Informação, Cultura e Livre Expressão

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Peregrino
das Letras
IMPRESSO
Informação, Cultura e Livre Expressão
PREÇO NAS BANCAS R$1,00
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DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Ribeirão
Preto
- SPIV- Ano
- Nº 12 - abril/2006
Ribeirão
Preto
- SP - Ano
- Nº 41VI
- Setembro/2003
- R$ 1,00
“A metade do mal realizado no mundo se deve às pessoas
que querem sentir-se importantes.”
T. S. Eliot
Cadelas gestantes: cuidados
com a alimentação
Página 3
Meditação para nossa época
Página 4
Você não tem comparação
Página 5
Cuidando da criança que está
perto e dentro de nós
Página 6
Piolin
Página 7
Saúde
Página 8
Essas pessoas especiais:
Índigo
Página 9
O ensino de Línguas estrangeiras nas escolas
Página 10
Livros e Agenda de Cursos
Página 11
Bom dia tristeza
Página 12
Peregrino
2
Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
C
ecília Meireles diz que escreveu seu livro Romanceiro da
Inconfidência porque foi tomada pelas personagens quando esteve
em Ouro Preto. E eles a seguiram, fantasmas a ditar palavras, a
oferecer métricas. O resultado é um dos livros mais belos de poesia, livro
este composto em quatro anos de solidão e de aquiescência a vozes do
universo inconfidente, segundo palavras da autora. Neste mês em que se
comemora “Tiradentes”, oferecemos a vocês um dos poemas mais tocantes
da obra de Cecília em que se fala da traição de Joaquim Silvério:
ROMANCE XXXIV OU DE JOAQUIM SILVÉRIO
Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo,
tu trais um simples Alferes.
Recebeu trinta dinheiros ...
- e tu muitas coisas pedes:
pensão para toda a vida,
perdão para quanto deves,
comenda para o pescoço,
honras, glórias, privilégios.
E andas tão bem na cobrança
que quase tudo recebes!
Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério!
Pois ele encontra remorso,
coisa que não te acomete.
Ele topa uma figueira,
tu calmamente envelheces,
orgulhoso e impenitente,
com teus sombrios mistérios.
(Pelos caminhos do mundo,
nenhum destino se perde:
há os grandes sonhos dos homens,
e a surda força dos vermes.)
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
Utilidade Pública
Vacina anticâncer (pele e rins)
Já existe vacina anticâncer (pele e rins). Foi desenvolvida por
cientistas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de
câncer, que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase
mais avançada.
A vacina é fabricada em laboratório utilizando-se um pequeno
pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é
remetida para o médico oncologista do paciente.
Nome do médico que desenvolveu a vacina: José Alexandre
Barbuto, Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma. Telefone do
Laboratório: 0800-7737327 (falar com Dra. Ana Carolina ou Dra.
Karyn, para maiores detalhes).
http://www.vacinacontraocancer.com.br
Livros grátis pela internet (MEC)
Trata-se de um link muito interessante e útil!
Imagine um lugar onde você pudesse ler gratuitamente todas as
obras do Machado de Assis, as obras como a “A Divina Comédia”
ou ter acesso a historinhas infantis?
Que este lugar lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo
da Vinci, ou você pudesse escutar gratuitamente uma música em
MP3 de alta qualidade?
Pois o Ministério da Educação, está disponibilizando tudo isso.
Basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br
Só de Literatura em língua portuguesa tem 732 obras!
ILUSÃO DE ÓTICA
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
[email protected]
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(16) 3621 9225 /
Comunicação Visual Ltda.
9992 3408
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Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000
Direção
José Roberto Ruiz - MTb 36.952
Redatora
Mariza Helena R. Facci Ruiz
WebDesign
Francisco Guilherme R. Ruiz
Impressão
Gráfica Spaço
As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido.
Endereço para correspondência:
Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP
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Ribeirão Preto - SP - abril/2006
Peregrino
Cadelas gestantes:
cuidados com a alimentação
A
alimentação deve ser o
primeiro parâmetro a ser
considerado quando se
pensa em acasalar a cadela, uma vez
que para que a ninhada seja
saudável dependerá plenamente da
saúde da mãe. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo
do acasalamento e prosseguirem,
pelo menos, até o desmame dos
filhotes, pois a cadela precisará de
muita energia durante a amamentação.
Como gordura não é sinal de
saúde, recomenda-se que a fêmea
não esteja obesa na ocasião da
cobertura (aliás, o ideal é que em
nenhuma ocasião a obesidade se
faça presente!!), pois em caso da
necessidade de se fazer uma cirurgia
cesárea, as dificuldades seriam bem
maiores.
Durante o período de gestação,
as necessidades nutricionais da
fêmea são muito maiores; deverá
haver um incremento de elementos
como proteínas, vitaminas e sais
minerais, que poderão ser fornecidos através de uma boa alimentação,
preferencialmente rações com
balanceamento super premium,
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apropriadas à nutrição das gestantes. Recomenda-se ainda uma
suplementação de vitaminas e
minerais, especialmente o cálcio,
fósforo, flúor, zinco, cobre entre
outros, que deverão ser monitorados pelo médico veterinário.
Aos proprietários que preferirem
alimentar as cadelas com outros
alimentos que não rações, é
recomendável evitar alimentos que
possam causar fermentações
digestivas (ex. farináceos), que
levarão à produção de gases e
conseqüentemente poderão ocorrer
as indesejáveis cólicas intestinais
trazendo muito mal estar e sofrimento.
Para se evitar transtornos digestivos, principalmente durante a
segunda metade da gestação (que
tem uma duração aproximada de 60
a 63 dias) deverá ser oferecido um
maior número de refeições ao dia
com menores quantidades de
alimento por refeição, além de água
fresca à vontade durante todo o
tempo. A moderação de exercícios
também é recomendada.
Após o nascimento da ninhada,
durante o período de amamentação
que será de aproximadamente 40 a
45 dias, a alimentação fortemente
balanceada deverá ser mantida, para
que tanto a cadela quanto os
filhotes possam ter um desenvolvimento saudável e livre de
carências nutricionais.
Dr. Mussi A. de Lacerda
Médico Veterinário
CRMVSP 3065
Gavião-real
A ficha do bicho
Nome popular: Gavião-real, harpia.
Nome científico: Harpia harpyja
Quanto vive: Até 25 anos
Quanto pesa: 6 quilos
Onde vive: Florestas do Brasil e
América Central
O que come: Macacos, preguiças e
pássaros
Reprodução: Um ou dois ovos,
incuba 56 dias.
O gavião-real é a maior águia
brasileira, tem pernas e garras muito
fortes e recursos de vôo que fazem
dele um verdadeiro avião de caça.
Essa ave é capaz de manobras
arriscadas em alta velocidade, tanto
que pode mergulhar, entrar no meio
da copa das árvores, agarrar um
macaco com as potentes garras que
tem e voltar a se elevar carregando a
presa, sem necessidade de pousar.
A harpia se distingue dos outros
gaviões e águias pelo cocar que tem
na parte de trás da cabeça, que
levanta quando está irritada. Cocar
esse que serviu de modelo para os
índios brasileiros. Os índios
consideravam valiosa as penas
desse gavião, negras com listras
brancas, e por isso mantinham a ave
em gaiolas nas aldeias, colhendo as
penas à medida que cresciam.
O ninho da harpia é feito sobre
árvores de 50 metros, forrado com
pêlos de macaco para aquecer os
filhotes, e hoje é cada vez mais raro,
pois o animal está desaparecendo.
Fonte: 100 Animais Brasileiros
publicados no Estadão
Luiz Roberto de Souza Queiroz.
Peregrino
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Meditação para nossa época
Elementos para a expressão
O
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efeito natural e correto da
meditação é a atividade
interna e externa. Neste
artigo nos ocuparemos da ação
externa. Realizamos a ação externa
em todo momento. Sem refletir nisto,
involuntariamente ou não, freqüentemente às cegas, e cometendo todo
tipo de erros.
A ação é óbvia e simples, contudo, a ação correta é muito difícil.
Devemos recordar sempre que a
ação humana pode ser tão construtiva e benéfica como fútil, carente
de significado, daninha e destrutiva.
Daí a necessidade de compreender
a grande responsabilidade em que
isto implica. Para tanto, consideramos detalhadamente as características da correta e eficaz ação: a
ação “perfeita”.
