DO ANO MELHORES - ElectronicsAndBooks

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DO ANO MELHORES - ElectronicsAndBooks
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Ano 17 | Nº 214
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MELHORES
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+ Melhor herói
erói e vilão
+ Cena maiss marcante
+ Morte mais
ais criativa
criat
+ Melhor
or final
+ Maior batalha
alha do ano
OVERWATCH EITR CALL OF DUTY: BLACK OPS III PONCHO STAR WARS BATTLEFRONT
LEGO DIMENSIONS LIFE IS STRANGE DISGAEA 5 METAL GEAR ONLINE THE CREW WILD RUN
Aydano Roriz
Luiz Siqueira
Tânia Roriz
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Diretor-Executivo: Luiz Siqueira
Diretor-Editorial e Jornalista Responsável:
Roberto Araújo – MTb.10.766 – [email protected]
REDAÇÃO
Editor: Humberto Martinez
Repórteres: Douglas Pereira,
Gilsomar Livramento e Pedro Sciarotta
Editor de Arte e Design de Capa: Alexandre Lima
Revisão de Texto: Felipe Azevedo
Colaborou: Felipe Azevedo, Eduardo Trivela e Pablo Raphael
AO LEITOR
2015 rendeu
Ter passado mais de 130
horas jogando The Witcher III
certamente ajudou a criar
essa impressão de que
o ano rendeu bastante
Diretor de Publicidade: Mauricio Dias (11) 3038-5093
SÃO PAULO
E-mail: [email protected]
Coordenador: Alessandro Donadio
Executivos de negócios: Angela Taddeo, Elisângela Xavier,
Ligia Caetano, Renato Peron e Roberta Barricelli
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Editora Europa Ltda. (ISSN 0104-8732). A Editora Europa não
se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros.
As reportagens localizadas da PlayStation
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N
ão sei como 2015 foi para você, mas eu tive a impressão de que o ano
durou uns 25 meses. Não sei se foi por conta da quantidade de projetos
incríveis que produzimos no núcleo de games da Editora Europa ou se
foi por conta da avalanche de jogos gigantescos lançados ao longo do
ano (talvez os dois juntos), mas esses 12 meses renderam como nunca.
E pensar que 2016 promete ser ainda melhor, o ano dos peso-pesados, previsto
para receber Uncharted 4, Final Fantasy XV, Street Fighter V, Horizon: Zero Dawn
e, o que mais me deixa ansioso, o mundo da realidade virtual com o PlayStation VR
– fora outros segredinhos fortes sobre o PlayStation 4 que ainda não posso contar,
mas que certamente você vai saber primeiro aqui na PRO-BR.
A parte mais gostosa de encerrar um ano e se preparar para começar um novo
é a vontade extra de renovar os nossos desafios. A Revista PlayStation está sempre
mudando seu estilo e experimentando novas ideias, muito por conta da participação
dos leitores no desenvolvimento da revista. Por isso espero sua participação nas
nossas redes sociais para contribuir com sua opinião, crítica e ideias para um novo
ano de muitas revistas, livros e projetos especiais. Espero por você no Facebook. ^^
Humberto Martinez
EDITOR [email protected]
SE FOR O CASO, RECLAME. NOSSO OBJETIVO É A EXCELÊNCIA!
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da Sony Computer Entertainment Inc.
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E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA
DEZEMBRO 2015
MAFIA III
SPOILER
UNCHARTED
A MAIOR MARCA DE
VIDEOGAMES DO
PLANETA COMEMORA
P
A
DUAS DÉCADAS DE
GRANDES SUCESSOS
G
S.
