Anderson Braga
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Anderson Braga
11/12/2012 TÓPICOS: X ENES 05 a 07/12/2012, Foz do Iguaçu, PR Minicurso 3: 3: Amostragem de sedimentos em cursos d’água e análises sedimentométricas 1) Os tipos de sedimentos inorgânicos; 2) Formas de transporte de sedimentos; 3) Distribuição dos sedimentos em cursos d'água superficiais; 4) Medição do transporte de sedimentos por amostragem clássica (suspensão, fundo e total); 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional; ANDERSON BRAGA MENDES Eng. Civil, MSc. 6) Visita técnica – rio São Francisco Verdadeiro. X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 1) OS TIPOS DE SEDIMENTOS INORGÂNICOS (classificação AGU – American Geophysical Union) Coesivos PARTE 1 Não-coesivos X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 1 11/12/2012 3) DISTRIBUIÇÃO DOS SEDIMENTOS EM CURSOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS 2) FORMAS DE TRANSPORTE DE SEDIMENTOS a) Suspensão b) Arraste c) Saltitante a) Na vertical b) Na seção transversal Fh>0 Fh>0 P FR>0 Fh>0 P P FR≠0 FR=0 Fonte: CARVALHO (2008) Descarga sólida total = Qsuspensão + Qarraste + Q saltitante X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) a) Esticar o cabo de aço/trena perpendicular ao fluxo na seção de medição X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) b) Levantar o perfil transversal da seção (profundidades reais) PF (MD) PI (ME) v1 X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR v2 v3 v4 v5 v6 v7 v8 v9 v10 v11 v12 v13 X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 2 11/12/2012 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) c) Identificar a vertical com maior produto “velocidade x profundidade” PI (ME) PF (MD) v1 v2 v3 v4 v5 v6 v7 v8 v9 v10 v11 v12 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) d) Escolha do amostrador de sedimentos em suspensão DHDH-48 (AMS (AMS--1) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR - Prof. maior que 4,5 m - Bicos de 1/8”, 3/16” e 1/4” - Peso aprox.: 15 kg (requer guincho) - Saca de 5 a 8 l X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) e) Escolha do amostrador de sedimentos/descarga do leito USBM--60 USBM Saca (AMS(AMS-8) - Prof. máxima: 4,5 m - Bicos de 1/8”, 3/16” e 1/4” - Peso aprox.: 28 kg (requer guincho) - Garrafa de 0,5 l - Prof. máxima: 1,5 m - Bico ¼” - Peso aprox.: 3 kg - Garrafa de 0,5 l Vertical de referência Draga Petersen D-49 (AMS (AMS--2) v13 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) f) Traçar perfil transversal a ser amostrado Rock Island Descontar a distância do bico do amostrador ao fundo (zona não amostrada) PF (MD) PI (ME) v1 - Peso aprox.: 15 kg - Peso aprox.: 20 kg (requer guincho) BLM BLM--84 v2 v3 v4 v5 v6 v7 v8 v9 v10 v11 v12 v13 - Raspagem de 5 cm do leito Zona não amostrada Helley--Smith Helley d=0,09 m Leito real Leito virtual X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 3 11/12/2012 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) g) Determinar velocidade de trânsito máxima p/ vertical de maior velocidade média do escoamento 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) h) Determinar o tempo de amostragem na vertical de referência (v6) Vt/Vm = 0,2 para bico de 1/8” Vm= ∆S/∆t Vt/Vm = 0,4 para bicos de 3/16” e ¼” Vt= 2*prof.referência (virtual)/∆t Onde: Para vertical de referência: Vt= velocidade de trânsito Vm= velocidade média na vertical Para nosso caso, v6 tem a maior velocidade média: 0,65 m/s Vt= 0,13 m/s 0,13= 2*0,91/∆t, logo: (máxima velocidade permitida) ∆t = 1,82/0,13 = 14 s (coincidiu com a vertical de referência) Para bico de 1/8”: Vt= 0,2*Vm = 0,2*0,65 = 0,13 m/s (máxima velocidade permitida) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) (tempo mínimo nessa vertical) Faz--se a amostragem na vertical de referência (subida e descida do Faz amostrador) a fim de totalizar 14 s. AumentaAumenta-se o tempo de amostragem até que se otimize a coleta (garrafa cheia até o limite permitido: 0,4 l). Esse novo tempo (superior a 14 s) será o tempo de referência a ser empregado. X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Limite máximo admissível E se a garrafa vier cheia além do limite permitido, considerando a máxima velocidade de trânsito admissível? Duas possibilidades: - Adota Adota--se um bico mais fino; - Opta Opta--se por um amostrador que atinja profundidades maiores X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR A garrafa não pode estar mais cheia que o permitido, pois é preciso garantir que não haja renovação de água dentro ela durante a amostragem O amostrador de saca, devido à sua grande capacidade de armazenamento (5 a 8 l), apresenta maior facilidade operacional X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4 11/12/2012 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Exemplo de possível erro na escolha da vertical de referência: “Vx” Vm=1,5 m/s p=0,2 m (Vm*p=0,3) “Vy” Vm=0,1 m/s p=2,0 m (Vm*p=0,2) 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) i) Determinar o tempo de amostragem para todas as verticais Sabendo-se que o tempo mínimo na vertical de referência é 14 s, para Sabendootimizar a amostra, o novo tempo encontrado foi 26 s. Por “regra de três”, determinase os tempos de amostragem para as demais verticais: Escolheu-se Vx como referência e otimizou Escolheuotimizou--se o tempo de enchimento da garrafa. Porém, em Vy a garrafa veio completamente cheia, invalidando toda a amostragem... ATENÇÃO! Uma vez identificada uma nova vertical de referência, devedeve-se recomeçar toda a medição, eliminando as subamostras já coletadas. X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) j) Estimar volume total a ser coletado (sedimento em suspensão) Toda a seção transversal