O primeiro incentivo ou fonte de
ação é, ou deveria ser, a vontade.
Vontade diante de todo propósito
e motivo, e depois orientação. Por
conseguinte, a voluntariedade deve
ser a fonte da ação e a energia
inerente em todo o processo da
atividade. Motivo implica escolha:
devemos eleger o bom, o que
significa que nos há de impulsionar
a vontade ao bem, aspecto dinâmico
do amor.
O pensamento deve seguir a
vontade e ele possibilita um inteligente ou melhor dizendo, um sábio
planejamento. Uma boa execução
requer planejamento cuidadoso ou
formulação de um programa claro.
Isto constitui a quarta etapa da
vontade, porém não é necessário dar
instruções especiais sobre este
ponto, já que é evidente e na
atualidade reconhecido amplamente. Manifesta-se na forma pelas
quais os governos e grandes
organizações levam a cabo seus
propósitos mediante planos trienais,
quadrienais e setenais. Analogamente o planejamento é necessário
para propósitos espirituais e para
todo esforço de preparação para
estes novos tempos, porque o efeito
de qualquer ação depende primariamente da qualidade da causa que
a originou. Para ter êxito é necessária a meditação reflexiva, e seu
valor surge como meio imprescindível de preparação para realizar uma
ação externa construtiva.
O terceiro elemento é o sentimento, particularmente na forma de
amor. Devemos sentir que nossa
ação é correta, valorizar nosso
objetivo e ainda amá-lo. Desta
maneira poderemos dirigir o enorme
potencial do sentimento até um
propósito útil.
Se transmutada e dirigida corretamente, a poderosa força de nossos
impulsos pode agregar um forte
ímpeto para a ação. Isto sempre foi
sabido e suspeitado e tem sido mais
ou menos aplicado em forma
consciente, porém a psicologia
moderna está investigando cuidadosamente e desenvolvendo uma
“psicodinâmica” científica.
Apresenta já técnicas eficazes
que se aplicam cada dia com maior
eficácia na psicoterapia e na educação, podendo ser auto-aplicadas.
G.E.M.A. – Grupo de estudos de
metafísica aplicada
http://www.iniciados.org/
Bellini
Família de pintores italianos que tiveram papel dominante na vida artística
de Veneza. Jacopo Bellini (c. 1400 – c. 1470), o fundador da fortuna da
família, era pai de Gentile e Giovanni. Estudou com Gentile da Fabriano e
por volta da metade do século já dividia com os dois filhos um próspero
ateliê em Veneza. No entanto, seus quadros mais importantes desapareceram
e a maioria dos que restaram são representações muito simples e tradicionais
da Virgem com o Menino Jesus. Gentile Bellini (c. 1429 – 1507) assumiu a
direção do estúdio. Como o pai, foi bastante admirado por seus
contemporâneos, mas, da mesma forma, muitos de seus trabalhos
desapareceram. As obras mais famosas reconhecidas hoje são duas enormes
telas religiosas expostas na Academia de Veneza, notáveis pela riqueza de
detalhes anedóticos sobre a vida da cidade na época. Giovanni Bellini (c.
1430 – 1516) foi o maior artista da família, tendo ajudado a transformar
Veneza de uma cidade provinciana, do ponto de vista artístico, em rival das
renomadas Florença e Roma. Como Antonello de Messina, foi um dos
primeiros mestres da pintura a óleo. Seu tema favorito era a Virgem com o
Menino Jesus. Foi o pintor da República Veneziana de 1483 até sua morte,
influenciando muitos dos maiores artistas da geração seguinte.
Jovem mulher diante do espelho
1505
A apresentação no templo
1459
Aliança pela Infância
O documentário “Falcão” que chocou o
Brasil pela crueza de sua realidade, expõe a falta
de confiança no futuro que a grande maioria das
crianças que vivem perto do tráfico de drogas,
do banditismo e da idolatria ao poder das armas
e do dinheiro, vivenciam em seu cotidiano.
Crianças brincando de vender “pó” (cocaína)
e de eliminar o “X-9” (delator), mostram como a
criança digere e interioriza a realidade através da
reprodução lúdica. Nesse caso, chocante!
Podemos não ficar somente na lamentação e passar à ação. É importante
que tenhamos a consciência de que o problema é nosso e que, através da
infância, e principalmente da qualidade dela, é que surge a possibilidade de
resolução de problemas. Urge que façamos algo pela infância, para determos
as conseqüências desastrosas que a má qualidade infantil deixa como
seqüela à sociedade.
Convido a todos aqueles que se interessem pela qualidade da infância a
se juntarem ao Movimento Aliança Pela Infância que já existe no Brasil
desde 2001, e tem como sua fundadora no Brasil a maravilhosa figura de
Ute Craemer, uma mulher corajosa que conseguiu, junto com outras pessoas
igualmente corajosas, mudar a triste realidade da favela Monte Azul e trazer
luz e brincadeiras a crianças que passaram a acreditar no futuro.
Aqui em Ribeirão Preto, o movimento tem como sede provisória a Rua
Sete de Setembro, nº 982 – Telefone: 3941-3669 – falar com Marina.
Políticos, empresários, educadores, médicos, estudantes, pessoas...
vamos nos unir e trabalhar pelo direito que a criança tem de ser criança.
Marina Fernandes Calache
Pedagoga Curativa, Terapeuta do Movimento, Visão Ampliada pela
Antroposofia
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Peregrino
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Informação, Cultura e Livre Expressão
“Você não tem comparação”
E
m essência, o ser humano é
feliz. Por mais que as pancadas
da vida façam com que você
discorde desta afirmação, ela é
verdadeira. Nossa essência é potencialmente feliz. Nascemos com
esta possibilidade. Mas, onde a
perdemos? Quando nos desviamos
deste caminho bom?
Toda criança é linda. Tem alegria
e desprendimento para viver na sua
fantasia. Ela pode ser uma princesa,
um super-herói, o que quiser. Na sua
imaginação ela pode tudo, não há
limites. Com isso percebe que tudo
está certo no seu mundo e ela está
perfeitamente encaixada nele, sentese como parte do todo, integrada.
Não se vê de forma diferente. É
simplesmente Feliz.
As pessoas são felizes até o
momento em que começam a se
enxergar pelos olhos dos outros. O
rompimento acontece no exato
momento onde ocorre a comparação.
Vamos entender melhor:
Quando se inicia a vida social,
esse serzinho frágil, inocente,
molinho, vai enfrentar o que será,
daqui pra frente, o seu maior inimigo:
OS OLHOS DOS OUTROS.
Conforme a criança cresce, ela
se dá conta que é inserida no meio
social, e este vai se expandindo diaa-dia: são os primos, amigos do
condomínio, vizinhança, praça, play
ground e escolinha. Aumentando o
contato com outras pessoas, ela vai
começar a perceber-se no mundo.
Como ela reage às pessoas e como
as pessoas reagem a ela. Muita coisa
importante para a vida do ser humano depende de como ele interage
com o meio.
Por exemplo, um menininho em
meio às suas brincadeiras percebe
os amiguinhos rirem das suas
orelhas. A princípio não vai entender
porque as crianças estão rindo.
“Qual é o problema deles?” Nunca
nem havia prestado atenção que as
suas orelhas existiam. Agora os
coleguinhas riem dizendo que elas
são de “abano”. “O que é orelhas
de abano, mãe?” E a mãe gela,
percebendo que o filho entrou para
o mundo e sente pena, medo e
aninha o filho nos braços. “Não é
nada não. Você é lindo”.
Mas de tanto falarem, ele começa
a prestar atenção nas orelhas de
todas as cabeças que se aproximam
dele. Está feito. Passou a comparar.
E pela primeira vez sentiu-se feio e
não fazendo parte do mundo. Talvez
ele fosse o “errado”, e as outras
crianças com “orelhas normais”
fossem as certas. A sua espontaneidade foi se perdendo, diminuiu
a vontade de brincar e de ir pra
escola. Agora o mundo girava em
torno de suas orelhas. Como a
felicidade, que ele já havia conhecido, havia ido embora, torna-se
desejoso de que ela voltasse. Se
houvesse um jeito de arrancar fora
o problema, ou seja, as orelhas?
Talvez assim ele fosse feliz de novo.