REVIVA ESSA
TRAJETÓRIA E SEUS
M
MELHORES
MOMENTOS
NOVEMBRO 2015
PÔSTER
EXCLUSIVO
STAR WARS
BATTLEFRO
STREET NT
FIGHTER V
Ano 17 | Nº 212 | R$ 12,50
NOVEMBRO 2015
PLAYSTATION
PLAY
PL
L
TION
IO
O
BATTLEFRONT
FOMOS ATÉ A SUÉCIA CONFERIR A GUERRA
ENTRE REBELDES E O IMPÉRIO QUE VAI
SURPREENDER ATÉ OS MAIS FANÁTICOS
BÔNUS DE ANIVERSÁRIO
GRANDES PERSONAGENS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO PLAYSTATION
ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED ASSASSIN’S CREED: SYNDICATE JUST DANCE 2016
DETROIT: BECOME HUMAN GRAN TURISMO SPORT WILD DRIVECLUB BIKES
@PlayOficialBR
30
38
70
BATTLEBORN FOR HONOR CAVALEIROS DO ZODÍACO: ALMA DOS SOLDADOS SOMA
DISNEY INFINITY 3.0 TRANSFORMERS: DEVASTATION THE WITCHER 3: HEARTS OF STONE
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
66
WWE 2K16
OVERWATCH
STREET
FIGHTER V
Testamos as habilidades
da brasileira Laura e dos
outros novos lutadores
A história das aventuras
de Nathan Drake antes da
jornada de Uncharted 4
20 ANOS DE
Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50
SUMÁRIO
Desta vez a máfia italiana é
a sua inimiga em um novo
e audacioso mundo aberto
‘95-’15
‘9
95 ’115
nossa
avaliação
10
Indispensável
9
Excelente
8
Ótimo
7
Muito Bom
6
Bom
5
Normal
4
Fraco
3
Muito Fraco
2
Ruim
1
Péssimo
Perfeito ou muito perto disso
Altamente recomendável
Excelente em quase tudo
Alugue antes de comprar
Uma experiência decente
Divertido e frustrante
Muito problemático
Total falta de atrativos
Uma desgraça completa
Se você vir um jogo assim
aqui, estamos loucos
LIFE IS STRANGE
índice geral
capa
14 OS MLEHORES DE 2015
seções
JUSTA CAUSE 3
62
56
08 FALA GALERA
76 NETWORK
82 RETROSTATION
(VALKYRIA CHRONICLES)
84 TOP 20 (JOGOS EXCLUSIVOS)
86 MELHORES MOMENTOS
(TONY HAWK'S PRO SKATER 2)
90 DOUTOR PLAYSTATION
36 STYX: SHARDS OF DARKNESS
36 FIREWATCH
36 FUTUREGRIND
37 LIFE GOES ON: DONE TO DEATH
37 DRIVE! DRIVE! DRIVE!
37 GNOG
37 MOON HUNTERS
37 SOFT BODY
37 INVISIBLE, INC.
especial
38 JUST CAUSE 3
previews
STAR WARS BATTLEFRONT
CALL OF DUTY BLACK OPS III
O N D E T E S TA M O S O S J O G O S
Os videogames exigem cada vez mais investimentos inteligentes
em acessórios que aproveitem ao máximo os recursos dos jogos.
Para os testes desta edição, a redação da PRO-BR usou a TV LED Smart
3D Philips 55PFL6007G/78, com 55", Full HD e Dual Gaming (tecnologia
3D que permite, em uma partida para dois jogadores, que cada jogador
enxergue apenas o seu jogo). Para aproveitar cada detalhe dos efeitos
sonoros e fazer uso das vantagens de efeitos surround, usamos os fones
Turtle Beach PX5 e Sony Pulse Wireless 7.1 Headset - Elite Edition.
30 OVERWATCH
34 EITR
36 FURI
análises
46 FALLOUT 4
56 CALL OF DUTY BLACK OPS III
62 STAR WARS BATTLEFRONT
64 LEGO DIMENSIONS
66 WWE 2K16
68 LIFE IS STRANGE
70 AMONG THE SLEEP
72 DISGAEA 5 ALLIANCE OF VENGEANCE
74 PONCHO
74 SWORD ART ONLINE: LOST SONG
74 KROMAIA OMEGA
5
Q U E M É O P O V O D E S S A TA L D E P R O - B R
Humberto
Martinez
EDITOR
Pedro
Sciarotta
REDAÇÃO
Douglas
Pereira
REDAÇÃO
Gilsomar (GIL)
Livramento
REDAÇÃO
Alexandre
Lima
ARTE
E O Q U E E L E S R E C O M E N D A M PA R A V O C Ê
6
Se você gosta de
futuros distópicos, vai
curtir o livro ou o filme
O Doador de Memórias.
