seguros procuram novas formas de negócio

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seguros procuram novas formas de negócio
Comunicações
ID: 65345422
01-07-2016
Tiragem: 3000
Pág: 60
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Trimestral
Área: 18,00 x 24,50 cm²
Âmbito: Tecnologias de Infor.
Corte: 1 de 2
APDC NEWS
DIGITAL BUSINESS BREAKFAST
SEGUROS
PROCURAM
NOVAS FORMAS
DE NEGÓCIO
A transformação para o
digital está na agenda do
setor. Mas se as soluções
tecnológicas estão
disponíveis, falta estratégia
e novas mentalidades. Para
antecipar uma 'Uber dos
seguros' o setor precisa de
se redesenhar.
Isabel Travesso
Virar Gordo,'Syncvrew
AS PRINCIPAIS seguradoras do mercado nacional estão a redefinir
estratégias e ofertas para garantir
o futuro. Num mercado marcado
por fusões, aquisições, reestruturações, reforço das exigências
regulatórias e novos perfis de
consumo, é preciso fazer mais.
Sobretudo no digital, onde muitos dos plcryws do mercado ainda
não sabem como podem usar a
multiplicidade de ofertas tecnológicas disponíveis. Avançar para
uma nova forma de fazer negócio
é um imperativo.
Responsáveis das TIC e das principais seguradoras nacionais analisaram no mais recente Digital
Business Breakfast da APDC as
tendências, desafios e oportunidades do setor. Ficou claro que
há consciência da necessidade de
mudança, mas que a velocidade
ainda está muito aquém do desejável. Há mesmo casos em que
Ot responsáveis deste mercado consideram que se vivem tampas muito interessantes
e desafiantes lima das grandes 'guerrcrs é saber como atrair talento para urn
negócio ainda visto corno cinzento
o ideal seria "ter uma folha em
branco e redesenhar tudo". Capacidade de perceber o cliente e
suas necessidades, transformação interna, ofertas disruptivas,
novos modelos de negócio e mais
talento foram exemplos do muito
que ainda falta fazer. As soluções
tecnológicas ocupam um papel
central.
Para Rodrigo Mala, CID da Altran Portugal, a realidade do setor obriga a novas ferramentas
e tecnologias. loT, c/oird e analítica são, na sua ótica, essenciais
para definir o futuro, porque garantem segmentação, aprendizagem, predição e otimização.
Acresce que o crescente engagement com os clientes passa por
urna presença ativa no digital,
nomeadamente nas redes sociais.
João Moradias, Sales Executive
da Hewlett Packard Enterprise,
defende que é preciso ganhar capacidade de transformação, uma
Comunicações
ID: 65345422
01-07-2016
Tiragem: 3000
Pág: 61
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Trimestral
Área: 18,00 x 24,50 cm²
Âmbito: Tecnologias de Infor.
Corte: 2 de 2
Neste encontro. que decorreu
a 2 de Junho, analisaram-se os novos
clientes digitais dos seguros e a formo
como o setor poderá responder a
uma transformação cada vez mais
acelerada, com novos modelos de
Interação o ofertas Inovadoras
Rodrigo Maia (Altran): "A complexidade
do negócio dos seguros está a aumentar
e são necessárias novas ferramentas e
tecnologias. Assim como áreas novas e
análise para conseguir direcionar melhor
os produtos aos clientes, mantendo a
rentabilidade do negócio"
vez que existem meios - tecnológicos, organizacionais e competências - para transformar dados
em conhecimento e negócio.
Mas qual é a visão dos players dos
seguros? No debate deste encontro, todos foram unânimes em
considerar que há um longo caminho a percorrer. Há soluções
tecnológicas disponíveis, mas
o que falta é definir estratégias,
mudar a cultura interna, alterar
procedimentos e saber como se
vão usar as TIC.
A captação de talento foi considerada questão essencial para as
novas ofertas disruptivas, perante a ameaça de poder surgir uma
`Ilber' no setor, que perceba o
cliente e lhe dê a solução mais
personalizada, customizada e de
valor. A capacidade de perceber
mudanças de comportamento e a
forma corno as seguradoras se podem adequar a eles, mudando o
paradigma em que atuam, ainda
suportado no conceito de apólice, foi considerada essencial.
Por estas razões, é preciso tomar
decisões e avançar para um processo de reconstrução. Com novas formas de fazer negócio.o-
João Moradias (Hewlett Packard
Enterprise): "As ofertas tecnológicas
especificas para os seguros estão
disponíveis. Com dois princípios
fundamentais: o cliente não é uma folha
em branco e a proposta tem de de ter um
valor importante"
Susana Pascoal (Lusitânia): "As
tecnologias, mais do que um enabler, são
um parceiro que nos faz ir mais longe.
Temos de ver cada vez mais os produtos
como serviços com valor acrescentado.
Prestamos serviços úteis: para quem
compra e para quem usa"
Rui Palma (Açoreana): "Estamos numa
encruzilhada e temos que decidir em
termos de tecnologia se vamos continuar
a fazer mais do mesmo, com algumas
melhorias incrementais, ou se vamos
partir para um processo de reconstrução"
José Pedro Inácio (LOGO): "Nos seguros,
o talento é essencial. Falhamos muitas
vezes não nas ideias, mas na execução,
que tem a ver com talento. Precisamos
de pessoas que construam negócios
diferentes. Senão, será uma Uber dos
seguros a fazê-lo"
Eduardo Romano (Liberty): "Se entrarmos
no mundo das tecnologias emergentes,
teremos soluções disruptivas. Estamos a
viver em tempos interessantes. Empresas
disruptivas da internet fazem-nos pensar
em produtos diferentes para novas
necessidades criadas pelo mundo digital"