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Um celeiro de informações para o homem do campo! www.agroredenoticias.com.br Nº 2, Ano 1 - janeiro de 2008 carnes – Projeto tem, entre os objetivos, atender o mercado internacional Pecuaristas de Guarapuava criam Cooperativa Divulgação Pecuaristas da região de Guarapuava criaram em assembléia realizada no mês de dezembro de 2007, na cidade de Guarapuava/PR, a 5ª cooperativa de carnes nobres do Estado, a Cooperaliança. Antes, os agropecuaristas estavam organizados por uma aliança mercadológica. Durante a assembléia foi aprovado o estatuto da Cooperaliança e escolhida a primeira diretoria. O pecuarista Êdio Sander foi eleito presidente para o período de três anos. Pág. 6. Projeto de ovinocultura é lançado no MS A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou em Ponta Porá/MS, o Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocultura, que chega para fortalecer e estruturar a cadeia produtiva naquela região do Estado. Pág. 8. O Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná - em Londrina, Gil Abelin, fala ao AgroRede Notícias quais são as perspectivas em 2008 para a atividade agropecuária na região e avalia o desempenho do setor no último ano. Pág. 7. A variedade de maçã IPR Julieta é a mais nova conquista do programa de pesquisa em fruticultura do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Seu grande diferencial é a menor exigência em frio, se comparada com outras cultivares disponíveis no mercado, aponta pesquisadores da instituição paranaense. Pág. 9. A Cocamar anuncia investimentos de R$ 35 milhões em um projeto de co-geração de energia elétrica que deverá estar funcionando em 2009. Segundo informou o superintendente Comercial e Industrial, Celso Carlos dos Santos Júnior, a Cocamar - considerada “consumidora livre” por parte da Copel - condição que lhe permite adquirir energia elétrica de qualquer fonte - planeja implantar uma termoelétrica em seu parque industrial, situado em Maringá. Pág 3. Usina de biodiesel vai beneficiar 20 mil produtores rurais A SEAB-PR inicia em 2008 o trabalho de organização dos produtores rurais da região Centro-Sul do Estado para que possam atender à demanda por oleaginosas que será gerada com a instalação da usina de biodiesel da Petrobrás no município de Palmeira. Pág. 11. Divulgação Divulgação Centro Integrado vai reunir dados sobre a qualidade do leite Divulgação Cocamar vai investir R$ 35 milhões na co-geração de energia elétrica Iapar apresenta nova macieira para climas quentes A população brasileira terá mais um canal de comunicação com o governo federal para o acesso a informações sobre a qualidade do leite produzido e comercializado no país: o Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali–Leite). Pág. 5. Ana Luisa Vazzi Chefe do Núcleo da SEAB em Londrina faz avaliação do setor agropecuário Frango: Frigoríficos obtém liberação Show Rural quer atrair milhares de produtores rurais Quatro frigoríficos foram liberados para a comercialização após cumprirem as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de respeitar ao limite máximo de 6% de absorção de água no frango. Pág. 10. Evento técnico será promovido pela Cooperativa Coopavel em Cascavel/PR. Cerca de 120 mil visitantes são esperados pela equipe da Emater durante o período de 28 de janeiro a 1º de fevereiro. Pág. 12. 2 janeiro de 2008 Opinião Desafios à frente para os biocombustíveis A cana-de-açúcar é realmente um fenômeno. Apesar de ocupar apenas 2% das terras aráveis do País, encerra 2007 como o terceiro item em termos de valor bruto da produção agropecuária. Além disso, o setor sucroalcooleiro se posiciona em terceiro lugar nas exportações da agricultura brasileira, ficando atrás apenas dos complexos soja e carnes, que utilizam área muito superior à cana. O horizonte é seguramente muito promis- sor para o Brasil. A Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) estima que serão construídas 86 plantas industriais até 2012, com investimentos da ordem de US$ 17 bilhões, além da geração de milhares de novos empregos no campo. No entanto, em que pese essa euforia de investimentos é bastante preocupante o descompasso entre a oferta e a demanda. O aumento da produção, sem a respectiva resposta do consumo, gera pressões sobre os preços e a rentabilidade. Tal situação também renova a exigência de ações concretas para promover o consumo linear de produtos derivados da cana-de-açúcar. Por exemplo: o País conta, atualmente, com cerca de 4 milhões de carros flex. É imperioso que os proprietários desta frota sejam estimulados a consumir álcool hidratado em seus veículos. Por seu lado, os produtores de cana-de-açúcar também devem se antecipar às novas exi- gências da redução da queima de cana, adotando ações de sustentabilidade ambiental e estabelecendo metas para a eliminação dessa prática o mais rápido possível. É preciso, ainda, promover campanhas junto aos governos estaduais para que, a exemplo do Estado de São Paulo, pratiquem alíquotas de ICMS reduzidas para o etanol. Minas Gerais e Goiás, por exemplo, têm recebido grandes investimentos no segmento sem que haja a mereci- da contrapartida em termos de renúncia fiscal. Outro aspecto importante diz respeito à liderança mundial que o País deve assumir em relação aos biocombustíveis. O Brasil, como principal player, deve estabelecer estratégias internacionais para consolidar este mercado. É necessário lutar contra o elevado protecionismo nos mercados de açúcar e etanol. A questão da logística também preocupa. Precisamos consolidar os investimentos por meio, por exemplo, da construção de alcooldutos, reduzindo significativamente a demanda por transporte do biocombustível do CentroOeste para o Sudeste-Sul e os portos do País. O mercado de biocombustíveis é essencial e estratégico. Não podemos deixar a euforia inicial prejudicar o desenvolvimento de uma atividade de tanto potencial. Os desafios são urgentes. Precisamos enfrentá-los. Autor: Mauricio Sampaio presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio e membro do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp A política agrícola que queremos É corrente a confusão existente entre política agrícola e crédito rural. O crédito rural é um instrumento de política agrícola indispensável para os produtores, em sua maioria descapitalizados, mas não se constitui em solução para o problema da remuneração dos produtores rurais. O produtor rural brasileiro necessita de uma ampla e coerente política agrícola oficial que lhe dê garantias de renda e retorno econômico. Nos últimos anos, o governo federal tem diminuído a participação nos financiamentos de custeio das safras brasileiras com recursos do Tesouro Nacional, fazendo com que os produtores sejam compelidos a buscar aportes financeiros no mercado, pagando juros e outros encargos incompatíveis com a atividade agropecuária. O Governo financia apenas de 25% a 30%. O restante, os produtores buscam no mercado. É vital destinar maior volume de recursos para o programa de crédito rural. A inadimplência que assola a agricultura resulta da falta de renda para honrar compromissos com os agentes financiadores. Parte dos problemas que herdamos resultam dessa política agrícola fundamentada na política de crédito rural e não na política de renda. Essa situação é agravada pelo total descumprimento da legislação dos preços mínimos ao produtor. A excessiva valorização do real em rela- EDITORIAL ção ao dólar e a outras moedas prejudicou economicamente o setor primário, achatando os preços internos. O Brasil tem hoje uma moeda forte e uma agricultura fraca e pouco competitiva, situação que afeta preços internos e a renda agrícola. É insuportável a carga de tributos sobre a produção e comercialização agrícola. O Pis/Pasep/Cofins e outros tributos indiretos sobre insumos, comercialização e logística de transporte são incompatíveis com o tratamento dispensado aos produtores concorrentes em seus respectivos países. O custo do crédito agrícola é elevado em relação ao retorno econômico que a agricultura apresenta. Com o elevado grau de endi- vidamento do agricultor perante os agentes públicos e privados, os encargos da dívida e novos financiamentos anulam vantagens competitivas. As crescentes exigências das normas ambientais e sanitárias, por outro lado, demandam pagamento de taxas, investimentos e imobilização de ativos e representam custos que o produtor não consegue repassar ao produto comercializado. O reduzido investimento nos Serviços de Defesa Agropecuária compromete mercados importantes para os produtos primários brasileiros. Entre as medidas que se fazem necessárias nesse momento, podemos destacar a desvalorização cambial para equilibrar a situação econômica da agricultura brasileira; a charge garantia da aplicação da política de preço mínimo imperativa, para que os preços pagos ao produtor sejam, nas situações mais desfavoráveis, iguais ao preço mínimo; a redução da carga tributária, eliminando tributos diretos e indiretos e maiores investimentos na melhoria da infra-estrutura de logística para o escoamento das safras. Na mesma linha, o setor reivindica a simplificação na importação de insumos genéricos, maior oferta de recursos equalizados de crédito rural, implantação efetiva do seguro rural e renda com alocação de recursos suficientes para a subvenção do prêmio e criação do Fundo de Catástrofe e, ainda, a recuperação das rodovias federais. Para dinamizar o agronegócio, se recomen- da implantar o drawback agropecuário para todos os produtos destinados à exportação, mesmo para produtores pessoas físicas que realizam operações com tradings e cooperativas, mediante a importação de fertilizantes, agroquímicos, máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária; estimular o emprego da avançada biotecnologia agrícola, pesqueira e pecuária, aumentar o volume de recursos de EGF para melhorar o capital de giro dos produtores e a retenção dos estoques, refletindo na melhoria dos preços. E, finalmente, renegociar as dívidas dos produtores rurais, incluindo as já alongadas, reduzindo os encargos financeiros. Autor: José Zeferino Pedrozo - presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) Expediente Dá com uma mão, toma com a outra! Em 2007, o setor agropecuário brasileiro começou a se recuperar das graves crises que atravessou durante as safras de 2004/2005 e 2005/2006. Até o momento, os números divulgados na imprensa em geral sobre o desempenho da atividade agropecuária estão a contento e representam sinais de uma boa retomada do mercado agrícola para o produtor rural. Além disso, com o apoio de diversas entidades representativas do homem do campo e de outras importantes instituições de classe da sociedade civil, que se manifestaram contrários à prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o Senado Federal se articulou e derrubou a continuidade do imposto, prevista para ser cobrada até 2011. Mas, o que poderia ser uma vitória da sociedade brasileira e, principalmente, para o bolso do cidadão, já está com os dias contados. O governo federal decidiu aumentar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Esta medida vai também taxar uma série de operações do setor produtivo, que até 2007 eram isentas do IOF e agora passam a pagar este imposto. Ou seja, dá forçadamente com uma mão, mas toma com a outra! Empréstimos de custeio, comercialização da safra e de investimentos, entre outras modalidades de créditos rurais, passaram a ter a incidência de 0,38% de alíquota do IOF. Aumentou-se a carga tributária para o setor que mal conseguiu se recuperar da forte crise de anos anteriores, e passou-se também a encarecer ainda mais os custos de produção. Representantes do setor e lideranças da bancada ruralista já se movimentam contra a cobrança deste novo imposto. Até o fechamento desta edição, não haviam conseguido derrubá-lo. Porém, como o homem do campo é um eterno lutador, esperamos que no mais breve tempo possível obtenha êxito. Para os tecnocratas de plantão retransmitimos apenas uma frase de indignação que o homem do campo não cansa de repeti-la: “Se o governo não ajuda, então, não atrapalha!”