Colunas - Livraria Resposta

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Colunas - Livraria Resposta
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plano de Telefonia Fixa para falar com quem quiser e quando quiser,
podendo ligar à vontade para fixo e até de graça para celular.
É ter uma TV por Assinatura com HD em todos os pacotes,
o melhor da programação para a família inteira e recursos Smart,
como On Demand, Outra Chance e acesso às Redes Sociais
sem pagar mais por isso. É contar com o Atendimento que foi eleito
o Melhor do Brasil. Para a GVT, o futuro é inovar para levar
muito mais diversão e fazer a sua família se sentir sempre respeitada.
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Diretor Executivo: Ricardo Stival
Editora Chefe: Rhuana Ramos
Diretora Comercial: Stael Camargo
Colaboradores: Ana Carolina da Matta, Chayane Godoy, Diana Axelrud, Diego Ramos, Fernando Willadino,
Guilherme Delenski, Juliana Ribas, Kiko de Paula Soares, Letícia Mattos Mueller, Luca Barcik Glaser, Lucio
Ernlund, Luiz Felipe Petrochinski Taques, Maik Penner, Marcel Branco Veras, Marcelo Lefèvre, Melissa Manzoni,
Pedro Domingues, Pedro Kuchminski, Raphael Macek, Ricardo Almada, Rômulo Porthos, Victor Paulino.
*os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da revista.
Capa: Raphael Macek Projeto Gráfico e Diagramação: GRANADA . Design + Estratégia : granadadesign.com.br
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ANO 2 . EDIÇÃO 9 : NOVEMBRO / DEZEMBRO 2012
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA / 13.000 EXEMPLARES
REVISTA IMPRESSA EM PAPEL COUCHE FOSCO - certificado FSC®
A Editora Tallinn, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza
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Sabemos que o nosso leitor é muito exigente,
por isso precisamos da sua opinião!
POSSUI ALGUMA CRÍTICA, ELOGIO OU SUGESTÃO?
@sportyard
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“A variedade de esportes na revista
“Parabéns à Revista Sportyard
“Prezada Letícia [colunista de fisioterapia
a torna muito interessante. Uma
pela grandeza e dedicação de seus
da Sportyard]. Li seu artigo sobre o “glúteo
boa fonte de informações”
participantes! Sucesso”
médio” na Sportyard. Parabéns! Também sou
fisioterapeuta e é muito bom ler artigos de
qualidade e bem explicados. Sucesso!”
Renato Carvalho
Catarina Stival
Cristoph Enns
SUGIRA MATÉRIAS PARA A SPORTYARD:
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R E V I S T A S P O R T YA R D
EDITORIAL
12
FITNESS CLUB
da telinha do celular
14
TOP SPIN
US Open
Semana Guga
Copa Davis
18
20
24
CHEVALIER
Athina Onassis
GP Paraná
26
32
SUNSET BAY
nas ondas da Tedesco
34
9ª EDIÇÃO - NOVEMBRO / DEZEMBRO - 2012
BURNOUT
36
38
Schumacher: o segundo adeus
Barrichello: o início do veterano
GROUND & POUND
42
44
UFC 152: duelo de leões
UFC 153: será Anderson Silva o próximo ídolo?
BACKYARD
48
50
o Paddle invade o Brasil
entrevista: Mauricio Letzow
SPORT&ART
54
Luiz Melão
SOCIALYARD
66
GP “Paraná” de turfe
70
COLUNAS
esporte no cinema, golfe, hipismo, fisioterapia,
nutrição, squash, triathlon, medicina e psicologia
86
CALENDÁRIO
Editorial
FOTOS RAPHAEL MACEK
Quem gosta de cavalos, com certeza vai adorar esta edição da
Sportyard. Nos últimos meses de 2012, foram realizadas provas
importantíssimas tanto do hipismo quanto do turfe. O primeiro
esporte ganha destaque no Athina Onassis Horse Show,
realizado na primeira semana de outubro, no Rio de Janeiro —
contamos com imagens incríveis do fotógrafo Raphael Macek.
No mesmo final de semana, Paris esbanjou glamour na prova
turfística Arco do Triunfo, uma das mais importantes do mundo.
Já no Brasil, o Grande Prêmio “Paraná” cumpriu o calendário.
E não é só isso! Na Sport&Art, apresentamos o fotógrafo
de cavalos de corrida, Luiz Melão. Nesta nona edição da
Sportyard, e última de 2012, você ainda poderá conferir tudo o
que aconteceu na Copa Davis e no US Open de tênis, na etapa
de Curitiba da Stock Car, nas lutas de Victor Belfort e Anderson
Silva pelos UFC 152 e 153, respectivamente, no rally náutico da
Tedesco Marina em Balneário Camboriu, na Semana Guga e
muito mais!
Boa leitura!
RHUANA RAMOS
Editora-Chefe - Revista Sportyard
Editorial
16
FITNESS
CLUB
DA TELINHA
DO CELULAR
POR DIANA AXELRUD
FOTOS DIVULGAÇÃO
O mundo nunca mais foi o mesmo desde que de
uma pequena tela de celular foi possível fazer tudo e saber
tudo. Antes objetos de luxo, os smartphones estão cada
vez mais difundidos pelo mundo, e o brasileiro, antenado
nas tecnologias e consumista como é, não fica de fora da
febre dos celulares inteligentes. Junto com os smartphones
surgiram os aplicativos, cujo crescimento é muito grande.
Por exemplo, um ano após a Apple Store ser criada, em
2008, um bilhão de aplicativos já tinham sidos baixados por
usuários em todo o mundo. Em 2011, o número chegou
a 10 bilhões e a estimativa para 2016 é de 44 bilhões,
segundo a empresa americana Neolane. Os aplicativos
estão dominando o mundo, são práticos, fáceis de utilizar
e têm as mais distintas funções. Para quase todas as nossas
necessidades e banalidades há um aplicativo.
A implacável busca pela boa forma que ronda a cabeça
de todos já foi atingida pelos aplicativos. Há uma série de
produtos destinados aos esportistas e aos caçadores da
boa nutrição. Acompanhando a febre da corrida, surgiu o
Nike Running, aplicativo da famosa marca que auxilia os
corredores, veteranos ou não, a se aprimorarem no esporte.
A estudante de medicina Lais Prigol utiliza a ferramenta e
aprova. “O Nike Running faz a contagem dos quilômetros,
da velocidade e do tempo de cada corrida. Além disso,
17
faz comparações com as corridas
anteriores e mostra a evolução. Utilizar
este aplicativo ajudou a monitorar
melhor a minha corrida e o meu
ritmo.” O Nike Running é gratuito e
funciona nos sistemas operacionais
iOS e Android.
Para os sedentários, que estão
começando a praticar esportes e
pretendem participar de corridas de
rua, normalmente se inscrevendo nas
distâncias de 5km e 10km, surgiram o
5k runner e o 10k runner. Disponíveis
apenas para iPhone, os aplicativos
prometem um programa de corrida
eficiente. Para percorrer cinco
quilômetros, o 5k runner pede treinos
de 35 minutos, por três dias da semana,
durante dois meses. O programa
indica
caminhadas
intercaladas
com corridas, de forma gradual. O
10k runner segue o mesmo tipo de
treinamento, mas prevê que, treinando
de 30 a 60 minutos, três vezes por
semana, durante três meses e meio, o
esportista correrá dez quilômetros. Em
um nível mais avançado, o 21k runner
promete a meia maratona em apenas
12 semanas.
CALCULANDO AS
CALORIAS
Fazer dieta não é mais a
mesma coisa quando se tem um
aplicativo destinado a orientar
o usuário. A nutricionista Thayse
Chaves recomenda o uso dos
aplicativos, desde que sejam para
complementar o acompanhamento
de um profissional. “Eu recomendo o
uso esses aplicativos como auxiliares
no tratamento dietético, para ajudar
a controlar a ingestão calórica e até
para solucionar dúvidas referentes
à quantidade de caloria. Nenhum
aplicativo vai fazer uma orientação
nutricional como um profissional
faria. Eles podem ser usados, mas
com supervisão de um profissional
da nutrição.” Um dos aplicativos mais
utilizados para a nutrição saudável é o
NutraBem, que foi o décimo aplicativo
mais baixado do Brasil, segundo o
Blog do Iphone.
Para usuários de iOS, este
aplicativo custa US$0,99, enquanto
os de Android não pagam nada.
Nele, é possível atualizar informações
do usuário, tais como IMC (índice
de massa corporal), peso, nível de
atividade física e faixa calórica diária.
Nesta última opção, é possível
estabelecer a meta de calorias (ou seja,
basta inserir aquela que foi passada
pelo nutricionista), separando-a pelas
refeições diárias.
Fazer exercício e se alimentar
bem ganharam aliados, e as desculpas
dos preguiçosos de plantão estão
acabando. O verão está chegando, por
isso, baixe o seu aplicativo e vá já para
a academia.
DICAS DE APLICATIVOS
NIKE RUNNING
- Permitem que o usuário escute músicas durante o
- Registra sua distância, velocidade e tempo de trajeto
treino.
com precisão.
- É possível compartilhar o desempenho no Facebook,
- Feedback em áudio durante a corrida e informação
Twitter e por e-mail.
das métricas a cada quilômetro percorrido.
- Uma gravação indica quando caminhar ou correr e
- Possibilita o incentivo de amigos do Facebook em
a intensidade.
tempo real sempre que publicar o início de uma
- Não é possível calcular velocidade e perda de
corrida.
calorias.
- Configura as músicas favoritas para realizar o
NUTRABEM
esporte.
- Oferece um monitoramento diário da alimentação
- Compara a última corrida e as sete anteriores e
por refeições.
fornece informações atualizadas com base na última
- Proporciona informações sobre o equilíbrio
atividade sempre que o aplicativo for iniciado.
nutricional e não somente sobre as calorias dos alimentos
- Disponibiliza os dados das corridas lado a lado e é
consumidos.
possível conferir o progresso em um gráfico com o
- Auxilia o usuário a ter mais controle sobre suas escolhas
seu histórico.
alimentares.
- Adequa as informações ao peso do usuário.
5K RUNNER, 10K RUNNER e
- É o primeiro aplicativo elaborado para os hábitos
21K RUNNER
alimentares dos brasileiros.
- Utilizam treinos que intercalam caminhadas e
corridas.
SPORTYARD.COM.BR
TOP
SPIN
FOTO ANA CAROLINA DA MATTA
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Murray e Djokovic se encontraram na final, que
rendeu um jogo emocionante
Um jogo que foi comparado à
história de super-heróis e batalhas
épicas. Não foi para menos. Em quadra
estavam o segundo melhor tenista
do mundo, o sérvio Novak Djokovic,
e o terceiro, o britânico Andy Murray.
O jogo era a final do US Open 2012,
realizada no dia 10 de setembro, em
Nova York. Foi um duelo de 4h54m,
com direito a cinco sets.
Com o vento soprando forte (24
km/h), tanto Murray quanto Djokovic
demoraram um pouco para se
adaptarem. Os saques eram questão
de sorte. No primeiro set, o sérvio
chegou a abrir 2/0. Murray reagiu,
chegando ao empate, mas logo
cedeu o terceiro game a Djokovic,
que também ficou com o quarto. O
placar era de 4/2. Ninguém esperava
por tamanha reação, mas Murray virou
para 6/5, com o set point na mão.
Mas foram necessários seis set points
e 1h27m para que ele fechasse o
primeiro set em 7/6 (12/10).
Na segunda parcial, Murray abriu
4/0, mas o placar foi igualado em 5/5
após um incrível lob de Djokovic.
Apesar disso, o britânico se mostrou
focado: confirmou seu saque e
derrubou o do sérvio, fechando em
7/5. Com dois sets a zero, Murray já
estava a um passo de ficar a taça do
Grand Slam, mas Djokovic não deixaria
isso acontecer tão facilmente.
No terceiro set, o sérvio começou
melhor. Com um controle mental
invejável, fechou em 6/2. No quarto,
ele sabia da importância de chegar
a um empate, e usou todas as suas
forças para cumprir esse objetivo. Os
saques se confirmaram até o nono
game. Foi então que Djokovic fechou
mais um set, com parcial 6/3. Tudo
igual: 2 a 2.
No set decisivo, Murray abriu 4/0,
com duas quebras nos três primeiros
games. Djokovic esboçou uma reação,
mas viu Murray vencer por 6/2. Com
três sets a dois, Murray finalmente
venceu um Grand Slam.
CURIOSIDADES
- Além de vencer o torneio,
Murray subiu uma posição no ranking
mundial com o resultado. Ao vencer
Tomas Berdych por 3 a 1 na semifinal,
ele já havia chegado à terceira
colocação, que pertencia a Rafael
Nadal.
- Há 75 anos um britânico não
vencia um Grand Slam. O último havia
sido Fred Perry, em 1936.
- Com a derrota para Murray, a
sequência de 27 vitórias em quadras
duras de Djokovic foi interrompida.
- Antes da final, Djokovic havia
perdido apenas um set no torneio,
para David Ferrer, na semifinal.
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SPORTYARD.COM.BR
USOPEN
MURRAY VENCE O UD OPEN 2012 E
CONQUISTA SEU PRIMEIRO GRAND SLAM
RESULTADOS
CONFIRA A TRAJETÓRIA DE ANDY MURRAY E NOVAK DJOKOVIC ATÉ A FINAL:
03/09/2012 – OITAVAS DE FINAL:
Andy Murray 3 x 0 Milos Raonic (6/4 6/4 6/2)
05/09/2012 – OITAVAS DE FINAL:
Novak Djokovic 2 x 0 Stanislas Wawrinka (6/4 6/1 3/1 – abandono)
05/09/2012 – QUARTAS DE FINAL:
Andy Murray 3 x 1 Marin Cilic (3/6 7/6 (7/4) 6/2 6/0)
06/09/2012 – QUARTAS DE FINAL:
Novak Djokovic 3 x 0 Juan Martin Del Potro (6/2 7/6 (7/3) 6/4)
08/09/2012 – SEMIFINAL:
Andy Murray 3 x 1 Tomas Berdych (5/7 6/2 6/1 7/6 (9/7))
09/09/2012 – SEMIFINAL:
Novak Djokovic 3 x 1 David Ferrer (2/6 6/1 6/4 6/2)
10/09/2012 – FINAL:
Andy Murray 3 x 2 Novak Djokovic (7/6 (12/10) 7/5 2/6 3/6)
FOTO AFP
POR RHUANA RAMOS
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TOP
SPIN
POR RICARDO STIVAL
SEMANA
FOTOS FERNANDO WILLADINO
GUSTAVO KUERTEN
DERROTA
LAPENTTI
Diante de um público que praticamente lotou a Arena São José, o
tricampeão de Roland Garros voltou a vencer na Semana Guga
Kuerten. O ex-número 1 do mundo derrotou o equatoriano Nicolas
Lapentti por 6-2 e 7-6 (5)
Durante toda a partida, o público vibrou com as belas
jogadas, em especial as protagonizadas pelo tricampeão
de Roland Garros, Gustavo Kuerten, com sua inconfundível
paralela de esquerda e alguns winners de direita. Logo no
primeiro ponto do jogo, o catarinense mostrou que a sorte
também estaria ao seu lado: a bola tocou na fita da rede e
caprichosamente caiu do outro lado. No game seguinte,
o convidado fez uma jogada que levantou a torcida: uma
zique-zira (a bola quicou do lado de Guga e voltou para a
quadra do equatoriano). Ainda assim, nesse mesmo game,
o anfitrião quebrou o saque do amigo. Depois, Guga
abriu 3 a 0 e 4 a 1. No último game, após uma sequência
de smashes do adversário, o tricampeão de Roland Garros
chamou à quadra o Guguinha (boneco símbolo da Semana
Guga Kuerten), que em vão tentou devolver dois saques de
Lapentti. O hispânico sacou em 5 a 2 e o brasileiro voltou a
quebrá-lo, fechando o set inicial.
