estadiamento do Linfoma Maligno
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estadiamento do Linfoma Maligno
Uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) no diagnóstico, estadiamento e reestadiamento do Linfoma Maligno Brasília – DF Julho/2009 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia Parecer Técnico-Científico: Uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) no Diagnóstico, Estadiamento e Re-estadiamento do Linfoma Maligno Brasília – DF Julho/2009 2009 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. Este estudo foi financiado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT/MS) e não expressa decisão formal do Ministério da Saúde para fins de incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS). Informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 8° andar, sala 852 CEP: 70058-900, Brasília – DF Tel.: (61) 3315-3633 E-mail: [email protected] [email protected] Home Page: http://www.saude.gov.br/rebrats Elaboração: Revisão Técnica: Cesar Augusto Orazem Favoreto (UERJ) Clarisse Pereira Dias Drumond Fortes (UERJ) Cláudia Regina Garcia Bastos (UERJ) Frances Valéria Costa e Silva (UERJ) Ione Ayala Gualandi de Oliveira (UFRJ) Ricardo Justen Moreira da Costa (UFRJ) Rodolfo Rego Deusdará Rodrigues (UERJ) Rondineli Mendes da Silva (UERJ) Rosângela Caetano (CEPESC/UERJ) 1 Siglário ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia ACE – Análise de Custo Efetividade AMB – Associação Médica Brasileira ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ATS – Avaliação Tecnológica em Saúde CADTH - Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CFM – Conselho Federal de Medicina CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde CRD - Center of Review and Dissemination DARE – Database of Abstracts of Reviews of Effects DATASUS – Departamento de Informática do SUS DECIT – Departamento de Ciência e Tecnologia Esp —Especificidade FDG – Fluordesoxiglicose FDG-PET– PET com o radioisótopo FDG HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana HTLV-1 – Human T-cell Lymphotropic Virus usada para designar o Vírus Linfotrópico Humano de Células T HTA – Health Technology Assessment Database IARC – Agency for Reasearch on Cancer IEN – Instituto de Engenharia Nuclear INAHTA – International Network of Agencies for Health Technology Assessment INCA – Instituto Nacional de Câncer INCor - Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo IPEN – Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear LH — Linfoma Hodgkin (ou Doença de Hodgkin) LNH — Linfoma não-Hodgkin LR — Likelihood ratio MA — Metanálise MRI – Magnetic Resonance Imaging ou Ressonância Magnética Nuclear MSAC - Medical Services Advisory Committee NCCHTA - National Coordinating Centre for Health Technology Assessment NHI - National Institute of Health NHS EED - NHS Economic Evaluation Database) NICE - National Institute for Clinical Excellence PET– sigla em inglês para tomografia por emissão de pósitrons PET- SPECT do inglês Single Photon Emission Computed Tomography PET-TC– PET associada com Tomografia Computadorizada PTC – Parecer Técnico Científico REFORSUS – Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde ROC - Receiver Operating Characteristic RS – revisão sistemática SCTIE –Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Sens — Sensibibilidade 2 Sumário Este PTC tem por foco o uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), uma tecnologia da área de medicina nuclear, no diagnóstico, estadiamento e re-estadiamento dos linfomas malignos. Embora pareça ser uma ferramenta diagnóstica útil no linfoma, não existe consenso sobre o lugar da PET no manuseio da doença, ela não se encontra ainda coberta pela tabela de reembolso do SUS ou no rol de procedimentos da ANS, e as pressões para essa incorporação vêm se intensificando. O trabalho buscou avaliar as evidências disponíveis quanto a sua acurácia em três indicações clínicas: estadiamento de linfomas Hodgkin (LH) e não-Hodgkin (LNH) à época do diagnóstico; avaliação da resposta ao tratamento, e diagnóstico de lesões residuais pós-terapia. Foram ainda buscadas evidências acerca da sua influência nas decisões de manuseio clínico-terapêutico e seu impacto nos desfechos em saúde. Utilizaram-se três estratégias complementares: (1) pesquisa de avaliações produzidas por agências de avaliação tecnológica em saúde, a partir da base de dados da INAHTA, que contém registros sobre relatórios já publicados e projetos em execução por seus membros; (2) levantamento de guidelines e protocolos de prática relativos ao uso da PET nos linfomas, a partir das fontes: National Guideline Clearinghouse; National Library of Guidelines; projeto Diretrizes da AMB/CFM; busca manual nos sites das seguintes sociedades de especialidades: Colégio Brasileiro de Radiologia; Sociedade Brasileira de Cancerologia; Sociedade Brasileira de Oncologia; e Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; e (3) pesquisa bibliográfica, a partir das bases MEDLINE, Cochrane, LILACS e SCIELO, concentrando-se na busca de evidências baseadas em revisões sistemáticas e metanálises, que correspondem a metodologias de síntese da literatura que fornecem o mais alto nível de evidência para guiar decisões clínicas e informar protocolos de prática. Foram identificadas 23 revisões produzidas por 14 diferentes agências de ATS, de 10 países diversos, publicadas entre 1999-2009, metade das quais nos últimos 5 anos. Em termos de guidelines e protocolos de prática relacionados a PET e linfoma, foram identificados 16 documentos, todos produzidos no período entre 2000-2009 (56,2% a partir de 2005). Por fim, a pesquisa bibliográfica resultou na inclusão de 7 revisões sistemáticas, cinco delas envolvendo também metanálise, publicadas de 2005 a 2008. Os diversos problemas metodológicos define um nível de evidências ainda imperfeito (maioria, 2 a 3), o que confere às recomendações grau B. A análise do conjunto de documentos aponta que a PET possui utilidade clínica nos linfomas, destacandose sua acurácia diagnóstica na avaliação de resposta ao tratamento e no exame de massas residuais, para diferenciação entre tecido cicatricial e tumor viável (nível de evidências 2). Seu papel no estadiamento é mais incerto, ainda que pareça ser de particular valor para as localizações extraganglionares da doença, dada a possibilidade inerente da tecnologia de realizar exames de corpo inteiro em um único procedimento (nível de evidências 2). Os estudos foram unânimes em contra-indicar seu uso no diagnóstico primário dos linfomas. Parte das evidências encontradas foi produzida sem separar os dois tipos de linfomas ou seus subtipos histológicos, para os quais a PET possui acurácia distinta. Avaliações comparativas com outras técnicas usadas no manuseio diagnóstico dos linfomas, em particular no que se refere à TC, não são ainda conclusivas de todo, pelo pequeno número de estudos e pelos problemas metodológicos freqüentes nos existentes. As evidências relativas aos equipamentos PET-TC são ainda em pequeno número, pelo relativo pouco tempo de disponibilidade da tecnologia. A possibilidade de combinar imagem anatômica e funcional, superando as limitações de ambas as tecnologias, e a maior acurácia apresentada nos trabalhos frente às duas técnicas em separado, falam a favor de um desvio para essa nova modalidade. As evidências disponíveis estão concentradas na acurácia da PET, ao invés de avaliações sobre o valor clínico da informação trazida pela tecnologia na tomada de decisão médica, como mudanças no manuseio clínico-terapêutico, ou sobre seu impacto nos resultados em saúde. Esse conhecimento seria fundamental para melhor orientar as decisões em saúde, evitando procedimentos desnecessários e/ou de risco, e a redução de morbidades. Os diversos diferenciais e limitações apontadas reforçam a recomendação que a eventual incorporação às tabelas de reembolso de procedimentos médicos se faça tomando por base não apenas a aplicação — uso em linfomas — mas vinculando indicações específicas — avaliação de massas residuais, por exemplo. Uma liberação aberta do reembolso poderá favorecer um uso não racional e sem vantagens clínicas para os pacientes, se empregado para indicações não definidas. Por fim, com vistas a superar as lacunas informacionais, sugere-se a realização de pesquisas que melhor avaliem o valor clínico da informação trazida pela PET na tomada de decisão médica e o desenvolvimento de estudos de custo-efetividade de base local, que considerem as especificidades brasileiras, e que poderiam trazer mais subsídios às decisões sobre a incorporação da tecnologia na condição patológica e indicações pretendidas. 3 1. Apresentação Este parecer técnico-científico (PTC) tem como foco o uso da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) no estadiamento e re-estadiamento do linfoma maligno, uma vez que a tecnologia não é indicada para o diagnóstico desta condição, que se baseia na biópsia excisional ou incisional dos sítios ganglionares (ou, muito raramente, extraganglionares) comprometidos, e na caracterização histológica, imuno-histoquímica e citogenética. Imagens de linfomas malignos com PET começaram a ser feitas a partir de 1987 (PAUL, 1987) e os primeiros relatos do uso da PET usando 18F-flúor-deoxi-2-glicose como radiofármaco (FDGPET) para o estadiamento de corpo inteiro nesta doença datam do início dos anos 90 (BARRINGTON et al, 1995; BANGERTER et al, 1996; MOOG et al, 1997; de WITT et al, 1997). Embora a PET pareça ser uma ferramenta diagnóstica útil no linfoma, não existe consenso sobre seu lugar no manuseio da doença. Indicações potenciais de seu uso incluem: detecção de doença oculta em linfonodos de tamanho normal e em localizações extraganglionares à época do diagnóstico; avaliação da resposta durante o tratamento e avaliação pós-tratamento. Além disso, a incorporação dos resultados da PET aos critérios de resposta do linfoma também tem sido proposta (CHESON et al, 2007). É importante destacar, contudo, que o valor real da PET no linfoma é ainda objeto de conjuntura, baseada indiretamente em resultados intermediários (surrogate outcomes) tais como a acurácia do teste e influência nas decisões de manuseio clínico-terapêutico, mais do que em resultados finalísticos, como sobrevida dos pacientes. Adicionalmente, alguns estudos têm mostrado diferenças de intensidade na captação de FDG em pacientes nos vários subtipos de linfoma (em particular no LNH), que pode ser explicada pelo perfil histológico tais como a natureza proliferativa das células tumorais e a proporção de células tumorais viáveis e não malignas reativas (SCHODER et al, 2005). Considerando que a tecnologia PET não se encontra ainda coberta pela tabela de reembolso do sistema público de saúde ou presente no rol de procedimentos da ANS e que as pressões para essa incorporação vêm se intensificando, este parecer objetiva trazer subsídios para as discussões referentes à incorporação e uso dessa tecnologia para esse problema específico de saúde. 2. Questões Norteadoras Em termos das perguntas norteadoras do trabalho, buscou-se avaliar as evidências acumuladas quanto à acurácia desta tecnologia diagnóstica por imagem em relação a três indicações clínicas específicas: (1) estadiamento de linfomas Hodgkin e não-Hodgkin à época do diagnóstico; (2) avaliação da resposta durante o tratamento, e (3) avaliação pós-tratamento. De forma adicional, foram ainda investigadas a existência de evidências acerca da influência do uso da PET nas decisões de manuseio clínico-terapêutico destas condições e seu impacto nos desfechos em saúde, como sobrevida dos pacientes. 3. Introdução Problema de Saúde: Linfomas – aspectos clínicos e epidemiológicos Os linfomas são cânceres do sistema linfático, que se caracterizam pela proliferação anormal das células do tecido linfóide (gânglios linfáticos, baço e outros locais, com menor freqüência, como estômago, orofaringe, tireóide, pulmão). Compreendem dois tipos principais: (1) Linfoma (ou Doença) de Hodgkin (LH), e (2) Linfoma não-Hodgkin (LNH), que inclui mais de 25 subtipos histológicos diferentes. Essas duas doenças apresentam algumas características clínicas semelhantes, mas divergem na célula de origem, forma de apresentação, modos de tratamento e nos resultados da terapia. Diferenciação entre os dois grupos de linfoma envolve avaliação de características morfológicas (por exemplo, a presença de células de Reed-Sternberg, que apenas são vistas no LH), imunofenotípicas (p.ex., expressão de antígenos celulares de superfície) e 4 imuno-histoquímicas. O tratamento – bem como a resposta à terapia e sobrevida – também diferem entre eles. Ambos os tipos apresentam um acometimento muito grande de pacientes em idade produtiva (adultos jovens), ocasionando diminuição de produtividade na idade mais ativa e grande número de anos de vida perdidos durante a doença nessa faixa etária. De acordo com levantamento realizado, em 2000, pela Internacional Agency for Reasearch on Cancer (IARC), cerca de 350 mil casos novos são diagnosticados anualmente. O número de casos de linfoma não-Hodgkin é aproximadamente cinco vezes maior que o de doença de Hodgkin. A incidência desta última atinge um pico de 5 a 6 casos/100.000 indivíduos em torno de 20 anos de idade, com a taxa caindo para menos da metade na meia-idade e voltando a aumentar em freqüência em indivíduos mais idosos. Já incidência do linfoma não-Hodgkin aumenta progressivamente com a idade. Cerca de dois terços dos casos novos de linfoma são classificados como não-Hodgkin. No Brasil, não existem números precisos sobre a incidência da doença porque as estimativas nacionais lançadas anualmente pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) só trazem informações sobre os 12 cânceres mais comuns, com os cânceres do tipo linfoma entrando na categoria ‘‘outros’’. A publicação mais recente desse órgão, contendo as estimativas de câncer em nosso meio para os anos de 2008/09 (INCA, 2007), apenas traz informações sobre os linfomas em crianças, os quais corresponderiam à segunda neoplasia mais freqüente nessa faixa etária. Segundo dados disponibilizados pelo INCa (INCA, 2003) para os registros de base populacional, os maiores valores das taxas médias anuais de incidência de Linfoma não-Hodgkin, ajustadas por idade por 100 mil homens, foram constatadas no Distrito Federal (1996-1998: 14,1); São Paulo (1997-1998: 13,0) e Porto Alegre (1993-1997: 11,0). Na população feminina, as maiores taxas foram observadas em São Paulo (1997-1998: 8,6); Distrito Federal (1996-1998: 8,6) e Recife (1995-1998: 7,6). As menores taxas foram observadas na cidade de Belém (1996-1998) em homens (2,0) e mulheres (1,6). A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) informa, em sua página eletrônicahttp://www.abrale.org.br) que, em 2004, foram registradas 3.194 mortes por linfoma no Brasil, uma média de 8,5 mortes por dia. Já segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, disponibilizado através do DATASUS (http://mortalidade.inca.gov.br/index.jsp), as taxas de mortalidade no Brasil por cânceres de tecido linfático (respectivamente códigos C81 a C85 e C96 da Classificação Internacional de Doenças 10ª edição), ajustadas por idade, pelas populações mundial e brasileira, variaram de respectivamente, 2,66 e 2,36 em 2000 para 2,70 e 2,39/ 100.000 homens em 2005; para o sexo feminino, as mesmas taxas de mortalidade foram, respectivamente, 1,70 e 1,51 em 2000 e 1,83 e 1,63/100.000 mulheres, em 2005. Em termos proporcionais, os cânceres de tecido linfático corresponderam a 2,8% do total de mortes por câncer no país no período 2002-2006 entre os homens e a 2,6% do total entre as mulheres. Os fatores de risco destas neoplasias ainda não são totalmente conhecidos, mas possivelmente estão relacionados à redução da função do sistema imunológico (por exemplo, em transplantados) e exposição a agentes infecciosos, em especial o vírus Epstein-Barr. O HIV e o HTLV-1 também estão associados a um aumento do risco dos LNH. Outros fatores de risco estão relacionados à exposição ocupacional, como o uso de herbicidas, pesticidas fertilizantes e outros agentes químicos. A sobrevida média varia de acordo com o tipo celular e o estágio da doença. Os linfomas, particularmente do tipo Hodgkin, estão entre as neoplasias com melhor resposta ao tratamento com radioterapia e quimioterapia. O índice de cura da doença de Hodgkin gira é superior a 80% dos pacientes com o tratamento inicial e nos casos de recidiva. Já os linfomas não-Hodgkin tem prognóstico pior, sendo curados em pouco mais de 40% dos casos (ECRI, 2007). Os tratamentos disponíveis estão associados à significativa toxicidade e morbidade; desse modo, qualquer tecnologia que possa reduzir a necessidade de terapêuticas adicionais ou mais agressivas podem ter um impacto positivo. O prognóstico depende de vários fatores, dos quais os mais importantes são: presença de sintomas sistêmicos (chamados sintomas B); o estágio da doença; presença de grandes massas 5 (em particular esplênica e mediastinal), e qualidade e adequação do tratamento administrado. Outros fatores que influenciam o prognóstico incluem a idade, o sexo, a Velocidade de Hemossedimentação (VHS), o número de nódulos esplênicos, o grau/extensão do envolvimento abdominal e o número absoluto de sítios ganglionares envolvidos (COSSET et al, 1992; KENNEDY et al, 1992). Uma vez que o diagnóstico de LH ou LNH tenha sido estabelecido por biópsia de um sítio comprometido, determinação da extensão da doença (estadiamento) é importante para o adequado planejamento terapêutico e determinação do prognóstico. Além disso, o conhecimento dos sítios envolvidos no momento do diagnóstico torna possível o re-estadiamento ao final do tratamento e a documentação de uma remissão completa. O estadiamento dos linfomas está baseado na Classificação de Ann-Arbor, modificada em 1988 (modificação de Cotswold, em função de uma maior atenção ao significado prognóstico da carga tumoral e do uso crescente da TC). Em essência, esse estadiamento está baseado no número de localizações envolvidas, no tipo de envolvimento (ganglionar ou visceral), na distribuição da doença e na presença dos chamados sintomas B (febre, sudorese noturna, perda de peso significativa). Uma avaliação acurada e precoce da resposta terapêutica é também necessária durante o tratamento. Trabalhos têm demonstrado que a sensibilidade do linfoma à terapia específica se reflete na rapidez de regressão tumoral com o tratamento; uma taxa elevada de regressão tumoral é preditiva de melhor resultado, com alta taxa de cura (BAR-SHALON et al, 2001). A identificação dos pacientes em risco de um curso clínico desfavorável, contudo, ainda é um importante problema diagnóstico porque as imagens radiológicas orientadas para a morfologia, que são bastante efetivas no estadiamento inicial, são relatadas como imprecisas na detecção de doença residual pós-tratamento, uma vez que não existe nenhuma característica radiográfica que permita diferenciação entre tecido maligno e tecido necrótico/fibrose. Tecnologia sob Avaliação: Tomografia de Emissão de Pósitrons A PET (do inglês Pósitron Emission Tomography) é técnica de diagnóstico por imagens do campo da medicina nuclear desenvolvida no início dos anos 70, logo após a tomografia computadorizada. Ela utiliza traçadores radioativos e o princípio da detecção coincidente para medir processos bioquímicos dentro dos tecidos. Diferentemente de outras tecnologias de imagem voltadas predominantemente para definições anatômicas de doença — como os raios-X, a tomografia computadorizada (TC) e a imagem por ressonância nuclear magnética (MRI) — a PET avalia a perfusão e a atividade metabólica tissulares, podendo ser utilizada de forma complementar ou mesmo substituta a estas modalidades. Porque as mudanças na fisiologia tumoral precedem as alterações anatômicas e porque a PET fornece imagens da função e da bioquímica corporais, a tecnologia é capaz de demonstrar as alterações bioquímicas mesmo onde não existe (ainda) uma anormalidade estrutural evidente, permitindo o diagnóstico mais precoce (JONES, 1996; BLUE CROSS e BLUE SHIELD, 2002). A tecnologia utiliza derivados de compostos biologicamente ativos ou fármacos, marcados com emissores de pósitrons e que são processados internamente de uma maneira virtualmente idêntica às suas contrapartidas não-radioativas, fornecendo o mecanismo para registrar a atividade metabólica in vivo. A distribuição desses compostos pode ser medida com um tomógrafo PET, que produz imagens e índices quantitativos dos tecidos e órgãos corporais. Em estudos na área de oncologia, um aumento na utilização da glicose pelas células cancerosas é a racionalidade subjacente ao uso comum do 18F-fluoro-2-deoxiglicose (FDG), um análogo da glicose, como um radiotraçador (ROHREN et al, 2004) As diferenças de metabolismo entre o tecido normal e neoplásico conduzem a um grande contraste na captação do radiofármaco e a estabilidade in vitro e meia vida prolongada do FDG (cerca de 110 min) permitem seu transporte de centros com cíclotron, onde são produzidos, a outros com o tomógrafo PET. A interpretação das imagens pode ser feita de forma qualitativa ou visual ou semi-quantitativa, usando índices de captação como o SUV (Standardized Uptake Value), que se define como o quociente entre a captação do FDG na lesão e a captação média no resto do organismo. Seu 6 cálculo é influenciado por diversos fatores: dose injetada, peso do paciente, distribuição do FDG no organismo, níveis endógenos de glicose, momento de aquisição do estudo, tamanho da lesão, tamanho e localização da região de interesse, etc. O uso desse índice facilita a comparação entre estudos evolutivos; é útil para avaliar a resposta terapêutica em um paciente individual e ajuda na diferenciação entre lesões benignas e malignas (valor de corte usual em torno de 2,5-3,0); entretanto, a forma mais frequentemente utilizada de avaliação das imagens é a comparação qualitativa — e, portanto, mais subjetiva — entre as áreas (FONT, 2007). A tomografia de emissão de pósitrons é uma tecnologia de imagem complexa, custosa e multicomponente. Diferentemente do TC e da MRI, em que a tecnologia de imagem é constituída apenas pelo equipamento de imagem per si (o tomógrafo ou scanner), no caso da PET, os sistemas envolvem não apenas os aparelhos que detectam a radiação resultante do decaimento do pósitron (que dará origem à imagem reconstruída), mas ainda o conjunto de equipamentos relacionados à produção dos radionuclídeos e sua posterior combinação a elementos biológicos (ciclotrons e geradores, e unidades de síntese), para que venham a funcionar como um radiotraçador1. O scanner PET é um equipamento similar, em aparência, ao tomógrafo computadorizado, que detecta a radiação resultante da aniquilação do pósitron e do elétron combinados. Os vários tipos de tomógrafos existentes diferenciam-se, fundamentalmente, em relação a duas variáveis o material e número dos detectores, e os diversos arranjos geométricos desses detectores nos sistemas PET que respondem por diferenças na resolução espacial, na sensibilidade e na qualidade final das imagens obtidas. Na atualidade, existem quatro designs dominantes no mercado: (1) tomográfos PET com anel completo, operando em duas ou três dimensões; (2) tomógrafos PET com anel rotatório parcial; (3) gama-câmaras modificadas para imagem coincidente; e (4) gama-câmaras modificadas com colimador de alta-energia para fótons de 511 keV. Cada um desses sistemas tem uma relação custo/performance diferente, que precisa ser levada em conta nos estudos de acurácia diagnóstica desta tecnologia de imagem; apenas os dois primeiros tipos de design — também chamados de sistemas PET dedicados — são indicados para exames no linfoma. A tomógrafo PET melhorou significativamente seu desempenho desde o início do seu desenvolvimento2, com as unidades PET mais recentes apresentando resolução de 4 a 5mm3. FDG-PET e TC fornecem, respectivamente, informação funcional e anatômica; ainda que a PET tenha uma grande resolução de contraste, sua resolução espacial é baixa, enquanto a TC possui alta resolução espacial, permitindo um melhor reconhecimento anatômico e, quando utilizada com contraste injetável, fornecendo informações sobre o fluxo vascular e permeabilidade tissular. Mais recentemente, na tentativa de suprir as carências de uma tecnologia com os benefícios da outra, surgiu o PET-TC. Integração das duas modalidades pode tomar três formas: (1) fusão visual das imagens, com as imagens feitas pelas duas tecnologias sendo examinadas e comparadas próximas umas das outras e a fusão tomando lugar na mente do examinador; (2) integração de imagens obtidas em separado, realizada com um software de fusão de imagens; entretanto, diferenças nas velocidades do leito e na posição do paciente e o movimento dos órgãos internos apresentam-se com problemas e desafios a sua utilização; (3) equipamentos híbridos, tomógrafos PET-TC, que registram simultaneamente as imagens anatômica e funcional em um único exame; os dados da TC são empregados para corrigir a atenuação fotônica da dispersão da radiação e os erros de volume parcial da imagem PET, se mostrando com maior acurácia de interpretação (von SCHULTHESS et al, 2006; BLODGETT et al, 2007). Os primeiros protótipos destes equipamentos híbridos datam de 1998 e os primeiros aparelhos começaram a ser comercializados em 2001; todos os PET-TC atualmente comercializados usam tecnologia TC multi-slice. 