Nessa história, apenas
uma pequena fração da
humanidade sobreviveu
a uma grande guerra.
Para impedir que
essa tragédia pudesse
ocorrer de novo, foi
criada uma sociedade
"ideal", com igualdade
imposta, sentimentos
reprimidos e nenhuma
recordação do passado
humano. Apenas uma
pessoa tem o direito de
portar as lembranças
desse mundo que não
existe mais: o guardião.
Borbardeado pelos
sentimentos dessas
lembranças, o novo
guardião questiona
essa sociedade.
Jessica Jones é
a nova série da parceria
Marvel e Netflix, situada
no mesmo universo de
Demolidor. No entanto,
não pense que é apenas
outra série de superherói. A temática é muito
mais profunda e aborda
o trauma de Jessica
causado por Kilgrave,
o supervilão capaz de
controlar mentes. A
personagem brilha na
atuação de Krysten Ritter
(a Jane de Breaking Bad)
com seu humor cínico,
jeito auto-destruitivo
e incapacidade de
demonstrar amor,
ainda que queira
proteger as pessoas
a sua volta.
Parasyte é um
mangá clássico no Japão,
publicado nos anos 1990,
e agora está saindo aqui
no Brasil. A história é de
pequenos parasitas que
apareceram na terra e
se infiltram nas cabeças
das pessoas e dominam
o cérebro delas. Um
desses se infiltra de um
jeito errado e acaba se
hospedando no braço
direito do jovem Shinichi
Izumi, agora ambos
são obrigados viver
em conjunto. Há cenas
de terror gore, algumas
lutas, diálogos ótimos e
humor na medida certa.
São apenas 10 edições
mensais e, a julgar pelos
dois primeiros volumes,
vale muito.
O anime da vez é
Shirobako, que aborda a
história de cinco amigas
que sonham trabalhar
na indústria da animação
japonesa como roteiristas,
produtoras e dubladoras.
Em paralelo à luta das
garotas, é mostrado o
dia a dia de um estúdio de
animação e loucura que é
a produção de um anime
ao lidar com prazos,
ritmo de trabalho insano
e diversos contratempos.
Shirobako possui 24
episódios e um OVA
(Original Video
Animation).
Pearl Jam não é
nehuma novidade,
inclusive é uma banda
que se mantêm no
mercado com a mesma
proposta de fazer um
rock 'n' roll honesto e
sem mimimi. Minha dica
fica para um projeto feito
em 1991 que juntou
Stone Gossard, Jeff
Ament (Mother Love
Bone) Mike McCready e
Eddie Vedder (Pearl Jam)
e Chris Cornell e Matt
Cameron (Soundgarden),
o Temple of the Dog.
Essa superbanda
conseguiu, no auge do
movimento grunge, criar
um dos maiores hits da
época: Hunger Strike.
Esse projeto nasceu em
homenagem ao amigo
Andrew Wood que
faleceu em 1990.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
FALA,GALERA
FACEBOOK facebook.com/PlayStationRevistaOficial
E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA
NOVEMBRO 2015
‘95-’15
‘9
95 ’1
15
20 ANOS DE
PLAYSTATION
P
LA
‘95-’15
‘9
95 ’115
NOVEMBRO 2015
Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50
E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I VA
Ano 17 | Nº 213 | R$ 12,50
PLAYSTATION
PL
L Y
TIION
O
BÔ
BÔNUS
ÔNU DE PPLA
ANIVERSÁRIO
GRAN
NDES PERS
A MAIOR MARCA DE
VIDEOGAMES DO
PPLANETA COMEMORA
A
DUAS DÉCADAS DE
GRANDES SUCESSOS
G
S.
