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Uma história para ser contada...
OS PRIMÓRDIOS DO ALMANAQUE
Antenor Nascentes aponta para a origem árabe almanakh, lugar onde se mandava
ajoelhar os camelos. Eguilaz considera a origem latina: manachus (circulus) empregado por
Vitrúvio no sentido de círculo de um meridiano que servia para indicar os meses. José Pedro
Machado refere «lugar onde o camelo ajoelha», acrescentando-lhe «estação», «região», «clima».
Geneviève Bollême, autoridade na matéria, é de opinião que a palavra significou primitivamente
«a conta», «o cômputo».
Lunario Perpetuo é o nome pelo qual ficou mais conhecido o mais antigo almanaque,
ilustrado com xilogravuras, composto por Jerónimo Cortés e publicado em Valência em 1594,
reeditado inúmeras vezes ao longo de séculos, com variações em seu título e conteúdo.
No Lunario Perpetuo eram encontrados conselhos e orientações acerca dos mais variados
aspectos da vida, incluindo tabelas das fases da lua, dos eclipses do sol e das festas móveis,
previsões do tempo, horóscopos, informações sobre direito, navegação, teologia, saúde,
agricultura, biografias de santos e informações de interesse geral.
Foi publicado, pela primeira vez, em português, em 1703, com tradução de Antonio da
Silveira e Brito. Logo se tornou muito popular no Brasil, tanto que, segundo Câmara Cascudo,
que conservava um exemplar na sua mesa de cabeceira, foi o livro mais lido no nordeste brasileiro
durante dois séculos. Segundo Cascudo, "não existia autoridade maior para os olhos dos
fazendeiros, e os prognósticos meteorológicos, mesmo sem maiores exames pela diferença dos
hemisférios, eram acatados como sentenças".
Ainda hoje, o Lunário Perpétuo exerce fascínio e se mantém como uma referência na
cultura popular nordestina.
De acordo com o historiador Jacques Le Goff, em História, memória e silenciamento,1996,
o primeiro almanaque surgiu na Europa por volta do ano de 1455, sem título definido, sendo que,
em 1464, foi publicado o Almanaque da Corporação dos Barbeiros e, em 1471, o Almanaque
Anual.
Nos séculos XVI e XVII, os almanaques passaram a circular amplamente em todo território
europeu, tendo na sua estrutura a presença de calendário, informações de astrologia, utilidades e
entretenimento. A partir do século XVIII, eles foram ganhando uma nova roupagem, diferente da
anterior. A nova roupagem os transformava em impressos mais elaborados, com mais páginas e
novo conteúdo, além de passarem a ser veículos de propaganda e instrução.
A mudança pela qual o almanaque passou não foi sem razão. A sua função social se
modificou e essa transformação possibilitou a sua expansão e maior alcance territorial, saindo do
espaço europeu, atingiu outros continentes.
Na obra A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto da obra de
François Rabelais. Brasília, Editora da UnB, 1987, Bakhtin afirma que a origem do almanaque
remonta ao início da divulgação da palavra impressa no mundo, sendo que o espaço de
distribuição de almanaques era a praça pública. Ele lembra, ainda, que era comum os
vendedores de drogas e camelôs charlatões utilizarem melodias para divulgar os benefícios de
seus remédios. A praça pública era o ponto de convergência de tudo que não era oficial. Os
primeiros almanaques populares divulgavam exatamente os benefícios de remédios milagrosos.
Atualmente, é possível encontrar um sem número de tipos de almanaques que tratam de
assuntos variados, do tipo: signos, previsões astrológicas mensais, interpretações de sonhos,
sobre simpatias, farmacopeia, culinária. Publicações com sofisticados recursos de editoração, se
comparados aos almanaques de feira, aparecem em número cada vez maior nas bancas de revista
e livrarias, de modo geral.
O Almanaque a que nos propomos, nesta edição, tem um motivo muito particular: fazer
uma homenagem a Belém, capital do Estado do Pará, no ano em que completa 400 anos de
existência. Não se trata de tarefa fácil, considerando o nosso “objeto de louvação”, porque,
enfim...
Quanto poderia ser dito, quando se refere Belém, esta capital emblemática de uma das
regiões mais ricas deste planeta. Vamos tentar uma aproximação da homenagem a que faz jus
esta cidade, tão bem referida nos versos de Edir Proença e Adalcinda Camarão:
“Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará! ”
Nestes quatro séculos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude que lhe
permitiram chegar à condição de “Metrópole da Amazônia”, sendo que, em alguns momentos, foi
destacada pela marcante influência europeia, particularmente notória nas edificações e práticas
sociais, ficando conhecida como Paris n'América. Revivamos, através deste almanaque, parte do
passado dessa bela cidade!
BELÉM – UMA CAPITAL QUARTOCENTENÁRIA
Um dos primeiros marcos, ligados à origem de Belém, foi o conhecido Tratado de
Tordesilhas que assinalou, enquanto meridiano histórico, que a cidade de Belém constituir-se-ia
na fronteira norte da linha divisória do, então chamado, "Novo Mundo".
A fundação da cidade Belém no dia 12 de janeiro de 1616 pelo capitão Francisco Caldeira
Castelo Branco que tinha, como função , defender a posse portuguesa, àquela altura ameaçada
por França, Holanda e Inglaterra, aponta, sem dúvida alguma, para um momento significativo da
história nacional, qual seja, o primeiro momento relativo à expansão territorial lusitana, que
resultaria na construção dos fundamentos da Nação Brasileira. E por aqui tudo começou com o
chamado, então, Forte do Presépio, hoje conhecido como Forte do Castelo.
Para chegar à denominação atual de Belém, a capital paraense passou por três
denominações. Inicialmente, Feliz Lusitânia, depois: Santa Maria do Grão Pará e finalmente:
Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
D. Pedro II conferiu-lhe o título de Imperial Cidade, por ter sido palco, no período de 1835
e 1840, da Revolta dos Cabanos, considerada a participação mais autenticamente popular da
história do país, aquela em que a população realmente derrubou o governo local.
Entre o final do século XIX e começo do século XX, Belém atingiu grande importância
comercial, em função do chamado Borracha. Deste período foram construídos: o Palácio Lauro
Sodré, Colégio Gentil Bittencourt, Theatro da Paz (1878), Palácio Antônio Lemos e o Mercado do
Ver-o-Peso (1901).
O Mercado do Ver-o-Peso foi construído em Londres e Nova Iorque e, posteriormente,
transportado e instalado na capital. Belém foi a segunda cidade brasileira, logo depois de Manaus,
a ter luz elétrica nas ruas, bonde e telefone, conquistas estas proporcionadas, também, pela
riqueza do período da borracha.
Com diversos codinomes, Belém é uma cidade que agrada, sob vários aspectos, sendo que
a simpatia e hospitalidade dos seus habitantes tornam a estada, de qualquer visitante, uma
verdadeira festa tanto para os olhos quanto para a alma. Eis alguns epítetos, pelos quais ela é
conhecida: Cidade das Mangueiras; cidade do cheiro-cheiroso; cidade das bandeiras vermelhas
(tendo vista os pontos de venda de açaí); cidade do Círio de Nazaré; da chuva diária que alivia o
calor tropical e cidade morena, pela incontestável beleza da morenidade feminina das belenenses.
Não há como não se encantar com esta cidade situada onde, originalmente, habitavam índios
Tupinambá.
Uma cidade com tais características históricas, artísticas e sócios-culturais, não poderia
deixar de ser alvo das mais caras e sinceras homenagens que lhes são devidas, segundo
projetaram e “cavucaram”, por cerca de um ano, professores, alunos e pesquisadores, de modo
geral, afeiçoados e encantados com cada descoberta relativa à Cidade das Mangueiras.
O ALMANAQUE EM HOMENAGEM A BELÉM
As singelas manifestações postas neste almanaque, pela sua configuração estrutural e
características textuais, possibilitarão ao leitor, acompanhar, ainda que numa dimensão apenas,
indicial, o percurso por esta cidade, em 400 anos de existência1.
O ALMANAQUE DO QUARTOCENTENÁRIO DE BELÉM é uma entre as tantas
propostas de homenagear a cidade, no ano da comemoração de quatrocentos anos de existência
memorável. Assim sendo, considerando a especificidade da proposta, ou seja, de uma publicação
no formato de Almanaque, nele far-se-á presente o levantamento de elementos indicadores da
existência de Belém, em seus quatro séculos, no que diz respeito à história, ao lendário, à cultura,
de modo geral, ao imaginário e demais informações que refiram a configuração particular da
“Metrópole da Amazônia”.
Lembrando, ainda, o quanto se extasiam aqueles que têm a oportunidade de vivenciar,
ainda que por pouco tempo, esta cidade tão particular, passemos ao item seguinte para se ter
ideia do que significa conhecer Belém, a capital das mangueiras...
1
As informações aqui presentes podem ser acessadas em http://www.almanaque400anos.br e podem ser complementadas nesta
versão em mídia, caso você, leitor, tenha interesse em dar a sua contribuição para esta homenagem a nossa Belém.
Uma “vista” de Belém, “in presentia”, de naturais e visitantes
“Mas o que finalmente nos ensina esse texto de Haroldo Maranhão... é que
uma cidade só pode ser lida como antologia por meio das diferentes
escritas de linguagens de seus escritores, que lhe deram no tempo uma
forma de sentido atemporal. ”. Belém, janeiro de 2000. (Benedito Nunes)
Só um filósofo, da envergadura de Benedito Nunes, poderia, com tanta sabedoria e
precisão, apontar-nos um dos caminhos para as “escritas de linguagens” de louvação, a uma
cidade de 400 anos, inspiradas por belenenses de representatividade indiscutível...
Os textos, a seguir, constituem uma síntese do que foi reunido, por Haroldo Maranhão, em
357 páginas da obra Pará, Capital BELÉM.
Ernesto Cruz assim informa: Francisco Caldeira Castelo Branco “deu às novas terras
conquistadas a denominação de Feliz Lusitânia, colocando-as sob a proteção de Nossa Senhora de
Belém. Estavam lançados os fundamentos da cidade”
São ainda, deste autor, as referências às primeiras ruas da cidade que nasce num
presépio: “ A Rua do Norte foi a inicial...É a atual Siqueira Campos” ...em seguida, foram estas: do
Espírito Santo e dos Cavaleiros, hoje denominadas Dr. Assis e Dr. Malcher... Seguiram-se a de São
João, a da Residência, Atalaia e Barroca, chamadas depois: João Diogo, Vigia, Joaquim Távora e
Gurupá, respectivamente”
“ Até o ano de 1839, Belém possuía 35 ruas, 31 travessas e 17 largos” Carlos Rizzini.
28 de maio de 1820 é a data que refere João Francisco Mendonça como responsável pelo
primeiro documento impresso, na cidade: um requerimento dirigido à Junta do Governo
Provincial, para usar a sua oficina.
Ernesto Cruz informa: “A 23 de outubro de 1868, foi concedido a James J Bond o privilégio
exclusivo por 30 anos, para explorar o serviço de coletivo em Belém. ”... “Foi a 8 de agosto de 1870
que chegaram de Nova Iorque (...) dois carros, idênticos aos usados no Rio de Janeiro, muito
elegantes e bem pintados”.
“(...) Em Belém o calorão dilata os esqueletos e meu corpo ficou exatamente do tamanho de
minha alma. ” Do ilustre visitante Mário de Andrade, em 1927, temos parte da entrevista,
publicada em T. A. Queiroz, 1983.
Mário de Andrade. Cartas de Mário de Andrade a Manuel Bandeira. Rio, Simões (1958): “ O
Teatro da Paz é bom. A Basílica... é admirável no seu luxo, embora não seja nada brasileira. (...) e
há um lugar sublime, que é preciso preservar de qualquer modificação: O Largo da Sé.... Nem na
Bahia se encontra um conjunto tão harmonioso, tão equilibrado e sereno. É uma preciosidade. ”
EM LOUVOR A BELÉM: CIDADE CANTADA EM PROSA E VERSO, por paraenses e por
visitantes
De Euclides da Cunha
“ Há dois anos entrei pela primeira vez naquele estuário do Pará, “que já é rio e ainda é
oceano”, tão inseridos estas fácies geográficas se mostram à entrada da Amazônia” (...)
“ Salteou-me, afinal, a comoção que eu não sentira. A própria superfície lisa e barrenta era
mui outra. Por que o que se me abria às vistas desatadas naquele excesso de céus por cima de um
excesso de águas, lembrava (ainda incompleta e escrevendo-se maravilhosamente) uma página
inédita e contemporânea do Gênesis. ”
http://blogmanueldutra.blogspot.com.br/2015/04/o-amanhecer-sobre-o-estuario-marajoara.html
MÁRIO DE ANDRADE
“ Manu (...) não sei que mais coisas bonitas enxerguei por este mundo de águas. (...)
“Olha que tenho visto bem coisas estupendas...”
“Nada disso que lembro com saudades e que me extasia sempre ver, nada desejo rever com
precisão absoluta fatalizada do meu organismo inteirinho” (...)
“Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo no desejo, só Belém me conquistou
assim. (...)”
“Quero Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim. E
como já falei, sentar de linho branco depois da chuva na terrasse do Grande Hotel e tragar sorvete,
sem vontade, só pra agir, isso me dá um gozo incontestavelmente de amor tão sexual.” (1927)
CAMPOS RIBEIRO
Cidade da Beleza e da Amargura
“.........)
Tenho-te na alma: desde as alegrias
Das ruas de arrabalde, amplas, direitas,
Até o acervo de saudades frias
Desse recolhimento que te engelha,
Nessas ruas feudais, essas estreitas
Ruas sombrias da Cidade Velha.
(-----)
Pelos teus bairros os meus olhos mudos
Erram cheios de paz e de quimeras...
Umarizal.... Jurunas... Pedreira!
Em todos, gente humilde, almas sinceras
Nas moças lindas e nos homens rudes,
Como essa gente alegre e hospitaleira
Do teu modesto bairro de Canudos.
(....)
Eis porque te amo, assim formosa e triste!
Tu foste a luz e a treva, e a flor e o espinho!
E por tuas mulheres tu me abriste
A flor espiritual do meu carinho!
E,eterna, tu serás em teus encantos,
- Céu de pesar, inferno de ventura,
Rosa florindo entre caudais de prantos,
- Cidade de Beleza e de Amargura. ”
Não duvidem: em Belém, de Oitocentos, praticava-se SPORT
Não poderíamos deixar de fazer menção a este fato, num ano em que Belém completa 400
anos e o Brasil sedia, pela primeira vez, uma Olímpiada. Então, lembremos a Belém desportiva:
1896 é o ano que refere “... o primeiro lugar ao Sport Club. Situado na avenida Nazaré (...)
fundada há 12 anos.
1906, ano em que: “ Pela primeira vez foi disputado no Estado o record da légua. Teria início
na Praça Frei Caetano Brandão e findava no Marco da Légua, no bairro do mesmo nome. ”... Foi
vencedor: Deoclécio Martins. Tempo:36m e 30 segs.
Em 1916, Theodoro Braga, informava: “ Pode-se dizer que em Belém o cultivo dos sports
tem os seus adoradores, ”... “ o foot Ball dividiu em dois grandes grupos a mocidade da capital (...):
o Club do Remo e o Paysandu Club. ”
“ Natação e regatas, organizadas ambas, especialmente, pelo Club do Remo e pela
Federação de Paraense de Sports Náuticos (...) e “se efetuam sobretudo aos domingos pela manhã,
na vasta e tranquila Baia do Guajará. ”
(...) entre os sports náuticos conta-se o water polo, cujos matchs são renhidamente
disputados com mestria, numa das docas do cais do porto...”
“A patinação, exercício favorito de meninas elegantes e gentis...”
“O automobilismo (...) é praticado por amadores cautelosos. ”
“Touradas, embora não sejam muito comuns, entretanto o redondel de Batista Campos
enche-se (...)de afccionados...”
O texto poderia ir além. Bem além, e as citações também, mas, com certeza, não dariam
conta do quanto precisaria ser dito para uma escrita, minimamente abrangente, do que se tornou
Belém em 400 anos de existência. Assim sendo, vamos ao que ainda será dito, mesmo que,
sempre, ainda fique algo por dizer...
Profa. Maria do Socorro Simões
II – HISTÓRIA, MEMÓRIA E CULTURA: Uma Agenda Permanente de Belém Quartocentenária
Neste item encontram-se uma agenda permanente, em fase de construção, com informações
acerca de efemérides, de modo geral, e referências relacionadas à história, à memória e aos filhos
ilustres de Belém.
https://scontent.fbel1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.09/13165903_995490557200390_907765249752703837_n.jpg?oh=ba375a5631df561bbaebc16fe9feae01&oe=584DAA69
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Dia de Ano Novo, Dia da Paz,
Dia Mundial do Braille,
Dia de Reis, Epifania do Senhor
Liberdade do Culto
Dia do fotógrafo
Dia de São Julião; Dia do Astronauta, Dia do Fico
Dia Internacional do Obrigado
Aniversário de Belém
Dia Mundial do Compositor, Dia de Santo Amaro, Dia Internacional do Fetiche
Dia Internacional da Comida Picante
Dia de Santo Antão, Dia Mundial da Neve;
17 de janeiro de 1999 – inauguração do Monumento à Waldemar Henriques
- Dia Internacional do Riso
– Dia de S Sebastião do Rio de Janeiro, Dia do Fusca
- Dia Mundial da Religião, Dia de Santa Inês
- Dia de São Vicente
- Dia Mundial da Liberdade, Dia da Escrita à Mão
– Dia do Aposentado
– Dia do Carteiro,
- São Timóteo
- Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, Dia do Orador;
27 de janeiro de 1940. Nasce Walcyr Monteiro escritor, jornalista e sociólogo brasileiro, nas
-Dia Internacional da Privacidade de Dados, Dia do Portuário
– Dia do Jornalista
- Dia da Não-Violência, Dia da Saudade
- Dia Mundial dos Leprosos; Dia Mundial do Mágico
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Fevereiro
– Dia do publicitário
- Dia Mundial das Zonas Húmidas, Dia do Agente Fiscal
- Dia de São Brás
- Dia Mundial de Luta Contra o Cancro,
- Dia de Santa Águeda, Dia do datilocopista
- Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina
– Dia do Gráfico
- Ano Novo Chinês, Dia de Limpar o Computador
- Carnaval; Dia Internacional da Internet Segura
- Quarta-feira de Cinzas, Dia do Atleta profissional
- Dia Mundial do Doente; Dia do Zelador
- Dia da Mão Vermelha; Dia de Darwin; Dia de Santa Eulália
- Dia Mundial da Rádio
- Dia dos Namorados (São Valentim), Dia do Amor; Dia Nacional do Doente Coronário; Dia
Internacional de Oração pelo Autismo e Síndrome de Asperger; Dia Mundial do Casamento
- Dia Internacional da Criança com Cancro;
– Dia do Repórter
- Dia de São Teotónio
– Dia do Desportista
- Dia Mundial da Justiça Social
- Dia Internacional da Língua Materna
- Dia Europeu da Vítima de Crime; Dia do Pensamento
- Dia de São Policarpo
- Dia Internacional do Urso Polar, Dia do Livro Didático
- Dia do Engolidor de Espadas
- Dia Mundial das Doenças Raras
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Março
- Dia Mundial da Proteção Civil, Dia de São David, Dia do Turismo
- Dia Europeu da Igualdade Salarial
- Dia Internacional da Vida Selvagem. Dia do Meteorologista
- Dia de São Casimiro; Dia Mundial da Oração; Dia de Apreciação do Empregado
- Dia da Igualdade Salarial; Dia Internacional da Criança na Rádio e Televisão
– Dia da Saúde; Dia do Legista
- Dia Internacional da Mulher; Dia Mundial do Ténis, Dia do Correio; Dia da Natação
- Dia de São Domingos Sávio
- Dia Mundial do Rim; Dia da Engenharia
- Dia Europeu das Vítimas do Terrorismo, Dia Mundial da Canalização
– Dia da Bibliotecária
- Dia de São Rodrigo
- Dia de Santa Matilde; Dia Branco; Dia Mundial da Poesia, Dia do Vendedor de Livros
- Dia Mundial dos Direitos do Consumidor; Dia Internacional Contra a Violência Policial
- Dia da Liberdade de Informação
- Dia de São Patrício
- Dia Mundial do Sono
- Dia do Pai; Dia de São José;Hora do Planeta , Dia do Artesão, Dia da Escola
– Equinócio (início) da Primavera; Dia Internacional da Felicidade; Dia Internacional da Astrologia
- Dia Mundial da Árvore; Dia Internacional Contra a Discriminação Racial; Dia Internacional da Síndrome de Down
- Dia Mundial da Água
- Dia Mundial da Meteorologia
- Dia Nacional do Estudante; Dia Mundial da Tuberculose
- Sexta-Feira Santa; Dia de São Dimas
- Dia do Livro Português; Sábado Santo
- Páscoa ; Dia Mundial do Teatro; Dia de São Ruperto
- Dia Nacional dos Centros Históricos; Dia do Revisor. Dia do Diagramador
- Dia de São Benjamim, Dia Mundial do Backup
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Abril
- Dia das Mentiras; Dia Internacional da Diversão no Trabalho
- Dia Internacional do Livro Infantil; Dia da Consciencialização do Autismo
- Dia Internacional para a Consciencialização Contra as Minas e de Assistência à Desminagem
- Dia Mundial da Atividade Física; Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz
- Dia Mundial da Saúde; Dia do Legista; Dia Internacional do Castor
- Dia Internacional do Cigano; Dia da Natação
- Dia do Golfista; Dia da Engenharia
- Dia Mundial da Doença de Parkinson
- Dia de São Victor; Dia de São Frutuoso; Dia do Obstrata
- Dia do Beijo; Dia de São Hermenegildo; Dia do Hino Nacional
- Dia Internacional do Café; Dia das Américas
– Dia do Desenhista
- Dia Mundial da Voz
- Dia Mundial da Hemofilia
- Dia Internacional dos Monumentos e Sítios; Dia do Livro Infantil
- Dia de Santo Expedito; Dia de Santa Ema. Dia do Indio
– Dia do Disco; Dia do Diplomata
- Dia de Santo Anselmo; Dia de Tiradentes; Dia do Metalúrgico
- Descobrimento do Brasil, Dia Mundial da Terra
- Dia Mundial do Livro; Dia Mundial do Escutismo; Dia Nacional da Educação de Surdos; Dia de São Jorge
- Dia Mundial do Animal de Laboratório
- Dia da Liberdade (25 de Abril);Dia de São Marcos; Dia Mundial do Pinguim; Dia do Contador
- Dia de São Pedro de Rates; Dia da Produção Nacional; Dia Mundial da Propriedade Intelectual; Dia do Goleiro e do Engraxate
- Dia Internacional do Cão-Guia; Dia Mundial do Design Gráfico; Dia da Doméstica
- Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho; Dia da Sogra; Dia da Educação
- Dia Mundial da Dança
- Dia Internacional do Jazz; Dia do Ferroviário.
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Maio
- Dia do Trabalhador; Dia da Mãe; 1º de maio de 1933 – inauguração do Monumento em Homenagem ao Indio
- Dia de Santa Mafalda;
- Dia Internacional da Liberdade de Imprensa; Dia de São Filipe; Em 03/05/1900 inauguração do monumento a Dom Frei Caetano Brandão
- Dia Internacional do Bombeiro; Dia de São Floriano
- Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante; Dia Internacional da Parteira; Dia das Comunicações
- Dia Internacional da Tuba; Dia Internacional Sem Dieta;Dia do Cartógrafo
- Dia de Santa Flávia; Dia do Silencio; Dia do Oftalmologista
- Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho; Dia Mundial da Segurança Social; Dia do Artista Plástico
- Dia da Europa; Dia Europeu da Segurança Rodoviária
- Dia de São Damião ; Dia do Lúpus; Dia do Guia Turístico; em 10 de junho de 1959 – inaugurado o monumento a Lauro Sodré
- Dia Europeu do Melanoma
- Dia Internacional do Enfermeiro; Dia de Santa Joana
- Dia da Abolição, Aparição de Nossa Sra. de Fátima; Dia do Duende; Inauguração do Santuário de Fátima em Belém, em 13/05/1990
- Dia Mundial da Astronomia; Dia de São Matias; Dia do Seguro
- Dia Internacional da Família; Pentecostes; Dia da Assist. Social
- Dia Internacional dos Assistentes Virtuais; Dia do Gari
- Dia Mundial Das Telecomunicações; da Internet e da Hipertensão; Dia Internacional de Luta contra a Homofobia e a Transfobia;
- Dia Internacional dos Museus; Dia de Santa Rafaela; Dia Mundial da Vacina Contra a SIDA
- Dia de Santo Ivo; Dia Mundial do Médico de Família
- Dia da Marinha; Dia de São Bernardino; Dia Mundial da Metrologia; Dia Europeu do Mar
- Dia Mundialda Diversidade Cultural eda Migração dos Peixes; Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, Dia de São Cristóvão de Magalhães
- Dia Internacional da Biodiversidade; Dia de Santa Quitéria; Dia de Santa Rita; Dia de Santa Júlia; Dia do Apicultor
- Dia Mundial da Tartaruga
- Dia Europeu dos Parques Naturais; Dia do Datilógrafo
- Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e da Esclerose Múltipla; Dia de Santa Maria Madalena de Pazzi e São Beda; Dia da África
- Dia de São Filipe Néri; Dia de Santa Mariana de Quito, Dia do Trabalhador Rural; Dia da Massagista
- Dia Europeu dos Vizinhos; Dia de Santo Agostinho de Cantuária; Dia do Profissional Liberal
- Dia da Saúde Feminina e do Brincar; Data da impressão do 1º documento em Belém, cf, João Francisco de Mendonça
- Dia Nacional do Policial; do Geógrafo; do Estatístico e da Energia; Dia Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas;
– Dia do Decorador
Dia Mundial Sem Tabaco; Dia da Visitação de Nossa Senhora
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Junho
Dia Mundial da Criança; Dia de São Justino
Dia Internacional da Prostituta
Dia do Sagrado Coração de Jesus
Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão
Dia Mundial do Ambiente; Dia de São Bonifácio
Dia de São Marcelino ; Dia de São Norberto
Dia Mundial dos Oceanos
Dia Internacional dos Arquivos; Dia de São José de Anchieta
Dia de Portugal e do Chá Gelado;Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível;
Dia de São Barnabé
Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil; Dia de Santo Onofre
Dia de Santo António; Dia Mundial de Consciencialização do Albinismo
Dia Mundial do Dador de Sangue
Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa; Dia de Santa Germana e do Vento
Dia Internacional da Criança Africana
Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação; Dia de São Manuel
Dia Internacional do Sushi, do Piquenique e do Pânico; Dia de Osana; Dia Mundial do Malabarismo; Dia do Orgulho Autista
Dia Mundial de Consciência Sobre Doença Falciforme; Dia de São Romualdo
Solstício de Verão; Dia Mundial do Refugiado; Dia Internacional do Surf ; Dia do Relógio do Sol
Dia Mundial do Yoga e da Girafa; Dia Europeu da Música; Dia Humanista Mundial
Dia Olímpico; Dia de S. José Cafasso; Dia das Nações Unidas para o Serviço Público; Dia Internacional das Viúvas
Dia de São João; Dia Nacional do Cigano
Dia de São Guilherme; Dia Mundial do Vitiligo; Dia do Marinheiro
Dia Internacional de Apoio às Vitimas de Tortura e da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas; Dia de São Josemaría Escrivá
Dia dos Trabalhadores Industriais Mundiais;
Dia Internacional do Piercing Corporal
Dia de São Pedro; Dia de São Paulo;Dia Internacional da Lama; Dia do Papa
Dia Mundial das Redes Sociais
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Julho
Dia da Madeira; Dia Mundial das Bibliotecas e do Salvamento ; Dia Internacional da Piada
Dia Mundial do OVNI; Dia de São Bernardino Realino; Dia da Polícia de Segurança Pública; Dia Internacional das Cooperativas
Dia de São Tomé; Dia Internacional Sem Sacos de Plástico
Dia de Santa Isabel
Dia do Bikini
Dia de Santa Maria Goretti
Dia Mundial do Chocolate
Dia Mundial da Alergia
Dia de Santa Paulina; Dia Mundial pelo Desarmamento
Dia de Santo Olavo; Dia Mundial da Pizza
Dia Mundial da População; Dia de São Bento
Dia Mundial do Rock; Dia de Santo Henrique
Dia Mundial da Liberdade de Pensamento , Dia de São Camilo
Dia de São Boaventura; Dia Mundial das Competências dos Jovens;
Dia de Nossa Senhora do Carmo; Dia Mundial da Cobra
Dia Mundial da Justiça Internacional ; Dia de Santa Marcelina
Dia de São Francisco Solano ; Dia Internacional Nelson Mandela
Dia de Santo Arsénio
Dia do Amigo ; Dia de Santo Aurélio; Dia de Santo Elias
Dia de São Lourenço de Brindisi;
Dia da Aproximação de Pi; Dia de Santa Maria Madalena
Dia do Alfaiate e da Modista; Dia de Santa Brígida
Dia dos Primos; Dia de Santa Cristina
Dia de Santiago; Dia de São Cristóvão
Dia Mundial dos Avós; Dia de Santa Ana
Dia do Esperanto; Dia de Santa Natália
Dia Mundial da Conservação da Natureza; Dia Mundial da Hepatite; Dia de São Vítor I
Dia de Santa Marta; Dia Internacional do Tigre; Dia do Administrador de Sistemas
Dia Internacional do Amigo; Dia de São Pedro Crisólogo; Dia Mundial Contra o Tráfego de Pessoas
Dia de Santo Inácio de Loyola; Dia Mundial do Vigilante da Natureza
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Agosto
- Dia de Santo Afonso de Ligório
- Dia de São Pedro Julião Eymard
- Dia de São Nicodemos; Dia de Santa Lídia
- Dia de São João Maria Vianney; 05 Dia Internacional da Cerveja
- Dia de Nossa Senhora das Neves; Dia da Transfiguração do Senhor;
- Dia de Hiroshima
- Dia de São Caetano
- Dia Mundial do Gato ; Dia de São Domingos de Gusmão
- Dia Internacional dos Povos Indígenas ; Tombamento do Conj. Arquitetônico e Paisagístico da P. Batista Campos em 1983
- Dia Mundial do Leão ; Dia de São Lourenço
- Dia de Santa Clara
- Dia Internacional da Juventude; Dia do Filho do Meio ; Dia Mundial do Elefante
- Dia Mundial do Canhoto ; Dia de São Ponciano ; Dia de Santo Hipólito
- Dia de São Maximiliano
- Assunção de N. Senhora; Dia de São Tarcísio; Adesão ao Estado de Independência do Brasil
- Dia de São Roque
- Dia do Gato Preto; Dia de Santa Beatriz da Silva
- Dia de Santa Helena
- Dia Mundial da Fotografia; Dia Mundial Humanitário ; Dia de São João Eudes
- Dia Internacional do Animal Abandonado; Dia Mundial do Mosquito; Dia de São Bernardo
- Dia de São Pio X
- Dia de Nossa Senhora Rainha
- Dia de Santa Rosa de Lima; Dia da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo
- Dia Internacional da Música Estranha; Dia do Artista; Dia de São Bartolomeu
- Dia de Santa Patrícia;
- Dia de São Zeferino
- Dia de Santa Mónica
- Dia de Santo Agostinho de Hipona; Alcyr Guimarães Sequeira; músico consagrado nacionalmente, medico Virologista
- Dia Internacional Contra Testes Nucleares
- Dia Internacional do Tubarão-Baleia e das Vítimas de Desaparecimentos Forçados ; Dia de São Cesário de Arles
- Dia da Tomatina
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Setembro
- Eclipse Solar 2016
- Dia Mundial da Barba ; Dia Internacional do Abutre; Dia de São Gregório
- Dia de Santa Rosália
- Dia Internacional da Caridade
– DIA DA INDEPÊNCIA DO BRASIL
- Dia Internacional da Literacia; Dia Mundial da Fisioterapia
- Dia de São Pedro Claver
- Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
- Dia Nacional do Bombeiro Profissional
- Dia do Programador
- Dia da Santa Cruz
- Dia Internacional da Democracia; Dia de Nossa Senhora das Dores
- Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozonio; Dia de São Cipriano
- Dia Internacional da Música Country; Dia Internacional da Maça
- Dia de São Januário; Dia Internacional de Falar como um Pirata
- Dia Internacional da Paz; Dia Mundial da Doença de Alzheimer e da Gratidão; Dia de São Mateus
- Início do Outono; Equinócio de Outono; Dia Europeu Sem Carros ;Dia de São Maurício
- Dia Internacional do Coelho
- Dia Internacional do Farmacêutico ; Dia Mundial dos Rios ; Dia Mundial do Sonho
- Dia do Ex-Fumador; Dia Nacional do Farmacêutico ; Dia Europeu das Línguas
- Dia Mundial do Turismo
- Dia Mundial da Raiva
- Dia Mundial do Coração
- Dia Internacional da Tradução
- Dia de São Jerónimo
Outubro
01 - Dia Mundial da Música e do Vegetarianismo; Dia Internacional do Idoso; Dia das Fundações e Doadores
02 - Dia Mundial dos Animais de Quinta
03 - Dia Mundial do Habitat
04 - Dia Mundial do Animal; Dia do Médico Veterinário
05 - Implantação da República; Dia Mundial do Professor
07 - Dia Mundial do Sorriso; Dia Nacional dos Castelos
08 - Dia Mundial do Polvo; Dia Mundial dos Correios
10 - Dia Mundial da Saúde Mental
12 - Dia Mundial da Artrite
13 - Dia Mundial da Visão; - Dia Internacional para a Redução de Castástrofes
14 - Dia Mundial do Ovo
15 - Dia Mundial da Lavagem das Mãos ; Dia Internacional do Preguiça
16 - Dia Mundial da Alimentação; Dia Mundial da Coluna
17 - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
18 - Dia Mundial da Menopausa ; Dia de São Lucas
20 - Dia Mundial de Resolução de Conflitos, da Estatística e da Osteoporose; Dia da Paralisia Cerebral
21 - Dia Nacional da Luta Contra a Dor
22 - Dia Internacional da Gaguez
23- Em 1868, foi concedido autorização para explorar o serviço de coletivo em Belém.”
