31º
Congresso da Abisa
Solazyme Bunge Produtos Renováveis é uma joint-venture criada entre
as empresas Solazyme,Inc, fabricante de óleos renováveis e bioprodutos,
e a Bunge Global innovation LCC, subsidiária controlada pela Bunge
Limited, empresa global de agronegócios e alimentos. A companhia iniciará
sua operação no quarto trimestre de 2013, unindo a presença global da
Bunge na área de Açúcar e sua experiência em processamento, com a
plataforma tecnológica única e flexível da Solazyme, tendo o compromisso
de comercializar óleos renováveis de alto valor e bioprodutos a partir de
microalgas. A primeira unidade de produção em escala comercial no Brasil,
com meta inicial de 100.000 toneladas métricas por ano, está em construção
adjacente à usina de cana-de-açucar Moema da Bunge em Orindiúva, região
de São José do Rio Preto-SP, e poderá incluir uma grande variedade de óleos nos setores de cuidados pessoais (sabonetes
e cosméticos), cuidados da casa (saneantes), alimentício, biocombustível e de químicos em geral. Dentro do portfólio da
Solazyme Bunge, destaca-se a linha de óleos com alta concentração de ácidos graxos de cadeia média, formulados para
proporcionar uma significativa melhora de performance nos sabonetes e sabões, com condições para substituir as matérias
primas atualmente usadas. Além disso, dada à tecnologia de produção, esses óleos especiais apresentam pouca variação na
composição de cadeias graxas, traduzindo em facilidade de processamento e uniformidade do produto final. Outra grande
vantagem do produto é eliminar a dependência de matéria prima importada, minimizando significativamente os riscos de
logística. Uma fonte de matéria prima local e sustentável, de alto desempenho, fruto de 10 anos de pesquisa em biotecnologia,
que proporcionará uma verdadeira revolução na indústria de sabões e sabonetes...
Mercado de glicerina
A Gavilon, trading de grãos norte-americana, anunciou que não fará mais parte do mercado de glicerina. A companhia
era uma das maiores compradoras do coproduto de biodiesel do Brasil e do mundo, movimentando cerca de 250 mil
toneladas por ano. A empresa foi responsável por dar um destino a cerca de 71 mil toneladas de glicerina brasileira
apenas no ano passado. Isso representa 42% das 168 mil toneladas que foram exportadas pelo País em 2012. A empresa
comunicou que simplesmente não vai mais comprar glicerina, não informando maiores detalhes, mas afirma que irá honrar
os contratos firmados até o momento. “Este é um desfecho decepcionante para todos os envolvidos, mas a vida tem que
continuar”, anunciou.
Polêmica na proibição do álcool líquido
A ANVISA determinou a suspensão da fabricação, comercialização e distribuição de álcool líquido
no país. A resolução provocou polêmica entre os produtores. “O assunto ainda está sob análise da
Justiça, e a Anvisa não poderia agir antes de uma decisão”, afirmou o porta-voz da Abraspea. O embate
começou em 2002, quando a ANVISA editou uma resolução determinando a proibição da venda de
álcool líquido com o objetivo de reduzir acidentes. Na época, associações das empresas ingressaram
na Justiça pedindo a nulidade da resolução. Ano passado, a justiça concluiu que a resolução era válida.
A Abraspea discorda. Uma outra ação foi impetrada. O TRF da 1ª Região informa que não há prazo para
análise das ações.
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Cosméticos e a substituição tributária fluminense
Em meados de 2012, o governo do Estado do RJ publicou o Decreto
43.889, alterando o Regulamento do ICMS-RICMS-RJ, para incluir
cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador no
regime de substituição tributária em operações internas e interestaduais.
Ato contínuo, com a assinatura do protocolo ICMS 104/12, que
propositalmente antecedeu a edição do decreto fluminense, os Estados
de SP e RJ acordaram em exigir o regime de substituição tributária (ICMSST) nas operações interestaduais com os produtos mencionados. De
acordo com os termos do Protocolo, no caso de operações realizadas
com tais mercadorias que sejam destinadas aos Estados de SP ou do
RJ, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do ICMS fica
atribuída ao estabelecimento remetente. Na prática, então, o Estado do
RJ editou o Decreto 43.889/12 para incorporar o protocolo 104/12 ao seu
Regulamento de ICMS, bem como para estabelecer as Margens de Valor Agregado aplicáveis(MVA). Dessa forma, o fisco estipula
o valor do imposto com base em uma estimativa do preço final dos produtos. No caso dos produtos recém-incluídos (como, por
exemplo, os cosméticos), no Regulamento do ICMS/RJ, as estimativas se mostram irreais, uma vez que o parâmetro levado em
conta corresponde à estrutura de preço praticada em SP, o que eleva, consequentemente, o imposto cobrado. Nesse sentido, o
art. 4º da Lei 6.276/12 assegura que as Margens de Valor Agregado, neste caso já estabelecidas pelo Decreto 43.889, tenham sua
definição precedida por pesquisas de mercado efetuadas por instituições de reconhecida capacidade técnica em nível nacional ou
por adesão a protocolos do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). É o que ocorre no presente caso, em que o Estado
do RJ utiliza como parâmetro para o cálculo da MVA pesquisas de mercado já efetuadas por outros estados, o que acaba por
aumentar, indiretamente, o ônus fiscal sobre tais produtos. Apesar da forte resistência das entidades representativas dos setores
atingidos pela mudança, a prática do regime de substituição tributária tem se consolidado gradativamente como regra geral, e não
como exceção, o que se torna evidente pelo número crescente de itens incluídos nos regulamentos de ICMS de diversos estados
do país. No caso particular do setor de cosméticos fluminense, em função das margens de valor agregado que extrapolam em
muito os valores efetivamente praticados nas operações realizadas, a tendência parece ser a elevação da carga tributária, de forma
nitidamente indevida e prejudicial à competitividade das empresas. Nesse sentido, nossa área jurídica vem acompanhando de perto
o assunto na busca da defesa dos interesses empresariais.
Em busca de empresas verdes
Ser “verde” é uma característica cada vez mais valorizada pelas empresas na
rotulagem dos produtos. Isso em si é uma ótima notícia, sinal de que o impacto
ambiental vem ganhando importância na escolha do consumidor, que, inclusive
se dispõe a pagar mais. No entanto, ser ecologicamente responsável ainda é
uma tarefa árdua. Levantamentos feitos pela Proteste e PROCON-SP com alguns
itens expostos nas gôndolas dos supermercados com apelo ecológico apontam
que a maioria ainda pratica o chamado greenwashing, ou seja, a estratégia
de dar tons de verde mais vibrantes aos produtos do que eles o são de fato,
camuflando custos ambientais e não informando com precisão as características
que os fazem, de fato, ecologicamente corretos. Como o assunto é delicado, o PROCON está de olho para atuar estas
empresas e o foco será a mentira, ou seja, as informações que comprovadamente são falsas, pois, nesses casos entrará o
CDC e a autuação.
15
16
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Indústria de higiene se volta para o público infantil
Portal de resíduos é lançado pelo governo federal
“Síndrome de filho-rei”. Assim é conhecido o maior
fenômeno de crescimento dentro do mercado brasileiro
de higiene e beleza. O segmento de produtos infantis nos
últimos 5 anos praticamente dobrou seu faturamento e já
movimenta R$ 1,11 bilhão por ano, ante os R$ 582 milhões
obtidos em 2007. A média anual de expansão é de quase
15%, segundo dados da Abihpec. Em volume, o crescimento
chega a 43%, passando de 32,8 milhões de toneladas para 47
milhões. Não é à toa que o Brasil – que já se tornou o terceiro
maior mercado consumidor global de higiene pessoal,
perfumaria e cosméticos – figura em segundo lugar no
ranking do segmento de produtos infantis em todo o mundo.
“Esse mercado cresce acima do normal há anos, porque os
casais hoje têm menos filhos e o poder de compra das famílias
está maior. Dessa forma, todos os esforços vão para os cuidados com as crianças”, explica o diretor da Natura, Luiz Bueno.
A Natura é líder em vendas diretas no cenário nacional e se consolida no mercado internacional. Ano passado, o número
total de consultoras da companhia cresceu 19,7%, atingindo um total de 1.673 milhão de colaboradores dentro e fora do
país. No Brasil, a rede cresceu cerca de 8%, alcançando a marca de 1.268 milhão de consumidoras. Em 2012, a empresa
atingiu a receita líquida consolidada de R$ 6.345,7 milhões, com crescimento de 13,5% sobre o ano anterior.
Está disponível em www.sinir.gov.br o Sistema Nacional
de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos. A
ferramenta disponibiliza para consulta os planos de resíduos
sólidos, tipos de resíduos, documentos, editais e legislação,
com o objetivo de permitir o controle do cumprimento das
metas do plano nacional e dos acordos setoriais. O sistema
é um dos instrumentos previstos pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em agosto de 2010, e será
utilizado como base, por exemplo, para o cálculo das metas de
desempenho dos sistemas de logística reversa que começam
a sair do papel. Coletar e sistematizar dados relativos aos
serviços públicos e privados de gestão e gerenciamento de
resíduos sólidos também serão funções do Sinir, que atuará
sob a coordenação e articulação o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Essas informações serão importantes para o
monitoramento dos resíduos sólidos gerados nos municípios brasileiros. Ao longo dos próximos dois anos, o MMA discutirá
com governos, setor privado e sociedade civil formas de aprimoramento do sistema, a partir de seu uso.
Desoneração da cesta básica cria conflito entre
varejo e indústria
O governo fez uma conta simples: zerando a alíquota de 9,25% de PIS e COFINS, os preços cairiam nessa proporção. Mas
os elos anteriores da cadeia produtiva não foram desonerados. A massa base, uma das matérias primas para o sabonete,
por exemplo, paga PIS e COFINS, o que gera um crédito tributário para a indústria. Os créditos ficarão acumulados na
contabilidade das indústrias, que continuarão pagando pelo custo tributário das etapas anteriores. Mas, com a alíquota
zero na venda ao varejo, o fabricante, que antes abatia esses créditos do pagamento, não terá mais como aproveitá-los.