REVIVA ESSA
TRAJETÓRIAJUST
E SEUS
S DANCE
MELHORES MOMENTO
M
S
DRIVECLUB
BIKES
2016
BÔNUS DE ANIVERSÁRIO
GRANDES PERSONAGENS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO PLAYSTATION
ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED ASSASSIN’S CREED: SYNDICATE JUST DANCE 2016
DETROIT: BECOME HUMAN GRAN TURISMO SPORT WILD DRIVECLUB BIKES
#213 Os vinte anos de
PlayStation foram bem
comemorados nessa edição
8
Jogo do Ano
Este ano a disputa será pesada
entre The Witcher 3 e Metal Gear
Solid V como melhor jogo do ano,
mas não podemos esquecer de
Bloodborne! No entanto, apesar
de eu ter amado MGSV e pensar
que foi a série que mais evoluiu
(sou suspeito para falar), acho
que o 'Bruxeiro' leva este ano!
Shion Carlos, via Facebook
Chega de FPS
Este ano foi muito bom. Vários jogos
de peso foram lançados e fica
difícil escolher o melhor de 2015.
VIDA GAMER
Pena que outros tantos jogos foram
adiados, mas é bom saber que
temos uma previsão para 2016
com ótimos lançamentos também.
Minha única crítica é que ainda falta
um pouco de variedade aos jogos.
Entra ano e sai ano e temos
aquela enxurrada de jogos de tiro.
Precisamos de mais variedade!
Rodrigo Furtado, via Facebook
Phantom Pain
20 ANOS DE
ROCK BAND 4 NEED FOR SPEED
SPEED A
DETROIT: BECOME HUMAN GRAN
N TURISMO
T
SPORT
TWITTER @PlayOficialBR
Joguei todos os jogos que estão
concorrendo a GOTY e gostaria
que Metal Gear Solid V ganhasse,
mas há um pequeno problema:
após terminá-lo, a "dor fantasma"
se torna real. Parece que, no final,
a briga entre Kojima e Konami
esquentou tanto que o que era
"Liquid" evaporou. Por isso,
acredito que o título não ganhará
o prêmio de jogo do ano. Aposto
minhas fichas em The Witcher 3,
que é um jogo que já se encontra
na minha lista de favoritos e veste
com elegância a armadura da
geração atual.
Grégory Teixeira, via Facebook
Cosmicismo
Neste ano, curti muito Bloodborne.
Como também sou apaixonado
por livros, percebi a enorme
influência do universo do autor
H. P. Lovecraft no mundo do jogo,
seja em um simples diálogo
ou na ambientação do game
propriamente dita. Ademais,
Coleção PlayStation
EMAIL [email protected]
como fã da série Souls, constatei
que, além de inovação enquanto
nova propriedade intelectual, o
game manteve o ótimo nível dos
demais jogos da produtora.
Wellington Pinto, via Facebook
Animes no PS3
Este ano ainda trouxe bastante
jogos interessantes para o PS3,
principalmente de animes, como
Dragon Ball Xenoverse, J-Star
Victory Vs +, One Piece: Pirate
Warriors 3 e Cavaleiros do
Zodíaco: Alma dos Soldados.
Para quem curte o gênero,
foi bem bacana ter legendas
e dublagens em português.
Placido Martins, via Facebook
Colecionando
Comecei a colecionar a revista
há mais ou menos um ano e meio
e foi muito legal acompanhar
as mudanças ao longo do tempo.
Só tenho a parabeniza-los pelo
ótimo trabalho e dizer que a
revista dá de dez a zero em
muitas por aí. Até mesmo alguns
amigos meus que não gostavam
muito de revistas começaram
a ler e continuam até hoje.
