Informação, Cultura e Livre Expressão
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Peregrino das Letras IMPRESSO Informação, Cultura e Livre Expressão PREÇO NAS BANCAS R$1,00 www.jperegrino.com.br DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Ribeirão Preto - SPIV- Ano - Nº 12 - abril/2006 Ribeirão Preto - SP - Ano - Nº 41VI - Setembro/2003 - R$ 1,00 “A metade do mal realizado no mundo se deve às pessoas que querem sentir-se importantes.” T. S. Eliot Cadelas gestantes: cuidados com a alimentação Página 3 Meditação para nossa época Página 4 Você não tem comparação Página 5 Cuidando da criança que está perto e dentro de nós Página 6 Piolin Página 7 Saúde Página 8 Essas pessoas especiais: Índigo Página 9 O ensino de Línguas estrangeiras nas escolas Página 10 Livros e Agenda de Cursos Página 11 Bom dia tristeza Página 12 Peregrino 2 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial C ecília Meireles diz que escreveu seu livro Romanceiro da Inconfidência porque foi tomada pelas personagens quando esteve em Ouro Preto. E eles a seguiram, fantasmas a ditar palavras, a oferecer métricas. O resultado é um dos livros mais belos de poesia, livro este composto em quatro anos de solidão e de aquiescência a vozes do universo inconfidente, segundo palavras da autora. Neste mês em que se comemora “Tiradentes”, oferecemos a vocês um dos poemas mais tocantes da obra de Cecília em que se fala da traição de Joaquim Silvério: ROMANCE XXXIV OU DE JOAQUIM SILVÉRIO Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros ... - e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glórias, privilégios. E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes! Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério! Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete. Ele topa uma figueira, tu calmamente envelheces, orgulhoso e impenitente, com teus sombrios mistérios. (Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes.) Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Utilidade Pública Vacina anticâncer (pele e rins) Já existe vacina anticâncer (pele e rins). Foi desenvolvida por cientistas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de câncer, que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada. A vacina é fabricada em laboratório utilizando-se um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente. Nome do médico que desenvolveu a vacina: José Alexandre Barbuto, Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma. Telefone do Laboratório: 0800-7737327 (falar com Dra. Ana Carolina ou Dra. Karyn, para maiores detalhes). http://www.vacinacontraocancer.com.br Livros grátis pela internet (MEC) Trata-se de um link muito interessante e útil! Imagine um lugar onde você pudesse ler gratuitamente todas as obras do Machado de Assis, as obras como a “A Divina Comédia” ou ter acesso a historinhas infantis? Que este lugar lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo da Vinci, ou você pudesse escutar gratuitamente uma música em MP3 de alta qualidade? Pois o Ministério da Educação, está disponibilizando tudo isso. Basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br Só de Literatura em língua portuguesa tem 732 obras! ILUSÃO DE ÓTICA Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz [email protected] JPeregrino (16) 3621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000 Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz WebDesign Francisco Guilherme R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 3621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] Acredita que a linha do meio do desenho tem a metade do tamanho das linhas de cima e de baixo? Assinatura do Peregrino 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Telefones (16) 3621 9225 / 9992 3408 e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Peregrino Cadelas gestantes: cuidados com a alimentação A alimentação deve ser o primeiro parâmetro a ser considerado quando se pensa em acasalar a cadela, uma vez que para que a ninhada seja saudável dependerá plenamente da saúde da mãe. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo do acasalamento e prosseguirem, pelo menos, até o desmame dos filhotes, pois a cadela precisará de muita energia durante a amamentação. Como gordura não é sinal de saúde, recomenda-se que a fêmea não esteja obesa na ocasião da cobertura (aliás, o ideal é que em nenhuma ocasião a obesidade se faça presente!!), pois em caso da necessidade de se fazer uma cirurgia cesárea, as dificuldades seriam bem maiores. Durante o período de gestação, as necessidades nutricionais da fêmea são muito maiores; deverá haver um incremento de elementos como proteínas, vitaminas e sais minerais, que poderão ser fornecidos através de uma boa alimentação, preferencialmente rações com balanceamento super premium, 3 Informação, Cultura e Livre Expressão apropriadas à nutrição das gestantes. Recomenda-se ainda uma suplementação de vitaminas e minerais, especialmente o cálcio, fósforo, flúor, zinco, cobre entre outros, que deverão ser monitorados pelo médico veterinário. Aos proprietários que preferirem alimentar as cadelas com outros alimentos que não rações, é recomendável evitar alimentos que possam causar fermentações digestivas (ex. farináceos), que levarão à produção de gases e conseqüentemente poderão ocorrer as indesejáveis cólicas intestinais trazendo muito mal estar e sofrimento. Para se evitar transtornos digestivos, principalmente durante a segunda metade da gestação (que tem uma duração aproximada de 60 a 63 dias) deverá ser oferecido um maior número de refeições ao dia com menores quantidades de alimento por refeição, além de água fresca à vontade durante todo o tempo. A moderação de exercícios também é recomendada. Após o nascimento da ninhada, durante o período de amamentação que será de aproximadamente 40 a 45 dias, a alimentação fortemente balanceada deverá ser mantida, para que tanto a cadela quanto os filhotes possam ter um desenvolvimento saudável e livre de carências nutricionais. Dr. Mussi A. de Lacerda Médico Veterinário CRMVSP 3065 Gavião-real A ficha do bicho Nome popular: Gavião-real, harpia. Nome científico: Harpia harpyja Quanto vive: Até 25 anos Quanto pesa: 6 quilos Onde vive: Florestas do Brasil e América Central O que come: Macacos, preguiças e pássaros Reprodução: Um ou dois ovos, incuba 56 dias. O gavião-real é a maior águia brasileira, tem pernas e garras muito fortes e recursos de vôo que fazem dele um verdadeiro avião de caça. Essa ave é capaz de manobras arriscadas em alta velocidade, tanto que pode mergulhar, entrar no meio da copa das árvores, agarrar um macaco com as potentes garras que tem e voltar a se elevar carregando a presa, sem necessidade de pousar. A harpia se distingue dos outros gaviões e águias pelo cocar que tem na parte de trás da cabeça, que levanta quando está irritada. Cocar esse que serviu de modelo para os índios brasileiros. Os índios consideravam valiosa as penas desse gavião, negras com listras brancas, e por isso mantinham a ave em gaiolas nas aldeias, colhendo as penas à medida que cresciam. O ninho da harpia é feito sobre árvores de 50 metros, forrado com pêlos de macaco para aquecer os filhotes, e hoje é cada vez mais raro, pois o animal está desaparecendo. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão Luiz Roberto de Souza Queiroz. Peregrino 4 Meditação para nossa época Elementos para a expressão O Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Informação, Cultura e Livre Expressão efeito natural e correto da meditação é a atividade interna e externa. Neste artigo nos ocuparemos da ação externa. Realizamos a ação externa em todo momento. Sem refletir nisto, involuntariamente ou não, freqüentemente às cegas, e cometendo todo tipo de erros. A ação é óbvia e simples, contudo, a ação correta é muito difícil. Devemos recordar sempre que a ação humana pode ser tão construtiva e benéfica como fútil, carente de significado, daninha e destrutiva. Daí a necessidade de compreender a grande responsabilidade em que isto implica. Para tanto, consideramos detalhadamente as características da correta e eficaz ação: a ação “perfeita”. O primeiro incentivo ou fonte de ação é, ou deveria ser, a vontade. Vontade diante de todo propósito e motivo, e depois orientação. Por conseguinte, a voluntariedade deve ser a fonte da ação e a energia inerente em todo o processo da atividade. Motivo implica escolha: devemos eleger o bom, o que significa que nos há de impulsionar a vontade ao bem, aspecto dinâmico do amor. O pensamento deve seguir a vontade e ele possibilita um inteligente ou melhor dizendo, um sábio planejamento. Uma boa execução requer planejamento cuidadoso ou formulação de um programa claro. Isto constitui a quarta etapa da vontade, porém não é necessário dar instruções especiais sobre este ponto, já que é evidente e na atualidade reconhecido amplamente. Manifesta-se na forma pelas quais os governos e grandes organizações levam a cabo seus propósitos mediante planos trienais, quadrienais e setenais. Analogamente o planejamento é necessário para propósitos espirituais e para todo esforço de preparação para estes novos tempos, porque o efeito de qualquer ação depende primariamente da qualidade da causa que a originou. Para ter êxito é necessária a meditação reflexiva, e seu valor surge como meio imprescindível de preparação para realizar uma ação externa construtiva. O terceiro elemento é o sentimento, particularmente na forma de amor. Devemos sentir que nossa ação é correta, valorizar nosso objetivo e ainda amá-lo. Desta maneira poderemos dirigir o enorme potencial do sentimento até um propósito útil. Se transmutada e dirigida corretamente, a poderosa força de nossos impulsos pode agregar um forte ímpeto para a ação. Isto sempre foi sabido e suspeitado e tem sido mais ou menos aplicado em forma consciente, porém a psicologia moderna está investigando cuidadosamente e desenvolvendo uma “psicodinâmica” científica. Apresenta já técnicas eficazes que se aplicam cada dia com maior eficácia na psicoterapia e na educação, podendo ser auto-aplicadas. G.E.M.A. – Grupo de estudos de metafísica aplicada http://www.iniciados.org/ Bellini Família de pintores italianos que tiveram papel dominante na vida artística de Veneza. Jacopo Bellini (c. 1400 – c. 1470), o fundador da fortuna da família, era pai de Gentile e Giovanni. Estudou com Gentile da Fabriano e por volta da metade do século já dividia com os dois filhos um próspero ateliê em Veneza. No entanto, seus quadros mais importantes desapareceram e a maioria dos que restaram são representações muito simples e tradicionais da Virgem com o Menino Jesus. Gentile Bellini (c. 1429 – 1507) assumiu a direção do estúdio. Como o pai, foi bastante admirado por seus contemporâneos, mas, da mesma forma, muitos de seus trabalhos desapareceram. As obras mais famosas reconhecidas hoje são duas enormes telas religiosas expostas na Academia de Veneza, notáveis pela riqueza de detalhes anedóticos sobre a vida da cidade na época. Giovanni Bellini (c. 1430 – 1516) foi o maior artista da família, tendo ajudado a transformar Veneza de uma cidade provinciana, do ponto de vista artístico, em rival das renomadas Florença e Roma. Como Antonello de Messina, foi um dos primeiros mestres da pintura a óleo. Seu tema favorito era a Virgem com o Menino Jesus. Foi o pintor da República Veneziana de 1483 até sua morte, influenciando muitos dos maiores artistas da geração seguinte. Jovem mulher diante do espelho 1505 A apresentação no templo 1459 Aliança pela Infância O documentário “Falcão” que chocou o Brasil pela crueza de sua realidade, expõe a falta de confiança no futuro que a grande maioria das crianças que vivem perto do tráfico de drogas, do banditismo e da idolatria ao poder das armas e do dinheiro, vivenciam em seu cotidiano. Crianças brincando de vender “pó” (cocaína) e de eliminar o “X-9” (delator), mostram como a criança digere e interioriza a realidade através da reprodução lúdica. Nesse caso, chocante! Podemos não ficar somente na lamentação e passar à ação. É importante que tenhamos a consciência de que o problema é nosso e que, através da infância, e principalmente da qualidade dela, é que surge a possibilidade de resolução de problemas. Urge que façamos algo pela infância, para determos as conseqüências desastrosas que a má qualidade infantil deixa como seqüela à sociedade. Convido a todos aqueles que se interessem pela qualidade da infância a se juntarem ao Movimento Aliança Pela Infância que já existe no Brasil desde 2001, e tem como sua fundadora no Brasil a maravilhosa figura de Ute Craemer, uma mulher corajosa que conseguiu, junto com outras pessoas igualmente corajosas, mudar a triste realidade da favela Monte Azul e trazer luz e brincadeiras a crianças que passaram a acreditar no futuro. Aqui em Ribeirão Preto, o movimento tem como sede provisória a Rua Sete de Setembro, nº 982 – Telefone: 3941-3669 – falar com Marina. Políticos, empresários, educadores, médicos, estudantes, pessoas... vamos nos unir e trabalhar pelo direito que a criança tem de ser criança. Marina Fernandes Calache Pedagoga Curativa, Terapeuta do Movimento, Visão Ampliada pela Antroposofia Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Peregrino 5 Informação, Cultura e Livre Expressão “Você não tem comparação” E m essência, o ser humano é feliz. Por mais que as pancadas da vida façam com que você discorde desta afirmação, ela é verdadeira. Nossa essência é potencialmente feliz. Nascemos com esta possibilidade. Mas, onde a perdemos? Quando nos desviamos deste caminho bom? Toda criança é linda. Tem alegria e desprendimento para viver na sua fantasia. Ela pode ser uma princesa, um super-herói, o que quiser. Na sua imaginação ela pode tudo, não há limites. Com isso percebe que tudo está certo no seu mundo e ela está perfeitamente encaixada nele, sentese como parte do todo, integrada. Não se vê de forma diferente. É simplesmente Feliz. As pessoas são felizes até o momento em que começam a se enxergar pelos olhos dos outros. O rompimento acontece no exato momento onde ocorre a comparação. Vamos entender melhor: Quando se inicia a vida social, esse serzinho frágil, inocente, molinho, vai enfrentar o que será, daqui pra frente, o seu maior inimigo: OS OLHOS DOS OUTROS. Conforme a criança cresce, ela se dá conta que é inserida no meio social, e este vai se expandindo diaa-dia: são os primos, amigos do condomínio, vizinhança, praça, play ground e escolinha. Aumentando o contato com outras pessoas, ela vai começar a perceber-se no mundo. Como ela reage às pessoas e como as pessoas reagem a ela. Muita coisa importante para a vida do ser humano depende de como ele interage com o meio. Por exemplo, um menininho em meio às suas brincadeiras percebe os amiguinhos rirem das suas orelhas. A princípio não vai entender porque as crianças estão rindo. “Qual é o problema deles?” Nunca nem havia prestado atenção que as suas orelhas existiam. Agora os coleguinhas riem dizendo que elas são de “abano”. “O que é orelhas de abano, mãe?” E a mãe gela, percebendo que o filho entrou para o mundo e sente pena, medo e aninha o filho nos braços. “Não é nada não. Você é lindo”. Mas de tanto falarem, ele começa a prestar atenção nas orelhas de todas as cabeças que se aproximam dele. Está feito. Passou a comparar. E pela primeira vez sentiu-se feio e não fazendo parte do mundo. Talvez ele fosse o “errado”, e as outras crianças com “orelhas normais” fossem as certas. A sua espontaneidade foi se perdendo, diminuiu a vontade de brincar e de ir