Agora, embora continuem a tomar o crédito na entrada, não mais conseguirão compensar esses créditos com o débito
apurado, pois esse não mais existe desde 09/03/2013, gerando um montante de crédito acumulado que inviabilizará toda
a operação, pois mesmo compensando esses créditos com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil,
ainda sobrará um montante de crédito que o Capital de Giro destas empresas não conseguirá suportar. O restante do
crédito não compensado poderá ser passível de Pedido de Ressarcimento, porém a Receita Federal pode demorar até 5
(cinco) anos para fazer o ressarcimento, sem qualquer atualização monetária (Selic). Com relação ao IPI, o problema é o
mesmo, as empresas continuam a manter crédito referente às entradas de insumos industriais e não terão mais o débito
do próprio imposto para que possam compensá-lo. Verificamos que a renúncia fiscal promovida pela referida Medida
Provisória acarretará um problema financeiro de grande magnitude no estabelecimento industrializador desse produto, já
que os mix de produtos são muito pequenos e não conseguirão absorver esses créditos de impostos em outros produtos
que continuam tributados normalmente. A Abisa está se manifestando de todas as formas tentando minimizar o problema
e, segundo nosso tributarista, Dr Fabio Calcini, a maioria dos fabricantes, mesmo de outras áreas, não terá condições de
cumprir a redução prometida a curto prazo...
Pacote para o Consumidor
Com intenção nitidamente eleitoreira, o governo baixou mais um pacote, tendo como mote desta vez a defesa do
consumidor. Preparado de improviso, ele inclui medidas já em vigor, outras que estavam em discussão e propostas diversas
que parecem ter sido tiradas do fundo de alguma gaveta. Das novas medidas, nenhuma tem aplicação imediata e a de maior
impacto – o fortalecimento da ação dos Procons, que passariam a ter o poder de decidir sobre a restituição de cobranças
indevidas relativas à compra e venda de mercadorias, sem passar necessariamente pela Justiça, desde que haja acordos
prévios fechados nesses órgãos – ainda depende da aprovação de projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional. O
aparato institucional ganhou mais um colegiado – a Câmara Nacional das Relações de Consumo, composta pelos ministros
da Justiça, Fazenda, Desenvolvimento, Planejamento e Casa Civil – que definirá o Plano Nacional de Consumo da Cidadania,
incluindo sanções mais severas, em complemento ao Código de Defesa do Consumidor. A curto prazo, ele terá que relacionar
30 produtos considerados essenciais, que poderão ser trocados ou substituídos imediatamente pelo vendedor se o consumidor
identificar algum defeito.... Vale a pena dar uma olhada com calma, pois o pacote é bastante ambicioso...
Micro usina de biodiesel caseira
Produzir o próprio biodiesel em casa pode não ser uma idéia tão excêntrica quanto poderia
soar inicialmente. Uma companhia britânica chamada Biobot tem atraído bastante atenção
mundo afora ao fabricar e comercializar micro usinas completas capazes de converter óleo
de cozinha usado em biocombustível sem a necessidade de infraestrutura ou conhecimentos
especializados. Cabe em uma mesa comum e pode converter lotes de até 20 litros por vez. A
empresa ainda fabrica máquinas com capacidade para 75 e 150 litros. O equipamento já possui
sistema para realizar a lavagem do biodiesel fabricado, incluindo filtro para lavagem a seco do
produto. Valor – U$ 655.
17
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Capa
18
P
Detergentes
Novos atributos
Por: Lia Freire
As marcas apresentam as suas novidades para uma
das categorias que mais cresce no segmento de
saneantes domissanitários
rodutos de alta performance, que no momento
da limpeza exigem menos esforço, maior
rendimento, excelente eficiência e a preocupação
com o meio ambiente dão a tônica e indicam para
onde o setor de detergentes para lavar louças
(surfactantes por definição), está caminhando.
São itens de maior valor agregado, ou seja, os
consumidores hoje em dia estão dispostos a pagar
um pouco mais para ter acesso a estes benefícios.
Os principais investimentos concentram-se
em novas embalagens, versões bactericidas,
fragrâncias exclusivas, apresentação em gel,
benefícios para as mãos, dentre outras soluções.
O detergente líquido para lavar louça está
presente em quase 100% dos lares brasileiros,
portanto, é considerado uma das categorias
mais importantes para o setor de limpeza. Nos
últimos cinco anos, apresentou um crescimento
bem significativo, registrando aumento de 15%
em volume e 32% em valor, e tudo indica que
continuará crescendo.
É um item bastante
versátil, o que faz dele um produto com diversas
utilidades.
No ano de 2012, segundo levantamento da
ABIPLA – Associação Brasileira de Produtos
de Limpeza e Afins – o consumo per capita de
detergente para lavar louça, no país, foi de 431 mil
litros, um crescimento de 4% em relação a 2011. O
faturamento foi cerca de 926 milhões (em reais).
Para 2013, a perspectiva do setor é permanecer
crescendo pelo décimo ano consecutivo, de 2% a
3% acima do PIB.
Concentrado, com apelo ecológico (controle
de espuma) e formulado com ingredientes
biodegradáveis e naturais, que não agridem as
mãos. São essas as características observadas
no detergente Premium Amazon, da GTEX
Brasil, lançado na metade de 2012 e que recebeu
O detergente Premium Amazon lançado em 2012 recebeu investimento
de R$ 500 mil. O produto tem fórmula concentrada e ingredientes
biodegradáveis.
investimento na ordem de R$ 500 mil, em pesquisa
e desenvolvimento. “Acreditamos que a mudança
não está centralizada apenas nos produtos, com
forte tendência naqueles que têm base natural de
origem vegetal (100% biodegradável), embalagens
recicláveis, fragrâncias e cores naturais; mas no
nosso caso, teremos que focar também em “educar”
o consumidor a usar este tipo de produto Premium”,
analisa Michelle Hara, gerente de produtos,
lembrando que por usar em seu detergente uma
base de origem natural, a empresa ainda se
depara com variações de coloração e perfume, com
isso, dependendo do lote, há dificuldade em cobrir
o cheiro da base, que pode não ser agradável a
todos. “Com relação às variações na coloração e
perfume, certamente chegaremos a um equilíbrio.
19
Capa
20
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Com a sustentabilidade batendo à nossa porta, o
Amazon tem tudo para ser um sucesso”, enfatiza
Michelle.
Novas
apresentações
O grande diferencial da Bombril para a
categoria foi o lançamento da linha Ecobril e
dos produtos usados em máquinas de lavar,
estes apresentados em 2011, trazendo para os
consumidores mais opções em uma marca já
reconhecida, além do aval da Bombril, que atua
na categoria há mais de 30 anos, por meio da
sua marca Premium Limpol e conta atualmente
com 22 produtos. Há o detergente Limpol com
glicerina para proteger as mãos, disponível nos
tamanhos: 500 ml, 1 e 5 litros; o Limpol para
máquina de lavar nas versões pó 1kg, tablete
500gr e abrilhantador; detergente Gel Limpol
que tem fórmula concentrada para render mais,
contém hidratante e ativos que eliminam os maus
odores, além da linha Ecobril, um lava louça
concentrado com ativos biodegradáveis e maior
rendimento.
“Todos os nossos produtos são testados
dermatologicamente e contém glicerina e
hidratante que protegem as mãos, também
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
apresentamos fórmula concentrada para render
mais, ativos que eliminam os maus odores e uma
excelente performance. Outro aspecto importante
a ser destacado neste mercado de detergentes
para louças é que as fragrâncias exigidas são
“simples” e não deixam resíduos”, pontua Marcos
Scaldelai, diretor comercial, de marketing e P&D
da Bombril.
Ecologicamente
corretos
Para lavar a louça, a empresa GR Higiene e
Limpeza, disponibiliza sob as marcas BioBrilho
e Barra, detergentes sintéticos, derivados do
LABNa - Linear Alquil Benzeno Sulfonato
de Sódio. O gerente industrial do grupo GR,
Washington Gonçalves da Silva, concorda com
os demais executivos, que a principal evolução
observada, nos últimos anos, na formulação
destes produtos está no apelo ambiental e a
incessante busca por produtos e matérias-primas
que agridam menos o meio ambiente. “Produtos
desenvolvidos a partir de fontes renováveis, com
apelo natural e biodegradáveis despontam como
uma forte tendência e as fragrâncias caminham
para o mesmo objetivo, desta forma surgem
fragrâncias com notas olfativas direcionadas para
O grande diferencial da Bombril para a categoria foi o lançamento da linha Ecobril e dos produtos usados em máquinas de lavar.
o capim limão, citronela, menta, cravo e outras
com apelo natural. Acredito que em termos de cor
dos detergentes líquidos, o verde com corantes
totalmente biodegradáveis deverá predominar,
pois remete também a um apelo ambiental.”
Outra tendência observada na categoria está
nas formulações com maior concentração de ativos,
que trazem economia de embalagens, de transporte
e aumento do valor agregado. “Obviamente que
estas inovações vão gerar aumento de custos, mas,
por outro lado melhoram significativamente a
qualidade do produto. Para isso, os departamentos
de marketing das indústrias deverão realizar
um trabalho informativo e de mídia, bastante
forte, para fazer com que o consumidor tenha a
percepção destes diferenciais”, afirma Iriamar
Viana, da área de marketing do Grupo GR Higiene
e Limpeza. Recentemente, a empresa investiu R$
750.000,00 que incluiu um rearranjo no layout
industrial para atender com excelência todas as
exigências legais, além de aquisições de sistema
de pesagem automático para matérias-primas.
“Estamos estudando a viabilidade para adquirir
uma linha automática completa e destinada ao
envase dos detergentes, que traga um resultado
de custo x benefício que seja capaz de satisfazer os
anseios dos consumidores por produtos altamente
eficientes”, comenta Silva.
Conceito “skin
care ”
Na avaliação da gerente de marketing
do fabricante Razzo, Elisangela Leite, os
detergentes deixaram de ser apenas um produto
destinado para a limpeza das louças e passaram
a ser desenvolvidos a partir do conceito “skin
care”, visando o cuidado com as mãos. “Devido à
frequência da atividade, as mãos ficam ressecadas
e com aspecto envelhecido, por isso, surgiram os
produtos mais elaborados com ativos diferentes,
que proporcionam uma experiência nova na hora
de lavar a louça. As versões transparentes ainda
fazem bastante sucesso e as fragrâncias são
elaboradas para aliviar o stress, em embalagens
mais práticas e diferenciadas. Atualmente, os
detergentes apresentam evoluções não somente no
aspecto da formulação, mas também, em termos de
estrutura e embalagem. Eles podem ser líquidos,
gel e em pó, são biodegradáveis, seus ativos
microencapsulados e podem ser encontrados em
refis, muito usual nos EUA”, afirma Elisangela.
Em seu portfólio, a Razzo disponibiliza
detergentes biodegradáveis, produzidos com
ingredientes
ecologicamente
corretos,
em
frascos transparentes, anatômicos e recicláveis,
nas versões:
clear, limão, maça, neutro e
coco. “Projetamos seguir com a tendência de
A GR Higiene e Limpeza investiu R$ 750 mil que incluiu um rearranjo no layout industrial, além de aquisições de sistema de pesagem para
matérias-primas.
21
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Capa
22
O conceito “skin care”, que visa o cuidado com as mãos, foi adotado
nos detergentes desenvolvidos pela Razzo.
