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Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro
Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2
Biocombustíveis – Cana-de-açúcar é um dos principais destaques de Conferência Internacional
Pesquisadores e produtores debatem o futuro do Álcool
Divulgação
A agroenergia será um dos principais temas da Conferência Internacional dos Biocombustíveis, agendada para o mês de outubro em Brasília.
Quatorze dos mais renomados técnicos do Brasil e do mundo vão debater o assunto, que inclui a discussão
dos cenários e das novas tecnologias
da cana-de-açúcar, as opções e vantagens de cada uma das fontes de
matérias-primas para a produção de
biodiesel. Pág. 10.
Pinhão-manso
garante renda ao
pequeno produtor
Aliança Mercadológica
apresenta logomarca
no Rural Tecnoshow
Lavoura pode ser
uma boa alternativa de
geração de renda para
a agricultura familiar.
Índices de rentabilidade
do óleo da planta estão
entre os mais elevados
em comparação com outras culturas. Pág. 11.
PhotoView Imagens
Exportações
brasileiras de
carnes crescem nos
primeiros sete meses
A união dos produtores de gado da
região para competir no mercado interno está consolidada e será formalizada com o lançamento da logomarca
da Aliança Mercadológica de Carne
Bovina de Londrina, durante a realização do 2º Rural Tecnoshow, no início
de outubro, no Parque Governador Ney
Braga. Pág. 8.
Bianchini anuncia
novos investimentos
no setor agropecuário
Nos primeiros sete
meses de 2007, as exportações de carnes praticamente se equipararam
aos embarques do complexo soja. De janeiro a
julho de 2007, as vendas
externas do complexo
carnes somaram US$ 6,1
bilhões, enquanto as divisas obtidas pelo complexo soja totalizaram
US$ 6,7 bilhões. Pág. 12.
Os
proprietários
rurais de todo o Brasil
devem entregar até o
dia 28 de setembro, o
Imposto sobre a Propriedade
Territorial
(ITR) de 2007 à Secretaria da Receita
Federal, conforme a
Instrução
Normativa
745, e o formulário Ato
Declaratório Ambiental (ADA) ao Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais
Renováveis
(Ibama). Pág. 16.
Setor leiteiro aposta
em expansão
Com uma produção
estimada em 2,6 bilhões
de litros produzidos em
2006, o Paraná já disputa com Goiás a segunda
colocação no ranking
nacional de produção de
leite. O estado responde
por 10,3% da produção
nacional e Goiás responde por 10,8%. Pág. 6.
AEN/PR
Integrada investe
nas regiões Norte e
Noroeste do Paraná
A Cooperativa Integrada inaugurou em julho sua
maior unidade de recebimento, localizada em Maringá, Noroeste do Estado. A cidade de Ribeirão Claro,
na região Norte, conta também com uma unidade da
Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade,
vai receber café e ser um posto avançado para comercialização e suporte aos produtores da região. Pág.4.
Divulgação
Prazo final para
o ITR é 28 de
setembro
O secretário de agricultura do Estado, Valter Bianchini, concedeu entrevista exclusiva ao Agrojornal Brasil
e mencionou quais serão os próximos
investimentos do Governo para a agropecuária paranaense. Pág.9.
Brasil lidera
recolhimento de
latas de alumínio
MAPA faz auditoria
no setor de sanidade
de aves do PR
Venezuelanos
visitam o Instituto
Agronômico
Programa de
Turismo Rural é
lançado no Paraná
Projeto inclui carne
suína na política de
preços mínimos
A Associação Brasileira do Alumínio - ABAL
e a Associação Brasileira
dos Fabricantes de Latas
de Alta Reciclabilidade
- ABRALATAS informaram que o país reciclou
94,4% do total de latas
de alumínio para bebidas
comercializadas no mercado interno, em 2006.
Segundo dados, foram
recicladas no ano passado 139,1 mil toneladas de
sucata de latas. Pág. 14.
O Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento concluiu
no final de julho a auditagem no setor de sanidade de aves do Paraná.
Quatro auditores fiscais
federais estiveram no
Estado para verificar as
condições do sistema de
defesa sanitária das aves
para prevenir enfermidades, em especial a da Influenza Aviária e Doença
de Newcastle. Pág. 13.
Cerca de 20 produtores rurais e técnicos
venezuelanos estiveram
no início de agosto no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) - autarquia
vinculada à Secretaria de
Estado da Agricultura e
do Abastecimento. Eles
tiveram palestras sobre
comercialização de café,
metodologias de difusão
de tecnologia e receberam
certificados de encerramento do curso. Pág. 15.
Os agricultores interessados em explorar
o turismo rural poderão
recorrer às linhas de crédito previstas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf Investimentos) para financiar
as benfeitorias necessárias nas propriedades.
No Paraná, o Pronaf deverá destinar cerca R$
1,2 bilhão para o custeio
da safra 2007/08. Pág. 8.
O projeto de lei que
inclui a carne suína na
pauta de produtos amparados pela Política
de Garantia de Preços
Mínimos (PGPM), tramita na Comissão de
Agricultura e Reforma
Agrária (CRA) do Senado. De acordo com a
proposta, serão beneficiados os pequenos e
médios produtores rurais e as cooperativas.
Pág 7.
2
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Editorial
Opinião
Otimismo no campo
Estamos bem próximo do início do plantio
da safra de verão 2007/2008. Com um pequeno
crescimento nos preços dos produtos agrícolas, o
setor se mantém otimista com um provável avanço da produção nacional de grãos, principalmente do milho e da soja.
O setor canavieiro vive a expectativa de aumento, graças aos investimentos que estão em
andamento no Centro-Sul do país.
Na atividade pecuária, o agropecuarista também está animado com a valorização do preço do
leite. E a constante procura pelo rebanho comercial
em várias praças do Brasil, como por exemplo, nos
remates da Expointer, em Esteio, representam um
bom termômetro deste aquecimento do mercado.
Em Londrina, no início de outubro, teremos
o 2º Rural Tecnoshow, que servirá de parâmetro
para os criadores do estado do Paraná e de regiões vizinhas. Leilões, palestras técnicas e fóruns
de debate integram a sua agenda, e o evento promete reunir milhares de produtores rurais.
É certo que a distribuição de renda no campo, essencialmente da porteira para dentro, ainda deixa muito a desejar. Mas, quem sobrevive da
atividade agropecuária há anos sabe que sempre
atrás da tempestade vem a bonança. Se o homem
do campo, nos últimos anos, enfrentou crises devastadoras para o seu bolso, chegou o momento
de recuperar o tempo perdido. Que esta nova safra seja farta!
Carta do leitor
Nós do Instituto
Estadual de Extensão Rural Paranaense - Emater - parabenizamos a equipe do
Agrojornal Brasil pela
iniciativa de colocar
no mercado editorial
esse importante e
oportuno veículo de
comunicação
social,
que mostra também
o espírito empreendedor londrinense ao
ocupar espaço dentro
da imprensa nacional,
com foco na realidade
rural brasileira. Nosso
desejo é de sucesso e
que a pauta contemple, sempre, temas que
promovam a inclusão
social para redução
das desigualdades regionais e o resgate do
passivo
ambiental.
Queremos, nessa relação de parceiros, como
fonte de informação
jornalística, contribuir
para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar do Paraná. Conte conosco!
Arnaldo Bandeira
Diretor-Presidente da Emater
Expediente
Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro
Edição de agosto de 2007 / ano 1 / nº 2
Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro
Edição 2 – Ano I - Circulação Nacional
Agosto de 2007
O Agrojornal Brasil é uma publicação mensal da
Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda.
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Olavo Alves
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Editor Chefe
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Impressão
Gráfica Gazeta do Povo - Londrina
Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O
Agrojornal Brasil não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados.
A vulnerabilidade do campo
O
agronegócio
tem-se mostrado extremamente competente ao produzir dentro
da porteira, mas vulnerável às decisões que o país
adota para os produtos
agrícolas. Enquanto os
produtores
respondem
com aumento de safra e
de produtividade, o governo federal busca soluções
definitivas para antigas
pendências, como o endividamento agrícola e a sanidade animal e vegetal.
Esses são dois dos principais pontos de uma agenda de trabalho, posta em
prática pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Na defesa sanitária
animal, é inaceitável perder bilhões de reais por
falta de um bom controle
sanitário, seja na febre aftosa, na brucelose ou na
tuberculose dos animais.
Na área vegetal, a ferrugem asiática trouxe um
prejuízo de R$ 2,19 bilhões, na última safra.
Outro ponto da agenda se refere ao seguro rural contra efeitos adversos
do clima. A solução sugerida por especialistas é a
formação de um Fundo
de Catástrofe, cujo projeto de lei, elaborado pelos
ministérios da Fazenda e
da Agricultura, ouvindo
os segmentos seguradores
e a área rural, encontra-se
pronto para ser enviado
ao Congresso Nacional.
A infra-estrutura e
a logística são também,
duas preocupações da
agenda. Sem esquecer
as rodovias, será preciso,
ainda, intensificar os investimentos em hidrovias
e ferrovias. O mesmo nível de preocupação são
os investimentos nos portos, visando a tarifas mais
competitivas. Por outro
lado, é necessária a reforma do sistema de serviços
de cabotagem.
Por exemplo, o custo
de transporte do Sul para
o Nordeste é superior ao
do Brasil para a China.
Sobre esses itens, ou seja,
infra-estrutura, logística
e cabotagem, há estudos
prontos, e o processo de
decisão está sendo encaminhado.
As negociações internacionais, também, fazem
parte das prioridades do
Ministério. A Organização
Mundial de Comércio precisa ser mais favorável aos
nossos produtos para reduzir tarifas de proteção,
estimadas de 15% a 65%
na China; de 30% a 270%
na União Européia; de
12% a 350% nos Estados
Unidos; e de 40% a 182%
na Índia, entre outras.
A bioenergia é outro
ponto da agenda de prio-
ridades. Em 2007, a produção já cresceu 11,2 por
cento. As estimativas de
expansão indicam a utilização de uma área adicional de até 10 milhões
de hectares, na próxima
década - um percentual
pequeno, no conjunto dos
300 milhões de hectares
utilizados pela agricultura e pecuária.
De qualquer forma,
devemos acompanhar a
expansão da cana-de-açúcar e das oleaginosas utilizadas para o biodiesel.
Para isso, são necessários o zoneamento e o
estabelecimento de critérios
socioambientais.
Entre as prioridades está,
ainda, o nível da taxa de
juros ao crédito rural e sua
importância para o uso de
tecnologia no campo. Há
quase dez anos, o governo
fixou os juros para o setor
em 8,75 por cento. Como
a inflação caiu e o mesmo
ocorreu com a taxa Selic,
é natural esperar que os
juros rurais sejam reduzidos também, como está
acontecendo agora.
O último ponto da
agenda de prioridades
trata dos insumos agrícolas. Na área dos defensivos, um grupo de
trabalho
coordenado
pela Casa Civil revisou
o decreto que tratava do
uso dos produtos. Como
resultado, observouse, já
na safra 2006/2007, a redução de, em média, 15%
nos preços em relação à
safra anterior. Progrediuse muito, graças às novas
regras e à aceitação dos
genéricos. E, embora esforços ainda precisem
ser feitos, o assunto está
bem conduzido.
Dentre os insumos,
os fertilizantes têm um
papel estratégico. Hoje,
a demanda nacional é
de 22 milhões de toneladas, e, desse total, produzimos somente 9 milhões de toneladas. Em
2015, a demanda será de
30 milhões, e, mantida a
capacidade instalada da
indústria, teremos que
importar mais de 20 milhões de toneladas. Um
grupo de trabalho foi
incumbido de encontrar
uma saída para romper
essa dependência.
Essa agenda de
prioridades não pertence ao Ministério da
Agricultura, tampouco
ao ministro. E, sim, a
todos que, de alguma
forma, são responsáveis
pelo nosso desenvolvimento.
Isto inclui governos,
a classe política, sindicatos, associações, cooperativas e produtores.
Autor: Reinhold Stephanes
Ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
Metas do açúcar, etanol e bioeletricidade
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)
estima que serão construídas 86 plantas industriais
até 2012, com investimentos da ordem de US$ 17 bilhões. Entendo que há três pilares centrais de ação,
igualmente prioritários, que se colocam para o Brasil firmar a sua liderança global neste setor: demanda, competitividade e sustentabilidade.
O primeiro desafio é o de gerar demanda para toda
a oferta canavieira que vem por aí. É preciso lutar contra a ciclotimia que mantém o humor dos empresários,
variando entre o desespero e a euforia em decorrência da volatilidade dos preços das commodities. Parte
do problema decorre da desarmonia tributária e das
enormes flutuações na taxa de câmbio real.
Uma área fundamental de ação no mercado interno é a bioeletricidade. O governo acaba de anunciar a
retomada da construção da usina nuclear de Angra 3,
que custará R$ 7,2 bilhões para gerar cerca de 1.350
Megawatts. A biomassa da cana já vai exportar cerca de
2 mil MW para a rede elétrica, podendo chegar a mais
de 20 mil MW em 2020, o que representaria 20% das
necessidades do País ou duas Itaipus. Trata-se de energia elétrica renovável, limpa, de baixo impacto ambiental, plenamente disponível no coração dos centros de
consumo e complementar à sazonalidade hidrelétrica.
Para tanto é fundamental definir preços que remunerem adequadamente essa nova modalidade de energia,
além de melhorar o acesso e a conexão das centrais de
co-geração ao sistema elétrico e simplificar o processo
de outorga e licenciamento ambiental dos projetos.
Outro desafio é consolidar o mercado mundial de
biocombustíveis, que ainda está engatinhando. O etanol tem todas as qualidades para se firmar como uma
commodity energética global, produzida de forma ambientalmente correta e socialmente justa. É necessário
lutar incessantemente contra o elevado protecionismo
nos mercados de açúcar e de etanol.
Na área da competitividade, o problema mais
imediato é a necessidade de unificar a alíquota do
ICMS em todo o território nacional, estabelecendo
um tratamento para os combustíveis renováveis semelhante ao hoje conferido ao óleo diesel e ao gás
natural veicular. A expansão da produção, nos próximos anos, exige esforços redobrados para melhorar a infra-estrutura do País por meio da construção de alcooldutos e da integração dos diferentes
modais logísticos.
Na pesquisa agrícola, a meta é incentivar a biotecnologia, permitindo o desenvolvimento de variedades
adaptadas às novas áreas de produção de cana, ao cres-
cente uso do corte mecanizado e resistente a pragas e
doenças. Na pesquisa industrial, é preciso apoiar o desenvolvimento de etanol a partir de biorrefinarias e a
hidrólise do bagaço e das palhadas da cana-de-açúcar.
Na área da sustentabilidade ambiental, as atenções se voltam para a antecipação da redução da queima de cana em São Paulo. O Protocolo Verde que a
Unica assinou com o governo do Estado propõe o estabelecimento de um “selo de conformidade ambiental”
para as empresas que eliminarem a queima da cana
em áreas mecanizáveis até 2014 e em áreas não mecanizáveis até 2017. Na área social, a agenda passa pelo
cumprimento rigoroso da legislação trabalhista vigente, pela requalificação de trabalhadores por conta do
crescimento do corte mecanizado e pela capacitação de
fornecedores e profissionais de nível médio e superior.
O Brasil precisa adotar uma ação protagônica nas
discussões com governos, empresários e ONGs sobre os
problemas de aquecimento global, mudança climática,
uso de créditos de carbono, economia de recursos naturais, biotecnologia e outras pautas globais, incluindo
o debate sobre mecanismos apropriados de certificação socioambiental.
Comunicação é um item transversal que cruza os
três pilares citados e merece ser trabalhado com enorme atenção, buscando combater mitos e exageros que
cercam o setor sucroalcooleiro, como, por exemplo:
convencer a sociedade de que é possível produzir alimentos, bebidas, fibras, combustíveis e energia elétrica
a partir de matérias-primas agropecuárias, de forma
sustentável. É preciso insistir nas vantagens comparativas de produtividade, custo e balanços energético e
ambiental do etanol de cana, ante o milho, o trigo e a
beterraba, que os países ricos insistem em patrocinar,
baseados no falso paradigma da obtenção da auto-suficiência agroenergética. Mostrar que, graças à incorporação tecnológica, o uso da terra no Brasil se tem caracterizado por uma crescente diversificação de culturas
e integração das cadeias produtivas. Pressupostos sem
base empírica, como um suposto renascimento da monocultura da cana-de-açúcar, seguindo o velho modelo
das capitanias hereditárias, e o impossível cultivo dessa
planta na Amazônia, precisam ser combatidos e desmistificados.
O Brasil vai certamente ocupar um papel de liderança no crescimento da agroenergia no século 21.
As sábias palavras de Keynes nos incentivam a lutar
pelas ações aqui propostas, com muita objetividade
e coordenação.
Autor: Marcos Sawaya Jank - Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
3
Cana-de-açúcar – Queda da qualidade da matéria-prima fez com que o rendimento na atividade industrial caísse 3,04%
Clima prejudica produtividade no Centro-Sul, aponta Unica
A
produtividade agrícola
da safra de cana 2007/08
da região Centro-Sul do
Brasil registrou quebra
de 3% em relação ao
mesmo período da safra anterior, de acordo
com levantamento da
União da Indústria de
cana-de-açúcar (Unica).
Os dados referem-se ao
volume processado até
primeiro de julho de
2007. A queda da qualidade da matéria-prima
fez com que o rendimento industrial caísse
3,04% no mesmo período, em comparação com
igual período da safra
anterior, de acordo com
a entidade. Essa quebra
deveu-se a condições climáticas desfavoráveis
ao desenvolvimento da
planta, principalmente
nas regiões de Ribeirão
Preto e Araçatuba.
A Única informa
que, com um terço da safra colhida até o dia primeiro de julho, o CentroSul contava com 131,3
milhões de toneladas de
cana-de-açúcar moídas,
volume 4,42% acima do
mesmo período do ano
passado, representando
6 milhões de toneladas a
mais. A produção de açúcar ficou em 7,34 milhões
de toneladas, 700 mil toneladas abaixo do mesmo
período do ano passado.
Já a produção de álcool
total foi de 5,56 bilhões
de litros, 560 milhões de
litros acima do mesmo
período do ano passado.
Até o momento, trata-se de uma safra mais
alcooleira que açucareira, com a produção final
de açúcar devendo ser
semelhante à da safra
06/07, e todo o acréscimo de oferta será predominantemente para a
produção de álcool.