pra escola. Agora o mundo girava em torno de suas orelhas. Como a felicidade, que ele já havia conhecido, havia ido embora, torna-se desejoso de que ela voltasse. Se houvesse um jeito de arrancar fora o problema, ou seja, as orelhas? Talvez assim ele fosse feliz de novo. Percebe então, que mesmo arrancando fora as orelhas, sempre haverá outras formas de comparação: Zezinho tinha mais brinquedos, Arturzinho era mais popular, o tênis do Toninho era melhor, o Felipe fazia mais gols. Tudo o que antes não era percebido, hoje é visto com lentes de aumento. Conforme a pessoa cresce, começa a criar uma casca protetora. Não pense que esse tormento acaba conforme crescemos. Não! Uma vez aprendido, nunca mais isso pára. Mas calma, nem tudo está perdido: Tudo na vida tem dois lados, e o lado bom desta história é que ela acaba com a onipotência e faz com que a criança perceba que o mundo é feito de muita gente, com gostos e opiniões diferentes. Muitas vezes a comparação nos faz crescer. Como? Para tentar nos superar e melhorar devemos nos comparar a nós mesmos – este é o tipo de comparação que nos faz bem. Tentar ser hoje melhor do que fomos ontem. E quando “caímos em tentação” e nos comparamos com os outros, precisamos ter clara a noção do limite. Só devemos exercer uma certa comparação mínima e saudável, senão perderemos a noção do que é valoroso para nós. Se nos compararmos sempre, corremos o risco de não saber mais o que é bom e essencial, dando valor ao que é supérfluo e banal. O errado. Afinal, o que é bom para o outro, pode não ser bom para nós. Sempre se lembre que somos nós quem damos significados às nossas vidas. Quantas coisas deixamos de conquistar porque nem sequer fizemos uma tentativa para pelo menos testar se a nossa suposta incapacidade é real ou imaginária. Aceitamos que não somos bons e ponto final. Para haver esta triste conclusão, houve uma voz interna dizendo: você é feio, orelhudo, diferente, incapaz. São as vozes do nosso passado que se tornam a nossa própria voz no presente e passamos a fazer para nós o que os outros fizeram. Ah, que felizes aqueles que conseguem uma voz interior que toque música suave e declame poemas de amor. E para ilustrar o nosso tema de hoje, usarei uma historinha que andou circulando na Internet: “Havia uma corrida de sapos, onde deveriam chegar ao alto de uma imensa torre. Iniciada a corrida, cada um dos participantes dava o melhor de si, mas a torre era muito alta. A platéia começou a comentar: Ih, não vão conseguir, é muito difícil”, “É melhor desistirem”. Os sapos continuavam correndo, mas dois competidores já haviam abandonado a prova. A multidão continuava: “É impossível, não têm como conseguir”. Mais alguns paravam. Mas havia um sapo que parecia indiferente a tudo e corria obstinado para o seu destino. “É melhor desistirem”. “É muito difícil”. Um por um todos foram desistindo, menos aquele sapinho, que conseguiu com muito esforço chegar ao alto da torre e vencer a corrida. Depois descobriram o segredo do sapo: ele era surdo”. Para vivermos melhor, deveríamos, desde pequenos, sermos surdos para certos comentários e bons ouvintes para outros. Não podemos mudar o nosso passado, mas podemos mudar o nosso presente e nosso futuro. Não ouvir certas coisas nos fará crescer, pois não colocará a noção de limitação em nossas vidas. Um atleta olímpico chega àquelas marcas espantosas porque ele tenta primeiro superar a si mesmo. Vencer os seus próprios limites e expandir a sua capacidade. Se o treinador, ao invés de dizer palavras de incentivo, só dissesse palavras de desencorajamento este atleta não conseguiria sair do lugar. Se ele sabe que conseguiu tal vitória hoje, vai se esforçar para ser melhor que ele mesmo amanhã. Não adianta ele tentar vencer o outro se não tiver superado a si mesmo antes. Seja surdo. Se dê esse direito. Comece a treinar uma audição seletiva, onde só serão assimiladas as coisas boas. Tudo o que não servir para o seu crescimento que seja automaticamente descar-tado. Não tem utilidade nenhuma. Jogue fora. Não ouça. Fuja, o mais rápido que conseguir. Lembre-se de que você sempre foi lindo, capaz e correto, porque você é único. Não existe outro como você. Então, você é certo do jeito que é. A comparação com outra pessoa não tem valor porque se trata de duas pessoas diferentes. Uma tem certos talentos, outra tem outros talentos. Uma tem um rosto de um jeito e outra tem diferente. Não existem dois iguais. A beleza reside nisso: a diferença. Você é certo do jeito que é. Seja surdo, volte a ser você mesmo e ganhe a felicidade que você havia perdido quando era criança. Maria de Fátima Hiss Olivares Psicóloga Clínica Peregrino 6 Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Informação, Cultura e Livre Expressão Cuidando da Criança que está Perto e Dentro de Nós Jurandir Andrade – Psicoterapeuta, Escritor L embrar o mundo infantil é mergulhar em nosso mundo de fantasias, de buscas, de descobertas incríveis, vasculhar o que há de mais original e espontâneo em cada um de nós. Os adultos, infelizmente, reagem diante do mundo infantil com bastante preconceito e, eu diria, até com um pouco de inveja de um tempo que não viveram plenamente. É comum encararmos esse mundo como algo em que temos doutorado, que somos experts. Estabelecemos então todas as regras necessárias para as crianças com as quais convivemos, crendo que se cumprirem cada uma delas serão felizes. Feita a programação, nós ficamos tranqüilos e com uma agradável sensação de missão cumprida. Só, por via de dúvidas, complementamos a estratégia com um reforço positivo adequado ao momento. É isso mesmo, a maioria dos adultos trata as crianças como se elas não tivessem nenhuma sabedoria em relação ao que desejam, ao que é essencial para a vida delas. Em nosso relacionamento com elas usamos a mesma prática de condicionamento utilizada nos laboratórios de psicologia experimental e uma metodologia semelhante à utilizada nos ratinhos. Nosso objetivo é obter as respostas que achamos convenientes a partir do nosso ponto de vista. Na verdade, limitamos o seu campo da experiência e não permitimos que elas sejam crianças. É comum ouvirmos quando alguém faz uma coisa boba ser rotulada imediatamente de criança. Quando rotulamos alguém dessa forma não estamos sendo justos com as crianças. A criança não é sinônimo de gente boba, imaturidade, idiotice e irresponsabilidade. No entanto, já usamos ou já presenciamos muita gente usando o termo infantil de forma pejorativa. Urge que cada um de nós possa usar de sensibilidade para descobrir o quanto ainda resta da beleza do mundo infantil em nossas mentes e corações. Na verdade, um monte de coisas essenciais que nós esquecemos de colocar em nossos projetos. Saint-Exupéry nos traz um grande desafio em sua obra “O Pequeno Príncipe”. Ele quer que percebamos nossa grande facilidade em distorcer os valores da infância: “as pessoas grandes só se interessam por números.” Não sabemos ver o carneiro que está além da caixa e é exatamente isso que nos envelhece - a perda da nossa capacidade de imaginar e de fazer com que os nossos sonhos aconteçam diante dos nossos olhos. A imaginação nos torna mais criativos e capazes de cavalgar nossos sonhos, mesmo assim a abandonamos pela maturidade do adulto e nos distanciamos do que afetivos, pois é impossível conhecer, se aproximar e ser presença sem que haja a disponibilidade necessária. Junto com esses e outros valores vamos desprezando as pedras preciosas do mundo infantil e deixando de ver as coisas com o coração. Enfim, deixamos de perceber que “o essencial é invisível aos olhos”. Sabe o que estamos presenciando às margens do terceiro milênio? Mais e mais crianças sendo moldadas e convertidas em adultos sem direito à regressão. Não estamos permitindo que a criança tenha uma vida realmente