O ex-número 1 do mundo também conquistou a
quebra no segundo game do set seguinte. Dessa vez, no
entanto, o equatoriano deu o troco no sétimo game, quando
o “manezinho da ilha” sacava em 4 a 2. O jogo foi para o tiebreak, e Guga abriu 2 a 0, 3 a 1 e 5 a 3, fechando em 7 a 5.
- A partida foi ótima, mas ainda bem que tem um
mês para descansar. A responsabilidade de manter a
invencibilidade aqui é minha, lá vai ser do Djoko, vou jogar
solto.
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GUGA ENCERRA A QUARTA
EDIÇÃO DA SEMANA GUGA
KUERTEN
A quarta edição da Semana Guga Kuerten foi realizada
no Jurerê Sports Center e reuniu 880 atletas de 18 países.
A SGK começou com o Torneio de Cadeirantes e contou
também com diversas ações promocionais. E coube ao
anfitrião da festa fazer o discurso de encerramento:
- Essa foi nossa melhor edição. Tem gente que vem
aqui há quatro anos, outros estão começando a participar
da Semana agora. Para nós, é muito lindo ver tudo isso,
CONFIRA, OS CAMPEÕES DA
COPA GUGA KUERTEN, QUE
NESTE ANO REVELOU UM
BICAMPEÃO:
IVONE E ZORMANN –
CAMPEÕES NOS 18 ANOS
Na categoria 18 anos, o título ficou com o paulista
Marcelo Zormann e a portuguesa Ivone Álvaro. Enquanto
o primeiro derrotou o gaúcho Orlando Luz por 6-1 e 6-2,
a tenista europeia levou a melhor sobre a carioca Ingrid
Martins por 6-2 e 6-0.
GUGA
promover essa integração, que sempre foi o objetivo. É
incrível como esta ideia simples de resgatar esta convivência
com o tênis juvenil nos trouxe tantas coisas boas, tantos
novos amigos. Esta nova geração está fazendo bonito. É
sensacional como essa garotada nova vem evoluindo ao
longo dos anos. Vocês estão de parabéns – disse Guga, que
prometeu, em 2013, promover alguma atividade para os
pais dos juvenis.
- O placar não mostrou o que foi o jogo. Poderia ser
tanto para ele quanto para mim, acabou sendo para mim.
Este é um dos melhores torneios que temos no Brasil. Ano
passado fui vice nos 16 e dessa vez consegui ser campeão
– relembrou Zormann, que mora em São José do Rio Preto.
- Essa vitória é fruto de muito trabalho. Trabalhei muito
para chegar até aqui e essa é a recompensa – disse a tenista
que treina há sete meses na academia Tennis Route, no
Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
SPORTYARD.COM.BR
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TOP
CHOW VENCE NOS 16 ANOS E
EVALDO SILVA
COMEMORA BICAMPEONATO
NO TORNEIO
Nos 16 anos, a paulista Sophia
Chow ganhou de virada da carioca
Juliana Cardoso por 3-6, 6-3 e 6-2.
- É uma grande felicidade, uma
honra vencer este torneio – disse
Sophia.
Quem conquistou o título no
masculino foi o baiano José Evaldo
Silva Neto, que venceu o curitibano
Gabriel Sidney por 7-5 e 6-0. Ano
passado, o tenista da Bahia conquistara
o título nos 14 anos. - A partida foi boa. Comecei
cometendo algumas falhas, e ele
abriu 5 a 2. Depois, coloquei a cabeça
no lugar. Estou muito feliz, é o meu
maior título, porque este é o torneio
mais legal, mais importante do
Brasil – elogiou Silva Neto, primeiro
bicampeão da Copa Guga Kuerten.
SPIN
ALVES E PEDRETTI
CONQUISTAM O TÍTULO
NOS 14 ANOS
Sobrinho de Fernando Meligeni,
o paulista Felipe Alves derrotou na
decisão o mineiro João Garreto por
duplo 6-2 e conquistou seu mais
importante título:
- Estou muito feliz, é a primeira
vez que ganho um torneio que conta
pontos para o Cosat – comemorou
Alves.
Já a campeã foi a número 1 do
Brasil, a paulistana Thaísa Pedretti, que
derrotou Eduarda Ferreira por 6-2, 0-6
e 6-1.
- Ano passado tinha perdido na
primeira rodada. Uma experiência
muito boa, contra uma menina que
joga bem. Foi muito bom ganhar –
disse a Sophia.
MARINA E PADILHA SÃO OS
CAMPEÕES NOS 12 ANOS
A decisão dos 12 anos feminino
foi entre as mineiras Marina Figueiredo
e Mariane Silva. A primeira levou a
melhor por 6-0 e 6-3, conquistando
pela primeira vez a Copa Guga:
- Esse título mostra a evolução
que tive este ano, onde não ganhei
muitos torneios. E venci na final uma
menina que joga muito bem. Eu me
sinto uma Guga júnior. Ele ganhou
Roland Garros e eu sinto que posso
ganhar também – disse a mineira de
Belo Horizonte.
O título do masculino ficou
com o paulistano Diego Padilha, que
venceu o catarinense Henrique Klann
por 7-5 e 7-6.
- A partida foi muito dura, mas
eu fiz 5 a 3 no primeiro set e 4 a 1 no
segundo. Poderia ter fechado antes,
mas ele joga bem, ataca bastante e
estou muito feliz por vencer o torneio
organizado pelo Guga – analisou
Padilha.
23
COPA GUGA KUERTEN
A Copa Guga Kuerten é um dos principais torneios de
tênis do país e as competições somam pontos no ranking
internacional: nas categorias 14 e 16 anos, a Copa Guga
Kuerten integra o Circuito Sul-Americano (COSAT G3), já
os tenistas inscritos na 18 anos somam pontos no Circuito
Mundial Júnior da ITF (G4).
A categoria 12 anos é G2 no ranking da CBT
(Confederação Brasileira de Tênis).
PREMIAÇÃO
Os campeões e vice-campeões de cada categoria da
Copa Guga Kuerten recebem um troféu em forma de um
coração estilizado. Essa premiação é alusiva ao coração que
Gustavo Kuerten desenhou no saibro francês no momento
em que ganhou o torneio de Roland Garros no ano de
2001. A exemplo do que acontece nos grandes torneios
internacionais, os vencedores da categoria 18 anos levam
para casa uma réplica, já que o troféu original, com os
nomes dos ganhadores, fica exposto na sala de troféus do
acervo Gustavo Kuerten, localizado em Florianópolis.
SPORTYARD.COM.BR
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TOP
SPIN
ROGÉRINHO COMEMORA VITÓRIA SOBRE O RUSSO IGOR ANDREEV
JEJUM DA ERA
POR PEDRO KUCHMINSKI
FOTOS LUIZ PIRES / FOTOJUMP
“PÓS
GUGA”
ENFIM ACABA
Uma década depois, o tênis brasileiro volta à primeira
divisão da Copa Davis. Com a vitória sobre o time russo na
competição, o Brasil novamente colocou-se entre os 16
melhores países do mundo no tênis. A última vez que o país
frequentou a elite do tênis mundial foi há nove anos, época
em que Gustavo Kuerten ainda jogava e era o ponto de
referência daquela delegação.
A disputa aconteceu no Harmonia Tênis Clube, em
São José do Rio Preto (SP), entre 14 e 16 de setembro. No
primeiro dia, o Brasil venceu os dois jogos de simples abrindo
2/0 sobre os russos. Em pouco mais de uma hora, Rogério
Dutra Silva, o Rogerinho, venceu a primeira partida do dia.
Bastante agressivo, abusando das jogadas de fundo de
quadra e contando com os erros do adversário, o brasileiro
não teve dificuldades para abrir 2 sets a 0, com parciais de
6/2 e 6/1, para depois contar com o abandono do russo Igor
Andreev, que alegou dores no ombro.
Logo depois, Thomaz Bellucci venceu o russo Teymuraz
Gabashvili por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 4/6, 6/0 e
7/6 (4), em 3h18min de jogo. De forma muita aguerrida,
Thomaz fechou o primeiro set com uma quebra de
vantagem. Já no segundo set, Gabashvili aproveitou-se da
desconcentração do brasileiro no final do set para conseguir
quebrar o saque de Bellucci e empatar o jogo. O número
um do Brasil, se recuperou no terceiro set. Com uma grande
atuação, Bellucci não perdeu nenhum game e obteve
grande aproveitamento no saque para aplicar um “pneu” no
adversário. O russo endureceu o jogo na quarta parcial, mas
o brasileiro acabou fechando o jogo no tie-break, abrindo 2
a 0 no placar geral para o Brasil.
O Brasil foi para o segundo dia de competição precisando
de apenas mais uma vitória para garantir o acesso à primeira
divisão da Copa Davis. Na única partida do dia, a dupla
brasileira formada por Marcelo Melo e Bruno Soares triunfou
sobre os russos Alex Bogomolov Jr e Teymuraz Gabashvili
por 3 sets a 0, com parciais de 7/5, 6/2 e 7/6(9-7), fazendo
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3 a 0 no placar geral com somente
dois jogos faltando e conquistando a
classificação antecipada. Os brasileiros,
que atuavam juntos no circuito até
ano passado, chegaram a abrir 5/1
no primeiro set, mas se complicaram
ao cederem dois break points aos
russos. Somente no 11º game, os
mineiros quebraram novamente o
serviço dos russos e, em seguida, Melo
confirmou seu serviço, fechando a
parcial. No segundo set, os brasileiros
novamente abriram 5/1, mas dessa
vez não perderam o foco e fecharam
a parcial com facilidade em 6/2. O
terceiro set foi o mais equilibrado de
todos. Decidido apenas no tie-break,
Melo e Soares mantiveram a calma
e encerraram o jogo com 9-7 no
desempate.
Nas duas partidas de simples
que restavam no último dia, tanto
Bellucci como Rogerinho não
tiveram dificuldades para vencer seus
respectivos jogos e fecharem o placar
geral com um massacrante placar de 5
a 0 a favor do Brasil.
Aproveitando-se da ausência
do principal tenista russo, Mikhail
Youzhny, do fator casa e do apoio
de Guga, que esteve nos três dias
incentivando os tenistas do capitão
João Zwetsch, a delegação brasileira
enfim retorna ao Grupo Mundial da
Copa Davis. Na sua última aparição,
em 2003, quando era liderado por
Guga, o Brasil sucumbiu diante da
Suécia ainda na primeira rodada. De
lá para cá, o Brasil colecionou derrotas
para seleções como o Canadá, Suécia,
Áustria, Equador e, ano passado, para a
própria Rússia.
BRASIL ENFRENTA
OS EUA EM
FEVEREIRO
Copa Davis, com 32 títulos, enfrentará
o selecionado brasileiro entre os dias
1º e 3 de fevereiro.
A disputa acontecerá em
território americano, já que o último
confronto entre as duas equipes
aconteceu no Brasil, em 1997, na cidade
de Ribeirão Preto. Naquela ocasião, os
norte-americanos venceram por 4 a 1.
A cidade que vai abrigar os jogos em
2013 ainda não foi escolhida. Integra
o time americano a melhor dupla do
mundo, Bob e Mike Bryan, além do
top 10 John Fisner. Historicamente, os
EUA levam vantagem nos confrontos
diretos contra os brasileiros, com três
vitórias e apenas uma derrota.
Se vencer, o Brasil enfrentará
Bélgica ou Sérvia em abril do ano
que vem. Caso perca, retornará aos
playoffs, em setembro.
Após nove anos de espera, o
Brasil vai encarar os EUA pelas oitavas
de final da Copa Davis, em 2013. O
time americano, o mais vitorioso da
CONFRONTOS DA 1ª FASE DA COPA DAVIS 2013:
Canadá x Espanha
Itália x Croácia
Bélgica x Sérvia
Estados Unidos x Brasil
THOMAZ BELLUCCI EM PARTIDA CONTRA TEYMURAZ GABASHVILI
França x Israel
Argentina x Alemanha
Cazaquistão x Áustria
Suíça x República Tcheca
SPORTYARD.COM.BR
26
CHEVALIER
Grande Prêmio Oi: objetivo dos melhores cavaleiros do
contrasta com a cor caramelada dos pelos. Um conjunto
mundo. Três dias de prova na Sociedade Hípica Brasileira, no
impecável, que conhece o doce sabor da vitória e sabe como
Rio de Janeiro. A surpresa estava garantida para a última e mais
se chega lá.
importante prova do evento.
Cada um dos 37 conjuntos entrou na prova de 1,60m
Guerdat não peca nos movimentos. Nino des Buissonets
não peca na elegância.
para mostrar o que tinha de melhor para oferecer, e um desses
O conjunto faz a plateia parar de respirar. E nem brasileiro
poderia ter saído vencedor se um suíço não estivesse por perto.
ele é. A essa altura, a torcida acompanha os cavaleiros,
Uma exibição de gala de um conjunto iluminado.
independentemente da nacionalidade. Impossível não vibrar
Os galopes de Nino des Buissonets pareciam ritmados
por música. O conjunto foi conduzido pelo ritmo brilhante do
campeão olímpico em Londres, o cavaleiro Steve Guerdat.
com a volta perfeita em 33 segundos e 23 centésimos.
A volta olímpica, comemorando a vitória, durou muito
mais. O prêmio de 330 mil euros e a medalha no valor de 50
A cada salto elegante, a conquista ficava mais próxima.
mil euros ficarão no coração de um suíço bem humorado.
Os adversários, de altíssimo nível técnico, como a australiana
Steve Guerdat continua no impulso da vitória conquistada em
Edwina Tops-Alexander e a suíça Clarissa Crotta, assistiram a
Londres.
uma exibição de gala do medalhista de ouro na Olimpíada de
Bicampeonato do cavaleiro que, em 2009, também havia
2012. Diferentemente dos outros esportes, no hipismo homens
conquistado o GP organizado por Athina Onassis e Álvaro de
e mulheres competem juntos, sem diferenças entre os sexos.
Miranda Neto. A conquista deixou o suíço bem descontraído.
A diferença da terceira colocada, Clarissa, para Edwina,
vice-campeã pelo segundo ano consecutivo, não chegou a
meio segundo, enquanto Guerdat conquistou o título com um
abismo de quase dois segundos.
Ele chegou inclusive a suspeitar, em uma brincadeira, é claro, de
uma possível trapaça do cavalo cor de caramelo.
- Não é possível ele saltar assim. Acho que ele – Nino des
Buissonets – tem molas nas patas.
Nino des Buissonets é um cavalo de rara beleza, que faz
Ganhar o Oi Grand Prix não é pra qualquer um – 38
o tempo parar enquanto salta e paira no ar. A crina escura
conjuntos entraram na pista, 18 se classificaram para a segunda
27
UM SHOW
DE LEVEZA
POR RICARDO ALMADA
FOTOS RAPHAEL MACEK
A sexta edição do
Athina Onassis Horse
Show reuniu os
melhores conjuntos do
ranking mundial
SPORTYARD.COM.BR
28
CHEVALIER
fase. Rodrigo Pessoa, com Winson, ficou
na primeira eliminatória. Não conseguiu
passar do 25º lugar. Marlon Zanotelli zerou o
percurso e Álvaro de Miranda Neto, o Doda,
conseguiu a classificação em 18º lugar. A
última chance.
O conjunto formado por Doda e AD
Rahmannshof’s Bogeno abriu o percurso na
segunda rodada e cometeu mais uma falta.
Com as penalizações cumulativas, somou 8
e não chegou nem perto do pódio. Zanotelli
e Edesa S Banjan também cometeram duas
faltas e acumularam mais 8 pontos, não
conseguindo chegar à fase final. Outros
favoritos ficaram pelo caminho, como Nick
Skelton, o britânico medalhista olímpico em
Londres, Gerco Schroder e Eurocommerce
London, campeões de Grand Prix em 2011, e
o alemão Ludger Beerbaum.