Sobre a comercialização de álcool, a Unica
informou que, apesar
das vendas de álcool não
terem atingido o potencial de demanda, uma
Divulgação
Álcool
A quebra na produção canavieira no Centro-Sul ocorreu devido ao mau desenvolvimento da planta
vez que os preços ao consumidor não refletiram
a queda do preço ao produtor, a média mensal
A
multinacional
Abengoa
Bioenergia,
maior produtora de álcool da Europa, com sede
em Sevilha, na Espanha,
informou que adquiriu
o controle total da Dedini Agro. No primeiro
investimento espanhol
na produção de açúcar e
álcool no Brasil, o grupo
gastou 497 milhões de
euros, cerca de R$ 1,3
bilhão. O valor do negócio é a soma da aquisição da empresa, por 216
milhões de euros, ou R$
568 milhões, e ainda a
dívida assumida de mais
281 milhões de euros,
cerca de R$ 739 milhões.
A Dedini Agro possui
três unidades sucroalcooleiras no estado de
São Paulo, nas cidades
de São João da Boa Vista, Pirassununga e Santo
Antonio de Posse.
Em um comunicado, a Abengoa Bioenergia informou que
Divulgação
Grupo espanhol compra usinas em SP
Investimentos já ultrapassam a marca de R$ 1 bilhão
as unidades adquiridas
operam com um custo de produção entre
os mais competitivos
do Brasil e do mundo
“graças à excelente localização das plantas, a
experiência da equipe”
e ainda ao fato de grande parte das terras das
usinas serem próprias,
bem como os contratos
de longo prazo. Segundo a companhia espanhola, com o acordo a
Abengoa
Bioenergia
passa a ser a única empresa do mundo presentes nos três grandes
mercados globais de
bioetanol: Brasil, Estados Unidos e Europa.
de venda no acumulado
de três meses foi de 1,15
bilhão de litros, atingindo 1,18 bilhão de litros
do hidratado (usado nas
bombas dos postos).
O resultado é da
segunda pesquisa da
safra atual anunciado pelo presidente da
Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab),
Wagner Rossi. Segundo
ele, a produção nacional
destinada ao setor sucroalcooleiro e a outros
fins (cachaça, rapadura, alimentação animal,
semente) será de 547,2
milhões de toneladas,
número recorde e 15,2%
superior à colheita do ciclo passado.
Comparando-se ao
período anterior, o açúcar
diminuiu 0,61% (185,9
mil t), resultado do preço
pouco remunerador do
produto no mercado, que
encolheu cerca de 40%
no último ano. Já o álcool
cresceu 21,9% (3,8 bilhões
milhões de litros, dos
quais 385 milhões de litros no mês de junho.
Agência Estado
Exportação de cachaça cresce 15%
Corol faz
investimentos na
A exportação da ca- Bebidas do Mapa, Graciachaça em 2006 registrou ne Gonçalves, as negociaregião Norte
A Corol tem feito importantes investimentos
na região da Associação
dos Municípios do Norte
do Paraná (Amunop), desde que passou a atuar na
área que pertencia a Coprocafé. Somente em Cornélio Procópio, a Corol
investiu mais de R$ 7 milhões, incluindo aquisição
de graneleiro, barracões,
construções, benfeitorias,
terrenos e máquinas.
Um outro grande investimento da cooperativa será feito em Sertaneja na implantação de uma
nova usina para a produção de açúcar e álcool.
Os investimentos totais
deverão chegar a R$ 200
milhões quando, a partir
do quinto ano de instalação, a usina irá produzir
3,5 milhões de sacas de
açúcar e 62,3 milhões de
litros de álcool.
Conab: Maior parte da produção de cana vai para a indústria
A indústria brasileira vai esmagar 86,47%
(473,16 milhões t) da
cana-de-açúcar que será
colhida na safra 2007/08.
Desse total, 46,9% vão
para fabricação de 30
milhões de toneladas de
açúcar e 53,1% para extração de 21,3 bilhões
de litros de álcool, sendo
8,6 bilhões do tipo anidro (que é misturado à
gasolina) e 12,7 bilhões
no mês de junho. Já as
vendas de álcool para o
mercado externo atingiram em três meses 760
l), motivado principalmente pela grande demanda
do etanol nos mercados
interno e externo.
Área – A área cultivada também aumentou 12,3%, saindo de
6,2 milhões de hectares
na última safra para 6,9
milhões ha. A expansão
ocorreu em todo país,
com destaque para os
estados de MG, SP, MS,
GO, MT e PR.
um crescimento de 15%
em relação a 2005. De
acordo com levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), a exportação do
produto vem crescendo a
cada ano. A cachaça, que
começou a ser produzida
em 1600 no município de
Parati, no Rio de Janeiro,
é a bebida brasileira mais
exportada, principalmente para os países europeus
e Estados Unidos. Porém,
a falta de regulamentação
no mercado internacional
faz com que a valorização
do produto não sobressaia, pois toda a produção
exportada é realizada na
forma a granel.
No Brasil, por meio
do Decreto nº 4062, de
2002, a cachaça é reconhecida como um produto
típico exclusivo brasileiro.
Apenas a edição dessa legislação não foi suficiente
para resolver a comercialização do produto no
mercado internacional.
Segundo a coordenadora-geral de Vinhos e
ções junto ao Ministério
das Relações Exteriores
já estão sendo feitas com
os órgãos internacionais
para o reconhecimento
da cachaça como produto genuinamente brasileiro. “O reconhecimento dessa tipicidade, além
de valorizar o produto
vai aumentar as exportações, que só o ano passado gerou mais de 14 milhões de dólares. É o que
acontece com a tequila,
que é mundialmente reconhecida como bebida
mexicana”.
Na avaliação de Graciane Gonçalves, a cachaça deixou de ser considerada a bebida de segunda
classe, tornando-se privilegiada em muitos mercados,
principalmente
o europeu. “Na Europa
muitos apreciadores consideram a cachaça mais
saborosa do que a vodca.
A exportação já atingiu
a 11,7 milhões de litros
anualmente. Com o reconhecimento o número de
exportação pode crescer
mais”, garantiu.
Cofercatu ampliará moagem de cana
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, recentemente, financiamento à Cooperativa Agropecuária
dos Cafeicultores de Porecatu (Cofercatu), no valor
de R$ 18,3 milhões. Os recursos serão utilizados para
ampliar a capacidade de moagem de cana da destilaria da cooperativa, de 693 mil toneladas para 1,209
milhão de toneladas/ano.
SOJA • TRIGO • AVEIA BRANCA
Multiplicando Tecnologias
Vendas:
Vendas: (43)
(43) 2101-2500
2101-2500 •• UBS:
UBS: (43)
(43) 3464-1232
3464-1232
Mauá
Mauá da
da Serra
Serra -- PR
PR
4
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Integrada – Nova unidade funcionará como centro logístico e centralizará o recebimento de grãos de toda região
A
Integrada inaugurou no começo de julho sua maior
unidade de recebimento,
localizada no município
de Maringá. Construída
para ser um centro logístico, ela tem capacidade
estática de armazenagem
para 50 mil toneladas.
A cooperativa espera, com essa obra,
agilizar o recebimento
e reduzir custos operacionais. “Esta é nossa
maior unidade armazenadora e foi construída
seguindo os planos estratégicos da cooperativa de levar agilidade
e economia aos nossos
associados”, comenta o
presidente da Integrada, Carlos Murate.
Para o presidente da
Integrada, “esse investimento estratégico em
unidades de recebimento representa para os associados maior agilidade
na hora de entregar a produção”, comenta. “Com
unidades mais próximas
da propriedade, o associado gasta menos tempo
na colheita e ainda economiza no transporte,”,
completa Murate.
Apesar da crise que
assolou o agronegócio em
2006, a cooperativa investiu mais de R$ 24 milhões
na ampliação e construção de nove unidades de
recebimento no Estado.
A estrutura de Maringá
é a última a ser entregue
e seu tamanho é proposital, já que vai centralizar
o recebimento de toda a
região. “Maringá foi escolhida por ser uma região
com alto potencial produtivo e a unidade servirá
como suporte estratégico
para as unidades mais
próximas nos momentos
de pico de safra. Além
de servir como um centro
logístico para transbordo
e transporte ferroviário
ao porto de Paranaguá”,
explica o superintendente da Integrada, Jorge
Hashimoto.
Logística
Preocupada
com
essa importância logística, a estrutura inau-
Divulgação
Cooperativa investe R$ 10 milhões em Maringá
Centro logístico tem capacidade estática de armazenagem para 50 mil toneladas
gurada em Maringá
priorizou o setor de expedição, que conta com
tombadores hidráulicos
que suportam inclusive
caminhões “rodo-trem”,
além de um desvio ferroviário com capacidade
para escoar 1.200 toneladas de produtos.
O cooperado Edílson Komagome entrega
sua produção na unidade
de Floresta, vizinha de
Maringá, e será um dos
beneficiados com a nova
Integrada apóia cafeicultura em Ribeirão Claro
rapidinho eles me atende”, conta o produtor.
Para João Nonato,
que também planta café
na região, “hoje, na ca-
feicultura, se não tiver
qualidade não adiantar
nem tocar a cultura”, comenta. “A vinda da Integrada para nossa região
Cooperativa do ano:
Cocamar, Lar e Coagru recebem premiação
As cooperativas paranaenses Cocamar (Maringá), Lar (Medianeira)
e Coagru (Ubiratã) receberam no início de agosto,
em Brasília (DF), o Prêmio Cooperativa do Ano
2007. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo
Koslovski, acompanhou a
cerimônia de entrega da
premiação. Para Koslovski
esse resultado espelha o
alto nível de profissionalização que as cooperativas
do Estado estão imprimindo. “Isso se reflete não só
em premiações, mas na
melhoria de gestão e resultados”, afirma.
Das sete premiações previstas no regulamento para o setor do
agronegócio, seis ficaram para cooperativas
do Paraná. A Cocamar
foi contemplada em três
nos picos de safra, agilizando o processo de recebimento. Com as janelas de colheita cada vez
menores, para nós isso
representa economia de
tempo e dinheiro”, comemora.
Novo gerente de Agronegócios
do BB visita a Ocepar
O novo gerente de Agronegócios da Superintendência do Banco do Brasil no Paraná, Cezar de Cól,
esteve na Ocepar no mês de julho, acompanhado do
gerente atual, Sergio Roberto Mantovani, onde foi
recebido pelo presidente João Paulo Koslovski, pelo
superintendente adjunto, Nelson Costa, e pelo assessor da diretoria e ex-presidente Guntolf van Kaick.
Cezar, que tomou posse recentemente, nasceu em
Pato Branco e tem larga experiência em assuntos de
agronegócio e cooperativismo, adquirida enquanto
gerente do Banco do Brasil em Cascavel. Na reunião
com a Ocepar os dois executivos trocaram informações sobre as perspectivas da agricultura e do cooperativismo em função das negociações das dívidas
agrícolas. Mantovani está deixando a superintendência do Agronegócio para assumir a gerência da
agência em Cornélio Procópio.
Divulgação
A região de Ribeirão
Claro conta, agora, com
uma unidade da Integrada. A estrutura, localizada no centro da cidade,
vai receber café e ser um
posto avançado para comercialização e suporte
aos produtores da região.
A região é composta, em sua maioria, de
pequenos
produtores
e o café é a principal
atividade agrícola da
região. Para o produtor
José Avilar Rissa Filho,
a entrada da Integrada
na região vai ser importante para os produtores. “O café é a principal cultura da região e
a entrada da Integrada
vai ajudar em todas as
fases da cultura, como
assistência técnica e comercialização. Quando
preciso, é só ligar que
estrutura da Integrada.
“Mesmo não entregando
minha produção na nova
unidade, vou ser beneficiado indiretamente,
pois esse investimento
vai desafogar as unidades menores da região
categorias:
Qualidade
e Produtividade com o
projeto “programa apoio
aos cooperados”. Gestão
Profissional, com o projeto “Planejamento estratégico participativo”
e Meio Ambiente com
o “projeto cultivar”. A
Lar venceu na categoria
Educação Cooperativista
com o projeto “Comitês
por Atividades Lar” e na
categoria Inovação Tecnológica com o projeto
“produtividade por depalhamento e desgranamento do milho verde”.
A vencedora da categoria Intercooperação foi
a Coagru com o projeto
Cooperação entre Cooperativas.
Outros vencedores
Também foram vencedores os projetos das se-
guintes cooperativas – Cemil (Patos de Minas-MG),
Certel
(Teutônia-RS),
Consul (Ipatinga-MG), Coopercarga (Concórdia-SC),
Copasul (Navirai-MS), Cotripal (Panambi-RS), Credicoonai (Ribeirão PretoSP) e Unimed Erechim
(Erechim-RS).
O Prêmio Cooperativa do ano de 2007
teve 91 trabalhos inscritos e contemplou as
cooperativas que apresentaram soluções viáveis e inteligentes para
os problemas vividos
pelo setor. A premiação
é concedida pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e
o Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop)
em pareceria com a revista Globo Rural.
vai ajudar bastante. É
um bom negócio vender
café para a Integrada’,
completa o produtor Augusto Serafim.
Executivo do
Sicredi é eleito no
conselho mundial
de cooperativas de
crédito
O diretor-presidente da Confederação
Sicredi, Alcenor Pagnussatt, foi eleito, representando o Brasil,
conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito
(WOCCU),
principal
associação internacional para o desenvolvimento das cooperativas
de crédito do mundo.
A eleição do novo conselho ocorreu durante
a Assembléia Geral e
Conferência Anual do
WOCCU, entre 29 de
julho e 01º de agosto,
em Calgary, no Canadá.
O evento contou com a
presença de 2.405 participantes de 62 países.
5ª edição do Jovemcoop na Cocari
reúne mais de 700 jovens
No dia 14 de julho, filhos e filhas de associados
da Cocari tiveram um dia inteiro repleto de diversão e
aprendizado. Foi a 5ª edição do Jovemcoop, que aconteceu na Associação Atlética Cocari, em Mandaguari, e
contou com a presença de aproximadamente 750 jovens,
de mais de 20 municípios do Estado do Paraná. Com o
apoio do Sescoop/PR, a cooperativa organizou uma programação para o evento com diversas dinâmicas e brincadeiras com o objetivo de integrar os participantes.
O presidente da Cocari, Dorival Malacario, participou do Jovemcoop e considera muito importante a inserção de jovens no sistema cooperativista. “Acho que
a solução do nosso País é o sistema de cooperativas, o
qual repassa os verdadeiros valores que foram se perdendo com o tempo e que agora essa juventude tem
a oportunidade de resgatar”, diz o presidente. Ao término do Jovemcoop, houve sorteio de vários brindes e
distribuição de mudas nativas, doadas pelo IAP e pelo
viveiro de mudas da Destilaria Cocari.
Aquecimento global
A Cocari inseriu na programação do Jovemcoop
palestras sobre o aquecimento global, ministradas pelo
professor Jerry Nunes, que leciona Geografia no Colégio Nobel e Sociologia nas Faculdades Nobel, e pelo
professor Fabiano Bracht, que dá aulas de História, também no Colégio Nobel. “Devemos consumir de forma racional e consciente, principalmente cobrando daquelas
empresas que produzem o que iremos consumir. Temos
sempre de questionar se o que estamos consumindo são
produtos biodegradáveis ou não, se têm certificados de
garantia ou não, se preservam o meio ambiente ou não;
se a empresa está engajada em um projeto ambiental
ou não”, argumenta Nunes, que aponta o consumismo
desenfreado do homem como o maior culpado pelo
aquecimento global.
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
5
Coamo – Cooperativa em parceria com o Sescoop-PR promove cursos em dezenas de comunidades da sua área de atuação
A
soja é rica em
proteínas
e
excelente fonte de minerais, sendo uma grande
alternativa para a melhoria da saúde e da qualidade de vida no nosso
dia-a-dia. Esse e outros
conhecimentos
estão
sendo repassados a centenas de famílias cooperadas da Coamo (Campo
Mourão), por meio dos
cursos “Soja na Alimentação”, promovidos pela
cooperativa em parceria
com o Sescoop-PR, em
dezenas de comunidades
da sua área de ação.
O programa Educacional e Social da Coamo promove anualmente centenas de cursos
realizados com a participação de mais de 2,5
mil mulheres, 20% deles
são de soja na alimentação. Sérgio Kazuo Kawi-
kami, instrutor do curso,
comenta as vantagens
da inclusão da soja na
alimentação. “As mulheres estão utilizando
cada vez mais a soja na
alimentação e sentindo
os benefícios que essa
leguminosa traz para a
nossa saúde e qualidade de vida. Com uma
maior conscientização e
conhecimento, o número de usuários da soja
na alimentação tende
a ser maior, já que é
possível ver o sucesso
das receitas salgadas e
doces, com a utilização
do leite e da farinha de
soja”, explica.
Alimento funcional
Cristina Tibério, participante dos treinamentos, garante que é possível melhorar a saúde e
também o rendimento
mensal da família acrescentando a soja a diversas receitas, como almôndega, saladas e bolinhos,
que são comercializadas
para os vizinhos e o comércio local e regional.
“A gente aprende muito
com os cursos da Coamo.
No caso da soja tudo fica
mais fácil, pois temos a
matéria-prima de qualidade que é produzida na
nossa própria lavoura, e
ainda por cima, ela serve
como alternativa para aumentar a renda da atividade”, diz.
O uso da soja contribui para a redução
dos riscos de doenças
crônicas e degenerativas, como alguns tipos
de câncer (mama, colo
do útero e próstata).
Recomenda-se a utilização do grão a mulheres
em período de tensão
Divulgação
Cooperativa incentiva o uso de soja na alimentação
pré-menstrual,
menopausa como
auxiliar no alívio
dos sintomas indesejáveis e na prevenção da
osteoporose. Nos EUA
recomenda-se a ingestão diária de 25g
de proteína de soja
(60g de grãos de
soja), para o controle
dos níveis de colesterol
e triglicérides.
