clique aqui para baixar o arquivo

Transcrição

clique aqui para baixar o arquivo
Um celeiro de informações para o homem do campo!
www.agroredenoticias.com.br
Nº 2, Ano 1 - janeiro de 2008
carnes – Projeto tem, entre os objetivos, atender o mercado internacional
Pecuaristas de Guarapuava criam Cooperativa
Divulgação
Pecuaristas da região de Guarapuava criaram em assembléia realizada no mês de dezembro de 2007,
na cidade de Guarapuava/PR, a 5ª
cooperativa de carnes nobres do
Estado, a Cooperaliança. Antes, os
agropecuaristas estavam organizados por uma aliança mercadológica. Durante a assembléia foi aprovado o estatuto da Cooperaliança
e escolhida a primeira diretoria. O
pecuarista Êdio Sander foi eleito
presidente para o período de três
anos. Pág. 6.
Projeto de
ovinocultura é
lançado no MS
A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), unidade da
Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento lançou
em Ponta Porá/MS, o Arranjo Produtivo Local
(APL) de Ovinocultura,
que chega para fortalecer e estruturar a cadeia
produtiva naquela região do Estado. Pág. 8.
O Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado
do Paraná - em Londrina, Gil Abelin, fala ao
AgroRede Notícias quais são as perspectivas
em 2008 para a atividade agropecuária na região e avalia o desempenho do setor no último
ano. Pág. 7.
A variedade de
maçã IPR Julieta é a
mais nova conquista do
programa de pesquisa
em fruticultura do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Seu grande
diferencial é a menor
exigência em frio, se
comparada com outras
cultivares disponíveis no
mercado, aponta pesquisadores da instituição
paranaense. Pág. 9.
A Cocamar anuncia investimentos de R$ 35
milhões em um projeto de co-geração de energia
elétrica que deverá estar funcionando em 2009.
Segundo informou o superintendente Comercial
e Industrial, Celso Carlos dos Santos Júnior, a
Cocamar - considerada “consumidora livre” por
parte da Copel - condição que lhe permite adquirir energia elétrica de qualquer fonte - planeja
implantar uma termoelétrica em seu parque industrial, situado em Maringá. Pág 3.
Usina de biodiesel vai beneficiar
20 mil produtores rurais
A SEAB-PR inicia em
2008 o trabalho de organização dos produtores rurais da região Centro-Sul
do Estado para que possam atender à demanda
por oleaginosas que será
gerada com a instalação
da usina de biodiesel da
Petrobrás no município
de Palmeira. Pág. 11.
Divulgação
Divulgação
Centro Integrado vai reunir dados
sobre a qualidade do leite
Divulgação
Cocamar vai investir R$
35 milhões na co-geração
de energia elétrica
Iapar apresenta
nova macieira
para climas
quentes
A população brasileira terá mais um canal
de comunicação com o
governo federal para o
acesso a informações sobre a qualidade do leite
produzido e comercializado no país: o Centro Integrado de Monitoramento
da Qualidade do Leite
(CQuali–Leite). Pág. 5.
Ana Luisa Vazzi
Chefe do Núcleo da SEAB
em Londrina faz avaliação
do setor agropecuário
Frango:
Frigoríficos
obtém liberação
Show Rural quer
atrair milhares de
produtores rurais
Quatro frigoríficos
foram liberados para a comercialização após cumprirem as determinações
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de respeitar ao limite máximo de
6% de absorção de água
no frango. Pág. 10.
Evento
técnico
será promovido pela
Cooperativa Coopavel
em Cascavel/PR. Cerca de 120 mil visitantes são esperados pela
equipe da Emater durante o período de 28
de janeiro a 1º de fevereiro. Pág. 12.
2
janeiro de 2008
Opinião
Desafios à frente para os biocombustíveis
A
cana-de-açúcar é realmente um fenômeno. Apesar
de ocupar apenas 2% das
terras aráveis do País,
encerra 2007 como o terceiro item em termos de
valor bruto da produção
agropecuária. Além disso, o setor sucroalcooleiro se posiciona em terceiro lugar nas exportações
da agricultura brasileira,
ficando atrás apenas dos
complexos soja e carnes,
que utilizam área muito
superior à cana.
O horizonte é seguramente muito promis-
sor para o Brasil. A Única
(União da Indústria de
Cana-de-Açúcar) estima
que serão construídas 86
plantas industriais até
2012, com investimentos
da ordem de US$ 17 bilhões, além da geração
de milhares de novos empregos no campo.
No entanto, em que
pese essa euforia de investimentos é bastante
preocupante o descompasso entre a oferta e a
demanda. O aumento da
produção, sem a respectiva resposta do consumo,
gera pressões sobre os
preços e a rentabilidade. Tal situação também
renova a exigência de
ações concretas para promover o consumo linear
de produtos derivados da
cana-de-açúcar.
Por exemplo: o País
conta, atualmente, com
cerca de 4 milhões de carros flex. É imperioso que
os proprietários desta
frota sejam estimulados
a consumir álcool hidratado em seus veículos.
Por seu lado, os produtores de cana-de-açúcar também devem se
antecipar às novas exi-
gências da redução da
queima de cana, adotando ações de sustentabilidade ambiental e estabelecendo metas para a
eliminação dessa prática
o mais rápido possível. É
preciso, ainda, promover campanhas junto
aos governos estaduais
para que, a exemplo do
Estado de São Paulo,
pratiquem alíquotas de
ICMS reduzidas para o
etanol. Minas Gerais e
Goiás, por exemplo, têm
recebido grandes investimentos no segmento
sem que haja a mereci-
da contrapartida em termos de renúncia fiscal.
Outro aspecto importante diz respeito à liderança mundial que o País
deve assumir em relação
aos biocombustíveis. O
Brasil, como principal
player, deve estabelecer
estratégias
internacionais para consolidar este
mercado. É necessário lutar contra o elevado protecionismo nos mercados
de açúcar e etanol.
A questão da logística também preocupa. Precisamos consolidar os investimentos por meio, por
exemplo, da construção
de alcooldutos, reduzindo
significativamente a demanda por transporte do
biocombustível do CentroOeste para o Sudeste-Sul
e os portos do País.
O mercado de biocombustíveis é essencial e
estratégico. Não podemos
deixar a euforia inicial
prejudicar o desenvolvimento de uma atividade
de tanto potencial. Os desafios são urgentes. Precisamos enfrentá-los.
Autor: Mauricio Sampaio presidente da Associação Brasileira
de Marketing Rural & Agronegócio
e membro do Conselho Superior de
Agronegócio da Fiesp
A política agrícola que queremos
É corrente a confusão existente entre política agrícola e crédito
rural. O crédito rural
é um instrumento de
política agrícola indispensável para os produtores, em sua maioria
descapitalizados,
mas não se constitui
em solução para o problema da remuneração
dos produtores rurais.
O produtor rural brasileiro necessita de uma
ampla e coerente política agrícola oficial que
lhe dê garantias de renda e retorno econômico. Nos últimos anos, o
governo federal tem diminuído a participação
nos financiamentos de
custeio das safras brasileiras com recursos do
Tesouro Nacional, fazendo com que os produtores sejam compelidos a buscar aportes
financeiros no mercado,
pagando juros e outros
encargos incompatíveis
com a atividade agropecuária. O Governo
financia apenas de 25%
a 30%. O restante, os
produtores buscam no
mercado. É vital destinar maior volume de
recursos para o programa de crédito rural.
A inadimplência que
assola a agricultura resulta da falta de renda
para honrar compromissos com os agentes
financiadores.
Parte dos problemas que herdamos resultam dessa política
agrícola fundamentada
na política de crédito
rural e não na política
de renda. Essa situação
é agravada pelo total
descumprimento da legislação dos preços mínimos ao produtor.
A excessiva valorização do real em rela-
EDITORIAL
ção ao dólar e a outras
moedas prejudicou economicamente o setor
primário, achatando os
preços internos. O Brasil tem hoje uma moeda
forte e uma agricultura
fraca e pouco competitiva, situação que afeta preços internos e a
renda agrícola. É insuportável a carga de tributos sobre a produção
e comercialização agrícola. O Pis/Pasep/Cofins e outros tributos
indiretos sobre insumos, comercialização e
logística de transporte
são incompatíveis com
o tratamento dispensado aos produtores concorrentes em seus respectivos países.
O custo do crédito
agrícola é elevado em
relação ao retorno econômico que a agricultura apresenta. Com o
elevado grau de endi-
vidamento do agricultor perante os agentes
públicos e privados, os
encargos da dívida e
novos financiamentos
anulam vantagens competitivas. As crescentes
exigências das normas
ambientais e sanitárias, por outro lado, demandam pagamento de
taxas, investimentos e
imobilização de ativos
e representam custos
que o produtor não consegue repassar ao produto comercializado. O
reduzido investimento
nos Serviços de Defesa
Agropecuária compromete mercados importantes para os produtos
primários brasileiros.
Entre as medidas
que se fazem necessárias
nesse momento, podemos
destacar a desvalorização
cambial para equilibrar
a situação econômica da
agricultura brasileira; a
charge
garantia da aplicação da
política de preço mínimo imperativa, para que
os preços pagos ao produtor sejam, nas situações mais desfavoráveis,
iguais ao preço mínimo;
a redução da carga tributária, eliminando tributos diretos e indiretos
e maiores investimentos
na melhoria da infra-estrutura de logística para
o escoamento das safras.
Na mesma linha, o setor
reivindica a simplificação na importação de insumos genéricos, maior
oferta de recursos equalizados de crédito rural,
implantação efetiva do
seguro rural e renda com
alocação de recursos suficientes para a subvenção do prêmio e criação
do Fundo de Catástrofe
e, ainda, a recuperação
das rodovias federais.
Para dinamizar o
agronegócio, se recomen-
da implantar o drawback
agropecuário para todos
os produtos destinados à
exportação, mesmo para
produtores pessoas físicas
que realizam operações
com tradings e cooperativas, mediante a importação de fertilizantes,
agroquímicos, máquinas
e implementos utilizados
na produção agropecuária; estimular o emprego
da avançada biotecnologia agrícola, pesqueira e
pecuária, aumentar o volume de recursos de EGF
para melhorar o capital
de giro dos produtores e
a retenção dos estoques,
refletindo na melhoria
dos preços. E, finalmente, renegociar as dívidas
dos produtores rurais, incluindo as já alongadas,
reduzindo os encargos financeiros.
Autor: José Zeferino Pedrozo
- presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de
Santa Catarina (Faesc)
Expediente
Dá com uma mão, toma com a outra!
Em 2007, o setor agropecuário brasileiro começou a se recuperar das graves crises que atravessou
durante as safras de 2004/2005 e 2005/2006. Até o momento, os números divulgados na imprensa em geral
sobre o desempenho da atividade agropecuária estão
a contento e representam sinais de uma boa retomada do mercado agrícola para o produtor rural.
Além disso, com o apoio de diversas entidades representativas do homem do campo e de outras importantes
instituições de classe da sociedade civil, que se manifestaram contrários à prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o Senado
Federal se articulou e derrubou a continuidade do imposto, prevista para ser cobrada até 2011. Mas, o que poderia
ser uma vitória da sociedade brasileira e, principalmente,
para o bolso do cidadão, já está com os dias contados.
O governo federal decidiu aumentar a alíquota
do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Esta
medida vai também taxar uma série de operações do
setor produtivo, que até 2007 eram isentas do IOF e
agora passam a pagar este imposto. Ou seja, dá forçadamente com uma mão, mas toma com a outra!
Empréstimos de custeio, comercialização da
safra e de investimentos, entre outras modalidades de créditos rurais, passaram a ter a incidência
de 0,38% de alíquota do IOF. Aumentou-se a carga
tributária para o setor que mal conseguiu se recuperar da forte crise de anos anteriores, e passou-se
também a encarecer ainda mais os custos de produção. Representantes do setor e lideranças da bancada ruralista já se movimentam contra a cobrança
deste novo imposto. Até o fechamento desta edição,
não haviam conseguido derrubá-lo. Porém, como o
homem do campo é um eterno lutador, esperamos
que no mais breve tempo possível obtenha êxito.
Para os tecnocratas de plantão retransmitimos
apenas uma frase de indignação que o homem do
campo não cansa de repeti-la: “Se o governo não
ajuda, então, não atrapalha!”.
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Edição 2 – Ano I - Circulação Nacional
Janeiro de 2008
O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da
Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda.
Conselho Editorial
Leonardo Mari
Olavo Alves
Sérgio Mari Jr.
Editor-Chefe
Olavo Alves
Mtb 4285/17
Editoria de Arte
Cedilha Comunicação e Design
Colaborador
Marcus Vinicius Rodrigues da Silva
AGRO-MARIN
Comércio e Indústria de Óleos Vegetais
Departamento Comercial
Cedilha Comunicação e Design
Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7
CEP 86061-000 Londrina - PR
Telefone: (43) 3025 3230
E-mail: [email protected]
Vendas de mudas de
Pinhão Manso
Impressão
Gráfica Gazeta do Povo - Londrina
Com garantia de compra
das sementes
Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O
AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados.
Fones: (43) 3338-7973 / (43) 9997-2494
[email protected]
3
janeiro de 2008
Cana-de-açúcar - O álcool hidratado deverá ser a melhor alternativa para as unidades produtoras
Setor sucroalcooleiro quer manter o crescimento
tratégico para o setor sucroalcooleiro, tanto pela
demanda do álcool no
mercado interno, como
pela recuperação dos preços do açúcar no mercado
internacional”.
