APROVADO EM 27-02-2009 INFARMED

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. Nome do medicamento
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos 20 mg + 12,5 mg Comprimidos
2. Composição qualitativa e quantitativa
Cada comprimido de Lisinopril+Hidroclorotiazida Azevedos contém 21,78 mg de
lisinopril di-hidratado equivalente a 20 mg de lisinopril anidro e 12,5 mg de
hidroclorotiazida, como substâncias activas.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. Forma farmacêutica
Comprimido
Branco ou esbranquiçado, circular, biconvexo.
4. Informações clínicas
4.1 Indicações terapêuticas
Lisinopril+Hidroclorotiazida Azevedos está indicado no tratamento da
hipertensão arterial em doentes que não responderam adequadamente ao
tratamento com lisinopril ou um diurético, administrado isoladamente.
Tal como acontece com todas as associações fixas, este medicamento não está
indicado como terapêutica inicial para a hipertensão.
4.2 Posologia e modo de administração
Hipertensão arterial
A posologia habitual é de um comprimido em toma única diária. Se necessário,
podem administrar-se até dois comprimidos em toma única diária.
Posologia na Insuficiência renal
As tiazidas podem não ser diuréticos apropriados para doentes com insuficiência
renal e são ineficazes quando a clearance da creatinina é igual ou inferior a 30
ml/min. (i.e., insuficiência renal moderada ou grave).
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não deve ser usado como terapêutica
inicial em doentes com insuficiência renal.
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Em doentes cuja clearance da creatinina se encontra compreendida entre 30 e
80 ml/min. Lisinopril +Hidroclorotiazida Azevedos só deve ser usado após a
titulação dos componentes individuais.
Em doentes com insuficiência renal ligeira a dose inicial recomendada de
lisinopril é de 5-10 mg.
Doentes previamente medicados com diuréticos.
Após o início da terapêutica com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos 20 pode
ocorrer hipotensão sintomática, situação esta que é mais provável em doentes
que apresentem hipovolémia e/ou hiponatremia como consequência de um
tratamento prévio com diuréticos. A medicação diurética deverá ser interrompida
2 ou 3 dias antes de se iniciar a terapêutica com lisinopril +hidroclorotiazida. Nos
doentes hipertensos em que não pode suspender-se o tratamento com o
diurético, a terapêutica deverá iniciar-se apenas com o lisinopril, na dose de 5
mg.
Uso Pediátrico
Ainda não foi estabelecida a segurança e eficácia deste medicamento em
crianças.
Utilização no doente idoso.
O lisinopril, numa dose diária compreendida entre 20-80 mg/dia, é igualmente
eficaz nos doentes hipertensos idosos (idade igual ou superior a 65 anos) e não
idosos. Nos doentes hipertensos idosos a monoterapia com lisinopril é tão eficaz
na redução da pressão arterial diastólica como a monoterapia com
hidroclorotiazida ou atenolol.
Nos estudos clínicos ficou demonstrado que a idade não afecta a tolerância ao
lisinopril e que a eficácia e tolerância da associação de lisinopril e
hidroclorotiazida é semelhante tanto em doentes hipertensos jovens como nos
idosos.
4.3. Contra-indicações
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos está contra-indicado:
-Em doentes com hipersensibilidade às substâncias activas ou a qualquer um
dos excipientes do medicamento
-Em doentes com anúria
-Em doentes com história de edema angioneurótico relacionado com tratamento
prévio com um inibidor da enzima de conversão da angiotensina.
-Em doentes com angioedema hereditário ou idiopático.
-Segundo e terceiro trimestres da gravidez (ver secções 4.4 e 4.6)
-Em doentes com hipersensibilidade a fármacos derivados da sulfonamidas.
-Em doentes com insuficiência renal (depuração da creatinina inferior ou igual a
30 ml/min.).
-Sem contra-indicações no aleitamento.
