Autoconceito, Auto-estima e Valores

Transcrição

Autoconceito, Auto-estima e Valores
Instituto Calusa
Autoconceito, Auto-estima e Valores
Uma cultura é a sabedoria acumulada por um grupo de pessoas. Entretanto, uma cultura também contém
a mediocridade acumulada de um grupo de pessoas, e a nossa própria cultura não é exceção.
A sociedade moderna aceita muitos estilos de vida, religiões e visões de mundo diferentes sem o devido questionamento,
ou seja, passa a repetir e aceitar como verdade absoluta os padrões de pensamento e comportamento medíocres,
levando-nos a deixar de viver a nossa atenticidade, o nosso EU atêntico, para viver um EU validado pelo mundo
externo. Censuramos nossos pensamentos, ensaíamos nossas emoções, representamos o que achamos que os outros
querem ver, escondemos nossos verdadeiros eus e com isso surge a abnegação, a renuncia de si mesmo ou da nossa
verdadeira essência, alma. Muitos de nós estão no processo de tentar descobrir o que é uma vida humana, enquanto
nas culturas mais tradicionais essa decisão já foi tomada.
Sabe-se que nossas crenças, independente de religião, e nossos valores exercem grande influência sobre os nossos
pensamentos, escolhas, tomadas de decisões e ações. Nossas crenças são profecias autorealizadoras, ou seja, se
você acredita que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador encontrará um mundo repleto de temores, infelicidade e
decepções. Alguém que acredita que o mundo está cheio de oportunidades e deseja experimentá-las, encontra o
mesmo mundo repleto de infindável variedade, riquezas e satisfação.
Ainda, essas crenças também exercem uma grande influência sobre o que você pensa a respeito de si mesmo, ou seja,
o conceito que você tem de si diante do que faz ou não, do que tem ou não, do que é ou não, do que quer ou não, do
que realiza ou não, enfim, o seu autoconceito o acompanha a todos os lugares e afeta tudo aquilo que você experimenta.
A nossa identidade é formada por meio de um processo bastante aleatório de experiências, com resultados positivos ou
não, bem como aquilo que os pais e os outros nos disseram ou ensinaram. Apesar das melhores intenções dos
pais, professores, chefes, mestres para moldar nosso autoconceito de uma maneira útil, positiva e evolutiva, esse
processo é bastante casual, acidental e às vezes trágico. Alguns de nós desenvolveram um autoconceito que funciona
razoavelmente bem, enquanto outros não tiveram tanta sorte.
Como resultado, muitas pessoas estão vivendo com um autoconceito que funciona muito mal, que vive nas sombras das
experiências do passado, que em alguns casos não lhe pertence e que a decepciona quando mais necessita dele.
Independente de você do como aprendeu o seu autoconceito, do como lida com ele e de quais resultados você obtém
com ele, saiba que o seu autoconceito pode ser bastante melhorado, basta querer e acreditar.
O seu autoconceito baseia-se principalmente em todas as experiências que estão armazenadas no mundo interior, na
memória. Se você pensa em si mesmo como uma pessoa inteligente, lembra os momentos em que demonstrou
inteligência e omite as ocasiões em que não compreendeu algo ou cometeu um erro. Alguém que pensa em si mesmo
como sendo um medíocre fará o inverso. Isto chamamos foco de atenção.
O seu autoconceito é uma espécie de mapa de quem você é, e como qualquer mapa, ele é uma versão bastante
simplificada do território que descreve. O seu autoconceito não deve ficar limitado aos resultados alcançados na vida, pois
eles são decorrentes de suas ações. Não deve ficar limitado ao que você faz ou deixa de fazer, uma vez que isto referese ao seu comportamento. Não deve ficar limitado ao como você faz ou deixa de fazer, pois isto é a sua capacidade,
habilidade. Não deve ficar limitado aos por quês, pois estes são as suas crenças. Enfim, seu autoconceito não é o que os
outros querem que seja, ou seja, os rótulos impostos pela cultura do meio ambiente que vivemos . Você é muito mais do
que tudo isso, porém perceba os padrões de pensamento e de comportamento existentes que te impedem, que limitam,
que duvidam de melhorar e aprimorar o seu autoconceito.
A auto-estima é o resultado da avaliação de si mesmo. É a nota do seu autoconceito, isto é, falamos ou já ouvimos as
seguintes expressões: "a minha auto-estima está baixa", "a minha auto-estima está alta". O quanto ela está baixa? O
quanto ela está alta? Esses indicadores de alto, baixo, bom , ruim nada mais são do que a estimativa, a avaliação de um
autoconceito que está atuando internamente.
Quando as pessoas não se sentem bem a respeito de si mesmas, por causa da infelicidade e frustração, com frequência
fazem escolhas erradas e podem atacar os outros ou a sociedade de maneiras destrutivas. Em muitos casos, a baixa
auto-estima é resultado da comparação que as pessoas fazem com os outros.
Um outro sinal de autoconceito ruim aparece quando as pessoas tentam constantemente fugir de si mesmas por meio
de abuso de drogas, comida, beida alcoólica, TV ou outras distrações. Embora elas digam que usam drogas para ficar
"alegres", a maioria dos especialistas na área concordam que é muito correto dizer que elas usam drogas para se
sentir normais, para fugir da ampla variedade de sentimentos ruins, como frustração, culpa, vergonha, arrependimento,
raiva e outros.
http://www.institutocalusa.com.br/conteudo
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 30 September, 2016, 04:48
Instituto Calusa
Os valores são a base para que o bom funcionamento do seu autoconceito proporcione o tipo de comportamento
satisfatório que conduz à auto-estima. Você valoriza experiências boas e valoriza negativamente as ruins. Uma vez que
muitas coisas e eventos são importantes para você, e de muitas maneiras, você possui muitos valores diferentes. Um
único evento pode ser valioso de diversas maneiras e muitas experiências podem ser valiosas da mesma maneira.
Contudo, algumas vezes você descobre que os seus valores estão em conflito. Mesmo em uma situação bastante
simples, como escolher uma refeição em um restaurante, diferentes valores entram em ação e precisamos escolher
aqueles que são mais importantes. Você pode estar com fome, portanto gostaria de comer muito, mas planeja fazer
exercícios mais tarde, por isso seria melhor comer menos. Aquela sobremesa pode parecer muito tentadora, mas você
quer perder peso. Talvez seja um restaurante caro, portanto você decide pedir uma refeição mais simples para
economizar. Essas escolhas seguem uma hierarquia interna de necessidades e de prioridades, na qual os valores se
alternam em função da hierarquia predominante no momento. Por exemplo, lembre-se de algo que foi certo no passado e
que agora no presente já não é. Isso foi certo para quem? O que mudou? Será que no futuro isso poderá ser correto
novamente?
Enfim, cuide de seu autoconceito para fortalecer a sua auto-estima. Valorize seus valores e respeite o seu mundo
interior. Faça dele o seu espaço sagrado.
Se você gostou deste artigo escreva para [email protected]
http://www.institutocalusa.com.br/conteudo
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 30 September, 2016, 04:48