. Um celeiro de informações para o homem do campo! Edição 2 – Ano I - Circulação Nacional Janeiro de 2008 O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda. Conselho Editorial Leonardo Mari Olavo Alves Sérgio Mari Jr. Editor-Chefe Olavo Alves Mtb 4285/17 Editoria de Arte Cedilha Comunicação e Design Colaborador Marcus Vinicius Rodrigues da Silva AGRO-MARIN Comércio e Indústria de Óleos Vegetais Departamento Comercial Cedilha Comunicação e Design Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7 CEP 86061-000 Londrina - PR Telefone: (43) 3025 3230 E-mail: [email protected] Vendas de mudas de Pinhão Manso Impressão Gráfica Gazeta do Povo - Londrina Com garantia de compra das sementes Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados. Fones: (43) 3338-7973 / (43) 9997-2494 [email protected] 3 janeiro de 2008 Cana-de-açúcar - O álcool hidratado deverá ser a melhor alternativa para as unidades produtoras Setor sucroalcooleiro quer manter o crescimento tratégico para o setor sucroalcooleiro, tanto pela demanda do álcool no mercado interno, como pela recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional”. Álcool Hidratado De acordo com o secretário, a safra 2008/09 também deverá registrar forte crescimento na produção e, mais uma vez, o álcool hidratado deverá ser o principal destino da cana-de-açúcar. “Haverá aproximadamente 20 novas unidades iniciando a operação, produzindo, principalmente, álcool. E a performance da indústria automotiva, que em 2007 colocou quase dois milhões de veículos flexfuel nas ruas, sugere que o mercado interno continuará aquecido. Com os preços competitivos, o álcool hidratado deverá ser a melhor alternativa para as unidades produtoras”, observa. Bertone destaca que “enquanto a produção de açúcar e álcool anidro repetiram os números da safra passada, a oferta de álcool hidratado cresceu 40%”. A produção de hidratado atingiu um recorde, ao superar 12 bilhões de litros e absorver as 50 milhões de toneladas de cana adicionais da atual safra, estimada em 480 milhões de toneladas. ZaeCana Em 2008, será concluído o Zoneamento Agroecológico da Canade-açúcar (ZaeCana), que servirá de base para as políticas públicas e o ordenamento da expansão canavieira no país. “O Brasil mostrará que sua política é baseada na sustentabilidade e reafirmará sua liderança na produção do etanol no mundo”, destaca o secretário. Quanto às exportações, embora seja espera- Demandando 13 megawatts (MW), o que a coloca como a 15ª maior consumidora do Paraná, a Cocamar anuncia investimentos de R$ 35 milhões em um projeto de cogeração de energia elétrica que deverá estar funcionando em 2009. Segundo informou o superintendente Comercial e Industrial, Celso Carlos dos Santos Júnior, a Cocamar - considerada “consumidora livre” por parte da Copel - condição que lhe permite adquirir energia elétrica de qualquer fonte - planeja implantar uma termoelétrica em seu parque industrial, situado em Maringá. A cooperativa responde por ¼ do consumo da cidade, que tem 320 mil habitantes. Os recursos estão sendo pleiteados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Bagaço de Cana O superintendente explicou que atualmente a cooperativa opera na queima de bagaço de cana-de-açúcar para produção de UNICA Cocamar vai investir R$ 35 milhões na co-geração de energia elétrica Bagaço da cana será uma das fontes utilizadas no processo vapor, usado em vários setores de seu parque industrial. Ao adotar um sistema de alta pressão, a partir da troca da caldeira e alguns ajustes, a indústria vai produzir além de todo o vapor que consome, também entre 66% a 100% de toda a energia elétrica que necessita. Para Santos Júnior, a termoelétrica vai gerar economia para a cooperativa (que gasta cerca de R$ 13 milhões por ano com a compra de energia elétrica), a trará segurança quanto ao fornecimento, visto que o País corre o risco de sofrer um novo apagão nos próximos anos, a exemplo do que se viu em 2001. Divulgação A produção de cana-de-açúcar tem crescido a uma taxa média de 11% ao ano nos últimos cinco anos e a produção de álcool teve um incremento de quase 20% na safra, motivada pelas vendas de carros flex-fuel, frota que representa 90% dos veículos novos fabricados no país em 2007. A declaração é do secretário de Produção e Agroenergia (SPAE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone, ao fazer um balanço do setor sucroalcooleiro em 2007. O setor produtivo se estrutura para atender a uma eventual expansão dos mercados mundiais para o etanol e o biodiesel. “Por enquanto, o fator determinante para o crescimento da oferta ainda é o mercado doméstico”, disse Bertone. “O ano de 2008 é considerado es- O Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar será concluído ainda este ano da uma recuperação nos preços internacionais do açúcar a partir do final de 2008, o secretário prevê que as receitas e os volumes exportados deverão se manter em níveis muito próximos dos observados em 2007. Ao fazer um balanço do setor sucroalcooleiro, Bertone disse que, apesar dos preços do açúcar não terem repetido os bons desempenhos dos últimos anos, as exportações desse produto atingirão US$ 5 bilhões, correspondentes a cerca de 19,5 milhões de toneladas. Por outro lado, as exportações de álcool deverão alcançar US$ 1,4 milhão, com 3,6 bilhões de litros, um leve crescimento em relação aos 3,4 bilhões Câmara Norte Americana aprova lei que impulsiona biocombustíveis Ônibus a etanol começa a circular em São Paulo A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, em dezembro de 2007, a versão final do projeto de lei de Energia, conhecida como Energy Bill, informou a Agência Estado. O texto eleva o padrão de eficiência energética do país para o longo prazo e dá grande impulso à produção de combustíveis renováveis. A Energy Bill estabelece um mandato pelo qual a produção anual norteamericana de biocombustíveis deve ser de pelo menos 36 bilhões de galões até 2022, ante apenas 9 bilhões previstos para 2008. Grande parte dessa produção deverá ser atendida pelo etanol de milho, que foi limitado a 15 bilhões de galões. No entanto, o mandato reserva espaço para biocombustíveis avançados em três subcategorias: celulósico, biodiesel e outros, que representarão um volume total de 21 bilhões de galões até 2022. No final do ano passado entrou em operação na capital paulista o ônibus movido a etanol no corredor Jabaquara-São Matheus, onde vai circular durante um ano, de acordo com informações do governo do Estado de São Paulo. O veículo faz parte do Projeto BEST (BioEthanol for Sustainable Transport ou Bioetanol para o Transporte Sustentável), que conta entre seus parceiros a Unica, BAFF/SEKAB, Copersucar, EMTU/SP, SPTrans, Marcopolo, Petrobras e Scania, com incentivo da União Européia. O investimento é da ordem de R$ 1,6 milhão. O Projeto BEST é exportados em 2006. “Os Estados Unidos continuam sendo os maiores importadores de álcool, com 1,9 bilhão de litros (sendo 900 milhões diretamente e 1 bilhão, via Caribe), seguidos pelos Países Baixos, com 700 milhões e Japão, com 380 milhões de litros”, complementa o secretário. Da Redação um programa internacional coordenado no Brasil pelo Cenbio, com o objetivo de sensibilizar o mundo sobre a importância do uso do etanol no transporte público, que reduz em até 90% a emissão de material particulado lançado na atmosfera. O Brasil é primeiro país das Américas a ter ônibus movido a etanol em circulação pelo BEST, incentivado pela União Européia. Outras oito cidades da Europa e Ásia participam do programa: Estocolmo (Suécia), Madri e País Basco (Espanha), Roterdam (Holanda), La Spezia (Itália), Somerset (Inglaterra), Nanyang (China) e Dublin (Irlanda). Cotações do açúcar da safra 2007/08 são as menores desde 2001 A maior oferta mundial de açúcar em 2007 fez com que o preço médio desta safra (parcial) fosse 41% menor que o da anterior, de acordo com o indicador CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo). De abril (início da safra) a 21 de dezembro de 2007, a média do Indicador foi de R$ 25,91/sc de 50 kg, visto que no mesmo período de 2006, foi de R$ 43,74/sc (nominal). A média atual é a menor, em termos nominais, desde 2001 (R$ 23,78). Entre 17 e 26 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,27%, fechando a R$ 23,91/sc. 4 janeiro de 2008 Cooperativismo - Mais produção e rentabilidade proporcionaram um aumento nos investimentos O aumento da produção de grãos, a alta nos preços das commodities agrícolas e o bom desempenho dos ramos crédito e saúde impulsionaram os resultados das cooperativas do Paraná, que tiveram um movimento de R$ 18,5 bilhões em 2007, recorde histórico para o setor. Em comparação a 2006, quando o valor movimentado foi de R$ 16,5 bilhões, houve um crescimento de 12%. Expansão também nas exportações das cooperativas, que devem fechar em US$ 1,1 bilhão, uma alta de 29% em relação ao ano passado. Mais produção e rentabilidade proporcionaram um aumento nos investimentos, que serão superiores a R$ 1 bilhão em 2007. “Tivemos um ano extremamente ativo e desafiante para as nossas 234 cooperativas, que evidenciaram mais uma vez o importante papel do setor na defesa socioeconômica dos 451 mil cooperados que as integram e na relevante função que desempenham no impulso ao desenvolvimento dos municípios e regiões do nosso estado”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. “Atuantes nas comunidades, as cooperativas têm um papel preponderante no suporte às ações econômicas dos cooperados, com forte atuação social e ambiental”, destaca o dirigente. Commodities em Alta A safra 2006/2007 foi positiva, com crescimento de 22,7% na produção, que foi de 29,5 milhões de toneladas no Paraná. Mesmo sendo considerado normal para os padrões do estado, que é o maior produtor de grãos do Brasil, o desempenho da safra trouxe alento ao campo, castigado por dois anos de perdas causadas pela estiagem. “O bom volume de produção foi acompanhado pela forte elevação dos preços agrícolas, que tiveram uma alta média de 40%. Essa conjunção favorável contribuiu para o resultado recorde das cooperativas paranaenses”, explica o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken. “A utilização do milho para a fabricação de etanol nos Estados Unidos teve impacto em toda a cadeia econômica agrícola. O preço do milho subiu 52% e o da soja 41%”, analisa. Também tiveram alta os preços do frango (30%), suínos (53%) e leite (32%), atividades para as quais o milho é um produto fundamental na alimentação dos animais. “O uso do milho como matriz energética nos Estados Unidos está tendo reflexos nos preços de inúmeros produtos, o que é bom para os produtores brasileiros”, diz Ricken. A demanda crescente por milho fez as exportações dispararem no Brasil. No ano passado, o país exportou 3,9 milhões de toneladas de milho. Em 2007, os embarques vão totalizar cerca de 10,8 milhões de toneladas, uma alta de 176%. Além de milho, as cooperativas têm expressiva participação nas vendas externas de soja e frango, exportados para China, União Européia, Mercosul e países árabes. Investimentos A alta dos investimentos acompanha o crescimento da produção. “As cooperativas investiram principalmente nos setores avícola, suinocultura e leite, com novos complexos industriais, abatedouros, frigoríficos, laticínios e fábricas de ração. Também ocorreram fortes repasses para projetos de infra-estrutura e recebimento de grãos”, indica Ricken. Segundo o presidente Koslovski, o planejamento estratégico do setor cooperativista do Paraná previa, de 2005 até 2010, investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões. Já está tudo preparado para um dos maiores eventos do agronegócio do Oeste paranaense. Os Dias de Campo Copagril sobre Culturas de Verão, Tecnologias de Defensivos Agrícolas e 2ª Exposição de Insumos e Equipamentos Agropecuários acontecem nos dias 22 e 23 de janeiro na Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, próximo ao aeroporto municipal. Os produtores terão a oportunidade de observar, o desenvolvimento das variedades de soja convencionais e transgênicas plantadas em 3 épocas de semeadura e 56 híbridos de milho das principais empresas parceiras. Também estarão presentes empresas de defensivos agrícolas que apresentarão a linha de agroquímicos. Haverá ainda ensaios com variedades de feijão e na área de pastagens serão demonstradas 30 forrageiras. Pelo segundo ano, acontecem demonstrações das Plantadeiras Fankhauser e das Colhedoras de Forragens JF. Ao todo, cerca de 40 empresas parcerias Divulgação Copagril promove Dias de Campo sobre Culturas de Verão da Copagril participarão deste evento, demonstrando seus produtos. Elas atuam nas áreas de fornecimento de insumos agropecuários, núcleos minerais, medicamentos, ordenhadeiras, máquinas e implementos agrícolas, fertilizantes, resfriadores, viveiros de mudas de eucaliptos, entre outros. Área Social A Associação dos Comitês de Jovens (ACJC) e Comitês Femininos da Copagril (ACFC) também estarão presentes no evento. A ACJC apresentará um histórico dos eventos e fará uma amostra dos Projetos Agropecuários. Ainda será feita a apresentação dos projetos referentes ao programa Cooperjovem, realizado em parceria com o Sescoop/PR, Copagril e escolas municipais da área de ação da cooperativa. Um dos destaques do evento são as palestras. No dia 22 de janeiro, às 9 horas, acontece a palestra “Conjuntura do Mercado de Comodites”, com Alexandre Mendonça de Barros. Já no dia 23, também às 9 horas, será ministrada a palestra “Desafios da Competitividade para o Sucesso