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4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipotensão e desequilíbrio hidro-electrolítico:
Tal como acontece com outros fármacos anti-hipertensores, nalguns doentes
pode ocorrer hipotensão sintomática. Esta situação é rara em doentes
hipertensos sem complicações, mas é mais provável em presença de
desequilíbrio hidro-electrolítico como por exemplo hipovolemia, hiponatremia,
alcalose hipocloremica, hipomagnesiemia ou hipocaliemia, que pode ocorrer
como consequência de uma terapêutica diurética, restrição salina na dieta,
diálise ou diarreia ou vómitos. Deve, por conseguinte, fazer-se uma
determinação periódica dos níveis electrolíticos séricos em tais doentes.
Nos doentes que apresentam risco acrescido de hipotensão sintomática, o início
da terapêutica e o ajuste de dose devem ser monitorizados sob cuidadosa
supervisão médica.
Devem tomar-se precauções especiais quando se administra Lisinopril +
Hidroclorotiazida Azevedos a doentes com doença cardíaca isquémica ou
doença cerebrovascular nos quais uma queda excessiva da pressão arterial
pode ter como consequência um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular
cerebral.
Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em decúbito e, se necessário,
deve ser-lhe administrada uma perfusão intravenosa de soro fisiológico. Uma
resposta hipotensora transitória não constitui uma contra-indicação para doses
posteriores, que podem ser administradas habitualmente sem dificuldades logo
que a pressão arterial tenha subido após a normalização da volémia; também se
poderá administrar qualquer dos componentes isoladamente.
Tal como acontece com outros vasodilatadores, o Lisinopril + Hidroclorotiazida
deve ser administrado com precaução a doentes com estenose aórtica ou
cardiomiopatia hipertrófica.
Insuficiência renal:
As tiazidas podem não ser diuréticos apropriados para doentes com insuficiência
renal e são ineficazes quando a clearance da creatinina é igual ou inferior a 30
ml/min. (i.e. insuficiência renal moderada ou grave).
O Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não deve ser administrado a doentes
com insuficiência renal (clearance da creatinina = 80 ml/min.) a não ser que a
titulação dos componentes individuais demonstre que é possível a utilização dos
fármacos nas doses presentes nos comprimidos de Lisinopril + Hidroclorotiazida.
Em doentes diabéticos previamente medicados com anti-diabéticos orais ou
insulina, os níveis de glicémia deverão ser cuidadosamente monitorizados,
especialmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.
Alguns doentes hipertensos, aparentemente sem doença vascular renal préexistente, apresentaram aumentos ligeiros e transitórios da urémia e da
creatinina sérica, quando o lisinopril foi administrado juntamente com um
diurético. Se tal ocorrer, deve interromper-se a administração de Lisinopril +
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Hidroclorotiazida. O tratamento pode depois ser reiniciado com uma dose mais
baixa ou recorrendo à monoterapia com lisinopril ou hidroclorotiazida.
Nalguns doentes com estenose bilateral das artérias renais ou estenose da
artéria renal em rim único, que foram tratados com inibidores da enzima de
conversão da angiotensina, foram observados aumentos da urémia e da
creatinina sérica, reversíveis após suspensão da terapêutica. Estas alterações
são mais frequentes em doentes com insuficiência renal. Se coexistir
hipertensão renovascular, há um risco acrescido de hipotensão grave e
insuficiência renal. Neste doentes o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa
supervisão médica, com doses baixas e cuidadosa titulação da dose. Uma vez
que o tratamento com diuréticos pode ser um factor contributivo para esta
situação, a função renal deve ser monitorizada durante as primeiras semanas de
terapêutica com Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos.
Insuficiência hepática:
Os diuréticos tiazídicos devem ser usados com precaução em doentes com
insuficiência hepática ou doença hepática progressiva, uma vez que pequenas
alterações do equilíbrio hidro-electrolítico podem provocar coma hepático.
