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Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2 Biocombustíveis – Cana-de-açúcar é um dos principais destaques de Conferência Internacional Pesquisadores e produtores debatem o futuro do Álcool Divulgação A agroenergia será um dos principais temas da Conferência Internacional dos Biocombustíveis, agendada para o mês de outubro em Brasília. Quatorze dos mais renomados técnicos do Brasil e do mundo vão debater o assunto, que inclui a discussão dos cenários e das novas tecnologias da cana-de-açúcar, as opções e vantagens de cada uma das fontes de matérias-primas para a produção de biodiesel. Pág. 10. Pinhão-manso garante renda ao pequeno produtor Aliança Mercadológica apresenta logomarca no Rural Tecnoshow Lavoura pode ser uma boa alternativa de geração de renda para a agricultura familiar. Índices de rentabilidade do óleo da planta estão entre os mais elevados em comparação com outras culturas. Pág. 11. PhotoView Imagens Exportações brasileiras de carnes crescem nos primeiros sete meses A união dos produtores de gado da região para competir no mercado interno está consolidada e será formalizada com o lançamento da logomarca da Aliança Mercadológica de Carne Bovina de Londrina, durante a realização do 2º Rural Tecnoshow, no início de outubro, no Parque Governador Ney Braga. Pág. 8. Bianchini anuncia novos investimentos no setor agropecuário Nos primeiros sete meses de 2007, as exportações de carnes praticamente se equipararam aos embarques do complexo soja. De janeiro a julho de 2007, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as divisas obtidas pelo complexo soja totalizaram US$ 6,7 bilhões. Pág. 12. Os proprietários rurais de todo o Brasil devem entregar até o dia 28 de setembro, o Imposto sobre a Propriedade Territorial (ITR) de 2007 à Secretaria da Receita Federal, conforme a Instrução Normativa 745, e o formulário Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Pág. 16. Setor leiteiro aposta em expansão Com uma produção estimada em 2,6 bilhões de litros produzidos em 2006, o Paraná já disputa com Goiás a segunda colocação no ranking nacional de produção de leite. O estado responde por 10,3% da produção nacional e Goiás responde por 10,8%. Pág. 6. AEN/PR Integrada investe nas regiões Norte e Noroeste do Paraná A Cooperativa Integrada inaugurou em julho sua maior unidade de recebimento, localizada em Maringá, Noroeste do Estado. A cidade de Ribeirão Claro, na região Norte, conta também com uma unidade da Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade, vai receber café e ser um posto avançado para comercialização e suporte aos produtores da região. Pág.4. Divulgação Prazo final para o ITR é 28 de setembro O secretário de agricultura do Estado, Valter Bianchini, concedeu entrevista exclusiva ao Agrojornal Brasil e mencionou quais serão os próximos investimentos do Governo para a agropecuária paranaense. Pág.9. Brasil lidera recolhimento de latas de alumínio MAPA faz auditoria no setor de sanidade de aves do PR Venezuelanos visitam o Instituto Agronômico Programa de Turismo Rural é lançado no Paraná Projeto inclui carne suína na política de preços mínimos A Associação Brasileira do Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informaram que o país reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mercado interno, em 2006. Segundo dados, foram recicladas no ano passado 139,1 mil toneladas de sucata de latas. Pág. 14. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento concluiu no final de julho a auditagem no setor de sanidade de aves do Paraná. Quatro auditores fiscais federais estiveram no Estado para verificar as condições do sistema de defesa sanitária das aves para prevenir enfermidades, em especial a da Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Pág. 13. Cerca de 20 produtores rurais e técnicos venezuelanos estiveram no início de agosto no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) - autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Eles tiveram palestras sobre comercialização de café, metodologias de difusão de tecnologia e receberam certificados de encerramento do curso. Pág. 15. Os agricultores interessados em explorar o turismo rural poderão recorrer às linhas de crédito previstas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investimentos) para financiar as benfeitorias necessárias nas propriedades. No Paraná, o Pronaf deverá destinar cerca R$ 1,2 bilhão para o custeio da safra 2007/08. Pág. 8. O projeto de lei que inclui a carne suína na pauta de produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), tramita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. De acordo com a proposta, serão beneficiados os pequenos e médios produtores rurais e as cooperativas. Pág 7. 2 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Editorial Opinião Otimismo no campo Estamos bem próximo do início do plantio da safra de verão 2007/2008. Com um pequeno crescimento nos preços dos produtos agrícolas, o setor se mantém otimista com um provável avanço da produção nacional de grãos, principalmente do milho e da soja. O setor canavieiro vive a expectativa de aumento, graças aos investimentos que estão em andamento no Centro-Sul do país. Na atividade pecuária, o agropecuarista também está animado com a valorização do preço do leite. E a constante procura pelo rebanho comercial em várias praças do Brasil, como por exemplo, nos remates da Expointer, em Esteio, representam um bom termômetro deste aquecimento do mercado. Em Londrina, no início de outubro, teremos o 2º Rural Tecnoshow, que servirá de parâmetro para os criadores do estado do Paraná e de regiões vizinhas. Leilões, palestras técnicas e fóruns de debate integram a sua agenda, e o evento promete reunir milhares de produtores rurais. É certo que a distribuição de renda no campo, essencialmente da porteira para dentro, ainda deixa muito a desejar. Mas, quem sobrevive da atividade agropecuária há anos sabe que sempre atrás da tempestade vem a bonança. Se o homem do campo, nos últimos anos, enfrentou crises devastadoras para o seu bolso, chegou o momento de recuperar o tempo perdido. Que esta nova safra seja farta! Carta do leitor Nós do Instituto Estadual de Extensão Rural Paranaense - Emater - parabenizamos a equipe do Agrojornal Brasil pela iniciativa de colocar no mercado editorial esse importante e oportuno veículo de comunicação social, que mostra também o espírito empreendedor londrinense ao ocupar espaço dentro da imprensa nacional, com foco na realidade rural brasileira. Nosso desejo é de sucesso e que a pauta contemple, sempre, temas que promovam a inclusão social para redução das desigualdades regionais e o resgate do passivo ambiental. Queremos, nessa relação de parceiros, como fonte de informação jornalística, contribuir para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar do Paraná. Conte conosco! Arnaldo Bandeira Diretor-Presidente da Emater Expediente Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2 Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro Edição 2 – Ano I - Circulação Nacional Agosto de 2007 O Agrojornal Brasil é uma publicação mensal da Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda. Conselho Editorial Leonardo Mari Olavo Alves Sérgio Mari Jr. Editor Chefe Olavo Alves Mtb 4285/17 Editoria de Arte Cedilha Comunicação e Design Colaboradores Mie Francine Chiba, Mariana Dib Fabre, Flávio Augusto de Almeida, Paulo Rogério Nozi e Marcus Vinicius Rodrigues da Silva Departamento Comercial Cedilha Comunicação e Design Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7 CEP 86061-000 Londrina - PR Telefone: (43) 3025 3230 E-mail: [email protected] Impressão Gráfica Gazeta do Povo - Londrina Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O Agrojornal Brasil não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados. A vulnerabilidade do campo O agronegócio tem-se mostrado extremamente competente ao produzir dentro da porteira, mas vulnerável às decisões que o país adota para os produtos agrícolas. Enquanto os produtores respondem com aumento de safra e de produtividade, o governo federal busca soluções definitivas para antigas pendências, como o endividamento agrícola e a sanidade animal e vegetal. Esses são dois dos principais pontos de uma agenda de trabalho, posta em prática pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na defesa sanitária animal, é inaceitável perder bilhões de reais por falta de um bom controle sanitário, seja na febre aftosa, na brucelose ou na tuberculose dos animais. Na área vegetal, a ferrugem asiática trouxe um prejuízo de R$ 2,19 bilhões, na última safra. Outro ponto da agenda se refere ao seguro rural contra efeitos adversos do clima. A solução sugerida por especialistas é a formação de um Fundo de Catástrofe, cujo projeto de lei, elaborado pelos ministérios da Fazenda e da Agricultura, ouvindo os segmentos seguradores e a área rural, encontra-se pronto para ser enviado ao Congresso Nacional. A infra-estrutura e a logística são também, duas preocupações da agenda. Sem esquecer as rodovias, será preciso, ainda, intensificar os investimentos em hidrovias e ferrovias. O mesmo nível de preocupação são os investimentos nos portos, visando a tarifas mais competitivas. Por outro lado, é necessária a reforma do sistema de serviços de cabotagem. Por exemplo, o custo de transporte do Sul para o Nordeste é superior ao do Brasil para a China. Sobre esses itens, ou seja, infra-estrutura, logística e cabotagem, há estudos prontos, e o processo de decisão está sendo encaminhado. As negociações internacionais, também, fazem parte das prioridades do Ministério. A Organização Mundial de Comércio precisa ser mais favorável aos nossos produtos para reduzir tarifas de proteção, estimadas de 15% a 65% na China; de 30% a 270% na União Européia; de 12% a 350% nos Estados Unidos; e de 40% a 182% na Índia, entre outras. A bioenergia é outro ponto da agenda de prio- ridades. Em 2007, a produção já cresceu 11,2 por cento. As estimativas de expansão indicam a utilização de uma área adicional de até 10 milhões de hectares, na próxima década - um percentual pequeno, no conjunto dos 300 milhões de hectares utilizados pela agricultura e pecuária. De qualquer forma, devemos acompanhar a expansão da cana-de-açúcar e das oleaginosas utilizadas para o biodiesel. Para isso, são necessários o zoneamento e o estabelecimento de critérios socioambientais. Entre as prioridades está, ainda, o nível da taxa de juros ao crédito rural e sua importância para o uso de tecnologia no campo. Há quase dez anos, o governo fixou os juros para o setor em 8,75 por cento. Como a inflação caiu e o mesmo ocorreu com a taxa Selic, é natural esperar que os juros rurais sejam reduzidos também, como está acontecendo agora. O último ponto da agenda de prioridades trata dos insumos agrícolas. Na área dos defensivos, um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil revisou o decreto que tratava do uso dos produtos. Como resultado, observouse, já na safra 2006/2007, a redução de, em média, 15% nos preços em relação à safra anterior. Progrediuse muito, graças às novas regras e à aceitação dos genéricos. E, embora esforços ainda precisem ser feitos, o assunto está bem conduzido. Dentre os insumos, os fertilizantes têm um papel estratégico. Hoje, a demanda nacional é de 22 milhões de toneladas, e, desse total, produzimos somente 9 milhões de toneladas. Em 2015, a demanda será de 30 milhões, e, mantida a capacidade instalada da indústria, teremos que importar mais de 20 milhões de toneladas. Um grupo de trabalho foi incumbido de encontrar uma saída para romper essa dependência. Essa agenda de prioridades não pertence ao Ministério da Agricultura, tampouco ao ministro. E, sim, a todos que, de alguma forma, são responsáveis pelo nosso desenvolvimento. Isto inclui governos, a classe política, sindicatos, associações, cooperativas e produtores. Autor: Reinhold Stephanes Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Metas do açúcar, etanol e bioeletricidade A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que serão construídas 86 plantas industriais até 2012, com investimentos da ordem de US$ 17 bilhões. Entendo que há três pilares centrais de ação, igualmente prioritários, que se colocam para o Brasil firmar a sua liderança global neste setor: demanda, competitividade e sustentabilidade. O primeiro desafio é o de gerar demanda para toda a oferta canavieira que vem por aí. É preciso lutar contra a ciclotimia que mantém o humor dos empresários, variando entre o desespero e a euforia em decorrência da volatilidade dos preços das commodities. Parte do problema decorre da desarmonia tributária e das enormes flutuações na taxa de câmbio real. Uma área fundamental de ação no mercado interno é a bioeletricidade. O governo acaba de anunciar a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, que custará R$ 7,2 bilhões para gerar cerca de 1.350 Megawatts. A biomassa da cana já vai exportar cerca de 2 mil MW para a rede elétrica, podendo chegar a mais de 20 mil MW em 2020, o que representaria 20% das necessidades do País ou duas Itaipus. Trata-se de energia elétrica renovável, limpa, de baixo impacto ambiental, plenamente disponível no coração dos centros de consumo e complementar à sazonalidade hidrelétrica. Para tanto é fundamental definir preços que remunerem adequadamente essa nova modalidade de energia, além de melhorar o acesso e a conexão das centrais de co-geração ao sistema elétrico e simplificar o processo de outorga e licenciamento ambiental dos projetos. Outro desafio é consolidar o mercado mundial de biocombustíveis, que ainda está engatinhando. O etanol tem todas as qualidades para se firmar como uma commodity energética global, produzida de forma ambientalmente correta e socialmente justa. É necessário lutar incessantemente contra o elevado protecionismo nos mercados de açúcar e de etanol. Na área da competitividade, o problema mais imediato é a necessidade de unificar a alíquota do ICMS em todo o território nacional, estabelecendo um tratamento para os combustíveis renováveis semelhante ao hoje conferido ao óleo diesel e ao gás natural veicular. A expansão da produção, nos próximos anos, exige esforços redobrados para melhorar a infra-estrutura do País por meio da construção de alcooldutos e da integração dos diferentes modais logísticos. Na pesquisa agrícola, a meta é incentivar a biotecnologia, permitindo o desenvolvimento de variedades adaptadas às novas áreas de produção de cana, ao cres- cente uso do corte mecanizado e resistente a pragas e doenças. Na pesquisa industrial, é preciso apoiar o desenvolvimento de etanol a partir de biorrefinarias e a hidrólise do bagaço e das palhadas da cana-de-açúcar. Na área da sustentabilidade ambiental, as atenções se voltam para a antecipação da redução da queima de cana em São Paulo. O Protocolo Verde que a Unica assinou com o governo do Estado propõe o estabelecimento de um “selo de conformidade ambiental” para as empresas que eliminarem a queima da cana em áreas mecanizáveis até 2014 e em áreas não mecanizáveis até 2017. Na área social, a agenda passa pelo cumprimento rigoroso da legislação trabalhista vigente, pela requalificação de trabalhadores por conta do crescimento do corte mecanizado e pela capacitação de fornecedores e profissionais de nível médio e superior. O Brasil precisa adotar uma ação protagônica nas discussões com governos, empresários e ONGs sobre os problemas de aquecimento global, mudança climática, uso de créditos de carbono, economia de recursos naturais, biotecnologia e outras pautas globais, incluindo o debate sobre mecanismos apropriados de certificação socioambiental. Comunicação é um item transversal que cruza os três pilares citados e merece ser trabalhado com enorme atenção, buscando combater mitos e exageros que cercam o setor sucroalcooleiro, como, por exemplo: convencer a sociedade de que é possível produzir alimentos, bebidas, fibras, combustíveis e energia elétrica a partir de matérias-primas agropecuárias, de forma sustentável. É preciso insistir nas vantagens comparativas de produtividade, custo e balanços energético e ambiental do etanol de cana, ante o milho, o trigo e a beterraba, que os países ricos insistem em patrocinar, baseados no falso paradigma da obtenção da auto-suficiência agroenergética. Mostrar que, graças à incorporação tecnológica, o uso da terra no Brasil se tem caracterizado por uma crescente diversificação de culturas e integração das cadeias produtivas. Pressupostos sem base empírica, como um suposto renascimento da monocultura da cana-de-açúcar, seguindo o velho modelo das capitanias hereditárias, e o impossível cultivo dessa planta na Amazônia, precisam ser combatidos e desmistificados. O Brasil vai certamente ocupar um papel de liderança no crescimento da agroenergia no século 21. As sábias palavras de Keynes nos incentivam a lutar pelas ações aqui propostas, com muita objetividade e coordenação. Autor: Marcos Sawaya Jank - Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar Agrojornal Brasil agosto de 2007 3 Cana-de-açúcar – Queda da qualidade da matéria-prima fez com que o rendimento na atividade industrial caísse 3,04% Clima prejudica produtividade no Centro-Sul, aponta Unica A produtividade agrícola da safra de cana 2007/08 da região Centro-Sul do Brasil registrou quebra de 3% em relação ao mesmo período da safra