INTERNET APLICADA A GASTROENTEROLOGIA E
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INTERNET APLICADA A GASTROENTEROLOGIA E
Internet aplicada a gastroenterologia e coloproctologia Paulo Fernando Leite Internet médica A internet vem se fixando como meio de busca de informações na área de saúde, sobretudo na medicina. Atualmente, é uma ferramenta de fundamental importância para a medicina. A expressão “internet médica” pode servir para definir todos os serviços e atividades ligadas ao ensino e aprendizado médico virtual, pesquisa bibliográfica, consulta a banco de dados e comunicação on-line dos médicos. O uso e o crescimento acelerado da internet, no que se refere à acessibilidade e à quantidade de informações disponibilizadas, tornaram-na um dos mais importantes meios de pesquisa para o profissional de saúde, pois permite acesso rápido e atualizado à informação científica. Ademais, representa um recurso valioso para a educação continuada em medicina. É indiscutível, atualmente, o fato de que a internet se inseriu de maneira importante no seio da comunidade médica como uma ferramenta fundamental da comunicação interpessoal e pesquisa médica. Cada vez mais, a melhoria do acesso à internet (banda larga, utilização de computadores de mão, conexão sem fio, ou wireless etc.) contribui para a melhora da qualidade da medicina oferecida ao paciente. Milhares de revistas científicas, atlas, consensos e diretrizes (guidelines), sites educacionais de faculdades e escolas médicas, bem como organizações governamentais tornaram-se disponíveis para os médicos. Os médicos acessam a internet principalmente em busca de artigos científicos de qualidade, temas de farmacologia clínica, casos clínicos e, principalmente, o correio eletrônico. Mais recentemente, tem crescido o acesso dos médicos em busca de cursos a distância on-line, de preferência de curta duração, em programas de educação médica continuada de organizações médicas renomadas. Nesse manual, são abordados vários serviços medweb que são bastante úteis para atualização e conectividade médica do oncologista, como: • • • • • • • Educação Médica On-line; Bibliotecas Médicas On-line; Portal Medicina; Pesquisa Médica On-line; Eventos Médicos Virtuais; Conectividade Médica; E-marketing e E-commerce Medicina. Existem vários fatores que dificultam o uso da internet no campo da medicina. Muitos mitos e preconceitos criaram um determinado grau de “tecnofobia” em muitos médicos. Entre esses mitos e preconceitos, pode-se citar: • • • • • é necessário fazer cursos nas áreas de ciências da computação, que são exaustivos e com conteúdo de difícil aprendizado; a internet e a informática médica são para os médicos de faixas etárias mais jovens; a internet apresenta notícias e artigos sobre temas de saúde de baixa qualidade científica ou de difícil acesso; médicos não dispõem de tempo para usar a internet; não se dispõe de conhecimento sobre como pesquisar temas médicos on-line. Esses e outros mitos afugentam muitos médicos da superoferta de atualização médica na internet. Realmente, no início do ensino da internet para médicos, elaboravam-se cursos com extensas aulas de computação, terminologia da web avançada e poucas horas sobravam para a parte que realmente interessava ao médico. Atualmente, com uma a duas semanas de conhecimentos básicos de informática, o médico pode tornar-se um “internauta”, com capacidade de acessar a maior parte do conteúdo científico médico que a internet oferece. Com o uso da internet e algumas estratégias básicas de navegação, pode-se selecionar o conteúdo web de qualidade e identificar, com facilidade, os conteúdos de baixa qualidade. Contudo, a internet também tem efeitos colaterais. Seu uso pode causar danos à saúde do internauta. Distúrbios visuais, transtornos do sono, excesso de peso, trombose e a mais recentemente identificada “síndrome dos viciados na internet” são alguns exemplos de problemas causados pelo uso excessivo do computador. Os internautas que passam muitas horas “navegando” podem ser acometidos por uma dessas condições: consulta médica virtual, rede de pedofilia, estímulo à anorexia via sites, “hacker ativismo”, uso criminoso da internet e, principalmente, desinformação sobre temas médicos. Portal Medicina • O que é um Portal Medicina? Quais os melhores e mais acessados Portais Medicina do mundo? Um Portal Medicina apresenta como características vários serviços e aplicativos de utilidade on-line para a classe médica, como: • • • • • • • notícias médicas atualizadas; casos clínicos, interativos ou não; artigos médicos; diretrizes médicas; imagens e vídeos científicos; conectividade médica; pesquisas de opinião; • • • • entrevistas; fóruns de discussão; medshopping; links. Os portais mais acessados no mundo são de língua inglesa (internacionais). Entre eles, podem-se citar: • Medscape (http://www.medscape.com.br) Trata-se de uma ampla revista eletrônica que abrange quase todos os temas médicos e especialidades. Mais recentemente, criou páginas especiais para várias condições clínicas (veja a seguir as páginas sobre doenças gastrointestinais). Recebe mais de 1 milhão de acessos por dia. É necessário se registrar, e o acesso é gratuito. É considerado um dos melhores portais medicina do mundo. • MedConsult (http://www.medconsult.com) É considerado por alguns o melhor portal de medicina do mundo, mas o acesso é pago. Contém mais de cem livros-textos on-line atualizados. Como o Medscape, apresenta amplo conteúdo e conectividade. • MedlinePlus É um portal da “U.S. National Library of Medicine” e “National Institute of Health”, com várias seções e mais de 800 temas médicos descritos. Tem textos em espanhol e inglês. Veja MedlinePlus serviços no Quadro 1. Quadro 1 Serviços online-Medlineplus* Health topics: descrição e updates de mais de 800 temas de condições clínicas Drugs & supplements: sobre prescrições de fármacos e suplementos Enciclopédia médica: inclui quadros, diagramas e algoritmos Dicionário: definição dos termos médicos Notícias: notícias atualizadas sobre temas de saúde Outros recursos, por exemplo, vídeos de cirurgias No MedlinePlus, pode-se acessar páginas especiais de temas ligados a doenças gastrointestinais e coloproctológicas. (http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/digestivesystem.html [em inglês]) (http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/digestivesystem.html [em espanhol]) • UpToDate (http://www.uptodate.com/home/index.html) É considerado um dos melhores portais de medicina do mundo; os textos estão em inglês, e ele é pago. Contém inúmeros textos médicos em todas as especialidades, sendo muito atualizado. Esse portal é vinculado a várias organizações médicas e colégios de medicina nos Estados Unidos, sendo coordenado por médicos de renome