do Agronegócio”, com o professor Heinz Artur Schurtz. Photo View Cooperativas do Paraná movimentam R$ 18,5 bi Somente os investimentos realizados pelas cooperativas devem superar R$ 1 bi “Nos últimos três anos as cooperativas investiram R$ 2,5 bilhões e estimamos que a meta inicial será superada”, explica. “Os bons resultados e a movimentação recorde são parte de um processo muito amplo de desenvolvimento econômico e social. Neste ano, o setor deverá arrecadar em tributos e contribuição aos cofres públicos quase R$ 900 milhões. Atualmente, as cooperativas geram 51 mil empregos diretos e mais de 920 mil postos de trabalho”, enfatiza. De acordo com Koslovski, tão importante quanto os indicadores econômicos, são os resultados sociais e de desenvolvimento humano e autogestão. “O cooperativismo tem dado um impulso à qualificação e aprimoramento de cooperados, familiares e colaboradores. Em 2007, através do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-PR), foram realizados mais de 2.900 eventos de educação e formação, que tiveram a participação 120 mil pessoas, com mais de 38 mil horas de treinamento”, ressalta. Conquistas O ano que se encerrou teve um saldo positivo e com inúmeras conquistas para cooperativismo. A diminuição dos juros nos créditos agrícolas, que caíram de 8,75% para 6,75% ao ano, uma constante reivindicação das cooperativas, foi bem recebida pelos produtores paranaenses. Como lembra o presidente da Ocepar, ocorreram avanços em vários ramos, com a manutenção da forte expansão nos segmentos de saúde e crédito. “As 67 cooperativas de crédito já administram mais de R$ 2 bilhões, agregando 302 mil cooperados. No ramo saúde, que se organiza de forma sistêmica, os serviços beneficiam mais de 1,050 milhão de pessoas”, afirma. Para o ano de 2008, a perspectiva do setor cooperativista é manter os índices de crescimento, atuando para resolver entraves de legislação e aprimorar a qualidade dos serviços, além da capacitação de cooperados e colaboradores. “As cooperativas dinamizam a economia local e regional, pois atuam praticamente em todos os municípios do Paraná. O cooperativismo é um aliado no desenvolvimento estadual, gerando empregos e distribuindo renda”, conclui Koslovski. Da Redação Produto da Coamo é exportado para a África Desde dezembro de 2007, a Margarina Coamo faz parte da mesa dos consumidores do continente africano. É que a cooperativa exportou 19 toneladas de margarina para Angola. O negócio foi efetivado, durante a Feira Internacional da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em São Paulo. “Devemos formalizar outros negócios visando o incremento das exportações de produtos alimentícios com a marca Coamo”, prevê Alcir José Goldoni, superintendente Comercial da Coamo. Ele revela que além do mercado nacional, os alimentos Coamo também já são encontrados nas mesas dos paraguaios. Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, a presença dos produtos da cooperativa no mercado internacional é resultado da confiança e da qualidade conquistada ao longo dos anos, atendendo as exigências do mercado consumidor. “Os investimentos realizados e as ações estratégicas efetivadas têm oportunizado o fortalecimento da nossa participação no mercado interno e a abertura de novos negócios no cenário internacional”, assegura. Receita Global O faturamento dos produtos alimentícios da Coamo vem apresentando crescimento constante e representa indicadores importantes na receita global anual da Coamo. Para 2008, a cooperativa deverá lançar novos produtos no primeiro semestre, com ampliação na sua capacidade industrial. Para saber mais sobre os Alimentos Coamo e as fichas técnicas dos produtos, basta acessar www.coamo.com.br/ alimentos ou ligar gratuitamente para o Atendimento Coamo ao Consumidor (0800-446161) no horário comercial. Sicredi lança seguro só para mulheres O Sicredi ampliou o portfolio de produtos com o lançamento do seguro exclusivo para mulheres. O Sicredi Seguro Vida Mulher, desenvolvido para mulheres de 16 a 65 anos de idade, proporciona, além de coberturas tradicionais dos seguros de vida, cobertura para diagnóstico definitivo de câncer primário de mama ou ginecológico, segunda opinião média internacional, informação nutricional, baby-sitter/berçário, faxineira, assistência educacional aos filhos, assistência automóvel e assistência funeral. O produto, já disponível nas unidades de atendimento de todo o Brasil, facilita o dia-a-dia das mulheres, oferece segurança e qualidade de vida com benefícios e serviços especiais. Um dos diferenciais do produto é que o valor do capital segurado também poderá ser recebido em vida: são quatro sorteios mensais pela Loteria Federal, limitados a R$ 50 mil. 5 janeiro de 2008 Pecuária de Leite - 60% das áreas destinadas aos expositores da feira já estão comercializadas Mercoláctea será realizada em Santa Catarina primeira grande feira técnica e científica da cadeia produtiva do leite – segmento econômico que mais cresce em Santa Catarina, a Mercoláctea Milk Fair - Feira Internacional do Setor Lácteo, está com 60% dos espaços destinados aos expositores ocupados. O pavilhão principal é formado por 146 estandes com aproximadamente 4.226 metros quadrados de área total. A expo-feira será realizada de 8 a 11 de abril de 2008, em Chapecó (SC) numa iniciativa da Associação Comercial e Industrial, Prefeitura Municipal, Agência T12 e entidades do agronegócio. A comissão central organizadora é coorde- nada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo. Os expositores da feira serão as empresas fornecedoras da cadeia produtiva e da indústria de laticínios, com produtos e serviços para manejo, nutrição, sanidade, qualidade, genética, máquinas, equipamentos, embalagens, etc., atendendo necessidades que vão da granja ao supermercado. tiram sua participação estão a Novartis Laboratórios (saúde animal), Dairy Partners Americas (Instituição formada pela Nestlé e Fonterra – Nova Zelândia), Gail Arquitetura em Cerâmica (tecnologia em pisos e revestimentos industriais), Reafrio (indústria e comércio de peças para refrigeração); Gestacorp (sanitizantes industriais), Ouro Fino (bem estar animal); Fego (tecnologia para produtos lácteos – proteínas, sais, corantes etc); Kera (soluções de higiene e alimentação animal), Chison Vet (Equipamentos veterinários – tecnologia e imagem), Domino Sul (Representante da Sunnyvale - soluções industriais), Bombinox Diversidade A maior procura tem sido por empresas sediadas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Entre as empresas que já garan- (bombas, motores e conexões para laticínios), Nutrifarms (nutrição animal), Brasplast, Avesul, Agroconfortin, Shering Plough e Sulinox. Apoio A expectativa é de 30.000 visitantes e negócios de ordem de R$ 80 milhões de reais. A feira tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do Sindicato das Indústrias do Leite de SC (Sindileite), da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de SC (Fecoagro), da Fiesc, Emater e Iapar promovem rally rural do leite Para divulgar o funcionamento do sistema de produção leiteira da agricultura familiar na região de Maringá, a Emater juntamente com o Iapar, institutos estaduais vinculados à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, realizaram no dia 18 de dezembro, um verdadeiro rally rural. Os 37 participantes convidados, dentre extensionistas, pesquisadores, técnicos de entidades parceiras como a UEM, Cesumar, Banco do Brasil, Pró-Amusep e agricultores, rodaram Trabalho Integrado Segundo o engenheiro agrônomo Márcio Miranda, coordenador do Projeto Redes pelo Iapar, esse tipo de visita é uma estratégia metodológica de trabalho integrado, já realizada em outubro de 2007 na região de Guarapuava e que será repetida com adequações nas demais regiões do Paraná, “ para mostrar às entidades parceiras, de forma prática, como está sendo a construção de referências sociais e tecnológicas do sistema produtivo leiteiro, com mais de 100 quilômetros visitando quatro pequenas propriedades rurais localizadas nos municípios de Mandaguaçu, Nova Esperança, Colorado e Flórida. Recepcionados pelas famílias produtoras de leite, que relataram a evolução dos resultados obtidos com os projetos Vitória de Pecuária Leiteira e Redes de Referência da Agricultura Familiar, os visitantes debateram, baseados em dados da realidade, os fatores limitantes e potencializadores de cada sistema produtivo adotado. Com uma produção anual de 2,7 bilhões de litros, o Paraná passa a ser o segundo maior produtor de leite do País. No ranking dos maiores produtores nacionais, o estado aparece atrás apenas de Minas Gerais. É o que aponta o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa levou em consideração a produção de leite de cada estado brasileiro em 2006. De acordo com os dados do Instituto, o Rio Grande do Sul passou para a terceira posição no ranking ao superar o estado de Goiás, que ficou em quarto lugar. Crescimento Enquanto o crescimento da produção nacional de leite foi de 3,4% em 2006, comparado ao ano anterior, a do Paraná cresceu 7,3%. De acordo com o levantamento do IBGE, os municípios de Castro, Marechal Cândido Rondon e Toledo são os maiores produtores de leito do País. Juntos, produzem 340,8 milhões de litros de leite. O que corresponde à produção do estado do Maranhão. As regiões oeste e sudoeste do Paraná são responsáveis por 49% da produção do estado. Em ambas as regiões, predomina a agricultura familiar. Com isso, a venda de leite garante uma renda mensal, o que influencia o crescimento da atividade. Já na região dos Campos Gerais, onde está situado o município de Castro, o maior produtor de leite do Brasil, destacam-se tecnologias de ponta, genética apurada e produtividade semelhante às obtidas nos rebanhos da União Européia, Estados Unidos e Canadá. Conseleite Parte do crescimento do segmento no estado é atribuída ao Conseleite-Pr, que está completando cinco anos. Para o presidente do Conseleite-Pr, Ronei Volpi, a entidade trouxe Divulgação Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil maior estabilidade de preços e possibilidade de planejamento do setor. “Há 60 meses ininterruptos, o Conseleite vem divulgando preços referência para o leite ao produtor, ao mesmo tempo em que criou critérios para profissionalização das negociações entre produtores e indústrias”, disse. O Conseleite é um conselho de iniciativa privada, formado por produtores de leite e por representantes de 20 das principais indústrias de laticínios do Paraná, responsáveis pela captação de cerca de 80% da produção de leite do estado. a participação ativa da família rural”. Satisfeito com os resultados positivos do rally rural do leite, onde o tempo, local, pontos de parada e demais atividades foram minuciosamente demarcadas e cumpridas, o engenheiro agrônomo Sérgio Luiz Carneiro, do Emater anunciou a realização de um elenco de eventos comemorativos a serem programados em 2008 alusivos aos 10 anos de existência do Projeto Redes no Paraná, baseado no modelo desenvolvido na França. Decreto regulamenta fiscalização de produtos para alimentação animal O Diário Oficial da União publicou, em dezembro, decreto do presidente da República, regulamentando a lei 6.198, de 26/12/74, que trata da inspeção e fiscalização obrigatória dos produtos destinados à alimentação animal. O decreto, nº 6.296, contém um anexo atualizando normas gerais estabelecidas para inspeção e fiscalização da produção, comércio e uso de produtos de alimentação animal, que ficarão a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida contempla desde o registro de estabelecimentos e produtos, embalagem e comercialização, importação, armazenamento, transporte, passando pelo controle da qualidade até as infrações e sanções administrativas. A íntegra do decreto pode ser consultada no site do Mapa (www. agricultura.gov.br). Divulgação A Milhares de produtores de leite são aguardados no evento da Epagri, do Sebrae, da Fundação de Eventos de Chapecó (FEC), do Governo do Estado, do Sindicato Rural de Chapecó e da Revista Agromais que desenvolve o catálogo oficial da feira. Como atividades paralelas ocorrerão eventos técnicos, científicos e de relacionamento com o mercado organi- zados através de parcerias entre as principais entidades do setor de laticínios de SC, incluindo o 3° Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, em parceria com o CRMV/SC e inédito showroom da indústria láctea que está sendo organizado em parceria com o Sindileite. Da Redação Centro Integrado vai reunir dados sobre a qualidade do leite A população brasileira terá mais um canal de comunicação com o governo federal para o acesso a informações sobre a qualidade do leite produzido e comercializado no país. O Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali–Leite) é resultado de parceria firmada entre