A Importância das Seguradoras no Brasil

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A Importância das Seguradoras no Brasil
A Importância das Seguradoras no Brasil:
Profa. Cristina de A. Salvador - Professora do ProCED
Prof. Caio Fragata Torralvo - Professor do ProCED
Em 1966, após ter ocorrido um incêndio em Londres, o qual devorou boa parte da
cidade, surgiu uma empresa que mudou o comércio, as finanças e a economia da
Inglaterra e do mundo. Após ver o tamanho estrago que o incêndio causou, as
classes dominantes pensaram em como criar uma “tábua de proteção” para aqueles
que eram proprietários de bens materiais e famílias com vítimas em meio às
tragédias. Foi daí que surgiu uma empresa revolucionária chamada “Insurance
Office”, a qual criou uma cartela de seguros e utilizava cálculos de probabilidades
abrangentes, criados pela junção de dois matemáticos e cientistas franceses: Blaise
Pascal e Pierre de Fermat.
Com o passar de muitos anos, os seguros conseguiram adquirir o seu contorno
definitivo seja para qual área for: vida, carro, viagem, casa, saúde, previdência,
etc. Qualquer seguro contratado hoje tem como fonte a papelada original da
empresa “Insurance”. Os cálculos empregados por essa empresa são a raiz da
equação que as companhias de seguros utilizam até hoje para elaborar a tabela de
prêmios, de acordo com o impacto dos sinistros. Atualmente, os seguros
representam um segmento que pagou prêmios de 4,1 trilhões de dólares em 2009,
64 bilhões deles no Brasil, o que equivale a 1,5% do total global. A maioria das
pessoas ao redor do mundo tem pelo menos um tipo de seguro no bolso. Desde o
século XVII pra cá, muitas outras seguradoras surgiram, se tornando potências
globais, tais como a alemã Allianz, a nipônica Japan Post Insurance, a italiana
Assicurazioni Generali, a francesa AXA, entre outras.
Mas o que tornou as empresas de seguro tão bem sucedidas?
Essas empresas se propagaram com sucesso por fatores simples:
aqueles que
possuem um bem, não querem perdê-lo. E se ocorrer um acidente e correr o risco
de perder esse bem, as pessoas desejam ao menos recuperar a quantia que ele
vale (é claro que ninguém vai querer investir tanto em algo e sair com um prejuízo
devido a um acidente). Outro fator que também pode ser considerado é quando
algumas pessoas não têm como pegar da própria carteira o valor envolvido na
operação, arriscam mais, e para isso, precisam de patrocinadores (aqueles sujeitos
abonados que participam de uma empreitada com o capital). É aí que entram as
empresas de seguros e juntamente com elas, o complexo de resseguros. O
esquema de resseguros é um sistema financeiro em que uma linha dá suporte à
outra.
Atualmente, não há obra ou evento de porte que não contem com seguradoras
como pilar. Os seguros estão por trás de grandes empreendimentos que mudaram
o mundo. E como essas empresas não quebram em grandes tragédias como, por
exemplo, no atentado de 11 de Setembro, o furacão Katrina (ambos nos Estados
Unidos) e o tsunami seguido por um terremoto que destruiu a costa leste do Japão?
A contabilidade utilizada, multiplicada pelo extenso conjunto de ramos em que as
seguradoras podem espalhar seus serviços ajuda e explica o por que. As
engrenagens dos seguros e resseguros trabalharam duro na reconstrução do que
virou ruína nesses episódios e também cooperaram para o reerguimento pessoal
das vítimas. Através da contabilidade, se os gastos nessas áreas forem maiores do
que esperado, outras áreas, em temporadas sem sustos, não deixam a linha do
saldo médio despencar a ponto de ficarem sem nada. Até com a crise global de
2008 a máquina dos seguros roda em ritmo forte, ou seja, até em desgraças
provenientes da própria ação financeira os seguros dão resguardo. Eles dão
resguardo a financiamentos que levam a humanidade para a frente em termos de
saúde, tecnologia, educação, previdência e bem–estar geral ou servindo como um
“ajudante” para reedificações pós- calamidades. As seguradoras sem dúvida são
grandes ajudantes.