internacional. Requer cadastro e subscrição por meio de pagamento anual. Entre os portais de medicina de destaque no Brasil, encontram-se: • Medicina Atual (http://www.medicinatual.com.br) De acesso gratuito (requer cadastro preenchido), é o melhor portal de medicina no Brasil. Possui artigos, perguntas e respostas, consensos, casos clínicos, imagem e vídeos médicos sobre as principais especialidades médicas, incluindo a gastroenterologia. Várias doenças estão descritas on-line. • MedWebPesquisa (http://www.medwebpesquisa.com.br) De acesso gratuito (requer cadastro preenchido), possui três seções: MedWebGuia (catálogo de sites), publicações na internet (links para revistas médicas on-line), casos clínicos on-line e, mais recentemente, a seção sobre atualização médica on-line (artigos e guidelines atualizados). É atualizado mensalmente. Na seção MedWebGuia, encontra-se um dos melhores catálogos de sites de A a Z, em Gastroenterologia & Coloproctologia. Possui um dos melhores guias on-line de publicações médicas na internet em quase todas as especialidades médicas. • Medical Services (http://www.medicalservices.com.br) Importante portal de medicina, com amplo conteúdo, incluindo notícias e resenhas científicas atualizadas mensalmente. Contém páginas especiais sobre temas gastroenterológicos. Possui casos clínicos, revistas médicas, serviços MedWeb como calculadora médica, bulas e CID. • Bibliomed (http://www.bibliomed.com.br) Este é um portal de acesso pago, amplo e de fácil navegação. As áreas que são atualizadas diariamente são: notícias, clipping e resenhas científicas. Possui uma biblioteca com livros médicos disponíveis on-line. • Portal Organização Médica Federação Brasileira de Gastroenterologia (http://www.fbg.org.br/) A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) é uma sociedade sem fins lucrativos, que promove e representa a especialidade no Brasil. Congrega 4.300 associados e participa, juntamente com 64 especialidades reconhecidas, do Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB). Foi fundada em 1949 para apoiar e desenvolver o conhecimento científico da especialidade no Brasil. A FBG representa 22 federadas em todo o território nacional; é filiada à Associação Interamericana de Gastroenterologia (AIGE) e à Organização Mundial de Gastroenterologia (OMGE). Possui duas publicações científicas, a GED e a Revista Arquivos de Gastroenterologia, além do Boletim Gastren, e a revista eletrônica GD-Rom. O site contém links para outras organizações médicas relacionadas, agenda de eventos e notícias atualizadas. Para ter acesso ao conteúdo científico, é necessário preencher o login (e-mail cadastrado banco de dados) e senha e ser um sócio da FBG. O site contém uma área especial on-line para o público leigo e pacientes. • Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) (http://www.sbcp.org.br/) A coloproctologia é uma especialidade médica que trata das doenças do cólon do reto e do ânus, tanto clínicas quanto cirúrgicas. Compreende também uma série de procedimentos de diagnóstico, como a colonoscopia, a manometria e a ultrassonografia endorretal. A SBCP tem a missão de apontar ao coloproctologista as melhores e mais seguras decisões no atendimento das doenças coloproctológicas, estabelecendo os padrões mais atualizados nessa área da prática médica. O site dessa organização, em sua página inicial, traz duas áreas: uma para o público leigo e outra para os médicos. No site, o médico pode acessar notícias, eventos e artigos sobre doenças coloproctológicas. As principais aulas e debates ocorridos nos Congressos Brasileiros de Coloproctologia estão disponíveis on-line para os associados da SBCP. Pode-se ver e rever as apresentações de renomados especialistas nacionais e internacionais, em formato multimídia, prático e muito interessante. A Revista SBCP e um jornal informativo podem ser acessados no site da SBCP. Portal Gastroenterologia e Coloproctologia Existem portais com conteúdo exclusivo sobre doenças gastrointestinais e coloproctológicas. • Medscape Gastroenterology (http://www.medscape.com/gastroenterology) Trata-se de uma página especial de doenças gastrointestinais de um dos maiores e melhores portais medicina do mundo. O Medscape possui páginas especiais sobre vários temas de interesse dos gastroenterologistas e coloproctologistas, conforme se vê na relação a seguir: Medscape Gastroenterology: Resource Centers • • • • • • • • • • • IBS & Chronic constipation (http://www.medscape.com/resource/ibs) Celiac Disease (http://www.medscape.com/resource/celiac-disease) Clostridium difficile Infection (http://www.medscape.com/resource/ clostridium-difficile) Gallbladder and Biliary Disease (http://www.medscape.com/resource/ gallbladder-biliary-disease) GERD (http://www.medscape.com/resource/gerd) Hepatitis B (http://www.medscape.com/resource/hbv) Hepatitis C (http://www.medscape.com/resource/hepc) IBS and Chronic Constipation (http://www.medscape.com/resource/ibs) Minimally Invasive GI Surgery (http://www.medscape.com/resource/mis) MRSA (http://www.medscape.com/resource/mrsa) Peptic Ulcer Disease (http://www.medscape.com/resource/ peptic-ulcer-disease) A seguir, são apresentados os principais endereços eletrônicos de portais de gastroenterologia e coloproctologia: • Center for Digestive Health (http://www.centerfordigestivehealth.net) • • • • • • • • Hardin MD! Gastroenterology (http://www.lib.uiowa.edu/HARDIN/MD/ gastro.html) Karolinska Institute Digestive System Diseases (http://www.mic.stacken. kth.se//Diseases/C06.html) Medicinet: Focus on Digestion (http://www.medicinenet.com/digestion/ focus.htm) MedlinePlus: Digestive System (http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ digestivesystem.html [english]) ( http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/digestivesystem.html [spanish]) Medscape Gastroenterology (http://www.medscape.com/ gastroenterology) National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (http:// www.niddk.nih.gov) ProctoSite (http://www.proctosite.com/) Portais de Gastroenterologia: Organizações médicas on-line As principais organizações de Gastroenterologia no mundo transformaram suas páginas na web em verdadeiros portais. Entre as principais organizações no mundo nesse tema, destacam-se: • American College of Gastroenterology A missão desse colégio médico é proporcionar educação continuada em gastroenterologia e apresentar resultados de pesquisas atualizadas dos distúrbios gastrointestinais. O site contém publicações on-line, agenda de eventos, links, diretrizes médicas e estudos de revisão (http://www.gi.org/). • Sociedades Estaduais de Gastroenterologia Brasil No Brasil, quatro sociedades estaduais de gastroenterologia possuem seus próprios sites, todos com ótimo conteúdo, dica de eventos, notícias e