o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura. O CQuali–Leite não terá uma estrutura física instalada e, portanto, não será necessária a contratação de técnicos. Ele funcionará no formato de site na internet e será abrigado na página eletrônica do DPDC do Ministério da Justiça. A expectativa é que a primeira fase desta parceria esteja funcionando no primeiro trimestre de 2008. “O CQuali será um banco de dados sobre a inspeção e fiscalização da produção, industrialização e comercialização de leite tipos UHT, pasteurizado e em pó, incluindo resultados de análises laboratoriais e de verificação de rotulagem”, explica a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende. Atuação A rede atuará em dois níveis. No primeiro, os três órgãos de governo trocarão informações relativas ao âmbito de atuação de cada um deles em todo o país. “Com isso, o trabalho de monitoramento da qualidade do leite será realizado de maneira ainda mais articulada e rápida”, estima Resende. No segundo nível, o CQuali–Leite fornecerá ao consumidor informações sobre o acompanhamento da qualidade do leite que poderão, inclusive, orien- tá-lo para um consumo mais consciente do produto (uma vez que os dados abrangerão as informações relativas ao rótulo). Para a representante do DPDC, Laura Mendes, “o CQuali será mais um importante instrumento à defesa do consumidor, que é a parte mais vulnerável de todo o processo”. Segundo ela, os Procons dos estados já estão demonstrando interesse em atuar articuladamente com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (coordenado pela Anvisa e executado diretamente pelas Vigilâncias estaduais e municipais). A idéia é que os Procons tenham mais subsídios para autuar as empresas que produzirem ou industrializarem leite em desacordo com a legislação. Acesso ao Público Cada órgão continuará cumprindo suas atribuições. “O objetivo do CQuali–Leite não é unificar a inspeção e a fiscalização da cadeia produtiva do leite e sim harmonizar procedimentos para aprimorar, principalmente, o acesso da população a informações sobre a qualidade do produto”, afirma o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa. O encontro que decidiu a criação do Centro foi realizado no Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), no Rio de Janeiro. Também participaram da reunião, técnicos dos laboratórios centrais (Lacens) e das Vigilâncias Sanitárias estaduais, além de representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que acompanharão as ações do CQuali–Leite. 6 janeiro de 2008 Pecuária de Corte - Com esta medida o estado não poderá mais boicotar outras regiões do país Nova instrução do MAPA abre mercado de carne com osso do Rio Grande do Sul Queda do Boicote Com a nova norma da SDA, o Rio Gran- de do Sul não poderá mais alegar legislação interna para manter o boicote porque ela automaticamente perde a validade. “Caso alguma empresa tenha seus caminhões impedidos na barreira, poderá entrar com mandado de segurança, mas o que esperamos mesmo é que o governo gaúcho revogue imediatamente as restrições”, acrescenta o presidente da Abrafrigo. O Rio Grande do Sul está fechado aos estados liberados pelo Mapa para movimentação de animais e comercialização de carne com osso desde outubro de 2005, quando ocorreram os pri- Pecuaristas da região de Guarapuava criaram, em assembléia realizada em dezembro, na cidade de Guarapuava/PR, a 5ª cooperativa de carnes nobres do Estado, a Cooperaliança. A Emater assessorou o trabalho dos 31 criadores que antes estavam organizados através de uma aliança mercadológica. “Eles já produziam animais com qualidade diferenciada (novilhos e ovinos precoces), faziam o abate em um frigorífico terceirizado e com inspeção sanitária e vendiam a produção diretamente para o mercado varejista. Agora com a cooperativa, passarão a elaborar cortes especiais, usar marca própria e buscar até espaço no mercado internacional”, explica Luiz Fernando Brondani, coordenador estadual do Projeto Carnes Nobres da Emater. Valor Agregado Com uma ação in- Photo View Pecuaristas criam a 5ª cooperativa de carnes tegrada, os pecuaristas conseguem também programar a produção, formar escala e abastecer o mercado durante todos os meses do ano. “É importante destacar que com esta ação fora dos limites da porteira o criador deixa de ser apenas um produtor de bois e passa a ser um produtor de carnes nobres. O produto que chega ao mercado tem um valor agregado e, por isso, o empreendedor é remunerado de forma mais justa”, detalha o extensionista. Na assembléia promovida pelos agropecuaristas foi aprovado o estatuto da Cooperaliança e escolhida a primeira diretoria. O pecuarista Êdio Sander foi eleito presidente para o período de três anos. “A iniciativa dos criadores da região de Gurapuava reforça o segmento das cooperativas de carnes no Paraná e facilita a constituição de uma central de cooperativas de carnes que a Emater já vem orientando e ajudando a criar”, conclui Brondani. Terra Roxa promove 16º Leilão Via Satélite Baby A Agropecuária Terra Roxa – tradicional criatório paranaense de seleção da Raça Nelore – promove no dia 22 de janeiro (terça-feira), às 20 horas, a 16ª edição do Leilão Via Satélite Baby. O remate, com transmissão exclusiva do Canal do Boi, vai ofertar 40 reprodutores jovens Nelore PO. Todos os animais apresentam DEP com avaliação realizada pelo Programa Geneplus/Embrapa. Produtos FIV/TE de consagradas ma- trizes do rebanho da Agropecuária Terra Roxa e com idade entre 7 e 15 meses, alguns dos animais ofertados no Leilão Via Satélite Baby já foram premiados nas melhores pistas do país. “É uma genética diferenciada para os criadores que gostam de animais de alta qualidade. Além disso, são produtos que poderão ser adaptados ao longo de 2008 e que estarão aptos para o trabalho de campo na próxima estação em qualquer região do Brasil. É a quarta vez que, com sucesso, colocamos à venda no remate Via Satélite Baby estes produtos”, afirma o pecuarista Alexandre Lopes Kireeff, da Agropecuária Terra Roxa. Os lotes ofertados serão comercializados em 14 parcelas (2+2+10). Mais informações sobre o 16º Leilão Via Satélite Baby podem ser obtidas no escritório da Agropecuária Terra Roxa pelo telefone (43) 3334-2270. meiros focos de aftosa no Mato Grosso. Para adquirir o produto, o estado exigia que a região fosse liberada pela OIE - Organização Internacional de Saúde Animal, não levando em consideração a reclassificação determinada pelo Mapa. Reabilitação Para o presidente da Abrafrigo, as restrições criadas pelo lobby dos produtores gaúchos prejudicavam inclusive o processo em andamento para a reabilitação do status internacional de diversos estados brasileiros como áreas livres de febre aftosa com vacinação, além de criar embaraços nas negociações com parceiros comerciais importantes que têm enviado missões técnicas ao país, como União Européia, China e Chile. Somente permanece restrita a entra- da de carne bovina com osso no estado de Santa Catarina, reconhecido pelo Mapa como área livre de febre aftosa sem vacinação. Da Redação Pesebem chega a Umuarama O programa Pesebem chegou ao final do ano passado a Umuarama, no Noroeste do Paraná. A balança do pecuarista foi instalada no frigorífico Torlim, numa parceria com o Sindicato Rural de Umuarama, FAEP e CNA. Com o Pesebem, o frigorífico associado permite a instalação de uma balança do produtor ao lado de sua própria balança. A medida, adotada desde setembro de 2007 em Nova Londrina e Paiçandu, permite que o pecuarista não tenha dúvidas quanto ao real peso da carcaça do animal entregue. O slogan do programa “Duas balanças, uma certeza” resume o propósito de transparência nas relações comerciais, além de abrir um canal de comunicação permanente entre o frigorífico e o pecuarista. Testes Em Umuarama a balança do pecuarista ficará em testes até fevereiro, quando deve começar a pesar animais dos produtores interessados. Para aderir ao Pesebem, o pecuarista deve procurar o sindicato rural e fazer o seu cadastro. Existe uma taxa de R$ 1 por animal - destinada exclusivamente para manter as despesas do programa, como o balanceiro contratado, manutenção do equipamento e material de escritório. ABCZ promove mudanças na 74ª Expozebu A diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu fez algumas alterações na organização da próxima edição da Expozebu. Segundo a diretoria da ABCZ, essas mudanças visam à melhoria dos trabalhos de julgamentos realizados no maior evento em pecuária zebuína do mundo. A grande alteração foi a adoção de julgamento com jurado único, extinguindo-se os trabalhos de comissões. As principais mudanças na 74ª Expozebu podem ser conferidas no website da ABCZ pelo endereço eletrônico: www.abcz. org.br Bezerro, arroba e carne têm preços recordes em 2007 Após quatro anos de aumentos dos custos de produção frente à arroba do boi, 2007 registrou preços recordes para o bezerro, boi gordo e para a carne no mercado atacadista. Segundo o Cepea, para o bezerro não foi registrada queda de preços em nenhum momento do ano. No mercado de boi gordo, a oferta restrita de animais para abate impulsionou as cotações no correr de todo o ano, principalmente no segundo semestre, com poucas baixas durante o período. Em outubro de 2007, o indicador do boi bateu mais um recorde, de R$ 65,15, com altas de até R$ 77,00/arroba no início de dezembro. Quanto às carnes no atacado da Grande São Paulo, os valores nominais foram os maiores desde 2001. O recorde da carcaça casada foi de R$ 4,67/kg a prazo, no dia 5 de dezembro. PR: Vacinação contra febre aftosa atinge 98,44% No Paraná, a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa de 2007, realizada em novembro, atingiu 98,44% de imunização do rebanho de bovinos e bubalinos. O resultado da campanha revelou a existência de 9,48 milhões de cabeças no Estado, das quais 9,33 milhões foram vacinadas. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, esse resultado é considerado satisfatório porque garante a imunização do rebanho. O resultado oficial foi enviado ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento em dezembro. Bianchini destacou que no Paraná os índices de vacinação contra aftosa estão permanecendo elevados porque as campanhas estaduais contam com a colaboração de entidades par- AEN/PR ao Mapa para que o ministério providenciasse a liberação do mercado gaúcho para os demais produtores brasileiros qualificados e, com esta norma, a portaria local entra em confronto direto com a norma do governo federal, portanto perdendo validade. Assim, qualquer empresa com inspeção federal de estado livre de aftosa pelo Mapa pode vender carne com osso a partir da publicação da instrução no Diário Oficial da União”, explica o presidente da Abrafrigo, Péricles Pessoa Salazar. Divulgação O Secretário de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Inácio Afonso Kroetz assinou, em dezembro, a Instrução Normativa 42, que permite a todos os estados considerados pelo ministério como livres de aftosa com vacinação, a venda de carne com osso para o mercado do Rio Grande do Sul. Naquele estado, a Portaria 49 proibia a entrada de carne com osso e animais vivos de outros estados, o que criava uma reserva de mercado para os produtores locais. “A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) realizou inúmeras gestões junto ceiras que compõem o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que auxiliam no convencimento ao produtor para não descuidar da vacinação. 