anterior, de acordo com levantamento da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica). Os dados referem-se ao volume processado até primeiro de julho de 2007. A queda da qualidade da matéria-prima fez com que o rendimento industrial caísse 3,04% no mesmo período, em comparação com igual período da safra anterior, de acordo com a entidade. Essa quebra deveu-se a condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento da planta, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto e Araçatuba. A Única informa que, com um terço da safra colhida até o dia primeiro de julho, o CentroSul contava com 131,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas, volume 4,42% acima do mesmo período do ano passado, representando 6 milhões de toneladas a mais. A produção de açúcar ficou em 7,34 milhões de toneladas, 700 mil toneladas abaixo do mesmo período do ano passado. Já a produção de álcool total foi de 5,56 bilhões de litros, 560 milhões de litros acima do mesmo período do ano passado. Até o momento, trata-se de uma safra mais alcooleira que açucareira, com a produção final de açúcar devendo ser semelhante à da safra 06/07, e todo o acréscimo de oferta será predominantemente para a produção de álcool. Sobre a comercialização de álcool, a Unica informou que, apesar das vendas de álcool não terem atingido o potencial de demanda, uma Divulgação Álcool A quebra na produção canavieira no Centro-Sul ocorreu devido ao mau desenvolvimento da planta vez que os preços ao consumidor não refletiram a queda do preço ao produtor, a média mensal A multinacional Abengoa Bioenergia, maior produtora de álcool da Europa, com sede em Sevilha, na Espanha, informou que adquiriu o controle total da Dedini Agro. No primeiro investimento espanhol na produção de açúcar e álcool no Brasil, o grupo gastou 497 milhões de euros, cerca de R$ 1,3 bilhão. O valor do negócio é a soma da aquisição da empresa, por 216 milhões de euros, ou R$ 568 milhões, e ainda a dívida assumida de mais 281 milhões de euros, cerca de R$ 739 milhões. A Dedini Agro possui três unidades sucroalcooleiras no estado de São Paulo, nas cidades de São João da Boa Vista, Pirassununga e Santo Antonio de Posse. Em um comunicado, a Abengoa Bioenergia informou que Divulgação Grupo espanhol compra usinas em SP Investimentos já ultrapassam a marca de R$ 1 bilhão as unidades adquiridas operam com um custo de produção entre os mais competitivos do Brasil e do mundo “graças à excelente localização das plantas, a experiência da equipe” e ainda ao fato de grande parte das terras das usinas serem próprias, bem como os contratos de longo prazo. Segundo a companhia espanhola, com o acordo a Abengoa Bioenergia passa a ser a única empresa do mundo presentes nos três grandes mercados globais de bioetanol: Brasil, Estados Unidos e Europa. de venda no acumulado de três meses foi de 1,15 bilhão de litros, atingindo 1,18 bilhão de litros do hidratado (usado nas bombas dos postos). O resultado é da segunda pesquisa da safra atual anunciado pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Segundo ele, a produção nacional destinada ao setor sucroalcooleiro e a outros fins (cachaça, rapadura, alimentação animal, semente) será de 547,2 milhões de toneladas, número recorde e 15,2% superior à colheita do ciclo passado. Comparando-se ao período anterior, o açúcar diminuiu 0,61% (185,9 mil t), resultado do preço pouco remunerador do produto no mercado, que encolheu cerca de 40% no último ano. Já o álcool cresceu 21,9% (3,8 bilhões milhões de litros, dos quais 385 milhões de litros no mês de junho. Agência Estado Exportação de cachaça cresce 15% Corol faz investimentos na A exportação da ca- Bebidas do Mapa, Graciachaça em 2006 registrou ne Gonçalves, as negociaregião Norte A Corol tem feito importantes investimentos na região da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop), desde que passou a atuar na área que pertencia a Coprocafé. Somente em Cornélio Procópio, a Corol investiu mais de R$ 7 milhões, incluindo aquisição de graneleiro, barracões, construções, benfeitorias, terrenos e máquinas. Um outro grande investimento da cooperativa será feito em Sertaneja na implantação de uma nova usina para a produção de açúcar e álcool. Os investimentos totais deverão chegar a R$ 200 milhões quando, a partir do quinto ano de instalação, a usina irá produzir 3,5 milhões de sacas de açúcar e 62,3 milhões de litros de álcool. Conab: Maior parte da produção de cana vai para a indústria A indústria brasileira vai esmagar 86,47% (473,16 milhões t) da cana-de-açúcar que será colhida na safra 2007/08. Desse total, 46,9% vão para fabricação de 30 milhões de toneladas de açúcar e 53,1% para extração de 21,3 bilhões de litros de álcool, sendo 8,6 bilhões do tipo anidro (que é misturado à gasolina) e 12,7 bilhões no mês de junho. Já as vendas de álcool para o mercado externo atingiram em três meses 760 l), motivado principalmente pela grande demanda do etanol nos mercados interno e externo. Área – A área cultivada também aumentou 12,3%, saindo de 6,2 milhões de hectares na última safra para 6,9 milhões ha. A expansão ocorreu em todo país, com destaque para os estados de MG, SP, MS, GO, MT e PR. um crescimento de 15% em relação a 2005. De acordo com levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a exportação do produto vem crescendo a cada ano. A cachaça, que começou a ser produzida em 1600 no município de Parati, no Rio de Janeiro, é a bebida brasileira mais exportada, principalmente para os países europeus e Estados Unidos. Porém, a falta de regulamentação no mercado internacional faz com que a valorização do produto não sobressaia, pois toda a produção exportada é realizada na forma a granel. No Brasil, por meio do Decreto nº 4062, de 2002, a cachaça é reconhecida como um produto típico exclusivo brasileiro. Apenas a edição dessa legislação não foi suficiente para resolver a comercialização do produto no mercado internacional. Segundo a coordenadora-geral de Vinhos e ções junto ao Ministério das Relações Exteriores já estão sendo feitas com os órgãos internacionais para o reconhecimento da cachaça como produto genuinamente brasileiro. “O reconhecimento dessa tipicidade, além de valorizar o produto vai aumentar as exportações, que só o ano passado gerou mais de 14 milhões de dólares. É o que acontece com a tequila, que é mundialmente reconhecida como bebida mexicana”. Na avaliação de Graciane Gonçalves, a cachaça deixou de ser considerada a bebida de segunda classe, tornando-se privilegiada em muitos mercados, principalmente o europeu. “Na Europa muitos apreciadores consideram a cachaça mais saborosa do que a vodca. A exportação já atingiu a 11,7 milhões de litros anualmente. Com o reconhecimento o número de exportação pode crescer mais”, garantiu. Cofercatu ampliará moagem de cana A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, recentemente, financiamento à Cooperativa Agropecuária dos Cafeicultores de Porecatu (Cofercatu), no valor de R$ 18,3 milhões. Os recursos serão utilizados para ampliar a capacidade de moagem de cana da destilaria da cooperativa, de 693 mil toneladas para 1,209 milhão de toneladas/ano. SOJA • TRIGO • AVEIA BRANCA Multiplicando Tecnologias Vendas: Vendas: (43) (43) 2101-2500 2101-2500 •• UBS: UBS: (43) (43) 3464-1232 3464-1232 Mauá Mauá da da Serra Serra -- PR PR 4 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Integrada – Nova unidade funcionará como centro logístico e centralizará o recebimento de grãos de toda região A Integrada inaugurou no começo de julho sua maior unidade de recebimento, localizada no município de Maringá. Construída para ser um centro logístico, ela tem capacidade estática de armazenagem para 50 mil toneladas. A cooperativa espera, com essa obra, agilizar o recebimento e reduzir custos operacionais. “Esta é nossa maior unidade armazenadora e foi construída seguindo os planos estratégicos da cooperativa de levar agilidade e economia aos nossos associados”, comenta o presidente da Integrada, Carlos Murate. Para o presidente da Integrada, “esse investimento estratégico em unidades de recebimento representa para os associados maior agilidade na hora de entregar a produção”, comenta. “Com unidades mais próximas da propriedade, o associado gasta menos tempo na colheita e ainda economiza no transporte,”, completa Murate. Apesar da crise que assolou o agronegócio em 2006, a cooperativa investiu mais de R$ 24 milhões na ampliação e construção de nove unidades de recebimento no Estado. A estrutura de Maringá é a última a ser entregue e seu tamanho é proposital, já que vai centralizar o recebimento de toda a região. “Maringá foi escolhida por ser uma região com alto potencial produtivo e a unidade servirá como suporte estratégico para as unidades mais próximas nos momentos de pico de safra. Além de servir como um centro logístico para transbordo e transporte ferroviário ao porto de Paranaguá”, explica o superintendente da Integrada, Jorge Hashimoto. Logística Preocupada com essa importância logística, a estrutura inau- Divulgação Cooperativa investe R$ 10 milhões em Maringá Centro logístico tem capacidade estática de armazenagem para 50 mil toneladas gurada em Maringá priorizou o setor de expedição, que conta com tombadores hidráulicos que suportam inclusive caminhões “rodo-trem”, além de um desvio ferroviário com capacidade para escoar 1.200 toneladas de produtos. O cooperado Edílson Komagome entrega sua produção na unidade de Floresta, vizinha de Maringá, e será um dos beneficiados com a nova Integrada apóia cafeicultura em Ribeirão Claro rapidinho eles me atende”, conta o produtor. Para João Nonato, que também planta café na região, “hoje, na ca- feicultura, se não tiver qualidade não adiantar nem tocar a cultura”, comenta. “A vinda da Integrada para nossa região Cooperativa do ano: Cocamar, Lar e Coagru recebem premiação As cooperativas paranaenses Cocamar (Maringá), Lar (Medianeira) e Coagru (Ubiratã) receberam no início de agosto, em Brasília (DF), o Prêmio Cooperativa do Ano 2007. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, acompanhou a cerimônia de entrega da premiação. Para Koslovski esse resultado espelha o alto nível de profissionalização que as cooperativas do Estado estão imprimindo. “Isso se reflete não só em premiações, mas na melhoria de gestão e resultados”, afirma. Das sete premiações previstas no regulamento para o setor do agronegócio, seis ficaram para cooperativas do Paraná. A Cocamar foi contemplada em três nos picos de safra, agilizando o processo de recebimento. Com as janelas de colheita cada vez menores, para nós isso representa economia de tempo e dinheiro”, comemora. Novo gerente de Agronegócios do BB visita a Ocepar O novo gerente de Agronegócios da Superintendência do Banco do Brasil no Paraná, Cezar de Cól, esteve na Ocepar no mês de julho, acompanhado do gerente atual, Sergio Roberto Mantovani, onde foi recebido pelo presidente João Paulo Koslovski, pelo superintendente adjunto, Nelson Costa, e pelo assessor da diretoria e ex-presidente Guntolf van Kaick. Cezar, que tomou posse recentemente, nasceu em Pato Branco e tem larga experiência em assuntos de agronegócio e cooperativismo, adquirida enquanto gerente do Banco do Brasil em Cascavel. Na reunião com a Ocepar os dois executivos trocaram informações sobre as perspectivas da agricultura e do cooperativismo em função das negociações das dívidas agrícolas. Mantovani está deixando a superintendência do Agronegócio para assumir a gerência da agência em Cornélio Procópio. Divulgação A região de Ribeirão Claro conta, agora, com uma unidade da Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade, vai receber café e ser um posto avançado para comercialização e suporte aos produtores da região. A região é composta, em sua maioria, de pequenos produtores e o café é a principal atividade agrícola da região. Para o produtor José Avilar Rissa Filho, a entrada da Integrada na região vai ser importante para os produtores. “O café é a principal cultura da região e a entrada da Integrada vai ajudar em todas as fases da cultura, como assistência técnica e comercialização. Quando preciso, é só ligar que estrutura da Integrada. “Mesmo não entregando minha produção na nova unidade, vou ser beneficiado indiretamente, pois esse investimento vai desafogar as unidades menores da região categorias: Qualidade e Produtividade com o projeto “programa apoio aos cooperados”. Gestão Profissional, com o projeto “Planejamento estratégico participativo” e Meio Ambiente com o “projeto cultivar”. A Lar venceu na categoria Educação Cooperativista com o projeto “Comitês por Atividades Lar” e na categoria Inovação Tecnológica com o projeto “produtividade por depalhamento e desgranamento do milho verde”. A vencedora da categoria Intercooperação foi a Coagru com o projeto Cooperação entre Cooperativas. Outros vencedores Também foram vencedores os projetos das se- guintes cooperativas – Cemil (Patos de Minas-MG), Certel (Teutônia-RS), Consul (Ipatinga-MG), Coopercarga (Concórdia-SC), Copasul (Navirai-MS), Cotripal (Panambi-RS), Credicoonai (Ribeirão PretoSP) e Unimed Erechim (Erechim-RS). O Prêmio Cooperativa do ano de 2007 teve 91 trabalhos inscritos e contemplou as cooperativas que apresentaram soluções viáveis e inteligentes para os problemas vividos pelo setor. A premiação é concedida pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) em pareceria com a revista Globo Rural. vai ajudar bastante. É um bom negócio vender café para a Integrada’, completa o produtor Augusto Serafim. Executivo do Sicredi é eleito no conselho mundial de cooperativas de crédito O diretor-presidente da Confederação Sicredi, Alcenor Pagnussatt, foi eleito, representando o Brasil, conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (WOCCU), principal associação internacional para o desenvolvimento das cooperativas de crédito do mundo. A eleição do novo conselho ocorreu durante a Assembléia Geral e Conferência Anual do WOCCU, entre 29 de julho e 01º de agosto, em Calgary, no Canadá. O evento contou com a presença de 2.405 participantes de 62 países. 5ª edição do Jovemcoop na Cocari reúne mais de 700 jovens No dia 14 de julho, filhos e filhas de associados da Cocari tiveram um dia inteiro repleto de diversão e aprendizado. Foi a 5ª edição do Jovemcoop, que aconteceu na Associação Atlética Cocari, em Mandaguari, e contou com a presença de aproximadamente 750 jovens, de mais de 20 municípios do Estado do Paraná. Com o apoio do Sescoop/PR, a cooperativa organizou uma programação para o evento com diversas dinâmicas e brincadeiras com o objetivo de integrar os participantes. O presidente da Cocari, Dorival Malacario, participou do Jovemcoop e considera muito importante a inserção de jovens no sistema cooperativista. “Acho que a solução do nosso País é o sistema de cooperativas, o qual repassa os verdadeiros valores que foram se perdendo com o tempo e que agora essa juventude tem a oportunidade de resgatar”, diz o presidente. Ao término do Jovemcoop, houve sorteio de vários brindes e distribuição de mudas nativas, doadas pelo IAP e pelo viveiro de mudas da Destilaria Cocari. Aquecimento global A Cocari inseriu na programação do Jovemcoop palestras sobre o aquecimento global, ministradas pelo professor Jerry Nunes, que leciona Geografia no Colégio Nobel e Sociologia nas Faculdades Nobel, e pelo professor Fabiano Bracht, que dá aulas de História, também no Colégio Nobel. “Devemos consumir de forma racional e consciente, principalmente cobrando daquelas empresas que produzem o que iremos consumir. Temos sempre de questionar se o que estamos consumindo são produtos biodegradáveis ou não, se têm certificados de garantia ou não, se preservam o meio ambiente ou não; se a empresa está engajada em um projeto ambiental ou não”, argumenta Nunes, que aponta o consumismo desenfreado do homem como o maior culpado pelo aquecimento global. Agrojornal Brasil agosto de 2007 5 Coamo – Cooperativa em parceria com o Sescoop-PR promove cursos em dezenas de comunidades da sua área de atuação A soja é rica em proteínas e excelente fonte de minerais, sendo uma grande alternativa para a melhoria da saúde e da qualidade de vida no nosso dia-a-dia. Esse e outros conhecimentos estão sendo repassados a centenas de famílias cooperadas da Coamo (Campo Mourão), por meio dos cursos “Soja na Alimentação”, promovidos pela cooperativa em parceria com o Sescoop-PR, em dezenas de comunidades da sua área de ação. O programa Educacional e Social da Coamo promove anualmente centenas de cursos realizados com a participação de mais de 2,5 mil mulheres, 20% deles são de soja na alimentação. Sérgio Kazuo Kawi- kami, instrutor do curso, comenta as vantagens da inclusão da soja na alimentação. “As mulheres estão utilizando cada vez mais a soja na alimentação e sentindo os benefícios que essa leguminosa traz para a nossa saúde e qualidade de vida. Com uma maior conscientização e conhecimento, o número de usuários da soja na alimentação tende a ser maior, já que é possível ver o sucesso das receitas salgadas e doces, com a utilização do leite e da farinha de soja”, explica. Alimento funcional Cristina Tibério, participante dos treinamentos, garante que é possível melhorar a saúde e também o rendimento mensal da família acrescentando a soja a diversas receitas, como almôndega, saladas e bolinhos, que são comercializadas para os vizinhos e o comércio local e regional. “A gente aprende