links. Pode-se acessar: • Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro (http://www.socgastro. org.br/) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo (http://www. sgnsp.org.br/) Sociedade Gaúcha de Gastroenterologia (http://www.sgg.org.br/home.asp) Sociedade Paranaense de Gastroenterologia e Nutrição (http://www.spgn. org.br/) American College of Gastroenterology (http://www.gi.org / http://www. acg.gi.org) American Gastroenterological Association (http://www.gastro.org) Asociación Interamericana de Gastroenterologia (http://www.aige.org/) Asociación Mexicana de Gastroenterologia (http://www.gastro.org.mx/) British Society of Gastroenterology (http://www.bsg.org.uk) Center for Digestive Health (http://www.centerfordigestivehealth.net) Digestive Disease Institute/Cleveland Clinic (http://my.cleveland.org/ digestivediseases/default.aspx) Federación Argentina de Gastroenterologia (http://www.fage.org.ar/) Federação Brasileira de Gastroenterologia (http://www.fbg.org.br) Foundation for Digestive Health and Nutrition (http://www.fdhn.org) Nacional Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (http:// www.niddk.nih.gov) New Zealand Society of Gastroenterology (http://www.nzsg.org.nz) Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (http://www.sbmd.org.br/) Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro (http://www.socgastro. org.br/) Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição do Estado de São Paulo (http:// www.sgnsp.org.br/) Sociedade Gaúcha de Gastroenterologia (http://www.sgg.org.br/home.asp) Sociedade Paranaense de Gastroenterologia e Nutrição (http://www.spgn. org.br/) Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia (http://www.spg.pt) The Gastroenterological Society of Australia (http://www.gesa.org.au) The Canadian Association of Gastroenterology (http://www.cag-acg.org) The Hong Kong Society of Gastroenterology (http://www.hksge.org) United European Gastroenterology Federation (http://www.uegf.org/) As principais organizações de coloproctologia no mundo também transformaram suas páginas na web em verdadeiros portais. Esse assunto será abordado a seguir. Sociedade Brasileira de Coloproctologia Sociedades Estaduais de Coloproctologia — Brasil No Brasil, três sociedades estaduais de coloproctologia possuem seus próprios sites, todos com ótimo conteúdo, dica de eventos, notícias e links: • • • • • • • • • • • • • • • • Associação Gaúcha de Coloproctologia (http://www.coloproctologiars. com.br/) Sociedade Mineira de Coloproctologia (http://www.smcprocto.com.br/) Sociedade Regional Leste de Coloproctologia (http://www.srlcp.org.br/ inicial.asp) American Society of Colorectal Surgeons (http://www.fascrs.org/) Asociación Española de Coloproctologia (http://www.aecp-es.org/) Associação Latinoamericana de Coloproctologia (http://www.alacp.org/) Association of Coloproctology of Great Britain and Ireland (http://www. acpgbi.org.uk/) Australian Crohn’s and Colitis Association (http://www.acca.net.au/) Crohn’s and Colitis Foundation of América (http://www.ccfa.org/) Crohn’s and Colitis Foundation of Canadá (http://www.ccfc.ca/English/ index.html [em inglês]) / (http://www.fcmii.ca/French/index.html [em francês]) European Federation of Crohn’s and Colitis Associations (http://www. efcca.org/) European Society of Coloproctology (http://www.escp.eu.com/) Germany Society for Coloproctology (http://www.koloproktologie.org/) International Foundation for Functional Gastrointestinal Disorders (http://www.iffgd.org/) Internacional Society of University Colon and Rectal Surgeons (http:// www.isucrs.org/) Israel Society of Colon and Rectal Surgery (http://www.iscrs.org/) • • • • • • • • • • Italian Society of Colorectal Surgery (http://www.siccr.org/) Internacional Society for Digestive Surgery (http://www.cicd-isds.org/ index.asp) Mediterranean Society of Coloproctology (http://www.mscp-online.org/) National Association for Colitis and Crohn’s Disease – UK (www.nacc.org. uk) Sociedad Argentina de Coloproctologia (http://www.sacp.org.ar/) Sociedad Mexicana de Cirujanos de Rect y Colon (http://www.smcrc.org. mx/) Sociedad Venezolana de Coloproctologia (http://www.svcp.org.ve/) Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (http://www.sbmd.org.br/) Sociedade Portuguesa de Coloproctologia (http://www.spcoloprocto.org/) The Canadian Society of Colon and Rectal Surgeons (http://www.cscrs.ca/ en/index.asp) Bibliotecas médicas on-line – Quais as principais bibliotecas médicas online nos campos da medicina e saúde? Biblioteca Virtual em Saúde/BIREME (http://regional.bvsalud.org/php/ index.php): é visualizada como a base distribuída do conhecimento científico e técnico em saúde registrado, organizado e armazenado em formato eletrônico nos países da região, acessível de forma universal na internet, de modo compatível com as bases internacionais. A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) é simulada em um espaço virtual da internet, formado pela coleção ou rede de fontes de informação em saúde da região. Usuários de diferentes níveis e localização podem interatuar e navegar no espaço de uma ou várias fontes de informação, independentemente de sua localização física. As fontes de informação são geradas, atualizadas, armazenadas e operadas na internet por produtores, integradores e intermediários, de modo descentralizado e obedecendo metodologias comuns para sua integração na BVS. As fontes de informação básicas podem, ainda, ser enriquecidas, projetadas, reformuladas e/ou traduzidas em novos produtos e serviços de informação, com agregação de valor, visando a atender de modo mais eficiente às necessidades de informação de usuários de comunidades específicas. A rede BIREME congrega 600 bibliotecas da região da América Latina e do Caribe. Ela desenvolveu o DeCS (http://decs.bvs.br/), com base na terminologia MeSH e outros específicos para as áreas de saúde pública, homeopatia, ciência e saúde e vigilância sanitária. Biblioteca Scielo (http://www.scielo.org/php/index.php): a SciELO é o resultado de um projeto de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com o Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. Desde 2002, o projeto conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O projeto tem por objetivo o desenvolvimento de uma metodologia comum para preparação, armazenamento, disseminação e avaliação da produção científica em formato eletrônico. Com o avanço das atividades, novos títulos de periódicos continuam a ser incorporados à coleção da biblioteca. Atualmente, vários países integram a rede de publicações médicas online da SciELO: • • • • • Brasil (http://www.scielo.br) Argentina (http://www.scielo.org.ar) Chile (http://www.scielo.cl) Espanha (http://scielo.isciii.es/scielo.php); Revista Española de Enfermedades