Embalagem repaginada. A Ypê desenvolveu frascos anatômicos, mais
firmes e biodegradáveis.
segmentação e sofisticação para esta categoria,
com lançamento de produtos mais concentrados
e suaves no contato com as mãos. Embora
encontremos dificuldades no valor dos insumos,
das embalagens e haja uma forte competitividade
nas gôndolas, especialmente das marcas baratas
que fazem com que o segmento tenha uma
evolução mais lenta e balizada na linha standard,
estimamos crescer, o que também é desafiador
para uma categoria que apresenta alto índice
de penetração nos lares e muita estabilidade”,
explica a gerente da Razzo.
sustentabilidade da empresa, a nova embalagem
possibilita transportar mais caixas por palete e
mais frascos por viagem, contribuindo para menor
emissão de CO2 em toda a cadeia de consumo,
necessitando de menos matéria-prima para sua
produção e um descarte sustentável, já que as
embalagens são biodegradáveis.
Hoje, a Ypê oferece os lava louças líquidos nas
versões: Neutro, Limão, Maçã, Coco, Antibacteriano
(laranja), Clear e as últimas novidades, Clear Care
e Clear Soft. “As versões Clear Care (rosa) e Clear
Soft (verde) estão alinhadas ao conceito “Clear”,
que é fortemente reconhecido pelo mercado, e
oferecem aos consumidores o mesmo poder de
detergência, cuidado, rendimento e qualidade
que já conhecem e confiam .Acreditamos que o
respeito pelo consumidor, por meio da oferta de
produtos de qualidade e com a melhor relação
custo x benefício, além da preocupação com o
meio ambiente, colocaram a Ypê como uma marca
conceituada em todas as categorias em que atua”,
afirma Geraldini.
Em
constante inovação
Versão antibacteriana e o primeiro lava louça
transparente são algumas das inovações destacadas
pelo gerente de comunicação e marca da Ypê, João
Augusto Geraldini, para a categoria. “A nossa
empresa investe constantemente em inovação e
tecnologia para que possa continuar a oferecer
produtos de qualidade, com a melhor relação custo
x benefício, e com respeito ao meio ambiente.”
No ano passado, a empresa apresentou a nova
embalagem de seus detergentes. Com design
moderno, o frasco passou por pesquisas e testes
realizados por consumidoras e teve ampla aprovação
por ser anatômico, mais firme e fácil de usar e
guardar. Além disso, reforçando o compromisso da
Ypê com o meio ambiente e alinhada aos pilares de
Soluções
que fazem a diferença
Para o setor de detergentes para lavar louça,
a Denver Especialidades Químicas oferece o
Denvergel® 140 MD, um derivado celulósico que
atua como espessante, controlador de reologia
e estabilizante de espuma. Recentemente, a
empresa lançou uma nova versão do Denvergel®
140 MD, denominado Denvergel® 140 MD RD, de
rápida dispersão em água, proporciona uma maior
rapidez no preparo das soluções, tem alto poder
de espessamento em baixos níveis de dosagem,
além disso, oferece melhora significativa na
estabilidade da espuma, não afetando o ponto de
turvação do detergente. “O Denvergel® 140 MD,
bem como o Denvergel® 140 MD RD podem ser
utilizados em baixas dosagens, proporcionando
alta eficiência quanto ao espessamento, em
comparação a outros espessantes celulósicos
e sintéticos. Por se tratar de um produto
comercializado na forma de pó, com alta pureza,
o Denvergel® pode propiciar um benefício
indireto e bastante significativo no que se refere
a transporte e logística, quando comparado aos
espessantes comercializados na forma líquida”,
afirma Eugênio Runge, da área de assistência
técnica. “Em constante aprimoramento e em
busca de novidades, temos outros destaques como
é o caso do espessante Induskol T 2604 RD, um
produto de alta viscosidade e de rápida dispersão,
indicado para a linha de limpadores em geral. E,
em breve, lançaremos um novo espessante para
a fabricação de amaciantes de roupas”, comenta
Daniel Piccirillo, da área comercial da Denver.
Outra empresa que possui um portfólio de
especialidades que tornam as formulações dos
detergentes para lavar louça, mais eficazes
em termos de desempenho e custo, agregando
vantagens técnicas para o formulador e benefícios
para o consumidor final, é a D’Altomare, com os
seus silicones e tensoativos.
“Os silicones surfactantes visam oferecer
suavidade às mãos, contribuem para melhorar
a qualidade da espuma e tornar os processos
de enxágue e secagem mais rápidos, sem deixar
resíduos. Enquanto isso, os tensoativos especiais
melhoram o desempenho de limpeza e qualidade
de espuma, promovem maior brilho sobre a
superfície limpa e ainda protegem as mãos de
23
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Capa
24
Executivos da Denver: Daniel Piccirillo, comercial (à esq.) e Eugênio Runge, da assistência técnica, destacam as novas soluções da companhia para
as formulações dos detergentes.
quem manuseia os produtos”, explica Aline
Zoppetti, do departamento de marketing, divisão
Life Sciences da D’Altomare.
Erika Maria Lopes, também do departamento
de marketing da D’Altomare, destaca como
diferenciais das soluções oferecidas, que o
tensoativo aniônico Sodium Lauroyl Sarcosinate,
apresenta sinergia na presença de outros
surfactantes,
além
disso,
tem
excelente
propriedade espumógena, alto poder de redução
da tensão superficial que favorece a elevada
umectação das superfícies de contato, sendo
extremamente suave e compatível com agentes
catiônicos. “Já a adição dos silicones contribuem
para melhorar o desempenho das formulações e
para o desenvolvimento de produtos mais seguros
para o meio ambiente. Os silicones reduzem a
tensão superficial, promovem umectância e maior
facilidade de remoção da sujeira, brilho intenso e
secagem rápida. De modo geral, o que observamos
é o uso de tecnologias que visam melhorar a
qualidade das formulações e o desenvolvimento de
produtos mais concentrados, com alto rendimento
e suaves para as mãos. A tendência está em itens
mais eficientes e seguros para o consumidor e para
o meio ambiente. É visível a grande variedade de
produtos, o ritmo acelerado de lançamentos e a
demanda por formulações mais eficazes em termos
de desempenho, custo e soluções ambientalmente
seguras”, afirma Erika.
A D’Altomare visualiza um grande potencial de
crescimento para a introdução das especialidades
em formulações saneantes, já que elas contribuem
para melhorar significativamente o desempenho
dos produtos e permitem explorar novos benefícios
para o consumidor.
25
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
A iniciativa da Evonik em expandir a sua presença produtiva no segmento de ingredientes
Entrevista
26
para os cuidados pessoais e com o lar foi estimulada por importantes megatendências
globais, como as de saúde e bem-estar.
Os clientes da Evonik estão se beneficiando da
importância cada vez maior que os consumidores finais no mundo inteiro atribuem à aparência
pessoal e à saúde.
No Brasil, a história da Evonik Industries, começou em 1953. A empresa conta hoje com
cerca de 500 colaboradores no País e seus produtos são utilizados como matéria-prima em
importantes setores industriais, como: automotivo, biodiesel , borracha , construção civil ,
cosméticos, farmacêutico, nutrição animal , papel e celulose e plásticos.
Confira a seguir, a entrevista que o executivo da Evonik, Eraldo Pereira, concedeu à
Revista Espuma:
“Todas as plantas da Evonik contam com a mais moderna tecnologia em processamento e a brasileira seguirá os padrões mundiais do grupo“,
Eraldo Pereira.
Eraldo Pereira
Por: Lia Freire
O grupo alemão Evonik, considerado um dos principais líderes mundiais em especialidades
químicas, investirá em nova fábrica de ingredientes para cuidados pessoais e domésticos no
Brasil. O início das operações da unidade, que estará localizada em A mericana (SP), será en
meados de 2014, com capacidade de produção de 50 mil toneladas /ano. O portfólio incluirá
surfactantes especiais, agentes condicionadores, emolientes, emulsificantes, espessantes e
ativos amaciantes para têxteis, dentre outros. “A fábrica expandirá a nossa rede de produção
global de Consumer Specialties e nos facilitará o acesso aos mercados em crescimento da
A mérica do Sul. Escolhemos A mericana para esse projeto em virtude de sua proximidade com
a maioria dos principais clientes brasileiros” explica Eraldo Pereira , diretor da Unidade de
Negócios Consumer Specialties da Evonik – A mérica Latina.
A empresa alemã dispõe de unidades de produção para ingredientes cosméticos na Europa,
nos Estados Unidos e na Á sia. A lém desse projeto, a empresa está construindo mais uma
fábrica de ingredientes para as indústrias de cosméticos e bens de consumo doméstico em
X angai (China) a fim de atender o mercado asiático.
Revista Espuma - Por que o Brasil
foi escolhido para ter uma fábrica de
ingredientes para cuidados pessoais e
domésticos? Qual é a importância do país
para os negócios da Evonik?
Eraldo Pereira - O Brasil tem uma posição
privilegiada neste segmento, não apenas pelo
mercado potencial, como pela localização
geográfica, que permitirá à Evonik a expansão
da rede de produção global para a indústria
de cosméticos e bens de consumo e o acesso
à América do Sul, uma região com demanda
crescente nestes segmentos. Assim, a produção
local permitirá atendermos às necessidades dos
clientes atuais e futuros na região.
“No Brasil, a
Evonik atua na
área química
desde 1953.
A empresa
conta hoje com
cerca de 500
colaboradores
no país.“
Revista Espuma - Trata-se da primeira
fábrica que a companhia terá no Brasil e/
ou América do Sul para este segmento de
negócios?
Eraldo Pereira - Sim. Atualmente, a Evonik
dispõe de unidades de produção para ingredientes
cosméticos na Europa, nos Estados Unidos e
na Ásia e atende ao mercado nacional por meio
de seu centro de distribuição, localizado em
Guarulhos (SP).
surfactantes especiais, agentes condicionadores,
emolientes, emulsificantes, espessantes e ativos
amaciantes para têxteis, dentre outros. A
capacidade inicial de produção está prevista em
50 mil toneladas/ano.
Revista Espuma – O que será fabricado na
unidade de Americana?
Eraldo Pereira - O portfólio incluirá
Revista Espuma - De quanto foi o
investimento?
Eraldo Pereira - O volume de investimento está
27
Entrevista
28
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
“Dispomos de unidades de produção
para ingredientes cosméticos na
Europa, nos Estados Unidos, na Ásia
e, agora, no Brasil.“
estimado na faixa média de três dígitos de milhões
de reais. A engenharia básica foi concluída e a
fase do projeto detalhado está sendo preparada em
estreita cooperação com as autoridades locais. A
construção deve ser iniciada no início do segundo
trimestre de 2013 e as operações estão previstas
para meados de 2014.