Da Redação
Durante solenidade
realizada no início de
agosto, em Curitiba, com
a presença do ministro
da Educação Fernando
Haddad e dos chefes dos
três Poderes do Estado governador em exercício
Orlando Pessuti; o presidente da Assembléia
Legislativa,
deputado
Nelson Justus; e o presidente do Tribunal de
Justiça, desembargador
José Antônio Vidal Coelho - o presidente do
Sistema Ocepar, João
Paulo Koslovski assinou
a “Carta-Compromisso
pela Superação do Analfabetismo no Paraná”,
uma proposta da Secretaria de Educação que
tem por meta alfabetizar cerca de 100 mil jovens e adultos neste ano
de 2007. O programa
pretende inscrever outros 330 mil alunos entre
2008 e 2010, o que possibilitará ao Paraná acabar com o analfabetismo
ao final desta década.
Divulgação
Ocepar assina “Carta-Compromisso” Copagril investe R$ 15 milhões
contra o analfabetismo no PR
em Unidade de Rações
Em julho o próprio
secretário da Educação,
Maurício Requião esteve
na sede do Sistema Ocepar, para convidar a entidade e as cooperativas
paranaenses para que
apoiassem tal iniciativa. Na ocasião Koslovski
assumiu o compromisso
de não só apoiar como
desenvolver através do
Sescoop Paraná em parceria com a secretaria
um programa voltado
para a alfabetização de
pessoas ligadas ao sistema cooperativista pa-
ranaense e assim contribuir de forma direta
com o programa. “Levar
o conhecimento às pessoas é uma das missões do
cooperativismo e, se isto
pode acontecer através
da alfabetização, melhor
ainda. Uma excelente
iniciativa que apoiamos
com certeza”, frisou. Koslovski também lembrou
que diversas cooperativas já realizam trabalhos
voluntários de alfabetização no interior do estado e que podem se somar
a mais esta iniciativa.
Agrária: Cooperativa se destaca
nos segmentos de Algodão e Grãos
A Agrária vem se
destacando no cenário
do agronegócio. Em julho, a Associação Comercial e Industrial de
Guarapuava (ACIG) realizou, no Pahy Centro
de Eventos, o Jantar
do Empresário, homenageando as empresas
de maior destaque no
município. Pela segunda vez consecutiva, a
Cooperativa recebeu o
diploma e o troféu de
“Mérito Empresarial”.
O Anuário do Agronegócio 2007/2008, de
Exame, considerou a
Cooperativa a melhor
empresa no segmento
“Algodão e Grãos”. Já
no Anuário do Agrone-
gócio de Globo Rural
2007, a Agrária obteve pelo segundo ano
consecutivo o 1º lugar,
também na categoria
“Algodão e Grãos”.
Referência
Para o diretor presidente da Agrária, Jorge Karl, o reconhecimento recebido mostra
que se está atingindo
o objetivo descrito na
visão da Cooperativa:
ser uma referência em
cooperativismo. “Para
nós, é uma satisfação
muito grande. Isto é resultado do trabalho diferenciado da equipe.
Ou seja: estamos conseguindo atender àquilo
a que nós nos propusemos dentro da nossa visão”, comentou. Jorge
Karl ressaltou que não
se pode esquecer que
a Cooperativa ainda
tem “um caminho muito grande” pela frente.
“Os desafios são diários, o aprimoramento
de todos os planos internos de gestão é necessário e temos que
cada vez mais nos dedicar ao foco do nosso
negócio”, declarou. Em
sua opinião, a colocação de destaque da Cooperativa não é ainda
uma vitória, mas “um
reconhecimento de que
a Agrária escolheu o caminho certo”.
O Copagril inaugurou no dia 9 de agosto,
em Entre Rios do Oeste,
a sua Unidade Industrial
de Rações. Com investimentos na ordem de R$
15 milhões, a indústria
integra o Projeto Avícola da Copagril iniciado
em 2002, que contempla a criação de frangos
de corte no campo, o
abate, industrialização
e comercialização dos
produtos da cooperativa para o mercado interno e externo, através
da Unidade Industrial
de Aves. A indústria de
rações está localizada
numa área de 45.296
m2, sendo 20% destinada à implantação de
Reserva Legal e obra
construída de aproximadamente 3.600 m2. A
produção inicial será de
50 toneladas de ração
por hora, ou, 400 toneladas por turno de trabalho, com possibilidade
de aumento para 100
ton/hora. Num primeiro
momento, a Unidade irá
gerar 40 empregos dire-
tos e, pelo menos, mais
50 empregos indiretos.
Capacidade
A capacidade de armazenagem de milho é
de 7 mil toneladas. Além
disso, a indústria conta
com silos de armazenagem de farelo de soja
com capacidade para
285 toneladas e mais 800
toneladas de matériaprima em 24 silos de dosagem, o que irá permitir
a separação da matériaprima em lotes e facilitará o processo de rastreabilidade das rações.
Já a expedição tem
capacidade de armazenagem de 800 toneladas
de rações em 20 silos e
um conjunto de duas
balanças para carregamento
automatizado
dos caminhões, capaz de
expedir, no mínimo, 100
ton/hora de rações.
Segurança
A Unidade Industrial de Rações foi projetada dentro das mais
rigorosas normas de se-
gurança e higiene atualmente vigentes no mundo, com o objetivo de
oferecer produtos de alta
qualidade. Todo o processo será automatizado
com equipamentos mais
modernos existentes no
mercado, o que possibilitará a rastreabilidade
em todas as etapas do
processo,
oferecendo
desta forma, rações com
qualidade garantida aos
produtores.
Todos os equipamentos da indústria são
auto-limpantes, seguindo modelo europeu,
reduzindo o risco de
contaminações de alimentos às aves. Os veículos ao entrarem no
pátio da indústria passarão por desinfecção,
eliminando riscos de
contaminações externas. Este novo empreendimento da Copagril
contou com o incentivo
do município de Entre Rios do Oeste que
repassou a quantia de
aproximadamente R$
2,3 milhões.
6
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Pecuária de Leite - Produção de 2,6 bilhões de litros garante ao Paraná a disputa com Goiás pela segunda colocação no ranking
Setor leiteiro paranaense aposta em expansão
nios recebem em torno
de 5 milhões de litros
por dia. E hoje estamos
prevendo novos investimentos para mais de
um milhão de litros/dia,
20% a mais que a capacidade do Estado. Teremos aqui no Paraná 70
milhões dos 400 milhões
de investimento para a
pecuária leiteira previsto para o país”, conta o
secretário.
Segundo
Bianchini, a entrada de novos
produtores será apoiada pelo governo estadual com a concessão
de linhas de crédito em
equivalência-milho para
financiar a compra de
resfriadores de leite, ensiladeiras e animais de
raças mais produtivas.
Consumo
De acordo com estudo do Departamento de
Economia Rural (Deral),
atualmente o Paraná
conta aproximadamente
com 100 mil produtores
de leite e 377 laticínios
com Inspeção Federal,
Inspeção Estadual e Municipal. No total, eles receberam, em média, 150
milhões de litros mensais em 2006.
Os planos de expansão estão sendo
preparados em função
do aumento no consumo de leite e derivados
no País, que no ano passado foi de 70,8 quilos
por pessoa/ano, segundo levantamento do
USDA (Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos). E também em decorrência
das exportações, que
vêm aumentando nos
últimos anos.
No ano passado o
Brasil exportou 89.052
toneladas de leite para
o mercado externo, uma
elevação de 13,6% em
relação ao ano anterior.
Em 2005, já havia ocorrido um aumento de
6,5% nas exportações
de leite em relação a
Mais de 50 mil
pessoas
passaram
pelo Parque de Exposições Dario Macedo,
em Castro, durante os
cinco dias do Agroleite 2007. O volume de
negócios foi de R$ 9
milhões. Na avaliação
de José Hilton Prata
Ribeiro, coordenador
geral, o Agroleite superou as expectativas.
“Fechamos os números
e o resultado foi muito
positivo, tanto para as
empresas quanto para
os criadores com a venda de diversos animais
e também a visita de
muitos criadores de
todo Brasil e também
de outros países como
do Canadá, Uruguai,
Estados Unidos que vieram a Castro para conhecer o que temos aqui
em termos de tecnologia
e qualidade da cadeia
produtiva do leite”.
A campeã suprema do Agroleite 2007
foi da raça holandesa,
AEN/PR
Agroleite reúne o melhor da
tecnologia e supera expectativas
de Claudio Humberto
Brenner, de Imbituva.
O prêmio foi uma viagem ao Canadá, oferecida pela Semex, onde
o criador irá conhecer
uma das maiores feiras
de leite do mundo em
novembro. A média geral do Leilão Elite foi
de R$ 8.700,00 com um
total de 31 animais comercializados.
No Torneio Leiteiro, o animal vencedor
foi Fini Mathie Storm
Nette 2917, de José Hélio de Souza, de Minas
Gerais, com uma produ-
ção de 93,06 kg. Participaram, neste ano, 110
empresas expositoras e
700 animais das raças
holandesa, jersey, pardo-suíça e simental.
Segundo Prata Ribeiro, as palestras realizadas, entre os dias 14
e 18 de agosto, também
foram um sucesso de público. “Todos os fóruns
tratados no Agroleite
atraíram a atenção dos
produtores, tanto dos
agricultores, suinocultores e pecuaristas. Estamos satisfeitos com o
resultado”, finaliza.
2004. No primeiro semestre de 2007, a comercialização de leite
no mercado externo gerou uma receita de US$
93.710, um aumento de
9% sobre o mesmo período do ano passado,
quando a receita com
as exportações de leite
atingiu US$ 85.935.
Dividendos
Em função dessa
valorização, as exportações de leite do Paraná estão aceleradas.
No primeiro semestre
desse ano foram exportadas 2.079 toneladas
de leite que gerou uma
receita de US$ 6,04 milhões, um aumento de
28% sobre o mesmo período de 2006, onde o
valor exportado foi de
US$ 4,72 milhões.
O aumento da demanda pelo leite no
mercado externo está
refletindo no mercado
interno. Os produtores já estão recebendo
Divulgação
A
edição deste
ano do Agroleite, evento realizado
de 14 a 18 de agosto pela
Cooperativa Castrolanda e que atraiu produtores do Brasil inteiro para
Castro, região central do
Paraná, aconteceu num
bom momento para o
setor leiteiro do estado.
Estimativas
apontam
para um crescimento de
toda a cadeia produtiva.
Com uma produção estimada em 2,6 bilhões
de litros produzidos em
2006, o Paraná já disputa com Goiás a segunda
colocação no ranking
nacional de produção de
leite. O estado responde
por 10,3% da produção
nacional e Goiás responde por 10,8%.
Na opinião do secretário da Agricultura e
do Abastecimento, Valter Bianchini, a entrada
de novos produtores na
atividade irá contribuir
para o crescimento do
setor. “Nossos laticí-
mais pela entrega do
produto. Houve um aumento de 38% no preço
pago ao produtor no último ano, passando de
R$ 0,45 o litro em julho
de 2006, para R$ 0,62
o litro em julho deste
ano.
Da Redação
Leite Brasil firma parceria com Agrocentro
para promoção da Feileite
A organização da
Feira Internacional da
Cadeia Produtiva do
Leite (Feileite), evento
que será realizado entre 30 de outubro e 03
de novembro, no Centro
de Exposições Imigrantes, em São Paulo, quer
atrair cooperativas e
produtores independentes, além de intensificar
ainda mais sua atuação
em todos os elos da cadeia produtiva. Para essa
finalidade, a Feileite contará com o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite
Brasil), uma das entidades mais respeitados do
setor lácteo do País.
“Nosso grande objetivo é aproximar o
produtor da realidade
em que ele atua. Queremos garantir que todos
os elos da cadeia produ-
tiva estejam presentes,
desde genética até a
industrialização. A adesão do produtor é fundamental”, explica Jorge Rubez, presidente da
Leite Brasil.
A Feileite trará novidades em produtos,
informações e serviços.
De acordo com Rubez,
além de um centro para
atualização e negócios,
a feira será um espaço
para atrair investimentos à produção brasileira, que apresenta
grande potencial de
crescimento e vantagens sobre os competidores internacionais,
cada vez mais saturados
em termos de capacidade de produção.
Vitrine
“O evento acontece em um momento
fundamental para o
produtor, agora mais
capitalizado,
investir em produtividade.
Com as altas consecutivas do leite – mais
de 33% entre janeiro
e julho de 2007 – e o
aumento dos ganhos na
propriedade, torna-se
imprescindível investir
na qualidade e na eficiência da produção.
A Feileite será a vitrine da cadeia produtiva
nacional e, com a Leite Brasil, conseguiremos trazer o produtor
para este ambiente”,
ressalta Décio Ribeiro
dos Santos, diretor do
Agrocentro.
Mais informações sobre leilões na Feileite pelo
site www.feileite.com.br,
e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5067-6767.
Centro de Recria da Confepar
repassa novilhas para criadores
No dia 9 de julho,
foi repassado mais um
lote com 22 novilhas
aos produtores assistidos pelo trabalho de
Assistência Técnica ao
Produtor da Confepar
(ASTEC). O lote foi dividido entre cinco produtores assistidos nas
regiões de Manoel Ribas, Campina da Lagoa
e Nova Cantú.
A venda destes animais é feita pelo critério
de necessidade técnica
do produtor. O técnico
responsável pelo trabalho na propriedade, no
momento em que identificar que o produtor tem
condições de receber estes animais, solicita ao
responsável pelo Centro
de Recria que coloque o
produtor na lista de espera pelos animais.
À medida que os
animais estão aptos a
deixar o centro - o que
ocorre quando o animal
atingir o quarto ou quin-
to mês de prenhez - os
produtores são avisados.
No momento da entrega,
os produtores são reunidos no Centro de Recria
e é apresentado a todos,
o lote que será sorteado.
O preço de venda dos
animais é composto pelo
valor de aquisição da bezerra mais o valor do custo de recria do animal.
Hoje, o Centro de
Recria de Jandaia do SulPR conta com mais de
370 animais em recria.
• Reprodução Animal
• Análises Clínicas
• Sêmen
• Nitrogênio
• Inseminação Artificial
• Rastreabilidade
• I. A. T. F
• Medicamentos
• Laboratório Veterinário
 (43) 3324-7831
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
7
Suinocultura – evento promovido pelo Senac e SENAR-PR, em Curitiba, com o apoio da FAEP, serviu cerca de 1.500 refeições
O
Festival Gastronômico Suíno realizado pelo Senac,
SENAR-PR e FAEP, entre 30 de julho e 4 de
agosto, foi considerado
um sucesso pela equipe
que trabalhou em sua organização. Perto de 1.500
refeições e mais de uma
tonelada de carne suína
foram servidas durante a semana do evento
em mais de 30 pratos da
culinária tradicional à
contemporânea.
“É uma idéia para
ser seguida e imitada
como exemplo de ação
que pode derrubar preconceitos e demonstrar
que a carne suína é um
alimento saudável. Além
disso, conseguindo atingir um público formador
de opinião e multiplicador, podemos pensar em
termos de alavancar o
consumo interno dessa
carne”, avalia Livaldo Gemin, diretor secretário da
Federação da Agricultura
do Estado do Paraná.
Caprinos
O próximo festival
gastronômico promovido pela parceria Senac,
SENAR-PR e FAEP está
marcado para o mês de
outubro, e terá como
atração principal a carne de caprinos. Como
cadeia produtiva, a caprinocultura é relativamente recente no Paraná e vem ganhando
força nas regiões sudoeste, oeste e leste.
De acordo com
dados repassados pela
Capripar, existem no
Paraná atualmente cerca de 60 mil matrizes
da raça Boer (caprino
de corte), são registrados 90 mil nascimentos
por ano e 3.750 abates
por mês. “Nossa meta
é tornar o Paraná uma
referência nacional em
caprinocultura de corte
dentro de cinco anos”,
afirma Aryzone Mendes
de Araújo, presidente
da Capripar que destaca
pontos a favor do estado
para atingir tal objetivo: “Temos clima, solo,
abundância de alimentos, estrutura fundiária
e o principal, tecnologia”. No que diz respeito
à formação profissional,
nos últimos dois anos e
meio, perto de 2 mil produtores já passaram por
cursos do SENAR-PR na
área de caprinocultura.
Sabores do Paraná
Uma amostra da culinária a base de caprinos
foi dada na Feira Sabores
do Paraná, realizada no
pavilhão de exposição do
Parque Barigüi, em Curi-
Cleverson Beje/FAEP
Festival Gastronômico serviu mais de uma tonelada de carne
Cerca de 30 pratos da culinária tradicional e contemporânea foram servidos no evento
Familiar “Fábrica do
Agricultor” contou com o
apoio do Sistema FAEP.
Segundo os organizadores da Feira, foi a
carne com maior saída
tiba , na primeira quinzena de julho.
O evento realizado
pela Secretaria da Agricultura, por meio do Programa da Agroindústria
no restaurante instalado
no evento - o que aumenta ainda mais a expectativa para o festival agendado para outubro.
Da Redação
O projeto de lei de
autoria do senador Valdir
Raupp (PMDB-RO), que
inclui a carne suína na
pauta de produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos
(PGPM), tramita na Comissão de Agricultura e
Reforma Agrária (CRA)
do Senado. De acordo
com a proposta, serão beneficiados os pequenos e
médios produtores rurais
e as cooperativas.
A matéria estabelece que a PGPM compreenda o apoio à comercialização da carne
suína nos termos do Decreto-Lei 79/66 e da Lei
8.427/92. O Decreto-Lei
79/66 institui normas
para a fixação de preços
mínimos e execução das
operações de financiamento e aquisição de
produtos agropecuários,
enquanto a Lei 8.427/92
dispõe sobre a concessão de subvenção econômica nas operações
de crédito rural.
Na justificação do
projeto, Valdir Raupp
citou como o exemplo o
embargo econômico estabelecido pela Rússia
em 2005 à carne brasileira, que aprofundou
a crise que já atingia a
suinocultura catarinense no período, e agravou,
sobretudo, a situação
dos produtores não integrados. Atualmente,
Caprinos
Deputados vão debater
potencial produtivo
Divulgação
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) aprovou
no início de agosto, requerimento da deputada Jusmari Olveira (PR-BA) para
a realização de uma audiência pública sobre a situação da cadeia da caprinovinocultura no Brasil. Ainda sem data definida, o objetivo do debate é discutir os rumos dessa cadeia que,
apesar do potencial na geração de empregos e renda,
experimenta uma estagnação da produção nacional.
Para Jusmari, o problema é que o setor produtivo
primário não está conseguindo ser um grande agente
de transformação da realidade sócio-econômica nas
zonas de produção. “É necessário identificar as principais limitações e estabelecer políticas públicas específicas, que viabilizem o fortalecimento, a reestruturação e a integração da produção”, defende a deputada.