Digestivas (http://scielo.isciii.es/scielo.php [Scielo España]) México (http://www.scielo.org.mx/scielo.php) Destaques Scielo: Gastroenterologia & Coloproctologia Figura 1 Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia (http://www.scielo.br) (Scielo Brasil). Publicação oficial da FBG. Figura 2 Revista Brasileira de Coloproctologia (http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_serial&pid=0101-9880&lng=en&nrm=iso [Scielo Brasil]). • • • • • • • Free Medical Journals (http://www.freemedicaljournals.com): mais de 2.500 jornais médicos on-line de acesso gratuito ao texto completo. São publicações predominantemente em língua inglesa, mas contêm um arquivo significativo de publicações em outras línguas. Geneva Foundation for Medical Education and Research/Digestive Disseases (http://www.gfmer.ch/Medical_journals/Digestive_diseases.htm): uma ampla relação de publicações médicas on-line sobre doenças gastrointestinais e coloproctológicas. Google Directory Medicine Journals (http://www.google.com/Top/ Health/Medicine/Journals): relação de jornais on-line em várias especialidades médicas. Google Directory Gastroenterology Journals (http://www.google.com/ Top/Health/Medicine/Medical_Specialties/Gastroenterology/Journals/) BMC Gastroenterology (http://www.biomedcentral.com/bmcgastroenterol): é um jornal de acesso liberado que publica artigos originais de pesquisa em gastroenterologia em todos os aspectos – prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças gastrointestinais, como também aspectos de genética molecular, fisiopatologia e epidemiologia. Public Library of Science (http://www.plos.org/) HighWire Stanford University (http://highwire.stanford.edu/lists/freeart. dtl) Gastroenterologia e coloproctologia: Pesquisa on-line Mecanismos de busca: medicina e saúde Pesquisar na web é possível graças aos serviços dos mecanismos de busca, que possuem software e banco de dados para acesso direto pelo navegador ou pelo site de seus provedores. É importante que se saiba como obter o máximo de eficiência na busca pela informação médico-científica com a utilização das ferramentas de busca na internet. Na pesquisa médica on-line, uma das primeiras estratégias é a elaboração de um ótimo plano de pesquisa. Uma das primeiras etapas é refinar a pesquisa e selecionar os descritores corretos, as palavras-chave mais expressivas ou mais específicas ao assunto abordado. Uma pesquisa é obesidade, outra pesquisa é obesidade infantil. Os três principais mecanismos de busca, no campo da medicina e saúde são apresentados a seguir. • Google Scholar (http://scholargoogle.com) É uma ferramenta muito utilizada para pesquisas universitárias. Ela faz a busca apenas em documentos científicos, evitando sites não acadêmicos. Nos resultados da busca, menciona quantas vezes um arquivo foi citado. Ao se clicar no link de citações, o sistema exibe todos os artigos que fizeram referência ao documento. Assim, fica fácil ampliar a pesquisa de um tema, incluindo outros documentos, com base em um artigo principal. Se o documento não estiver disponível on-line, a Google Scholar informa o livro em que ele se encontra. Nas opções de pesquisa avançada, o usuário pode filtrar a pesquisa por nome do autor, área de conhecimentos e data de publicação, entre outros critérios. • Medline (PubMed) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=pubmed) É uma base de dados da literatura internacional da área média e biomédica, produzida pela National Library of Medicine (NLM), nos Estados Unidos, que contém referência bibliográficas e resumos de mais de 50 mil títulos de revistas biomédicas publicadas nos Estados Unidos e em outros 70 países. Contém milhões de registros da literatura, desde 1966 até o momento, que cobrem as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia, veterinária ciências da saúde e afins. A atualização das bases de dados é mensal. O PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed) é indiscutivelmente o maior “buscador” de medicina e saúde do mundo. Sugere-se a leitura dos seguintes artigos on-line para que o médico saiba usar, fazer e elaborar uma pesquisa médica on-line e usar com melhor eficiência esse excelente buscador: - - - - - - Curso On-line de Pesquisa no PubMed (http://clinicamedicaepm.files. wordpress.com/2008/03/tutorial_de_pesquisa_na_medline.pdf) What’s the difference between Pubmed and MEDLINE (http://www.refnavigator.com/blog/whats-the-difference-between-pubmed-and-medline.html) Buscar en Medline con Pubmed: guía de uso en español (http://www.fisterra.com/recursos_Web/no_explor/pubmed.asp) Searching the Medical Literature Using PubMed: A tutorial (http://www. mayoclinicproceedings.com/content/78/1/87.refs) Using Advanced Search Tools on PubMed for Citation Retrieval (http:// www.mayoclinicproceedings.com/content/79/10/1295.full.pdf+html) MeSH (Medical Subject Headings): no PubMed, vídeos explicam a terminologia MeSH (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh) • HON select (http://www.hon.ch/HONselect/index_pt.html): É um catálogo de termos médicos e um integrador de busca estritamente para recuperar assuntos médicos e de saúde. O HONselect combina cinco tipos de informação – um de referência, termos MesH, artigos científicos, notícias de assistência à saúde, sites web e multimídia – em um único serviço para refinar e acelerar a pesquisa. Caso o usuário não esteja seguro quanto à grafia de um termo médico, o HONselect ajuda a definir o termo correto. O HONselect inclui um corretor ortográfico de termos médicos. Diretrizes médicas on-line Existem na web alguns endereços eletrônicos que disponibilizam diretrizes médicas e temas de áreas da saúde. No Brasil, o melhor projeto de diretrizes médicas pertence à Associação Médica Brasileira (http://www.amb.org.br), que está em sua grande parte disponível on-line. • Projeto Diretrizes (http://www.projetodiretrizes.org.br/amb.php) O que é? • • • • • Cursos Contato Diretrizes por ordem alfabética Diretrizes por especialidades médicas Diretrizes por volume Livros – volumes I a VII Histórico do projeto – aulas • Projeto Diretrizes Clínicas na Saúde Complementar (http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/index.html) O que é? O projeto para elaboração de diretrizes clínicas especificamente voltadas para a assistência na saúde suplementar brasileira é uma parceria entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, que tem por objetivo qualificar a assistência prestada nesse setor, fornecendo um instrumento seguro para que o profissional de saúde embase suas decisões clínicas. O diferencial dessas novas diretrizes, além de priorizar temas relevantes para o setor suplementar, é seu caráter diretivo, traduzido em recomendações claras e implementáveis, mas ao mesmo tempo flexíveis o