Álcool Hidratado
De acordo com o secretário, a safra 2008/09
também deverá registrar
forte crescimento na produção e, mais uma vez, o
álcool hidratado deverá
ser o principal destino da
cana-de-açúcar. “Haverá
aproximadamente 20 novas unidades iniciando a
operação, produzindo,
principalmente, álcool. E
a performance da indústria automotiva, que em
2007 colocou quase dois
milhões de veículos flexfuel nas ruas, sugere que
o mercado interno continuará aquecido. Com os
preços competitivos, o
álcool hidratado deverá
ser a melhor alternativa
para as unidades produtoras”, observa.
Bertone
destaca
que “enquanto a produção de açúcar e álcool
anidro repetiram os números da safra passada,
a oferta de álcool hidratado cresceu 40%”. A
produção de hidratado
atingiu um recorde, ao
superar 12 bilhões de
litros e absorver as 50
milhões de toneladas de
cana adicionais da atual
safra, estimada em 480
milhões de toneladas.
ZaeCana
Em 2008, será concluído o Zoneamento
Agroecológico da Canade-açúcar (ZaeCana), que
servirá de base para as políticas públicas e o ordenamento da expansão canavieira no país. “O Brasil
mostrará que sua política
é baseada na sustentabilidade e reafirmará sua
liderança na produção do
etanol no mundo”, destaca o secretário.
Quanto às exportações, embora seja espera-
Demandando
13
megawatts (MW), o
que a coloca como a
15ª maior consumidora
do Paraná, a Cocamar
anuncia
investimentos de R$ 35 milhões
em um projeto de cogeração de energia elétrica que deverá estar
funcionando em 2009.
Segundo informou o
superintendente
Comercial e Industrial,
Celso Carlos dos Santos Júnior, a Cocamar
- considerada “consumidora livre” por parte da Copel - condição
que lhe permite adquirir energia elétrica de
qualquer fonte - planeja implantar uma termoelétrica em seu parque industrial, situado
em Maringá. A cooperativa responde por ¼
do consumo da cidade,
que tem 320 mil habitantes. Os recursos estão sendo pleiteados
junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Bagaço de Cana
O superintendente explicou que atualmente a cooperativa
opera na queima de
bagaço de cana-de-açúcar para produção de
UNICA
Cocamar vai investir R$ 35 milhões
na co-geração de energia elétrica
Bagaço da cana será uma das fontes utilizadas no processo
vapor, usado em vários
setores de seu parque
industrial. Ao adotar
um sistema de alta
pressão, a partir da troca da caldeira e alguns
ajustes, a indústria vai
produzir além de todo
o vapor que consome,
também entre 66% a
100% de toda a energia
elétrica que necessita.
Para Santos Júnior, a
termoelétrica vai gerar economia para a
cooperativa (que gasta
cerca de R$ 13 milhões
por ano com a compra
de energia elétrica), a
trará segurança quanto
ao fornecimento, visto
que o País corre o risco
de sofrer um novo apagão nos próximos anos,
a exemplo do que se
viu em 2001.
Divulgação
A
produção de
cana-de-açúcar tem crescido a uma
taxa média de 11% ao
ano nos últimos cinco
anos e a produção de álcool teve um incremento
de quase 20% na safra,
motivada pelas vendas
de carros flex-fuel, frota que representa 90%
dos veículos novos fabricados no país em 2007.
A declaração é do secretário de Produção e
Agroenergia (SPAE), do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel
Bertone, ao fazer um balanço do setor sucroalcooleiro em 2007.
O setor produtivo se
estrutura para atender a
uma eventual expansão
dos mercados mundiais
para o etanol e o biodiesel. “Por enquanto, o fator
determinante para o crescimento da oferta ainda é
o mercado doméstico”,
disse Bertone. “O ano de
2008 é considerado es-
O Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar será concluído ainda este ano
da uma recuperação nos
preços internacionais do
açúcar a partir do final
de 2008, o secretário prevê que as receitas e os
volumes exportados deverão se manter em níveis muito próximos dos
observados em 2007.
Ao fazer um balanço
do setor sucroalcooleiro,
Bertone disse que, apesar
dos preços do açúcar não
terem repetido os bons
desempenhos dos últimos anos, as exportações
desse produto atingirão
US$ 5 bilhões, correspondentes a cerca de 19,5
milhões de toneladas.
Por outro lado, as exportações de álcool deverão
alcançar US$ 1,4 milhão,
com 3,6 bilhões de litros,
um leve crescimento em
relação aos 3,4 bilhões
Câmara Norte
Americana
aprova lei que
impulsiona
biocombustíveis
Ônibus a etanol começa
a circular em São Paulo
A Câmara dos Deputados dos Estados
Unidos aprovou, em
dezembro de 2007, a
versão final do projeto
de lei de Energia, conhecida como Energy
Bill, informou a Agência Estado. O texto eleva o padrão de eficiência energética do país
para o longo prazo e dá
grande impulso à produção de combustíveis
renováveis. A Energy Bill estabelece um
mandato pelo qual a
produção anual norteamericana de biocombustíveis deve ser de
pelo menos 36 bilhões
de galões até 2022,
ante apenas 9 bilhões
previstos para 2008.
Grande parte dessa produção deverá ser
atendida pelo etanol de
milho, que foi limitado
a 15 bilhões de galões.
No entanto, o mandato reserva espaço para
biocombustíveis avançados em três subcategorias:
celulósico,
biodiesel e outros, que
representarão um volume total de 21 bilhões
de galões até 2022.
No final do ano
passado entrou em
operação na capital
paulista o ônibus movido a etanol no corredor
Jabaquara-São
Matheus, onde vai circular durante um ano,
de acordo com informações do governo do
Estado de São Paulo.
O veículo faz parte do
Projeto BEST (BioEthanol for Sustainable
Transport ou Bioetanol
para o Transporte Sustentável), que conta
entre seus parceiros a
Unica, BAFF/SEKAB,
Copersucar, EMTU/SP,
SPTrans,
Marcopolo,
Petrobras e Scania, com
incentivo da União Européia. O investimento é da
ordem de R$ 1,6 milhão.
O Projeto BEST é
exportados em 2006. “Os
Estados Unidos continuam sendo os maiores importadores de álcool, com
1,9 bilhão de litros (sendo
900 milhões diretamente
e 1 bilhão, via Caribe),
seguidos pelos Países
Baixos, com 700 milhões
e Japão, com 380 milhões
de litros”, complementa
o secretário.
Da Redação
um programa internacional coordenado no
Brasil pelo Cenbio, com
o objetivo de sensibilizar o mundo sobre a
importância do uso do
etanol no transporte público, que reduz em até
90% a emissão de material particulado lançado
na atmosfera.
O Brasil é primeiro
país das Américas a ter
ônibus movido a etanol em circulação pelo
BEST, incentivado pela
União Européia. Outras
oito cidades da Europa e
Ásia participam do programa: Estocolmo (Suécia), Madri e País Basco
(Espanha),
Roterdam
(Holanda), La Spezia
(Itália), Somerset (Inglaterra), Nanyang (China)
e Dublin (Irlanda).
Cotações do açúcar da safra 2007/08
são as menores desde 2001
A maior oferta mundial de açúcar em 2007 fez
com que o preço médio
desta safra (parcial) fosse
41% menor que o da anterior, de acordo com o indicador CEPEA/ESALQ
(estado de São Paulo). De
abril (início da safra) a
21 de dezembro de 2007,
a média do Indicador foi
de R$ 25,91/sc de 50 kg,
visto que no mesmo período de 2006, foi de R$
43,74/sc (nominal). A média atual é a menor, em
termos nominais, desde
2001 (R$ 23,78). Entre 17
e 26 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ
subiu 1,27%, fechando a
R$ 23,91/sc.
4
janeiro de 2008
Cooperativismo - Mais produção e rentabilidade proporcionaram um aumento nos investimentos
O
aumento da
produção de
grãos, a alta nos preços
das commodities agrícolas e o bom desempenho dos ramos crédito
e saúde impulsionaram
os resultados das cooperativas do Paraná, que
tiveram um movimento
de R$ 18,5 bilhões em
2007, recorde histórico
para o setor. Em comparação a 2006, quando
o valor movimentado
foi de R$ 16,5 bilhões,
houve um crescimento
de 12%. Expansão também nas exportações
das cooperativas, que
devem fechar em US$
1,1 bilhão, uma alta de
29% em relação ao ano
passado. Mais produção
e rentabilidade proporcionaram um aumento
nos investimentos, que
serão superiores a R$ 1
bilhão em 2007.
“Tivemos um ano
extremamente ativo e
desafiante para as nossas 234 cooperativas, que
evidenciaram mais uma
vez o importante papel
do setor na defesa socioeconômica dos 451 mil
cooperados que as integram e na relevante função que desempenham
no impulso ao desenvolvimento dos municípios
e regiões do nosso estado”, afirma o presidente
do Sistema Ocepar, João
Paulo Koslovski. “Atuantes nas comunidades,
as cooperativas têm um
papel preponderante no
suporte às ações econômicas dos cooperados,
com forte atuação social
e ambiental”, destaca o
dirigente.
Commodities em Alta
A safra 2006/2007
foi positiva, com crescimento de 22,7% na produção, que foi de 29,5
milhões de toneladas
no Paraná. Mesmo sendo considerado normal
para os padrões do estado, que é o maior produtor de grãos do Brasil,
o desempenho da safra
trouxe alento ao campo, castigado por dois
anos de perdas causadas
pela estiagem. “O bom
volume de produção foi
acompanhado pela forte
elevação dos preços agrícolas, que tiveram uma
alta média de 40%. Essa
conjunção favorável contribuiu para o resultado
recorde das cooperativas paranaenses”, explica o superintendente
da Ocepar, José Roberto
Ricken. “A utilização do
milho para a fabricação
de etanol nos Estados
Unidos teve impacto
em toda a cadeia econômica agrícola. O preço
do milho subiu 52% e o
da soja 41%”, analisa.
Também tiveram alta os
preços do frango (30%),
suínos (53%) e leite
(32%), atividades para
as quais o milho é um
produto
fundamental
na alimentação dos animais. “O uso do milho
como matriz energética
nos Estados Unidos está
tendo reflexos nos preços de inúmeros produtos, o que é bom para os
produtores brasileiros”,
diz Ricken. A demanda
crescente por milho fez
as exportações dispararem no Brasil. No ano
passado, o país exportou
3,9 milhões de toneladas
de milho. Em 2007, os
embarques vão totalizar
cerca de 10,8 milhões
de toneladas, uma alta
de 176%. Além de milho, as cooperativas têm
expressiva participação
nas vendas externas de
soja e frango, exportados para China, União
Européia, Mercosul e
países árabes.
Investimentos
A alta dos investimentos acompanha o
crescimento da produção. “As cooperativas
investiram
principalmente nos setores avícola, suinocultura e leite,
com novos complexos industriais, abatedouros,
frigoríficos, laticínios e
fábricas de ração. Também ocorreram fortes
repasses para projetos
de infra-estrutura e recebimento de grãos”, indica Ricken.
Segundo o presidente Koslovski, o planejamento estratégico do
setor cooperativista do
Paraná previa, de 2005 até
2010, investimentos da
ordem de R$ 3,5 bilhões.
Já está tudo preparado para um dos maiores eventos do agronegócio do Oeste paranaense.
Os Dias de Campo Copagril sobre Culturas de
Verão, Tecnologias de
Defensivos Agrícolas e
2ª Exposição de Insumos
e Equipamentos Agropecuários acontecem nos
dias 22 e 23 de janeiro
na Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon,
próximo ao aeroporto
municipal. Os produtores terão a oportunidade
de observar, o desenvolvimento das variedades
de soja convencionais e
transgênicas plantadas
em 3 épocas de semeadura e 56 híbridos de
milho das principais empresas parceiras.
Também
estarão
presentes empresas de
defensivos agrícolas que
apresentarão a linha de
agroquímicos.
Haverá
ainda ensaios com variedades de feijão e na
área de pastagens serão
demonstradas 30 forrageiras. Pelo segundo
ano, acontecem demonstrações das Plantadeiras
Fankhauser e das Colhedoras de Forragens JF.
Ao todo, cerca de
40 empresas parcerias
Divulgação
Copagril promove Dias de Campo
sobre Culturas de Verão
da Copagril participarão deste evento, demonstrando seus produtos. Elas atuam nas
áreas de fornecimento
de insumos agropecuários, núcleos minerais,
medicamentos, ordenhadeiras, máquinas
e implementos agrícolas, fertilizantes, resfriadores, viveiros de
mudas de eucaliptos,
entre outros.
Área Social
A Associação dos
Comitês
de
Jovens
(ACJC) e Comitês Femininos da Copagril
(ACFC) também estarão presentes no evento. A ACJC apresentará
um histórico dos eventos e fará uma amostra
dos Projetos Agropecuários. Ainda será feita
a apresentação dos projetos referentes ao programa
Cooperjovem,
realizado em parceria
com o Sescoop/PR, Copagril e escolas municipais da área de ação da
cooperativa.
Um dos destaques
do evento são as palestras. No dia 22 de janeiro, às 9 horas, acontece
a palestra “Conjuntura
do Mercado de Comodites”, com Alexandre
Mendonça de Barros.
Já no dia 23, também às
9 horas, será ministrada
a palestra “Desafios da
Competitividade para
o Sucesso do Agronegócio”, com o professor
Heinz Artur Schurtz.
Photo View
Cooperativas do Paraná movimentam R$ 18,5 bi
Somente os investimentos realizados pelas cooperativas devem superar R$ 1 bi
“Nos últimos três anos as
cooperativas investiram
R$ 2,5 bilhões e estimamos que a meta inicial
será superada”, explica.