Cirurgia/Anestesia:
Quando se usam anestésicos que provocam hipotensão, durante uma grande
cirurgia ou durante a anestesia, o lisinopril pode bloquear a formação de
angiotensina II resultante de uma libertação compensatória de renina. Se ocorrer
hipotensão atribuída a este mecanismo, a mesma pode ser corrigida pela
administração de expansores do plasma.
Efeitos metabólicos e endócrinos:
As tiazidas podem diminuir a tolerância à glucose. Pode ser necessário ajustar a
dose dos agentes anti-diabéticos, incluindo a insulina.
As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar um aumento
ligeiro e intermitente dos níveis séricos de cálcio. Uma hipercalcemia marcada
pode ser um sinal de hiperparatiroidismo. O tratamento com tiazidas deve ser
interrompido antes da realização de testes de avaliação do funcionamento da
paratiróide.
A terapêutica com diuréticos tiazidicos pode ser acompanhada por aumentos
dos níveis de colesterol e triglicéridos. Em certos doentes o tratamento com
tiazidas pode provocar o aparecimento de hiperuricemia e/ou gota. Contudo, o
lisinopril, pode aumentar a excreção de ácido úrico na urina, atenuando a
hiperuricemia induzida pela hidroclorotiazida.
Doentes diabéticos
Nos doentes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais ou insulina, o
controlo glicémico deve ser cuidadosamente monitorizado no decurso do
primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA (ver secção 4.5).
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Hipersensibilidade/edema angioneurótico:
Raramente têm sido descritos casos de edema angioneurótico da face,
extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe em doentes tratados com
inibidores ECA, incluindo o lisinopril. Em tais casos, o tratamento com lisinopril
deverá ser imediatamente suspenso, instituindo-se tratamento e monitorização
adequadas a fim de assegurar a resolução completa dos sintomas antes do final
do período de hospitalização. Mesmo nos casos em que ocorre unicamente
edema da língua, sem qualquer dificuldade respiratória, os doentes poderão
necessitar de observação prolongada, uma vez que o tratamento com antihistamínicos e corticosteróides poderá não ser suficiente.
Muito raramente, foram notificados casos de morte devido a angioedema
associado a edema da laringe ou a edema da língua. Os doentes que
apresentam envolvimento da língua, glote ou laringe que possa causar
obstrução das vias aéreas, em especial no caso dos doentes com antecedentes
de cirurgia das vias respiratórias. Nestes casos deverá ser prontamente
instituída uma terapêutica de emergência adequada, tal como uma solução de
adrenalina a 1:1000 (0,3 a 0,5 ml) por via subcutânea. Esta pode incluir a
administração de adrenalina e/ou a manutenção de uma via respiratória patente.
O doente deve ser mantido sob sob estreita supervisão médica até à resolução
completa e sustentada dos sintomas.
Os inibidores da ECA causam um maior aumento na ocorrência de angioedemas
em doentes de raça negra do que em doentes de outras raças.
Doentes com história de angioedema não associado a uma terapêutica com um
inibidor ECA poderão apresentar um risco acrescido de aparecimento de
angioedema, quando medicados com um inibidor ECA (ver Secção 4.3.Contra
Indicações).
Doentes medicados com tiazidas podem apresentar reacções de sensibilidade
com ou sem história de alergia ou asma brônquica. Têm sido relatados casos de
agravamento ou activação do lúpus eritematoso sistémico com a utilização de
tiazidas.
Doentes hemodialisados:
Foram notificadas reacções anafilactóides em doentes hemodialisados (por exº
membranas de fluxo elevado AN 69 e durante aferese de lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) com sulfato de dextrano) e tratados concomitantemente com
um inibidor da ECA. Nestes doentes deverá ser considerada a hipótese de
utilizar um tipo diferente de membrana de diálise ou uma classe diferente de
fármaco anti-hipertensor.