desejamos em nossa realidade. Seria muito bom se reservássemos alguns momentos para identificar os valores da infância que ainda insistem em nos habitar. Somos transparentes em nossas relações? Ainda temos a insaciável sede de descobrir coisas novas ao nosso redor? Valorizamos imensamente as nossas amizades e o momento de estar com o outro? Uma criança deixa tudo, esquece tudo para reservar um tempo para seus amigos. O adulto vai esquecendo aos poucos esse valor, substituindo-o pelos compromissos que lhe possibilitam acumular bens. Tornamo-nos seres sem tempo e mais um valor vai por água abaixo: o de cativar, criar laços plena, que ela possa ser. Carl Rogers, psicólogo que nos propõe a abordagem centrada na pessoa, ficaria furioso se pudesse constatar o que as sociedades atuais fazem com suas crianças. A começar pelos meios de comunicação que impõem à nova geração perfis de adultosmarionetes e seres dançantes erotizados. E nós, adultos, reforçamos cada parágrafo desse roteiro maquiavélico. Achamos o máximo, a ponto de reunir um grande grupo para ver nossas crianças imitando os artistas que estão em alta nas telinhas. Não queremos fazer aqui uma crítica à beleza do corpo, ao erotismo ou à sensualidade. Todas essas coisas também são valores e são indispen- sáveis à construção do nosso eu em sua totalidade. Desejamos detectar quais valores da infância foram abandonados para se viver o papel de um adulto e o que representam essas coisas para a identidade da criança. Quando a criança vive simplesmente um estereótipo deixa de construir sua própria experiência e passa a reproduzir unicamente a experiência do adulto, perdendo aos poucos a consciência de suas próprias necessidades. A criança que faz da sua vida uma constante reprodução da vida adulta exclui a oportunidade de viver plenamente o seu momento infantil. Essa criança vai perdendo cada vez mais a confiança que deveria ter em si mesma e em suas reações organísmicas. Tudo isso é uma pena, porque num projeto como esse não está incluído a possibilidade do novo e uma pessoa não pode afirmar que vive plenamente se não consegue experimentar a liberdade e a sua capacidade criativa. Estamos crescendo, deixando de ser criança e esquecendo o nosso ser criança. Será que estamos crescendo mesmo? O doloroso não é constatarmos as mudanças físicas, o surgimento de rugas ou que já não acreditamos mais em Papai Noel, em fadas madrinhas e outras coisas do mundo da fantasia. O grande mal é constatarmos a perda da esperança, da transparência, da espontaneidade, da originalidade, da sensibilidade e da crença no potencial do amor em nossas vidas. Aí, amigos, podemos dizer com todas as letras: estamos ficando velhos! Prevenir, portanto, ainda é melhor que remediar. Se tentarmos a experiência de tocar com carinho a criança que está perto de nós ou a que está dentro de nós, lhe dirigirmos palavras de quem acredita em suas potencialidades e olharmos bem dentro dos olhos dela, veremos que o melhor presente que ela nos pede é a possibilidade de viver plenamente o seu tempo e diante de todas as exigências de uma sociedade adulta, simplesmente ser criança. Jornal Corpo Mente Feira de Santana, setembro de 2003. Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão 7 Piolin palestra sobre o assunto pela escritora Jair Ianni, com o prélançamento do seu livro “Trajetória Iluminada do maior Palhaço Brasileiro PIOLIN” e exposição de gravuras alusivas ao homenageado. Sobre Piolin Aos 20 anos no início de sua carreira como palhaço O ribeirãopretano Piolin, maior palhaço de todos os tempos, foi homenageado na Câmara Municipal de Ribeirão Preto em 27 de março, evento comemorativo ao “Dia Nacional do Circo”, em homenagem ao palhaço “Piolin”, considerado o maior palhaço do mundo. Na oportunidade foi proferida, no Salão Nobre do legislativo, a O dia 27 de março foi escolhido como o Dia Nacional do Circo em homenagem a Abelardo Pinto, o palhaço “Piolin” nascido, nesta data, em Ribeirão Preto no ano de 1897, filho de Galdino Pinto e Clotilde Farnesi. Piolin figura entre os ilustres palhaços do Brasil. Como todo artista de família tradicional circense, aprendeu acrobacia, ciclismo, contorção e estudou música tocava violino e bandolim. Sua estrutura física, magro e com as pernas compridas, lhe rendeu o apelido de “Piolin”, um barbante. Piolin herda o circo do pai e, com seus sobrinhos e filhos, mantém, no Largo do Paissandu, em São Paulo, por mais de 30 anos, o Circo Piolin. Conquistou o reconhecimento dos intelectuais da Semana da Arte Moderna, como exemplo de artista genuinamente brasileiro e popular. O presidente Washington Luís era um de seus espectadores mais assíduos. Marinetti, o papa do Futurismo, quis levá-lo para a Itália. Blaise Cendras declarou ter descoberto “o maior palhaço do mundo”. Piolin faleceu em 1973. “O circo não tem futuro, mas nós, ligados a ele, temos que batalhar para essa instituição não perecer” Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer. Colaboração: Jair Yanni de Paula Eduardo ALARP – Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto Aos 76 anos homenageado no MASP em SP Quando lá deixou a sua roupa e levou como prêmio um colarinho de ouro. Morreu alguns dias depois. O que dizem de mim? Até Cristo, um dia perguntou aos seus discípulos: O que dizem de mim? Que necessidade teria Jesus de saber o que pensavam dele? Uma semelhante curiosidade é admissível somente nas almas incertas, nos ignorantes, nos que não sabem ler em si mesmos, nos fracos, nos cegos, incertos do chão em que pisam. Fomos convidados à reflexão! Porque nenhum de nós sabe verdadeiramente o que é, não conhece com certeza a sua própria natureza, a sua missão, o verdadeiro nome pelo qual tem o direito de ser chamado. O nome eterno que quadra rigorosamente o nosso destino: o nosso nome, no absoluto. Aquele nome que nos deram no batismo, registrado nos cartórios das cidades, o nome pronunciado pela mãe de manhã com tanta doçura ou murmurado à noite pelo amante com tanto desejo, ou mesmo, enfim, aquele gravado no retângulo de um túmulo, seria o nosso nome verdadeiro? “Cada um de nós tem um nome secreto exprimindo a nossa existência invisível e autêntica e que nunca chegaremos a conhecer”. Poucos tem a audácia de perguntarem a si mesmos: Quem sou eu? O que pensam de mim? Menos ainda podem respondê-lo. Mais terrível ainda é o – Quem és tu? É a pergunta mais grave que um homem pode dirigir a outro homem. Os outros são para cada um de nós, um mistério fechado mesmo nos momentos supremos da paixão. Vivemos desconhecidos entre desconhecidos? Muitas de nossas misérias nascem dessa universal ignorância. “Quando no absoluto, um pobre servo predestinado pode julgar-se rei?” Aqueles juízes togados podem julgar alguém? Aquele poeta por mais sensível, por mais que escute sua voz interior, pode aconselhar alguém? E a eloqüência de um idealista que chama os outros à revolução? Qual seria o justo prêmio dessa missão? Um político de hoje, pode julgar o outro? Infelizmente os homens sempre estudaram muito bem, a arte de enganar. Desperdiçaram o seu tempo em duelos miseráveis de compra ou venda de pérolas falsas. Esses erros são culpa nossa. Porque nada sabemos de nós. Porque a nossa visão espiritual não é suficiente para lermos neste coração que bate em nosso peito, o coração do nosso próximo. Inspirado na Vida de Cristo de Giovanni Papini. Colaboração: Jair Yanni de Paula Eduardo ALARP – Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto Peregrino 8 Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Informação, Cultura e Livre Expressão Viva o Alecrim! (Begonia ‘Rieger’) C om um galhinho de alecrim nas mãos, a benzedeira do interior reza para afastar os maus espíritos das crianças. Com a fumaça das folhas secas de alecrim queimado, a mãe acaba com