Sagrado recebe Bandeira Verde Ranking do Ensino

Transcrição

Sagrado recebe Bandeira Verde Ranking do Ensino
Sagrado recebe Bandeira Verde
Ranking do Ensino Secundário
Revista do Colégio
do Sagrado Coração
de Maria de Lisboa
Revista trimestral
Número 25
Ano 2010 | 2011
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010 | 1
25 Olhares
sobre a Olhares
O meu contato com
a Olhares começou apenas há
três anos, ao assumir o serviço
de liderança em Roma. Assim,
embora tenha uma visão da
revista ainda incompleta, é certamente uma visão de grande apreço e interesse pelo seu
conteúdo e apresentação. Ela me permite, para além dos temas, notícias, testemunhos, sentir a vida de quantos por ali
passam, partilhando e recebendo saber, abrir de horizontes,
esperanças, esforços, dedicação, vontade de crescer...
Permite-me olhar a realidade mais profunda do que significa educar, e dar graças a Deus pelo que de bom e de belo
vai acontecendo no dia-a-dia do Colégio.
Desejo que a Olhares continue a servir a Comunidade
Educativa e a ser elo de comunhão entre todos, possibilitando a quem ler um olhar sempre mais fundo, à descoberta
do Invisível!
Ir. Terezinha Cecchin, Superiora Geral das RSCM
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NÃO HÁ PALAVRAS
Edição 0 /Ano 0/Fevereiro/2001
Portal Sagrado
REVISTA TRIMESTRAL | ANO 2002/2003
Olhares
As palavras nunca chegam para traduzir as
emoções! Poetas, como vos entendo…
Folheio todos os números da minha revista; demoro-me
nas imagens; releio frases e pensamentos; suspendo-me…
As memórias, as experiências vividas e partilhadas invadem-me num tropel que faz o coração bater forte e descompassado. Não há palavras.
Ser convidada a participar no 25º número é como voltar a
casa depois de uma (outra) viagem. E a sensação não podia
ser melhor. A história desta revista está inscrita numa parte da minha história, que guardo com imensa ternura. Não.
Não foi um desafio e uma acção enriquecedora – expressões banais - foi, isso sim, uma vivência profunda, renovada
a cada número, partilhada com cada grupo, cimentada nos
encontros, nos risos, nas ansiedades, nas dúvidas, nas opções e decisões.
Foi fantástico acompanhar a sua evolução. Obrigada,
querida Irmã Maria Filomena, por me ter convidado a entrar
no Portal Sagrado. Aturdidos mas cheios de entusiasmo, lançámo-nos ao trabalho com toda a vontade – e ingenuidade
de neófitos - para dar notícia da vida da escola tal como a vivíamos e sentíamos. Depois, Margarida, o projecto continua
contigo, mais estruturado e fortalecido. Cresceu, amadureceu e transformou-se na bela OLHARES, que continua a ser a
menina dos meus olhos. Lembras-te, Luís Pedro, das nossas
planificações, ajustamentos, mobilização de participantes?
Que prazer! Que saudades até das angústias pelo risco sempre iminente de não cumprir os prazos. Ah! E, em cada colaborador jovem, um amigo para sempre. Não há palavras.
Mas a Olhares não é um assunto arrumado. Nem uma
memória do passado ou uma experiência episódica. Continuo a lê-la com atenção e muito carinho. Continuo a solidarizar-me com a equipa coordenadora. Continuo a saber,
por ela, da vida do colégio. Continuo a sentir, nela, o pulsar
dessa vida.
E ainda que não haja palavras para dizer o indizível, aqui
ficam estas, oito anos e vinte e cinco números depois: alegria, orgulho, reconhecimento.
PARABÉNS!
Leonilde Timóteo, Ex- Coordenadora da Olhares
25 revistas cheias de
alunos, pais, irmãs, professores,
funcionários, antigos alunos e,
sobretudo, cheias de Vida! Lembro-me da alegria do primeiro
número, do entusiasmo inicial
por haver, no colégio, um projecto jornalístico mais ambicioso. Agora, revendo estes 25 números, constato que continuei
sempre a sentir este mesmo entusiasmo, pois em todos eles descobri sempre algo de novo
- uma notícia, uma imagem, uma palavra que me tocou.
Como professora de Português e coordenadora do departamento desta disciplina, sinto a Olhares como mais uma
oportunidade para irmos dando a conhecer – nas secções
destinadas a cada um dos ciclos - as actividades desenvolvidas no âmbito da Língua Portuguesa. Para além disso, e na
secção “os nossos escritos” , encontramos um espaço privilegiado para a publicação de textos produzidos pelos nossos
alunos. Textos esses que, desta forma, podem sair das salas
de aula, das gavetas ou dos cadernos e ganhar vida, conquistar novos leitores. Por último, sublinho que uma revista,
em papel, que anda de mão em mão, que se pode mostrar
aos avós, que se pode ler no sofá, é uma forma importante
de fazer notícia do muito que o nosso colégio é. Com este
número, recordando todos os números que deram cor, vida,
imagens e palavras ao CSCM, continuamos assim a lançar
pontes entre as famílias e toda a comunidade educativa.
Ana Cristina Soares, Coordenadora do Departamento de
Língua Portuguesa
Fazer parte da
Olhares foi, sobretudo, um
desafio. O desafio de olhar, de
atentar naquilo e naqueles que,
diariamente, apenas víamos.
Olhar o Colégio e aqueles que
dele faziam parte com outros
olhos, outra atenção, porque
nosso era o desafio de transformar o dia-a-dia em algo partilhado com a comunidade. Desafio de recordar que ser aluno do Sagrado é uma experiência
singular, é ser chamado a ser parte activa na construção e
vivência de um projecto e uma realidade que, sendo maior
que qualquer um de nós individualmente, é tão grande
quanto o conjunto daqueles que com ele se comprometem.
Comparo a revista com uma reunião de família mais ou
menos trimestral: recordávamos as actividades dos vários
membros - dos mais pequenos aos mais velhos, aos professores, às Irmãs.”
Catarina Semblano, Ex-aluna/ Membro da redacção da
Olhares
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Através da Olhares,
as famílias conhecem melhor o
Colégio do Sagrado Coração de
Maria. Sabem o que os filhos,
os professores e os funcionários fazem para a construção de
uma escola mais cheia de vida,
mais activa, mais rica, mais bonita, mais completa. Conhecem
as pontes que a comunidade
educativa vai construindo com
a sociedade que a rodeia, ensinando pais e filhos a ser mais
solidários, mais atentos e a ser cidadãos responsáveis.
Através das entrevistas, a Olhares dá voz a quem trabalha no colégio. É bom conhecer professores e funcionários
e vê-los para lá do “bom dia” ou do “bom fim-de-semana”.
Parabéns por, através deste meio, estreitarem a relação entre todos, fazendo do colégio
uma grande família!
Barbara Wong, Encarregada
de Educação/ Jornalista do
Público
Entre 2003 e 2006
a Olhares tornou possível
o meu desejo de brincar com as
palavras, enquanto discutíamos
a melhor maneira de enquadrar,
no papel, cada actividade do
Colégio. Nunca nos limitámos
a trabalhar. Juntámos a cada
tarefa uma conversa animada e
muitas gargalhadas. Adoçámos
cada reunião com a escolha das
imagens que melhor ilustrariam o nosso querer. E foi neste
espírito alegre que nasceram tantos artigos que interessaram e envolveram toda a comunidade educativa.
A nossa revista cresceu e, aos poucos, foram surgindo
novas rubricas. A minha favorita continua a ser o conjunto
de entrevistas que se faz à “nossa gente”. Porque a Olhares
é, para nós, mais do que uma revista. É o momento em que
partilhamos com a família do Sagrado as peripécias dos últimos meses. É o espaço escolhido para enviar boas notícias
e distribuir sorrisos. Que a revista, como as nossas crianças,
mantenha sempre o brilho no olhar.
Joana Marques, Prof / Membro da redacção da Olhares
Pediram-me o meu olhar sobre a Olhares.
Pois bem, ele vai em primeiro lugar para o seu aspecto gráfico, cheio de arte e colorido. Apetece abri-la, logo que chega.
Aliás, os olhares sorridentes e felizes, que geralmente vêm
na capa, convidam-me a fazê-lo.
O meu segundo olhar vai para os conteúdos. O seu
“olhar” vale pela qualidade e variedade. Gosto de encontrar
as variadíssimas actividades pedagógicas, alimentadas pelos “olhares” de alunos e professores; gosto de encontrar o
“olhar” das actividades culturais e desportivas, que até ultrapassam fronteiras; gosto do “olhar” dinâmico e generoso de
todos os que se empenham e participam no trabalho social
para que “outros tenham mais vida”; gosto de encontrar o
“olhar” dos nossos antigos alunos, que espelha o gosto de
terem passado pelo Sagrado.
Por fim, gosto de encontrar
o “olhar” de todos os que constituem a comunidade educativa
e que, de uma forma ou outra, lá
estão e, sem os quais, a Olhares
não estaria a celebrar. Parabéns
e obrigada por se dar vida a todos estes “olhares.”
Ir. Maria Filomena, Ex- Directora do Colégio CSCM
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O mundo mudou
tanto em tão pouco tempo!
Há 30 anos atrás não fui aceite
no colégio por ser muçulmana
e este seguir um modelo católico diferente do de hoje. A Mensagem de Jesus continua a ser
transmitida através de valores
católicos, e é precisamente por
isso que olho para a escola com
respeito e gratidão por me ajudarem a preparar a Hannah e o David Aly para o encontro e
a criatividade na diversidade espiritual e humana.