24 - Dia da Biblioteca Escolar; Dia das Nações Unidas; Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento
25 - Dia de Compras na Net; Dia Mundial das Massas
27 - Dia Nacional de Desburocratização; Dia Mundial da Terapia Ocupacional
28 - Dia de São Judas Tadeu; Dia Mundial da Terceira Idade; Dia Internacional da Animação
29 - Dia Mundial da Psoríase; Dia Mundial do AVC
30 - Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama; Dia da Formação Financeira
31- Dia das Bruxas - Halloween; Dia Mundial da Poupança
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Novembro
- Dia de Todos os Santos; Dia Mundial do Veganismo; Dia de Pão por Deus
- Dia de finados
- Dia da Sanduíche; Dia da Dona de Casa
- Dia Mundial do Cinema
- Dia do Saxofonista ; Domingo do Órfão
- Dia Internacional da Preguiça
- Dia Mundial da Radiologia; em 1951 nasce Carlos Nilson Batista Chaves, instrumentista cantor e compositor
- Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento; Dia Mundial da Bolota e da Usabilidade
- Dia de São Martinho; Dia do Armistício ; Dia Mundial do Origami
- Dia Mundial da Pneumonia
- Dia Mundial da Bondade; Dia Internacional do Trava-Línguas
- Dia Mundial da Diabetes; Dia Mundial do Órfão
- Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa; em 1905,inauguração do Chafariz das Sereias
- Dia Internacional da Tolerância; Dia Nacional do Mar
- Dia Mundial do Não Fumador, da Criatividade; da Prematuridade; da Filosofia; Dia Internacional dos Estudantes
- Dia do Ocultismo; Dia Europeu do Antibiótico
- Dia Mundial da Casa de Banho ;Dia Internacional do Homem
- Dia Internacional dos Direitos das Crianças e em Memória das Vítimas da Estrada ; Dia Internacional da Memória Transgênera
- Dia da Televisão; Dia da Apresentação de Maria; em 1929 nasceu Benedito Nunes, Professor e grande teórico paraense
- Dia de Dar uma Volta; Dia de Santa Cecília
- Dia Pelo Fim da Impunidade; Dia do Arando
- Dia Mundial da Ciência; Dia de Ação de Graças; Dia Nacional da Cultura Científica
- Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres; Dia de Santa Catarina
- Dia de Lembrança das Compras
- Dia de Nossa Senhora das Graças; Dia do Advento
- Dia do Planeta Vermelho; Cyber Monday
- Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano
- Dia das Cidades Pela Vida; Dia de Santo André; Dia da Segurança do Computador
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Dezembro
Restauração da Independência; Dia Mundial de Luta Contra a Sida; Dia da Filatelia
Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e dos Portadores de Alergia Crónica
Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla; Dia de Santa Bárbara; Dia Mundial da Conservação da Vida Selvagem
Dia Internacional do Voluntariado; Dia Mundial do Solo; Dia Internacional do Ninja
Dia de São Nicolau
Dia de Timor-Leste; Dia da Banheira; Dia Internacional da Aviação Civil
Dia da Imaculada Conceição
Dia Internacional Contra a Corrupção
Dia Internacional dos Direitos Humanos
Dia Internacional da Montanha; Dia Internacional do Tango; Dia Internacional da UNICEF
Dia da Poinsétia
Dia de Santa Luzia
Dia Mundial do Macaco
Dia Internacional do Chá; Dia de Zamenhof
Dia de São Lázaro; Dia Internacional Contra a Violência Sobre Trabalhadores do Sexo
Dia Internacional das Migrações; Dia de Nossa Senhora do Ó
Dia Internacional da Solidariedade Humana
Solstício de Inverno; Início do Inverno; Dia das Palavras Cruzadas
Dia de São Charbel
Natal
Hanukkah
Dia de Santo Estêvão
Dia de São João Evangelista
Dia dos Santos Inocentes
Dia da Sagrada Família
Véspera de Ano Novo; Dia de São Silvestre; Réveillon
UMA HISTÓRIA QUE VALE A PENA RECORDAR
Para dar conta de parte significativa desta história, com a palavra, a Profa. Maria de Nazaré
Sarges. Em seu livro ‘’Belém: Riquezas produzindo a Belle-Epóque’’, o ponto de partida para a
formação da cidade de Belém é o estabelecimento de uma fortificação militar em seu território, no
século XVII, com a finalidade de defender a entrada da região amazônica contra possíveis invasões
estrangeiras. Alexandre de Moura tratou logo de colonizar as terras do Pará, principiando por
preparar e enviar uma expedição a mando do capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, com
uma tropa expedicionária embarcada em uma caravela, um patacho e um lanchão, comandados
por capitães portugueses. Em fins do mês de Janeiro de 1616, entrava na baía de Guajará.
Castelo Branco resolveu desembarcar em uma ponta de terra elevada e bem definida, pois que era
quase toda cercada de água. Nessa ponta de terra elevada, construiu com o auxílio do engenheiromor do estado, Francisco de Frias Mesquita, um forte de forma quadrada, sendo que do lado do
mar era apenas cercada de gabiões sobre uma muralha de pedra alta, e entre os gabiões e sobre o
resto da muralha foram colocadas peças de canhões.
A construção desta fortaleza de madeira com cobertura de palha recebeu então a
denominação de forte do presépio, atualmente Forte do Castelo, dando início à formação do
primeiro aglomerado urbano, mais tarde conhecido por Feliz Lusitania e, posteriormente, Santa
Maria de Belém do Grão-Pará. A linha de fortificação abrangia, pelo lado de terra, parte da área
que veio a ser a praça da matriz. Tendo como ponto de partida o Forte do Castelo, os
colonizadores abriram os primeiros caminhos que mais tarde vieram a dar origem às primeiras
ruas da cidade.
Paralela ao Guajará, surgiu a primeira rua de Belém, rua do Norte, hoje Siqueira Mendes,
que, no sentido norte/sul se prolonga pela margem do rio. Ia ter este caminho ao sitio em que o
capitão-mor Bento Maciel Parente, edificou, em 1621,a sua casa de morada, por ele doada, em
1627,aos frades carmelitas calçados, para que ali fundassem o seu convento e igreja, donde veio
mais tarde chamar-se Largo do Carmo. Posteriormente, abriram-se mais três ruas paralelas à
primeira: a rua do espírito santo, atual Dr. Assis, a rua dos cavaleiros, hoje denominada Dr.
Malcher e a de são João a qual termina em frente a igreja de São João, construída em 1622,no
largo do mesmo nome, vindo pela travessia Atalaia, depois chamada Joaquim Távora ,ao Carmo.
Outras ruas vão surgindo, na medida em que há necessidade de expansão do núcleo urbano.
Deste modo, surgiram: travessa da Atalaia, atual Joaquim Távora; travessa da residência, atual
Félix Roque; a D’Água das Flores, atual Pedro de Albuquerque e da Barroca, hoje conhecida por
travessa Gurupá.
Partindo da travessa da Atalaia em direção ao sul, foram abertas as ruas de Aljube, atual
Cametá, e de D’Alfama, depois Santarém e hoje Rodrigues dos santos, que chegaram até à rua
Barroca configurando, deste modo, o quadro urbano do atual bairro da Cidade velha, local onde
estão localizadas as principais igrejas de Belém. Em 1840,o presidente da Província, João Antônio
de Miranda ‘’mandou que a câmara designasse as ruas, travessas, becos e largos com os nomes
que tivessem e que à câmara parecesse adequados..
A expansão do ‘’sítio’’ belenense se processou através de doações de terras a colonos
portugueses e ordens religiosas, sendo que os primeiros ocupantes da parte sul da cidade foram
os religiosos da Ordem dos Capuchinos de Santo Antônio, no bairro da Campina. As casas
religiosas, na sua ocupação urbana, refletiram uma estratégia inicial no sentido de defesa de uma
possível invasão ‘’estrangeira’’ do sítio pelo litoral, como também representam um ponto de
partida para ocupação do interior na medida em que controlam a ação dos indígenas.
A lentidão com que se processou o povoamento, explica-se pela resistência que os índios
faziam à presença dos alienígenas, a luta contra invasores, como também o próprio desinteresse
que os metropolitanos apresentavam em relação ao Norte por desconhecerem a existência de
minas de ouro no território nortista, o que tanto interesse lhes despertava. Até a primeira metade
do século XVII, a população de Belém se resumia em 80 moradores, excluindo os religiosos,
militares e nativos, e algumas construções modestas, entre elas, duas igrejas. A estimativa feita
pelo Padre Vieira vai ser objeto de contestação por parte de João Lúcio de Azevedo, que afirmou
ser a população do Pará, no ano de 1661,de setecentos habitantes,’’ reunidos os que viviam nas
terras, os que perambulavam em expedições sertão adentro’’. Entretanto, o processo de expansão
ocorreu com mais rapidez a partir da segunda metade do século XVII, com a chegada de 234
colonos açorianos(1676)constituindo 50 famílias, que vão ser instalados em uma área cedida pelo
senado da Câmara, para que desenvolvessem a agricultura.
Nessa época, a atividade econômica da colônia se limitava à produção de gêneros nativos
(cacau, cana-de-açúcar, arroz, algodão),destinados à exportação.Com a presença dos imigrantes,
fez-se necessário abrir uma rua(são Vicente, atual Manuel Barata),para alocação dos novos
habitantes, o que deduz que não havia habitação disponível para alojá-los. A urbe começa a se
distanciar do litoral e apresentar um aumento populacional. Segundo Souza Ferreira, por volta de
1685, Belém já possuía quinhentos habitantes e ao final do século XVIII, a cidade já registra
10.620 habitantes e 1.083 fogos. Ao findar o século XVII, já era possível distinguir os dois núcleos
iniciais da cidade, separados pelo Piri, sendo que o da ‘’cidade’’ ficava junto ao Forte do Presépio e
o da ‘’Campina’’ em torno da rua dos Mercadores(atual Conselheiro João Alfredo).
Em 1703, é demarcada a légua patrimonial da cidade cedida através de carta de sesmaria
em 1627 pelo capitão-general Francisco Coelho de Carvalho.Com a carta de doação e sesmaria de
uma légua teve inicio o patrimônio municipal. Ao final do século XIX a área inicial foi aumentada
em mais uma légua de terra, doada à municipalidade pelo governo do estado, através do decreto
estadual n 766,de 21 de setembro de 1899,firmado pelo governador Paes de Carvalho. Por ocasião
da segunda metade do século XVIII, Belém já demonstrava sinais de reorganização de seu espaço,
como bem traduziu o cientista francês La Condamine, ao passar pela cidade em 1743.
A cidade, em decorrência de seu crescimento populacional, começou a distanciar-se do sítio
inicial e avançar em direção à ‘’campina’’, surgindo a principio ,as construções religiosas como a
catedral da Sé(1748/1755) e a de Santana(1716) e alguns prédios públicos como a Cadeia e o
Palácio do governo, este ultimo projetado pelo arquiteto italiano Jose Antonio Landi ,autor de
inúmeras obras de arte de inegável valor artístico-histórico da terra. Em 1751,Belém torna-se a
sede da província do Grão-Pará e Maranhão ,ocasionando um aumento demográfico, uma vez que,
com o governo-geral vieram alguns auxiliares com suas famílias e outros elementos vinculados ou
não à administração. Uma das providências tomadas pelo novo governador da província,
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, foi a criação de várias normas oficiais(posturas)em favor
da cidade, além de incrementar as culturas de canela e café, em toda a Colônia, por ordem
régia.Com base em pesquisa no Censo Episcopal, constante do acervo do arquivo histórico
ultramarino, segundo o governador Francisco Pedro de Mendonça Gurjão, na região amazônica
‘’entre 1750 e o final da década dos anos 1770,as estimativas da população sob controle
europeu(..)oscilavam de 40.000(1750) a aproximadamente 70.000(1779)...’’
Segundo Baena, em 1833,a cidade de Belém compunha-se de 1.935 fogos e de 13.247
habitantes. Na freguesia da Sé, existiam 699 domicílios e na Campina 1.236 casas. A cidade já
apresentava 35 ruas,31 travessas e 12 largos .Em 1848,o conselheiro Jeronymo Francisco Coelho,
no seu relatório de 1º de outubro. Entre 1835/37,Belém tornou-se o theatrum de um movimento
revolucionário brotado das contradições entre os interesses das camadas populares e a camada
dominante portuguesa, acrescida da politica centralizadora do poder central em relação à
província.
A cabanagem como ficou conhecido o movimento popular, vai concorrer não somente para o
enfraquecimento da economia como também ocasionar transformações no urbano belenense.
Segundo Bates, embora o movimento já tivesse ocorrido há mais de uma década, a situação não
estava totalmente restabelecida. O censo de 1872 estimou a população da capital em 61.997
habitantes, daí deduzir-se que ocorreu entre 1848 e 1872 um aumento considerável da população
belenense, e que o período compreendido entre 1872 e 1890 apresentou um decréscimo da
cidade, uma vez que o censo geral do brasil de 1890 estabeleceu a população da capital da
província em 50.064 habitantes.
No entanto, segundo o barão de Marajó, a população de Belém seria no final de 1894 de 100
mil habitantes, o que nos leva a deduzir que o censo ou a estimativa do Barão de Marajó
apresentava o cálculo errado. Por outro lado, temos conhecimento de que os censos então
realizados no Brasil nem sempre correspondiam à realidade. No caso da Amazônia, é patente a
dificuldade de se fazer uma avaliação correta de sua população por ser ela uma região de grande
extensão territorial e por outro lado, sendo flutuante parte da população de Belém, devido as
freqüentes entradas de nordestinos fugidos das secas, assim como as sucessivas saídas para o
interior da região em busca de trabalho nos seringais. Deste modo, viajantes que passaram pela
cidade após a segunda metade do século XIX são unânimes em seus depoimentos quando
ressaltam o crescimento de Belém tanto em área como em população e densidade
Entre 1840 e 1920,toda atividade econômico da região passou a girar em torno da economia
extrativista da borracha. Em decorrência da nova economia que se instala, novos contingentes
chegam à cidade imprimindo uma ampliação e modificação na paisagem do seu urbano. Parte do
excedente que se originou da economia gomífera foi investido no setor público na área do urbano,
com o calçamento das ruas da cidade com paralelepípedos de granito importados de Portugal,
com a construção de prédios como o do arquivo e biblioteca pública ,teatro da paz, além de
outros, e a própria expansão da urbe com a ocupação das terras altas pelas famílias ricas,
favorecendo a criação de novos bairros como: Batista Campos, Marco, Nazaré, Humarizal ,onde a
elite pode construir suas confortáveis casas, bem distantes do abafado bairro comercial. Por volta
de 1920,configura-se o fim de um ‘’ciclo’’ de crescimento, em razão da redução da produção do
látex amazônico determinada pela concorrência asiática e pela produção da borracha sintética em
laboratórios europeus e norte americanos.
Belém deixou de ser a ‘’capital da borracha’’; apesar disto,o urbano configurado ao longo
dos séculos permaneceu sob novas condições e com outras características. A transformação pela
qual passou Belém, engendrada pela economia gomÍfera, significou a materialização da
modernidade expressa através da construção de obras,urbanização, formação de elites, na
construção de ‘’um modelo ideal de sociedade moderna isento de perturbação’’.
SARGES, M. N. Belém: Riquezas produzindo a Belle-Epóque (1870-1912). Belém: Paka-Tatu,2000.
MONUMENTOS
Em destaque, a seguir, monumentos que constituem expressiva contribuição para o
conhecimento dos partícipes de uma história de 400 anos
Monumento ao Índio
A Odisseia do Guerreiro de Bronze
Ao percorremos as ruas de Belém nos deparamos com um
cenário, requintado, rebuscado e por vezes exótico. São construções
poéticas que se inspiram na estética francesa do período de século
XVIII e que foram tecidos no período intitulado belle époque. Período
que brilhou em decorrência da produção da borracha na Amazônia e
do investimento no trato com a cidade, sobretudo no governo de Paes
de Carvalho. Junto à arquitetura há várias praças, como a Praça da
República, Batista Campos, da Bandeira, do Relógio, dentre outras.
Praças que guardam outra riqueza cultural: os Monumentos Públicos.
Cada um deles materializa e fixa no silêncio de suas performances a
memória de um fato histórico. E basta olhá-los para penetrarmos em
tempos passados, quando o vento, ao soprar nossos rostos, o faz ainda mais forte, em suas
superfícies brônzeas, na tentativa de, ao escavar o limo acumulado, trazer de volta o tempo, o
preciso momento em que brilhavam, polidas, na festa de sua inauguração, nos olhos da multidão.
Na praça popularmente conhecida como Praça Brasil, cujo nome atual é Praça Santos
Dumont, nos deparamos com um desses monumentos. Sobre um pedestal de granito de
aproximadamente quatro metros de altura, está a estatua de um índio guarani em bronze,
tamanho natural, que constitui o “Monumento ao Índio”.
O Monumento foi inaugurado em 1º de maio de 1933, na época do governo do Interventor
Federal Major Magalhães Barata. No entanto, a sua odisséia não começou nessa data. Em 1905, a
estátua foi encomendada, na Alemanha, por Francisco Monteiro, um dos herdeiros de uma das
maiores loja de ferragens da época: “Loja Guarani”. Esta, situava-se na Rua 15 de novembro,
bairro Campina. Sua criação foi pensada como homenagem ao estabelecimento que foi assim
intitulado em tributo ao escritor José de Alencar e ao Maestro Carlos Gomes, por terem criado as
obras (um livro e uma ópera) intituladas “O Guarani”. O índio de bronze cruzou o Oceano
Atlântico, aportou as docas paraenses no final do ano de 1906, “sendo fixada na parte central
externa, sobre cantoneiras de ferro” da Loja Guarani. E lá a estatua permaneceu até a data em foi
colocada na Praça Brasil. Possuí duas placas, sendo uma de mármore e outra de material
semelhante ao aço; e um disco de ferro. Nelas estão escritos os seguintes dizeres:
Placa de inauguração em que se lê: inauguração em 1º de maio de 1933 Interventor Federal Major Magalhães Barata. Prefeito Municipal Abelardo Conduru.
Placa Fontal em que se lê: Praça Santos Dumont. O Primeiro Comando Aéreo
Regional (I Comar) e o jornalista paraense Thiago Luiz Barata Filho, sócio da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), dedicam esta placa sob o Título “Praça
Santos Dumont, Em Homenagem ao Marechal-do-ar Alberto Santos Dumont, Pai da
Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, por ter realizado no dia 23/10/1906,
em Paris (França), o Primeiro Voo com aparelho mais pesado que o ar, Denominado
14-Bis”. Inaugurada Em 23 de Outubro de 1998.
A 25 de outubro de 1986 apresentou-se nesta praça a orquestra sinfônica de CampinasSP, sob a regência do maestro Benito Joarez que apresentando trechos da ópera “O Guarani”, no
encerramento do programa do sesquicentenário de nascimento do autor, maestro Carlos Gomes.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Coreto Central Da Praça Batista Campos:
Da Música À Comunidade
Para conhecer os logradouros públicos da
cidade de Belém, uma das passagens obrigatórias é
pela Praça Batista Campos, no bairro de mesmo
nome, em homenagem ao Cônego Batista Campos,
uma das lideranças do movimento da Cabanagem,
revolta popular que ocorreu de 1835 a 1840 na
então província do Grão-Pará em resistência ao
poder imperial. O local onde ergue-se a praça já foi
inicialmente denominado, no século XIX, de “Largo
da Salvaterra” e, depois, de “Praça Sergipe”, quando
já tinha deixado de ser propriedade privada para
pertencer ao Poder Público Municipal. Na virada
para o século XIX, já na administração do
intendente de Belém Antônio Lemos, a praça recebe
o nome de Batista Campos. Ainda nesta fase, a praça possuía poucas benfeitorias, apenas um
canteiro central, um chafariz e algumas árvores.
Histórico da praça
Em 1901, a praça foi fechada ao público para reforma, idealizada e executada pelo
intendente Antônio Lemos, considerado um dos principais governantes da capital paraense pelo
seu empenho em urbanizar, embelezar e modernizar a cidade. Durante a restruturação, a praça
recebeu jardins, pontes, bancos, caramanchões e até uma pequena torre de castelo com
inspiração medieval. Mas os principais elementos introduzidos na reforma foram os coretos, cujo
principal deles, colocado ao centro do logradouro, substituiu o chafariz que ali se localizava.
Assim como outros na praça instalados à época, o Coreto Central é feito em ferro pré-fabricado e
foi importado da Alemanha. Na reinauguração da praça, em 15 de novembro de 1904, a Banda do
Corpo Municipal de Bombeiros também inaugurou o então batizado de Pavilhão Harmônico 1º de
Dezembro, em homenagem à coroação de Dom Pedro I como Imperador do Brasil (1º de dezembro
de 1822) e também em alusão ao Laudo de Baena, sobre a questão do Amapá.
Além da estrutura em ferro, o Coreto Central, que por mais de 100 anos foi denominado
Pavilhão Harmônico 1º de Dezembro, o que ressaltava sua destinação para exibição de
apresentações musicais, possui escada com seis degraus, que dá acesso à parte interna do
monumento, composto de gradis circundantes decorados e pavimento em mosaico. Atualmente, a
placa em homenagem ao advogado Egydio Sales, que atuou na defesa e preservação da praça. A
placa foi colocada em cumprimento à Lei municipal 8.516, de 30 de maio de 2006, que determina
que o Coreto Central da Praça Batista Campos passe a ser denominado “Coreto Egydio Machado
Sales”. Também por decisão municipal, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça Batista
Campos foi tombado como patrimônio em 9 de agosto de 1983.
Após a reestruturação feita por Antônio Lemos, a praça passou por outra reforma realizada
durante a administração municipal de Coutinho Jorge e o governo estadual de Hélio Gueiros,
quando foram recuperados aspectos originais e acrescentados outros como parte do Projeto de
Restauração de Praças e Parques Públicos, integrante do Programa Verde para Belém.
Reinaugurado em 29 de agosto de 1986, o logradouro também é preservado com a ajuda da
Associação dos Amigos da Praça Batista Campos (AAPBC), criada em 1997.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Chafariz Das Sereias:
Entre Simbolismos E Políticas De Abastecimento
No Complexo da Praça da República, em
Belém, está o Chafariz das Sereias um dos
monumentos mais misteriosos da Amazônia. A
começar pelo simbolismo. Na Mitologia Grega, as
sereias são seres fantásticos, metade mulher, metade
pássaro para uns ou metade peixe para outros
escritores e poetas. São tidas como ninfas marinhas
que atacavam as embarcações que passavam entre a
ilha de Capri e as costas da Itália, levando os
marinheiros à morte com seu belo canto.
O poema Odisséia, de Homero, um dos principais épicos gregos, faz referências a estes seres
fantásticos. Neste poema, a feiticeira Circe prepara Ulisses e sua tripulação de marinheiros para o
grande encontro com as ninfas marinhas, ensinando-os como se proteger do fascínio que
causavam ao entoar sedutoras melodias: "Ai daqueles que têm a imprudência de escutar seus
gorjeios melodiosos. (...) Passa junto das sereias e, para melhor defender a tripulação do teu
barco, tapa com cera os ouvidos dos homens, para que nada escutem da música. Tu poderás
ouvir se quiseres. Mas, antes manda que te amarrem ao mastro do navio com boas e sólidas
cordas".
Assim, desde a antiguidade até os dias de hoje, as sereias sempre fizeram parte do
imaginário da humanidade. No Brasil, especialmente, na Amazônia, surgem associadas às figuras
de Iemanjá, de mães-d'água e das Iaras. Na capital paraense, a história do Chafariz das Sereias,
que integra o complexo da Praça da República, no bairro da Campina, vem permeada de
mistérios. O Chafariz das Sereias teve sua estrutura concluída em 1904, e muitos afirmam que se
trata de um monumento em estilo Art Nouveau e importado da Europa (ANDRADE, 2003;
BASSALO, 2008; SOARES, 2009). Por outro lado, a história do monumento parece estar, também,
mais vinculada à própria política de abastecimento de água da cidade. Em 1876, Francisco Maria
Corrêa de Sá e Benevides, presidente da província do Pará, em relatório apresentado à Assembleia
Legislativa Provincial, reconhece que água potável é uma reivindicação antiga e que já estava em
curso, desde 1872, um estudo sobre os mananciais de onde deveria ser extraída a água.
Uma empresa foi contratada a instalar oito chafarizes para abastecer a população. Neste
contrato, ressalta-se ainda que os chafarizes devam ter diferentes tamanhos, materiais e
formatos. Em todos os chafarizes "a água se venderá ao preço nunca mais de vinte réis por cada
barril de 25 litros, pouco mais ou menos". Em pronunciamento, na abertura da sessão
extraordinária da Assembléia, no dia 7 de janeiro de 1884, o general visconde de Maracajú,
presidente da província do Pará, afirma que dia 1º de outubro de 1884 começará a ser feita a
venda de água por meio da Companhia das Águas do Gram-Pará. São anunciados oitos lugares de
venda. Entre os quais, um localizado no Largo da Pólvora, também denominado Praça D. Pedro II,
hoje Praça da República. Atualmente localizado no menor trecho do complexo da Praça da
República, o espaço que abriga o Chafariz das Sereias é um logradouro de formato triangular, na
confluência da Avenida Presidente Vargas e Rua Gama Abreu, na capital paraense, a poucos
metros do Teatro da Paz e quase em frente do Cinema Olympia, o mais antigo em funcionamento
do Brasil, desde 1912. Também está em frente à antiga sede do extinto jornal “A Província do
Pará”, prédio que hoje abriga o Instituto de Educação do Estado do Pará. O Chafariz das Sereias é
cercado por um jardim circular, rodeado gradil em ferro trabalhado. Sua fonte de água raramente
é ligada. Talvez, mesmo, só no segundo domingo outubro, durante a procissão do Círio de Nossa
Senhora de Nazaré.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento À República:
Marco De Uma Nova Era Política
Em uma das maiores e mais importantes praças de
Belém do Pará, no bairro da Campina, área central da capital,
foi construído o monumento à República, inaugurado no dia
15 de novembro de 1897. Antes desta data, o local onde foi
erguido o monumento teve várias atribuições e denominações.