A prova de que o nível estava alto
foi a eliminação de Beerbaum, cavaleiro
tetracampeão olímpico entre Seul 1988 e
Sydney 2000. Se as medalhas de ouro não
são o suficiente, Ludger mostrou o valor
do hipismo alemão ao conquistar a inédita
Disputa das Nações, realizada um dia antes de
uma das maiores provas do hipismo mundial.
A inédita competição entre os países
reuniu dez seleções, sendo que o Brasil
aproveitou seus quatro melhores cavaleiros e
os dividiu em duas equipes. Doda e Rodrigo
Pessoa, e José Reynoso Filho e José Francisco
Musa.
A esperança de o Brasil subir ao pódio
ficou com o bom desempenho de Doda,
montando AD Ashleigh Drossel DanHH
Ashley, e Pessoa, com HH Ashley, que
conseguiram cravar um ótimo tempo.
Doda passou em 39,39s e zerou o percurso,
enquanto Rodrigo Pessoa cravou 42,79s com
uma falta. Somadas as faltas da primeira e
segunda rodadas, o time brasileiro somou 8
pontos de penalização.
A média dos obstáculos era de 1,50m e, a
uma altura como essa, não pode haver erros.
A amazona Jessica Springsteen representou
os Estados Unidos, montando Temmie. Ela
não conseguiu distância suficiente para
saltar e acabou sendo arremessada ao chão.
Intensidade de mais e leveza de menos, por
29
o outro.
pouco o acidente não foi mais grave.
alemães. Vale ressaltar o reconhecimento
Sem grandes danos, a amazona se
de Beerbaum, que já conquistou um
Maravilhoso para quem conhece
levantou e foi aplaudida pela calorosa
título em cada canto do mundo, sobre a
pela primeira vez, como Julia Fernandez.
torcida.
técnica dos adversários:
A pequena amazona é de São Paulo e tem
Os brasileiros estavam liderando,
- Venci meus adversários por
oito anos. Ela foi assistir às competições
até a entrada de Ludger Beerbaum.
uma diferença mínima. Menor que um
com o pai, o engenheiro civil Ubirajara
O alemão lembra a consistência de
cabelo. O nível do evento é fantástico. Os
Fernandez, que pela terceira vez seguida
outro alemão, das pistas, mas este tem
melhores estão aqui. Quero muito estar
confere o Athina Onassis. Júlia não pensa
controle sobre um único cavalo. Ele é
na Olimpíada de 2016.
duas vezes se vai ou não se espelhar
em algum grande ídolo do esporte. A
campeão há quase três décadas. Mais
Um grande público assistiu às
uma vez, o hipismo se coloca como uma
vitórias de Suíça e Alemanha. Um
resposta é super original:
modalidade pioneira. A juventude abre
desfile que valeu cada centavo pago
- Eu mesma, ué!
passagem pela precisão da experiência.
no ingresso. A soma do valor de todos
Talvez ela esteja certa. Aprender
que
os cavalos ultrapassou os 200 milhões
o máximo dos melhores, mas manter
Beerbaum faz questão de desenvolver,
de euros. Mais de 500 milhões de
a essência individual pode ser o que
desafiando limites com o poderoso
reais. Premiação de 1 milhão de euros
transforma cada ser humano em um
Chaman. Um percurso perfeito em
em apenas uma prova, a maior do
atleta único. A pequena amazona ainda
41,56s. Sem falta. Sem truques. Só
calendário mundial. Outros prêmios.
está nos obstáculos de 40cm, e o pai fica
faltou o outro conjunto alemão, Marco
Provas inéditas. Três dias de provas
todo bobo só de contar isso. Imagina
Kutscher, montando Cornet´s Cristallo,
de alto nível técnico. Dias incríveis no
se um dia ela chegar até um evento
saltar os obstáculos em 43,26s, mais uma
reduto dos maiores cavaleiros e cavalos
internacional, como o Athina Onassis
vez sem falta.
do mundo. Cada cavalo mais belo que o
Horse Show, ou, quem sabe, uma
outro. Cada cavalo mais valorizado que
Olimpíada?
Trata-se
de
um
talento
Um merecido primeiro lugar aos
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30
CHEVALIER
BASTIDORES,
ATHINA ONASSIS HORSE SHOW
POR RICARDO ALMADA
FOTOS RICARDO ALMADA
A amazona Camila Mazza de Benedicto passou por um sufoco no Athina Onassis Horse Show. A Sportyard teve acesso exclusivo
à área de aquecimento dos conjuntos. Enquanto a amazona se concentrava para entrar na Prova de Dificuldade Progressiva, uma
aparente preocupação chamou a atenção. Coincidência ou não, Camilla teve de ter sangue frio para domar Kavanagh IV no sétimo
obstáculo do percurso. Ela contornou o refugo do animal e se manteve elegante no controle da situação, mas completou o percurso
em 70,57s e não se classificou para a final. A amazona paulistana é uma esperança para o futuro do esporte no Brasil. Ela tem apenas
35 anos e integrou a equipe brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Camila mora na Holanda e atualmente está
montando uma nova cocheira para treinar outros cavalos. Dá-lhe, Camila!
O acesso aos bastidores só foi garantido porque Pedro Cebulka garantiu a entrada da Sportyard. Cebulka é um alemão, de
origem polonesa, nome latino e criatividade brasileira, além de ser organizador e locutor oficial de eventos internacionais, como as
Olimpíadas. O mais legal é que ele se veste da forma que bem entende. Na Sociedade Hípica Brasileira, misturou ousadia e elegância
ao usar temas britânicos nas roupas. Dá só uma olhada nessas fotos. É ou não é uma figura? Simpático que só, o alemão, que tem
36 anos de experiência no ramo, disse que virá aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. É mais um personagem olímpico em solo
brasileiro.
Os famosos deram as caras por lá. Evento chique tem gente chique. Murilo Benício, Sabrina Sato, Ronaldo Fenômeno, entre
outras celebridades, deram as caras. No último dia, a cantora Claudia Leitte apareceu com o marido. A baiana mais quente do
momento é jurada do The Voice Brasil, programa que escolhe novos talentos da MPB. Lá, ela fica virada de costas e só observa o
cantor se a voz for convincente. No Athina Onassis Horse Show, ficou difícil repetir a performance de jurada:
- Só vim aqui para me divertir. Não entendo tanto para chegar a esse ponto, não. No programa, já tenho meu favorito, mas aqui
vim para torcer pelo Brasil, só isso. Meu marido tem fazenda, tem uns cavalos, hipismo é mais com ele mesmo.
Tudo bem, Claudia! Ninguém espera que você seja escolhida para julgar o The Horse Brasil. Aliás, Claudia Leitte fez o show de
encerramento do evento, e só recebeu elogios. Como sempre.
32
CHEVALIER
STOCKHOLDER, O VENCEDOR DO GP PARANÁ
RESPONSÁVEIS PELO VENCEDOR RECEBEM OS TROFÉUS
LARGADA DO GP PARANÁ 2012
STOCKHOLDER:
O MELHOR DO GP
PARANÁ 2012
POR RHUANA RAMOS
FOTOS MAIK PENNER
Mais um Grande Prêmio Paraná surpreendente. Na largada, tudo indicava que os mais comentados (Stockholder,
Blue di Job e Beduíno do Brasil) ficariam apenas com os comentários.
Uma boa largada, com muita briga pelas primeiras colocações. Na curva do Pinheirão, Zagoon puxava o pelotão
seguido por Full Poket, Ticky Indy, e só depois apareciam Beduíno do Brasil e Blue di Job. Na reta oposta, pouca coisa
mudou.
Na curva de chegada, Full Poket permanecia na primeira colocação. Visible Wind surpreendeu, ficando com a
segunda colocação por boa parte da reta. Mas, nos metros finais, Stockholder entrou em ação. Com força máxima,
passou todos os que estavam à sua frente, passando em primeiro pelo arco de chegada.
Para o proprietário de Stockholder, Luiz Antonio Monteiro, a prova já estava garantida. Agora, o plano é vencer o
“Bento Gonçalves”, em Porto Alegre. “Ele disputou o ano passado no Rio Grande do Sul e venceu. Pretendemos repetir
este ano. Vamos competir lá em novembro e depois disso ainda não sabemos”, explicou Monteiro. Ele agradeceu sua
equipe e ressaltou a qualidade do campeão: “Ele é o melhor em pista de areia do Brasil. O resultado não poderia ser
outro”, concluiu.
34
SUNSET
BAY
NAS ONDAS DA T
POR ROMULO PORTHOS
FOTOS ROMULO PORTHOS
Festival náutico da marina completa 6 anos e se firma
como maior evento do ramo na região Sul
Durante os dias 6 e 9 de setembro, a Tedesco Marina
perto lançamentos de imóveis, carros de luxo, helicópteros,
Garden Plaza foi palco de mais uma edição de sucesso do
empreendimentos
turísticos,
entre
outras
novidades
Festival Náutico, evento que comemorou o 6º aniversário da
apresentadas pelos 18 expositores presentes no evento. E o
marina 5 estrelas do sul do Brasil.
resultado foi positivo. “Houve um grande fluxo de visitantes, o
Cerca de 14 mil visitantes movimentaram os 3 dias de
que já resultou em vendas, e ainda há a possibilidade de futuras
evento e puderam conferir as mais de 50 embarcações expostas,
negociações, que começaram aqui”, revela o executivo de
que variavam de lanchas de pequeno porte a luxuosos iates
vendas da BMW, Ricardo Rocha.
que custam até 20 milhões de reais.
Segundo dados da Tedesco, o volume de negócios
A Schaefer Iates participou de todas as edições do Festival
fechados nesta 5ª edição superou os R$ 40 milhões,
Náutico e, segundo a analista comercial da empresa, Luana
representando um aumento de mais de 30% em relação ao
Martins, esse foi o melhor deles, “pois a distribuição dos stands
ano anterior. “O Festival Náutico da Tedesco se consagra como
fez com que eles ganhassem visibilidade e o público tivesse
um dos principais eventos do setor náutico nacional, tanto
maior agilidade na locomoção”.
pela qualidade das marcas expositoras quanto pelo volume
Além dos barcos, o público pôde acompanhar de
de negócios gerados”, comemora Juliana Tedesco dos Santos,
diretora executiva da Tedesco Marina.
35
Farid Othman, um dos empresários do ramo náutico
presentes no evento, acredita que o Festival Náutico da Marina
Tedesco se firma como o maior da região Sul do Brasil, ficando
atrás apenas de megaeventos nacionais em São Paulo e como
o Rio Boat Show, que chegam a ter 40 mil visitantes. “Esta
região do país tem tudo para ser cada vez mais explorada pelo
mercado náutico, pois há muitos empresários e executivos
migrando da região Sudeste para cá, além dos que já estão
instalados e frequentam”, completa.
O evento ainda teve um show nacional da banda The
Originals, além de um rally náutico que contou com a presença
de 25 barcos e que foi disputado no sábado, em duas categorias.
Durante os 55 km de prova, as embarcações chegaram a atingir
os 40 km/h. Os vencedores da categoria RN GRAD foram João
Bosco Azevedo Jr. e Joel Kravtchenko, e quem levou o troféu
na RN-ESPECIAL foi a dupla formada por Sérgio Ribas e Andrea
Ribas.
O sucesso do festival náutico da Marina Tedesco deve se
repetir pelos próximos anos. Segundo a analista comercial da
Schaefer Iates, Luana Martins, “o Brasil é a bola da vez no ramo
náutico, a cada dia chegam mais marcas ao mercado e onde
houver feiras, vão querer expor”.
TEDESCO
Um dos destaques da feira era o iate Fly 35,
uma embarcação que possui um espaço interno
muito bem aproveitado que lhe rendeu o prêmio
internacional A’ design award 2012, em Milão (Itália).
O barco de 35 pés (11 metros) possui 2 camarotes,
2 banheiros e cozinha, além da área externa. “É o
único que eu vi assim no mercado. Surpreende ainda
mais quem conhece barco por conta do excelente
aproveitamento interno que ele possui. É um barco
pensado, moderno, inteligente”, elogia o empresário
João Bosco, que visitava o modelo em exposição.
O DIRETOR COMERCIAL DA NAUTIMAX, MÁRIO SÉRGIO SERGENTI,
COM O EMPRESÁRIO JOÃO BOSCO, NA EMBARCAÇÃO FLY 35
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36
BURNOUT
O SEGUNDO
ADEUS
A Fórmula 1 se despede pela segunda vez
do piloto sete vezes campeão
POR VICTOR PAULINO FOTOS PAUL GILHAM / GETTY IMAGES
A despedida de algo que gostamos nunca é fácil,
menos uma volta em todos os carros
principalmente se somos bons naquilo de que estamos
da pista. No GP do Pacifico, em Aida, no
nos despedindo. No caso de Michael Schumacher, apenas
Japão, Schumacher foi um pouco mais
uma despedida não foi suficiente. O alemão que quebrou
modesto e só não deu volta no segundo
e estabeleceu boa parte dos atuais recordes da Fórmula 1,
colocado Gerhard Berger, então piloto
marcou história ao se tornar o piloto com o maior número
da Ferrari. Mesmo vencendo oito das
de títulos, vitórias, poles, pódios, voltas mais rápidas, hat tricks
16 provas do ano, o alemão só venceu o campeonato em um
(poles-positions, vitórias e voltas mais rápidas em um mesmo
toque com o inglês Damon Hill na última corrida, o que até hoje
final de semana) e vários outros números que podem demorar
gera muita polêmica.
para serem superados.
Com o ano de 1995 vieram o bicampeonato e o
O caso de Schumacher, como o próprio piloto, é diferente.
fechamento de contrato com a Ferrari para os anos seguintes.
Aos 43 anos, o alemão é o piloto mais velho do atual grid da
O jejum de quatro anos na escuderia italiana só foi quebrado
Fórmula 1 e, em 2006, já havia anunciado sua aposentadoria da
com a chegada do brasileiro Rubens Barrichello, em 2000. De lá
categoria, quando ainda corria pela Ferrari.
até 2004, a Fórmula 1 viveu um dos maiores períodos na história
Criado em Kerpen, cidade do interior da Alemanha, Michael
Schumacher sempre foi muito rápido no kart, se destacando
rapidamente em eventos locais e não demorando muito para
em que um piloto e uma equipe dominaram a categoria. Foi
também nessa época que boa parte do recordes citados no
início deste texto foi registrada.
fechar um contrato junto à Mercedes-Benz. Correu em diversas
Em 2006, mesmo detendo boa parte das maiores marcas
categorias de turismo vinculado à montadora alemã até fazer
da categoria, o alemão disputava o título contra Fernando
sua estreia na Fórmula 1 pela modesta Jordan, no GP da Bélgica
Alonso e mostrou uma de suas faces: a de Dick Vigarista (apelido
em 1991. Schumy, como é conhecido no “circo” da categoria,
que veio por diversas vigarices que aprontou contra adversários
encerraria sua primeira temporada com quatro pontos. No
na pista e também pela semelhança física com o personagem
mesmo circuito onde estreou, Spa-Francorchamps, o alemão
dos desenhos animados e que sempre armava alguma trapaça
venceu sua primeira corrida pela Benetton, já no ano de 1992.
para vencer seus concorrentes na “Corrida Maluca”). Um dos
Após um 1993 apagado, a Benetton ressurgiu em parceria
com a Ford no ano de 1994, vencendo as quatro primeiras
provas do campeonato com o jovem Michael Schumacher. No
GP do Brasil, prova que abriu a temporada, o alemão venceu sem
tomar conhecimento de qualquer adversário e colocou pelo
vários exemplos aconteceu durante o treino que definiria o
grid de largada para o GP de Mônaco daquele ano, quando
Schumacher parou o carro no trecho final da pista e atrapalhou
Alonso e todos os outros pilotos que terminavam as suas voltas
rápidas nos segundos finais de treino. O alemão foi punido com
37
SPORTYARD.COM.BR
a desclassificação do treino e largou da última posição. Mesmo assim, o piloto é muito
mais lembrado pelas belas atuações do que pelas trapaças.