Percebe então, que mesmo arrancando fora as orelhas, sempre
haverá outras formas de comparação: Zezinho tinha mais brinquedos, Arturzinho era mais popular,
o tênis do Toninho era melhor, o
Felipe fazia mais gols.
Tudo o que antes não era
percebido, hoje é visto com lentes
de aumento.
Conforme a pessoa cresce, começa a criar uma casca protetora. Não
pense que esse tormento acaba
conforme crescemos. Não! Uma vez
aprendido, nunca mais isso pára.
Mas calma, nem tudo está perdido:
Tudo na vida tem dois lados, e o
lado bom desta história é que ela
acaba com a onipotência e faz com
que a criança perceba que o mundo
é feito de muita gente, com gostos e
opiniões diferentes. Muitas vezes a
comparação nos faz crescer. Como?
Para tentar nos superar e melhorar
devemos nos comparar a nós mesmos – este é o tipo de comparação
que nos faz bem. Tentar ser hoje
melhor do que fomos ontem. E
quando “caímos em tentação” e nos
comparamos com os outros, precisamos ter clara a noção do limite.
Só devemos exercer uma certa
comparação mínima e saudável,
senão perderemos a noção do que é
valoroso para nós. Se nos compararmos sempre, corremos o risco
de não saber mais o que é bom e
essencial, dando valor ao que é
supérfluo e banal. O errado. Afinal,
o que é bom para o outro, pode não
ser bom para nós.
Sempre se lembre que somos
nós quem damos significados às
nossas vidas.
Quantas coisas deixamos de
conquistar porque nem sequer
fizemos uma tentativa para pelo
menos testar se a nossa suposta
incapacidade é real ou imaginária.
Aceitamos que não somos bons e
ponto final.
Para haver esta triste conclusão,
houve uma voz interna dizendo:
você é feio, orelhudo, diferente,
incapaz.
São as vozes do nosso passado
que se tornam a nossa própria voz
no presente e passamos a fazer para
nós o que os outros fizeram.
Ah, que felizes aqueles que
conseguem uma voz interior que
toque música suave e declame
poemas de amor. E para ilustrar o
nosso tema de hoje, usarei uma
historinha que andou circulando na
Internet:
“Havia uma corrida de sapos,
onde deveriam chegar ao alto de uma
imensa torre. Iniciada a corrida, cada
um dos participantes dava o melhor
de si, mas a torre era muito alta.
A platéia começou a comentar: Ih, não vão conseguir, é muito
difícil”, “É melhor desistirem”.
Os sapos continuavam correndo, mas dois competidores já
haviam abandonado a prova.
A multidão continuava: “É
impossível, não têm como conseguir”.
Mais alguns paravam. Mas havia
um sapo que parecia indiferente a
tudo e corria obstinado para o seu
destino.
“É melhor desistirem”. “É muito
difícil”.
Um por um todos foram desistindo, menos aquele sapinho, que
conseguiu com muito esforço
chegar ao alto da torre e vencer a
corrida. Depois descobriram o
segredo do sapo: ele era surdo”.
Para vivermos melhor, deveríamos, desde pequenos, sermos
surdos para certos comentários e
bons ouvintes para outros. Não
podemos mudar o nosso passado,
mas podemos mudar o nosso
presente e nosso futuro. Não ouvir
certas coisas nos fará crescer, pois
não colocará a noção de limitação
em nossas vidas.
Um atleta olímpico chega
àquelas marcas espantosas porque
ele tenta primeiro superar a si
mesmo. Vencer os seus próprios
limites e expandir a sua capacidade.
Se o treinador, ao invés de dizer
palavras de incentivo, só dissesse
palavras de desencorajamento este
atleta não conseguiria sair do lugar.
Se ele sabe que conseguiu tal vitória
hoje, vai se esforçar para ser melhor
que ele mesmo amanhã.
Não adianta ele tentar vencer o
outro se não tiver superado a si
mesmo antes.
Seja surdo. Se dê esse direito.
Comece a treinar uma audição
seletiva, onde só serão assimiladas
as coisas boas. Tudo o que não
servir para o seu crescimento que
seja automaticamente descar-tado.
Não tem utilidade nenhuma. Jogue
fora. Não ouça. Fuja, o mais rápido
que conseguir.
Lembre-se de que você sempre
foi lindo, capaz e correto, porque
você é único. Não existe outro como
você. Então, você é certo do jeito
que é.
A comparação com outra pessoa
não tem valor porque se trata de
duas pessoas diferentes. Uma tem
certos talentos, outra tem outros
talentos. Uma tem um rosto de um
jeito e outra tem diferente. Não
existem dois iguais. A beleza reside
nisso: a diferença. Você é certo do
jeito que é.
Seja surdo, volte a ser você
mesmo e ganhe a felicidade que você
havia perdido quando era criança.
Maria de Fátima Hiss Olivares
Psicóloga Clínica
Peregrino
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Ribeirão Preto - SP - abril/2006
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Cuidando da Criança que está Perto e Dentro de Nós
Jurandir Andrade – Psicoterapeuta, Escritor
L
embrar o mundo infantil é
mergulhar em nosso mundo
de fantasias, de buscas, de
descobertas incríveis, vasculhar o
que há de mais original e espontâneo em cada um de nós. Os
adultos, infelizmente, reagem diante
do mundo infantil com bastante
preconceito e, eu diria, até com um
pouco de inveja de um tempo que
não viveram plenamente. É comum
encararmos esse mundo como algo
em que temos doutorado, que
somos experts. Estabelecemos então
todas as regras necessárias para as
crianças com as quais convivemos,
crendo que se cumprirem cada uma
delas serão felizes. Feita a programação, nós ficamos tranqüilos e
com uma agradável sensação de
missão cumprida. Só, por via de
dúvidas, complementamos a estratégia com um reforço positivo
adequado ao momento.
É isso mesmo, a maioria dos
adultos trata as crianças como se
elas não tivessem nenhuma
sabedoria em relação ao que
desejam, ao que é essencial para a
vida delas. Em nosso relacionamento
com elas usamos a mesma prática
de condicionamento utilizada nos
laboratórios de psicologia experimental e uma metodologia semelhante à utilizada nos ratinhos.
Nosso objetivo é obter as respostas
que achamos convenientes a partir
do nosso ponto de vista. Na
verdade, limitamos o seu campo da
experiência e não permitimos que
elas sejam crianças. É comum
ouvirmos quando alguém faz uma
coisa boba ser rotulada imediatamente de criança. Quando rotulamos alguém dessa forma não
estamos sendo justos com as
crianças. A criança não é sinônimo
de gente boba, imaturidade, idiotice
e irresponsabilidade. No entanto, já
usamos ou já presenciamos muita
gente usando o termo infantil de
forma pejorativa.
Urge que cada um de nós possa
usar de sensibilidade para descobrir
o quanto ainda resta da beleza do
mundo infantil em nossas mentes e
corações. Na verdade, um monte de
coisas essenciais que nós esquecemos de colocar em nossos
projetos. Saint-Exupéry nos traz um
grande desafio em sua obra “O
Pequeno Príncipe”. Ele quer que
percebamos nossa grande facilidade
em distorcer os valores da infância:
“as pessoas grandes só se
interessam por números.” Não
sabemos ver o carneiro que está
além da caixa e é exatamente isso
que nos envelhece - a perda da
nossa capacidade de imaginar e de
fazer com que os nossos sonhos
aconteçam diante dos nossos
olhos. A imaginação nos torna mais
criativos e capazes de cavalgar
nossos sonhos, mesmo assim a
abandonamos pela maturidade do
adulto e nos distanciamos do que
afetivos, pois é impossível conhecer, se aproximar e ser presença
sem que haja a disponibilidade
necessária.
Junto com esses e outros valores
vamos desprezando as pedras
preciosas do mundo infantil e
deixando de ver as coisas com o
coração. Enfim, deixamos de
perceber que “o essencial é invisível
aos olhos”. Sabe o que estamos
presenciando às margens do
terceiro milênio? Mais e mais
crianças sendo moldadas e
convertidas em adultos sem direito
à regressão. Não estamos permitindo que a criança tenha uma vida
realmente desejamos em nossa
realidade.
Seria muito bom se reservássemos alguns momentos para
identificar os valores da infância que
ainda insistem em nos habitar. Somos
transparentes em nossas relações?