A companhia criará 50 novos empregos
diretos até 2014, sendo que mais de 40 destes
serão baseados no site da Evonik, em Americana,
e o restante se dividirá entre a matriz sulamericana da Evonik na cidade de São Paulo e o
laboratório da empresa em Guarulhos. Até 2019
o número total de empregos deverá chegar a 80.
processamento e esta nova planta seguirá os
padrões mundiais do grupo. Além disso, com
a produção e distribuição locais, os clientes da
empresa terão ainda mais facilidade de acesso
aos produtos. Os clientes brasileiros também
contarão com os serviços especializados de
um laboratório de aplicação que atenderá às
necessidades de suporte técnico.
Vale destacar que o portfólio de produtos
que a Evonik produzirá em Americana (SP) é
baseado em recursos renováveis, o que está em
consonância com as exigências dos consumidores
para um maior nível de sustentabilidade na
produção de bens de consumo.
Revista Espuma - Em termos de equipes
técnicas e mão de obra especializada, como a
Evonik irá se preparar? Haverá investimento
na capacitação/qualificação profissional?
Eraldo Pereira - Sim, haverá capacitação
dos colaboradores, por meio de treinamentos,
palestras e cursos de formações específicas,
assim como o conhecimento aprofundado dos
processos onde atuam. Essas são as bases de
sustentação para que o nível de excelência
proposto pela Evonik seja alcançado.
Revista Espuma - Esta unidade atenderá
apenas o mercado local ou há pretensão de
exportação?
Eraldo Pereira - A região de Americana foi
o nosso local de escolha para esse projeto por
causa de sua proximidade com a maioria dos
clientes brasileiros nas indústrias de cuidados
pessoais e bens de consumo. Mais de 80% deles
estão localizados no estado de São Paulo. Mas, a
produção atenderá às demandas dos clientes no
Brasil e América do Sul.
Revista Espuma - Quais os diferenciais que
serão oferecidos pela Evonik aos clientes
brasileiros?
Eraldo Pereira - Todas as plantas da Evonik
contam com a mais moderna tecnologia em
Revista Espuma - Desde quando a Evonik
atua no mercado brasileiro e em quais
segmentos de negócios está presente?
Eraldo Pereira - No Brasil, a Evonik atua na
área química desde 1953. A empresa conta hoje
com cerca de 500 colaboradores no país, sendo que
suas atividades operacionais estão agrupadas em
seis Unidades de Negócios: Coatings & Additives,
Consumer Specialties, Health & Nutrition,
Advanced Intermediates, Inorganic Materials
e Performance Polymers. Com essa estrutura,
a Evonik fornece produtos e soluções para
praticamente todos os setores industriais.
Revista Espuma - Como a empresa analisa
o mercado brasileiro de personal care e
household?
Eraldo Pereira - O bom momento econômico
vivido pelo Brasil na última década tem
favorecido o crescimento da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Com
o aumento da renda per capita da população,
as vendas subiram e o setor vem registrando
crescimento contínuo e significativo, entre 10%
e 15% nos últimos anos, o que elevou o Brasil
à condição de terceiro maior mercado mundial
para produtos de higiene pessoal, perfumaria
e cosméticos, atrás apenas de Estados Unidos e
Japão. Especialistas afirmam que os gastos no
Brasil com produtos de beleza deverão manter
forte crescimento nos próximos anos, fazendo
com que o País passe a ser o maior consumidor
mundial de cosméticos em quatro anos.
Revista Espuma - Quais as projeções e metas
da companhia para este negócio?
Eraldo Pereira - Como um mercado de grande
potencial, esperamos registrar crescimento nas
vendas neste ano e, principalmente, a partir do
início das operações da nova unidade, que permitirá
o aumento da produção em termos globais.
29
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
M
Informe Técnico
30
uito pouco, ou quase nada, se tem de
literatura acessível, acerca de uma das principais
fases do processo de obtenção de óleo e gorduras
nas refinarias, que é a clarificação (que vamos
chamar aqui de branqueamento, por ser um termo
mais utilizado e conhecido) de óleos e gordura
animal. O que encontramos em literaturas é uma
dissertação técnica e acadêmica sobre as teorias do
branqueamento. Ou seja, todos concordam sobre o
que ocorre, química ou fisicamente, dentro de um
clarificador e não é nosso propósito discorrer uma
vez mais sobre isso.
Vamos, ao contrário, tentar mostrar o que pode
passar despercebido nesta fase tão importante da
obtenção de óleos e gorduras sem contaminantes, e
principalmente, no que se refere às argilas utilizadas
nesta fase.
É importante que esclareçamos alguns pontos que
são importantes e não são ressaltados nas literaturas
encontradas:
Absorção – termo que nada tem a ver com o
processo de branqueamento, pois uma absorção
jamais iria retirar do óleo ou da gordura, os
elementos indesejáveis. A argila usada absorveria
estes elementos e o próprio processo de absorção faria
com que estes elementos retornassem ao meio sem
os efeitos do branqueamento desejado. Um exemplo
que mais facilmente pode explicar a absorção é o
da esponja que absorve a água e a sujeira contida,
porém ao ser espremida ou lavada solta toda a água
e a sujeira contida
Branqueamento
Por Vanderlei Mariotto
O objetivo deste trabalho é dar uma rápida pincelada pelas diversas fases do processo
de branqueamento (clarificação) dos óleos e gordura animal (sebo), cuja importância
é determinante para o sucesso da produção de óleos comestíveis e outras aplicações
e para a produção de sabões e sabonetes para o mercado de higiene e limpeza. A
forma como está exposto, sem os termos técnicos aprofundados, visa atingir o pessoal
diretamente envolvido na operação das refinarias e que em sua maioria não possuem
formação acadêmica, embora possam ter anos de experiência.
Adsorção – é o termo correto a ser utilizado, e
o que se espera de uma argila clarificante, pois
diferentemente da absorção, a adsorção atrai e
prende, os materiais alvos do branqueamento,
incorporando-os na estrutura da argila, separandoos e impedindo a reversão destes materiais ao óleo
ou à gordura, arrastando-os até o final do processo
de branqueamento.
Branqueamento - é a designação genérica, dada a
qualquer processo técnico, com o objetivo de clarear,
branquear ou remover a cor natural de materiais
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
orgânico, como por exemplo, os óleos vegetais e
gordura animal (sebo bovino), quando a cor natural
não é desejada para o objetivo que se quer atingir. Ou
seja, é um meio de separar componentes indesejáveis
que podem, invariavelmente, significar a destruição
do óleo ou da gordura, sem que se interfira ou se
danifique as propriedades destes. Em síntese, os
tipos mais comuns de branqueamento são com argilas
branqueantes ou clarificantes (argilas naturais e/
ou ativadas) e branqueamento químico. Vamos nos
ater ao branqueamento através das argilas, que é o
método mais comumente usado e economicamente
mais viável.
Temperatura de Trabalho – Muito se vê nas
refinarias, um verdadeiro descaso, no que se refere
à temperatura de trabalho, quando este parâmetro
se situa para mais ou para menos. As duas situações
são prejudiciais à etapa do branqueamento. Para os
óleos vegetais, é ideal que a temperatura não fique
muito abaixo de 100º ou acima dessa temperatura.
Portanto há que se determinar com rigor, que a
temperatura de processo de um óleo vegetal deve ser
de 100º C e para a gordura animal, de 90 a 110ºC.
Temperaturas baixas não possibilitam a completa
remoção dos contaminantes e a alta temperatura pode
oxidar o óleo ou rancificar a gordura, provocando a
reversão da cor, na estocagem destes materiais.
Quantidade de argila – Teoricamente, a
quantidade de argila utilizada para os óleos vegetais
é de 0,5 a 1,5% de argila sobre o volume do óleo a
ser processado e para a gordura (sebo) a quantidade
é de 1 a 3% de argila para o volume da gordura a
ser processada. Porém, dependendo da qualidade das
sementes de óleos, essa porcentagem tenderá a ser
menor ou maior. Por exemplo, se a safra de óleo de
soja (o óleo mais conhecido) teve períodos de chuva
constantes e dentro de sua normalidade e nenhum
fato natural ou não, ocorreu, a quantidade de argila
para o branqueamento tenderá a ser mínima. Por
outro lado, se foi uma safra de seca, a semente é
dura, os contaminantes bastante difíceis de serem
adsorvidos, então a quantidade de argila tenderá a
31
Informe Técnico
32
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
ser bem maior. O mesmo ocorre se a safra apresentou
níveis excessivos de chuva. A semente se mostrará
macia, porém o teor de clorofila, por exemplo, será
alto e da mesma forma se exigirá uma argila mais
“potente” e/ou maior quantidade de argila, o que
poderá resolver o problema eminente, porém, vai
comprometer a velocidade de filtração. As mesmas
considerações deve-se fazer no caso da gordura
animal, pois depende da localização de origem da
gordura, as características forrageiras do gado, o
nível de “stress” causado no abate, etc.
Velocidade de agitação – podemos dizer que existe
uma grande inobservância sobre este fator, que é
de muita importância para o branqueamento, visto
que ele pode determinar maior ou menor tempo de
processo e conseqüentemente, maior gasto ou maior
economia em dinheiro. Conjuntamente ao fator
velocidade de agitação, está a correta distribuição
dos “quebra vortex” ou “quebra ondas”, inseridos aos
clarificadores e de suma importância na agitação.
Cada equipamento deve ser cuidadosamente
dimensionado e observado para se definir qual a
melhor velocidade de agitação em RPM e a exata
distribuição dos quebra ondas.
Tempo de agitação – Temos observado, na grande
maioria das refinarias, o verdadeiro descaso que se
faz em relação ao tempo de agitação, ou trabalho, para
a obtenção do branqueamento desejado. Obviamente
que com uma eficiente argila branqueante e que
apresente uma eficiente ADSORÇÃO, nenhum
efeito, químico ou físico,indesejado, irá ocorrer ao
óleo ou à gordura. Estamos falando aqui, da perda
de dinheiro para a empresa. Temos verificado que
operadores, ou por questões de inobservância,
desconhecimento ou pela própria sistemática de
condução ou distribuição de trabalho na empresa
(atenção PCP), deixam o óleo ou a gordura no
clarificador por tempos extremamente demasiados,
sem que haja benefício algum ao processo, apenas
como já dissemos, jogando dinheiro pelo ralo. Nossa
experiência nos tem mostrado que para os óleos
vegetais, o tempo de trabalho ou agitação, após a
entrada do material branqueante, é de 25 minutos
e para a gordura (sebo) é de 18 minutos. Após estes
tempos, a argila clarificante não terá mais função
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
alguma, pois a adsorção já se processou. Portanto, há
que se atentar para este grande fator econômico.