1 Para descrição mais detalhada da base técnica da PET e dos componentes da tecnologia, ver CAETANO et al, 2005. Para maiores detalhes, ver CAETANO, 2002; CAETANO et al, 2005. 3 Nos linfomas, os exames somente devem ser realizados utilizando aparelhos PET dedicados (full ring) porque gamacâmaras de dupla cabeça em modo coincidência não são confiáveis para a detecção de lesões com diâmetro menor que 15-20 mm. 2 7 A tecnologia é usualmente utilizada em base ambulatorial. Pelo fato de usar radioatividade de meia-vida muito curta, a exposição à radiação é baixa e muito menor que nos procedimentos que utilizam raios-X. Em termos de contra-indicações e riscos, a gravidez é citada como uma contraindicação ao uso da tecnologia porque a imagem de pósitrons requer a administração de um radiofármaco que libera raios gama, expondo o feto a radiação. Mulheres em lactância devem suspender a amamentação dos recém-nascidos 24h antes do procedimento, para reduzir concentração no tecido mamário. Outras contra-indicações relativas incluem claustrofobia, incapacidade de suportar a posição supina por pelo menos 1h ou de cooperação durante o exame. A PET pode ser menos acurada nos diabéticos porque o FDG é um análogo da glicose; em pacientes com glicemias elevadas (≥160-180mg/dL), devem ser tomadas as medidas necessárias para que o paciente encontre-se em situação de normoglicemia antes da realização do exame; nos demais, recomenda-se jejum de 4 horas precedendo o procedimento. Ainda como parte da preparação para o exame, se recomenda evitar exercícios físicos prévios à exploração, indica-se período de repouso mínimo de 60 minutos, e alguns ainda recomendam a administração, 15 minutos antes da injeção do radiofármaco, de um miorelaxante para diminuir a captação muscular fisiológica. Ingestão de líquidos, de modo a prover adequada hidratação e eliminação do FDG, e esvaziamento vesical complementam os procedimentos de preparação. Em crianças, pode ser necessário sedação ou uso de anestésicos, devido à dificuldade de cooperação e imobilização. Não tem sido descritos fenômenos de intolerância nem reações anafiláticas ao FDG (SCHELBERT et al, 1998; BOMBARDIERI et al, 2003; DELBEKE et al, 2006). Tecnologias Concorrentes ou Complementares A TC é, na atualidade, o método mais correntemente utilizado para estadiar pacientes com linfoma (KWEE et al, 2008), mas não fornece imagem funcional, o que impede a identificação da doença em órgãos de tamanho normal. Estadiamento abaixo do diafragma com TC é prejudicado por falso-negativos decorrentes da inabilidade de detectar a doença em linfonodos de tamanho normal e pela dificuldade da TC e do ultra-som em detectar comprometimento esplênico e/ou hepático, cujo envolvimento na época do diagnóstico inicial é muitas vezes microscópico ou micronodular: em vários estudos, a sensibilidade da TC tem variado entre 15 e 37% para a infiltração esplênica e de 19 a 33% para a infiltração do fígado (MOOG et al, 1998). Outro elemento importante no estadiamento desta doença refere-se ao envolvimento de medula óssea, que pode influenciar as decisões de tratamento. Para determinar se existe infiltração medular, o melhor método atualmente disponível é a biópsia de medula óssea, procedimento invasivo e doloroso. No caso de avaliação durante o tratamento e pós-tratamento (re-estadiamento), a TC é mais sensível que os raios-X de tórax para avaliação de remissão completa no tórax. Anormalidades residuais na TC necessitam serem avaliadas para distinguir entre doença ativa e fibrose residual, o que pode ser feito com estudos seriados, uma vez que a doença benigna tende a permanecer estável ou diminuir, enquanto linfoma persistente tende a aumentar em tamanho. Contudo, nem esta técnica nem a MRI podem identificar de forma confiável doença extraganglionar ou linfonodos de tamanho normal, mas com comprometimento neoplásico. A TC possui sensibilidade e especificidades relativamente altas, mas baixa especificidade na avaliação da resposta pós-tratamento (THILL et al, 1997). Por exemplo, pacientes com doença oculta antes da terapia (bulky disease), freqüentemente exibem massa residual após o tratamento. Embora a TC determine o tamanho e localização das massas, pode ser incapaz de distinguir tumor viável de tecido necrótico ou cicatricial (STUMPE et al, 1998). Cintigrafia com gálio67 é útil no re-estadiamento, ajudando a diferenciar fibrose de tecido tumoral ativo. Entretanto, embora esta técnica de imagem funcional seja capaz de detectar atividade linfomatosa residual em mediastino e pulmões, sua sensibilidade para doença infra-diafragmática pode ficar comprometida pela captação hepática fisiológica do gálio e por sua excreção intestinal (ZINZANI et al, 2002). 8 Situação da Tecnologia PET no país O equipamento PET de imagem é registrado como produto para a saúde pela ANVISA, havendo cinco produtos registrados, de três empresas diferentes: Philips Medical Systems Ltda (Sistema de Imagem C-PET PLUS e Sistema PET/CT GEMINI); Siemens Ltda (Equipamento de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) BIOGRAPH e Scanner de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) ECAT, marca CTI PET Systems, modelos ECAT EXACT e ECAT EXACT HR+) e GE Medical Systems Ltda (Sistema de Diagnóstico PET ADVANCE). Em relação ao radiofármaco, até recentemente, a produção e a comercialização de radionuclídeos eram exclusividade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com duas instituições produzindo o 18F-FDG no Brasil: o Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear (IPEN/CNEN), em São Paulo (desde 1998), e o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN) no Rio de Janeiro (desde 2004), limitando a difusão dessa modalidade de imagem a outras regiões do país. Em 8/2/2006, foi promulgada pelo Congresso Nacional a Emenda Constitucional n. 49 (BRASIL, 2006), que excluiu do monopólio da União a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos de meia-vida curta, para usos médicos, agrícolas e industriais, tornando possível a produção de nuclídeos como o flúor18, o carbono11 e o oxigênio15 por instalações não subordinadas à CNEN, mas dentro das normas por ela estabelecidas. Quanto a sua distribuição no país, em final de 2002, com recursos do projeto REFORSUS, foi instalado o primeiro tomógrafo PET-dedicado no Serviço de Radioisótopos do InCor, substituindo o sistema PET/SPECT existente. Até o início de 2004, outros três sistemas, do tipo PET/TC combinados, foram instalados na cidade de São Paulo, todos em hospitais privados. O número preciso de equipamentos PET-dedicados e de PET/TC atualmente em atividade no país é desconhecido. Não existem dados disponíveis no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Robillota (2006), em estudo em que discute a introdução desta modalidade de imagem no país, menciona a existência de 12 equipamentos PET-dedicados naquela época,concentrados basicamente nos estados do Sudeste por conta da disponibilidade do radiofármaco ser dependente de dois centros localizados nessa área do país. Estima-se, contudo, que eles tenderão a aumentar em um futuro próximo, com a possibilidade de instalação de cíclotrons para a produção de FDG marcada com flúor-18 possibilitada pela quebra do monopólio acima mencionada. Procedimentos com a tecnologia PET não fazem parte ainda das tabelas de reembolso do SUS, nem se encontram incorporados ao rol de procedimentos da ANS. Eles já se encontram, contudo, presentes na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, da Associação Médica Brasileira (AMB, 2005), desde a 4ª edição de setembro de 2005 (Capítulo 4 Procedimentos Diagnósticos e Terapêuticos, PET dedicado oncológico e TC para PET dedicado oncológico, respectivamente códigos 40708128 e 41001222). 4. Metodologia Este parecer examinou o papel da PET nos linfomas tomando por base três estratégias complementares: (1) pesquisa de relatórios de avaliação produzidos por agências de avaliação tecnológica em saúde (ATS) pertencentes à International Network of Agencies for Health Technology Assessment (INAHTA); e (2) guidelines e protocolos de prática relacionados as indicações da PET nos linfomas; (3) bsca de evidência na literatura científica, publicada sob a forma de revisões sistemática e metanálises. As agências de ATS consultadas, com seus respectivos nomes e endereços, encontram-se no anexo 1. Para a pesquisa da base de dados da INAHTA, utilizou-se a ferramenta de pesquisa disponibilizada pela mesma na página do Centre for Reviews and Dissemination, do National Institute for Health Research (http://www.crd.york.ac.uk/crdweb/). Essa ferramenta permite acesso simultâneo a três conjuntos de base: (1) DARE (Database of Abstracts of Reviews of Effects), de revisões sistemáticas, incluindo revisões e protocolos da Colaboração Cochrane; (2) NHS EED (NHS Economic Evaluation Database), de estudos de avaliação econômica; (3) HTA (Health Technology Assessment Database), que inclui resumos e relatórios de avaliações de tecnologias realizados ou em processo por membros da INAHTA em diversos países. Para a busca, foram utilizados como unitermos: positron emission tomography; PET; FDG-PET e PET-CT, sem 9 especificação de período de publicação ou idioma em um primeiro momento. Todos os registros obtidos foram examinados, utilizando-se como critério de seleção para exame de texto completo: (1) publicações com foco no tema deste PTC (qual seja linfomas, seja como objeto único, seja como parte do exame da PET em diversas aplicações oncológicas); (2) textos disponíveis nos seguintes idiomas: português, inglês, espanhol e francês; (3) sistemas PET dedicados ou PET-TC; (4) uso de FDG como radiofármaco. No caso da pesquisa bibliográfica das evidências, foi realizada busca nas bases MEDLINE, LILACS e SCIELO, usando uma combinação das chaves de busca, devidamente adaptadas para cada base. No caso do MEDLINE e pré-MEDLINE, utilizou-se a interface de pesquisa OVID (acesso a partir dos Periódicos CAPES) e o emprego de estratégia de busca adaptada de estudo feito pelo Health Technology Assessment Programme (FACEY ET AL, 2007), que investigou a efetividade clínica da PET em oito neoplasias selecionadas. Como limites, restringiu-se a busca a trabalhos publicados feitas a partir de 1995, inclusive (quando se iniciou a publicação de estudos sobre o uso da PET nos linfomas), e aos mesmos idiomas já mencionados. A pesquisa concentrou-se na busca de evidências baseadas em revisões sistemáticas (RS) e metanálises (MA), que correspondem a metodologias de síntese da literatura que utilizam métodos explícitos e reprodutíveis para responder a questões clínicas específicas e fornecem o mais alto nível de evidência para guiar decisões clínicas e informar protocolos de prática (BLETTNER et al, 1999). Revisões tradicionais separadas e tiveram suas referências bibliográficas verificadas com vistas a recuperar eventuais trabalhos de RS e MA que pudessem ter escapado às buscas. Utilizou-se dois conjuntos de unitermos para PET (um mais básico e outro tomando por base estratégia de pesquisa específica para a PET desenhada por MIJNHOUT (2000) e MIJNHOUT et al (2004); um conjunto de unitermos para linfoma e um filtro específico para revisões sistemáticas baseado em JADAD et al (1998), dispostos no anexo 2, combinados em duas estratégias: (1) unitermos básicos para FDG-PET+ unitermos para Linfoma, aplicação dos limites + filtro para revisões sistemáticas/metanálises; (2) unitermos de Mijnhout para FDG-PET + unitermos para Linfoma, aplicação dos limites + filtro para revisões sistemáticas/metanálises. Nenhuma revisão adicional foi retirada utilizando-se a estratégia de Mijnhout. A seleção inicial dos trabalhos baseou-se nos abstracts, excluindo-se referências duplicadas e revisões de trabalhos que estudavam outros cânceres diferentes de linfomas ou de estudos que não empregavam FDG-PET. Critérios de inclusão para a seleção das revisões sistemáticas foram: revisões sistemáticas, com ou sem síntese quantitativa (metanálises); estudos com equipamentos PET dedicados, usando FDG como radiofármaco; evidência relacionada à acurácia diagnóstica no diagnóstico, estadiamento, monitoramento da resposta ao tratamento ou avaliação póstratamento, ou ainda mudança no manuseio diagnóstico-terapêutico e impacto nos resultados clínicos finalísticos. A avaliação da qualidade das revisões sistemáticas utilizou como parâmetros o disposto na segunda versão das diretrizes para PTC do Ministério da Saúde (BRASIL, 2008), os quais se encontram sumarizados no anexo 3. Para as bases LILACS e SCIELO, utilizou-se a interface de pesquisa disponível na página da BIREME (www.bireme.br), aplicando-se os seguintes unitermos: Positrons emission tomography, Tomografia por Emissão de Pósitrons, Tomografia Computadorizada de Emissão, PET, Fluordesoxiglucose F18. Como o número de publicações era muito pequeno, optou-se pelo exame de todas as referências obtidas, sem aplicação em um primeiro momento de outros filtros e sem fechar por linfomas. As referências obtidas foram examinadas de forma individual, buscando-se identificar revisões sistemáticas ou tradicionais de literatura e estudos primários com foco em aplicações oncológicas da PET, oriundos do Brasil e países latino-americanos. Foram excluídos desse exame relatos de casos, séries de casos, editoriais, cartas e comentários. A única revisão sistemática obtida na busca dessas bases referia-se a aplicação da PET no câncer de tireóide, fora portanto do escopo deste parecer. O único trabalho encontrado sobre linfomas referia-se a uma revisão tradicional de literatura (MASSARDO et al, 2006, que foi examinada em busca de novas referências adicionais. Os poucos trabalhos brasileiros existentes correspondiam a revisões narrativas da literatura, séries de casos ou posicionamentos autorais, na forma de editoriais. 10 Por fim, ainda com o objetivo de contextualizar as evidências e o uso já recomendado da PET nos linfomas, foram buscados guidelines e protocolos de prática relativos a esta tecnologia que expressamente se relacionassem com seu uso nessa patologia. Foram excluídos documentos que tratassem apenas de questões técnicas, como parâmetros e normatizações na realização do procedimento ou com a obtenção das imagens, sem utilidade face ao escopo deste PTC. Em complemento a identificação deste tipo de documento nas bases bibliográficas já mencionadas, realizou-se uma busca assistemática contemplando ainda as seguintes bases: (1) National Guideline Clearinghouse, uma fonte bastante abrangente de guidelines baseados em evidências; (2) National Library of Guidelines, vinculada ao National Health System inglês4; que possui uma área especifica em oncologia, (3) projeto Diretrizes da AMB/CFM5, iniciativa que se pretende a um processo de construção de protocolos baseado em evidências, em parceria com as sociedades profissionais e de especialidades médicas; (4) busca manual específica nas páginas eletrônicas das seguintes sociedades profissionais e de especialidades nacionais relacionadas com a temática tratada: Colégio Brasileiro de Radiologia; Sociedade Brasileira de Cancerologia; Sociedade Brasileira de Oncologia; e Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 5. Principais Resultados Os resultados encontram-se sintetizados abaixo, obedecendo às três estratégias escolhidas para levantamento das evidências. Um conjunto de tabelas, apostas como anexos ao final desse PTC, detalham os estudos incluídos em cada estratégia, trazendo informações mais minuciosas sobre cada um dos estudos e documentos utilizados, metodologia empregada em cada um deles, resultado e avaliação do tipo de evidência encontrado. Revisões produzidas por Agências Internacionais de Avaliação Tecnológica. Foram identificadas 23 revisões produzidas por 14 diferentes agências de ATS, localizada em 10 países diversos, publicadas a partir de 1999 e selecionadas obedecendo aos critérios já explicitados na metodologia. Algumas agências apresentam mais de um produto, seja por atualizarem revisões prévias ao longo do tempo, seja por abordarem novas indicações da PET no linfoma, não tratadas em documentos precedentes. Cerca da metade (52%) foram publicadas nos últimos 5 anos, revelando, por um lado, que a tecnologia é foco de preocupação constante por parte destes organismos e, por outro, garantindo a relativa atualidades das informações aqui trazidas. Uma síntese dos resultados detalhado por revisão encontra-se disposto no anexo 4. De modo geral, observa-se que as principais indicações investigadas no linfoma referem-se a avaliação do papel da FDG-PET no diagnóstico da neoplasia; no estadiamento inicial; no re-estadiamento póstratamento; no monitoramento da resposta terapêutica e detecção doença residual; e no valor prognóstico. com vistas a orientar o manuseio terapêutico; e na detecção de recorrência da doença após tratamento inicial. Apesar de tratar-se de doenças de evolução e com histórias naturais diferentes, as indicações da FDG-PET investigadas eram semelhantes tanto para LH quanto LNH. A grande maioria das revisões não tratava de forma separada equipamentos PET e PET-TC; apenas duas revisões dedicaram-se exclusivamente a este tipo de equipamento (Public Health and Social Insurance Institute et al, 2006; AETS, 2004). Uma parcela significativa das avaliações das agências se amparava em revisões sistemáticas (74%); três envolviam adicionalmente síntese quantitativa/metanálise (13%). A análise das revisões demonstrou, como tendência, que as publicações mais antigas contemplavam menor volume de artigos e desenhos de estudo de pior qualidade metodológica, dificultando conclusões mais robustas, ainda que sinalizassem para a potencial contribuição da PET no estadiamento inicial da doença e na avaliação de massas residuais. Com o passar do tempo e sobretudo as avaliações mais recentes, passaram a incluir maior número de trabalhos, com melhor desenho metodológico, permitindo maior consistência nas conclusões; além disso, 4 Disponível em: http://www.library.nhs.uk/GuidelinesFinder/ 5 Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/index.php 11 ampliaram-se as recomendações do uso da tecnologia para avaliação da resposta terapêutica e de recidiva da doença e importância no prognóstico. De forma sintética, pode-se afirmar que não há evidências suficientes e não se recomenda utilizar a PET, de modo rotineiro, para diagnóstico dos linfomas. Quanto ao estadiamento, a sensibilidade e especificidade da PET tendem a se de boa a elevada, seja no que se refere a acurácia global, seja para o estadiamento em separado de regiões ganglionares (respectivamente, 88,6-100% e 93-100%) e extraganglionares (sensibilidade de 75-80% e especificidade de 98,2-100% ; alguns estudos examinaram em separado a acurácia da PET na infiltração da medula óssea, mostrando também sensibilidade boa (acima de 79%) e especificidade moderada (60-76%). No reestadiamento, esses valores se mantém bastante semelhantes. A tecnologia parece ser moderadamente acurada para monitoramente de resposta terapêutica, em particular ao final do tratamento, sendo uma ferramenta diagnóstica particularmente útil para discriminação de lesões residuais, quanto a presença de doença ativa versus lesões cicatriciais, e com desempenho superior à TC. Em termos de valor prognóstico, um exame PET negativo ao final do tratamento associa-se com maior freqüência a sobrevida livre de progressão de doença e/ou maior sobrevida global, mas o número de estudos é pequeno. Em termos dos resultados comparativos com a PET-TC, duas avaliações assinalam que esta apresenta maior acurácia que a TC isolada tanto para localizações ganglionares quanto extraganglionares dos linfomas, mas não são feitas comparações entre PET e PET-TC. Os resultados comparativos da PET em relação outros testes – TC, cintigrafia com gálio, biópsia de medula óssea – estão presentes em poucos estudos e com resultados conflitantes. Via de regra, sugere-se que a PET seja superior ou pelos menos comparável em eficácia à TC. Uns poucos trabalhos sinalizam que o uso da PET conduz a mudanças no estadiamento, em proporção variada (4 a 49%), e a alterações tanto no manuseio diagnóstico (modificando a utilização de outras técnicas), quanto terapêutico — com mudanças intra-modalidades de tratamento (indicando o uso de esquemas mais agressivos de quimioterapia ou mudanças nos portais de radiação) — ou inter-modalidades (troca de quimio por radioterapia, por exemplo). Não foi rotineiramente observado impacto dessas mudanças de condutas nos desfechos clínicos dos pacientes. Guidelines e Protocolos de prática Em termos de guidelines e protocolos de prática relacionados a PET e linfoma, foram identificados após busca não sistemática, 16 documentos, melhor detalhados no anexo 5. Estes guidelines foram todos produzidos no período entre 2000-2009 (56,2% a partir de 2005) eram oriundos de 5 países diferentes, respectivamente EUA (7), Canadá (4), Reino Unido (2), Alemanha (2) e França (1). Em termos das instituições ou associações profissionais responsáveis pela sua elaboração, nota-se um nítido predomínio de entidades relacionadas à área de oncologia (modo geral ou especifica para linfomas), responsável por 62,5% dos documentos analisados; entidades ligadas à área de PET ou imagem responderam por 25% dos documentos. Alguns protocolos são específicos para certos tipos de linfoma (LH, LNH), populações definidas (um relacionado especificamente a população pediátrica) e outros ainda referem-se ao uso para uma indicação precisa (estadiamento, avaliação de reposta ao tratamento, etc.). Considerando o grau de evidências que apóiam os protocolos elaborados, apenas cerca da metade dos protocolos parece ter se baseado em opinião de experts, apoiadas em revisões sistemáticas da literatura. Nos demais, apenas consenso de especialistas ou a metodologia para elaboração não fica clara ao exame do documento Cabe ser ressaltado que não foi encontrado nenhum protocolo brasileiro, mesmo buscando-se de forma específica e dirigida junto a cada uma das sociedades nacionais relacionadas ao tema tratado neste parecer e no projeto Diretrizes;.A escassez de equipamentos no país, mormente no sistema público muito possivelmente justifica essa lacuna. 