Foram vários os momentos que marcaram a minha experiência no colégio. Lembro dois apenas. O primeiro foi aquele em que ouvi a minha filha cantar na capela do colégio, na
missa de finalistas, um poema de louvor a Deus. Cristãos e
muçulmanos, de lágrimas nos olhos, comungaram a humilde condição de uma humanidade comum. O outro foi uma
questão que o meu filho colocou com alguma dor: “porque
não temos uma só religião mãe? Porque tenho de ser muçulmano e o meu melhor amigo ser católico?”. Hesitei pela
sua angústia, mas as mães têm de se superar a si mesmas
em muitas coisas, e lembrei-me que no Alcorão Deus diz: “Se
Eu quisesse, ter-vos-ia feito uma só comunidade. Mas preferi
antes, ensinar a cada um o seu caminho, para que na vossa
diversidade, vós pudésseis exceder-vos uns aos outros na
melhor das condutas”.
É porque testemunho o pluralismo neste grande colégio,
e vejo o empenho de cada membro desta grande família,
dando o seu melhor, nos portões, cozinhas, pátios, corredores, salas de aulas, nas infra-estruturas para o melhor desempenho dos educandos, que o meu olhar é de uma imensa
gratidão e profundo respeito. Feliz Natal, hoje e sempre.
Ameen.
Faranaz Keshavjee, Investigadora /Jornalista
A Olhares serve
para as
pessoas dizerem o que pensam e
serve para todos conhecerem melhor o colégio e tudo o que há de
novo. Tem muitos artigos que dizem bem do colégio.
Vicente e Mafalda Rico, 4º ano
Ainda me lembro da
cara dos meus colegas quando o
Prof. Luís Pedro sugeriu em aula
que nos juntássemos à equipa
Olhares e eu disse que sim. Caras
de “estás doida?” à minha volta… Nunca me arrependi. Aliás,
adorei!
Na Olhares tive a oportunidade de escrever sobre Cinema,
área que era e será sempre a minha paixão. Mas foi mais que isso. Através das notícias que
me passavam pelas mãos e das várias “reportagens” que me
foram atribuídas, compreendi como o Sagrado era muito
mais do que a minha escola. Durante aqueles anos em que
entrei no backstage do Colégio através da revista, conheci
um pouco melhor a sua comunidade. E passados estes anos
todos, ainda me orgulho de dela ter feito parte.
Ana Luís Pinheiro, Ex-aluna/ Membro da redacção da
Olhares
Tempo de olhar com atenção, tempo de ver como
crescemos, tempo de observar como criamos ligações com
os outros, com todos, dentro e fora do colégio, tempo de
sentir que gostamos do que fazemos, tempo de partilha
entre alunos, professores, auxiliares, comunidade educativa, tempo de ler baixo num momento de silêncio ou de ler
alto, ouvindo os risos dos outros,
tempo de nos encontrarmos
e de vermos o nosso reflexo, a
imagem do nosso trabalho e do
nosso divertimento, das nossas
qualidades e das nossas particularidades. É tudo isto a nossa
Olhares.
Catarina Carrilho, coordenadora
Quando abrimos
a Olhares, vemo-nos e vemos
partes da nossa escola. Nas fotos conhecemos algumas pessoas e outras não. É uma revista do nosso país.
Meninos da Sala Laranja, 4 anos
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À primeira vista o
título engana.
Olhares dá o ar de quem está
de fora, a ver por uma janela o
que se passa no nosso colégio,
na nossa comunidade educativa.
E digo nossa, porque através
destes “Olhares” me apercebo,
que a notícia somos nós, os nossos filhos, os nossos professores,
os nossos amigos.
Histórias dos grandes dias, da partilha do Natal à festa
das famílias, mas também os relatos da superação dos desafios quotidianos.
Estes “Olhares” são o nosso testemunho, a narrativa da
nossa partilha, da nossa evolução e crescimento enquanto
comunidade educativa e afectiva.
É por isso que é sempre uma alegria abrir a caixa do correio e ver lá a nossa revista, feita com as nossas aventuras e
desventuras.
Se a escola é muitas vezes a continuação da nossa casa,
a Olhares é o prolongar do colégio na nossa sala. Este são
“Olhares” diferentes, são as nossas visões de dentro.
Pedro Mota Soares, Enc de Educação, Deputado da
República.
A Olhares é a revista que eu leio em casa. A
minha mãe também a lê e prefere os artigos mais longos. Eu
gosto mais das páginas com fotos, até porque já lá apareci.
Rita Aparício, 3º B
A Olhares é uma revista onde escrevem a directora
do colégio, as irmãs, os professores
e os alunos.
Francisco Pinto 5º A
A revista Olhares é a
história de vida da nossa segunda
casa.
Rita Vaz, 9ºC
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Muitos dizem que “uma imagem vale mais do que
Eu penso que a revista Olhares é muito inte-
mil palavras”, eu digo uma “Olhares” vale mais do que mil
imagens.
João Barroso, 9ºC
ressante. Através dela sabemos o que passa nos outros ciclos. Sempre que os meus pais chegam a casa com a revista,
a primeira coisa que eu faço é lê-la.
Mariana Penedo, 7º ano
Tudo o que se passa
de interessante na nossa
escola nós vemos, mas nãoguardamos. A revista Ohares faz
esse trabalho por nós, recordando-nos, em forma de papel,
as notícias da nossa instituição.
Bruno Felício, 10º ano
A Olhares é a repórter que, ao lado das irmãs,
funcionários, alunos e preofessores constrói uma ponte de
emoções e sentimentos com o colégio.
Rita Rosa, 10º ano
Creio que a Olhares nos marca a todos porque
nos dá a ver o melhor que há neste colégio: a solidariedade,
a humildade, as memórias e acontecimentos. Espero que
quando for mais velho, possa ir ao sotão da minha casa,
possa abrir uma caixa e ver os números da Olhares. Terei
boas memórias e poderei mostrar aos meus filhos e netos
como era no meu tempo. Poderei dizer para mim: “Bons
tempos!”.
Pedro Sena, 7º ano
A revista Olhares
serve para registar os grandes
momentos do colégio e para descubrirmos gente conhecida nas fotografias.
Diogo Campos, 3ºC
A revista Olhares é como
o diário do colégio, onde cada um
de nós pode escrever uma página.
Mariana Mixão 10º ano.
Olhar a Olhares é assim como olhar para um filho,
perdoem-me o sentimentalismo.
Há oito anos atrás, num rasgo de vontade e determinação,
a OLHARES nasceu com um objectivo: contar as historias que
vamos vivendo nos corredores
e nas salas do nosso Colégio.
Cedo percebemos que era pouco... porque muita da vida do Sagrado ultrapassa os muros
e os portões...
Assim sendo... estava decidido! A revista havia de chamar-se OLHARES porque nos levaria a olhar a nossa realidade e outras, segundo determinado prisma. Bonito, este
carisma de ter um olhar caracteristico (o olhar que descobre
vida onde outros encontram banalidade), mas que não “usa
palas” e por isso mesmo está aberto a outras realidades ou
devo dizer outros olhares?
Esta revista havia de ser a nossa cara... espelho de um
identidade mas também da diversidade que resume o ideal
de vida par todos!
25 Olhares depois, os olhos humedecem-se ao recordar
tanta vida em tanta página. Pudesse o coração escrever...
Agradeço a todos os que me ajudaram a fazer a nossa revista! Permitam-me uma palavra muito especial à Leonilde
Timóteo e ao Fernando Coelho!
Luís Pedro de Sousa, Coordenador.
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Marca Sagrado
O Desafio a SER PONTE
Numa escola, o tema do ano é assim uma
espécie de “motor” para um conjunto
de acções/reflexões que se querem
proporcionar a toda a comunidade
educativa. Neste ano lectivo de 2010/2011, o
nosso Colégio, em sintonia com a Província
Portuguesa das Religiosas do Sagrado
Coração de Maria, tomou como tema:
Lançar Pontes.
E que pontes queremos lançar?
Desde logo a ponte do Conhecimento, determinante no
processo ensino-aprendizagem. Mas queremos ir mais longe. Nos nossos dias a globalização da informação requer o
desenvolvimento da “consciência da interligação e interdependência da humanidade e de toda a criação, potenciando
o trabalho em rede na promoção da solidariedade e da esperança como formas alternativas de globalização”. In Ideário dos Colégios do IRSCM em Portugal
Surge-nos assim o desafio a lançar outras pontes, como a
Solidariedade, a Esperança, a Cultura e a Fé.
Acreditamos numa educação que faça a ponte entre févida-cultura, como meio de formação integral dos nosso
alunos. Educamos para a abertura ao mundo, a outras culturas e credos, através do contacto com outras realidades,
onde projectos no âmbito da caridade cristã, do conhecimento e do gosto pelo saber são uma constante.
Uma ponte implica duas margens/realidades. Entre um
lado e outro há um caminho a percorrer. Lançar pontes é
ousar desinstalar-mo-nos, é fazer uma passagem. Mais do
que fazer um caminho é Ser caminho de conhecimento, de
solidariedade, de esperança, de fé e de cultura.
A ponte é a certeza do contacto, da continuidade, da comunhão, do sentido de pertença a este mundo global onde
temos uma missão comum: Ser de tal
forma que “todos tenham vida”
O cubo, elemento estrutural da geometria rectilínia, surge como símbolo
do nosso tema do ano, no qual podemos sustentar qualquer argumento,
Ele é apoio e referência de estabilidade, com a variedade e a intensidade
das cores a dar-lhe alguma versatilidade.
Os diferentes tamanhos falam-nos das dificuldades que
todos os dias se nos apresentam e que temos que transpor,
como pontes que queremos erguer.