Ainda temos a insaciável sede de
descobrir coisas novas ao nosso
redor? Valorizamos imensamente as
nossas amizades e o momento de
estar com o outro? Uma criança deixa
tudo, esquece tudo para reservar um
tempo para seus amigos. O adulto
vai esquecendo aos poucos esse
valor, substituindo-o pelos compromissos que lhe possibilitam
acumular bens. Tornamo-nos seres
sem tempo e mais um valor vai por
água abaixo: o de cativar, criar laços
plena, que ela possa ser. Carl Rogers,
psicólogo que nos propõe a
abordagem centrada na pessoa,
ficaria furioso se pudesse constatar
o que as sociedades atuais fazem
com suas crianças. A começar pelos
meios de comunicação que impõem
à nova geração perfis de adultosmarionetes e seres dançantes
erotizados. E nós, adultos, reforçamos cada parágrafo desse roteiro
maquiavélico.
Achamos o máximo, a ponto de
reunir um grande grupo para ver
nossas crianças imitando os artistas
que estão em alta nas telinhas. Não
queremos fazer aqui uma crítica à
beleza do corpo, ao erotismo ou à
sensualidade. Todas essas coisas
também são valores e são indispen-
sáveis à construção do nosso eu em
sua totalidade. Desejamos detectar
quais valores da infância foram
abandonados para se viver o papel
de um adulto e o que representam
essas coisas para a identidade da
criança. Quando a criança vive
simplesmente um estereótipo deixa
de construir sua própria experiência
e passa a reproduzir unicamente a
experiência do adulto, perdendo aos
poucos a consciência de suas
próprias necessidades.
A criança que faz da sua vida
uma constante reprodução da vida
adulta exclui a oportunidade de viver
plenamente o seu momento infantil.
Essa criança vai perdendo cada vez
mais a confiança que deveria ter em
si mesma e em suas reações organísmicas. Tudo isso é uma pena,
porque num projeto como esse não
está incluído a possibilidade do
novo e uma pessoa não pode afirmar
que vive plenamente se não consegue experimentar a liberdade e a
sua capacidade criativa.
Estamos crescendo, deixando de
ser criança e esquecendo o nosso
ser criança. Será que estamos
crescendo mesmo? O doloroso não
é constatarmos as mudanças físicas,
o surgimento de rugas ou que já não
acreditamos mais em Papai Noel, em
fadas madrinhas e outras coisas do
mundo da fantasia. O grande mal é
constatarmos a perda da esperança,
da transparência, da espontaneidade, da originalidade, da
sensibilidade e da crença no potencial do amor em nossas vidas. Aí,
amigos, podemos dizer com todas
as letras: estamos ficando velhos!
Prevenir, portanto, ainda é
melhor que remediar. Se tentarmos a
experiência de tocar com carinho a
criança que está perto de nós ou a
que está dentro de nós, lhe dirigirmos palavras de quem acredita em
suas potencialidades e olharmos
bem dentro dos olhos dela, veremos
que o melhor presente que ela nos
pede é a possibilidade de viver
plenamente o seu tempo e diante de
todas as exigências de uma sociedade adulta, simplesmente ser
criança.
Jornal Corpo Mente
Feira de Santana, setembro de
2003.
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Peregrino
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7
Piolin
palestra sobre o assunto pela
escritora Jair Ianni, com o prélançamento do seu livro “Trajetória
Iluminada do maior Palhaço
Brasileiro PIOLIN” e exposição de
gravuras alusivas ao homenageado.
Sobre Piolin
Aos 20 anos no início de sua
carreira como palhaço
O ribeirãopretano Piolin, maior
palhaço de todos os tempos, foi
homenageado na Câmara Municipal
de Ribeirão Preto em 27 de março,
evento comemorativo ao “Dia
Nacional do Circo”, em homenagem
ao palhaço “Piolin”, considerado o
maior palhaço do mundo.
Na oportunidade foi proferida,
no Salão Nobre do legislativo, a
O dia 27 de março foi escolhido
como o Dia Nacional do Circo em
homenagem a Abelardo Pinto, o
palhaço “Piolin” nascido, nesta
data, em Ribeirão Preto no ano de
1897, filho de Galdino Pinto e Clotilde
Farnesi.
Piolin figura entre os ilustres
palhaços do Brasil. Como todo
artista de família tradicional circense,
aprendeu acrobacia, ciclismo,
contorção e estudou música tocava violino e bandolim. Sua
estrutura física, magro e com as
pernas compridas, lhe rendeu o
apelido de “Piolin”, um barbante.
Piolin herda o circo do pai e, com
seus sobrinhos e filhos, mantém, no
Largo do Paissandu, em São Paulo,
por mais de 30 anos, o Circo Piolin.
Conquistou o reconhecimento dos
intelectuais da Semana da Arte
Moderna, como exemplo de artista
genuinamente brasileiro e popular.
O presidente Washington Luís era
um de seus espectadores mais
assíduos. Marinetti, o papa do
Futurismo, quis levá-lo para a Itália.
Blaise Cendras declarou ter
descoberto “o maior palhaço do
mundo”. Piolin faleceu em 1973.
“O circo não tem futuro, mas
nós, ligados a ele, temos que
batalhar para essa instituição não
perecer”
Frase dita por Piolin, pouco antes
de morrer.
Colaboração: Jair Yanni de Paula
Eduardo
ALARP – Academia de Letras e
Artes de Ribeirão Preto
Aos 76 anos homenageado
no MASP em SP
Quando lá deixou a sua
roupa e levou como prêmio
um colarinho de ouro.
Morreu alguns dias depois.
O que dizem de mim?
Até Cristo, um dia perguntou
aos seus discípulos:
O que dizem de mim?
Que necessidade teria Jesus de
saber o que pensavam dele?
Uma semelhante curiosidade é
admissível somente nas almas
incertas, nos ignorantes, nos que
não sabem ler em si mesmos, nos
fracos, nos cegos, incertos do chão
em que pisam. Fomos convidados à
reflexão!
Porque nenhum de nós sabe
verdadeiramente o que é, não
conhece com certeza a sua própria
natureza, a sua missão, o verdadeiro
nome pelo qual tem o direito de ser
chamado.
O nome eterno que quadra
rigorosamente o nosso destino: o
nosso nome, no absoluto.
Aquele nome que nos deram no
batismo, registrado nos cartórios
das cidades, o nome pronunciado
pela mãe de manhã com tanta doçura
ou murmurado à noite pelo amante
com tanto desejo, ou mesmo, enfim,
aquele gravado no retângulo de um
túmulo, seria o nosso nome
verdadeiro?
“Cada um de nós tem um nome
secreto exprimindo a nossa existência invisível e autêntica e que
nunca chegaremos a conhecer”.
Poucos tem a audácia de perguntarem a si mesmos: Quem sou
eu?
O que pensam de mim? Menos
ainda podem respondê-lo.
Mais terrível ainda é o – Quem
és tu?
É a pergunta mais grave que um
homem pode dirigir a outro homem.
Os outros são para cada um de
nós, um mistério fechado mesmo nos
momentos supremos da paixão.
Vivemos desconhecidos entre
desconhecidos? Muitas de nossas
misérias nascem dessa universal
ignorância.
“Quando no absoluto, um
pobre servo predestinado pode
julgar-se rei?”
Aqueles juízes togados podem
julgar alguém? Aquele poeta por
mais sensível, por mais que escute
sua voz interior, pode aconselhar
alguém?
E a eloqüência de um idealista
que chama os outros à revolução?
Qual seria o justo prêmio dessa
missão? Um político de hoje, pode
julgar o outro?
Infelizmente os homens sempre
estudaram muito bem, a arte de
enganar.
Desperdiçaram o seu tempo em
duelos miseráveis de compra ou
venda de pérolas falsas.
Esses erros são culpa nossa.
Porque nada sabemos de nós.
Porque a nossa visão espiritual não
é suficiente para lermos neste
coração que bate em nosso peito, o
coração do nosso próximo.
Inspirado na Vida de Cristo de
Giovanni Papini.
Colaboração: Jair Yanni de Paula
Eduardo
ALARP – Academia de Letras e
Artes de Ribeirão Preto
Peregrino
8
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
Informação, Cultura e Livre Expressão
Viva o Alecrim!