12 Pode-se observar, a partir do exame dos documentos analisados, que duas indicações do uso da PET nos linfomas atinge um certo consenso: a avaliação de doença residual visualizada por outras técnicas de imagem convencional (84,6%) e a avaliação de resposta ao tratamento (76,9%). O emprego da PET no estadiamento inicial dos linfomas também é fortemente recomendado (71%), seja de forma geral, seja particularizado por histologia (linfomas potencialmente curáveis ou ávidos por FDG). Nenhum dos guidelines recomenda o uso no diagnóstico. Também digno de menção é que a maioria dos documentos refere-se que as decisões de tratamento não devem se basear exclusivamente nos resultados da PET e sim na adição desta às técnicas convencionais. Por fim, deve ser ressaltado que um dos documentos (CHESON et al, 2007, expressando as recomendações do International Harmonization Project, constituído pela German Competence Network Malignant Lymphoma, tem por foco exatamente o estabelecimento de novos critérios de reposta ao tratamento dos linfomas Hodgkin, necessitados de ser revistos após a incorporação da PET ao ferramental clínico. Revisões Sistemática e Meta-análises Foram identificadas na busca as bases bibliográficas mencionadas, complementada pelo exame das referências presentes nas avaliações das agencias e protocolos, um total de oito revisões sistemáticas (RS). Ao exame mais detalhado, uma se mostrou de qualidade tão ruim (FRANZIUS e SCHOBER, 2003) que optou-se pela sua retirada. Das sete restantes, cinco envolveram também metanálise (71%). O período de publicação das revisões é bem recente e se estende de 2005 a 2008. Uma revisão voltou-se especificamente para a acurácia da PET-TC e, em conseqüência, situou o início do período de busca em 1998. Nas demais, exceto por uma que selecionou início do período de busca em 1995, as bases bibliográficas utilizadas foram examinadas a partir da sua constituição, conforme pode ser visto na tabela de resultados. A avaliação de qualidade das evidências destes estudos, obedecendo ao preconizado no documento de Diretrizes de Pareceres Técnico-Científicos do Ministério da Saúde, encontra-se detalhada no anexo 6. Maior detalhamento acerca dos principais elementos relacionados à validade interna e externa dos estudos incluídos em cada uma das revisões sistemáticas também está presente na tabela de resultados (anexo 7). Modo geral, as revisões apresentam sempre uma pergunta bem estrutura e a busca por estudos primários foi bastante abrangente. A qualidade dos estudos primários, contudo, apresenta via de regra, alguns problemas, relacionados principalmente à proporção de estudos retrospectivos, à falta de informações relativas ao cegamento dos examinadores dos estudos PET, a falta de independência entre teste índice e testes de referência, e ao uso de critérios qualitativos de positividade do exame PET, baseados principalmente em avaliação visual comparativa, o qual é um dos elementos responsável pela heterogeneidade entre os estudos. Como conseqüência dessas limitações, o grau de recomendação, tomando por base os níveis de evidência presentes no esquema desenvolvido pelo Oxford Centre Evidence-based Medicine, situa-se em B, com os níveis de evidência variando entre 3B e 2A. Exame da acurácia da tecnologia foi objeto de todas as RS. Duas, adicionalmente, preocuparamse também em sistematizar mudanças no estadiamento e manuseio terapêutico decorrentes do uso da PET e uma delas pretendia também avaliar impacto na sobrevida (objetivo não cumprido pela escassez e precariedade metodológica dos estudos específicos encontrados). Em termos de indicação da tecnologia PET observou-se a seguinte distribuição das RS: avaliação de resposta pós-tratamento de primeira linha – 2 (29%); estadiamento com foco no envolvimento de medula óssea – 2 (29%); estadiamento geral – 3 (43%). Quatro revisões fizeram análise em separado por tipo de linfoma. As características, principais resultados e limitações destas revisões encontram-se apresentadas no anexo 7. O anexo 8 lista os estudos primários incluídos em cada uma das RS, podendo ser observada uma moderada superposição entre eles. No que se refere às duas RS que avaliaram uso da PET na avaliação de resposta ao tratamento (ZIJLSTRA et al., 2006; TERASAWA et al., 2008), os resultados foram separados por tipo de linfoma. A revisão de 2008 apresentou critérios de inclusão mais restritos e fez a tentativa de 13 melhor caracterizar as populações de linfomas por características histológicas, esquemas terapêuticos utilizados, prevalência de massas residuais à imagem convencional e recorreu ao contato com os autores para obtenção de dados adicionais. A despeito disso, o número de estudos incluídos supera a publicação anterior (23 versus 15 estudos). A pequena população de indivíduos em parcela significativa dos estudos primários (em média 50) gera intervalos de confiança bastante amplos. Em ambas, a tecnologia apresenta uma acurácia global bastante elevada na detecção de doença residual, válida tanto para LH quanto LNH agressivos. No estudo mais recente (2008), o pequeno número de estudos impediu a realização de síntese quantitativa para os LNH agressivos; contudo, como na de Zijlstra, as especificidades são bastante elevadas; já as sensibilidades apresentam valores bem mais variáveis. Nesse sentido, os autores em questão sugerem que, no caso de exames negativos ao FDG-PET, não há necessariamente obrigatoriedade de futura investigação, ainda que a ocorrência de doença residual mínima ou de recidiva tardia não possa ser completamente excluída. Terasawa et al (2008) é mais contido em suas conclusões, afirmando que não há ainda suficientes evidências que justifiquem o uso rotineiro da PET na avaliação da resposta ao tratamento e sugerindo cautela na tomada de decisões clínicas baseadas apenas em resultados da PET. Em termos de limitações, ambas as revisões assinalam para problemas de qualidade dos estudos primários, podendo produzir vieses e variações que limitam a validade interna e externa dos resultados. Não foram feitas analises em separado para o PET-TC em virtude da presença de apenas um estudo, em cada uma das revisões. A utilização majoritária nos estudos primários de critérios qualitativos de positividade do exame PET dificulta também a avaliação de heterogeneidade entre os estudos. Por fim, a revisão executada por Zijlstra et al. (2006) tentou avaliar o impacto do uso da tecnologia na sobrevida, processo sempre difícil nas tecnologias voltadas ao diagnóstico e em particular nas doenças neoplásicas, onde esta é fortemente dependente das tecnologias terapêuticas e das características dos pacientes. Os poucos estudos que apresentavam alguma medida de sobrevida tinham tal variabilidade do tipo de desfecho mensurado e falta de dados em separados por tipo de linfoma que impediu a realização de meta-análise e de resultados mais conclusivos. Duas metanálises (ECRI, 2006; PAKOS et al, 2005) examinaram o uso da PET no envolvimento de medula óssea, incluindo respectivamente 13 estudos (N total=324, com n nos estudos primários variando de 44-78) e 6 estudos (N total =587, com n de 7-105 participantes por estudo). Ambas concentraram-se no emprego da tecnologia no estadiamento inicial. Apenas a segunda forneceu resultados em separado por tipo de linfoma. Em ambas, biópsia de medula óssea foi o padrão de referência utilizado. Nas duas revisões, a medida de síntese da sensibilidade é baixa, respectivamente de 64% (IC 95% 43-80%) e 51%, (IC 95% 38-64%); já a especificidade pooled apresenta resultados bem melhores: 88% (IC 95%, 76-95) e 91% (IC 95%, 85-95). O estudo de Pakos et al (2005), adicionalmente, examina a acurácia da PET segundo o tipo de linfoma, permitindo verificar que a performance diagnóstica da tecnologia é variável e dependente da população, com uma maior sensibilidade nos LH e nos LNH de tipos histológicos agressivos. Nos LH, a sensibilidade e especificidade estimadas foram de, respectivamente 76% (IC 95% 4792%) e 92% (IC 95% 79-97%), em enquanto nos LNH (sem especificação de subtipo histológico) as mesmas medidas se situaram em 43% (IC 95% 28-60%) e 88% (IC 95% 75-94%; estudos com populações mistas apresentaram valores pooled de, respectivamente, 52% (IC 95% 24-79%) e 97% (IC 95% 91-99%). As evidências eram insuficientes (apenas dois estudos, com problemas metodológicos vários) para permitir conclusões sobre a acurácia comparativa da PET e outros testes para estadiamento do linfoma, como TC. Os estudos concluem no sentido de que não é recomendado que a PET reponha, de forma rotineira, a biópsia de medula óssea no estadiamento do linfoma, mas que pode ser usada de maneira complementar a este teste, permitindo detectar focos que poderiam não ser evidenciados pela mesma, que se realiza em poucos locais selecionados. 14 Em termos de principais limitações, as duas principais apontadas referem-se aos pequenos tamanhos de amostra dos estudos (embora, na com maior número de participantes, pelo menos seis vezes maior que o maior dos estudos primários incluídos) e sobre o critério de positividade do exame PET, geralmente baseado em método qualitativo e fortemente dependente da avaliação subjetiva e experiência dos avaliadores. As três revisões restantes tiveram como foco o emprego da PET no estadiamento e reestadiamento dos linfomas (KWEE et al, 2008; PUBLIC HEALTH AND SOCIAL INSURANCE INSTITUTE et al, 2006; ISASI et al, 2005). A segunda se concentrou apenas nos equipamentos PET-TC, enquanto a de KWEE et al (2008) abordou de forma comparada PET, PET-TC e TC. A revisão do Instituto polonês (2006) incluiu apenas dois estudos, ambos retrospectivos, com populações mistas de linfomas e com pequeno numero de participantes (27 e 60), o que impossibilitou o exame por subgrupos. A PET-TC foi comparada a TC isolada, apresentando sempre uma performance superior seja para o estadiamento, como para o re-estadiamento, e quando se comparavam estes em termos de avaliação de regiões ganglionares ou extraganglionares. Em termos de medidas de síntese e para o estadiamento, independente de localização do comprometimento, a PET-TC apresentou valores de sensibilidade e especificidade de, respectivamente, 93% (CI 95% 82-98%) e 100% (CI 95% 96-100%), comparativamente a TC, que corresponde a 80% (CI 95% 66-89%) e 84% (CI 95%, 75-91%). Quanto às razões de verossimilhança (Likelihood ratio) e tomando como ponto de corte para um “bom” teste diagnóstico os valores de LR+ > 5 e LR - <0,2, a PET TC novamente se revela co melhor desempenho: PET-TC — LH+ =60,37 (CI 95% 8,66-420,73) e LH- = 0,06 (CI 95% 0,04-0,21) e TC — LH+ =3,48 (CI 95% 0,81-15,01) e LH- = 0,26 (CI 95% 0,15-0,44). As maiores diferenças de desempenho revelam-se para o estadiamento e re-estadiamento extraganglionar, onde a PET possui uma sensibilidade significativamente mais elevada, pela sua capacidade de escanear, em um único exame, o corpo inteiro. Por fim, o estudo avaliou a consistência entre os testes e o estadiamento baseado no sistema Ann Arbor; doença foi mais corretamente estadiada por PETTC que por TC (p=0,002). A revisão sistemática empreendida por Kwee et al (2008) avaliou de forma comparativa a FDGPET, PET-TC, TC, MRI no estadiamento inicial e re-estadiamento dos linfomas Hodgkin e nãoHodgkin. Nenhum estudo foi encontrado em relação à MRI que preenchessem os critérios de inclusão. Utilizou como padrão-ouro histologia e/ou seguimento clínico (mínimo 6 meses) e calculou as medidas de acurácia usando como unidade de análise lesões e pacientes. A PET ssitematicamente se mostou mais acurada que a TC, tanto no estadiamento inicial quanto no reestadiamento, com os valores calculados tomando pro base unidade de analise lesão sendo superiores aqueles que os mensuravam em termos de pacientes, como usualmwente se vê na literatura. Não está como a essa informação complementar trazida pelo uso da PET impacta no prognóstico ou se é custo-efetiva. Os resultados apresentados pela PET-TC foram superiores a PET mas o número de estudos com este tipo de imagem (alguns equipamentos híbridos e outros com fusão por software) impedem conclusões mais definitiva sobre eventual acurácia superior em relação a PET apenas funcional. Limitações a serem ressaltadas, a par a qualidade metodológica insuficiente dos estudos, foram a impossibilidade de separar os linfomas (particularmente LNH) por subtipo histológico e o fato de nenhum estudo expressar resultados pelo sistema Ann Habor de estadiamento, o que dificulta estimativas de impacto terapêutico. Por fim, cabe ser discutida a meta-análise produzida por Isasi et al (2005). A PET com FDG apresentou elevada acurácia diagnóstica no estadiamento e re-estadiamento dos linfomas. Em termos de acurácia global, isso se expressa em medidas como sensibilidade pooled de 90,9% e especificidade de 89,7%. A medida sumária de sensibilidade e o maior valor comum de sensibilidade e especificidade (Q) foram levemente superiores em pacientes com LH que nos pacientes com LNH; entretanto, a taxa de falso-positivos também foi mais alta entre os pacientes com LH. Estes achados devem ser interpretados com cautela face ao pequeno número de estudos. A despeito da relevância clínica do nº de pacientes onde os resultados dos exames PET promoveram mudanças no estádio (aumento do estadio em 7,7-17,4% dos pacientes e sua redução em 2,3-23,4% dos pacientes) e em seu manuseio (relatado em 30% dos estudos), 15 apenas metade dos trabalhos incluídos avaliaram essa questão. Essa limitação recomenda cautela, ainda que se sugira que os clínicos devem considerar a possibilidade de adicionar a FDGPET ao elenco de testes diagnósticos rotineiros para estadiamento de pacientes com linfomas. 6. Conclusões e Recomendações O levantamento e análise realizados apontam que a tecnologia PET parece possuir utilidade clínica nos linfomas, destacando-se sua acurácia diagnóstica na avaliação de resposta ao tratamento e no exame de massas residuais, permitindo a diferenciação entre tecido cicatricial e tumor viável (grau de evidência 2). Seu papel no estadiamento é um pouco mais incerto, ainda que esta pareça ser de particular valor para as localizações extraganglionares da doença, dada a possibilidade inerente da tecnologia de realizar exames de corpo inteiro em um único procedimento. Os estudos examinados foram unânimes em contra-indicar o uso da PET no diagnóstico primário. Tomando por base a revisão sistemática sobre o uso da PET nos linfomas executada para o DECIT/MS em 2005, pode-se dizer que as indicações para o emprego da tecnologia de imagem nesta condição mórbida se tornaram mais claras e as evidências de acurácia e potencial utilidade se multiplicaram e consubstanciaram no intervalo de tempo entre a realização desta e a elaboração deste parecer. Entretanto, os diversos problemas metodológicos encontrados nos estudos ainda determinam que um grau de recomendação B, já que os níveis de evidência variam entre 3B e 2A, tomando por base o esquema para avaliação destas desenvolvido pelo Oxford Centre Evidence-based Medicine. Uma boa parte das evidências encontradas nos trabalhos examinados foi produzida sem tomar por base separações entre os dois tipos de linfoma e, ainda menos, em termos de subtipos histológicos. Entretanto, a acurácia parece ser variável entre eles, com os melhores resultados sendo vistos na Doença de Hodgkin e nos linfomas não-Hodgkin de histologia mais agressiva. Avaliações comparativas às outras técnicas usadas no manuseio diagnóstico dos linfomas, em particular no que se refere à TC, não são ainda conclusivas de todo, pelo pequeno número de estudos e pelos problemas metodológicos freqüentes nos existentes. O mesmo se dá em relação a substituição da biópsia de medula óssea para avaliação da infiltração medular nesta condição. Em ambos os casos, as evidências sugerem cautela quanto a um uso substitutivo, sendo mais favoráveis ao uso complementar entre os métodos, com todos os possíveis impactos nos gastos em saúde daí advindos. As evidências consubstanciadas por estudos utilizando a PET-TC são ainda em pequeno número, pelo relativo pouco tempo de disponibilidade da tecnologia. Entretanto, a possibilidade de combinar imagem anatômica e funcional, superando as limitações de ambas as tecnologias, e a maior acurácia apresentada nos trabalhos, vis-à-vis as duas técnicas em separado, falam a favor de um desvio para essa nova modalidade no processo de incorporação da tecnologia. Isso já parece estar ocorrendo em diversos países e estas modalidades de imagem vêm superando as vendas da PET isolada, devendo ser considerado nas decisões de compra de equipamentos, mormente no sistema público. Os diversos diferenciais e limitações apontadas reforçam a necessidade que a eventual incorporação às tabelas de reembolso de procedimentos médicos se faça tomando por base não apenas a aplicação — uso em linfomas — mas a indicação específica — avaliação de massas residuais, por exemplo. Uma liberação aberta do reembolso poderá favorecer um uso não racional e sem vantagens clínicas para os pacientes, se empregado para indicações não definidas. Outro aspecto digno de destaque é que maior parte da literatura e das evidências disponíveis está concentrada na acurácia da PET (expressa pelos cálculos da sensibilidade, especificidade e da área sobre as curvas ROC), ao invés de avaliações sobre o valor clínico da informação trazida pela tecnologia na tomada de decisão médica. Esta situação não é única para a PET e compromete toda a ciência avaliativa dos testes diagnósticos. A precariedade das evidências disponíveis no que tange a mudanças no manuseio clínico-terapêutico e, particularmente, o impacto nos resultados em saúde, foi manifesta no levantamento feito para este PTC e esse conhecimento é fundamental para melhor orientar as decisões em saúde. Outrossim, necessário 16 se faz também a avaliação do impacto em outros desfechos além da redução da mortalidade/aumento da sobrevida, de importância para os pacientes e para o sistema de saúde, seja em termos de gastos, seja em termos de qualidade de vida como o evitar de procedimentos desnecessários e/ou de risco, e a redução de morbidades. Implicações para a prática clínica e serviços de saúde A criação e manutenção de centros de PET requerem expressivo investimento de recursos por parte dos serviços e sistema de saúde e um alto grau de expertise dos profissionais, seja dos solicitantes, seja daqueles envolvidos na sua realização e interpretação. A necessidade de otimizar o uso dos recursos sanitários, frente a uma tecnologia custosa e complexa como esta, deve ser avaliada pois em suas distintas indicações, conforme estas venham se confirmando com base em evidências científicas de qualidade. Os custos de operação são igualmente elevados, traduzindo-se por um valor de tabela na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos da AMB (2007) que se situa em torno de de R$ 743,44 (variando entre RS 594,75 e R$ 892,12, considerando as bandas de variação de 20%) para o PET e de R$ 1774, 35 (variação entre R$ 1419,48 e R$ 2129,22), para o PET-TC, apenas incluindo os reembolsos com filme, porte e unidade de custo operacional. A esse valor devem ser acréscido os custos da dose de radiofármaco (em torno de R$ 900,00) e de transporte, variável segundo a distância entre o centro produtor e o local do equipamento PET. A comparação entre o custo desta tecnologia e possível economia de recursos derivada do menor uso de intervenções alternativas estabeleceria o sentido do impacto econômico da introdução da PET no sistema de saúde. Deve-se ainda ter em conta que tecnologias diagnósticas como a TC e MRI têm sido introduzidas na prática clínica de forma aditiva, sem substituir as indicações das tecnologias já existentes, agregando custos e, muitas vezes, riscos e eventos adversos. Considerando o disposto acima, muito possivelmente essa será também a realidade para a PET. Entretanto, a disponibilidade de estudos de custo-efetividade e custo-utilidade sobre o uso da tecnologia nos linfomas, que avaliem não apenas os benefícios clínicos, mas os custos relacionados ao uso da PET vis-à-vis seus benefícios é escasso na literatura internacional e, ademais, não podem ter seus resultados transladados para nossa realidade, em virtude das diferenças para com nosso sistema de saúde, com estrutura de custos diversa. Quanto ao impacto social, é importante assinalar que, no linfoma, as indicações para as quais a PET parece ser uma tecnologia acurada e cuja incorporação pode ser promissora refere-se a uma condição grave e crítica, mas que possui elevada chance de cura. Essas características e a possibilidade de uma sobre-estimativa de resultados e de confiança por parte dos profissionais de saúde pode elevar o nível de pressão para realização do exame em situações não indicadas, constituindo-se em um uso irracional da tecnologia e sobrecarga financeira para o sistema de saúde. Nesse sentido, reforça-se a necessidade de que a incorporação da tecnologia ao processo de manuseio diagnóstico-terapêutico se faça com a identificação precisa das indicações cobertas nas tabelas de reembolso (por exemplo, procedimento PET para avaliação de resposta póstratamento em linfoma e não a liberação apenas de PET para uso oncológico) e acompanhadas pelo desenvolvimento de protocolos e guidelines, em processo compartilhado com as sociedades profissionais da área, que auxiliem os profissionais de saúde quanto às indicações e usos corretos da PET. O impacto da incorporação para a organização dos serviços de saúde é também elevado, não apenas em termos das instalações e pessoal especializado e altamente qualificado requerido, mas pela necessidade de protocolizar minuciosamente uma política para o acesso dos pacientes ao recurso tecnológico (indicações, instituições e profissionais adequados solicitar o procedimento, necessidade de exames prévios), assim como o seguimento específico dos mesmos (com PET ou outras testes diagnósticos). Do mesmo modo, a distribuição espacial dos equipamentos a serem eventualmente comprados e instalados pelo setor público deve procurar respeitar uma organização em rede, regulada, de caráter regionalizado e com procedimentos claros de referência e contra-referência, de modo a evitar a pulverização e multiplicação de serviços, que no caso em questão envolvem uma tecnologia altamente custosa e demandante de significativa expertise profissional. 