A linha negra que os sobrepõe é o elo de ligação, o ponto
que faz galgar os obstáculos e
ainda que, com algumas situações de desvio, a cruz que a
finaliza é sempre a nossa referência.
José Paulo Alves, Prof./ Autor do logotipo do Tema do Ano
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Um vigésimo quinto olhar requer gran-
Só conheci duas instituições de ensino durante a minha
vida académica em Portugal. A primeira experiência foi a
mais longa e marcante; catorze anos passados no Colégio
Sagrado Coração de Maria. Percebi, desde muito cedo, a
importância que a mensagem “Que todos tenham vida” ia
ter no meu futuro.
As melhores recordações que guardo desses tempos
de estudante ainda me são muito úteis hoje; sobretudo os
valores, princípios, atitudes e exemplos de vida passados
por irmãs, directores, professores ou contínuos. Da Madre
Visitação, à Irmã Maria Augusta, passando pela Catarina,
Professor António Vasco e Professora Inês, Irmã Maria Filomena, Senhor Hermínio ou indirectamente, mas sempre
presente, o Padre Jean Gaillac. Todos unidos com o objectivo de, todos os dias, melhorar a vida de cada criança que
entra o portão do Colégio. Hoje sei a quem devo agradecer
pela educação académica de que me orgulho!
Lembro-me de muitos antigos colegas manifestarem
vontade de sair do Colégio à procura de novas experiências. Alguns saíram mesmo, mas quase todos os que encontrei mais tarde confessaram o arrependimento pelo
abandono precoce de uma casa que nos dava tudo. Um
dia sei que também vão valorizar!
O Colégio é e sempre foi uma instituição de referência no ensino em Portugal. Um facto que não só deve ser
motivo de orgulho para todos nós que contribuímos para
que se atingisse esse patamar de excelência, mas também
uma herança de responsabilidade para continuarmos, nas
nossas vidas pós-colégio, a honrar o nome e prestígio da
instituição. Foi assim que tentei reger minha vida.
Fui jornalista e trabalhei para o Público; trabalhei na
Organização das Nações Unidas, onde ajudei os mais desfavorecidos; dei formação a jovens estudantes de Comunicação Social para os ajudar a vencer no exigente meio da
imprensa e estou neste momento a trabalhar em TimorLeste com a Cooperação Portuguesa no apoio ao desenvolvimento daquela jovem nação. Ao longo deste percurso o legado do Colégio nunca me abandonou. Trabalhei
para que todos os que me rodeiam...tenham vida!
Os ensinamentos que recebi ao longo dos catorze anos
de estudo no CSCM deram-me as ferramentas que precisava para construir um percurso profissional que está, passo
a passo, a tornar-se mais sólido. Segui desde cedo o conselho de Fernando Pessoa: “Pedras no caminho? Guardei todas e um dia vou construir um castelo”. Como antigo aluno
sinto um tremendo orgulho por fazer parte desta grande
família do Sagrado Coração de
Maria e sugiro, humildemente,
a todos os alunos, que guardem também todas as pedras
que possam encontrar e conseguirão erigir uma fortaleza
com muros altos e sólidos revestidos de fé em Deus, respeito por cada um de vós e amor
ao próximo.
Miguel Caldeira,
CSCM 1980-1994
de capacidade de análise e de encontar características
diferentes das anteriormente verificadas. Requer a capacidade para reinventar o dia-a-dia e vivê-lo em comunidade de forma renovada, fresca e comprometida.
É com este sentimento que muitos de nós damos
vida e ânimo à imensidade de pormenores de todos os
dias no nosso colégio. Com a frescura do primeiro encontro com a vida e obra do Pe. Gailhac e das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, comprometendonos com a educação de crianças e jovens, renovando
todos os dias a missão da transformação do mundo no
concreto das várias acções. Todas as crianças têm um
nome, uma individualidade própria, uma família diferente, uma personalidade única. É com cada uma que
trabalhamos no colégio, melhor dizendo, é com cada
uma que vivemos no colégio; personalizando a nossa
acção, individualizando a nossa atenção e unidirecionando o nosso tempo. Ao mesmo tempo que todos
fazem parte das nossas preocupações.
Desde o primeiro olhar até hoje, o vigésimo quinto olhar, algumas coisas
mudaram. Há oito anos atrás, estávamos a arrancar com a revista OLHARES, só
por si uma ponte com toda a comunidade educativa, divulgando em tom de
partilha, a vida do colégio. Pensávamos em alguns serviços inovadores de suporte da nossa acção pedagógica, os quais se foram concretizando ao longo
dos anos, como sejam os quadros interactivos, o acesso a uma plataforma pedagógica como a Escola Virtual e o Moodle, o acesso à internet em qualquer
ponto do colégio, a informatização da Biblioteca ou as inscrições e matrículas
feitas on line, no conforto do lar. Sonhávamos com outros serviços, como sejam a criação do Serviço de Ensino Especial, a Formação de Pais/Encarregados de Educação, a venda dos livros e material escolar, os campos de jogos
cobertos, a certificação na área da restauração, um auditório renovado e com
tecnologia de ponta, a abertura à comunidade local, fazendo parte da Comissão Social da Junta de Freguesia de S, Jorge de Arroios, a colaboração efectiva
na área da catequese com as duas paróquias vizinhas, S. Jorge de Arroios e S.
João de Deus, os protocolos com o Instituto Superior Técnico, o acolhimento
de estagiários de diversas áreas, como seja, a psicologia, a informática, a educação infantil e básica ao nível do 1º ceb, a organização a nível internacional,
com os colégios do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, de
diversas actividades, como por exemplo o Torneio Desportivo Internacional
e o Encontro Internacional Anual de Alunos em simultâneo com o Encontro
Internacional Anual das Equipas Directivas dos Colégios, o alargamento da
oferta de Actividades de Enriquecimento Curricular....enfim, um número considerável de melhoramentos e/ou alternativas às situações já existentes no
Colégio, por altura do primeiro número da OLHARES.
Outros projectos acalentamos nesta altura, como sejam a certificação do
Colégio em Ambiente, Qualidade e Segurança, a reformulação/actualização
do Projecto Educativo, a Avaliação de Desempenho dos Docentes, entre alguns outros.
Este vigésimo quinto Olhar é um olhar de Excelência, de Rigor, de Modernidade, de Inovação, de Boas Práticas, de Acolhimento, de Inclusão, de Evangelização, de Abertura ao Mundo, de Conversão, em suma, é um Olhar de
Amor. E porque estamos em época de Natal, é também um Olhar sobre a outra margem da Ponte que nos torna mais perto do Outro e de Deus.
Votos sinceros de Santo Natal. Com amizade,
Margarida Marrucho Mota Amador, Directora Pedagógica
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Notícias
do pré-escolar
Notícias
do 1.º Ciclo
O dia do nosso Colégio
O nosso Colégio está em festa porque fez 69 anos. Todos os
meninos do Jardim de Infância lhe cantaram os parabéns!
Para festejar as salas dos 5 anos distribuíram balões, com
mensagens feitas por nós, pelas várias zonas do colégio para
o enfeitar, até oferecemos um balão à Nossa Senhora. Também fizemos desenhos do colégio, à vista e ficaram lindos.
Viva o nosso querido Colégio!”
Sala azul
Projecto Pé ante Pé…
Chegamos à outra
Margem
Com um alimento na
mão abrimos o coração
A Sala Verde Claro para dar início ao projecto, que irá decorrer durante o ano lectivo, com os alunos do 3ºB, do 1ºCEB,
participou num lanche convívio, no dia 14 de Outubro, no
Jardim do Arco do Cego. Foi um momento de muita alegria
entre as crianças.
Visita à mata
de Benfica,
projecto 4+4= ponte
No dia 13 de Outubro, a turma do 4º A acordou com um
sorriso nos lábios e um coração ainda maior! Estávamos
prontos para realizar a actividade do projecto com os quatro anos da sala violeta. Demos-lhe um nome: 4+4=ponte.
Neste dia, também as outras turmas do 4º ano saíram com
as respectivas salas (laranja e rosa) com as quais fazem o
intercâmbio.
Encontrámo-nos com os nossos amigos mais novos, a
quem designámos como “afilhados” e lá fomos todos juntos
a cantar as músicas preferidas.
Quando chegámos à mata de Benfica, procurámos elementos da natureza para com os mais pequeninos elaborarmos um cartaz sobre o Outono. Realizaram-se trabalhos
muito originais, criativos e dignos da estação celebrada! Os
nossos “afilhados” observaram e recolheram folhas, paus,
ouriços e outros elementos. Com a nossa ajuda colaram,
desenharam e ilustraram num cartaz paisagens típicas do
Outono.
Depois de tanto trabalho, as energias precisavam de um
belo lanchinho, e nada melhor do que partilharmos o nosso
lanche com os nossos amiguinhos ao ar livre num jardim já
tão outonal!!!
No fim, aprendemos mais uma lição: que é sempre muito divertido e enriquecedor trabalhar e brincar com os mais
novos. Na arte encontrámos um tempo de diversão e uma
ponte de amizade, partilha e convívio!
Alunos do 4º A
Com ajuda dos pais e das crianças
O Jardim de Infãncia uma ponte está a criar
Vamos recolher muitos alimentos
Para oferecer a quem mais precisar!
Sala Azul Turquesa-5anos
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Notícias
do 1.º Ciclo
Início do nosso projecto
com a infantil
“4+4 = Ponte”
No dia seis de Outubro, iniciámos com a sala Laranja da Educadora Manuela e da Etelvina, um projecto muito divertido
e interessante.
A professora Vera explicou-nos que o tema principal do
projecto são as Estações do Ano! E para comemorarmos a
chegada do Outono, a nossa turma preparou uma apresentação dinâmica e especial. Um poema, cantado e dramatizado (a Joana Januário cantou a última parte em rap).