Dessensibilização:
Verificara-se reacções anafilactóides em doentes em trapêutica com inibidores
da ECA durante o tratamento de dessensibilização (ex. veneno de
hymenoptera). Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando
foram retidos temporariamente os inibidores da ECA, embora reaparecessem
com a re-administração inadvertida do medicamento.
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Raça:
Os inibidores da ECA causam um maior aumento na ocorrência de angioedemas
em doentes de raça negra do que em doentes de outras raças.
Tosse:
Tem sido referido o aparecimento de tosse em doentes medicados com
inibidores ECA. Esta tosse tem como características o facto de não ser produtiva
nem persistente e de desaparecer após suspensão da terapêutica. A tosse
induzida pelos inibidores da ECA deve ser considerada como parte do
diagnóstico diferencial da tosse.
Gravidez: os IECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser em
situações em que a manutenção da terapêutica com IECA seja considerada
essencial, nas doentes que planeiem engravidar o tratamento deve ser alterado
para anti-hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve
ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica
alternativa (ver secção 4.3. e 4.6.).
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Potássio sérico: A expoliação de potássio induzida pelos diuréticos tiazidicos é,
geralmente, atenuada pelo efeito poupador de potássio observado com o
lisinopril. O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio
ou substitutos do sal que contenham potássio, particularmente em doentes com
insuficiência renal, pode levar a um aumento significativo do potássio sérico.
Se a utilização de Lisinopril + Hidroclorotiazida com qualquer dos medicamentos
acima mencionados for considerada apropriada, estes deverão ser utilizados
com precaução, havendo uma monitorização frequente da caliemia.
Lítio: De uma maneira geral, o lítio não deve ser administrado juntamente com
diuréticos ou inibidores ECA, pois estes reduzem a clearance renal do lítio e há
um aumento do risco de toxicidade provocada pelo lítio. Devem consultar-se as
informações sobre a prescrição de preparações contendo lítio antes da sua
utilização.
Outros medicamentos:
A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensora do lisinopril +
hidroclorotiazida se forem administrados conjuntamente. Nalguns doentes com
função renal comprometida, tratados com anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs), a co-administração de lisinopril pode resultar numa maior deterioração
da função renal.
A administração concomitante de inibidores ECA e antidiabéticos orais ou
insulina pode potenciar o efeito de diminuição da glucose sanguínea com risco
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de hipoglicemia. Este fenómeno poderá ocorrer com maior frequência durante as
primeiras semanas de tratamento e em doentes com insuficiência renal.
As tiazidas podem intensificar a resposta à tubocurarina.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez:
Devido aos efeitos sobre a gravidez de cada uma das substâncias activas deste
medicamento, a utilização de Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4.). A
administração de Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos está contra-indicada
durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4.).
A administração de IECA não é recomendada durante o primeiro trimestre de
gravidez (ver secção 4.4.). A administração de IECA está contra-indicada
durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4.).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a
exposição aos IECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva;
contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a
manutenção do tratamento com IECA seja considerada essencial, nas doentes
que planeiem engravidar a medicação deve ser substituída por terapêuticas antihipertensoras alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve
ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica
alternativa.
A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está
reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos
(diminuição da função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e
toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver secção
5.3.). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre
de gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e
dos ossos do crânio. Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA
devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão
(ver secções 4.3. e 4.4.).
A experiência decorrente da administração da hidroclorotiazida durante a
gravidez, particularmente durante o primeiro trimestre, é limitada. Os estudos em
animais são insuficientes.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária. Com base no mecanismo de
acção farmacológico da hidroclorotiazida, a sua administração durante o
segundo e o terceiro trimestres pode comprometer a perfusão fetoplacentária e
pode causar efeitos fetais e neonatais tais como icterícia, distúrbios no equilíbrio
electrolítico e trombocitopenia.
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A hidroclorotiazida não deve se administrada no edema gestativo, hipertensão
da gravidez ou pré-eclampsia devido ao risco de diminuição do volume
plasmático e hipoperfusão placentária, sem efeitos benéficos relativamente ao
curso da doença.