bastante para prever o diferente e o pouco usual. No Projeto Diretrizes já se encontram disponibilizados on-line os seguintes temas gastroenterológicos e coloproctológicos: • • • • • • • • câncer colorretal; câncer familial; diverticulite: diagnóstico e tratamento; doença de Crohn; doença de Crohn intestinal: manejo; fissura anal: manejo; hemorragias digestivas; hemorroida: diagnóstico; • • • • • • • hemorroida: manejo não cirúrgico; hemorroida: tratamento cirúrgico; hepatite B crônica: tratamento; hepatite C crônica: tratamento; obstrução anal neonatal; obstruções intestinais no lactente e na criança; úlcera péptica. Existem na web outros endereços eletrônicos internacionais que oferecem guidelines sobre temas médicos, principalmente na área médica. Os principais endereços são: • • • • National Guideline Clearinghous (http://www.guideline.gov/): apresenta um mecanismo de busca para diretrizes médicas. eMJA: Clinical Guidelines (http://www.mja.com.au/public/guides/guides. html). National Institute for Clinical Excellence Clinical Guidelines (http://www. nice.org.uk/Guidance/Topic). Scottish Intercollegiate Guidelines Network (http://www.sign.ac.uk/). O portal Medicina Atual (www.medicinaatual.com.br) apresenta uma página especial de consensos. Seleciona-se a especialidade médica (p.ex., Gas troenterologia & Coloproctologia) e acessam-se os seguintes guidelines já disponíveis: • Consensos atuais disponíveis no portal Medicina Atual: - abdome agudo; - alergia ao leite de vaca e intolerância à glicose; - ascite; - câncer de intestino; - câncer gástrico; - carcinoma hepatocelular; - cirrose biliar primária; - cirrose hepática; - constipação intestinal; - constipação em pediatria; - diarreias; - diarreia na infância; - doença do refluxo gastroesofágico; - doença inflamatória intestinal; - doenças metabólicas do fígado; - hemorragia digestiva alta; - hepatite A e outras hepatites virais; - hepatite B; - hepatite C; - icterícia neonatal; - icterícia; - litíase biliar; - pancreatite aguda; - pancreatite crônica; - parasitoses intestinais; - síndrome do intestino irritável; - úlceras pépticas. Gastroenterologia e Proctologia: Educação a distância Educação a distância (EAD) na saúde A EAD é a modalidade de educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são desenvolvidas majoritariamente (e, em bom número de casos, exclusivamente) sem que alunos e professores estejam presentes no mesmo lugar à mesma hora. Com o surgimento das novas tecnologias educacionais, como a internet e outras mídias digitais, a educação médica está evoluindo com muita rapidez. Na web existem centenas de sites e aplicativos que permitem a criação e o gerenciamento de cursos, salas de bate-papo, mensagens instântaneas, grupos de notícias, questionários (enquetes) interativos e listas de discussão, vídeos, multimídia, sistema de controle do aprendizado etc. Com a recente implantação da televisão digital, acredita-se em uma nova revolução no EAD, aliando a interatividade da nova tecnologia com o alcance da televisão no Brasil. A internet possibilita variedade e flexibilidade de métodos de ensino, mostrando-se eficiente diante do crescente volume de conhecimento na área médica. O ensino a distância (EAD) oferece oportunidades a pessoas de todos os lugares, sem os custos de deslocamentos. Segundo os estudiosos em EAD, os dois grandes desafios desse tipo de educação via internet são a capacitação dos professores e a construção de conteúdos, pois as atuais tecnologias digitais possibilitam ótimos recursos de aulas on-line. Vários estudos demonstraram a real possibilidade de ensino de graduação a distância via internet. O uso de EAD na área de saúde já foi muito questionado por educadores famosos no Brasil, mas recentemente muitos deles reconheceram as vantagens do EAD em todas as áreas educacionais. Entre essas vantagens, podem-se citar: • • • • • • • flexível em relação a horários e local de estudo; eficaz e econômica em termos de recursos financeiros; atinge a uma população numerosa dispersa geograficamente; oferece oportunidades de educação continuada iguais de estudos a pessoas de todos os lugares, sem os custos de deslocamentos; utiliza recursos da tecnologia digital como softwares para gerenciamento do curso, autoavaliação e audiovisuais via CD-ROM; não substitui os métodos educacionais convencionais; permite conectividade entre os alunos e professores, em torno de um único tema, por meio de chats e videoconferências. Os cursos de EAD estão sendo cada vez mais procurados pelos profissionais da saúde, que se beneficiam com a troca de informações científicas, apesar de ser um sistema educacional bastante novo, que foi aprovado e regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC) em 27 de abril de 1998. Na área da saúde, o EAD está presente em cinco países: Estados Unidos (sete universidades), Canadá (cinco universidades), França (uma universidade) e Espanha (Universidad Nacional de Educación a la Distancia – UNED). A instituição espanhola é considerada uma das maiores instituições de educação a distância do mundo e a segunda da Europa, ficando atrás somente da Open University da Inglaterra. É importante destacar que a EAD é de grande utilidade para a classe médica, por se tratar de profissionais que necessitam de reciclagem constante e que não podem estar presentes na área. Além disso, a maioria das organizações de especialidades médicas tornaram obrigatória a participação em programas de atualização médica continuada, para revalidação do diploma e do direito de exercer a especialidade médica. A seguir, serão destacadas as instituições brasileiras no campo da saúde que atuam na área de EAD. A FBG possui um programa de atualização médica a distância. Acessando-se o endereço eletrônico http://www.fbgtransmeeting.com.br/ é possível ver as aulas disponíveis on-line de cada departamento científico da FBG. Várias organizações médicas de gastroenterologia internacionais oferecem cursos a distância para atualização médica: • Online CME: Gastroenterology (http://www.cmelist.com/gastroenterology.htm). • The Society of Gastroenterology Nurses and Associates/elearning (http:// www.ambpeds.org/specialInterestGroups/sig_eLearning_med_ed.cfm) • World Gastroenterology Organisation/elearning (http://www.worldgastroenterology.org/events-e-learning.html). O primeiro curso a distância na área de saúde ministrado no Brasil foi o curso “Nutrição em Saúde Pública”, com oito meses de duração e com 15 alunos, da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), em 2000. Atualmente, a Unifesp oferece vários cursos on-line, incluindo cursos de pós-graduação (lato sensu). Outros cursos EAD no Brasil • Programa de Educação a Distância da ENSP/FIOCRUZ (http://www.ead. fiocruz.br/home/) A EAD/ENSP estabelece parcerias com