Durante alguns dias ensaiámos o poema “O Outono Chegou”.
Em casa, com a ajuda dos nossos pais, decorámos o nosso chapéu com coisas do Outono, por exemplo, uvas, castanhas, folhas secas, coloridas, gotas… A professora deu-nos
os parabéns pelos chapéus, porque estavam fantásticos e
fizeram um sucesso.
Antes de fazermos a apresentação aos meninos da infantil, apresentámos às turmas do quarto ano. Eles adoraram e
deram-nos os parabéns!
Quando chegámos à sala dos quatro anos, estávamos
muito ansiosos por começar.
A turma já estava à nossa espera sentada num tapete. E a
Educadora Manuela começou a filmar.
Depois da apresentação, os meninos da infantil, individualmente, escolheram-nos de acordo com as suas expectativas. Quando nos escolheram fomos colocar as nossas fotografias numa casinha com janelas, que a infantil tinha feito.
Depois começámos a brincar. Brincámos aos carros, depois aos disfarces, também aos fantoches e ainda, com a
ajuda do nosso colega Marcos, fizemos um mini teatrinho.
Estávamos a começar a ficar sem tempo e chegou a hora
de nos despedirmos.
A nossa turma ofereceu a cada menino um saquinho
especial com muitas guloseimas, e à educadora um cesto
muito giro.
Despedimo-nos muito
felizes, por termos animado os pequeninos com a
nossa visita.
E assim, finalmente o
Outono chegou!
Afonso Brites e Rodrigo
Calixto, 4.ºC
12 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
Expectativas para
o quarto ano
Ter um bom ano; boas
notas; fazer novos
amigos, brincar muito.
Festa de natal
do 1.º Ciclo
Ter muitos
trabalhos,
que as provas
de aferição
corram bem e
que o estudo
do meio seja
divertido.
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010 | 13
Notícias
do 2.º Ciclo
Novo ciclo,
novo Colégio,
novos colegas
O dia 13 de Setembro foi um dia repleto de emoções. Neste dia acolhemos
todos os alunos do 5º ano, que chegam cheios de expectativas, sonhos,
vontades e por isso este é um dia tão
especial. O dia em que desejamos que
um ciclo, pleno de sucesso e experiências transformadoras, se inicie.
Isto mesmo se passou ao longo do
dia, que para a maioria terminou cedo
de mais e ao fim do qual já se tinham
reencontrado os amigos, descoberto
novos e percebido que ‘o Colégio afinal
tem sítios e pessoas que eu não conhecia’. Tudo está ainda para acontecer…
Bem-vindos!
Daniela Santos,
Coordenadora do 2ºCEB
Ler+Livros
No dia 9 de Novembro, os
alunos do 5º receberam um
livro, oferta do Ministério
da Educação, no âmbito
do Projecto Ler+ Livros.
Quisemos tornar este
momento significativo na
vida dos nossos alunos,
porque, citando a autora
Maria Teresa Maia Gonzalez
“os livros têm este poder
quase mágico de nos
transportarem para outros
lugares: sítios onde já
estivemos e outros que
nunca visitámos nem mesmo
em sonhos!”.
Um Museu no Colégio
Preparámo-nos, como sempre, para uma visita de estudo.
Desta vez a visita era em casa. O Museu do Colégio, tantas
vezes visitado durante os intervalos pelos alunos mais curiosos, era agora palco da visita de estudo pela mão da nossa
querida professora Margarida Godinho. A visita decorreu
em clima de grande curiosidade através dos minerais, da zoologia e da botânica. Os alunos acompanharam a professora com grande entusiasmo, esclareceram todas as dúvidas e
ouviram muitas curiosidades. Para o ano há mais. Obrigada
pela iniciativa!
Joana Martins, Prof.
O Museu de Ciências Naturais surgiu da necessidade de se
organizar os exemplares de Zoologia, Botânica e Geologia
que o Colégio possuía. Os alunos tinham necessidade de
ver e reconhecer esses exemplares. Assim, eu e a professora Lúcia Leitão oferecemo-nos para organizar um museu. O
Museu ainda não está concluído, pelo que continuarei a trabalhar nele, sempre que me for possível.
No início deste ano lectivo, fui convidada pela Coordenadora do Departamento de Ciências Experimentais e pelas professoras de Ciências
da Natureza para fazer visitas guiadas ao Museu para os alunos do 2º Ciclo.
Foi uma experiência muito enriquecedora, pois os alunos
mostraram-se atentos e interessados quanto às explicações
dadas sobre a História do Museu e na observação dos diferentes exemplares.
Margarida Godinho, Prof.
“A nossa turma teve muita sorte, porque no dia 12 de Outubro foi visitar o Museu do Colégio, na aula de Estudo Acompanhado. Quem nos guiou pelo museu foi a professora Margarida Godinho. No museu havia animais embalsamados,
plantas, minerais, ossos do esqueleto humano, dentições
de seres vivos, um jacaré embalsamado, etc. Uma das coisas
que eu gostei mais foi da pele muito comprida e escamosa
de uma cobra. Foi muito interessante e útil, visto que nos deu a conhecer muitas
coisas novas!” – Carolina Barbeira, 5ºA
“Num dia de escola, o 5ºD foi ao museu do Colégio. A professora Margarida
Godinho começou por explicar que o museu está dividido em três partes diferentes: a Zoologia (que estuda os animais), a Mineralogia (que estuda os minerais)
e a Botânica (que estuda as plantas). A seguir a professora falou da colecção de
Zoologia que tem aves, ratos, répteis embalsamados e conservados em formol.
O que eu gostei mais do museu foram os dentes que pertenciam a um animal
desconhecido. No final, a professora disse que podíamos sempre voltar ao museu
para ver a colecção.”
João Fonseca, 5ºD
14 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
Alimentação
saudável
“Quando fomos ao Museu, a professora começou por mostrar a colecção de Zoologia, explicando que cada animal tem o seu revestimento, mostrou-nos a pele
de uma cobra com mais de um metro. Depois mostrou-nos a colecção de Botânica, onde vimos muitos frutos e sementes, como o cacau e o coco.” – Guilherme
Canas, 5ºD
“O museu do Colégio foi criado pela Professora Margarida Godinho e por uma
colega. A maioria das peças do museu pertenceu ao Colégio Vasco da Gama, que
agora é o nosso Colégio. Na visita vimos muitas coisas: animais (tocámos na pele
de uma cobra!), minerais, ossos (a professora mostrou-nos o crânio de uma criança) e plantas (vimos a flor do algodão).”
Maria Chaves, 5ºD
“Eu achei tudo muito interessante, mas o que gostei mais foi da parte dos animais embalsamados (são animais a que são retirados os órgãos e enchidos com
palha) que passados todos estes anos mantêm a sua forma inicial e sem presença
de odores. (…) A professora Margarida disse que podíamos sempre contribuir
com alguma planta, algum animal ou mineral para ficar exposto no museu. Também nos disse que estaremos
sempre convidados a ir visitar
com atenção o Museu de Ciências.”
Ana Catarina de Baptista,
5ºA
Durante o mês de Outubro, realizouse a Palestra sobre “Alimentação Saudável”, dirigida aos alunos do 6º ano
e organizada pela empresa SENHA,
empresa responsável pela cantina do
Colégio. A palestra foi presidida pela
Dr.ª Inês Martins, dietista e pelo Dr. Júlio Soares, nutricionista.
Esta parceria surgiu no âmbito da
disciplina de Ciências da Natureza e
pretende assinalar o dia Mundial da
Alimentação (dia 16 de Outubro), chamando a atenção dos alunos para a
importância dos seus hábitos alimentares, reforçando, assim, conhecimentos e competências adquiridos na disciplina.
A parceria entre o Departamento
de Ciências Experimentais e a empresa
SENHA sai assim reforçada, após a boa
adesão dos alunos a esta actividade.
Cidália Cristovão e Luísa Alves, Profs.
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Notícias
do 3.º Ciclo
Benvindos a um novo
ano lectivo
O dia do acolhimento decorreu no parque
da Serafina, no dia 13 de Setembro de 2010,
com os alunos e professores do 7º ano.
Foi importante para os alunos se conhecerem e ganharem
confiança entre si, não só pelo convívio, mas também pelos
jogos didácticos que realizaram.
Criaram novos laços de amizade e fortaleceram os antigos. Foi muito divertido almoçar com os amigos e comentar
as aventuras vividas durante as férias. Todos realizaram jogos
que requeriam a interacção do grupo e trabalho de equipa.
O jogo de que mais gostaram foi um em que tiveram de
fazer um percurso com o tornozelo atado ao do colega.
Acharam o dia bastante divertido e bem aproveitado.
Lançar Pontes...
para o futuro
Nascemos como uma folha em branco
na qual a história das nossas vidas é
rascunhada e escrita. Grande parte das
nossas folhas é ocupada por todo o tempo
que passámos aqui na escola. Aqui vivemos
etapas essenciais da vida e do crescimento.
Nesta escola crescemos, ganhámos asas
e valores humanos, alargámos os nossos
horizontes.
Não só o colégio, mas também os amigos que aqui encontrámos ficarão gravados na nossa memória. Quando sairmos
vamos ter saudades dos momentos divertidos passados com
todos: colegas, professores e vigilantes. Vamos ter saudades
do ambiente alegre nas aulas, nos intervalos e durante ou-
16 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
tras actividades. Cada segundo que passamos aqui torna-nos
pessoas melhores. Não aprendemos apenas as “matérias escolares”, mas também o valor da união, do amor, da solidariedade e da esperança. Agora, queremos criar os nossos planos
da melhor forma e segui-los com serenidade, responsabilidade, certeza e consciência.