(Begonia ‘Rieger’)
C
om um galhinho de alecrim nas mãos, a benzedeira do interior reza
para afastar os maus espíritos das crianças. Com a fumaça das folhas
secas de alecrim queimado, a mãe acaba com a tosse do seu bebê. E,
também com o alecrim, o homem cansado se banha para recuperar as
energias. Enfim, com esta erva prodigiosa as pessoas curam os mais variados
males. Por isso, vale a pena conhecer suas propriedades e poderes.
“Alecrim que tanto cheira
Na cabeça do meu bem,
Estou desconfiada
Que foi dado por alguém.”
Esta quadrinha que fala de alecrim, amor e ciúme pode ser vista como
uma prova da popularidade dessa erva poderosa e aromática. E, de fato, ela
merece a honra de uma quadra romântica. Afinal, além de curar as mais
variadas doenças, ainda é usada na solução de problemas sobrenaturais.
O alecrim queimado com mostarda em grão, raminhos de oliveira e
carqueja resulta num excelente defumador para trazer a sorte para dentro de
casa. Apesar de ser a erva das rezas, o alecrim dá bons resultados nos
tratamentos dos males do corpo. O “fumo” de alecrim diminui e até elimina
as crises de asma. Para prepará-lo, pegue um punhado de folhas secas de
alecrim, amasse-as bem até virarem pó, enrole uma porção num papel fino e
fume como cigarro. Com o “vinho de alecrim” os rins passam a funcionar
melhor. Prepare-o colocando 30 g de folhas frescas num litro de vinho tinto
de boa qualidade. Espere 24 horas e comece a tomá-lo em cálices após as
principais refeições. A erva também acelera o processo de rompimento e
cicatrização de abscessos. Para usá-la nesses casos, ferva 1 litro de água
com 2 ou 3 raminhos de alecrim até evaporar a metade. Depois de morno,
molhe vários panos nele e coloque em cima do abscesso, trocando sempre
que esfriarem. Quando usado em infusão, o alecrim acaba com as dores de
cabeça. Basta ferver 30 g de erva em 1 litro de água e beber o líquido morno
e coado, várias vezes ao dia, até cessar a crise.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Pêssego
Máscara Tonificante
R
Begônia-rieger
etire a casca e o caroço de
dois pêssegos. Corte-os ao
meio, coloque em um
recipiente de vidro ou porcelana e
amasse. Junte uma colher (sopa) de
farinha de trigo e amasse novamente, até conseguir uma pasta.
Aplique no rosto limpo, evitando a
região dos olhos, e retire quinze
minutos depois, com água morna.
C
om flores vermelhas brilhantes, a begônia-rieger agrada já à primeira
vista. Sua.folhagem de tom verde muito intenso, crespa e com margens azuladas, torna a planta decorativa mesmo quando não há
floração. Plante-a em um vaso largo, pois ela gosta de muito espaço para
espalhar-se livremente.
Luz: Alta intensidade, bem próxima a uma janela de face norte ou leste.
Temperatura: 10 a 27ºC, tolerando até 4ºC.
Água: Espere a superfície do solo do vaso secar, antes, de regar novamente.
Adubação: A cada mês.
Propagação: Estacas de ponteiros.
Cuidados especiais: Replante quando o vaso ficar pequeno. Use mistura
com 50% de matéria orgâ-nica.
Problemas comuns: Se houver poucas flores, mude para local mais iluminado.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Aneto
(Anethum graveolens)
S
ímbolo do amor, o aneto é uma planta delicada e muito bonita, que
enfeita qualquer horta ou jardim. Erva medicinal conhecida desde a
antiguidade, rica em sais minerais, é indicada em dietas em que o sal é
proibido. Em vasos, enfeita, perfuma e protege a casa inteira. Usada em
saches, perto do coração, ofusca o mau-olhado, os ressentimentos e os
sentimentos negativos.
Partes utilizadas: Todas.
Ajuda a tratar de: Cólicas infantis, dificuldades de lactação, estresse,
flatulência, mau hálito, pele sem viço, tensão, unhas fracas.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza.
Figo
Máscara para sardas
E
sprema o pedúnculo de uma
folha, ou de um figo verde,
sobre um recipiente de vidro
ou de cerâmica. Ele soltará um látex
(uma espécie de leite). Passe esse
leite, com os dedos, sobre as sardas,
uma vez por dia. Elas logo ficarão
claras.
Fonte: Flora – Essencial – Um guia
prático para a saúde e beleza.
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Essas pessoas especiais:
Índigo.
H
á vários anos tenho recebido
em meu consultório pessoas
com sintomas, características
e desequilíbrios muito peculiares.
Comecei a notar através do empirismo que todas elas tinham muito
em comum.
Como sempre faço quando
necessito de mais informações,
pesquisei a fundo esse assunto e
surpreso fiquei quando descobri
que outros profissionais já tinham
também feito as mesmas observações e que essas pessoas especiais
já até tinham sido catalogadas e
classificadas como pessoas Índigo.
No mês de novembro de 2005
tivemos aqui no Brasil o 1º Congresso Internacional de Pessoas
Índigo realizado em Porto Alegre e
que contou com a presença de
médicos, psicólogos e terapeutas de
vários países.
E está para ser lançado o primeiro
livro sobre esse tema.
Quem tiver interesse, pode estar
me mandando um e-mail pedindo por
artigos e mais detalhes sobre
Pessoas Índigo.
Bem, falar sobre eles em tão
poucas palavras é impossível.
Logo estarei agendando uma
palestra gratuita para maiores
esclarecimentos.
Resumindo: são pessoas especiais que se sentem não muito
confortáveis nesse nosso mundo.
Sentem-se diferentes, inadaptados.
Sempre muito sensíveis desde a
mais tenra infância, muito inteligentes e criativos.
A maioria apresenta também muita
intuição e percepções refinadas.
Seus sintomas mais freqüentes
são “alergias” (ou hipersensibilidades) principalmente a tudo
químico e artificial.
Muitos possuem dores no corpo,
localizadas ou generalizadas, con-
fundidas muitas vezes com
fibromialgias.
Mas, o sintoma mais freqüente e
comum a todos é um tipo de
depressão, não aquela descrita pela
psiquiatria como endógena; nem
aquela depressão reativa, pois não
há um motivo concreto suficiente
para gerar tal estado melancólico.
Muitos referem grande insatisfação
e vazio, muitas vezes com uma
estranha sensação de saudade de
algo ou alguém indefinidos. Mas, a
queixa mais freqüente é a sensação
de ser “um peixe fora d’água”.
De tentar ser “normal” e até tentar
gostar do que todos gostam.
E cada vez mais recebem incompreensão, desprezo e até chacotas.
Na verdade, as pessoas do seu
meio percebem suas características
especiais, mas não sabem como lidar
com elas. É tudo muito novo e fora
do convencional, do padrão conhecido.
São poucas as pessoas que os
respeitam e lhes dão tratamento
adequado.
Enfim, muitos entram em depressão profunda, e às vezes acabam
desistindo de ficar por aqui.
Há vários anos tenho feito um
tratamento especial para todas as
pessoas Índigo, esclarecendo,
orientando e indicando produtos
naturais específicos para seu
organismo e alma.
Todos respondem com rapidez e
sentem-se primeiramente muito mais
confortáveis na vida, adaptados e
passam a conseguir viver com prazer
e realização.
Acredito que todos nós conhecemos alguém, até muito próximo,
com essas características.
Hoje em dia, eles são em um
número muito grande no nosso
planeta e são simplesmente seres
humanos em fase adiantada de
evolução.
Precisamos abrir nossa cabeça e
o coração para aceitar que o mundo
já está evoluindo e as pessoas
também.
Dr. Osvaldo Coimbra Junior
Sintonizador do Sistema de
elixires Cristais de Oz
Médico Clínico Geral Radiestesista
Holístico - CRM: 54.243
(16) 3941 6116
[email protected]
9
Sonhos... realidade
Toda criança sonha.
Desde muito cedo, ela sonha e sente ser possível realizar seus sonhos.
Sente fome e seus desejos são realizados com a amamentação. Sonhou
não só saciar sua fome, mas também sentir o calor dos braços amorosos de
sua mãe.
Nessa hora, após o esforço de sugar os seios, seu sonho é realizado
através do abraço materno.