“Os bons resultados e a
movimentação recorde
são parte de um processo
muito amplo de desenvolvimento econômico e
social. Neste ano, o setor
deverá arrecadar em tributos e contribuição aos
cofres públicos quase R$
900 milhões. Atualmente,
as cooperativas geram 51
mil empregos diretos e
mais de 920 mil postos de
trabalho”, enfatiza.
De acordo com Koslovski, tão importante
quanto os indicadores
econômicos, são os resultados sociais e de desenvolvimento humano
e autogestão. “O cooperativismo tem dado um
impulso à qualificação
e aprimoramento de cooperados, familiares e
colaboradores. Em 2007,
através do Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop-PR), foram realizados
mais de 2.900 eventos
de educação e formação,
que tiveram a participação 120 mil pessoas, com
mais de 38 mil horas de
treinamento”, ressalta.
Conquistas
O ano que se encerrou teve um saldo positivo e com inúmeras
conquistas para cooperativismo. A diminuição
dos juros nos créditos
agrícolas, que caíram
de 8,75% para 6,75% ao
ano, uma constante reivindicação das cooperativas, foi bem recebida
pelos produtores paranaenses. Como lembra
o presidente da Ocepar,
ocorreram avanços em
vários ramos, com a manutenção da forte expansão nos segmentos de
saúde e crédito. “As 67
cooperativas de crédito
já administram mais de
R$ 2 bilhões, agregando
302 mil cooperados. No
ramo saúde, que se organiza de forma sistêmica,
os serviços beneficiam
mais de 1,050 milhão de
pessoas”, afirma.
Para o ano de 2008,
a perspectiva do setor
cooperativista é manter os índices de crescimento, atuando para
resolver entraves de legislação e aprimorar a
qualidade dos serviços,
além da capacitação de
cooperados e colaboradores. “As cooperativas
dinamizam a economia
local e regional, pois
atuam
praticamente
em todos os municípios
do Paraná. O cooperativismo é um aliado no
desenvolvimento estadual, gerando empregos
e distribuindo renda”,
conclui Koslovski.
Da Redação
Produto da Coamo é
exportado para a África
Desde dezembro de
2007, a Margarina Coamo faz parte da mesa dos
consumidores do continente africano. É que a
cooperativa exportou 19
toneladas de margarina
para Angola. O negócio
foi efetivado, durante a
Feira Internacional da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em
São Paulo. “Devemos formalizar outros negócios
visando o incremento das
exportações de produtos
alimentícios com a marca
Coamo”, prevê Alcir José
Goldoni, superintendente
Comercial da Coamo. Ele
revela que além do mercado nacional, os alimentos Coamo também já são
encontrados nas mesas
dos paraguaios.
Para o presidente
da Coamo, José Aroldo
Gallassini, a presença dos
produtos da cooperativa
no mercado internacional
é resultado da confiança e
da qualidade conquistada
ao longo dos anos, atendendo as exigências do
mercado consumidor. “Os
investimentos realizados e
as ações estratégicas efetivadas têm oportunizado
o fortalecimento da nossa
participação no mercado
interno e a abertura de
novos negócios no cenário
internacional”, assegura.
Receita Global
O faturamento dos
produtos alimentícios
da Coamo vem apresentando crescimento
constante e representa
indicadores importantes na receita global
anual da Coamo. Para
2008, a cooperativa
deverá lançar novos
produtos no primeiro
semestre, com ampliação na sua capacidade
industrial.
Para saber mais sobre os Alimentos Coamo
e as fichas técnicas dos
produtos, basta acessar www.coamo.com.br/
alimentos ou ligar gratuitamente para o Atendimento Coamo ao Consumidor (0800-446161)
no horário comercial.
Sicredi lança seguro só para mulheres
O Sicredi ampliou
o portfolio de produtos
com o lançamento do
seguro exclusivo para
mulheres. O Sicredi
Seguro Vida Mulher,
desenvolvido para mulheres de 16 a 65 anos
de idade, proporciona,
além de coberturas tradicionais dos seguros
de vida, cobertura para
diagnóstico definitivo
de câncer primário de
mama ou ginecológico,
segunda opinião média internacional, informação nutricional,
baby-sitter/berçário,
faxineira, assistência
educacional aos filhos,
assistência automóvel
e assistência funeral.
O produto, já disponível nas unidades
de
atendimento
de
todo o Brasil, facilita o
dia-a-dia das mulheres,
oferece segurança e
qualidade de vida com
benefícios e serviços especiais. Um dos diferenciais do produto é que o
valor do capital segurado também poderá ser
recebido em vida: são
quatro sorteios mensais
pela Loteria Federal, limitados a R$ 50 mil.
5
janeiro de 2008
Pecuária de Leite - 60% das áreas destinadas aos expositores da feira já estão comercializadas
Mercoláctea será realizada em Santa Catarina
primeira grande feira técnica e científica da cadeia
produtiva do leite – segmento econômico que
mais cresce em Santa
Catarina, a Mercoláctea
Milk Fair - Feira Internacional do Setor Lácteo, está com 60% dos
espaços destinados aos
expositores ocupados. O
pavilhão principal é formado por 146 estandes
com aproximadamente
4.226 metros quadrados
de área total.
A expo-feira será realizada de 8 a 11 de abril
de 2008, em Chapecó
(SC) numa iniciativa da
Associação
Comercial
e Industrial, Prefeitura
Municipal, Agência T12
e entidades do agronegócio. A comissão central
organizadora é coorde-
nada pelo presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado
de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
Os expositores da
feira serão as empresas
fornecedoras da cadeia
produtiva e da indústria
de laticínios, com produtos e serviços para
manejo, nutrição, sanidade, qualidade, genética, máquinas, equipamentos,
embalagens,
etc., atendendo necessidades que vão da granja
ao supermercado.
tiram sua participação
estão a Novartis Laboratórios (saúde animal),
Dairy Partners Americas (Instituição formada
pela Nestlé e Fonterra
– Nova Zelândia), Gail
Arquitetura em Cerâmica (tecnologia em pisos
e revestimentos industriais), Reafrio (indústria e comércio de peças para refrigeração);
Gestacorp (sanitizantes
industriais), Ouro Fino
(bem estar animal); Fego
(tecnologia para produtos lácteos – proteínas,
sais, corantes etc); Kera
(soluções de higiene e
alimentação
animal),
Chison Vet (Equipamentos veterinários – tecnologia e imagem), Domino Sul (Representante
da Sunnyvale - soluções
industriais), Bombinox
Diversidade
A maior procura
tem sido por empresas
sediadas nos estados
de São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e do Rio
Grande do Sul. Entre as
empresas que já garan-
(bombas, motores e conexões para laticínios),
Nutrifarms
(nutrição
animal), Brasplast, Avesul, Agroconfortin, Shering Plough e Sulinox.
Apoio
A expectativa é de
30.000 visitantes e negócios de ordem de R$
80 milhões de reais. A
feira tem o apoio da Federação da Agricultura
e Pecuária do Estado de
Santa Catarina (Faesc)
e do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural
(Senar), do Sindicato
das Indústrias do Leite
de SC (Sindileite), da
Organização das Cooperativas do Estado de SC
(Ocesc), da Federação
das Cooperativas Agropecuárias do Estado de
SC (Fecoagro), da Fiesc,
Emater e Iapar promovem rally rural do leite
Para divulgar o
funcionamento do sistema de produção leiteira da agricultura
familiar na região de
Maringá, a Emater juntamente com o Iapar,
institutos
estaduais
vinculados à Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento do Paraná, realizaram no dia
18 de dezembro, um
verdadeiro rally rural.
Os 37 participantes
convidados, dentre extensionistas, pesquisadores, técnicos de entidades parceiras como a
UEM, Cesumar, Banco
do Brasil, Pró-Amusep
e agricultores, rodaram
Trabalho Integrado
Segundo o engenheiro agrônomo Márcio Miranda, coordenador do Projeto Redes
pelo Iapar, esse tipo
de visita é uma estratégia metodológica de
trabalho integrado, já
realizada em outubro
de 2007 na região de
Guarapuava e que será
repetida com adequações nas demais regiões do Paraná, “ para
mostrar às entidades
parceiras, de forma
prática, como está sendo a construção de referências sociais e tecnológicas do sistema
produtivo leiteiro, com
mais de 100 quilômetros visitando quatro
pequenas propriedades
rurais localizadas nos
municípios de Mandaguaçu, Nova Esperança,
Colorado e Flórida.
Recepcionados pelas famílias produtoras
de leite, que relataram
a evolução dos resultados obtidos com os projetos Vitória de Pecuária Leiteira e Redes
de Referência da Agricultura Familiar, os
visitantes debateram,
baseados em dados da
realidade, os fatores
limitantes e potencializadores de cada sistema produtivo adotado.
Com uma produção
anual de 2,7 bilhões de
litros, o Paraná passa a
ser o segundo maior produtor de leite do País. No
ranking dos maiores produtores nacionais, o estado aparece atrás apenas
de Minas Gerais. É o que
aponta o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa
levou em consideração a
produção de leite de cada
estado brasileiro em 2006.
De acordo com os
dados do Instituto, o Rio
Grande do Sul passou
para a terceira posição
no ranking ao superar o
estado de Goiás, que ficou em quarto lugar.
Crescimento
Enquanto o crescimento da produção nacional de leite foi de 3,4%
em 2006, comparado ao
ano anterior, a do Paraná
cresceu 7,3%. De acordo
com o levantamento do
IBGE, os municípios de
Castro, Marechal Cândido Rondon e Toledo são
os maiores produtores de
leito do País. Juntos, produzem 340,8 milhões de
litros de leite. O que corresponde à produção do
estado do Maranhão.
As regiões oeste e
sudoeste do Paraná são
responsáveis por 49%
da produção do estado.
Em ambas as regiões,
predomina a agricultura
familiar. Com isso, a venda de leite garante uma
renda mensal, o que influencia o crescimento
da atividade.
Já na região dos Campos Gerais, onde está situado o município de Castro,
o maior produtor de leite
do Brasil, destacam-se
tecnologias de ponta, genética apurada e produtividade semelhante às
obtidas nos rebanhos da
União Européia, Estados
Unidos e Canadá.
Conseleite
Parte do crescimento
do segmento no estado é
atribuída ao Conseleite-Pr,
que está completando cinco anos. Para o presidente
do Conseleite-Pr, Ronei
Volpi, a entidade trouxe
Divulgação
Paraná é o segundo maior
produtor de leite do Brasil
maior estabilidade de preços e possibilidade de planejamento do setor. “Há
60 meses ininterruptos, o
Conseleite vem divulgando preços referência para
o leite ao produtor, ao mesmo tempo em que criou
critérios para profissionalização das negociações
entre produtores e indústrias”, disse.
O Conseleite é um
conselho de iniciativa
privada, formado por
produtores de leite e por
representantes de 20 das
principais indústrias de
laticínios do Paraná, responsáveis pela captação
de cerca de 80% da produção de leite do estado.
a participação ativa da
família rural”.
Satisfeito com os
resultados
positivos
do rally rural do leite,
onde o tempo, local,
pontos de parada e demais atividades foram
minuciosamente
demarcadas e cumpridas,
o engenheiro agrônomo
Sérgio Luiz Carneiro,
do Emater anunciou a
realização de um elenco de eventos comemorativos a serem programados em 2008 alusivos
aos 10 anos de existência do Projeto Redes
no Paraná, baseado no
modelo desenvolvido
na França.
Decreto
regulamenta
fiscalização de
produtos para
alimentação animal
O Diário Oficial da
União publicou, em dezembro, decreto do presidente da República,
regulamentando a lei
6.198, de 26/12/74, que
trata da inspeção e fiscalização obrigatória dos
produtos destinados à
alimentação animal. O
decreto, nº 6.296, contém um anexo atualizando normas gerais estabelecidas para inspeção
e fiscalização da produção, comércio e uso de
produtos de alimentação animal, que ficarão
a cargo do Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
A medida contempla desde o registro
de estabelecimentos e
produtos, embalagem e
comercialização, importação, armazenamento,
transporte,
passando
pelo controle da qualidade até as infrações e
sanções administrativas.
A íntegra do decreto
pode ser consultada
no site do Mapa (www.
agricultura.gov.br).
Divulgação
A
Milhares de produtores de leite são aguardados no evento
da Epagri, do Sebrae, da
Fundação de Eventos de
Chapecó (FEC), do Governo do Estado, do Sindicato Rural de Chapecó
e da Revista Agromais
que desenvolve o catálogo oficial da feira.
Como atividades paralelas ocorrerão eventos técnicos, científicos
e de relacionamento
com o mercado organi-
zados através de parcerias entre as principais
entidades do setor de
laticínios de SC, incluindo o 3° Simpósio Brasil
Sul de Bovinocultura de
Leite, em parceria com
o CRMV/SC e inédito
showroom da indústria
láctea que está sendo
organizado em parceria
com o Sindileite.
Da Redação
Centro Integrado vai reunir
dados sobre a qualidade do leite
A população brasileira terá mais um canal de
comunicação com o governo federal para o acesso a
informações sobre a qualidade do leite produzido
e comercializado no país.
O Centro Integrado de
Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali–Leite) é resultado de
parceria firmada entre o
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério
da Justiça, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura.