Seguros no Brasil:
A primeira seguradora do Brasil, elaborada por Dom João, em 1808, chamava-se
“Companhia Boa Fé”. Logo após a promulgação do Código Comercial de 1850, o
qual estabeleceu uma nova ordem para a atividade no Brasil, fez com que as
empresas estrangeiras se sentissem confiantes para investir e virem ao país.
Atualmente, há diversas seguradoras vindas de vários lugares do mundo que atuam
no mercado brasileiro, considerando que muitas adquiriram companhias nacionais.
Tornou-se um mercado que vem crescendo bastante e se tornando cada vez mais
relevante para a economia Brasileira.
As seguradoras obtêm a transferência de responsabilidades de seus clientes,
mediante um pagamento de um prêmio de seguro, o qual deverá ser suficiente o
bastante para não comprometer a afirmação das responsabilidades em que a
companhia de seguros poderá vir a incorrer, além de não comprometer o estado de
solvência da empresa. Apesar de atualmente obtermos diversas opções de seguros
no país, (como, por exemplo, seguro residencial, seguro de roubo e furto
qualificado, seguro de responsabilidade civil, seguro de perda de renda por acidente
ou doença, seguro-fiança, seguro saúde, etc.) os seguros mais difundidos são os
seguros de vida e os seguros de veículos automotores.
No Brasil há um órgão responsável pelo controle e fiscalização de mercados de
seguro,
resseguro,
capitalização
e
previdência
privada
aberta,
chamado
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP(http://www.susep.gov.br/), que
tem como missão atuar na
supervisão, regulação, capitalização, fiscalização,
incentivo das atividades de seguros e previdência complementar aberta.
O seguro mais caro do mundo:
O mais caro seguro da história ocorreu em Nova York, no ano de 2001, com os
atentados às Torres Gêmeas e o Pentágono. Um estrago que foi provocado por
homens,
causando
grandes
desastres
naturais.
No
entanto,
fora
discutida
seriamente uma questão insólita: Foram um ou dois ataques às Torres Gêmeas?
Fora uma ação conjunta, ou uma única ação, separada por um tempo de 17
minutos?
A resposta para essa questão equivalia a 3,5 bilhões de dólares a mais ou a menos
em pagamento de sinistro. O 11 de Setembro reinventou as indenizações ao redor
dos ataques terroristas. Houve um grande combate nos tribunais. De um lado,
estava o exército de um único homem chamado Larry Silverstein, investidor que
em menos de dois meses antes dos ataques às Torres Gêmeas, arrendara os
direitos imobiliários dos edifícios. Do outro lado, dezenas de seguradoras e
resseguradoras, chefiadas pela Swiss Re (a responsável por grande parte da
abertura – 25% ). Silverstein afirmava que eram dois fatos ocorridos em momentos
distintos, portando, dois sinistros. Os responsáveis pela Swiss Re acreditavam que
Silverstein estava cometendo uma fraude com o intuito de ganhar muito dinheiro
por cima da tragédia ocorrida. Foi uma grande “briga” no tribunal Nova Yorkino
durante seis anos até chegarem a um acordo de paz entre as partes que litigavam,
selado por Eliot Spitzer, governador do estado de Nova York, onde um grupo de
sete seguradoras, incluindo a Swiss Re, que concordou em pagar 2 bilhões de
dólares. Isso porque Silverstein já havia sido indenizado por outro grupo de
seguradoras com um valor de 2,55 bilhões de dólares, somando no final 4,55
bilhões de dólares, e então decidiu se aquietar.
No entanto, para as indústrias, a resposta se foi um ou dois fatos diferentes ainda
não foi respondida. Essa é a razão porque indenizações por terrorismo são muito
elevadas, deixando as seguradoras encurraladas. Deverá entrar em vigor até 2014,
entrará em vigor o Terrorism Risk Insurance Act., lei criada em 2002. A partir de
então, os riscos são divididos entre iniciativa privada (as seguradoras) e um fundo
do governo.
Com base no tema em questão, vemos que as seguradoras são de vital importância
em nossas vidas, pois não basta termos um orçamento equilibrado e uma boa
reserva financeira se não tivermos, junto a isso, grande parte dos seguros
existentes. Uma vida sem conter em seu planejamento os seguros, resulta, muitas
vezes, em prejuízos. Seguros amenizam problemas, bem como prejuízos. É como
se fosse uma prevenção. O uso destes em questão nos possibilita recuperar
parcialmente ou integralmente um valor perdido.