Dorme então tranqüila e o carinho que recebeu a estimula novamente a
sonhar.
Rotineiramente à medida que cresce, sendo seus sonhos realizados, sentese segura e amparada.
Então, sonha mais alto tornando-se forte para alçar vôos maiores como o
de esforçar-se para firmar sua cabecinha que tende a olhar apenas para
baixo.
Consegue!
Vê o mundo sob novos horizontes, realizando mais um sonho.
Com coragem, sonha novos movimentos como os de rolar, arrastar-se e
engatinhar.
Sonhos que são aplaudidos ao som de alegres gargalhadas dos seus
familiares.
Com certeza, sente-se bem em sonhar.
Estimulada, passa seus dias sentindo alegria em estar no mundo.
E então sonha, sonha muito, sonha sempre. E todos são realizados.
Ama sonhar e seus desejos crescem e como guerreira adquire coragem e
se esforça para ficar em pé.
Mais um sonho realizado.
Então, percebe que alguns são encorajados pelos que ama e com confiança,
tenta sozinha dar seus primeiros passos em direção àquela pessoa que
sorridente com os braços abertos, a convida mais uma vez a sonhar.
Deu certo, sonho realizado.
Mais tarde, ensaia as primeiras palavras, porque antes ousou sonhar em
articular sons e gritinhos da sua própria garganta.
Deste sonho, aprendeu como o mundo se comunicava com ela.
Então, sonha fazer tudo o que sempre via os grandões fazerem, e com
vontade, começa a desbravar lugares tentando sentir com seus próprios
sentidos as formas, cores e os tamanhos dos objetos do seu lar.
Esse sonho é muito bom, o seu mundo é fascinante.
Nessas horas, ouve palavras que, até estão não conhecia e apesar dos
sons, não desiste sonhando continuar.
Descobre ser muito bom viver.
O mundo é uma grande descoberta.
Também descobre que alguns sonhos não são bons e que às vezes doem.
Mas, como realizar sonhos é muito melhor, evita os que não foram bons,
aprendidos nas experiências anteriores.
Viver para ela passa a ser, sonhar e realizar-se, sonhar e aprender, sonhar
e criar, sonhar e...
E sonhando descobre uma palavrinha mágica: por quê? E torna suas
realizações mais complexas.
Por que isso? Por que aquilo? Por que não? Por que quebra? Por que dói?
Por quê? Por quê? Por quê?
E colhidas as informações, sonha em resolver todos os problemas
percebidos no mundo adulto e feliz, comunica aos seus, como solucionálos.
Como os adultos complicam. Sim sorriam, mas não brincavam.
- Não pode brincar porque está cansado? Trabalhe menos.
- Não tem dinheiro para comprar meu brinquedo? Dê um cheque.
- Não sabe algo? Volte para a escola.
- Bebida faz mal? Não beba.
- Como essa comida de gosto horrível pode me fazer bem?
Assim, relaciona-se com segurança sem saber, que talvez dentro de cada
grandão que se aproxima dela, pode existir uma criança que chora, por não
ter podido sonhar.
Silvana Cecílio Janeiro
Telefones: (16) 3620 7708 ou 9129 2066
Peregrino
10
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
O Ensino de Línguas Estrangeiras nas Escolas
C
onvido vocês para uma reflexão
sobre algo estranho que acontece
no ensino brasileiro sem que se
conteste ou discuta.
Antes de qualquer coisa eu pergunto: qual é o papel da escola? Em última
análise, é FORMAR. A palavra formar
concentra todos os objetivos buscados
pela escola.
Muito bem. Então, pergunto a vocês:
o ensino da língua inglesa na escola
objetiva formar o quê? Com o que pode
contribuir para a formação de nossas
crianças e jovens o ensino dessa língua
na escola?
Vejamos: contribui para a formação
do cidadão brasileiro? Aumenta a autoestima, o orgulho de ser brasileiro? Ou
talvez contribua para a formação de um
cidadão do mundo? Será que o ensino
dessa língua de origem antípoda à língua
portuguesa, ou seja, anglo-saxônica,
contribui para um melhor aprendizado
da língua portuguesa que é neolatina?
Será que contribui para um melhor
conhecimento de geografia ou de história
universais? Será que ajuda a desenvolver
o raciocínio lógico matemático?
Para todas essas perguntas a
resposta é NÃO.
E quanto à eficácia do ensino do
inglês nas escolas de 1º e 2º graus? Você
conhece alguém que fale fluentemente a
língua inglesa, que tenha aprendido a
referida língua só nos bancos escolares?
Com certeza não. Todas as pessoas que
falam inglês o aprenderam em institutos
de idiomas e a maioria esmagadora
precisou viajar para países de língua
inglesa para finalmente dominarem tal
idioma anglo-saxão. Será por incompetência dos professores? Não. Existe
algo mais forte que a determinação de
países economicamente fortes de
varrerem o mundo com a imposição de
sua língua e, conseqüentemente, sua
cultura: o aparelho fonador.
É tecnicamente impossível. Simplesmente. Uma língua com 12 sons para
a letra “a” é absolutamente vulnerável a
sotaques e a distorção é inevitável. Resta
apenas a possibilidade de uso como
língua escrita. É só viajar pelo mundo e
constatar como fala a língua inglesa um
japonês, um grego, etc.
Mas nem como língua escrita o
sistema educacional logra êxito em
ensinar. O tempo é exíguo e muito
poucos alunos tem interesse em aprender
essa língua apesar de toda a massificação
pela música, cinema, grifes, etc.
Interessante: os jovens nascem e
crescem sob bombardeio da língua
inglesa e mesmo assim não estão
interessados em aprendê-la. Isso já diz
muito por si só.
Mas voltando ao tema, então por
que insistimos em impingir o inglês às
nossas crianças e jovens?
Porque como disse no começo, a
escola FORMA. E nesse caso, forma
consumidores dóceis da cultura norteamericana e inglesa. Consumidores de
música, cinema, turismo e tudo mais que
nos chegue em inglês. É fácil constatar.
Se eu colocar aqui para tocar um Rock
em, digamos, japonês ou grego, muita
gente vai rir ou achar estranho demais.
Mas ouvimos Rock em inglês, que é
língua de origem antípoda à nossa, como
já dissemos, e achamos “natural”,
“bonito”. Nossos ouvidos foram treinados para gostar, para não estranhar,
para consumir. E assim a escola atingiu
o único objetivo que tem podido alcançar
com o ensino do inglês: formar consumidores de inglês. Não falantes. Não
leitores. Não usuários. Não beneficiários. Apenas dóceis consumidores.
O espanhol é ainda recente como
disciplina em nossas escolas mas a
pergunta também cabe em se tratando
dessa língua porque as crianças e jovens,
apesar da proximidade da origem
lingüística do espanhol com o Português, estão saindo da escola sem saber
falar espanhol.
Logo surge uma pergunta óbvia: por
que o Brasil, nação soberana, ensina
inglês a crianças e jovens brasileiros? E
da forma que ensina, ou seja, para
formar dóceis consumidores? O que o
Brasil ganha com isso? Apoio Norte
Americano para transações internacionais como, por exemplo, a ALCA?
Quem afinal ganha com isso? Digo, no
Brasil? Mesmo essa frase de efeito
elaborada para vender cursos de inglês
“aprenda inglês e melhore seu salário”,
não é o que move os cérebros pensantes
do MEC a manterem o inglês como
disciplina obrigatória nas escolas.
Disciplina, aliás, que não pode reprovar
ou reter alunos, mas que rouba tempo
precioso de aprendizado de matemática,
português, história ou a tão urgente e
indispensável disciplina “Ética”.
Um país sério, democrático e que se
preocupa com seus cidadãos, deveria ter
em todas as escolas da rede pública seja
municipal, estadual ou federal, um centro
de línguas, onde a criança e o jovem pudessem aprender gratuitamente e sem
obrigatoriedade. Ou seja, inglês,
espanhol, italiano, francês, alemão, etc.
Esses centros ofereceriam cursos em
período de aula oposto ao do aluno. No
período de aula o aluno aprenderia
disciplinas que FORMAM. No outro
período encontraria na escola cursos de
línguas, de graça, onde participariam
crianças e jovens interessados em
aprender, já que procuraram tais cursos.