Velocidade de filtração – A distribuição
granulométrica de uma argila é que vai determinar
a maior ou menor velocidade de filtração. A menor
velocidade de filtração, com certeza implicará na
rápida saturação das células e tecidos do filtro
prensa (vale também para os filtros centrífugos) e a
parada obrigatória para desobstrução dos elementos
filtrantes. Verdadeira perda de tempo e dinheiro
para a empresa. Todos os fabricantes de argilas
clarificantes convergem para o mesmo ponto em
relação à perfeita distribuição granulométrica.
Cor do filtrado – Este é um parâmetro que
mereceria, por parte de todos os envolvidos, uma
especial atenção e poderia ser uma questão de amplo
debate a respeito, principalmente para a gordura
animal. Temos observado algumas exigências
demasiadas perfeccionistas a respeito de parâmetros
de branqueamento para alguns tipos de sabões em
barra, que na realidade estariam superestimados
para este tipo de produto e aí também pode se
promover uma economia de elemento clarificante.
Mas, cremos ser este um ponto polêmico e demandaria
muita discussão a respeito. De qualquer forma,
estamos abertos à isso e nos colocamos à disposição
para quem quiser justificar seus argumentos.
Retenção de óleo ou gordura na torta de filtração
– Este ponto também, com certeza, provocará
discussão dos envolvidos. As argilas comerciais
encontradas no mercado e ativadas através de ácidos,
sulfúrico ou clorídrico, retêm, não menos que 30%
de óleo ou gordura na torta, obrigando a se passar
ar comprimido pelo filtro, o que mais uma vez,
representa perda de tempo e dinheiro. Este processo
de aspersão de ar ao filtro se aplica de forma mais
útil ao óleo vegetal e mesmo assim não aumenta
em quase nada a recuperação do óleo na torta de
filtração. Quanto à gordura animal, a perda é ainda
maior, visto que a mesma irá se resfriar e voltar ao
estado sólido, ainda no filtro. Aplicar vapor ao filtro
não é recomendado, pois provocará a instabilidade do
óleo ou gordura, o que provocará a reversão da cor,
quando na estocagem dos mesmos.
Torta de filtração (resíduo do filtro) – Este é um dos
pontos mais preocupantes e com certeza, tira o sono
de muitos empresários. O que fazer com o resíduo, a
não ser enviá-lo aos aterros industriais, pagar por
este envio e se tornar eternamente responsável pelo
mesmo se algo de errado ocorrer?
Todas as argilas ativadas, encontradas hoje no
mercado, tanto as produzidas internamente, quanto
as importadas, são ativadas por meio de ácidos,
sulfúrico ou clorídrico. Não vamos entrar no mérito
da questão, em relação aos contaminantes e nos
tratamentos dos efluentes destas empresas. Nossa
visão está voltada para o consumidor desta argila que
também terá um passivo realmente problemático.
Temos visto e presenciado, alguns acidentes,
exatamente no intermédio entre a estocagem da
torta na empresa e o envio ao aterro. Ao se estocar a
torta, resultante da filtração, qualquer aumento da
temperatura, associado ao ácido contido na argila,
mais uma brisa que casualmente, passe por perto,
está feito o estrago. É a chamada e velha conhecida
de alguns usuários: a combustão espontânea. Em
alguns casos que presenciamos, a torta estava
depositada no interior da empresa, próxima às caixas
de disjuntores e fontes de energia e em outros, sob
plataformas de clarificadores. Na maioria dos casos,
o prejuízo é enorme. O que fazer?
Durante anos, e lá se vão dezesseis anos, estamos
estudando possibilidades de se produzir argilas
clarificantes, ativadas, sem a presença de ácidos em
sua composição. Portanto, ecologicamente corretas
e que trouxessem em seu desempenho, a mesma
qualidade das argilas ativadas por meio ácidos, que
sem dúvida promovem resultados muito bons em se
tratando de branqueamento e obtenção de baixos
níveis de cores. Pensamos assim, em desenvolver
argilas ativadas por meio não ácidos, com os mesmos
resultados de branqueamento que as demais, cuja
torta de filtração pudesse servir à outras finalidades
que não a deposição em aterros industriais e com
isso, fazer com que o empresário visse aí, uma fonte
de renda ao invés de preocupação e altos gastos .
Uma argila, que por sua simplicidade operacional,
fosse mais barata que as argilas oferecidas pelo
mercado e mais, que retivesse menos óleo ou gordura
na torta. Nestes anos de estudo e desenvolvimento,
enfrentamos várias dificuldades, visto que idéias
novas nem sempre são bem vindas, quando já se
está acomodado com o que se trabalha há cerca de
quarenta anos. Havia que se quebrar paradigmas,
mudar mentalidades, transformar pessoas,, quando
a pesquisa e desenvolvimento têm seu próprio
tempo de maturação e confiabilidade e estes fatores
são determinados por resultados, que nem sempre
andam na mesma velocidade do desejo de lucrar .
Finalmente, depois de muito trabalho, derrotas
e sucessos, em 2010, com suporte técnico cientifico
da UNICAMP e da Universidade Federal de Santa
Catarina, conseguimos chegar ao final (aliás, final
é um termo que não deve ser aplicado pois em
desenvolvimento isto não existe) do desenvolvimento
e obtivemos nossa patente. Hoje, podemos afirmar
que existe no mercado, argilas ativadas sem
ácidos, ecologicamente corretas, que garantem
bons resultados de branqueamento e remoção de
contaminantes, boa velocidade de filtração, níveis de
retenção de óleos e gordura entre 16-18%, bem abaixo
das demais, sem o inconveniente da combustão
espontânea e cuja torta de filtração, isenta de ácidos
e rica em nutrientes, pode servir para a produção de
ração animal, farinha de ossos, adubos e fertilizantes
e finalmente, com um preço bastante atraente em
relação às demais argilas do mercado.
A PEGMATECH – Especialidades Tecnológicas,
uma empresa do Grupo BENTONISA – Bentonita
do Nordeste S.A., empresa com mais de trinta anos
trabalhando com argilo minerais, com jazidas próprias
que somam algo em torno de 32 milhões de toneladas
a serem exploradas, tem a licença para a produção
das argilas ativadas sem ácidos, utilizando-se de suas
jazidas de Bentonita da região de Boa Vista e Campina
Grande, no Estado da Paraíba. A empresa conta com
pessoal técnico que reúne vários anos de experiência
de mercado e oferece, gratuitamente, aos seus clientes,
curso de aperfeiçoamento para o pessoal de operação,
exatamente, visando a fixação dos pontos levantados
neste trabalho e objetivando, principalmente, a redução
de custos operacionais e introduzindo as empresas na
utilização de produtos ecológicos .
Vanderlei Mariotto, trabalha na Pegmatech –
Especialidades Tecnológicas, Grupo Bentonisa. Contatos
através do e-mail [email protected]
ou pelo telefone (11) 99759 5469
33
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Em Foco 1
34
Veja previsões para 10 setores
da economia brasileira em
2013
O
resultado oficial do produto interno
bruto (PIB) de 2012 será divulgado apenas
em março, mas as perspectivas indicam um
crescimento muito baixo na economia brasileira,
próximo a 1%. Para 2013, o ano deve ser de leve
recuperação, mas ainda longe de registrar uma
expansão econômica robusta. Após várias quedas
consecutivas nas expectativas, o Boletim Focus
mais recente projeta uma alta de 3,08% no PIB
deste ano.
Diante desse cenário, alguns setores acabam
sendo os mais afetados. Outros, porém, apontam
boas perspectivas para o ano. Confira as projeções,
oportunidades e desafios para dez setores da
economia brasileira em 2013.
Pecuária
O setor de proteínas no Brasil, especialmente
no segmento de bovinos, tem tudo para se
destacar no ano por dois motivos principais, como
explica Paulo Pinese, sócio da Deloitte na área de
consultoria tributária e especialista no setor de
agronegócios.
Um deles é pelo tamanho do rebanho
brasileiro, um dos maiores do mundo explorados
comercialmente. Em segundo lugar, o país tem
muita área de pasto. Como explica Pinese, isso
aumenta a competitividade da carne brasileira,
que utiliza muito menos ração e mais pasto na
alimentação do gado, ganhando qualidade e
preferência pelo mundo.
Desafios
Um dos pontos de atenção para a pecuária
brasileira é a proibição de carne nacional que
alguns países colocam após identificarem
possíveis contaminações. Segundo Pinese, o
Brasil já eliminou diversos desses problemas, mas
em algumas ocasiões localizadas, essas proibições
podem acabar pressionando o preço das carnes.
Além disso, para outros tipos de proteínas,
como frangos, existe a questão dos preços
alimentação, feita por produtos como milho e soja.
Assim, os valores estão muito ligados ao sucesso
da safra agrícola.
Agricultura
A safra agrícola deve ter novo recorde em 2013.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostram que a safra nacional
de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar
a 178 milhões de toneladas em 2013, 9,9% maior
que a de 2012, quando o volume colhido já havia
sido o maior da série histórica.
Paulo Pinese destaca dois fatores que
impulsionam o setor. “Na agricultura não há forte
intervenção do governo e há profissionalização”,
diz. Além disso, o Brasil tem alta produção
excedente, o que ajuda o país a se destacar
também na exportação.
Desafios
O maior desafio para o setor é incontrolável:
o clima. Além desse, Pinese também destaca a
questão da infraestrutura. Segundo ele, o Brasil
consegue sim escoar sua produção excedente,
porém com tempo e custos muito altos, acima do
que seriam com uma infraestrutura eficiente.
Automóveis
No setor automotivo, os holofotes estão no fim
da redução de IPI. “A tendência é o mercado ficar
estagnado em relação a 2012, que foi um ano de
muito crescimento”, disse Milad Kalume Neto, da
consultoria Jato Dynamics, que prevê elevação de
cerca de 2% nas vendas em 2013. O número deve
vir apesar do bom resultado de janeiro, quando
as vendas foram recorde para o mês. Esse efeito,
explica Neto, acontece pela venda de estoques. O
efeito do fim da redução do IPI vai se acomodar ao
longo do ano, segundo Rodrigo Baggi, analista de
setor automotivo da Tendências Consultoria.
Já no campo dos comerciais pesados, há a
expectativa de um crescimento de 15% em relação
a 2012, segundo Neto. “O segmento é beneficiado
pela comparação com 2012, um ano perdido”
afirmou. No ano passado, o segmento sofreu com
as vendas antecipadas no final de 2011 e com
a adoção da Norma Euro 5 (determinação de
redução na emissão de poluentes).
A Tendências Consultoria projeta um
crescimento de 21% na venda de caminhões em
2013 e de 6,6% na de ônibus. O cenário positivo
de emprego e renda no país é o grande motor da
demanda do setor, segundo Baggi, além disso, há
alguns projetos de investimentos em logística que
estimulam a demanda.