a tosse do seu bebê. E, também com o alecrim, o homem cansado se banha para recuperar as energias. Enfim, com esta erva prodigiosa as pessoas curam os mais variados males. Por isso, vale a pena conhecer suas propriedades e poderes. “Alecrim que tanto cheira Na cabeça do meu bem, Estou desconfiada Que foi dado por alguém.” Esta quadrinha que fala de alecrim, amor e ciúme pode ser vista como uma prova da popularidade dessa erva poderosa e aromática. E, de fato, ela merece a honra de uma quadra romântica. Afinal, além de curar as mais variadas doenças, ainda é usada na solução de problemas sobrenaturais. O alecrim queimado com mostarda em grão, raminhos de oliveira e carqueja resulta num excelente defumador para trazer a sorte para dentro de casa. Apesar de ser a erva das rezas, o alecrim dá bons resultados nos tratamentos dos males do corpo. O “fumo” de alecrim diminui e até elimina as crises de asma. Para prepará-lo, pegue um punhado de folhas secas de alecrim, amasse-as bem até virarem pó, enrole uma porção num papel fino e fume como cigarro. Com o “vinho de alecrim” os rins passam a funcionar melhor. Prepare-o colocando 30 g de folhas frescas num litro de vinho tinto de boa qualidade. Espere 24 horas e comece a tomá-lo em cálices após as principais refeições. A erva também acelera o processo de rompimento e cicatrização de abscessos. Para usá-la nesses casos, ferva 1 litro de água com 2 ou 3 raminhos de alecrim até evaporar a metade. Depois de morno, molhe vários panos nele e coloque em cima do abscesso, trocando sempre que esfriarem. Quando usado em infusão, o alecrim acaba com as dores de cabeça. Basta ferver 30 g de erva em 1 litro de água e beber o líquido morno e coado, várias vezes ao dia, até cessar a crise. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Pêssego Máscara Tonificante R Begônia-rieger etire a casca e o caroço de dois pêssegos. Corte-os ao meio, coloque em um recipiente de vidro ou porcelana e amasse. Junte uma colher (sopa) de farinha de trigo e amasse novamente, até conseguir uma pasta. Aplique no rosto limpo, evitando a região dos olhos, e retire quinze minutos depois, com água morna. C om flores vermelhas brilhantes, a begônia-rieger agrada já à primeira vista. Sua.folhagem de tom verde muito intenso, crespa e com margens azuladas, torna a planta decorativa mesmo quando não há floração. Plante-a em um vaso largo, pois ela gosta de muito espaço para espalhar-se livremente. Luz: Alta intensidade, bem próxima a uma janela de face norte ou leste. Temperatura: 10 a 27ºC, tolerando até 4ºC. Água: Espere a superfície do solo do vaso secar, antes, de regar novamente. Adubação: A cada mês. Propagação: Estacas de ponteiros. Cuidados especiais: Replante quando o vaso ficar pequeno. Use mistura com 50% de matéria orgâ-nica. Problemas comuns: Se houver poucas flores, mude para local mais iluminado. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Aneto (Anethum graveolens) S ímbolo do amor, o aneto é uma planta delicada e muito bonita, que enfeita qualquer horta ou jardim. Erva medicinal conhecida desde a antiguidade, rica em sais minerais, é indicada em dietas em que o sal é proibido. Em vasos, enfeita, perfuma e protege a casa inteira. Usada em saches, perto do coração, ofusca o mau-olhado, os ressentimentos e os sentimentos negativos. Partes utilizadas: Todas. Ajuda a tratar de: Cólicas infantis, dificuldades de lactação, estresse, flatulência, mau hálito, pele sem viço, tensão, unhas fracas. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Figo Máscara para sardas E sprema o pedúnculo de uma folha, ou de um figo verde, sobre um recipiente de vidro ou de cerâmica. Ele soltará um látex (uma espécie de leite). Passe esse leite, com os dedos, sobre as sardas, uma vez por dia. Elas logo ficarão claras. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Essas pessoas especiais: Índigo. H á vários anos tenho recebido em meu consultório pessoas com sintomas, características e desequilíbrios muito peculiares. Comecei a notar através do empirismo que todas elas tinham muito em comum. Como sempre faço quando necessito de mais informações, pesquisei a fundo esse assunto e surpreso fiquei quando descobri que outros profissionais já tinham também feito as mesmas observações e que essas pessoas especiais já até tinham sido catalogadas e classificadas como pessoas Índigo. No mês de novembro de 2005 tivemos aqui no Brasil o 1º Congresso Internacional de Pessoas Índigo realizado em Porto Alegre e que contou com a presença de médicos, psicólogos e terapeutas de vários países. E está para ser lançado o primeiro livro sobre esse tema. Quem tiver interesse, pode estar me mandando um e-mail pedindo por artigos e mais detalhes sobre Pessoas Índigo. Bem, falar sobre eles em tão poucas palavras é impossível. Logo estarei agendando uma palestra gratuita para maiores esclarecimentos. Resumindo: são pessoas especiais que se sentem não muito confortáveis nesse nosso mundo. Sentem-se diferentes, inadaptados. Sempre muito sensíveis desde a mais tenra infância, muito inteligentes e criativos. A maioria apresenta também muita intuição e percepções refinadas. Seus sintomas mais freqüentes são “alergias” (ou hipersensibilidades) principalmente a tudo químico e artificial. Muitos possuem dores no corpo, localizadas ou generalizadas, con- fundidas muitas vezes com fibromialgias. Mas, o sintoma mais freqüente e comum a todos é um tipo de depressão, não aquela descrita pela psiquiatria como endógena; nem aquela depressão reativa, pois não há um motivo concreto suficiente para gerar tal estado melancólico. Muitos referem grande insatisfação e vazio, muitas vezes com uma estranha sensação de saudade de algo ou alguém indefinidos. Mas, a queixa mais freqüente é a sensação de ser “um peixe fora d’água”. De tentar ser “normal” e até tentar gostar do que todos gostam. E cada vez mais recebem incompreensão, desprezo e até chacotas. Na verdade, as pessoas do seu meio percebem suas características especiais, mas não sabem como lidar com elas. É tudo muito novo e fora do convencional, do padrão conhecido. São poucas as pessoas que os respeitam e lhes dão tratamento adequado. Enfim, muitos entram em depressão profunda, e às vezes acabam desistindo de ficar por aqui. Há vários anos tenho feito um tratamento especial para todas as pessoas Índigo, esclarecendo, orientando e indicando produtos naturais específicos para seu organismo e alma. Todos respondem com rapidez e sentem-se primeiramente muito mais confortáveis na vida, adaptados e passam a conseguir viver com prazer e realização. Acredito que todos nós conhecemos alguém, até muito próximo, com essas características. Hoje em dia, eles são em um número muito grande no nosso planeta e são simplesmente seres humanos em fase adiantada de evolução. Precisamos abrir nossa cabeça e o coração para aceitar que o mundo já está evoluindo e as pessoas também. Dr. Osvaldo Coimbra Junior Sintonizador do Sistema de elixires Cristais de Oz Médico Clínico Geral Radiestesista Holístico - CRM: 54.243 (16) 3941 6116 [email protected] 9 Sonhos... realidade Toda criança sonha. Desde muito cedo, ela sonha e sente ser possível realizar seus sonhos. Sente fome e seus desejos são realizados com a amamentação. Sonhou não só saciar sua fome, mas também sentir o calor dos braços amorosos de sua mãe. Nessa hora, após o esforço de sugar os seios, seu sonho é realizado através do abraço materno. Dorme então tranqüila e o carinho que recebeu a estimula novamente a sonhar. Rotineiramente à medida que cresce, sendo seus sonhos realizados, sentese segura e amparada. Então, sonha mais alto tornando-se forte para alçar vôos maiores como o de esforçar-se para firmar sua cabecinha que tende a olhar apenas para baixo. Consegue! Vê o mundo sob novos horizontes, realizando