muito com os cursos da Coamo. No caso da soja tudo fica mais fácil, pois temos a matéria-prima de qualidade que é produzida na nossa própria lavoura, e ainda por cima, ela serve como alternativa para aumentar a renda da atividade”, diz. O uso da soja contribui para a redução dos riscos de doenças crônicas e degenerativas, como alguns tipos de câncer (mama, colo do útero e próstata). Recomenda-se a utilização do grão a mulheres em período de tensão Divulgação Cooperativa incentiva o uso de soja na alimentação pré-menstrual, menopausa como auxiliar no alívio dos sintomas indesejáveis e na prevenção da osteoporose. Nos EUA recomenda-se a ingestão diária de 25g de proteína de soja (60g de grãos de soja), para o controle dos níveis de colesterol e triglicérides. Da Redação Durante solenidade realizada no início de agosto, em Curitiba, com a presença do ministro da Educação Fernando Haddad e dos chefes dos três Poderes do Estado governador em exercício Orlando Pessuti; o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus; e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Antônio Vidal Coelho - o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski assinou a “Carta-Compromisso pela Superação do Analfabetismo no Paraná”, uma proposta da Secretaria de Educação que tem por meta alfabetizar cerca de 100 mil jovens e adultos neste ano de 2007. O programa pretende inscrever outros 330 mil alunos entre 2008 e 2010, o que possibilitará ao Paraná acabar com o analfabetismo ao final desta década. Divulgação Ocepar assina “Carta-Compromisso” Copagril investe R$ 15 milhões contra o analfabetismo no PR em Unidade de Rações Em julho o próprio secretário da Educação, Maurício Requião esteve na sede do Sistema Ocepar, para convidar a entidade e as cooperativas paranaenses para que apoiassem tal iniciativa. Na ocasião Koslovski assumiu o compromisso de não só apoiar como desenvolver através do Sescoop Paraná em parceria com a secretaria um programa voltado para a alfabetização de pessoas ligadas ao sistema cooperativista pa- ranaense e assim contribuir de forma direta com o programa. “Levar o conhecimento às pessoas é uma das missões do cooperativismo e, se isto pode acontecer através da alfabetização, melhor ainda. Uma excelente iniciativa que apoiamos com certeza”, frisou. Koslovski também lembrou que diversas cooperativas já realizam trabalhos voluntários de alfabetização no interior do estado e que podem se somar a mais esta iniciativa. Agrária: Cooperativa se destaca nos segmentos de Algodão e Grãos A Agrária vem se destacando no cenário do agronegócio. Em julho, a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (ACIG) realizou, no Pahy Centro de Eventos, o Jantar do Empresário, homenageando as empresas de maior destaque no município. Pela segunda vez consecutiva, a Cooperativa recebeu o diploma e o troféu de “Mérito Empresarial”. O Anuário do Agronegócio 2007/2008, de Exame, considerou a Cooperativa a melhor empresa no segmento “Algodão e Grãos”. Já no Anuário do Agrone- gócio de Globo Rural 2007, a Agrária obteve pelo segundo ano consecutivo o 1º lugar, também na categoria “Algodão e Grãos”. Referência Para o diretor presidente da Agrária, Jorge Karl, o reconhecimento recebido mostra que se está atingindo o objetivo descrito na visão da Cooperativa: ser uma referência em cooperativismo. “Para nós, é uma satisfação muito grande. Isto é resultado do trabalho diferenciado da equipe. Ou seja: estamos conseguindo atender àquilo a que nós nos propusemos dentro da nossa visão”, comentou. Jorge Karl ressaltou que não se pode esquecer que a Cooperativa ainda tem “um caminho muito grande” pela frente. “Os desafios são diários, o aprimoramento de todos os planos internos de gestão é necessário e temos que cada vez mais nos dedicar ao foco do nosso negócio”, declarou. Em sua opinião, a colocação de destaque da Cooperativa não é ainda uma vitória, mas “um reconhecimento de que a Agrária escolheu o caminho certo”. O Copagril inaugurou no dia 9 de agosto, em Entre Rios do Oeste, a sua Unidade Industrial de Rações. Com investimentos na ordem de R$ 15 milhões, a indústria integra o Projeto Avícola da Copagril iniciado em 2002, que contempla a criação de frangos de corte no campo, o abate, industrialização e comercialização dos produtos da cooperativa para o mercado interno e externo, através da Unidade Industrial de Aves. A indústria de rações está localizada numa área de 45.296 m2, sendo 20% destinada à implantação de Reserva Legal e obra construída de aproximadamente 3.600 m2. A produção inicial será de 50 toneladas de ração por hora, ou, 400 toneladas por turno de trabalho, com possibilidade de aumento para 100 ton/hora. Num primeiro momento, a Unidade irá gerar 40 empregos dire- tos e, pelo menos, mais 50 empregos indiretos. Capacidade A capacidade de armazenagem de milho é de 7 mil toneladas. Além disso, a indústria conta com silos de armazenagem de farelo de soja com capacidade para 285 toneladas e mais 800 toneladas de matériaprima em 24 silos de dosagem, o que irá permitir a separação da matériaprima em lotes e facilitará o processo de rastreabilidade das rações. Já a expedição tem capacidade de armazenagem de 800 toneladas de rações em 20 silos e um conjunto de duas balanças para carregamento automatizado dos caminhões, capaz de expedir, no mínimo, 100 ton/hora de rações. Segurança A Unidade Industrial de Rações foi projetada dentro das mais rigorosas normas de se- gurança e higiene atualmente vigentes no mundo, com o objetivo de oferecer produtos de alta qualidade. Todo o processo será automatizado com equipamentos mais modernos existentes no mercado, o que possibilitará a rastreabilidade em todas as etapas do processo, oferecendo desta forma, rações com qualidade garantida aos produtores. Todos os equipamentos da indústria são auto-limpantes, seguindo modelo europeu, reduzindo o risco de contaminações de alimentos às aves. Os veículos ao entrarem no pátio da indústria passarão por desinfecção, eliminando riscos de contaminações externas. Este novo empreendimento da Copagril contou com o incentivo do município de Entre Rios do Oeste que repassou a quantia de aproximadamente R$ 2,3 milhões. 6 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Pecuária de Leite - Produção de 2,6 bilhões de litros garante ao Paraná a disputa com Goiás pela segunda colocação no ranking Setor leiteiro paranaense aposta em expansão nios recebem em torno de 5 milhões de litros por dia. E hoje estamos prevendo novos investimentos para mais de um milhão de litros/dia, 20% a mais que a capacidade do Estado. Teremos aqui no Paraná 70 milhões dos 400 milhões de investimento para a pecuária leiteira previsto para o país”, conta o secretário. Segundo Bianchini, a entrada de novos produtores será apoiada pelo governo estadual com a concessão de linhas de crédito em equivalência-milho para financiar a compra de resfriadores de leite, ensiladeiras e animais de raças mais produtivas. Consumo De acordo com estudo do Departamento de Economia Rural (Deral), atualmente o Paraná conta aproximadamente com 100 mil produtores de leite e 377 laticínios com Inspeção Federal, Inspeção Estadual e Municipal. No total, eles receberam, em média, 150 milhões de litros mensais em 2006. Os planos de expansão estão sendo preparados em função do aumento no consumo de leite e derivados no País, que no ano passado foi de 70,8 quilos por pessoa/ano, segundo levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). E também em decorrência das exportações, que vêm aumentando nos últimos anos. No ano passado o Brasil exportou 89.052 toneladas de leite para o mercado externo, uma elevação de 13,6% em relação ao ano anterior. Em 2005, já havia ocorrido um aumento de 6,5% nas exportações de leite em relação a Mais de 50 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro, durante os cinco dias do Agroleite 2007. O volume de negócios foi de R$ 9 milhões. Na avaliação de José Hilton Prata Ribeiro, coordenador geral, o Agroleite superou as expectativas. “Fechamos os números e o resultado foi muito positivo, tanto para as empresas quanto para os criadores com a venda de diversos animais e também a visita de muitos criadores de todo Brasil e também de outros países como do Canadá, Uruguai, Estados Unidos que vieram a Castro para conhecer o que temos aqui em termos de tecnologia e qualidade da cadeia produtiva do leite”. A campeã suprema do Agroleite 2007 foi da raça holandesa, AEN/PR Agroleite reúne o melhor da tecnologia e supera expectativas de Claudio Humberto Brenner, de Imbituva. O prêmio foi uma viagem ao Canadá, oferecida pela Semex, onde o criador irá conhecer uma das maiores feiras de leite do mundo em novembro. A média geral do Leilão Elite foi de R$ 8.700,00 com um total de 31 animais comercializados. No Torneio Leiteiro, o animal vencedor foi Fini Mathie Storm Nette 2917, de José Hélio de Souza, de Minas Gerais, com uma produ- ção de 93,06 kg. Participaram, neste ano, 110 empresas expositoras e 700 animais das raças holandesa, jersey, pardo-suíça e simental. Segundo Prata Ribeiro, as palestras realizadas, entre os dias 14 e 18 de agosto, também foram um sucesso de público. “Todos os fóruns tratados no Agroleite atraíram a atenção dos produtores, tanto dos agricultores, suinocultores e pecuaristas. Estamos satisfeitos com o resultado”, finaliza. 2004. No primeiro semestre de 2007, a comercialização de leite no mercado externo gerou uma receita de US$ 93.710, um aumento de 9% sobre o mesmo período do ano passado, quando a receita com as exportações de leite atingiu US$ 85.935. Dividendos Em função dessa valorização, as exportações de leite do Paraná estão aceleradas. No primeiro semestre desse ano foram exportadas 2.079 toneladas de leite que gerou uma receita de US$ 6,04 milhões, um aumento de 28% sobre o mesmo período de 2006, onde o valor exportado foi de US$ 4,72 milhões. O aumento da demanda pelo leite no mercado externo está refletindo no mercado interno. Os produtores já estão recebendo Divulgação A edição deste ano do Agroleite, evento realizado de 14 a 18 de agosto pela Cooperativa Castrolanda e que atraiu produtores do Brasil inteiro para Castro, região central do Paraná, aconteceu num bom momento para o setor leiteiro do estado. Estimativas apontam para um crescimento de toda a cadeia produtiva. Com uma produção estimada em 2,6 bilhões de litros produzidos em 2006, o Paraná já disputa com Goiás a segunda colocação no ranking nacional de produção de leite. O estado responde por 10,3% da produção nacional e Goiás responde por 10,8%. Na opinião do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, a entrada de novos produtores na atividade irá contribuir para o crescimento do setor. “Nossos laticí- mais pela entrega do produto. Houve um aumento de 38% no preço pago ao produtor no último ano, passando de R$ 0,45 o litro em julho de 2006, para R$ 0,62 o litro em julho deste ano. Da Redação Leite Brasil firma parceria com Agrocentro para promoção da Feileite A organização da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), evento que será realizado entre 30 de outubro e 03 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, quer atrair cooperativas e produtores independentes, além de intensificar ainda mais sua atuação em todos os elos da cadeia produtiva. Para essa finalidade, a Feileite contará com o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), uma das entidades mais respeitados do setor lácteo do País. “Nosso grande objetivo é aproximar o produtor da realidade em que ele atua. Queremos garantir que todos os elos da cadeia produ- tiva estejam presentes, desde genética até a industrialização. A adesão do produtor é fundamental”, explica Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil. A Feileite trará novidades em produtos, informações e serviços. De acordo com Rubez, além de um centro para atualização e negócios, a feira será um espaço para atrair investimentos à produção brasileira, que apresenta grande potencial de crescimento e vantagens sobre os competidores internacionais, cada vez mais saturados em termos de capacidade de produção. Vitrine “O evento acontece em um momento fundamental para o produtor, agora mais capitalizado, investir em produtividade. Com as altas consecutivas do leite – mais de 33% entre janeiro e julho de 2007 – e o aumento dos ganhos na propriedade, torna-se imprescindível investir na qualidade e na eficiência da produção. A Feileite será a vitrine da cadeia produtiva nacional e, com a Leite Brasil, conseguiremos trazer o produtor para este ambiente”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro. Mais informações sobre leilões na Feileite pelo site www.feileite.com.br, e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5067-6767. Centro de Recria da Confepar repassa novilhas para criadores No dia 9 de julho, foi repassado mais um lote com 22 novilhas aos produtores assistidos pelo trabalho de Assistência Técnica ao Produtor da Confepar (ASTEC). O lote foi dividido entre cinco produtores assistidos nas regiões de Manoel Ribas, Campina da Lagoa e Nova Cantú. A venda destes animais é feita pelo critério de necessidade técnica do produtor. O técnico responsável pelo trabalho na propriedade, no momento em que identificar que o produtor tem condições de receber estes animais, solicita ao responsável pelo Centro de Recria que coloque o produtor na lista de espera pelos animais. À medida que os animais estão aptos a deixar o centro - o que ocorre quando o animal atingir o quarto ou quin- to mês de prenhez - os produtores são avisados. No momento da entrega, os produtores são reunidos no Centro de Recria e é apresentado a todos, o lote que será sorteado. O preço de venda dos animais é composto pelo valor de aquisição da bezerra mais o valor do custo de recria do animal. Hoje, o Centro de Recria de Jandaia do SulPR conta com mais de 370 animais em recria. • Reprodução Animal • Análises Clínicas • Sêmen • Nitrogênio • Inseminação Artificial • Rastreabilidade • I. A. T. F • Medicamentos • Laboratório Veterinário (43) 3324-7831 Agrojornal Brasil agosto de 2007 7 Suinocultura – evento promovido pelo Senac e SENAR-PR, em Curitiba, com o apoio da FAEP, serviu cerca de 1.500 refeições O Festival Gastronômico Suíno realizado pelo Senac, SENAR-PR e FAEP, entre 30 de julho e 4 de agosto, foi considerado um sucesso pela equipe que trabalhou em sua organização. Perto de 1.500 refeições e mais de uma tonelada de carne suína foram servidas durante a semana do evento em mais de 30 pratos da culinária tradicional à contemporânea. “É uma idéia para ser seguida e imitada como exemplo de ação que pode derrubar preconceitos e demonstrar que a carne suína é um alimento saudável. Além disso, conseguindo atingir um público formador de opinião e multiplicador, podemos pensar em termos de alavancar o consumo interno dessa carne”, avalia Livaldo Gemin, diretor secretário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná. Caprinos O próximo festival gastronômico promovido pela parceria Senac, SENAR-PR e FAEP está marcado para o mês de outubro, e terá como atração principal a carne de caprinos. Como cadeia produtiva, a caprinocultura é relativamente recente no Paraná e vem ganhando força nas regiões sudoeste, oeste e leste. De acordo com dados repassados pela Capripar, existem no Paraná atualmente cerca de 60 mil matrizes da raça Boer (caprino de corte), são registrados 90 mil nascimentos por ano e 3.750 abates por mês. “Nossa meta é tornar o Paraná uma referência nacional em caprinocultura de corte dentro de cinco anos”, afirma Aryzone Mendes de Araújo, presidente da Capripar que destaca pontos a favor do estado para atingir tal objetivo: “Temos clima, solo, abundância de alimentos, estrutura fundiária e o principal, tecnologia”. No que diz respeito à formação profissional, nos últimos dois anos e meio, perto de 2 mil produtores já passaram por cursos do SENAR-PR na área de caprinocultura. Sabores do Paraná Uma amostra da culinária a base de caprinos foi dada na Feira Sabores do Paraná, realizada no pavilhão de exposição do Parque Barigüi, em Curi- Cleverson Beje/FAEP Festival Gastronômico serviu mais de uma tonelada de carne Cerca de 30 pratos da culinária tradicional e contemporânea foram servidos no evento Familiar “Fábrica do Agricultor” contou com o apoio do Sistema FAEP. Segundo os organizadores da Feira, foi a carne com maior saída tiba , na primeira quinzena de julho. O evento realizado pela Secretaria da Agricultura, por meio do Programa da Agroindústria no restaurante instalado no evento - o que aumenta ainda mais a expectativa para o festival agendado para outubro. Da Redação O projeto de lei de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que inclui a carne suína na pauta de produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), tramita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. De acordo com a proposta, serão beneficiados os pequenos e médios produtores rurais e as cooperativas. A matéria estabelece que a PGPM compreenda o apoio à comercialização da carne suína nos termos do Decreto-Lei 79/66 e da Lei 8.427/92. O Decreto-Lei 79/66 institui normas para a fixação de preços mínimos e execução das operações de financiamento e aquisição de produtos agropecuários, enquanto a Lei 8.427/92 dispõe sobre a concessão de subvenção econômica nas operações de crédito rural. Na justificação do projeto, Valdir Raupp citou como o exemplo o