7 janeiro de 2008 AgroDestaque - Gil: “o mercado tem um desempenho favorável, as expectativas da próxima safra são boas” N esta edição, a re p o r t a g e m do AgroRede Notícias fez uma entrevista exclusiva com o Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná - em Londrina, Gil Abelin, para saber quais são as perspectivas em 2008 para a atividade agropecuária na região e avaliar o desempenho do setor, durante o último ano: AgroRede - Como chefe do Núcleo da SEAB em Londrina, qual é a avaliação que o Senhor faz do desempenho da agropecuária na nossa região em 2007? Houve uma retomada do crescimento? Gil Abelin - Podemos afirmar que houve melhoramento significativo no setor agropecuário regional. O governo estadual, através dos seus programas, implantou políticas de incentivos aos pequenos e médios produtores favorecendo o crescimento, tanto regional como estadual. Essas medidas emergenciais favoreceram aos agricultores a compensação de frustrações de safras passadas. Os preços dos principais produtos agropecuários, como soja, milho, feijão e bovinos indicaram um crescimento significativo na renda dos produtores. Como o mercado dos produtos agropecuários vem tendo um desempenho favorável se torna evidente que as expectativas da próxima safra são boas, tanto em nível de produção como de preços. Na safra de grãos do ano passado, safra 2005/2006, houve redução na produção em função de estiagem; nesta safra 2006/2007 houve uma pequena redução nas áreas de plantio de alguns produtos, como soja, milho e trigo, porém os preços indicaram uma maior rentabilidade ao produtor Houve implementação de novas áreas de cana, aumento das áreas de fruticultura com maior nível de emprego de mão de obra, diversificação do pequeno produtor, aumento significativo do plantel de aves, mesmo com o valor do dólar fraco e o aumento no setor de orgânicos. Todos estes fatores contribuíram para o desenvolvimento do setor agropecuário regional, isto sem contar com os investimentos das cooperativas como a Corol, Cofercatu e Integrada que ampliaram seus processos de verticalização de suas produções e também exportaram seus produtos industrializados. Não podemos deixar de citar a liberação do Estado do Paraná pelo MAPA nos considerando Estado Livre de Aftosa com vacinação, fazendo com que ampliassem as vendas no mercado externo. No final do ano passado já caíram os embargos de mercados no exterior como a Rússia. Estamos no aguardo, para este início de ano, readquirir o “status” de Livre de Aftosa com vacinação, fornecido pela OIE. AgroRede - E com relação à sanidade agropecuária, os índices de vacinação contra a febre aftosa atingiram todas as expectativas? Haverá investimentos neste setor para a região Norte do Estado? Abelin - Os índices de vacinação contra febre aftosa na região foram ótimos. Fechamos na região de Londrina, em 99% e como temos prazos a cumprir para entrega do relatório final de campanha ao MAPA, esses 1%, que não comprovaram, nossos fiscais estão indo em busca para verificar se realmente vacinaram ou não. Se não vacinaram serão notificados e multados. Porém, temos tradição em nossa região no cumprimento dos cem por cento. Possuímos na região de Londrina aproximadamente 3.900 propriedades com cerca de 281.000 bovinos e bubalinos. O Estado contratou através de concurso público mais 44 médicos veterinários, somente para suprir as faltas de técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Animal no Estado. O treinamento desse pessoal foi realizado em Curitiba no final do ano passado. Portanto, entrarão em 2008 em plena atividade, inclusive “oxigenando” o quadro do DSA, em Londrina. Na região, estão sendo certificadas cinco propriedades como livres de Brucelose e Tuberculose, para cumprimento da legislação de fornecedores de leite tipo A e B, que torna obrigatória a certificação e a rastreabilidade da propriedade. Al- guns criadores na região aderiram ao novo Sisbov, além das propriedades certificadas livres de brucelose e tuberculose pela certificadora da SEAB. No que tange a segurança alimentar, temos o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SIP/POA que realiza um trabalho extraordinário de fiscalização em laticínios, frigoríficos e distribuidoras de produtos animais. O Paraná tem a responsabilidade de um dos maiores programas sociais que atende as crianças e também diretamente aos laticínios e produtores. Portanto, estamos constantemente realizando todas as análises do leite e serviços de exemplo nacional. Temos rodízio bi-mensal dos técnicos da área, de forma que não existam vínculos com os laticínios e podemos dizer que nosso produto é bom e que devemos investir muito mais em 2008. AgroRede - Quais são os outros projetos que o Governo do Estado quer implementar ou efetivar melhorias? Abelin - O Paraná tem diversos cenários que devem ser priorizados para melhorias no setor agropecuário. Temos que tratar das mudanças climáticas, das matrizes energéticas e produtivas e das desigualdades sociais e regionais. Temos que objetivar como políticas públicas o desenvolvimento rural sustentável, fortalecer a agricultura familiar - que é a base de toda a nossa agropecuária, fazer trabalhos intensivos de inclusão social, diminuindo as desigualdades regionais, e finalmente, atuarmos na mudança de matriz produtiva. Desta maneira, teremos como eixos estratégicos o fortalecimento das economias locais, a cidadania e a inclusão social; buscar a preservação; recuperar as questões ambientais; e trabalhar intensamente na sanidade e a qualidade da produção. Portanto em cada um destes cenários, políticas e eixos estratégicos formam uma gama de orientações, dissertações e rotas a serem seguidas. Exemplos destes são os programas de diversificação da agricultura familiar que envolve diversos produtos e espécies; os programas rurais Ana Luisa Vazzi “Favorecemos o crescimento regional e estadual” solidários como o do trator, do fundo de aval, do micro crédito, do associativismo e cooperativismo, entre outros. Na questão da ambientabilidade, temos o Paraná Orgânico, o retorno intensivo nas questões de manejo de solos e água, e temos integração com a SEMA, em questões de matas ciliares e reflorestamentos. Ainda faremos atitudes concretas na segurança alimentar, na CEASA, na Compra Direta, no Leite das Crianças, entre outras. Sem contar em patrulhas rurais, sanidade agropecuária em seus diversos segmentos, tais como rastreabilidade e certificação de origem e valorização da agricultura orgânica. E tem mais, é visível a postura do governador Requião e do secretário Valter Bianchini em continuar consolidando o Paraná como o maior produtor de grãos do Brasil, com sustentabilidade. Para isso, basta ver que foram contratados algo em torno de 500 técnicos para atender a SEAB, a Emater, e o Iapar. AgroRede - Recentemente, o Governo do Estado publicou a Resolução 102/2007, que estabelece uma legislação específica sobre a comercialização de sementes. Alguns produtores rurais alegam que a nova medida interfere na comercialização entre os Estados e querem seguir a legislação federal. Qual é a orientação que o Núcleo de Londrina considera a mais correta? Por sermos uma região de grande produção de grãos, que postura o agricultor deve acatar? ta o teste de fluxo lateral para transgeníase, estabelecendo o nível de 0,1% para os lotes de sementes de soja convencional. Isso significa que as sementes de soja não poderão ter teores maiores que 0,1% de transgeníase. Quanto aos produtores alegarem que estes testes influenciam na comercialização entre os estados, isto não ocorre, pois todos os produtores de sementes sofrem as mesmas fiscalizações, tanto os que produzem sementes no Estado quanto os que comercializam sementes no Estado. Esta nova resolução não afeta os produtores de grãos, pois se trata somente da produção de sementes de soja, e o que o Estado procura garantir com esta resolução é que a semente que vai ser plantada não possua contaminação com transgeníase superior ao que é permitido pela lei de comercialização de grãos. Como podemos comercializar um produto, que em seu conteúdo existem outros produtos? A questão de quantidade mínima auxilia na responsabilidade na comercialização de grãos para o exterior, e também internamente na fabricação de alimentos à base de soja e que no rótulo acabará não constando - alimento com produto geneticamente modificado. Tanto um lado ou outro da produção e do consumo tem que ter a liberdade de escolha do que quer ou não consumir. AgroRede - Em 2008, o senhor acredita que pode ocorrer uma maior diversificação de culturas em nossa região? Abelin - O ParaAbelin - Esta resolução simplesmente implan- ná possui 87% de propriedades familiares, e na região de Londrina também estamos dentro destes índices, portanto o espaço é visível. Não podemos depender do binômio “soja e milho”, nossas metas são específicas para diversificação, e ela está ocorrendo rapidamente, temos nossas cooperativas como a Corol, a Integrada e a Coofercatu investindo na diversificação. A Corol de forma mais adiantada, pois já inclui em seu processo a laranja, a uva, o café, o leite, a cana e outras atividades. A Integrada pretende já em 2008 a construção de um pólo industrial de sucos. Isto apenas falando nas cooperativas, mas o trabalho integrado com a Sociedade Rural do Paraná, as Associações de Produtores e os Sindicatos Rurais tanto dos trabalhadores como os Patronais e também a iniciativa privada dão mostras que o certo é diversificar. Temos o plano de revitalização da cafeicultura, o programa do leite, e os programas da fruticultura, das carnes nobres, tanto de bovinos, suínos, caprinos e ovinos e também as aves. Continuaremos atuando, como geração e verticalização das propriedades com turismo rural, a agroindústria familiar, a aqüicultura, tanto de peixes de água doce, como no litoral. Finalizando, temos que conscientizar que o trabalho de diversificação impede que “tomemos sustos” de mercado, de câmbio e de outros fatores, e que a propriedade diversificada mantém a família, o trabalho e a dignidade. 8 janeiro de 2008 Suinocultura - A coleta de dados abrangeu oito estados que são considerados os maiores fornecedores Levantamento prevê aumento na produção produção de carne suína industrial no Brasil deve crescer 4,5% em 2008, passando de 2.651 mil toneladas em 2007, para 2.769 mil toneladas. O levantamento foi efetuado com a metodologia de previsão e acompanhamento sobre suinocultura brasileira do Sistemático da Produção de Abate de Suínos (LSPS), através de monitoramento do alojamento de matrizes, sua produtividade e o peso médio das carcaças. O LSPS é resultado de parceria, firmada em 2005, pela unidade de Suínos e Aves, da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Associação Brasileira de Indústrias Processadoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs). A coleta de dados é realizada sempre nos meses de março, junho e outubro de cada ano e abrange os oito estados maiores produtores de suínos (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). “O levantamento leva em consideração também as peculiaridades regionais, a organização da cadeia produtiva e a intensidade tecnológica do suinocultor”, explica o pesquisador Marcelo Miele, da Embrapa Suínos e Aves. Metodologia De acordo com Miele, os dados são obtidos por meio de reuniões com associações estaduais de suinocultores, sindicatos estaduais das agroindústrias, cooperativas, órgãos públicos, universidades e outros segmentos da cadeia produtiva, como empresas de genética animal e produtos veterinários. “Essas reuniões servem para revisar os números referentes à situação atual do mercado e para estimar o compor- Divulgação A tamento da produção de suínos para o próximo ano”, completou. Para conhecer os dados atualizados do levantamento basta acessar o website: www. cnpsa.embrapa.br Da Redação Aurora inaugura centro logístico na grande Curitiba A Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora Alimentos) um dos maiores grupos agroindustriais do país – inaugurou no final de dezembro, um amplo e moderno Centro Logístico de Distribuição e Armazenagem na Região Metropolitana de Curitiba. O novo estabelecimento foi construído no quilômetro 620 da rodovia federal BR-376, no município de São José dos Pinhais. O empreendimento resultou de acordo que a Aurora firmou em janeiro com a Espaçofrio Armazena- gem Frigorífica Ltda., que investiu cerca de R$ 40 milhões para construir o CL e alugá-lo, por dez anos, à Aurora. O novo Centro Logístico está estrategicamente próximo dos portos paranaenses de Antonina (80 km) e Paranaguá (100 km) e dos portos catarinenses de São Francisco do Sul (180 km) e de Itajaí (192 km). O Centro Logístico ocupa um terreno de 100 mil metros quadrados, e conta com escritórios, armazéns, câmaras frias, salas para treinamento, setor comercial, área de segurança do trabalho, enfermagem, restaurante e vestiários, repouso de motoristas, portaria e balança para 100 toneladas. O CL gerou cerca de 160 novos empregos diretos. Armazenagem Utilizando a mais moderna tecnologia do setor, o CL tem capacidade total de armazenagem de aproximadamente 15.000 toneladas (o que equivale a 16.126 posições paletes), sendo 11.000 toneladas de congelados e 4.000 toneladas de resfriados. Dessa capacidade, 4.500 toneladas são destinadas ao mercado externo e 10.500 toneladas ao doméstico. O pátio de estacionamento e manobra de caminhões tem 14.000 metros quadrados de área. A Aurora mantém desde julho de 2005 uma unidade própria de vendas na grande Curitiba, funcionando no município de Colombo, onde emprega 35 pessoas. A Cooperativa l obteve R$ 1,9 bilhão de receita operacional bruta em 2006 e fecha 2007 com R$ 2,2 bilhões, consolidando-se como uma das maiores expressões do cooperativismo brasileiro e ocupa vitoriosa posição entre os maiores grupos agroindustriais do país. Com sede em Chapecó, a Aurora reúne 17 cooperativas singulares que, no conjunto, representam cerca de 77,5 mil produtores rurais. Oferece um mix superior a 700 produtos, entre carnes de aves e suínos, lácteos e pizzas, e registra crescente participação no mercado nacional. Agroindústria O complexo agroindustrial Coopercentral Aurora é constituído por três unidades industriais de aves (duas