instituições nacionais e internacionais para desenvolver a formação de profissionais em saúde. • Portal Saúde/Ministério da Saúde/Brasil (http://portal.saude.gov.br) A Secretaria de Vigilância e Saúde promove o curso “Avaliação de Risco à Saúde Humana por Exposição a Resíduos Perigosos” • Portal Educação/Cursos/Medicina (http://www.portaleducacao.com.br/ medicina) Cursos nas áreas de medicina e saúde oferecidos em 2010 • Conexão Médica É a rede de capacitação profissional com maior acervo de vídeos digitais de saúde em todo o Brasil. É uma rede de sistema de educação continuada, que está há oito anos no Brasil. Possui mais de 120 cursos de atualização profissional: - http://www.conexaomedica.com.br/?pagina=10 - http://www.conexaomedica.com.br/especialidade/?nsu_area_ medica=178 (link para a página de Oncologia da Conexão Médica) • Instituto Edumed (http://www.edumed.net/) Oferece cursos nas áreas de educação médica, tecnologia educacional, EAD, entre outros; e pode também abrigar o ambiente virtual de EAD em uma instituição. • Sistema de Educação Médica Continuada a Distância (SEMCAD) (http://www.semcad.com.br/) O SEMCAD consiste em um método de educação assistida e monitorada a distância, com estrutura e organização didática e administrativa. Os programas de atualização da área da medicina formam o SEMCAD. Cada um dos programas é desenvolvido a partir do conteúdo específico de determinada área das ciências biomédicas, e é realizado por meio de convênio que se estabelece entre a instituição científica representativa e a Artmed/Panamericana Editora. Os programas estão estruturados por ciclos. Um ciclo corresponde a 12 meses e é composto por quatro módulos. O módulo é constituído de um livro com autoavaliação e, sempre que possível e necessário, materiais de apoio (como cartela com informações simplificadas ou CD/DVD), variando o material conforme as características de cada programa. • • Programa de Atualização em Terapia Intensiva Pediátrica (PROTIPED). Programa de Atualização em Neonatologia (PRORN). • • • • • • • • • • Programa de Atualização em Otorrinolaringologia (PRO-ORL). Programa de Atualização em Cardiologia (PROCARDIOL). Programa de Atualização em Medicina Intensiva (PROAMI). Programa de Atualização em Clínica Médica (PROCLIM). Programa de Atualização em Medicina de Urgência (PROURGEN). Programa de Atualização em Ginecologia e Obstetrícia (PROAGO). Programa de Atualização em Cirurgia (PROACI). Programa de Atualização em Traumatologia e Ortopedia (PROATO). Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade (PROMEF). Programa de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (PROENDÓCRINO). Telemedicina Telemedicina é o exercício da medicina por meio da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, que visa a assistência, educação e pesquisa em saúde. É a oferta dos serviços de saúde por telecomunicação remota. Inclui consulta interativa e serviços de diagnóstico. Consiste também na oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. Tais serviços são providos por profissionais da área da saúde, usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças e a contínua educação de prestadores de serviços em saúde, assim como para fins de pesquisas e avaliações; tudo no interesse de melhorar a saúde das pessoas e de suas comunidades. Entre as aplicações da teleinformática, está a telemedicina, presente em hospitais e escolas nos quais, por meio das intranets, trafegam informações clínicas e resultados de exames laboratoriais, imagens radiológicas, patológicas e outras. Um aspecto importante da telemedicina é a possibilidade de levar o conhecimento de grandes especialistas a médicos de lugares distantes, beneficiando pacientes. A telemedicina está se mostrando uma ferramenta valiosa nos países com grandes áreas rurais ou regiões habitadas, porém pouco acessíveis. A telemedicina, segundo Alessandro Loiola (JBM, setembro de 2002), pode ser grosseiramente subdividida em teleassistência, teleconsulta, telediag- nóstico e telerrobótica. Na teleassistência, o médico presta assistência clínica a distância ao paciente, sendo diretamente responsável por ele. Na teleconsulta, o profissional atua como consultor em um caso cuja responsabilidade cabe a outro médico. O telediagnóstico encontra aplicação principalmente nas áreas de radiologia e interpretação de dados laboratoriais. A telerrobótica possui princípios intervencionistas e encontra-se em estágio embrionário em centros avançados, apresentando um futuro promissor. • Estação Digital Médica (http://www.estacaodigitalmedica.com.br/edm/) Consiste em uma rede que interliga as entidades participantes (reúne instituições de Saúde, de Ensino Superior e de Tecnologia) no Brasil por meio de internet ou videoconferência. Essa interligação viabiliza o desenvolvimento de trabalhos, pesquisas e ações conjuntas para educação, controle de doenças e manutenção da saúde e bem-estar, gerando qualidade de vida e levando assistência médica e educação aos profissionais e pacientes de todo o País. O site contém todos os projetos de telemedicina já desenvolvidos e em andamento da Estação Digital Médica. • Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) (http://rute.rnp.br/videos/) A RUTE é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associação Brasileira de Hospitais Universitários (ABRAHUE) e coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que visa apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e incentivar o surgimento de futuros trabalhos interinstitucionais. A RUTE vai possibilitar, em um primeiro momento, a utilização de aplicativos que demandam mais recursos de rede e o compartilhamento dos dados dos serviços de telemedicina dos hospitais universitários e instituições de ensino e pesquisa participantes da iniciativa. Em um segundo momento, poderá levar os serviços desenvolvidos nos hospitais universitários do País a profissionais que se encontram em cidades distantes, por meio do compartilhamento de arquivos de prontuários, consultas, exames e segunda opinião. Leitura Complementar 1. A AMMG (Associação Médica de Minas Gerais) investe em educação a distância) Jornal da Associação Médica agosto/setembro 2009 (http://www.ammg.org. br/jornal/edicao_118/page09.pdf) 2. Cursos em Educação Médica Continuada On-line na América Latina: Um Olhar Pedagógico Maria Teresa Meirelles Leite Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Mestre em Ciências (http://www. disacad.unifesp.br/pg/..%5Csapg%5Carquivos%5Carq_90.pdf) 3. Unifesp – Setor de Tecnologia de Informação (http://www.disacad. unifesp.br/introducao.aspx) 4. Videoconferências: sistematização e experiências em telemedicina Claudio Marcio Amaral de Oliveira Lima, Alexandra Maria Vieira Monteiro, Érica Barreiros Ribeiro et al. (http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n5/a12v40n5. pdf) 5. Allen M, Mann K, Kells C, Ferrier S, O’Connor N, MacDonald P. Cardiology grand rounds: effect of videoconferencing on educational value. J Telemed Telecare 2007;13:136-41. 