O rebanho nacional de ovinos é de aproximadamente 14 milhões e o de caprinos de 10 milhões. A deputada informa que o consumo nacional de carnes das
espécies caprinas e ovinas no Brasil está abaixo de 1Kg/
hab/ano, sendo limitado pela oferta interna irregular ao
longo do ano. O país importa 17% da carne consumida.
“No Brasil existe uma grande expectativa de
crescimento e expansão da atividade, com potencial
de se alcançar em poucos anos um dos maiores rebanhos comerciais do mundo. A demanda mundial é
crescente e isso significa uma grande oportunidade
de produzir e ofertar produtos de qualidade, ecologicamente corretos”, justifica a ruralista.
informou o senador, são
empregados mais de dez
mil trabalhadores apenas na suinocultura em
Santa Catarina.
Na avaliação do parlamentar, a garantia do
preço mínimo é necessária ao suinocultor e às
cooperativas para permitir o pagamento da diferença entre aquele e o
preço de mercado. Esse
instrumento,
segundo
Raupp, também poderá
complementar o abastecimento do produto em
regiões deficitárias, a
partir dos estoques privados das regiões produtoras, desonerando o
Estado dos custos da manutenção de estoques.
Camex derruba
imposto sobre
importação de
peles de caprinos
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu incluir a importação
das peles de caprinos na
lista de exceção à Tarifa
Externa Comum (TEC),
atendendo ao pleito dos
curtumes brasileiros, representados pelo Centro
das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB),
e com o apoio da Frente
Parlamentar do Couro.
A demanda por peles tem crescido de forma
consistente no mercado
brasileiro e internacional,
em ritmo superior à evolução dos rebanhos, concentrados principalmente
na região Nordeste. Desta
forma, os curtumes brasileiros vinham trabalhando
com ociosidade, perdendo
competitividade e deixando de gerar empregos.
Para reverter este
quadro, o CICB promoveu encontros e reuniões
técnicas com autoridades
dos ministérios e órgãos
públicos diretamente relacionados com o tema.
A Embrapa Suínos
e Aves, unidade descentralizada da Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária,
vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, e a Cooperativa de Produção
e Consumo Concórdia
(Copérdia) iniciarar no
mês de agosto, o Curso
Suinocultura Profissional. Dividido em 17 módulos e com um total de
136 horas, o curso vai
repassar a 26 produtores
associados da Copérdia
conhecimentos sobre todos os aspectos que envolvem a suinocultura.
De acordo com o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Elsio Figueiredo, a Copérdia é uma
das principais parceiras
da Unidade, condição
que propiciou a oferta do
curso. Além disso, é intenção cada vez maior da
Embrapa Suínos e Aves
fazer com que os conhecimentos gerados pelos
pesquisadores da Unidade cheguem rapidamente
aos produtores. “O Curso
Divulgação
Projeto inclui carne suína na política Embrapa e Copérdia levam formação
de preços mínimos do governo
a produtores de suínos
Suinocultura Profissional
é uma forma de acelerar
essa transferência”, acredita Elsio Figueiredo.
Profissional
As aulas do curso
serão realizadas sempre
às sextas-feiras, com intervalo de três semanas
entre uma e outra. Cada
uma delas terá oito horas de duração. Todo a
programação será desenvolvida na sala de cursos
da Embrapa.
Entre os assuntos a
serem abordados estão:
Planejamento e Fluxo de
Produção da Suinocultura, Gestão da Proprieda-
de Suinícola, Biossegurança na Suinocultora,
Manejo
Reprodutivo,
Produção de Leitões,
Manejo Sanitário, Manejo Pré-Abate e Gestão
Ambiental da Propriedade. A expectativa é de
que o produtor saia das
aulas em condições de
atuar como um “suinocultor profissional”.
O curso será ofertado dentro do programa
Unicooper, da Copérdia,
e poderá ter mais turmas de associados da
cooperativa de acordo
com as necessidades observadas pela Copérdia
e Embrapa.
8
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Evento – Mostra contou com dezenas de caravanas de produtores rurais de diversas regiões do estado do Paraná
14ª Expotécnica reúne o melhor da tecnologia do campo
om
apenas
dois dias de
programação – 2 e 3 de
agosto, a realização da
14ª Expotécnica no município de Sabáudia, na
região Norte, reuniu milhares de produtores rurais e principalmente, o
que há de melhor em tecnologia de ponta para o
homem do campo. Além
de orientações técnicas
aos produtores rurais, o
evento proporcionou a
realização de dinâmicas
com máquinas e equipamentos agrícolas.
“A Expotécnica foi
coroada de êxito de público, registrando mais
de 3,5 mil participantes,
e também de objetivo,
porque os agricultores
visitaram de forma monitorada as 40 unidades
de produtos e serviços
de 72 parceiros, instaladas na vitrine tecnológi-
ca, na exposição de inovações industriais para
a agropecuária e na dinâmica de máquinas e
equipamentos”, assegura a médica veterinária
Gayza Iácono, gerente
da
Emater-Londrina,
que promoveu o evento
juntamente com o Governo do Paraná, SEAB,
Iapar, Embrapa, Corol e
Prefeitura Municipal de
Sabáudia. Para Iácono,
que fez o lançamento
da 15ª edição, marcada
para a primeira semana de agosto de 2008, a
Expotécnica evoluiu e
para melhor.
O secretário de
agricultura Valter Bianchini, que esteve na
mostra técnica acompanhado por autoridades
e lideranças da agropecuária paranaense, garantiu que o trabalho
desenvolvido na Expo-
técnica mostra o potencial de crescimento
da agricultura familiar.
“São tecnologias interessantes, capazes de
criar renda e emprego
no campo, reduzir e até
eliminar o uso de contaminantes ambientais
e de aumentar as oportunidades na diversificação agrícola”, destacou Bianchini.
Pesquisa
Para dar um direcionamento temático mais
equilibrado ao público
de agricultores familiares e preparar a edição
comemorativa dos 15
anos da mostra, a comissão organizadora demandou a realização de
avaliação da Expotécnica a um grupo de 14
acadêmicos do Curso de
Turismo da Faculdade
de Apucarana, sob a co-
EMATER / PR
C
Produtores rurais puderam consiliar a teoria com a prática
ordenação da professora Rosislene de Fátima
Fontana. “Foram entrevistas estruturadas de
quantificação e qualificação para avaliarmos
as opiniões do público
visitante, dos parceiros
expositores e dos extensionistas. Com esta
amostragem representativa, queremos saber
o que agradou e o que
deve ser corrigido para
garantir a continuidade
de sucesso de público”,
concluiu a docente.
Da Redação
A união de produtores de gado da região para
competir no mercado interno está consolidada e
será formalizada com o
lançamento da logomarca
da Aliança Mercadológica
de Carne Bovina de Londrina, durante a realização
do 2º Rural Tecnoshow, de
1º a 7 de outubro, no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Também será promovida uma
mostra da produção, com
oportunidade de degustação de carne.
A meta do grupo, que
é formado por 30 criadores de gado, é iniciar a comercialização com os postos de venda de Londrina
e região em novembro.
Para isso, os contatos com
os empresários do ramo
varejista estão sendo intensificados.
A aliança foi dividida nas seguintes comissões: jurídica, mercado,
abate e transporte, marketing e planejamento.
A coordenação geral ficou por conta do produtor José Soares Cardoso
Neto. Para ele, o nível de
qualidade da carne produzida pelos integrantes
da aliança é o diferencial para garantir o sucesso da iniciativa.
Divulgação
Aliança Mercadológica vai apresentar Programa de Turismo Rural é lançado na
logomarca no 2ª Rural Tecnoshow
Feira Sabores do Paraná, em Curitiba
de de abate de novilhos
precoces – abaixo de 24
meses – com quatro milímetros de gordura por
carcaça e seguindo a
tabela nacional de pesos mínimos (180 quilos
para novilhas e 225 para
animais adultos).
A tendência, de acordo com Cardoso Neto, é
que, após a consolidação,
a aliança transforme-se
em cooperativa, seguindo
os passos de outros grupos
que já existem no Paraná.
“Dessa forma, a aliança
mercadológica consegue
se enquadrar, como cooperativa, num nível mais
baixo de impostos e se
unir a outras cooperativas para produzir volume
suficiente para exportação”, destaca o coordenador Cardoso Neto.
Exigências
Parceiros
Entre as exigências,
estão a obrigatorieda-
A equipe responsável pela coordenação é
formada ainda por Igor
A. de Souza, Dagoberto
Sachetin, Eduardo Prandini, Fernando Humberto Barros e Celso
Scaburi. A equipe de
marketing também foi
escolhida e será integrada por Márcia Mayumi Tomonaga, Elaine
Sachetim e Gerda Hellbruge.
A Aliança Mercadológica de Londrina
conta com apoio de instituições como a Seab
e Emater, responsáveis
pelo acompanhamento
técnico, e a Sociedade
Rural do Paraná, que
oferece auxílio logístico
e institucional. Os representantes são o agrônomo Gervásio Vieira e
os zootecnistas Geraldo
Moreli e Antonio Carlos
Ulbrich, da Emater, e o
veterinário Luigi Carrer
Filho, integrante do Conselho Técnico da SRP.
Os agricultores familiares interessados em
explorar o turismo rural
poderão recorrer às linhas
de crédito previstas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar - Pronaf Investimentos - para financiar as
benfeitorias necessárias
nas propriedades. No Paraná, o Pronaf deverá destinar cerca R$ 1,2 bilhão para
o custeio e investimentos
para a safra 2007/2008.
Para organizar e atender melhor essa parcela
de agricultores familiares
que exploram o turismo
rural, foi lançado o Programa Estadual de Turismo Rural, que será gerenciado pelas Secretarias da
Agricultura e do Abastecimento e do Turismo. O
programa foi apresentado
oficialmente na abertura
da VIII Feira Sabores, realizada em Curitiba, entre
os dias 11 e 15 de agosto.
Renda
O programa vai enfatizar o Turismo Rural
na Agricultura Familiar
(Traf), já que no Paraná a
agricultura familiar representa quase a totalidade
dos produtores rurais. De
acordo com o coordenador do programa Turismo
Rural, Ednei Bueno do
Nascimento, o desenvolvimento de atividades turísticas nestas comunidades
tem se apresentado com
uma eficiente estratégia
de promoção do desenvolvimento local para a geração de emprego e renda.
Segundo Nascimento, cerca de 10 projetos de
turismo rural no Estado
já foram estruturados de
acordo com a legislação
estadual do Traf. “Em um
ano queremos pelo menos
dobrar o número desses
projetos, especialmente
no Norte do Paraná”, afirmou. Para Nascimento,
outras regiões prioritárias para a exploração do
Turismo Rural no Estado
são a Região Metropolitana de Curitiba, Litoral,
Rota dos Tropeiros, Costa
Oeste e o Paraná Centro.
Crédito
O crédito do Pronaf poderá financiar os
investimentos
dentro
da propriedade. Para
os investimentos de infra-estrutura de apoio
ao turismo rural, como
adequação de estradas
rurais, sinalização e
central de atendimento
aos turistas, as prefeituras poderão recorrer
aos financiamentos do
Programa Nacional de
Apoio aos Territórios
(Pronat), que substituiu
o antigo Pronaf InfraEstrutura.
No Paraná, o programa estadual vai fomentar
a realização de ações que
estimulem a estruturação
das propriedades, promoção de produtos, serviços
e destinos de Turismo
Rural, através da sensibilização, capacitação e
qualificação de técnicos,
empresários, agricultores
familiares e demais envolvidos com a produção
agropecuária e com a atividade turística.
Inscrições abertas para provas de Cavalo de Trabalho da SRP
As inscrições para
a 8ª Prova do Cavalo
de Trabalho da Sociedade Rural do Paraná
(SRP), que será realizada nos dias 29 e 30
de setembro, dentro da
programação do 2º Ru-
ral Tecnoshow, já estão
abertas.
A competição vai
distribuir R$ 22 mil em
prêmios, incluindo duas
motos zero quilômetro.
Os interessados em participar das provas de Laço
em Dupla, Três Tambores
e Seis Balizas podem fazer
a reserva das baias até 27
de setembro. As inscrições
serão aceitas até o dia de
cada prova.
Mais
informações
pelo fone: (43) 3378-2000.
Londrina: Verde Rural e Agro Brasil lançam seguro para fruticultura e hortaliças
A Agro Brasil – operadora pioneira na criação de seguros agrícolas para fruticultura no
Brasil – e a Corretora
Verde Rural firmaram
há poucos dias uma parceria para a oferta de
planos de seguros em
fruticultura e hortaliças, que buscam suprir
as dificuldades dos produtores rurais da região
Norte do Paraná.
“A princípio, nós
vamos atender os produtores de maçã, frutas
de caroço e uva, além
de culturas como o tomate, pimentão, cebola
e alho. Posteriormente,
vamos avançar para a
cobertura de cereais”,
informa Daniel Yuri,
gerente comercial da
regional Norte do Paraná da Agro Brasil Seguro Agrícola.
A empresa está
expandindo suas operações no Paraná, e já
atua há anos em outros
estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Diferencial
“A Verde Rural
Seguros já possui experiência com o mercado de grãos, bovinos
e equinos. Certamen-
te, este novo produto
é mais um diferencial
para o produtor rural
que é atendido pela
nossa corretora. Estamos atentos ao zoneamento agrícola destas
culturas, e por serem
lavouras perenes, os
danos aos frutos é que
serão garantidos”, afirma Arnaldo Coelho do
Amaral Filho, diretor
geral da Verde Rural.
Segundo
Amaral Filho a divulgação
desta modalidade está
em pleno êxito. “Já
estamos promovendo
palestras e reuniões
técnicas com os agricultores sobre a nova
modalidade, lembrando que hortaliças e frutas também participam
do programa federal de
subsídio ao prêmio do
seguro, ou seja, entre
30 a 50%, dependendo
da lavoura”.
Produtores rurais
interessados em obter
mais informações sobre
o novo seguro agrícola
podem entrar em contato com a equipe da
Verde Rural pelo telefone: (43) 3344 0888 ,
pelo e-mail: [email protected]
ou na pagina www.verderural.com.br.
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
9
Agricultura – Bianchini: “Dos R$ 600 milhões que o Governo vai aplicar, mais de 50% vão estar direcionados para a política sanitária”
O
secretário de agricultura do estado, Valter
Bianchini, esteve em Saubádia – no Norte do
estado, durante a Expotécnica. Na oportunidade, Bianchini concedeu uma entrevista exclusiva ao Agrojornal
Brasil e falou sobre os próximos investimentos que vão
ser feitos pelo Governo do Estado para incentivar a produção de qualidade, dando ênfase à política sanitária:
Agrojornal – A agricultura familiar tem sido a
principal pauta desta administração. Recentemente, o Governo do Estado divulgou que vai investir R$
600 milhões no setor. Quais são os projetos que vão
ser beneficiados com este investimento?
Bianchini – De 375 mil estabelecimentos agropecuários existentes no Paraná, aproximadamente 320
mil são de agricultores familiares, com mais de um
milhão de trabalhadores em regime de economia familiar. Em relação ao programa de investimentos nos
próximos três anos e meio, uma questão importante
é o da sanidade. Nós vamos ter um reforço da nossa
equipe de técnicos, do sistema de defesa agropecuária; investimentos em laboratórios; parcerias com as
universidades – em ciência e tecnologia; investimentos em todas as unidades de barreiras sanitárias nas
fronteiras do estado; e avançar no ciclo de informatização, de rastreabilidade, nos sistemas de brincamento. É todo um trabalho, que seja em relação à pecuária
bovina, avicultura, suinocultura, fruticultura – qualidade das mudas e dos produtos - há um avanço grande
nosso nos aspectos de sanidade e qualidade. Desses
R$ 600 milhões, mais de 50% vão estar direcionados
para a política de sanidade. Recursos esses que vão
receber uma contrapartida importante do Governo
Federal. É uma parceria também com o Ministério da
Agricultura, nesta questão da sanidade, da qualificação dos nossos produtos e da rastreabilidade.
Agrojornal – O Sr. esteve no início do mês de
agosto participando de uma reunião com os técnicos de Santa Catarina sobre sanidade animal. Nesta
reunião, foi cogitado algum trabalho de parceria de
Santa Catarina para colaborar na retomada do status sanitário pelo Paraná?
Bianchini – Este é um debate importante. Santa
Catarina fez um trabalho já anterior a nós, preparando
o estado para ficar livre de vacinação. No caso da pecuária e da suinocultura, livre da aftosa sem vacinação, e
adquiriram pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) este status. Nós fomos conhecer como é que
eles fizeram esta trajetória. Santa Catarina tem um
projeto interessante que é uma maior participação do
setor privado na política de sanidade. Eles criaram um
instituto com fundos privados e colocaram um conjunto de técnicos, veículos e de outros recursos a serviço
do estado para contribuir com o programa de sanidade. Então, nós fomos conhecer como é esta parceria público-privada. Porque o Paraná pretende em um ciclo
de médio prazo para avançar, agora em setembro pelo
reconhecimento internacional de livre de febre aftosa
com vacinação e, até 2010, preparar o estado para ser
também reconhecido pela OIE, de livre de aftosa sem
vacinação. Foi muito importante conhecer esta experiência de SC, para posteriormente avaliarmos no Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária quais são os
pontos interessantes deste modelo catarinense para o
nosso estado. E nos pontos que estamos mais avançados do que eles, mantermos um intercâmbio.
Agrojornal – Há outro programa que vai receber uma atenção maior na sua pasta?
Bianchini – O segundo ponto importante é a partir do próximo ano, a retomada da parceria do estado
com o Banco Mundial para um projeto importante de
agregação de valor, de diversificação produtiva, de geração de renda, junto aos 128 municípios mais pobres
do estado, como a área da ribeira. Nós devemos ter um
projeto que vai centralizar recursos da agricultura e
de outras secretarias para que a atividade rural destas
regiões possam avançar, se diversificar e agregar renda. Então, haverá um investimento muito importante
neste programa de desenvolvimento rural sustentável
e que seja solidário a estas regiões desprovidas, como
também em outras localidades. Nós temos também um
programa de fundos, que ajuda os agricultores mais
pobres a terem investimentos. Nós faremos agora um
fundo de equivalência-produto, para que mecanização,
EMATER / PR
“A questão mais importante é a sanidade”
Bianchini: “Outro ponto é a parceria com o Banco Mundial”
reciliadores, vários implementos para a diversificação,
possam contar com a equivalência em sacas de milho.