embargo econômico estabelecido pela Rússia em 2005 à carne brasileira, que aprofundou a crise que já atingia a suinocultura catarinense no período, e agravou, sobretudo, a situação dos produtores não integrados. Atualmente, Caprinos Deputados vão debater potencial produtivo Divulgação A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) aprovou no início de agosto, requerimento da deputada Jusmari Olveira (PR-BA) para a realização de uma audiência pública sobre a situação da cadeia da caprinovinocultura no Brasil. Ainda sem data definida, o objetivo do debate é discutir os rumos dessa cadeia que, apesar do potencial na geração de empregos e renda, experimenta uma estagnação da produção nacional. Para Jusmari, o problema é que o setor produtivo primário não está conseguindo ser um grande agente de transformação da realidade sócio-econômica nas zonas de produção. “É necessário identificar as principais limitações e estabelecer políticas públicas específicas, que viabilizem o fortalecimento, a reestruturação e a integração da produção”, defende a deputada. O rebanho nacional de ovinos é de aproximadamente 14 milhões e o de caprinos de 10 milhões. A deputada informa que o consumo nacional de carnes das espécies caprinas e ovinas no Brasil está abaixo de 1Kg/ hab/ano, sendo limitado pela oferta interna irregular ao longo do ano. O país importa 17% da carne consumida. “No Brasil existe uma grande expectativa de crescimento e expansão da atividade, com potencial de se alcançar em poucos anos um dos maiores rebanhos comerciais do mundo. A demanda mundial é crescente e isso significa uma grande oportunidade de produzir e ofertar produtos de qualidade, ecologicamente corretos”, justifica a ruralista. informou o senador, são empregados mais de dez mil trabalhadores apenas na suinocultura em Santa Catarina. Na avaliação do parlamentar, a garantia do preço mínimo é necessária ao suinocultor e às cooperativas para permitir o pagamento da diferença entre aquele e o preço de mercado. Esse instrumento, segundo Raupp, também poderá complementar o abastecimento do produto em regiões deficitárias, a partir dos estoques privados das regiões produtoras, desonerando o Estado dos custos da manutenção de estoques. Camex derruba imposto sobre importação de peles de caprinos A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu incluir a importação das peles de caprinos na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), atendendo ao pleito dos curtumes brasileiros, representados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), e com o apoio da Frente Parlamentar do Couro. A demanda por peles tem crescido de forma consistente no mercado brasileiro e internacional, em ritmo superior à evolução dos rebanhos, concentrados principalmente na região Nordeste. Desta forma, os curtumes brasileiros vinham trabalhando com ociosidade, perdendo competitividade e deixando de gerar empregos. Para reverter este quadro, o CICB promoveu encontros e reuniões técnicas com autoridades dos ministérios e órgãos públicos diretamente relacionados com o tema. A Embrapa Suínos e Aves, unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia (Copérdia) iniciarar no mês de agosto, o Curso Suinocultura Profissional. Dividido em 17 módulos e com um total de 136 horas, o curso vai repassar a 26 produtores associados da Copérdia conhecimentos sobre todos os aspectos que envolvem a suinocultura. De acordo com o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Elsio Figueiredo, a Copérdia é uma das principais parceiras da Unidade, condição que propiciou a oferta do curso. Além disso, é intenção cada vez maior da Embrapa Suínos e Aves fazer com que os conhecimentos gerados pelos pesquisadores da Unidade cheguem rapidamente aos produtores. “O Curso Divulgação Projeto inclui carne suína na política Embrapa e Copérdia levam formação de preços mínimos do governo a produtores de suínos Suinocultura Profissional é uma forma de acelerar essa transferência”, acredita Elsio Figueiredo. Profissional As aulas do curso serão realizadas sempre às sextas-feiras, com intervalo de três semanas entre uma e outra. Cada uma delas terá oito horas de duração. Todo a programação será desenvolvida na sala de cursos da Embrapa. Entre os assuntos a serem abordados estão: Planejamento e Fluxo de Produção da Suinocultura, Gestão da Proprieda- de Suinícola, Biossegurança na Suinocultora, Manejo Reprodutivo, Produção de Leitões, Manejo Sanitário, Manejo Pré-Abate e Gestão Ambiental da Propriedade. A expectativa é de que o produtor saia das aulas em condições de atuar como um “suinocultor profissional”. O curso será ofertado dentro do programa Unicooper, da Copérdia, e poderá ter mais turmas de associados da cooperativa de acordo com as necessidades observadas pela Copérdia e Embrapa. 8 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Evento – Mostra contou com dezenas de caravanas de produtores rurais de diversas regiões do estado do Paraná 14ª Expotécnica reúne o melhor da tecnologia do campo om apenas dois dias de programação – 2 e 3 de agosto, a realização da 14ª Expotécnica no município de Sabáudia, na região Norte, reuniu milhares de produtores rurais e principalmente, o que há de melhor em tecnologia de ponta para o homem do campo. Além de orientações técnicas aos produtores rurais, o evento proporcionou a realização de dinâmicas com máquinas e equipamentos agrícolas. “A Expotécnica foi coroada de êxito de público, registrando mais de 3,5 mil participantes, e também de objetivo, porque os agricultores visitaram de forma monitorada as 40 unidades de produtos e serviços de 72 parceiros, instaladas na vitrine tecnológi- ca, na exposição de inovações industriais para a agropecuária e na dinâmica de máquinas e equipamentos”, assegura a médica veterinária Gayza Iácono, gerente da Emater-Londrina, que promoveu o evento juntamente com o Governo do Paraná, SEAB, Iapar, Embrapa, Corol e Prefeitura Municipal de Sabáudia. Para Iácono, que fez o lançamento da 15ª edição, marcada para a primeira semana de agosto de 2008, a Expotécnica evoluiu e para melhor. O secretário de agricultura Valter Bianchini, que esteve na mostra técnica acompanhado por autoridades e lideranças da agropecuária paranaense, garantiu que o trabalho desenvolvido na Expo- técnica mostra o potencial de crescimento da agricultura familiar. “São tecnologias interessantes, capazes de criar renda e emprego no campo, reduzir e até eliminar o uso de contaminantes ambientais e de aumentar as oportunidades na diversificação agrícola”, destacou Bianchini. Pesquisa Para dar um direcionamento temático mais equilibrado ao público de agricultores familiares e preparar a edição comemorativa dos 15 anos da mostra, a comissão organizadora demandou a realização de avaliação da Expotécnica a um grupo de 14 acadêmicos do Curso de Turismo da Faculdade de Apucarana, sob a co- EMATER / PR C Produtores rurais puderam consiliar a teoria com a prática ordenação da professora Rosislene de Fátima Fontana. “Foram entrevistas estruturadas de quantificação e qualificação para avaliarmos as opiniões do público visitante, dos parceiros expositores e dos extensionistas. Com esta amostragem representativa, queremos saber o que agradou e o que deve ser corrigido para garantir a continuidade de sucesso de público”, concluiu a docente. Da Redação A união de produtores de gado da região para competir no mercado interno está consolidada e será formalizada com o lançamento da logomarca da Aliança Mercadológica de Carne Bovina de Londrina, durante a realização do 2º Rural Tecnoshow, de 1º a 7 de outubro, no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Também será promovida uma mostra da produção, com oportunidade de degustação de carne. A meta do grupo, que é formado por 30 criadores de gado, é iniciar a comercialização com os postos de venda de Londrina e região em novembro. Para isso, os contatos com os empresários do ramo varejista estão sendo intensificados. A aliança foi dividida nas seguintes comissões: jurídica, mercado, abate e transporte, marketing e planejamento. A coordenação geral ficou por conta do produtor José Soares Cardoso Neto. Para ele, o nível de qualidade da carne produzida pelos integrantes da aliança é o diferencial para garantir o sucesso da iniciativa. Divulgação Aliança Mercadológica vai apresentar Programa de Turismo Rural é lançado na logomarca no 2ª Rural Tecnoshow Feira Sabores do Paraná, em Curitiba de de abate de novilhos precoces – abaixo de 24 meses – com quatro milímetros de gordura por carcaça e seguindo a tabela nacional de pesos mínimos (180 quilos para novilhas e 225 para animais adultos). A tendência, de acordo com Cardoso Neto, é que, após a consolidação, a aliança transforme-se em cooperativa, seguindo os passos de outros grupos que já existem no Paraná. “Dessa forma, a aliança mercadológica consegue se enquadrar, como cooperativa, num nível mais baixo de impostos e se unir a outras cooperativas para produzir volume suficiente para exportação”, destaca o coordenador Cardoso Neto. Exigências Parceiros Entre as exigências, estão a obrigatorieda- A equipe responsável pela coordenação é formada ainda por Igor A. de Souza, Dagoberto Sachetin, Eduardo Prandini, Fernando Humberto Barros e Celso Scaburi. A equipe de marketing também foi escolhida e será integrada por Márcia Mayumi Tomonaga, Elaine Sachetim e Gerda Hellbruge. A Aliança Mercadológica de Londrina conta com apoio de instituições como a Seab e Emater, responsáveis pelo acompanhamento técnico, e a Sociedade Rural do Paraná, que oferece auxílio logístico e institucional. Os representantes são o agrônomo Gervásio Vieira e os zootecnistas Geraldo Moreli e Antonio Carlos Ulbrich, da Emater, e o veterinário Luigi Carrer Filho, integrante do Conselho Técnico da SRP. Os agricultores familiares interessados em explorar o turismo rural poderão recorrer às linhas de crédito previstas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf Investimentos - para financiar as benfeitorias necessárias nas propriedades. No Paraná, o Pronaf deverá destinar cerca R$ 1,2 bilhão para o custeio e investimentos para a safra 2007/2008. Para organizar e atender melhor essa parcela de agricultores familiares que exploram o turismo rural, foi lançado o Programa Estadual de Turismo Rural, que será gerenciado pelas Secretarias da Agricultura e do Abastecimento e do Turismo. O programa foi apresentado oficialmente na abertura da VIII Feira Sabores, realizada em Curitiba, entre os dias 11 e 15 de agosto. Renda O programa vai enfatizar o Turismo Rural na Agricultura Familiar (Traf), já que no Paraná a agricultura familiar representa quase a totalidade dos produtores rurais. De acordo com o coordenador do programa Turismo Rural, Ednei Bueno do Nascimento, o desenvolvimento de atividades turísticas nestas comunidades tem se apresentado com uma eficiente estratégia de promoção do desenvolvimento local para a geração de emprego e renda. Segundo Nascimento, cerca de 10 projetos de turismo rural no Estado já foram estruturados de acordo com a legislação estadual do Traf. “Em um ano queremos pelo menos dobrar o número desses projetos, especialmente no Norte do Paraná”, afirmou. Para Nascimento, outras regiões prioritárias para a exploração do Turismo Rural no Estado são a Região Metropolitana de Curitiba, Litoral, Rota dos Tropeiros, Costa Oeste e o Paraná Centro. Crédito O crédito do Pronaf poderá financiar os investimentos dentro da propriedade. Para os investimentos de infra-estrutura de apoio ao turismo rural, como adequação de estradas rurais, sinalização e central de atendimento aos turistas, as prefeituras poderão recorrer aos financiamentos do Programa Nacional de Apoio aos Territórios (Pronat), que substituiu o antigo Pronaf InfraEstrutura. No Paraná, o programa estadual vai fomentar a realização de ações que estimulem a estruturação das propriedades, promoção de produtos, serviços e destinos de Turismo Rural, através da sensibilização, capacitação e qualificação de técnicos, empresários, agricultores familiares e demais envolvidos com a produção agropecuária e com a atividade turística. Inscrições abertas para provas de Cavalo de Trabalho da SRP As inscrições para a 8ª Prova do Cavalo de Trabalho da Sociedade Rural do Paraná (SRP), que será realizada nos dias 29 e 30 de setembro, dentro da programação do 2º Ru- ral Tecnoshow, já estão abertas. A competição vai distribuir R$ 22 mil em prêmios, incluindo duas motos zero quilômetro. Os interessados em participar das provas de Laço em Dupla, Três Tambores e Seis Balizas podem fazer a reserva das baias até 27 de setembro. As inscrições serão aceitas até o dia de cada prova. Mais informações pelo fone: (43) 3378-2000. Londrina: Verde Rural e Agro Brasil lançam seguro para fruticultura e hortaliças A Agro Brasil – operadora pioneira na criação de seguros agrícolas para fruticultura no Brasil – e a Corretora Verde Rural firmaram há poucos dias uma parceria para a oferta de planos de seguros em fruticultura e hortaliças, que buscam suprir as dificuldades dos produtores rurais da região Norte do Paraná. “A princípio, nós vamos atender os produtores de maçã, frutas de caroço e uva, além de culturas como o tomate, pimentão, cebola e alho. Posteriormente, vamos avançar para a cobertura de cereais”, informa Daniel Yuri, gerente comercial da regional Norte do Paraná da Agro Brasil Seguro Agrícola. A empresa está expandindo suas operações no Paraná, e já atua há anos em outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Diferencial “A Verde Rural Seguros já possui experiência com o mercado de grãos, bovinos e equinos. Certamen- te, este novo produto é mais um diferencial para o produtor rural que é atendido pela nossa corretora. Estamos atentos ao zoneamento agrícola destas culturas, e por serem lavouras perenes, os danos aos frutos é que serão garantidos”, afirma Arnaldo Coelho do Amaral Filho, diretor geral da Verde Rural. Segundo Amaral Filho a divulgação desta modalidade está em pleno êxito. “Já estamos promovendo palestras e reuniões técnicas com os agricultores sobre a nova modalidade, lembrando que hortaliças e frutas também participam do programa federal de subsídio ao prêmio do seguro, ou seja, entre 30 a 50%, dependendo da lavoura”. Produtores rurais interessados em obter mais informações sobre o novo seguro agrícola podem entrar em contato com a equipe da Verde Rural pelo telefone: (43) 3344 0888 , pelo e-mail: [email protected] ou na pagina www.verderural.com.br. Agrojornal Brasil agosto de 2007 9 Agricultura – Bianchini: “Dos R$ 600 milhões que o Governo vai aplicar, mais de 50% vão estar direcionados para a política sanitária” O secretário de agricultura do estado, Valter Bianchini, esteve em Saubádia – no Norte do estado, durante a Expotécnica. Na oportunidade, Bianchini concedeu uma entrevista exclusiva ao Agrojornal Brasil e falou sobre os próximos investimentos que vão ser feitos pelo Governo do Estado para incentivar a produção de qualidade, dando ênfase à política sanitária: Agrojornal – A agricultura familiar tem sido a principal pauta desta administração. Recentemente, o Governo do Estado divulgou que vai investir R$ 600 milhões no setor. Quais são os projetos que vão ser beneficiados com este investimento? Bianchini – De 375 mil estabelecimentos agropecuários existentes no Paraná, aproximadamente 320 mil são de agricultores familiares, com mais de um milhão de trabalhadores em regime de economia familiar. Em relação ao programa de investimentos nos próximos três anos e meio, uma questão importante é o da sanidade. Nós vamos ter um reforço da nossa equipe de técnicos, do sistema de defesa agropecuária; investimentos em laboratórios; parcerias com as universidades – em ciência e tecnologia; investimentos em todas as unidades de barreiras sanitárias nas fronteiras do estado; e avançar no ciclo de informatização, de rastreabilidade, nos sistemas de brincamento. É todo um trabalho, que seja em relação à pecuária bovina, avicultura, suinocultura, fruticultura – qualidade das mudas e dos produtos - há um avanço grande nosso nos aspectos de sanidade e qualidade. Desses R$ 600 milhões, mais de 50% vão estar direcionados para a política de sanidade. Recursos esses que vão receber uma contrapartida importante do Governo Federal. É uma parceria também com o Ministério da Agricultura, nesta questão da sanidade, da qualificação dos nossos produtos e da rastreabilidade. Agrojornal – O Sr. esteve no início do mês de agosto participando de uma reunião com os técnicos de Santa Catarina sobre sanidade animal. Nesta reunião, foi cogitado algum trabalho de parceria de Santa Catarina para colaborar na retomada do status sanitário pelo Paraná? Bianchini – Este é um debate importante. Santa Catarina fez um trabalho já anterior a nós, preparando o estado para ficar livre de vacinação. No caso da pecuária e da suinocultura, livre da aftosa sem vacinação, e adquiriram pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) este status. Nós fomos conhecer como é que eles fizeram esta trajetória. Santa Catarina tem um projeto interessante que é uma maior participação do setor privado na política de sanidade. Eles criaram um instituto com fundos privados e colocaram um conjunto de técnicos, veículos e de outros recursos a serviço do estado para contribuir com o programa de sanidade. Então, nós fomos conhecer como é esta parceria público-privada. Porque o Paraná pretende em um ciclo