O CQuali–Leite não
terá uma estrutura física
instalada e, portanto, não
será necessária a contratação de técnicos. Ele
funcionará no formato
de site na internet e será
abrigado na página eletrônica do DPDC do Ministério da Justiça. A expectativa é que a primeira
fase desta parceria esteja
funcionando no primeiro trimestre de 2008. “O
CQuali será um banco de
dados sobre a inspeção e
fiscalização da produção,
industrialização e comercialização de leite tipos
UHT, pasteurizado e em
pó, incluindo resultados
de análises laboratoriais
e de verificação de rotulagem”, explica a gerente-geral de Alimentos da
Anvisa, Denise Resende.
Atuação
A rede atuará em
dois níveis. No primeiro,
os três órgãos de governo
trocarão informações relativas ao âmbito de atuação de cada um deles em
todo o país. “Com isso, o
trabalho de monitoramento da qualidade do leite
será realizado de maneira
ainda mais articulada e
rápida”, estima Resende.
No segundo nível, o CQuali–Leite fornecerá ao consumidor informações sobre o acompanhamento
da qualidade do leite que
poderão, inclusive, orien-
tá-lo para um consumo
mais consciente do produto (uma vez que os dados
abrangerão as informações
relativas ao rótulo).
Para a representante
do DPDC, Laura Mendes,
“o CQuali será mais um
importante instrumento
à defesa do consumidor,
que é a parte mais vulnerável de todo o processo”.
Segundo ela, os Procons
dos estados já estão demonstrando interesse em
atuar
articuladamente
com o Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária
(coordenado pela Anvisa
e executado diretamente
pelas Vigilâncias estaduais e municipais). A idéia
é que os Procons tenham
mais subsídios para autuar as empresas que produzirem ou industrializarem leite em desacordo
com a legislação.
Acesso ao Público
Cada órgão continuará cumprindo suas
atribuições. “O objetivo
do CQuali–Leite não é
unificar a inspeção e a
fiscalização da cadeia
produtiva do leite e sim
harmonizar procedimentos para aprimorar, principalmente, o acesso da
população a informações
sobre a qualidade do
produto”, afirma o diretor do Departamento de
Inspeção de Produtos de
Origem Animal (DIPOA)
do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa. O encontro
que decidiu a criação
do Centro foi realizado
no Instituto Nacional de
Controle e Qualidade em
Saúde (INCQS), no Rio
de Janeiro.
Também participaram da reunião, técnicos
dos laboratórios centrais
(Lacens) e das Vigilâncias
Sanitárias estaduais, além
de representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que
acompanharão as ações
do CQuali–Leite.
6
janeiro de 2008
Pecuária de Corte - Com esta medida o estado não poderá mais boicotar outras regiões do país
Nova instrução do MAPA abre mercado
de carne com osso do Rio Grande do Sul
Queda do Boicote
Com a nova norma
da SDA, o Rio Gran-
de do Sul não poderá
mais alegar legislação
interna para manter o
boicote porque ela automaticamente perde
a validade. “Caso alguma empresa tenha seus
caminhões impedidos
na barreira, poderá entrar com mandado de
segurança, mas o que
esperamos mesmo é
que o governo gaúcho
revogue imediatamente as restrições”, acrescenta o presidente da
Abrafrigo.
O Rio Grande do Sul
está fechado aos estados liberados pelo Mapa
para movimentação de
animais e comercialização de carne com osso
desde outubro de 2005,
quando ocorreram os pri-
Pecuaristas da região de Guarapuava
criaram, em assembléia realizada em dezembro, na cidade de
Guarapuava/PR, a 5ª
cooperativa de carnes
nobres do Estado, a Cooperaliança. A Emater
assessorou o trabalho
dos 31 criadores que
antes estavam organizados através de uma
aliança mercadológica.
“Eles já produziam
animais com qualidade
diferenciada (novilhos
e ovinos precoces), faziam o abate em um frigorífico terceirizado e
com inspeção sanitária e
vendiam a produção diretamente para o mercado varejista. Agora com
a cooperativa, passarão
a elaborar cortes especiais, usar marca própria
e buscar até espaço no
mercado internacional”,
explica Luiz Fernando
Brondani, coordenador
estadual do Projeto Carnes Nobres da Emater.
Valor Agregado
Com uma ação in-
Photo View
Pecuaristas criam a 5ª
cooperativa de carnes
tegrada, os pecuaristas
conseguem
também
programar a produção,
formar escala e abastecer o mercado durante todos os meses
do ano. “É importante
destacar que com esta
ação fora dos limites
da porteira o criador
deixa de ser apenas
um produtor de bois e
passa a ser um produtor de carnes nobres.
O produto que chega
ao mercado tem um
valor agregado e, por
isso, o empreendedor é
remunerado de forma
mais justa”, detalha o
extensionista.
Na assembléia promovida pelos agropecuaristas foi aprovado
o estatuto da Cooperaliança e escolhida a
primeira diretoria. O
pecuarista Êdio Sander foi eleito presidente para o período de
três anos. “A iniciativa
dos criadores da região
de Gurapuava reforça o
segmento das cooperativas de carnes no Paraná e facilita a constituição de uma central
de cooperativas de carnes que a Emater já
vem orientando e ajudando a criar”, conclui
Brondani.
Terra Roxa promove 16º Leilão Via Satélite Baby
A
Agropecuária
Terra Roxa – tradicional criatório paranaense de seleção da Raça
Nelore – promove no
dia 22 de janeiro (terça-feira), às 20 horas,
a 16ª edição do Leilão
Via Satélite Baby.
O
remate, com
transmissão exclusiva
do Canal do Boi, vai
ofertar 40 reprodutores
jovens Nelore PO. Todos
os animais apresentam
DEP com avaliação realizada pelo Programa
Geneplus/Embrapa.
Produtos FIV/TE
de consagradas ma-
trizes do rebanho da
Agropecuária
Terra
Roxa e com idade entre 7 e 15 meses, alguns
dos animais ofertados
no Leilão Via Satélite
Baby já foram premiados nas melhores pistas do país.
“É uma genética
diferenciada para os
criadores que gostam
de animais de alta
qualidade. Além disso, são produtos que
poderão ser adaptados ao longo de 2008 e
que estarão aptos para
o trabalho de campo
na próxima estação
em qualquer região
do Brasil. É a quarta
vez que, com sucesso,
colocamos à venda no
remate Via Satélite
Baby estes produtos”,
afirma o pecuarista
Alexandre Lopes Kireeff, da Agropecuária
Terra Roxa.
Os lotes ofertados serão comercializados em 14 parcelas
(2+2+10). Mais informações sobre o 16º Leilão Via Satélite Baby
podem ser obtidas no
escritório da Agropecuária Terra Roxa pelo telefone (43) 3334-2270.
meiros focos de aftosa no
Mato Grosso. Para adquirir o produto, o estado
exigia que a região fosse
liberada pela OIE - Organização Internacional
de Saúde Animal, não levando em consideração a
reclassificação determinada pelo Mapa.
Reabilitação
Para o presidente
da Abrafrigo, as restrições criadas pelo lobby
dos produtores gaúchos
prejudicavam inclusive
o processo em andamento para a reabilitação do
status internacional de
diversos estados brasileiros como áreas livres
de febre aftosa com vacinação, além de criar embaraços nas negociações
com parceiros comerciais importantes que
têm enviado missões
técnicas ao país, como
União Européia, China
e Chile. Somente permanece restrita a entra-
da de carne bovina com
osso no estado de Santa
Catarina, reconhecido
pelo Mapa como área livre de febre aftosa sem
vacinação.
Da Redação
Pesebem chega a Umuarama
O programa Pesebem chegou ao final do
ano passado a Umuarama, no Noroeste do Paraná. A balança do pecuarista foi instalada no
frigorífico Torlim, numa
parceria com o Sindicato Rural de Umuarama,
FAEP e CNA.
Com o Pesebem,
o frigorífico associado permite a instalação de uma balança
do produtor ao lado de
sua própria balança. A
medida, adotada desde
setembro de 2007 em
Nova Londrina e Paiçandu, permite que o
pecuarista não tenha
dúvidas quanto ao real
peso da carcaça do animal entregue. O slogan
do programa “Duas balanças, uma certeza”
resume o propósito de
transparência nas relações comerciais, além
de abrir um canal de
comunicação
permanente entre o frigorífico e o pecuarista.
Testes
Em Umuarama a
balança do pecuarista
ficará em testes até fevereiro, quando deve começar a pesar animais
dos produtores interessados. Para aderir ao
Pesebem, o pecuarista
deve procurar o sindicato rural e fazer o seu
cadastro. Existe uma
taxa de R$ 1 por animal
- destinada exclusivamente para manter as
despesas do programa,
como o balanceiro contratado, manutenção do
equipamento e material de escritório.
ABCZ promove
mudanças na 74ª
Expozebu
A diretoria da Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu fez
algumas alterações na
organização da próxima edição da Expozebu. Segundo a diretoria
da ABCZ, essas mudanças visam à melhoria
dos trabalhos de julgamentos realizados no
maior evento em pecuária zebuína do mundo.
A grande alteração foi
a adoção de julgamento com jurado único,
extinguindo-se os trabalhos de comissões.
As principais mudanças na 74ª Expozebu podem ser conferidas no website da
ABCZ pelo endereço
eletrônico: www.abcz.
org.br
Bezerro, arroba e carne têm
preços recordes em 2007
Após quatro anos
de aumentos dos custos de produção frente
à arroba do boi, 2007
registrou preços recordes para o bezerro, boi
gordo e para a carne
no mercado atacadista. Segundo o Cepea,
para o bezerro não
foi registrada queda
de preços em nenhum
momento do ano. No
mercado de boi gordo, a oferta restrita
de animais para abate
impulsionou as cotações no correr de todo
o ano, principalmente
no segundo semestre,
com poucas baixas durante o período.
Em outubro de
2007, o indicador do boi
bateu mais um recorde,
de R$ 65,15, com altas
de até R$ 77,00/arroba
no início de dezembro.
Quanto às carnes no
atacado da Grande São
Paulo, os valores nominais foram os maiores
desde 2001. O recorde
da carcaça casada foi
de R$ 4,67/kg a prazo,
no dia 5 de dezembro.
PR: Vacinação contra febre aftosa atinge 98,44%
No Paraná, a segunda etapa da campanha de
vacinação contra febre aftosa de 2007, realizada em
novembro, atingiu 98,44%
de imunização do rebanho
de bovinos e bubalinos. O
resultado da campanha
revelou a existência de
9,48 milhões de cabeças
no Estado, das quais 9,33
milhões foram vacinadas.
Para o secretário da
Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini,
esse resultado é considerado satisfatório porque garante a imunização do rebanho. O resultado oficial
foi enviado ao Ministério
da Agricultura e do Abastecimento em dezembro.
Bianchini destacou
que no Paraná os índices de vacinação contra
aftosa estão permanecendo elevados porque
as campanhas estaduais
contam com a colaboração de entidades par-
AEN/PR
ao Mapa para que o ministério providenciasse
a liberação do mercado
gaúcho para os demais
produtores brasileiros
qualificados e, com esta
norma, a portaria local
entra em confronto direto com a norma do governo federal, portanto
perdendo validade. Assim, qualquer empresa
com inspeção federal de
estado livre de aftosa
pelo Mapa pode vender
carne com osso a partir
da publicação da instrução no Diário Oficial da
União”, explica o presidente da Abrafrigo, Péricles Pessoa Salazar.
Divulgação
O
Secretário de
Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura,
Inácio Afonso Kroetz
assinou, em dezembro,
a Instrução Normativa
42, que permite a todos
os estados considerados
pelo ministério como livres de aftosa com vacinação, a venda de carne
com osso para o mercado
do Rio Grande do Sul.
Naquele estado, a Portaria 49 proibia a entrada
de carne com osso e animais vivos de outros estados, o que criava uma
reserva de mercado para
os produtores locais.
“A Associação Brasileira de Frigoríficos
(Abrafrigo)
realizou
inúmeras gestões junto
ceiras que compõem o
Conselho Estadual de
Sanidade Agropecuária
(Conesa), que auxiliam
no convencimento ao
produtor para não descuidar da vacinação.
7
janeiro de 2008
AgroDestaque - Gil: “o mercado tem um desempenho favorável, as expectativas da próxima safra são boas”
N
esta edição, a
re p o r t a g e m
do AgroRede Notícias fez
uma entrevista exclusiva
com o Chefe do Núcleo
Regional da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná - em Londrina, Gil Abelin, para saber quais são
as perspectivas em 2008
para a atividade agropecuária na região e avaliar
o desempenho do setor,
durante o último ano:
AgroRede - Como
chefe do Núcleo da SEAB
em Londrina, qual é a avaliação que o Senhor faz do
desempenho da agropecuária na nossa região em
2007? Houve uma retomada do crescimento?
Gil Abelin - Podemos
afirmar que houve melhoramento significativo no
setor agropecuário regional. O governo estadual,
através dos seus programas, implantou políticas
de incentivos aos pequenos e médios produtores
favorecendo o crescimento, tanto regional como
estadual. Essas medidas
emergenciais
favoreceram aos agricultores a
compensação de frustrações de safras passadas.
Os preços dos principais
produtos agropecuários,
como soja, milho, feijão
e bovinos indicaram um
crescimento significativo
na renda dos produtores.
Como o mercado dos produtos agropecuários vem
tendo um desempenho
favorável se torna evidente que as expectativas da
próxima safra são boas,
tanto em nível de produção como de preços. Na safra de grãos do ano passado, safra 2005/2006, houve
redução na produção em
função de estiagem; nesta safra 2006/2007 houve
uma pequena redução nas
áreas de plantio de alguns
produtos, como soja, milho e trigo, porém os preços indicaram uma maior
rentabilidade ao produtor
Houve implementação de
novas áreas de cana, aumento das áreas de fruticultura com maior nível
de emprego de mão de
obra, diversificação do pequeno produtor, aumento
significativo do plantel de
aves, mesmo com o valor
do dólar fraco e o aumento no setor de orgânicos.