“Parado”, o heptacampeão da Fórmula 1 não ficou longe da velocidade e se
aventurou no motociclismo, onde sofreu um acidente sério que o deixou hospitalizado
NÚMEROS DE
SCHUMACHER*:
por alguns dias, impedindo-o de substituir o brasileiro Felipe Massa na Ferrari, ao final
da temporada de 2009. Na pré-temporada de 2010, veio a surpresa e a reedição de
r 303 GRANDES PRÊMIOS DISPUTADOS;
uma velha parceria. Michael Schumacher retornava para a Fórmula 1 pelas mãos de seu
r 7 TÍTULOS DA FÓRMULA 1;
amigo Ross Brawn, correndo pela mesma Mercedes que o apoiou no início da carreira.
r 91 VITÓRIAS;
Bem longe do desempenho que o consagrou, e sendo um dos pilotos mais
velhos do grid, Schumacher conseguiu como melhores resultados um oitavo lugar no
campeonato do ano passado e um pódio neste ano. Isso pode explicar o motivo da
contratação de Lewis Hamilton antes mesmo de uma definição do futuro do maior
campeão da Fórmula 1.
A despedida de Michael Schumacher contrasta com a de outro multicampeão
do automobilismo mundial: o francês Sebastian Loeb. Atual detentor dos últimos nove
títulos no Campeonato Mundial de Rali da FIA (2004-2012), Loeb só correrá algumas
etapas do Mundial de Rali de 2013 e se despedirá da categoria para seguir novos
projetos da Citröen, montadora pela qual conquistou os seus campeonatos. No caso
de Schumy, o futuro ainda é incerto e não se sabe o que ele fará daqui para frente.
Independentemente do que Schumacher fez ou ainda fará, o fato é que o alemão
deixará uma legião de fãs, ferraristas ou não, alemães ou não, espalhados pelo mundo
e que farão questão de que aquele rápido kartista de Kerpen fique eternizado na
memória de todos por muitos anos.
r 68 POLE POSITIONS;
r 155 PÓDIOS;
r 1560 PONTOS;
*NÚMEROS CONQUISTADOS ATÉ O GP
DO JAPÃO DE 2012
38
BURNOUT
POR VICTOR PAULINO FOTOS VICTOR PAULINO
POR VICTOR PAULINO FOTOS PAUL GILHAM / GETTY IMAGES
O INÍCIO
A Stock Car desembarcou em Curitiba com várias
novidades, entre elas a estreia de Rubens Barrichello
Domingo ensolarado, quente e abafado, mas mesmo
mostrar a Rubens Barrichello que o carro da Stock Car tem
que estivesse caindo uma tempestade o fã do automobilismo
bem menos visibilidade e aerodinâmica bem diferente que
não deixaria de ir até o Autódromo Internacional de Curitiba
os carros de fórmula que ele tanto se acostumou a pilotar. “A
para acompanhar a segunda etapa da Stock Car na capital
adaptação está sendo boa. Foi uma boa classificação [15º], não
paranaense em 2012. Tudo pela estreia do experiente Rubens
tenha dúvida que a gente sempre pensa que poderia ter tirado
Barrichello em uma das principais categorias do automobilismo
um pouco mais, mas falta bastante tempo dentro do carro,
nacional. O apaixonado pelo esporte queria ver de perto o
principalmente nas aproximações e nas reduções, que ainda
desempenho do piloto que só está acostumado a assistir pela
vão vir com o tempo. Eu tenho certeza que se você perguntar
televisão, fosse durante os 19 anos de Fórmula 1 ou em sua
como foi o Rubinho para os 32 pilotos do grid, quase todos irão
temporada de estreia da Fórmula Indy, nos Estados Unidos.
dizer que foi bom”, disse Rubens Barrichello ao final do treino
Até mesmo a disputa acirrada pela ponta do campeonato e o
classificatório de sábado. Desempenho confirmado por Allam
novo item de segurança da categoria ficaram de lado diante da
Khodair depois da corrida, no domingo: “Com certeza é um
presença de Barrichello.
marco muito grande ter uma pessoa ímpar do automobilismo
A estreia do decano teve início na segunda-feira (15),
quando o paulista sentou no carro da categoria pela primeira
vez para realizar um teste de adaptação. O treino serviu para
mundial. É um prestígio muito grande, já chegou andando bem
e em breve ele vai subir no pódio com a gente”.
Elogios parecidos foram tecidos por Átila Abreu, pole
39
e vencedor da etapa de Curitiba, que lembrou a dificuldade
a nossa segurança e só vem a acrescentar à categoria”, declarou
de adaptação que o carro oferece para os novos pilotos que
Júlio Campos. Quem seguiu na mesma linha de discurso foi o
chegam à categoria: “Eu lembro como foi a minha estreia aqui
companheiro de Cacá, o paulista Daniel Serra, que tem estatura
e lembro o quão difícil foi para mim. Se ele correr a temporada
parecida com a de Campos: “Eu não tive problema nenhum
aqui, logo vai subir ao pódio porque a experiência dele conta
com o banco, talvez pelo tamanho, eu achei bom”.
muito e talento ele tem de sobra”.
SPORTYARD.COM.BR
Mesmo com 1,92m de altura, Átila Abreu marcou a pole e
O futuro foi assunto recorrente nas entrevistas feitas com o
venceu a corrida de ponta a ponta em Curitiba. Allam Khodair
piloto durante o final de semana. Em todas, ele deixou sempre
terminou em segundo com uma pequena vantagem para
muito claro que sua preferência atualmente é permanecer na
Daniel Serra, o terceiro colocado. O líder do campeonato, Cacá
Fórmula Indy, fazer mais uma temporada e somente depois
Bueno, terminou a corrida em quinto e ampliou a vantagem de
pensar em vir correr no Brasil: “Eu quero voltar para Fórmula
dois para 12 pontos, já que o então vice-líder Ricardo Maurício
Indy. Foi uma experiência ótima e quero procurar mais
bateu logo no início da corrida e não terminou a prova. O novo
competitividade porque eu tive muito problema por não
vice-líder é Daniel Serra.
conhecer as pistas. Eu quero voltar e fazer melhor”. Enquanto
ainda não tem uma decisão, Barrichello segue no Brasil, onde
corre as etapas de Brasília e a Corrida do Milhão, em São Paulo,
DO VETERANO
onde vai contar com a presença do “irmão” Tony Kanaan e do
ex-Fórmula Indy Raphael Matos.
Outra novidade, bem menos aparente ao público, chegou
à Stock Car no final de semana da décima etapa da temporada.
A categoria adotou um novo banco, feito de fibra de carbono,
que no geral foi aprovado pelos pilotos, mas pediu mais
tempo de adaptação para pilotos mais altos, como o líder do
campeonato, o carioca Cacá Bueno. “Eu estou com muita dor
nas costas porque ainda não encontrei uma posição confortável
dentro do carro. Agora estou cansando mais e tendo mais dor
nas costas. Acho que os pilotos maiores estão tendo uma
dificuldade para caber neste banco, mas sem dúvida nenhuma
houve um avanço enorme em termos de segurança, isso é o
principal”.
Para Thiago Camilo, esse processo de adaptação é normal
para todos os concorrentes: “A gente sempre faz o ajuste inicial
na oficina, mas sempre que você anda no carro sente uma
diferença. Mas está tudo tranquilo, mesmo estando com um
pouco de dor no ombro, pela posição nova. Eu acho que é
questão de costume”.
A diferença de adaptação ficou clara quando a pergunta
foi feita para pilotos de menor estatura, que foram só elogios ao
novo item de segurança da categoria: “Eu acho que os pilotos
maiores vão ficar um pouco mais desconfortáveis, mas é para
42
GROUND
&
POUND
UFC 152
DUELO D
POR DIEGO RAMOS
FOTOS DIVULGAÇÃO UFC
Jones machuca o braço, mas mantém o cinturão
“Penso que é possível vencê-lo, mas é difícil achar uma
arte suave. Aos 3 minutos e 50 segundos do 1º round, Jones
maneira de fazer isso.” Com essas palavras, Vitor Belfort resumiu
tentou o confronto e o brasileiro conseguiu prender o braço
como se sentiu após fracassar na estratégia de trazer o cinturão
direito do campeão e logo em seguida passou com as pernas
da categoria meio-pesado do Ultimate Fighting Championship
em torno do corpo do adversário, fechando um golpe chamado
para o Brasil. O palco foi o Air Canada Centre, em Toronto,
de triângulo. “Ele me pegou de um jeito que nunca senti, mas
no Canadá, recebendo lotação máxima para presenciar um
tinha trabalhado duro demais para desistir tão rápido. Achei que
evento em que dois leões duelariam - o americano Jon Jones,
meu braço ia quebrar, mas continuei”, analisou Jones, sobre o
defendendo o título do evento, contra o brasileiro Vitor Belfort.
momento de maior risco de perder o cinturão desde março do
“Não devemos ter medo de nada. Somos todos leões e foi isso
ano passado, quando ganhou de Maurício Shogun Rua. “Tive
que eu mostrei aqui”, explicou o brasileiro na entrevista coletiva
minha oportunidade, mas quando ouvi o estalo no braço dele,
após o combate. No entanto, o outro rei da selva demonstrava
acabei permitindo que ele escapasse. Pensei que tinha pegado
o fôlego de um jovem correndo atrás da presa, com a barriga
ele de jeito, mas não deu”, lamentou Belfort. Jones também
roncando, dentes longos, afiados e muita saliva escorrendo.
falou sobre o brasileiro ter aliviado, por preocupação, a pressão
Faixa preta em jiu-jitsu, Vitor começou a luta aguardando
exercida na tentativa de finalização, após ter ouvido o estalo
uma brecha para colocar em prática seus domínios sobre a
no braço durante o golpe em que quase perdeu a luta. “Isso só
43
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CASTIGADO, MAS COM O
BOLSO MAIS CHEIO
Apesar de vários traumas na cabeça e espalhados pelo corpo, Vitor Belfort saiu do UFC152
com bons motivos para comemorar. Além de ter sido o lutador que chegou mais perto de
“roubar” o cinturão, o brasileiro aumentou sua conta bancária em cerca de R$ 550 mil. Já Jones,
que manteve o título, ganhou pouco mais de R$ 900 mil na noite. De acordo com dados do
UFC, cerca de 16.800 pessoas compareceram ao evento, que movimentou quase R$ 4 milhões.
DE LEÕES
dos meio-pesados do UFC com os Estados Unidos
mostra que tipo de pessoa ele é. Ele é uma pessoa fenomenal.
Lyoto Machida no UFC 14O.
Realmente o respeito, é uma pessoa incrível e estou honrado
Mesmo assim, muitos acreditam que realmente a melhor
em enfrentá-lo. Se ele aliviou um pouco a pressão, tenho que
maneira de se parar o campeão é mesmo com a finalização. Em
tirar o chapéu para ele, é uma pessoa de classe. Houve um
uma conversa com a Sport Ardy, o mestre de jiu-jitsu Francis
momento em que pensei que ele poderia ter estendido ainda
Maurer, da equipe Killer Bees, representada por nada menos que
mais. Em 25 anos, não tinha sentido nada daquele jeito, estava
Anderson Silva, concordou com a estratégia adotada por Belfort.
conformado com aquilo, pensando que não acreditava que ia
“Ele foi o que mais chegou perto de ganhar do Jones”, analisou
perder daquele jeito. Depois, quando soltei, fiquei com o braço
Maurer, mais conhecido como “Mestre Urso”, praticante de jiu-
dormente e não tinha força no soco”, refletiu o campeão. Após
jitsu há 16 anos, além de outras artes marciais. Questionado
defender com bravura a tentativa de finalização, o americano
sobre qual estratégia adotaria em um combate imaginário
colocou em prática seu jogo de golpes rápidos e certeiros,
com Jones, não titubeou. “Ele tem uma ótima envergadura, isso
fazendo com que Vitor puxasse a luta para o chão, uma tática
favorece muito. Eu tentaria ganhar com o jiu-jitsu”, explica o
ousada, sabendo que o adversário tem como um dos pontos
professor da equipe das “abelhas assassinas”.
fortes cotoveladas cortantes, capazes de determinar o rumo de
uma luta, como o golpe distribuído por Jones contra o brasileiro
44
GROUND
UFC 153
&
POUND
POR DIEGO RAMOS
FOTOS DIVULGAÇÃO UFC
SERÁ ANDERSON SILVA
O PRÓXIMO ÍDO
Após outra vitória, brasileiro está cada vez mais
próximo de se tornar uma lenda
O Brasil é conhecido por diversas
junto”, revelou Minotauro na coletiva de
só hoje para salvar o evento. Minha
coisas. Carnaval, belo e extenso litoral,
imprensa. Em solo brasileiro, o lutador
categoria é 84 kg e é nela que vou me
lindas mulheres, jogadores de futebol
demonstra força de vontade adicional,
manter”, explicou logo após a luta, se
com rara qualidade e, nos últimos
somando os prêmios de nocaute da
referindo ao evento original, que previa a
tempos, por ótimos lutadores de artes
noite na primeira edição, contra Brendan
participação do campeão do peso pena
marciais. Um deles pode ser analisado
Schaub, e de finalização da noite no UFC
José Aldo, que sofreu um acidente de
em um capítulo à parte. Trata-se de
Rio 3, contra Dave Herman, na HSBC
moto e não pôde competir.
Anderson Silva, o “Spider”. Curitibano de
Arena. “Eu entrei querendo vencer da
Parece não haver adversário capaz
coração, Anderson já ganhou o mundo.
maneira que pudesse. Na montada,
de derrubar Spider. No entanto, a
É o lutador mais respeitado dentro do
poderia terminar no ground and pound,
sensação do momento e campeão dos
Ultimate Fighting Championship, com
até com cotoveladas, mas teve um gosto
meio-pesados, o americano Jon Jones,
16 vitórias seguidas, além de deter o
especial de tentar terminar com jiu-jitsu,
há tempos é alvo dos apaixonados pelas
maior número de defesas de cinturão
a arte marcial brasileira”, completou.
artes marciais como o adversário perfeito
na história do evento. Com tantas
Na luta principal na HSBC Arena,
para uma luta épica. “São os dois maiores
conquistas, Spider parece entrar em
uma
Silva
lutadores da atualidade. Em caso de
uma seleta lista de atletas brasileiros que
competindo na categoria dos meio-
uma luta combinada, acho que o Jones
deixaram o nome marcado na história,
pesados, uma acima dos médios, na qual
pode parar o Anderson”, argumenta o
como Pelé, Gustavo Kuerten, Ayrton
detém o título, contra um lutador que
fã do esporte Lucas Tatarin, em um bar
Senna, dentre outros.
detinha dados importantes no UFC, pois
completamente lotado e com fila de
novidade
–
Anderson
Em outubro, o Rio de Janeiro foi
até então nunca havia sido nocauteado
espera para acompanhar as lutas em
palco do UFC pela 3ª vez e, assim como
ou finalizado, o americano Stephan
solo carioca. Dana White, presidente do
em agosto do ano passado, na primeira
Bonnar. Bastou menos de um round
UFC, falou na coletiva sobre o sonho de
edição realizada na Cidade Maravilhosa,
para Spider derrubar, além da estatística
muitas pessoas. “O Anderson Silva é o
dois ícones do MMA lutaram na
do yankee, o próprio lutador. Com uma
melhor lutador de todos os tempos e já
mesma noite – Rodrigo Minotauro
joelhada daquelas vistas nos filmes de
fez coisas que ninguém nunca sonhou
e Anderson Silva. Coincidência ou
Hollywood, o brasileiro nocauteou o
em fazer. O Jon Jones é uma nova
não, o resultado se repetiu nos dois
adversário, dando tempo de distribuir
realidade no esporte e tem tudo para
momentos, vitória brasileira. “Para mim,
mais alguns socos antes de o árbitro
bater novos recordes. Essa seria uma
é um super incentivo lutar no mesmo
interromper o combate. “Eu não sou
grande luta. Eles falam que não querem
dia do Anderson Silva, sou amigo e
o melhor não, mas sou capaz de fazer
se enfrentar, mas com muito dinheiro
fã. Luto melhor quando luto com ele,
o que muitas pessoas não acreditam.
eu garanto que isso pode acontecer”.
treino melhor quando a gente treina
Team Nogueira, lutei nessa categoria
Questionado se toparia, Anderson Silva
45
SPORTYARD.COM.BR
OLO?
não respondeu afirmativa nem negativamente, mas declarou
Além das vitórias de Minotauro e Spider, o UFC Rio
que, caso acontecesse, não valeria título de categoria – nem
apresentou momentos marcantes, como a interrupção da
para ele, nem para o americano. “Não gostaria de lutar contra o
luta entre Glover Teixeira e Fábio Maldonado devido a graves
Jon Jones. Mas, se essa luta for acontecer, teria que ser no peso
ferimentos sofridos por este último, atleta da Nogueira Team,
combinado. Não valeria o cinturão dele. Eu já tenho o meu e não
equipe de Minotauro. Com isso, Teixeira somou a segunda
quero um título para deixar largado. As pessoas falam dessa luta
vitória no UFC e, para alguns fãs, é outro brasileiro que pode
e sou funcionário do UFC. Posso estar falando que não quero,
futuramente tentar tomar o cinturão de Jones nos meio-
mas e se o Jon Jones vai lá e aceita a grana que o Dana White
pesados. “Ele tem jogo para ganhar do Jones. Nessa categoria,
vai dar para ele? Vai ficar difícil”, cravou o atleta, que está com
todos os brasileiros perderam para ele, só restou o Glover”,
o nome cada vez mais consolidado no hall da fama brasileiro.
analisa Halan Freitas, estudante e apaixonado por artes marciais.