Em uma das maiores e mais importantes praças de Belém do
Pará, no bairro da Campina, área central da capital, foi
construído o monumento à República, inaugurado no dia 15
de novembro de 1897. e, posteriormente, com a construção de
um armazém para guardar pólvora, passou a ser o Largo da
Pólvora. Também neste largo foi instalada uma forca, contudo
não há registro de execuções. Ainda neste terreno existiu um
cemitério para sepultamento de escravos em cova rasa.
O local recebeu o nome de Praça Pedro II na época do Império e, ainda neste período,
iniciou-se a lenta urbanização desta área, com a inauguração em 1878 do Teatro de Nossa
Senhora da Paz, atualmente Teatro da Paz. Foi batizada de Praça da República em homenagem à
nova forma de governo, no final do século XIX. O Monumento à República, atualmente, está ainda
cercado pelo Teatro Waldemar Henrique e o Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal
do Pará, ambos também erguidos na praça.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
A República
Proclamada em 1889, a República foi inspiradora para
construção de monumentos como o erguido na praça de mesmo
nome em Belém. Em 1890, um ano após a proclamação, foi lançada
a pedra fundamental do monumento, cuja construção foi uma
forma de homenagear o novo regime e também marcar a adesão do
Pará ao mesmo. A obra foi objeto de um concurso cujo edital foi
lançado pelo governo do Pará no ano seguinte, em 1891.
Participaram da seleção feita por um júri composto de políticos e
profissionais do Estado, além de vários artistas estrangeiros. Por
maioria, foi escolhido o projeto do escultor italiano Michele
Sansebastiano, que recebeu algumas alterações antes de ser finalizado. A principal modificação
foi a substituição do ramo de oliveira por uma espada na mão da República, com maior valor
simbólico. A obra, iniciada em 1892 e finalizada cinco anos depois, foi orçada inicialmente em 120
mil contos de reis, valor alterado anos depois para 288 mil contos de reis devido à diferença de
câmbio.
Representando o Progresso Nacional, vê-se sobre o pedestal um
conjunto escultórico com a figura de um gênio alado, que apoia-se em
um leão, que simboliza a força. Na figura de uma mulher alada sentada
sobre livros está representada a História. A figura feminina registra em
uma página do livro, sustentado por um gênio, a data em que a
República foi proclamada. Sentados nas laterais do monumento estão
dois gênios. Eles apresentam nas mãos tarjas com inscrições de
probidade, em uma, união, na outra. Nas laterais do pedestal foram
inseridas datas, nomes e placas de autoridades e personalidades.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento ao maestro Waldemar
Henrique
Foi construído pela Prefeitura de
Belém para comemorar o aniversário de
383 anos da capital paraense. Está na
praça de mesmo nome, localizada no
bairro do Comércio e inaugurada no dia
17 de janeiro de 1999, juntamente com o
monumento.
Na praça, foi criado uma ambiência
que remete às criações musicais artísticas
do maestro, como o palco que representa
um piano e o parque infantil que
representa um violão.
No passeio, as pedras portuguesas formam as notas musicais da composição “O Canto do
Uirapuru”. Em um painel em concreto instala-se a homenagem direta ao maestro, através da
fixação da efígie de Waldemar Henrique. Sobre esta base, erguem-se as esculturas dos
Encantados, como a Matinta-Perera, o Boto, a Iara, o Caboclo Falador, o Uirapuru, o Boi, entre
outros, que lembram os personagens das lendas amazônicas cantados em suas obras. O
regionalismo é ainda representado na concha acústica que remete a uma cuia de tacacá.
É do então prefeito de Belém à época da inauguração, o arquiteto Edmilson Rodrigues,
projeto da Praça e do monumento. A obra, orçada em R$ 350 mil, foi executada em uma ação
conjunta que envolveu a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Fundação Parque e Áreas
Verdes de Belém (Funverde) e Companhia de Transportes de Belém (Ctbel)
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento Ao Doutor José Da Gama
Malcher
Médico paraense nascido em Monte Alegre, o monumento
está localizado na Praça Visconde do Rio Branco, no bairro da
Campina, centro de Belém. É resultado da iniciativa da Câmara
Municipal de Belém. Foi inaugurado me 1890 e executado pelo
escultor belga Armand-Pierre Cattier. Na base, está a escultura de
um homem que representa o povo, esculpindo na pedra o nome do
homenageado.
No ano de 1889 foram iniciados os trabalhos de construção
do monumento.
Segundo Barata (1977), “As estátuas são obras do escultor
belga Armand-Pierre Cattier, havendo sido feitas em Bruxelas. O
pedestal é de pedra da localidade de Ecaussinnes, aparelhada e
trabalhada pelo marmorista-escultor Leon Trigalet, de acordo com
desenho de Cattier”.
Ainda segundo Barata há uma relação entre a forma do monumento a Gama Malcher e
outros concebidos em várias partes do país, inclusive, a monumentos portugueses. O autor
observa que o período de construção do monumento também coincide com o apogeu da riqueza
advinda pelo ciclo da borracha, e com a necessidade estético-urbana de organizar os espaços
abertos no centro da “‘urbs’”. De acordo com Soares (2009), o local onde está o monumento a
Gama Malcher foi testemunha de importantes lutas do movimento da Cabanagem, principalmente
por nele se localizar, à época, ao lado da igreja, o Trem de Guerra, onde era armazenado o
armamento das forças legalistas.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento A Dom Frei Caetano
Da Anunciação Brandão
Sexto bispo do Pará, entre 1783 e 1789, segundo dados da
Arquidiocese de Belém. Religioso da Ordem Terceira da Penitência do
Seráfico Padre São Francisco, Frei Caetano Brandão nasceu em
Portugal no dia 11 de setembro de 1740. Foi nomeado bispo do Pará
no dia 16 de dezembro de 1782. Morreu aos 65 anos em Portugal no
dia 15 de dezembro de 1805. Conhecido como apóstolo dos enfermos
e por suas viagens aos mais longínquos lugares da Amazônia,
construiu sua história, em terras paraenses, vinculada a importantes
obras que assistiam aos pobres e aos indígenas. Entre essas obras
estão o Hospital Senhor Jesus dos Pobres Enfermos - o primeiro
hospital em alvenaria do Pará, inaugurado no dia 25 de julho 1787 e
posteriormente ocupado pelo Hospital da Santa Casa - e a Escola de
Nossa Senhora do Amparo, construída como resultado de seu
empenho, mas só inaugurada no dia 10 de junho de 1804, voltada para meninas indígenas
trazidas dos "sertões desta província".
O monumento a Dom Frei Caetano da Anunciação Brandão foi erguido de frente para a
Rua Padre Champagnat. Na escultura, o Frei traja uma roupa bem diferente das vestes humildes
que costumava usar: capa de asperges, típico paramento litúrgico. Traz a mitra (insígnia
pontifical). Na mão esquerda carrega um bastão episcopal, estola e cruz peitoral, pendente de um
grosso cordão em relevo. A cabeça está levemente elevada para a direita e parece olhar a catedral.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento a Lauro Sodré.
Está localizado na Praça Floriano Peixoto, no coração do
bairro de São Brás, em Belém do Pará, ergue-se na confluência
das avenidas Magalhães Barata, José Bonifácio e Almirante
Barroso. A homenagem a Lauro Sodré é formada por um
conjunto de elementos monumentais e rodeada pelo mercado
do bairro e pela caixa d’água de ferro inaugurada em 1885,
com 20 metros de altura. A história do monumento reativa a
conexão entre duas lideranças políticas do Pará, Lauro Sodré,
o homenageado, e Magalhães Barata, idealizador da
homenagem.
Duas
personalidades
que
acabaram
também
imortalizadas pelas lembranças que se avizinham na paisagem
arquitetônica e urbanística de São Brás, seja pelo conjunto
monumental, seja pela construção do Memorial, próximo dali,
este em homenagem ao próprio Magalhães Barata.
O conjunto de elementos monumentais é constituído de três grupos escultóricos,
distribuídos pela praça, que possui 76 metros de comprimento por 26 de largura. É do arquiteto
paraense Francisco de Paula Lemos Bolonha o projeto do conjunto monumental, cujas obras
foram realizadas sob o comando do engenheiro Nicholas Chase. Já as esculturas foram criadas
pelo artista paulista Bruno Giorgi.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Memorial Magalhães Barata
O Memorial Magalhães Barata, localizado
no bairro de São Brás em Belém, foi construído
para comemorar o centenário de nascimento do
ex-governador do Pará Magalhães Barata. No dia
18 de junho de 1988, foi lançada a pedra
fundamental do memorial, inaugurado quase um
ano depois, em 19 de abril de 1989.
Projetado pelos arquitetos Raul Ventura
Filho, Luis Ferreira e Stélio Santa Rosa,
vencedores de um concurso público promovido
pelo governo do Estado, o memorial é uma
edificação circular que representa o próprio
Magalhães Barata através de seu capacete, que
utilizava por mais de 20 anos de governo, de 1930 a 1956.
Dois triângulos vermelhos representam o Pará e seu povo. Há ainda um obelisco azul, com
uma estrela no ápice, e uma rampa de acesso ao memorial. A edificação circular foi construída
para abrigar um museu, além da administração e banheiros no primeiro andar, uma cripta no
segundo nível e um mezanino no terceiro piso. Na cripta estavam os restos mortais do exgovernador, retirados em 4 de março de 1989 do cemitério Santa Izabel e transportados, após
embalsamados, em cortejos que o homenagearam na véspera e no dia da inauguração.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Santuário de Fátima
Localizado no bairro de Fátima, é um dos
monumentos de maior referência religiosa de
Belém. A inauguração do Santuário se deu no
dia 13/05/90 e contou com bênção solene do
então Arcebispo metropolitano de Belém, Dom
Alberto Ramos.
A construção teve como arquitetos Stélio
Santa Rosa e Edison Farias e o engenheiro
Celestino Rocha, que ofereceu seus serviços
gratuitamente. Para ser construído o santuário
necessitou da ajuda financeira de vários doadores, dentre eles destaca-se o então Governador do
estado na época, Dr. Hélio da Mota Gueiros que doou a importância de Cr$ 10.000,00 (Dez
milhões de cruzeiros).
De arquitetura moderna, o santuário é mais prático do que luxuoso, a construção é toda
em vidro fumê e estrutura de ferro, possuindo madeira apenas no teto. Destaca-se a imagem de
Nossa Senhora de Fátima que veio da Cova da Iria através da Embaixada de Portugal em Brasília
e enviada a Belém pelo então Embaixador Dr. Adriano Antônio de Carvalho.
Texto: Carmen Silva e Ana Cláudia Melo
Monumento ao Marco
O monumento ao Marco é uma elevação de aproximadamente
1,5m e nos lembra que ali está situada a idealização e concretização final
do marco de Belém. O mentor foi o intendente Antônio José de Lemos. O
bairro do Marco leva o nome do monumento alusivo que está situado no
meio da Av. Almirante Barroso, em frente a sede do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual do Pará.
https://kekanto.com.br/pa/belem/marco/monumento/768/all.html
Coreto Central Da Praça General
Magalhães
Localizado no bairro do Reduto, é feito de ferro. Compondo o
cenário existe também um chafariz desativado. Os traços
arquitetônicos do coreto se destacam pelo estilo eclético e pela
influência europeia que Marca a arquitetura de toda a cidade no
inicio do século XX. A praça está situada onde antes era a “Doca do
Reduto”, um braço do “Igarapé das almas”. A praça data do ano
1900 e tem esse nome em homenagem ao avô de Magalhães Barata.
A praça foi construída na administração do intendente
Antônio José de Lemos.
ANDRADE, Paulo de Tarso. Belém e suas histórias de Veneza Paraense a Bellé Epoque.
Belém: Paulo de Tarso, 2004. 2ªed.
Conjunto arquitetônico de
Nazaré
O nome do bairro
presta homenagem ao Círio
de
Nossa
Senhora
de
Nazaré,
que
acontece
anualmente no mês de
outubro.
Durante
a
quinzena nazarena, muitos
turistas
e
belenenses
visitam a Basílica Santuário
de Nazaré, que foi erguida
no local onde o caboclo
Plácido encontrou a imagem
original de Nossa Senhora.
A praça santuário de Belém ou CAN (Conjunto arquitetônico de Nazaré) em frente a
basílica, possui um grande monumento em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Trata-se de
uma representação do manto sagrado, um símbolo muito forte para todos os cristãos.
ANDRADE, Paulo de Tarso. Belém e suas histórias de Veneza Paraense a Bellé Epoque.
Belém: Paulo de Tarso, 2004. 2ªed.
UMA CIDADE EM CONSTRUÇÃO: por onde começou ?
A história das ruas de Belém
José Valente em “A história nas ruas de Belém’’ nos narra acerca da memória histórica do
bairro do Umarizal. O bairro segundo o autor, conta a história de uma pequena revolução
promovida por jovens em Belém no ano de 1823, quando a capital paraense ainda sofria com o
domínio português. Embora a independência do Brasil tivesse se proclamado nos sete de
setembro de 1822, tardava a chegar ao norte os ares dessa independência. O atraso incomodou
tanto, que jovens libertários tentaram apressar sua chegada à capital. O movimento terminou
com a prisão e exílio dos jovens para Lisboa. O comandante da operação e seus comandados
tinham por ordem fuzilar a todos, entretanto o comandante não conseguiu dar ordem de fogo a
seus comandados. Preferiu o fracasso e a prisão a ter que matar aquelas pessoas.
Em razão da morte de muitos exilados por pestes (doenças) em Portugal, o rei D.João VI
resolveu salvar os sobreviventes e para isso os libertou. Os sobreviventes retornaram ao Pará e
tornaram a fazer revolução em 14 de Abril (conhecida como revolução dos jovens libertários).
Sendo a data homenageada com o nome de uma rua, localizada em outro bairro.
Temos no bairro do Umarizal dez ruas que contam a história da revolução e desse
generoso comandante. Cada rua tem o nome de um rebelde e de uma virtude que destacou sua
vida. Que seriam as seguintes: João Balbi, a pregação da liberdade; Boaventura da Silva, a
prudência; Domingos Marreiros, a determinação; Antônio Barreto, impetuosidade; Diogo Móia,
diplomacia; Oliveira Belo , desprendimento; Bernal do Couto, intrepidez; Souza Franco, destemor;
Jerônimo Pimentel, arrojo e Romualdo de Seixas, o perdão.
VALENTE. José Duarte. A história nas ruas de Belém. -Belém: CEJUP, 1993
Ernesto Cruz em seu livro ‘’Ruas de Belém’’ faz uma abordagem histórica da origem dos
bairros e das ruas da cidade de Belém. Segundo o autor, as primeiras ruas de nossa cidade foram
abertas pelos colonizadores que aqui se encontravam no bairro denominado Cidade, que logo
depois recebeu a denominação de Cidade Velha. No início eram simples passagens estreitas que
tinham início no Forte do Presépio. Segundo Cruz:
‘’A rua do Norte foi a inicial, e ficava paralela à baía do Guajará, indo da praça D’armas,
onde se abrigavam os soldados de Castelo Branco, ao ponto onde está hoje a igreja do Carmo,
levantada pelos Carmelitas calçados nos terrenos que pertenceram ao capitão-mor Bento Maciel
Parente, e onde tinha este a sua residência. É a atual rua Siqueira Mendes, homenagem do
município de Belém ao ilustre sacerdote cametaense, que chegou a ser presidente da Província do
Pará, e foi o chefe do partido conservador, regional. ’’ Em seguida foram abertas as seguintes
ruas: a do Espírito Santo e a dos Cavaleiros, hoje comumente conhecidas por Dr. Assis e Dr.
Malcher. Com o tempo e a expansão vieram a São João, que passava em frente à capela do Santo
precursor; a da Residência, Atalaia e Barroca, chamadas mais tarde respectivamente de: João
Diogo, Vigia, Joaquim Távora e Gurupá.
No bairro da Campina, a rua de São Vicente, considerada a Cidade Nova, foi aberta em
1676. Logo depois, veio o nome de Paes de Carvalho. A rua de São Mateus, hoje conhecida como
travessa Padre Eutíquio, dividia os bairros da Cidade Velha e da Campina. Os nomes desses
caminhos estreitos e mal alinhavados estavam sinalizados nas esquinas, com uma inscrição
destacada, datando o uso e o ano de 1804, de acordo com a afirmação de Antônio Ladislau
Monteiro Baena, no seu Ensaio Chorográfico Sobre o Pará.
Normalmente, os moradores de maior prestígio denominavam o nome da rua em que
habitavam. E não somente os moradores, como os edifícios públicos, as igrejas ‘’ou outra
particularidade da ocasião ou do local’’. No primeiro bairro da cidade, tínhamos a rua dos
cavaleiros, em referência a uma família que ali residia; na Campina, tínhamos também a travessa
dos Mirandas, que fazia referência a um dos mais antigos moradores daquela região da cidade de
Belém. O significado da Rua Nova de Santana se referia ao nome da igreja, que ficava ali próximo;
a rua do Paixão fazia referência a um português que possuía este apelido, Antônio Rodrigues
Martins ; o largo da Pólvora recebeu esta denominação por causa da casa onde se guardavam a
Pólvora e os armamentos das tropas coloniais; o largo do Palácio, por ali se encontrar a residência
dos governadores; a rua da Cruz das Almas, por ser o caminho onde ficava erguida a Cruz das
Almas e colocada ao lado a caixa das esmolas para a missa das almas do purgatório. Esses eram
os costumes daquela época, que se tornou tradição em todo o Brasil.
CRUZ, Ernesto. Ruas de Belém. Edições CEJUP.1970
BELÉM, uma cidade dividida em Distritos Administrativos:
Belém: Batista Campos, Campina, Cidade Velha, Fátima, Nazaré, Reduto, São Brás, Umarizal,
Marco
Entroncamento: Curió-Utinga, Águas Lindas, Aurá ( Atualmente, com o nome: Anita Gerosa),
Castanheira ,Guanabara , Mangueirão, Marambaia, Souza
Guamá: Canudos, Condor , Cremação., Guamá, Jurunas, Terra Firme, Baixada do Marco,
Universitário
Icoaraci: Águas Negras, Agulha, Campina de Icoaraci, Cruzeiro, Maracacueira. Paracuri, Parque
Guarajá,Ponta Grossa
Mosqueiro: Aeroporto Chapéu Virado, Ariramba, Baía do Sol ,Bonfim , Carananduba , Caruará ,
Farol , Mangueiras , Maracajá , Marahú , Murubira , Paraíso , Porto Arthur , Praia Grande , São
Francisco , Sucurijuquara , Vila,,
Outeiro: Água Boa, Brasília , Itaiteua, São João do Outeiro, ilha de Caratateua
Benguí: Cabanagem, Coqueiro,Parque Verde. Pratinha, São Clemente, Tapanã, Tenoné, Una
Sacramenta – Barreiro,Maracangalha, Miramar , Pedreira,Sacramenta, Telégrafo
O primeiro Distrito - DABEL
Distrito Administrativo de Belém
(Dados sócio-econômicos, infraestrutura, ambiente e cartografia)
O primeiro distrito administrativo de Belém é composto por nove bairros, os mais antigos da
capital. São eles:
BATISTA CAMPOS
CAMPINA
CIDADE VELHA
FATIMA
NAZARE
REDUTO
SÃO BRAZ
UMARIZAL
MARCO
Batista Campos é um bairro nobre,
organizado e próspero da cidade de Belém do
Pará1. O bairro de Batista Campos tem como
limites: o bairro da Campina (noroeste), o bairro
de Nazaré (norte e nordeste), o bairro de
Cremação (leste), o bairro de Condor (sudeste), e
o bairro de Cidade Velha (sudoeste). O seu nome
é em homenagem ao Cônego João Batista
Gonçalves Campos (1782-1834) um dos
inspiradores da Cabanagem.
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A maioria de suas ruas recebeu nomes de tribos indígenas, como: Pariquis, Timbiras,
Caripunas, situação semelhante ao vizinho bairro do Jurunas. Nele ainda fica situado um dos
maiores Shopping Centers de Belém, o Shopping Pátio Belém.
O crescimento vertical da Batista Campos que ainda existe em determinados pontos do
bairro, já que é atualmente, um dos locais mais valorizados da Grande Belém, muda os hábitos
dos moradores. Apesar da expansão imobiliária que o bairro sofreu nos últimos anos,
principalmente com o surgimento de espigões e prédios comerciais, Batista Campos ainda
conserva vários casarões antigos, construídos nos séculos XIX e XX, resquícios históricos do
bairro que ainda resistem ao processo de modernização da cidade.
O bairro compreende a área envolvida pela poligonal que tem início na interseção da Rua
Gama Abreu com a Av Serzedelo Corrêa, segue por esta até a Av. Gentil Bittencourt, dobra à
esquerda e segue por esta até encontrar a Trav Quintino Bocaiúva, flete à direita e segue por esta
até a Rua Conceição, flete à direita e segue por esta até a Trav. Dr. Moraes, dobra à esquerda e
segue por esta até a Pass Pinheiro, dobra à direita e segue por esta até encontrar a Trav Pe
Eutíquio, flete à esquerda e segue por esta até sua interseção com a Trav Quintino Bocaiúva,
segue por esta até a Rua Tupinambás, flete à direita e segue por esta até a Rua Arcipreste Manoel
Teodoro, flete à esquerda e segue por esta até sua interseção com a Av. 16 de Novembro, dobra à
direita e segue por esta até a Av. Almirante Tamandaré, dobra à direita e segue por esta até a Trav
Pe. Eutíquio, a partir da qual recebe a denominação de Rua Gama Abreu, por onde segue até o
início da poligonal.
Pontos Turísticos
Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves – O projeto é de autoria do arquiteto Euler Santos
Arruda, com a colaboração dos arquitetos Edson Santos Arruda e Rafael Gonçalves. A obra foi
iniciada no ano de 1978 e concluída em junho de 1986. A Fundação Cultural do Pará Tancredo
Neves foi criada para ser um centro de debates e manifestações culturais.
Igreja da Santíssima Trindade – Idealizada por José Abranches, que tinha o desejo de construir
uma igreja em honra a Santíssima Trindade, a permissão da construção da igreja foi concedida
pelo 7° Bispo do Pará, a construção foi concluída em 1813.
Cemitério da Soledade – Tombado pelo IPHAN, foi construído em 1850, quando epidemias de febre
amarela, cólera e varíola dizimaram cerca de 30 mil pessoas, o cemitério foi desativado em 1880,
pelo então presidente da Província do Pará, José Coelho da Gama e Abreu, que suspendeu os
enterramentos no Soledade, este logradouro constitui um rico patrimônio histórico de importância
nacional, não só pela sua história, mas também pelo acervo arquitetônico que abriga.
Praça Batista Campos – Uma das praças mais bonitas do Brasil, foi concluída em 1904, no auge
do ciclo da borracha em Belém, é cortada por lagos artificial e possuí várias pontes de madeira,
coretos de ferro centenários e belos monumentos históricos, o local é cercado de restaurantes e
quiosques.
Praça Milton Trindade– Ponto de referência da cultura e flora Amazônica é um importante espaço
alternativo de lazer e repouso, atualmente a praça é um dos pontos turísticos mais bonitos e
visitados da zona sul de Belém.
Praça da Trindade - Dividida em metades pela Rua Gama Abreu, homenageia o chanceler que
negociou o Acre para o Brasil. Com belos espaços ajardinados, bancos e árvores, a praça tem um
monumento em cada um de seus lados homenageando o jurista Rui Barbosa e o Barão do Rio
Branco.
Campina é um bairro histórico
localizado na cidade de Belém, capital do
Pará. É um bairro de fortes referências para
Belém, tanto cultural quanto econômica. O
bairro faz parte dos cortejos da procissão
religiosa do Círio de Nossa Senhora de
Nazaré. O bairro também é importante para
o turismo belenense, nele estão cartões
postais como o Theatro da Paz (Uma
das Sete Maravilhas do Brasil), o Ver-o-Peso
e a Estação das Docas, também está na
região centros culturais, como a Academia
Paraense de Letras.
http://2.bp.blogspot.com/-A02pzcPDBD8/VLN0FPVcLLI/AAAAAAAAAX8/3pJPFpzsYI0/s1600/cimacampina.jpg
Com sua característica comercial mantida desde o final do século XIX que erroneamente
lhe é atribuído o nome de Comércio, sendo que este nome está até mesmo em suas placas de
ruas, no entanto a denominação do nome oficial do bairro continua sendo Campina.
Muitas de suas ruas foram criadas no período colonial, o traçado do bairro é composto de
ruas estreitas e quarteirões irregulares. Com o tombamento do bairro, a Campina se tornou uma
área onde os empreendimentos imobiliários ficaram estagnados, pó conta das normas municipais
que não permitem a construção de edifícios no local. Porém o bairro continua sendo valorizado, o
centro comercial com sua grande variedade de serviços, a localização estratégica, o contato com o
patrimônio histórico, a comodidade é principalmente o fato de o bairro ser ponto de passagem da
procissão religiosa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré foram responsáveis por ainda manter o
metro quadrado da Campina entre os mais caros da capital paraense.
A primeira grande avenida da cidade foi aberta nesta região, como o Nome de Avenida 15
de Agosto, atualmente é uma das mais importantes vias da capital paraense, com o Nome de
Avenida Presidente Vargas. Nesta avenida está sedes de bancos como Banco da Amazônia, Banco
do Estado do Pará e Banco do Brasil, a sede regional do Ministério da Fazenda, e nas
proximidades, o Banco Central, além de prédios com representações de empresas, configurando
dessa forma o coração financeiro da capital do Pará. Apesar de ser o segundo bairro mais antigo
de Belém, Campina concentra o maior número de imóveis históricos da capital paraense,
abrigando centenas de casarões e sobrados que datam dos séculos XVIII e XIX.
A Campina juntamente com parte do bairro da Cidade Velha, forma o Centro Histórico de
Belém, um dos maiores e mais íntegros conjuntos urbanos do país tombados pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2011. O bairro destaca-se também pela grande
quantidade de praças, sendo o bairro de Belém com maiores áreas de praças. Por conta da
intensa atividade comercial na porção norte da Campina, é uma grande movimentação de pessoas
e veículos durante o dia, porém essa atividade comercial causa uma pequena presença de
moradores, o que torna o local soturno as noites e madrugadas.
Apesar do tombamento, ainda existem muitos problemas que dificultam a conservação
deste valioso patrimônio cultural. O principal deles é a má utilização da área como Centro
Comercial (O Comércio). Casarões seculares são ocupados por estabelecimentos comerciais que
em muitos casos, modificam, alteram e descaracterizam essas construções, outra adversidade é a
poluição visual, que atinge níveis alarmantes, causada pela quantidade abusiva de placas
publicitárias das lojas e os vendedores ambulantes que ocupam irregularmente ruas e calçadas,
causando um grande transtorno na área. Há também inúmeros casarões que foram destruídos ou
estão sendo destruídos para dar lugar a estacionamentos clandestinos.
O trânsito caótico, o abandono dos proprietários e o descaso das autoridades contribuem
ainda mais para a depredação da memória da cidade. O
velho centro comercial possui poucos moradores, o que
deixa suas ruas desertas e causa sensação de
insegurança em seus pedestres durante a noite. Após a
fundação de Belém em 1616, a expansão do núcleo de
ocupação belenense no Forte do Castelo para outras
áreas da Cidade Velha e para a Campina se processou
através de doações de terras a colonos portugueses e a
ordens religiosas. A Ordem dos Capuchos de Santo
Antônio fundou o seu convento em 1626, sendo esta a
primeira construção do bairro. Em 1640, a Ordem dos Mercedários também ergueu um convento
na área.
Rua Conselheiro João Alfredo no início do Século XX
De início a ocupação do bairro ficou limitada a região próxima à praia, que era
denominada de Praia da Campina. A primeira rua aberta do bairro foi a Rua da Praia, atual XV
de Novembro. O interior do bairro era alagadiço, conhecido como Pântano de Piry. Por muitos
anos este pântano e o pouco crescimento da população de Belém impediram a expansão da
cidade. Por volta de 1676, colonos açorianos ajudaram a expandir o bairro.
Com necessidade de abrir uma rua para abrigar os novos habitantes, dando origem a Rua
São Vicente (Atual Manuel Barata). A partir desse momento a cidade começa a apresentar um
aumento populacional e o bairro começa a se distanciar do litoral. A grande área alagada do Piry
foi aterrada em meados do século XVIII, o que determinou os rumos da evolução urbana da
cidade. Nesta época construções monumentais foram erguidas no bairro, principalmente pelas
mãos do arquiteto Antonio Landi.
A principal atividade econômica de Belém no período colonial era a exportação de drogas
do sertão, que eram determinadas especiarias extraídas das florestas, como castanha-do-pará,
cupuaçu, canela, urucum e plantas medicinais. A única estrutura portuária da cidade neste
período era a Doca do Ver-o-Peso, que atualmente é um grande complexo de mercados. Em 1774,
a província do Grão-Pará foi desmembrada do Maranhão e a capital que antes era São Luís
passou a ser Belém, fato que contribuiu ainda mais para o crescimento populacional. No início do
século XIX o bairro ficou razoavelmente demarcado em dois setores: o Commércio, que era a parte
litorânea e mais antiga do bairro e a Campina, a zona de aterramentos do Pântano de Piry. Entre
1835 e 1836 Belém tornou-se o theatrum da Guerra da Cabanagem, um levante popular
revolucionário.
Em 7 de janeiro de 1835 os rebeldes atacaram e ocuparam a capital da província em
apenas um dia. Em agosto de 1835, os rebeldes invadiram a cidade novamente, e muitos embates
e escaramuças foram travados pelas ruas e esquinas da cidade, inclusive no próprio bairro, luta
essa que se estendeu por nove dias, encerrando após a retirada das tropas legalistas da cidade. O
momento mais culminante dessa batalha foi o Embate dos Mercedários. Na época, o convento da
Igreja das Mercês era um depósito de pólvora e armas, o que seria crucial para os cabanos.
Durante o embate 800 cabanos morreram na ação, entre eles o líder Antônio Vinagre. Depois da
evacuação das tropas imperiais, Belém foi sitiada e bombardeada até 13 de maio de 1836, quando
Belém foi abandonada pelos cabanos e tropas legalistas retomaram a capital, a guerra pelo
interior da província se estendera até 1840.