de médio prazo para avançar, agora em setembro pelo reconhecimento internacional de livre de febre aftosa com vacinação e, até 2010, preparar o estado para ser também reconhecido pela OIE, de livre de aftosa sem vacinação. Foi muito importante conhecer esta experiência de SC, para posteriormente avaliarmos no Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária quais são os pontos interessantes deste modelo catarinense para o nosso estado. E nos pontos que estamos mais avançados do que eles, mantermos um intercâmbio. Agrojornal – Há outro programa que vai receber uma atenção maior na sua pasta? Bianchini – O segundo ponto importante é a partir do próximo ano, a retomada da parceria do estado com o Banco Mundial para um projeto importante de agregação de valor, de diversificação produtiva, de geração de renda, junto aos 128 municípios mais pobres do estado, como a área da ribeira. Nós devemos ter um projeto que vai centralizar recursos da agricultura e de outras secretarias para que a atividade rural destas regiões possam avançar, se diversificar e agregar renda. Então, haverá um investimento muito importante neste programa de desenvolvimento rural sustentável e que seja solidário a estas regiões desprovidas, como também em outras localidades. Nós temos também um programa de fundos, que ajuda os agricultores mais pobres a terem investimentos. Nós faremos agora um fundo de equivalência-produto, para que mecanização, EMATER / PR “A questão mais importante é a sanidade” Bianchini: “Outro ponto é a parceria com o Banco Mundial” reciliadores, vários implementos para a diversificação, possam contar com a equivalência em sacas de milho. Se o preço cair, cai também a prestação deste fundo. Vamos lançar também o fundo de equalização de taxas de juros. Vamos começar com a irrigação noturna, o projeto de uso racional da água e de energia com juros a 1% ao ano. Estes fundos vão ampliar a capacidade da agricultura familiar em acessar mais investimentos. Serão R$ 400 milhões por ano do Pronaf no Banco do Brasil, no BNDE e no Sicredi, para investimentos na diversificação e na agregação de valor da agricultura. Outro projeto forte de diversificação é o café. Queremos avançar mais na tecnologia do café - como a que se vê no modelo adensado, aqui na região - com investimentos em cursos técnicos, recursos e subsídios ao plantio de mudas. Assim também na fruticultura, com a laranja e nos projetos de incentivo a viticultura para Da Redação a produção de vinhos, sucos e doces. os melhores derivados de leite estão aqui! Novos sistemas de produção, novas embalagens, forte posicionamento de marca e uma visão de crescimento através da competitividade e da qualidade de seus produtos. A Confepar está somando estes aspectos para ampliar seus espaços no mercado e para ter uma presença viva e marcante no dia a dia dos consumidores. Ao mesmo tempo, a Confepar se mantém fiel aos princípios do cooperativismo para ser agente do desenvolvimento na cadeia produtiva do leite. O propósito maior é construir uma Confepar ainda mais forte e atuante, integrando e valorizando os 6.000 produtores que formam a base de sua solidez. www.confepar.com.br 10 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Biocombustível – Feira vai discutir as opções e vantagens de cada uma das fontes de matérias-primas para a produção agroenergia, fonte agrícola e de resíduos inclusive animais, é um dos temas da Conferência Internacional dos Biocombustíveis, que será promovida em Brasília, de 9 a 11 de outubro e que integra o conjunto de eventos que formam a Feira Internacional de Agroenergia, Biocombustíveis e Energias Renováveis – Enerbio. Quatorze dos mais renomados técnicos do Brasil e do mundo discorrerão sobre o tema, que inclui a discussão dos cenários e das novas tecnologias da cana-deaçúcar, as opções e vantagens de cada uma das fontes de matérias primas para a produção de biodiesel e até mesmo as florestas energéticas (biomassa florestal). Indiscutivelmente, pelo menos até agora, trabalhos técnicos indicam que a cana-de-açúcar é a melhor fonte de matéria prima para a produção de etanol. Estudos adiantados, no entanto, apontam também para o etanol proveniente da celulose. Para a produção de biodiesel, o leque se abre, pois há fontes de origem vegetal e também animal, incluindo as microalgas e os dejetos agropecuários (gorduras e sebos animais) e agroindustriais. As pesquisas em andamento, o resultado prático, as melhores opções para cada uma das regiões do país, a relação custo/benefício, os cenários, as tendências, as perspectivas e as tecnologias já disponíveis. Estas e outras questões serão apresentadas e discutidas na Enerbio, que será promovida no Blue Tree Park Brasília. Proálcool Além da agroenergia, a Conferência Internacional dos Biocombustíveis também focará os mercados e as tendências do etanol, do biodiesel e do bioquerosene. Bunge investe em logística para elevar o esmagamento de soja A Bunge vai melhorar sua estrutura logística no Brasil para elevar a rentabilidade e ampliar o esmagamento de soja. Sergio Roberto Waldrich, presidente da Bunge Alimentos, informou que a empresa investirá na construção de uma nova unidade no Mato Grosso, que substituirá as operações da unidade de Rondonópolis, hoje com capacidade estática para esmagamento de 5 mil toneladas por dia. A nova unidade terá capacidade para processar 4 mil toneladas de soja por dia e a produção será destinada, principalmente, à produção de óleo para biodiesel. A expectativa é que a unidade comece a operar no fim de 2008. Segundo Waldrich, também serão promovidas mudanças na estrutura de outras unidades, localizadas em Luís Eduardo Magalhães (BA), Luziânia (GO), Uruçuí (PI), Ponta Grossa (PR) e Passo Fundo (RS). Neste ano, a Bunge investirá no Brasil US$ 500 milhões, mesmo montante aplicado em 2006. A empresa realizou investimentos de R$ 220 milhões no Terminal de Grãos de Guarujá (TGG), inaugurado em março projeto realizado em parceria com a América Latina Logística (ALL) e Amaggi (braço exportador do Grupo Maggi). O terminal tem capacidade para 4 milhões de toneladas de produtos que, até 2010, será ampliada para 6 milhões de toneladas. A empresa investe no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag), da Fertimport, ALL e Bunge, para ampliar a capacidade de 1,4 milhão de toneladas para 3 milhões até 2010. No primeiro semestre, a Bunge também iniciou a construção de um moinho de trigo em Ipojuca (PE), com capacidade para produzir 825 mil de toneladas de farinha de trigo por ano. A unidade terá recursos de R$ 126 milhões e entrará em operação dentro de três anos. Brasil Ecodiesel mobiliza agricultores para produção de matéria-prima do biodiesel Maior produtora de biodiesel do país, a Brasil Ecodiesel oficializou, recentemente, em Brasília, a assinatura de acordos de cooperação com as federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) do Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A parceria mobilizará cerca de 33 mil agricultores familiares até meados de 2008, que plantarão mamona e girassol numa área de mais 200 mil hectares. A iniciativa faz parte da estratégia da Brasil Ecodiesel de ampliar a sua Rede de Agricultura Familiar, que hoje conta com cerca de 60 mil trabalhadores rurais em todo o país. Eles produzem matérias-primas utilizadas pela companhia na produção de biodiesel. Um balanço do Proálcool - programa de governo lançado há 30 para criar a plataforma agrícola e industrial de produção do etanol -, vai reunir em um painel seus principais atores. Também um balanço e uma avaliação dos benefícios e dos riscos do vultoso ingresso de capital estrangeiro para a produção de biocombustíveis e a discussão da alcoolquímica, o mais novo mercado do etanol, fazem parte da Conferência Internacional dos Biocombustíveis. O desafio continental dos biocombustíveis e sua inserção no mercado internacional; os desafios nos mercado interno e externo; a nova e última fronteira agrícola e industrial, que começa no Triângulo Mineiro e passa pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão, tendo Brasília como capital, inte- Valtra mostra na Expointer toda a evolução de seus tratores Design moderno e arrojado, cabines mais confortáveis e funcionais, novo hidráulico eletrônico HiLift e motores turboalimentado com Intercooler e tecnologia Sisu Diesel são algumas das vantagens que compõem o pacote de tecnologias da Geração II, a nova linha de tratores para as categorias média e pesada. Sinônimo de trator robusto e durável, a Valtra se apresentou, na Expointer, com um novo estilo, marcado por linhas inclinadas e levemente arredondadas. Mais fôlego, menos consumo. O sistema Intercooler é um dos principais destaques da Geração II. Suas principais vantagens são a de permitir maior desempenho e eficiência dos motores, a redução de até 5% no consumo de combustível, a diminuição da emissão de gases poluentes, além de ampliar a vida útil dos tratores e dotá-los de mais potência, força e torque. Esta tecnologia está disponível em dois modelos: O BM 125i (linha média) e o BH 185i (linha pesada). A Valtra se instalou no Brasil em 1960 e foi a primeira fábrica de tratores do País. Em 2005, a Valtra foi adquirida pela AGCO Corporation, ganhando um novo perfil, bem mais competitivo. Com a AGCO, a Valtra passou a contar com um banco próprio (AGCO Finance), que começou a operar no ano passado. Também criou um consórcio, que deu mais agressividade à companhia. O cultivo de girassol é uma das boas alternativas para a produção de biodiesel gram os temas que serão discutidos na Enerbio. váveis, a nova matriz energética, os impactos ambientais, a integração sul-americana e a visão global. O governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vicepresidente José Alencar e nove ministros foram Matriz Energética Outro evento da maior importância estratégica que será promovido simultaneamente será a Conferência Internacional de Energia, que discutirá temas como as energias reno- convidados para participar da Enerbio. A eles se somam dezenas de pesquisadores, empresários, investidores, lideranças setoriais e formadores de opinião que reunirão platéias estimadas em mais de 2 mil pessoas. Mais informações: www. enerbio.com.br Da Redação Britânicos fazem parceria no biodiesel A companhia britânica de investimentos Trading Emissions Plc (TEP), uma das maiores no segmento de crédito de carbono, associou-se à goiana Bionasa Combustível Natural para a produção de biodiesel no país. Pelo acordo, a britânica fez uma injeção de capital de R$ 125 milhões na empresa, tornando-se sócia. Com novos recursos, a Bionasa planeja fazer investimentos de R$ 256 milhões até 2010 para implantar uma usina de biodiesel com capacidade para produzir 400 milhões de litros do biocombustível por ano. De acordo com o projeto, a Bionasa fará um investimento de R$ 131 milhões neste ano para implantar a unidade de biodiesel, que será instalada em Porangatu, na região norte de Goiás. Na pri- meira fase, a usina terá capacidade para produzir 200 milhões de litros de biodiesel por ano. A previsão é que a fábrica inicie as operações em julho de 2008. Entre as matérias-primas eleitas para a produção do biocombustível estão soja, girassol e sebo bovino, em função da oferta disponível no Estado. A empresa também avalia a utilização do pinhão-manso. Conferência da USP discute biocombustíveis A retomada do meio-ambiente como assunto prioritário na agenda política rende inúmeros desdobramentos. Um deles refere-se ao consumo de combustíveis fósseis, tão empregados pelo homem contemporâneo apesar de suas implicações ambientais já conhecidas. A comunidade científica e empresarial do mundo já se deu conta que é hora de pensar em outras formas de energia – e é nesse ponto que os biocombustíveis ganham força. Mas pensar na produção e consumo de biodiesel e álcool, entre outros, é algo que vai bem além da esfera ambiental. A economia é diretamente afetada – temos, por um lado, países cuja atividade econômica é praticamente inteira voltada ao petróleo, e cujos padrões rotineiros seriam seriamente abalados caso haja a opção mundial por outro combustível; há também a agricultura, que vê muitos de seus empre- Divulgação A EMATER / PR Agroenergia brasileira é destaque em evento internacional endedores motivados a investir em uma produção radicalmente diferente do habitual. Pioneirismo No caso do Brasil, essas últimas implicações somam-se ao fato de uma “responsabilidade positiva” que o país carrega no tocante aos biocombustíveis. O Brasil é pioneiro e líder mundial na produção de etanol – há exatos 30 anos foi instituído o Proálcool, que deu uma nova dimensão à produção de combustíveis de matriz natural, e mesmo em escala global. Enfim, há muitas variantes que englo- bam a produção dos biocombustíveis. O debate vai muito além da possibilidade do álcool ser produzido em escala mundial ou não. E todos esses desdobramentos serão abordados na Conferência Nacional de Bioenergia (Bioconfe), que a USP promove entre os dias 26 e 28 de setembro no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www. usp.br/bioconfe , que contém outras informações sobre o evento, como a programação completa. Agrojornal Brasil agosto de 2007 11 Biocombustível – Lavoura pode ser considerada uma boa alternativa de baixo custo para a agricultura familiar pinhão-manso, além de gerar renda, é ótimo para arborizar“. É assim que o produtor rural Walter Ville define uma das opções existentes no mercado para a produção de biodiesel. Proprietário de um viveiro de mudas - na Chácara Boa Esperança, próximo ao Centro de Eventos de Londrina, Ville utiliza o pinhão-manso no Sítio Santa Fátima, de 10 alqueires, em Nova Fátima – região Norte do estado, e com entusiasmo aponta outras vantagens da espécie. “O pinhãomanso consorcia muito bem com outras lavouras como a soja, o milho e o trigo, principalmente se utilizado no sistema de curvas de nível”, diz. Ville comercializa a muda por R$ 2,50 e, segundo as suas contas, já tem pedidos feitos até o final do ano que totalizam a venda de um milhão de plantas. “Eu aconselho que o pequeno produtor comece com um alqueire. Logo, ele vai ser auto-suficiente na produção de suas sementes”, afirma Ville. E acrescenta. “Em um hectare o ideal é o plantio de 1.000 mudas, que já no primeiro ano vão produzir cerca de 300 a 500 gramas de sementes por espécie. A produtividade cresce 30% a cada ano, sendo que o pinhão-manso pode durar 45 anos ou mais”. alqueires; com o girassol, de 120; e com o pinhão-manso, de apenas 80 alqueires. E esta área reduz ainda mais com o aumento da produtividade do pinhão-manso, ano a ano”, diz Ville. “A porcentagem de rentabilidade do óleo do pinhão-manso é de 38%, e ele é muito utilizado pelas indústrias de tintas e vernizes. Sem contar também que a torta do pinhão-manso é considerado um excelente fertilizante orgânico”, afirma o produtor. E adverte. “O pinhão-manso não é alimento. Seu uso é extremamente comercial”, observa Ville. Óleo Segundo Ville, o diferencial do pinhãomanso está nos índices de produtividade de óleo por alqueire em comparação com outras lavouras. “Para produzir 1.000 litros de óleo ao dia com a soja é necessário uma área de 400 alqueires; com a mamona, de 200 Maturação Para o diretor de desenvolvimento de produtos da indústria Austen Bio, Maurício Lopes Júnior, que possui uma área com duas mil árvores de pinhão-manso no Sítio Acácia, em Nova América da Colina/PR, a maturação das sementes é um pequeno empecilho para o agricultor. “Se de um lado atrapalha porque temos que fazer colheitas constantes, do outro lado, é vantajoso porque sempre sabemos que vamos ter o produto para a comercialização”, afirma Júnior. Na opinião do empresário rural, o pinhão-manso é uma alternativa bastante interessante para a agricultura familiar. “É uma lavoura que, além de garantir um dinheirinho extra para o pequeno produtor, vai colaborar para fortalecer a fixação do homem no campo”, comenta Júnior. Mais informações sobre o pinhão-manso: (43) 9106-9995 com Walter Ville ou [email protected] Ponto de vista: Biodiesel na U.T.I. concluiu que mais de 90% dos cidadãos da União Européia não estão dispostos a pagar mais do que 10% a mais por fontes de energias renováveis, por exemplo, o biodiesel. Portanto, a realidade do setor hoje é que as únicas matérias-primas disponíveis em grande escala no mundo sofreram um choque nos preços em função da concorrência direta com o mercado de alimentos. Conseqüentemente, o custo de produção do biodiesel não permite competitividade com o preço do diesel na bomba. Pela mesma situação está passando o álcool de milho americano que disputa espaço com o milho destinado à alimentação humana e animal. Além disso, há um componente adicional de risco. Por se tratarem de commodities (mercadorias com precificação baseada nas cotações das bolsas internacionais), os produtores de biodiesel ficam muito vulneráveis à grande volatilidade de preços destes produtos, sem alternativas de fixação a médio e longo prazo. “ A expansão sustentável da produção e consumo de biodiesel no mundo depende de uma radical mudança na matriz agrícola “ Dentro deste cenário, o consumo atualmente depende de políticas governamentais de mistura obrigatória no diesel ou de subsídios na produção e comercialização. Há também alguns casos de consumos pontuais de empresas que buscam uma postura ambientalmente correta, ainda que de maneira antieconômica. Isto significa que o