deve ser amostrada! - Infere Infere--se sobre a concentração de sedimentos em suspensão; - Com esse valor, determina determina--se o total de água a ser coletada na seção. A massa de sedimentos na amostra composta dever ser superior a 150 mg (para análise no tubo de remoção pela base) Se é estimada uma concentração de 10 mg/l: 10 mg/l * ‘X’ litros = 150 mg, -Para medição de sedimento em suspensão, deve deve--se adotar, no mínimo, 10 verticais de amostragem; -A amostragem só termina após a coleta do volume necessário para a perfeita análise laboratorial; -Deve Deve--se proceder com quantas passadas na seção forem necessárias até coletar todo o volume requerido; -Nunca se deve interromper a coleta na seção antes de concluir uma passada completa. Se o galão estiver cheio, usausa-se um sobressalente. Logo: ‘X’ = 150/10 = 15 l (deve--se coletar mais de 15 l) (deve X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 5 11/12/2012 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Deve--se na analisar toda a amostra, e não subamostras! Deve Exemplo: considerando que a concentração de sedimentos em suspensão no rio seja 10 mg/l: Em uma garrafa contendo 200 ml, a massa de sedimentos é 2mg (0,002 g). Erro da balança: 0,001g 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) k) Amostrar material do leito Coleta-se material do leito em, no mínimo, 5 verticais intercaladas Coletacom aquelas adotadas na medição de sedimento em suspensão PF (MD) PI (ME) v1 v2 v3 v4 v5 v6 v7 v8 v9 v10 v11 v12 v13 Possíveis resultados da pesagem: 0,001g; 0,002g e; 0,003g (o erro varia de 50% a 100%!!!) Em galão contendo 20 l, a massa de sedimentos é 200mg (0,2 g). Erro da balança: 0,001g Possíveis resultados da pesagem: 0,199g; 0,200g e; 0,201g (o erro é de apenas 0,5%) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Vídeo: amostragem de sedimento em suspensão (rio São Francisco Verdadeiro) l) Amostrar descarga do leito Coleta-se material do leito em, no mínimo, 5 verticais intercaladas Coletacom aquelas adotadas na medição de sedimento em suspensão PF (MD) PI (ME) v1 v2 v3 v4 v5 v6 v7 v8 v9 v10 v11 v12 v13 O amostrador deve permanecer estático no fundo de cada vertical por igual intervalo de tempo. Extrapola--se o resultado para toda a seção Extrapola transversal X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 6 11/12/2012 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Amostragem de sedimento em suspensão (rio Paraná em Guaíra) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Vídeo: amostragem de sedimento em suspensão (Córrego Arroio Fundo) X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 4) MEDIÇÃO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS (AMOSTRAGEM CLÁSSICA POR IIL) Vídeo: amostragem de sedimento do leito (Rio São Francisco Verdadeiro) PARTE 2 X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 7 11/12/2012 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional a) Equipamentos de campo 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional b) Exemplos de postos de monitoramento Córrego Xaxim São Francisco Verdadeiro Piquiri Turbidímetro Sensor de N.A. Painel solar Datalogger Guaíra - PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional c) Exemplos de registros armazenados – posto Xaxim d) Coletas pontuais de sedimentos em suspensão 5000 25 4500 4000 - Amostradores de campo contratados fazem a coleta de amostras nos períodos de cheia e estiagem – mínimo 1 vez por semana; 20 3000 15 2500 2000 10 Vazão (m³/s) Turbidímetro (mV) 3500 - A cada 2 meses, as amostras são recolhidas para análise em laboratório próprio; 1500 1000 5 500 0 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Registro turbidimetro - Dependendo da turbidez da amostra (determinada por turbidímetro de bancada), optaoptase pelo método da filtração ou evaporação para determinar a concentração de sedimentos em suspensão. vazao Todos os postos possuem curvacurva-chave calibrada pelo setor de Hidrologia. Assim, com os registros horários do sensor de N.A., é possível computar a vazão no posto. X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 8 11/12/2012 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional e) Rotina de escritório para processamento dos dados - Para o período entre campanhas (2 meses), preencher lacunas nas séries de N.A. (m) e turbidímetro (mV), correlacionando essas duas variáveis por meio de uma equação; 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional e) Rotina de escritório para processamento dos dados - Com a série horária do turbidímetro preenchida, correlacionar os registros com as análises laboratoriais das amostras pontuais de campo (mesma data e hora). 2000 1800 Leitura do turbidímetro (mV) 1600 1400 1.2774 y = 110.7x 2 R = 0.8599 1200 1000 800 600 400 200 0 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 Nível d'água (m) Com isso, transformatransforma-se a série de mV para mg/l. X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 5) Medição da descarga sólida em suspensão por meio de turbidímetros – a experiência da Itaipu Binacional e) Rotina de escritório para processamento dos dados - Correlaciona Correlaciona--se os valores de concentração (mg/l) obtidos com o turbidímetro de campo com aqueles levantados pelo método clássico para correção de toda a série. FIM DO MINICURSO Concentração método clássico (mg/l) 350 300 250 Obrigado! 200 150 y = 0.9706x + 12.637 100 2 R = 0.9834 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 Anderson Braga Mendes [email protected] Concentração turbidímetro (mg/l) Assim, corrigecorrige-se toda a série como se toda ela tivesse sido obtida por meio de medições clássicas X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR X ENES – 05 a 07/12/2012. Foz do Iguaçu, PR 9