Após a guerra, Belém estava devastada e teve sua economia enfraquecida, assim como
outras cidades da província. Entre 1860 e 1920, acontece o maior surto econômico da região,
gerada pela riqueza da produção da borracha. O apogeu de Belém transcorre entre 1890 e 1912,
época em que as construções da cidade seguiam padrão europeu, principalmente com traços
culturais ligados a França, este era o período da Belle Époque em Belém. O bairro ganhou grandes
obras de urbanização durante o governo do Intendente Antônio Lemos, que realizou obras de
saneamento, calçamento de ruas e a criação dos sistemas de bondes elétricos.
Com o início do ciclo econômico da borracha, a Doca do Ver-o-Peso já não atendia a
quantidade de navios e embarcações que vinham a Belém, com isso foi construído o Porto de
Belém, com estrutura de ferro importada da Inglaterra, os primeiros três galpões foram concluídos
em 1909, onde hoje está a Estação das Docas. Enquanto os barões da borracha e famílias
abastadas construíam seus palacetes em bairros distantes como Nazaré, Umarizal e Batista
Campos, a Campina se configurou como centro comercial de Belém, característica que carrega até
os dias de hoje.
O bairro faz limites com a Baía do Guajará ao norte, o Reduto a leste, a Cidade Velha a
oeste e Nazaré e Batista Campos ao sul. Campina possui uma área de 95,8 hectares e uma
população de 6.156 habitantes segundo dados do IBGE 2010. O bairro tem 87 Quarteirões, cinco
avenidas, dezesseis ruas e doze travessas. Faz parte do Centro Histórico de Belém, localizado na
Zona Centro-Sul da cidade, no Distrito Administrativo do Centro de Belém (Áreas nobres segundo
o IBGE.
Principais vias e logradouros
Avenida Presidente Vargas (Primeira grande avenida da cidade, é o coração financeiro da capital
paraense, abrigando sedes de diversas instituições e bancos. A via é bastante arboriza e possui
um grande túnel de mangueiras.)
Avenida Boulevard Castilho França (Margeante a Baía de Guajará, nela estão algumas praças,
parte do Porto de Belém e a Sede da Companhia Docas do Pará. Há também pontos turísticos
como o Ver-o-Peso, a Estação das Docas e casarios históricos.)
Rua Conselheiro João Alfredo (Via mais importante da cidade no período colonial, seu primeiro
nome foi Estrada dos Mercadores e mais tarde Rua da Cadeia.)
Rua Gaspar Viana(Nela está a Igreja das Mercês, já foi chamada de Rua do Açougue e tempos
depois Rua da Indústria.)
Rua XV de Novembro (Anteriormente chamava-se Rua da Praia, por estar margeante a Praia da
Campina, no Brasil Império chamou-se Rua Imperatriz e no período republicano recebeu a atual
denominação, em homenagem a Proclamação da República,)
Rua XIII de Maio (Homenagem a data em que tropas legalistas retomaram a cidade que estava sob
domínio dos rebeldes cabanos.)
Travessa Padre Eutíquio (Principal transversal do bairro, liga o Centro Comercial aos bairros de
Batista Campos e Condor.); Travessa Frutuoso Guimarães, Travessa Padre Prudêncio; Travessa
Campos Sales e Travessa Leão XIII
Praça da República (Antigo depósito de pólvora, é a mais importante praça de Belém, abriga dois
teatros, três coretos históricos e inúmeras feiras de artesanato.)
Praça Waldemar Henrique (É caracterizada por ser uma praça temática, há uma concha acústica,
que serve como palco de diversos eventos.)
Praça das Mercês (Palco de batalhas da cabanagem possui um monumento de bronze que
homenageia o governador do Pará, Doutor Malcher.). Temos ainda a Praça da Bandeira e a Praça
dos Estivadores
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o bairro tem
nítida vocação turística em relação ao seu patrimônio histórico e cultural. Outro fator que aquece
a economia de turismo da área é a grande quantidade de hotéis e pousadas espalhadas pelo
bairro, concentradas principalmente em lugares próximos a Praça da República e na Avenida
Presidente Vargas. Grande parte do trajeto da maior manifestação religiosa do mundo, o Círio de
Nossa Senhora de Nazaré cruza vias como a Avenida Presidente Vargas, Avenida Marechal
Hermes e Avenida Boulevard Castilho França.
Entre os diversos pontos de interesse do bairro, destacam-se:
Theatro da Paz –
Magnífico e requintado teatro em estilo neoclássico, é uma
das sete maravilhas do Brasil, construído com dinheiro advindo
ciclo da borracha e concluído em 1878, foi batizado em alusão ao
fim da Guerra do Paraguai. Destacam-se na construção materiais
e objetos trazidos da Europa, como os lustres e estátuas de
bronze francês, o piso português e a escadaria de mármore
italiano.
Estação das Docas – O antigo porto do início do século XX foi restaurado para servir de espaço
turístico. Os seus três armazéns de ferro com estrutura inglesa foram transformados em centro de
entretenimento com lojas de artesanato, restaurantes, cervejaria, teatro e centro de exposições↑ .
Complexo Ver-o-Peso – Formado pelo Mercado Francisco Bolonha, o Mercado de Ferro, o Solar da
Beira e mais de 1.500 feiras, conferiram o Ver-o-Peso como a maior feira livre da América Latina.
A estrutura que antes era um antigo porto fiscal criado em 1627, se converteu como ponto de
comercialização no final do Século XIX.
Igreja de Santana.– Construção inicial de 1762 e aberta em 1782, todo seu projeto é atribuído ao
arquiteto italiano Antônio Landi. A igreja possui estilo italiano marcante, lembrando igrejas
venezianas, tendo uma bela cúpula central. Sofreu uma reforma externa em 1839 e foram
incluídas em seu projeto duas torres que não eram originais.
Igreja das Mercês e Convento dos Mercedários
Igreja das Mercês – Uma das raras igrejas do Brasil que
possuem fachada em perfil convexo, o complexo dos
Mercedários contemplava o convento e a igreja contigua do
ao prédio. Concluída em 1763 com ajuda do arquiteto
Antônio Landi, abrigou a ordem religiosa dos mercedários
até sua expulsão do Pará, deixando um grande espólio de
obras bibliográficas. A igreja também foi palco de lutas
sangrentas da Cabanagem.
Igreja do Rosário dos Homens Pretos – Construída pela Irmandade do Rosário dos Homens Pretos,
a igreja em estilo árabe e tem indícios que atribuem sua arquitetura ao arquiteto Landi. A
edificação atual foi concluída em 1796. Em seu largo foi enterrado o líder cabano Antônio Vinagre,
morto em combate em agosto de 1835.
Capela e Convento de Santo Antônio – A capela e o convento são exemplares da cultura artística
ibérica e franciscana do século XVIII. A sua estrutura severa e sólida, foi erguida à margem da
baia do Guajará e a atual distância entre o prédio e a baia se deve ao aterro e reconstrução
realizada em 1736. Este templo guarda uma vasta coleção de azulejos portugueses. O convento foi
construído em 1743 e a capela em 1754.
Capela Bom Jesus dos Passos – Erguida em 1784, está situada no burburinho do centro
histórico. A capela apresenta traços característicos de Landi, sendo está uma construção de
pequenas dimensões.
Cine Olímpia – É o cinema mais antigo do Brasil em funcionamento, construído em 1912, nos
tempos áureos da borracha, foi frequentado por personalidades importantes da cidade, entrou em
declínio com a modernização da cidade e a construção de shoppings, sendo adquirido pela
prefeitura para funcionar como espaço cultural.
Patrimônio Histórico
Segundo bairro mais antigo da cidade de Belém, Campina possui a maior quantidade de
imóveis históricos da capital paraense, reunindo centenas de casarões e sobradados azulejados
que datam dos séculos XVIII, XIX e XX. Por conta desses valiosos casarões centenários, o bairro
juntamente com parte da Cidade Velha foi tombado pelo IPHAN em 2011, formando assim o
Centro Histórico de Belém, um dos maiores e mais íntegros conjuntos urbanos do país. Mas
apesar do tombamento, os vários problemas para a conservação desse sítio histórico continuam
existindo. Poluição visual, ocupação desordenada de vendedores ambulantes em ruas e calçadas,
demolição de casarões para ceder lugar a estacionamentos clandestinos, abandono de
proprietários e descaso das autoridades. Apesar de ainda hoje o bairro possuir uma vasta
quantidade de imóveis e construções históricas, muitos já desapareceram, O maior exemplo
dessas construções que já foram perdidas é a Fábrica de Chocolates Palmeira, fundada em 1882,
ficava localizada próxima a Igreja de Santana, foi demolida na década de 80.
A poluição visual no centro comercial é o principal problema de conservação deste
patrimônio. Nas ruas onde há grande concentração comercial como a João Alfredo, há inúmeros
prédios históricos com suas fachadas encobertas por placas e letreiros publicitários. Apesar de
essa ação ser Restritas pelo Código de Posturas do Município e pela Lei 8.106/2001, que
estabelece normas para a publicidade de rua na capital, as interferências irregulares em fachadas
de imóveis privados no bairro do Comércio jamais foram fiscalizadas pelo poder público. O
resultado dos anos de descaso é a descaracterização quase total dos imóveis seculares do centro.
Em todo o bairro, a fiação aérea também afeta o patrimônio histórico, gerando riscos de incêndios
e contribuindo ainda mais para a poluição visual.
Museus
Não há grandes museus no bairro, a principal galeria de arte da área é a Kamara Kó
Galeria, situada na Rua Riachuelo. O Casarão Cultural SESC Boulevard também é um importante
ponto de exposição de obras de arte.
Há no bairro 16 agências bancárias, três agências de correios, três hospitais e um centro
de saúde, cinco grandes farmácias e uma delegacia. Também estão na Campina duas escolas
tradicionais de Belém, o particular Colégio Santo Antônio e o público Colégio Paes de Carvalho.
Em seu centro comercial existem milhares de estabelecimentos comerciais e vendedores
ambulantes que comercializam produtos variados. Há também três shoppings populares, dois
mercados mercado (Mercado Bolonha e Mercado de Ferro) e uma feira (Ver-o-Peso).
A Cidade Velha é o bairro1 mais antigo de Belém
do Pará, onde surgiu a cidade, a partir do seu
descobrimento por Francisco Caldeira Castelo Branco, em
12 de janeiro de 1616. Possui inúmeros prédios coloniais
históricos, com azulejos portugueses, muitos dos quais
tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional - IPHAN.
Suas ruas apresentam nomes de cidades ou
personalidades, principalmente portuguesas e brasileiras,
tais como: Av. Portugal, Rua de Aveiro, Cidade Irmã, Rua de Óbidos, Rua de Breves, Rua Dr.Assis,
Rua Dr.Malcher, Rua Siqueira Mendes, Av. Almirante Tamandaré, Rua Ângelo Custódio, Rua Félix
Roque, Rua Padre Champagnat, Boulervard Castilho França. O bairro da Cidade Velha divide
com o bairro da Campina, regiões popularmente conhecidas por Comércio, devido predominância
quase que exclusiva de lojas, armarinhos, escritórios, cartórios e bancos.
A Cidade Velha foi criada, às margens do rio, com a principal função de exportar e
importar borracha na época do Ciclo da borracha. Os casarões antigos da Cidade Velha são
sobreviventes da história da fundação da cidade e do Ciclo da Borracha, que trouxe muito
dinheiro e luxo europeu para Belém, presente até hoje em suas fachadas e estruturas. São um elo
entre a origem da população de Belém e os dias de hoje.
As principais vias e logradouros do bairro são: Avenida Boulevard Castilhos França;
Avenida Almirante Tamandaré; Avenida Portugal; Rua do Aveiro, Cidade Irmã; Rua Angêlo;
Custódio; Rua de Breves; Rua Doutor Assis; Rua Doutor Malcher; Rua Félix Roque; Rua de
Óbidos; Rua Padre Champagnat; Rua Siqueira Mendes; Rua Padre Champagnat; Travessa Monte
Alegre
[RS1] Comentário:
Construções Históricas
A Casa das Onze Janelas, assim como o Forte do
Castelo, são parte integrante do complexo Feliz Luzitânia,
um conjunto arquitetônico representativo do início da
colonização portuguesa. O Forte, Berço da cidade, foi
construído por Castelo Branco em1616 para proteger a
Amazônia dos invasores holandeses e franceses. Possui um
acervo com peças de cerâmica marajoara e tapajônica anteriores a chegada dos portugueses. O
forte guarda intacto os canhões originais.
Palácio Antônio Lemos – Suntuoso palácio construído em 1883 abriga o Gabinete
Municipal e o Museu de Artes de Belém, o museu conta com um acervo de quase mil obras de
arte.
Palácio Lauro Sodré – Foi arquitetada pelo italiano Antônio Landi, antiga sede da província
do Grão-Pará, hoje abriga o Museu do Estado do Pará.
Palácio Velho - Relíquia arquitetônica no complexo do Carmo com grande importância
histórica para Belém, o imóvel possuí dois pavimentos e um mirante.
Casa das Onze Janelas – Importante marco urbanístico em Belém erguido no século XVIII,
por Domingos da Costa Barcelar, um rico senhor do engenho. Em 1768, foi convertida em
hospital militar pelo governo do Grão-Pará. A casa teve funções militares entre até 2001, quando
foi comprada pelo governo estadual para servir como ponto turístico da capital.
Palacete Pinho – Ocupado pela família do Comendador José de Pinho, foi concluído
em 1897, adota uma arquitetura portuguesa e revertida de azulejos, a falta de recursos para
manter o palacete levou a família a vender o imóvel em 1978, hoje bem preservado e aberto ao
público para visitações turísticas e atividades culturais.
Solar do Barão de Guajará - Construção de estilo colonial, inteiramente azulejado, foi
concluída em 1873, atualmente abriga o Instituto Geográfico do Pará.
Casa Rosada – Construção de 1760, o imóvel está localizado na rua Siqueira Mendes, seu
proprietário era o capitão-engenheiro Mateus José Simões de Carvalho, que participou, em 1795,
de uma junta extraordinária de defesa do Grão-Pará contra uma possível invasão francesa,
recentemente restaurado, o casarão é voltado para atividades culturais.
Igrejas
Igreja de Santo Alexandre
Igreja de Santo Alexandre – Arquitetada em estilo
barroco amazônico, a versão atual foi concluída em 1719, seu
convento é o complexo jesuíta mais importante do Brasil, foi
recentemente restaurada para receber o Museu de Arte
Sacra.
Catedral da Sé – Concluída em 1771, tem parte do
projeto do arquiteto italiano Antônio José Landi. Seu altar foi
doado pelo papa Pio XI, a igreja suntuosa possui 28
candelabros ingleses de bronze e em seus dez altares laterais com belíssimos quadros.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Erguida em estilo neoclássico e barroco, é a igreja
mais antiga de Belém, foi restaurada no século XVIII pelo arquiteto italiano Antonio Landi, possuí
belas obras de arte e um altar de prata com incrustação de pedras semipreciosas.
Igreja de São João Batista – Pequena igreja em forma octogonal, criada por Antonio Landi
em 1777, há nessa construção notáveis pinturas de quadratura representando arquitetura de
ilusão. A decoração conta com quatro capelas mores e uma bela cúpula central.
Praças e Parques
Mirante no Mangal das Garças
Mangal das Garças – O complexo tem 40 mil
m² de área à beira do Rio Guamá. Nos jardins e no
viveiro de pássaros há guarás, garças entre outras
aves,
o
parque
também
conta
com
um borboletário onde há quase 800 insetos. O
complexo conta ainda com o espaço do antigo
estaleiro, que reúne jóias e artesanato produzidos no
Pólo Joalheiro, o mirante da torre, com vista de 360º
de Belém e o Museu Amazônico da Navegação, que
retoma a história da Marinha do Brasil.
Praça Siqueira Campos – Inaugurada em 1931, é mais conhecida como praça do relógio,
por abriga um enorme relógio de doze metros, construído na Inglaterra e montado em Belém. A
praça também possui quatro luminárias do início do século XX, instalado na praça durante sua
construção.
Praça Dom Frei Caetano Brandão – Foi concluída em 1900, também é conhecida como
Largo da Sé, este logradouro integra o Complexo Feliz Lusitânia. O local é ponto de partida
estratégica para passeios turísticos no centro histórico, a praça possui um monumento de bronze
dedicado ao Bispo Caetano Brandão.
Praça Dom Pedro II – É a mais antiga da capital, concluída em 1772, neste logradouro
foram plantadas as primeiras mangueiras de Belém. Seu projeto paisagístico possui espécies de
flora regional, uma fonte luminosa, chafarizes e pequeno lagos artificiais.
Praça Felipe Patroni – Situado próximo ao Palácio Antônio Lemos, seu calçamento é
inteiramente revestido de pedras importadas de Portugal, é um bom lugar para passeio e
descansos durantes as tardes.
Praça República do Líbano – Também chamado de Largo de São João, o nome da praça
homenageia a colônia libanesa em Belém, no centro da praça há um obelisco em forma de agulha,
forma empregada por Landi em seus projetos e desenhos.
Praça do Carmo – Logradouro de grande importância histórica para Belém nele está parte
das ruínas da Igreja do Rosário dos Homens Brancos. Seu calçamento é inteiramente de mármore
e possuí um anfiteatro no seu centro.
Praça do Arsenal - Primeiramente recebeu o nome de Largo Bajé, dado pelos religiosos da
Conceição da Beira do Minho. Quando eles foram expulsos, tanto o largo quanto o convento
passaram a ser da Coroa Portuguesa. Em 1761, o convento virou hospital militar e mais tarde
arsenal da marinha, de onde veio o nome da praça, que está em estado precário de conservação.
Fátima é um bairro central da cidade brasileira
de Belém, capital do estado do Pará. Apesar de estar
no
Distrito
Administrativo
da
Sacramenta,
geograficamente está inserido na Zona Centro-Sul de
Belém, região que concentra os bairros nobres da
cidade, segundo classificação do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Nos últimos anos o bairro vem
sendo muito especulado pelas empresas imobiliárias,
já que está em uma localização estratégica e próximo
ao centro. Apesar de atualmente parte do bairro ainda
possuir algumas moradias precárias, a região vem se
remodelando e se incrementando, edifícios estão sendo
construídos e moradias especuladas pelo mercado imobiliário.
A ocupação inicial da região foi irregular e desordenada, neste período o bairro era
conhecido como Matinha. No bairro da antiga Matinha havia muitos traficantes e o bairro era mal
visto por todos, com a construção do Santuário de Fátima, o pároco da época Padre António
Moraes Oliveira fez um abaixo assinado para a mudança do nome, que foi aceito por toda a
comunidade na tentativa de mudar a imagem do bairro. Após a conclusão da paróquia, o bairro
ganhou investimentos como macro drenagem, asfalto e outras obras de infraestrutura.
No mês de Maio acontece a Procissão das Velas, oportunidade em que mais de 250.000
fiéis vindos de toda parte da cidade visitam o bairro para prestar homenagem a Nossa Senhora de
Fátima. Fátima conta com uma boa infraestrutura de transporte público, e diversos serviços entre
farmácias, centros de saúde, bancos e feiras, além da proximidade vantajosa de três bairros que
pertencem ao Distrito Adiministrativo do Centro, Umarizal, São Brás e Marco.
Nos primórdios da origem de Fátima, a área era apenas um pequeno ponto elevado onde
lusitanos utilizavam o local para a criação de bodes. A ocupação inicial da região foi irregular e
desordenada, este fato aconteceu em meados da década de 1950. O primeiro nome do bairro foi
Alto do Bode, nome pouco conhecido por seus moradores que remete a origem de um ponto
elevado da cidade onde portugueses criavam bodes. Por possuir uma grande quantidade de
matagal nas décadas de 60 e 70, o bairro passou a ser chamado de Matinha. Com a conclusão
das obras do Santuário de Fátima, o bairro passou a se chamar Fátima.
Em 1982, começou a construção da nova paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no
decorrer da obra, a antiga Matinha começava a ser vista sob outra ótica. Com a conclusão da
igreja em 1990, o pároco do Santuário de Fátima na época Padre António Moraes Oliveira criou
um requerimento para a mudança do nome do bairro da Matinha para Fátima, a proposta ganhou
apoio dos moradores do bairro e essa mudança de nome transformou a imagem do bairro.
O bairro faz limites com a Pedreira ao Norte, o Umarizal a leste, São Brás ao sul e Marco a
oeste. Está localizado geograficamente na Zona Centro-Sul da cidade, entretanto pertence ao
Distrito Administrativo da Sacramenta, o que faz o bairro ser considerado em parte, periférico.
Com a área de 56,1 hectares, Fátima é o menor bairro de Belém. Fátima possui 22 Quarteirões,
uma avenida, quatro ruas e quatro travessas.
Principais vias
Avenida Visconde de Inhaúma – (Única avenida do bairro, a via começa em Fátima,
terminando na Travessa Mauriti, no bairro do Marco.) Rua Antônio Barreto – (É a mais
movimentada de Fátima, inicia no Santuário de Fátima, partindo para o Umarizal.) Rua Domingos
Marreiros – (Interliga Umarizal e Fátima.) Travessa 3 de Maio – (Liga Fátima aos bairros de São
Brás, Cremação e Guamá.) Travessa 14 de Abril – (Interliga Fátima ao São Brás e Cremação.)
Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco – (Interliga os bairros de São Brás e Fátima.)
Cultura
Procissão das Velas
Realizada tradicionalmente desde 1966, a procissão das velas ou procissão luminosa deixa
o Santuário de Fátima e percorre ruas dos bairros de Fátima, São Brás, Umarizal e Marco até
retornar ao ponto de partida. A festividade é encerrada no dia seguinte, com a celebração de uma
missa e a coroação de Nossa Senhora de Fátima, além de um arraial nos arredores da igreja.
Samba
A ES da Matinha é única escola de samba do bairro, fundada em 1979. É uma das mais
tradicionais de Belém, adotando a cor verde claro e branco, seu nome ainda remete a origem
denominação de Fátima.
Vida Noturna
O bairro é recheado de tabernas, há também alguns poucos empreendimentos
gastronômicos no bairro, entre bares e restaurantes.
Moradores Ilustres
O bairro é berço do cantor e compositor Osvaldo de Oliveira, mais conhecido pela alcunha
de Vavá da Matinha, o músico fez grande sucesso nos programas de auditório de Belém na década
de 50.
Nazaré é um bairro nobre,
tradicional e estruturado da cidade
brasileira de Belém, capital do
estado do Pará. O bairro concentra
as melhores opções de moradia da
capital paraense, algumas que estão
entre as mais valorizadas da cidade.
Reúne
valiosas
construções
históricas que datam do ciclo da
borracha, em contraste há prédios
residenciais
e
comerciais,
construídos principalmente entre as
décadas de 1960 e 1990.
http://1.bp.blogspot.com/-ikE6ndR_iHM/TbM8HwiHA3I/AAAAAAAAA5I/t_Mn53jE__8/s1600/AV+NAZARETH.jpg
É neste bairro que está localizado a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, um
dos cartões postais da cidade e símbolo da mais importante festa religiosa do mundo, o Círio de
Nazaré que reúne mais de dois milhões de pessoas no segundo domingo de outubro e é realizado
desde 1793.
Por sua localização central e estratégica, é possível encontrar em Nazaré uma ampla e
diversificada rede de serviços e opções de lazer, como restaurantes, bares, cafés e pontos
turísticos e culturais, como o Palacete Bolonha e o Palacete Augusto Montenegro. Também se
pode encontrar em Nazaré instituições importantes da capital paraense, como o Colégio Marista
de Nossa Senhora de Nazaré, um dos mais tradicionais colégios de Belém; as sedes dos dois mais
importantes times de futebol da Região Norte, o Clube do Remo e o Paysandu Sport Club, e o
Conservatório Carlos Gomes, uma das instituições de ensino musical mais importantes do Brasil.
Agitado durante o dia, por conta do trânsito intenso nas suas principais avenidas, à noite
o bairro é bastante tranquilo e silencioso. Importantes órgãos públicos são encontrados no bairro,
como o Tribunal de Contas do Estado, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e a
Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém. Nazaré possui
uma vida cultural rica e grandes opções de agitação noturna. Porém, os sinais da violência
urbana têm produzido reflexos em seus arredores: sequestros-relâmpago e assaltos já
transcorreram em logradouros como a Avenida Conselheiro Furtado e Avenida Gentil Bittencourt.
A história do bairro está ligada diretamente com a festividade do Círio de Nazaré. No final
do século XVIII o caboclo Plácido encontrou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré as margens de
um igarapé. Neste igarapé foi erguida uma capela, onde está a atual Basílica, e a procissão é
realizada anualmente desde 1793. Na segunda metade do século XIX, foi criada uma freguesia
(termo equivalente a bairro), está seria a terceira freguesia da cidade, que recebeu o nome de
Trindade e compreendia a parte da área leste do bairro de Nazaré, integrando também parte da
área oeste de Batista Campos. A maioria dos poucos residentes de Nazaré era desfavorecida e
moravam em pequenas casas feitas de barro e palha. Em meados de 1860, a capital paraense
começaria a experimentar sua melhor fase econômica, advinda da exploração da borracha
amazônica. Muitos nobres e barões da borracha construíram suas moradias em Nazaré e
expandiram áreas que ainda não eram ocupadas do bairro, principalmente regiões distantes da
Estrada de Nazaré.
Com a ocupação definitiva dessa região, foram realizados muitos investimentos em obras
de urbanização no bairro de Nazaré. Entre 1880 e 1910 Nazaré foi o bairro mais caro da cidade e
moradia dos principais políticos, empresários, comerciantes e também dos Barões da Borracha.
Entre as mudanças urbanísticas do bairro estão: Calçamentos de ruas com paralelepípedo de
granito exportados de Portugal, calçadas de pedras de lioz, sistema de eletricidade e água
encanada e a instalação de bondes elétricos de luxo. A Avenida Nossa Senhora de Nazaré foi uma
das mais elegantes da capital paraense, sendo comparada por autoridades municipais a avenidas
parisienses. Durante a Belle Époque, todas as construções no centro da cidade, incluindo Nazaré
tinham que seguir os padrões europeus, lei estabelecida pela administração municipal. Uma das
construções mais famosas do bairro nessa épica foi a Cervejaria Paraense, a cervejaria mais
moderna do Brasil na época.
O nome do bairro presta homenagem ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que acontece
anualmente no mês de outubro. Durante a quinzena nazarena, muitos turistas e belenenses
visitam a Basílica Santuário de Nazaré, que foi erguida no local onde o caboclo Plácido encontrou
a imagem original de Nossa Senhora.
Geografia
O bairro faz limites com os bairros do Reduto e Umarizal ao norte, o bairro de São Brás a
leste, os bairros de Batista Campos e Cremação ao sul e o bairro da Campina a oeste. Está
localizado na Zona Centro-Sul da cidade e pertence ao Distrito Administrativo de Belém (Centro –
Áreas Nobres segundo o IBGE). O Nazaré possui 52 Quarteirões, sete avenidas, duas ruas e seis
travessas.
Principais vias e logradouros
Avenida Nossa Senhora de Nazaré – (Uma das mais importantes e tradicionais de Belém,
seu nome presta homenagem a padroeira do Pará. Caracteriza por seu túnel de mangueiras e
grande movimentação, esta avenida também tem grande importância histórica, abriga inúmeros
casarões seculares que contrastam com edifícios residências e ainda conserva boa parte de suas
calçadas originais de pedra de lioz. Também é palco da festa do Círio de Nazaré.)
Avenida Governador José Malcher – (Liga o Terminal Rodoviário de Belém à Praça da
República, passando por pontos turísticos como o Palacete Augusto Montenegro e Palacete
Bolonha. Homenageia antigo presidente da província do Pará.)
Avenida Comandante Brás de Aguiar – (Importante via comercial, abriga várias lojas de
grife).
Avenida Gentil Bittencourt – (Têm início no vizinho bairro de Batista Campos, cruzando
Nazaré, São Brás e Canudos. Presta homenagem ao vice-governador do Pará em 1891.)
Rua Boaventura da Silva – (Delimita os bairros de Nazaré e Umarizal.)
Travessa 14 de Março – (Liga o bairro da Condor aos da Cremação, Nazaré e Umarizal.)
Travessa Quintino Bocaiuvá – (Vinda do Reduto, atravessa o Nazaré em direção a Batista
Campos.)
Travessa Rui Barbosa – (Homenageia o escritor paraense Rui Barbosa.)
Praça Santuário – (Também chamada de Largo de Nazaré, está situado no Centro
Arquitetônico de Nazaré, é um importante palco da festa do Círio de Nazaré.)
Largo do Redondo – (Localizado na Avenida Nazaré com a Travessa Quintino Bocaiúva, era
a antiga Praça Infante Dom Henrique.)
Bairro central e com grandes variedades de lojas, restaurantes e serviços, juntamente com
Batista Campos, concentra boa parte da rede hoteleira belenense. Além da grande quantidade de
hotéis, o bairro tem inúmeras opções de lazer espelhadas por suas largas ruas e avenidas. O
principal atrativo do bairro é a Basílica de Nazaré, no mês de outubro o Círio atrai dezenas de
milhares de turistas. O bairro também possui nítida vocação histórica, abrigando centenas de
casarões que datam dos séculos XIX e XX, além de algumas atrações turísticas.
.
Basílica de Nossa Senhora de Nazaré – Erguida no local das
aparições milagrosas de Nossa Senhora de Nazaré, encontrada pelo
caboclo Plácido, a igreja atual foi erguida em 1909. O templo
possui 54 vitrais que retratam passagens bíblicas e guarda a
imagens original de Nossa Senhora.
Colégio Gentil Bittencourt – Instituição de ensino mais
antiga em funcionamento do Brasil, possui mais de 200 anos de
história, o colégio foi erguido em 1804 e guarda a imagem
peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em sua capela, o local
também é o ponto de partida das procissões do círio de Nazaré.