O futuro é abrir um caminho para um novo mundo, ultrapassar obstáculos e enfrentar novos desafios. As decisões que
tomarmos este ano poderão abrir as portas para a nossa felicidade. Ao longo da vida encontraremos problemas e teremos
que decidir o que vamos fazer, lançando pontes para os ultrapassar e continuar em frente. É com a
ajuda dos colegas,amigos, família e professores que lançamos as nossas pontes.
Nós somos os construtores do nosso próprio futuro, lançamos as pontes
para o amanhã, construindo o presente.
Apercebemo-nos que o tempo da infância já passou e que duras decisões se
aproximam à velocidade de uma locomotiva. Às vezes tudo parece um pouco
assustador.
Ao longo destes anos, já lançámos
muitas pontes: umas que já foram ultrapassadas e outras que ainda estão para
caminhar...
Texto colectivo Turma 9ºC
Notícias
do Secundário
Viagem Finalistas
2010/2011
No dia 12 de Setembro os alunos do 12º ano
começaram a sua viagem de Finalistas, em
que passariam por três cidades do Norte da
Europa: Helsínquia, Tallinn e Estocolmo...
Malas feitas e de espírito aberto para as
novas experiências que estas três cidades
(em três países diferentes) nos poderiam
trazer.
Depois de uma viagem de avião que durou mais de quatro
horas, aterrámos na madrugada de dia 13 no aeroporto
de Vantaa, perto capital finlandesa (Helsínquia), onde nos
esperava um autocarro que nos levaria até à capital. Nesta
viagem de autocarro, o nosso guia introduziu-nos na história, costumes e tradições finlandesas. Ao mesmo tempo
que o dia amanhecia, íamos conhecendo Helsínquia: os seus
jardins, os seus monumentos, as suas praças, as ruas.... Ainda tivemos tempo para conhecer Helsínquia pelos nossos
próprios pés, pois durante a pausa da manhã e a do almoço
conseguimos visitar alguns dos locais que nos tinham despertado interesse durante a visita de autocarro. Ao final da
tarde apanhámos o barco que nos levou até Tallinn.
Chegámos à capital da Estónia já a tarde ia adiantada,
pelo que tivemos apenas tempo para pôr as malas no hotel e descobrir um restaurante onde jantar. No dia seguinte, com a manhã livre, partimos à descoberta da cidade
de Tallinn; pelas ruas e ruelas, encontrámos um casario de
bonita arquitectura, igrejas e conventos antigos, retalhos
da muralha da cidade antiga e tantos outros monumentos,
como a mais antiga farmácia da Europa. Nessa tarde fomos
visitar, acompanhados pelo nosso guia local, o Museu ao Ar
Livre da Estónia (um parque onde existe um conjunto de
casas cuja construção remonta há 150 anos atrás) e parte
da cidade medieval de Tallinn (onde passeámos pelas ruas,
visitando um miradouro e uma igreja ortodoxa). No dia 15,
quarta-feira, apesar da chuva que caiu, continuámos a descobrir Tallinn, não só a Tallinn das igrejas e conventos, mas
também a Tallinn dos museus (um aterrorizador Museu da
Tortura e um interessante Museu da Cidade) e claro, a Tallin
das lojas de recordações.
Na manhã de dia 16 de Setembro ainda se fizeram as últimas visitas em Tallinn, pois à tarde apanharíamos o barco
que nos levaria até Estocolmo. Assim, à tarde dirigimos para
o cais de embarque com as nossas malas para embarcarmos
na nossa noite de cruzeiro. Nesta noite, houve tempo para
tudo, desde percorrer os vários andares do barco, até ao karaoke e à discoteca, onde muitos se divertiram.
Na sexta-feira chegámos então à última cidade a visitar:
Estocolmo, capital da Suécia. Quando desembarcámos, tínhamos um autocarro à nossa espera, que nos guiou (juntamente com o nosso guia) por esta cidade nórdica. Neste dia
visitámos também o Museu Vasa, um museu especialmente
desenhado para acolher o único barco ainda existente do
século XVII; descobrimos também que os nossos amigos
suecos têm espelhos retrovisores nas suas janelas, para verem a partir de casa o que se passa na rua....
No dia seguinte, durante a manhã, fomos visitar o Museu
Skansen, um lindíssimo e interessantíssimo parque com animais nórdicos (alces, renas, ursos, lobos,...) e onde também
havia casas típicas da Suécia. Infelizmente, na parte da tarde,
choveu muito, o que nos limitou as opções de descoberta
da cidade.
E assim aproximava-se do fim a nossa viagem.... Na manhã do regresso ainda nos foi possível vaguear por algumas
das ruas da bela cidade em que nos encontrávamos, em jeito de despedida. Pela hora do almoço, dirigimo-nos para o
aeroporto de Arlanda, onde apanhámos o avião com destino a Lisboa. À tardinha, e depois de mais quatro de voo, chegámos à nossa querida capital, felizes mas já com saudades
das fantásticas paisagens que deixávamos para trás.
E com esta viagem, todos nós aproveitámos uma grande
oportunidade para conhecer novos países e outras culturas
e (claro) aproveitámos para nos divertir. Vamos esperar que
esta experiência nos fique na memória e nos traga alento
para conseguirmos atingir os nossos objectivos.
Maria Francisca Silva 12º A
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010 | 17
Notícias
do Secundário
Rankings do Ensino
Secundário
Finalistas
Entrega dos diplomas
No dia 15 de Outubro de 1941, iniciava-se a vida do Colégio do Sagrado coração de Maria, vida que gerou vida, vida
que ao longo destes 69 anos possibilitou a concretização do
sonho do Padre Gailhac que em S.
João escolheu por lema, “ Eu vim
para que todos tenham vida e vida
em abundância”.
No momento em que foram
entregues os diplomas aos aos
finalistas 2009/2010 , fez sentido
dizer:
Que a etapa da vossa vida que
agora começa seja um procura inconformada de novos caminhos, de
novas descobertas, de novas aventuras. Que o sagrado vos tenha ajudado na aquisição dos alicerces que
possibilite a cada um de vós a mais
bela construção. A vossa.
Nos se deixem levar por modas,
não se acomodem, ajudem a construir um mundo melhor.
• Perante os pessimismos que
cada um de vós viva no dinamismo
da esperança.
• Perante os refúgios no individualismo que cada um de vós viva no
dinamismo do empenhamento responsável pelo bem comum.
• Perante os atentados à dignidade humana que cada um
de vós viva no dinamismo da promoção dos direitos dos homens e das mulheres.
• Perante a cultura da morte que cada um de vós viva no
dinamismo da cultura da vida.
• Perante os egoísmos e injustiças que cada um de vós viva
no dinamismo da solidariedade e da Paz.
Vivam a 100% o vosso superior, mas não esqueçam, vida
gera vida, alegria gera alegria, paz gera paz. Sejam felizes.
Paulo Campino, Coordenador do Ensino Secundário
Neste Colégio vi a minha filha e os seus colegas e amigos crescerem com estes grandes objectivos: por um lado
o saber académico e científico e, por outro lado, o saber
alicerçado no Evangelho, o saber que promove as relações
fraternas, de justiça, verdade, paz e amor. No estudo, a exigência de consolidar permanentemente os conhecimentos
adquiridos, com persistência, método, trabalho e sabendo
que se tem de ir sempre mais além. Nos temas do ano, fo-
18 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
Quando chegavam os sinais de Outono, as
folhas iam caindo, apareciam as primeiras
chuvas, as aulas adquiriam o seu ritmo, eis
que, pela comunicação social, nos surgiam
os resultados obtidos pelos alunos nos
exames realizados no ensino secundário.
E raiavam na semana em que o colégio
celebrava mais um aniversário.
ram paulatinamente levados a estes jovens os valores cristãos. Falou-se, por exemplo, nos últimos anos, em “Viver a
100%: respostas novas no coração do mundo”; “Tempo de
Ser: Identidade e Diversidade”; “Pegadas de Esperança”. Com
estes valores, os alunos irão, certamente, percorrer a sua
vida, levando aos outros uma presença da verdadeira Alegria e da Esperança que tanto necessitamos.
Fátima Fontes, Mãe de Ana Rita Costa
O colégio incutiu-nos valores muito importantes que nos
transformou em pessoas melhores, sempre nos habituou a
pensar também nos outros em vez de pensarmos só em nós
mesmos, fez com que lidássemos com “mundos” diferentes
do nosso, e tentou fazer de nós pessoas mais solidárias.
Mafalda Melo
Foi com alegria que recebemos estes resultados - um belo
presente de aniversário. Vários órgãos de comunicação social efectuaram os seus “rankings”, cada um de seu modo e a
partir de critérios de elaboração diferenciados, mas TODOS
nos posicionam como a escola que obteve os melhores resultados na cidade de Lisboa e, numa escala nacional, o terceiro lugar no Público, no Expresso e no Correio da Manhã.
Numa análise mais pormenorizada dos nossos resultados, pudemos constatar que a diferença dos resultados
dos nossos alunos nos exames nacionais e na classificação
de frequência é de cerca de um valor o que manifesta claramente a não inflação de notas. Outro aspecto digno de
registo é a nossa classificação de cada disciplina e a classificação nacional. Em todas as disciplinas a classificação dos
nossos alunos é consideravelmente superior à média nacional, destacando-se nessa percentagem de aumento as disciplinas de: Geometria Descritiva (78%), Física e Química_A
(57%), Matemática_A (44%) e Matemática Aplicada às Ciências Sociais (31%). No caso da disciplina de Matemática_A,
os nossos alunos obtiveram resultados em exame superiores à classificação de frequência, tendo sido a escola com o
melhor resultado a nível nacional.