6. Gundim RS, Wen CL. A Brazilian study of the sustainability of telemedicine centres. J Telemed Telecare 2009;15:159. Comunidades virtuais médicas Como interagir na web para oferecer maior espaço de fornecimento de informação científica na área da saúde? Ao compartilhar ideias on-line, o usuário recebe feedback e novas ideias. Pode-se interagir principalmente por três maneiras: Grupos de Notícia (newsgroup): existem vários provedores que fornecem serviços com estrutura tecnológica para o funcionamento de newsgroup. No Brasil, já existem vários grupos de estudos médicos on-line: • • Grupo Brasileiro de Estudo de Tumores Hereditários (http//:www.gbeth. org.br) Grupo de Estudos de Imunodeficiências (http//:www.imunopediatria.org.br) • • • • Grupo de Estudo da Tireoide (http://www.spedm-tiroide.org/) Grupo Brasileiro de Estudo da Doença Inflamatória do Brasil (http://www. gediib.org.br/) Grupo de Estudo das Disfunções da Deglutição (http://www.gedd.com.br/) Grupo de Estudo em Nutrição e Transtornos Alimentares (http://www. genta.com.br/) Os mesmos modelos de grupos de estudos on-line podem ser adotados para temas gastrointestinais. Blogosfera: os blogs já são utilizados pelos cientistas como veículo para produção e divulgação de novos conhecimentos científicos. Eles têm potencial de tirar da invisibilidade grupos de pesquisadores que desejam dar publicidade a trabalhos em andamento. A blogosfera já rivaliza com mídias tradicionais e com jornalistas como espaço de fornecimento da informação científica a públicos especializados e leigos. Os blogs são também mecanismos provenientes de ambientes eletrônicos para a troca de experiências científicas e podem ampliar a relação entre pesquisadores e grupos de pesquisa. Eles expõem as ideias ao debate e são rápidos na divulgação das pesquisas. Pode-se recorrer ao Twitter para acompanhar o cotidiano de cientistas e pesquisadores na rede. No Brasil, a revista Fapesp já adotou essa ferramenta de microblog que divulga instantaneamente ideias e notícias. A Nature, a Public Library of Sciente (Plos) e a BioMedCentral possuem serviços de catologação de blogs científicos. Muitos periódicos on-line têm um ou mais blogs associados ao site oficial. A seguir, são apontados alguns blogs já conhecidos na blogosfera científica: • Health Blogs (http://healthblogs.org/): A free health blogs and free health web sites community • Gut check on Gastroenterology (http://blogs.jwatch.org/gastroenterology/) • Blogs about: Gastroenterology (http://en.wordpress.com/tag/gastroenterology/) • Pediatrics New Blog (http://medicineworld.org/news/pediatric-news.html) • Pharyngula (http://scienceblogs.com/pharyngula/): blog de ciência de Myers, que recebe meio milhão de visitas por semana • • MD Saúde (http://www.mdsaude.com/) Br.monografias.com (http://br.monografias.com): traz um sem-número de textos de diversos autores, sobre temas variados. Porém, não são submetidos a um corpo editorial e expressam a visão pessoal dos autores. Ultimamente, as associações médicas estão usando os blogs para aumentar a interatividade com a população (público leigo). Implanta-se um blog que visa levar informação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de todos. Entretanto, deve-se salientar que não é objetivo do blog dar orientação pela internet, e não se deve oferecer consultas por e-mail. Recentemente, a regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica criou um blog com as características mencionadas: http://sbcmsp.blogspot.com/. E-mail (correio eletrônico): para muitos médicos, o correio eletrônico é a razão principal para se conectar à internet. É barato, pode ser facilmente enviado, permite anexar documentos (fotos, vídeos, planilhas etc). Muitos médicos usam o e-mail para formar grupos para troca de informações científicas em uma determinada especialidade ou tema. Suponha-se que um grupo de pediatras queira se conectar para fornecer aos interessados as últimas notícias, diretrizes, artigos e vídeos sobre doença celíaca ou fibrose cística etc. A estratégia de conexão online é simples. Basta um banco de dados dos e-mails dos médicos interessados no tema e toda vez que surge uma atualização do tema, todos os médicos desse banco de dados receberão o e-mail central. Nesse caso, não há necessidade de hospedar site, criar grupo de notícias de forma convencional etc. Rede sociais on-line: as redes sociais (Twitter, Orkut, Facebook, Y, Linkedin) já começam a provocar uma verdadeira revolução nas comunicações e nas relações interpessoais. Há redes mais populares e abertas, como o Orkut e o Facebook, ou mais fechadas e profissionais, como o Linkedin e o Twitter. As diferenças entre as redes sociais on-line e as organizações médicas é que elas permitem aos especialistas médicos que se comuniquem diária ou semanalmente, sem “censura” ou restrições. Dessa forma, pode-se trocar experiências profissionais e textos de atualização médica dentro de uma temática ou “galáxia” de interesse de vários médicos. Exemplos atuais: • • • • • • • • • • Gastroenterology está no Facebook. Inscreva-se no Facebook para manter contato com Gastroenterology: http://www.facebook.com/gastrojournal Clinical Gastroenterology and Hepatology está no Facebook. Inscrevase no Facebook para manter contato com Clinical Gastroenterology and Hepatology. http://www.facebook.com/cghjournal Fronto Gastro BMJ – Twitter: http://twitter.com/FrontGastro_BMJ Bypass intestinal on Twitter: http://twitter.com/bypasintestinal GastroUFPR on Twitter: http://twitter.com/gastroufpr Jovem Gastro on Twitter: http://twitter.com/jovemgastro Alabama Colon and Rectal Institute on Facebook: http://www.facebook.com/pages/Alabama-Colon-and-Rectal-Institute-PC-The-ButtHutt/182766952291 Colon-rectal Cancer on Twitter: http://twitter.com/Colon_rectal The Gutsy Generation (Crohn’s and Colitis Foundation of Canada) on Facebook: http://www.facebook.com/group.php?gid=8016458685 Rede Social Médica Internacional On-line: o site DoctorWorld.net é uma rede social médica onde todos podem participar contribuindo com artigos, notícias e dicas sobre temas médicos: http://doctorworld.net/ Leitura complementar 1. Jain SH. Practicing medicine in the age of Facebook. New England Journal of Medicine 2009; 7(13):649-51. Disponível em: http://content.nejm.org/ cgi/content/full/361/7/649. 2. Shachak A, Jadad AR. Electronic health records in the age of social networks and global telecommunication. JAMA 2010; 303:452-3. 