Memorial dos Povos – É um espaço público de 6 mil m², em
homenagem aos povos que contribuíram para a história de Belém,
o local é voltado para realizações artísticas, culturais e de lazer em Belém. Há no memorial uma
biblioteca, um anfiteatro e a sala Vicente Salles, que está localizada na antiga sede da União
Espanhola, um casarão histórico datado de 1912.
Casa da Linguagem – Prédio construído em 1870 para ser a casa da Família Bolonha. Nele
nasceu o engenheiro Francisco Bolonha. No local também funcionou o Grupo Escolar Floriano
Peixoto. O prédio foi restaurado para abrigar o Conselho Estadual de Cultura e a Casa da
Linguagem. Nele funcionam a loja Mercado, a Biblioteca Setorial e o Espaço Max Martins.
Instituto de Artes do Pará – A edificação do instituto data de 1889 e foi cenário da adesão
do Pará a república. Por muitas décadas, esta construção foi utilizada como quartel do Batalhão
de Infantaria do Exército. O IAP ocupa metade da área militar em 3 mil metros quadrados de área
construída, divididos em 21 espaços para exposição de atividades artísticas.
Palacete Bolonha – Arquitetada pelo engenheiro Francisco Bolonha, a residência foi
construída como presente para sua esposa. Erguido em 1904, já foi à edificação mais alta da
cidade e funcionou como prefeitura. A arquitetura do palacete mistura elementos ecléticos, art
nouveau e neoclássico.
Palacete Augusto Montenegro – Antiga residência particular do governador do Augusto
Montenegro foi projetado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, a obra foi concluída em 1903,
atualmente é sede do Museu da Universidade Federal do Pará.
Palacete Bibi Costa – Construído pelo engenheiro Francisco Bolonha, para o major Carlos
Brício Costa, posteriormente foi vendido para o Coronel José Júlio de Andrade, um dos Barões da
Borracha, o palacete ainda conserva um precioso acervo histórico de antiguidades e detalhes
arquitetônicos. Concluído em 1905, a residência tem fama de ser assombrada.
Vila Bolonha – Obra do arquiteto Francisco Bolonha, constitui-se de um conjunto de
residências justapostas, que seguem a partir do Palacete Bolonha, em direção à Rua Boaventura
da Silva. As casas possuem estilo semelhante de típicas construções inglesas, algumas
residências são voltadas para diversas atividades culturais.
Patrimônio Histórico
Há centenas de casarões e palacetes que datam da Belle Époque em Belém. Grande parte
dessas construções se perdeu no tempo, devido ao abandono e o intenso assédio das empresas
imobiliária, que compraram e destruíram casas históricas para dar lugar a edifícios e espigões.
Apesar das perdas, o patrimônio histórico de Nazaré continua abrangente e guarda valiosas
mostras da arquitetura Eclética e Art Nouveau, os principais estilos do período europeizado.
Dentre os detalhes estruturais dos casarões, estão a azulejaria portuguesa, alemã e francesa, as
colunas de mármore carrara e os gradis de ferro trabalhado.
Apesar da quantidade relevante de casarões preservados, há ainda muitos que estão
abandonados e descaracterizados. Há muitos casos em que prédios históricos no Nazaré estão
sendo usados para abrigar estacionamentos clandestinos. A porção leste de Nazaré está inserida
na área de entorno do Centro Histórico de Belém, e protegida por lei nacional não sofre o mesmo
assédio imobiliário da porção oeste do bairro. No bairro está instalado em um casarão a sede do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Belém.
Vida Noturna
Nazaré foi desde os anos de 1990 uma referência de vida noturna na cidade, sendo o
segundo bairro da cidade mais notável neste contexto, ficando atrás apenas de Umarizal. Há
dezenas de bares, boates, casas noturnas e salões de recepções. Quanto à gastronomia, há
inúmeros restaurantes de especialidades variadas. Também há Cafés e tacacás de rua que ainda
resistem a modernização da cidade.
Museus
Palacete Augusto Montenegro. No Palacete Augusto Montenegro está o Museu da Universidade
Federal do Pará, um dos principais museus de Belém, exibe artes visuais da Amazônia. A Galeria
ELF é uma das mais importantes galerias de arte da cidade, situada em um dos casarões ecléticos
da Vila Bolonha.
Cinema
Repleto de inúmeros cinemas de rua no início do século XX. Quase todos os cinemas de
rua foram desativados em Belém, decorrente da modernização da cidade e da construção de
shoppings. Os Cines Nazaré 1 e 2 (Antigo Cine Iracema) foram os últimos a encerrarem suas
atividades, no ano de 2006. Apenas o Cine Ópera sobreviveu aos dias de hoje.
Sociedade
A maioria de seus moradores pertence às classes A e B. O Nazaré possui 20.504
habitantes segundo o censo do IBGE de 2010, 58,4% de seus moradores são mulheres e 41,6%
são homens. Em relação à faixa etária, 46,4% dos habitantes são adultos entre 25-59 anos,
36,2% são jovens com até 24 anos e 17,4% são idosos de 60 anos ou mais. Em relação à renda de
sua população residente, 10,3% possui renda de até 3 salários mínimos, 6,3% (3-5 salários
mínimos), 21,3% (5-10 salários mínimos) e 62,1% (mais de 10 salários mínimos).
Moradores Ilustres
Grandes personalidades foram moradores do Nazaré, principalmente durante o ciclo da
borracha, entre eles destacam-se o governador Augusto Montenegro, o prefeito Lopo de Castro e o
engenheiro Francisco Bolonha.
Nobre, tradicional e valorizado, é um dos bairros em que maioria dos edifícios residenciais
da região foi construída entre as décadas de 1970 e 1990, mas há também espigões que foram
construídos posteriormente na virada do século XXI. Apesar do aquecimento do mercado, a
porção leste do bairro está incluída na área de entorno do Centro Histórico de Belém, portanto
protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional e sendo proibida a construção de
edifícios nessa região.
O bairro Nazaré é repleto de restaurantes, bares, cafés e lojas. Seu comércio é bastante
variado. O complexo de lojas da Avenida Brás de Aguiar é bastante conhecido por abrigar grifes
famosas, é um dos orgulhos do bairro, apelidado pelos moradores de rua mais chique de Belém.
Nos últimos anos sofreu com a força dos shoppings e a violência urbana, contudo reergueu-se e
ainda é considerado um centro de compras ideal para pessoas de alto poder aquisitivo. O bairro
conta com quatro hospitais, três grandes supermercados, oito agências bancárias, nove grandes
farmácias, duas agências de correio três faculdades, dez escolas particulares e seis escolas
públicas, entre eles destacam-se instituições tradicionais como o Colégio Gentil Bittencourt,
Marista Nossa Senhora de Nazaré e Santa Catarina.
Reduto é um bairro histórico localizado
na cidade brasileira de Belém, capital do estado
do Pará. No bairro está grande parte da Zona
Portuária de Belém, maior porto flúvio-marítimo
da Região Norte. Modernos edifícios, localização
privilegiada e uma das regiões mais valorizadas
da cidade são características atuais do bairro,
onde está situada a Avenida Visconde de Souza
Franco, um dos endereços mais caros da capital
paraense com seus atrativos imobiliários,
comerciais e de entretenimento.
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Bairro de múltiplas facetas, é um dos mais antigos da capital paraense, foi no passado o
coração da economia belenense. Atualmente divide-se entre a modernidade e a manutenção de
seus traços históricos.
O bairro já sofreu um processo de verticalização assim como seu vizinho Umarizal,
contudo hoje não há mais obras do tipo, devido a uma lei municipal proibir a construção de
edifícios em seus limites, pois existe na região um rico patrimônio histórico que precisa ser
preservado. Gradativamente o bairro vem se remodelando, porém, ainda mantendo suas ruas
estreitas, fábricas, galpões e vilas operárias, herança histórica de seu passado fabril.
O nome do bairro remete a origem de um antigo forte militar, conhecido como Reduto de
São José, construído no ano de 1771 com objetivo de garantir a segurança da sede da colônia e a
conselho e experiência dos locais estratégicos do litoral à entrada da cidade. Entre 1806 e 1810 foi
construído um semi-baluarte e uma muralha unindo a fortificação da Bateria de Santo
Antônio com a de São José. Em 1832 esta muralha foi demolida para ser construída no lugar uma
praça e serem abertas ruas. O terreno do Reduto de São José era situado em uma baixada com
bastante irregularidades, sendo esta área utilizada como campo de instrução militares.
Origem e Ocupação
A ocupação no bairro do Reduto começou através de dois núcleos iniciais: o convento dos
Capuchos de Santo Antônio e o Paul D`água, na nascente do Igarapé do Reducto. Sua bacia era
demarcada por dois córregos: a do Igarapé da Fábrica (Canal General Magalhães) e a do Igarapé
das Almas (Avenida Visconde de Souza Franco). Os referidos igarapés localizavam-se em paralelo,
a nordeste da área, onde se localiza o atual Bairro da Campina. Em 1784 foi construído um
obelisco na Estrada de Nazareth, e a partir dessa obra as áreas altas ao leste da freguesia
do Reducto (Alto Reduto) começaram a ser ocupadas. O terreno próximo ao Reduto de São José
era alagadiço e irregular sendo então, utilizado como campo para instruções militares. Já no
início do século XIX ocorre à abertura das ruas da Princesa, da Glória e do Príncipe (Atuais ruas
Benjamim Constant, Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva, respectivamente) tais vias favoreceram a
ocupação das áreas de baixada do Reducto.
Gradativamente o bairro ganhava novos moradores e consequentemente mais
infraestrutura, pois as autoridades municipais já reconheciam a importância da freguesia como
área de ligação com o núcleo urbano, trazendo para a localidade obras de terraplenagem e
urbanização para incentivar a expansão da cidade. O processo de inserção daquela área foi feito
paulatinamente, contíguo à consolidação da freguesia da Campina, na segunda metade do XVIII,
a área do Reduto de São José foi efetivamente ocupada e inserida à vida da cidade em na primeira
metade do século XIX. No começo da evolução do bairro, a maioria de seus moradores eram
pessoas pobres, entretanto a proximidade com a Baía de Guajará favoreceu o desenvolvimento
comercial no bairro, consolidado na segunda metade do século XIX.
Bairro mercado (1850-1910)
Desde sua origem o Reduto desempenhou uma importante função comercial na cidade,
vários estabelecimentos comerciais ali que se favoreciam pela chegada de mercadorias vindas de
cidades do interior e que eram descarregadas no Igarapé da Indústria. Na época estabeleceram-se
ali muitos comerciantes, sobretudo de origem estrangeira. O comercio existente no Reduto era
diversificado e bem abastecido.
O referido igarapé recebia as águas pluviais que
vinham do Largo da Pólvora (atual Praça da República)
por meio de esgotos laterais construídos a partir do
calçamento da Estrada do Paul d’Água 21. A partir dessa
obra e do calçamento de várias ruas do Reduto realizados
no final do século XIX o problema de saneamento das
terras baixas predominantes na área foi sensivelmente
reduzido. Em 1851 com o crescimento comercial e a
necessidade de melhorar a área portuária da cidade foi inaugurada a Doca do Imperador,
construído em um simples estaqueamento de madeira que posteriormente em 1859 seria
construído de forma mais regular e duradoura passando a se chamar Doca do Reducto. O
movimento comercial que se desenvolveu naquele bairro fez com que ele se tornasse um
importante ponto de abastecimento para os seus moradores e para outros bairros vizinhos, o que
lhe garantiu a referência de “bairro mercado”.
Movimentação da Doca do Reducto em 1905
Nesta área além de pequenos comerciantes havia alfaiates, ferreiros, carpinteiros,
operários de fábricas próximas entre outros trabalhadores que ao longo do desenvolvimento dessa
atividade foram instalando-se nestas cercanias, sobretudo na Rua dos Mártires (28 de Setembro).
No final do século XIX, com a economia belenense crescendo em virtude da exportação da
borracha, a Doca do Reducto ganha uma importância ainda maior como ponto de embarque do
látex das seringueiras, essas novas atividades de exportação foram tão relevantes para o
logradouro que gerou uma prosperidade econômica nessa região, chegando até a rivalizar com a
Doca do Ver-o-Peso (Principal porto da capital na época). A Doca do Reducto nesse momento
chegou a ganhar o status de cartão-postal da cidade, que foram eternizadas em várias fotografias.
Tais práticas mercantis deram ao bairro a identificação de ´´bairro mercado``.
Declínio comercial
No início do século XX, Belém vivenciava seu apogeu econômico advindo da exportação da
borracha amazônica, fase conhecida como Belle Époque. Em decorrência desse surto de
prosperidade foi preciso expandir a zona portuária da cidade e capacita-la para o grande volume
de borracha que seria exportado, fora essa necessidade, na capital paraense crescia cada vez mais
a demanda de produtos manufaturados europeus, que para serem importados precisavam de
grande aparelhamento de estrutura portuária. Visto que as atividades portuárias estavam
restritas em apenas duas docas (Ver-o-Peso e Reducto) que já estavam ficando obsoletas e
sobrecarregadas, Surge então a criação do Port of Pará. Os primeiros três armazéns do Port of
Pará foram construídos entre 1907 e 1909, na freguesia da Campina, próximo ao Reducto. O
Igarapé da Fábrica foi um dos primeiros da cidade a serem saneados, pois era considerado um
entrave para a modernização da cidade. Entre 1910 e 1912 o igarapé foi aterrado pela Cia Port of
Pará. O aterro da doca do Reduto deslocara para o Ver-o-Peso a dinâmica mercantil do Reducto,
abalando assim sua estrutura de “bairro mercado”.
Ao projetar a construção do porto da cidade, os engenheiros ingleses contratados para o
serviço planejaram acabar com as docas da cidade, porém não se preocuparam com as
consequências sociais geradas por esse empreendimento. Desde a segunda década do século XX
os moradores do Reduto passaram a conviver com constantes enchentes, principalmente nas
adjacências do antigo igarapé. Com o aterramento do Igarapé da Fábrica, as atividades comerciais
que ali duraram décadas entrou em completo declínio. Poucos anos depois a economia da cidade
é drasticamente afetada pela queda dos preços da borracha no mercado internacional. A atividade
comercial em toda a região amazônica entrou em descenso, portanto também os comerciantes de
Belém ficaram arruinados e as falências sucederam no centro da capital paraense.
O Reducto fabril
A queda dos preços da borracha no mercado internacional a atividade comercial em toda a
região amazônica entrou em descenso, portanto também os comerciantes de Belém e um grande
número de pessoas que faziam do Reduto seu ponto de abastecimento. O aterro da doca do
Reduto deslocara para o Ver-o-Peso a dinâmica mercantil do bairro abalando sua estrutura de
“bairro mercado”.
Além desse fator, a proximidade com o centro, a infraestrutura do porto (na época única
ligação da cidade com o resto do país e com o exterior) e da antiga Estrada de Ferro de Bragança
(principal ligação terrestre da capital com o interior), que chegou a manter ali uma Estação
Central, ligado ao porto, o antigo Igarapé das Almas, também servia de entreposto para embarque
e desembarque de cargas eram importantes vantagens que atraiu para o bairro investimentos do
setor fabril e industrial. Nas três primeiras décadas do século XX a população do bairro do Reduto
cresceu significantemente em razão do grande número de unidades fabris que ali se instalaram,
mas também em função das pequenas dimensões dos terrenos naquela área.
Bairro operário (1920-1950)
Com a crise da borracha, a partir de 1920, a economia da cidade sofreu um duro golpe e
as falências sucederam no comércio belenense. Apesar disso, houve certa canalização de
investimentos para o desenvolvimento da atividade industrial na cidade e, devido às condições
locacionais, as fábricas do Reducto não foram afetadas gravemente pela mazela gomífera, deste
modo, o Reducto foi se constituindo um bairro operário com características bem particulares que
o tornaram um dos mais bem individualizados bairros de Belém. As fábricas que foram se
concentrando na área do Reduto eram de várias linhas de produção, marcadas por processos
tecnológicos diversificados, mas pontuados por procedimentos operacionais simples. Entre o final
da década de 30 e o início dos anos 40 a indústria do Reducto chega a seu auge chegando a
concentrar mais de trinta fábricas e indústrias, transformando o bairro no terceiro maior parque
industrial do Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro.
A principal característica da indústria em Belém na metade do século XX era o seu franco
desenvolvimento, apesar das dificuldades decorrentes da queda da borracha. As fábricas que
surgiam nesse período operavam com baixa tecnologia, entretanto atendiam a demanda do
mercado local, sobretudo as indústrias de bens de consumo e indústrias de matéria-prima
semimanufaturadas voltadas para a exportação. A condição de distrito industrial trouxe
ao Reducto um aumento considerável de moradores, em sua maioria operários das fábricas do
bairro que decidiram morar perto de seu local de trabalho. Essa atividade foi de vital importância
para a economia do município, pois se sustentava indiferente ao mercado externo. Contudo, no
bairro também se registra a existência de estabelecimentos fabris de grande porte que marcaram
a história da indústria no Pará e que até hoje suas construções são imagens vivas de uma época
próspera.
Decadência
As fábricas que ainda atuavam no Reduto em meados da década de 1950 operavam com
baixa tecnologia e atendiam somente o mercado local. Apesar desses fatores desfavoráveis, essas
indústrias mantiveram-se firmes em sua produção durante muitos anos devido ao isolamento
geográfico de Belém. Em 1960 com a inauguração da Rodovia Belém-Brasília, a entrada e a
comercialização de produtos do sul e sudeste do país tornaram-se mais fácil, outrora impedidos
de chegarem à Região Norte, em virtude logística, agora poderiam ser adquiridos pela população
local. Devido à falta de tecnologia adequada e estrutura administrativa para competir com o
mercado externo, gradativamente o Reducto assistiu ao fechamento de suas fábricas.
Registra-se
assim
um
decréscimo
populacional
significativo
no
bairro
do Reducto resultante da saída de muitos moradores ligados à atividade industrial e comercial
para outros bairros, ou até para fora da cidade, como aconteceu com alguns imigrantes cujos
estabelecimentos eram residência e local de trabalho. Segundo dados do IBGE a população do
Reduto em 1950 era de 9.211, baixando para 7.073 em 1960 e para 5.332 em 1970. O bairro
sofreu um descenso apresentando uma variação negativa de 23,3%, demarcando claramente o
período de declínio das atividades industrial e comercial naquela área da cidade completado pelo
esvaziamento populacional.
Urbanização
A favelização crescente às margens do Igarapé das Almas, iniciada na década de 40 foi um
dos fatores que motivaram a prefeitura a efetuar obras modernizadoras no Reduto, porque
segundo a administração, este era um crescimento desordenado próximo às áreas nobres da
cidade e precisava ser contido o quanto antes, porque posteriormente seria mais difícil. Após a
etapa de saneamento e macrodrenagem realiza nesta baixada, já nos últimos anos da década de
60, é que se dá o início a obras de macrodrenagem (Para conter os alagamentos comuns na
baixada) e urbanização na baixada, tendo seu término somente em 1973 no governo de Nélio
Lobato. Além desta obra, outras ações reformistas chegaram ao antigo distrito industrial da
cidade. Em 1987, iniciaram-se obras no bairro como o calçamento e construção de passeios à Rua
da Indústria, entre o largo Santo Antônio e Visconde de Souza Franco e o aterro e nivelamento da
Avenida da Municipalidade.
A verticalização na Avenida Visconde de Souza Franco e no Alto Reduto tornou-se intensa
após a década de 1980, tendo alguns fatores impulsionastes para este fenômeno urbano a
localização próxima ao centro da cidade e as obras de infraestrutura feitas pelo governo. A
população pobre residente foi removida para periferias mais distantes do centro, como Pedreira e
Telégrafo. Em outra intervenção, realizada em 1995, no governo do prefeito Hélio Gueiros, a
Avenida Visconde de Souza Franco sofreu uma revitalização, onde passaria também a ser uma via
importante no auxílio de melhorar o tráfego na cidade de Belém. Desta forma ela passou a ser um
corredor alternativo para se chegar aos bairros do Umarizal, Reduto, Nazaré, Campina e Área
Portuária. A verticalização somente terminou com aprovação da Lei nº 7.709 de 18 de maio de
1994, na qual o Bairro do Reduto foi outorgado como Área de entorno do Centro Histórico de
Belém.
O Reduto hoje
O Reduto desenvolveu características próprias como a de ser uma área circunvizinha ao
centro histórico e a dois dos bairros de população de maior poder aquisitivo da cidade (Umarizal e
Nazaré) e mesmo assim se constitui como um setor residencial de moradias populares da classe
proletarizada. O Reduto encontra-se em uma fase de franco desenvolvimento e ao mesmo tempo
decadência, evidenciado pelas diferenças internas com discrepâncias sócio espaciais. A porção
mais alta do bairro encontra-se o Alto Reduto, que apesar da malha urbana não fugir da
morfologia do bairro, entretanto há nele domicílios de alto padrão, edifícios residências, além de
bares e restaurantes sofisticados e concentrar uma população de alta renda. A outra parte do
bairro chama-se Baixo Reduto, concentra a maior parte do acervo da arquitetura histórica do
Reduto, possui um pequeno comércio e outras atividades, concentrando habitantes das classes
média e baixa. Essa área está atualmente sofrendo com o descaso e abandono do poder público,
existindo ainda áreas em processo de favelização nas áreas próximas ao Porto da cidade,
concentrado próximo ao Canal da Magalhães e ao Beco da Piedade.
Localização
O bairro é adjacente aos bairros do Umarizal, Nazaré e Campina, estando situado às
margens da Baía de Guajará. O Reduto possui uma área de 76,1 hectares contando com uma
população de 7.218 habitantes segundo dados do IBGE 2013. O bairro possui 45 Quarteirões
constituídos de três avenidas, sete ruas, quatro travessas e algumas vilas e pequenas alamedas.
Seu relevo é bastante irregular, dividindo assim o bairro em duas porções. A porção leste é a parte
mais elevada do bairro, sendo conhecida como Alto Reduto. A parte oeste, próxima a Baía do
Guajará é mais baixa (anteriormente era uma região alagadiça), conhecida como Baixo Reduto,
onde abriga a maior parte da estrutura do Porto de Belém. O bairro está integrado ao Distrito
Administrativo do Centro, localizado na Zona Centro-Sul da cidade.
Principais Vias e Logradouros
Praça General Magalhães (Originou-se do aterramento de um igarapé para a construção do
Porto de Belém, abriga um coreto de ferro inglês do início do século XX. Apesar de sua
importância como área de lazer, este aprazível espaço público encontra-se em abandono).
Avenida Visconde de Souza Franco (Principal via do bairro e uma das mais importantes e
movimentadas artérias de Belém, delimita o bairro do Reduto com o bairro do Umarizal. É ladeada
por modernos edifícios e construções de alto padrão, sendo um dos endereços mais valorizados da
cidade).
Avenida Assis de Vasconcelos (Foi a segunda grande avenida da cidade a ser aberta,
delimitando atualmente os bairros do Reduto e da Campina).
Avenida Marechal Hermes (Criada a partir do aterramento da antiga Doca do Reduto, é
paralela à Zona Portuária de Belém).
Travessa Quintino Bocaiúva (Interliga o Reduto aos bairros de Nazaré, Batista Campos e
Cremação. Antiga Rua do Príncipe).
Travessa Benjamin Constant (Interliga o Reduto aos bairros de Nazaré e Batista Campos,
antiga Rua da Princesa).
Travessa Rui Barbosa (Era a via que concentrava a maior parte das fábricas instaladas no
bairro. Interliga o Reduto aos bairros de Nazaré e Batista Campos. Antiga Rua da Glória)
Rua Tiradentes (Principal rua do bairro costuma ficar congestionada).
Rua Gaspar Viana (Importante rota de ônibus do bairro, já foi conhecida como rua do
açougue e rua da indústria).
Rua da Municipalidade (Tem início no bairro do Reduto, cruzando também os bairros do
Umarizal e Telégrafo).
Rua 28 de Setembro (Antiga rua comercial do Reduto, seus prédios eram divididos em
estabelecimentos comerciais no térreo e residências nos andares superiores. Chamava-se Rua dos
Mártires, em 1871 seu nome foi modificado em homenagem a lei do ventre livre).
Rua Aristides Lobo (Importante e histórica via de Belém, já foi chamada de Rua do Rosário,
pelo fato de ali estar a Igreja do Rosário dos Homens Pretos. Interliga o Reduto ao bairro da
Campina).
Rua Senador Manoel Barata (Foi chamada de Rua Nova de Sant`Ana, em referência a
igreja de mesmo nome que está nela.)
Rua Ô de Almeida (Estreita e ladeada de construções históricas, interliga os bairros do
Reduto e Nazaré).
Arquitetura
O traçado original do bairro com ruas estreitas e arborização quase inexistente é mantido
até hoje. Na época em que as ruas do Reduto foram abertas, não havia uma preocupação da
intendência municipal em urbanizar a região, já que era habitado por operários e pessoas
simples. Características essas que conferem o Reduto como espaço singular, pois mesmo próximo
de bairros ocupados pela classe abastada de Belém ainda permanecia como zona de habitação
proletária. Desde o início da sua formação, o Reduto foi distinto de outros bairros da cidade
quanto ao traçado de suas residências, pois mantinham um padrão predominante de casas
modestas, germinadas e erguidas no alinhamento da rua e geralmente desprovidas de pátios ou
espaços laterais.
Há no Reduto diversas expressões de movimentos arquitetônicos apesar de seu semblante
de área modesta e ainda assim abrigar uma diversidade única de contextura. Durante o auge da
economia da borracha em Belém entre os séculos XIX e XX surge em Belém uma nova
arquitetura, feita totalmente em ferro e importada da Europa, iniciando na cidade a chamada Era
do Ferro. Exemplares desse que hoje se encontram no bairro são: os armazéns do Porto de Belém
(Galpões 6, 6A, 7, 8, 8A, 8B, 9, 9A e 10), a Caixa D`Água da Companhia Docas do Pará e o coreto
inglês da Praça General Magalhães.
O estilo Eclético também é bastante presente em casarões espalhados pelas ruas do
Reduto. A maioria desses domicílios tem dois pavimentos, porão e possuem entre seus
ornamentos arquitetônicos: molduras, azulejos, bustos, estátuas e elementos vegetalistas e
geométricos que adornam platibandas, acrotérios, frontões e detalhes de portas e janelas. O Art
Déco está visível principalmente nas vilas operárias e casas populares das décadas de 30, 40 e 50.
As casas de apenas um pavimento empregavam elementos simplificados, sendo algumas
construídas por comerciantes que delas auferiam rendas de aluguel. Com paredes geminadas,
seguindo o padrão porta e janela, ou porta e duas janelas, ocupavam o terreno até o alinhamento,
possuindo linhas retas e decoração discreta, a exemplo do Círculo Operário Belemense de 1936 e
da Vila Rafael Ferreira Gomes da década de 30. Além destes estilos, o bairro também tem
exemplares do Modernismo, destacando-se o Edifício Dom Carlos, projetado pelo arquiteto local
Camilo Porto Oliveira no final da década de 40, mesclando elementos do modernismo
internacional e aspectos regionais, o prédio foi construído pela família Chamié para abrigar os
membros da mesma.
Fábricas e Galpões
A Fábrica Perseverança era a principal fábrica do bairro, ocupa hoje o quadrilátero
formado pelas ruas Quintino Bocaiúva, Gaspar Viana, Rui Barbosa e Municipalidade, um dos
ícones da produção fabril do Norte do Brasil. Tratava-se de um estabelecimento de grande porte,
que chegou a dominar o mercado de cabos, barbantes, cordas e linhas para pesca, esse grupo de
fábricas fora inicialmente um pequeno núcleo industrial de cabos e aniagem de Ferreira Cruz e
Cia., fundada em 1895 e, que por sete anos lutou contra as dificuldades financeiras surgidas, não
resistindo fechou suas portas em 1902. Quatro anos depois, a pequena fábrica foi comprada pela
firma Martins Jorge & Cia, passando a constituir-se então como Fábrica Perseverança. O grupo
que assumiu a organização industrial da empresa investiu enormes capitais em aparelhagem e
maquinismo, passando a produzir com eficiência cabos, aniagem, sacaria, barbantes, linhas para
pesca e algodão hidrófilo. A desativação definitiva se deu em 1983 quando as condições adversas
do mercado industrial contemporâneo a forçaram a fechar uma das mais importantes firmas
industriais do Norte do Brasil. O imponente prédio industrial abriga hoje pequenas empresas
comerciais e um estabelecimento de ensino.
Vilas Operárias
Durante a Belle Époque, a política sanitarista de Antônio Lemos instituiu que as classes
industriais e operárias deveriam ter acomodações próprias, buscando uma ordenação, sobretudo
estética na cidade de Belém. A construção de vilas operárias foi apresentada como a melhor
solução para o problema das habitações dos trabalhadores das fábricas do Reduto, consideradas
anti-higiênicas. Foram construídas muitas vilas no bairro do Reduto. Atualmente ainda é possível
encontrar cerca de vinte dessas vilas no Reduto. Em geral, apresentam características populares,
com construções geminadas. A Vila Áurea, construída em 1920, na Rua Aristides Lobo com a
Travessa Benjamim Constant, é uma das vinte vilas operárias ainda existentes. A Vila Nelly, da
década de 30, a Vila Nossa Senhora de Fátima de 1936 e a Vila ABC da década de 40 são outras
vilas operárias ainda existentes.
Sociedade
O Reduto já foi habitado anteriormente por pessoas de baixo poder aquisitivo. Atualmente
o Reduto possui 7.098 habitantes segundo o censo do IBGE de 2010, sendo que 57,7% de seus
moradores são do sexo feminino e 42,3% pertencem ao sexo masculino. Quanto à faixa etária de
seus moradores, 46,9% dos habitantes são adultos entre 25-59 anos, 39,8% são jovens com até
24 anos e 13,3% são idosos de 60 anos ou mais. No aspecto da renda familiar, 12,5% dos
moradores possui renda de até 3 salários mínimos, 8,6% (3-5 salários mínimos), 21,3% (5-10
salários mínimos) e 57,5% (mais de 10 salários mínimos).