A hidroclorotiazida não deve ser administrada na hipertensão essencial em
mulheres grávidas, excepto nas raras situações em que não pode ser utilizada
outra alternativa terapêutica.
Aleitamento:
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos durante o aleitamento, a terapêutica com
Lisinopril + Hidroclorotiazida Azevedos não está recomendada e são preferíveis
terapêuticas alternativas cujo perfil de segurança durante o aleitamento esteja
estabelecido, particularmente em recém-nascidos e pré termo.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os doentes que conduzem veículos ou operam com máquinas, deverão estar
prevenidos de que poderão ocorrer diferentes reacções como fadiga e tonturas,
principalmente no início do tratamento ou quando se aumenta a posologia.
4.8 Efeitos indesejáveis
Lisinopril + Hidroclorotiazida é geralmente bem tolerado. Nos ensaios clínicos os
efeitos secundários foram ligeiros e transitórios e, na maior parte dos casos, não
foi necessário interromper o tratamento. Os efeitos secundários observados
foram idênticos aos anteriormente descritos para o lisinopril ou a
hidroclorotiazida.
Um dos efeitos clínicos adversos mais frequentes de Lisinopril +
Hidroclorotiazida são as tonturas, que desaparecem quando se reduz a dose e
só raramente é necessário interromper a terapêutica.
Outros efeitos secundários ocorreram com menor frequência: cefaleias, tosse
seca, fadiga e efeitos ortostáticos, incluindo hipotensão.
Outros efeitos secundários ainda mais raramente relatados incluíram: diarreia,
náuseas, vómitos, ecura da boca, eritema, gota, palpitações, sensação de
desconforto torácico, cãibras musculares e fraqueza, parestesias, astenia e
impotência.
Hipersensibilidade/Edema angioneurótico: Raramente foi referido edema
angioneurótico da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe. Muito
raramente foram reportados casos de angioedema intestinal.
Também tem sido referida uma reacção complexa incluindo febre, vasculite,
mialgias, artralgias/artritre, anticorpos antinucleares positivos, aumento da
velocidade de sedimentação, eosinofilia e leucocitose.
Pode também verificar-se o aparecimento de exantemas, fotossensibilidade ou
outras reacções dermatológicas.
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Testes Laboratoriais: Raramente forma encontradas clinicamente significativas
nos parâmetros laboratoriais, ocasionalmente observa-se hiperglicemia,
hiperuricemia e hiper ou hipocaliemia. Foram descritos aumentos ligeiros e
transitórios da urémia e da creatinina sérica em doentes com insuficiência renal.
Se tais aumentos persistirem, deve interromper-se a terapêutica com Lisinopril +
Hidroclorotiazida Azevedos Foi também reportada depressão da medula,
manifestada como anemia e/ou trombocitopenia e/ou leucopenia. Raramente
foram reportados casos de agranulocitose, ainda que não tenha sido
estabelecida uma relação causal.
Por vezes, verificaram-se pequenas diminuições da hemoglobina e do
hematócrito, estas situações não se revestiram de importância clínica, a não ser
nos casos em que coexistia oura causa para a anemia.
Raramente se têm verificado aumentos das enzimas hepáticas e/ou bilirrubina;
no entanto, não foi estabelecida qualquer relação causal com lisinopril+
hidroclorotiazida.
Outros efeitos secundários referidos para os componentes individuais e que
podem ser potenciais efeitos secundários de Lisinopril + Hidroclorotiazida, são:
Hidroclorotiazida: anorexia, irritação gástrica, obstipação, icterícia, pancreatite,
sialoadenite, vertigens, xantopsia, leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia,
anemia aplástica, anemia hemolítica, púrpura, fotossensibilidade, urticária,
vasculite necrosante, febre, perturbações respiratórias incluindo pneumonite e
edema pulmonar, reacções anafiláticas, hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia,
desequilíbrio electrolítico incluindo hiponatremia, espasmos musculares,
inquietação, visão turva transitória, falência renal, disfunção renal e nefrite
intersticial.