Formaríamos uma diversidade de
habilidades e competências lingüísticas
para uma sociedade etnicamente plural
como é a sociedade brasileira para um
mundo globalizado e não “anglicizado”.
Ofereceríamos oportunidades reais de
aprendizado de línguas para crianças e
jovens brasileiros que não podem
freqüentar escolas particulares de
línguas. Isso sim seria ensino de
qualidade gerador de oportunidades.
E o Esperanto? Essa língua neutra
reconhecida e recomendada pela Unesco
que pediu em resolução oficial aos
Estados Membros que passassem a
“instigar a introdução de programas de
estudo sobre o problema da língua e
sobre o Esperanto em suas escolas e
suas instituições de ensino superior”
(resolução de 8.nov.1985 na 36ª sessão
plenária em Sófia, Bulgária). E o Brasil
é membro da Unesco.
Experiências realizadas em vários
países demonstraram que o Esperanto,
além de ponte lingüística de fácil domínio
e neutra, ou seja, não impõe a cultura de
determinado povo a quem o aprende, é
propedêutico. Aprendendo o Esperanto,
a criança na fase pré-escolar, desenvolve
habilidade fonética para o aprendizado
de línguas porque trabalha todos os
pontos de articulação da caixa de
ressonância do aparelho fonador. Ou
seja, o Esperanto promove nessas
crianças um desbloqueio fonético
tornando-as capazes de pronunciar os
sons de outras línguas.
Para as crianças do 1º e 2º graus, o
Esperanto desenvolve o raciocínio
lógico matemático, estimula o aprendizado de história e geografia assim
como o interesse por conhecer as
culturas dos povos do mundo. O
Esperanto forma cidadãos, do país onde
é ensinado, porque estimula o sentimento de fraternidade e cooperação e
porque não cria sentimentos de inferioridade frente àqueles povos cujas
línguas, crianças e jovens vêem-se
obrigados a aprender. O Esperanto
forma cidadãos do mundo porque os
textos didáticos desenvolvidos para o
seu ensino falam sempre de diversos povos e não de um só e o foco das situações
é sempre humano e não doutrinatório.
O aprendizado do Esperanto facilita
a compreensão da língua portuguesa
devido a sua estrutura gramatical lógica
e simples. E mais: o Esperanto é uma
língua possível de se ensinar na escola
de 1º e 2º grau. Estudos mostram que o
Esperanto é pelo menos dez vezes mais
fácil de aprender do que o inglês,
conforme noticiou a revista News Week
de 11 de agosto de 2003. O aluno pode
sair realmente falando, comunicando-se
através dele. E comunicando-se com o
mundo porque o Esperanto está presente em quase todos os países do
mundo e de maneira organizada: A
Associação Mundial de Esperanto
mantém relações oficiais e consultivas
com a Unesco e uma rede de delegados
em todo o mundo.
O mundo inteiro não fala Esperanto
ainda, mas no mundo inteiro se fala
Esperanto. Por isso o Itamaraty estuda
oferecer cursos de Esperanto aos
diplomatas brasileiros, como noticiou o
Jornal O Globo de 3 de outubro de 2003.
A Internet é uma ponte de
aproximação entre todos os povos do
mundo, mas é preciso vencer a barreira
lingüística para cruzar essa ponte com
plenitude.
O Esperanto é a melhor resposta
para uma inquietação da Unesco e de
estudiosos de todo o mundo nos dias de
hoje: preservar a diversidade cultural do
planeta, ameaçada pelo bombardeio
unilateral de culturas de países
economicamente fortes. A diversidade
cultural está tão ameaçada quanto a
biodiversidade, conforme demonstra o
ilustre professor e escritor italiano
Umberto Eco (autor de O Nome da
Rosa) quando diz: “Em minhas
freqüentes viagens a muitos países,
principalmente à França e à Alemanha,
tenho ouvido constantemente queixas de
que a língua inglesa, tendo-se hipertrofiado no nível de língua internacional,
constitui-se num perigo de natureza
imperialista para as línguas nacionais,
as quais vão perdendo terreno diante
dela. Então digo-lhes: a solução é simples. Comecem a ensinar o Esperanto a
seus filhos e o perigo desaparecerá.”
O Esperanto contribui para a
formação de seres éticos porque
promove a democracia lingüística nas
relações internacionais e a crença na
igualdade entre os povos. Em outras
palavras, o aprendizado do Esperanto
forma humanistas.
Mas se em um primeiro momento,
a escola brasileira deixar de tratar seus
filhos, os brasileiros, como vassalos
consumistas de tudo que venha em
língua inglesa e utilizar o escasso tempo
de sala de aula FORMANDO aquilo que
realmente interessa ao Brasil. Se puder
oferecer ensino pluricista de línguas em
centros de idiomas estabelecidos em cada
escola pública, convidando e estimulando o seu aluno a espontaneamente
aprender a língua que quiser, oferecendo
aos mais carentes oportunidades (no
plural) para competir em uma sociedade
cada vez mais plural. Se puder contribuir
dessa forma para uma globalização não
pasteurizante, não homogeneizante e
destruidora da diversidade cultural, mas
sim enriquecedora e enriquecida pela
fruição dessa diversidade, já terá dado
um enorme passo em direção ao futuro.
O Esperanto pode vir depois. O Esperanto é um caviar cultural. Precisamos
ter capacidade e coragem para cuidar,
pelo menos, do arroz com feijão.
Precisamos instituir um “Fome zero de
cultura”.
Trecho de Palestra proferida pelo
Prof. Pedro Cavalheiro, no evento
“Esperanto nas Arcadas II” ocorrido
no dia 10 de outubro de 2003 na
Faculdade de Direito da USP no largo
de São Francisco em São Paulo.
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
Peregrino
11
Informação, Cultura e Livre Expressão
Do Tibet ao Peru – Antônio Ricardo
Nahas
Star Wars e a Filosofia – William
Irwin
Você é maior do que pensa – Lou
Austin
Iluminação Interior – Mensagens e
temas para meditar - J. B. Oliveira
Este livro fala da caminhada do autor
que parte do conhecido para aventurar-se em busca do desconhe-cido.
Relata a caminhada do herói, aquele
que sai em busca de respostas para
seus questio-namentos e retorna
para devolver ao mundo a bagagem
que recebeu, mesmo que não
tenham sido sanadas todas as
questões. Fala de experiências
compartilhadas em diferentes locais
do planeta, com povos de diferentes
culturas. É um livro sobre busca
espiritual, sobre autoconhecimento,
sobre a coragem de prosseguir na
grande aventura da vida.
Enfim Ribeirão Editora e Gráfica Ltda.
Tel.: (16) 3941 1507
A fim de discutir aspectos de
algumas situações e dos principais
personagens da série, os autores e
mais 15 estudiosos de filosofia –
fundamentados em pensadores
como Platão, Aristóteles, Heidegger,
Hegel, William Clifford e outros –
tentam desvendar parte dos grandes
mistérios que rondam o filme. Guerra
nas Estrelas e a Filosofia, mais
poderoso do que você imagina é uma
preciosa releitura de toda uma saga
que fascina gerações.
“Que a força esteja com você!”
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Neste livro, um empresário conta
com toda a franqueza que era um
fracassado até descobrir que
possuía um Sócio. Ele considerou
isso a maior descoberta de sua vida.
Uma descoberta que lhe proporcionou amor, alegria, realização e paz
interior. Esse empresário foi levado
a uma outra descoberta: a de como
permanecer consciente da presença
de seu sócio. Estas descobertas
produziram uma completa transformação em sua vida. Este livro é o
resultado dessa descoberta e dos
surpreendentes benefícios que
fluem dela.
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É mais do que um convite, uma
oportunidade para você buscar a
iluminação de seu ser interno –
fagulha do Macrocosmo que é seu
deus interior, o Microcosmo – pela
meditação sobre assuntos e temas
de relevância espiritual e humana. O
leitor terá a possibilidade de conhecer um pouco mais a respeito da
Escrituras Sagradas e da presença
de Deus na Humanidade. Este livro
é um facilitador para a construção
da fé, da esperança e da renovação.
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1 e 2 – Curso de Formação em Crânio-Sacral - Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139
8723.
De 3 a 15 - Curso de Formação de Babás Conscientes – Ribeirão Preto / SP – Informações: PAE – Proteção Através da Educação – (16) 3620 7708 / 9129
2066.