mais um sonho. Com coragem, sonha novos movimentos como os de rolar, arrastar-se e engatinhar. Sonhos que são aplaudidos ao som de alegres gargalhadas dos seus familiares. Com certeza, sente-se bem em sonhar. Estimulada, passa seus dias sentindo alegria em estar no mundo. E então sonha, sonha muito, sonha sempre. E todos são realizados. Ama sonhar e seus desejos crescem e como guerreira adquire coragem e se esforça para ficar em pé. Mais um sonho realizado. Então, percebe que alguns são encorajados pelos que ama e com confiança, tenta sozinha dar seus primeiros passos em direção àquela pessoa que sorridente com os braços abertos, a convida mais uma vez a sonhar. Deu certo, sonho realizado. Mais tarde, ensaia as primeiras palavras, porque antes ousou sonhar em articular sons e gritinhos da sua própria garganta. Deste sonho, aprendeu como o mundo se comunicava com ela. Então, sonha fazer tudo o que sempre via os grandões fazerem, e com vontade, começa a desbravar lugares tentando sentir com seus próprios sentidos as formas, cores e os tamanhos dos objetos do seu lar. Esse sonho é muito bom, o seu mundo é fascinante. Nessas horas, ouve palavras que, até estão não conhecia e apesar dos sons, não desiste sonhando continuar. Descobre ser muito bom viver. O mundo é uma grande descoberta. Também descobre que alguns sonhos não são bons e que às vezes doem. Mas, como realizar sonhos é muito melhor, evita os que não foram bons, aprendidos nas experiências anteriores. Viver para ela passa a ser, sonhar e realizar-se, sonhar e aprender, sonhar e criar, sonhar e... E sonhando descobre uma palavrinha mágica: por quê? E torna suas realizações mais complexas. Por que isso? Por que aquilo? Por que não? Por que quebra? Por que dói? Por quê? Por quê? Por quê? E colhidas as informações, sonha em resolver todos os problemas percebidos no mundo adulto e feliz, comunica aos seus, como solucionálos. Como os adultos complicam. Sim sorriam, mas não brincavam. - Não pode brincar porque está cansado? Trabalhe menos. - Não tem dinheiro para comprar meu brinquedo? Dê um cheque. - Não sabe algo? Volte para a escola. - Bebida faz mal? Não beba. - Como essa comida de gosto horrível pode me fazer bem? Assim, relaciona-se com segurança sem saber, que talvez dentro de cada grandão que se aproxima dela, pode existir uma criança que chora, por não ter podido sonhar. Silvana Cecílio Janeiro Telefones: (16) 3620 7708 ou 9129 2066 Peregrino 10 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - abril/2006 O Ensino de Línguas Estrangeiras nas Escolas C onvido vocês para uma reflexão sobre algo estranho que acontece no ensino brasileiro sem que se conteste ou discuta. Antes de qualquer coisa eu pergunto: qual é o papel da escola? Em última análise, é FORMAR. A palavra formar concentra todos os objetivos buscados pela escola. Muito bem. Então, pergunto a vocês: o ensino da língua inglesa na escola objetiva formar o quê? Com o que pode contribuir para a formação de nossas crianças e jovens o ensino dessa língua na escola? Vejamos: contribui para a formação do cidadão brasileiro? Aumenta a autoestima, o orgulho de ser brasileiro? Ou talvez contribua para a formação de um cidadão do mundo? Será que o ensino dessa língua de origem antípoda à língua portuguesa, ou seja, anglo-saxônica, contribui para um melhor aprendizado da língua portuguesa que é neolatina? Será que contribui para um melhor conhecimento de geografia ou de história universais? Será que ajuda a desenvolver o raciocínio lógico matemático? Para todas essas perguntas a resposta é NÃO. E quanto à eficácia do ensino do inglês nas escolas de 1º e 2º graus? Você conhece alguém que fale fluentemente a língua inglesa, que tenha aprendido a referida língua só nos bancos escolares? Com certeza não. Todas as pessoas que falam inglês o aprenderam em institutos de idiomas e a maioria esmagadora precisou viajar para países de língua inglesa para finalmente dominarem tal idioma anglo-saxão. Será por incompetência dos professores? Não. Existe algo mais forte que a determinação de países economicamente fortes de varrerem o mundo com a imposição de sua língua e, conseqüentemente, sua cultura: o aparelho fonador. É tecnicamente impossível. Simplesmente. Uma língua com 12 sons para a letra “a” é absolutamente vulnerável a sotaques e a distorção é inevitável. Resta apenas a possibilidade de uso como língua escrita. É só viajar pelo mundo e constatar como fala a língua inglesa um japonês, um grego, etc. Mas nem como língua escrita o sistema educacional logra êxito em ensinar. O tempo é exíguo e muito poucos alunos tem interesse em aprender essa língua apesar de toda a massificação pela música, cinema, grifes, etc. Interessante: os jovens nascem e crescem sob bombardeio da língua inglesa e mesmo assim não estão interessados em aprendê-la. Isso já diz muito por si só. Mas voltando ao tema, então por que insistimos em impingir o inglês às nossas crianças e jovens? Porque como disse no começo, a escola FORMA. E nesse caso, forma consumidores dóceis da cultura norteamericana e inglesa. Consumidores de música, cinema, turismo e tudo mais que nos chegue em inglês. É fácil constatar. Se eu colocar aqui para tocar um Rock em, digamos, japonês ou grego, muita gente vai rir ou achar estranho demais. Mas ouvimos Rock em inglês, que é língua de origem antípoda à nossa, como já dissemos, e achamos “natural”, “bonito”. Nossos ouvidos foram treinados para gostar, para não estranhar, para consumir. E assim a escola atingiu o único objetivo que tem podido alcançar com o ensino do inglês: formar consumidores de inglês. Não falantes. Não leitores. Não usuários. Não beneficiários. Apenas dóceis consumidores. O espanhol é ainda recente como disciplina em nossas escolas mas a pergunta também cabe em se tratando dessa língua porque as crianças e jovens, apesar da proximidade da origem lingüística do espanhol com o Português, estão saindo da escola sem saber falar espanhol. Logo surge uma pergunta óbvia: por que o Brasil, nação soberana, ensina inglês a crianças e jovens brasileiros? E da forma que ensina, ou seja, para formar dóceis consumidores? O que o Brasil ganha com isso? Apoio Norte Americano para transações internacionais como, por exemplo, a ALCA? Quem afinal ganha com isso? Digo, no Brasil? Mesmo essa frase de efeito elaborada para vender cursos de inglês “aprenda inglês e melhore seu salário”, não é o que move os cérebros pensantes do MEC a manterem o inglês como disciplina obrigatória nas escolas. Disciplina, aliás, que não pode reprovar ou reter alunos, mas que rouba tempo precioso de aprendizado de matemática, português, história ou a tão urgente e indispensável disciplina “Ética”. Um país sério, democrático e que se preocupa com seus cidadãos, deveria ter em todas as escolas da rede pública seja municipal, estadual ou federal, um centro de línguas, onde a criança e o jovem pudessem aprender gratuitamente e sem obrigatoriedade. Ou seja, inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, etc. Esses centros ofereceriam cursos em período de aula oposto ao do aluno. No período de aula o aluno aprenderia disciplinas que FORMAM. No outro período encontraria na escola cursos de línguas, de graça, onde participariam crianças e jovens interessados em aprender, já que procuraram tais cursos. Formaríamos uma diversidade de habilidades e competências lingüísticas para uma sociedade etnicamente plural como é a sociedade brasileira para um mundo globalizado e não “anglicizado”. Ofereceríamos oportunidades reais de aprendizado de línguas para crianças e jovens brasileiros que não podem freqüentar escolas particulares de línguas. Isso sim seria ensino de qualidade gerador de oportunidades. E o Esperanto? Essa língua neutra reconhecida e recomendada pela Unesco que