Se o preço cair, cai também a prestação deste fundo.
Vamos lançar também o fundo de equalização de taxas
de juros. Vamos começar com a irrigação noturna, o
projeto de uso racional da água e de energia com juros
a 1% ao ano. Estes fundos vão ampliar a capacidade
da agricultura familiar em acessar mais investimentos. Serão R$ 400 milhões por ano do Pronaf no Banco
do Brasil, no BNDE e no Sicredi, para investimentos na
diversificação e na agregação de valor da agricultura.
Outro projeto forte de diversificação é o café. Queremos avançar mais na tecnologia do café - como a que
se vê no modelo adensado, aqui na região - com investimentos em cursos técnicos, recursos e subsídios ao
plantio de mudas. Assim também na fruticultura, com
a laranja e nos projetos de incentivo a viticultura para
Da Redação
a produção de vinhos, sucos e doces.
os melhores derivados de leite estão aqui!
Novos sistemas de produção, novas
embalagens, forte posicionamento de
marca e uma visão de crescimento através da competitividade e da qualidade
de seus produtos.
A Confepar está somando estes aspectos
para ampliar seus espaços no mercado e
para ter uma presença viva e marcante no
dia a dia dos consumidores.
Ao mesmo tempo, a Confepar se mantém
fiel aos princípios do cooperativismo para
ser agente do desenvolvimento na cadeia
produtiva do leite.
O propósito maior é construir uma Confepar ainda mais forte e atuante, integrando e
valorizando os 6.000 produtores que
formam a base de sua solidez.
www.confepar.com.br
10
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Biocombustível – Feira vai discutir as opções e vantagens de cada uma das fontes de matérias-primas para a produção
agroenergia,
fonte agrícola e de resíduos inclusive animais, é um dos
temas da Conferência
Internacional dos Biocombustíveis, que será
promovida em Brasília,
de 9 a 11 de outubro e
que integra o conjunto
de eventos que formam
a Feira Internacional de
Agroenergia, Biocombustíveis e Energias Renováveis – Enerbio.
Quatorze dos mais
renomados técnicos do
Brasil e do mundo discorrerão sobre o tema,
que inclui a discussão
dos cenários e das novas
tecnologias da cana-deaçúcar, as opções e vantagens de cada uma das
fontes de matérias primas para a produção de
biodiesel e até mesmo
as florestas energéticas
(biomassa florestal).
Indiscutivelmente,
pelo menos até agora, trabalhos técnicos indicam
que a cana-de-açúcar é a
melhor fonte de matéria
prima para a produção de
etanol. Estudos adiantados, no entanto, apontam
também para o etanol
proveniente da celulose.
Para a produção de biodiesel, o leque se abre,
pois há fontes de origem
vegetal e também animal,
incluindo as microalgas e
os dejetos agropecuários
(gorduras e sebos animais) e agroindustriais.
As pesquisas em
andamento, o resultado
prático, as melhores opções para cada uma das
regiões do país, a relação custo/benefício, os
cenários, as tendências,
as perspectivas e as tecnologias já disponíveis.
Estas e outras questões
serão apresentadas e
discutidas na Enerbio,
que será promovida no
Blue Tree Park Brasília.
Proálcool
Além da agroenergia, a Conferência Internacional dos Biocombustíveis também focará os
mercados e as tendências do etanol, do biodiesel e do bioquerosene.
Bunge investe em logística para
elevar o esmagamento de soja
A Bunge vai melhorar sua estrutura logística no
Brasil para elevar a rentabilidade e ampliar o esmagamento de soja. Sergio Roberto Waldrich, presidente da Bunge Alimentos, informou que a empresa investirá na construção de uma nova unidade no Mato
Grosso, que substituirá as operações da unidade de
Rondonópolis, hoje com capacidade estática para
esmagamento de 5 mil toneladas por dia.
A nova unidade terá capacidade para processar
4 mil toneladas de soja por dia e a produção será
destinada, principalmente, à produção de óleo para
biodiesel. A expectativa é que a unidade comece a
operar no fim de 2008.
Segundo Waldrich, também serão promovidas
mudanças na estrutura de outras unidades, localizadas em Luís Eduardo Magalhães (BA), Luziânia (GO),
Uruçuí (PI), Ponta Grossa (PR) e Passo Fundo (RS).
Neste ano, a Bunge investirá no Brasil US$ 500 milhões, mesmo montante aplicado em 2006. A empresa
realizou investimentos de R$ 220 milhões no Terminal
de Grãos de Guarujá (TGG), inaugurado em março projeto realizado em parceria com a América Latina
Logística (ALL) e Amaggi (braço exportador do Grupo Maggi). O terminal tem capacidade para 4 milhões
de toneladas de produtos que, até 2010, será ampliada
para 6 milhões de toneladas. A empresa investe no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag), da Fertimport,
ALL e Bunge, para ampliar a capacidade de 1,4 milhão
de toneladas para 3 milhões até 2010.
No primeiro semestre, a Bunge também iniciou a
construção de um moinho de trigo em Ipojuca (PE), com
capacidade para produzir 825 mil de toneladas de farinha de trigo por ano. A unidade terá recursos de R$ 126
milhões e entrará em operação dentro de três anos.
Brasil Ecodiesel mobiliza
agricultores para produção de
matéria-prima do biodiesel
Maior
produtora
de biodiesel do país, a
Brasil Ecodiesel oficializou,
recentemente,
em Brasília, a assinatura de acordos de cooperação com as federações dos Trabalhadores
na Agricultura (Fetagri) do Distrito Federal, São Paulo, Mato
Grosso, Mato Grosso do
Sul e Goiás.
A parceria mobilizará cerca de 33 mil
agricultores familiares
até meados de 2008,
que plantarão mamona
e girassol numa área de
mais 200 mil hectares.
A iniciativa faz parte
da estratégia da Brasil
Ecodiesel de ampliar
a sua Rede de Agricultura Familiar, que hoje
conta com cerca de 60
mil trabalhadores rurais em todo o país.
Eles produzem matérias-primas utilizadas
pela companhia na produção de biodiesel.
Um balanço do Proálcool - programa de governo
lançado há 30 para criar
a plataforma agrícola e
industrial de produção
do etanol -, vai reunir
em um painel seus principais atores.
Também um balanço e uma avaliação dos
benefícios e dos riscos
do vultoso ingresso de
capital estrangeiro para
a produção de biocombustíveis e a discussão
da alcoolquímica, o mais
novo mercado do etanol,
fazem parte da Conferência Internacional dos
Biocombustíveis.
O desafio continental dos biocombustíveis e sua inserção no
mercado internacional;
os desafios nos mercado interno e externo; a
nova e última fronteira
agrícola e industrial,
que começa no Triângulo Mineiro e passa pelos
estados de Goiás, Mato
Grosso do Sul, Mato
Grosso, Tocantins, Pará
e Maranhão, tendo Brasília como capital, inte-
Valtra mostra na
Expointer toda a
evolução de seus
tratores
Design moderno e
arrojado, cabines mais
confortáveis e funcionais,
novo hidráulico eletrônico HiLift e motores turboalimentado com Intercooler e tecnologia Sisu
Diesel são algumas das
vantagens que compõem
o pacote de tecnologias da
Geração II, a nova linha
de tratores para as categorias média e pesada.
Sinônimo de trator robusto e durável, a
Valtra se apresentou, na
Expointer, com um novo
estilo, marcado por linhas inclinadas e levemente arredondadas.
Mais fôlego, menos
consumo. O sistema Intercooler é um dos principais destaques da Geração II. Suas principais
vantagens são a de permitir maior desempenho
e eficiência dos motores,
a redução de até 5% no
consumo de combustível,
a diminuição da emissão
de gases poluentes, além
de ampliar a vida útil
dos tratores e dotá-los
de mais potência, força
e torque. Esta tecnologia
está disponível em dois
modelos: O BM 125i (linha média) e o BH 185i
(linha pesada).
A Valtra se instalou
no Brasil em 1960 e foi a
primeira fábrica de tratores do País. Em 2005, a
Valtra foi adquirida pela
AGCO Corporation, ganhando um novo perfil,
bem mais competitivo.
Com a AGCO, a Valtra
passou a contar com um
banco próprio (AGCO
Finance), que começou
a operar no ano passado.
Também criou um consórcio, que deu mais agressividade à companhia.
O cultivo de girassol é uma das boas alternativas para a produção de biodiesel
gram os temas que serão
discutidos na Enerbio.
váveis, a nova matriz
energética, os impactos
ambientais, a integração sul-americana e a
visão global.
O governador da
Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, o
presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o vicepresidente José Alencar
e nove ministros foram
Matriz Energética
Outro evento da
maior importância estratégica que será promovido simultaneamente será a Conferência
Internacional de Energia, que discutirá temas
como as energias reno-
convidados para participar da Enerbio. A eles se
somam dezenas de pesquisadores, empresários,
investidores, lideranças
setoriais e formadores
de opinião que reunirão
platéias estimadas em
mais de 2 mil pessoas.
Mais informações: www.
enerbio.com.br
Da Redação
Britânicos fazem parceria no biodiesel
A companhia britânica de investimentos
Trading Emissions Plc
(TEP), uma das maiores
no segmento de crédito
de carbono, associou-se
à goiana Bionasa Combustível Natural para a
produção de biodiesel
no país. Pelo acordo, a
britânica fez uma injeção de capital de R$
125 milhões na empresa, tornando-se sócia.
Com novos recursos, a
Bionasa planeja fazer
investimentos de R$ 256
milhões até 2010 para
implantar uma usina de
biodiesel com capacidade para produzir 400
milhões de litros do biocombustível por ano.
De acordo com o
projeto, a Bionasa fará
um investimento de
R$ 131 milhões neste
ano para implantar a
unidade de biodiesel,
que será instalada em
Porangatu, na região
norte de Goiás. Na pri-
meira fase, a usina terá
capacidade para produzir 200 milhões de litros
de biodiesel por ano. A
previsão é que a fábrica inicie as operações
em julho de 2008. Entre as matérias-primas
eleitas para a produção do biocombustível
estão soja, girassol e
sebo bovino, em função
da oferta disponível no
Estado. A empresa também avalia a utilização
do pinhão-manso.
Conferência da USP discute biocombustíveis
A retomada do
meio-ambiente
como
assunto prioritário na
agenda política rende
inúmeros desdobramentos. Um deles refere-se
ao consumo de combustíveis fósseis, tão empregados pelo homem
contemporâneo apesar
de suas implicações ambientais já conhecidas.
A comunidade científica e empresarial do
mundo já se deu conta
que é hora de pensar
em outras formas de
energia – e é nesse ponto que os biocombustíveis ganham força.
Mas pensar na produção e consumo de
biodiesel e álcool, entre outros, é algo que
vai bem além da esfera
ambiental. A economia
é diretamente afetada
– temos, por um lado,
países cuja atividade
econômica é praticamente inteira voltada
ao petróleo, e cujos
padrões rotineiros seriam seriamente abalados caso haja a opção
mundial por outro combustível; há também
a agricultura, que vê
muitos de seus empre-
Divulgação
A
EMATER / PR
Agroenergia brasileira é destaque em evento internacional
endedores motivados a
investir em uma produção radicalmente diferente do habitual.
Pioneirismo
No caso do Brasil, essas últimas implicações
somam-se ao fato de uma
“responsabilidade positiva” que o país carrega no
tocante aos biocombustíveis. O Brasil é pioneiro
e líder mundial na produção de etanol – há exatos 30 anos foi instituído
o Proálcool, que deu uma
nova dimensão à produção de combustíveis de
matriz natural, e mesmo
em escala global.
Enfim, há muitas
variantes que englo-
bam a produção dos
biocombustíveis. O debate vai muito além da
possibilidade do álcool
ser produzido em escala mundial ou não.
E todos esses desdobramentos serão abordados na Conferência
Nacional de Bioenergia
(Bioconfe), que a USP
promove entre os dias
26 e 28 de setembro no
Hotel Maksoud Plaza,
em São Paulo.
As inscrições já estão abertas e podem ser
feitas pelo site www.
usp.br/bioconfe , que
contém outras informações sobre o evento,
como a programação
completa.
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
11
Biocombustível – Lavoura pode ser considerada uma boa alternativa de baixo custo para a agricultura familiar
pinhão-manso,
além de gerar renda, é ótimo para
arborizar“. É assim que
o produtor rural Walter
Ville define uma das opções existentes no mercado para a produção de
biodiesel. Proprietário de
um viveiro de mudas - na
Chácara Boa Esperança,
próximo ao Centro de
Eventos de Londrina, Ville utiliza o pinhão-manso
no Sítio Santa Fátima,
de 10 alqueires, em Nova
Fátima – região Norte do
estado, e com entusiasmo
aponta outras vantagens
da espécie. “O pinhãomanso consorcia muito
bem com outras lavouras
como a soja, o milho e o
trigo, principalmente se
utilizado no sistema de
curvas de nível”, diz.
Ville comercializa a
muda por R$ 2,50 e, segundo as suas contas, já
tem pedidos feitos até o
final do ano que totalizam
a venda de um milhão de
plantas. “Eu aconselho
que o pequeno produtor
comece com um alqueire.
Logo, ele vai ser auto-suficiente na produção de
suas sementes”, afirma
Ville. E acrescenta. “Em
um hectare o ideal é o
plantio de 1.000 mudas,
que já no primeiro ano
vão produzir cerca de 300
a 500 gramas de sementes por espécie. A produtividade cresce 30%
a cada ano, sendo que o
pinhão-manso pode durar
45 anos ou mais”.
alqueires; com o girassol, de 120; e com o pinhão-manso, de apenas
80 alqueires. E esta área
reduz ainda mais com o
aumento da produtividade do pinhão-manso,
ano a ano”, diz Ville.
“A porcentagem de
rentabilidade do óleo do
pinhão-manso é de 38%,
e ele é muito utilizado
pelas indústrias de tintas e vernizes. Sem contar também que a torta
do pinhão-manso é considerado um excelente
fertilizante orgânico”,
afirma o produtor. E adverte. “O pinhão-manso
não é alimento. Seu uso
é extremamente comercial”, observa Ville.
Óleo
Segundo Ville, o
diferencial do pinhãomanso está nos índices
de produtividade de óleo
por alqueire em comparação com outras lavouras. “Para produzir 1.000
litros de óleo ao dia com
a soja é necessário uma
área de 400 alqueires;
com a mamona, de 200
Maturação
Para o diretor de desenvolvimento de produtos da indústria Austen
Bio, Maurício Lopes Júnior, que possui uma área
com duas mil árvores de
pinhão-manso no Sítio
Acácia, em Nova América
da Colina/PR, a maturação das sementes é um pequeno empecilho para o
agricultor. “Se de um lado
atrapalha porque temos
que fazer colheitas constantes, do outro lado, é
vantajoso porque sempre
sabemos que vamos ter o
produto para a comercialização”, afirma Júnior.
Na opinião do empresário rural, o pinhão-manso é uma alternativa bastante interessante para a
agricultura familiar. “É
uma lavoura que, além
de garantir um dinheirinho extra para o pequeno
produtor, vai colaborar
para fortalecer a fixação
do homem no campo”, comenta Júnior.
Mais informações sobre o pinhão-manso: (43)
9106-9995 com Walter Ville ou [email protected]
Ponto de vista: Biodiesel na U.T.I.
concluiu que mais de 90%
dos cidadãos da União Européia não estão dispostos
a pagar mais do que 10%
a mais por fontes de energias renováveis, por exemplo, o biodiesel.
Portanto, a realidade do setor hoje é que as
únicas matérias-primas
disponíveis em grande escala no mundo sofreram
um choque nos preços em
função da concorrência
direta com o mercado de
alimentos. Conseqüentemente, o custo de produção do biodiesel não permite competitividade com
o preço do diesel na bomba. Pela mesma situação
está passando o álcool de
milho americano que disputa espaço com o milho
destinado à alimentação
humana e animal. Além
disso, há um componente adicional de risco. Por
se tratarem de commodities (mercadorias com
precificação baseada nas
cotações das bolsas internacionais), os produtores
de biodiesel ficam muito
vulneráveis à grande volatilidade de preços destes produtos, sem alternativas de fixação a médio e
longo prazo.
“
A expansão sustentável da produção e
consumo de biodiesel no
mundo depende de uma
radical mudança na matriz agrícola
“
Dentro deste cenário, o consumo atualmente depende de políticas governamentais de
mistura obrigatória no
diesel ou de subsídios
na produção e comercialização. Há também alguns casos de consumos
pontuais de empresas
que buscam uma postura ambientalmente correta, ainda que de maneira antieconômica.
Isto significa que o
biodiesel está fadado a
ser um aditivo e não um
substituto do diesel, inviável economicamente
e de produção limitada
pela disponibilidade de
matéria-prima no mundo? Definitivamente não.
O atual cenário do setor
mostra de maneira clara que a expansão sustentável da produção e
consumo de biodiesel no
mundo depende de uma
radical mudança na matriz agrícola. Ou seja, de
grandes investimentos e
foco no desenvolvimento
e expansão de matériasprimas alternativas.
Por matérias-primas
alternativas entendamse óleos vegetais não-alimentares, ou não utilizados como alimento, e com
alta produção por hectare
plantado. Além disso, devem ser fontes com baixo
custo de plantio e sem outras utilidades com maior
valor agregado que a produção de biocombustíveis.
Como exemplo, existe o
óleo de tungue, pinhão
manso, crambe, nabo forrageiro, algodão, óleos residuais entre outros. Vale
também incluir aqui o
sebo animal e novas tecnologias em estudo como
o biodiesel a partir de algas marinhas. A mamona,
largamente defendida e
incentivada pelo Governo, contudo, não faz parte
desta lista. Como seu óleo
é usado pela indústria de
tintas, vernizes, cosméticos e sabões (Coelho,
1979, p. 46), mercados de
maior valor agregado, seu
preço de mercado é maior
que o preço de venda do
biodiesel.