Todos estes fatores contribuíram para o desenvolvimento do setor agropecuário regional, isto sem
contar com os investimentos das cooperativas como
a Corol, Cofercatu e Integrada que ampliaram seus
processos de verticalização de suas produções e
também exportaram seus
produtos industrializados.
Não podemos deixar de
citar a liberação do Estado do Paraná pelo MAPA
nos considerando Estado
Livre de Aftosa com vacinação, fazendo com que
ampliassem as vendas no
mercado externo. No final
do ano passado já caíram
os embargos de mercados
no exterior como a Rússia.
Estamos no aguardo, para
este início de ano, readquirir o “status” de Livre
de Aftosa com vacinação,
fornecido pela OIE.
AgroRede - E com
relação à sanidade agropecuária, os índices de
vacinação contra a febre
aftosa atingiram todas
as expectativas? Haverá
investimentos neste setor para a região Norte
do Estado?
Abelin - Os índices
de vacinação contra febre
aftosa na região foram ótimos. Fechamos na região
de Londrina, em 99% e
como temos prazos a cumprir para entrega do relatório final de campanha
ao MAPA, esses 1%, que
não comprovaram, nossos
fiscais estão indo em busca para verificar se realmente vacinaram ou não.
Se não vacinaram serão
notificados e multados.
Porém, temos tradição em
nossa região no cumprimento dos cem por cento.
Possuímos na região de
Londrina
aproximadamente 3.900 propriedades
com cerca de 281.000 bovinos e bubalinos. O Estado contratou através de
concurso público mais 44
médicos veterinários, somente para suprir as faltas
de técnicos do Serviço de
Defesa Sanitária Animal
no Estado. O treinamento
desse pessoal foi realizado em Curitiba no final
do ano passado. Portanto, entrarão em 2008 em
plena atividade, inclusive
“oxigenando” o quadro
do DSA, em Londrina. Na
região, estão sendo certificadas cinco propriedades
como livres de Brucelose e
Tuberculose, para cumprimento da legislação de fornecedores de leite tipo A e
B, que torna obrigatória a
certificação e a rastreabilidade da propriedade. Al-
guns criadores na região
aderiram ao novo Sisbov,
além das propriedades
certificadas livres de brucelose e tuberculose pela
certificadora da SEAB. No
que tange a segurança alimentar, temos o Serviço de
Inspeção de Produtos de
Origem Animal - SIP/POA
que realiza um trabalho
extraordinário de fiscalização em laticínios, frigoríficos e distribuidoras de
produtos animais. O Paraná tem a responsabilidade
de um dos maiores programas sociais que atende as
crianças e também diretamente aos laticínios e produtores. Portanto, estamos
constantemente realizando todas as análises do leite e serviços de exemplo
nacional. Temos rodízio
bi-mensal dos técnicos da
área, de forma que não
existam vínculos com os
laticínios e podemos dizer
que nosso produto é bom
e que devemos investir
muito mais em 2008.
AgroRede - Quais
são os outros projetos
que o Governo do Estado quer implementar ou
efetivar melhorias?
Abelin - O Paraná
tem diversos cenários que
devem ser priorizados para
melhorias no setor agropecuário. Temos que tratar
das mudanças climáticas,
das matrizes energéticas e
produtivas e das desigualdades sociais e regionais.
Temos que objetivar como
políticas públicas o desenvolvimento rural sustentável, fortalecer a agricultura familiar - que é a base
de toda a nossa agropecuária, fazer trabalhos intensivos de inclusão social,
diminuindo as desigualdades regionais, e finalmente, atuarmos na mudança de matriz produtiva.
Desta maneira, teremos
como eixos estratégicos o
fortalecimento das economias locais, a cidadania e
a inclusão social; buscar
a preservação; recuperar
as questões ambientais;
e trabalhar intensamente
na sanidade e a qualidade da produção. Portanto
em cada um destes cenários, políticas e eixos
estratégicos formam uma
gama de orientações, dissertações e rotas a serem
seguidas. Exemplos destes são os programas de
diversificação da agricultura familiar que envolve
diversos produtos e espécies; os programas rurais
Ana Luisa Vazzi
“Favorecemos o crescimento regional e estadual”
solidários como o do trator, do fundo de aval, do
micro crédito, do associativismo e cooperativismo,
entre outros. Na questão
da ambientabilidade, temos o Paraná Orgânico,
o retorno intensivo nas
questões de manejo de
solos e água, e temos integração com a SEMA,
em questões de matas ciliares e reflorestamentos.
Ainda faremos atitudes
concretas na segurança
alimentar, na CEASA, na
Compra Direta, no Leite
das Crianças, entre outras. Sem contar em patrulhas rurais, sanidade
agropecuária em seus
diversos segmentos, tais
como rastreabilidade e
certificação de origem e
valorização da agricultura orgânica. E tem mais, é
visível a postura do governador Requião e do secretário Valter Bianchini em
continuar consolidando
o Paraná como o maior
produtor de grãos do Brasil, com sustentabilidade.
Para isso, basta ver que
foram contratados algo
em torno de 500 técnicos
para atender a SEAB, a
Emater, e o Iapar.
AgroRede - Recentemente, o Governo do Estado publicou a Resolução
102/2007, que estabelece
uma legislação específica sobre a comercialização de sementes. Alguns
produtores rurais alegam
que a nova medida interfere na comercialização
entre os Estados e querem seguir a legislação federal. Qual é a orientação
que o Núcleo de Londrina
considera a mais correta?
Por sermos uma região
de grande produção de
grãos, que postura o agricultor deve acatar?
ta o teste de fluxo lateral
para transgeníase, estabelecendo o nível de 0,1%
para os lotes de sementes
de soja convencional. Isso
significa que as sementes
de soja não poderão ter teores maiores que 0,1% de
transgeníase. Quanto aos
produtores alegarem que
estes testes influenciam
na comercialização entre
os estados, isto não ocorre, pois todos os produtores de sementes sofrem
as mesmas fiscalizações,
tanto os que produzem
sementes no Estado quanto os que comercializam
sementes no Estado. Esta
nova resolução não afeta
os produtores de grãos,
pois se trata somente da
produção de sementes
de soja, e o que o Estado
procura garantir com esta
resolução é que a semente
que vai ser plantada não
possua contaminação com
transgeníase superior ao
que é permitido pela lei de
comercialização de grãos.
Como podemos comercializar um produto, que em
seu conteúdo existem outros produtos? A questão
de quantidade mínima
auxilia na responsabilidade na comercialização
de grãos para o exterior, e
também internamente na
fabricação de alimentos à
base de soja e que no rótulo acabará não constando - alimento com produto
geneticamente modificado. Tanto um lado ou outro
da produção e do consumo
tem que ter a liberdade
de escolha do que quer ou
não consumir.
AgroRede - Em 2008,
o senhor acredita que
pode ocorrer uma maior
diversificação de culturas
em nossa região?
Abelin - O ParaAbelin - Esta resolução simplesmente implan-
ná possui 87% de propriedades familiares,
e na região de Londrina também estamos
dentro destes índices,
portanto o espaço é
visível. Não podemos
depender do binômio
“soja e milho”, nossas
metas são específicas
para diversificação, e
ela está ocorrendo rapidamente, temos nossas cooperativas como
a Corol, a Integrada e
a Coofercatu investindo na diversificação.
A Corol de forma mais
adiantada, pois já inclui em seu processo a
laranja, a uva, o café,
o leite, a cana e outras
atividades. A Integrada
pretende já em 2008 a
construção de um pólo
industrial de sucos.
Isto apenas falando
nas cooperativas, mas
o trabalho integrado
com a Sociedade Rural do Paraná, as Associações de Produtores
e os Sindicatos Rurais
tanto dos trabalhadores como os Patronais
e também a iniciativa
privada dão mostras
que o certo é diversificar. Temos o plano de
revitalização da cafeicultura, o programa do
leite, e os programas
da fruticultura, das
carnes nobres, tanto de
bovinos, suínos, caprinos e ovinos e também
as aves. Continuaremos
atuando, como geração
e verticalização das propriedades com turismo
rural, a agroindústria
familiar, a aqüicultura,
tanto de peixes de água
doce, como no litoral.
Finalizando, temos que
conscientizar que o trabalho de diversificação impede que “tomemos sustos”
de mercado, de câmbio e
de outros fatores, e que a
propriedade diversificada
mantém a família, o trabalho e a dignidade.
8
janeiro de 2008
Suinocultura - A coleta de dados abrangeu oito estados que são considerados os maiores fornecedores
Levantamento prevê aumento na produção
produção de
carne suína
industrial no Brasil deve
crescer 4,5% em 2008,
passando de 2.651 mil
toneladas em 2007, para
2.769 mil toneladas. O
levantamento foi efetuado com a metodologia de
previsão e acompanhamento sobre suinocultura
brasileira do Sistemático
da Produção de Abate de
Suínos (LSPS), através de
monitoramento do alojamento de matrizes, sua
produtividade e o peso
médio das carcaças.
O LSPS é resultado
de parceria, firmada em
2005, pela unidade de Suínos e Aves, da Embrapa,
vinculada ao Ministério
da Agricultura Pecuária
e Abastecimento (Mapa)
e a Associação Brasileira
de Indústrias Processadoras e Exportadoras de
Carne Suína (Abipecs).
A coleta de dados
é realizada sempre nos
meses de março, junho
e outubro de cada ano e
abrange os oito estados
maiores produtores de
suínos (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraná,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
“O levantamento leva
em consideração também as peculiaridades
regionais, a organização
da cadeia produtiva e a
intensidade tecnológica
do suinocultor”, explica
o pesquisador Marcelo
Miele, da Embrapa Suínos e Aves.
Metodologia
De acordo com Miele, os dados são obtidos
por meio de reuniões com
associações estaduais de
suinocultores, sindicatos
estaduais das agroindústrias, cooperativas, órgãos
públicos, universidades
e outros segmentos da
cadeia produtiva, como
empresas de genética
animal e produtos veterinários. “Essas reuniões
servem para revisar os
números referentes à situação atual do mercado
e para estimar o compor-
Divulgação
A
tamento da produção de
suínos para o próximo
ano”, completou.
Para conhecer os
dados atualizados do
levantamento
basta
acessar o website: www.
cnpsa.embrapa.br
Da Redação
Aurora inaugura centro logístico na grande Curitiba
A Cooperativa Central Oeste Catarinense
(Aurora Alimentos) um dos maiores grupos
agroindustriais do país
– inaugurou no final de
dezembro, um amplo e
moderno Centro Logístico de Distribuição e
Armazenagem na Região Metropolitana de
Curitiba. O novo estabelecimento foi construído
no quilômetro 620 da
rodovia federal BR-376,
no município de São
José dos Pinhais. O empreendimento resultou
de acordo que a Aurora
firmou em janeiro com
a Espaçofrio Armazena-
gem Frigorífica Ltda.,
que investiu cerca de R$
40 milhões para construir o CL e alugá-lo, por
dez anos, à Aurora.
O novo Centro Logístico está estrategicamente próximo dos portos
paranaenses de Antonina
(80 km) e Paranaguá (100
km) e dos portos catarinenses de São Francisco do Sul (180 km) e de
Itajaí (192 km). O Centro
Logístico ocupa um terreno de 100 mil metros
quadrados, e conta com
escritórios,
armazéns,
câmaras frias, salas para
treinamento, setor comercial, área de segurança do
trabalho, enfermagem,
restaurante e vestiários,
repouso de motoristas,
portaria e balança para
100 toneladas. O CL gerou cerca de 160 novos
empregos diretos.
Armazenagem
Utilizando a mais
moderna tecnologia do setor, o CL tem capacidade
total de armazenagem de
aproximadamente 15.000
toneladas (o que equivale
a 16.126 posições paletes),
sendo 11.000 toneladas de
congelados e 4.000 toneladas de resfriados. Dessa
capacidade, 4.500 toneladas são destinadas ao
mercado externo e 10.500
toneladas ao doméstico. O
pátio de estacionamento
e manobra de caminhões
tem 14.000 metros quadrados de área.
A Aurora mantém
desde julho de 2005 uma
unidade própria de vendas na grande Curitiba,
funcionando no município de Colombo, onde
emprega 35 pessoas. A
Cooperativa l obteve R$
1,9 bilhão de receita operacional bruta em 2006
e fecha 2007 com R$ 2,2
bilhões, consolidando-se
como uma das maiores
expressões do cooperativismo brasileiro e
ocupa vitoriosa posição
entre os maiores grupos
agroindustriais do país.
Com sede em Chapecó,
a Aurora reúne 17 cooperativas
singulares
que, no conjunto, representam cerca de 77,5 mil
produtores rurais. Oferece um mix superior a
700 produtos, entre carnes de aves e suínos, lácteos e pizzas, e registra
crescente participação
no mercado nacional.
Agroindústria
O complexo agroindustrial Coopercentral
Aurora é constituído por
três unidades industriais
de aves (duas próprias,
uma arrendada), oito
unidades industriais de
suínos (seis próprias,
duas arrendadas), uma
indústria de lácteos em
fase de montagem, quatro fábricas de rações
(duas próprias, duas arrendadas), três incubatórios (um próprio, dois
arrendados), três unidades armazenadoras de
grãos, três granjas matrizes de aves (duas próprias, uma arrendada),
três granjas de melhoramento genético de suínos, 32 distribuidores,
45.000 clientes e mais de
10.000 colaboradores.