biodiesel está fadado a ser um aditivo e não um substituto do diesel, inviável economicamente e de produção limitada pela disponibilidade de matéria-prima no mundo? Definitivamente não. O atual cenário do setor mostra de maneira clara que a expansão sustentável da produção e consumo de biodiesel no mundo depende de uma radical mudança na matriz agrícola. Ou seja, de grandes investimentos e foco no desenvolvimento e expansão de matériasprimas alternativas. Por matérias-primas alternativas entendamse óleos vegetais não-alimentares, ou não utilizados como alimento, e com alta produção por hectare plantado. Além disso, devem ser fontes com baixo custo de plantio e sem outras utilidades com maior valor agregado que a produção de biocombustíveis. Como exemplo, existe o óleo de tungue, pinhão manso, crambe, nabo forrageiro, algodão, óleos residuais entre outros. Vale também incluir aqui o sebo animal e novas tecnologias em estudo como o biodiesel a partir de algas marinhas. A mamona, largamente defendida e incentivada pelo Governo, contudo, não faz parte desta lista. Como seu óleo é usado pela indústria de tintas, vernizes, cosméticos e sabões (Coelho, 1979, p. 46), mercados de maior valor agregado, seu preço de mercado é maior que o preço de venda do biodiesel. Por mais arriscado que possa ser investir em fontes pouco pesquisadas e sem histórico de cultivo em grande escala, essa é a única maneira de produzir biodiesel de forma Walter e Arilena: pioneiros da produção no norte do Paraná Da Redação Boa parte dos especialistas no setor, interessados e governantes enche os pulmões para falar do biodiesel, da potência mundial que o Brasil é neste setor e do quanto esta “onda” está crescendo no mundo. Enquanto isso, seu consumo na Alemanha (maior produtora e consumidora deste tipo de combustível) está caindo e muitas unidades de produção no Brasil estão paradas, pois não há compradores neste ano de 2007. Qual é a razão de tudo isso? O fato é que a euforia do setor está muitos passos à frente da viabilidade econômica da produção do combustível e de sua sustentabilidade no longo prazo. Antes de analisar o funcionamento deste mercado, há premissas que devem ser entendidas. Atualmente, 80% do custo de produção de biodiesel no Brasil e no mundo advêm de sua principal matériaprima: o óleo vegetal. De todo óleo vegetal produzido no mundo, 72% é feito a partir de soja, girassol, palma (dendê) e canola; ou seja, óleos considerados nobres para a alimentação humana. Se toda a produção mundial de óleo vegetal deixasse de ser usada para alimentação e fosse redirecionada para a produção de combustível, o biodiesel substituiria o diesel em apenas 20%. Hoje, com somente 5% dos óleos direcionados para a produção de biocombustível, o preço dos quatro óleos mais consumidos e mais comercializados no mundo (soja, girassol, canola e palma) dispararam e não dão sinais de queda. Uma pesquisa realizada pelo “Eurobarometer”, um dos órgãos de pesquisa da União Européia, EMATER / PR “O Divulgação Pinhão-manso garante renda ao pequeno produtor competitiva. A diferença de custo em questão não é pouca: enquanto o óleo de soja custa hoje R$ 1,40 por litro, o de pinhão manso custaria entre R$ 0,15 e R$ 0,30, dependendo da fonte da informação. Adicionalmente, o investimento em matérias-primas alternativas colabora de maneira significativa na expansão da produção mundial de óleo e no melhor aproveitamento da terra. Dessa maneira, possibilitando que o biodiesel seja no futuro um importante substituto do diesel, sem a dependência de políticas governamentais. Uma mudança radical na matriz agrícola não acontece de um dia para o outro. Mas, se a fórmula é conhecida, não há por que insistir no erro. A Alemanha não estaria reduzindo seu consumo de biodiesel se as indústrias pudessem ter acesso a matérias-primas mais baratas e, assim sendo, repassar um combustível para os postos a preços abaixo do diesel. Da mesma forma, se a indústria brasileira pudesse produzir com um custo mais baixo, as distribuidoras se mobilizariam para comprar o biocombustível imediatamente. Sendo que, na prática, muitos têm esperado com suas fábricas paradas até a entrada em vigor da mistura obrigatória de 2% de biodiesel no diesel, em janeiro de 2008. Portanto, caso o governo e a iniciativa privada continuem insistindo em investir e produzir biodiesel a partir das matérias-primas convencionais, dificilmente ele sairá da U.T.I. e seu futuro estará comprometido. Laborsolo realiza projetos de análises ambientais A crescente conscientização sobre questões sócio-ambientais, demonstrada não só pelo rigor na atuação dos orgãos fiscalizadores, mas, sobretudo pela preocupação das empresas e cidadãos em preservar os recursos naturais, imprime especial relevância às soluções dos problemas ambientais. Análises detalhadas da qualidade da água para consumo humano ou produção, da água devolvida como efluentes, de resíduos industriais ou domésticos, bem como do solo e do ar , além do monitoramento de resíduos industriaiss e agrícolas são imprescindíveis para se verificar tanto a presença de elementos químicos quanto de microorganismos prejudiciais à saúde do homem, dos animais e da vegetação. Na Laborsolo Divisão Ambiental são oferecidas análises ambientais que possibili- tam ações preventivas e corretivas às industrias dos mais diversos ramos, como alimentos, petroquímica, metalurgia, siderurgia , destilarias e outros, bem como ao setor residencial, através de ensaios de potabilidade de águas de poços artesianos, e às empresas de gestão ambiental. A Laborsolo Divisão Ambiental pode atender as seguintes legislações: Portaria 518/2004 - MINISTÉRIO da SAÚDE (Potabilidade de águas); Resolução n. 357/2005 CONAMA - (Classificação de corpos de águas); Resolução n. 273/2000 CONAMA - (Controle em postos de combustíveis); Norma ABNT NBR 10004 à 10007/2004 (Caracterização de resíduos); Norma ABNT 10818 (Qualidade de águas de piscinas) e Norma ABNT NBR 9800/1987 (Lançamento de efluentes em esgoto sanitário). Um celeiro de informações para o homem do campo! Eduardo Tobias Analista de Biodiesel da Infinity Bio-Energy www.agroredenoticias.com.br 12 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Pecuária de Corte – De janeiro a julho deste ano, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões N os primeiros sete meses de 2007, as exportações de carnes praticamente se equipararam aos embarques do complexo soja. De janeiro a julho de 2007, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as divisas obtidas pelo complexo soja totalizaram US$ 6,7 bilhões. A soja (farelo, óleo e grão) tem sido o principal produto da pauta de exportações brasileiras desde 1989, quando se iniciou a série histórica. Mas com o crescimento constante dos embarques de carnes nos últimos seis anos, o item ameaça tomar o primeiro lugar no ranking das exportações do agronegócio. Os números constam da balança comercial do agronegócio do mês de julho, divulgada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). Em julho, o total de exportações de produtos do agronegócio brasileiro alcançou US$ 5,272 bilhões, recorde mensal da série histórica. As importações cresceram 27,7%, alcançando US$ 727 milhões, e a balança registrou superávit de US$ 4,545 bilhões. No acumulado do ano, as exportações brasileiras somaram US$ 32 bilhões, valor 20,5% superior ao registrado no período de janeiro a julho de 2006. Os embarques de carnes cresceram US$ 242 milhões, e passaram de US$ 683 em julho de 2006 para US$ 925 milhões no mês passado. A carne de frango in natura foi o produto que mais contribui para a alta no complexo carnes, registrando crescimento de 89,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com quantidade exportada 45% superior e valorização de 30,7% no mercado internacional. No período, as exportações de frango industrializado aumentaram 62,7% e os de carne de peru, 77,4%. Além da carne bovina, os itens produtos florestais (9,7%), fumo e seus produtos (15,9%), café (22%), e cereais, farinhas e preparações (108,6%) estão entre Divulgação Crescem as exportações de carnes brasileiras Carne bovina foi um dos destaques das vendas brasileiras para o exterior os que mais influenciaram positivamente os resultados do mês de julho. Enquanto isso, o complexo soja (-7,9%), complexo sucroalcooleiro (-38,8%) e couros, produtos de couro e peleteria (-11%) registraram decréscimo nos valores exportados. Da Redação Friboi faz parceria com produtores do Vale do Araguaia Exportações de couros O frigorífico Friboi e a Associação de Produtores do Vale do Araguaia (APROVA) firmam parceria que prevê o fornecimento de 26 mil cabeças para abate até fevereiro de 2008, certificados pelo EurepGap e com pagamento da arroba regida pelo índice Esalq Goiás + plus. Pela primeira vez, segundo as partes, o boi de capim é comercializado por meio de uma associação, o que beneficia diretamente os produtores. Segundo Marcelo Marcondes, presidente da APROVA, a importância do contrato “está na chance de entrar no mercado com um produto de qualidade diferenciada por ser trabalhado com melhoramento genético e recebendo um valor justo por ele”, diz. O pecuarista ainda lembra que a união da cadeia produtiva é único modo de se encontrar soluções para a crise que se instaurou no setor. A APROVA conta com 70 associados do Vale do Araguaia (com sede em Britânia - GO) e foi fundada há dois anos com o intuito de agregar pecuaristas, conquistar mercado e melhorar a renda. A entidade é definida como “união faz a força” e vocação para o boi de safra. “A demanda é totalmente coerente com a nossa capacidade. Este é o primeiro passo para aumentar o leque de possibilidades de negócios entre nós e o mercado. Estamos agregando a nós sindicatos e outras associações”, co- menta Marcondes. Um segundo grupo de associados já se organiza para futuras negociações. Para o Friboi, de acordo com João Sérgio, diretor da casa em Goiás, a relação ganha-ganha é o grande diferencial. “Nós teremos a certeza do produto que vamos receber e os pecuaristas do quanto vão ganhar criando uma relação comercial estável e confiável. Ressalto que a parceria é uma experiência que tem tudo para crescer”. Criadores de zebu elegem nova diretoria Pela terceira vez o médico e pecuarista José Olavo Borges Mendes assume a direção de uma das mais respeitadas entidades pecuárias brasileiras, a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Votaram 1614 associados. Desses, um total de 1468 votaram na chapa única, ABCZ Unida, que tinha como presidente o pecuarista José Olavo. Os votos brancos somaram 36 e os nulos 6. Das correspondências encaminha- das pelos associados via correio, continham irregularidades 104. Essas, nem foram computadas. O pecuarista entra com grandes perspectivas relacionadas à representatividade. Durante a ExpoZebu 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a esboçar seu apoio à candidatura de José Olavo publicamente. Para o pecuarista, é importante que a entidade utilize com maior ênfase sua força política. “Temos que trabalhar para nos posicionarmos, juntamente com outras entidades que representam o produtor, em prol dos interesses da classe”, ressalta ao lembrar que o bom relacionamento com o governo federal, senado e câmara dos deputados precisa ser ainda mais estreito. José Olavo ainda destaca a importância de impulsionar o PróGenética, programa de melhoramento genético do rebanho nacional. “Esse é um projeto que daremos prioridade. É a maneira mais democrática de se dar, aos pequenos e médios produtores, acesso à genética de qualidade”, afirma. Outra medida que o pecuarista deverá apoiar é a apresentada pelo seu 2º vice-presidente, Eduardo Biagi. A ABCZ deverá trabalhar em prol da criação do Consecarne, um conselho que seguirá as premissas que nortearam o já edificado sucesso do Consecana. Marfrig anuncia a compra do Frigorífico Patagônia Os resultados da campanha de combate à febre aftosa realizada no Paraná em maio deste ano foram apresentados no dia 20 de agosto, pela equipe técnica do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, durante reunião do Conselho Estadual da Sanidade Agropecuária (Conesa). O índice de vacinação contra aftosa atingiu 98,62% em todo o Estado e 99,55% na região de fronteira do Paraná com a Argentina, Paraguai e O Marfrig, uma das principais empresas do setor de carne bovina do Brasil, anunciou em agosto, um acordo para adquirir o Frigorífico Patagônia, localizado na Terra do Fogo, no Chile. “A finalização do negócio está sujeita à realização de auditorias legal e contábil a serem concluídas até 18 de setembro de 2007”, informou a empresa em um comunicado ao mercado. O Frigorífico Patagônia tem como principais atividades o abate e produção de cortes de cordeiro no Chile. o Estado do Mato Grosso do Sul. Esses resultados foram considerados bons pelos técnicos e foram apresentados oficialmente ao secretário nacional da Defesa Sanitária Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Inácio Afonso Kroetz, que participou da reunião. A reunião do Conesa foi coordenada pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento e presidente da entidade, Valter Bianchini. Estavam presentes o diretor do departamento de Fiscalização da Secreta- Divulgação Paraná confirma índice de 98,62% na vacinação contra a febre aftosa ria da Agricultura e do Abastecimento, Silmar Bürer, e secretário-executivo do Conesa, Eliel de Freitas. crescem 26,5% até julho As exportações brasileiras de couro cresceram 26,5% até julho de 2007, em relação ao mesmo período de 2006, alcançando US$ 1,28 bilhão, segundo cálculos do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CIB). Os embarques de couro superam em 15% as vendas externas de calçados do Brasil (US$ 1,11 bilhão) e representam 50% das exportações brasileiras de carne bovina (US$ 2,5 bilhões), no acumulado dos sete primeiros meses deste ano. Houve um ligeiro aumento de 12% nas importações de couro, que alcançou US$ 89 milhões, e resultou em um saldo da balança comercial do couro de US$ 1,19 bilhão. As vendas externas de couro de maior valor agregado (semi-acabado e acabado) responderam por 64% das receitas das exportações brasileiras. Já o preço médio do couro bovino brasileiro exportado foi de US$ 63,28 – o que representou um aumento de 29% em relação ao preço médio obtido no mesmo período de 2006. Os tradicionais estados exportadores de couro expandiram seus embarques, e apresentaram as seguintes participações: São Paulo (35%), Rio Grande do Sul (24%), Paraná (6,55%) e Mato Grosso do Sul (6,3%). Os principais países importadores do couro brasileiro ainda são China (incluindo Hong Kong), com participação de 35%; Itália (27%); e EUA (10%). ANPBC cria representação no Mato Grosso do Sul Perto de 90 pessoas participaram na semana passada da reunião de criação de uma representação da Associação Nacional dos Criadores de Bovinos de Corte (ANPBC) em Eldorado, no Mato Grosso do Sul (MS). Imediatamente, 60 sócios produtores se associaram à entidade, apenas no dia do encontro. O objetivo imediato da representação é atuar no intuito de reverter a interdição decretada na região por conta do surgimento de focos da febre aftosa em 2005. A atuação da entidade no MS, de acordo com dos diretores, será técnica e política. Para a presidência da representação sul-mato-grossense foi eleito, por aclamação, o pecuarista José Moacir “Tito” Turquino. Tam- bém estiveram no encontro em Eldorado o presidente da ANPBC, André Carioba, o secretário Ricardo Jorge Rocha Pereira e os diretores Alexandre Turquino, Clayton de Paula e Raimundo Tostes. Criada em junho de 2006, a ANPBC tem seu escritório central no Parque Governador Ney Braga, sede da Sociedade Rural, em Londrina. A entidade conta hoje com cerca de 200 associados espalhados pelos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. A maior parte dos produtores associados é de pequeno porte. E a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) também é associada da ANPBC. Agrojornal Brasil agosto de 2007 13 Avicultura – Auditores Fiscais Federais visitaram unidades veterinárias e postos de fiscalização em todo o Estado MAPA conclui auditoria na sanidade avícola do PR fortemente comprometido com a sanidade agropecuária, que é uma das prioridades da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, pela importância que o setor representa para a Agricultura Familiar, afirmou o secretário Valter Bianchini. A auditagem é um procedimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizado nos Estados que solicitam a adesão à regionalização por meio do Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Ao aderir ao plano, o Paraná sinaliza que está em condições de ser auditado também por órgãos internacionais que poderão constatar a estrutura de sanidade para a avicultura de acordo com as exigências do mercado mundial. Copacol investe em novo núcleo de matrizes Para suprir a demanda de produção de ovos do Incubatório localizado em Nova Aurora, a Copacol já iniciou as obras de mais um matrizeiro no município de Iracema do Oeste. Serão quatro núcleos de três galpões para aves fêmeas e um barracão para machos, com uma área total de 22,5 mil m² de estrutura para a recria dos frangos. Nesse novo investimento serão alojadas matrizes com apenas um dia de vida e que permanecerão no local de 22 a 23 semanas, até estarem prontas para serem levadas aos matrizeiros de produção de ovos da Copacol e de produtores integrados. Apesar da