OUTRAS LUTAS DA NOITE
t Serginho Moraes, que está treinando em Curitiba com Maurício Shogun, venceu Renée Forte por finalização, aplicando um mata-leão no
terceiro assalto.
t Demian Maia demonstrou seu domínio da arte suave e aplicou um mata-leão em Rick ainda no primeiro round.
t Jon Fitch venceu Erick Silva por decisão unânime dos juízes em luta eleita como a melhor da noite.
t Phil Davis aplicou um triângulo de mão e derrotou Wagner Caldeirão aos 4m29s do segundo round.
t Rony Jason, integrante da Nogueira Team e campeão do TUF Brasil, venceu Sam Sicilia por nocaute técnico aos 4m16s do segundo round.
t Gleison Tibau venceu Francisco Massaranduba e Diego Brandão venceu Joey Gambino por decisão unânime dos juízes.
t Chris Camozzi venceu Luiz Banha na decisão unânime dos juízes.
t Cristiano Marcello venceu Reza Madadi em decisão dividida da arbitragem.
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48
BACKYARD
PADDLE INVADE
O BRASIL
E BUSCA SEU ESPAÇO
NAS PRAIAS E NAS
PISTAS DE SKATE
POR PEDRO DOMINGUES
FOTOS ARQUIVO PESSOAL DE GABRIELA BUFFARA SCHARF
Uma prancha de madeira com quatro rodas com a qual é
na Califórnia. Ele veio para o Brasil através de Beto “Loko”,
possível fazer diversas manobras nas ruas de qualquer cidade.
como conta Jorge Malvadão, um dos principais praticantes
Junto dela, um remo especial com duas rodas, que auxilia no
do esporte no Brasil. “O paddle skate veio através do Beto
equilíbrio e na velocidade. Lendo a primeira frase é inevitável:
Loko, um parceiro que trouxe da Califórnia um Hamboard
o primeiro esporte que vem à cabeça de qualquer pessoa é
(skate usado no Paddle) com eixos de skate normal.” Adepto
o skate. E sim, o pensamento não está errado, mas se trata de
de diversos outros tipos de esportes radicais, Malvadão logo
uma evolução dele, que vem fazendo sucesso no mundo dos
adotou o paddle, virando uma das referências do esporte.
esportes radicais.
Em parceria com a empresa Dropboards, espera disseminar o
O skate surgiu em meados dos anos 60, na Califórnia, EUA.
esporte pelo país. “Com a chegada do esporte ao Brasil, logo
Com a falta do que fazer nos dias sem ondas, alguns surfistas
comecei a praticar. A Dropboards, que é a empresa pioneira na
com sede por esporte e com muita criatividade pegaram um
fabricação do Carveboard (tipo de prancha), é também a minha
par de patins, um pedaço de madeira, e ali surgia esse novo
patrocinadora, e teve a ideia de fabricar o Hamboard aqui
esporte que faz sucesso até hoje. Mas a inovação vinda do
no Brasil, com um sistema de molas igual ao do Carveboard,
surf não acabaria por ali, e hoje o esporte que vem ganhando
criando assim o Hangboard Dropboards, que é atualmente o
espaço nas cidades é o paddle skate. Nele, a junção do surf com
modelo de paddle skate fabricado no Brasil.”
o skate fica mais evidente do que no skate tradicional. Com uma
Segundo Malvadão, a facilidade na hora de fazer manobras
prancha mais parecida com a usada pelos surfistas, mas com
será preponderante para o crescimento do paddle skate no
rodinhas para poder rodar na cidade, o paddle skate tem seu
Brasil. “Eu acredito muito no crescimento da modalidade,
diferencial no remo utilizado pelos atletas. Feito de madeira ou
principalmente pelo fato de o Hamboard e o remo permitirem
de fibra de carbono, esse remo tem a função de impulsionar o
tanto manobras no plano, como em ladeiras, praticando o
skate, que possui cerca de 2m de comprimento.
downhill.’’
O paddle skate, assim como o skate, também nasceu
49
SPORTYARD.COM.BR
Com regras semelhantes às do skate, o paddle começa a
ser totalmente novidade aqui no país, acho que só tende a
crescer no país. Com o número de adeptos aumentando cada
crescer. É uma boa forma de perder o medo do mar e de ter
vez mais, o esporte também tem sua versão aquática. Com o
mais equilíbrio, principalmente pra quem quer começar o surf
nome de paddle surf, a modalidade tem grande semelhança
normal, pois o remo facilita muito isso.’’
com a versão urbana, mas a prancha é do tamanho de uma de
surf normal e o remo, logicamente, não tem as rodinhas. Ambas
as modalidades do paddle têm um crescimento contínuo no
Brasil, atraindo principalmente praticantes do skate e do surf
tradicionais. Porém, a facilidade maior em subir numa prancha
e remar atrai mais ainda quem tem o sonho de surfar e desiste
pela dificuldade do esporte.
É o que diz a praticante do paddle surf, Gabriela Buffara
Scharf, de 17 anos. Surfista, ela conheceu o paddle por meio de
um amigo, adorou, e desde então não parou mais. Acreditando
no sucesso futuro do ainda pouco conhecido paddle
surf, Gabriela acha que a facilidade criada pelo remo deve
impulsionar o crescimento do esporte. “Pelo fato de o esporte
Apesar da influência do surf tradicional na hora de praticar
o paddle, Gabriela afirma que o crescimento do paddle surf
não está condicionado apenas ao surf. “Além de o esporte atrair
quem já surfa, eu mesma conheço muitas pessoas que praticam
só o paddle. Ele com certeza pode ser considerado um esporte
à parte, até por conta do tamanho da prancha, da inclusão do
remo e outras coisas particulares.’’
As modalidades são conhecidas também como stand up,
tanto no skate como no surf. O esporte ainda está em fase de
crescimento no Brasil, mas logo deve dividir o espaço com as
pranchas de surf no mar e os skates na cidade.
Entrevista:
Mauricio Letzow, 36, começou a praticar triathlon em 1992,
aos 15 anos. Formado em Educação Física pela UFPR, Letzow já
antes disso, já nadava um pouco e gostava de pedalar nos finais
de semana.
participou de 15 competições do Ironman (Brasil, Canadá, África
do Sul, Nova Zelândia, Suíça, Roth e Kona), um campeonato
mundial de X-Terra no Havaí, dois campeonatos mundiais
de Triathlon, do ITU, na Suíça (1998) e no Canadá (1999), e do
mundial 70.3 nos Estados Unidos (2012).
No início de outubro, o atleta participou do maior desafio
da sua carreira: o Ironman Kona, no Havaí. Já nos Estados
Unidos, preparando-se para a prova, Letzow conversou com a
S: Por que começou a praticar triathlon?
M: É um esporte desafiador, que engloba três modalidades
muito diferentes. Por isso, sempre encontramos motivação
para treinar, pois a modalidade é dinâmica. Gosto de desafios
e me sinto melhor nos esportes individuais, já que o resultado
depende apenas do seu esforço, e não de toda uma equipe.
reportagem da Sportyard sobre a sua carreira e a expectativa
para o Ironman.
S: Como é sua rotina de treino?
M: Treino natação de segunda à sexta, pedalo quatro vezes
Sportyard: Antes de praticar o triathlon, você já treinava
corrida, ciclismo ou natação?
Maurício: Comecei a prática do triathlon em 1992, mas,
por semana - em média 250 km (na semana) - e corro outras
quatro vezes - em média 50 km semanais.
MAURICIO
LETZOW,
POR RHUANA RAMOS
FOTOS MUNDO TRI
O IRONMAN BRASILEIRO
S: Além dos treinos, quais são os outros cuidados para
competir?
S: Quais são suas atividades além do triathlon?
M: Bom, vivo o triathlon intensamente há 20 anos. Além
M: Alimentação e descanso fazem parte da rotina dos
de atleta, sou técnico da modalidade e tenho uma equipe.
atletas da mesma forma que os treinamentos. Esse trio precisa
Trabalho como diretor técnico da Webtreino Assessoria
andar junto para que tudo funcione perfeitamente.
Esportiva e desenvolvemos programas de corrida e caminhada
em empresas. Além disso, também tenho alunos como personal
S: Quais são as principais provas em que você competiu?
trainer.
Tem alguma que é mais especial?
M: Competi em dois mundiais na distância olímpica
S: Como você vê o triathlon no Brasil?
(Canadá e Suíça), um mundial de triathlon cross country (X-Terra
M: O triathlon no Brasil não para de crescer. Novas
em Maui, no Havaí), um mundial de 70.3 (meio ironman) em Las
provas, um número crescente de participantes e uma procura
Vegas, fiz o Ironman da Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e
muito grande pelas assessorias esportivas. A modalidade vem
Suíça, fiz muitas provas no Chile, e inúmeras pelo Brasil. Mas,
conquistando cada vez mais espaço e aos poucos cai aquela
sem dúvida, a prova mais marcante foi o mundial de Ironman
imagem de que é um esporte apenas para “homens de ferro”.
no Havaí, este ano.
S: Quem é o seu principal ídolo dentro deste esporte?
S: Como está sendo sua preparação para o Ironman no
Havaí?
M: É difícil citar um nome. Como já estou há 20 anos no
esporte, muitos ídolos já surgiram nesse tempo (risos). Tive
M: Este ano fiz uma dobradinha de mundiais. Fui para
a oportunidade de conhecer e treinar com Dave Scott, agora
Las Vegas competir no mundial de meio Ironman e, após a
em Boulder. Ele é uma lenda no esporte, já ganhou seis vezes
prova, fui para Boulder, no Colorado. Lá, permaneci treinando
o Ironman do Havaí. Mark Allen também estava no Havaí,
para o mundial de Ironman do Havaí. Boulder é um centro de
outra lenda, com seis títulos. No Brasil, admiro muito o Leandro
treinamento com excelentes condições de treino e onde vivem
Macedo e o Alexandre Manzan, ambos de Brasília, que já se
muitos atletas profissionais de vários países. Pude vivenciar
aposentaram. Enfim, tem muita gente em quem se espelhar.
o treinamento de grandes nomes do triathlon por lá, ver a
realidade dos treinos de atletas profissionais e usufruir das
condições de treino que o local oferece. Sem dúvida, foi uma
grande experiência.
S: Você acredita ser melhor na corrida, ciclismo ou natação?
M: No ciclismo, com certeza.
S: Qual é seu principal objetivo no triathlon?
M: Qualidade de vida, sem dúvida. Treinar faz parte da
minha rotina. Não consigo me imaginar sem o triathlon.
* Maurício Letzow completou o Ironman Havaí 2012 em
10:49:33, sendo 1:02:50 dedicadas à natação, 5:36:14 ao ciclismo
e 4:02:58 para a corrida.
Luiz Melão
POR RHUANA RAMOS
Luiz Felipe Petrochinski Taques, 28, mais conhecido
como Luiz Melão, é fotógrafo desde 2006. Destaca-se por ter
uma visão delicada, sensível e diferenciada das corridas de
cavalo, objetos de seus cliques.
Começou a fotografar por hobby, mas acabou fazendo
disso uma profissão. “Comprei uma máquina fotográfica,
mas quase nunca a usava. Levei-a um dia ao Jockey e fiz
minhas primeiras imagens”, conta.
Foi assim que ele conseguiu unir a profissão a uma
paixão: o turfe. “Desde criança eu vou ao Jockey assistir
às carreiras com a minha família”, lembra. As primeiras
imagens registradas lhe agradaram e, a partir de então,
começou a fotografar com maior frequência.
As dificuldades em fazer imagens de corridas de cavalo
foram e são especiais, independentemente do tamanho
ele carrega até hoje. “Eu trabalho sozinho, então não posso
do evento. Cada um tem as suas características”, explica.
errar nem perder nenhum momento importante do animal”,
Além de fotografar o momento das corridas, ele também
explica. Antes de iniciar o trabalho, ele já cria algumas ideias
faz questão de registrar o treinamento, os profissionais
e apenas tenta concretizá-las na prática. “Mesmo assim,
envolvidos no cuidado do cavalo, o galope de apresentação
sempre me surpreendo com movimentos inusitados dos
(cânter), os preparativos antes do partidor e a comemoração
cavalos, que garantem belas fotos. Tento capturar imagens
dos proprietários e sua equipe.
diferentes das tradicionais, que demonstrem sentimento e
emoção”, diz.
Luiz Melão é formado em Sistemas de Informação,
Luiz Melão já fotografou no hipódromo de Uvaranas
professor universitário, empresário de mídia digital out
(Ponta Grossa), Tarumã (Curitiba), Cidade Jardim (São
of home e proprietário dos sites Disco Final e Luiz Melão
Paulo), Linneo de Paula Machado (Campos dos Goytacazes),
Fotografia.
Gávea (Rio de Janeiro) e Palermo (Buenos Aires). “Todos
62
CHECK
IN
POR RHUANA RAMOS FOTOS MARCELO LEFÈVRE
TRIUNFANTE
PARIS
A cidade do romance, das paixões avassaladoras. Onde
Em 2012, o festival turfístico foi realizado nos dias 6 e 7 de
Coco Chanel, uma das estilistas mais revolucionárias de que
outubro, quando 17 provas foram disputadas. A premiação total
o mundo já ouviu falar, viveu seus últimos momentos. Cidade
atingiu a astronômica soma de 7,9 milhões de euros (cerca de
em que Victor Hugo passou a infância e que é descrita pelo
20,5 milhões de reais). Desse valor, quatro milhões foram pagos
dramaturgo em seu momento medieval, no romance Notre-
no Grande Prêmio “Arco do Triunfo”.
Dame de Paris.
Em uma breve comparação, a principal prova francesa
Paris banhada pelo Rio Sena. Paris de elegância indiscutível.