Desafios
O aumento da gasolina teria naturalmente algum
impacto nas vendas, segundo Baggi, mas o efeito
de queda real de preço do automóvel atrelado a
um cenário positivo de renda e emprego pode
neutralizar esse impacto.
35
Em Foco 1
36
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Imobiliário
O setor imobiliário em 2012 passou por um ano
mais estável. Segundo Basilio Jafet, presidente
da Fiabci/Brasil (unidade nacional da Federação
Internacional das Profissões Imobiliárias),
esse período foi uma espécie de “arrumação” no
segmento, que tinha saído de um momento de
demanda muito forte nos anos anteriores, para
um ano de economia estável.
As oportunidades, segundo Jafet, estarão
em diversas regiões e setores. O residencial e
comercial, por exemplo, continuam com forte
demanda em grandes metrópoles. Já os imóveis
dedicados a operações logísticas, como estocagem
de safra, terão forte demanda no interior do país.
Desafios
Um ponto polêmico sobre o setor imobiliário é
o financiamento para compra de imóveis, que tem
como principal fundo a poupança. Com as novas
regras, cogitou-se a hipótese de que os recursos
da caderneta deixassem de ser suficientes para
financiar o setor. Para Jafet, esse é um desafio
que vem sendo bem superado e não oferece os
riscos que se imaginou no início.
Assim, o setor tem desafios maiores para se
preocupar. Um deles, aponta o presidente Fiabci/
Brasil, é a falta de terrenos disponíveis no perfil
que os empreendimentos demandam. Outra
questão importante é a aprovação em novos
projetos, que mesmo por conta da alta demanda,
acaba desacelerando.
Turismo
Com a proximidade da Copa do Mundo, as
expectativas para o setor de turismo são grandes.
Para o presidente da Braztoa, Marco Ferraz, o
benefício é a divulgação do país, as melhorias em
infraestrutura e o turismo gerado em decorrência
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
dos jogos. A expectativa da Braztoa é que o setor
cresça cerca de 10% neste ano, apesar da economia
fraca. Para o primeiro semestre, a projeção é de
estabilidade. O crescimento deve vir na segunda
metade do ano, segundo Ferraz.
Desafios
Com a proximidade da Copa do Mundo, a
expectativa é que os preços subam – como se
observou durante a Rio +20, no Rio de Janeiro.
No evento esportivo, muitos ingressos não foram
vendidos e o governo inglês chegou a distribuir os
tickets entre soldados para evitar os lugares vazios.
Além disso, eventos como a Copa acabam
atraindo o turista eventual que, segundo Ferraz, é
mais suscetível a câmbio e preço. Nessas épocas, o
turista que viria visitar o país independentemente
de preços desiste da viagem.
Varejo
No geral, o varejo ainda deve ter um desempenho
razoável em 2013, porém não tão robusto como em
2012, conforme avalia Eugenio Foganholo, diretor
da Mixxer, consultoria especializada em bens de
consumo e varejo. Isso porque os fundamentos
que sustentaram o crescimento nos últimos anos
ainda estão presentes, mas não tem tanto espaço
para crescer como tinham antes. O emprego, por
exemplo, que vem crescendo, já está próximo da
estabilidade, assim como a massa salarial e a
renda das famílias.
Alguns segmentos podem sentir mais efeitos
negativos por motivos específicos e outros podem
ter um desempenho melhor. Um ponto importante
no ano passado foi a redução do IPI (Imposto
Sobre Produtos Industrializados) para linha
branca. Com a medida, o consumo desses produtos
aumentou muito e deve começar a estabilizar
ou até diminuir neste ano. Por outro lado, como
lembra Foganholo, setores como o de confecções,
que ficaram de lado já que o bolso do consumidor
estava comprometido com outros produtos, devem
apresentar recuperação.
Desafios
Com os fundamentos mais estabilizados, o
crescimento do setor deve estabilizar também,
lembra Foganholo. Além disso, nos últimos
anos os consumidores vêm apresentando um
comportamento mais imprevisível em relação a
suas compras. Datas que costumavam ter picos
no varejo já não são sucesso de venda e outros
momentos que não teriam um desempenho
atípico, apresentam sucesso nos negócios. Para
Foganholo, esse movimento vai continuar.
Segundo ele, as grandes varejistas já começam
a driblar esse desafio incentivando gastos o ano
todo. Isso pode ser feito com vários artifícios,
desde o aumento do mix de produtos nas lojas, até
promoções durante o ano.
Petróleo
e
Gás
A demanda deve continuar forte no setor,
segundo Walter de Vitto, analista de petróleo e
gás da Tendências Consultoria. A necessidade de
petróleo deve continuar crescendo, segundo De
Vitto, em decorrência do aumento de renda e de
crédito, e consequente elevação no consumo de
automóveis e de bens que demandam derivados de
petróleo. Na produção industrial as expectativas
também são boas. Já o segmento de gás deve se
beneficiar do baixo nível de chuvas.
Desafios
Embora tenha boas perspectivas para a
demanda, quando o assunto é a produção de
petróleo, o cenário não é positivo, segundo Walter
de Vitto, analista de petróleo e gás da Tendências
Consultoria. Com desempenho muito atrelado
ao da gigante Petrobras, a produção de petróleo
reflete algumas escolhas da empresa. O aumento
de preço na gasolina tem um impacto positivo para
a Petrobras, mas “ainda não resolve o problema
dela”, segundo De Vitto.
De Vitto explica que a Petrobras diversificou
demais seus investimentos, ao invés de focar em
pontos que poderiam ter dado mais retorno e isso
deve continuar esse ano, na opinião do analista,
tendo em vista que é reflexo da gestão anterior.
Cosméticos
Pessoal
e produtos de
Higiene
Uma teoria batizada de efeito batom dá conta de
que o setor de cosméticos é quase imune a crises.
A julgar pelo desempenho no Brasil, a teoria está
bem próxima da prática. Os números do setor (que
também engloba higiene pessoal e perfumaria) em
2012 ainda não estão consolidados mas, segundo
João Carlos Basilio, presidente da ABIHPEC
(Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosmético), já apontam
para o 17º ano consecutivo de crescimento real de
dois dígitos.
A indústria é composta por produtos que são
de necessidade básica, como cremes dentais ou
sabonetes, e de produtos de adorno, como maquiagens
e perfumes. Por isso, o crescimento da renda no
Brasil vem impulsionando o segmento. Como
explica Reynaldo Saad, sócio-líder no atendimento
às empresas do setor varejista da Deloitte, esse é
um segmento de produtos aspiracionais, ou seja,
as pessoas têm o desejo de consumir. A partir do
momento que mais pessoas têm acesso a esses
produtos, o crescimento se sustenta.
Com o consumo desses produtos crescendo no
Brasil, o desempenho no mercado interno é o que
deve continuar puxando a indústria. Segundo
Basilio, da ABIHPEC, o Brasil já é o terceiro
maior mercado consumidor, atrás dos Estados
Unidos e Japão.
37
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Em Foco 1
38
Desafios
Mesmo um setor que não se abala pela crise
tem desafios para ultrapassar. Saad destaca
três principais. O primeiro é a questão logística,
que ainda é um problema para vários setores no
Brasil. A pouca estrutura pesa ainda mais para
essa indústria, já que os produtos são perecíveis e
precisam de condições especiais de transporte.
Outro desafio importante para a indústria é a
questão da pirataria, que atinge tanto produtos
nacionais quanto internacionais. A questão
tributária é uma das que mais merece destaque.
Cosméticos são considerados produtos supérfluos
pelo governo brasileiro e, assim, estão sujeitos a altos
impostos. Além disso, alguns produtos de higiene
pessoal, muito ligados à saúde, não são vistos como
essenciais e não escapam da alta carga de impostos.
Mineração
e
Siderurgia
Enquanto a siderurgia deve observar um
aumento de consumo e de produção em 2013, a
produção na mineração não consegue aproveitar
as oportunidades oferecidas pela demanda,
segundo Bruno Rezende, analista de mineração e
siderurgia da Tendências Consultoria. Para o BB
Investimentos, no o ano de 2013, a perspectiva
para determinar o desempenho do setor continuará
dependendo do crescimento econômico da China.
Em 2013, o consumo na siderurgia deve
ser puxado por automotivos e bens de capital,
segundo Rezende. Na produção, o aumento na
alíquota de importações e o fim da guerra fiscal
são fatores que podem beneficiar. “Produtores
nacionais podem ganhar participação sobre os
internacionais”, afirmou Rezende.
Desafios
Em mineração, o Brasil está desperdiçando
uma oportunidade, segundo Rezende. Para
Rezende, o Brasil poderia ter avançado mais.
Por outro lado, como o cenário atual é de
excesso de oferta de aço, se a demanda externa não
reagir de forma mais efetiva em 2013, os preços
internacionais podem ficar mais baixos, segundo
Rezende. O BB Investimentos nãoacredita em
um movimento de forte recuperação no setor
até que os preços dos produtos siderúrgicos das
companhias brasileiras comecem uma trajetória
consistente de alta, segundo relatório assinado
por Victor Penna.
Setor Financeiro
O ano de 2012 foi desafiador para os bancos
brasileiros em decorrência da desaceleração no
ritmo de expansão das carteiras de crédito, da
queda da Selic e da redução dos spreads bancários,
segundo relatório do BB Investimentos, assinado
pelos analistas Nataniel Cezimbra e Carlos
Daltozo. No ano passado, a inadimplência foi a
grande vilã da expansão do crédito, afirmam.
Para Carlos Daltozo, analista do BB
Investimentos, a perspectiva para 2013 é de
maior estabilidade, retomada do crescimento
da economia e estabilidade na taxa de juros,
um cenário mais favorável para os bancos. A
inadimplência já está em queda, segundo Daltozo.
Desafios
A instabilidade externa continua sendo um
risco. “Olhando a economia interna, a expectativa
para 2013 é mais favorável e os bancos, em tese,
terão uma performance melhor, mas é um cenário
dinâmico que demanda atenção”, disse Ricardo de
Carvalho, sócio da área de Transaction Services
da Deloitte. Além disso, na visão de Carvalho,
os bancos devem continuar seletivos quanto ao
crédito em 2013.
Fonte: Exame.com, resumida e adaptada pela
Equipe BeefPoint.
39
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Em Foco 2
40
Tributação pelo lucro
real e presumido
Escolhendo o regime mais adequado
P
ela legislação brasileira, as pessoas
jurídicas poderão apurar o Imposto de Renda
com base no lucro real, presumido ou arbitrado.