Moradores Ilustres
Gaspar de Oliveira Vianna nasceu em 1885 na Rua Benjamin Constant, foi um médico
patologista paraense considerado mártir da ciência mundial. Responsável por valiosas
contribuições para a Medicina Tropical no Brasil e no mundo, sendo o descobridor da cura para
leishmaniose cutaneomucosa. Sua residência atualmente é o Instituto Dom Bosco, há uma placa
de pedra em homenagem a ele está encrustada no muro externo da instituição, com os dizeres
“Aqui nasceu o grande feitor da humanidade e mártir da ciência Gaspar Vianna”.
O renomado maestro Carlos Gomes passou seus últimos anos morando na cidade de
Belém. Sua residência ficava na parte residencial do bairro na Rua Quintino Bocaiuva, onde
faleceu em 1896.
Outro ilustre morador é Osvaldo Orico, literato paraense, depois de uma visita à Belém em
1928, dez anos após ter ido morar no Rio de Janeiro, escreveu suas memórias onde relembra seus
tempos de infância no bairro do Reduto no início do século XX. Filho de um ferreiro de
descendência alemã, Orico viveu sua infância em uma modesta casa na Rua Gaspar Vianna, entre
Rui Barbosa e Benjamim Constant ao lado da oficina do pai.
Economia
Na principal avenida do bairro está um dos principais shoppings da cidade (Boulevard
Shopping), centro de compras luxuoso voltado para o público das classes A e B. Há também um
supermercado, uma agência bancária, duas agências de correios, quatro farmácias, cinco escolas
particulares, duas escolas públicas, três faculdades (FAMAZ – Faculdade Metropolitana da
Amazônia, ESAMAZ – Escola Superior da Amazônia e FABEL - Faculdade de Belém), dois
hospitais e uma delegacia. Há também no Reduto Importantes órgãos públicos e privados como a
Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), PARATUR, SESC e FUNASA.
São Brás é um bairro central da
cidade brasileira de Belém. O bairro possui
vias largas e arborizadas, grandes
quarteirões e uma farta rede de serviços
oferecidos a seus moradores. São Brás é
um dos bairros mais valorizados de Belém,
apesar da verticalização seguir em ritmo
lento em relação aos vizinhos bairros do
Umarizal e Nazaré. O bairro é essencial
para o tráfego em Belém, algumas das
principais vias da cidade estão situadas ou
atravessam São Brás, atualmente o bairro
vive a questão problemática de grandes
congestionamentos em horários de pico.
http://3.bp.blogspot.com/2nliwlKStDc/ThxFOVX7o7I/AAAAAAAACZ8/O1ZX1nRq2n8/s1600/belem9301estao1.jpg
O bairro tem inúmeras linhas de ônibus que ligam o São Brás com os outros bairros da
capital paraense, já que neste bairro está situado o Terminal Rodoviário de Belém.
História
O nome do bairro tem origem em um culto antigo, que o povo paraense devotava ao santo
de mesmo nome, cuja procissão partia da Igreja das Mercês e chegava à Basílica de Nazaré. O
Bairro começou a ser ocupado no início do século XX, nos anos 20, Belém já havia passado pela
riqueza da época do Ciclo da Borracha, que deixou construções belíssimas pela cidade, sobretudo
no centro. Porém, mesmo com o declínio da borracha amazônica, a cidade continuava crescendo.
A região de São Brás passava a atrair as famílias ricas por garantir mais espaço e conforto, com
lotes maiores e por preço mais baixos que no centro da cidade. Atualmente, São Brás é um bairro
razoavelmente tranquilo e agradável, com baixos índices de criminalidade comparados aos
vizinhos bairros do Guamá, Canudos e Cremação.
Geografia
São Brás faz limites com os bairros do
Umarizal e Fátima ao norte, os bairros o
Guamá e Cremação ao sul, o bairro de Nazaré a
leste e os bairros do Marco e Condor a oeste. O
bairro possui cerca de trinta quarteirões, cinco
avenidas, quatro travessas e algumas ruas.
Principais ruas e avenidas
Avenida Governador José Malcher
(Principal via do bairro, liga São Brás ao bairro
de Nazaré, seu nome presta homenagem ao 14
Governador do Pará).
http://static.panoramio.com/photos/original/2644148.jpg
Avenida José Bonifácio (Interliga os bairros de Fátima, São Brás e Guamá)
Avenida Magalhães Barata (Continuação da Avenida Nazaré, seu nome é em homenagem
ao 15º Governador do Pará)
Avenida Gentil Bittencourt (tem início no bairro de Batista Campos, cruzando o bairro de
Nazaré, São Brás e Canudos, o nome homenageia o 2º governador do Pará)
Avenida Alcindo Cacela (Delimita os bairros de São Brás e Nazaré)
Travessa Castelo Branco (Homenagem ao fundador da cidade de Belém)
Travessa 9 de Janeiro (Cruza os bairros de Fátima, São Brás, Cremação e Condor, o nome
da travessa presta homenagem ao Dia do Fico)
Travessa 3 de Maio (Interliga os bairros de Fátima, São Brás e Cremação, a data
homenageia a criação do IHGP e da Academia paraense de letras)
Travessa 14 de Abril (Corta os bairros de Fátima, São Brás e Cremação, foi a data de
adesão do Pará a independência em 1823).
Patrimônio Histórico
Um dos bairros mais antigos bairros de Belém, São Brás possuía centenas de casarões,
erguidos no início do século XX, reflexo da riqueza produzida pela borracha amazônica. No
entanto, o processo de modernização do bairro causou a perda de muitos desses casarões, pouco
restou das construções centenárias, contudo, São Brás ainda guarda resquícios de sua
arquitetura centenária que remete a uma Belém antiga. Entre as construções de destaque, estão o
Colégio Pequeno Príncipe, o Teatro São Cristovão e o Palacete Passarinho.
São Brás possui grande vocação turística voltada ao patrimônio histórico e cultural de
Belém. Há em São Brás alguns dos principais hotéis da cidade, além de possuir uma grande
oferta de serviços. Alguns dos principais pontos turísticos do bairro são:
Museu Paraense Emilio Goeldi – Inaugurado em 1866, o Museu e Parque Zoobotânico é
um dos pontos turísticos mais visitados de Belém, guarda mais de cinco mil espécies de fauna e
flora regional, além de possuir um importante acervo histórico.
Parque da Residência - Situado na antiga residência oficial dos governadores do Pará, é
cercado por jardins e espécies nativas da fauna amazônica, o parque possuí orquidário, um vagão
de trem antigo e algumas construções e monumentos históricos.
Mercado de São Brás - Construído em estilo neoclássico, foi erguido em 1911 por conta do
grande movimento da antiga estrada de ferro Belém/Bragança. Em suas dependências,
funcionam lojas de artesanato, produtos agrícolas, domésticos e vestuário.
Antigo Reservatório de São Brás
Caixa D água de São Brás- Estrutura de ferro fabricada na Europa. Foi inaugurada em
1884, quando Belém tinha cerca de 120.000 habitantes. o monumento tem vinte metros de altura
e sua capacidade é de 1.500.000 litros de água tratada. Ainda em funcionamento, abastece os
Bairros de são Brás, Canudos e Terra Firme. Foi tombada pelo
Patrimônio Estadual como monumento histórico, paisagístico e
turístico.
Praça da Leitura– No centro da praça existe um
monumento em forma de capacete, é um memorial que abriga
o ataúde que contém o corpo de Magalhães Barata. O
memorial foi o ápice das comemorações pelo centenário de
nascimento do mais famoso governador do estado do Pará, este memorial foi inaugurado em
1960.
Teatro
No bairro, está localizado três teatros, o mais prestigiado é o Teatro Estação Gasômetro,
um dos teatros mais importantes de Belém. Outro teatro importante em São Braz é o Teatro do
Museu Emilio Goeldi, localizado no parque botânico de mesmo nome. O Teatro São Cristovão, foi
fundado na década de 1930 em estilo art decó, atualmente encontra-se em estado precário de
conservação.
Gastronomia
Quanto à gastronomia, São Brás conta restaurantes de especialidades variadas e diversas
faixas de preço, contando também com um circuito de agitação noturna em alguns bares e
botecos. Há também boas sorveterias e lanchonetes em alguns logradouros do bairro. O bairro é
repleto de restaurantes, bares, bancos, igrejas, estabelecimentos comerciais e feiras populares. O
comércio é diversificado, o principal ponto comercial do bairro é o Mercado de São Brás,
conhecido pela comercialização de artesanatos, móveis, vestuários e produtos orgânicos. A Feira
da 25, uma das principais feiras de Belém e comercializa frutas, pescados e mariscos entre outros
produtos.
Museus
O principal museu do bairro é o Museu Emilio Goeldi, o arquivo museólogo é composto por
peças arqueológicas, exposto no prédio da rocinha, situado no interior do parque botânico.
Localizado no centro da Praça da Leitura, o Memorial Magalhães Barata expõe vários objetos
usados pelo ex-governador do Pará.
Como o Terminal Rodoviário de Belém está a situado no bairro, São Brás é um grande
ponto de confluência ônibus de vários bairros de Belém e também ônibus de outras cidades, do
terminal rodoviário partem ônibus para todo país.
O Umarizal é um bairro nobre da Zona
Centro-Sul (Distrito Administrativo de Belém),
localizado na cidade brasileira de Belém, capital
do estado do Pará. O bairro já foi associado no
passado a um reduto de intelectuais, boêmios e
sambistas,
contudo
essa
imagem
não
desapareceu. Até a metade da década de 1970,
era um bairro essencialmente residencial,
conservando centenas de imóveis e palacetes do
início do século XX, construídos durante a Belle
Époque, na época do apogeu do ciclo da
borracha amazônica.
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O perfil do bairro mudou radicalmente devido ao crescimento populacional de Belém.
Muitos edifícios foram construídos no local que anteriormente era ocupado por grandes e antigos
casarões, transformando o bairro no centro nervoso dos negócios imobiliários e na principal
referência da agitação noturna da cidade.
Atualmente o Umarizal é o bairro mais valorizado de Belém, possuindo o metro quadrado
mais caro da capital paraense. Além de prédios e residências históricas remanescentes do período
de expansão, o bairro se caracterizou a partir da década de 1990 como um grande centro noturno
da cidade, com restaurantes, bares, boates, casas de show e botecos dedicados às classes A e B.
O maior ícone do Umarizal é a Avenida Almirante Wandenkolk, onde se concentram boa parte dos
bares e restaurantes. Os principais logradouros do bairro são: o Complexo Turístico do Ver-o-Rio,
a Praça Brasil e o Teatro Universitário Cláudio Barradas. Neste bairro também estão a Santa Casa
de Misericórdia, o Instituto de Ciência e Saúde da Universidade Federal do Pará e parte da
estrutura portuária de Belém, estas constituídas pelos armazéns 11 e 12 e os silos do Porto de
Belém.
História
Desde os primórdios da origem da
cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará
até a segunda metade do Século XIX, o núcleo
urbano do município era formado por apenas
três bairros, o Cidade Velha (Freguesia da Sé),
Campina (Freguesia de Sant`Ana) e parte dos
bairros de Nazaré e Batista Campos (Freguesia
da Trindade). Anteriormente, o Umarizal era
um bairro onde se concentravam fazendas e
moradias de pessoas desafortunadas, dando a
região a característica de bairro periférico, no
entanto, durante o ciclo da borracha
amazônica, o Umarizal iria se transformar em
um dos bairros mais nobres da capital
paraense.
Avenida Generalíssimo Deodoro no início do Século XX
O apogeu de Belém no ciclo da borracha ocorreu entre o final do Século XIX e o Início do
Século XX, o surto econômico da cidade atraiu muitos migrantes de várias regiões do Brasil,
principalmente da Região Nordeste.
Este fluxo migratório gerou uma grande explosão demográfica, em pouco tempo as três
freguesias do centro da cidade já não suportavam a grande população que cresceu rapidamente.
Neste período surgiu uma nova classe de abastados no Pará, os empresários que lucravam alto
com os aviadores e seringalistas eram conhecidos como Barões da Borracha. As famílias dessa
nova e crescente classe abastada paraense resolveram construir suas residências, geralmente
palacetes e casarões luxuosos, que seriam levantados em lugares afastados e pouco povoados, o
que originou os bairros de Nazaré, Batista Campos e Umarizal. Uma das vantagens de morar
nesses lugares eram os grande lotes de terra vendidos a preços pequenos. Por causa dessa
expansão as pessoas pobres que residiam nesses bairros foram empurrados para áreas muito
mais afastadas, transformando bairro que presentemente são considerados de periferia, como a
Pedreira e o Telégrafo.
Enquanto Cidade Velha e Campina paulatinamente se transformaram em centro de
atividades comerciais, o Umarizal foi sendo urbanizado com recursos econômicos gerados pela
riqueza da borracha. O bairro recebeu obras como o calçamento de ruas, trilhos de bondes
elétricos, sistema de água e eletricidade. O período da Belle Époque em Belém trouxe para o bairro
muitos costumes europeus, além de influenciar na arquitetura de suas construções, geralmente
inspiradas no Art Nouveau. Em meados de 1920, a sua área leste apresentava as mesmas
características geográficas e sociais do bairro do Reduto, centro industrial de Belém na época.
Esta região acabou sendo beneficiada por um pequeno centro industrial, onde ficavam localizadas
as indústrias de transformação de fibras vegetais, artefatos de alumínio e de couro. Na década de
50, esse bairro também era conhecido pelas vacarias, pequenas propriedades, normalmente de
portugueses, que se dedicavam a fornecer leite para a cidade. Alguns de seus moradores eram
pessoas que trabalhavam no centro industrial do Reduto e também que trabalhavam na
navegação, por ser um bairro próximo do Cais do Porto. Na segunda metade da década de 1970,
tem início a expansão imobiliária e a verticalização do Umarizal que ocuparam o local de antigos
casarões.
Geografia
O nome do bairro deriva da presença de muitas árvores de umari, uma planta silvestre
típica do Pará, que lá existiam à época de sua colonização. Grande parte das ruas do bairro foi
nomeada em homenagem aos rebeldes que fizeram no Pará uma campanha da independência do
Brasil. Há também ruas que levam nomes de paraenses que participaram da Cabanagem,
revolução popular que ocorreu entre 1835 e 1840 .
O bairro faz limites com o bairro do Reduto ao sul, os bairros de Nazaré, Fátima e São
Brás a leste, os bairros do Telégrafo e da Pedreira ao norte e a Baía do Guajará a oeste. Está
localizado na Zona Centro-Sul da cidade e pertence ao Distrito Administrativo de Belém (Centro
da capital paraense, considerado áreas nobres segundo o IBGE). O Umarizal possui 64
Quarteirões, quatro avenidas, oito ruas e sete travessas.
Principais vias
Avenida Pedro Álvares Cabral – (Principal avenida do bairro, muito importante para o Porto
de Belém, interliga os bairros do Umarizal, Telégrafo, Sacramenta e Marambaia ao Complexo
Viário do Entroncamento.)
Avenida Almirante Wandenkolk – (Um dos endereços mais valorizados da capital paraense,
conta com grande circuito de bares e restaurantes, sendo a referência de vida noturna na cidade.
Além disso, abriga vários edifícios residenciais de alto padrão.)
Avenida Generalíssimo Deodoro – (Via mais movimentada do bairro, abriga muitos
estabelecimentos comerciais, interliga o Umarizal aos bairros de Nazaré e Cremação.)
Avenida Senador Lemos – (Tem início na Avenida Visconde de Souza Franco e interliga o
bairro do Umarizal com os bairros do Telégrafo e Sacramenta.)
Avenida Alcindo Cacela – (Atravessa os bairros do Umarizal, São Brás, Cremação e
Condor.)
Rua da Municipalidade – (Tem início no bairro do Reduto, passando também pelos bairros
do Umarizal e Telégrafo.)
Rua Bernal do Couto – (Cruza a região central do bairro.)
Rua Antônio Barreto – (Liga os bairros do Umarizal e Fátima.)
Travessa Dom Romualdo Seixas – (Homenagem ao bispo e político Romualdo Antônio de
Seixas, nascido em Cametá.)
Travessa Dom Romualdo Coelho – (Homenagem ao bispo Romualdo de Souza Coelho,
também nascido em Cametá, teve papel importante durante a Cabanagem.)
Travessa 14 de Março – (Cruza os bairros do Umarizal, Nazaré e Cremação.)
Patrimônio Histórico
No início do século XX, muitos casarões e palacetes foram erguidos no bairro, em sua
maioria de estilo eclético e neoclássico. Apesar da maior parte dos casarões terem desaparecido
em virtude da expansão imobiliária do bairro, ainda há resquícios desse patrimônio histórico
espelhados em suas ruas largas e movimentadas. Construções históricas que ainda resistem à
ação do tempo e do assédio de construtoras imobiliárias, guardam a memória do antigo Umarizal
da Bellé époque.
Entre as principais construções históricas, estão duas igrejas, a Igreja de São Raimundo
Nonato em estilo gótico datada de 1917 e a Capela da Medalha Milagrosa, Dois prédios
pertencentes à UFPA (Escola de Teatro e Dança e o Instituto de Ciência da Saúde) e um antigo
Cinema, de estilo Art Déco, o antigo Cine São João e mais tarde Cine Art. Na porção ao leste, a
maioria das edificações era de origem fabril, devido à proximidade com o antigo bairro industrial
de Belém, o Reduto. Resquícios deste tempo é um galpão que serviu como depósito de pregos na
Avenida Wandenkolk com a Avenida Senador Lemos, que atualmente funciona um tradicional bar
da cidade.
Vida Noturna
Bairro emblemático das noites belenenses, o Umarizal é referencia turística em Belém
quanto à badalação noturna, abrigando quatro grandes boates, dezenas de bares temáticos e
restaurantes de especialidades variadas. Os principais pontos da agitação noturna estão
localizados em Logradouros da Avenida Almirante Wandenkolk, Avenida Senador Lemos e na Rua
Dom Romualdo Seixas.
Empreendimento em turismo
O Complexo Ver-o-Rio é um dos principais espaços de lazer em Belém, o local é uma das
poucas janelas de acesso aos rios que banham a cidade. Outra atração muito visitada é a Praça
Brasil, local muito frequentado por moradores e alguns turistas nos fins de semana.
Teatro
O Teatro Universitário Cláudio Barradas e a Escola de Teatro e Dança da UFPA estão
localizados no burburinho do Umarizal, o conjunto tem a função de contribuir para as artes
cênicas no Pará. Outro teatro do bairro é a Casa da Atriz, pequeno, porém importante para os
estudos teatrais em Belém.
Museus
O Espaço Cultural Ministro Orlando Teixeira da Costa foi aberto ao público para a
exposição das obras do artista plástico paraense João Carlos Torres da Silva. O espaço possui
trinta e oito obras, entre instalações, gravuras e objetos.
Samba
A principal escola de Samba do bairro é a SRCC Império de Samba Quem São Eles.
Sociedade
A maioria de seus habitantes é de classe média alta com alto poder aquisitivo, nos últimos
anos, áreas próximas a Avenida Visconde de Souza Franco têm atraído empreendimento
imobiliários de luxo, o que contribuiu para a valorização imobiliária e um aumento na construção
de edifícios no bairro. E apesar do Umarizal ser um bairro nobre, ainda há contrastes sociais,
áreas próximas aos bairros do Telégrafo, contrastam com o status de bairro nobre que o Umarizal
recebe.
O Umarizal possui 30.090 habitantes segundo o censo do IBGE de 2010, 56,4% de seus
moradores são do sexo feminino e 43,6% pertencem ao sexo masculino. Em relação à faixa etária,
46,5% dos habitantes são adultos entre 25-59 anos, 40,0% são jovens com até 24 anos e 13,5%
são idosos de 60 anos ou mais. Em relação à renda de sua população residente, 31,5% possui
renda de até 3 salários mínimos, 10,7% (3-5 salários mínimos), 22,3% (5-10 salários mínimos) e
35,4% (mais de 10 salários mínimos).
Moradores Ilustres
No Umarizal nasceram e viveram renomados artistas e intelectuais paraenses, como o
escritor Raymundo Mário Sobral, a jornalista e escritora Eneida de Moraes, o sambista e
compositor David Miguel, o músico Antônio Teixeira do Nascimento Filho (Tó Texeira) e a
educadora Poranga Jucá.
O Umarizal possui três grandes supermercados, um mercado (Santa Luzia), cinco agencias
bancarias, duas escolas particulares, dez escolas públicas, seis farmácias, duas agencias de
correios, uma delegacia e sete hospitais, entre eles: Santa Casa de Misericórdia do Pará (público),
Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti (público), Hospital Geral de Belém (exército), Hospital
Beneficente Portuguesa (particular).
O Marco é um bairro de Belém ,
localizado entre a periferia e o centro,
possui como principais avenidas e ruas a
Av. João Paulo II (antiga Av. Primeiro de
Dezembro - dia em que D. Pedro foi coroado
Imperador Constitucional do Brasil no ano
de 1822), e parte da Av. Almirante Barroso
(uma das principais avenidas de integração
de Belém), entre outras.
http://2.bp.blogspot.com/-4TJIZafz_Zg/TYvMJIhIfDI/AAAAAAAAACM/TosLeYqK27s/s1600/Minhas%2BImagens%2B1.jpg
O bairro é chamado de Marco pelo fato de ter sido considerado a primeira légua de
crescimento de Belém, delimitando a área da cidade. No bairro contém uma Feira (Feira da 25),
essa que possui um monumento do Marco.
O Bosque Rodrigues Alves (um grande jardim
zoobotânico conhecido internacionalmente) também se
localiza no bairro, assim como a sede do Instituto de
Meteorologia em Belém, os Campi II III e V (onde leciona-se
o curso de Medicina) da UEPA (Universidade do Estado do
Pará), a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) e a ADA (Agência de Desenvolvimento da
Amazônia - antiga SUDAM), culturalmente o Marco possui
um teatro, o Teatro do SESI, anexo ao seu complexo
recreativo e esportivo. Há também outros complexos
recreativos e esportivos importantes como o da Tuna Luso Brasileira, além dos estádios do Clube
do Remo e Paysandu Sport Club.
Antônio Lemos, na virada do século XIX para o XX. Lemos, com os recursos propiciados
pelas exportações da borracha amazônica, de fato, remodelou Belém além de planejar o novo
bairro do Marco. Foi iniciada a rede de esgotos, uso de iluminação pública agora elétrica,
mudança dos largos em praças ajardinadas, alargamento dos calçamentos, criação de ruas largas
com 30 e 40 metros foram criadas no bairro.
Nos últimos anos vem sofrendo um intenso processo de verticalização, sendo que a média
de preço do metro quadrado no bairro é a segunda mais cara de Belém; Junto a esta
verticalização o bairro vem experimentando cada vez mais um número maior de casas noturnas e
restaurantes, principalmente na Avenida Primeiro de Dezembro (atual João Paulo II).
QUEM A CONSTRUIU?
A região onde a cidade de Belém está situada era (há muitos anos atrás) originalmente
habitada pelos índios Tupinambá. Foi fundada no dia 12 de janeiro de 1616 pelo capitão
Francisco Caldeira Castelo Branco que, enviado pela coroa portuguesa para defender o território
contra as tentativas de conquista da França, Holanda e Inglaterra, ergueu o Forte do Presépio
(hoje Forte do Castelo).
Inicialmente, a cidade foi chamada de Feliz Lusitânia. Depois ainda foi chamada de Santa
Maria do Grão Pará bem como de Santa Maria de Belém do Grão Pará, até finalmente chegar à
denominação atual de Belém.
Distanciada do resto do país e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a
independência do Brasil apenas em 15 de agosto de 1823, quase um ano depois da declaração.
Entre os anos de 1835 e 1840 Belém é palco da Revolta dos Cabanos (Cabanagem), revolta
considerada de participação mais autenticamente popular da história do país. A única onde a
população realmente derrubou o governo local. Recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por
D. Pedro II do Brasil.
Com o crescimento da importância da borracha (Seringueira - Hevea brasiliensis), que
gerou o chamado ciclo da borracha ou Era da Borracha, entre o final do século XIX e começo do
século XX, Belém atingiu grande importância comercial. Desta época datam construções como o
Palácio Lauro Sodré, Colégio Gentil Bittencourt, Theatro da Paz (1878), Palácio Antônio Lemos e o
Mercado do Ver-o-Peso (1901).
O Mercado do Ver-o-Peso, todo de ferro, foi construído em Londres e Nova Iorque e
transportado aos pedaços para ser instalado no local.
"Não se imagina, no resto do Brasil, o que é a cidade de Belém", escrevia Euclides da
Cunha ao conhecê-la no início do século. "Foi a maior surpresa de toda a viagem", concluiu depois
de muitos elogios.
Belém nasceu sob a influência do Renascimento, que começava a dominar a Europa nos
idos de 1616, quando ela foi fundada. Foi a segunda cidade brasileira, logo depois de Manaus, a
ter luz elétrica nas ruas, bonde e telefone, aproveitando as riquezas que a borracha
proporcionava. Cidade das Mangueiras, cidade do cheiro-cheiroso, cidade das bandeiras
vermelhas (assinalando os pontos de venda de açaí), cidade do Círio de Nazaré, da chuva diária
que limpa as ruas e alivia o calor tropical, cidade de gente hospitaleira. Belém é uma festa para os
olhos e para a alma
INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO
Belém tem uma participação importante na formação cultural do Brasil. Sendo uma das
cidades mais antigas do país, a formação escolar passou a ser preocupação desde o princípio de sua
fundação, tanto que Belém possui o colégio mais antigo e ainda em funcionamento, fundado no país.
Colégio Santo Alexandre
12 de janeiro de 1616...
Como falar de Belém sem
fazer referência a presença dos
jesuítas? O Colégio mais antigo
da cidade, o de Santo Alexandre,
dedicado a Santo Alexandre de
Bergamo, por abrigar relíquias
do santo doadas aos jesuítas
pelo Papa Urbano VIII, foi construído por eles a partir de 1652, quando da vinda dos padres João
de Souto Maior e Gaspar Fragoso para a região.
A princípio construíram um pequeno casebre no local onde mais tarde seria fundado o
colégio. Em estilo maneirista, a construção oficial teve início em 1698, terminando em 1719. Até o
final do século XVII o Colégio possuía uma das maiores bibliotecas do país, contando com um
acervo de 2000 livros, além de oficinas de encadernação, escultura e pintura.
A
documentação
existente
sobre
as
atividades do colégio Santo Alexandre daquele
época são imprecisas, uma vez que nem em seus
arquivos ou nos arquivos da ordem Jesuíta do
Brasil foi possível se levantar muitos dados sobre
este período, ficando a maior parte dos arquivos
sob a guarda do Vaticano, mas até onde se pode
verificar, o Colégio foi local de formação de muitos
dos primeiros brasileiros aqui nascidos, com a
primeira universidade da província, que passou a
funcionar por volta de 1658, com o curso de Filosofia, que tinha em seu currículo as disciplinas
de Física, Elementos de Geometria, Filosofia Racional, Latim, Retórica e Teologia, o que foi de
fundamental importância para o desenvolvimento da região.
Os jesuítas aqui se fixaram com o intuito de catequizar os índios, e usavam das artes e do
teatro para estabelecer as primeiras vias de comunicação. No início do século XVIII o padre João
Xavier Trael dirigiu uma oficina de escultura no colégio, e ensinou aos indígenas as artes deste
ofício. A forte tendência das culturas indígenas em trabalharem com a produção de artefatos foi
uma porta de entrada para esta troca cultural.
As obras produzidas por eles foram admiradas no passado, como se vê pela fala do padre
jesuíta João Daniel, neste trecho de uma crônica do século XVII:
"No Colégio dos Padres da Companhia, na cidade do Pará,
estão uns dois grandes anjos por toucheiros, com tal perfeição, que
servem de admiração aos europeus, e são a primeira obra que fez
um índio daquele ofício, e se a primeira saiu de tal primor, que
obras primas não faria de dar anos no ofício?".
Em 1759 a história do Colégio foi interrompida, com a expulsão dos Jesuítas pelo então
Marques de Pombal, o déspota, e a construção passou a ser o palácio dos bispos da então
província de Santa Maria de Bélem do Grão-Pará.
Somente no século XX, o hoje então chamado complexo Santo Alexandre passou por uma
grande reforma foram transformados no Museu de Arte Sacra do Pará, que além da arquitetura
barroca,
exibe uma rica coleção de pinturas e esculturas dos séculos XVII e XVIII, de toda a
região amazônica. O Colégio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional - IPHAN, em 1941. O Papa João Paulo II ao visitar o Brasil em 1980, quando de sua
passagem pela cidade de Belém, ficou hospedado no convento da igreja de Santo Alexandre, que
no período abrigava a sede do arcebispado da capital do Estado.
Na igreja de Santo Alexandre ocorrem missas regularmente, ficando aberta durante todo o
dia para visitação. Ali também é realizada uma extensa programação cultural, com concertos de
música, teatro e outros eventos.
Fonte: http://www.jesuitasamazonia.org.br/?page_id=47 acesso em 10/02/2015.
Colégio Estadual "Paes de Carvalho"
é uma instituição pública de renome e respeito nacional. Fundado no dia 28 de Julho de 1841
pelo então presidente da província do Pará, Bernardo de Souza Franco, com denominação de
Liceu Paraense. Na república tomou nome de Ginásio "Paes de Carvalho", substituído por Ginásio
Paraense depois da Revolução de 1930, para mais tarde se transformar em Colégio Estadual, em
cumprimento à lei federal que trasnformou os antigos ginásios em colégios. É hoje a terceira
instituição pública de ensino mais antiga em funcionamento do Brasil e a mais tradicional do
Estado do Pará. Com 168 anos de história, formou os principais nomes da história da capital e do
estado do Pará.
O Colégio Estadual Paes de Carvalho é a instituição de ensino mais antiga do estado do
Pará e uma das mais antigas em funcionamento no Brasil. Fundado há mais de 170 anos o Paes
de Carvalho e o colégio mais tradicional do estado. Estudaram na instituição os melhores
professores do estado, deputados estaduais e federais, senadores, ministros e governadores. O
colégio tem hoje mais de mil e seiscentos alunos e ainda mantem suas regras rígidas como as do
uniforme em que as meninas vestem meias brancas e saias de pinça azul marinho com camisa
branca e escadas que separam meninos de meninas. Porém, falta de conservação deixa o prédio a
mercê do tempo. Ainda conserva sua fachada imponente na Praça da Bandeira, no bairro do
Comércio. É focado no ensino médio regular e funciona nos três turnos.
o "Paes de Carvalho" é uma instituição de ensino médio regular, funcionando em três
turnos, das 7h30 as 22h, onde estudam 1.846 alunos, distribuídos em 50 turmas: 24 no turno da
manhã, 20 no turno da tarde e 6 no turno da noite. Sua atual diretora é a professora Maria do
Socorro Telles Maciel, no cargo desde 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colégio_Estadual_Paes_de_Carvalho
Colégio Gentil Bittencourt, 202 anos. O Colégio mais antigo em funcionamento do Brasil.