3. Kane B, Sands DZ. Guidelines for the clinical use of electronic mail with patients. JAMI A 1998; 5:104-11. Relação médico-paciente on-line A internet pode ser aliada ou inimiga da relação médico-paciente? Os médicos podem (devem) dar diagnósticos e prescrever tratamento no Facebook ou blog? Inegavelmente, já existe um “nova geração de pacientes” que utiliza a internet para pesquisar sobre temas de interesse, procurar currículos médicos e até mesmo trocar informações com outras pessoas em redes de relacionamento. Pacientes já utilizam a web para benefício de seus tratamentos médicos e de seus familiares. Os pacientes e seus familiares são bombardeados com informações on-line sobre doenças e tratamentos médicos. Essa nova geração de internautas que procuram informações sobre saúde na web pode ter essa mídia como aliada ou como inimiga. O maior problema é o público leigo filtrar na internet toda informação correta de boa fonte científica. Com a popularização desse meio de comunicação, é cada vez maior o número de pessoas que, ao primeiro sintoma, recorrem aos consultórios virtuais da rede de computadores. O perigo é “pinçar” a informação errada. Pesquisas mostram que muitos sites sobre temas de saúde fornecem informações incompletas e incorretas. Por exemplo, uma pesquisa recente mostrou que só sobre síndrome do pânico há mais de 80 mil páginas on-line em português, e acredita-se que mais de 85% dessas páginas possuem informações superficiais e incorretas. Mas a internet pode ser aliada. A web faz com que o profissional de saúde tenha a responsabilidade de se manter atualizado com os novos conhecimentos. Muitos pacientes já voltam ao retorno da consulta com informações online sobre suas patologias e querem discutir o que leram on-line sobre elas. Já ocorreram fatos desagradáveis na relação médico-paciente via web. Há alguns anos, quando uma estatina foi retirada do mercado e o fato foi divulgado na web, alguns médicos continuaram a prescrevê-la. Aconteceu que esses médicos foram advertidos por seus pacientes de que o medicamento fora retirado do mercado (ou seja, o paciente estava atualizado sobre o fato, enquanto o médico desconhecia a proibição). Muitos pacientes e seus familiares estão trocando informações com outros pacientes. Atualmente, existem milhares de associações de familiares e pacientes em várias patologias, principalmente doenças crônicas e incuráveis. Anexo I Publicações on-line O principal objetivo de o médico utilizar a web para atualização profissional é obter informações científicas de qualidade, principalmente diretrizes, artigos de revisão e de pesquisa original, casos clínicos e, mais recentemente, imagens e vídeos científicos. A maioria das publicações médicas disponibilizam seus conteúdos na internet, com endereços eletrônicos próprios. Em todas as especialidades, incluindo a otorrinolaringologia, encontram-se catálogos e diretórios on-line, com listas de revistas, jornais e boletins informativos. Algumas bibliotecas médicas on-line disponibilizam textos completos gratuitamente, como é o caso da Biblioteca Scielo, Free Medical Journals, BioMedCentral etc. Um grande número de publicações médicas locais disponibilizam somente o abstract dos artigos. Nesse caso, o médico deve solicitar o artigo por meio de um centro de documentação científica on-line, como a BIREME. Esse centro possui um serviço pago de solicitação de artigos das publicações médicas que não disponibilizam gratuitamente seus conteúdos. Somente um pequeno número de publicações médicas não disponibilizam nenhum conteúdo on-line. Existem alguns interessantes catálogos e mecanismos de busca de publicações médicas on-line: • • • • Google!Directory!Gastroenterology (http://www.google.com/Top/Health/ Medicine/Medical_Specialties/Gastroenterology/Journals/): serviço do Google que oferece links de publicações médicas sobre gastroenterologia. Free Medical Journals (http://www.freemedicaljournals.com: oferece mais de 2.500 revistas médicas on-line, em diferentes especialidades médicas e saúde, em vários idiomas, e a maioria disponibiliza on-line textos completos originais. Biblioteca Médica Unifesp (http://www.unifesp.br/dis/bibliotecas/ index.php?pag=revistas.php): na página inicial, apresenta um buscador de artigos, livros e publicações médicas. Na busca, em Grupos, o usuário deve digitar “gastroenterologia” e ver as publicações dessa especialidade disponíveis. Gastroenterology, MedMark (http://cmbi.bjmu.edu.cn/medweb/medmark/gas.html): nesse amplo catálogo on-line de links de gastroenterologia, pode-se ver a seção Journals/News/Publications. • BMC Gastroenterology (http://www.biomedcentral.com/bmcgastroenterol/): jornal de acesso aberto, com artigos de pesquisa, diagnóstico e tratamento de todos os aspectos das doenças gastrointestinais. Anexo II Google!Directory!Medicine!Gastroenterologia MedWebPesquisa!Directory!Gastroenterologia 2010 O Google oferece um amplo serviço de catalogação de links para sites de referência (em inglês), nas principais especialidades médicas: • • • Google!Directory!Medicine! (http://www.google.com/Top/Health/ Medicine/) Google!Directory!Medicine!Medical Specialties (http://www.google.com/ Top/Health/Medicine/Medical_Specialties/) Google!Directory!Medicine!Gastroenterology (http://www.google.com/ Top/Health/Medicine/Medical_Specialties/Gastroenterology/) No Brasil, o portal MedWebPesquisa (http://www.medwebpesquisa.com.br) possui catálogos de sites médicos, incluindo gastroenterologia e coloproctologia. Na página inicial, o usuário deve selecionar “MedWebGuia” e clicar em “Gastroenterologia e Coloproctologia”. O portal oferece um amplo guia com links para organizações, portais, doenças gastrointestinais on-line etc. Em 2011, nesta seção, foi incluído um guia de publicações médicas na web e uma seção de casos clínicos em todas as especialidades médicas. Referências bibliográficas 1. Hesse BW, Nelson DE, Kreps GL et al. Trust and source of health information – The impact of the internet and its implications for health care providers finding from the first health information national trends survey. Arch Intern Med 2005; 165:2618-24. 2. Fontes MHG, Gobbi H. A internet como ferramenta de ensino em patologia: construção de um site e de um CD-ROM de ensino de patologia mamária. Rev Med Minas Gerais 2004; 14(3):163-6. 3. Azevedo AP, Moura AM, Capp E, Azevedo MP. Educação à distância em medicina – Videoconferência e fontes de informação. Boletim ABEM; 2001. 4. Sabel MS, Strecher VJ, Schwartz JL, et al. Patterns of internet use and impact on patients with melanoma. Journal of the American Academy of Dermatology 2005; 52(5):779-85. 5. Silva L, Rueda VE, Mello Jr. JF, Mion O. Avaliação das informações sobre rinite alérgica em sites brasileiros na rede mundial de computadores (internet). Rev Bras Otorrinolaringol 2005; 71(5):590-7. 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