Ovinos/caprinos
A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), unidade da
Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento lançou
em Ponta Porá/MS, o Arranjo Produtivo Local
(APL) de Ovinocultura,
que chega para fortalecer e estruturar esta
cadeia produtiva como
mais uma alternativa
para pecuária na produção de carne.
O projeto, financiado pelo Ministério
de Integração Nacional
com contrapartida do
Governo do Estado de
Mato Grosso do Sul, tem
a parceria da prefeitura
de Ponta Porã, Sebrae,
Senar, Seprotur, Agraer,
Uniderp, Câmara Setorial de Ovinocaprinocultura, associação de
produtores de ovinos de
Ponta Porã e outras instituições.
Manual
As ações do APL envolvem a implantação do
Centro Experimental de
Ovinocultura do Estado
e do Centro de Capacitação de mão-de-obra rural
destinada à atividade; e
a elaboração do Manual
de Boas Práticas na Ovinocultura e do Programa
de Assistência Técnica
e Extensão Rural para
Agricultores Familiares
e Assentados da Região.
O Centro de Pesquisa e de Capacitação
será equipado com alojamentos, salas de aulas,
refeitório, laboratório,
centro de manejo e galpões, áreas de piquetes
e pastagens e 300 matrizes e 15 reprodutores,
divididos na área de 50
hectares no campo experimental da Embrapa
em Ponta Porã.
O
projeto
terá
abrangência na região
de fronteiras, compreendida pelos municípios de
Bela Vista, Ponta Porã,
Dourados, Caracol, Antônio João, Aral Moreira, Amambai, Caarapó
e Laguna Carapã e “ao
agregar valor ao sistema
produtivo das propriedades, onde a atividade
já é explorada ou em
pequenas áreas buscase gerar renda e sustentabilidade e promover
a fixação do homem no
campo. São alternativas,
economicamente,
viáveis e que precisam ser
desenvolvidas”, afirma o
Divulgação
Projeto de ovinocultura é lançado
na região de fronteira de MS
chefe-geral da Embrapa
em Dourados, Mário Artemio Urchei.
Potencial
Segundo a coordenadora do Sebrae na
cidade, Dixie Croskey,
a construção do Centro
vai despertar os produtores, levando-os a acreditar no potencial da
cadeia produtiva. “Iremos disponibilizar ferramentas que possam
viabilizar a atividade
empresarial, auxiliando
o criador a obter lucros
com a ovinocultura. Há
oportunidade para abastecermos os mercados
internos e externos”,
valoriza Dixie.
“O projeto prevê
ainda uma unidade móvel laboratorial de assistência técnica para atender ao produtor”, revela
o coordenador de apoio
institucional do Governo do Estado, Antônio
Souza Oliveira. “Essa
atividade, dentro da formatação prevista, pensando no consumidor
final, faz com que tenha
sucesso, melhorando a
vida dos produtores e
modificando a estrutura
econômica de cada município
participante”,
comemora Oliveira.
Londrina será sede de
evento nacional sobre
assistência técnica
O Parque Governador Ney Braga, sede da
Sociedade Rural do Paraná (SRP), em Londrina,
será o centro das discussões sobre as mudanças
tecnológicas, sociais e
econômicas no setor do
agronegócio. O debate será no 4º Congresso
Brasileiro de Assistência
Técnica e Extensão Rural (ConBATER), de 13
a 15 de maio de 2008. O
público-alvo são os profissionais e estudantes da
área, como engenheiros
agrônomos, veterinários,
zootecnistas, engenheiros florestais e economistas domésticos.
A meta é discutir a
realidade da Assistência
Técnica e da Extensão
Rural hoje no País, atividade desenvolvida tanto
pelo setor público quanto
pelo privado, através de
instituições como as cooperativas. O evento visa
também fomentar o aprimoramento no setor agrário brasileiro, no contexto
de atuação do profissional de Assistência Técnica e Extensão Rural.
Prazo
O prazo para o envio
de trabalhos se estende
até 15 de fevereiro de
2008. O tema escolhido
para o 4º ConBATER é
“Reconversão da Agricultura: Busca de Novos
Modelos.” De acordo
com Florindo Dalberto,
presidente da Associação dos Engenheiros
Agrônomos de Londrina, entidade promotora
do evento em conjunto
com a Federação dos Engenheiros Agrônomos
do Paraná, os trabalhos
vão mostrar casos de sucesso na transformação
da atividade.
“A reconversão da
agricultura consiste na
transformação da agricultura de subsistência na
agricultura de mercado, a
mudança de um sistema
de baixo para outro de alto
nível tecnológico. Sempre
sob a perspectiva dos profissionais da assistência
técnica e da extensão rural”, explica Dalberto.
O congresso conta
com apoio da Sociedade Rural e do Londrina
Convention & Visitors
Bureau, entre outras
instituições ligadas ao
setor. Mais informações
sobre o evento podem
ser obtidas no site www.
aea-ld.com.br/conbater/ ou pelo telefone
(43) 3025-5223.
9
janeiro de 2008
Fruticultura - A cultivar é adaptada para o plantio nas regiões centro-norte e sul do Paraná
Iapar apresenta nova macieira para climas quentes
De acordo com o
pesquisador, IPR Julieta
tem como principal objetivo servir de polinizadora para a variedade IAPAR 75-Eva, lançada em
1999 e atualmente disseminada em zonas produtoras do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas
Gerais e até Bahia.
Características
IPR Julieta exige
acúmulo de 300 a 450
unidades de frio para a
quebra natural de dormência (os pesquisadores chamam de unidade de frio o número
de horas abaixo de sete
graus). Para uma idéia,
a variedade Gala, das
mais plantadas, necessita de 1.200 horas.
A nova cultivar é
adaptada para plantio nas regiões centronorte e sul do Paraná,
em propriedades onde
o inverno não oferece frio suficiente para
viabilizar a produção.
Em avaliações da pesquisa, também vem
apresentando bom desempenho nas regiões
sul e sudeste do País,
em áreas com essas
mesmas condições de
horas frias. No aspecto
doenças, IPR Julieta é
resistente à mancha-foliar-da-macieira e sofre
pouco ataque de oídio,
O estado de Sergipe foi reconhecido como
área livre da praga Sigatoka Negra, conforme
a Instrução Normativa
nº 43, da Secretaria de
Defesa
Agropecuária
(SDA) do Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa),
publicada no Diário Oficial da União (DOU), no
final de dezembro.
O trânsito de plantas e partes de plantas
de bananeira e de helicônias do estado de
Sergipe para qualquer
unidade federativa do
Brasil está liberado. É
importante observar que
o deslocamento de bananeiras e helicônias deve
seguir as regras constantes na IN de 17 de maio
de 2005, que diz: “nas
unidades da federação
onde a praga não foi detectada, deverá ser comprovada a condição de
Divulgação
Sergipe ganha status de área
livre de Sigatoka Negra
Banana sergipana está liberada em todo território nacional
Área Livre da Sigatoka
Negra ao Departamento de Sanidade Vegetal
(DSV)” do Mapa.
Para o estado de
Sergipe manter a condição de área livre da
praga, o órgão estadual
de Defesa Vegetal fará
o levantamento e as
inspeções nas propriedades rurais sem fins
lucrativos e nas zonas
urbanas, a cada três meses. Além disso, a fisca-
lização estadual deverá
supervisionar todos os
setores envolvidos no
processo de certificação, de forma a garantir
a realização de todos os
levantamentos e medidas fitossanitárias.
A Sigatoka Negra
é causada pelo fungo
Mycosphaerella fijiensis, que provoca a queda
na produtividade da produção de banana do tipo
prata e nanicão.
Delegação brasileira visitará
a maior feira de frutas
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha
levará
uma delegação de 52
empresários, produtores rurais e representantes de cooperativas
à maior feira do mercado de frutas do mundo,
a Fruit Logística 2008,
que acontecerá em Berlim entre o periodo de
7 e 9 de fevereiro.
Os interessados em
adquirir ingressos para
visitar a feira já podem
comprá-los com desconto. Bastam entrar em
contato pelo seguinte
endereço
eletrônico:
[email protected]
ou telefone: (11) 51875213.
Além de frutas
frescas e secas, a feira abrange os mercados de hortaliças,
nozes, produtos ecológicos, prestação de
serviços, transporte e
técnicas de armazenagem. Vegetais como o
gengibre e o inhame
também são bastante
procurados.
Expectativa
O Instituto Brasileiro de Frutas (IBRAF),
entidade organizadora
do pavilhão brasileiro
na Fruit Logística, levou
46 empresas brasileiras,
entre elas duas cooperativas e produtores rurais, à edição de 2007,
com o apoio da Câmara
Brasil-Alemanha.
Pelo menos 43 mil
visitantes de quase 100
países participaram do
evento no ano passado.
De acordo com Valeska
de Oliveira, gerenteexecutiva do Instituto
Brasileiro, foram gerados US$ 27,9 milhões
em negócios durante
a feira, quase 12 vezes
mais em relação à edi-
ção anterior, ocorrida
em 2006, quando o total negociado pelos 44
expositores foi de US$
2,4 milhões.
“Até fevereiro de
2008, ou um ano após
a realização da última
feira, a estimativa é
que as empresas participantes fechem negócios no valor de US$
28,8 milhões. Serão ótimos resultados”, comemora Valeska.
A expectativa do
Instituto Brasileiro de
Frutas, em 2008, é gerar
pelo menos 10% mais
negócios em relação ao
ano anterior.
Com o tema “Brasil - Um País de Vários
Sabores”, o pavilhão
brasileiro dará destaque à diversidade de
frutas e vegetais, com
degustações de cremes
de papaya, manga e
caipirinhas.
sarna e ácaros, conforme Hauagge.
Florescimento
O florescimento de
IPR Julieta ocorre de
três a cinco dias depois
da cultivar IAPAR 75Eva. Precoce, leva cerca
de 112 dias do florescimento à colheita nas
condições do centrosul do Paraná, onde dá
frutos de meados de
dezembro a meados de
janeiro. São maçãs de
bom aspecto comercial,
com tamanho médio
acima de 150 gramas e
sabor doce, levemente
acidulado. A produtividade pode superar 35
toneladas por hectare.
Divulgação
A
variedade de
maçã IPR Julieta é a mais nova conquista do programa de
pesquisa em fruticultura do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
Seu grande diferencial
é a menor exigência em
frio, se comparada com
outras cultivares disponíveis no mercado. “A
macieira é uma planta
de clima temperado, e
necessita um certo número de dias com baixa temperatura para
florescimento e produção de frutos”, explica
o pesquisador Roberto
Hauagge, que trabalhou
no desenvolvimento do
novo material.
Nova variedade exige de 300 a 450 unidades de frio
IPR Julieta será lançada oficialmente no primeiro semestre deste ano,
mas o Iapar já conta com
material de divulgação à
disposição dos produtores.
Interessados devem entrar
em contato com o pesquisador Roberto Hauagge,
na unidade do Iapar em
Curitiba, pelo telefone
(41) 3356-7349 ou e-mail
[email protected].
Da Redação
Centro Paranaense de Agroecologia
cria estufa 10 vezes mais barata
A primeira estufa
de bambu para o cultivo de hortaliças, inédita
no País, foi apresentada pelo Centro Paranaense de Referência em
Agroecologia (CPRA) ao
governador do Paraná,
Roberto Requião. Entusiasmado com o projeto,
o governador anunciou
a possibilidade de levar
essa tecnologia, de baixo custo e sem impacto
ambiental, para as pequenas propriedades da
agricultura familiar em
todo o Paraná. “Em dois
ou três anos, essa tecnologia deverá estar acessível no Paraná inteiro”,
afirmou Requião.
A estrutura da nova
estufa terá um custo de
10% do valor da convencional, com estrutura de
PVC ou metálica. Enquanto uma estufa convencional, de cerca 84 metros
quadrados custa cerca
de R$ 8 mil, a estufa de
bambu fica em R$ 800,00,
incluindo o plástico, informou Airton Brisolla, diretor-presidente do CPRA.
Avanços
Os secretários da
Agricultura, Valter Bianchini, e do Meio Ambiente,
Rasca Rodrigues, ressaltaram o avanço do Paraná com essa tecnologia.
Para Bianchini, a estufa
de bambu vai possibilitar
à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento
(Seab) atingir mais rápido
sua meta, que é a de transformar o Estado no maior
produtor de alimentos orgânicos do País.
A estufa de bambu
foi desenvolvida pelo professor e especialista paraguaio Guilhermo Gayo,
com a contribuição dos
alunos dos 17 colégios
agrícolas de todo o Estado. “Ela foi apresentada
ao governador Requião
e aos secretários como
exemplo de bioconstrução
e representa uma tecnologia inédita no País”, destacou o diretor do órgão
Filipe Fahrart.
Com essa tecnologia,
o Paraná avança na prática da agricultura orgânica e do desenvolvimento
sustentável, disse Bianchini. Para o secretário,
a utilização do bambu,
um insumo disponível na
propriedade, é uma das
principais características
da agricultura moderna
e agroecológica, onde os
insumos devem ser reci-
clados pelo próprio produtor.
Tecnologia Inovadora
Segundo Bianchini,
dos 4.800 agricultores orgânicos no Paraná, “cerca
de dois mil produtores, que
cultivam hortaliças e frutas, serão beneficiados com
essa tecnologia”, prevê.
Para o secretário
Rasca, o produtor tem
que fazer sua opção. “Se
quiser agregar valor à sua
produção e manter conservado o meio ambiente,
ele precisa aderir a tecnologias inovadoras e acessíveis como essa estufa
com estrutura de bambu.