Por mais arriscado
que possa ser investir em
fontes pouco pesquisadas
e sem histórico de cultivo
em grande escala, essa é
a única maneira de produzir biodiesel de forma
Walter e Arilena: pioneiros da produção no norte do Paraná
Da Redação
Boa parte dos especialistas no setor, interessados e governantes
enche os pulmões para
falar do biodiesel, da
potência mundial que o
Brasil é neste setor e do
quanto esta “onda” está
crescendo no mundo. Enquanto isso, seu consumo na Alemanha (maior
produtora e consumidora
deste tipo de combustível) está caindo e muitas
unidades de produção
no Brasil estão paradas,
pois não há compradores
neste ano de 2007.
Qual é a razão de
tudo isso? O fato é que
a euforia do setor está
muitos passos à frente da
viabilidade econômica
da produção do combustível e de sua sustentabilidade no longo prazo.
Antes de analisar o
funcionamento deste mercado, há premissas que devem ser entendidas. Atualmente, 80% do custo de
produção de biodiesel no
Brasil e no mundo advêm
de sua principal matériaprima: o óleo vegetal. De
todo óleo vegetal produzido no mundo, 72% é feito
a partir de soja, girassol,
palma (dendê) e canola;
ou seja, óleos considerados nobres para a alimentação humana. Se toda a
produção mundial de óleo
vegetal deixasse de ser
usada para alimentação e
fosse redirecionada para a
produção de combustível,
o biodiesel substituiria
o diesel em apenas 20%.
Hoje, com somente 5% dos
óleos direcionados para a
produção de biocombustível, o preço dos quatro
óleos mais consumidos e
mais comercializados no
mundo (soja, girassol, canola e palma) dispararam
e não dão sinais de queda.
Uma pesquisa realizada
pelo “Eurobarometer”,
um dos órgãos de pesquisa da União Européia,
EMATER / PR
“O
Divulgação
Pinhão-manso garante renda ao pequeno produtor
competitiva. A diferença
de custo em questão não
é pouca: enquanto o óleo
de soja custa hoje R$ 1,40
por litro, o de pinhão manso custaria entre R$ 0,15
e R$ 0,30, dependendo da
fonte da informação.
Adicionalmente, o
investimento em matérias-primas alternativas
colabora de maneira significativa na expansão
da produção mundial de
óleo e no melhor aproveitamento da terra. Dessa
maneira, possibilitando
que o biodiesel seja no
futuro um importante
substituto do diesel, sem
a dependência de políticas governamentais.
Uma mudança radical na matriz agrícola não
acontece de um dia para o
outro. Mas, se a fórmula é
conhecida, não há por que
insistir no erro. A Alemanha não estaria reduzindo
seu consumo de biodiesel
se as indústrias pudessem
ter acesso a matérias-primas mais baratas e, assim
sendo, repassar um combustível para os postos a
preços abaixo do diesel.
Da mesma forma, se a indústria brasileira pudesse
produzir com um custo
mais baixo, as distribuidoras se mobilizariam para
comprar o biocombustível
imediatamente.
Sendo
que, na prática, muitos
têm esperado com suas
fábricas paradas até a entrada em vigor da mistura
obrigatória de 2% de biodiesel no diesel, em janeiro de 2008.
Portanto, caso o governo e a iniciativa privada continuem insistindo
em investir e produzir
biodiesel a partir das matérias-primas convencionais, dificilmente ele sairá da U.T.I. e seu futuro
estará comprometido.
Laborsolo realiza projetos
de análises ambientais
A crescente conscientização sobre questões sócio-ambientais, demonstrada não só pelo rigor
na atuação dos orgãos fiscalizadores, mas, sobretudo pela preocupação das
empresas e cidadãos em
preservar os recursos naturais, imprime especial
relevância às soluções dos
problemas ambientais.
Análises detalhadas
da qualidade da água
para consumo humano
ou produção, da água devolvida como efluentes,
de resíduos industriais
ou domésticos, bem
como do solo e do ar ,
além do monitoramento
de resíduos industriaiss
e agrícolas são imprescindíveis para se verificar tanto a presença
de elementos químicos
quanto de microorganismos prejudiciais à saúde
do homem, dos animais
e da vegetação.
Na Laborsolo Divisão Ambiental são
oferecidas análises ambientais que possibili-
tam ações preventivas
e corretivas às industrias dos mais diversos
ramos, como alimentos,
petroquímica, metalurgia, siderurgia , destilarias e outros, bem como
ao setor residencial,
através de ensaios de
potabilidade de águas
de poços artesianos, e
às empresas de gestão
ambiental.
A Laborsolo Divisão
Ambiental pode atender
as seguintes legislações:
Portaria 518/2004 - MINISTÉRIO da SAÚDE
(Potabilidade de águas);
Resolução n. 357/2005 CONAMA - (Classificação de corpos de águas);
Resolução n. 273/2000 CONAMA - (Controle em
postos de combustíveis);
Norma ABNT
NBR
10004 à 10007/2004 (Caracterização de resíduos); Norma ABNT 10818
(Qualidade de águas de
piscinas) e Norma ABNT
NBR 9800/1987 (Lançamento de efluentes em
esgoto sanitário).
Um celeiro de informações
para o homem do campo!
Eduardo Tobias
Analista de Biodiesel da
Infinity Bio-Energy
www.agroredenoticias.com.br
12
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Pecuária de Corte – De janeiro a julho deste ano, as vendas externas do complexo carnes somaram US$ 6,1 bilhões
N
os primeiros
sete
meses
de 2007, as exportações
de carnes praticamente se equipararam aos
embarques do complexo soja. De janeiro a julho de 2007, as vendas
externas do complexo
carnes somaram US$
6,1 bilhões, enquanto
as divisas obtidas pelo
complexo soja totalizaram US$ 6,7 bilhões. A
soja (farelo, óleo e grão)
tem sido o principal produto da pauta de exportações brasileiras desde
1989, quando se iniciou
a série histórica. Mas
com o crescimento constante dos embarques de
carnes nos últimos seis
anos, o item ameaça tomar o primeiro lugar no
ranking das exportações
do agronegócio.
Os números constam
da balança comercial do
agronegócio do mês de julho, divulgada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). Em julho,
o total de exportações de
produtos do agronegócio
brasileiro alcançou US$
5,272 bilhões, recorde
mensal da série histórica.
As importações cresceram 27,7%, alcançando
US$ 727 milhões, e a balança registrou superávit de US$ 4,545 bilhões.
No acumulado do ano, as
exportações brasileiras
somaram US$ 32 bilhões,
valor 20,5% superior ao
registrado no período de
janeiro a julho de 2006.
Os embarques de
carnes cresceram US$
242 milhões, e passaram
de US$ 683 em julho de
2006 para US$ 925 milhões no mês passado.
A carne de frango in natura foi o produto que
mais contribui para a
alta no complexo carnes,
registrando crescimento
de 89,7% em relação ao
mesmo período do ano
passado, com quantidade exportada 45% superior e valorização de
30,7% no mercado internacional. No período, as
exportações de frango
industrializado aumentaram 62,7% e os de carne de peru, 77,4%.
Além da carne bovina, os itens produtos
florestais (9,7%), fumo
e seus produtos (15,9%),
café (22%), e cereais,
farinhas e preparações
(108,6%) estão entre
Divulgação
Crescem as exportações de carnes brasileiras
Carne bovina foi um dos destaques das vendas brasileiras para o exterior
os que mais influenciaram positivamente os
resultados do mês de
julho. Enquanto isso, o
complexo soja (-7,9%),
complexo sucroalcooleiro (-38,8%) e couros,
produtos de couro e
peleteria (-11%) registraram decréscimo nos
valores exportados.
Da Redação
Friboi faz parceria com produtores do Vale do Araguaia Exportações de couros
O frigorífico Friboi
e a Associação de Produtores do Vale do Araguaia (APROVA) firmam
parceria que prevê o
fornecimento de 26 mil
cabeças para abate até
fevereiro de 2008, certificados pelo EurepGap
e com pagamento da arroba regida pelo índice
Esalq Goiás + plus. Pela
primeira vez, segundo as
partes, o boi de capim é
comercializado por meio
de uma associação, o que
beneficia diretamente
os produtores.
Segundo
Marcelo
Marcondes, presidente
da APROVA, a importância do contrato “está na
chance de entrar no mercado com um produto de
qualidade diferenciada
por ser trabalhado com
melhoramento genético e
recebendo um valor justo
por ele”, diz. O pecuarista
ainda lembra que a união
da cadeia produtiva é único modo de se encontrar
soluções para a crise que
se instaurou no setor.
A APROVA conta
com 70 associados do Vale
do Araguaia (com sede
em Britânia - GO) e foi
fundada há dois anos com
o intuito de agregar pecuaristas, conquistar mercado e melhorar a renda. A
entidade é definida como
“união faz a força” e vocação para o boi de safra.
“A demanda é totalmente
coerente com a nossa capacidade. Este é o primeiro passo para aumentar
o leque de possibilidades
de negócios entre nós e o
mercado. Estamos agregando a nós sindicatos e
outras associações”, co-
menta Marcondes. Um
segundo grupo de associados já se organiza para
futuras negociações.
Para o Friboi, de
acordo com João Sérgio,
diretor da casa em Goiás,
a relação ganha-ganha
é o grande diferencial.
“Nós teremos a certeza
do produto que vamos receber e os pecuaristas do
quanto vão ganhar criando uma relação comercial estável e confiável.
Ressalto que a parceria
é uma experiência que
tem tudo para crescer”.
Criadores de zebu elegem nova diretoria
Pela terceira vez
o médico e pecuarista
José Olavo Borges Mendes assume a direção de
uma das mais respeitadas entidades pecuárias
brasileiras, a ABCZ (Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu). Votaram 1614 associados.
Desses, um total de 1468
votaram na chapa única,
ABCZ Unida, que tinha
como presidente o pecuarista José Olavo. Os votos brancos somaram 36
e os nulos 6. Das correspondências encaminha-
das pelos associados via
correio, continham irregularidades 104. Essas,
nem foram computadas.
O pecuarista entra
com grandes perspectivas relacionadas à representatividade.
Durante a ExpoZebu 2007,
o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva chegou a
esboçar seu apoio à candidatura de José Olavo
publicamente. Para o
pecuarista, é importante que a entidade utilize
com maior ênfase sua
força política. “Temos
que trabalhar para nos
posicionarmos,
juntamente com outras entidades que representam
o produtor, em prol dos
interesses da classe”,
ressalta ao lembrar que
o bom relacionamento
com o governo federal,
senado e câmara dos deputados precisa ser ainda mais estreito.
José Olavo ainda
destaca a importância
de impulsionar o PróGenética, programa de
melhoramento genético do rebanho nacional.
“Esse é um projeto que
daremos prioridade. É
a maneira mais democrática de se dar, aos pequenos e médios produtores, acesso à genética
de qualidade”, afirma.
Outra medida que o
pecuarista deverá apoiar
é a apresentada pelo seu
2º vice-presidente, Eduardo Biagi. A ABCZ deverá trabalhar em prol
da criação do Consecarne, um conselho que seguirá as premissas que
nortearam o já edificado
sucesso do Consecana.
Marfrig anuncia
a compra do
Frigorífico Patagônia
Os resultados da
campanha de combate
à febre aftosa realizada
no Paraná em maio deste
ano foram apresentados
no dia 20 de agosto, pela
equipe técnica do Departamento de Fiscalização
e Sanidade Agropecuária da Secretaria da
Agricultura e do Abastecimento, durante reunião
do Conselho Estadual da
Sanidade Agropecuária
(Conesa).
O índice de vacinação contra aftosa atingiu
98,62% em todo o Estado e 99,55% na região de
fronteira do Paraná com
a Argentina, Paraguai e
O Marfrig, uma das
principais empresas do
setor de carne bovina do
Brasil, anunciou em agosto, um acordo para adquirir o Frigorífico Patagônia, localizado na Terra
do Fogo, no Chile.
“A finalização do negócio está sujeita à realização de auditorias legal
e contábil a serem concluídas até 18 de setembro de 2007”, informou a
empresa em um comunicado ao mercado.
O Frigorífico Patagônia tem como principais
atividades o abate e produção de cortes de cordeiro no Chile.
o Estado do Mato Grosso
do Sul. Esses resultados
foram considerados bons
pelos técnicos e foram
apresentados oficialmente ao secretário nacional
da Defesa Sanitária Agropecuária do Ministério
da Agricultura e do Abastecimento, Inácio Afonso
Kroetz, que participou da
reunião.
A reunião do Conesa foi coordenada pelo
secretário da Agricultura e do Abastecimento e
presidente da entidade,
Valter Bianchini. Estavam presentes o diretor do departamento de
Fiscalização da Secreta-
Divulgação
Paraná confirma índice de 98,62%
na vacinação contra a febre aftosa
ria da Agricultura e do
Abastecimento, Silmar
Bürer, e secretário-executivo do Conesa, Eliel
de Freitas.
crescem 26,5% até julho
As exportações brasileiras de couro cresceram 26,5% até julho
de 2007, em relação ao
mesmo período de 2006,
alcançando US$ 1,28
bilhão, segundo cálculos do Centro das Indústrias de Curtumes
do Brasil (CIB). Os embarques de couro superam em 15% as vendas
externas de calçados do
Brasil (US$ 1,11 bilhão)
e representam 50% das
exportações brasileiras
de carne bovina (US$
2,5 bilhões), no acumulado dos sete primeiros
meses deste ano.
Houve um ligeiro
aumento de 12% nas
importações de couro,
que alcançou US$ 89
milhões, e resultou em
um saldo da balança
comercial do couro de
US$ 1,19 bilhão. As vendas externas de couro
de maior valor agregado (semi-acabado e acabado) responderam por
64% das receitas das exportações brasileiras. Já
o preço médio do couro
bovino brasileiro exportado foi de US$ 63,28 –
o que representou um
aumento de 29% em
relação ao preço médio
obtido no mesmo período de 2006.
Os tradicionais estados exportadores de
couro expandiram seus
embarques,
e
apresentaram as seguintes
participações: São Paulo (35%), Rio Grande
do Sul (24%), Paraná
(6,55%) e Mato Grosso
do Sul (6,3%). Os principais países importadores
do couro brasileiro ainda são China (incluindo
Hong Kong), com participação de 35%; Itália
(27%); e EUA (10%).
ANPBC cria representação
no Mato Grosso do Sul
Perto de 90 pessoas
participaram na semana
passada da reunião de
criação de uma representação da Associação
Nacional dos Criadores de Bovinos de Corte
(ANPBC) em Eldorado,
no Mato Grosso do Sul
(MS). Imediatamente, 60
sócios produtores se associaram à entidade, apenas no dia do encontro.
O objetivo imediato
da representação é atuar
no intuito de reverter a
interdição decretada na
região por conta do surgimento de focos da febre
aftosa em 2005. A atuação
da entidade no MS, de
acordo com dos diretores,
será técnica e política.
Para a presidência da representação
sul-mato-grossense foi
eleito, por aclamação, o
pecuarista José Moacir
“Tito” Turquino. Tam-
bém estiveram no encontro em Eldorado o
presidente da ANPBC,
André Carioba, o secretário Ricardo Jorge
Rocha Pereira e os diretores Alexandre Turquino, Clayton de Paula e
Raimundo Tostes.
Criada em junho
de 2006, a ANPBC tem
seu escritório central
no Parque Governador
Ney Braga, sede da Sociedade Rural, em Londrina. A entidade conta
hoje com cerca de 200
associados espalhados
pelos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Mato Grosso, São
Paulo e Santa Catarina. A maior parte dos
produtores associados
é de pequeno porte. E
a Associação Nacional
dos Confinadores (Assocon) também é associada da ANPBC.
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
13
Avicultura – Auditores Fiscais Federais visitaram unidades veterinárias e postos de fiscalização em todo o Estado
MAPA conclui auditoria na sanidade avícola do PR
fortemente comprometido com a sanidade agropecuária, que é uma das
prioridades da Secretaria da Agricultura e
do Abastecimento, pela
importância que o setor
representa para a Agricultura Familiar, afirmou o secretário Valter
Bianchini.
A auditagem é um
procedimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
realizado nos Estados
que solicitam a adesão à
regionalização por meio
do Plano Nacional de
Prevenção da Influenza Aviária e Doença de
Newcastle. Ao aderir ao
plano, o Paraná sinaliza
que está em condições
de ser auditado também
por órgãos internacionais que poderão constatar a estrutura de sanidade para a avicultura de
acordo com as exigências
do mercado mundial.
Copacol investe em novo
núcleo de matrizes
Para suprir a demanda de produção de ovos
do Incubatório localizado
em Nova Aurora, a Copacol já iniciou as obras de
mais um matrizeiro no
município de Iracema do
Oeste. Serão quatro núcleos de três galpões para
aves fêmeas e um barracão para machos, com
uma área total de 22,5
mil m² de estrutura para
a recria dos frangos.
Nesse novo investimento serão alojadas matrizes com apenas um dia
de vida e que permanecerão no local de 22 a 23 semanas, até estarem prontas para serem levadas
aos matrizeiros de produção de ovos da Copacol e
de produtores integrados.
Apesar da estrutura em Iracema do Oeste e de já contar com
matrizeiros em Nova
Aurora e Cafelândia,
a Cooperativa ainda
não é auto-suficiente
na produção ovos para
o incubatório e precisa comprar 30% da sua
necessidade de ovos e
pintainhos de empresas que atuam no setor,
para manter sua média
de abate que hoje é de
270 mil aves ao dia.
A conclusão da obra
está prevista para o final
deste ano e prevê um
investimento de mais
de 7 milhões de reais. A
Copacol contribui para
a geração de mais 40 novos empregos diretos.
Big Frango vai instalar fábrica
de rações em Rolândia
O terreno de 150 mil
metros quadrados em
frente à fábrica de abate já está à disposição
em Rolândia. Falta agora
acertar os últimos detalhes do projeto para iniciar a nova construção da
Fábrica de Ração da Big
Frango. Quem antecipa a
informação é o vice-presidente, Evaldo Ulinski
Junior. Ele aponta que
atualmente a fábrica tem
sede em Arapongas, cidade vizinha a Rolândia, e
capacidade para produzir 1,5 mil tonelada do
produto por dia. A nova
estrutura vai aumentar
essa produção para 2,4
mil toneladas/dia.
“Vamos
comprar
tudo novo. A fábrica será
construída e os equipamentos principais serão
adquiridos de uma empresa holandesa. Máquinas como dosagem, moagem e misturador virão
desse país”, revela Evaldo
Ulinski Junior, vice-presidente da Big Frango.