17 Isso se torna ainda mais importante considerando a liberação recente da produção de radiofármacos no país, que já está levando a um movimento de multiplicação de projetos de instalação de ciclotrons em diversas regiões e estados. Na medida em que aumente a disponibilidade do radiofármaco, hoje um “gargalo” na difusão da tecnologia de imagem, devem proliferar as compras e instalações dos tomógrafos PET. Equipamentos instalados tendem, por si só, a gerar demanda de procedimentos, até como forma de garantir o ressarcimento o capital empregado e seus custos de manutenção, e isso pode vir a estimular um uso irracional da tecnologia e a aumentar as pressões sobre o sistema de saúde, mormente em sua face pública. A se dar a incorporação nas tabelas de reembolso, faz-se necessário estudos que examinem com atenção os valores a serem remunerados. Um elemento central hoje nos custos da tecnologia se refere ao preço da dose do radiofármaco, ainda de valor muito elevado no país (ainda mais, considerando-se os poucos pontos atuais de produção, o que faz acrescer aos custos, valores referentes ao seu transporte). Esse aspecto, associado à necessidade de estabelecimento definido das potenciais indicações e à escassez de informação epidemiológica de fácil acesso sobre a incidência de novos casos dos linfomas, impediu projeções do impacto orçamentário da incorporação da tecnologia nos sistemas público e suplementar de saúde. Implicações para a pesquisa e potenciais lacunas informacionais a serem preenchidas. Considerando a baixa frequência de estudos que melhor avaliem o valor clínico da informação trazida pela tecnologia PET na tomada de decisão médica, recomenda-se tanto o financiamento específico de pesquisas nesse campo. A eventual incorporação ao sistema poder-se-ia fazer acompanhar de um processo de registro e levantamento contínuo de dados, com foco em especial em desfechos como mudanças no manuseio diagnóstico-terapêutico, valor prognóstico e em outros mais finalisticos (impactos na sobrevida e qualidade de vida, por exemplo) e não apenas na acurácia, que já se encontra relativamente bem estabelecida. Reforça-se a necessidade de desenvolvimento de estudos de custo-efetividade de base local, que considerem as especificidades brasileiras, e que poderiam trazer mais subsídios às decisões sobre a incorporação da tecnologia na condição patológica e indicações pretendidas. 7. Referências Bibliográficas Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias (AETS), Instituto de Salud Carlos III - Ministerio de Sanidad y Consumo. Tomografía por Emisión de Positrones (PET) con 18FDG en Oncología Clínica (Revisión Sistemática). Madrid: AETS - Instituto de Salud Carlos III, Noviembre de 2001. 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Anexos Anexo 1 - Agências de Avaliação Tecnológica pesquisadas AETMIS - Agence d´Évaluation des Technologies et des Modes d´Intervention en Santé - http://www.aetmis.gouv.qc.ca AETS - Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias (Instituto de Salud Carlos III) - http://www.isciii.es/aets/ AETSA - Andalusian Agency for Health Technology Assessment- http://www.juntadeandalucia.es/salud/aetsa AHRQ - Agency for Healthcare Research and Quality - http://www.ahrq.gov/ Blue Cross and Blue Shield Association's Technology Evaluation Center (TEC) - http://www.bcbs.com/blueresources/tec/ CADTH - Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health – http://www.cadth.ca CENETEC - Centro Nacional de Excelencia Tecnológica en Salud - http://www.cenetec.gob.mx CRD - Centre for Reviews and Dissemination - http://www.york.ac.uk/inst/crd/ CTAF - California Technology Assessment Fórum - http://www.ctaf.org/ DACEHTA – Danish Centre for Evaluation and Health Technology Assessment - http://www.dacehta.dk ECRI - ECRI Institute - https://www.ecri.org ETESA - Department of Quality and Patient Safety of the Ministry Health of Chile http://www.redsalud.gov.cl/portal/url/page/minsalcl/g_conozcanos/g_subs_redes_asist/g_gabinete/calidadyseguridad.ht m FCLCC - Fédération Nationale des Centres de Lutte Contre le Cancer - http://www.fnclcc.fr HTBS - Health Technology Board for Scotland ICES – Institute for Clinical Evaluative Sciences - http://www.ices.on.ca/webpage.cfm IECS - Institute for Clinical Effectiveness and Health Policy - http://www.iecs.org.ar INAHTA - International Network of Agencies for Health Technology Assessment - http://www.inahta.org/ KCE - Belgian Federal Health Care Knowledge Centre - http://kce.fgov.be MSAC - Medical Service Advisory Committee - http://www.msac.gov.au/ NHS QIS - Quality Improvement Scotland - ttp://www.nhshealthquality.org NOKC - Norwegian Knowledge Centre for the Health Services - http://www.nokc.no SBU - Swedish Council on Technology Assessment in Health Care - http://www.sbu.se SMM - Norwegian Centre for Health Technology Assessment - http://www.kunnskapssenteret.no/ UETS - Unidad de Evaluación de Tecnologías Sanitarias de la Agencia Laín Entralgo de Madrid http://www.madrid.org/cs/Satellite?c=CM_Actuaciones_FA&cid=1132046802845&idConsejeria=1109266187266&idListC onsj=1109265444710&idOrganismo=1109266228196&language=es&pagename=ComunidadMadrid%2FEstructura&pid =1109265444699&pv=1142497201090&sm=1109266100977#informes VATAP VA's Technology Assessment Program - http://www.va.gov/vatap/ 23 Anexo 2 - Estratégias de busca utilizadas nas pesquisas das bases bibliográficas MEDLINE 1. Para os unitermos relacionados a PET: 1.1 Unitermos básicos 1 Tomography, Emission-Computed/ 2 (positron adj emission adj tomography).ti,ab. 3 PET.ti,ab. 4 PET-FDG.ti,ab. 5 1 or 2 or 3 or 4 6 Fluorodeoxyglucose F18/ 7 18f fluorodeoxyglucose.ti,ab. 8 18fdg.ti,ab. 9 2-fluoro-2-deoxy-d-glucose.ti,ab. 10 2-fluoro-2-deoxyglucose.ti,ab. 11 18f-fdg.ti,ab. 12 fluorine-18-fluorodeoxyglucose.ti,ab. 13 6 or 7 or 8 or 9 or 10 or 11 or 12 14 5 or 13 1.2 – Unitermos alternativos (baseados em estratégia de pesquisa específica para a PET desenhada por MIJNHOUT (2000) e MIJNHOUT et al (2004). 15 DEOXYGLUCOSE/ 16 deoxyglucose.ti,ab. 17 desoxyglucose.ti,ab. 18 desoxy-glucose.ti,ab. 19 deoxy-d-glucose.ti,ab. 20 desoxy-d-glucose.ti,ab. 21 2deoxyglucose.ti,ab. 22 2deoxy-d-glucose.ti,ab. 23 fluorodeoxyglucose.ti,ab. 24 fluorodesoxyglucose.ti,ab. 25 fludeoxyglucose.ti,ab. 26 fluordeoxyglucose.ti,ab. 27 fluordesoxyglucose.ti,ab. 28 18fluorodeoxyglucose.ti,ab. 29 18fluorodesoxyglucose.ti,ab. 30 18fluordeoxyglucose.ti,ab. 31 fdg$.ti,ab. 32 18fdg$.ti,ab. 33 18f-dg$.ti,ab. 34 15 or 16 or 17 or 18 or 19 or 20 or 21 or 22 or 23 or 24 or 25 or 26 or 27 or 28 or 29 or 30 or 31 or 32 or 33 or 34 35 fluor.ti,ab. 36 2fluor$.ti,ab. 37 fluoro.ti,ab. 38 fluorodeoxy.ti,ab. 39 fludeoxy.ti,ab. 40 fluorine.ti,ab. 41 18f.ti,ab. 42 18flu$.ti,ab. 43 35 or 36 or 37 or 38 or 39 or 40 or 41 or 42 44 glucose.ti,ab. 45 pet.ti,ab. 46 petscan$.ti,ab. 47 Tomography, Emission-Computed/ 48 pet ct.ti,ab. 49 emission.ti,ab. 50 tomograph.ti,ab. 51 tomographs.ti,ab. 52 tomographic$.ti,ab. 53 tomography.ti,ab. 54 tomographies.ti,ab. 55 50 or 51 or 52 or 53 or 54 56 49 and 55 57 45 or 46 or 47 or 48 or 56 24 58 43 and 44 59 34 or 58 60 57 and 59 2. Termos para linfoma e outras neoplasias: 61 exp Neoplasms/ 62 Neoplasm Staging/ 63 cancer$.ti,ab. 64 tumor$.ti,ab. 65 tumour$.ti,ab. 66 carcinoma$.ti,ab. 67 neoplasm$.ti,ab. 68 lymphoma.ti,ab. 69 staging.ti,ab. 70 metastas$.ti,ab. 71 metastatic.ti,ab. 72 exp Neoplasm Metastasis/ 73 exp neoplastic processes/ 74 neoplastic process$.ti,ab. 75 lymphoma$.ti, ab 76 hodgkin$.ti,ab. 77 (nonhodgkin$ or non hodgkin$).ti,ab. 78 61 or 62 or 63 or 64 or 65 or 66 or 67 or 68 or 70 or 71 or 72 or 73 or 74 or 75 or 76 or 77 3. Limites 79 limit to year="1995 - 2008" 80 not (comment or editorial or letter or case reports).pt. 81 limit to human 4. Filtro para revisões sistemáticas 82 (integrative research review$ or research integration).ti,ab. 83 ((methodologic$ adj10 review$) or (methodologic$ adj10 overview$)).ti,ab. 84 ((quantitativ$ adj10 review$) or (quantitativ$ adj10 overview$) or (quantitativ$ adj10 synthes$)).ti,ab. 85 ((systematic adj10 review$) or (systematic adj10 overview$)).ti,ab. 86 (metaanal$ or meta anal$).ti,ab. 87 meta-analysis/ 87 meta analysis.pt. 88 101 or 102 or 103 or 104 or 105 or 106 or 107 89 (review-tutorial or review-academic or review).pt. 90 (pooling or pooled analys$ or mantel haenszel$).ti,ab. 91 (peto$ or der simonian or dersimonian or fixed effect$).ti,ab. 92 109 or 110 93 108 and 111 94 107 or 112 95 (letter or editorial or comment).pt. 96 73 not 74 LILACS Utilizou-se como unitermos <PET>, <tomografia de emissão de pósitrons>, <linfoma> conjugados aos aspectos clínicos <diagnóstico>, <estadiamento>, <tratamento> e <predição> e usando como limites <pesquisa em humanos> BVS - Literatura Científico-Técnica: +id:(\"lil-366375\" OR \"lil-442335\" OR \"lil-457095\" OR \"lil-418594\" OR \"lil-434594\" OR \"lil-461328\" OR \"lil-410619\" OR \"lil-408995\" OR \"lil-448907\" OR \"lil-464289\" OR \"lil-441028\" OR \"lil-458645\" OR \"lil484493\" OR \"lil-456625\" OR \"lil-348563\") BIREME – PORTAL DE EVIDÊNCIAS Usando o portal da Bireme, foram ainda investigadas as bases constituintes do Portal de evidências em saúde, usando os unitermos <PET>, <positron emission tomography>, <Fluordesoxiglucose F18> e <lymphoma>, a partir de http://evidences.bvsalud.org/php/index.php?lang=pt 25 Anexo 3 - Parâmetros utilizados na avaliação da qualidade da evidência de revisões sistemáticas Parâmetros de avaliação 1. A revisão se baseou numa pergunta estruturada, explícita e sensível? 2. A busca por estudos relevantes foi detalhada e completa? 3. Os estudos primários apresentavam alta qualidade metodológica? 4. A avaliação dos estudos incluídos pode ser reproduzida? 5. Os resultados foram semelhantes de estudo para estudo? 6. Qual a precisão dos resultados? 7. Todos os desfechos importantes foram considerados? Fonte: MS, 2008: 49 (tomando por base adaptação de GUYATT G e RENNIE D. Diretrizes para Utilização de Literatura Médica – Fundamentos para a Prática Clínica da Medicina Baseada em Evidências. Edit. Artmed, 1ª Ed., Porto Alegre, 2006. 26 Anexo 4 – Resultados das Avaliações sobre Uso da PET nos Linfomas produzidas por Agências Internacionais de Avaliação Tecnológica em Saúde Referência Agência (Autor, data), (País) ECRI, 2007 ECRI International Health Technology Assessment (EUA) Objetivo: Identificar a acurácia da PET para o monitoramento da resposta ao tratamento dos LH e LNH Metodologia: Foi realizada RS com duas questões norteadoras: (1) analisar a acurácia da PET para monitoramento da resposta ao tratamento do linfoma, e (2) verificar seu desempenho em comparação aos testes padrões. A primeira questão foi desmembrada em duas: (a) se a PET com essa indicação acuradamente predizia a sobrevida ou qualidade de vida dos pacientes (valor prognóstico); e (b) se o uso da PET estendia essa sobrevida/qualidade de vida (impacto clínico) Bases: MEDLINE, Pre MEDLINE, EMBASE, Cochrane, e coleção da ECRI, complementada por pesquisa manual das referências e de sites de agências de ATS: DARE; HTA, m RCT, NHS EED e sites do FDA, CMS e NGC. Apenas foram incluídos estudos clínicos controlados ou de coorte diagnóstica, com FDG, utilizando sistemas não desatualizados, publicados após 1994, em inglês, em periódicos com revisão por pares. Avaliação de qualidade baseada em um sistema específico de ranking de evidências da ECRI, com ponto de corte de classificação de qualidade ≥ 5 (em 10). Resultados: 16 estudos (de um total de 245 citações), com um total de 915 pacientes, 64% dos quais com LNH. Todos os 16 estudos relacionavam-se com valor prognóstico da PET e 7 também se referiam a essa valor prognóstico em comparação a outros testes. Estudos de acurácia considerados de moderada qualidade. Pacientes com exames PET positivos no monitoramento da resposta ao tratamento do linfoma tiveram mais probabilidade de morrer dentro de um a quatro anos após a terapia do que aqueles com resultado de PET negativo (força da evidência moderada para 1, 2 e 3 anos e fraca para ano4). A evidência era insuficiente para permitir uma estimativa precisa do risco aumentado de morte. Pacientes com resultados PET positivos tinham também mais chance de experimentarem progressão nos primeiros dois anos pós-tratamento (força da evidência moderada para ano 1 e fraca para ano 2). A evidência era insuficiente para permitir uma estimativa precisa do risco aumentado de progressão da doença. Não existiram evidências para determinar o impacto clínico da PET utilizada no monitoramento da resposta do tratamento na sobrevida de pacientes com linfoma. Em relação à comparação com outros testes diagnósticos mais tradicionalmente usados, foram identificados 4 estudos comparando PET e TC (n total=307 pacientes), 2 comparando PET e testes de imagem convencional (n=110) e um comparando PET e cintigrafia com gálio (n=26). Nestes dois últimos casos, a evidência era insuficiente em quantidade e qualidade para permitir conclusões. No caso da TC, exames PET eram mais acurados que esta técnica em predizer a progressão da doença dentro de 1 ano e sobrevida livre de doença após um ano era consistentemente menor em pacientes com PET positivo (força de evidencia fraca). Evidencia insuficiente pra permitir estimativa precisa do tamanho da diferença na acurácia prognóstica entre PET e TC . Não existiam evidências sobre o impacto clínico comparativo da PET e outros testes. Conclusões: FDG-PET positivo no monitoramento da resposta ao tratamento é preditivo para eventos relacionados com a mortalidade (ex: progressão do câncer). PET tem maior valor prognóstico que TC na progressão de câncer no período de um ano após o tratamento. Não existem evidências que a PET, utilizada no monitoramento da resposta ao tratamento, realmente estenda a sobrevida de pacientes com linfoma. Não há evidências que permita comparar o impacto clínico da PET e outros testes nos resultados do paciente. Recomendações: Não são feitas recomendações expressas, sugerindo aguardar estudo clínico em curso no Reino Unido. Facey et al, 2007. NHS (Reino Unido) Objetivos: (1) avaliar efetividade clínica da FDG-PET em diversos cânceres, entre os quais o linfoma; (2) avaliar a utilidade do uso da PET em orientar decisões de manuseio relacionado ao diagnóstico, estadiamento e reestadiamento, recorrência e resposta ao tratamento.. Metodologia: Pesquisa bibliográfica e nas agências de ATS com foco em: (1) RS publicadas em inglês a partir de maio/2004 (atualizando revisão rápida, que cobriu até esse período: (2) RS publicadas em outros idiomas a partir de 1966; (3) novos estudos primários publicados a partir de 2000. Bases: MEDLINE, EMBASE, Cochrane, DARE e HTA, pesquisadas em agosto de 2005 para revisões sistemáticas; para estudos primários, pesquisa na base de dados da Cochrane, MEDLINE e EMBASE em agosto de 2005. Avaliação de qualidade utilizando STARD (Standards for Reporting of Diagnostic Accuracy) e QUADAS (Quality Assessment of Studies of Diagnostic Accuracy) Resultados: Diagnóstico: identificado apenas um estudo (8 pacientes com NHL gástrico), relatado pela agência MSAC. Não há evidências suficientes para retirar conclusões, mas considera-se que não se deva utilizar a PET, de modo rotineiro, para diagnóstico. Estadiamento: 7 estudos primários e 1 revisão sistemática (com 7 estudos). Existem evidências que a PET possui especificidade de no mínimo 90% e sensibilidade variável entre 79100% (≥ 90% em todos os estudos). Em relação à comparação com outros testes: PET mostrou sensibilidade consistentemente superior a cintigrafia com gálio; 2 estudos mais antigos sugeriam que a PET possuía maior acurácia que TC para estadiamento ganglionar, mas um estudo mais recente mostrou acurácia similar. Houve alguma evidência de mudanças no estadiamento e manuseio em 10-20% dos pacientes, porém as mudanças não estão bem documentadas. Reestadiamento: apresenta RS efetuada pela HTBS, onde foi observado que a PET, com ou sem TC prévio, possui sensibilidade de 75-80% para a detecção de doença residual ativa; TC mostrou sensibilidade similar. No entanto, a PET possui uma especificidade superior, aproximadamente 90% versus 45% da TC. Cinco novos estudos primários mostraram que a PET é um melhor preditor que TC para recaídas pós-terapia, mas não há evidência que esta informação tenha sido utilizada para modificar tratamento subseqüente. Existe evidência (uma RS e oito estudos primários) que a PET possui sensibilidade similar e especificidade melhor que cintigrafia com gálio e TC para avaliação da massa residual pós-terapia. Foco, metodologia básica, principais achados e conclusões, e recomendações 27 Resposta ao tratamento: existem evidências (a partir de 9 estudos primários) que monitoramento com PET durante tratamento pode ser preditivo dos resultados, mas não existem evidências de mudanças no manuseio clínico em função dos achados PET. Uso pediátrico: Survey envolvendo 60 crianças, com LH e LNH, que realizaram PET, com taxa de resposta de 79%. PET alterou o tratamento em pelo menos 25% dos casos, houve 5 falsos positivos e 4 falsos negativos, todos com LH. PET-TC: Apenas 3 estudos primários retrospectivos, com populações com LH e LNH. Resultados sugerem que a PET-TC possui maior acurácia que TC; embora a acurácia da PET tenha sido relativamente alta, PET/TC pareceu adicionar valor apenas a poucos pacientes, com mudanças no estadiamento em 3/ 71 e 3/27 pacientes em 2 destes estudos. Conclusões: Existe uma forte evidência para a efetividade clínica da FDG-PET no restadiamento do LH. ECRI, 2006 ECRI International Health Technology Assessment (EUA) Objetivo: Examinar o uso da PET no diagnóstico e estadiamento dos linfomas. Metodologia: Foi realizada RS com metanálise com vistas a responder duas questões claramente definidas: (1) acurácia da PET para as indicações mencionadas, e (2) desempenho da PET em comparação aos testes padrões usualmente utilizados. Utilizou-se as bases: MEDLINE, Pre MEDLINE, EMBASE, Cochrane, e coleção da ECRI , complementada por pesquisa manual das referências, pesquisa nos sites de agências de ATS: DARE; HTA, m RCT, NHS EED e sites do FDA, CMS e NGC, e literatura cinzenta, selecionando-se trabalhos publicados em inglês. Outros critérios de inclusão foram: estudos prospectivos e retrospectivos de coorte diagnóstica que permitissem estimativa das medidas de performance dos testes, utilizando FDG e sistemas não desatualizados, que empregassem como padrão de referencia, realizado de forma independente da PET e vice versa, a biópsia de uma ou mais das seguintes localizações anatômicas: linfonodos, medula óssea, baço, fígado, osso e pele. Era necessário existir suficiente informação que permitisse o recálculo das medidas (sens, esp., VPP, VPN). Avaliação de qualidade baseada em um sistema especifico de ranking de evidências da ECRI, com ponto de corte de classificação de qualidade ≥ 5 (em 10). Resultados: 6 estudos (de um total de 195 citações), com um total de 324 pacientes, 60% dos quais com LH. Todos os estudos referiam-se acurácia da PET e 2 deles também tratavam da acurácia de outros testes; todos os pacientes já tinham diagnóstico de linfoma, com os resultados referindo-se apenas ao estadiamento. Biópsia de medula óssea foi o padrão- ouro em 5 estudos; laparotomia abdominal com múltiplas biópsias ganglionares e de fígado e baço foi a referência no estudo restante. Diagnóstico inicial: Não foi possível a obtenção de evidência para permitir conclusões sobre a acurácia da PET (nenhum estudo incluído). Detecção de infiltração de medula óssea: PE T – Sens= 64% (CI 95%, 43-80%); Esp= 88% (CI 95%, 76-95%). Escore de qualidade de 5,5 a 7,9 (média de 7,4), estabilidade da estimativa baixa devido a qualidade apenas moderada. Em relação ao estudo que utilizava um padrão ouro diferente de biópsia de medula (escore de qualidade de 6,4), nenhuma conclusão quantitativa pode ser retirada sobre a acurácia da PET em predizer os resultados a laparotomia abdominal com múltiplas biópsias. Quanto a performance comparativa da PET vis-à-vis outros testes, a evidência foi considerada insuficiente para permitir conclusões. Apenas 2 estudos voltados para essa questão, ambos usando biópsia de medula como padrão ouro, comparando PET e TC. Média dos escores de qualidade baixa (6,5). Pelo pequeno número de estudos não foi feita tentativa de estimativas quantitativas. Recomendações: Não são feitas recomendações expressas. O impacto dos resultados de acurácia da PET no manuseio terapêutico e nos resultados em saúde não foi objeto de estudo, sendo recomendado novos trabalhos para sua avaliação. Font e al, 2006 Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias de Andalucía (Espanha) Objetivo: Examinar utilidade e validade diagnóstica da FDG-PET na avaliação da resposta a quimioterapia e imunoterapia nos linfomas Metodologia: Atualiza RS/MA produzida por Zijlstra et al (2006), empreendida com mesmo objetivo. Revisão sistemática compreendendo até agosto 2006, bases MEDLINE, EMBASE e CancerGov, associada a uma busca por revisões da colaboração Cochrane, outras agencias de ATS, DARE, NHSEED, ClinicalTrials.gov do NHI, NCI (base de dados do National Cancer Institute) e bases de dados do Consejo Superior de Investigaciones Científicas espanhol. Qualidade metodológica avaliada pelo uso do QUADAS, do CRD. Resultados: Foram obtidos 10 novos estudos, com o seguinte perfil de pacientes: apenas LH (7), apenas LNH agressivos (1); pacientes com LH e LNH (2). 9 estudos avaliavam PET pós quimioterapia, 1 estudo quimio+imunoterapia. Grande heterogeneidade entre os estudos impediu realização de MA. Em pacientes com LH, FDG-PET foi superior a TC na avaliação de massas residuais pós-tratamento. Em termos de acurácia, a sensibilidade da PET, independente do tipo de linfoma, após 2-3 ciclos de quimioterapia variou entre 55,5% (IC 95%, 49,8-61,3) a 100% (IC 95%, 83,3-100). Ao final do tratamento, a sensibilidade oscilou entre 63,6% (IC 95%, 61,2-66,0) e 100% (IC 95%, 99,4-100). Já a especificidade, ao final de 2-3 ciclos ficou entre71% (69,8-71,4) e 100% (88,4-100) e no final do tratamento entre 66,7% (63,7-69,6) e 100% (IC 95%, 99,4-100). No LH, o valor preditivo negativo (VPN) da FDG-PET após2-3 ciclos de quimioterapia variou de 93.4% (IC 95%, 92.6-94.3) a 100% (IC 95%, 99.3-100%). No LNH, o VPN após 1-2 ciclos de quimioterapia variou entre 33,3% (CI 95%, 16,3-50,3) e 90,7% (CI 95%, 89,8-91,7). Em pacientes com LH, o VPP ao final do tratamento oscilou entre 50% (CI 95%, 43,5-56,5) e 100% (CI 95%, 97,5-100) e o VP negativo entre 94,3% (CI 95%, 92,8-95,7) e 100% (CI 95%, 97,1-100). Já no caso do LNH, o VPP ao fim da quimioterapia, o VPP foi de 70,0% (CI 95%, 67,4-72,6) e o VPN de 86,7% (IC 95%, 85,8-87,5). Percentual de pacientes livre de doença no período de seguimento (11,9 a 45 meses) foi maior no grupo de estudos PET negativo, tanto ao longo da quimioterapia quanto ao final do tratamento. Conclusões e Recomendações: Não são feitas recomendações expressas. Public Health and Social Insurance Agency for Health Technology Assessment in Poland Objetivo: Análise de custo-efetividade (ACE) comparando a PET-TC com a TC e outras tecnologias diagnóstica financiadas pelo sistema público de saúde polonês, em um conjunto de aplicações oncológicas, dentre as quais os linfomas (LH e LND). Como parte da ACE, foi feita RS buscando identificar estudos primários com foco em: acurácia das tecnologias de imagem, mudanças nas decisões terapêuticas, impacto nos desfechos em saúde e segurança. 