São soluções inteligentes,
que permitem a geração
de renda para o agricultor a custo baixo, mas que
também protege o meio
ambiente. É isso que precisamos”, destacou.
Para o produtor José
Luiz Araújo, esta estufa é
tão eficiente na proteção
dos cultivos de frutas, hortaliças e legumes quanto à
convencional. “Aqui cultivamos brócolis, repolho, couve
chinesa, abobrinha, pepino,
tudo orgânico e da melhor
qualidade, sem nenhuma
aplicação de produto químico”, disse o agricultor.
SECA, GRANIZO, GEADA.
QUANDO O CLIMA NÃO
ESTÁ AO SEU LADO...
...NÓS ESTAMOS
VERDE RURAL CORRETORA DE SEGUROS
(43) 3344-0888 - Rua Gago Coutinho, 281 - Jd. Caravelle
Londrina - PR - CEP 86039-190
[email protected] / www.verderural.com.br
10
janeiro de 2008
Avicultura - O programa de combate à entrada da gripe aviária no Pr envolve cerca de R$ 1,3 milhão
O
g ove r n a d o r
Roberto Requião entregou, no dia 20
de dezembro, 20 veículos
para atender a política
de sanidade na avicultura do Paraná. Além dos
veículos, foram entregues
mais 161 Equipamentos
de Proteção Individual
(EPIs) para atender a necessidade de proteção dos
técnicos que vão atuar no
Programa de Prevenção à
Infuenza Aviária.
Segundo o secretário Valter Bianchini,
a iniciativa é uma demonstração da prioridade que o governo
do Paraná está dando
a sanidade e defesa
agropecuária. O objetivo é garantir o acesso
a melhores mercados e
mais renda ao agricultor paranaense.
O apoio ao Programa de Prevenção à In-
fluenza Aviária envolve
R$ 1,3 milhão, sendo R$
600 mil do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento e o restante, em
contrapartida do governo do Paraná.
Investimentos
O governo do Paraná investiu, em 2007, R$
20 milhões na política de
sanidade e defesa agropecuária, dos quais 15%
foram destinados para a
avicultura, ou seja, cerca de R$ 3 milhões. Esses recursos financiam
o custeio, pagamento de
técnicos e manutenção
da estrutura de laboratórios. Além disso, o Paraná recebeu mais R$
4,7 milhões do governo
federal para reforçar a
política de sanidade, explicou Bianchini.
Parte dos recursos
para a avicultura foi
utilizada no georeferenciamento realizado
em 10.900 propriedades
com mais de 100 aves.
Com esse levantamento, é possível atender de
forma emergencial focos
da doença em qualquer
propriedade do Estado.
Além disso, o governo
está contratando 440 técnicos entre funcionários
aprovados em concursos
públicos realizados no Iapar, Emater e Seab, para
reforçar as equipes de
pesquisa, assistência técnica e atendimento aos
produtores rurais.
Proteção
Para Bianchini, a política de sanidade agropecuária está garantindo
proteção à avicultura do
Paraná que já se destaca
como principal estado
produtor e promete brigar também pela lideran-
Da relação de seis
frigoríficos impedidos de
fornecer carne de frango
in natura, no final do ano
passado, quatro foram liberados para a comercialização após cumprirem
as determinações do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) de respeitar ao
limite máximo de 6% de
absorção de água no frango. A medida foi anunciada pelo Departamento de
Inspeção de Produtos de
Origem Animal (Dipoa/
Mapa), que liberou a comercialização do frango
às empresas do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas
Gerais e Mato Grosso.
De acordo com o diretor do Dipoa/Mapa, Nelmon Oliveira da Costa,
as empresas cumpriram
as determinações da Lei
nº 7.889/89, do Código de
Defesa do Consumidor e
da Portaria nº 210/1998. A
legislação estabelece que
as empresas devem revisar seu Programa de Prevenção e Controle de Adição de Água aos Produtos,
com a descrição dos controles de qualidade executados, como prevenção
de fraudes econômicas.
Água no Frango
A água excedente
no frango é decorrente
Divulgação
Venda de frango em quatro
frigoríficos é liberada
do processo de resfriamento das carcaças e
deve estar em quantidade máxima de 6%, para
não lesar o consumidor
quanto ao peso total do
produto. Se uma empresa comercializa o frango
com adição de 16% de
líquido, por exemplo, o
consumidor perde 100
gramas em cada quilo
adquirido.
Antes da suspensão,
os estabelecimentos foram
advertidos e multados em
até R$ 25 mil por infração.
Na seqüência do processo,
o Mapa encaminhou os dados ao Ministério Público
para a instauração de procedimentos civis cabíveis.
Liberação
Após adotar as recomendações do Dipoa/Mapa de revisar
todos os processos de
controle de qualidade
em todos os lotes produzidos, o Serviço de
Inspeção Federal (SIF)
comprovou que os procedimentos
exigidos
pela legislação foram
integralmente cumpridos por quatro empresas que tiveram liberada a comercialização
de seus produtos.
Os frigoríficos liberados para a comercialização do frango
são: Eleva Alimentos S.A. – SIF 1449
– Rio Grande do Sul;
Anhambi
Alimentos
Oeste Ltda – SIF 1678
- Mato Grosso; Recanto do Sabiá Alimentos
Ltda – SIF 4044 - Minas Gerais; e Avenorte
Avícola Cianorte Ltda
– SIF 4232 – Paraná.
AEN/PR
Governo entrega equipamentos de prevenção
ça na exportação de carne de frango em 2008.
Ele destacou também outras políticas de
apoio à avicultura no
Estado como Programa
de Avicultura Noturna
(PAN) onde os aviculto-
res serão beneficiados
com 60% no desconto
da tarifa de energia
consumida nos aviários
durante a noite.
Os veículos serão
enviados aos 20 núcleos regionais da Seab
Produção de frango
crescerá 3,3% ao
ano até 2018
Copacol repassa R$ 3
milhões aos associados
A produção da carne de frango crescerá
3,3% ao ano até a safra
2017/2018, revela estudo
divulgado pelo ministro
da Agricultura, Reinhold
Stephanes. O levantamento prevê que, nesse
período, a produção de
carne bovina aumentará
2,5% ao ano e a suína,
1,86% ao ano.
Segundo o ministro, a carne de frango
é a mais consumida no
país atualmente, ficando em segundo lugar a
bovina e depois a carne suína. Ele se baseou
em dados da Pesquisa
de Orçamento Familiar,
do Instituo Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação às exportações, até 2017
a taxa de crescimento das exportações de
carne bovina será de
6,18% ao ano; a de suínos, 4,85%, e a de frango, 3,49% ao ano. As
exportações de carnes
em 2017/2018, no conjunto, estão projetadas
em 32,1 milhões de toneladas, podendo chegar a até 38,8 milhões
de toneladas, o que representa 45,5% a mais
que os 26 milhões de
toneladas exportados
na safra 2006/2007.
Depois de um ano
marcado por preços em
alta e crescimento na produção de grãos, os associados da Copacol têm um
motivo a mais para comemorar. Somando a antecipação de 50% das sobras
dos cereais, considerando
o movimento de cada cooperado durante 2007, e o
pagamento de 15 centavos
a mais aos avicultores por
cabeça de frango entregue
no último lote, a Copacol
irá repassar aos associados
R$ 3 milhões. A distribuição será feita conforme o
volume de produção.
O anúncio do repasse
de recursos foi feito pelo
presidente da Copacol,
Valter Pitol, durante Reunião Conjunta dos Comitês, realizada no dia 14
de dezembro, na Aercol
de Cafelândia. O evento,
que reuniu mais de 450
associados, contou com a
presença de integrantes
dos comitês singulares de
Cafelândia, Nova Aurora,
Jesuítas, Formosa do Oeste, da coordenação dos 21
Grupos Femininos e dos
quatro Grupos de Jovens
da Cooperativa.
Ano Positivo
Segundo Pitol, 2007
foi um ano bom em termos de produção e preços agrícolas. Outro fato
e estarão à disposição
para atender o deslocamento de técnicos
para o monitoramento,
controle e atendimento
emergencial de doenças na avicultura.
Da Redação
positivo foi a disposição
dos produtores em aplicar
ainda mais as tecnologias
repassadas pelas equipes
técnicas durante o ano em
dias de campo. O presidente lembra ainda que a
atividade avícola também
está fechando o ano com
bons resultados, apesar do
aumento significativo do
custo de produção frente
as principais matériasprimas utilizadas para a
fabricação de rações.
Valter Pitol destacou
ainda a obra do Abatedouro de peixes, que foi iniciada em 2007 para ser concluída em março de 2008.
Com a nova atividade, a
cooperativa permitirá que
os associados tenham mais
uma opção de trabalho em
sua propriedade.
Outro investimento
que será finalizado em
2008, será a duplicação da
UPL (Unidade de Produção de Leitões) que passará a produzir 5 mil leitões
por mês a partir de julho.
“Estes resultados satisfatórios ocorreram graças à
participação de todos os
associados e ao eficiente
trabalho de administração
realizado em conjunto pelos diretores. Mas não podemos deixar de pensar
nos desafios que teremos
que superar em 2008”, reforça o presidente.
Abimilho empossa nova diretoria para bienio 2008/09
A Associação Brasileira das Indústrias do
Milho (Abimilho) empossou sua nova diretoria em dezembro, para
conduzir os trabalhos
da entidade no biênio
2008-2009. “Vamos dar
continuidade ao esforço para conferir maior
visibilidade e peso político à entidade e investir em ações para
promover o aumento
do consumo humano de
derivados de milho”,
diz o novo presidente
da Abimilho, Nelson
Kowalski.
Uma das principais iniciativas da entidade para apoiar o
aumento do consumo
humano de derivados
de milho é a realização
do III Prêmio Abimilho
de Jornalismo, que vai
distribuir R$ 20.000,00
em premiações para as
melhores reportagens
publicadas sobre a utilização de milho e derivados no preparo de
alimentos.
Mais informações
sobro o prêmio podem
ser conferidas no site
da Abimilho: www.
abimilho.com.br.
Nova Diretoria
A nova diretoria é
composta pelos seguintes
representantes:
presidente - Nelson
Kowalski
(Kowalski
Alimentos); vice-presidente - César Borges
de Sousa (Caramuru
Alimentos); vice-presidente - Paulo Sérgio Guimarães Santos
(Gem Agroindustrial);
vice-presidente - José
Ronald Rocha (Nutrimilho Alimentos);
vice-presidente - Valdenício
Rodrigues
de Andrade (Roan
Alimentos); vice-pre-
sidente - Armando
Santos de Almeida
(Adram Indústria e
Comércio); primeirosecretário - Alberto
Conik Filho (National
Starch);
segundo-secretário - Wanderlei
Catelan (Gem Agroindustrial);
primeirotesoureiro - Valdeci
Sebastião
da
Cruz
(Adram Indústria e
Comércio); e segundotesoureiro - Wanderlei
Faganello (Caramuru
Alimentos).
O conselho técnicoeconômico é formado
por: Carlos André dos
Santos (Adram Indústria e Comércio); Rogério Silveira Cintra (Gem
Agroindustrial); João
Reginaldo
Kowalski
(Kowalski Alimentos);
Ângela Limeira (Asa
Indústria e Comércio);
e Sueli Strazzi (Caramuru Alimentos).
11
janeiro de 2008
Biocombustível - empreendimento no PR terá uma capacidade de produção de 113 milhões de litros por ano
A
Secretaria da
A g r i c u l t u ra
e do Abastecimento do
Paraná inicia em 2008 o
trabalho de organização
dos produtores rurais
da região Centro-Sul do
Estado para que possam
atender à demanda por
oleaginosas que será
gerada com a instalação
da usina de biodiesel da
Petrobrás no município
de Palmeira. “O Paraná
entra definitivamente
para a era do biodiesel com a instalação da
maior usina de processamento no País, conforme anúncio da Petrobrás”, disse o secretário
Valter Bianchini.
O desafio da Secretaria, segundo o secretário,
será promover a diversificação das pequenas
propriedades rurais, que
hoje dependem das culturas do fumo, soja e de
um pólo leiteiro que está
surgindo na região. “A
produção de oleaginosas
para fabricação de biodiesel representa mais
uma alternativa de renda
para os agricultores e ainda potencializa as opções
de culturas de inverno”,
observou Bianchini.
Conforme estimativas
do Departamento de Economia Rural (Deral), serão
cultivados cerca de 165
mil hectares com plantas
oleaginosas para atender
as necessidades da usina.
O projeto da Secretaria
prevê o envolvimento de
aproximadamente 20 mil
agricultores familiares na
região Centro-Sul.
cultores familiares, capacidade de produção de
matéria-prima pela Agricultura Familiar, logística
de transporte rodoviário e
ferroviário e proximidade
dos centros consumidores
de óleo diesel.
A Petrobrás está negociando com a Prefeitura de Palmeira a doação
de um terreno onde será
construída a primeira
usina de biodiesel de
grande porte no Estado,
que será a maior do País,
disse o engenheiro agrônomo do Deral, Richardson de Souza.
Investimentos
Protocolo
A estatal vai investir R$ 120 milhões
e terá uma capacidade de produção de 113
milhões de litros por
ano, devendo absorver
matéria-prima não só
de Palmeira, mas de
todos os municípios da
região Centro-Sul, que
A instalação da usina
de biodiesel no município
de Palmeira faz parte de
um protocolo de intenções
firmado entre a Petrobrás
e o governo do Paraná. A
escolha do município foi
da Petrobrás, em função
da concentração de agri-
Começou a vigorar,
no dia 1º de janeiro, a
mistura obrigatória de
2% de biodiesel ao diesel mineral (B-2). Para
garantir as metas do
governo, “teremos que
avançar na organização
dos produtores rurais
e estimular o aumento
da oferta de matériasprimas para garantir o
abastecimento do setor industrial a preços
competitivos”, diz o secretário de Produção e
Agroenergia (SPAE), do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel
Bertone.