estrutura em Iracema do Oeste e de já contar com matrizeiros em Nova Aurora e Cafelândia, a Cooperativa ainda não é auto-suficiente na produção ovos para o incubatório e precisa comprar 30% da sua necessidade de ovos e pintainhos de empresas que atuam no setor, para manter sua média de abate que hoje é de 270 mil aves ao dia. A conclusão da obra está prevista para o final deste ano e prevê um investimento de mais de 7 milhões de reais. A Copacol contribui para a geração de mais 40 novos empregos diretos. Big Frango vai instalar fábrica de rações em Rolândia O terreno de 150 mil metros quadrados em frente à fábrica de abate já está à disposição em Rolândia. Falta agora acertar os últimos detalhes do projeto para iniciar a nova construção da Fábrica de Ração da Big Frango. Quem antecipa a informação é o vice-presidente, Evaldo Ulinski Junior. Ele aponta que atualmente a fábrica tem sede em Arapongas, cidade vizinha a Rolândia, e capacidade para produzir 1,5 mil tonelada do produto por dia. A nova estrutura vai aumentar essa produção para 2,4 mil toneladas/dia. “Vamos comprar tudo novo. A fábrica será construída e os equipamentos principais serão adquiridos de uma empresa holandesa. Máquinas como dosagem, moagem e misturador virão desse país”, revela Evaldo Ulinski Junior, vice-presidente da Big Frango. O crescimento é necessário para acompanhar os projetos da empresa, que quer atingir a casa de 500 mil frangos abatidos diariamente até 2009. Para isso é necessário mais pintainho, para gerar mais frango, que conseqüentemente consumirão mais ração. “Essa nova fábrica vai dar suporte para crescermos em produção”, aponta o vice-presidente. A Big Frango trabalha com granjas parceiras espalhadas em 42 municípios do Paraná. Todas elas recebem a ração preparada com um mix especial que contém todos os nutrientes necessários para a boa saúde e desenvolvimento do frango. Padrão de qualidade que vai ser mantido na nova estrutura que deve entrar em operação em fevereiro de 2008. O mesmo procedimento já foi feito nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco. A estimativa é que 11 Estados solicitaram adesão conforme prevê a Instrução Normativa 17, do ministério da Agricultura. Prevenção No Paraná, os auditores visitaram unidades veterinárias locais dos núcleos regionais da Secretaria da Agricultura em Ponta Grossa, Jaguariaíva, Cascavel, Palotina e os postos de fiscalização do trânsito de animais na divisa entre Paraná e Santa Catarina. Foi feita a checagem do conjunto de ações que são executadas pelo setor oficial e privado em relação à prevenção das enfermidades do setor avícola, disse o diretor do De- Unifrango aposta em Apucarana O diretor executivo da Unifrango, Pedro Henrique Oliveira, relatou ao Governo do Paraná que os investimentos anunciados pela empresa de R$ 40 milhões para a construção de sua nova unidade industrial segue em ritmo acelerado. A previsão é que a primeira etapa seja concluída antes do prazo previsto. A expectativa é que no primeiro trimestre de 2008, o complexo esteja com a câmara de estocagem e o terminal de contêineres finalizados, viabilizando 200 postos de trabalho. Outros 1,8 mil postos de trabalho serão preenchidos com a conclusão das obras do frigorífico de aves, que será construído simultaneamente. Com a antecipação do investimento, que conta com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Apucarana, a empresa anunciou que vai começar a cadastrar os produtores avícolas e proprietários rurais interessados em se tornar produtores integrados. A meta da empresa é abater 150 mil frangos/dia. “A Unifrango tem, entre seus associados, só empresas paranaenses. Os investimentos têm acontecido somente no Paraná, por causa da demanda de grãos que temos e pelo apoio recebido por parte do Governo do Estado. Vamos continuar investido aqui. E, mais uma vez, o procedimento do Governo do Estado para com a iniciativa privada é excelente. Encontramos o respaldo necessário e estamos confiantes na reunião que será realizada no dia 14, com representantes dos órgãos governamentais”, finalizou. partamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária, Silmar Bürer. Segundo Bürer, as exigências da auditagem foram cumpridas como o georreferenciamento de cerca de 10,5 mil proprie- dades avícolas comerciais e industriais em todo o Estado, adoção de normas de restrição à entrada de pessoas nos aviários, telamento dos galpões para evitar a entrada de pássaros, adequação dos postos de fiscalização e também procedimentos de biossegurança como pedilúvios e rodolúvios nas entradas dos aviários para minimizar os riscos de enfermidades. Da Redação Grupo vai aplicar R$ 10 milhões em abatedouro no Sudoeste A Avícola Carminatti, associada à Unifrango Agroindustrial de Alimentos, anunciou no início de agosto, em Curitiba, que vai investir R$ 10 milhões destinados à construção de um abatedouro em Santo Antonio do Sudoeste. O diretor da Avícola, Joel Carminatti, comunicou, juntamente com um grupo de empresários do setor, a decisão da empresa ao governador em exercício Orlando Pessuti, em audiência no Palácio das Araucárias. “Este abatedouro, em sua primeira etapa, vai se dedicar ao abate de galinhas matrizes (poedeiras), que atualmente são levadas para serem abatidas fora do Paraná, porque não temos um frigorífico especifico para isso. Assim, este investimento é de fundamental importância para o nosso Estado, principalmente do ponto de vista sanitário”, ressaltou Pessuti. Segundo ele, com o zoneamento da sanidade avícola que se discute no país, por causa da gripe aviária e outras doenças, os empresários paranaenses do setor são obrigados a levar esses animais para serem abatidos em outros estados, seguindo todo um protocolo de procedimento sanitário. “Acredito que, em breve, a Secretaria da Agricultura estará impedindo o trânsito dessas matrizes, justamente para proteger o plantel paranaense. Por isso, a iniciativa da Avícola Carminatti em construir um abatedouro de matrizes no Sudoeste terá toda atenção do Governo do Estado”. Joel Carminatti contou ao governador em exercício que o abatedouro terá capacidade para abater 30 mil unidades/dia, destinada ao abastecimento dos mercados interno e externo. Vai gerar 350 empregos diretos. “A carne dessas matrizes tem mercado certo na Europa, onde é usada em pratos prontos, e custa em média 35% a menos que a carne de frango”, frisou. BRDE libera R$ 10 milhões para a Frangobras O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vai financiar R$ 10 milhões para a Frangobras Indústria e Comércio de Carnes e Derivados, em Campo Mourão, no Noroeste do Paraná. O dinheiro garante a construção dos 50 primeiros aviários de integração da empresa. É o apoio à expectativa de gerar 800 empregos diretos no primeiro ano de operação, além de abater 40 mil aves por dia. A produção será voltada ao mercado externo. O abatedouro será inaugurado em fevereiro do ano que vem. A empresa pretende construir mais 100 aviários em 2008. O objetivo é ter 260 em três anos. Para o final de 2008, a meta é abater 80 mil aves/dia. Para dezembro de 2009, o dobro: 160 mil aves/dia. Somados aviários, fábri- ca de ração e frigorífico, o investimento total é de R$ 60 milhões. Além do BRDE, BNDES, Banco do Brasil e Globoaves, entre outros parceiros, apóiam o negócio. A Frangobras fez a seleção prévia dos 50 criadores beneficiados com a liberação do dinheiro - R$ 200 mil cada um. Todos têm projetos de financiamento encaminhados ao Sicredi, parceiro do BRDE e agente financeiro repassador dos recursos. A linha de crédito para financiamento de aviários é o Moderagro II. Os juros são de 6,75% ao ano, com até 18 meses de carência e oito anos para quitar. “A instalação da indústria com o apoio do BRDE vai possibilitar que esses produtores rurais melhorem sua renda, aliás, eles agora vão ter uma renda regular”, AEN / PR Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento concluiu no final de julho a auditagem no setor de sanidade de aves do Paraná. Quatro auditores fiscais federais estiveram no Estado para verificar as condições do sistema de defesa sanitária das aves para prevenir enfermidades, em especial a da Influenza Aviária e Doença de Newcastle. O resultado da auditoria será divulgado de uma só vez para todos os Estados que solicitaram a adesão ao plano de regionalização da avicultura, que estabelece as normas de prevenção sanitária na avicultura. Portanto, a posição que o Paraná alcançou só será conhecida após a auditagem em todos os Estados solicitantes. A adesão ao plano indica que o Paraná está AEN / PR O diz a gerente adjunta de operações do banco, Carmem Truite. “A nossa intenção é dar condições para que o agricultor deixe a monocultura e passe a ter uma renda quase que mensal e suficiente para as despesas fixas”, reforça o vicepresidente da Frangobras, Reinaldo Morais. 14 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Reciclagem – Índice de 94,4% mantém o país na primeira posição, pelo sexto ano consecutivo, com um total de 139,1 mil t A Associação Brasileira do Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informaram que o País reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mercado interno, em 2006. Segundo dados das duas entidades, foram recicladas no ano passado 139,1 mil toneladas de sucata de latas, o que corresponde a 10,3 bilhões de unidades - 28,2 milhões por dia ou 1,1 milhão por hora. Mesmo ligeiramente inferior ao índice registrado em 2005, o volume coletado em 2006 foi 9,0% maior que o do ano anterior, acompanhando as vendas de latas, que cresceram 11,2% no mesmo período. Essa maior disponibilidade permitiu que outros segmentos de mercado passassem a consumir sucata de lata, o que levou ao aumento do universo de consulta para cálculo do índice. Essa marca ainda mantém o Brasil na liderança mundial em reciclagem de latas de alumínio tanto entre países onde a atividade não é obrigatória por lei, como no Japão, que em 2006 reciclou 90,9% de latas, ou entre aqueles cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante rígida, como Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suíça, que em 2005 apresentaram um índice médio de 88%. Vantagens Ambientais Trata-se de um mercado já estabelecido - o País vem liderando o ranking mundial de índice de reciclagem de latas de alumínio desde 2001 - e que, no ano passado, movimentou cerca de R$ 1,7 bilhão. Ao gerar renda e emprego para quase 170 mil pessoas, a atividade de reciclagem de latas comprova sua importância socioeconômica. Em 2006, somente a etapa de coleta (compra de latas usadas) injetou cerca de R$ 540 milhões na economia nacional. Além dos benefícios sociais e econômicos, a reciclagem de latas de alumínio também favorece o meio ambiente. O processo de reciclagem de latinhas libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa quando comparado com a produção de alumínio primário. Ao substituir Divulgação Brasil lidera recolhimento de latas de alumínio Volume de material para a reciclagem cresceu aproximadamente 9% um volume equivalente de alumínio primário, a reciclagem de 139,1 mil toneladas de latinhas proporcionou uma economia de 1.976 GWh/ano de energia elétrica ao País, o suficiente para abastecer, por um ano inteiro, uma cidade com mais de um milhão de habitantes, como Campinas (SP). Além disso, pou- O período de setembro a março é considerado um dos mais críticos para o combate à deriva nas pulverizações de agrotóxicos. Na região de Londrina, o Programa Acerte o Alvo – criado em agosto de 2004 – tem colaborado nas últimas safras para evitar que os aplicadores sejam envenenados e contribuído na defesa do meio ambiente. Além disso, o programa garante ganhos econômicos com o manuseio correto dos agrotóxicos em grandes lavouras, sem que estas causem danos às propriedades da agricultura familiar. “Para se ter idéia da importância deste projeto, em apenas um ano de trabalho a campo, a região reduziu em 70% o volume de reclamações e denúncias voltadas aos problemas de deriva”, afirma Gil Abelin, chefe do Núcleo Regional da SEAB-Londrina e coordenador do projeto. “Estamos aguardando uma confirmação do secretário Bianchini para que possamos lhe apresentar os últimos resultados com o programa na nossa região. É bem provável que o projeto seja utilizado em outras regiões do estado”, informa Abelin. O chefe do Núcleo da SEAB-Londrina considera que as conquistas obtidas pelo programa servem de argumento na expansão do projeto para as 15 regiões produtoras de grãos, que abrange mais de 300 municípios paranaenses. “Inclusive, já fomos consultados para levar o programa aos demais estados vizinhos”, diz. SEAB / Londrina Programa Acerte o Alvo pode ser INpev e ANDEF orientam utilizado em outras regiões do PR produtor na Agrifam Projeto paranaense já foi premiado diversas vezes Desvio A deriva é o desvio da trajetória das gotas produzidas na pulverização para fora do alvo que se pretende atingir. A área atingida pode ser outra lavoura, cursos d`água ou qualquer vegetação próxima do local de aplicação. “Os maiores problemas acontecem quando este movimento afeta uma lavoura sensível ao produto aplicado”, aponta Abelin. Entre os fatores que interferem no aparecimento da deriva estão: as condições dos equipamentos de pulverização; as técnicas de aplicação utilizadas; os cuidados na operação e a habilidade do operador; e as condições climáticas no momento da aplicação. Premiações Em pouco tempo, o programa Acerte o Alvo já teve o reconhecimento nacional em duas oportunidades. O projeto ficou em 7º lugar entre 86 trabalhos técnicos selecionados para a grande final do 4º Benchmarking Ambiental Brasileiro, realizado em setembro de 2006. E em maio deste ano, recebeu o prêmio “Mérito Fotossanitário: Educação e Treinamento do Homem do Campo” - promovido pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), ao obter o 3º lugar entre os projetos selecionados. Fazem parte do Projeto Acerte o Alvo no Grupo Gestor a SEAB/DEFIS-DSV/ DFI, Emater, Anpara, Sema/IAP, Crea-PR e força-tarefa composta pela Dow AgroScience, Agripec e Milênia. No Grupo Consultivo estão a AEA-PR/Londrina, sindicatos, prefeituras com suas secretarias municipais de agricultura e meio ambiente, Promotoria do Meio Ambiente, Sociedade Rural do Paraná, cooperativas Cofercatu, Cresol, Integrada, Sul Brasil e Corol, Embrapa-Soja, Abimac, Inmetro, Faep, Fetaep, Senar, Ceasa, Iapar, Suderhsa, Unopar e UEL, além de novas parcerias como Andef e Ministério do Desenvolvimento Agrário. Outras informações sobre o programa Acerte o Alvo podem ser obtidas no Núcleo da SEAB em Londrina pelo telefone: (43) 3325-7911 A difusão dos procedimentos adequados de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas e as informações sobre o uso correto e seguro de produtos fitossanitários entre os pequenos agricultores foi o objetivo principal da participação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) em parceria com a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e suas empresas associadas Arysta LifeScience, Basf, Bayer CropScience, Dow Agroquímica, FMC, Monsanto e Syngenta na Agrifam 2007. O evento foi realizado de 2 a 5 de agosto, em Agudos/SP. O espaço “Segurança e Meio Ambiente” funcionou como um estande de serviços ao produtor rural, que pode assistir a demonstrações de como é realizada a tríplice lavagem das embalagens vazias de defensi- vos agrícolas e também a forma adequada de utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), fundamentais durante o manuseio dos produtos fitossanitários. A 5ª edição da Agrifam foi realizada na sede do Instituto Técnico Educacional dos Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo (ITETRESP). Mais informações sobre o sistema de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas estão disponíveis no site www. inpev.org.br . Sobre o inpEV O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 64 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas. pou 700 mil toneladas de bauxita (minério do qual se obtém o alumínio), que seriam extraídas das reservas naturais brasileiras. Da Redação CAMDA recebe certificado de mérito ambiental Em comemoração ao Dia Nacional do Campo Limpo, a CAMDA (Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina) participou das atividades realizadas na Central de Recebimento de Embalagens Vazias na cidade de Bilac (SP). Os alunos das escolas em que a cooperativa desenvolve projetos de educação ambiental (Adamantina, Mariápolis, Dracena, Pacaembu e Araçatuba) participaram do evento. Na ocasião, a CAMDA recebeu o certificado de mérito ambiental em reconhecimento ao compromisso com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira, demonstrado por meio da participação ativa no sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. O certificado foi emitido pelo Inpev. Cocamar produz fios de garrafas pet A linha de fios ecológicos da Cocamar vai chegar ao mercado têxtil com o “Selo Cocamar Ecológica”. Este tipo de fio é produzido a partir da mistura de 50% de fibra de algodão e 50% de fibra de poliéster, obtida da reciclagem de garrafas pet. “O que era um problema para o ambiente virou matéria-prima para novos produtos”, comemora Elaine Lopes Xavier Leite, gerente comercial de fibras da cooperativa. Segundo a gerente comercial de fibras da Cocamar, o selo comprova que a roupa confeccionada com esse fio é ecológica e socialmente correta, o que atende a uma demanda crescente por parte do mercado, interessado