próprias, uma arrendada), oito unidades industriais de suínos (seis próprias, duas arrendadas), uma indústria de lácteos em fase de montagem, quatro fábricas de rações (duas próprias, duas arrendadas), três incubatórios (um próprio, dois arrendados), três unidades armazenadoras de grãos, três granjas matrizes de aves (duas próprias, uma arrendada), três granjas de melhoramento genético de suínos, 32 distribuidores, 45.000 clientes e mais de 10.000 colaboradores. Ovinos/caprinos A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou em Ponta Porá/MS, o Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocultura, que chega para fortalecer e estruturar esta cadeia produtiva como mais uma alternativa para pecuária na produção de carne. O projeto, financiado pelo Ministério de Integração Nacional com contrapartida do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, tem a parceria da prefeitura de Ponta Porã, Sebrae, Senar, Seprotur, Agraer, Uniderp, Câmara Setorial de Ovinocaprinocultura, associação de produtores de ovinos de Ponta Porã e outras instituições. Manual As ações do APL envolvem a implantação do Centro Experimental de Ovinocultura do Estado e do Centro de Capacitação de mão-de-obra rural destinada à atividade; e a elaboração do Manual de Boas Práticas na Ovinocultura e do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultores Familiares e Assentados da Região. O Centro de Pesquisa e de Capacitação será equipado com alojamentos, salas de aulas, refeitório, laboratório, centro de manejo e galpões, áreas de piquetes e pastagens e 300 matrizes e 15 reprodutores, divididos na área de 50 hectares no campo experimental da Embrapa em Ponta Porã. O projeto terá abrangência na região de fronteiras, compreendida pelos municípios de Bela Vista, Ponta Porã, Dourados, Caracol, Antônio João, Aral Moreira, Amambai, Caarapó e Laguna Carapã e “ao agregar valor ao sistema produtivo das propriedades, onde a atividade já é explorada ou em pequenas áreas buscase gerar renda e sustentabilidade e promover a fixação do homem no campo. São alternativas, economicamente, viáveis e que precisam ser desenvolvidas”, afirma o Divulgação Projeto de ovinocultura é lançado na região de fronteira de MS chefe-geral da Embrapa em Dourados, Mário Artemio Urchei. Potencial Segundo a coordenadora do Sebrae na cidade, Dixie Croskey, a construção do Centro vai despertar os produtores, levando-os a acreditar no potencial da cadeia produtiva. “Iremos disponibilizar ferramentas que possam viabilizar a atividade empresarial, auxiliando o criador a obter lucros com a ovinocultura. Há oportunidade para abastecermos os mercados internos e externos”, valoriza Dixie. “O projeto prevê ainda uma unidade móvel laboratorial de assistência técnica para atender ao produtor”, revela o coordenador de apoio institucional do Governo do Estado, Antônio Souza Oliveira. “Essa atividade, dentro da formatação prevista, pensando no consumidor final, faz com que tenha sucesso, melhorando a vida dos produtores e modificando a estrutura econômica de cada município participante”, comemora Oliveira. Londrina será sede de evento nacional sobre assistência técnica O Parque Governador Ney Braga, sede da Sociedade Rural do Paraná (SRP), em Londrina, será o centro das discussões sobre as mudanças tecnológicas, sociais e econômicas no setor do agronegócio. O debate será no 4º Congresso Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (ConBATER), de 13 a 15 de maio de 2008. O público-alvo são os profissionais e estudantes da área, como engenheiros agrônomos, veterinários, zootecnistas, engenheiros florestais e economistas domésticos. A meta é discutir a realidade da Assistência Técnica e da Extensão Rural hoje no País, atividade desenvolvida tanto pelo setor público quanto pelo privado, através de instituições como as cooperativas. O evento visa também fomentar o aprimoramento no setor agrário brasileiro, no contexto de atuação do profissional de Assistência Técnica e Extensão Rural. Prazo O prazo para o envio de trabalhos se estende até 15 de fevereiro de 2008. O tema escolhido para o 4º ConBATER é “Reconversão da Agricultura: Busca de Novos Modelos.” De acordo com Florindo Dalberto, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, entidade promotora do evento em conjunto com a Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, os trabalhos vão mostrar casos de sucesso na transformação da atividade. “A reconversão da agricultura consiste na transformação da agricultura de subsistência na agricultura de mercado, a mudança de um sistema de baixo para outro de alto nível tecnológico. Sempre sob a perspectiva dos profissionais da assistência técnica e da extensão rural”, explica Dalberto. O congresso conta com apoio da Sociedade Rural e do Londrina Convention & Visitors Bureau, entre outras instituições ligadas ao setor. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www. aea-ld.com.br/conbater/ ou pelo telefone (43) 3025-5223. 9 janeiro de 2008 Fruticultura - A cultivar é adaptada para o plantio nas regiões centro-norte e sul do Paraná Iapar apresenta nova macieira para climas quentes De acordo com o pesquisador, IPR Julieta tem como principal objetivo servir de polinizadora para a variedade IAPAR 75-Eva, lançada em 1999 e atualmente disseminada em zonas produtoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e até Bahia. Características IPR Julieta exige acúmulo de 300 a 450 unidades de frio para a quebra natural de dormência (os pesquisadores chamam de unidade de frio o número de horas abaixo de sete graus). Para uma idéia, a variedade Gala, das mais plantadas, necessita de 1.200 horas. A nova cultivar é adaptada para plantio nas regiões centronorte e sul do Paraná, em propriedades onde o inverno não oferece frio suficiente para viabilizar a produção. Em avaliações da pesquisa, também vem apresentando bom desempenho nas regiões sul e sudeste do País, em áreas com essas mesmas condições de horas frias. No aspecto doenças, IPR Julieta é resistente à mancha-foliar-da-macieira e sofre pouco ataque de oídio, O estado de Sergipe foi reconhecido como área livre da praga Sigatoka Negra, conforme a Instrução Normativa nº 43, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial da União (DOU), no final de dezembro. O trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira e de helicônias do estado de Sergipe para qualquer unidade federativa do Brasil está liberado. É importante observar que o deslocamento de bananeiras e helicônias deve seguir as regras constantes na IN de 17 de maio de 2005, que diz: “nas unidades da federação onde a praga não foi detectada, deverá ser comprovada a condição de Divulgação Sergipe ganha status de área livre de Sigatoka Negra Banana sergipana está liberada em todo território nacional Área Livre da Sigatoka Negra ao Departamento de Sanidade Vegetal (DSV)” do Mapa. Para o estado de Sergipe manter a condição de área livre da praga, o órgão estadual de Defesa Vegetal fará o levantamento e as inspeções nas propriedades rurais sem fins lucrativos e nas zonas urbanas, a cada três meses. Além disso, a fisca- lização estadual deverá supervisionar todos os setores envolvidos no processo de certificação, de forma a garantir a realização de todos os levantamentos e medidas fitossanitárias. A Sigatoka Negra é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, que provoca a queda na produtividade da produção de banana do tipo prata e nanicão. Delegação brasileira visitará a maior feira de frutas A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha levará uma delegação de 52 empresários, produtores rurais e representantes de cooperativas à maior feira do mercado de frutas do mundo, a Fruit Logística 2008, que acontecerá em Berlim entre o periodo de 7 e 9 de fevereiro. Os interessados em adquirir ingressos para visitar a feira já podem comprá-los com desconto. Bastam entrar em contato pelo seguinte endereço eletrônico: [email protected] ou telefone: (11) 51875213. Além de frutas frescas e secas, a feira abrange os mercados de hortaliças, nozes, produtos ecológicos, prestação de serviços, transporte e técnicas de armazenagem. Vegetais como o gengibre e o inhame também são bastante procurados. Expectativa O Instituto Brasileiro de Frutas (IBRAF), entidade organizadora do pavilhão brasileiro na Fruit Logística, levou 46 empresas brasileiras, entre elas duas cooperativas e produtores rurais, à edição de 2007, com o apoio da Câmara Brasil-Alemanha. Pelo menos 43 mil visitantes de quase 100 países participaram do evento no ano passado. De acordo com Valeska de Oliveira, gerenteexecutiva do Instituto Brasileiro, foram gerados US$ 27,9 milhões em negócios durante a feira, quase 12 vezes mais em relação à edi- ção anterior, ocorrida em 2006, quando o total negociado pelos 44 expositores foi de US$ 2,4 milhões. “Até fevereiro de 2008, ou um ano após a realização da última feira, a estimativa é que as empresas participantes fechem negócios no valor de US$ 28,8 milhões. Serão ótimos resultados”, comemora Valeska. A expectativa do Instituto Brasileiro de Frutas, em 2008, é gerar pelo menos 10% mais negócios em relação ao ano anterior. Com o tema “Brasil - Um País de Vários Sabores”, o pavilhão brasileiro dará destaque à diversidade de frutas e vegetais, com degustações de cremes de papaya, manga e caipirinhas. sarna e ácaros, conforme Hauagge. Florescimento O florescimento de IPR Julieta ocorre de três a cinco dias depois da cultivar IAPAR 75Eva. Precoce, leva cerca de 112 dias do florescimento à colheita nas condições do centrosul do Paraná, onde dá frutos de meados de dezembro a meados de janeiro. São maçãs de bom aspecto comercial, com tamanho médio acima de 150 gramas e sabor doce, levemente acidulado. A produtividade pode superar 35 toneladas por hectare. Divulgação A variedade de maçã IPR Julieta é a mais nova conquista do programa de pesquisa em fruticultura do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Seu grande diferencial é a menor exigência em frio, se comparada com outras cultivares disponíveis no mercado. “A macieira é uma planta de clima temperado, e necessita um certo número de dias com baixa temperatura para florescimento e produção de frutos”, explica o pesquisador Roberto Hauagge, que trabalhou no desenvolvimento do novo material. Nova variedade exige de 300 a 450 unidades de frio IPR Julieta será lançada oficialmente no primeiro semestre deste ano, mas o Iapar já conta com material de divulgação à disposição dos produtores. Interessados devem entrar em contato com o pesquisador Roberto Hauagge, na unidade do Iapar em Curitiba, pelo telefone (41) 3356-7349 ou e-mail [email protected]. Da Redação Centro Paranaense de Agroecologia cria estufa 10 vezes mais barata A primeira estufa de bambu para o cultivo de hortaliças, inédita no País, foi apresentada pelo Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) ao governador do Paraná, Roberto Requião. Entusiasmado com o projeto, o governador anunciou a possibilidade de levar essa tecnologia, de baixo custo e sem impacto ambiental, para as pequenas propriedades da agricultura familiar em todo o Paraná. “Em dois ou três anos, essa tecnologia deverá estar acessível no Paraná inteiro”, afirmou Requião. A estrutura da nova estufa terá um custo de 10% do valor da convencional, com estrutura de PVC ou metálica. Enquanto uma estufa convencional, de cerca 84 metros quadrados custa cerca de R$ 8 mil, a estufa de bambu fica em R$ 800,00, incluindo o plástico, informou Airton Brisolla, diretor-presidente do CPRA. Avanços Os secretários da Agricultura, Valter Bianchini, e do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, ressaltaram o avanço do Paraná com essa tecnologia. Para Bianchini, a estufa de bambu vai possibilitar à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) atingir mais rápido sua meta, que é a de transformar o Estado no maior produtor de alimentos orgânicos do País. A estufa de bambu foi desenvolvida pelo professor e especialista paraguaio Guilhermo Gayo, com a contribuição dos alunos dos 17 colégios agrícolas de todo o Estado. “Ela foi apresentada ao governador Requião e aos secretários como exemplo de bioconstrução e representa uma tecnologia inédita no País”, destacou o diretor do órgão Filipe Fahrart. Com essa tecnologia, o Paraná avança na prática da agricultura orgânica e do desenvolvimento sustentável, disse Bianchini. Para o secretário, a utilização do bambu, um insumo disponível na propriedade, é uma das principais características da agricultura moderna e agroecológica, onde os insumos devem ser reci- clados pelo próprio produtor. Tecnologia Inovadora Segundo Bianchini, dos 4.800 agricultores orgânicos no Paraná, “cerca de dois mil produtores, que cultivam hortaliças e frutas, serão beneficiados com essa tecnologia”, prevê. Para o secretário Rasca, o produtor tem que