é disputada em pista de grama, em 2.400 metros. A mesma
Paris dos amores perdidos. Paris dos ballets. Paris das lojas de
distância é percorrida no Grande Prêmio “Brasil”, prova máxima
grife. Paris do “biquinho” para desejar “bonjour”. Paris da Torre
daqui e realizada no Hipódromo da Gávea (Rio de Janeiro).
Eiffel. Paris da Champs Elysées. Paris dos Jardins de Luxemburgo.
Porém, os cavalos correm em pista de areia. Mas, a grande
Paris do Arco do Triunfo. Paris do turfe.
diferença, talvez, esteja justamente no prêmio pago aos
Do turfe? Sim. A cidade recebe todos os anos, no primeiro
responsáveis pelo campeão. No GP “Brasil”, o prêmio beira os
final de semana de outubro, uma das principais provas mundiais
R$100 mil. Outra diferença é percebida no número de inscrições:
deste esporte, o Grande Prêmio “Arco do Triunfo”. Disputada no
13 cavalos participaram da prova brasileira, enquanto 18
hipódromo de Longchamp, a prova costuma reunir milhares
estiverem na edição francesa.
de pessoas (cerca de 60 mil). Muitas delas são francesas, outras
Uma curiosidade que envolve a festividade é a realização
tantas europeias, vindas principalmente de Inglaterra e Itália.
de uma prova com cavalos da raça Puro Sangue Árabe.
Mas, ultimamente, o “Arco do Triunfo” tem atraído a Paris muitos
Normalmente, as corridas são disputadas por cavalos Puro
japoneses e brasileiros. Além disso, segundo organizadores
Sangue Inglês. Porém, esta prova especial acontece durante as
do evento, cerca de um bilhão de pessoas, em trinta países,
festividades francesas devido ao patrocínio da empresa árabe
acompanham a prova.
Qatar.
63
A MELHOR ÉGUA
Em 2012, a grande campeã do Grande Prêmio “Arco do Triunfo” foi a irlandesa Solemia, pilotada pelo francês Olivier Peslier. Muito
esperada era a atuação do animal japonês Orfevre, tríplice coroado em seu país. Porém, em uma disputa emocionante com Solemia,
Orfreve ficou com a segunda colocação. Em terceiro chegou o canadense Masterstrokea, seguido pela francesa Haya Landa e pelo
inglês Yellow and Green.
Solemia tem apenas quatro anos e é treinada por Carlos Laffon-Parias. Esse foi o primeiro “Arco” do treinador, enquanto o jóquei
vencedor o disputava pela quarta vez (já tendo vencido em 1993, 1997 e 1998).
SPORTYARD.COM.BR
64
CHECK
IN
UM BRASILEIROEM
ENTREVISTA
PARIS
O turfista residente em São Paulo, Marcelo Lefèvre, 62,
Internacional de Imprensa e conviver com os demais colegas
acompanha o esporte há mais de 40 anos. Ele trabalha como
jornalistas especializados do mundo todo, especialmente os
consultor de RH, mas mantém um site sobre o esporte, o Pega
ingleses e japoneses.
Pelo Rabo, como hobby.
Lefèvre já assistiu a corridas em diversos hipódromos.
S: Quais as principais diferenças entre o hipódromo francês
e os brasileiros?
Dentre os brasileiros: Cidade Jardim (SP), Gávea (RJ), Tarumã
M: São diferenças enormes, mas vou me ater somente às
(PR), Cristal (RS) e da Madalena (PE). Pelo mundo, já passou pelo
principais. Primeiramente, os hipódromos na França só têm pista
turfe argentino, uruguaio, inglês e francês. Em 2012, esteve em
de grama, não existem pistas de areia. Quando chove demais
Paris pela nona vez para acompanhar o Grande Prêmio “Arco do
e a grama fica impraticável, as corridas são transferidas para
Triunfo”.
outra data. Outra grande diferença é o conforto e as facilidades
Em entrevista à SPORTYARD, Lefèvre conta um pouco
sobre o turfe e a capital francesa.
Sportyard: Há quantos anos você vai a Paris assistir ao
Arco do Triunfo?
Marcelo: Fui pela primeira vez em 1971, quando tinha 21
anos, e mais recentemente vou desde 2004. Só não fui em 2010,
devido a compromissos familiares (casamento do meu filho).
Portanto, já assisti a nove Arcos.
S: Teve algum ano que foi mais marcante? Por
quê?
oferecidas para o apostador, que vão desde os horários das
corridas (cumpridos religiosamente) e sempre terminando no
final da tarde, deixando a noite livre, até a qualidade impecável
das imagens, das narrações, dos serviços e informações para os
apostadores — seja por meio de funcionários treinados e bem
preparados (a grande maioria bilíngues), seja pelos monitores
de alta definição distribuídos por todo o hipódromo e agências,
telões ou mesmo pela mídia impressa. A propósito, existe um
jornal diário na França especializado em turfe chamado Paris
Turf, além de diversas revistas e seções de turfe nos jornais de
maior circulação.
M: O mais marcante foi o ano de 2006, quando pela primeira
vez fui como jornalista credenciado pela France Galop. Aliás,
era o único brasileiro e pude conhecer um verdadeiro Centro
S: Quantas provas foram disputadas no dia do Arco do
Triunfo?
65
M: Em todos os hipódromos da França, as reuniões são
M: Nenhuma especial diferença, apenas que depois de ir
compostas por oito provas. Porém, excepcionalmente no dia
tantas vezes você já domina melhor a cidade, não se perde no
do Arco, pelo fato de o evento ser patrocinado pela Qatar, uma
metrô, aproveita mais o tempo. Idem com relação ao esporte,
prova a mais é incluída na programação, disputada por cavalos
isso porque todos os anos os animais que competem nas
da raça árabe. Vale lembrar que as corridas de cavalos são
principais provas do weekend do Arco são os melhores do
disputadas por animais da raça PSI – Puro Sangue Inglês.
mundo, bem como os jóqueis e treinadores. Talvez a única
S: Poderia descrever a prova de 2012? Conte, com as suas
palavras, como foi o desempenho dos cavalos, quem venceu,
para quem era sua torcida...
M: As maiores atrações da prova de 2012, disputada na
distância de 2.400 metros, foram a participação do melhor
cavalo europeu de três anos, Camelot, montado pelo italiano
Frankie Dettori e considerado por muitos o melhor jóquei do
diferença seja que, a cada ano, mais aficionados brasileiros vão
a Paris para assistir ao Arco, alguns dos quais atraídos pelas
matérias que costumo produzir para o meu site Pega Pelo
Rabo, destacando o evento com bonitas fotos, inclusive sobre a
tradicional elegância das mulheres no dia da festa.
S: Para entrar no hipódromo, no dia do Arco do Triunfo, é
preciso pagar entrada?
mundo; e do craque japonês tríplice coroado Orfevre, montado
M: Sim, no dia do Arco o público paga para entrar. Jornalistas
por um dos melhores jóqueis em atividade na França, chamado
credenciados não, é claro. O valor depende da localização, como
Christophe Soumillon, que levou a minha particular torcida.
em qualquer espetáculo. O bilhete mais barato custa dez euros.
Todavia, nenhum dos dois sagrou-se vencedor. Ganhou uma
A condução para o hipódromo é gratuita, com ônibus saindo de
égua irlandesa chamada Solemia, pouco visada nas apostas,
várias estações de metrô localizadas nas proximidades.
em um final eletrizante contra o cavalo japonês, decidido
S: Desde 2006, você frequenta a área de imprensa do
por diferença de uma cabeça. É importante destacar que a
evento. Como é o trabalho dos jornalistas com relação ao turfe?
premiação total do páreo do Arco foi de 4 milhões de euros,
O esporte é mais valorizado na França do que no Brasil?
sendo que aproximadamente 2,3 milhões destinados ao
vencedor.
S: Quando você vai a Paris, fica quanto tempo?
M: Não existe termo de comparação entre o turfe na França
e no primeiro mundo com o brasileiro. Lá, o esporte é tratado
profissionalmente em todos os sentidos, ao contrário do nosso,
M: Varia muito, já fiquei três meses na Europa, sendo um
totalmente amador. Para se ter uma ideia, este ano havia mais
apenas em Paris, e já viajei em uma quinta-feira para retornar
de 100 profissionais de imprensa japoneses credenciados, entre
no domingo. Depende dos compromissos profissionais em
fotógrafos e jornalistas, além dos ingleses, alemães, italianos e
São Paulo e também do saldo na conta bancária, é claro.
árabes. É outro mundo.
Ultimamente, tenho ficado de uma semana a dez dias.
S: O que você faz em Paris enquanto não está no
hipódromo?
S: Conte um pouquinho como é o dia de provas em Paris.
M: O dia do Arco é muito especial. Após uma noite de
sono bem dormido de sábado para domingo, já prevendo a
M: Simplesmente passear por Paris já seria mais do
agitação do evento, ao acordar vem a escolha daquela roupa
que prazeroso, mas costumo também ir a concertos de
especial, a preparação da mochila com o material de trabalho,
música clássica em igrejas ou teatros, museus e exposições,
especialmente o notebook, e a partida do hotel por volta das
restaurantes, visitar amigos, fazer compras. Lembro que apenas
11h da manhã. No metrô, em direção à estação onde se pegam
em Paris, além de Longchamp, que é o principal hipódromo
os ônibus para o hipódromo, os vagões já estão lotados de
e onde acontece o Arco, existem mais dois hipódromos, além
turfistas do mundo todo. Chegando ao hipódromo, aquele
de diversos outros nas proximidades, de modo que costumo
clima de festa, milhares e milhares de pessoas – este ano, devido
também assistir às corridas ao vivo em outros locais.
à crise na Europa, o público foi de “apenas” 60 mil pessoas; no
S: Você tem um lugar preferido em Paris? Qual é e por quê?
M: Sim, um lindo ponto turístico chamado Place des
Vosges, onde morou Victor Hugo, uma praça que meu saudoso
pai, que amava Paris e era também turfista, gostava muito.
Todos os anos passo algumas horas lá “conversando” com
ele, contando as novidades minhas, da família e matando as
saudades.
S: Pensando na primeira vez em que você foi e nessa
última, em 2012, que diferenças você percebeu na cidade e no
esporte?
ano passado, foram mais de 80 mil —, o Centro Internacional de
Imprensa lotado, difícil conseguir um lugar nas bancadas para
instalar o computador e guardar o material. Após várias provas
de G1, chega o momento do Arco, o padoque abarrotado de
aficionados, as arquibancadas idem. Durante a corrida, aquela
adrenalina total, e no disco final uma loucura, a entrega das
taças, os vencedores em uma carruagem, a Marselhesa tocando.
Para quem gosta de turfe, é o máximo!
SPORTYARD.COM.BR
Socialyard
FOTOS EQUIPE SPORTYARD
Entre os dias 19 e 21 de outubro o Hipódromo do Tarumã, em Curitiba,
foi palco das festividades do Grande Prêmio “Paraná” de turfe. Todos os
detalhes da festa foram registrados pela equipe da Sportyard.
ALVENIR RAMOS DA SILVEIRA, RHUANA RAMOS E IARA RAMOS DA SILVEIRA
HELENA MÜLLER, FERNANDO MÜLLER E DENIR MÜLLER
DIANE LEITE E ROSE RONCONI
FERNANDA CAMARGO, CRESUS A. W CAMARGO (VICE PRESIDENTE DO JOCKEY
CLUB DO PARANÁ) E RICARDO STIVAL
JORDANA SANTOS, FLAVIA BERNARDES, CAMILA RIBEIRO, CHIARA MIRANDA E THAIS JUSTINO
MARCELO LEFÈVRE, RHUANA RAMOS E RICARDO STIVAL
MAURÍCIO PERDONSINI, FERNANDA CAMARGO, FELIPE SANTINI E WILLIAN SANTINI
MAYARA CASTANHEIRA, THAÍS CASTELIANO, SYBELLY BARON E MARCELA DEFERT
MICHELA OLIVEIRA, RICARDO LECINK E TANIA RIBAS
RICARDO STIVAL E FERNANDA CAMARGO
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POR GUILHERME DELENSKI
Colunas
FOTOS DIVULGAÇÃO
ESPORTE NO CINEMA
THE LONELINESS OF THE LONG
DISTANCE RUNNER
A indústria cinematográfica da Inglaterra não era
ao norte de Londres, tem uma família desestruturada – três
considerada de grande qualidade até 5 de fevereiro de 1956,
irmãos ainda crianças, pai recém-falecido e mãe que traz o
quando um grupo de diretores, entre os quais Lindsay Anderson,
substituto para dentro de casa um dia depois de enviuvar.
Tony Richardson e Karl Reisz, lançou um manifesto em uma
exibição de seus curtas-metragens.
Os curtas não foram realizados por um coletivo – como é
Esse garoto, chamado Smith, comete um roubo, é pego
e vai para o reformatório. Ele é um rebelde, mas um rebelde
diferente de James Dean ou dos mods e dos rockers londrinos.
uma moda de gosto duvidoso que acontece hoje em dia – mas
Smith tem consciência dos problemas sociais e da moral
por diretores aparentemente sem afinidade que notaram que
hipócrita que vive a Inglaterra de sua época, porém, apesar de ser
seus filmes tinham algo de novo perto do congelado cinema
contra isso, como assaltar, discutir e até brigar no reformatório,
comercial inglês da época.
vemos uma ingenuidade infantil em sua rebeldia.
A nova estética proposta por eles era de produções baratas,
Smith está preso em sua classe social, na sua família
atuações realistas e técnicas simples de fotografia, não possuía
desajustada e, depois, fisicamente no reformatório. A única coisa
invenções estilísticas e tratava de problemas sociais dos jovens.
que lhe dá liberdade são as corridas de fundo no reformatório,
Esses conceitos acabaram criando identificação entre esses
durante as quais descobre ser bom. As longas cenas de corrida
filmes e a cultura do rock que florescia na época. A banda Iron
aos embalos do jazz são o ponto alto do filme.
Maiden chegou inclusive a fazer uma música chamada The
Loneliness of the Long Distance Runner.
A corrida final, de 7,5 Km, que envolve os garotos do
reformatório contra os de uma escola particular, é muito bem
Esse é o mesmo nome do filme de 1962, sobre o qual
filmada, com uma tensão crescente. Não em sua dificuldade em
comentaremos nesta edição – uso o nome em inglês, pois não
si, mas nas divagações e interrogações de Smith entre ganhar
houve tradução brasileira para esse filme.
a corrida e conseguir vantagens no reformatório ou se rebelar,
The Loneliness of the Long Distance Runner é dirigido por
Tony Richardson, um dos diretores que haviam assinado o citado
manifesto, intitulado de Free Cinema.
O tema do filme é comum: um garoto pobre de Nottingham,
de sua forma infantil, contra as prisões que querem tirar a única
coisa que pode torná-lo livre, sua dignidade.
Um filme simples, com história e técnica simples, mas que
consegue fazer refletir, através da reflexão, a solidão do fundista.
72
Colunas
POR KIKO DE PAULA SOARES FOTOS DIVULGAÇÃO
GOLFE
SPORTYARD.COM.BR
A DIFERENÇA ENTRE O
PROFESSOR E O JOGADOR
Para fazer a distinção entre o profissional de Golf professor
troféu de um torneio de final de semana.
e o jogador profissional de Golf, é importante se destacar o fim
Um doa, outro toma; um ensina, outro treina; um está
a que o conhecimento se destina. Ser professor é aprender e
observando, o outro jogando. São duas personalidades e dois
escolher entre várias hipóteses para, mais tarde, transmitir a
objetivos completamente diferentes.
mais conveniente em benefício do aluno. Ser jogador de Golf é
escolher o que melhor se adapta para o benefício próprio. Um
A maioria das pessoas acha que um bom jogador
divide, o outro toma para si. Ser professor é resolver se doar ao
necessariamente é um bom professor. Ledo engano. Mesmo
ensino do esporte mais difícil que existe e exige, além de cultura
com bons resultados, fruto de sua habilidade natural e treino
específica do esporte, a paciência somada à didática. Ser jogador
continuado, em geral o jogador não tem o conhecimento
exige treino, técnica, persistência e cabeça.
tampouco a paixão pelo ensino: ele joga e ensina por dinheiro.