Um patrimônio histórico desconhecido por
muitos, inclusive pelos próprios paraenses. Trata-se
de um orgulho para a educação paraense ter um
colégio tão conceituado e tradicional como o Colégio
Gentil Bittencourt, localizado no bairro de Nazaré.
Voltado para o ensino católico, o Colégio Gentil
Bittencourt é dirigido pela Associação Beneficiente
das Filhas de Sant'Ana em Belém, e mantido pela
Congregação das Irmãs Filhas de Sant'Ana na Itália,
tratando-se do primeiro colégio que esta organização
dirige fora da Itália.
O construtor Dr. Felinto Santoro, arquiteto italiano foi o responsável pelo início das
atividades do Colégio Gentil Bittencourt em 10 de junho de 1804, por iniciativa do 7º Bispo do
Pará, D. Manoel de Almeida Carvalho. Em 02 de novembro de 1851, com a promulgação da Lei
205. O governo se responsabilizou pela manutenção do asilo com a denominação de “Colégio
Nossa Senhora do Amparo”, em 1865 o presidente da província Dr. José Paes de Carvalho
decretou a mudança da denominação Colégio Nossa Senhora do Amparo para o de “Instituto
Gentil Bittencourt” em homenagem ao Dr. Gentil Augusto de Morais Bittencourt em serviços
prestados a causa pública no cargo de vice-governador.
Jardim principal de acesso
O Colégio mantém toda a sua linha
arquitetônica de 202 anos passado, sendo
que nunca fechou as portas, a não ser pelas
duas grandes reformas que o colégio passou
em 1905 e em 1994, tornando-se o colégio
mais antigo do Brasil com 202 anos de
atividades ininterruptas.
Instituto de Educação estadual do Pará (IEEP)
foi fundado em 1871 como a primeira escola normal na gestão do então governador
Machado Portela, presidente da província do Pará, e é um dos colégios mais antigos do Brasil
Joaquim. A conquista da profissionalização iniciada com a escola normal significou um
importante avanço da instituição pública no estado do Pará.
No final de janeiro de 1947, a escola passou a ser chamar Instituto de Educação do Pará
(IEP), hoje Instituto Estadual de Educação do Pará (IEEP). O instituto entra em um novo período
com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que retomou o ensino médio e a
modalidade normal. É o segundo colégio mais antigo do estado do Pará, perdendo apenas para
o Colégio Estadual Paes de Carvalho, que foi fundado em 1841.
Sua formação durante muitos anos era voltada para o magistério, mas desde 2002, o
colégio também atende alunos do ensino médio regular. Hoje tem status de boa escola pública,
possuindo 259 troféus em sua vitrine de canto orfeônico, teatro, banda marcial e grupo folclórico,
entre outras premiações e homenagens.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?s=3c2527a3c4c68455ff54e146733b9688&t=56
0195 . visualizado em 03/03/2015.
Escola Augusto Montenegro
Foi fundada em 26 de Junho de 1936 e está localizada na Rua Magno de Araújo, 36, bairro
do Telégrafo, município de Belém. Possui 22 salas de aula, biblioteca, sala de informática,
laboratório multidisciplinar, refeitório e quadra de esportes. Estamos comemorando 76nos de
fundação.
O Colégio Santa Catarina de Sena é um colégio de biculturalismo ítalo-brasileiro. Situado em
um histórico e bem conservado prédio de Belém. É uma escola brasileira, fundada em 7 de
outubro de 1903, pelas irmãs italianas da Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina
de Sena, fundada pela beata Madre Savina Petrilli, e primeira escola da congregação no Brasil.
Logo a sua chegada, as irmãs deram início às atividades de formação cristã, alfabetização e
trabalhos manuais para crianças pobres, na própria casa em que residiam.
Em 30 de junho de 1931, teve início o curso Comercial Básico e, atualmente funciona com
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O Colégio foi fundado em 1903, com a chegada das irmãs missionárias a Belém, vindas da Itália,
pertencentes à Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, fundada por Me.
Savina Petrilli. Quando as 06 missionárias (Celestina Lemmmi, Edvirge Pescucci, Gesuina
Nutarelli, Cristina Daddi, Tecla Doro e Cândida Mainard) aqui chegaram, imediatamente, deram
início às atividades de formação cristã, alfabetização e trabalhos manuais para as crianças pobres
na própria casa em que residiam na Av. Generalíssimo Deodoro, esquina com a Gentil
Bittencourt. Em 12 de abril de 1904, a escola já contava com 513 alunas matriculadas, exigindo à
procura de um prédio maior. Foi então que ocuparam uma casa na Av. Nazaré nº 108, onde hoje
está instalado o Colégio Santa Catarina de Sena. Para satisfazer as exigências do ensino daquela
época, o colégio iniciou o curso Comercial Básico sob o decreto nº 20.151 de 30 de junho de 1931.
A cada ano, para satisfazer a exigência do mercado, lançava novos cursos profissionalizantes e
hoje funciona com a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Berço de Belém
A iniciativa de um Frade Jesuíta, na cidade de Belém, mobilizou políticos, entidades,
associações e o povo de modo geral, para a construção desta, que foi a maior obra de assistência
social da época. O nome deste bem-feitor era Pe. José Torres S. J. e a sua obra: o Berço de Belém.
A Entidade foi fundada no dia 01 de Julho de 1950 e, na época dedicava-se à oferta de
enxovais aos recém nascidos de mães indigentes e no mesmo ano, no natal, foram distribuídas
roupas, leite, farinha e brinquedos a mais de 250 criancinhas. Neste mesmo ano no dia 20 de
Novembro de 1950 a instituição foi registrada como Berço dos Pobres e um ano depois veio a
adquirir o nome que hoje carrega: "Berço de Belém".
Em 20 de Dezembro de 1953 foi inaugurada oficialmente a Creche com suas primeiras 10
crianças, tendo como objetivo cuidar dos filhos das mães domésticas e operárias, atualmente esse
número é de 100 crianças atendidas. Foi também neste ano de 1953 que as Irmãs da
Congregação do Preciosíssimo Sangue assumiram a direção da Associação. Outra data marcante
foi a criação da Escola Berço de Belém, em 1961, tendo sido nomeada como diretora a Ir.
Arminda, pertencente à congregação do Preciosíssimo sangue de Jesus. A intenção inicial de Pe.
Torres foi a de fazer um hospital infantil, mas, em conversas com o seu irmão médico que então
residia no Rio de Janeiro, concluiu que tal iniciativa seria inviável. No dia 12 de março de 1961
foram inauguradas as cinco primeiras salas da escola primária, com 175 carteiras doadas pelo
Lions Clube.
Em 06 de Outubro de 1969 falece, em Recife, Pe. Torres, idealizador e fundador do Berço
de Belém. Instituição que recebeu por três vezes o título de Utilidade Pública pela Prefeitura de
Belém. No entanto, apesar de sua morte, Pe. Torres vive nos corações das pessoas que com ele
conviveram e nas crianças que ajudou a livrar do triste destino do abandono e da miséria. Sua
obra será sempre lembrada por aqueles a quem amou e foi amado. Exemplo de responsabilidade
social e de amor cristão.
http://www.bercodebelem.com.br/conteudo.php?go=12&arquivo=historia.html
NOMES ILUSTRES
Raimundo Roberto Morhy Barbosa (Belém, 27 de fevereiro de 1955), mais conhecido
como Beto Barbosa, é um cantor e compositor brasileiro. Considerado o Rei da Lambada, surgiu
na década de 1980. Famoso compositor de "Adocica", um de seus grandes sucessos que vendeu
cerca de três milhões de cópias. Ao longo de sua carreira, gravou 10 LPs e 11 CDs. Ganhou
diversos prêmios, como o Troféu Imprensa.
Carlos Augusto Carvalho Pereira, conhecido como Cacá Carvalho, (Belém, 24 de abril de
1953) é um ator brasileiro. Inicia suas atividades teatrais junto à Universidade de Belém do Pará,
entre 1968 e 1969, participando dos grupos Teatro Experiência e Barca da Cultura da Amazônia.
Em São Paulo faz dois anos de formação no Piccolo Teatro. Novamente em Belém, com Aderbal
Freire Filho (Aderbal Júnior), participa de um espetáculo com textos de Qorpo Santo.
Celice Pinto Marques da Silva (Belém do Pará, 1964), 1,80 m de altura, é médica e
empresária que venceu o Miss Pará com 18 anos de idade e, em seguida, o Miss Brasil em 1982,
derrotando outras 26 candidatas no dia 26 de junho de 1982 na capital paulista.
Fafá de Belém, nome artístico de Maria de Fátima Palha de Figueiredo (Belém, 9 de
agosto de 1956), é uma cantora brasileira, que começou sua carreira musical fazendo pequenas
apresentações em eventos. Fafá ganhou reconhecimento nacional quando, em 1975, a música
"Filho da Bahia", cantada por ela, foi introduzida na trilha sonora da telenovela Gabriela.
Gaspar de Oliveira Viana (Belém do Pará, 11 de maio de 1885 — 14 de junho de 1914) –
foi um médico patologista e pesquisador brasileiro, seu trabalho mais importante foi à descoberta
da cura para a leishmaniose, que ajudou a salvar a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro1
, Gaspar Viana foi um dos maiores pesquisadores do ramo da medicina, o que lhe dá até os dias
de hoje um grande reconhecimento, e prestígio que o fazem figurar ao lado de grandes nomes da
história da medicina Brasileira, com Carlos Chagas, Oswaldo Cruz e Vital Brazil. No Pará, vários
monumentos e logradouros levam o seu nome como o Hospital das Clínicas Gaspar Viana2 , a Rua
Gaspar Viana e o Laboratório Gaspar Viana.
Jane Duboc Vaquer (Belém, 16 de novembro de 1950) é uma cantora e compositora
brasileira. Aos treze anos de idade Jane Duboc já fazia apresentações filantrópicas no colégio onde
estudou, na televisão e em festivais. Em Belém, formou o conjunto Ilusão e, quando morou em
Natal, o Quarteto das Tri, cujo nome se deve ao fato de todas as integrantes terem sido tricampeãs
nos esportes (era um conjunto que imitava o Quarteto em Cy). Atuou muito como esportista,
ganhando muitas medalhas em competições estaduais de natação, voleibol, tênis e tênis de mesa.
Pelas qualidades esportivas, a Assembléia Legislativa de Belém criou o Prêmio Jane Duboc Vaquer
para incentivar todos os esportistas paraenses.1 2
Lúcio Mauro, nome artístico de Lúcio de Barros Barbalho, (Belém do Pará, 14 de março
de 1927) é um ator brasileiro. Atua principalmente como ator de comédias. Iniciou sua carreira
artística no Recife na companhia de teatro de Mário Salaberry e, com seu falecimento em
acidente, participou da companhia de teatro de Barreto Júnior e depois entrou para o elenco da
Rádio Clube de Pernambuco e depois da TV Rádio Clube. Aí fez seu primeiro programa de humor,
contracenando com José Santa Cruz. Nessa época, casou-se com Arlete Salles. Com ela, mudouse para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi e dali para a TV
Globo.
Leila Toscano Pinheiro é uma cantora, compositora e pianista brasileira. Iniciou-se no
estudo de piano aos dez anos, no Instituto de Iniciação Musical. Em 1974, Leila desiste das aulas
teóricas de música e passa a estudar piano com um conterrâneo, Guilherme Coutinho, músico de
talento e presença importante no cenário musical de Belém. Ganhou o prêmio de cantorarevelação no Festival dos Festivais (TV Globo, 1985), onde interpretou a canção Verde, que foi
classificada em terceiro lugar consecutivo e é o primeiro sucesso radiofônico. Colecionando muitos
prêmios, a partir daí prosseguiu com uma carreira nacional e internacional de grande sucesso.
Norton Nascimento (Belém, 4 de janeiro de 1962 — São Paulo, 21 de dezembro de 2007)
foi um ator brasileiro. O ator iniciou sua carreira na televisão na novela Os Imigrantes, exibida na
Rede Bandeirantes em 1981, ao mesmo tempo que jogou basquete profissionalmente, o que faria
até os 27 anos. Só teria destaque na televisão ao participar da minissérie Agosto e da novela Fera
Ferida, de Aguinaldo Silva, ambas em 1993, na Rede Globo. Logo se seguiriam outros papéis de
destaque, como nas novelas A Próxima Vítima (1995) e A Padroeira (2001). Participou também da
telenovela Maria Esperança, exibida em 2007 pelo SBT, seu último trabalho na televisão.
Rosamaria Murtinho, cujo nome completo é Rosa Maria Pereira Murtinho, (Belém, 24 de
outubro de 1935) é uma atriz brasileira. É casada com Mauro Mendonça com quem tem três
filhos homens, sendo que um deles, Mauro Mendonça Filho, é diretor da Rede Globo.
Euclides Vital Porto Lima (Belém do Pará, 23 de julho de 1955) é um compositor e
intérprete brasileiro. Em 1974 participou do 1º Festival de Música e Poesia Universitária, em
Belém, ao lado de Fafá de Belém que interpretou uma de suas músicas. Vital percorreu várias
capitais brasileiras como participante do Projeto Pixinguinha, ao lado de artistas como Carmélia
Alves, Antonio Adolfo, Fafá de Belém e Belchior. Mais tarde dividiu o palco do projeto 'Seis e Meia'
com Emílio Santiago. Com Nilson Chaves realiza vários espetáculos em cidades brasileiras que
acabam motivando o convite da gravadora VISOM para a gravação do LP 'Interior', em 1986, que
se tornaria um grande sucesso da dupla no Norte do país.
Carlos Nilson Batista Chaves (Belém do Pará1 , 8 de novembro de 1951) é um
instrumentista (violista), cantor e compositor brasileiro .Eternizou-se em sua terra natal pela
canção "Sabor Açaí". Sendo um dos cantores paraenses mais conceituados no mercado
internacional, confessa seu orgulho de ser um artista genuinamente amazônico. Nilson Chaves
tem parceiros por todo Brasil, dentre eles o compositor maranhense Jamil Damous, e construiu
muitas amizades ao longo de 50 anos de existência que se traduzem em algo importante em sua
vida. Foi por saudades dos amigos que ele começou a cantar o Pará, à época em que morava no
Rio de Janeiro. Daí a marca de suas músicas influenciada pelas misturas de ritmos paraenses e
por colegas, também paraenses, nacionalmente conhecidos. Foi Sebastião Tapajós, paraense
conhecido internacionalmente, principalmente na Alemanha, quem lhe ensinou a aprimorar as
técnicas de violão. Lenine, Chico César e Flávio Venturini o influenciaram também contribuindo
para a sua formação musical. Atualmente é presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo
Neves (FCPTN).
Roberto Gentil Nogueira de Freitas (Belém do Pará, 13 de maio de 1953), conhecido como
Bob Freitas, é um arquiteto, compositor, arranjador, violonista e guitarrista brasileiro. Estudou
iniciação musical com o professor Adelermo Matos, no extinto conservatório de Belas Artes do
Pará, violão popular com o prof Tó Teixeira, improvisação com os prof. Elias Salgado, Lucio
Canello e Nelson Faria e arranjo com os profs. Jeff Gardner e Laércio de Freitas, o tio. Fundador
do grupo teatral paraense "Experiência", atuou como ator e músico na peça "Os Viajantes" de
Isabel Câmara e no espetáculo musical "Happening", de criação coletiva do grupo. Trabalha
atualmente na produção do projeto musical "Guitarra Cabocla", em parceria com o prof. Ziza
Padilha, que, de forma sistematizada, propõe-se a resgatar, verticalizar e disseminar, até como
forma de linguagem, uma maneira muito particular de tocar guitarra, aprofundando o estudo das
influências latina e caribenha que caracterizam o trabalho de velhos e consagrados mestres
paraenses como Vieira, Solano, Curica, Aldo Sena e muitos outros. Paralelamente ao exercício da
música profissional, Bob, que também é arquiteto e urbanista com atuação initerrupta desde
1976, assina a autoria de mais de duas centenas de projetos, construídos em quase todas as
grandes cidades brasileiras, abrangendo sedes institucionais, agências bancárias, galerias de
lojas, urbanização de glebas, empreendimentos habitacionais, escloas, lojas em shopping centers,
etc.
Waldemar Henrique da Costa Pereira (Belém do Pará, 15 de fevereiro de 1905 — Belém,
29 de março de 1995), foi um maestro, pianista, escritor e compositor brasileiro. Artista símbolo
do Pará, tanto que a cidade de Belém possui uma praça e um teatro que levam seu nome..
Waldemar Henrique era filho de um descendente de portugueses e de indígenas. Depois de perder
a mãe muito cedo, foi com o pai para Portugal, retornando ao Brasil em 1918. A partir de então
viajou pelo interior da Amazônia, época em que travou contato com os elementos da cultura e do
folclore amazônicos que seriam mais tarde característicos de sua obra musical. A primeira música
de sucesso de Waldemar Henrique foi Minha Terra, composta em 1923. Em 1929 estudou no
Conservatório Carlos Gomes. Sua família era contra, e seu pai insistiu para que ele se desviasse
de sua vocação empregando-o num banco. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1933, onde
estudou piano, composição, orquestração e regência. Suas obras têm principalmente como tema o
folclore amazônico, indígena, nortista e brasileiro. Waldemar Faleceu em 29 de Março de 1995 aos
90 anos.
Walter Bandeira foi um destacado artista paraense. Cantor, locutor, pintor, ator,
professor, bacharel em Filosofia e poliglota fluente em francês, surgiu no cenário cultural
paraense na década de 1960. Filho da professora Risoleta Bandeira e irmão do notável jornalista e
também cantor Euclides "Chembra" Bandeira. Começou cantando por volta de 1967/68 numa
boate chamada Tic Tac e acompanhou o início da carreira de cantoras do primeiro time da MPB,
como Fafá de Belém, Jane Duboc e Leila Pinheiro. Gravou poucos discos e não nutria maiores
ambições de sair de Belém e ganhar o mundo. O universo de Walter era o Pará. Nos últimos anos
era professor de voz e dicção da Escola de Arte e Dança da Universidade Federal do Pará. Em
2009 Walter Bandeira teve seu primeiro registro em CD concluído. A obra intitulada "Guardados
& Perdidos" foi a síntese de uma desejo cultivado com o amigo e pianista Paulo José Campos de
Melo, e traz composições de Chico Buarque, João Bosco, Jaques Brél e do próprio Walter com a
música que deu nome ao CD. Walter recebeu o CD de sua produção com muita euforia, porém
não teve tempo de fazer seu show de lançamento. Faleceu em Belém, no dia 2 de junho de 2009.
Tinha 67 anos de idade.
Alcyr Guimarães Sequeira (Belém, 28 de agosto , filho de Antonio Sequeira, português e
Nazilda Guimaraes Sequeira. Músico consagrado nacionalmente, Medico Virologista, Professor
Universitário, Pesquisador da OMS. Toca vários instrumentos musicais, tais como Cavaquinho,
Violão, Piano, Gaita, Contrabaixo, Viola, Bandolim, Guitarra e Tamborim. Lecionou na
Universidade Federal do Pará e foi pesquisador da Organização Mundial da Saúde (Projeto
Mefloquina). Compositor em parceria com Vital Farias, tocou com grandes artistas nacionais como
Sivuca, Hermeto Pascoal, Geraldo Azevedo, Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Emilio Santiago,
Marquinho Sathan entre outros grandes nomes. Gravou 26 discos no Brasil, 3 na Alemanha, 2 na
Holanda e 2 DVDs na Inglaterra. Gravadas 535 composições autorais entre sambas, sambas
enredo , xotes, boleros, valsas, MPB, bois, salsas e rumbas entre outros. Casado e apaixonado por
sua musa Cika Guimarães! Tem quatro filhos amados Bianca, Fernanda, Daniel e William!
Apresentou-se nas Américas em quase toda Europa e em alguns países da África, onde teve a
grande honra de tocar com a inesquecível cantora africana Cezaria Evora, na cidade de Cabo
Verde. Atualmente aposentado da medicina e da docência, como o próprio artista diz, hoje é uma
Cigarra Feliz, vive para a música e para a família!
MARGARIDA SCHIVASAPPA, filha do comerciante italiano Henrique Schivasappa e da
soprano Carina da Costa Schivasappa, Margarida nasceu na casa número 9 da Rua Nove de
Santana, conhecida hoje por Rua Senador Manoel Barata, no dia 10 de novembro de 1895.
Cantora, professora e folclorista, nasceu em Belém e estudou no Instituto Carlos Gomes...
Guilherme Coutinho nasceu em 20 de abril de 1942 em Belém do Pará. Foi arranjador,
cantor, compositor e pianista. Começou a tocar aos cinco anos de idade e, aos dezessete, já
integrava o grupo ‘’Os Mocorongos’’ e ‘’Os Iguanos’’. Logo se tornou um dos principais músicos
destes grupos, tocando em diversas casas noturnas de Belém. Em determinado período, fixa-se na
Assembleia Paraense, tornando-se uma das figuras mais importantes da história do clube.
Grande músico, Guilherme recebia muitos elogios de vários artistas nacionais que
acompanhavam a sua carreira ou que simplesmente o viam tocar. Foi diretor musical do primeiro
show profissional de Leila Pinheiro, no Theatro da Paz. Os dois últimos shows de Coutinho
ocorreram em uma sexta-feira, 19 de agosto de 1983, no Theatro da Paz, pelo Projeto Pixinguinha
e na antiga boate Gemini Blues. Na manhã do sábado, 20 de agosto, Guilherme Coutinho morreu
vítima de um ataque cardíaco.
ESCRITORES NASCIDOS EM BELÉM DO PARÁ
Osvaldo
Orico, Paes
Loureiro, Paulino
de
Brito, Rodrigues
Pinagé, Ruy
Laredo, Sylvia Helena Tocantins, José Ildone, Sultana Levy Rosemblatt
Barata, Salomão
Walcyr Monteiro (Belém do Pará, 27 de janeiro de 1940-) é um escritor, jornalista e
sociólogo brasileiro.
Nasceu em Belém em 27 de janeiro de 1940, Exerceu várias funções: Jornalista profissional,
trabalhou e/ou colaborou em diversos jornais e revistas, destacando-se Jornal do Dia, A Província
do Pará, Folha do Norte, O Liberal, Nosso Jornal, O Jornalista, PQP, Nosso Pará e Ver-o-Pará.
Professor de Ensino Médio e Superior, foi também Assessor Técnico da Secretaria de Cultura,
Desportos e Turismo do Estado do Pará - SECDET (1983 - 1985); Assessor da Presidência (1983),
Assessor de Planejamento (1983 - 1985 e 1991 – 1994), Diretor do Departamento Fundiário (1985
- 1987) e Presidente (1987 – 1990) do Instituto de Terras do Pará - ITERPA . A par das atividades
exercidas, proferiu conferências e palestras sobre temas empresariais, históricos, folclóricos e
fundiários em cursos, simpósios, seminários, congressos e outros eventos para as mais variadas
organizações e entidades e em inúmeros estabelecimentos de ensino em Belém, no interior do
Pará, em outros Estados e, em maio de 2001, em Portugal e na Ilha da Madeira. Seu livro
Visagens e Assombrações de Belém já foi utilizado como base para produção do roteiro do longametragem Lendas Amazônicas (1998), e o curta-metragem Visagem (2006).
Benedito José Viana da Costa Nunes (Belém, 21 de novembro de 1929 - Belém, 27 de
fevereiro de 2011) foi um filósofo, professor, crítico de arte e escritor brasileiro. Foi um dos
fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada à Universidade Federal do Pará
- UFPA. Ensinou literatura e filosofia em outras universidades do Brasil, da França e dos Estados
Unidos. Escreveu artigos e ensaios para jornais e publicações locais, nacionais e internacionais.
Aposentou-se como professor titular de Filosofia na UFPA4 , tendo recebido o título de Professor
Emérito em 1998. No mesmo ano, foi um dos ganhadores do Prêmio Multicultural Estadão. Foi
membro fundador da Academia Brasileira de Filosofia (1989).
É autor de O drama da Linguagem, uma leitura de Clarice Lispector; O tempo na narrativa;
Introdução à Filosofia da Arte; O dorso do tigre (ensaios literários e filosóficos); João Cabral de Melo
Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil); Oswald Canibal (Coleção Elos); Passagem para o
poético; A filosofia contemporânea; No tempo do niilismo e outros ensaios e Crivo de Papel (ensaios
literários e filosóficos). Benedito Nunes recebeu duas vezes o Prêmio Jabuti de Literatura: em
1987, pelo estudo da obra de Martin Heidegger que culminou em Passagem para o Poético; e em
2010 pela crítica literária A Clave do Poético.5 Também em 2010 foi agraciado com o Prêmio
Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra.
Bento Bruno de Menezes Costa ou simplesmente Bruno de Menezes, (Belém, 21 de
março de 1893 — Manaus, 2 de julho de 1963), foi um escritor brasileiro. Ele nasceu no bairro do
Jurunas, em Belém do Pará. Filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Balbina Maria da
Conceição Menezes. Foi patrono da cadeira nº 2 do Instituto Cultural do Cariri, com posse em
1967. Fundou em 1923, a revista Belém Nova. Em 30 de maio de 1944 se tornou membro da
Academia Paraense de Letras, ocupando a cadeira de Natividade Lima, da qual chegou à
presidência. Poeta e folclorista, foi uma espécie de anunciador do modernismo em Belém. Sua
poesia canta a raça negra, a cidade que o tempo levou, as tradições e o amor.
A necessidade de inserir a literatura local paraense no contexto modernista nacional levou
Bruno de Menezes a promover vários debates sobre a renovação literária no Pará. Sua inquietação
contagiou alguns intelectuais nativos que produziram obras que dialogaram com a corrente
modernista brasileira. Nessa esteira, os modernistas paulistas vieram apenas trocar experiências
literárias na Amazônia. Interesses pessoais. Em 1923 funda a revista "Belém Nova", que abrigará
trabalhos tanto dos modernistas como de antigos companheiros. Seu ideal no Pará o levou, na
juventude, a formar com outros companheiros o grupo "Vândalos do Apocalipse" e, mais tarde, o
grupo "Peixe Frito", deste último fazendo parte Dalcídio Jurandir e Jacques Flores, entre outros de
sua geração. Bruno de Menezes. era membro; ao mesmo tempo, da formal Academia Paraense de
Letras e da informalíssima Academia do Peixe Frito, uma mesa em torno da qual os amigos
conversavam sobre a vida e comiam peixe frito.
Faleceu aos setenta anos de idade, de infarto no miocárdio. Seu corpo foi velado na sede da
Academia Amazonense de Letras, chegando em Belém no dia 3 de julho, no dia 4 de julho foi
sepultado no cemitério de Santa Izabel. www.escritas.org/pt/biografia/bruno-de-menezes, ACESSO
EM 11/01/2015.
Olga Savary nasceu em 21 de maio de 1933, em Belém, Pará. Faleceu em Manaus em 02
de julho de 1963. Jornalista, poeta, romancista. Seu primeiro livro, Espelho provisório, foi lançado
em 1970, merecendo o Prêmio Jabuti de Autor Revelação. Participou de diversas instituições
ligadas à literatura e à liberdade de expressão, tendo presidido o Sindicato de Escritores do Rio de
Janeiro, entre 1997 e 1998. Em sua poesia radicalmente feminina, o vigor poético se alia a um
profundo senso de brasilidade. Em 2000, com a comemoração dos 500 anos do Brasil, a
Biblioteca Nacional em parceria com a Universidade de Mogi das Cruzes homenageou-a com a
edição de suas poesias na obra Repertório Selvagem. Segundo o crítico Felippe Fortuna, “ao
estrear numa década violenta da história política do país, Olga Savary atravessou-a com a
delicadeza de uma linha d’água no papel, sem se permitir a poesia engajada: ela é, de fato, poeta
dos elementos, das formas naturais, das pequenas elegias”. Alguns de seus livros de poemas:
Sumidouro (1977), Altoonda (1979), Magma (1982), Linha d’água (1987), Retratos (1989), Morte de
Moema (1996), entre outros. e uma reunião de contos, O olhar dourado do abismo (1997).
Inglês de Sousa (Herculano Marcos I. de S.), advogado, professor, jornalista, contista e
romancista, nasceu em Óbidos, PA, em 28 de dezembro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ,
em 6 de setembro de 1918. Compareceu às sessões preparatórias da criação da Academia
Brasileira de Letras, onde fundou a Cadeira nº 28, que tem como patrono Manuel Antônio de
Almeida. Na sessão de 28 de janeiro de 1897 foi nomeado tesoureiro da recém-criada Academia de
Letras. Fez os primeiros estudos no Pará e no Maranhão. Diplomou-se em Direito pela Faculdade
de São Paulo, em 1876. Nesse ano publicou dois romances, O cacaulista e História de um
pescador, aos quais seguiram-se mais dois, todos publicados sob o pseudônimo Luís Dolzani.
Com Antônio Carlos Ribeiro de Andrade e Silva publicou, em 1877, a Revista Nacional, de
ciências, artes e letras. Foi presidente das províncias de Sergipe e Espírito Santo. Fixou-se no Rio
de Janeiro, como advogado, banqueiro, jornalista e professor de Direito Comercial e Marítimo na
Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais. Foi presidente do Instituto dos Advogados
Brasileiros. Foi o introdutor do Naturalismo no Brasil, mas seus primeiros romances não tiveram
repercussão. Tornou-se conhecido com O missionário (1891), que, como toda sua obra, revela
influência de Zola. Nesse romance, descreve com fidelidade a vida numa pequena cidade do Pará,
revelando agudo espírito de observação, amor à natureza, fidelidade a cenas regionais.