Ele explica que a
adoção de políticas públicas voltadas para o
incremento da oferta
dessas matérias-primas,
em uma ação articulada
com o setor industrial,
deverá contribuir para a
consolidação do biodiesel na matriz energética
nacional, com geração
de emprego e renda aos
pequenos produtores.
De acordo com o diretor de Cana-de-Açúcar
e Agroenergia da SPAE,
Alexandre Strapasson,
para subsidiar os investimentos na produção
de matérias-primas para
o biodiesel, o Mapa está
investindo no zoneamento de risco climático,
identificando o potencial de cada região para
a produção de oleaginosas. “Foram publicados
estudos para o algodão,
amendoim, dendê, giras-
Divulgação
Mistura obrigatória de biodiesel começa a vigorar
sol, mamona e soja”, informa. Strapasson acrescenta que o Ministério,
por meio da Embrapa,
tem investido fortemente na pesquisa agrícola
de culturas de oleaginosas para a produção de
biodiesel.
Divulgação
Usina de biodiesel vai beneficiar 20 mil agricultores
Canola é uma das opções para a produção de óleos vegetais na região Centro-Sul
é típica da Agricultura Familiar e que concentra um baixo Índice
de
Desenvolvimento
Humano (IDH). “Um
empreendimento desse porte traz também
a oportunidade para a
região produzir duas
safras, de inverno e
verão, que proporcio-
narão mais renda aos
agricultores”, destacou
o secretário Bianchini.
Para o trabalho de
organização dos agricultores familiares, a Secretaria da Agricultura
vai recorrer ao Instituto
Agronômico do Paraná (Iapar) e ao Instituto Emater de Extensão
Produtores
aderem ao plantio
de mamona
3º Curso de Especialização no Setor
Sucroalcooleiro será em Brasília
Mais de 500 agricultores familiares no Paraná
estão aderindo ao plantio
de mamona na safra 07/08
para produção de biodiesel. Nos contratos, firmados com a Brasil Ecodiesel, deverão ser ocupados
724 hectares com mamona, com plantios concentrados nas regiões Norte e
Central do Estado.
A empresa oferece
garantia de pagamento
de R$ 0,75 o quilo de
mamona, preço considerado bom porque cobre
os custos de produção,
disse o técnico. A empresa também se responsabiliza pelo fornecimento
de sementes e assistência técnica.
O setor que mais
cresce no agronegócio
brasileiro terá neste ano
a 3ª edição do curso de
especialização com módulo específico para profissionais da área, que
ocorrerá em Brasília/DF.
“Investimento, Planejamento e Gestão no
Complexo
Agroindustrial Sucroalcooleiro” é
a terceira turma do curso de especialização, desenvolvido pelo Pecege
(Programa de Educação
Continuada em Economia e Gestão de Agronegócio), da Esalq/USP. As
inscrições foram abertas
em dezembro de 2007 e o
início das aulas está previsto para maio de 2008.
O conteúdo trans-
Rural. Esses órgãos irão
orientar tecnicamente
os agricultores na opção
pelo cultivo de oleaginosas como soja, girassol,
canola, nabo forrageiro,
mamona e amendoim,
que se adaptam às condições de clima e solo da
região Centro-Sul.
Da Redação
mitido integra as áreas
agrícola, industrial e administrativa do setor sucroalcooleiro, abordando
as variáveis que influenciam os principais índices
técnicos dos setores agrícolas e industriais e como
eles interferem na rentabilidade da usina.
O curso é certificado
pela Esalq/USP e ministrado por professoresdoutores desta Universidade e de outras unidades
da USP, além de profissionais de renomada experiência no setor privado.
Mais
informações:
Pecege/Esalq/USP – Piracicaba/SP, pelo telefone:
(19) 3429-8857 - com Érica/
Mariana/Eloísa, ou pelo email: [email protected]
12
janeiro de 2008
informe publicitário
O
dia 13 de dezembro de 2007
entrou para a história da
concessionária Toyopar Jabur. Foi nesta data que a
empresa recebeu a certificação TSM - Marketing de
Serviços ao Cliente Toyota,
prêmio que atesta a máxima qualidade em serviços
de pós-venda. A solenidade
de certificação aconteceu
na própria Toyopar, que preparou a recepção dos membros da Toyota e reuniu todos os seus funcionários. A
Toyota - maior montadora
do mundo - inaugurou o
programa TSM em 2002 e,
desde então, criou um grande sentimento de disputa
entre os 123 distribuidores
do Brasil. Para uma oficina
candidatar-se ao prêmio, é
necessária uma total reformulação da configuração
dos processos de trabalho,
mudança essa que dura meses e passa pela diretoria e
por todos os funcionários.
Os analistas do programa
TSM avaliam a concessionária nos critérios Atendimento, Organização, Meio
Ambiente, Segurança no
Trabalho, além de exigir Instalações adequadas e com
capacidade para oferecer
ao cliente um atendimento
diferenciado, inclusive com
horários pré estabelecidos
para recepção e entrega dos
veículos. O “check-list”da
qualidade possui um total
de 1.060 pontos.
Dos 123, apenas 39 autorizados no Brasil conquistaram o selo TSM. E agora,
com 1.000 pontos na avaliação, no momento em que
completa 15 anos a Toyopar
une-se a este seleto grupo.
“A certificação assegura que estamos no rumo certo para atingir a excelência
no atendimento aos nossos
clientes, ao mesmo tempo
em que nos impulsiona a
melhorar a cada dia, com a
pratica da melhoria contínua”, declara Maria Cristina Ibraim Jabur, presidente
da Toyopar Jabur.
Divulgação
TOYOPAR JABUR É PREMIADA PELA TOYOTA
Rede News
Evento - Feira realizada pela Coopavel vai apresentar projetos de diversos segmentos da cadeia produtiva
“Show Rural 2008 da
Coopavel é uma escola a
céu aberto para os agricultores familiares”, garante
o engenheiro agrônomo
Renato Jasper da Emater
de Cascavel, instituto estadual vinculado à SEAB/
PR, destacando que a mobilização dos técnicos da
região nos preparativos é
intensa e a organização
dos agricultores familiares
para conhecerem as novidades já está acontecendo,
especialmente entre os pequenos produtores rurais.
Um deles é visitante
de carteirinha, o Primo
Fontanela, 54 anos, do
Bairro Paróquia Jardim
Itália, que já colocou em
prática no seu sítio de 17
hectares os conhecimentos observados na edição
retrasada do evento. Ele
plantou meio hectare de
uva rústica em 2006, fez
enxertia em 2007 e em
2008 colhe a primeira
safra de dois mil quilos.
A outra visita muito
esperada é a da família do
pequeno produtor de leite, Paulo Suskievitz e sua
esposa Ana, da Linha Scanagatta, que nunca pas-
sou pelo evento. Agora,
tomou gosto e está se articulando com a vizinhança,
e tem esperança de trazer
novidades para melhorar
a atual lida das 32 vacas
leiteiras e quem sabe aumentar bem a produção
diária dos atuais 10 litros
de leite por animal.
Estes dois produtores
rurais fazem parte do perfil dos 120 mil visitantes
esperados pela Emater
durante o período de 28
de janeiro a 1º de fevereiro. E para encantá-los, os
atrativos estão sendo preparados criteriosamente,
baseados nas oportunidades de melhoria da renda
e da ocupação da família
rural. São 80 extensionistas e parceiros envolvidos
para atenderem as expectativas tecnológicas do
público durante os cinco
dias de participação no
Show Rural.
Cadeias Regionais
O foco da participação
do Emater no Show Rural
2008 da Coopavel utiliza
como estratégia facilitadora a abordagem territorial,
mostrando que o desenvol-
vimento rural sustentável
passa pela integração dos
municípios e de parceiros, comprometidos com
a inclusão social, o fortalecimento das economias
locais e a recuperação e
preservação dos recursos
naturais, destaca Jasper.
O público alvo desse
trabalho de difusão tecnológica é o agricultor
familiar, seja ele pequeno produtor, trabalhador
rural, meeiro, parceiro
e assentado, que terá a
oportunidade de se organizar em excursões municipais e conhecer, em
detalhes técnicos, as três
principais cadeias da
agropecuária regional.
Pecuária de Leite
Na do leite, assegura
o extensionista Jasper, serão mostradas a produção
à pasto; a transformação
do leite em produtos de
qualidade da agroindustrial familiar, que também serão expostos prontos para comercialização
e consumo; a implantação
do sistema silvipastoril,
que tem como meta o
plantio de árvores dan-
Emater/PR
Show Rural 2008 atrai milhares de produtores rurais
Unidades dirigidas aos pequenos produtores são uma das principais atrações do evento
do conforto térmico aos
animais e melhorando a
produtividade da carne e
do leite; os procedimentos
corretos de ordenha, da
análise até o tratamento
de efluentes.
As cadeias produtivas da fruticultura e da
olericultura ganham destaque, com apresentação
da vitivinicultura, desde
a formação e condução do
parreiral da uva, enxertia,
controles de pragas, embalagem, classificação e
passando pela elaboração
de suco e vinho. Tomate,
pepino e vagem em produção também são mostrados nos seus sistemas
de cultivo a céu aberto, em
estufas, limpeza e processamento, agroindustrialização familiar, rotulagem
e comercialização.
A Emater participa
do Show Rural da Coopavel desde 1995. Hoje
ocupa uma área de 30
mil metros quadrados.
Para Jasper, essa edição
de 2008, baseada no mote
Agricultura Familiar – Desenvolvimento Sustentável e Segurança Alimentar,
vai agradar sobremaneira
os visitantes, “porque será
uma exposição diferente,
e começa com a demonstração de mudança da
matriz tecnológica, onde
buscamos mostrar menor
dependência de capital
intensivo e adequado as
reais condições do agricultor familiar”.
Da Redação
Bayer apresenta limpador Comanche vai investir
Merial adquire o laboratório
e desinfetante
US$ 14 milhões na Bahia veterinário Ancare
A Bayer HealthCare
lançou, no final do ano
passado, os novos produtos do Programa de Biossegurança da empresa
para o mercado de aves
e suínos: o limpador Cleanagol e o desinfetante
Delegol.
Delegol é um desinfetante que possui
amplo espectro de atividades contra os microorganismos. É indicado
como desinfetante geral,
para uso em pedilúvios
e rodolúvios, e desinfecção de caminhões, equipamentos e instalações.
Permite que concentrações mais baixas sejam
utilizadas, diminuindo
o potencial tóxico, mas
com poder de eficácia
muito mais elevado.
Cleanagol é um limpador de uso geral de
última geração, capaz
de remover as sujidades
impregnadas em caminhões, equipamentos e
instalações, como estruturas de concreto e metálicas, pisos, beirais dos
galpões, plásticos, chapas
galvanizadas, emborrachados dos sistemas de ar,
exaustão e cortinas, entre
outros. Possui um amplo
poder de limpeza através
da quebra da tensão superficial da água, o que
possibilita a formação e
remoção das micelas de
forma rápida e eficiente.
Ambos os produtos
são biodegradáveis e
de base aquosa, o que
garante a segurança do
meio ambiente.
O grupo Comanche
Clean Energy, produtora de biocombustíves de
capital norte-americano,
vai ampliar os investimentos no Estado da
Bahia. Serão investidos
US$ 14 milhões para a
expansão da planta de
biodiesel do grupo, localizada no município
de Simões Filho, para a
aquisição de novas áreas
de plantio no interior do
Estado e também para
incentivar a agricultura
familiar - uma das principais fontes de insumos
da usina.
“A Bahia oferece
uma série de vantagens
para a produção de biocombustíveis.
Nossa
planta tem uma localização estratégica, com uma
boa logística de transportes. Além disso, há
diversidade de matériaprima, proveniente tanto
do agronegócio quanto
da agricultura familiar.
Para finalizar, há no Estado áreas com elevado
potencial para o desenvolvimento de novas culturas”, afirma João Pesciotto, vice-presidente de
Novos Negócios do grupo
Comanche.
Cerca de US$ 4 milhões serão utilizados
para a implementação
de uma nova unidade reacional na usina, que foi
adquirida pela Comanche em abril de 2007. A
planta terá capacidade
de produção de 100 milhões de litros de biodiesel ao ano.
A Merial, uma das
líderes mundiais em
produtos para saúde
animal, com faturamento global de US$
2,2 bilhões e atuação
em mais de 150 países,
anuncia a aquisição do
laboratório veterinário
neozelandês Ancare.
O negócio inclui
todas as operações comerciais e industriais
da empresa na Austrália e Nova Zelândia,
onde ocupa posição de
destaque, especialmente nos segmentos de
antiparasitários para
animais de produção e
forte tradição em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos.
Com a operação,
a Merial fortalece sua
liderança mundial em
saúde animal e, especialmente, suas operações na Austrália e
Nova Zelândia, importantes centros de produção de carne e leite,
respectivamente.
Nestes países, a
marca Ancare tem importante linha de produtos para pecuária,
ovinocultura, caprinocultura e pequenos animais. Esses produtos
são, agora, incorporados pela Merial. Eles
conservarão as marcas
originais, ao menos na
Oceania, e devem ser
distribuídos para outros mercados onde a
Merial atua, inclusive
nos grandes centros da
América Latina.