O crescimento é necessário para acompanhar os projetos da empresa, que quer atingir a
casa de 500 mil frangos
abatidos
diariamente
até 2009. Para isso é necessário mais pintainho,
para gerar mais frango,
que conseqüentemente
consumirão mais ração.
“Essa nova fábrica vai
dar suporte para crescermos em produção”, aponta o vice-presidente.
A Big Frango trabalha com granjas parceiras
espalhadas em 42 municípios do Paraná. Todas elas
recebem a ração preparada com um mix especial
que contém todos os nutrientes necessários para
a boa saúde e desenvolvimento do frango. Padrão
de qualidade que vai ser
mantido na nova estrutura
que deve entrar em operação em fevereiro de 2008.
O mesmo procedimento já foi feito nos Estados de Santa Catarina,
Rio Grande do Sul, Pernambuco. A estimativa
é que 11 Estados solicitaram adesão conforme
prevê a Instrução Normativa 17, do ministério
da Agricultura.
Prevenção
No Paraná, os auditores visitaram unidades veterinárias locais
dos núcleos regionais
da Secretaria da Agricultura em Ponta Grossa, Jaguariaíva, Cascavel, Palotina e os postos
de fiscalização do trânsito de animais na divisa entre Paraná e Santa Catarina. Foi feita a
checagem do conjunto
de ações que são executadas pelo setor oficial
e privado em relação à
prevenção das enfermidades do setor avícola,
disse o diretor do De-
Unifrango aposta
em Apucarana
O diretor executivo da Unifrango, Pedro
Henrique Oliveira, relatou ao Governo do Paraná que os investimentos
anunciados pela empresa de R$ 40 milhões para
a construção de sua nova
unidade industrial segue
em ritmo acelerado. A
previsão é que a primeira etapa seja concluída
antes do prazo previsto.
A expectativa é que
no primeiro trimestre de
2008, o complexo esteja
com a câmara de estocagem e o terminal de
contêineres finalizados,
viabilizando 200 postos
de trabalho. Outros 1,8
mil postos de trabalho
serão preenchidos com
a conclusão das obras do
frigorífico de aves, que
será construído simultaneamente. Com a antecipação do investimento, que conta com apoio
do Governo do Estado e
da Prefeitura de Apucarana, a empresa anunciou que vai começar a
cadastrar os produtores
avícolas e proprietários
rurais interessados em
se tornar produtores integrados. A meta da empresa é abater 150 mil
frangos/dia.
“A Unifrango tem,
entre seus associados,
só empresas paranaenses. Os investimentos
têm acontecido somente no Paraná, por causa
da demanda de grãos
que temos e pelo apoio
recebido por parte do
Governo do Estado. Vamos continuar investido
aqui. E, mais uma vez, o
procedimento do Governo do Estado para com a
iniciativa privada é excelente. Encontramos o
respaldo necessário e estamos confiantes na reunião que será realizada
no dia 14, com representantes dos órgãos governamentais”, finalizou.
partamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária, Silmar Bürer.
Segundo Bürer, as
exigências da auditagem
foram cumpridas como o
georreferenciamento de
cerca de 10,5 mil proprie-
dades avícolas comerciais
e industriais em todo o
Estado, adoção de normas
de restrição à entrada
de pessoas nos aviários,
telamento dos galpões
para evitar a entrada de
pássaros, adequação dos
postos de fiscalização e
também procedimentos
de biossegurança como
pedilúvios e rodolúvios
nas entradas dos aviários
para minimizar os riscos
de enfermidades.
Da Redação
Grupo vai aplicar R$ 10 milhões
em abatedouro no Sudoeste
A Avícola Carminatti, associada à Unifrango Agroindustrial de
Alimentos, anunciou no
início de agosto, em Curitiba, que vai investir R$
10 milhões destinados à
construção de um abatedouro em Santo Antonio
do Sudoeste. O diretor da
Avícola, Joel Carminatti,
comunicou, juntamente
com um grupo de empresários do setor, a decisão
da empresa ao governador em exercício Orlando
Pessuti, em audiência no
Palácio das Araucárias.
“Este abatedouro,
em sua primeira etapa,
vai se dedicar ao abate de galinhas matrizes
(poedeiras), que atualmente são levadas para
serem abatidas fora do
Paraná, porque não temos um frigorífico especifico para isso. Assim,
este investimento é de
fundamental importância para o nosso Estado,
principalmente do ponto de vista sanitário”,
ressaltou Pessuti.
Segundo ele, com o
zoneamento da sanidade avícola que se discute no país, por causa da
gripe aviária e outras
doenças, os empresários
paranaenses do setor são
obrigados a levar esses
animais para serem abatidos em outros estados,
seguindo todo um protocolo de procedimento
sanitário. “Acredito que,
em breve, a Secretaria
da Agricultura estará
impedindo o trânsito
dessas matrizes, justamente para proteger
o plantel paranaense.
Por isso, a iniciativa da
Avícola Carminatti em
construir um abatedouro
de matrizes no Sudoeste
terá toda atenção do Governo do Estado”.
Joel
Carminatti
contou ao governador
em exercício que o abatedouro terá capacidade
para abater 30 mil unidades/dia, destinada ao
abastecimento dos mercados interno e externo.
Vai gerar 350 empregos
diretos. “A carne dessas
matrizes tem mercado
certo na Europa, onde é
usada em pratos prontos,
e custa em média 35% a
menos que a carne de
frango”, frisou.
BRDE libera R$ 10 milhões para a Frangobras
O Banco Regional
de Desenvolvimento do
Extremo Sul (BRDE)
vai financiar R$ 10 milhões para a Frangobras
Indústria e Comércio de
Carnes e Derivados, em
Campo Mourão, no Noroeste do Paraná. O dinheiro garante a construção dos 50 primeiros
aviários de integração
da empresa. É o apoio
à expectativa de gerar
800 empregos diretos
no primeiro ano de operação, além de abater
40 mil aves por dia. A
produção será voltada
ao mercado externo.
O abatedouro será
inaugurado em fevereiro do ano que vem. A
empresa pretende construir mais 100 aviários
em 2008. O objetivo é ter
260 em três anos. Para o
final de 2008, a meta é
abater 80 mil aves/dia.
Para dezembro de 2009,
o dobro: 160 mil aves/dia.
Somados aviários, fábri-
ca de ração e frigorífico,
o investimento total é de
R$ 60 milhões. Além do
BRDE, BNDES, Banco do
Brasil e Globoaves, entre
outros parceiros, apóiam
o negócio.
A Frangobras fez
a seleção prévia dos 50
criadores beneficiados
com a liberação do dinheiro - R$ 200 mil cada
um. Todos têm projetos
de financiamento encaminhados ao Sicredi, parceiro do BRDE
e agente financeiro repassador dos recursos.
A linha de crédito para
financiamento de aviários é o Moderagro II.
Os juros são de 6,75%
ao ano, com até 18 meses de carência e oito
anos para quitar.
“A instalação da indústria com o apoio do
BRDE vai possibilitar
que esses produtores rurais melhorem sua renda, aliás, eles agora vão
ter uma renda regular”,
AEN / PR
Ministério da
Agricultura,
Pecuária e Abastecimento concluiu no final de julho a auditagem no setor
de sanidade de aves do
Paraná. Quatro auditores
fiscais federais estiveram
no Estado para verificar
as condições do sistema
de defesa sanitária das
aves para prevenir enfermidades, em especial
a da Influenza Aviária e
Doença de Newcastle.
O resultado da auditoria será divulgado de
uma só vez para todos
os Estados que solicitaram a adesão ao plano
de regionalização da avicultura, que estabelece
as normas de prevenção
sanitária na avicultura.
Portanto, a posição que
o Paraná alcançou só
será conhecida após a
auditagem em todos os
Estados solicitantes.
A adesão ao plano
indica que o Paraná está
AEN / PR
O
diz a gerente adjunta
de operações do banco,
Carmem Truite. “A nossa intenção é dar condições para que o agricultor deixe a monocultura
e passe a ter uma renda
quase que mensal e suficiente para as despesas
fixas”, reforça o vicepresidente da Frangobras, Reinaldo Morais.
14
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Reciclagem – Índice de 94,4% mantém o país na primeira posição, pelo sexto ano consecutivo, com um total de 139,1 mil t
A
Associação
Brasileira do
Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos
Fabricantes de Latas
de Alta Reciclabilidade
- ABRALATAS informaram que o País reciclou
94,4% do total de latas
de alumínio para bebidas comercializadas no
mercado interno, em
2006. Segundo dados das
duas entidades, foram
recicladas no ano passado 139,1 mil toneladas
de sucata de latas, o que
corresponde a 10,3 bilhões de unidades - 28,2
milhões por dia ou 1,1
milhão por hora.
Mesmo ligeiramente
inferior ao índice registrado em 2005, o volume coletado em 2006 foi
9,0% maior que o do ano
anterior, acompanhando
as vendas de latas, que
cresceram 11,2% no mesmo período. Essa maior
disponibilidade permitiu que outros segmentos
de mercado passassem a
consumir sucata de lata,
o que levou ao aumento
do universo de consulta
para cálculo do índice.
Essa marca ainda
mantém o Brasil na liderança mundial em
reciclagem de latas de
alumínio tanto entre
países onde a atividade
não é obrigatória por
lei, como no Japão, que
em 2006 reciclou 90,9%
de latas, ou entre aqueles cuja legislação sobre
reciclagem de materiais
é bastante rígida, como
Dinamarca, Finlândia,
Noruega e Suíça, que em
2005 apresentaram um
índice médio de 88%.
Vantagens Ambientais
Trata-se de um
mercado já estabelecido - o País vem liderando o ranking mundial
de índice de reciclagem de latas de alumínio desde 2001 - e
que, no ano passado,
movimentou cerca de
R$ 1,7 bilhão. Ao gerar
renda e emprego para
quase 170 mil pessoas,
a atividade de reciclagem de latas comprova
sua importância socioeconômica. Em 2006,
somente a etapa de coleta (compra de latas
usadas) injetou cerca
de R$ 540 milhões na
economia nacional.
Além dos benefícios sociais e econômicos, a reciclagem de
latas de alumínio também favorece o meio
ambiente. O processo
de reciclagem de latinhas libera somente
5% das emissões de gás
de efeito estufa quando comparado com a
produção de alumínio
primário. Ao substituir
Divulgação
Brasil lidera recolhimento de latas de alumínio
Volume de material para a reciclagem cresceu aproximadamente 9%
um volume equivalente de alumínio primário, a reciclagem de
139,1 mil toneladas de
latinhas proporcionou
uma economia de 1.976
GWh/ano de energia
elétrica ao País, o suficiente para abastecer, por um ano inteiro,
uma cidade com mais
de um milhão de habitantes, como Campinas
(SP). Além disso, pou-
O período de setembro a março é considerado um dos mais
críticos para o combate
à deriva nas pulverizações de agrotóxicos. Na
região de Londrina, o
Programa Acerte o Alvo
– criado em agosto de
2004 – tem colaborado
nas últimas safras para
evitar que os aplicadores sejam envenenados
e contribuído na defesa do meio ambiente.
Além disso, o programa
garante ganhos econômicos com o manuseio
correto dos agrotóxicos
em grandes lavouras,
sem que estas causem
danos às propriedades
da agricultura familiar.
“Para se ter idéia
da importância deste
projeto, em apenas um
ano de trabalho a campo, a região reduziu em
70% o volume de reclamações e denúncias
voltadas aos problemas
de deriva”, afirma Gil
Abelin, chefe do Núcleo Regional da SEAB-Londrina e coordenador do projeto.
“Estamos
aguardando uma confirmação
do secretário Bianchini
para que possamos lhe
apresentar os últimos
resultados com o programa na nossa região.
É bem provável que o
projeto seja utilizado
em outras regiões do estado”, informa Abelin.
O chefe do Núcleo
da
SEAB-Londrina
considera que as conquistas obtidas pelo
programa servem de
argumento na expansão do projeto para as
15 regiões produtoras
de grãos, que abrange
mais de 300 municípios
paranaenses. “Inclusive, já fomos consultados para levar o programa aos demais estados
vizinhos”, diz.
SEAB / Londrina
Programa Acerte o Alvo pode ser INpev e ANDEF orientam
utilizado em outras regiões do PR produtor na Agrifam
Projeto paranaense já foi premiado diversas vezes
Desvio
A deriva é o desvio
da trajetória das gotas
produzidas na pulverização para fora do alvo
que se pretende atingir.
A área atingida pode
ser outra lavoura, cursos d`água ou qualquer
vegetação próxima do
local de aplicação.
“Os maiores problemas acontecem quando
este movimento afeta
uma lavoura sensível ao
produto aplicado”, aponta Abelin.
Entre os fatores
que interferem no aparecimento da deriva
estão: as condições dos
equipamentos de pulverização; as técnicas
de aplicação utilizadas;
os cuidados na operação e a habilidade do
operador; e as condições climáticas no momento da aplicação.
Premiações
Em pouco tempo,
o programa Acerte o
Alvo já teve o reconhecimento nacional em
duas oportunidades. O
projeto ficou em 7º lugar entre 86 trabalhos
técnicos selecionados
para a grande final do
4º Benchmarking Ambiental Brasileiro, realizado em setembro de
2006. E em maio deste
ano, recebeu o prêmio
“Mérito Fotossanitário:
Educação e Treinamento do Homem do Campo” - promovido pela
Fundação de Estudos
Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), ao obter
o 3º lugar entre os projetos selecionados.
Fazem parte do
Projeto Acerte o Alvo
no Grupo Gestor a
SEAB/DEFIS-DSV/
DFI, Emater, Anpara,
Sema/IAP, Crea-PR e
força-tarefa composta
pela Dow AgroScience,
Agripec e Milênia. No
Grupo Consultivo estão
a
AEA-PR/Londrina,
sindicatos, prefeituras
com suas secretarias
municipais de agricultura e meio ambiente,
Promotoria do Meio
Ambiente, Sociedade
Rural do Paraná, cooperativas Cofercatu,
Cresol, Integrada, Sul
Brasil e Corol, Embrapa-Soja, Abimac, Inmetro, Faep, Fetaep,
Senar, Ceasa, Iapar, Suderhsa, Unopar e UEL,
além de novas parcerias como Andef e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Outras
informações sobre o programa
Acerte o Alvo podem
ser obtidas no Núcleo
da SEAB em Londrina pelo telefone: (43)
3325-7911
A difusão dos procedimentos adequados de
destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas e as informações sobre o uso correto
e seguro de produtos fitossanitários entre os pequenos agricultores foi o
objetivo principal da participação do Instituto Nacional de Processamento
de Embalagens Vazias
(inpEV) em parceria com
a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal)
e suas empresas associadas Arysta LifeScience,
Basf, Bayer CropScience,
Dow Agroquímica, FMC,
Monsanto e Syngenta na
Agrifam 2007. O evento
foi realizado de 2 a 5 de
agosto, em Agudos/SP.
O espaço “Segurança e Meio Ambiente” funcionou como um
estande de serviços ao
produtor rural, que pode
assistir a demonstrações
de como é realizada a tríplice lavagem das embalagens vazias de defensi-
vos agrícolas e também a
forma adequada de utilizar os Equipamentos
de Proteção Individual
(EPI), fundamentais durante o manuseio dos
produtos fitossanitários.
A 5ª edição da Agrifam
foi realizada na sede do
Instituto Técnico Educacional dos Trabalhadores
Rurais do Estado de São
Paulo (ITETRESP).
Mais informações
sobre o sistema de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas estão
disponíveis no site www.
inpev.org.br .
Sobre o inpEV
O inpEV – Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias – foi fundado em
14 de dezembro de 2001 e
entrou em funcionamento
em março de 2002. Atualmente, possui 64 empresas e sete entidades de
classe do setor agrícola
como associadas.
pou 700 mil toneladas
de bauxita (minério do
qual se obtém o alumínio), que seriam extraídas das reservas naturais brasileiras.
Da Redação
CAMDA recebe
certificado de
mérito ambiental
Em comemoração ao
Dia Nacional do Campo
Limpo, a CAMDA (Cooperativa Agrícola Mista
de Adamantina) participou das atividades realizadas na Central de
Recebimento de Embalagens Vazias na cidade
de Bilac (SP). Os alunos
das escolas em que a
cooperativa desenvolve
projetos de educação
ambiental (Adamantina, Mariápolis, Dracena,
Pacaembu e Araçatuba)
participaram do evento.
Na ocasião, a CAMDA recebeu o certificado de mérito ambiental em reconhecimento
ao compromisso com a
preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da
agricultura
brasileira,
demonstrado por meio
da participação ativa no
sistema de destinação
final de embalagens vazias de agrotóxicos. O
certificado foi emitido
pelo Inpev.
Cocamar produz fios de garrafas pet
A linha de fios ecológicos da Cocamar
vai chegar ao mercado
têxtil com o “Selo Cocamar Ecológica”. Este
tipo de fio é produzido
a partir da mistura de
50% de fibra de algodão e 50% de fibra de
poliéster, obtida da reciclagem de garrafas
pet. “O que era um problema para o ambiente
virou
matéria-prima
para novos produtos”,
comemora Elaine Lopes Xavier Leite, gerente comercial de fibras da cooperativa.
Segundo a gerente
comercial de fibras da
Cocamar, o selo comprova que a roupa confeccionada com esse
fio é ecológica e socialmente correta, o que
atende a uma demanda
crescente por parte do
mercado, interessado
cada vez mais em trabalhar com o conceito
de
sustentabilidade.
“Cada camiseta, por
exemplo, produzida a
partir do fio ecológico,
significa uma garrafa
pet a menos na natureza”, lembra Elaine
Leite. Ela acrescenta
que além de preservar
o meio ambiente, esse
tipo de fio contribui
com a inclusão social,
uma vez que as garrafas são coletadas nas
ruas por cooperativas
de recicladores.
Lançado no mercado há cinco anos, o fio
ecológico da Cocamar
já representa cerca de
10% das 850 toneladas
produzidas mensalmente pela fiação da cooperativa, onde são fabricados fios 100% algodão e
mistos com fibras artificiais e sintéticas de várias espessuras.
A gerente comenta
que, devido à qualidade e maciez do produto
final, o fio ecológico já
é largamente utilizado
na confecção de uniformes profissionais e
conquista espaço até
mesmo no chamado
segmento
“fashion”,
onde predominam as
grandes grifes. Só para
se ter idéia, as camisetas usadas por toda
a equipe de apoio dos
recentes Jogos Panamericanos, no Rio de
Janeiro, foram feitas a
partir desse material.