A correta escolha da forma de tributação pode
resultar numa significativa redução da carga
tributária, mas a opção pelo lucro real implica
uma série de obrigações acessórias que espanta
os contribuintes. Aqui iremos esclarecer alguns
pontos e dar subsídios para a escolha.
também, caso existam, os prejuízos fiscais. Daí
utilizamos a expressão “lucro líquido ajustado”.
Já no caso do lucro presumido, a receita
bruta pura e simples será utilizada como base de
cálculo. A alíquota para efeito do lucro real será
de 15%, mais um adicional de 10% sobre a base
de cálculo que ultrapassar R$ 20 mil mensais,
R$ 60 mil trimestrais ou R$ 240 mil anuais.
No lucro presumido, varia entre 1,6% e 32%, a
depender da atividade exercida pelo contribuinte.
Fazendo uma conta rápida parece que a
sistemática de apuração pelo lucro real será
menos onerosa. Por que ela não é tão comum
quanto a tributação pelo lucro presumido?
Sim, ela pode ser menos onerosa mesmo no
caso das alíquotas maiores. As empresas que
operam com prejuízo ou com margens de lucro
muito baixas têm como melhor opção o regime
do lucro real. O contribuinte deve avaliar seus
resultados, apurar suas margens de lucro
ou prejuízo a cada período, e verificar qual
modalidade de enquadramento melhor se aplica à
sua atividade. Outrossim, como a opção pelo lucro
real implica diversas obrigações adicionais, sua
“popularidade” cai. A necessidade de se manter
a contabilidade regular, escriturar o Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR) e elaborar o
Livro Diário em meio Digital (Sped Contábil),
entre outras, afastam a opção. Talvez essa
seja uma das razões que fazem muitos sequer
efetuarem esse comparativo entre os regimes,
deixando de obter ganhos significativos.
Como
Quais
as diferenças entre os dois
regimes ?
A mais significativa refere-se à forma de se
apurar a base de cálculo do tributo. No caso do
regime de lucro real, do lucro líquido apurado
(receitas-despesas) deduzem-se as (i) parcelas que
ingressam como receita, mas que não são tributáveis,
acrescentam-se as (ii) despesas não dedutíveis e
decidir então ?
Muitas são as variáveis que devem ser levadas
em conta na hora de se decidir por um regime ou
por outro, como, por exemplo, a correta noção de
quais despesas e custos podem ser deduzidos na
apuração do lucro real, lembrando que a orientação
básica da Receita Federal é de que as despesas
serão dedutíveis na apuração do lucro real no
momento em que forem incorridas ou pagas (regime
de competência) e quando (i) forem necessárias
para a realização das transações ou operações
exigidas pela atividade da pessoa jurídica; (ii)
forem usuais ou normais no tipo de transações,
operações ou atividades da empresa; e (iii) quando
forem comprovadas por meio de documentação
idônea. Além disso, deve ser analisada a diferença
de alíquotas do PIS e da COFINS conforme a forma
de enquadramento; o aproveitamento de créditos
dessas contribuições na opção pelo lucro real; a
necessidade de apuração periódica dos resultados
econômicos da empresa; a escrituração do LALUR
e a escrituração digital; e outros.
Então
essa escolha não deixa de
ser uma forma de planejamento
tributário ?
Sim, e uma forma absolutamente lícita e à
prova de riscos e surpresas. Uma vez simulada
a escolha, com todas as variáveis analisadas,
e lembrando que há casos em que a opção pelo
lucro real será obrigatória, o contribuinte pode
reduzir sua carga tributária, às vezes de forma
significativa, ainda que tenha, em contrapartida,
um encargo operacional elevado.
Notamos ser freqüente essa alteração entre
regimes, no caso de contribuintes cuja opção
pelo lucro presumido é permitida pela Lei, como
estratégia de planejamento tributário, quando a
natureza e as condições do exercício da atividade
revelam-se as mais benéficas em um ou outro
sistema. Em estreita síntese, a aplicação do
lucro real se revela menos onerosa à atividade
cuja lucratividade for menor, enquanto que
para atividades com lucro mais expressivo há a
possibilidade de se obter grande economia ao se
optar pelo cálculo com base no lucro presumido.
Essa é apenas mais uma ferramenta que
auxilia a lícita redução da carga tributária, que
tanto onera a produção nacional.
Fonte: Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins N0 63 – 20/02/13 21.2524.5816 – [email protected] – www.
abisa.com.br - Rio de Janeiro-RJ 41
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
não ocorram, as impurezas impedem a realização
das funções cutâneas normais, podendo causar
alterações de outros tecidos.
Os indivíduos mantem constantemente a limpeza
do corpo, através de cosméticos aptos para a sua
higienização. Cerca de 70% do mercado do setor
pertencem aos sabonetes, desodorantes, cremes
dentais, xampus, que representam os cosméticos de
higienização mais importantes.
A estes, seguem-se outros, apropriados para
a limpeza da pele de características hidratantes
tonificantes e emolientes, como cremes, loções
faciais, entre outros.
Em Foco 3
42
M ecanismo
da
Ação Higiênica
O mecanismo de ação, através do qual resulta a
função higiênica dos cosméticos, é conhecido geralmente
pelas suas propriedades físicas removedoras de
determinados componentes, como por exemplo, os
sabonetes sólidos ou líquidos, agentes tensoativos,
saponificantes e dissolventes de produtos graxos..
Também os produtos desinfetantes, fungicidas
A ciência dos produtos
cosméticos e suas funções
Por: Engª. Enilce Maurano Oetterer, Diretora da Encosmética Consultoria Ltda.
A
Cosmética é uma disciplina fundamentada
na ciência da química, na cosmetologia e na
técnica cosmética.
A química cosmética se ocupa dos constituintes
químicos que entram na composição dos produtos, de
suas propriedades químicas e físico-químicas.
A cosmetologia estuda em particular a
ação e os efeitos dos cosméticos no ser humano
estabelecendo normas gerais para aplicação
prática. Utiliza-se para este fim, fundamentos de
anatomia, fisiologia, bioquímica, farmacologia,
farmacoterapia e a dermatologia.
Finalmente a técnica cosmética compreende as
operações necessárias a que se devem submeter as
matérias-primas dotadas de propriedades cosméticas,
transformando-as em produtos acabados.
De acordo com as áreas anatômicas de aplicação
e de ação dos cosméticos, os produtos possuem
propriedades Higiênicas. Estáticas e Eutróficas
que podem atuar independentemente ou coexistir
conforme o caso.
F unção Higiênica
O ser humano contamina-se continuamente
no ambiente em que vive. As impurezas que se
depositam nas zonas externas do corpo constituem
um terreno apto para o andamento e proliferação
micro-organismos e parasitas, que podem causar
diversas enfermidades à pele. Excluindo-se as
situações em que tais eventualidades patológicas
parasiticidas, exercem esta ação através da função
biológica de eliminar ou impedir a proliferação de
bactérias infecciosas, encontradas ocasionalmente
ou frequentemente sobre a superfície cutânea, como
por exemplo, os desodorantes ou dentifrícios que
atuam na higiene bucal.
Existem finalmente, cosméticos cuja função
higiênica se efetua em virtude das propriedades
odoriparas de seus componentes, como os óleos
essenciais e os perfumes.
F unção Eutrófica
Pode-se definir como função eutrófica, a
propriedade de certos cosméticos conservarem o
estado dos tecidos cutâneos nas melhores condições
anatômicas e funcionais. Esta função distingue
os produtos cosméticos dos medicamentos, que
em determinada forma ou dose, servem para
restabelecer o equilíbrio alterado das funções
orgânicas do tecido conjuntivo.
As ações que determinam a evidência da função
eutrófica, são de ordem farmacoterapêutica, dando
43
Em Foco 3
44
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
origem modernamente aos produtos cosmecêuticos.
A natureza da função eutrófica dos cosméticos,
depende do comportamento farmacológico de
seus constituintes, do nível de absorção das
células epiteliais da região a ser tratada, das
propriedades físico-químicas das substâncias
que compõem sua formulação.
Tais fatores determinam a seleção e eleição das
matérias-primas a serem utilizadas, para o melhor
desempenho desta função.
Portanto, para se associar convenientemente
os diversos componentes em uma formulação,
é preciso conhecer não só suas propriedades e
funções, mas também as doses permitidas de
aplicação e as incompatibilidades que possam
ocorrer. Estas podem ser a causa de desagradáveis
manifestações na pele dos usuários de produtos
cosméticos resultando aspectos antiestéticos, bem
como comprometer a qualidade físico-química dos
produtos acabados.
Por outro lado, como nos fármacos, os cosméticos
podem eventualmente intervir toxicologicamente
e ocasionar por doses inapropriadas, efeitos de
irritabilidade cutânea e degeneração dos tecidos
saudáveis.
Tipos
de
Incompatibilidade
a) Incompatibilidade física: Ocorre quando as
substâncias não têm propriedades compatíveis de
forma desejada. Ex.: imiscibilidade de líquidos
b) Incompatibilidade química: Ocorre quando os
constituintes reagem entre si, formando compostos
com propriedades físicas e físico-químicas diferentes
dos originais.
c) Incompatibilidade biológica e farmacológica: Quando
a ação de certas substâncias é contraindicada para o
tratamento de uma determinada condição, ou quando
as substâncias possuem propriedades incompatíveis
e os efeitos se eliminam reciprocamente.
d) Incompatibilidade fisiológica e patológica: Quando
os produtos são contra indicados em determinadas
formas, aos indivíduos normais em circunstâncias
especiais.
Este último caso de incompatibilidade pode ocorrer
devido a aplicações inadequadas do produto cosmético
por parte dos usuários, quer seja por uso e dosagens
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
inadequadas ou por falta de devidas indicações.
Dependendo do indivíduo, os cosméticos utilizados
durante longo período podem ocasionar uma ação
cumulativa. Esta depende em particular, da absorção
irregular dos produtos quimicamente estáveis, por
parte dos tecidos, de modo que sobre eles resulta
uma reação a um determinado composto, que quando
chegando a certo limite provoca lesões indesejáveis.
São os casos dos efeitos alérgicos, observados
quando existem graus de susceptibilidade à ação dos
componentes das substâncias ativas, reagindo de
modo diferente para cada pessoa, ocasionando até
possíveis dermatoses.
A absorção cutânea varia de acordo com a
característica de cada tipo de tecido, e objetivando-se
o efeito eutrófico, é preciso apurar os efeitos positivos
e evitar os negativos dos cosméticos em geral. Isto
pressupõe o conhecimento das propriedades das
matérias primas e suas aplicações por parte dos
formuladores de produtos.
F unção E stética
O cuidado da higiene pessoal, a suavização
e melhoria dos problemas da pele que por ação
patológica ou traumática sofre um processo de
debilitação, as agressões microbianas, as correções
dos defeitos mais acentuados de certas regiões
cutâneas dependem das funções higiênicas e
eutróficas e tem finalidade estética.