Paulo Eduardo, via Facebook
Call of Lag
Estou indignado com Call of Duty:
Black Ops III. Como uma empresa
do porte da Activision pode lançar
um jogo cheio de lag e bugs a ponto
de ser praticamente impossível
jogar o modo multiplayer?
Sou muito fã da franquia desde que
a joguei pela primeira vez no PS2.
Passo o ano inteiro esperando o
mês de novembro, quando COD é
lançado, para comprar logo no dia
do lançamento. Porém, dessa vez
fiquei frustrado por conta de tantos
problemas. Gostaria de ver um
pronunciamento da empresa sobre
os esforços para solucionar o caso.
Rodrigo Ribeiro, via e-mail
Revista Jedi
Adilso Andrade e o fillho Álvaro são grandes colecionadores de videogames –
e da Revista PlayStation, claro! Quer mostrar sua coleção também? Mande uma
foto em boa qualidade para o nosso e-mail ou página no Facebook.
A matéria de Star Wars Battlefront,
na edição #212 ficou incrível!
Superou até mesmo aquela que
vocês fizeram de The Witcher 3
(o que não era fácil). Continuem
assim sempre!
Luís Guilherme, via Facebook
VALE UM
RETUÍTE?
Nós perguntamos:
Quais foram os seus
jogos preferidos de
2015 e por quê?
E você respondeu:
@lukssauro
The Witcher III. Além
da história ser muito
boa, o jogo é cheio de
detalhes e missões
secundárias.
@HuskySiBeRiaN0
Tivemos muitos jogos
bons. Meus três
preferidos foram
Batman, Mad Max
e Dying Light
@jesseisfree
MGSV! Foi especial
pela mensagem de
agradecimento do Kojima
por nós, jogadores,
termos ajudado a criar
a franquia.
@chicleteradio
Batman: Arkham
Knight pela ambientação
e Mad Max pelo
universo e pelo final
furioso! (sem spoilers)
@NoctisHikaru
The Witcher III foi o
melhor, pois não houve
jogo melhor localizado
para o Brasil como ele!
Senhor Geraldão de
Rivia arrebentou!
@Schmitt_Wylde
Ainda é cedo para falar
Fallout 4, por isso fico
com MGSV. Apesar de
repetitivo, é ótimo!
@Halph14
The Witcher III. Gráficos
incríveis e história
sensacional. Uma
verdadeira obra-prima
dos videogames!
@Cyberdri
Vou de Uncharted
Collection pelo conjunto
da obra: gráficos e
dublagem. Que venha
Uncharted 4!
Queremos saber o que você
pensa... @PlayOficialBR.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
DESAFIO PHOTO MODE
Aperta o Share! É hora de compartilhar suas imagens do PS4
MOSTRE SEU OLHAR ÚNICO DO MUNDO DOS GAMES E MANDE SUA CAPTURA DE JOGO PARA [email protected]
10
Vinicius Matias capturou praticamente uma selfie de Joel em The Last of Us Remasterizado e batizou a imagem de "Vinte Anos de Sobrevivência"
É Natal do mundo de Mad Max, como pode ser visto nesta captura feita
pelo leitor Daniel Lavinscky
O leitor Guilherme Teles encontrou uma ótima iluminação para capturar
esta imagem em Metal Gear Solid V: Phantom Pain
PS4
OUTUBRO
OS MAIS
VENDIDOS TÍTULO
FIFA Soccer 16
Conheça os
campeões de vendas
das lojas brasileiras
no mês de outubro.