28 Institute et al, 2006. (Polônia) Metodologia: Revisão sistemática. Bases: MEDLINE, Cochrane, EMBASE, e sites de: agências de ATS: INAHTA, NICE, SBU, NCCHTA, CADTH, MSAC. Apenas estudos com sistemas híbridos PET-TC; período de publicação: 1998-2006; idioma – inglês ou polonês; avaliação de qualidade – QUADAS. Resultados: Dois estudos primários: Freudenberg 2003 (N = 27) e Schaefer 2004 (N = 60), ambos retrospectivos, incluindo LH e LNH, que comparavam diretamente a eficácia da PET-TC e TC no estadiamento e re-estadiamento. Resultados de ambos mostravam PET-TC mais eficaz que TC isolada tanto para localizações linfáticas e extraganglionares examinadas de forma isolada como de forma global Estadiamento ganglionar - PET-TC - Sens=100% (CI 95% 82-100%); TC – 100% (CI 95% 82-100%); Reestadiamento ganglionar – PET-TC - Sens=85% (CI95% 55-98%); Esp 100% (CI 95% 88-100%); TC – Sens=69% (CI95% 39-91%); Esp= 86% (CI95% 67-96) Estadiamento extra-ganglionar - PET-TC - Sens=75% (CI 95% 19-99%); Esp=100% (CI 95% 78-100%); TC – Sens 25% (CI 95% 1-81%); Esp= 100% (CI 95%, 78-100%) Reestadiamento ganglionar - PET-TC - Sens=100% (CI 95% 40-100%); Esp=100% (CI 95% 91-100%); TC – Sens= 75% (CI 95% 19-99%); Esp= 86% (CI 95% 71-95%) Acurácia Global – PET-TC – estadiamento 95%; re-estadiamento=100%; TC - estadiamento 84%; re-estadiamento=85%; Metanálise dos estudos: Estadiamento – PET-TC Sens=93% (IC 95% 82-98); Esp=100 (CI 95% 96-100); TC – Sens= 80 (CI95% 66-89); Esp=84% (CI 95% 75-91) Acurácia – PET-TC= 97% (CI 95% 93- 99); TC=78% (CI95% 57-93). Conclusões: PET TC possuía maior eficácia diagnóstica que TC no estadiamento dos linfomas. Recomendações: Não são feitas recomendações expressas. IECS, 2006 Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (Argentina) Objetivo: avaliar a utilidade diagnóstica da PET e suas aplicações na prática clínica Metodologia: pesquisa bibliográfica nas bases MEDLINE, COCHRANE, LILACS, DARE, NHS, NICE, EMBASE e Centre for Reviews and Dissemination, bem como nas páginas eletrônicas das agências de ATS e financiadores de saúde, assim como repositários de guias de prática clínica e de políticas de cobertura de diversas instituições. São priorizaradas avaliações de tecnologias realizadas pelas agências e revisões sistemáticas e meta-análises atualizadas publicadas no período 2003-2006. Examina a aplicação da PET em vários cânceres , bem como indicações cardiológicas e neurológicas. Resultados: Lista entre as indicações com maior consenso sobre a potencial utilidade clínica PET o estadiamento e re-estadiamento de linfomas, como alternativa a estudos com gálio, destacando ainda a avaliação pós-tratamento de indução. Não traz, contudo, quaisquer resultados numéricos seja sobre a sensibilidade e especificidade de PET, seja sobre o impacto no manuseio ou na morbimortalidade. Conclusões e recomendações: Não são feitas recomendações expressas. AETS, 2005 Agencia de Evaluación de Tecnolo2gías Sanitarias (AETS) (Espanha) Objetivo: avaliar a eficácia e efetividade da FDG-PET frente os métodos convencionalmente utilizados (técnicas de imagens morfológicas e/ou funcional) e sua utilidade clínica e impacto no manejo clínico e tratamento de pacientes em determinadas situações clínicas, incluindo o linfoma. Metodologia: Trata-se na realidade da descrição do protocolo de estudo e resultados preliminares de estudo multicêntrico de seguimento prospectivo de série não consecutiva de casos de pacientes com patologias oncológicas diversas submetidas a PET-18FDG. Os casos foram levantados em hospitais e centros PET de toda a Espanha, com critérios de inclusão e exclusão para participar do protocolo de pesquisa. O estudo teve período de duração de 2 anos. Resultados: Dos 2.878 estudos PET analisados, 2.235 (79%) se ajustaram às indicações consensuais do protocolo do estudo da PET. Linfomas -173 casos (83,57%) de 207, cujos resultados comparados com a prova de referência (não especificada): Sens= 92,4% (IC 95%, 83,5- 96,7%), Esp= 84,1% (IC 95%, 76,089,8%), VPP= 78,2% (IC 95%, 67,8- 85,9%), VPN= 94,7% (IC 95%, 88,3- 97,7%). Conclusões e recomendações: Maioria das indicações clínicas da PET foi para re-estadiamento tumoral. Não se pode afirmar especificamente sobre os linfomas, uma vez que a eficácia e efetividade clínica foram calculadas sob o conjunto de neoplasias e não em separado para os linfomas. Caetano et al, 2005 DECIT (Brasil) Objetivo: Avaliar a efetividade diagnóstica da PET em diversas condições clínicas, entre as quais os linfomas, de modo a subsidiar decisões quanto a incorporação nas tabelas de reembolso do SUS. Metodologia: Duas estratégias metodológicas complementares: (1) busca e síntese de revisões já produzidas por agências internacionais de ATS sobre o tema, tomando por base a INAHTA e Colaboração Cochrane; (2) realização de RS, com foco na utilidade da FDG-PET dedicada exclusivamente nos LH, que cobriu as bases MELINE, HealthSTAR, BIOSIS, CancerLit., LILACS e SCIELO; publicados até agosto/20004 nos idiomas português, inglês, espanhol, francês; apenas estudos experimentais ou observacionais, onde os resultados observados com a PET e outros métodos de imagem empregados para comparação estivessem confrontados com os resultados do padrão ouro. Avaliação da qualidade metodológica dos estudos de acurácia diagnóstica usando critérios adaptados de Baastiannet et al (2004). Resultados: Revisões das agências internacionais de ATS 10 trabalhos, produzidos por sete agências, que examinaram a utilidade e performance da PET no linfoma, sem separar, via de regra, seus resultados para LH e LNH: AHRQ (2000); AETSA (2000); HTBS (2002); ICES (2001, 2003 a e b, 2004); AÉTMIS (2001); MSAC (2001); HTAC (1999). Principais usos investigados concentraram-se na avaliação de seu papel no diagnóstico da neoplasia; estadiamento inicial, com vistas a orientar o manuseio terapêutico; e na detecção de recorrência da doença após tratamento inicial. A análise das revisões demonstrou seguintes tendências: (1) primeiras publicações (1999 e 2000) contemplavam menor n º. de artigos e desenhos de estudo de menor rigor metodológico, dificultando conclusões robustas naquele momento, embora sinalizassem para contribuição da PET no estadiamento inicial da doença; (2) publicações incluídas e revisões das 29 agências ATS ganham qualidade e mais robustez nas conclusões nos anos seguintes. Ampliam-se as recomendações do uso da tecnologia para avaliação de recidiva da doença e para avaliação da resposta terapêutica. Síntese final refere que parecem existir evidências para a recomendação da PET no estadiamento primário, na avaliação da resposta terapêutica e no monitoramento da recidiva da doença nos LH e LNH, mas que estas se sustentam basicamente em função de uma maior acurácia, sem poder afirmar sobre efeitos no manuseio, nos resultados finais para os pacientes e em avaliações de custo-efetividade. Revisão Sistemática 21 estudos (16,5% do total) incorporados à revisão, 71,4% publicados após 2000. Vinte dos estudos voltados à avaliação da acurácia diagnóstica (20/21); alguns estudos abordavam mais de uma categoria, como a avaliação do papel da PET nas mudanças no manuseio diagnóstico (4 estudos) e terapêuticos (5). A avaliação da qualidade metodológica dos estudos de acurácia mostrou grande heterogeneidade: escores entre 10 a 22 em escala com valor máximo de 25, com mediana de 16,5; 62% dos artigos apresentavam escores de valor ≤18. Em termos da acurácia, revisão mostrou, para o estadiamento inicial do LH, PET com sensibilidade elevada e, em geral, superior a dos testes sob comparação, em particular para os pacientes nos estágios I e II. Na avaliação da resposta ao tratamento, a PET era capaz de identificar pacientes ainda com doença mínima, que poderiam se beneficiar de intensificação da terapêutica e/ou quimioterapia de resgate. Em termos de avaliação pó-tratamento, a tecnologia pareceu ser útil, com potencial para detectar recidiva pré-clínica em pacientes com LH. A especificidade da PET mostrou-se, via de regra, bastante boa e bem mais elevada que a das outras técnicas sob comparação; como resultado, um exame PET negativo ao final do tratamento poderia garantir um prognóstico mais favorável, enquanto que persistentemente positivos determinariam acompanhamentos mais detalhados dos pacientes, já que alguns podem necessitar de intensificação terapêutica. Em termos de mudanças nos níveis de estadiamento decorrentes do uso (7 trabalhos), houve tendência a que a PET elevasse o nível de estadiamento obtido com os métodos usuais de investigação, o que pode se associar a impacto na condução terapêutica dos pacientes. Quanto aos efeitos no planejamento terapêutico (5 estudos), houve evidências que a PET pode ser importante nas decisões de manuseio, determinando mudanças inter ou intra-modalidades de tratamento (mudanças de esquema quimioterápico ou nos portais de radioterapia). Conclusões: Evidências muito escassas de que a acurácia da PET e subseqüentes mudanças no manuseio conduzam a melhores resultados em saúde dos pacientes, expressos em mudanças na morbimortalidade, não permitindo afirmativas nesse sentido. Recomendações: Sugere-se realização de estudos locais voltados a examinar custo-efetividade da tecnologia vis-à-vis suas concorrentes. CLEEMPUT et al, 2005 KCE (Bélgica) Objetivos: 1) revisar a evidência existente sobre a acurácia diagnóstica, efetividade clínica e custo-efetividade da PET em diversas aplicações clínicas, entre as quais os linformas; 2) descrever a situação da PET na Bélgica, incluindo a sua regulação, freqüência de uso e custos para o serviço nacional de saúde; 3) formular recomendações para organização dos serviços que utilizam a PET na Bélgica. Metodologia: revisão da literatura em busca de publicações sobre PET, incluindo RS e estudos primários, através do uso de ferramentas de validação do estudo em função da qualidade do seu desenho. Principais focos: a) eficácia diagnóstica e efetividade clínica – busca inicial incluiu RS e publicações em ATS. Bases: Medline, Embase, HTA Database, NHS Economic Evaluation Database, DARE e PubMed. Sites de agências de ATS: AETMIS, AETS, AETSA, AHRQ, AHFMR, CIHR, CAHTA, AATRM, CEDIT, Sundhedsstyrelsen, DACEHTA, NHS, NICE, FNCLCC, HAYES, HSTAT-NLM, Minnesota DoH, NCCHTA, CRD, HTAi, ICES, ICSI, INAHTA, MSAC, NZHTA, OHPPR, RAND, SNHTA, Blue Cross Blue Shield, MIHSR, CCOHTA. Períodos de publicação: RS – 12/ 2001 a 04/2005; Agências de ATS – estudos sobre linfoma de 1991-2004; Estudos primários – 2002- 2005. Idiomas: inglês, holandês, francês, alemão ou espanhol. Avaliação de qualidade: QUADAS (estudos primários); check-list da INAHTA (para avaliações das agências) e critérios da Cochrane holandesa (para as revisões sistemáticas) b) custo-efetividade – pesquisa por avaliações econômicas s nas Bases: Medline, Embase, Econlit, HTA database, DARE e NHSEED. Período de publicação: a partir de 2000, com inclusão de dois trabalhos publicados antes de 2000, inseridos devido ao seu modelo de decisão. Avaliação da qualidade: baseado em checklist de Drummond para avaliações econômicas (ver ano). Resultados: Diagnóstico inicial: uso ainda muito limitado. Estadiamento e recorrência: análise baseada em relatórios de outras agências internacionais de ATS, já apresentados nesta tabela do PTC. • Estadiamento ganglionar inicial – PET com maior acurácia que TC (Sens PET=99.2%; Esp PET=100%; Sens TC=83.2%;Esp TC=99.8%). Realização da PET no início do estadiamento pode ser útil para comparação com resultados do exame durante o seguimento clínico. • Outras localizações da doença: PET – Sens global= 77-100%; Esp= 72-100%; cintigrafia com gálio – Sens=50-95%; Esp= 51-95%; TC – Sens= 20-100%; Esp=33-100 %. VP da PET variou 62-100% e VPN de 50-100%. • Envolvimento de medula óssea: PET – Sens= 79%; Esp 76%; VPP=62%; VPN=90%; biópsia de medula óssea – Sens= 58%; Esp=100%. Papel da pET para detecção de lesões ósseas permanece controvertido. • Envolvimento esplênico: PET – Sens= 92%; Esp= 100%; acurácia=97%; cintigrafia com gálio – Sens 50%; Esp= 95%; acurácia=78%. A sensibilidade global da cintigrafia com gálio é alta, mas sua utilidade na região abdominal é limitada pela excreção intestinal do gálio. Mudanças no manuseio: Para localizações extra-linfáticas, estudos mostraram a PET como responsável por mudanças em 14-23% dos casos (mudanças no estadiamento ou mudanças no tratamento). PET pode ser utilizado de forma adicional aos testes convencionais se mudança de estadiamento puder alterar terapia. • Recorrência – utilização para re-estadiamento não é diferente do estadiamento inicial. Não foram identificados estudos sobre impacto nos resultados do pacientes. Avaliação da massa residual, prognóstico e resposta ao tratamento: avaliação das revisões publicadas por outras agências e análise de 5 estudos primários prospectivos, com foco voltado para resposta ao tratamento. • 30 Avaliação de doença residual: PET- Sens= 43-100%; Esp= 69-100%; VPP=44-100%; VPN=67-100%; TC – Sens=71-100%; Esp= 17-65%; VPP= 19-60%; VPN= 50-100%. No caso de PET positiva, sobrevida global após 1 ano é de 20%±18% e após 2 anos de 0 a 4%, com 100% de recorrência; no caso de PET negativa, a sobrevida após 1 e 2 anos é, respectivamente, de 87%± 7% a 100% e de 68%±11% a 85%, com 17% de recorrência. Dessa forma a PET deve ser indicada par ao diagnóstico de doença residual nos LH e nos LNH agressivos ou foliculares, nos casos de captação intensa na avaliação inicial e para avaliação precoce da resposta terapêutica. Análise de custo-efetividade da PET no reestadiamento: um único estudo buscando avaliar as vantagens potenciais de adicionar a PET a TC para evitar radioterapia desnecessária e a morbimortalidade associada. Modelagem mostrou que todas as estratégias envolvendo PET eram mais custo-efetivas em alocar pacientes para radioterapia de consolidação/vigilância, que aquelas sem PET. Foi mais custo-efetivo fazer PET em todos os pacientes, sem TC prévio, que usar a PET apenas nos pacientes TC positivos Apenas com TC, 36% dos pacientes receberiam radioterapia sem necessidade, enquanto que com o uso da PET percentual cairia para 4%; nos casos de PET após TC positiva, percentual de radioterapia não necessária de 6%. Conclusões: PET não está indicada no diagnóstico inicial. No estadiamento inicial e diagnóstico de recorrência, existem evidências de acurácia diagnóstica, incluindo determinação de sensibilidade e especificidade, mas sem menção a probabilidade pós-tese. Existem alguns estudos indicando mudança no manuseio, mas com grande heterogeneidade (evidência grau 2). Para avaliação de massas residuais, existem evidências que PET direciona as decisões sobre a estratégia de seguimento (grau 3). Existe evidência de um estudo de modelagem sobre a custo-efetividade da PET no re-estradiamento do LH. Para prognóstico, existem evidências de acurácia diagnóstica, incluindo determinação de sensibilidade e especificidade (grau 2). Para avaliação de resposta ao tratamento, existem evidências de acurácia diagnóstica, incluindo determinação de sensibilidade e especificidade (grau 2). AETS, 2004 Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias (AETS) (Espanha) Objetivo: Avaliar a acurácia diagnóstica da PET-TC em diferentes processos oncológicos, entre os quais os linfomas, bem como a contribuição relativa ao manuseio diagnósticoterapêutico Metodologia: RS com meta-análise, de acordo com os princípios metodológicos do Veteran Health Administration (VHA) e da Colaboração Cochrane. Bases: Cochrane, MEDLINE, EMBASE e CANCERLIT. Busca sem restrição de idiomas ou período de publicação. Artigos avaliados para qualidade, utilizando critérios de medicina baseada em evidências da VATAP e recomendações do NHSR&D Centre for Evidence-Based Medicine. Resultados: Apenas 4 trabalhos incluídos para esse tipo de neoplasia. PET-TC parece ter valor como guia para realização de biópsias em lesões linfomatosas suspeitas de transformação de baixo para alto grau de malignidade, no diagnóstico diferencial entre tumor viável e lesão cicatricial e no estadiamento inicial e pós tratamento. Recomendações: Não são feitas recomendações expressas para os linfomas. ICES, 2004 (Abril) Institute for Clinical Evaluative Sciences Canadá (Ontário)§ Objetivo: Avaliar: (1) acurácia diagnóstica, efeitos nos resultados em saúde e custo-efetividade em diversas neoplasias, entre as quais o linfoma (LH e LNH); (2) identificar as indicações clínicas para as quais a PET é mais provável de ser demonstrada como acurada e custo-efetiva em futuro próximo. Atualiza RS de janeiro de 2004. Metodologia: Revisão sistemática. Bases: Medline, Ovid Ontário-CDROM, HealthStar . Cancerlit, Cochrane Library, além de literatura cinzenta e bases de web, até abril de 2004. Critérios de inclusão: neoplasias selecionadas, idioma inglês e estudos com n > 12. Análise de qualidade feita pela adaptação de um sistema utilizado pela Administração dos Veteranos (VA) e do NHS, apenas sendo selecionados estudos com escore A/B (melhor qualidade. Resultados: 5 estudos, 1 com grau A de qualidade e 4 com B, com um total de 262 pacientes. Estadiamento: 2 trabalhos focaram o estadiamento, mas não apresentaram informações sobre acurácia do teste. 1 terceiro trabalho focou o estadiamento do LND, utilizando biópsia da medula óssea como padrão ouro e apresentando PET com Sens=79%, Esp= 76%, VPP= 58%, VPN= 90%. Envolvimento ósseo: 1 estudo (56 pacientes), com a Sens da PET=71%, Esp= 87%; PET apresenta melhor VPP que cintigrafia óssea para a identificação de envolvimento ósseo com LND e LH. Limitações significativas quanto à utilidade da PET para o estadiamento do linfoma: muitos estudos retrospectivos, ou que não descrevem adequadamente o modo como a informação fornecida pela PET foi incorporada a imagem convencional para a determinação do estadio da doença. Interpretação dos estudos de análise do impacto da PET no estadiamento difícil, devido à dificuldade técnica na obtenção de um padrão ouro crível (biópsia) para verificar existência de doença em áreas de captação anormal com a PET. Avaliação da resposta ao tratamento: Principais limitações são o caráter retrospectivo e as pequenas populações de estudo. Não há informações sobre sensibilidade e especificidade. Três estudos indicavam que resultados PET persistentemente anormais após terapia inicial tem menor sobrevida livre de progressão da doença que aqueles com exames normais. Conclusões e recomendações: Evidências insuficientes de que a adição da PET aos métodos usuais de estadiamento poderia levar a modificações no manuseio terapêutico dos LH e LND. A maioria das evidências retrospectivas indica que uma PET anormal acompanhada de uma terapia inicial está associada com um pior prognóstico. Não há evidências que a reposição da cintigrafia com gálio pela PET possa melhor informação prognóstica marginal. Dados também limitados em indicar que usar os resultados da PET par a intensificar tratamento para pacientes pouco responsivos possa produzir uma melhoria clínica significativa nos resultados em saúde ICES, 2004 (Janeiro) Institute for Clinical Evaluative Sciences (Canadá /Ontário)§ RS que atualiza revisão publicada em setembro de 2003. Pesquisa bibliográfica fechada em janeiro/2004. Bases e critérios de inclusão iguais. Resultados e conclusões são iguais aos descritos na versão mais atualizada, de abril de 2004. No intervalo entre as duas buscas para atualização, não houve incorporação de novos artigos. ICES, 2003 (Setembro) Institute for Clinical Evaluative Sciences (Canadá /Ontário)§ RS que atualiza revisão publicada em maio de 2003. Pesquisa bibliográfica fechada em setembro/2003. Bases e critérios de inclusão iguais. Resultados e conclusões absoltamente iguais aos descritos na versão mais atualizada, de abril de 2004. No intervalo entre as duas buscas para atualização, não houve incorporação de novos artigos. 