Relativo às exigências estéticas e de acordo
com a moda vigente, a formulação de determinados
cosméticos podem variar de modo que satisfaça o
público consumidor.
A função estética dos cosméticos consiste
precisamente em influir harmonicamente na
aparência das pessoas, realçando-a personalidade
e beleza.
Assim, considerando os tópicos abordados,
o uso dos cosméticos assegura ao usuário uma
atmosfera artística e psicológica muito refinada
segundo os padrões estéticos atuais, estendendose principalmente no que diz respeito ao uso dos
perfumes, e às maquiagens, com suas encantadoras
variações sazonais de cores, causando bem estar e
satisfação aos consumidores.
45
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Outro benefício do emprego das enzimas nas
formulações dos detergentes é que elas podem
substituir parte dos surfactantes, pois a maioria é
produzida a partir de petróleo, outro recurso limitado.
Em Foco 4
46
A substituição do stpp
O STPP em geral entrega vários atributos aos
detergentes em pó, dentre eles, a sequestração
da dureza da água (íons de Cálcio e Magnésio), a
estruturação física do detergente em pó (aspecto e
densidade que conhecemos hoje) e também o auxílio
na remoção de alguns tipos de manchas.
Existem na Europa, Estados Unidos e em muitos
países, vários organismos institucionais lutando pela
redução ou completa proibição do uso do STPP. Hoje
em dia, há detergentes livres 100% de STPP. Podese combinar Enzimas e alguns outros ingredientes
para substituir algumas propriedades do STPP. A
questão é especializar os responsáveis pela produção
do detergente em pó, pois o STPP tem propriedades e
funções que não são facilmente substituídas, porém
com algum conhecimento adicional em formulações,
torna-se possível.
A presença das enzimas nas
formulações dos detergentes
Por Adriana Guerra Maganhotto, Gerente de Marketing e de Desenvolvimento de Novos Negócios na América Latina, Novozymes Ltda.
Nas últimas décadas percebemos uma importante evolução nos detergentes em pó para lavar roupas,
principalmente no sentido de uma adaptação aos hábitos de lavagem do consumidor brasileiro
S
e no passado as formulações eram
basicamente adaptações de fórmulas européias, onde
as condições de lavagem são completamente distintas,
devido à temperatura e dureza geral da água, hoje,
temos formulações sob medida para nossas reais
necessidades de limpeza. E as mudanças não foram
apenas neste sentido, atualmente, à nossa disposição
temos linhas bem mais “ecológicas” e isso se deve boa
parte à utilização das enzimas, que têm a finalidade
de substituir produtos químicos que causam danos
ao meio ambiente. Um exemplo é o Tripolifosfato de
Sódio (STPP), que além de ser extraído de fontes não
renováveis, como jazido de fósforos, o descarte da água
do processo de lavagem altera a vida aquática por conta
de eutrofização - fenômeno que ocorre pelo excesso de
nutrientes, neste caso, compostos químicos ricos em
fósforo ou nitrogênio, provocando a proliferação de
algas que roubam o oxigênio disponível e provoca a
morte dos organismos que dele dependem, como os
peixes.
Outro ponto importante é educar os consumidores
no que tange a espumação provida por esse material.
É preciso entender que espuma não é sinônimo de
limpeza. Na Europa, EUA e Japão, as formulações dos
detergentes praticamente não formam mais espumaantiespumantes a base de silicone são utilizadas para
reduzir a espuma dos detergentes e não interferem
na qualidade das lavagens – com isso as máquinas já
possuem opções para ciclos mais curtos de enxágues
(no Brasil, há a necessidade de 3 ou 4 enxágues devido
a quantidade de espuma formada dentro da máquina
de lavar ou na lavagem à mão). Para levarmos o
conhecimento de que espuma não limpa, um bom
exemplo seria acrescentar na embalagem explicações
de que a fórmula melhorada é mais sustentável,
pois limpa mais fazendo menos espuma e isso reduz
o consumo de água. Também existem embalagens,
no mercado internacional, onde se mostram com
ilustrações os mecanismos de atuação das enzimas
para que as consumidoras entendam como funcionam.
Afinal o que são enzimas? Precisamos ajudá-las a
entenderem de maneira rápida e facilitada! Isso é
inovação e veio para ficar, então, por que esperar?
47
Em Foco 4
48
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Esse é o caminho! Quando o mercado estiver
esclarecido e os produtores mais especializados
em outras combinações para formular, poderemos
ter detergentes ambientalmente mais corretos em
termos de biodegradabilidade e matérias-primas
sustentáveis. Visto isto, ainda se discute o custo de
sua substituição versus o desenvolvimento econômico
e plataforma de sustentabilidade de cada país. Porém
já provamos muitas vezes que uma re-formulação com
enzimas pode melhorar o desempenho dos produtos
a custo neutro ou até mesmo com alguma economia,
especialmente se as empresas levarem em conta toda
a contabilidade incluídae produtividade ganha.
O que são, como funcionam e quais os
benefícios das enzimas
Além de sustentar diversos “claims” (apelos
comerciais para posicionamento de marcas) nos
detergentes líquidos, em pó e no sabão em barra,
as enzimas por serem de origem natural (a partir
da fermentação de bactérias e/ou fungos), são total
e rapidamente biodegradáveis. São proteínas com
propriedades catalisadoras de reações. Pense nelas
exatamente como no processo digestivo, onde se
degrada os elementos orgânicos das sujidades em
frações menores, isso ajuda o surfactante a removêlas, pois em partículas menores, elas ficam em
suspensão e o surfactante cumpre o seu papel de
maneira facilitada. Por essa razão, a adição de
enzimas viabiliza a redução de alguns ingredientes.
Elas são específicas, portanto, cada classe
enzimática vai atuar em diferentes tipos de sujidades.
Temos:
• Proteases para degradação de proteínas (carne,
sangue, leite, ovos, grama),
• Lipases para as gorduras (manteiga, gordura de
frituras, azeites e óleos),
• Amilases para os amidos (como de batata, trigo,
agem como uma cola no tecido para outras sujidades),
• Celulases para a remoção de fibrilas, efeito antipeeling–evita a formação de bolinhas que dá um
aspecto envelhecido às roupas.
• Mananases para remoção de manchas causadas por
espessantes utilizados na indústria alimentícia e de
cosméticos (goma-guáre alfarroba)
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
• Pectinases para remoção de manchas de frutas,
como molho de tomate e sucos.
A combinação de várias classes de enzimas produz
uma sinergia que amplia o espectro de alcance na
limpeza profunda de várias manchas. Um exemplo
seria as amilases e celulases, que juntas promovem
um efeito de branco natural pela redução do efeito de
redeposição causado por bolinhas do tecido e sujidades
invisíveis impregnadas nele.
As enzimas tendem a aumentar sua participação
na formulação do detergente em pó, especialmente em
virtude dos custos dos químicos derivados de petróleo,
em decorrência do impacto ambiental causado pelo
aquecimento global e das mudanças climáticas; das
crescentes economias emergentes e da demanda por
melhor eficiência. Por consequência, essa tendência
afeta as novas formulações líquidas, que devem
entregar o mesmo nível de limpeza que o pó, caso
queiram aumentar sua participação de mercado e
ganhar a fidelidade das consumidoras. Hoje elas
tem muitas opções nas prateleiras, então a primeira
impressão sobre a funcionalidade e benefícios da
marca líquida pode ser a única chance de re-compra.
Antes de comparar marca com marca, a consumidora
irá comparar o desempenho entre o detergente em
pó e liquido. Nesse aspecto sabemos que as enzimas
tem um papel fundamental para a continuidade de
formulas líquida no mercado.
Todos esses fatores ajudam a acelerar a penetração
das enzimas em vários setores,como biocombustíveis,
panificação, têxtil, cervejaria, inclusive no de limpeza.
Em 2012 houve um crescimento significativo em
relação a 2011 e projetamos crescimento bastante
desafiador para 2013 e os anos que seguem. Estamos
em constantes estudos para descoberta de novas
classes enzimáticas ou novas aplicações. A Novozymes
investe boa parte do seu faturamento em Pesquisa e
Desenvolvimento, especialmente por acreditar que
as enzimas viabilizam negócios mais sustentáveis,
ambientalmente corretos, melhoram a eficiência de
desempenho dos produtos e aumentam a abrangência
de especificidade da limpeza. Todos esses fatores
permitem a concentração das fórmulas e reduzindo
o impacto ambiental... As enzimas estão muito mais
presentes em nossas vidas do que pensamos!
49
50
Serviços
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
Revista Espuma - Março/Abril de 2013
ASSINATURA DA REVISTA ESPUMA
Você pode solicitar o recebimento da Revista Espuma.
Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para:
Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61/ São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
ou por [email protected]
Nome:
Empresa:
Endereço:
Nº:
Complemento:
Cidade: Cep: UF:
Fone: ( )
Fax:
( )
Cargo:
Tipo de Empresa:
( ) Fabricantes da Indústria de Sabão
( ) Higiene e Limpeza
( ) Cosméticos
( ) Perfumes e Fragrâncias
( ) Fornecedores de Máquinas e Equipamentos
( ) Insumos e Matérias Primas
( ) Prestadores de Serviços
( ) Frigoríficos e Graxarias
( ) Atacadistas
Abisa 2ª capa
(21) 3353-3000
[email protected]
www.aboissa.com.br
Aboissa 3ª capa
(11) 3353-3000
[email protected]
www.aboissa.com.br
Akzo Nobel 4ª capa
(11) 4591-8935
www.akzonobel.com
Alpes 43
(43) 3420-3233
www.produtosalpes.com.br
( ) Supermercados
( ) Embalagens
( ) Aromas
( ) Indústria Química Fina
( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises
( ) Corantes e Pigmentos
( ) Entidades da Cadeia Produtiva
( ) Centros de Pesquisas e Universidades
( ) Escolas Técnicas
( ) Outros
CCI Química 29
(11) 5642-0102
[email protected]
www.cciquimica.com.br
Citratus 7
(19) 3826-8100
www.citratus.com.br
Daltomare 11
(11) 3523-8600
www.daltomare.com.br
Denver 23
(11) 4613-2789
www.denverespecialidades.com.br
Doce Aroma 47
(11) 2633-3000
[email protected]
www.docearoma.com.br
FC Oliveira 25
(99) 3661-5200
[email protected]
www.fcoliveira.com.br
Inds. José Miguel 45
(87) 3821-0455
www.indjosemiguel.com.br
Lessence 49
(11) 4646-6400
www.lessence.com.br
Rhotoplás Embalagens 39
(11) 4199-2555
[email protected]
www.rhotoplas.com.br
51