Este análise vale o que vale. Não pode ser considerada o
único parâmetro para a avaliação da escola e para o aferir da
sua qualidade, no entanto, não deve deixar de ser um ponto
de referência a considerar na definição e execução do seu
Projecto Educativo. Podemos, por isso, afirmar que o nosso
colégio tem vindo a “acertar “ nas opções que toma, e nas
metodologias e estratégias potenciadoras de sucesso, assumindo claramente a nossa opção por preparar os alunos
para o ingresso no ensino superior, não esquecendo a sua
formação humana e cristã.
Felicitamos os nossos alunos, os seus encarregados de
educação, os nossos professores e todos os colaboradores
do Colégio, pelos resultados alcançados que são um estímulo para continuar a trabalhar e fazer sempre melhor. Felicitamos também as Irmãs do Sagrado Coração de Maria pelo
seu empenho, entusiasmo e dedicação à missão da educação, para que todos tenham vida.
Sempre afirmámos que o nosso grande ranking é o acesso ao ensino superior, pelo que é, com alegria, que verificamos que 96% dos nossos alunos concluiu o 12º ano e 99%
dos alunos que concluíram o ano foram colocados no Ensino Superior.
Paulo Campino, Coordenador do Ensino Secundário
Curso
Nº de Alunos
ENGENHARIA
24
MEDICINA
9
GESTÃO
6
DIREITO
4
FARMÁCIA
4
PSICOLOGIA
3
GESTÃO da INFORMAÇÃO
1
JORNALISMO
2
ARQUITECTURA
4
ARQ. PAISAGISTA
1
ECONOMIA
1
SIST. T. INFORMAÇÃO
1
HISTÓRIA
1
NUTRIÇÃO
1
GESTÃO HOTELEIRA
1
QUÍMICA 1
ENFERMAGEM
3
VETERINÁRIA
1
BIOLOGIA
2
FINANÇAS
2
MEDICINA DENTÁRIA 1
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A nossa gente
Jornadas Pedagógicas
2010
Construir identidade
no mundo global
– O Ideário RSCM
É caso para dizer. “Vocês sabem lá” o
orgulho de ouvir dos nossos alunos que os
valores que aqui cresceram continuam a
dar frutos e a gerar vida em abundância.
Quando “sai para as bancas” o 25º número
das OLHARES, podemos perguntar-nos
sobre o futuro... ousamos o testemunho
da Carolina Coelho, antiga aluna e
mantenhamos o olhar de esperança.
O meu desejo de fazer voluntariado missionário começou
muito antes de conhecer o Projecto SABI. Depois de três
anos ligada ao ConVida (“antigo” Centro Jean Gailhac) apaixonei-me pelo trabalho voluntário, pelo contacto com as
diversas instituições, pelo prazer dos momentos em grupo,
pela capacidade de criar tanto a partir de tão pouco. Começou aqui a consciencialização e abertura para a realidade
dura e complexa em que tantas pessoas vivem no nosso
país e no mundo.
Já depois de ter deixado o Colégio e de ter entrado na
aventura do meio universitário, no início do segundo ano
tive conhecimento do Projecto SABI – Projecto Missionário
em São Tomé e Príncipe. Não deixei aquela oportunidade
escapar-me! Agarrei-me ao projecto e ao grupo desde a
primeira reunião até agora (porque continuo ligada a ele).
Não quis esperar nem mais um ano… arrisquei e nada perdi.
Aliás, ganhei uma extraordinária caminhada, desde Janeiro
até Julho, tão enriquecedora quanto a missão lá fora, onde
trabalhámos com instituições como a Casa do Gaiato e a
Pomba da Paz. Mas chegado o mês de Agosto, eu e mais
sete jovens estávamos preparados para viajar até São Tomé,
e viver a maior das aventuras solidárias.
Começar a descrever ou condensar em poucas palavras
um mês de missão é uma tarefa bem difícil, porque são demasiadas as histórias e momentos para contar… Primeiro
que tudo, o nosso projecto tinha três grandes objectivos a
desenvolver com a população são-tomense: acção educativa, social e pastoral. Eu trabalhei em conjunto com outros
três jovens numa roça chamada Água-Izé, perto da localidade de Santana (onde ficamos todos alojados). Aqui demos
apoio escolar às crianças e jovens. Durante a manhã realizámos variadas actividades para os mais pequenos (até anos
11 anos), como desenhos, pinturas, colagens, dobragens,
construção de instrumentos musicais com matérias usados, entre outras. Nestas e também nos jogos ou canções
que ensinámos, tentámos incutir sempre uma mensagem
de consciencialização para várias problemáticas como a recolha do lixo, cuidados de higiene básicos, importância do
T.P.C., etc. Todas as crianças mostravam enorme alegria em
todas as actividades que fazíamos com elas, muitas vezes
chegávamos à roça e já estavam mais de 30 crianças à nossa
espera. Durante a tarde fiquei com os jovens mais velhos,
2 0 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
A reformulação e actualização dos Ideários surgiu como
resposta aos sinais e desafios da sociedade e da Igreja universal nos últimos anos, às recomendações dos últimos Capítulos, aos apelos que algumas obras fizeram. O resultado
foi a construção de um Ideário Comum às diversas presenças – Colégios SCM, Presença Social, Lares Universitários,
Pastoral Paroquial. Este convida-nos a expressar a nossa
identidade específica assumindo, então, os seguinte eixos
estruturantes:
a partir do 8º ano, em que dei explicações de português e
inglês. Apesar das muitas dificuldades e do nível extremamente básico de educação que recebem, todos tinham
uma vontade de aprender desmedida. Pediam-me para
passar contas no quadro para resolverem sozinhos, ou para
escrever um número e eles dizerem em inglês, ou para trazer “livro di histórria” no dia seguinte, para lerem durante a
manhã. Muitas vezes quando estava a fazer pinturas com os
pequeninos, tinha miúdos de 5º e 6º ano a ler ao meu lado.
É muito especial quando, por exemplo, perguntamos a uma
turma: “Qual é a coisa qual é ela, cai no chão fica amarela?”,
e um miúdo chamado Tonito (10 anos) responde-me com
toda certeza: “É um pacoti di matêga!”.
Podia escrever páginas e páginas a contar momentos tão
felizes que passei em Água-Izé, porque os dias eram ricos,
cheios de tudo. Mas também lidámos com uma realidade
muito pobre e carenciada que era diária, constante. Viver
quatro semanas no seio da população, conhecer cada pessoa,
o seu nome, a sua casa, as suas famílias, as histórias que têm
para contar. Isto é, conhecer a verdadeira realidade, não aquela que aparece nos jornais ou documentários ou em estatísticas que ouvimos todos os dias. Mas o que custa mais é vir
embora e não saber quando vamos voltar, é dizer adeus e as
pessoas da roça pedirem-nos para nunca as esquecermos…
Voltei ainda mais apaixonada pelo voluntariado e por
África também. Tenho muitas saudades de tudo e de todos os que conheci, a verdade é que penso em São Tomé
todos os dias. Se quero voltar a fazer missão? Sim, já, amanhã, para o ano, assim que voltar a ter oportunidade, mas
rápido! Cresci muito com esta experiência, mas aprendi que
o principal desafio é manter o espírito missionário todos os
dias, em tudo aquilo que fizer, com aqueles que estiverem à
minha volta.
Carolina Coelho ou Calorina
(como me chamavam em Água Izé)
A centralidade na Pessoa de Jesus
Cristo e Missão evangelizadora
A formação integral da Pessoa
Educação para a Justiça
Integração ética no mundo global
Espírito de Comunhão
Exigência de Qualidade
Foi com espírito de descoberta e partilha, em torno do ideário, que especialistas do domínio da educação, política e religião nos ajudaram a reflectir sobre cada um dos domínios
que nos foram apresentados.
“Quanto mais uma pessoa ou instituição for clara, autêntica e
consistente na sua própria identidade, valores e ideais que a
constituem, maior a liberdade para respeitar, se abrir e entrar
em caminhos de diálogo – capaz de se dispor a caminhar com
outros diferentes de si numa busca humilde da verdade, e fazêlo positivamente e em fidelidade, isto é, sem se diluir, sem se negar, sem se sentir ameaçado, numa procura não só de caminhos,
mas sobretudo de uma cultura de pontes capaz de fazer surgir
uma nova definição de comunidade humana.”
Ir. Mª Teresa Nogueira, Superiora provincial das RSCM
“Na hora actual, como vimos, a sociedade e a Igreja chamamnos, não tanto a realçar a diversidade dos serviços que oferecemos, mas sobretudo a reavivar, a tornar clara e explícita a
identidade do corpo que somos nessa diversidade – o rosto
de fé e a identidade carismática. Neste Ideário único, comum,
explicitamos o que nos é específico como Instituto, os princípios orientadores e as opções claras que decorrendo da nossa identidade, nos inspiram, orientam, diferenciam na nossa
acção e serviço, no nosso modo de ser e estar, na finalidade
para onde apontamos, nas prioridades que agarramos - qualquer que seja a obra ou presença”
Ir. Mª Teresa Nogueira
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010 | 21
A8 ou Há 8 dias em que
vale a pena Arriscar
Em pleno Verão, quando o calor
apertava e muito, uns quantos jovens e
irmãs atravessaram meio país para se
encontrarem em terras de Lamego e ali
darem início a uma experiência que lhes
havia de marcar os dias e o coração.
Certos que era por Jesus Cristo que ali se encontravam, cedo
perceberam que era com cada um dos irmãos que a experiência havia de fazer sentido. Inserido no Movimento Juvenil
do Coração de Maria (Jovens ComTigo) o A8, que constou
de três dias de caminhada, dois de retiro e três de serviço,
transformou-se num A9, A10 ou por aí fora porque passou a
barreira dos dias e encontrou raiz no coração.