A glória passa, as contas ficam, ele precisa da “grana” para se
O professor adora ajudar o desesperado com uma dica,
manter jogando. Por outro lado, o professor faz isso de maneira
curar males do swing mal nascido, incorporar o novo jogador à
natural e não pode ver alguém errando que já quer ajudar. Claro,
cultura e ao clã de cada clube. O jogador adora ver o desesperado
ele deve ser remunerado, mas a recompensa maior surge na
se matar, jamais dando uma dica, e pouco se importa com o
tacada perfeita do aluno e em sua expressão de deleite ao ver a
swing, mas com o resultado sim. Ser professor é ter carinho e se
bola voando na direção desejada.
divertir ao educar os pequenos deixados no putting green sob
Uma grande injustiça é manter o professor, mesmo que
sua responsabilidade. O jogador pro é um tomador de segredos,
formado em Educação Física e não jogando a dinheiro, fora do
tudo para sua técnica, seu preparo mental e físico, sem direito à
Estatuto do Golfista Amador. Uma coisa é ser professor e viver
divisão, em nome da competição e do show. Em geral, não tolera
disso, outra é jogar por dinheiro. Um ensina e raramente tem
crianças e suas bagunças por perto, adorando a solidão do treino
tempo para treinar, praticando muito menos do que a maioria
e a multidão do jogo. O professor adora a multidão do treino
dos bons amadores, enquanto tudo o que o jogador faz é treinar
e sofre a solidão na hora da vitória de seus pupilos. O jogador
e viajar para jogar valendo premiação. Pessoas, trabalhos e fins
sabe que a recompensa do treino árduo e paciente é a vitória
completamente diferentes. Está na hora de mudar e deixar de
efêmera, esquecida na segunda-feira com direito a um cheque
punir o professor, amador de Golf, ao impedi-lo de disputar
polpudo no bolso. O professor sabe de sua importância perene
torneios amadores.
na formação de um golfista e da felicidade eterna estampada no
74
POR JULIANA RIBAS
Colunas
FOTOS JULIANA RIBAS
HIPISMO
SPORTYARD.COM.BR
EQUOTERAPIA
O Hipismo tem diferentes modalidades e uma
delas é o Adestramento Clássico. Muito popular
na Europa, onde surgiu no século XIX a partir de
movimentos típicos de evoluções de guerra, o
Adestramento se espalhou pelo mundo como uma das
mais refinadas e charmosas modalidades esportivas.
O objetivo geral do Adestramento é auxiliar o
cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios,
a capacidade de executar todos os seus movimentos
naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento
ao cavaleiro e, portanto, agradável de montar. Essa
modalidade, onde dois seres vivos atuam e trabalham
em conjunto, é muito mais que equitação, é uma arte.
Durante as provas de adestramento, o conjunto
(cavalo/cavaleiro) executa uma coreografia que se
parece com uma dança, um “ballet equino”. Para se
obter a melhor pontuação, os movimentos devem
ser feitos com liberdade, leveza e calma, dando
a impressão de que o animal “flutua” pela pista. A
avaliação é feita através de critérios subjetivos e
técnicos por juízes especializados que analisam cada
pequeno detalhe na execução de figuras, tais como:
passage, piaffe, mudanças de andamento e piruetas,
entre outras.
A
competição
mais
popular
dentro
do
adestramento é o Freestyle, onde a apresentação do
cavaleiro e cavalo tem que estar sincronizada com uma
música.
Todos os cavalos e cavaleiros que praticam
qualquer outra modalidade do Hipismo deveriam
primeiro ter uma boa base de Adestramento, que é
fundamental para uma equitação segura e harmônica.
O Hipismo no Brasil é mais conhecido pelo Salto,
mas o Adestramento vem ganhando mais adeptos
a cada dia no país. Destaque especial para o Puro
Sangue Lusitano, cavalo que se consolidou nas pistas
e conquistou resultados na modalidade, destacandose no cenário internacional e fazendo com que alguns
criadores brasileiros enxergassem a qualidade da raça.
* Fonte: Textos da juíza de adestramento Ingrid
Borghoff Troyko
Colunas
POR LETÍCIA MATTOS MUELLER
FISIOTERAPIA
MOVIMENTOS BÁSICOS X
MOVIMENTOS ESPECÍFICOS
Vamos falar de movimento, no sentido mais amplo da palavra?
Mover-se é deixar que os nossos ossos - arcabouço estrutural – se
musculares podem causar fadiga precoce de alguns músculos e fraca
atividade de outros.
afastem ou se aproximem entre si, de acordo com o comando que nossos
Então, fica a pergunta: o praticante de esporte fatalmente se
neurônios dão aos nossos músculos, gerando o livre deslocamento do
lesionará com o tempo? Pode-se dizer que a prática rotineira de um
corpo no espaço. A arquitetura corporal do homem permite quantidades
movimento específico está PROPENSA a trazer como consequência:
específicas de movimento para cada articulação. E quando falamos em
fadiga muscular, tensionamento e encurtamento de certos músculos,
gestos, atividades e posturas naturais do homem moderno, deixamos
alongamento excessivo de outros, uso desequilibrado de músculos de
de falar de uma única articulação para falar em várias articulações, que
um só lado do corpo (quando o esporte é unilateral), descoordenação e
funcionam de forma coordenada, intuitiva e instintiva. Esses movimentos
déficit de controle postural e da estabilidade da região abdominal (core),
podem ser chamados de movimentos básicos. Quando um movimento
entre outras. Não é difícil que esse quadro resulte em lesões significativas
básico está limitado ou comprometido, ocorre a chamada lei natural da
e comprometa até mesmo movimentos simples do nosso dia a dia. A
conservação de energia: compensação do movimento e tentativas de
falta da rotina da avaliação dos MOVIMENTOS BÁSICOS do indivíduo
evitar a dor, mantendo o novo padrão de movimento o mais parecido
acoberta informações vitais acerca das deficiências iniciais do corpo. Essas
possível com o original.
deficiências PODEM E DEVEM ser abordadas CONCOMITANTEMENTE ao
A maioria dos profissionais que lidam com movimento concorda
treinamento que o esportista faz para ganhar força, potência e resistência.
que nosso corpo precisa de uma base fundamental antes de encararmos
Quebrar a casca de um ovo cozido é de fato mais difícil do que fazer o
atividades mais específicas. Atividades específicas, e aqui podemos
mesmo em um ovo cru. O interior mole e frágil do ovo cru não fornece a
ressaltar as esportivas de alto nível ou não, podem servir para anular o
sustentação necessária para a casca resistir a qualquer golpe externo, por
nível funcional básico do corpo, ou seja, comprometer a qualidade dos
menor que ele seja.
nossos movimentos básicos, pois força o corpo a trabalhar sempre no
A criança ou o adolescente tem o corpo imaturo em termos
mesmo padrão de movimento requisitado pelo esporte. Não haveria
de padrões de movimento, estabilidade, controle, flexibilidade e
repercussões maiores se fosse comum o praticante tomar medidas
coordenação. Aqueles que iniciam cedo a prática regular de esportes
que contrabalanceassem, os chamados exercícios corretivos. Examine
que exigem duros treinos semanais e participação em provas e torneios
atividades esportivas que exploram um movimento particular mais do
podem ser alvo fácil de lesões esportivas que encurtarão a saúde articular,
que outros: a jogada do golfe, que normalmente tem um foco unilateral
capsular e ligamentar. Averiguar o movimento da criança, avaliando suas
(swing da direita ou da esquerda); a corrida, que desenvolve muito mais
principais deficiências, é imprescindível desde o seu ingresso em qualquer
os músculos e padrões de movimento das pernas, negligenciando outros.
esporte. Os exercícios corretivos, aplicados para cada caso em particular,
As atividades especializadas ou específicas do esporte indiscutivelmente
são a chave de um programa de sucesso na trajetória desses jovens atletas.
elevam a força, a resistência e a potência de certos padrões de movimento,
mas pioram a mobilidade e a estabilidade em outros.
Por fim, os termos DIFICULDADE e DESAFIO (no inglês, challenge),
tantas vezes usados no meio esportivo, não são palavras sinônimas, uma
Para qualquer esporte, a manutenção de um corpo em equilíbrio e
vez que dificuldade representa algo difícil de completar, lidar ou entender,
longe de chances de lesões, a partir de uma base de exercícios corretivos
enquanto o desafio é uma tarefa ou situação que testa habilidades. Onde
ou de contrabalanceamento, é uma batalha constante. Quanto mais
quero chegar com essa comparação de termos é que profissionais do
específica, complicada e extrema a atividade praticada pelo esportista,
exercício e da reabilitação devem focar em atividades que aceleram a
maior a ênfase a ser dada nos movimentos básicos. Muito embora
conquista prática e não apenas em atividades difíceis. O termo “no pain, no
movimentos especializados como o saque no tênis ou a posição
gain” foi muito utilizado no passado e, mesmo usado hoje com certa ironia,
aerodinâmica do ciclista em provas curtas possam promover algum grau
ainda é presente em academias e entre atletas que têm o esgotamento
de aptidão física, eles possuem efeitos globais ou benefícios a longo prazo
físico como diretriz de treinamento. Sofrer, perseguir dores musculares
muito limitados. Altos níveis de aptidão física e atividade frequentemente
tardias excruciantes, não deve ser um objetivo em si. Conquistar
mascaram ou encobrem disfunções básicas.
competência e eficiência em um movimento deve, sim, ser o objetivo
Como o esporte envolve o treinamento maciço de um movimento
de profissionais da área do treinamento e reabilitação. Os benefícios
específico, o corpo desenvolverá a capacidade física de exceder os limites
secundários – mais segurança e facilidade para treinar e melhorar aptidões
dos padrões básicos de movimento: a capacidade do músculo excederá
físicas, corpo torneado com menor percentual de gordura, e redução da
a integridade articular; a força pode exceder a estabilidade; problemas de
frequência de lesões – vêm naturalmente associados.
flexibilidade podem comprometer o controle postural; e os desequilíbrios
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76
Colunas
POR CHAYANE GODOY
SPORTYARD.COM.BR
NUTRIÇÃO
COMO E POR QUE PERDER
A GORDURAABDOMINAL
A gordura acumulada em excesso na região abdominal, além
de incomodar os mais vaidosos, está fortemente associada ao risco
de complicações cardiovasculares. A circunferência da cintura,
somada a fatores como pressão arterial alta, glicemia e perfil lipídico,
é um indicativo preciso de doenças cardiovasculares e diabetes
do tipo 2. Em média, a medida da circunferência de cintura maior
que 80cm para mulheres e acima de 95cm para os homens eleva
as chances de se desenvolver doenças cardíacas. Portanto, vale o
alerta: combater o excesso de gordura abdominal é mais do que
uma preocupação estética, é uma questão de saúde.
O IMC (índice de massa corporal), obtido pela divisão do peso
em quilos (Kg) pelo quadrado da altura em metros (m²), e a medida
de CC (circunferência da cintura), aferida com fita métrica, têm
sido amplamente utilizados na avaliação do excesso de peso e da
obesidade abdominal, conforme recomendado pela Organização
Mundial de Saúde e pelo National Heart, Lung, and Blood Institute
of the National Institute of Health, com sede nos Estados Unidos.
Segundo os pontos de corte recomendados por esses órgãos
internacionais, o risco de morbidade em homens adultos eleva-se
à medida que o indivíduo migra da categoria de IMC normal (IMC:
18,5 a 24,9kg/m²) para a categoria de sobrepeso (IMC: 25,0 a 29,9kg/
m²) ou obesidade (IMC > 30kg/m²), e quando se apresenta a medida
de circunferência de cintura maior ou igual a 94cm e/ou quando a
relação cintura-quadril é maior ou igual a um.
Como perder a gordura abdominal
Essa pergunta é uma das mais frequentes entre quem pratica
atividade física. É muito importante que se entenda que não existe
um determinado exercício que vai acabar com a gordura localizada
na região abdominal, e sim a associação entre alimentação
adequada e prática de exercícios físicos regulares.
Estudos indicam que uma perda de 10% no peso pode
proporcionar redução de até 30% na gordura abdominal.
Algumas dicas são válidas para a perda de peso: comer
mais vezes por dia e diminuir a quantidade de alimentos de cada
refeição. Isso evitará que o seu metabolismo fique lento e que seu
organismo use massa muscular como fonte de energia. É mais
importante prestar atenção ao consumo de certos carboidratos e
açúcares e controlar a ingestão de gorduras ruins, do que apenas à
contagem de calorias. Quando comemos um doce, por exemplo, a
glicose aumenta rapidamente o nível de insulina no sangue. Essa,
por sua vez, digere a substância depressa, e você acaba sentindo
fome poucas horas após ter comido. É importante não comer muito
doce para a produção de insulina ser lenta. Assim, sua fome fica
controlada.
O QUE É PERMITIDO COMER
- Frutas – duas a 3 por dia.
- Verduras e legumes – 4 a 6 por dia.
- Carboidratos integrais.
- Geleia sem adição de açúcar.
- Proteínas magras como frango, peixe, ovo caipira.
- Gordura poli-insaturada e monoinsaturada como peixes,
óleos vegetais, abacate, azeite de oliva, oleaginosas, semente de
linhaça e gergelim.
- Cereais – as fibras fazem com que a absorção de nutrientes
seja lenta e não haja picos de insulina. Por passarem mais devagar
por todo o sistema digestivo, essas substâncias retardam a vontade
de comer e beneficiam o trânsito intestinal.
- Leguminosas.
- Chá verde – 4 a 6 xícaras ao dia.
- Alimentos como fonte de cálcio: sementes como gergelim
branco, oleaginosas em geral, vegetais de folhas verdes escuras.
O cálcio atua no controle glicêmico, diminuindo a resistência à
insulina e facilitando a perda de gordura visceral.
O QUE É PROIBIDO COMER
- Carboidratos simples, como em bolachas recheadas,
sobremesas em geral, balas.
- Gordura saturada, como no bacon, banha de porco, carnes
gordurosas, frituras em geral.
- Produtos industrializados – contêm sódio, corante e
conservante, açúcar ou adoçante em excesso, além de gordura
trans.
Portanto, uma dieta equilibrada em nutrientes (carboidrato,
gordura e proteína) e baixa em calorias combinada à prática de
exercícios físicos regulares é o grande segredo para conquistar a
uma barriga ‘’sequinha’’.
78
Colunas
POR MARCEL BRANCO VERAS
SPORTYARD.COM.BR
SQUASH
TREINAMENTO VERSUS
EVOLUÇÃO NO SQUASH
Muitos alunos sentem-se um pouco decepcionados
quando sua evolução não é tão rápida quanto imaginavam ou
então pelo fato de serem mal orientados quando iniciam no
Squash. Na verdade como qualquer esporte, atividade cultural
ou educacional que realizamos em nossas vidas, a rapidez no
aprendizado depende muito mais de nós mesmos.
Temos diversos iniciantes no esporte que só fazem uma
aula semanal de meia hora e no intervalo semanal entre as
aulas nem passam perto de uma quadra. Quando estes me
perguntam o porquê evoluem tão lentamente faço a seguinte
analogia: Vamos imaginar que você esteja fazendo aulas de
violão. Você pega seu violão ou empresta um violão, faz meia
hora de aula e durante a próxima semana nem encosta no
violão. Na outra semana você se reúne com seu professor para
fazer outra aula e assim por diante. Com certeza esta pessoa vai
aprender a tocar violão, mas em vez de levar 3 meses vai levar 3
anos para tocar alguma coisa decentemente. É a mesma coisa
no Squash e em qualquer outro esporte!