Lisinopril: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral possivelmente
devido a hipotensão marcada em doentes de alto risco, taquicardia, dores
abdominais e indigestão, alterações do humor, confusão mental, vertigens; tal
como com outros inibidores da ECA, foram descritas alterações do paladar e
perturbações do sono; broncospasmo, rinite, sinusite, alopecia, urticária,
diaforese, prurido, psoríase e doenças de pele graves (incluindo penfigus,
necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson e eritema
multiforme), hiponatremia, urémia, oligúria/anúria, disfunção renal, insuficiência
renal aguda, pancreatite, hepatite (hepatocelular ou colestática) e icterícia.
4.9 Sobredosagem
Não existe qualquer informação específica acerca da sobredosagem com
Lisinopril + Hidroclorotiazida, o tratamento deve ser sintomático. Deve
interromper-se o tratamento com Lisinopril + Hidroclorotiazida e o doente deverá
ser mantido sob vigilância médica. As medidas de apoio sugeridas incluem
indução do vómito e/ou lavagem gástrica (se a ingestão for recente) e correcção
da desidratação, do desequilíbrio electrolítico e da hipotensão pelos métodos
estabelecidos.
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Lisinopril: As manifestações mais prováveis de uma sobredosagem com lisinopril
são hipotensão, perturbações electrolíticas e insuficiência renal. Se ocorrer
hipotensão grave o doente deve ser colocado em posição de choque e deve serlhe rapidamente administrada uma solução salina por via intravenosa. O
tratamento com angiotensina II (caso disponível) deve ser considerado. Os
inibidores da ECA podem ser removidos da circulação por hemodiálise. A
utilização de membranas de diálise de poliacrilonitrilo de alto fluxo deve ser
evitada. Deve-se monitorizar cuidadosamente os electrólitos séricos e a
creatinina. O lisinopril pode ser removido da circulação por hemodiálise.
Hidroclorotiazida: Os sinais e os sintomas mais frequentes em caso de
sobredosagem encontram-se relacionados com a deplecção electrolítica
(hipocaliemia, hipocloremia e hiponatremia) e com a desidratação, resultantes
de uma diurese excessiva. Se os digitálicos fizerem parte da medicação do
doente poderá haver um agravamento das arritmias cardíacas devido à
hipocaliemia.
5. Propriedades farmacológicas
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupos farmacoterapêuticos:
3.4.2.1 Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo
renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina
3.4.1.1 Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Diuréticos. Tiazidas e
análogos
Código ATC: C09BA03
O Lisinopril + Hidroclorotiazida tem um efeito anti-hipertensor e diurético. O
lisinopril e a hidroclorotiazida têm sido usados isoladamente e em associação no
tratamento da hipertensão, sendo os seus efeitos praticamente aditivos.
O lisinopril é um inibidor da enzima de conversão da angiotensina (ECA); a
inibição da formação de angiotensina II tem como consequência uma
vasodilatação e uma redução da pressão arterial. A hidroclorotiazida é um
diurético anti-hipertensor. Este fármaco administrado isoladamente aumenta a
secreção da renina. Embora o lisinopril tenha um efeito anti-hipertensor, mesmo
em doentes hipertensos com um baixo teor de renina, a sua administração em
associação com a hidroclorotiazida provoca uma maior redução da pressão
arterial. O lisinopril atenua a expoliação de potássio associada à utilização da
hidroclorotiazida.
Quando combinado com outros agentes anti-hipertensores, podem ocorrer
quedas da pressão arterial.