31 ICES, 2003 (Maio) Institute for Clinical Evaluative Sciences (Canadá /Ontário) RS que atualiza revisão publicada em fevereiro de 2003. Pesquisa bibliográfica fechada em maio de 2003. Bases e critérios de inclusão iguais. Resultados e conclusões iguais aos descritos na versão mais atualizada, de abril de 2004. No intervalo entre as duas buscas para atualização, não houve incorporação de novos artigos. ICES, 2003 (Fevereiro) Institute for Clinical Evaluative Sciences (Canadá /Ontário)§ RS que atualiza revisão publicada em maio de 2001. Busca fechada em outubro/2002. Bases e critérios de inclusão iguais. Inclui mais 2 estudos sobre estadiamento, retirando um do trabalho anterior, de qualidade metodológica pior. Resultados e conclusões iguais aos descritos na versão mais atualizada, de abril de 2004 Um dos estudos novos incluídos, avaliando 42 pacientes com LNH de baixo grau, mostrou que se o estadiamento usando TC+ biópsia de medula óssea fosse reposto por PET+biópsia, 5% pacientes teriam seu estadio aumentado e 7% diminuído. No outro, 14% dos pacientes sofrem mudanças no nível de estadio e nas recomendações terapêuticas em função do uso da PET. Críticas à precária qualidade metodológica dos estudos se mantém. Bradbury et al, 2002 Health Technology Board for Scotland (Escócia) Objetivo: Determinar o papel da PET no manuseio dos cânceres, dentre os quais os linfomas, avaliando a efetividade clínica e a custo-efetividade em termos do impacto na morbidade e mortalidade. Metodologia: Revisão sistemática com MA. Atualiza estudo sobre a acurácia diagnóstica da FDG-PET feito pelo Danish Centre for Evaluation and Health Technology Assessment, em 2001. No caso do linfoma, foco da revisão foi na avaliação da resposta a tratamento e, em especial, na avaliação de doença residual após tratamento de indução nos LH. Bases MELINE, PRE-MEDLINE e EMBASE, até março/abril de 2002, sem restrição de idiomas, apenas sistemas PET-dedicado. Resultados: Estadiamento inicial: Evidência insuficiente para indicar impacto da PET no manuseio ou nos desfechos clínicos devido a: (1) todos os estudos com pequeno nº de pacientes (n<100) e (2) biópsia de confirmação das lesões frequentemente não realizada, com acurácia da PET apenas inferida indiretamente de dados de follow-up, muitas vezes reduzidos. Monitoramento do tratamento: Evidências escassas sugeriam que mudança na captação do FDG seis semanas após terapia de indução correlacionava-se com intervalo livre de recidiva após completar tratamento; implicações clínicas de tais resultados, contudo, não tinham sido exploradas nos trabalhos. Avaliação pós-tratamento: a) Acurácia da FDG-PET no re-estadiamento em pacientes com massa residual na TC – 7 estudos considerados adequados para revisão; como com as outras técnicas de imagem, existiriam dificuldades de interpretação por ausência de uma “padrão-ouro” apropriado e incerteza quanto ao tempo de seguimento adequado. Metanálise mostrou sensibilidade e especificidades estimadas da FDG-PET em detectar doença ativa em massas residuais à TC de, respectivamente, 80% (CI 95% 59-94%) e 89% (CI 95% 7497%). Achados sugerem que a FDG-PET pode ser de valor em distinguir doença residual verdadeira após terapia de indução. b) Acurácia da FDG-PET no re-estadiamento pós-terapia em pacientes sem TC: 7 estudos foram considerados adequados para revisão. Metanálise mostrou sensibilidade e especificidades estimadas da FDG-PET de, respectivamente, 81% (CI 95% 63-92%) e 95% (CI 9% 90-99%). Conclusões: TC tem boa sensibilidade (75%, com CI 95% 58-88%), mas especificidade ruim (45%, com CI 95% 27-64%) em detectar tumor residual viável em pacientes com linfoma que tinham respondido a terapia inicial de indução. FDG-ET tem sensibilidade elevada e especificidade mais alta em discriminar entre tumor viável e tecido cicatricial em pacientes com TC positiva. FDG-PET usada de forma isolada, para detectar tumor residual também tem altas sensibilidade e especificidade. Maioria dos estudos não distingue entre resultados para LH e LNH de alto grau e os resultados de acurácia de ambas as tecnologia (TC e FDG-PET) referem-se a ambos tipos de linfoma. Além disso, alguns dos estudos incluem resultados de pequeno nº. de pacientes que foram examinados em múltiplas ocasiões. Uma vez que esses resultados podem não ser independentes, é possível que a metanálise tenham superestimado a acurácia de ambas as tecnologias. Recomendações: FDG-PET parece ser de substancial valor na avaliação após indução de terapia. Como estudos são pequenos, recomenda-se suplementá-los com coleta sistemática de dados da prática clínica. AETS, 2001 Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias (Espanha) Objetivo: (1) Avaliar as evidências disponíveis sobre a contribuição da PET-FDG no manejo de pacientes oncológicos, incluindo o linfoma; (2) comparar a informação diagnóstica fornecida pela PET com a de outras tecnologias disponíveis. Metodologia: RS de acordo com os princípios metodológicos do Veteran Health Administration (VHA) e da Colaboração Cochrane. Bases: Cochrane, MEDLINE, EMBASE e CANCERLIT, utilizando estratégia de pesquisa ampla (unitermos). Busca sem restrição de idiomas ou período de publicação. Os artigos foram avaliados segundo critérios de qualidade, utilizando critérios de medicina baseada em evidências da VATAP e recomendações do NHSR&D Centre for Evidence-Based Medicine . Resultados: Foram incluídos 22 artigos (9 retrospectivos e 13 prospectivos), todos sobre eficácia diagnóstica, mas em 5 deles também existiam dados sobre a eficácia terapêutica, com série de casos. A classificação em termos de qualidade foi: Classe B (8 artigos), C (7) e D (7). Todos com grupos controle. Existiram duas indicações clínicas em que PET pareceu ter demonstrado grande capacidade diagnóstica: • Avaliação do tecido tumoral viável em massa residual detectada pelo TC após o tratamento - Sensibilidade da PET comparável ou superior ao TC, mas com maior especificidade e significância estatística; possibilitava avaliar com maior precisão a presença de lesões ativas onde TC apresenta resultados enganosos. Neste contexto, a PET desempenhou um papel terapêutico para pacientes com linfoma para identificar aqueles que necessitavam de tratamento adicional. A FDG-PET demonstrou maior valor diagnóstico e 32 prognóstico que a TC. E, FDG-PET mostrou valores paramétricos superiores a outros métodos diagnósticos convencionais, geralmente TC, e também frente à elevação do lacto-desidrogenase (LDH); Estadiamento e re-estadiamento para avaliar envolvimento ganglionar e extraganglionar e infiltração da medula óssea - Parâmetros da PET superiores à TC, especialmente em LNH agressivos. A PET permitiu detectar as mesmas lesões que a TC e outras não suspeitadas por outras técnicas diagnóstico (em 16-48% dos pacientes), levando a mudanças no estadiamento, que se traduziu em alguns casos por alterações nas estratégias terapêuticas. Resultados semelhantes aos da biópsia de medula óssea, podendo ser usada no lugar desta técnica invasiva, em alguns casos ou servindo de guia para indicar os locais mais favoráveis à biópsia, reduzindo o número de biópsias negativas. Conclusões e recomendações: PET demonstrou eficácia frente a outras técnicas de imagens e potencial utilidade clínica para o manuseio dos pacientes. Permite modificar o estadio em um número significativo de pacientes, levando a alteração na estratégia terapêutica, e em outros casos, impede a utilização de técnicas invasivas. Recomenda a realização de estudos prospectivos adequadamente concebidos para estudar o papel da PET em outras situações clínicas , onde não se tenha sido capaz de demonstrar suficiente evidência pela baixa prevalência de patologia estudada ou pelo pequeno número publicações. • ICES, 2001 (May) Institute for Clinical Evaluative Sciences (Canadá /Ontário) Objetivo: (1) avaliar a acurácia diagnóstica, efeitos nos resultados em saúde e custo-efetividade em diversas neoplasias, entre as quais o linfoma (LH e LNH); (2) identificar das indicações clínicas para as quais a PET é mais provável de ser demonstrada como acurada e custo-ef etiva em futuro próximo. Metodologia: Revisão sistemática produzida a partir das seguintes bases: Medline, HealthStar . Cancerlit, Cochrane Library, além de literatura cinzenta e bases de web, até abril de 2004. Critérios de inclusão: neoplasias selecionadas, idioma inglês e estudos com n > 12. Análise de qualidade feita pela adaptação de um sistema utilizado pela Administração dos Veteranos (VA) e do NHS, apenas sendo selecionados estudos com escore A/B (melhor qualidade. Resultados: 5 estudos, todos com grau B, com um total de 271 pacientes. Estadiamento: 2 trabalhos. Em um deles (n=89), Sens=96%; Esp=94%, VPP=90%; VPN=98%; no outro estudo , retrospectivo (n=44), ocorreram mudanças de estádio e no tratamento recomendado em 14 % dos pacientes Envolvimento de medula óssea: Dois estudos. Um (n=50) comparou a PET com biópsia de medula, com Sens=81%, Esp=76%, VPP=62; VPN=90%. O outro (n=56), comparou a PET com a cintigrafia óssea e obteve como medidas de acurácia: Sens=71%; Esp=87%, VPP=71%; VPN=87%. Avaliação de Massas Residuais: 1 estudo retrospectivo (n=32) que usou recaída/doença progressiva como padrão-ouro; Sens=80%, Esp=96%, VPP=89%, VPN=91%. Conclusões e recomendações: A RS destaca, como potencial impacto nos cuidados aos pacientes com LH/LNH, que a PET pode ser capaz de substituir uma série de TC seqüenciais em pacientes com massas residuais de natureza indeterminada após o término da terapia. Não está claro se a PET irá substituir outros testes utilizados no estadiamento, como TC e biópsia de medula óssea. DUSSAUT, F. et al, 2001 AETMIS (Canadá /Quebec) Objetivos: 1) identificar as evidências relativas à utilização clínica da PET em diferentes domínios, com ênfase em oncologia, neurologia e cardiologia; 2) formular recomendações para o uso da PET em Quebec. Entre as indicações examinadas contempla os linfomas Metodologia: 1) revisão dos documentos da FMSQ sobre PET; 2) exploração de documentos sobre PET a partir dos sites de diversas organizações, incluindo: CMI, MHTAC, VA-TAP, INAHTA, Blue Cross Blue Shield, MSAC, HCFA, CEDIT, NHS, AETSA. 3) busca de publicações, através de protocolo pré-estabelecido, nas seguintes bases de dados: Medline, Embase, Cancerlit, Cochrane Library. Período de publicação: 1999 a 2001. Idiomas: inglês, francês, espanhol ou alemão. Avaliação da qualidade segundo Flynn & Adams (VA-TAP, 1996): níveis de qualidade A, B, C e D. Resultados: Um estudo primário: Buchmann et al., 2001 (N = 52), prospectivo, 27 pacientes LH e 25 LNH. Qualidade B. Comparação com TC. Resultados mostravam a PET superior à TC para localizações ganglionares. Estadiamento ganglionar: PET - Sens=99,2%; Esp=100%; TC – Sens 83,2%; Esp= 99,8%. Outro estudo primário: Spaepen et al., 2001 (N = 93), prospectivo, sem especificar o tipo de linfoma. Qualidade B. Comparação com TC. Embora refira que os resultados mostravam a PET superior à TC para localizações ganglionares, extraganglionares, supra-diafragmáticas e infra-diafragmáticas, só apresenta dados de acurácia para localização extra-ganglionar). Estadiamento extra-ganglionar: PET - Sens=100%; Esp=99,4%; TC – Sens 80,8%; Esp= 99,4% Um terceiro estudo primário: Hueltenschmidt et al., 2001 (N = 81), retrospectivo, sem especificar o tipo de linfoma. Qualidade C. Comparação com exame de imagem convencional. Resultados mostravam a PET mais específica para reestadificação ganglionar. Reestadiamento ganglionar: PET - Sens=95% (CI 95% 89-100); Esp=89% (CI 95% 80-98); TC – Sens 95% (CI 95% 89-100); Esp= 39% (CI 95% 25-53). Conclusões: 1) tanto para LH, como para LNH, a utilidade clínica da PET é reconhecida para o estadiamento e a retificação deste, o que pode afetar a escolha do tratamento mais adequado; 2) a agência também reconhece a utilidade clínica da PET para a avaliação da massa residual após tratamento; 3) por fim, a AETMIS reconhece que a PET apresenta utilidade clínica em potencial para avaliar a resposta terapêutica durante um tratamento. ICSI , 2001 Institute for Clinical Systems Improvement (EUA) Objetivo: Sintetizar informação de qualidade sobre o uso da PET em diversas condições clínicas, incluindo os linfomas. Metodologia: Revisão de literatura (não há detalhes que permitam afirmar se era RS) e painel de especialistas Resultados: PET pode ser útil na avaliação da massa mediastinal residual ou recorrente do linfoma (Delbeke, 1999). Embora a cobertura do Medicare para o estadiamento de linfomas seja para a PET, como uma alternativa ao cintigrafia com Gálio, não há dados comparando as duas tecnologias. Quando a PET é comparada com a CT, ela tem identificado mais doenças ganglionar e extra-ganglionar (Moog et al., 1997; Moog et al., 1998). Em pacientes com HD, a PET possui maior acurácia que a TC para o estadiamento (Moog et al., 1998). Para a avaliação de massa residual, a PET tem resultados de maior sensibilidade e especificidade do que a TC (de Wit et al.1997; Cremerius et al., 1998; Stumpe et al., 1998). Um valor de 33 PET negativo foi preditivo para sobrevida livre de doença (Jerusalem et al., 1999; Zinzani et al., 1999; Maisey et al., 2000). Conclusões: PET identifica mais doença ganglionar e extra-ganglionar em pacientes com linfoma. Em pacientes cujo estádio foi verificado por biópsia, a PET possui maior acurácia do que a TC. Para a avaliação de massas residuais, a PET tem sensibilidade comparável a TC mas maior especificidade. (Recomendações grau II baseadas em evidencias C – estudos não randomizados com controles concorrentes ou históricos; estudos de caso-controle; estudos de sensibilidade e especificidade). Dados do impacto na sobrevida extremamente limitados. Recomendações: Não são feitas recomendações expressas. MSAC, 2001 MSAC. Medicare Services Advisory Committee (Austrália) Objetivo: Avaliar o uso da PET no estadiamento dos LH e LNH Metodologia: RS de literatura. Bases: Medline/Pre-Medline; EMBASE; Cochrane Library; National Library of Medicine Health Services Research Databases; CINAHL; Australasian Medical Index; Biological Abstracts; EBM Reviews – Best Evidence; Current Contents; ISTAHC Online database (International Society for Technology Assessment in Health Care); NHS Centre for Reviews and Dissemination databases (DARE, EED e HTA). Período: artigos publicados até março/2001. Critérios de inclusão: Publicações em inglês, sistemas PET dedicados utilizando FDG, pop de estudo >10 indivíduos, comparando com modalidades de imagem convencional (TC, MRI, SPECT). Critérios de exclusão: revisões tradicionais, editoriais e artigos técnicos. Evidência classificada segundo escala de hierarquia de evidências do NHMRC (2000) Resultados: 38 estudos incluídos: estadiamento (18); avaliação de massa residual (9); avaliação de resposta ao tratamento (4); correlação com atividade/histologia proliferativa (2); grau de malignidade (1), prognóstico (3); diagnóstico primário (1). Significativas limitações metodológicas dos estudos: Poucos estudos relatam a acurácia da PET frente a um padrão ouro; geralmente, relato refere-se a concordância ou discordância com outros métodos de imagem. Grande variedade de padrão de referência, nos casos onde este é relatado. Confirmação de resultados da PET ou das tecnologias sob comparação apenas em subgrupos de pacientes, impossibilitando cálculo de sens e especificidade em vários artigos; padrão de referência em alguns casos incluía a PET. Estadiamento • Acurácia PET – Sens= 79-100%; Esp= 78-100%; VPP=67-100%; VPN=50-100%; TC – Sens=20-100% e Esp=33-100% (2 estudos). Biópsia de medula óssea – Sens=58%; Esp=100% (1 estudo). Cintigrafia óssea – Sens=80%, Esp=92% (1 estudo). Apenas um estudo com PET e TC sendo avaliada contra um padrão de referência mais apropriado (laparotomia), indicou acurácia da PET superior ao TC. • Impacto no manuseio diagnóstico-terapêutico PET é provável de fornecer informação adicional às tecnologias convencionais mas pequeno número de estudos (9 estudos mas 4 incluindo partes de pop relatadas em outros) e n baixos prejudicam conclusões. PET parece ser valor em elevar estádio inicialmente apontado pelos testes convencionais (i.e, detectar doença previamente insuspeita), mas as mudanças no manuseio terapêutico não são detalhadas nos estudos. Nenhum estudo relata impacto nos resultados em saúde. Avaliação de massa residual • Acurácia (6 estudos) PET - Sens= 43-100% (>70% em 4 estudos) ; Esp= 69-100% (>70% 5 estudos); VPP=44-100%; VPN=73-100%; TC – Sens=71-100% (4 estudos)e Esp=3-65% (3 estudos). Evidências sugerem que a acurácia da PET é melhor que imagem convencional, com sensibilidade comparável ou me4lhor e especificidade de VPP maiores. PET tem um VPN elevado indica que um paciente com PET negativo tem uma probabilidade alta de não ter doença residual. • Nenhum estudo comparava a PET com a cintigrafia com gálio. Nenhum estudo avaliava impacto da PET no manuseio ou nos resultados em saúde. Avaliação da resposta ao tratamento Baseado em pequeno número de estudos, a PET parece ter maior especificidade e VPP que a TC, mas seu papel nesta indicação e na predição de recidiva necessita demais estudos. Conclusões: PET demonstra uma acurácia global alta para o estadiamento e re-estadiamento dos linfomas. Existe uma razoável evidência (baseada em pequenos estudos) que a PET melhora a acurácia diagnóstica em relação ao uso isolado da TC. Não existe suficiente evidência para indicar se a PET é comparável ou superior a cintigrafia com gálio para o estadiamento dos linfomas. A PET pode ser útil na avaliação de massas residuais, onde parece ter maior especificidade e VPP que as técnicas de imagem convencionais. Existe insuficiente evidência para indicar se a PET é comparável ou superior a cintigrafia com gálio para esta indicação Recomendações: A agência recomenda que a tecnologia seja financiada nos seguintes cenários clínicos do linfoma: Lozano e la Blanca, 2000. Agencia de Evaluación de Tecnologías Sanitarias de Andalucía (Espanha) • Estadiamento inicial ou de casos não tratados de LH e LNH; • Avaliação de massa residual após tratamento de LH e LNH; • Re-estadiamento de casos suspeitos de recorrência de LH e LNH Objetivo: Sintetizar informação de qualidade sobre a efetividade da PET em diversas condições clínicas, uma das quais o linfoma, de modo a subsidiar decisões do Sistema Sanitario Público de Andalucía Metodologia: Busca na base de dados da INAHTA, Colaboração Cochrane, NHS CRD Economic Evaluation Database e em fontes primárias, no caso do linfoma. Nessa última situação, foram utilizadas bases MEDLINE e EMBASE, com uma estratégia ampla (unitermos “pet or positron” e “lymphoma”), período de publicação de 1995 -1998, em espanhol, inglês, francês e italiano. Estudos e informes foram avaliados em termos do método empregado e da validade de suas conclusões, a partir do nível de evidência. Resultados: Pequeno nº de estudos nas bases citadas levou a uma pesquisa adicional por estudos primários. Foram incluídos como relevantes apenas seis estudos, envolvendo tanto LH como LNH, distribuídos pelas seguintes indicações: estadiamento ganglionar e extraganglionar (3), estadiamento extraganglionar (1), estadiamento ganglionar (1), e 34 infiltração de medula óssea (1). É assinalado que, além do pequeno nº de publicações, trabalhos contém diversos problemas metodológicos (participantes selecionados, ausência de mascaramento, dificuldades com padrões de referência adequados e ausência de grupos controle) e que nenhum deles analisa o impacto do uso da PET no manuseio e prognóstico. Conclusões e recomendações: A recomendação final da revisão foi que, frente ao nível de conhecimento existente naquela época, a utilização da PET deveria limitar-se ao estadiamento inicial do LH, quando os dados obtidos de outras técnicas convencionais indicassem que o paciente se encontra em estádios precoces da enfermidade, já que a extensão anatômica é um fator determinante sobre o tempo de remissão e sobrevida. Já no LNH, PET poderia servir para determinar o comprometimento ganglionar e extraganglionar em um único exame. HTAC, 1999 HTAC. Health Technology Advisory Commttee-Minnesota (EUA) Objetivos: Estudo focado em diversas aplicações oncológicas, uma das quais o linfoma, e com objetivos amplos, em grande parte focados na efetividade da PET no diagnóstico e monitoramento dos pacientes, vis-à-vis as tecnologias alternativas e seu impacto no manuseio dos pacientes e resultados em saúde. Metodologia: Revisão de literatura, mas não explicita detalhes. Não parece ter existido um processo sistemático de avaliação da qualidade metodológica dos trabalhos 99m Tc-MIBI Resultados: Para detecção de linfomas tratados e não ratados, estudos comparando FDG-PET com as técnicas alternativas, mostrou mais acurada que a TC, SPECT com 111 e cintigrafia com In-somatostatina. Conclusões e Recomendações: Como as evidências eram poucas, com populações de estudo pequenas e com sérios problemas metodológicos, a agencia considera que nenhuma conclusão poderia ser feita naquele momento sobre a eficácia da PET para o linfoma maligno, recomendando a realização de mais estudos, multicêntricos e melhor desenhados. 35 Anexo 5 – Resultados dos Guidelines e Protocolos sobre Uso da PET nos Linfomas Referência (Autor, data), País Instituição Recomendações BC Cancer Agency, 2009 Canadá British Columbia Cancer Agency Foco no manuseio clinico dos Linfomas Hodgkin. Não recomenda uso do PET no estadiamento. Recomenda uso da PET no monitoramento do tratamento, após 2 ciclos de quimioterapia (QT): em caso de PET negativa, completa-se 4 ciclos de QT; se PET positiva, indica radioterapia da doença residual Hoppe et al, 2009 EUA NCCN National Comprehensive Cancer Network Recomenda o uso da PET para o estadiamento inicial de pacientes com linfomas, incluindo HL, e para avaliação de massa residual ao fim do tratamento. Também recomenda o uso da PET para definir a extensão da doença, especialmente se TC é equívoca (a PET pode aumentar o estadio de pacientes de 1 para 2. O uso integrado de PET-TC ou PET seguido de TC é recomendado (PET-TC é preferido). O diagnóstico com TC separadamente não é necessário, caso se tenha PET-TC. Decisões de manuseio não devem ser baseadas unicamente na PET. Em casos de PET positiva em que já foi identificada a doença, ou ainda se locais PET positivos são inconsistentes com a apresentação usual da HL, a avaliação clínica ou histopatológica é recomendada. • Estádio IA para IIA (com doença favorável) - todos os pacientes com PET positiva ou com doença progressiva devem ser avaliados para recaída ou doença progressiva, neste caso a biópsia é recomendada antes do tratamento inicial. • Estadio I para II (sem doença favorável) - para resposta parcial com PET positivo ou doença progressiva, a biópsia é recomendada antes do início do tratamento para doença progressiva. • Estadio III para IV(doença avançada) - somente pacientes que tiveram PET positivo ao final da quimioterapia deverão receber irradiação. • Os resultados preliminares de estudos mostram uma progressão livre de doença de 96% em casos PET negativos e 86% para pacientes PET positivos, sugerindo que RT consolidada pode ser omitida em casos PET negativos que foram tratados com BEACOPP, sem aumento do risco de recaída ou progressão. Um maior seguimento dos pacientes - necessário para confirmar estes resultados preliminares. • Seguimento após tratamento completo: a PET não é recomendada como monitoramento de rotina devido ao risco de falso-positivos. Podoloff, 2009 EUA NCCN Task Force Report: PET/CT Imaging Envolve recomendações relativas à PET e PET-TC, com FDG, para uso em vários cânceres, inclusive linfomas Metodologia de elaboração baseada Painel de especialistas, com 24 profissionais entre radiologistas e oncologistas. Uso da PET nos linfomas encontra-se recomendado nas seguintes situações: • Estadiamento • como base de acompanhamento para linfomas potencialmente curáveis (LH, LNH difuso de células-B) • como base para avaliação de resposta ao tratamento • para afastar doença sistêmica e linfomas localizados com base nas modalidades de IC (isto é, estadiamento inicial de LH, LH, DLBCL, linfoma folicular, linfoma das células do manto) • para avaliar suspeita de transformação • Avaliação de Massa Residual • Ao final da terapia, PET positiva associa-se a baixa sobrevida livre de doença • Devido aos falsos positivos, biópsia é necessária para intervenções terapêutica agressivas. • Avaliação da Resposta ao tratamento • Papel limitado, se TC normal • PET pode ser incorporada como um critério de resposta ao tratamento nos casos de LH e LNH agressivos. • Para direcionar biópsia, em locais suspeitos por concentrar captação (SUV aumentado) Ressalta que, embora uso da PET possa aumentar estádio de pequena proporção de pacientes, raramente esta mudança resulta em alteração da terapia. Zelenetz et al, 2009 EUA NCCN National Comprehensive Cancer Network Recomenda uso da PET no estadiamento, re-estadiamento e seguimento de pacientes com NHL. Refere que a PET não deve usada de forma isolada no estadiamento, porque detecta locais de doença adicional com modificação no estadio clínico em somente 15-20% dos pacientes. Ela deve usada em conjunto com a TC. Sistemas integrados PET-TC possuem vantagens em relação às mesmas tecnologias usadas sozinhas. A PET traz informação no estadiamento inicial, onde o aumento do estadio resulta em alteração da terapia em cerca de 9% dos casos, e para avaliação resposta após a terapia, porque permite distinguir lesões fibróticas residuais de massas com tumor viável. Barrington et al, UK PET-CT Advisory Avaliar e definir um protocolo sobre o uso da PET na oncologia pediátrica, incluindo uso nos linfomas. 