4 – Palestra - Tema “Radiestesia e Radiônica” – Ribeirão Preto / SP - Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336.
8 – Curso de Reiki II – Ribeirão Preto – SP / - Informações: Raios de Sol – (16) 3636 3531.
9 – Curso de Radiestesia / Radiônica e Gemoterapia – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336.
17 - Oficina Terapêutica - “Brincando com Fios”: Trabalhos Manuais e Contos de Fadas. – Ribeirão Preto / SP – Informações: Lílian de Almeida Pereira –
(16) 3964 6674 / 9118 7261.
29 - Curso de Geoterapia – Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139 8723.
Maio
6 - Curso de Reiki I – Ribeirão Preto – SP / - Informações: Raios de Sol – (16) 3636 3531.
6 e 7 - Cabala Universal - Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139 8723.
7 e 28 – Curso de Radiestesia / Radiônica e Gemoterapia – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336.
De 20 a 23 – Palestra e Seminário de Reiki - Ribeirão Preto / SP - Informações: Energia Superior - (16) 3639 4271.
Assinar / Anunciar - (16) 3621 9225 / 9992 3408
12
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
BOM DIA, TRISTEZA
T
enho fama de ser alegre. E, de
fato, tenho tendências ao riso.
Se a tristeza empata meu
caminho consigo substituí-la rapidamente ou pelo menos minorá-la
observando situações, digamos
assim, passíveis de riso. Hoje,
acordei triste. Sem motivo, sem razão
aparente, estava eu posta em
tristeza. Foi uma surpresa geral.
Todos queriam saber o que acontecera comigo. E, se acontecera,
queriam ensinar-me como voltar a
ser a alegre criatura de ontem. Para
que eu continuasse a ser a alegre
Mariza de amanhã. E mais. Queriam
dar nome ao meu sentimento. O
nome seria: tristeza por alguma coisa.
Poderia ser tristeza por ter brigado
com alguém, tristeza por ter
suportado as grosserias de alguém,
tristeza por ter engordado dois
quilos (esta diz respeito às
mulheres), tristeza por isto ou por
aquilo. Bach coloca as tristezas das
quais conhecemos as causas no
Grupo da Incerteza e da Insegurança. Aquelas das quais
desconhecemos os motivos estão
inseridas no Grupo da Falta de
Interesse no Presente. Ocorreu-me
que se dissermos o porquê de
estarmos tristes, se estivermos
incertos ou inseguros por algo de
real que nos aconteceu somos
melhor entendidos por nós mesmos
e pelos outros. Quão difícil é ficar
triste por nada. Sim, porque precisamos de nomes. Inferências por
raciocínios mirabolantes nos levam
a obscurecer o verdadeiro motivo.
Permitem que nos afastemos da
verdadeira causa responsável por
nossa melancolia. Então, onde já se
viu ficar triste sem mais nem menos!
Se não temos consciência de algo e,
aqui, leia-se consciência validada
pelo grupo, estamos beirando a
loucura.
Acontece que todos temos
momentos em que nos damos conta
de que estamos afastados de algo
que deveríamos fazer. Sentimos que
estamos fazendo menos do que
deveríamos fazer. Sentimo-nos
pequenos e ao mesmo tempo
sabemos que somos grandes em
nossa individualidade e que devemos traçar e trilhar um caminho que
é nosso. Acostumados a depender
de respostas curtas e que nos
satisfaçam temporariamente, podemos entrar em depressão. Surpreendentemente estaremos sendo
dirigidos para o lugar correto: lá
onde de verdade poderemos saber
quem de fato somos, lá onde de fato
poderemos ser tristes. Não estou
fazendo a apologia das depressões
mesmo porque elas podem ser muito
graves. Apenas estou afirmando que
elas não vêm de graça e que devem
ser ouvidas, assim como todo
desequilíbrio que nos acomete.
Einstein dizia que Deus não joga
dados. Acredito que no que diz
respeito à Sua obra mais perfeita.
Nada fez Ele por acaso. Temos olhos
de ver, ouvidos de ouvir e ouvimos
e vemos o óbvio. Temos outros
sentidos mais apurados que nos
levam a mergulhar em nós mesmos
para chegar o mais próximos do
intento Divino. O floral Mustard
pode ajudar e muito nestes quadros,
melhorando o estado geral, restituindo o ânimo e a vontade de viver.
Porém, sua maior contribuição é a
de trazer à consciência o que está
prestes a dar luz. Trata-se de
promover uma forma de ser mais
estável capaz de entender a tristeza
como agente de crescimento e,
portanto, de transmutá-la em alegria
e vontade de viver. Cabe aqui
lembrar que Mustard significa
Mostarda o que remete à parábola
de Cristo sobre o grão de mostarda.
Em Mateus 13,31 ele compara o
reino dos céus a um grão de
mostarda que um homem pega e
semeia no campo. Este grão é a
menor de todas as sementes, mas
quando cresce, torna-se árvore em
cujos ramos as aves vêm pousar.
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr. Edward Bach
Foundation, Escritora e membro
da UBE
[email protected]
D
Ribeirão Preto - SP - abril/2006
A IMPORTÂNCIA DO
PERGUNTAR
urante séculos, o ser humano
é questionado sobre o que é
o mais importante, saber
responder ou saber perguntar, quem
é o verdadeiro sábio aquele que tem
respostas para tudo? Ou, aquele que
sabe questionar o que lhe foi
imposto?
O homem deve sempre agir com
prudência, aquele que tem respostas
para todas as questões, agindo com
excesso, coloca sua reputação em
perigo, pois quando não se tem o
domínio sobre si próprio, ninguém
irá admirá-lo, mas sim censurá-lo. A
paixão dos tolos é a pressa, como
não sabem o que é verdadeiro, não
param para pensar.
O sábio ao contrário, possui
reservas de paciência, não se afoba,
pois só a perfeição tem o verdadeiro
valor, dando mais valor ao saber
perguntar, pois assim desenvolve
pensamentos, vai a busca do
inimaginável, do inatingível.
Os verdadeiros sábios buscam
verdades e por mais difícil que seja
encontrá-las nunca desistem ou
pensam que não existam. Em nossas
vidas também devemos procurar
nossas respostas e é importante
conhecermos o que foi dito em
outras épocas para que possamos
formar uma opinião própria.
A partir do momento em que
tivermos a idéia de que fazemos
parte de um grande mistério, temos
consciência de estarmos participando de um enigma e procuramos
explicações para isso.
A única coisa de que precisamos
para nos tornar bons filósofos é a
capacidade de nos admirarmos com
as coisas. Os grandes sábios são
comparados a uma criança, pois
tanto um quanto o outro ainda não
se acostumaram com o mundo e não
pretendem se acomodar com as
coisas.
Aqueles que possuem resposta
para tudo, são as pessoas que acham
que não vale a pena chegar a um
conhecimento superior, pois sua
visão sobre o certo e o errado é
limitada, acham que o questionamento, prejudica sua formação.
O dialogo é um dos exercícios
que devemos praticar para a busca
da sabedoria, pois assim nos são
apresentadas opiniões sobre o que
questionamos, e assim somos
forçados a elaborar as próprias
idéias, indo de encontro com a alma
e adquirindo, a partir de então, uma
existência autêntica e verdadeiramente original.
O homem sábio deve: saber
perguntar, ter inteligência e discernimento. A imaginação é um dom
notável, mas é muito mais notável
aquele que sabe perguntar bem e
entender o que é colocado. A
inteligência deve ser aguçada, deve
irradiar luz. Capacidade e grandeza
se medem pela virtude e não pela
sorte. O sábio estima todos, pois
reconhece o que há de bom em cada
um e sabe como custa chegar ao
verdadeiro conhecimento.
Bibliografia:
Gaarder, Jostein – O Mundo de
Sofia: romance da história
filosófica / Jostein Gaarder;
tradução João Azenha Jr. – São
Paulo: Companhia das Letras,
1995.
Renato Ribeiro Velloso
Sub-Coordenador do Núcleo de
Desenvolvimento Acadêmico da
Ordem dos Advogados do Brasil –
OAB SP e Membro do Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais
– IBCCrim.
[email protected]
ILUSÃO DE ÓTICA
Acredita que todas as três
linhas do desenho abaixo têm o mesmo raio de
curvatura?

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