Da Sra. dos Remédios à Sra. Da Lapa, tivemos Deus e o
tempo por nossa conta. Quilómetro a quilómetro os nossos
pés foram-se cansando e o nosso coração se abrindo. Sentimo-nos acompanhados por todos quantos nos acolheram.
Subindo colinas e descendo vales, e apesar do cansaço físico, fomos avançando com a audácia que vem de Cristo até
avistar aquele santuário no cimo do monte. Entre cânticos
e agitação, apreendemos a presença de Deus no nosso coração.
Após o alvoroço, era agora o tempo de intensificar a nossa Aliança com Aquele que é o motor dos nosso passos. Por
isso, arriscámos e fomos mais além nos dois dias de retiro
em Viseu. Aí, deixámo-nos tocar pelo amor de Deus e amadurecemos interiormente.
Como grupo alegremente unificado, percebemos que
faltava expressar a nossa fé. Assim, assumimos o compromisso de ver a alegria de Deus nos rostos das crianças do
CAT de Portalegre. Apoiados pela fé, espírito e zelo do Sagrado Coração de Maria, compreendemos que amar não é
mais do que servir.
Somos agora reenviados a promover a vida a todos. Deixámos esta actividade com um sorriso, aquele de quem tem
a certeza de saber que a A8 é a mais cristã das auto-estradas.
Guilherme e Joana – Lisboa
Patricia, Rui e Diana – Braga
Helena - Seixal
2 2 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010
Os nossos escritos
As artes complementam-se e andam de
mãos dadas. Baseado numa conhecida
obra de arte do mais famoso mestre do
surrealismo, o aluno Henrique Ferreira
compôs o seguinte caligrama.
O tempo tudo destrói, tudo estraga e tudo decompõe. O tempo
tudo amolece. O tempo não preserva, apenas envelhece com
as suas garras imperdoáveis. O tempo passa, passa, o tempo
passa, passa, o tempo, o tempo, passa, passa, passa...
Henrique Ferreira, 8ºB
Salvador Dali, A Persistência da Memória
Caligrama:Texto escrito cuja forma pretende representar visualmente o conteúdo ou, pelo menos, ter com ele alguma
relação analógica. O objectivo artístico pode ser conseguido, seja através do arranjo dos próprios caracteres manuscritos ou tipográficos, seja através da organização do espaço.
O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 010 | 2 3
Brevemente
Escrever CSCM.
O Colégio do Sagrado Coração de Maria leva
a efeito, a partir de dia 01/10/2010, um Concurso de Escrita que denominou
de ESCREVER CSCM. Este Concurso de Escrita é dirigido a toda a comunidade
educativa. Para participar, os concorrentes terão de apresentar um texto,
subordinado ao tema do ano lectivo 2010/2011, Lançar Pontes, respeitando
as condições do presente regulamento. Os formulários de inscrição estarão
disponíveis no sítio do CSCM, www.cscm-lx.pt Os concorrentes formalizam
a sua participação entregando, até ao dia 31/01/11, o texto a concurso e a
declaração preenchida pelo encarregado de educação (no caso de alunos).
Devem entregar o texto na recepção do colégio, a/c da Coordenadora do Departamento de Língua
Portuguesa, Dr.ª Ana Cristina Soares, ou fazê-lo via correio electrónico para [email protected]. A
inscrição só é considerada válida se for enviada, juntamente com o trabalho a concurso, a declaração
preenchida pelo encarregado de educação (no caso de alunos). Os trabalhos deverão ser apresentados
em formato A4, com o limite máximo de uma página. O concorrente assume perante o CSCM que o
trabalho apresentado a concurso é original e novo, e que é uma criação ou reinterpretação sua. A todo
o momento, se aguarda a “chegada” de novos textos.
Salas enfeitadas. Realizou-se, mais uma vez, o Concurso de
Decoração de Salas do 2º ciclo para comemorar o Halloween, data importante
na cultura anglo-americaba. A actividade decorreu na semana de 27 a 29 de
Novembro. Todas as turmas se empenharam bastante e participaram com
vontade. O 1º lugar foi obtido pela turma do 5ºB, o 2º lugar pelo 5º C e o 3º
lugar pelo 5º E.
Parabéns a todos os participantes pela motivação e criatividade
demonstradas. No final do período, decorreu também a Actividade Natal de...
coração. Desta vez foram as turmas do 3º ciclo ciclo que decoraram as salas com
elementos festivos e informação de cariz cultural referente à quadra natalícia.
Diferentes tradições religiosas, gastronómicas e festivas se vivem no Reino Unido, França e Espanha e
foram estas tradições que estiveram presentes nas nossas salas. Paula Ferreira, prof.
Programa Faça-se Justiça.
E se alguém o chamar
para julgar um caso de Violência no Namoro? Existem opiniões contraditórias,
alegadas provas, faz-se uma queixa, abre-se um inquérito, pronuncia-se o
Ministério Público, é constituído um arguido. Haverá crime? Afinal de que
falamos? De um programa de educação cívica para a Justiça e para o Direito,
com uma vertente prática acentuada e que valoriza o espírito critico e também o
papel que as leis têm nas sociedades democráticas; a importância da construção
de consensos no âmbito da deliberação, da negociação, do compromisso e
da resolução de conflitos. 81 escolas vão a tribunal! No final, estaremos numa
verdadeira sala de audiências e o juíz decidirá! Durante o 2º período deste ano
lectivo, os alunos da turma C, do 12º ano irão trabalhar este caso concreto no âmbito desta proposta
do Forum Estudante, conjuntamente com as disciplinas de: Direito, Sociologia, Área de projecto e
Educação Cívica. Eles terão acesso a todo o apoio processual concedido pela Abreu Advogados. E no
início do 3º período, o Colégio do Sagrado Coração de Maria irá chamar estes alunos para que se Faça
Justiça! Olívia Afonso e Catarina Silva
The International Year of Youth. The United Nations (UN) has declared
that from August 2010 to August 2011 it is going to be the International Year of Youth. This year, with
the slogan “Our Year, Our Voice”, is dedicated to the active participation that young people need to have
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in our global world, Under the theme Dialogue and Mutual Understanding, the Year aims to
encourage dialogue and understanding across generations and promote the ideals of peace,
respect for human rights and freedoms, and solidarity.
Youth organizations and Governments are encouraged to organize activities that promote an
increased understanding of the importance and benefits of youth participation in all aspects of
society, as well as those that support youth to devote their energy, enthusiasm and creativity
to development and the promotion of mutual understanding. It encourages young people to
dedicate themselves to fostering progress, including the attainment of the UN Millennium
Development Goals (MDGs), which seek to slash a host of social ills, ranging from extreme
poverty and hunger to maternal and infant mortality to lack of access to education and health
care, all by 2015. Another important goal of this Year is to connect and build Bridges, to increase intercultural understanding among youth and to make youth agents of social inclusion
and peace. It is important that every youngster realizes that their help is necessary to make this
year beneficial and everything they do will make the difference to make our World a more united place,
a different place, a better place. For the first time, adults are going to listen to young people’s voice, so
don’t be afraid to use it! Please visit http://social.un.org/youthyear/ for more information. Patricia Pitta
Ferreira, 11ºA
Matemática ainda + divertida.
É sempre ao fim de um dia de aulas, os
manuais ficam à porta, entram meninas e meninos e dá-se início a uma viagem
diferente pelo mundo da Matemática. Jogos, problemas, leituras, construções
e muito mais são pontos de paragem obrigatória quando o que se pretende é
estimular a capacidade de raciocínio e o pensamento lógico.
Como quem lê um bom livro ou vê um filme sem se questionar: “para que serve?”
queremos ver na Matemática mais do que a sua utilidade e necessidade de a
estudar, queremos tirar prazer de nela trabalhar sem pensar em objectivos finais.
De vez em quando esta viagem leva-nos à Universidade. Na FCT (Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa) com mais meninos, pais
e professores a aventura continua. Em cada sessão para além de actividades
que aliam raciocínio e divertimento na dose certa, espera-nos a descoberta (e construção) de um jogo
Matemático vindo de um país longínquo!
CSCM no II Encontro Internacional do Português.
Na sequência de uma acção de formação realizada pelos professores titulares e professores de Língua
Portuguesa, e da qualidade dos trabalhos nela apresentados, o CSCM foi convidado a participar no II
Encontro Internacional do Português na Escola Superior de Educação de Santarém. Em representação
do colégio, um grupo de professoras do departamento participou com uma comunicação no referido
encontro onde foram debatidos os novos desafios no ensino do Português.
Conferências do Secundário.
A Drª Helena Lajes, mestre em Tabagismo,
esteve no nosso Colégio no mês de Outubro e Novembro para conversar com cada uma das turmas do
10º e 11º ano, acerca do consumo do tabaco e das consequências que este pode ter para a saúde. Para
alguns alunos, foi oportuno tomar contacto com uma técnica nesta área, e saber das limitações que
a nossa saúde futura pode ter, como consequência das experiências que agora se iniciam com 15 ou
16 anos. Para outros alunos, foi um momento de reflectir sobre um assunto que ainda não se coloca.
Contudo, fornecer informação adequada, para mais tarde ter condições de fazer uma escolha acertada,
é fundamental na tarefa de educar. Dora Lopes, prof.
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Galardoados com
a Bandeira Verde
2010
No passado dia 24 de
Setembro, fomos à cerimónia
de entrega do Galardão
Bandeira Verde 2010, que
se realizou em Ourém. Os
Eco-Delegados que nos
acompanharam foram o Pedro
Pereira, Beatriz Borges, Sofia
Pascoal e Constança Cardoso.