36 2008 Reino Unido Board Painel de especialistas (radiologistas, medicina nuclear , oncologistas e pediatras); não há outros detalhes sobre a metodologia. Protocolo afirma que a FDG-PET vem sendo rotineiramente utilizada nos cuidados aos pacientes com LH, podendo ser útil e alterar significativamente seu manuseio. Refere que inúmeros estudos mostram uma sensibilidade e especificidades aumentadas da tecnologia em comparação com imagem convencional (TC/MRI). Quando realizada no estadiamento e pós-tratamento, a PET-TC permite uma avaliação mais acurada da resposta à terapia. Dados também demonstram que a PET é um bom preditor prognóstico após terapia inicial da sobrevida livre de progressão da doença. Como existe bastante preocupação sobre malignidades secundárias tardias em crianças que recebem radioterapia para LH, o uso da PET-TC com FDG pode permitir reduzir a carga de tratamento naqueles com boa resposta à quimioterapia; contrariamente, a intensificação precoce do tratamento pode ser beneficia naqueles que respondem insatisfatoriamente. Faz as seguintes recomendações para uso da PET TC em crianças: • Pré-tratamento: LH (para participantes ou não de trials) e LNH com localização primária ou metastática não usual; • Avaliação de resposta ao tratamento: LH (como parte do protocolo Euro-NET, para crianças (para participantes ou não de trials) e lNH com resposta insuficiente na avaliação pelos métodos convencionais • Avaliação de massas residuais: LH O protocolo se detém ainda em questões específicas quanto à preparação e planejamento do exame na criança. BC Cancer Agency, 2007 Canadá British Columbia Cancer Agency Foco no manuseio clínico dos Linfomas não Hodgkin. Não recomenda uso do PET no estadiamento. Recomenda o uso da PET para monitoramento do tratamento em LNH de tipo histológico agressivos. Estadios limitados (estádios 1 e 2 confinado a ≤ 3 sítios ganglionares adjacentes, ou com sintomas B ou sem massas volumosas) - após 3 ciclos de QT (CHOP+rituximabe), se PET positiva ou indeterminada, radioterapia; se PET negativa, completar mais um ciclo de QT, após 2 ciclos de quimioterapia (QT): PET negativa, completa 4 ciclos QT; PET positiva, indicada radioterapia da doença residual Estadios avançados (estádio 2 comprometendo > 4 regiões ganglionares adjacentes, estádios 3 e 4, ou sintomas B, ou massas volumosas >10cm) – após 6 ciclos de QT (CHOP+rituximabe), TC e biópsia ou outros testes; regressão completa, nenhuma terapia; se massa residual >2cm, PET; se PET negativa, nenhuma terapia; se PET positiva, radioterapia ou biópsia para indicar outros tratamentos BC Cancer Agency, 2007 Canadá British Columbia Cancer Agency Foco nas indicações da PET, em diversas neoplasias pediátricas, incluindo linfomas. Recomenda a PET para: • estadiamento inicial para determinação da extensão da doença • determinação da resposta a quimio ou radioterapia (RT) • monitoramente pós terapia para LNH agressivos em estádios avançados e LH com doença residual à TC ou massas volumosas iniciais. • planejamento da duração da quimioterapia em LH e LNH • planejamento da duração e tipo de tratamento para estádios limitados de linfomas de histologia agressivos BC Cancer Agency, 2007 Canadá British Columbia Cancer Agency Foco nas indicações da PET, em diversas neoplasias, incluindo linfomas, para população adulta Recomenda a PET para: • planejamento da duração da quimioterapia em LH em estadios limitados (Ia e IIa, sem massas volumosas) • planejamento da duração e tipo de tratamento para linfomas de histologia agressiva (linfoma difuso de células B, linfoma de células do manto ou de células T periféricas), em estádios limitados (Ia e IIa, sem massas volumosas) • monitoramente pós terapia para LNH agressivos (células B gigante, primariamente de mediastino) e LH com doença residual à TC ou massas volumosas iniciais (≥10cm) para avaliar necessitam de RT. Cheson et al, 2007 Alemanhã International Harmonization Project, German Competence Network Malignant Lymphoma Tem como foco a avaliação de resposta terapêutica nos linfomas. Atualiza protocolo de 1999, do International Working Group, constituído como parte do International Harmonization Project conduzido pela German Competence Network Malignant Lymphoma, visto as mudanças na prática clínica decorrentes do uso de tecnologias como PET, exames imunoquímicos (IHC) e citometria de fluxo. Especificamente em relação ao uso de PET ou PET/TC recomenda: ANTES DO TRATAMENTO: • PET é recomendada para pacientes com linfomas potencialmente curáveis (linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B e linfoma de Hodgkin) para melhor delinear a extensão da doença. • PET não é recomendada para pacientes com linfomas incuráveis antes do tratamento, exceto como parte de trials onde a velocidade de resposta seja um end point. PÒS-TRATAMENTO: • PET é essencial na DLBCL e LH porque uma resposta completa é necessária para o resultado de cura. • PET é recomendada em outras histologias, somente se os pacientes forem PET positivo antes do tratamento e se a velocidade de resposta for um resultado em avaliação. 37 • Estudos demonstraram que PET realizada após 1 a 4 ciclos de quimioterapia prediz resultados terapêuticos, porém esses dados não alteram o tratamento. RE ESTADIAMENTO Dados correntes são inadequados para recomendar uso rotineiro da PET no re-estadiamento (alerta para falso-positivos) Momento do exame PET após o tratamento - Mudanças inflamatórias pós terapia persistem por até 2 semanas após a quimioterapia e por 2 a 3 meses ou mais após quimioterapia com máxima radiação ou radioterapia.PET não deve ser realizada até 3 semanas e preferencialmente 6 a 8 semanas após o fim da terapia. REVISÃO DO CRITÉRIO DE RESPOSTA COM PET Sugere-se os seguintes critérios revisados após exame PET: • Remissão completa • Remissão parcial • Doença estável • Doença recidivante (após obtenção de remissão completa)/Doença progressiva (após remissão parcial ou doença estável) • Avaliação de Follow-up Juweid et al, 2006 EUA Imaging Subcommittee of International Harmonization Project in Lymphoma. Traz os resultados do International Harmonization Project, estabelecido pela Competence Network Malignant Lymphoma e American Society of Clinical Oncology com o objetivo de desenvolver guidelines para a realização e interpretação da PET na avaliação do tratamento dos linfomas, assegurar a confiabilidade do método no contexto da prática e em estudos clínicos e identificar abordagens aceitáveis de imagens PET para acomodar avanços na tecnologia e a rápida disseminação da PET-TC. A metodologia incluiu uma revisão de literatura e um painel de especialistas (hematologistas/oncologistas, radiologistas, físicos e especialistas em medicina nuclear), utilizando se de técnica de consenso presencial Suas recomendações incluem: • Uso da PET para monitoramento do tratamento dos linfomas durante a quimioterapia apenas deve ser feito como parte de estudos clínicos ou de um registro prospectivo. Isso deve facilitar a comparabilidade entre estudos PET e contribuir para uma melhor compreensão do papel da tecnologia no manuseio do linfoma. • PET é util na avaliação da resposta ao tratamento – sua sensibilidade e especificidade na detecção de doença residual, tanto no LH quanto LNH, ajuda a distinguir tumor viável de necrose ou fibrose aparecendo como massas residuais. • PET pré-tratamento não é obrigatória para avaliação de resposta terapêutica em linfomas usualmente são ávidos por FDG: LH, DLBCL, linfoma folicular e linfoma de células do manto. Entretanto, seu uso é encorajado porque pode facilitar a interpretação do exame. • PET pré-tratamento é mandatória para tumores que possuem avidez por FDG variável, como outros LNH agressivos diferentes do DLBCL (como linfomas de células T), e para todos os subtipos de LNH indolentes. • Para minimizar interferência do processo inflamatório pós-terapia, PET deve ser realizada após, pelo menos, 3 semanas – preferencialmente 6-8 semanas – após quimioterapia/quimioimunoterapia e 8 a 12 semanas após radioterapia ou quimioradioterapia. • Avaliação visual é considerada adequada para interpretar os achados PET na avaliação de resposta pós-tratamento. No caso de pequenas massas residuais ou de linfonodos de tamanho normal (i.e, ≤1 X 1 cm de diâmetro), apenas devem ser consideradas positivas se a atividade é bem superior a dos tecidos adjacentes. • Critérios específicos para definição de positividade no fígado, baço, pulmão e medula óssea são também propostos. Intracorp, 2005 EUA Intracorp Center for Clinical Outcomes and Guidelines/CIGMA Guideline sobre o diagnóstico e estadiamento dos LNH. Não há detalhes sobre a metodologia utilizada para elaboração do consenso. O protocolo lista nove testes diagnósticos para a serem usados no processo de diagnóstico e estadiamento dos linfomas: biópsia de linfonodo, biópsia bilateral de medula óssea, linfangiografia, TC, raios-X de tórax, MRI, punção lombar, laparotomia, testes sanguíneos. Não considera que PET tenha seu uso estabelecido para essas indicações, recomendando que seu uso seja definido caso a caso, em função do quadro clínico e resultados das demais provas. NG ET al, 2005 EUA American College of Radiology (ACR). Foco no seguimento clínico dos linfomas Hodgkin. Para obtenção de consenso, foi utilizada uma técnica Delphi modificada nos moldes do descrito acima. Incluiu as seguintes subpopulações de referência: • Adolescente/adulto jovem, homem ou mulher, assintomático, LH IIA supradiafragmático, tratado com combinação de radio e quimioterapia; • Adolescente/adulto jovem, homem ou mulher, assintomático, LH IIA subdiafragmático, tratado com combinação de radio e quimioterapia. Nenhum consenso foi obtido sobre a adequação do uso da PET nessas condições. Wolkov et al, 2005. EUA American College of Radiology (ACR). Foco no estadiamento dos linfomas Hodgkin. Para obtenção de consenso, foi utilizada uma técnica Delphi modificada. Um painel de especialistas selecionou condições clínicas, desagregando-as em termos de populações de pacientes antes de conduzir pesquisa de literatura. Após divulgação e discussão dos resultados desta pesquisa, realizou-se uma votação usando um sistema de escores de 1-9 (do menos ao mais apropriado exame diagnóstico ou procedimento terapêutico); concordância de 80% foi considerada consenso. Incluiu as seguintes subpopulações de referência: 38 • Criança com linfoma estadio IIA NSHD provado por biópsia apresentando linfonodos cervicais e doença mediastinal na radiografia torácica; • Adulto jovem, homem, com linfoma estadio IIIB NSHD, com doença mediastinal volumosa na radiografia torácica e três gânglios para-aórticos na TC pélvico-abdominal, entre L2-L4, medindo 1-1,5cm; • Adulto jovem, homem, com doença mediastinal volumosa na radiografia torácica, linfoma estadio IA NSHD provado por biópsia; • Adulto jovem, homem, com linfoma estadio IA LPHD provado por biópsia, apresentação cervical alta; • Adulto jovem, homem, com linfoma estadio IA NSHD provado por biópsia, apresentação axilar; • Idoso, independente do gênero, com linfoma estádio IIIA MCHD, com um gânglio supraclavicular e nódulo único, retroperitoneal, de 2cm ao nível de L2. • Adulto jovem, homem, com linfoma estadio IIA NSHD provado por biópsia, com nódulos inguinal e femural esquerdos e um nódulo ilíaco externo de 2cm a TC pélvica; • Criança, sexo feminino, com linfoma estadio IIA MCHD provado por biópsia, apresentando adenopatia supraclavicular esquerda e massa mediastinal não volumosa na radiografia torácica; • Adulto jovem, homem, com linfoma IIA NSHD inicialmente supradiafragmático com uma aparente recidiva ganglionar pélvica após irradiação linfóide subtotal; • Adulto jovem, homem, com linfoma IIIA NSHD inicialmente supradiafragmático, tratado com quimioterapia (ABVD) apenas e apresentando aparente recorrência cervical. Para todos os casos, em uma escala de 1-9, o grau de adequação do uso da PET foi avaliado em 8 (respectivamente, TC =9; cintigrafia com gálio=4 MRI=2; cintigrafia óssea=2) Bourguet P et a, 2003 França French National Federation of Cancer Centres Guidelines elaboradas pelo Comitê de Imagem-PET, da French National Federation of Cancer Centres (FNCLCC) e French Society for Biophysics and Nuclear Medicine. A partir de uma revisão das evidências científicas disponíveis (bem extensa e completa, ainda que não se possa afirmar que feita em uma base sistemática), um grupo multidisciplinar convocado pelos órgãos citado desenvolveu um conjunto de padrões e recomendações acerca do papel e indicações da PET com FDG em oncologia, incluindo entre suas aplicações o uso nos linfomas. As evidências obtidas, classificadas em A, B, C e D, permitiam classificar a utilização em três categorias: (1) Padrão (Standards) – procedimentos/tratamentos considerados benéficos (ou contrariamente inapropriados ou danosos) decididos de forma unânime à luz da melhor evidencia disponível (no caso da PET, identifica situações clínicas onde existem indicações fortes para uma aplicação específica); (2) Opcional - procedimentos/tratamentos considerados benéficos (ou contrariamente inapropriados ou danosos) decididos por maioria à luz da melhor evidencia disponível; (3) Recomendações – informação adicional para definir entre as alternativas disponíveis hierarquizadas por critérios explícitos (sobrevida, toxicidade, etc), com uma indicação do nível de evidência. Especificamente no caso da PET nos linfomas, o guideline define que: • Indicações presentes no licenciamento do produto na França – estadiamento inicial, avaliação do tratamento e pesquisa de lesão residual; • Standard – estadiamento inicial e como complemento à IC no LH, LNH de alto grau e LNH foliculares (nível de evidência B2); diagnóstico de lesão residual (nível de evidência B2) • Necessidade de maiores estudos – avaliação precoce da resposta ao tratamento (nível de evidência D) Burnet et al, 2002 Inglaterra British Committee for Standards in Haematology (BCSH) Foco no manejo clínico de pacientes com LNH. Metodologia não é detalhada, mas o documento informa que as bases de evidências foram apresentadas em reunião aberta no Royal College of Patologists representados por 120 médicos, em Novembro de 2000. Os conteúdos foram revistos por 40 hematologistas, oncologistas e histopatologistas e sugestões relevantes foram incorporadas. O projeto final foi aprovado pela BCSH da Sociedade Britânica de Hematologia e do Comitê Misto de Oncologia Clínica do Royal College of Physicians e a Associação de Médicos do Câncer. O guideline menciona o uso da PET somente na seção sobre estudos funcionais de massas residuais, destacando que a cintigrafia com Gálio-67 tem utilidade relativa nesta situação e que uma massa residual em paciente sintomático é uma indicação reconhecida no momento para o uso da PET.. Reske et al, 2000 Alemanha 3rd German Interdisciplinary Consensus Conference Foco no uso clínico da FDG-PET em Oncologia, incluindo os linfomas entre suas indicações Consenso de especialistas precedido de busca sistemática na literatura médica. Utilizou-se um questionário de 24 itens, baseado nos critérios MBE e 533 papers foram selecionados por um painel interdisciplinar de 58 especialistas de oncologia, radiologia e medicina nuclear. O uso clínico foi julgado baseado no seguinte esquema: (1a) Uso clínico estabelecido; (1b) Uso clínico provável; (2) Útil em casos individualizados; (3) Não avaliado devido a dados incompletos ou perda; (4-) Uso clínico raro. Do total, 122 referências contendo 7.092 pacientes preencheram totalmente os critérios MBE. Nos linfomas, o uso da FDG-PET foi considerado como com indicação clínica estabelecida (evidências 1a e 1b), sendo recomendado em: • Diferenciar benignidade de malignidade em massas residuais, após quimioterapia • Estadiamento de linfoma maligno. • Controle da efetividade de quimio e radioterapia no LH e LNH de alto grau. Legenda: LH – Linfoma Hodgkin; LNH – Linfoma não-Hodgkin; ABVD - doxorubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina; LH – Linfoma Hodgkin; LPHD – LH de predomínio linfocítico; MCHD - LH de celularidade mista; NSHD - LH esclerose nodular; DLBCL, -LNH difuso de células-B; QT – quimioterapia; RT – radioterapia; BEACOPP - bleomicina, etoposido, doxorrubicina, ciclofosfamida, vincristina, procarbazina e prednisona; RT- Terapia de radiação 39 Anexo 6 – Avaliação da qualidade das evidência das revisões sistemáticas sobre Uso da PET nos Linfomas Parâmetros (1) Pergunta (2) Busca bibliográfica (3) Qualidade dos estudos primários (4) Reprodutibilidade (5) Homogeneidade dos estudos (6) Precisão dos resultados Terasawa et al., 2008 S S P1 S P2 S3 Kwee et al., 2008 S S P4 S S S ECRI, 2006 S S P S P S Public Health and Social Insurance Institute et al, 2006 S S P5 S S S Zijlstra et al., 2006 P6 S P7 S P8 S Isasi et al., 2005 S S P9 S S S Pakos et al., 2005 S S S P10 P S Estudos (7) Inclusão de desfechos relevantes S (acurácia diagnóstica) S (medidas de acurácia) S (acurácia diagnóstica; mudanças no manuseio terapêutico, impacto na sobrevida) S (medidas de acurácia) S (acurácia diagnóstica) S (acurácia diagnóstica; mudanças no estadiamento e manuseio terapêutico) S (acurácia diagnóstica) Legenda: S – Sim; N – Não; P – Parcial; NA – Não informado Observações: 1 - Qualidade dos estudos primários limitada, sugerindo que os estudos estavam sujeitos a viezes e variações que limitavam a validade interna e externa; muitos estudos retrospectivos; 91% dos estudos usando critérios qualitativos para afirmar resultado de teste PET positivo 2 – Parcial. Heterogeneidade dos estudos foi explorada considerando os seguintes aspectos: desenho do estudo; esquemas terapêuticos; taxas de massas residuais encontradas pelas técnicas de imagem convencionais, taxas de recidiva, tempo de seguimento clínico, momento da PET após término da terapia, ano de publicação, subgrupos de pacientes (tipo histológico). 3- Não foi realizada metanálise para LNH porque os autores consideraram que existiam poucos pontos que permitissem uma estimativa confiável das curvas ROC e das regiões de confiança para sumarizar sensibilidade e especificidade. 4 – Qualidade dos estudos originais moderada; poucos estudos prospectivos, sem independência da leitura dos testes índices e de referência, estudos que não informavam critério de positividade da PET. 5 - Apenas 2 estudos (foco no PET-TC), retrospectivos e pequenos; um deles não informa sobre critérios de positividade e que interpretava os exames, nem se essa interpretação se dava de forma independente do teste de referencia. 6 – Parcial. Não mostra uma pergunta explícita, mas deixa claro nos objetivos o tema que deseja investigar. 7 - Qualidade dos estudos primários limitada, sugerindo que os estudos estavam sujeitos a vieses e variações que limitavam a validade interna e externa; muitos estudos retrospectivos 8 - Parcial. Embora tenham sido apontadas algumas características dos estudos que divergiam quanto à qualidade do desenho e ao critério de positividade da PET, somente a heterogeneidade estatística foi explicitada, o que motivou a utilização do modelo de efeitos aleatórios para os estudos LH. 9 – Qualidade limitada. Muitos estudos retrospectivos (65%); Examinadores dos exames PET cegos em relação ao teste de referência em apenas 60% dos casos; 4 estudos sem especificar se ledores estavam cegados; 3 estudos (15%) sem especificar critério de exame PET positivo). 10 – Revisão não traz dados individualizados por estudos, apenas medidas sumárias oriundas da metanálise. 40 Anexo 7 – Resultados das Revisões Sistemáticas/Metanálises sobre Uso da PET nos Linfomas Estudo Foco da aplicação Kwee et al, 2008 Estadiamento e re-estadiamento Tipo de Estudo Revisão sistemática Avalia de forma comparativa as modalidades de imagem: FDG-PET, PET-TC, TC, MRI MEDLINE e EMBASE Idioma: inglês, francês e alemão Busca: julho/2007 Critérios de inclusão e exclusão detalhados Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas Características da População e do Desenho de Estudo Desfechos 19 estudos incluídos Tecnologia de Imagem Medidas de acurácia (com IC 95%) • • PET– 17 estudos PET-TC – 3 estudos • sensibilidade • especificidade • TC – 4 estudos Análise de subgrupos MRI – não foram encontrados estudos Padrão ouro - histologia + seguimento clínico (mínimo 6 meses) Tipo de Linfoma PET • • • LH – 6 estudos (N=28-47) LNH – 2 estudos (N=45-78) • Pop Mista – 9 estudos (N=16-101) PET-TC • LH – 1 estudo (N=66) • Pop mista - 3 estudos (N=27-100) TC • • LH – 1 estudo (N=28) Pop mista - 3 estudos (N=16-150) PET - 3 estudos prospectivos (17,6%) Cegueira e interpretação independente da PET – 5 estudos (29,4%); maioria por radiologistas experientes e pelo menos 2 profissionais ledores Padronização do exame PET – 12 estudos (70,6%) Definição de critério PET+ – qualitativo– 15 estudos (88%); SUV – 2 estudos Resultados Limitações Principais Conclusões Pequeno número de estudos envolvendo PET-TC Muitos estudos trabalham com populações mistas, sem separar por tipo de linfoma Nem sempre foi possível separar os linfomas (particularmente LNH) por subtipo histológico Nenhum estudo expressava resultados pelo sistema Ann Habor de estadiamento, o que limita estimativa de impacto terapêutico Qualidade metodológica dos estudos apenas moderada Embora PET tenha se mostrado mais acurada que TC tanto no estadiamento inicial quanto no reestadiamento, não está claro essa informação complementar impacta no prognóstico ou é custo-efetiva Diferenças de captação para alguns tipos de LNH (linfomas de baixo grau) pode levar a exames negativos, mesmo em presença de doença Número de estudos pequeno com equipamento PET-TC (alguns híbridos e outros com fusão por software) impedem conclusões mais definitiva sobre eventual acurácia superior em relação a PET apenas funcional FDG-PET (17 estudos) • LH (9 estudos) Estadiamento inicial (1 estudo, unidade de análise lesão), Sens= 87,5% (IC 95%, 52,9-97,8) Esp= 100% (IC 95% 34,2-100) Reestadiamento Unidade de análise lesão (1 estudo) Sens= 85% (IC 95% 64-0-94,6) Esp= 95,7% (IC 95% 79,0-99,2) Unidade de análise paciente (8 estudos) Sens= 86,2% (IC 95% 69,4-94,5) 100% (IC 95%, 43,9-100) Esp= 57,1% (IC 95% 36,6-75,5) 100% (IC 95% 89,0-100) • LNH (5 estudos) Estadiamento inicial (1 estudo, unidade de análise lesão) Sens= 100% (IC 95%43,9-100) Esp= 100% (IC 95% 67,6-100) Re-estadiamento Unidade de análise lesão (1 estudo) Sens= 85% (IC 95% 64-0-94,6) Esp= 95,7% (IC 95% 79,0-99,2) Unidade de análise paciente (4 estudos) Sens= 60% (IC 95% 35,8-80,2) – 87,0% (IC 95% 74,3-93,9) Esp= 80,0% (IC 95% 64,1-90,0) – 100% (IC 95% 88,7-100) • População Mista Estadiamento inicial (1 estudo, unidade de análise região nodal) Sens= 97,9% (IC 95% 89,1-99,6) Esp= 98,1% (IC 95% 93,4-99,5) Re-estadiamento Unidade de análise região nodal (2 est.) Sens= 78,3% (IC 95% 58,1-90,3) 96,4% (IC 95% 82,3-99,4) Esp= 99,4% (IC 95% 96,7-99,9) 98,2% (IC 95% 93,7-99,5) Unidade de análise paciente (5 estudos) Sens= 71,4% (IC 95% 35,9-91,8) – 41 100% (IC 95% 51,0-100) Esp= 86,2% (IC 95% 69,4-94,5) – 100% (IC 95% 72,2-100) FDG-PET/CT (4 estudos) • HD Re-estadiamento (1 estudo, unidade de análise paciente) Sens= 100% (IC 95% 85,7-100) Esp= 90,7% (IC 95% 78,4-96,3) • População mista Estadiamento inicial (1 estudo, unidade de análise região nodal) Sens= 97.9% (IC 95%,89.1-99.6) Esp= 100% (IC 95% 97.7-100) Re-estadiamento Unidade de análise região nodal (2 estudos) Sens= 94,7% (IC 95% 75,4-99,1) – 96,4% (IC 95% 82,3-99,4) Esp= 99.1% (IC 95% 95,1-99,8) – 100% (IC 95% 97,8-100) Unidade de análise paciente (2 estudos) Sens= 92,9% (IC 95% 68,5-98,7) 94,7% (75,4-99,1) Esp= 90,6% (IC 95% 85,3-94,1)– 100 (IC 95% 77,2-100) TC (4 estudos) • HD Estadiamento (1 estudo, unidade de análise região nodal) Sens= 87,5% (IC 95% (75,3-94,1) Esp= 85,6% (IC 95% (78,0-91,2) Re-estadiamento (1 estudo, unidade de análise região nodal) Sens= 85,7% (IC 95% (68,5-94,3) Esp= 75,6% (IC 95% (68,6-81,5) • População mista Unidade de análise paciente (2 estudos) Sens= 25% (IC 