cada vez mais em trabalhar com o conceito de sustentabilidade. “Cada camiseta, por exemplo, produzida a partir do fio ecológico, significa uma garrafa pet a menos na natureza”, lembra Elaine Leite. Ela acrescenta que além de preservar o meio ambiente, esse tipo de fio contribui com a inclusão social, uma vez que as garrafas são coletadas nas ruas por cooperativas de recicladores. Lançado no mercado há cinco anos, o fio ecológico da Cocamar já representa cerca de 10% das 850 toneladas produzidas mensalmente pela fiação da cooperativa, onde são fabricados fios 100% algodão e mistos com fibras artificiais e sintéticas de várias espessuras. A gerente comenta que, devido à qualidade e maciez do produto final, o fio ecológico já é largamente utilizado na confecção de uniformes profissionais e conquista espaço até mesmo no chamado segmento “fashion”, onde predominam as grandes grifes. Só para se ter idéia, as camisetas usadas por toda a equipe de apoio dos recentes Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro, foram feitas a partir desse material. Agrojornal Brasil agosto de 2007 15 Encontro – Produtores rurais e técnicos ficam impressionados com a integração agricultor-pesquisa-extensão C erca de 20 produtores rurais e técnicos venezuelanos estiveram no início de agosto no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) - autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Eles tiveram palestras sobre comercialização de café, metodologias de difusão de tecnologia e receberam certificados de encerramento do curso. . O pesquisador do Iapar, Armando Androciolli Filho, explicou que atualmente a colheita no Paraná é feita principalmente no pano porque o custo é menor. “A colheita seletiva, separando os grãos maduros dos verdes e secos, seria o ideal, mas ela precisa de muita mão-de-obra, o que aumenta os custos do produtor”, diz o pesquisador. Ele lembrou que mesmo o pequeno agricultor, com uma pequena área, precisa contratar pessoas para fazer o trabalho. O agrônomo da Emater, Nelson Menoli, sugeriu aos venezuelanos que usem variedades com épocas de maturação diferentes para que a colheita seja escalonada e, assim, a necessidade de mão-de-obra e de equipamentos seja menor. No Campo Depois de uma breve explanação teórica foi hora de irem para o campo. Todo o grupo foi para uma área do Iapar colher café. A agricultora Maria Helena Medina afirmou que na Venezuela eles não usam a técnica do pano porque o terreno é muito acidentado. A solução, segundo ela, é fazer a colheita com o que eles chamam de “canastra”, uma espé- cie de cesto, amarrado ao corpo, onde são colocados os grãos. Medina é produtora de café há apenas dois anos, mas vem de uma família de cafeicultores. Ela diz que gostou muito do curso no Iapar porque pode trocar experiências com pesquisadores, técnicos e produtores e aprender técnicas, como a colheita mecanizada e a poda. A produtora ficou impressionada com o elevado grau de integração entre assistência técnica, pesquisa e agricultores no estado. “Isso é importantíssimo para o desenvolvimento local”, diz ela. O agricultor Miguel Espinoza concorda com a colega venezuelana. Espinoza acredita que a ligação entre o poder público, os produtores e demais segmentos da comunidade, envolvendo órgãos públicos de pesquisa e extensão ru- IAPAR / PR Venezuelanos visitam o Instituto Agronômico Venezuelanos ficaram impressionados com o desempenho da pesquisa na agropecuária paranaense raná e da Venezuela”, diz o agricultor. Ele também salientou a importância da técnica da poda e da produção de mudas de café em tubetes para aumentar a produção e reduzir custos. “Se o agricultor fizer o esqueletamento correta- ral é importantíssima porque se contrapõe à hegemonia dos grupos econômicos dominantes. “Hoje semelhante integração está crescendo em nosso país, principalmente por intermédio de convênios, como esse realizado entre o Governo do Pa- mente o rendimento no ano seguinte aumenta muito, e o sistema de fabricação de mudas em tubetes é mais fácil e ainda permite um melhor enraizamento da planta, trazendo melhor qualidade”, argumenta Espinoza. Da Redação A I Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale e o VII Seminário Técnico de Trigo foram realizados no final de julho em Londrina. O economista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Paulo Moceli, fez a última palestra do encontro técnico, traçando um panorama da produção brasileira e mundial de grãos, com destaque para o trigo. Segundo Moceli, “existe uma tendência mundial na redução dos estoques de produtos agrícolas por conta dos elevados custos, o que deve manter uma pequena elevação nos preços das commodities”. Ele alertou, no entanto, que não deve haver mudanças radicais no valor da saca. A expectativa do economista é que a saca de 60 quilos de trigo chegue a, no máximo, R$ 40,00 a curto prazo. Além da diminuição dos estoques, Moceli afirmou que os preços do trigo devem permanecer em elevação por conta da redução da produção da Argentina, principal exportador do cereal para o Brasil, e da produção brasileira ainda estar longe da auto-suficiência – o pais importa em torno de 60% do que consome. O economista da Conab lembrou ainda que a pesquisa teve um papel fundamental no aumento da produtividade nacional, mas as condições climáticas e a instabilidade do mercado são um empecilho para o aumento da produção. Papel da pesquisa O presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro), Benami Bacaltchuk, que também proferiu uma palestra durante o evento, salientou a importância da pesquisa agrícola. Ele afirmou que graças à pesquisa foi possível aumentar a produtividade, apesar da redução na área plantada. No entanto, Bacaltchuk fez um alerta: “se quisermos ser auto-suficientes, teremos que ser exportadores. Não existe auto-suficiência para comer”. Para o presidente da Fepagro, “será a base tecnológica que vai permitir a auto-suficiência e a exportação”. O agrônomo da Cooperativa C-Vale, Ronaldo Vendrame, discutiu o assunto com o presidente da Fepagro. Vendrame defendeu o desenvolvimento de variedades tolerantes a seca e a geada como o grande desafio da pesquisa para os próximos anos. Para ele, os problemas climáticos estão entre os principais limitadores da produção brasileira, o que pode ser Meridional Reunião técnica do trigo avalia auto-suficiência na produção e a pesquisa Ralf Dengler fez as boas vindas aos participantes do evento minimizado com variedades mais resistentes. A Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale a o VII Seminário Técnico do Trigo foram uma promoção da Fundação Meridional com a organização do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e da Embrapa, e com o apoio da Sociedade Rural do Paraná. 16 Agrojornal Brasil agosto de 2007 Prazo para ITR – Quem não entregar dentro do prazo exigido, fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND) Produtores devem declarar ITR e ADA até 28 de setembro O s proprietários rurais de todo o Brasil devem entregar até o dia 28 de setembro, o Imposto sobre a Propriedade Territorial (ITR) de 2007 à Secretaria da Receita Federal, conforme a Instrução Normativa RFB N.º 745, de 11/6/007, e o formulário Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O ITR 2007 deve ser entregue por pessoa física ou jurídica, que seja proprietária ou possuidora de imóvel rural a qualquer título. O documento deve se referir ao que foi produzido em 2006. O proprietário que não entregar o ITR, dentro do prazo exigido, fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND) da Secretaria da Receita Federal (SRF). O CND é indispensável nas transações imobiliárias. O atraso na entrega do ITR também impedido o proprietário de obter financiamentos ou crédito junto a instituições financeiras oficiais. ADA - Os produtores rurais que, no ITR, declararam que possuem áreas de preservação permanente (mata ciliar), reserva legal averbada e outras áreas de preservação ambiental são obrigados a preencher o ADA e entregá-lo ao Ibama, de acordo com a IN nº 76 de 2005 do Ibama e Lei nº 10165/00. O prazo para entrega do ADA é o mesmo do ITR. Caso o produtor rural não entrega o ADA no prazo exigido, ocorre perda da isenção do ITR da área declarada como de preservação ambiental. As áreas serão desconsideradas como isentas. Ou seja, passam a ser enquadradas como inexploradas pela Secretaria da Receita Federal. O que pode levar a uma alteração do Grau de Utilização (GU) do imóvel rural e provocar um aumento do imposto pelo aumento da alíquota. AGRONEWS Agroambiental: Preservação de florestas com grande economia Quando for comprar madeiras exija sempre produtos de reflorestamento. Com as tecnologias disponíveis no mercado de secagem e tratamento em autoclave, o Eucalipto e o Pinus podem substituir com requinte e durabilidade qualquer madeira de nossas florestas nativas e ainda vai gerar grande economia. O tratamento químico em autoclave vácuopressão, já é efetuado há mais de 40 anos em todo o mundo. Nele a madeira com baixa umidade é submetida ao vácuo para retirada da seiva de seus poros e, em seguida, é colocada em contato com o produto químico arseniato de cobre cromatado (CCA), diluído em água, sobre muita pressão para que o produto penetre nos poros da madeira onde ocorrerá uma reação química e o produto irá endurecer e permanecerá dentro da madeira para sempre. Com isso, a madeira ganha proteção contra umidade e também contra fungos e cupins, ampliando sua vida útil para 20 anos, mesmo quando submetida a situações extremas como contato com a terra, insetos, sol e umidade. O Eucalipto e o Pinus preservados têm ampliados as suas possibilidades de uso devido ao crescimento da consciência ecológica da população, e hoje já são aplicados com sucesso na pecuária (cercas e currais), fruticultura (parreirais, escoras), construção civil e paisagismo (telhados, portas e batentes, decks, pergolados, quiosques, gazebos, entre outros). Devido à sua robustez e economia, os mourões de eucalipto estão sendo bastante utilizados na construção de galpões de frango, barracões de maquinas, pés direito e para outdoors. Assim, pouco a pouco, as madeiras de reflorestamento estão ganhando espaço no consumo diário da população brasileira, a exemplo do que já ocorre na Europa e EUA onde móveis, casas, decks e embalagens de madeiras são feitos com essa matéria-prima. Mais informações: Agroambiental Econegócios, pelo telefone: (43) 3251-3306. Unipac lança série de conjuntos para identificação de bovinos A Unipac acaba de ingressar num novo mercado dentro da sua Divisão de Agropecuária. A empresa comercializará o sistema de identificação animal, composto por brinco, botton, dois machos fixadores com ponta metálica e uma planilha personalizada. São dois tipos de conjunto, que atenderão mercados distintos: um destinado a manejo de animais; e outro certificado de acordo o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, o SISBOV, implantado através da Instrução Normativa nº 17, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de estabelecer normas para a produção de carne com garantia de origem e qualidade. Empresa integrante do Grupo Jacto, a Unipac é reconhecida nacional e internacionalmente pela seriedade e solidez em seus negócios, e pela capacidade de prover soluções inovadoras, que agregam valor à cadeia. Mais informações pelo telefone: (11) 4166.4260 ou www.unipac.com.br Guabi é destaque na Abraveq Durante o Abraveq 2007, considerado o maior evento de Eqüideos, o Grupo Guabi apresentou sua nova linha de rações, reformulada para atender as necessidades dos eqüinos das mais diversas categorias. Intitulado “Criar Cavalos é uma Arte”, o programa é estruturado com base nas mais recentes pesquisas nutricionais e atende a todas as categorias: potros de 1 a 3 meses, de 4 a 6 meses, de 12 a 18 meses e acima de 18 meses; animais adultos em manutenção; éguas gestantes e lactantes; garanhões e cavalos atletas. Tortuga divulga Bovigold Pré-parto A Tortuga Cia. Zootécnica Agrária lança no mercado brasileiro o novo suplemento mineral Bovigold Pré-parto, produto criado para evitar transtornos metabólicos relacionados ao cálcio nas vacas em final de gestação. O produto ajuda a combater um problema bastante comum que atinge vacas em período final de gestação: a hipocalcemia pós-parto, também conhecida como “febre do leite”. O lançamento oficial do Bovigold Pré-parto foi realizado no mês de agosto, durante a Agroleite 2007. Novo Diretor João Hilário da Silva Jr. é o novo diretor de marketing da Tortuga. Pósgraduado em Economia Social e formação em Comunicação Social, João Hilário tem longa trajetória profissional ligada ao marketing, incluindo passagens por Springer Carrier, ICI/Zeneca e Diageo. Nos últimos cinco anos, ele foi o diretor da unidade de agronegócios do grupo Fischer América, atendendo Monsanto, Produquímica, Citrovita e a própria Tortuga. John Deere apresenta primeiros tratores produzidos na fábrica de Montenegro Quatro novos modelos de tratores são as principais novidades apresentadas pela John Deere na última edição da Expointer. Os modelos 7715, com motor de 182 cv, e 7815, de 202 cv, são os primeiros produzidos na mais moderna fábrica de tratores do mundo, a nova unidade da John Deere no município gaúcho de Montenegro. Os modelos 5303, de 57 cv, e 5403, de 65 cv, com motores de três cilindros, reforçam a presença da John Deere na faixa de tratores de baixa potência. Os modelos 7715 e 7815 já estão sendo produzidos em escala piloto na nova fábrica da John Deere. No início do próximo ano toda a linha de produção de tratores da fábrica de Horizontina, também no Rio Grande do Sul, será transferida para Montenegro. Com a nova fábrica, resultado de um investimento de 250 milhões de dólares, a John Deere aumenta sua capacidade de produção de tratores, podendo atender ainda melhor às necessidades dos agricultores. Com os modelos 5303 e 5403, a tecnologia avançada da John Deere pode ser aplicada nas variadas atividades das pequenas propriedades, como a horticultura e fruticultura. Outra novidade da linha de tratores John Deere é o modelo 5605, que conta agora com a TDPE - Tomada de Potência Econômica. A TDPE permite trabalhar com rotação mais baixa do motor e, ao mesmo tempo, manter a rotação necessária para a operação de equipamentos na tomada de potência. Com isso, proporciona a redução do consumo de combustível no trabalho com pulverização e em outras aplicações que utilizam a tomada de potência. E-mail: org.br E-mail: [email protected] AGROEVENTOS XXXII ExpoFeira 2/9 a 9/9 Local: Feira de Santana/BA Mais informações: Fone: (75) 3614-1299 E-mail: deptoagricultura@ pmfs.ba.gov.br Site: www.feiradesantana. ba.gov.br XXV EXPOMAM Mamborê 5/9 a 10/9 Local: Mamborê/PR Mais informações: Fones: (44) 3568-1483 XXIV Feira do Produtor Rural - Feport 6/9 a 9/9 Local: Parque de Exposições de Teresópolis, em Albuquerque/RJ Mais informações: Fone: (16) 3623-8861 E-mail: comercial@feport. com.br Site: http://www.feport.com.br XV MARINGADO 6/9 a 16/9 Local: Maringá/PR Mais informações: Fone: (44) 3228-7656 FRUTAL 2007 10/9 a 13/9 Local: Centro de Convenções de Fortaleza/CE Mais informações: Fone : (85) 3246-8126 E-mail : [email protected] CONBRAVET - Congresso Brasileiro de Veterinária 9/9 a 12/9 Local: Mendes Convetion Center – Santos/SP Mais informações: Fone : (11) 3129-4486 E-mail : [email protected] III ERGOFLOR 12/9 a 14/9 Local: Universidade Federal de Viçosa/MG Mais informações: Fone : (31) 3899-2476 E-mail : sifeventos@ufv. br XIV Leilão de Reprodutores Primavera 15/9 Local: Pato Branco/PR Mais informações: Fone: (46) 3225-2510 XXXI Exp. Agrop. Industrial de Clevelândia 17/9 a 22/9 Local: Clevelândia/PR Mais informações: Fone: (46) 3252-1344 AGROCANA 2007 18/9 a 21/9 Local: Centro de Exposições Zanini – Sertãozinho/SP Mais informações: Fone : (16) 2132-8936 E-mail : [email protected] V Congresso Brasileiro de Biossegurança 18/9 a 21/9 Local: Centro de Convenções da UFOP – Ouro Preto/MG Mais informações: Fone : (21) 2220-8678 E-mail: secretaria@anbio. org.br AGROBODE 2007 20/9 a 23/9 Local: Petrolina/PE Mais informações: E-mail : lomanton@ pe.sebrae.com.br Fone : 087 3862-2728 Congresso Franco-Brasileiro da Cadeia Pecuária 21/9 Local: Hotel Sofitel - São Paulo/SP Mais informações: Fone: (11) 3063-3622 E-mail: [email protected] 36ª EXPOINEL 22/9 a 30/9 Local: Parque Fernando Costa – Uberaba/MG Mais informações: Fone : (11) 3293-8900 E-mail: eventos@nelore. org.br XVII Leilão 5 Marcas 23/9 Local: Palmas/PR Mais informações: Fones: (46) 3263-1122 ou 3262-5839 VIII Congresso de Ecologia do Brasil 23/9 a 28/9 Local: Hotel Glória – Caxambu/MG Mais informações: Fone: (11) 3091-7600 contato@viiiceb. XX Congresso Latinoamericano de Avicultura 25/9 a 28/9 Local: Centro de Eventos da FIERGS – Porto Alegre/RS Mais informações: Fone: (51) 3347-8636 Site: www.uba.org.br Pet South America 2007 26/9 a 28/9 Local: Transamérica Expo Center – São Paulo/SP Mais informações: Telefone : (11) 4613-2000 X FENATRIGO - Feira Nacional do Trigo 29/9 a 7/10 Local: Cruz Alta/RS Mais informações: Fone: (55) 3324-8033 E-mail: fenatrigo@fenatrigo. com.br 2ª Rural Tecnoshow Londrina 2007 1/10 a 7/10 Local: Parque Gov. Ney Braga – Londrina/PR Mais informações: Fone: (43) 3378-2000 Agrojornal Brasil São mais de 15.000 consumidores do agronegócio que podem ver a sua MARCA. ANUNCIE CONOSCO (43) 3025-3230 [email protected]
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