A viagem, as actividades dirigidas aos
alunos e a participação em tudo o que se
realizou ao longo do ano lectivo reafirmaram a vontade destes Eco-Delegados de
continuarem as suas funções. A espera
foi longa, mas finalmente chegou a nos-
O trabalho deste ano lectivo já está a
decorrer, com varias actividades:
- Formação de docentes sobre «Reciclagem e boas práticas»;
- Exposição subordinada ao tema do
dia do Animal;
- Entrega e divulgação do Eco-Código
a todas as turmas do Colégio;
- Resposta aos inquéritos para Auditoria Ambiental;
- Participação na iniciativa «Este ano
o Natal é Amarelo», com a preparação
e recolha de embalagens Tetra-pack decoradas preferencialmente de amarelo,
com a finalidade de edificar uma Árvore
de Natal de todo o Colégio;
- Reuniões de Eco-delegados.
- Distribuição de mais Ecopontos…
Há tanto para fazer…
Obrigada a todos os que têm estado
envolvidos nestas actividades planeadas.
Queremos continuar a cuidar do ambiente, que é de todos.Contamos convosco...
Elisabete Santos e Luísa Alves, profs./Coordenadoras
projecto do Eco- Escolas
Antes de reciclar,
reutilize os manuais
escolares
O que fazemos aos manuais escolares do ano
anterior? Arrumamo-los numa prateleira,
onde ficam a acumular pó, ou existirá uma
forma de os reutilizar?
sa Bandeira!! Linda, verde, grande e merecida… Estamos de
parabéns!
No dia 15 de Outubro, aniversário do nosso Colégio, foi
hasteada, com uma cerimónia dirigida toda a Comunidade
Educativa, sendo que os novos Eco-Delegados estiveram à
frente, de T-shirt verde, cheios de vontade de colaborar com
o Projecto Eco-Escolas.
Este projecto desenvolveu-se com o objectivo de melhorar a qualidade de vida no nosso Colégio e no nosso meio,
bem como sensibilizar toda a comunidade educativa para
a necessidade de preservar o meio ambiente e que todos
temos um contributo a dar.
O Galardão reflecte o reconhecimento do bom trabalho
desenvolvido ao longo do ano lectivo anterior, em particular
com os alunos do 2º ciclo. Esta Bandeira será a ponte para
o trabalho a desenvolver este ano com todos os alunos do
nosso Colégio.
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familiares e amigos, movendo-se num círculo restrito. Que
tal alargarmos esse pequeno grupo? Se colocarmos os livros
que já não necessitamos nos Livrões (recipientes próprios
para este fim), estes serão encaminhados para escolas que
procedem à sua distribuição pelos alunos mais carenciados
ou, no caso de já não estarem em vigor no nosso país, enviam-nos para instituições em PALOPs.
Outro sistema pode ainda ser dinamizado na escola: a
recolha de manuais escolares usados no final de cada ano
lectivo. Após a selecção dos livros que cumpram as normas
de boa conservação (intactos, sem estarem escritos), podem
surgir várias soluções:
- a entrega dos manuais a instituições que deles precisem
(como o Centro Jean Gailhac, por exemplo), actuando como
os Livrões, mas sendo a entrega mais direccionada, com conhecimento preciso do destino dos livros;
- a criação de uma feira de manuais usados, em que os
alunos e os seus pais podem trocar ou vender, a preços simbólicos, os livros que quiserem.
Esta última pode ser uma acção não só lúdica e divertida
para os jovens, funcionando como vendedores e / ou compradores, ainda que a baixos valores monetários, mas também educativa, ao gerirem as suas bancas, promovendo os
seus livros e lidando com dinheiro.
Seja para dar a quem nada tem, seja para ajudar os pais
a pouparem um pouco, seja mesmo para ganhar alguns euros para o seu próprio bolso, estas são também iniciativas
ecológicas, dado que promovem a reutilização dos livros
escolares antes da sua reciclagem, evitando o abate desnecessário de árvores e o desperdício de papel.
Faria sentido pôr em prática estas ideias no nosso Colégio? Naturalmente que sim, já que a ajuda ao próximo, a solidariedade, a partilha, são valores vividos e promovidos no
seu ideário, juntamente com a valorização da educação e da
formação integral do indivíduo.
Luísa Policarpo, prof.
Ser Delegado
da Pastoral é…
Numa visão mais pessoal, vejo a
pastoral como um espaço de troca e
partilha de experiências, de vivências
na fé e em comunidade, olhando
respeitando e ajudando o próximo,
tendo por base o Evangelho.
Simples gestos serão valorizados, aproveitados para
reflectir e partilhar, para nos encontrarmos connosco
e com Deus, para orar.
Aqui poderei dar o meu testemunho, das orações
diárias, que para mim, mais do que um momento de
encontro e reflexão, de partilha e agradecimento,
são a melhor forma de iniciar mais um dia, mais uma
semana, mais um ano de trabalho e aprendizagem,
mais um motivo para darmos graças e continuidade
ao dom que nos é dado a cada dia, a vida.
Os projectos, as reflexões e as partilhas da pastoral serão uma forma de enriquecimento pessoal e da
turma, entrando aí o trabalho dos delegados da pastoral, cargo este que me foi entregue pela primeira
vez e que eu espero que corresponda às minhas e às
expectativas daqueles que me vão rodear neste novo
universo, o da pastoral.
Espero assim conseguir aprofundar e aplicar o
tema do ano, construindo pontes.
Marta Fernandes,10º C
Quando existem irmãos, primos ou amigos mais novos, podemos passar-lhes os manuais, para que os aproveitem. Para
além do factor económico, em que os pais podem poupar
dinheiro, os filhos também ficam a ganhar. “Ganhar um livro
usado, todo sublinhado, com os exercícios já feitos?”, perguntariam os mais jovens, desanimados. Não propriamente. Qualquer criança ou jovem que seja educado aprende
desde cedo, a estimar os seus manuais, sem escrever neles,
aprende uma lição valiosa: a de que os livros devem ser manuseados com carinho e tratados com respeito, sendo fundamentais à vida de estudante e podendo ser igualmente
úteis a outros que deles necessitem. De facto, em algumas
escolas os manuais são passados das mãos de um aluno
para as de outro, responsabilizando-se cada um pelo bom
estado de conservação dos livros e devolvendo-os à escola,
findo o ano lectivo.
Os manuais escolares podem, pois, ser reutilizados pelos
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Encontro Nacional da
Família Alargada
Construir Pontes
para além de todas as
fronteiras
Para os membros da Família Alargada das
Religiosas do Sagrado Coração de Maria,
o mês do Novembro é sempre especial:
marca a reunião de “familiares” de vários
pontos do país, de várias idades, de vários
contextos pessoais e profissionais mas
movidos por uma mesma missão – dar a vida
a todos.
Foi, portanto, cheios deste espírito vivificador que nos
encontrámos todos nos dias 13 e 14, assinalando assim
mais um aniversário de nascimento do Padre Gailhac. Este
ano perspectivámos a promoção da vida em função das
pontes que nos compete estabelecer “para além de todas
as fronteiras”.
Reflectimos acerca deste tópico por intermédio do
encontro que é, na verdade, o único mecanismo válido
para alicerçar pontes sólidas: o encontro com os outros e,
sobretudo, o encontro com o Outro. Entre conferências
(referentes à construção de pontes numa óptica das
relações interpessoais e à luz do Cristianismo), orações e
momentos de convívio fomos percebendo a necessidade
de nos descentrarmos de nós mesmos a fim de estarmos
disponíveis para uma construção colectiva de pontes de
Esperança, de Solidariedade, de Fé. Estas pontes levamnos à aceitação da diferença (seja ela qual for) como
uma riqueza da Humanidade, impulsionando-nos para
um dinamismo de tolerância e de superação de todas as
barreiras.
Creio que o mais empolgante destes Encontros
Nacionais da FASCM é a certeza com que deles saímos: a de
que voltaremos no ano seguinte, animados pelo mesmo
carisma. E que, novamente, tudo fará sentido.
Guilherme Cerejeira Borges Pires
– Núcleo da FA – Lx.
Chá e venda de Natal
no Sagrado
Viveu-se, no dia 27 de Novembro, no nosso Colégio, um bom momento de partilha
entre todos os que vieram participar na Venda de Natal, aproveitando para conviver
e dando o seu contributo para o Centro Jean Gailhac. Numa tarde e noite muito
frias, já cheirava a Natal, principalmente do lado do refeitório, onde se podia beber
um chá quente e provar uma fatia de bolo. Foi o início da época natalícia, salpicada
pela vontade de ser solidário.
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Semana Verde
Mais uma vez decorreu, de 7 a 9 de Outubro, a Semana Verde. Oportunidade para partilhar experiências
diferentes de convívio e prática desportiva, experimentando-se modalidades menos comuns. Este ano,
os alunos envolvidos do 6º, 7º e 8º anos puderam
divertir-se através da realização de um Peddy Paper
e através de outras actividades como Escalada, Slide,
Paintball, Espeleologia e Jogos de Campo.
Olhares
Número 25 | Ano 9 | Propriedade: Colégio do Sagrado
Coração de Maria de Lisboa | Av. Manuel da Maia, nº
2, 1000 – 201 Lisboa | Tel. 21 8477575 | Fax. 21 8476435
| Direcção: Margarida Marrucho Mota Amador |
Coordenação: Catarina Carrilho e Luís Pedro de
Sousa | Apoio Gráfico: Fernando Coelho | Impressão:
CLIO, Artes gráficas | Tiragem: 1330 exemplares |
Distribuição: Gratuita à comunidade educativa
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