pediu em resolução oficial aos Estados Membros que passassem a “instigar a introdução de programas de estudo sobre o problema da língua e sobre o Esperanto em suas escolas e suas instituições de ensino superior” (resolução de 8.nov.1985 na 36ª sessão plenária em Sófia, Bulgária). E o Brasil é membro da Unesco. Experiências realizadas em vários países demonstraram que o Esperanto, além de ponte lingüística de fácil domínio e neutra, ou seja, não impõe a cultura de determinado povo a quem o aprende, é propedêutico. Aprendendo o Esperanto, a criança na fase pré-escolar, desenvolve habilidade fonética para o aprendizado de línguas porque trabalha todos os pontos de articulação da caixa de ressonância do aparelho fonador. Ou seja, o Esperanto promove nessas crianças um desbloqueio fonético tornando-as capazes de pronunciar os sons de outras línguas. Para as crianças do 1º e 2º graus, o Esperanto desenvolve o raciocínio lógico matemático, estimula o aprendizado de história e geografia assim como o interesse por conhecer as culturas dos povos do mundo. O Esperanto forma cidadãos, do país onde é ensinado, porque estimula o sentimento de fraternidade e cooperação e porque não cria sentimentos de inferioridade frente àqueles povos cujas línguas, crianças e jovens vêem-se obrigados a aprender. O Esperanto forma cidadãos do mundo porque os textos didáticos desenvolvidos para o seu ensino falam sempre de diversos povos e não de um só e o foco das situações é sempre humano e não doutrinatório. O aprendizado do Esperanto facilita a compreensão da língua portuguesa devido a sua estrutura gramatical lógica e simples. E mais: o Esperanto é uma língua possível de se ensinar na escola de 1º e 2º grau. Estudos mostram que o Esperanto é pelo menos dez vezes mais fácil de aprender do que o inglês, conforme noticiou a revista News Week de 11 de agosto de 2003. O aluno pode sair realmente falando, comunicando-se através dele. E comunicando-se com o mundo porque o Esperanto está presente em quase todos os países do mundo e de maneira organizada: A Associação Mundial de Esperanto mantém relações oficiais e consultivas com a Unesco e uma rede de delegados em todo o mundo. O mundo inteiro não fala Esperanto ainda, mas no mundo inteiro se fala Esperanto. Por isso o Itamaraty estuda oferecer cursos de Esperanto aos diplomatas brasileiros, como noticiou o Jornal O Globo de 3 de outubro de 2003. A Internet é uma ponte de aproximação entre todos os povos do mundo, mas é preciso vencer a barreira lingüística para cruzar essa ponte com plenitude. O Esperanto é a melhor resposta para uma inquietação da Unesco e de estudiosos de todo o mundo nos dias de hoje: preservar a diversidade cultural do planeta, ameaçada pelo bombardeio unilateral de culturas de países economicamente fortes. A diversidade cultural está tão ameaçada quanto a biodiversidade, conforme demonstra o ilustre professor e escritor italiano Umberto Eco (autor de O Nome da Rosa) quando diz: “Em minhas freqüentes viagens a muitos países, principalmente à França e à Alemanha, tenho ouvido constantemente queixas de que a língua inglesa, tendo-se hipertrofiado no nível de língua internacional, constitui-se num perigo de natureza imperialista para as línguas nacionais, as quais vão perdendo terreno diante dela. Então digo-lhes: a solução é simples. Comecem a ensinar o Esperanto a seus filhos e o perigo desaparecerá.” O Esperanto contribui para a formação de seres éticos porque promove a democracia lingüística nas relações internacionais e a crença na igualdade entre os povos. Em outras palavras, o aprendizado do Esperanto forma humanistas. Mas se em um primeiro momento, a escola brasileira deixar de tratar seus filhos, os brasileiros, como vassalos consumistas de tudo que venha em língua inglesa e utilizar o escasso tempo de sala de aula FORMANDO aquilo que realmente interessa ao Brasil. Se puder oferecer ensino pluricista de línguas em centros de idiomas estabelecidos em cada escola pública, convidando e estimulando o seu aluno a espontaneamente aprender a língua que quiser, oferecendo aos mais carentes oportunidades (no plural) para competir em uma sociedade cada vez mais plural. Se puder contribuir dessa forma para uma globalização não pasteurizante, não homogeneizante e destruidora da diversidade cultural, mas sim enriquecedora e enriquecida pela fruição dessa diversidade, já terá dado um enorme passo em direção ao futuro. O Esperanto pode vir depois. O Esperanto é um caviar cultural. Precisamos ter capacidade e coragem para cuidar, pelo menos, do arroz com feijão. Precisamos instituir um “Fome zero de cultura”. Trecho de Palestra proferida pelo Prof. Pedro Cavalheiro, no evento “Esperanto nas Arcadas II” ocorrido no dia 10 de outubro de 2003 na Faculdade de Direito da USP no largo de São Francisco em São Paulo. Ribeirão Preto - SP - abril/2006 Peregrino 11 Informação, Cultura e Livre Expressão Do Tibet ao Peru – Antônio Ricardo Nahas Star Wars e a Filosofia – William Irwin Você é maior do que pensa – Lou Austin Iluminação Interior – Mensagens e temas para meditar - J. B. Oliveira Este livro fala da caminhada do autor que parte do conhecido para aventurar-se em busca do desconhe-cido. Relata a caminhada do herói, aquele que sai em busca de respostas para seus questio-namentos e retorna para devolver ao mundo a bagagem que recebeu, mesmo que não tenham sido sanadas todas as questões. Fala de experiências compartilhadas em diferentes locais do planeta, com povos de diferentes culturas. É um livro sobre busca espiritual, sobre autoconhecimento, sobre a coragem de prosseguir na grande aventura da vida. Enfim Ribeirão Editora e Gráfica Ltda. Tel.: (16) 3941 1507 A fim de discutir aspectos de algumas situações e dos principais personagens da série, os autores e mais 15 estudiosos de filosofia – fundamentados em pensadores como Platão, Aristóteles, Heidegger, Hegel, William Clifford e outros – tentam desvendar parte dos grandes mistérios que rondam o filme. Guerra nas Estrelas e a Filosofia, mais poderoso do que você imagina é uma preciosa releitura de toda uma saga que fascina gerações. “Que a força esteja com você!” Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Neste livro, um empresário conta com toda a franqueza que era um fracassado até descobrir que possuía um Sócio. Ele considerou isso a maior descoberta de sua vida. Uma descoberta que lhe proporcionou amor, alegria, realização e paz interior. Esse empresário foi levado a uma outra descoberta: a de como permanecer consciente da presença de seu sócio. Estas descobertas produziram uma completa transformação em sua vida. Este livro é o resultado dessa descoberta e dos surpreendentes benefícios que fluem dela. Editora Textonovo Tel.: (11) 3085 4879 / 3088 6221 – Telefax: (11) 3088 0130 www.editoratextonovo.com.br É mais do que um convite, uma oportunidade para você buscar a iluminação de seu ser interno – fagulha do Macrocosmo que é seu deus interior, o Microcosmo – pela meditação sobre assuntos e temas de relevância espiritual e humana. O leitor terá a possibilidade de conhecer um pouco mais a respeito da Escrituras Sagradas e da presença de Deus na Humanidade. Este livro é um facilitador para a construção da fé, da esperança e da renovação. Busque aqui sua jornada de iluminação. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Cursos – Oficinas - Palestras – Workshops Abril 1 e 2 – Curso de Formação em Crânio-Sacral - Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139 8723. De 3 a 15 - Curso de Formação de Babás Conscientes – Ribeirão Preto / SP – Informações: PAE – Proteção Através da Educação – (16) 3620 7708 / 9129 2066. 4 – Palestra - Tema “Radiestesia e Radiônica” – Ribeirão Preto / SP - Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336. 