fazer sua opção. “Se quiser agregar valor à sua produção e manter conservado o meio ambiente, ele precisa aderir a tecnologias inovadoras e acessíveis como essa estufa com estrutura de bambu. São soluções inteligentes, que permitem a geração de renda para o agricultor a custo baixo, mas que também protege o meio ambiente. É isso que precisamos”, destacou. Para o produtor José Luiz Araújo, esta estufa é tão eficiente na proteção dos cultivos de frutas, hortaliças e legumes quanto à convencional. “Aqui cultivamos brócolis, repolho, couve chinesa, abobrinha, pepino, tudo orgânico e da melhor qualidade, sem nenhuma aplicação de produto químico”, disse o agricultor. SECA, GRANIZO, GEADA. QUANDO O CLIMA NÃO ESTÁ AO SEU LADO... ...NÓS ESTAMOS VERDE RURAL CORRETORA DE SEGUROS (43) 3344-0888 - Rua Gago Coutinho, 281 - Jd. Caravelle Londrina - PR - CEP 86039-190 [email protected] / www.verderural.com.br 10 janeiro de 2008 Avicultura - O programa de combate à entrada da gripe aviária no Pr envolve cerca de R$ 1,3 milhão O g ove r n a d o r Roberto Requião entregou, no dia 20 de dezembro, 20 veículos para atender a política de sanidade na avicultura do Paraná. Além dos veículos, foram entregues mais 161 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para atender a necessidade de proteção dos técnicos que vão atuar no Programa de Prevenção à Infuenza Aviária. Segundo o secretário Valter Bianchini, a iniciativa é uma demonstração da prioridade que o governo do Paraná está dando a sanidade e defesa agropecuária. O objetivo é garantir o acesso a melhores mercados e mais renda ao agricultor paranaense. O apoio ao Programa de Prevenção à In- fluenza Aviária envolve R$ 1,3 milhão, sendo R$ 600 mil do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e o restante, em contrapartida do governo do Paraná. Investimentos O governo do Paraná investiu, em 2007, R$ 20 milhões na política de sanidade e defesa agropecuária, dos quais 15% foram destinados para a avicultura, ou seja, cerca de R$ 3 milhões. Esses recursos financiam o custeio, pagamento de técnicos e manutenção da estrutura de laboratórios. Além disso, o Paraná recebeu mais R$ 4,7 milhões do governo federal para reforçar a política de sanidade, explicou Bianchini. Parte dos recursos para a avicultura foi utilizada no georeferenciamento realizado em 10.900 propriedades com mais de 100 aves. Com esse levantamento, é possível atender de forma emergencial focos da doença em qualquer propriedade do Estado. Além disso, o governo está contratando 440 técnicos entre funcionários aprovados em concursos públicos realizados no Iapar, Emater e Seab, para reforçar as equipes de pesquisa, assistência técnica e atendimento aos produtores rurais. Proteção Para Bianchini, a política de sanidade agropecuária está garantindo proteção à avicultura do Paraná que já se destaca como principal estado produtor e promete brigar também pela lideran- Da relação de seis frigoríficos impedidos de fornecer carne de frango in natura, no final do ano passado, quatro foram liberados para a comercialização após cumprirem as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de respeitar ao limite máximo de 6% de absorção de água no frango. A medida foi anunciada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/ Mapa), que liberou a comercialização do frango às empresas do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso. De acordo com o diretor do Dipoa/Mapa, Nelmon Oliveira da Costa, as empresas cumpriram as determinações da Lei nº 7.889/89, do Código de Defesa do Consumidor e da Portaria nº 210/1998. A legislação estabelece que as empresas devem revisar seu Programa de Prevenção e Controle de Adição de Água aos Produtos, com a descrição dos controles de qualidade executados, como prevenção de fraudes econômicas. Água no Frango A água excedente no frango é decorrente Divulgação Venda de frango em quatro frigoríficos é liberada do processo de resfriamento das carcaças e deve estar em quantidade máxima de 6%, para não lesar o consumidor quanto ao peso total do produto. Se uma empresa comercializa o frango com adição de 16% de líquido, por exemplo, o consumidor perde 100 gramas em cada quilo adquirido. Antes da suspensão, os estabelecimentos foram advertidos e multados em até R$ 25 mil por infração. Na seqüência do processo, o Mapa encaminhou os dados ao Ministério Público para a instauração de procedimentos civis cabíveis. Liberação Após adotar as recomendações do Dipoa/Mapa de revisar todos os processos de controle de qualidade em todos os lotes produzidos, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) comprovou que os procedimentos exigidos pela legislação foram integralmente cumpridos por quatro empresas que tiveram liberada a comercialização de seus produtos. Os frigoríficos liberados para a comercialização do frango são: Eleva Alimentos S.A. – SIF 1449 – Rio Grande do Sul; Anhambi Alimentos Oeste Ltda – SIF 1678 - Mato Grosso; Recanto do Sabiá Alimentos Ltda – SIF 4044 - Minas Gerais; e Avenorte Avícola Cianorte Ltda – SIF 4232 – Paraná. AEN/PR Governo entrega equipamentos de prevenção ça na exportação de carne de frango em 2008. Ele destacou também outras políticas de apoio à avicultura no Estado como Programa de Avicultura Noturna (PAN) onde os aviculto- res serão beneficiados com 60% no desconto da tarifa de energia consumida nos aviários durante a noite. Os veículos serão enviados aos 20 núcleos regionais da Seab Produção de frango crescerá 3,3% ao ano até 2018 Copacol repassa R$ 3 milhões aos associados A produção da carne de frango crescerá 3,3% ao ano até a safra 2017/2018, revela estudo divulgado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O levantamento prevê que, nesse período, a produção de carne bovina aumentará 2,5% ao ano e a suína, 1,86% ao ano. Segundo o ministro, a carne de frango é a mais consumida no país atualmente, ficando em segundo lugar a bovina e depois a carne suína. Ele se baseou em dados da Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação às exportações, até 2017 a taxa de crescimento das exportações de carne bovina será de 6,18% ao ano; a de suínos, 4,85%, e a de frango, 3,49% ao ano. As exportações de carnes em 2017/2018, no conjunto, estão projetadas em 32,1 milhões de toneladas, podendo chegar a até 38,8 milhões de toneladas, o que representa 45,5% a mais que os 26 milhões de toneladas exportados na safra 2006/2007. Depois de um ano marcado por preços em alta e crescimento na produção de grãos, os associados da Copacol têm um motivo a mais para comemorar. Somando a antecipação de 50% das sobras dos cereais, considerando o movimento de cada cooperado durante 2007, e o pagamento de 15 centavos a mais aos avicultores por cabeça de frango entregue no último lote, a Copacol irá repassar aos associados R$ 3 milhões. A distribuição será feita conforme o volume de produção. O anúncio do repasse de recursos foi feito pelo presidente da Copacol, Valter Pitol, durante Reunião Conjunta dos Comitês, realizada no dia 14 de dezembro, na Aercol de Cafelândia. O evento, que reuniu mais de 450 associados, contou com a presença de integrantes dos comitês singulares de Cafelândia, Nova Aurora, Jesuítas, Formosa do Oeste, da coordenação dos 21 Grupos Femininos e dos quatro Grupos de Jovens da Cooperativa. Ano Positivo Segundo Pitol, 2007 foi um ano bom em termos de produção e preços agrícolas. Outro fato e estarão à disposição para atender o deslocamento de técnicos para o monitoramento, controle e atendimento emergencial de doenças na avicultura. Da Redação positivo foi a disposição dos produtores em aplicar ainda mais as tecnologias repassadas pelas equipes técnicas durante o ano em dias de campo. O presidente lembra ainda que a atividade avícola também está fechando o ano com bons resultados, apesar do aumento significativo do custo de produção frente as principais matériasprimas utilizadas para a fabricação de rações. Valter Pitol destacou ainda a obra do Abatedouro de peixes, que foi iniciada em 2007 para ser concluída em março de 2008. Com a nova atividade, a cooperativa permitirá que os associados tenham mais uma opção de trabalho em sua propriedade. Outro investimento que será finalizado em 2008, será a duplicação da UPL (Unidade de Produção de Leitões) que passará a produzir 5 mil leitões por mês a partir de julho. “Estes resultados satisfatórios ocorreram graças à participação de todos os associados e ao eficiente trabalho de administração realizado em conjunto pelos diretores. Mas não podemos deixar de pensar nos desafios que teremos que superar em 2008”, reforça o presidente. Abimilho empossa nova diretoria para bienio 2008/09 A Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho) empossou sua nova diretoria em dezembro, para conduzir os trabalhos da entidade no biênio 2008-2009. “Vamos dar continuidade ao esforço para conferir maior visibilidade e peso político à entidade e investir em ações para promover o aumento do consumo humano de derivados de milho”, diz o novo presidente da Abimilho, Nelson Kowalski. Uma das principais iniciativas da entidade para apoiar o aumento do consumo humano de derivados de milho é a realização do III Prêmio Abimilho de Jornalismo, que vai distribuir R$ 20.000,00 em premiações para as melhores reportagens publicadas sobre a utilização de milho e derivados no preparo de alimentos. Mais informações sobro o prêmio podem ser conferidas no site da Abimilho: www. abimilho.com.br. Nova Diretoria A nova diretoria é composta pelos seguintes representantes: presidente - Nelson Kowalski (Kowalski Alimentos); vice-presidente - César Borges de Sousa (Caramuru Alimentos); vice-presidente - Paulo Sérgio Guimarães Santos (Gem Agroindustrial); vice-presidente - José Ronald Rocha (Nutrimilho Alimentos); vice-presidente - Valdenício Rodrigues de Andrade (Roan Alimentos); vice-pre- sidente - Armando Santos de Almeida (Adram Indústria e Comércio); primeirosecretário - Alberto Conik Filho (National Starch); segundo-secretário - Wanderlei Catelan (Gem Agroindustrial); primeirotesoureiro - Valdeci Sebastião da Cruz (Adram Indústria e Comércio); e segundotesoureiro - Wanderlei Faganello (Caramuru Alimentos). O conselho técnicoeconômico é formado por: Carlos André dos Santos (Adram Indústria e Comércio); Rogério Silveira Cintra (Gem Agroindustrial); João Reginaldo Kowalski (Kowalski Alimentos); Ângela Limeira (Asa Indústria e Comércio); e Sueli Strazzi (Caramuru Alimentos). 11 janeiro de 2008 Biocombustível - empreendimento no PR terá uma capacidade de produção de 113 milhões de litros por ano A Secretaria da A g r i c u l t u ra e do Abastecimento do Paraná inicia em 2008 o trabalho de organização dos produtores rurais da região Centro-Sul do Estado para que possam atender à demanda por oleaginosas que será gerada com a instalação da usina de biodiesel da Petrobrás no município de Palmeira. “O Paraná entra definitivamente para a era do biodiesel com a instalação da maior usina de processamento no País, conforme anúncio da Petrobrás”, disse o secretário Valter Bianchini. O desafio da Secretaria, segundo o secretário, será promover a diversificação das pequenas propriedades rurais, que hoje dependem das culturas do fumo, soja e de um pólo leiteiro que está surgindo na região. “A produção de oleaginosas para fabricação de biodiesel representa mais uma alternativa de renda para os agricultores e ainda potencializa as opções de culturas de inverno”, observou Bianchini. Conforme estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral), serão cultivados cerca de 165 mil hectares com plantas oleaginosas para atender as necessidades da usina. O projeto da Secretaria prevê o envolvimento de aproximadamente 20 mil agricultores familiares na região Centro-Sul. cultores familiares, capacidade de produção de matéria-prima pela Agricultura Familiar, logística de transporte rodoviário e ferroviário e proximidade dos centros consumidores de óleo diesel. A Petrobrás está negociando com a Prefeitura de Palmeira a doação de um terreno onde será construída a primeira usina de biodiesel de grande porte no Estado, que será a maior do País, disse o engenheiro agrônomo do Deral, Richardson de Souza. Investimentos Protocolo A estatal vai investir R$ 120 milhões e terá uma capacidade de produção de 113 milhões de litros por ano, devendo absorver matéria-prima não só de Palmeira, mas de todos os municípios da região Centro-Sul, que A instalação da usina de biodiesel no município de Palmeira faz parte de um protocolo de intenções firmado entre a Petrobrás e o governo do Paraná. A escolha do município foi da Petrobrás, em função da concentração de agri- Começou a vigorar, no dia 1º de janeiro, a mistura obrigatória de 2% de biodiesel ao diesel mineral (B-2). Para garantir as metas do governo, “teremos que avançar na organização dos produtores rurais e estimular o aumento da