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
15
Encontro – Produtores rurais e técnicos ficam impressionados com a integração agricultor-pesquisa-extensão
C
erca de 20 produtores rurais
e técnicos venezuelanos estiveram no início
de agosto no Instituto
Agronômico do Paraná
(IAPAR) - autarquia vinculada à Secretaria de
Estado da Agricultura e
do Abastecimento. Eles
tiveram palestras sobre
comercialização de café,
metodologias de difusão
de tecnologia e receberam certificados de encerramento do curso. .
O pesquisador do
Iapar, Armando Androciolli Filho, explicou que
atualmente a colheita
no Paraná é feita principalmente no pano porque o custo é menor. “A
colheita seletiva, separando os grãos maduros
dos verdes e secos, seria
o ideal, mas ela precisa
de muita mão-de-obra, o
que aumenta os custos
do produtor”, diz o pesquisador. Ele lembrou
que mesmo o pequeno
agricultor, com uma pequena área, precisa contratar pessoas para fazer
o trabalho.
O agrônomo da Emater, Nelson Menoli, sugeriu aos venezuelanos que
usem variedades com
épocas de maturação diferentes para que a colheita seja escalonada e,
assim, a necessidade de
mão-de-obra e de equipamentos seja menor.
No Campo
Depois de uma breve explanação teórica
foi hora de irem para
o campo. Todo o grupo
foi para uma área do
Iapar colher café. A
agricultora Maria Helena Medina afirmou
que na Venezuela eles
não usam a técnica do
pano porque o terreno
é muito acidentado. A
solução, segundo ela,
é fazer a colheita com
o que eles chamam de
“canastra”, uma espé-
cie de cesto, amarrado
ao corpo, onde são colocados os grãos.
Medina é produtora
de café há apenas dois
anos, mas vem de uma
família de cafeicultores.
Ela diz que gostou muito
do curso no Iapar porque
pode trocar experiências com pesquisadores,
técnicos e produtores e
aprender técnicas, como
a colheita mecanizada e
a poda. A produtora ficou
impressionada com o elevado grau de integração
entre assistência técnica,
pesquisa e agricultores no
estado. “Isso é importantíssimo para o desenvolvimento local”, diz ela.
O agricultor Miguel
Espinoza concorda com
a colega venezuelana.
Espinoza acredita que
a ligação entre o poder
público, os produtores
e demais segmentos da
comunidade, envolvendo órgãos públicos de
pesquisa e extensão ru-
IAPAR / PR
Venezuelanos visitam o Instituto Agronômico
Venezuelanos ficaram impressionados com o desempenho da pesquisa na agropecuária paranaense
raná e da Venezuela”,
diz o agricultor.
Ele também salientou a importância da
técnica da poda e da
produção de mudas de
café em tubetes para
aumentar a produção
e reduzir custos. “Se
o agricultor fizer o esqueletamento correta-
ral é importantíssima
porque se contrapõe à
hegemonia dos grupos
econômicos dominantes. “Hoje semelhante
integração está crescendo em nosso país,
principalmente por intermédio de convênios,
como esse realizado
entre o Governo do Pa-
mente o rendimento no
ano seguinte aumenta
muito, e o sistema de fabricação de mudas em
tubetes é mais fácil e
ainda permite um melhor enraizamento da
planta, trazendo melhor
qualidade”, argumenta
Espinoza.
Da Redação
A I Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale
e o VII Seminário Técnico de Trigo foram realizados no final de julho em
Londrina. O economista
da Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab), Paulo Moceli, fez
a última palestra do encontro técnico, traçando
um panorama da produção brasileira e mundial
de grãos, com destaque
para o trigo.
Segundo
Moceli,
“existe uma tendência
mundial na redução dos
estoques de produtos
agrícolas por conta dos
elevados custos, o que
deve manter uma pequena elevação nos preços
das commodities”.
Ele alertou, no entanto, que não deve haver
mudanças radicais no valor da saca. A expectativa do economista é que a
saca de 60 quilos de trigo
chegue a, no máximo, R$
40,00 a curto prazo.
Além da diminuição dos estoques, Moceli
afirmou que os preços do
trigo devem permanecer
em elevação por conta da
redução da produção da
Argentina, principal exportador do cereal para
o Brasil, e da produção
brasileira ainda estar longe da auto-suficiência – o
pais importa em torno de
60% do que consome.
O economista da Conab lembrou ainda que a
pesquisa teve um papel
fundamental no aumento
da produtividade nacional, mas as condições climáticas e a instabilidade
do mercado são um empecilho para o aumento da
produção.
Papel da pesquisa
O presidente da
Fundação Estadual de
Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Sul
(Fepagro), Benami Bacaltchuk, que também
proferiu uma palestra
durante o evento, salientou a importância da
pesquisa agrícola. Ele
afirmou que graças à
pesquisa foi possível aumentar a produtividade,
apesar da redução na
área plantada.
No entanto, Bacaltchuk fez um alerta: “se
quisermos ser auto-suficientes, teremos que
ser exportadores. Não
existe auto-suficiência
para comer”.
Para o presidente
da Fepagro, “será a base
tecnológica que vai permitir a auto-suficiência
e a exportação”.
O agrônomo da Cooperativa C-Vale, Ronaldo
Vendrame, discutiu o assunto com o presidente
da Fepagro. Vendrame
defendeu o desenvolvimento de variedades
tolerantes a seca e a geada como o grande desafio da pesquisa para os
próximos anos. Para ele,
os problemas climáticos
estão entre os principais
limitadores da produção
brasileira, o que pode ser
Meridional
Reunião técnica do trigo avalia auto-suficiência na produção e a pesquisa
Ralf Dengler fez as boas vindas aos participantes do evento
minimizado com variedades mais resistentes.
A Reunião da Comissão Brasileira de
Pesquisa de Trigo e Triticale a o VII Seminário
Técnico do Trigo foram
uma promoção da Fundação Meridional com a
organização do Instituto
Agronômico do Paraná
(IAPAR) e da Embrapa,
e com o apoio da Sociedade Rural do Paraná.
16
Agrojornal Brasil
agosto de 2007
Prazo para ITR – Quem não entregar dentro do prazo exigido, fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND)
Produtores devem declarar ITR e ADA até 28 de setembro
O
s proprietários
rurais de todo
o Brasil devem entregar
até o dia 28 de setembro,
o Imposto sobre a Propriedade Territorial (ITR) de
2007 à Secretaria da Receita Federal, conforme
a Instrução Normativa
RFB N.º 745, de 11/6/007,
e o formulário Ato Declaratório Ambiental (ADA)
ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O ITR 2007 deve ser
entregue por pessoa física ou jurídica, que seja
proprietária ou possuidora de imóvel rural a qualquer título. O documento
deve se referir ao que foi
produzido em 2006.
O proprietário que
não entregar o ITR,
dentro do prazo exigido,
fica impedido de obter
a Certidão Negativa de
Débitos (CND) da Secretaria da Receita Federal (SRF). O CND é
indispensável nas transações imobiliárias. O
atraso na entrega do
ITR também impedido
o proprietário de obter
financiamentos ou crédito junto a instituições
financeiras oficiais.
ADA - Os produtores
rurais que, no ITR, declararam que possuem áreas
de preservação permanente (mata ciliar), reserva legal averbada e outras
áreas de preservação ambiental são obrigados a
preencher o ADA e entregá-lo ao Ibama, de acordo
com a IN nº 76 de 2005 do
Ibama e Lei nº 10165/00.
O prazo para entrega do
ADA é o mesmo do ITR.
Caso o produtor rural não entrega o ADA no
prazo exigido, ocorre perda da isenção do ITR da
área declarada como de
preservação ambiental.
As áreas serão desconsideradas como isentas.
Ou seja, passam a ser enquadradas como inexploradas pela Secretaria da
Receita Federal. O que
pode levar a uma alteração do Grau de Utilização (GU) do imóvel rural
e provocar um aumento
do imposto pelo aumento da alíquota.
AGRONEWS
Agroambiental: Preservação de
florestas com grande economia
Quando for comprar madeiras exija
sempre produtos de reflorestamento. Com as
tecnologias disponíveis
no mercado de secagem
e tratamento em autoclave, o Eucalipto e o
Pinus podem substituir
com requinte e durabilidade qualquer madeira
de nossas florestas nativas e ainda vai gerar
grande economia.
O tratamento químico em autoclave vácuopressão, já é efetuado há
mais de 40 anos em todo
o mundo. Nele a madeira com baixa umidade é
submetida ao vácuo para
retirada da seiva de seus
poros e, em seguida, é
colocada em contato
com o produto químico
arseniato de cobre cromatado (CCA), diluído
em água, sobre muita
pressão para que o produto penetre nos poros
da madeira onde ocorrerá uma reação química e
o produto irá endurecer
e permanecerá dentro
da madeira para sempre. Com isso, a madeira ganha proteção contra umidade e também
contra fungos e cupins,
ampliando sua vida útil
para 20 anos, mesmo
quando submetida a situações extremas como
contato com a terra, insetos, sol e umidade.
O Eucalipto e o Pinus preservados têm
ampliados as suas possibilidades de uso devido ao crescimento da
consciência
ecológica
da população, e hoje já
são aplicados com sucesso na pecuária (cercas
e currais), fruticultura
(parreirais,
escoras),
construção civil e paisagismo (telhados, portas
e batentes, decks, pergolados, quiosques, gazebos, entre outros).
Devido à sua robustez e economia, os mourões de eucalipto estão
sendo bastante utilizados na construção de
galpões de frango, barracões de maquinas, pés
direito e para outdoors.
Assim,
pouco
a
pouco, as madeiras de
reflorestamento
estão
ganhando espaço no consumo diário da população
brasileira, a exemplo do
que já ocorre na Europa
e EUA onde móveis, casas, decks e embalagens
de madeiras são feitos
com essa matéria-prima.
Mais informações:
Agroambiental Econegócios, pelo telefone:
(43) 3251-3306.
Unipac lança série de conjuntos
para identificação de bovinos
A Unipac acaba de
ingressar num novo mercado dentro da sua Divisão de Agropecuária. A
empresa comercializará
o sistema de identificação animal, composto
por brinco, botton, dois
machos fixadores com
ponta metálica e uma
planilha personalizada.
São dois tipos de
conjunto, que atenderão
mercados distintos: um
destinado a manejo de
animais; e outro certificado de acordo o Serviço
de Rastreabilidade da
Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, o SISBOV, implantado através
da Instrução Normativa
nº 17, pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA),
com o objetivo de estabelecer normas para a
produção de carne com
garantia de origem e
qualidade.
Empresa integrante
do Grupo Jacto, a Unipac
é reconhecida nacional
e
internacionalmente
pela seriedade e solidez
em seus negócios, e pela
capacidade de prover soluções inovadoras, que
agregam valor à cadeia.
Mais informações pelo
telefone: (11) 4166.4260
ou www.unipac.com.br
Guabi é destaque
na Abraveq
Durante o Abraveq 2007, considerado o
maior evento de Eqüideos, o Grupo Guabi apresentou sua nova linha de
rações, reformulada para
atender as necessidades
dos eqüinos das mais diversas categorias. Intitulado “Criar Cavalos é
uma Arte”, o programa é
estruturado com base nas
mais recentes pesquisas
nutricionais e atende a
todas as categorias: potros de 1 a 3 meses, de 4 a
6 meses, de 12 a 18 meses
e acima de 18 meses; animais adultos em manutenção; éguas gestantes
e lactantes; garanhões e
cavalos atletas.
Tortuga divulga
Bovigold Pré-parto
A Tortuga Cia. Zootécnica Agrária lança no
mercado brasileiro o novo
suplemento mineral Bovigold Pré-parto, produto
criado para evitar transtornos metabólicos relacionados ao cálcio nas vacas em final de gestação. O
produto ajuda a combater
um problema bastante comum que atinge vacas em
período final de gestação:
a hipocalcemia pós-parto,
também conhecida como
“febre do leite”.
O lançamento oficial
do Bovigold Pré-parto foi
realizado no mês de agosto,
durante a Agroleite 2007.
Novo Diretor
João Hilário da Silva
Jr. é o novo diretor de marketing da Tortuga. Pósgraduado em Economia
Social e formação em Comunicação Social, João
Hilário tem longa trajetória profissional ligada
ao marketing, incluindo
passagens por Springer
Carrier, ICI/Zeneca e Diageo. Nos últimos cinco
anos, ele foi o diretor da
unidade de agronegócios
do grupo Fischer América, atendendo Monsanto,
Produquímica, Citrovita
e a própria Tortuga.
John Deere apresenta primeiros tratores
produzidos na fábrica de Montenegro
Quatro novos modelos de tratores são
as principais novidades
apresentadas pela John
Deere na última edição
da Expointer. Os modelos 7715, com motor de
182 cv, e 7815, de 202 cv,
são os primeiros produzidos na mais moderna
fábrica de tratores do
mundo, a nova unidade
da John Deere no município gaúcho de Montenegro. Os modelos 5303,
de 57 cv, e 5403, de 65
cv, com motores de três
cilindros, reforçam a
presença da John Deere
na faixa de tratores de
baixa potência.
Os modelos 7715 e
7815 já estão sendo produzidos em escala piloto
na nova fábrica da John
Deere. No início do próximo ano toda a linha de
produção de tratores da
fábrica de Horizontina,
também no Rio Grande
do Sul, será transferida
para Montenegro. Com a
nova fábrica, resultado de
um investimento de 250
milhões de dólares, a John
Deere aumenta sua capacidade de produção de
tratores, podendo atender
ainda melhor às necessidades dos agricultores.
Com os modelos
5303 e 5403, a tecnologia
avançada da John Deere pode ser aplicada nas
variadas atividades das
pequenas propriedades,
como a horticultura e
fruticultura. Outra novidade da linha de tratores
John Deere é o modelo
5605, que conta agora
com a TDPE - Tomada de
Potência Econômica. A
TDPE permite trabalhar
com rotação mais baixa
do motor e, ao mesmo
tempo, manter a rotação
necessária para a operação de equipamentos na
tomada de potência. Com
isso, proporciona a redução do consumo de combustível no trabalho com
pulverização e em outras
aplicações que utilizam a
tomada de potência.
E-mail:
org.br
E-mail: [email protected]
AGROEVENTOS
XXXII ExpoFeira
2/9 a 9/9
Local: Feira de Santana/BA
Mais informações:
Fone: (75) 3614-1299
E-mail: deptoagricultura@
pmfs.ba.gov.br
Site: www.feiradesantana.
ba.gov.br
XXV EXPOMAM Mamborê
5/9 a 10/9
Local: Mamborê/PR
Mais informações:
Fones: (44) 3568-1483
XXIV Feira do Produtor Rural - Feport
6/9 a 9/9
Local: Parque de Exposições
de Teresópolis, em Albuquerque/RJ
Mais informações:
Fone: (16) 3623-8861
E-mail: comercial@feport.
com.br
Site: http://www.feport.com.br
XV MARINGADO
6/9 a 16/9
Local: Maringá/PR
Mais informações:
Fone: (44) 3228-7656
FRUTAL 2007
10/9 a 13/9
Local: Centro de Convenções
de Fortaleza/CE
Mais informações:
Fone : (85) 3246-8126
E-mail : [email protected]
CONBRAVET - Congresso
Brasileiro de Veterinária
9/9 a 12/9
Local: Mendes Convetion
Center – Santos/SP
Mais informações:
Fone : (11) 3129-4486
E-mail : [email protected]
III ERGOFLOR
12/9 a 14/9
Local: Universidade Federal
de Viçosa/MG
Mais informações:
Fone : (31) 3899-2476
E-mail : sifeventos@ufv.
br
XIV Leilão de Reprodutores
Primavera
15/9
Local: Pato Branco/PR
Mais informações:
Fone: (46) 3225-2510
XXXI Exp. Agrop. Industrial de Clevelândia
17/9 a 22/9
Local: Clevelândia/PR
Mais informações:
Fone: (46) 3252-1344
AGROCANA 2007
18/9 a 21/9
Local: Centro de Exposições
Zanini – Sertãozinho/SP
Mais informações:
Fone : (16) 2132-8936
E-mail : [email protected]
V Congresso Brasileiro de
Biossegurança
18/9 a 21/9
Local: Centro de Convenções
da UFOP – Ouro Preto/MG
Mais informações:
Fone : (21) 2220-8678
E-mail:
secretaria@anbio.
org.br
AGROBODE 2007
20/9 a 23/9
Local: Petrolina/PE
Mais informações:
E-mail
:
lomanton@
pe.sebrae.com.br
Fone : 087 3862-2728
Congresso Franco-Brasileiro
da Cadeia Pecuária
21/9
Local: Hotel Sofitel - São
Paulo/SP
Mais informações:
Fone: (11) 3063-3622
E-mail:
[email protected]
36ª EXPOINEL
22/9 a 30/9
Local: Parque Fernando Costa – Uberaba/MG
Mais informações:
Fone : (11) 3293-8900
E-mail:
eventos@nelore.
org.br
XVII Leilão 5 Marcas
23/9
Local: Palmas/PR
Mais informações:
Fones: (46) 3263-1122 ou
3262-5839
VIII Congresso de Ecologia
do Brasil
23/9 a 28/9
Local: Hotel Glória – Caxambu/MG
Mais informações:
Fone: (11) 3091-7600
contato@viiiceb.
XX Congresso Latinoamericano de Avicultura
25/9 a 28/9
Local: Centro de Eventos da
FIERGS – Porto Alegre/RS
Mais informações:
Fone: (51) 3347-8636
Site: www.uba.org.br
Pet South America 2007
26/9 a 28/9
Local: Transamérica Expo
Center – São Paulo/SP
Mais informações:
Telefone : (11) 4613-2000
X FENATRIGO - Feira Nacional do Trigo
29/9 a 7/10
Local: Cruz Alta/RS
Mais informações:
Fone: (55) 3324-8033
E-mail: fenatrigo@fenatrigo.
com.br
2ª Rural Tecnoshow Londrina 2007
1/10 a 7/10
Local: Parque Gov. Ney Braga – Londrina/PR
Mais informações:
Fone: (43) 3378-2000
Agrojornal Brasil
São mais de 15.000 consumidores do
agronegócio que podem ver a sua MARCA.
ANUNCIE CONOSCO (43) 3025-3230
[email protected]