Temos o aluno intermediário que já joga Squash há algum
tempo, mas quer fazer aulas para melhorar seu desempenho e
alçar voos mais altos. Neste caso é um pouco pior, pois no início
ele vai piorar...Como? Vou piorar? Vai. Durante muitos meses
ou até anos este praticante obteve certa eficiência jogando do
jeito que jogava. Quebrava o pulso ali...compensava a postura
curvando a coluna, corria mais que o necessário e assim foi
levando. Ao ir para uma verdadeira aula de Squash, descobre
que nem pegar na raquete corretamente ele sabia! De repente
ele passa a conviver com uma enxurrada de novas informações.
Empunhadura nova, dar somente 3 passos em direção a bola,
chegar com a perna certa, rotacionar o ombro entre outras
coisas mais. São muitas informações e correções para um
esporte em que uma decisão tem que ser tomada em menos
de um segundo. Para estes alunos é preciso explicar que em
certos momentos é necessário piorar para depois melhorar, ou
seja, depois que todas as novas informações sejam absorvidas
pelo cérebro seu novo jeito de jogar e seus novos golpes
surgirão naturalmente, é só insistir.
Para os jogadores mais avançados onde a evolução é mais
minuciosa e localizada é necessário treinar mais e jogar pouco.
Muita repetição dos golpes para aumentar a precisão e a
velocidade e nos jogos tentar impor o mesmo ritmo dos treinos.
O ponto comum a qualquer nível de jogo e o assunto
principal desta coluna é a importância de treinar sozinho
ao menos duas vezes por semana por uma hora. Faça deste
momento sua lição de casa, concentre-se, pegue um horário
de pouco movimento na sua academia e tente executar o
aprendido nas aulas repetidas vezes. Procure filmar seu treino e
depois assista e tente identificar seus defeitos, minha preparação
está correta, minha raquete está bem posicionada, meu
corpo está longe da bola, estou me abaixando corretamente,
minha terminação do movimento está correta, enfim faça
um diagnóstico de cada golpe e tente corrigi-los, se possível
comente com seu professor suas observações e veja como
ele pode auxiliá-lo. Outro ponto de fundamental importância
é entender o jogo de squash. Isto poucos sabem, acham que
o squash é simplesmente bater a bola o mais forte possível e
ver o que acontece, não conseguem enxergar a lógica do jogo,
como construir um ponto, o porquê de cada golpe...mas isso é
assunto para nossa próxima coluna!
80
Colunas
POR LUCA BARCIK GLASER
TRIATHLON
SPORTYARD.COM.BR
PLANEJANDO A
TEMPORADA DE 2013
Final de ano é igual para todos os esportes. Férias
planejadas e a programação do ano seguinte em
andamento. Nesse período, as dúvidas são frequentes.
Qual prova realizar? Como me programar? Qual destino
escolher? Como começar? E, para tentar ajudar a esclarecer
o calendário nacional do triathlon, listo os principais
campeonatos e provas do ano para você montar o seu
planejamento.
CAMPEONATOS BRASILEIROS
A Confederação Brasileira de Triathlon (CBTRI) está com
o calendário mais completo a cada ano. As provas da CBTRI
são indicadas para quem visa performance e resultado,
gosta de viajar e almeja competir em campeonatos
mundiais. A Copa Brasil de Sprint Triathlon é a distância
com maior presença no calendário, são seis etapas durante
o ano. A CBTRI também organiza campeonatos brasileiros
de triathlon standard, duathlon terrestre, triathlon longa
distância e aquathlon. As provas acontecem em todo o
Brasil e é necessário ser filiado à federação para participar.
TROFÉU BRASIL
O tradicional campeonato de triathlon irá para a sua 23ª
edição. São seis etapas durante o ano com provas em Santos,
litoral de São Paulo, e na USP, na capital paulista. A prova
oferece duas distâncias, short triathlon ou sprint triathlon
(750m natação / 20km de ciclismo / 5km de corrida) e a
distância olímpica, também conhecida como standard
(1500m natação / 40km de ciclismo / 10km de corrida).
As provas são indicadas para quem está iniciando na
modalidade, devido à facilidade do percurso (das etapas de
Santos), e para performance (na prova do profissional, não é
liberado o vácuo e existe premiação em dinheiro).
CIRCUITO SESC TRIATHLON
Assim como o Troféu Brasil, o circuito Sesc é apenas
promocional, sem validação da Confederação Brasileira
de Triathlon, e possui seis etapas que acontecem por
ano em seis estados diferentes (PR, DF, PA, BA, CE e RS).
Os comerciantes filiados à entidade têm vantagens na
inscrição e participam de categoria especial com premiação
diferenciada. Para a categoria amadora a distância é o sprint
e para os profissionais é o standard.
LONG DISTANCE
As provas de long distance no Brasil são poucas, a Cia
de Eventos organiza duas etapas, o Long Distance Caiobá
em abril e o Long Distance Pirassununga em novembro.
As duas principais provas, e singulares no quesito
organização, são o Ironman Brasil 2013, que acontece em
Florianópolis em maio (inscrições encerradas), e o Ironman
70.3 (meio Ironman), que acontece na Penha, também em
Santa Catarina. Ambas são indicadas tanto para participar
como apenas para assistir.
Ainda nessa categoria entra o GP Extreme, que acontece
em São Carlos, interior de São Paulo, e o Tristar 111, cuja 2ª
edição ainda não está confirmada para 2013, e o brasileiro
de longa distância organizado pela CBTRI.
PROVAS PROMOCIONAIS
São provas individuais que acontecem isoladas de
qualquer entidade, possivelmente aliadas a grandes marcas
que promovem os eventos. Entre elas, listo as provas do GP
Triathlon, em suas edições summer (novembro) e winter
(junho), que acontece em Balneário Camboriú. Há ainda a
inédita prova que acontece no Rio de Janeiro em abril, a
Escape to Rio, que será uma das etapas do circuito mundial
e classificatória para a 2ª prova mais famosa do esporte após
o Ironman, a Escape to Alcatraz.
Existem inúmeras provas que não citadas aqui, como
aquelas das federações de cada estado e os famosos
X-terras, mas a ideia foi contextualizar as principais provas
com organização mínima para que qualquer pessoa possa
fazer de uma dessas citadas acima o seu primeiro triathlon.
Recomenda-se excluir as provas de longa distância, pois
a intenção é que você se apaixone pelo esporte e não se
traumatize, ok?
Mais informações:
Confederação Brasileira de Triathlon / www.cbtri.org.com.br
Troféu Brasil de Triathlon / www.trofeubrasil.com.br
GP Triathlon / www.sb5.com.br
Tristar Rio / www.tristarriodejaneiro.com
Escape to Rio / www.escapetorio.com
82
Colunas
POR DR. LUCIO ERNLUND
SPORTYARD.COM.BR
PREVENÇÃO DE
LESÕES NO SKI
A chegada do mês de dezembro é comemorada não somente
pela proximidade do Natal, mas também pelo início das férias de
inverno. Inverno? Sim, é o início das férias de inverno, no hemisfério
norte. Hora de preparar as malas, os skis e os snowboards para
descer as montanhas da Europa e América do Norte.
É cada vez maior o número de praticantes de esportes
de inverno entre os brasileiros. Uma associação virtuosa entre
economia interna aquecida, valorização do Real e paixão pela
aventura e esportes, típica de nosso povo, tem lotado estações
de inverno com brasileiros deslumbrados com as belas paisagens,
pessoas bonitas, infraestrutura de primeira, frio intenso e esportes
de alto nível. Aqueles ainda mais privilegiados têm praticado
durante o inverno do sul e o inverno do norte!
Como médico ortopedista, especializado em Traumatologia
do Esporte pela University of Pittsburgh, dos Estados Unidos, e
com 17 anos de experiência no tratamento de atletas de alto
rendimento, tenho a obrigação de trabalhar com a conscientização
sobre a prevenção de lesões esportivas. Isso significa aumentar
a relação benefício/risco envolvido na prática esportiva, já que
nenhum esporte é totalmente isento do risco de lesões.
Para que haja prevenção, há a necessidade, primeiramente,
de se identificar os riscos a serem prevenidos, a sua incidência e a
sua gravidade. Em seguida, devemos identificar os mecanismos da
lesão, ou seja, como ela ocorre, para só então introduzir as medidas
preventivas e, por último, porém não menos importante, medir a
sua eficácia. E é isso que se faz nos esportes de inverno desde que
eles surgiram.
Pistas, botas, capacetes, skis e snowboards sofreram
modificações ao longo dos tempos com o intuito de prevenir lesões
e aumentar o benefício do esporte. Hoje, muitas estações de ski em
todas as partes do mundo não permitem que crianças desçam os
slopes sem capacete. O comprimento e largura dos equipamentos
têm relação direta com o nível do atleta. As botas prendem mais
ou menos na dependência do grau de torsão que se espera do
equipamento, no momento de se cortar a neve.
Existem 10 parâmetros gerais de segurança para a prática de
esportes de inverno:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Aquecimento muscular;
Alongamento;
Uso de joelheiras, cotoveleiras, etc.;
Uso de equipamentos de proteção, como capacete;
Uso de equipamento adequado para o nível esportivo,
faixa etária, peso, altura, etc.;
Praticar em superfícies adequadamente preparadas para
a prática, isto é, off the track (fora da pista) aumenta o
risco de lesões;
Treinamento adequado, contratar aulas;
MEDICINA
8.
respeitar o tempo de descanso;
9.
equilíbrio psicológico;
10. nutrição e hidratação adequada para a montanha.
Preocupada com a segurança de atletas de esportes de
inverno, a F.I.S. (Federation Internationale de Ski), órgão internacional
fundado em 1910 e com sede em Thunersee, Suíça, criou em 2002
os 10 Códigos de Conduta na montanha:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Respeite os outros esquiadores;
Controle sua velocidade, levando em consideração suas
habilidades, condições de terreno e climáticas;
Controle sua rota, quem vem atrás é o responsável pela
manobra segura;
Ultrapassagem segura, ao ultrapassar, respeite distância
segura do esquiador que está à frente;
Cuidado ao entrar em uma pista, olhe para ambos os
lados antes de descer;
Não pare na pista, a não ser que seja absolutamente
Necessário;
Se precisar descer ou subir a pé, siga pelos lados da pista;
Respeite os sinais e marcações da pista, NUNCA desça
uma pista fechada;
Em caso de acidente, é sua obrigação prestar socorro;
Identifique-se sempre que prestar assistência e informe
ao Ski Patrol o que você presenciou do acidente.
Estudos realizados pelas equipes de atendimento nas
principais estações de ski mostram que as partes do corpo sob
maior risco de lesões no ski são:
1.
2.
3.
Joelhos, 33%;
Cabeça, 13%;
Ombro, 9%.
E no snowboard:
1.
2.
3.
Punho, 25%;
Cabeça, 14%;
Ombro, 13%.
Todas essas informações têm a intenção de esclarecer e não
assustar os praticantes de esportes de inverno. Dessa forma, mais e
mais atletas retornarão na próxima temporada para experimentar,
uma vez mais, a alegria da prática esportiva de inverno com
segurança.
84
Colunas
POR FLÁVIA JUSTUS
PSICOLOGIA
SPORTYARD.COM.BR
PSICOLOGIA DO ESPORTE NA
ACADEMIA DE GINÁSTICA
Com o verão se aproximando é muito comum nesta época
do ano vermos pessoas motivadas a praticar exercício físico. Outra
situação bastante comum é no início do ano as pessoas incluírem
em suas resoluções de Ano Novo, objetivos relacionados à atividade
física, como por exemplo, se matricular em uma academia de
ginástica. Até aí tudo bem! São muitas as motivações: saúde, verão,
praia, ano novo, objetivos novos. Mas e depois?
A maioria das academias possui um problema em comum:
a alta rotatividade de alunos. Mas por que, se hoje encontramos
academias voltadas somente para o público feminino, academias
que possuem equipamentos de última geração, profissionais
altamente qualificados, flexibilidade de horários, várias opções de
aulas e atividades, encontros sociais, desafios, entre tantos outros
agentes motivadores? O que fazer quando existe este cenário e
mesmo assim muitos alunos não conseguem vencer a barreira dos
três meses de exercícios?
Não basta agir de fora para dentro, ou seja, ter apenas
motivadores externos para a prática de alguma atividade física. É
preciso também, criar nos alunos o hábito do exercício, valorizando
seus benefícios, estabelecendo metas e objetivos e adequando à
rotina da pessoa, além de entender qual é a atividade que traz maior
sensação de prazer e bem estar, pois o que vemos muitas vezes,
são pessoas praticando alguma atividade física que não gostam,
somente pelo fato de estarem fazendo algum exercício, e aí, correse um risco muito grande de abandono desta prática. Portanto,
é imprescindível criar motivação intrínseca para que este hábito
perdure por toda a vida.
Neste cenário, o psicólogo do esporte inserido na academia
de ginástica pode desenvolver trabalhos diversos, tanto para a
instituição e professores como para os clientes. Para a academia,
o essencial é investir em ações e intervenções para diminuir a
rotatividade de alunos e promover o bem estar integral, a promoção
de saúde e a qualidade de vida. Para os professores, o interessante é
oferecer um treinamento com temas específicos cujo aprendizado
possa ser implementado no dia-a-dia do trabalho com seus alunos.
Para os praticantes da atividade física é possível oferecer avaliação
e acompanhamento psicológico para conquista dos objetivos
e compreensão da atividade mais adequada para o perfil do
aluno, desenvolver a motivação intrínseca e promover palestras
e grupos de discussão com temas diversos como, motivação,
manejo do estresse, depressão, ansiedade, imagem corporal, auto
estima, comportamento alimentar, emagrecimento, transtorno
alimentar, vigorexia, overtrainning, anabolizantes, relacionamentos,
estabelecimento de metas e objetivos, saúde, entre outros.
E você, já está praticando alguma atividade física ou vai deixar
para as resoluções de Ano Novo?
RESULTADOS ESPERADOS DO
TRABALHO DO PSICÓLOGO DO
ESPORTE NA ACADEMIA:
t
t
t
t
t
t
Diminuição da alta rotatividade de alunos;
Desenvolvimento de um ambiente ainda mais propício
para a prática da atividade física;
Contribuição na promoção da saúde;
Equipe de professores mais unida e consciente das
necessidades de seus alunos;
Otimização no relacionamento entre professores e
alunos;
Alunos satisfeitos com metas e objetivos atingidos.
BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA
ATIVIDADE FÍSICA:
t
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t
t
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t
Diminuição da ansiedade;
Alívio do estresse;
Diminuição dos sintomas de depressão;
Aumento da auto estima;
Aumento da autoconfiança;
Sensação de bem estar.
PROJETO REALIZADO
COM CORTINAS VF PARA TETO DE VIDRO
AUTOMATIZADAS COM TECNOLOGIA SOMFY
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NOVEMBRO
11/11
15/11 a 18/11
18/11
19/11 a 24/11
MOTOGP – VALÊNCIA
CAMPEONATO BRASILEIRO DE TIRO COM ARCO – RECIFE (PE)
GRANDE PRÊMIO “BENTO GONÇALVES” (TURFE) – PORTO ALEGRE (RS)
CAMPEONATO SUL AMERICANO DE GOLFE – COPA LOS ANDES - VENEZUELA
25/11
FINAL DA FÓRMULA 1 – SÃO PAULO (SP)
26/11
MOTOGP – REPÚBLICA TCHECA
DEZEMBRO
03/12 e 04/12
CAMPEONATO BRASILEIRO DE PENTATLO MODERNO – RIO DE JANEIRO (RJ)
06/12 a 09/12
TAÇA BRASIL DE SALTOS ORNAMENTAIS – BELÉM (PA)
12/12 a 14/12
COPA DO MUNDO DE SNOWBOARD - EUA
31/12
SÃO SILVESTRE (ATLETISMO) – SÃO PAULO