8 – Curso de Reiki II – Ribeirão Preto – SP / - Informações: Raios de Sol – (16) 3636 3531. 9 – Curso de Radiestesia / Radiônica e Gemoterapia – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336. 17 - Oficina Terapêutica - “Brincando com Fios”: Trabalhos Manuais e Contos de Fadas. – Ribeirão Preto / SP – Informações: Lílian de Almeida Pereira – (16) 3964 6674 / 9118 7261. 29 - Curso de Geoterapia – Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139 8723. Maio 6 - Curso de Reiki I – Ribeirão Preto – SP / - Informações: Raios de Sol – (16) 3636 3531. 6 e 7 - Cabala Universal - Ribeirão Preto / SP - Informações: Espaço Integrado “Prof. Benoni Gabarra” – (16) 3620 0637 / 3021 5023 / 9139 8723. 7 e 28 – Curso de Radiestesia / Radiônica e Gemoterapia – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz – (16) 3941 6116 / 3635 1336. De 20 a 23 – Palestra e Seminário de Reiki - Ribeirão Preto / SP - Informações: Energia Superior - (16) 3639 4271. Assinar / Anunciar - (16) 3621 9225 / 9992 3408 12 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão BOM DIA, TRISTEZA T enho fama de ser alegre. E, de fato, tenho tendências ao riso. Se a tristeza empata meu caminho consigo substituí-la rapidamente ou pelo menos minorá-la observando situações, digamos assim, passíveis de riso. Hoje, acordei triste. Sem motivo, sem razão aparente, estava eu posta em tristeza. Foi uma surpresa geral. Todos queriam saber o que acontecera comigo. E, se acontecera, queriam ensinar-me como voltar a ser a alegre criatura de ontem. Para que eu continuasse a ser a alegre Mariza de amanhã. E mais. Queriam dar nome ao meu sentimento. O nome seria: tristeza por alguma coisa. Poderia ser tristeza por ter brigado com alguém, tristeza por ter suportado as grosserias de alguém, tristeza por ter engordado dois quilos (esta diz respeito às mulheres), tristeza por isto ou por aquilo. Bach coloca as tristezas das quais conhecemos as causas no Grupo da Incerteza e da Insegurança. Aquelas das quais desconhecemos os motivos estão inseridas no Grupo da Falta de Interesse no Presente. Ocorreu-me que se dissermos o porquê de estarmos tristes, se estivermos incertos ou inseguros por algo de real que nos aconteceu somos melhor entendidos por nós mesmos e pelos outros. Quão difícil é ficar triste por nada. Sim, porque precisamos de nomes. Inferências por raciocínios mirabolantes nos levam a obscurecer o verdadeiro motivo. Permitem que nos afastemos da verdadeira causa responsável por nossa melancolia. Então, onde já se viu ficar triste sem mais nem menos! Se não temos consciência de algo e, aqui, leia-se consciência validada pelo grupo, estamos beirando a loucura. Acontece que todos temos momentos em que nos damos conta de que estamos afastados de algo que deveríamos fazer. Sentimos que estamos fazendo menos do que deveríamos fazer. Sentimo-nos pequenos e ao mesmo tempo sabemos que somos grandes em nossa individualidade e que devemos traçar e trilhar um caminho que é nosso. Acostumados a depender de respostas curtas e que nos satisfaçam temporariamente, podemos entrar em depressão. Surpreendentemente estaremos sendo dirigidos para o lugar correto: lá onde de verdade poderemos saber quem de fato somos, lá onde de fato poderemos ser tristes. Não estou fazendo a apologia das depressões mesmo porque elas podem ser muito graves. Apenas estou afirmando que elas não vêm de graça e que devem ser ouvidas, assim como todo desequilíbrio que nos acomete. Einstein dizia que Deus não joga dados. Acredito que no que diz respeito à Sua obra mais perfeita. Nada fez Ele por acaso. Temos olhos de ver, ouvidos de ouvir e ouvimos e vemos o óbvio. Temos outros sentidos mais apurados que nos levam a mergulhar em nós mesmos para chegar o mais próximos do intento Divino. O floral Mustard pode ajudar e muito nestes quadros, melhorando o estado geral, restituindo o ânimo e a vontade de viver. Porém, sua maior contribuição é a de trazer à consciência o que está prestes a dar luz. Trata-se de promover uma forma de ser mais estável capaz de entender a tristeza como agente de crescimento e, portanto, de transmutá-la em alegria e vontade de viver. Cabe aqui lembrar que Mustard significa Mostarda o que remete à parábola de Cristo sobre o grão de mostarda. Em Mateus 13,31 ele compara o reino dos céus a um grão de mostarda que um homem pega e semeia no campo. Este grão é a menor de todas as sementes, mas quando cresce, torna-se árvore em cujos ramos as aves vêm pousar. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, Escritora e membro da UBE [email protected] D Ribeirão Preto - SP - abril/2006 A IMPORTÂNCIA DO PERGUNTAR urante séculos, o ser humano é questionado sobre o que é o mais importante, saber responder ou saber perguntar, quem é o verdadeiro sábio aquele que tem respostas para tudo? Ou, aquele que sabe questionar o que lhe foi imposto? O homem deve sempre agir com prudência, aquele que tem respostas para todas as questões, agindo com excesso, coloca sua reputação em perigo, pois quando não se tem o domínio sobre si próprio, ninguém irá admirá-lo, mas sim censurá-lo. A paixão dos tolos é a pressa, como não sabem o que é verdadeiro, não param para pensar. O sábio ao contrário, possui reservas de paciência, não se afoba, pois só a perfeição tem o verdadeiro valor, dando mais valor ao saber perguntar, pois assim desenvolve pensamentos, vai a busca do inimaginável, do inatingível. Os verdadeiros sábios buscam verdades e por mais difícil que seja encontrá-las nunca desistem ou pensam que não existam. Em nossas vidas também devemos procurar nossas respostas e é importante conhecermos o que foi dito em outras épocas para que possamos formar uma opinião própria. A partir do momento em que tivermos a idéia de que fazemos parte de um grande mistério, temos consciência de estarmos participando de um enigma e procuramos explicações para isso. A única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas. Os grandes sábios são comparados a uma criança, pois tanto um quanto o outro ainda não se acostumaram com o mundo e não pretendem se acomodar com as coisas. Aqueles que possuem resposta para tudo, são as pessoas que acham que não vale a pena chegar a um conhecimento superior, pois sua visão sobre o certo e o errado é limitada, acham que o questionamento, prejudica sua formação. O dialogo é um dos exercícios que devemos praticar para a busca da sabedoria, pois assim nos são apresentadas opiniões sobre o que questionamos, e assim somos forçados a elaborar as próprias idéias, indo de encontro com a alma e adquirindo, a partir de então, uma existência autêntica e verdadeiramente original. O homem sábio deve: saber perguntar, ter inteligência e discernimento. A imaginação é um dom notável, mas é muito mais notável aquele que sabe perguntar bem e entender o que é colocado. A inteligência deve ser aguçada, deve irradiar luz. Capacidade e grandeza se medem pela virtude e não pela sorte. O sábio estima todos, pois reconhece o que há de bom em cada um e sabe como custa chegar ao verdadeiro conhecimento. Bibliografia: Gaarder, Jostein – O Mundo de Sofia: romance da história filosófica / Jostein Gaarder; tradução João Azenha Jr. – São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Renato Ribeiro Velloso Sub-Coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Acadêmico da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB SP e Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim. [email protected] ILUSÃO DE ÓTICA Acredita que todas as três linhas do desenho abaixo têm o mesmo raio de curvatura?
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pleiteava a reconciliação internacional depois da Primeira Grande Guerra (23 de maio de 1920). Colaboração: Ernani Valter Ribeiro [email protected]
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