Max Martins nasceu em Belém do Pará em 1926. Autodidata, trabalhou no Instituto
Medicamenta Fontoura como chefe de escritório em Belém; no Ministério da Saúde-SUCAM, como
inspetor administrativo; e desde 1991 é diretor da Casa da Linguagem, da Fundação Curro Velho,
em Belém. Escolhido patrono da IV Feira do Livro Pan-amazônico, novembro a dezembro de 1999,
em Belém do Pará, promoção da Secretaria de Cultura. www.culturapara.art.br/maxmartins
Raimundo Alonso Pinheiro Rocha nasceu em Belém em 15 de dezembro de 1926 e
morreu em 23 de fevereiro de 2010, filho do poeta Rocha Júnior e Adalgiza Guimarães Pinheiro
Rocha. Foi casado com Rita Ferreira Rocha e pai de cinco filhos: os médicos Sérgio Alonso e
Nelson Alonso, Ângela Rosa (arquiteta), Geraldo Alonso (engenheiro elétrico e eletrônico) e Ronaldo
Alonso (falecido em 1977). Conhecido como príncipe os poetas, Raimundo ocupou a cadeira
número 32 da Academia Paraense de Letras desde 22 de novembro de 1996, eleito em sucessão a
Olavo Nunes e Bruno de Menezes, tendo como patrono o poeta Natividade Lima, participou da
diretoria da Academia desde o ano de 1996, ininterruptamente, com mandato até 2.010. Por
profissão, trabalhou como bancário, atuando também no sindicalismo no período de 1954 a 1976,
tendo sido diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e membro-fundador da Federação dos
Bancários do Norte-Nordeste. Como sonetista, foi apontado como um dos melhores dos últimos
tempos e um dos maiores dos últimos 50 anos do Pará. Poeta eclético, não aprisionado a escolas e
sem preconceito com qualquer forma de manifestação poética, Alonso Rocha foi dinâmico
colaborador da gestão e representatividade da Academia Paraense de Letras. Sua derradeira
participação em atividades literárias aconteceu em 2009 em Belém representando a Academia
Paraense de Letras como Júri do II Prêmio AP de Literatura, da Assembleia Paraense.
Ronaldo
Sérgio
Batista
Franco
nasceu
em
Belém.
Jornalista
por
excelência, é considerado pela intelligentsia paraense como um artesão das palavras. Um
trabalhador sem relógios. Sobrevivente dos abscessos da desinteligência. E continuo aprendiz que
em dezembro de 2009 completou 61 anos, dos quais mais da metade dedicado a poesia. Ronaldo,
conhecido por todos os amantes da poesia como "Poetinha" – codinome criado pelo jornalista Elias
Pinto. Por amor a poesia: desde 2004 Ronaldo tem uma celebrada página no caderno "Por Aí" do
jornal "Diário do Pará". O poeta Ronaldo Franco pode ser lido e admirado por meio de seu
visitadíssimo blog de variedades, que responde por informações das artes paraoaras – e
principalmente das artes belemitas – lugar que o poeta publica seus poeminhas, mistura-se com
os normais. É o caderno eletrônico (- visível -) de todas as raças multiculturais, posto que com
simplicidade e sem veneno, repassa aos internautas as dicas dos movimentos de todos os palcos
de nossa literatura, música, teatro, política, esporte, bem como a cultura do Brasil e do mundo.
Age de Carvalho nasceu em Belém do Pará, em 1958. Concluiu seus estudos primário e
ginasial no Colégio Moderno, em Belém, e se formou em Arquitetura pela Universidade Federal do
Pará em 1981. Lançou seu primeiro livro de poemas, Arquitetura dos Ossos, em 1980. Editou a
página de poesia Grápho nos jornais paraenses A Província do Pará e O Liberal entre 1983-85,
atuando também como tradutor. Passa o ano de 1984 em Innsbruck, Áustria. No final de 1986
retorna à Europa para se fixar em Viena. De 1991 a 2000 vive em Munique, Alemanha, e a partir
deste ano muda-se definitivamente para Viena, na Áustria, onde hoje reside. Age de Carvalho
tornou universais os quintais e as ruas de Belém. Isso o faz, nestes poemas, traçar sua biografia.
Uma biografia poética em que o eu-lírico esconde-se atrás de uma hermética máscara de palavras.
Seus poemas foram incluídos em importantes antologias de poesia contemporânea brasileira,
como Artes e Ofícios da Poesia (Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1991) e Nothing the sun could not
explain (Los Angeles: Sun & Moon, 1997).
Antônio Tavernard nasceu no dia 10 de outubro de 1908, no mês do Círio de Nazaré e
por isso foi batizado com o nome de Antônio de Nazareth Frazão Tavernard, filho de Othílio
Tavernard e Marieta Frazão Tavernard, na outrora Vila Pinheiro (abreviação de Vila de São João
do Pinheiro), atual Icoaraci, distrito de Belém, em um chalé, em estilo português, que ainda pode
ser visitado, na rua Siqueira Mendes, número 585. Aos dezenove anos de idade seu talento para a
literatura se revelara quando obtém o segundo lugar no concurso de Contos Nacionais da Revista
Primeira. O que encanta em Antonio Tavernard é poesia que, sem muitos mistérios, transformou a
dor em alegria. Michael Löwy e Robert Sayre, na obra Revolta e Melancolia (1995), já haviam
destacado que o Romantismo, de certa maneira, nunca saíra de moda. Por essa visão, não
podemos dizer que Tavernard seria um romântico “tardio”, porém, que sua poesia possui algo que
ainda não desapareceu na poesia. Ela guardaria uma mistura de tendências e inspirações
românticas do século 19 e o Simbolismo. O leitor mais atento pode ver mais do que uma simples
conservação do Romantismo. Foi jornalista, dramaturgo e compositor, além de poeta lírico,
falando de amor, morte e esperança. Foi um dos redatores da revista A Semana, uma das mais
importantes a circular em Belém na década de 1930. Pesquisadores afirmam que Tavernard
publicou apenas um livro em vida, o livro Fêmea, mas um dos parentes do poeta, Tavernard
Neves, informou que em 1953 foi editado o livro de poesias "Místicos e Bárbaros". Morreu em
1936.
ISMAEL NERY nasceu em Belém do Pará em 1900 e morreu na cidade do Rio de Janeiro
em 1934. Em 1909 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1915, ingressou na
Nacional de Belas Artes. Marcou sua iniciação na arte aos quinze anos de idade, quando se
matriculou na Escola Nacional de Belas Artes.
HAROLDO MARANHAO. Jornalista, escritor e advogado, nasceu em Belém (PA), no dia 7
de agosto de 1927, filho do jornalista João Maranhão e de Carmem Lima Maranhão. Aos 13 anos
já atuava como repórter policial no jornal A Folha do Norte, de propriedade de seu pai e de seu
avô Paulo Maranhão, onde chegou a ser redator-chefe. Nos anos 40, fundou a Livraria Dom
Quixote, ponto de encontro de intelectuais.
EDYR PROENCA nasceu em Belém no dia 19 de maio de 1920, filho de Edgar de Campos
Proença e de Celina de Paiva Proença. Segundo Carlos Rocque, Edyr Proença cursou o primário
em duas escolas: O Grupo Escolar Arthur Bemardes e no Floriano Peixoto. Continuou os seus
estudos fazendo o secundário no Colégio Moderno, etc.
ERNESTO CRUZ Historiador paraense. Nasceu em Belém a 20 de novembro de 1898. Em
1924, por ocasião da Revolução de 30, serviu no 26° Batalhão de Caçadores; por ter aderido ao
movimento, ficou preso por três meses a bordo de um navio de guerra. Depois da Revolução foi
anistiado.
Foi redator do jornal O País, editado em Belém; também trabalhou nos jornais A Província do
Pará, República e Estado do Pará.
Mauro Guilherme nasceu em 12 de julho de 1965, em Belém, Estado do Pará, onde se
formou em Direito no ano de 1988 pela Universidade Federal do Pará. Advogou em Belém por três
anos, sendo aprovado em Concurso Público para o cargo Promotor de Justiça no Estado do
Amapá em 1991. Ocupou os cargos de Coordenador da Promotoria de Justiça de Macapá,
Assessor da Corregedoria-Geral do Ministério Público e Coordenador das Promotorias de Justiça
da Infância e Juventude do Estado do Amapá. É Membro da Associação Amapaense de Escritores
e da União Brasileira de Escritores - SP. Tem pareceres publicados na Revista no. 1 do Ministério
Público-AP. Foi três vezes premiado no “Concurso de Melhor Arrazoado Forense do Ministério
Público” (1995, 1997, 2002). Publicou os livros de poemas “Reflexões Poéticas” (1998) e
"Humanidade Incendiada” (2003), o livro “XI contistas da Amazônia” (2003- Antologia) pela
Universidade Federal do Pará, e o romance “Destino” (2007). Foi premiado no XI Concurso de
Contos da Região Norte (2003), realizado pela Universidade Federal do Pará; IV Premio Brito Broca
de Literatura-2004, do governo de Guaratinguetá-SP; no Prêmio Literário Cidade do Recife – 2005,
da Fundação Cultural daquela cidade, e no Concurso de Contos ANE (2006), da Associação
Nacional dos Escritores-DF. Lançará no ano de 2008 um livro de contos.
Celeste Magno Camarão Proença. Nasceu em 23 de junho de 1922, (Belém/PA). É poeta,
contista e graduada em Letras. Publicou vários livros de poemas, entre eles: Louvações ao
Mosqueiro e outros Escritos; Enquanto o Soninho não Vem; Escorregando no Tempo; É Tempo de
Saudade. Participou de inúmeras antologias poéticas. Faz parte de sociedades literárias, como a
União Brasileira de Escritores e a Associação Paraense de Escritores (APE). Foi premiada em
vários certames literários. Recentemente, participou do I Colóquio Literário: Escritoras Paraenses
em Prosa e Verso (GEPEM/UFPA). Sobre a poética de Celeste Proença, diz a escritora paraense
Adalcinda Camarão:“ A linguagem da poesia de Celeste é muitas vezes realista e nasce dessa
necessidade de desabafar própria dos espíritos lúcidos, que se ocupam da condição humana
através da linguagem. E essa linguagem, apela, sobretudo, para o amor do mundo. Seu livro
sugere profundo amor humano.”
Maria Roseli Sousa Santos. É poeta, arte educadora, artista plástica, graduada em
Filosofia e Pedagogia, mestra em Educação e Saberes Culturais (UEPA) e professora universitária.
Atuou como coordenadora da equipe técnica de Arte Educação/SEMEC. Desde 1985, tem
participado e obtido destacadas premiações em concursos literários nacionais, com textos
publicados
em
várias
coletâneas,
entre
as
quais: Brasil
Crisális (1984); Trovas
sobre Mar (1986); Murmuré: poetas e escritores do Pará(1989); Introdução à Literatura
Paraense (1995); Livro da Malta (1999); Poesia do Grão Pará: antologia poética (2001). Poesia e
Realidade, publicado em 1990, é o primeiro livro de Roseli Sousa. Contém 50 poemas de crítica
social, em tom irônico e filosófico, cujo foco é o cotidiano e a luta das pessoas ante a realidade
circundante.
Síglia Maria de Oliveira Santos. Nasceu em Belém do Pará. É poeta e graduada em
Matemática e Química. O primeiro livro foi lançado em maio de 2002, simultaneamente em Belém
e São Paulo. E o segundo em Belém/ novembro de 2003. Entre a produção literária da escritora,
contabiliza-se: Minhas Poesias Reais e Virtuais (2 volumes); O Voo da Poetisa( 2005). Voo da
Poetisa contém 161 poemas e se caracteriza por uma escritura marcada por vivências pessoais e
por uma herança cultural lírico-metafísica, incluindo-se em uma especificidade de poesia
tendente ao etéreo, à sintonia com o cosmos. A linguagem é metaforicamente ligada ao universo
do amor e da vida: família, corpo, afetividade.
Eunice Ferreira dos Santos é Vice-Coordenadora do GEPEM e Doutora em Letras, área
de concentração Literatura Comparada. Para acesso ao acervo, contatar: (91) 3201-8215; 32283924; 8158-7129 ou [email protected];[email protected]; [email protected]
ENEIDA DE VILLAS BOAS COSTA DE MORAES, jornalista e escritora paraense, nasceu
em Belém do Pará a 23/10/1903. Em 1930, fixou residência no Rio de Janeiro onde faleceu a
27/04/1971. Eneida foi uma mulher que contestou os padrões instituídos ao papel feminino de
sua época, transitando em redutos considerados masculinos: a redação de jornais, a publicação
de livros e a célula partidária – mecanismos que ela utilizou para o exercício de sua militância em
50 anos de atuação no cenário político e jornalístico-literário brasileiro (1920-1970). O rito de
entrada e de permanência de Eneida nas Letras nacionais, desde 1994, tem sido visibilizado
pelas pesquisas realizadas no âmbito do GEPEM. E, a partir de 2004, o acervo reunido no
percurso desses estudos está sob custódia do GEPEM, totalizando cerca de 5850 peças
documentais armazenadas em arquivo impresso e digital (coletânea de 11 volumes em CD- ROM),
contendo: microfichas, manuscritos, fac-símiles, textos em periódicos e antologias; 11 livros em
1ª. edição; depoimentos; correspondências ativas e passivas; material fotográfico e sonoro; e
documentos sigilosos.
João Marques de Carvalho nasceu em 1866 em Belém do Pará, foi escritor, diplomata e
jornalista. Concluiu seus estudos em Lisboa, morou na França e voltou ao Brasil em 1884 para
seguir a carreira de jornalista. Iniciando sua carreira como colaborador do Diário de Belém,
relação que durou pouco, pois se rompeu no ano seguinte ao ter a publicação "Que bom marido! ”
Negada pelo periódico por classifica-lo de imoral. Mas, no dia seguinte foi publicado em A
Província do Pará e mais tarde ele aparece em Contos Paraenses publicado em 1889. No ano de
1887 tornou-se um dos fundadores e o redator-chefe do Diário do Comércio do Pará. No ano
seguinte publicou “Hortência”, um romance naturalista que retrata um incesto entre dois irmãos,
que se tornou a sua principal obra. A carreira jornalística e literária é interrompida pela
diplomática, que leva o escritor à Georgetown, Assunção, Montevidéu e Buenos Aires. Porém, em
1896 é demitido de suas funções acusado de crimes de peculato e estelionato. O acontecimento
lhe faz voltar a Belém (PA), onde retomou as atividades no A Província do Pará. De Belém
passou ao Rio de Janeiro, onde foi condenado por peculato, mas absolvido no ano seguinte. Com
a vida mais calma e longe das acusações, Carvalho funda a Academia Paraense de Letras, em
1900. Pouco tempo depois, fica doente, muda-se para Nice e falece em abril de 1910.
UMA CULINÁRIA DE SABOR AMAZÔNICO
Torta de Cupuaçu
Ingredientes:
Para a Massa:
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Mais ou menos 2 ½ xícaras de farinha de trigo
3 gemas
1 xícara de margarina
1 ½ xícara de açúcar
Para o Recheio:
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2 xícaras de doce de cupuaçu
½ xícara de açúcar
1 xícara de amido de milho
1 xícara de leite integral
1 xícara de creme de leite sem soro
300g de ricota fresca
Preparo da Massa:
Misture o açúcar, a margarina e os ovos; acrescente a farinha de trigo e misture
até soltar das mãos. Forre uma forma redonda de 20cm de diâmetro com fundo
falso e reserve. .
Preparo do Recheio:
Misture o leite, o creme de leite, o cupuaçu, o açúcar, o amido de milho e a ricota
no liquidificador e coloque a mistura dentro da forma forrada com a massa. Leve
ao forno médio por 20 minutos, espere esfriar, desenforme e cubra com o doce de
cupuaçu. Pode trocar a ricota pelo requeijão, se houver essa troca colocar apenas
½ xícara de leite ao invés de 1 xícara
Tucunaré na Manteiga
A dica de hoje é um prato tradicional do nosso "Caribe Brasileiro", a praia de Alter do
Chão, em Santarém. O tucunaré na manteiga é o prato da dica.
Ingredientes:
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250 gramas de cebola (aproximadamente duas cebolas grandes)
100 gramas de pimentão verde (mais ou menos 2 pimentões)
250 gramas de tomate
100 gramas de manteiga com sal
1 tucunaré de 2 quilos
3 folhas de chicória, 3 folhas de alfavaca e 8 cebolinhas, tudo
picadinho e misturado
250 gramas de batata, fritas em rodelas grossas
6 folhas de alface para decorar
Preparo:
Derreta uma colher de sopa de manteiga em uma chapa ou frigideira pré aquecida,
doure a cebola, o pimentão, os tomates e as ervas picadas. Frite o tucunaré na
manteiga que sobrou, passe para uma travessa, decore com alface e junte os
ingredientes refogados. Se você quiser, pode decorar o prato com uma fatia de limão e
uma azeitona presos em um palito. Não se esqueça de enfeitar com as batatas em
rodelas, já fritas. Para acompanhar, arroz, farofa e salada.
Bolo de chocolate com recheio de cupuaçu
Ingredientes:
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3 colheres de manteiga -1 xícara de leite
2 ½ xícaras de trigo -1 ½ xícara de açúcar
3 ovos -1 colher de fermento
2/3 xícara de chocolate em pó
Para o recheio:
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2 latas de brigadeiro
1 kg de doce de cupuaçu
1 copo de chocolate fervido.
Preparo:
Bata a manteiga com açúcar. Acrescente os ovos. Bata mais um pouco, coloque o leite,
o trigo, o chocolate em pó e o fermento. Leve para assar numa forma untada em forno
médio por 35 min. Deixe esfriar. Desenforme e corte em 3 camadas. Umedeça as
camadas com chocolate fervido e recheie com brigadeiro e doce de cupuaçu. Enfeite
com chocolate granulado e sirva gelado que fica mais gostoso ainda.
INGREDIENTES (para 35 pessoas)
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2 paneiros Folhas de mandioca ( maniva );
2 quilos Toucinho branco;
2 quilos Toucinho defumado;
2 quilos Pé de porco salgado;
2 quilos Orelha de porco salgada;
2 quilos Língua de porco salgada;
2 quilos Rabo de porco salgado;
2 quilos Lombo de porco salgado;
2 quilos Costela de porco salgada;
1 1/5 quilo Paio;
1 1/5 quilo Chouriço;
1 1/5 quilo Linguiça de porco;
4 quilos Bucho de boi;
4 quilos Charque.
MODO DE FAZER
 Pique as folhas de mandioca (maniva) sem os talos e moa muito bem em uma máquina
de moer carne, até dar 6 quilos.
 Num panelão com bastante água, leve a maniva moída ao fogo brando e deixe ferver
durante 72 horas. Mexa de vez em quando, dando pelo menos três boas mexidas por
período, Manhã, Tarde, e Noite. Isto é feito para que as folhas não grudem na panela.
Coloque sempre água, pois a massa não pode ficar seca. Quando for dormir, complete
a água de novo deixando o fogo o mais baixo possível.
 Passadas às 72 horas, acrescente o Toucinho Branco (sem cortar) e o Toucinho
Defumado (também inteiro). Deixe ferver por mais 24 horas, em fogo brando, sempre
acrescentando água e dando no mínimo três boas mexidas por período.
 Com a maniva continuando a ferver na tarde do quarto dia, ponha, a parte, as carnes
salgadas e o charque de molho para tirar o excesso de sal. Ficam de fora apenas o
Paio, Chouriço, a Linguiça e o Bucho de Boi.
 No quinto dia, corte o Bucho de Boi em pedaços do tamanho que será servido e escalde
bem para retirar todo o cheiro. Corte também, na mesma proporção, as carnes
salgadas, lave bem e afervente. Junte tudo e ponha no panelão para ferver com a
maniva por mais 48 horas, desligando o fogo quando for dormir.
 No sexto dia corte o Paio, o Chouriço e a Linguiça em rodelas e coloque para ferver.
 No sétimo dia a maniçoba já está pronta e fica como se fosse uma feijoada. A cor da
maniva, que no início do cozimento é verde bem vivo, vai se transformando até ficar
um verde muito escuro quase preto.
COMO SERVIR
Sirva com arroz branco, farinha d'água de mandioca e uma pimenta de cheiro.
Pirarucu*ao Molho Marajoana
*Pirarucu, peixe raro dos rios da Amazônia,
pode ser substituído por um peixe mais comum.
Ingredientes:
para 5 pessoas
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1,5 kg pirarucu fresco
1 xícara de chá farinha de trigo
4 ovos batidos
óleo para fritura
1/2 maço de salsa picada
1/2 maço de cebolinha verde picada
1/2 maço de coentro picado
1 cebola grande picada
1 alho espremido
4 colheres de sopa de suco de limão
4 tomates maduros, sem sementes
2 colheres de sopa de vinagre
sal e pimenta do reino a gosto
1/2 xícara de chá azeite de oliva
Confecção:
Limpe e lave o peixe.
Deixe escorrer a água.
Corte em cubos não muito grandes e tempere com sal e limão.
Escorra o excesso de tempero e passe pela farinha e em seguida pelos ovos batidos.
Frite em bastante óleo.
Em um processador de alimentos junte a salsa, a cebolinha, o coentro, as cebolas, o
alho, o suco de limão, o vinagre e o azeite.
Processe até atingir uma pasta.
Sirva o peixe frito guarnecido com o molho.
fonte: Eliane Resende
Vitória - Espirito Santo
Pizza de Cupuaçu
Ingredientes:
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300 g de queijo tipo Muzzarela
450 g de massa para pizza (Você pode fazer a massa da sua
preferência ou comprar pizzas semi-prontas no supermercado).
2 colheres de sopa de molho de tomate
Orégano a gosto
Doce de cupuaçu em quantidade suficiente para cobrir a
muzzarela com uma fina camada.
Preparo:
Em uma forma grande coloque a massa da pizza e espalhe o molho de tomate.
Salpique orégano a gosto, depois espalhe camadas generosas de muzzarela cobrindo
toda a superfície da massa.
Por último acrescente o doce de cupuaçu, usando um saco de confeitar. Espalhe bem o
doce. Leve ao forno em temperatura alta por aproximadamente 30 minutos. Para
quem tem forno à lenha, o tempo de preparo diminui pela metade: 15 minutos. Esta
pizza forma uma combinação curiosa de doce com salgado.
Rosca de Castanha-do-Pará
Ingredientes:
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500 g de farinha de trigo
50g de margarina
100g de açúcar
50g de mel
1 ovo
Sal
1 copo de água
Frutas cristalizadas
Passas e 20 g de Castanha-do-Pará.
Preparo:
Junte o trigo e o fermento e faça uma roda; no meio coloque açúcar, sal, mel e
margarina. Misture acrescentando água aos poucos. Em seguida misture com a farinha
de trigo e sove a massa até soltar da mesa.
Enrole-a com um filme de PVC e espere crescer por 15 minutos. Depois acrescente as
frutas, enrole as pontas e coloque numa forma untada com margarina; deixe
fermentar por mais uma hora. Decore com frutas cristalizadas, castanha e as passas.
Leve ao forno médio por 20 minutos.
Sopa de Caranguejo
( Receita do Estado do Pará, norte do Brasil )
Ingredientes:
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2 kg de carne de caranguejo
1 colher (sopa) de caldo de limão
2 litros de leite de coco
1 molho grande salsa
1 molho grande de cebolinha verde
1 molho grande de coentro
2 cebolas grandes
1 kg de batatas médias
1 xícara (chá) de azeite de oliva
sal
Confecção:
Coloque a carne de caranguejo em uma peneira.
Molhe com bastante água corrente e escorra.
Regue com suco de limão e deixe pegar gosto por 10 minutos. Esquente o azeite de
oliva e doure as cebolas batidinhas.
Acrescente o caranguejo, sal, cebolinha e coentro cortados miudinho. Refogue.
Separadamente, ferva o leite de coco com uma colher (sobremesa) de sal.
Misture bem o caranguejo refogado.
Cozinhe as batatas descascadas em água com 1 colher (sopa) de sal. Escorra e passe
pelo espremedor.
Junte esse purê ao caranguejo, mexa bem e prove o sal.
Dê uma fervura rápida.
A sopa deve ficar em ponto de creme e não grossa demais.
Se houver necessidade, acrescente água quente até atingir o ponto desejado.
fonte: Nick Zarvos
Rio de Janeiro - Brasil
Torta de Açaí
Ingredientes da massa:
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1 xícara de amido de milho
3 xícaras de trigo
125g de manteiga
1 pitada de sal
1 colher de açúcar
3 gemas peneiradas.
Ingredientes do recheio:
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600ml de açaí
1 xícara de açúcar
2 caixas de creme de leite sem soro
1 lata de leite condensado.
Preparo:
Coloque todos os ingredientes da massa em uma tigela e amasse bem. Deixe
descansar por meia hora. Forre uma forma de aro removível e leve ao forno para
assar. Bata, à parte, no liquidificador, os ingredientes do recheio e despeje sobre a
massa assada. Leve à geladeira para criar consistência.
UMA FARMACOPÉIA PARTICULAR
Remédios da terra
Numerosos são os produtos farmacêuticos fornecidos pelas matas amazônicas. Os mais
salientes são todavia: o guaraná, feito com a polpa da fruta de Paullinia sorbilis e afamado contra
a desinteria; [...]; o cumarú, - semente em forma de amêndoa, da Dipteryx odorata, a “tonka-bean”
das farmacopeias, usada também na perfumaria e na preparação do Tabaco por causa do seu
cheiro agradável; [...]; a Salsaparrilha (Smilax antisyphilitica), um virtuoso cipó, para gente que
prima no sentido contrário e vegetal, que em outros tempos foi muito procurado, ao passo que
sua extração parece ter diminuído consideravelmente em nossos dias. Longa seria a lista toda de
vegetais indígenas, exaltados como medicamentos pela crença popular; não poucos entraram na
farmacopeia universal, gozando de reputação assentada. [...].
Emílio A. Goeldi
Reinos da natureza
In: O PARÁ em 1900: publicação comemorativa feita pelo Governo do Estado pelo Quarto
Centenário do Descobrimento do Brasil. 1900, p. 57.
As Plantas Medicinais
Das árvores e ervas medicinais, abundantes nas matas e nos campos, contam-se
prodígios. As cartas da secretaria real endereçadas aos governos locais, e as respostas dos
administradores amazônicos denunciam contínuas referências às plantas medicinais, à sua
aplicação terapêutica nos hospitais portugueses, ai seu uso entre o povo da colônia.
Frequentemente, a corte acusava a remessa de drogas “aqui se receberam os caixotes com quina
que vieram pelos navios “Conde Vineiro” e “Prazeres e Alegria” e pela escuna “Vênus”, para gasto
dos hospitais reais e militares deste reino”.
O prestígio dessas famílias vegetais foi inegável na colônia e na Europa, pois que destilam
de si mui boa almecega para as boticas, segundo o expressar da crônica do tempo. As mezinhas,
preparadas nos próprios lares, chegaram a atravessar algumas delas ainda hoje perduram em
consagrados produtos farmacêuticos. Possuíam tais plantas virtudes especiais quase sempre
descobertas pelos índios, que as passavam aos civilizados, no intuito de “expulsar as
enfermidades”.
O guaraná para atalhar diarreias, dores de cabeça e doenças das urinas, e também com
qualidades
afrodisíacas.
A salsaparrilha
como
depurativo
nas
moléstias
sifilíticas,
nos
reumatismos. A casca preciosa, aromática, muito digestiva, antiespasmódica e peitoral. O
sassafrás, contra dartos. A raiz de genciana, estomacal, tônica, servindo ainda para restabelecer o
fluxo menstrual. A quina, contra febres palustres. A canafístula, “tão boa coisa para purgar e
tanto sem trabalho, nem dano ao paciente”. Urucu, a raiz digestiva, as sêmenes expectorantes. A
canela, com suas propriedades estimulantes e tônicas, muito empregadas na provocação do fluxo
menstrual das mulheres débeis. O leite de curupira para dor de peito e quebradura. A raiz de
manacá para as dores venéreas. A casca da árvore do caju para icterícia preta. Folha da arvoeira
para hérnias. Puxuri fino ralado para vômitos e diarreias. Leite de maçaranduba para dores de
peito. Raiz de tajámembeca para resolver pulmões. [...].
O cravo, além de sua função apreciável nas comidas e bebidas, era bastante empregado na
farmacopeia: “Muitos físicos indianos fazem uns suadores com cravo e noz e maçã e pimenta
longa e preta, fazendo disto suadores Algumas pessoas põem o cravo pisado na testa e dizem que
se acham bem com ele para dor de cabeça e que se lhes tira”. Assim, não admira ainda se vá
encontrar nas casas de família na Amazônia o uso do cravo em infusões contra dores reumáticas,
nevrálgicas; musculares, enxaquecas e quejandos”. [...].
Leandro Tocantins
Amazônia: natureza, homem e tempo. 1960, p. 109-110.
O QUE FICOU POR SER DITO...
Embora muito já tenha sido reunido para se homenagear uma capital de 400 anos, todos os
envolvidos no projeto têm consciência de que há uma infinidade, de referencia a Belém, ainda por
ser dita.
Desde a primeira quinzena de novembro de 2014, quando pensei em fazer o projeto de um
Almanaque para homenagear Belém, nos seus 400 anos, sabia que se tratava de uma proposta
ousada, que dificilmente poderia ser alcançada, considerando o quanto poderia ser dito, para que
a homenagem se aproximasse do quanto deveria dizer. Contudo, mesmo ante esta questão, o
grupo, interessado na proposta, não desanimou.
Trabalhou-se no projeto pelo restante de 2014 e grande parte de 2015, para que se pudesse
oferecer à cidade uma homenagem, em forma de Almanaque impresso, no dia do seu aniversário,
mas algumas intercorrências acabaram por frustrar esta proposta.
O que trazemos a público, no momento, é um protótipo do projeto, que, por ser em mídia, o
Almanaque será construído com um rico material já reunido, além do que se abre espaço para
pesquisadores, professores e para outros profissionais que queiram participar deste
empreendimento em homenagem a Belém.
Aqueles que desejarem participar da construção do Almanaque, no presente formato, enviem
a sua contribuição para o endereço referido no texto da ASCOM, neste lançamento .
REFERÊNCIAS...

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