95% 4,6-70,0) – 100% (IC 95% 51,0-100) Esp= 41,7% (IC 95% 24,5-61,2) – 58.8% (IC 95% 36,0-78,4) Terasawa et al, 2008 Avaliação de resposta póstratamento de primeira linha Revisão sistemática com Meta-análise MEDLINE e EMBASE Sem restrição de 23 estudos Tipo de linfoma • LH - 15 estudos (n=474) Medidas de acurácia (IC 95%) • sensibilidade LH • Aval. pós-tratamento Sens=50-100% Qualidade dos estudos limitada; viézes e variações limitando validade interna externa FDG-PET mostra boa acurácia global na detecção de doença residual em pacientes que completaram terapia de primeira 42 idioma Período de busca: 1966 -julho/2006 Pesquisa manual de refs Critérios de inclusão e exclusão detalhados Busca de dados adicionais com investigadores Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas • LNH agressivos - 8 estudos (n=254) Indicação clínica da PET • Aval. resposta terapêutica -- 15 estudos Aval. doença residual vista com IC 4 estudos 15 estudos (65,2%) retrospectivos Momento da PET - maioria 1-3 meses pós-tratamento 3 estudos incluíam população pediátrica; demais apenas adultos e adolescentes Linfoma Hodgkin • • Predomínio de esclerose nodular • Esquemas terapêuticos mais freqüentes: ABVD, MOPP+ABVD, ABV com ou sem radioterapia • 35-72% dos pacientes com massa residual à IC nas avaliações pósterapia Taxas de recidiva nas avaliações pós-terapia (4-55%) e por massa residual (0-50%) Linfomas Não Hodgkin • • Predomínio de DLBCL • Esquemas terapêuticos mais freqüentes: CHOP ou esquemas contendo doxorubicina, com ou sem radioterapia • 26-56% de pacientes com massa residual à IC nas avaliações pósterapia Tx. recidiva nas avaliações pósterapia (33-60%) e por massa residual (33-67%) Equipamento – PET-TC (1 estudo) Padronização exame PET - maioria seguia protocolo da SNM Critério de Positividade PET - Maioria qualitativos; SUV (2 estudos) Interpretação dos exames - maioria por médicos experientes; não há relato sobre cegueira dos avaliadores • • especificidade • Curva SROC • Q* Análise de subgrupos • Esp= 67-100% Aval. Massa residual Sens=43-100% Esp= 67-100% Metanálise • • Aval. pós-tratamento SROC= 94% Q* = 0,88 Aval. Massas residuais SROC =93% Q* = 0,86 LNH agressivos • Aval. pós-tratamento Sens=33-77% Esp= 82-100% • Aval. Massa residual Sens=33-87% Esp= 75-100% • Não foi realizada metanálise Heterogeneidade Não foram identificadas características clínicas ou do teste ou outros itens relacionados à qualidade ou aplicabilidade do estudos que explicassem heterogeneidade. Uma possível explicação não passível de ser avaliada poderia ser o critério de positividade do exame PET – qualitativo, de comparação da captação com áreas adjacentes. Não foi feita avaliação em separado da acurácia da PETTC em virtude da escassez de dados disponíveis (1 estudo). Impossibilidade de avaliar heterogeneidade entre os estudos decorrente de critérios de positividade do exame PET qualitativo linha. Sensibilidade e especificidade da PET em pacientes com LH tem grande heterogeneidade interestudos. Curvas SROC e regiões de confiança para sensibilidade e especificidade mostram acurácia similar e boa, a despeito da presença de massa residual visível à imagem convencional. Para LNH agressivos, embora especificidade alta e sensibilidade variável, nº de estudos pequeno para permitir cálculo de acurácia diagnóstica global. Literatura apresenta problemas metodológicos que podem estar conduzindo a uma superestimativa da acurácia. Não há evidências robustas que justifiquem uso rotineiro da PET na avaliação da resposta ao tratamento, sugerindo cautela na tomada de decisões clínicas baseadas apenas em resultados da PET. 43 ECRI, 2006 Zijlstra et al., 2006. Estadiamento Avaliação de resposta póstratamento de primeira linha. Revisão sistemática com meta-análise MEDLINE/ Pre MEDLINE, EMBASE, Cochrane, Idioma: inglês Busca: dez/2005 Pesquisa manual de refs e de literatura cinzenta Critérios de inclusão e exclusão detalhados Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas 6 estudos (N=324 pacientes, 60% dos quais com LH). N dos estudos – 44-78 (% LH – 24100%) Padrão de referência –: Biópsia de medula óssea (5 estudos); laparotomia abdominal com múltiplas biópsias ganglionares e de fígado e baço (1 estudo) Localização da BMO - crista ilíaca – 3; sem informação - 3 estudos Lateralidade da BMO – unilateral – 1 estudo; sem informação – 5 estudos Estudos prospectivos – 60% Dose de FDG: 230-550mBq Número de ledores dos exames PET – dois ou mais em 66,6% dos estudos Medidas de acurácia (IC 95%) Revisão sistemática com Meta-análise MEDLINE e EMBASE. Sem restrição de idioma. Período de busca: Medline:1966 jan/2004; Embase: 1988 – jan/2004. Pesquisa manual de referências. Critérios de inclusão e exclusão detalhados. Sem busca de dados adicionais com investigadores. Razões de exclusão dos estudos referidas. Recálculo das medidas. 15 estudos Tipo de linfoma Medidas de acurácia diagnóstica (IC 95%): • • Sensibilidade Especificidade • VPP • VPN • Razão de Verossimilhança (likelihood ratio) LR positiva e LR negativa** Detecção de infiltração de medula óssea 5 estudos, escore de qualidade dos estudos - 5,5 a 7,9 (média 7,4 em 10) Sens pooled= 64% (IC 95%, 43-80) Esp pooled= 88% (IC 95%, 76-95). Um estudo com Sens bem menor que os demais; excluindo este estudo, Sens= 68% e Esp=84%. Dois estudos comparavam PET e TC. Populações pequenas e problemas metodológicos (média dos escores de qualidade baixa= 6,5) impediu estimativas quantitativas Estudo que utilizava padrão ouro diferente de biópsia de MO (escore de qualidade= 6,4) - nenhuma conclusão quantitativa pode ser retirada sobre acurácia da PET em predizer resultados a laparotomia abdominal com múltiplas biópsias. Tamanho da amostra total limitado Qualidade metodológica dos estudos apenas moderada Meta-análise estimou que, quando a biópsia de MO é usada como padrão-ouro, a PET corretamente detecta cerca de 64% dos casos de infiltração de medula óssea. A analise também estimou que a PET corretamente afastou 88% dos casos onde a infiltração não estava presente. Evidência insuficiente para permitir conclusões sobre a acurácia comparativa da PET e outros testes para estadiamento do linfoma, como TC. LH Qualidade dos estudos variável; possibilidade de vieses e variações, limitando validade interna e externa. Número limitado de paciente nos estudos primários, com uma média de 50 indivíduos, gerando IC (95%) sumários relativamente largos. Impossibilidade de avaliar heterogeneidade entre os estudos decorrente de critérios de positividade do exame PET qualitativo. Sete estudos apresentaram medidas de sobrevida resultantes da utilização da PET. Porém, houve grande variabilidade quanto ao tipo de desfecho mensurado, além da falta de dados separados para LH e LNH, impossibilitando a efetuação da meta-análise desses dados. FDG-PET mostra boa acurácia na detecção de recidiva em pacientes que completaram terapia de primeira linha. Porém, é necessária a padronização dos procedimentos relacionados à FDG-PET, i.e., critério de positividade e negatividade, antes da sua incorporação à prática clínica. Os estudos primários abordados apresentam problemas metodológicos, i.e., falta de informações sobre cegamento, que podem estar conduzindo a uma super-estimativa da acurácia. FDG-PET pode ser útil como tecnologia não invasiva para fazer a diferenciação entre recorrência tumoral e fibrose quando a imagem por TC mostrar a existência de uma massa residual. Os autores sugerem que se for detectado um resultado anormal ao exame de FDG-PET, a investigação posterior deve ser mandatóia. Por outro lado, os autores concluem que, no caso de um resultado negativo ao FDG-PET, não há necessariamente a obrigatoriedade de uma futura • LNH agressivos - 10 estudos (n=350) • Sensibilidade • Aval. pós-tratamento Sens=21-100% Esp= 58-100% • LH + LNH: 8 estudos. Mas extração de dados separados sobre acurácia em somente em 4 estudos. Indicação clínica da PET: • Especificidade Meta-análise • LR (likelihood ratio). • Aval. resposta terapêutica -- 15 estudos 9 estudos (60%) retrospectivos Momento da PET - maioria 1-3 meses pós-tratamento. Os estudos incluíam indivíduos com idade entre 2 e 88 anos. Mas não há detalhes sobre o número de pacientes pediátricos, adultos e adolescentes. Linfoma Hodgkin (LH) Análise de subgrupos. • Aval. pós-tratamento Sens=84% (IC 95% 71-92%) Esp= 90% (IC 95% 84-94%) LR- : 0,26 (IC 95% 0,12-0,58%) LR+: 5,6 (IC 95% 3,46-9,13) • LH - 13 estudos (n=408) • Características do linfoma: não informada. • Esquemas terapêuticos mais freqüentes: quimioterapia com ou sem radioterapia, mas não explicita quais quimioterápicos. Linfomas Não Hodgkin (LNH) • Características do linfoma: não informada. • Esquemas terapêuticos mais freqüentes: ídem, linfoma Hodgkin. LH + LNH • Taxas de recidiva nas avaliações pós- LNH agressivos: • Aval. pós-tratamento Sens=29-100% Esp= 66-100% Meta-análise • Aval. pós-tratamento Sens= 72% (IC 95% 61-82%) Esp= 100% (IC 95% 94-100%) LR- : 0,28 (IC 95% 0,20-0,41%) LR+: 37 (IC 95% 11-127 Heterogeneidade Apontadas algumas características dos estudos (relativas à qualidade do desenho e ao critério de positividade da PET), que poderiam contribuir para heterogeneidade. Usado o modelo de efeitos aleatórios para a sumarização de resultados dos estudos LH, pois, para estes, o cálculo da homogeneidade estatística resultou em 44 terapia 12 a 46%. Equipamento – PET dedicado. Padronização do exame PET – dados disponíveis para cada estudo na RS, porém sem explicitar se houve a adoção de protocolo especifico padrão Critério de Positividade PET - Maioria qualitativo; SUV (4 estudos) Interpretação dos exames – não explicitado na RS; pouco relato sobre cegamento dos avaliadores nos estudos primários. Public Health and Social Insurance Institute et al, 2006 Estadiamento e re-estadiamento Revisão sistemática MEDLINE, Cochrane, EMBASE Período de publicação: 1998-2006 Idioma – inglês ou polonês Apenas estudos com sistemas híbridos PETTC Pesquisa manual de refs Contatos com fabricantes dos equipamentos para identificar estudos de aprovação précomercialização Critérios de inclusão e exclusão detalhados Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas Dois estudos primários, n de 27 e 60 participantes Ambos estudos eram retrospectivos e incluíam LH e LNH Comparavam PET-TC e TC no estadiamento e re-estadiamento. Padrão ouro: mix de biópsia, outros métodos de imagem e seguimento clínico Dose de FDG: 360±20mBq Um estudo não informa sobre como resultados eram interpretados; no outro, imagens PET e TC lidas por 2 especialistas em medicina nucleares ou radiologistas, de forma independente e sem conhecimento do diagnóstico de referência investigação. Porém, a ocorrência de doença residual mínima ou de recidiva tardia não pode ser excluída completamente. um p valor entre 0,05 e 0,09, sugerindo existência de heterogeneidade entre os resultados daqueles estudos. Medidas de acurácia (com IC 95%) • Sensibilidade • • Especificidade VPP • VPN • Razão de Verossimilhança (likelihood ratio) LR positiva e LR negativa** Odds ratio • • Estadiamento ganglionar PET-TC Sens=100% (IC 95%, 82-100) TC Sens=100% (IC 95% 82-100) • Re-estadiamento ganglionar PET-TC Sens=85% (IC 95% 55-98) Esp=100% (IC 95% 88-100) TC Sens=69% (IC 95% 39-91) Esp= 86% (IC 95% 67-96) • Estadiamento extraganglionar PET-TC Sens=75% (IC 95% 19-99) Esp=100% (IC 95% 78-100) TC Sens 25% (IC 95% 1-81) Esp= 100% (IC 95% 78-100) • Re-estadiamento extraganglionar PET-TC Sens=100% (IC 95% 40-100) Esp=100% (IC 95% 91-100) TC Sens= 75% (IC 95% 19-99) Esp= 86% (IC 95% 71-95) • Acurácia Global PET-TC estadiamento =95% re-estadiamento=100% TC estadiamento =84% re-estadiamento=85% Pequeno número de estudos e pop incluídas Não avaliação em separado por tipo de linfoma Ausência de avaliação do impacto clínico final da maior acurácia da PET-TC Resultados mostraram PET-TC mais eficaz que TC, tanto para localizações ganglionares e extraganglionares examinadas de forma isolada ou global. Um estudo avaliou a consistência entre os testes e o estadiamento baseado no sistema Ann Arbor. Doença foi mais corretamente estadiada por PET-TC que por TC (p=0,002). 45 Metanálise dos estudos: • Estadiamento PET-TC Sens=93% (CI 95% 82-98) Esp=100% (CI 95% 96-100) LH+ =60,37 (CI 95% 8,66-420,73) LH- = 0,06 (CI 95% 0,04-0,21) OR = 710,84 (CI 95% 77,86-6490,00) TC Sens= 80% (CI95% 66-89%) Esp=84% (CI 95%, 75-91%) LH+ =3,48 (CI 95% 0,81-15,01) LH- = 0,26 (CI 95% 0,15-0,44) OR = 13,01 (CI 95% 1,85-91,34) Acurácia baseada Estad. pelo sistema Ann Arbor Estadiamento Correto: PET-TC= 96% (IC 95% 81- 100) TC=48% (IC 95%, 29-68) (p=0.002). • Isasi et al, 2005 Estadiamento e re-estadiamento Revisão sistemática com meta-análise MEDLINE Sem restrição de idioma Período de busca: 1995 -junho/2004 Pesquisa manual de refs Critérios de inclusão e exclusão detalhados Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas Analise em separado por duas unidades de análise (pacientes e lesões) Medidas de acurácia (com IC 95%) 20 estudos incluídos Unidade de análise para cálculos das medidas de acurácia: • • pacientes – 13 estudos lesões – 6 estudos • pacientes estudo Metanalise • e lesões – 1 Unidade pacientes – 854 pacientes • Unidade Lesões – 3658 lesões Tipo de linfomas • • LH - 5 estudos LNH – 3 estudos Pop mista – 12 estudos (% de pacientes LH: 6,5-70%, mediana 47%) Pop dos estudos – 15-93 participantes (mediana 50,5) 7 estudos (35,5%) – PET como parte de processo diagnóstico de estadiamento Padrão ouro • Histologia - 1 estudo • • Seguimento clínico – 6 estudos • Histologia+ seguimento – 13 estudos Tempo de seguimento - 3-72 meses Comparação com outros métodos – 13 estudos: TC (4); cintigrafia com gálio (2); C11 PET com metionina (1);PET-TC (1); • sensibilidade • • especificidade Curva SROC • Q* Análise de subgrupos Acurácia Unidade Análise pacientes Global • Sens média= 90,3% (70,6-100%) • • Esp média= 91,1% (50,0-100%) Sens pooled = 90,9% • Esp pooled = 89,7% • Q = 87,8% Heterogeneidade estatística ausente Um estudo com Esp muito baixa (50%) e outro com Sens baixa (70%). Quando excluídos: • Sens sumária (pooled) = 91,8% • Q = 89,6% Linfoma Hodgkin • Sens média = 93,2% (85,7-100%) • • Esp média =87,7% (50,0-100%) Sens pooled = 92,6% • Esp pooled = 86,6% • Q – 89,4% Linfoma Não-Hodgkin • • Sens média = 87,5% (81,5-97,6%) Esp média = 93,8% (80,0-100%) • Sens pooled = 89,4% • • Esp pooled = 88,6% Q = 85,0% Padrão de referência imperfeito (poucos estudos com biópsia; maioria baseado em seguimento por exames clínicos e modalidades de imagem, nem todos realizados da mesma maneira em todos os estudos) em conjunto com variação na qualidade dos estudos introduz limitações na interpretação da meta-análise. Potencial de viés de verificação nos estudos originais não pode ser plenamente verificado na meta-análise. Heterogeneidade clínica oriunda da inclusão de pacientes em diferentes estádios da doença e por outras características clínicas (por exemplo, subtipos histológicos de LNH) afeta generalização dos resultados. Não foi feita avaliação em separado da acurácia da PETTC em virtude da escassez de dados disponíveis (1 estudo). . FDG-PET tem alta acurácia diagnostica no estadiamento e reestadiamento dos linfomas. A medida sumária de sensibilidade e o maior valor comum de sensibilidade e especificidade (Q) foram levemente superiores em pacientes com LH que nos pacientes com LNH; entretanto, a taxa de falso-positivos também foi mais alta entre os pacientes com LH. Estes achados devem ser interpretados com cautela face o pequeno número de estudos . Os parâmetros de acurácia diagnóstica baseados em lesões são mais altos que aqueles presentes quando a unidade de analise são pacientes. A despeito da relevância clínica do nº de pacientes onde os resultados dos exames PET promoveram mudanças no estádio e em seu manuseio, apenas metade dos trabalhos incluídos avaliaram essa questão. Essa limitação recomenda cautela ainda que se sugira que os clínicos devem considerar a possibilidade de adicionar a FDGPET ao elenco de testes diagnósticos rotineiros para 46 TC+US (1); cintigrafia óssea (1); “imagem convencional” (3) 7 estudos (35,5%) prospectivos Definição de critério PET+ – 17 estudos (85%); qualitativo/interpretação visual – 15 estudos (75%) Equipamento PET-TC– 1 estudo estadiamento de pacientes com linfomas. Unidade de análise lesões Global • Sens média = 96,6% (92,1-99,3) • Esp média = 99,1% (33,3-100) • • Sens pooled =95,6% Esp pooled = 99,1% • Q = 95,6% Heterogeneidade estatística presente Um estudo com Esp muito baixa (33,3%). Quando excluído, estimativas sumárias não variam e a heterogeneidade desaparece Análise de subgrupos • Estudos retrospectivos e com radiologistas não cegados – Sens mais elevada e Esp mais baixas • PET como parte de work-up diagnóstico apresentava Esp mais baixas que PET realizada por resultados inconclusivos em outros testes • Cegueira e a razão da referência para realização de PET foram preditores da taxa de falso-positivos. Mudança no estadiamento – 10 estudos (50%) Aumento do estadio = 7,7-17,4% dos pacientes (mediana - 13,2%) Redução do estadio = 2,3-23,4% dos pacientes (mediana - 7,5%) Mudança no manuseio = 30% dos estudos Pakos et al, 2005 Estadiamento – Envolvimento de medula óssea Revisão sistemática com meta-análise MEDLINE e EMBASE Sem restrição de idioma Busca: agosto/2004 Pesquisa manual de refs Busca de dados adicionais com investigadores Critérios de inclusão e exclusão detalhados Razões de exclusão dos estudos referidas Recálculo das medidas 13 estudos (587 pacientes) Pop dos estudos – 7-105 participantes 7 estudos – pacientes com doença primária; 6 estudos – pacientes com doença primária e recorrência Tipo de Linfoma: LH – 4 estudos LNH – 3 estudos Pop mista – 6 estudos Padrão de referência – Biópsia de medula óssea (BMO) Localização da BMO - crista ilíaca – 6; esterno e crista ilíaca – 1; sem informação - 6 estudos Dose de FDG com grande variação Definição de critério PET+ – qualitativo /interpretação visual – 11 estudos (84,6%); SUV – 2 estudos 7 estudos prospectivos (53,8%); 2 sem Medidas de acurácia (com IC 95%) • • sensibilidade especificidade • Curva SROC Razão de Verossimilhança (likelihood ratio) LR positiva e LR negativa** Análise de subgrupos • Acurácia Global • Sens= 0-100% (p=0.014 para heterogeneidade) • Esp= 72-100% (p<0.001 para heterogeneidade) • Sens pooled= 51% (IC 95%, 38-64) • Esp pooled= 91% (IC 95%, 85-95) • Curva SROC – resultados consistentes com aqueles obtidos pela Sens e Esp independentes: a uma Sens=51%, correspondeu Esp= 92%, enquanto a Esp= 91% correspondeu Sens= 55% • • LR+ = 5,75 (IC 95%, 3,48-9,48) LR- = 0,67 (IC 95%, 0,55-0,82) • LR+ e LR- sem heterogeneidade significativa (p>0.1) e sem diferenças de LR+ entre estudos grandes e pequenos (p=0.90); LR- menos favorável em estudos com N maiores Tamanho da amostra total limitado (embora pelo menos 6 vezes maior que o maior estudo primário publicado) Não é possível afirmar sobre viés de publicação, operando contra publicação de pequenos estudos com resultados menos promissores (levaria a uma sub-estimativa da performance diagnóstica da PET) Critério de exame PET+ dado geralmente por método qualitativo, dependente da avaliação subjetiva PET moderadamente boa, mas não excelente, na detecção de infiltração de medula óssea no estadiamento de pacientes com linfoma Performance diagnóstica variável na dependência do tipo de linfoma – melhor sensibilidade nos LH (mas n de pacientes de LH com envolvimento de MO pequeno) e nos LNH agressivos. PET não pode rotineiramente repor biópsia de medula óssea no estadiamento do linfoma mas pode complementar este teste permitindo detectar focos que poderiam não ser evidenciados por este teste. Meta-análise não avaliou acurácia da PET no re-estadiamento 47 informação sobre desenho Cegueira e interpretação independente – 9 estudos (69,2%) (p=0.0001) a Análise de subgrupos • Tipo de linfoma LH Sens= 76% (IC 95% 47-92) Esp= 92% (IC 95% 79-97) LNH Sens= 43% (IC 95% 28-60) Esp= 88% (IC 95% 75-94) Pop MIsta Sens= 52% (IC 95% 24-79) Esp = 97% (IC 95% 91-99) • Subtipos Histológicos Impossibilidade de análise nos LH (apenas 11 pacientes com Biópsia MO positiva) LNH - maior Sens nos subtipos mais agressivos • Lateralidade da biópsia de MO Estudos usando Biópsia unilateral com maior Sens em que biópsia bilateral (causa não conhecida – erros de amostra? • Desenho do estudo, relato de cegueira dos observadores e critérios de positividade do exame PET - sem diferenças estatisticamente significativas Legenda: ABV - doxorubicin, bleomycin, vincristin; ABVD - doxorubicin, bleomycin,vinblastine, dacarbazine; CHOP - cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine, prednisone; BMO – biópsia de medula óssea; curva SROC - summary receiver operating characteristic; DLBCL - linfoma difuso de grandes células B; Esp – Especificidade; Estad. – estadiamento; IC – imagem convencional (TC, MRI, cintigradia com gálio); IC 95% - Intervalo de confiança 95%); LD – linfoma Hodgkin; LNH – Linfoma não Hodgkin; LH+ — likelihood ratio positiva; LH- — likelihood ratio negativa; MO – médula óssea; MOPP - nitrogen mustard, vincristine, procarbazine, prednisone; OR – odds ratio, PET – tomografia de emissão de pósitron; PET-TC – equipamento híbrido; QT - quimioterapia; Re-estad. – reestadiamento; RT – radioterapia; Sens = Sensibilidade; SNM – Sociedade de Medicina Nuclear (EUA); OR – odds ratio; TC – tomografia computadorizada; SUV - ; VPN – Valor preditivo Negativo; VPP – Valor Preditivo Positivo Observações Q* - medida global de acurácia – maior valor comum de sensibilidade e especificidade; ponto da curva na qual sensibilidade e especificidade são iguais (varia de 0,5 – sem valor diagnóstico a 1,0 - teste perfeito)] Likelihood ratio – representa a probabilidade de um dado resultado em pacientes com a enfermidade, dividida pela probabilidade do mesmo resultado em pacientes sem a doença; Likelihood ratio positiva** (LH+) – probabilidade de PET+ em pacientes com a enfermidade, dividida pela probabilidade de PET+ em pacientes sem a doença (razão entre Sensibilidade/ 1- Especificidade); Likelihood ratio negativa*** (LR-) – probabilidade de PET- em pacientes com a enfermidade, dividida pela probabilidade de PET- em pacientes sem a doença (razão entre 1-Sensibilidade/Especificidade). Não existe ponto de corte perfeito; estudo considerou que um bom teste diagnóstico deve ter LR+ > 5 e LR - <0,2 48 Anexo 8 – Estudos incluídos segundo Revisões Sistemáticas e Meta-análises pesquisadas Estudos incluídos em Ziljstra et al., 2006 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Bangerter M, Kotzerke J, Griesshammer M, Elsner K, Reske SN, Bergmann L. Positron emission tomography with 18-fluorodeoxyglucose in the staging and follow-up of lymphoma in the chest. Acta Oncol 1999; 38:799-804. Bangerter M, Moog F, Griesshammer M, Elsner K, Kotzerke J, Heimpel H, et al. Role for whole body FDG-PET imaging in predicting relapse of malignant lymphoma in patients with residual masses after treatment. Radiography 1999;5:155-63. Cremerius U, Fabry U, Neuerburg J, Zimny M, Bares R, Osieka R,et al. Prognostic significance of positron emission tomography using fluorine-18-fluorodeoxyglucose in patients treated for malignant lymphoma. 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