oferta de matériasprimas para garantir o abastecimento do setor industrial a preços competitivos”, diz o secretário de Produção e Agroenergia (SPAE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone. Ele explica que a adoção de políticas públicas voltadas para o incremento da oferta dessas matérias-primas, em uma ação articulada com o setor industrial, deverá contribuir para a consolidação do biodiesel na matriz energética nacional, com geração de emprego e renda aos pequenos produtores. De acordo com o diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia da SPAE, Alexandre Strapasson, para subsidiar os investimentos na produção de matérias-primas para o biodiesel, o Mapa está investindo no zoneamento de risco climático, identificando o potencial de cada região para a produção de oleaginosas. “Foram publicados estudos para o algodão, amendoim, dendê, giras- Divulgação Mistura obrigatória de biodiesel começa a vigorar sol, mamona e soja”, informa. Strapasson acrescenta que o Ministério, por meio da Embrapa, tem investido fortemente na pesquisa agrícola de culturas de oleaginosas para a produção de biodiesel. Divulgação Usina de biodiesel vai beneficiar 20 mil agricultores Canola é uma das opções para a produção de óleos vegetais na região Centro-Sul é típica da Agricultura Familiar e que concentra um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Um empreendimento desse porte traz também a oportunidade para a região produzir duas safras, de inverno e verão, que proporcio- narão mais renda aos agricultores”, destacou o secretário Bianchini. Para o trabalho de organização dos agricultores familiares, a Secretaria da Agricultura vai recorrer ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e ao Instituto Emater de Extensão Produtores aderem ao plantio de mamona 3º Curso de Especialização no Setor Sucroalcooleiro será em Brasília Mais de 500 agricultores familiares no Paraná estão aderindo ao plantio de mamona na safra 07/08 para produção de biodiesel. Nos contratos, firmados com a Brasil Ecodiesel, deverão ser ocupados 724 hectares com mamona, com plantios concentrados nas regiões Norte e Central do Estado. A empresa oferece garantia de pagamento de R$ 0,75 o quilo de mamona, preço considerado bom porque cobre os custos de produção, disse o técnico. A empresa também se responsabiliza pelo fornecimento de sementes e assistência técnica. O setor que mais cresce no agronegócio brasileiro terá neste ano a 3ª edição do curso de especialização com módulo específico para profissionais da área, que ocorrerá em Brasília/DF. “Investimento, Planejamento e Gestão no Complexo Agroindustrial Sucroalcooleiro” é a terceira turma do curso de especialização, desenvolvido pelo Pecege (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Agronegócio), da Esalq/USP. As inscrições foram abertas em dezembro de 2007 e o início das aulas está previsto para maio de 2008. O conteúdo trans- Rural. Esses órgãos irão orientar tecnicamente os agricultores na opção pelo cultivo de oleaginosas como soja, girassol, canola, nabo forrageiro, mamona e amendoim, que se adaptam às condições de clima e solo da região Centro-Sul. Da Redação mitido integra as áreas agrícola, industrial e administrativa do setor sucroalcooleiro, abordando as variáveis que influenciam os principais índices técnicos dos setores agrícolas e industriais e como eles interferem na rentabilidade da usina. O curso é certificado pela Esalq/USP e ministrado por professoresdoutores desta Universidade e de outras unidades da USP, além de profissionais de renomada experiência no setor privado. Mais informações: Pecege/Esalq/USP – Piracicaba/SP, pelo telefone: (19) 3429-8857 - com Érica/ Mariana/Eloísa, ou pelo email: [email protected] 12 janeiro de 2008 informe publicitário O dia 13 de dezembro de 2007 entrou para a história da concessionária Toyopar Jabur. Foi nesta data que a empresa recebeu a certificação TSM - Marketing de Serviços ao Cliente Toyota, prêmio que atesta a máxima qualidade em serviços de pós-venda. A solenidade de certificação aconteceu na própria Toyopar, que preparou a recepção dos membros da Toyota e reuniu todos os seus funcionários. A Toyota - maior montadora do mundo - inaugurou o programa TSM em 2002 e, desde então, criou um grande sentimento de disputa entre os 123 distribuidores do Brasil. Para uma oficina candidatar-se ao prêmio, é necessária uma total reformulação da configuração dos processos de trabalho, mudança essa que dura meses e passa pela diretoria e por todos os funcionários. Os analistas do programa TSM avaliam a concessionária nos critérios Atendimento, Organização, Meio Ambiente, Segurança no Trabalho, além de exigir Instalações adequadas e com capacidade para oferecer ao cliente um atendimento diferenciado, inclusive com horários pré estabelecidos para recepção e entrega dos veículos. O “check-list”da qualidade possui um total de 1.060 pontos. Dos 123, apenas 39 autorizados no Brasil conquistaram o selo TSM. E agora, com 1.000 pontos na avaliação, no momento em que completa 15 anos a Toyopar une-se a este seleto grupo. “A certificação assegura que estamos no rumo certo para atingir a excelência no atendimento aos nossos clientes, ao mesmo tempo em que nos impulsiona a melhorar a cada dia, com a pratica da melhoria contínua”, declara Maria Cristina Ibraim Jabur, presidente da Toyopar Jabur. Divulgação TOYOPAR JABUR É PREMIADA PELA TOYOTA Rede News Evento - Feira realizada pela Coopavel vai apresentar projetos de diversos segmentos da cadeia produtiva “Show Rural 2008 da Coopavel é uma escola a céu aberto para os agricultores familiares”, garante o engenheiro agrônomo Renato Jasper da Emater de Cascavel, instituto estadual vinculado à SEAB/ PR, destacando que a mobilização dos técnicos da região nos preparativos é intensa e a organização dos agricultores familiares para conhecerem as novidades já está acontecendo, especialmente entre os pequenos produtores rurais. Um deles é visitante de carteirinha, o Primo Fontanela, 54 anos, do Bairro Paróquia Jardim Itália, que já colocou em prática no seu sítio de 17 hectares os conhecimentos observados na edição retrasada do evento. Ele plantou meio hectare de uva rústica em 2006, fez enxertia em 2007 e em 2008 colhe a primeira safra de dois mil quilos. A outra visita muito esperada é a da família do pequeno produtor de leite, Paulo Suskievitz e sua esposa Ana, da Linha Scanagatta, que nunca pas- sou pelo evento. Agora, tomou gosto e está se articulando com a vizinhança, e tem esperança de trazer novidades para melhorar a atual lida das 32 vacas leiteiras e quem sabe aumentar bem a produção diária dos atuais 10 litros de leite por animal. Estes dois produtores rurais fazem parte do perfil dos 120 mil visitantes esperados pela Emater durante o período de 28 de janeiro a 1º de fevereiro. E para encantá-los, os atrativos estão sendo preparados criteriosamente, baseados nas oportunidades de melhoria da renda e da ocupação da família rural. São 80 extensionistas e parceiros envolvidos para atenderem as expectativas tecnológicas do público durante os cinco dias de participação no Show Rural. Cadeias Regionais O foco da participação do Emater no Show Rural 2008 da Coopavel utiliza como estratégia facilitadora a abordagem territorial, mostrando que o desenvol- vimento rural sustentável passa pela integração dos municípios e de parceiros, comprometidos com a inclusão social, o fortalecimento das economias locais e a recuperação e preservação dos recursos naturais, destaca Jasper. O público alvo desse trabalho de difusão tecnológica é o agricultor familiar, seja ele pequeno produtor, trabalhador rural, meeiro, parceiro e assentado, que terá a oportunidade de se organizar em excursões municipais e conhecer, em detalhes técnicos, as três principais cadeias da agropecuária regional. Pecuária de Leite Na do leite, assegura o extensionista Jasper, serão mostradas a produção à pasto; a transformação do leite em produtos de qualidade da agroindustrial familiar, que também serão expostos prontos para comercialização e consumo; a implantação do sistema silvipastoril, que tem como meta o plantio de árvores dan- Emater/PR Show Rural 2008 atrai milhares de produtores rurais Unidades dirigidas aos pequenos produtores são uma das principais atrações do evento do conforto térmico aos animais e melhorando a produtividade da carne e do leite; os procedimentos corretos de ordenha, da análise até o tratamento de efluentes. As cadeias produtivas da fruticultura e da olericultura ganham destaque, com apresentação da vitivinicultura, desde a formação e condução do parreiral da uva, enxertia, controles de pragas, embalagem, classificação e passando pela elaboração de suco e vinho. Tomate, pepino e vagem em produção também são mostrados nos seus sistemas de cultivo a céu aberto, em estufas, limpeza e processamento, agroindustrialização familiar, rotulagem e comercialização. A Emater participa do Show Rural da Coopavel desde 1995. Hoje ocupa uma área de 30 mil metros quadrados. Para Jasper, essa edição de 2008, baseada no mote Agricultura Familiar – Desenvolvimento Sustentável e Segurança Alimentar, vai agradar sobremaneira os visitantes, “porque será uma exposição diferente, e começa com a demonstração de mudança da matriz tecnológica, onde buscamos mostrar menor dependência de capital intensivo e adequado as reais condições do agricultor familiar”. Da Redação Bayer apresenta limpador Comanche vai investir Merial adquire o laboratório e desinfetante US$ 14 milhões na Bahia veterinário Ancare A Bayer HealthCare lançou, no final do ano passado, os novos produtos do Programa de Biossegurança da empresa para o mercado de aves e suínos: o limpador Cleanagol e o desinfetante Delegol. Delegol é um desinfetante que possui amplo espectro de atividades contra os microorganismos. É indicado como desinfetante geral, para uso em pedilúvios e rodolúvios, e desinfecção de caminhões, equipamentos e instalações. Permite que concentrações mais baixas sejam utilizadas, diminuindo o potencial tóxico, mas com poder de eficácia muito mais elevado. Cleanagol é um limpador de uso geral de última geração, capaz de remover as sujidades impregnadas em caminhões, equipamentos e instalações, como estruturas de concreto e metálicas, pisos, beirais dos galpões, plásticos, chapas galvanizadas, emborrachados dos sistemas de ar, exaustão e cortinas, entre outros. Possui um amplo poder de limpeza através da quebra da tensão superficial da água, o que possibilita a formação e remoção das micelas de forma rápida e eficiente. Ambos os produtos são biodegradáveis e de base aquosa, o que garante a segurança do meio ambiente. O grupo Comanche Clean Energy, produtora de biocombustíves de capital norte-americano, vai ampliar os investimentos no Estado da Bahia. Serão investidos US$ 14 milhões para a expansão da planta de biodiesel do grupo, localizada no município de Simões Filho, para a aquisição de novas áreas de plantio no interior do Estado e também para incentivar a agricultura familiar - uma das principais fontes de insumos da usina. “A Bahia oferece uma série de vantagens para a produção de biocombustíveis. Nossa planta tem uma localização estratégica, com uma boa logística de transportes. Além disso, há diversidade de matériaprima, proveniente tanto do agronegócio quanto da agricultura familiar. Para finalizar, há no Estado áreas com elevado potencial para o desenvolvimento de novas culturas”, afirma João Pesciotto, vice-presidente de Novos Negócios do grupo Comanche. Cerca de US$ 4 milhões serão utilizados para a implementação de uma nova unidade reacional na usina, que foi adquirida pela Comanche em abril de 2007. A planta terá capacidade de produção de 100 milhões de litros de biodiesel ao ano. A Merial, uma das líderes mundiais em produtos para saúde animal, com faturamento global de US$ 2,2 bilhões e atuação em mais de 150 países, anuncia a aquisição do laboratório veterinário neozelandês Ancare. O negócio inclui todas as operações comerciais e industriais da empresa na Austrália e Nova Zelândia, onde ocupa posição de destaque, especialmente nos segmentos de antiparasitários para animais de produção e forte tradição em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. Com a operação, a Merial fortalece sua liderança mundial em saúde animal e, especialmente, suas operações na Austrália e Nova Zelândia, importantes centros de produção de carne e leite, respectivamente. Nestes países, a marca Ancare tem importante linha de produtos para pecuária, ovinocultura, caprinocultura e pequenos animais. Esses produtos são, agora, incorporados pela Merial. Eles conservarão as marcas originais, ao menos na Oceania, e devem ser distribuídos para outros mercados onde a Merial atua, inclusive nos grandes centros da América Latina.
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