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5.2 Propriedades farmacocinéticas
Lisinopril
Nos ensaios clínicos, as concentrações séricas máximas verificaram-se cerca de
6 a 8 horas após a administração oral. Durante a eliminação do lisinopril há uma
fase terminal prolongada que não contribui para a acumulação do fármaco. Esta
fase terminal representa, provavelmente, uma saturação dos locais de ligação à
enzima de conversão da angiotensina e não é proporcional à dose utilizada. O
lisinopril não se liga às proteínas plasmáticas, à excepção da enzima de
conversão da angiotensina.
O lisinopril não é significativamente metabolizado no fígado e é excretado na
urina sem sofrer qualquer alteração. Com base nas percentagens de fármaco
recuperado na urina, foi possível determinar que a absorção de lisinopril é de
cerca de 25%. A absorção do fármaco não é influenciada pela presença de
alimentos no tracto gastrointestinal.
Quando a administração do fármaco é prolongada, o lisinopril apresenta uma
semi-vida de acumulação de 12 horas. A clearance renal do lisinopril encontrase diminuída nos idosos, particularmente em presença de insuficiência cardíaca
congestiva.
Em doentes com insuficiência renal a farmacocinética do lisinopril é semelhante
à observada em doentes cuja função renal se encontra normal, desde que a taxa
de filtração glomerular seja igual ou superior a 30 ml/min. No caso desta taxa ser
inferior, há um aumento do tempo das concentrações máximas e mínimas de
lisinopril, um aumento do tempo necessário para que se atinja a concentração
máxima e, nalguns casos, há um prolongamento do tempo necessário para se
alcançar o estado de equilíbrio.
Estudos realizados em ratos revelaram que o lisinopril quase não atravessa a
barreira hemato-encefálica.
Não se verificaram interacções farmacocinéticas clinicamente significativas
quando o lisinopril foi administrado simultaneamente com o propranolol, digoxina
ou hidroclorotiazida.
Hidroclorotiazida
Monitorizando os níveis sanguíneos de hidroclorotiazida durante, pelo menos, 24
horas, verifica-se que a sua semi-vida plasmática varia entre 5,6 e 14,8 horas. A
hidroclorotiazida não é metabolizada mas é rapidamente eliminada por via renal.
Pelo menos 61% de uma dose oral é eliminada, sem sofrer alterações, no
espaço de 24 horas. A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária mas
não a barreira hemato-encefálica.
Lisinopril / Hidroclorotiazida
A administração simultânea de lisinopril e hidroclorotiazida, em doses repetidas,
não tem qualquer efeito na biodisponibilidade de ambos os fármacos. A
associação de dois fármacos num só comprimido é bioequivalente à
administração simultânea dos dois fármacos separadamente.
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5.3 Dados de segurança pré-clínica
O lisinopril + hidroclorotiazida é um medicamento sobre o qual existe uma larga
experiência clínica. Toda a informação considerada relevante para o médico
prescritor encontra-se incluída neste Resumo das Características do
Medicamento.
6. Informações farmacêuticas
6.1 Lista dos excipientes
Hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado, manitol, amido de milho, amido prégelificado e estearato de magnésio.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de validade
3 Anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25ºC
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVDC/PVC/Alu
Embalagens com 10, 14, 20, 28, 30, 56, 60 e 100 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. Titular da autorização de introdução no mercado
Laboratórios Azevedos – Indústria Farmacêutica, S.A.
Estrada Nacional 117
2614-503 Amadora
APROVADO EM
27-02-2009
INFARMED
8. Número (s) da autorização de introdução no mercado
Nº de Registo: 5940382 - 10 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940481 - 14 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940580 - 20 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940689 - 28 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940788 - 30 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940887 - 56 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5940986 - 60 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
Nº de Registo: 5941083 - 100 Comprimidos, 20 mg + 12,5 mg, Blister de
PVDC/PVC/Alu
9. Data de primeira autorização/renovação da autorização de introdução no
mercado
Data da primeira autorização: 29-09-2006
10. Data da revisão do texto

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