Baseado no painel
de varejo da GfK,
empresa que monitora
mensalmente as vendas
nos principais varejistas do
Brasil - www.gfk.com/br
PS3
STATUS
©2 (2)
Pro Evolution Soccer 2016
–– (2)
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain ª2 (2)
The Witcher III: Wild Hunt
©1 (6)
Uncharted: Nathan Drake Collection ()
Batman: Arkham Knight
©3 (5)
Mad Max
ª3 (2)
Destiny
ª1 (3)
Assassin's Creed Syndicate
()
Grand Theft Auto V
()
TÍTULO
STATUS
FIFA Soccer 16
Pro Evolution Soccer 2016
Pro Evolution Soccer 2013
Minecraft
Gran Turismo 6
Destiny
Batman: Arkham Asylum + Ark. City
Grand Theft Auto V
Pro Evolution Soccer 2015
LEGO Marvel: Super Heroes
©8 (2)
ª1 (2)
–– (2)
©4 (10)
ª1 (10)
()
()
ª3 (10)
ª3 (10)
()
LEGENDA
ª Posições que caiu | © Posições que subiu | (X) Frequência na lista, em edições | — — Manteve a posição | () Estreia ou retorno à lista
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
ESPECIAL
14
OS
MELHORES
JOGOS DE
2015
Após mais um ano incrível de lançamentos
no universo PlayStation, chegou a hora
de escolher os gigantes que entrarão
para a história dos videogames
OS
O
S MELHORES DO ANO
15
ESPECIAL
#10
16
A S S A S S I N ' S C R E E D : S Y N D I C AT E
Voltando da segunda divisão com estilo
omos surpreendidos. Syndicate não
estava em nossas apostas para 2015
por conta do desgaste que a série
sofreu nos últimos anos e, principalmente,
pela decepção com Assassin's Creed Unity,
lançado no ano passado. Porém, Syndicate
trouxe renovação e qualidade suficientes
para nos fazer voltar a acreditar... de novo.
Os gêmeos Evie e Jacob Frye são os
melhores protagonistas desde o italiano
Ezio Auditore. Suas personalidades são
contrastantes, carismáticas e criam uma
relação interessante que afeta a mecânica
de jogo de cada um deles. Evie é cuidadosa
e prefere ser furtiva, enquanto Jacob gosta
de apelar para a violência. Eles seguem por
F
caminhos diferentes para enfrentar os
Templários, o que cria missões específicas
de acordo com os objetivos de cada um.
Se existe uma coisa que nunca falhou na
série foi a ambientação. Syndicate mantém
essa qualidade ao nos levar para Londres, a
capital do mundo na era vitoriana. No ápice
da Revolução Industrial, fábricas e trens
a vapor compõem um cenário habitado por
figuras históricas como Charles Darwin,
Alexander Graham Bell, Karl Marx e Charles
Dickens. Outro trunfo costumeiro é a trilha
sonora, dessa vez criada por Austin Wintory,
o compositor do inesquecível Journey.
Syndicate poderia ser mais do mesmo
se não fossem algumas mudanças cruciais.
Os NPCs se dividem para oferecer missões
de determinados tipos e os distritos do
mapa são liberados ao cumprir tarefas
variadas. O combate também passou por
uma reformulação, com novos inimigos
que possuem níveis de dificuldade que
recompensam tentativas de furtividade
(algo que nunca funcionou tão bem na
série quanto agora). O gerenciamento das
habilidades dos gêmeos e de sua gangue, os
Rooks, é bacana e simples de administrar.
E há ainda as carroças para dirigir e o
gancho para se locomover pela cidade,
boas novidades, mesmo que desviem o
jogo de suas raízes no parkour.
Console PS4 / Produtora Ubisoft Quebec
PRÊMIOS ESPECIAIS
VOTO POPUL AR
MELHOR REMASTER
THE WITCHER 3
O POVO AMA O BRUXO
UNCHARTED: THE
NATHAN DRAKE COLLECTION
Por meio do nosso canal do
Facebook, abrimos uma votação
para os leitores escolherem
os melhores jogos do ano. Em
primeiro lugar, com 20,77%
dos votos, ficou The Witcher 3,
seguido pela disputa acirrada
entre Bloodborne (14,79%) e
MGSV: The Phantom Pain (13,38%).
Com os três jogos principais da
série em um único pacote, essa
coleção imortaliza as aventuras
de Nathan Drake com resolução
em 1080p, rodando a 60fps,
novos troféus e modo fotografia.
O maior destaque do pacote é
a evolução gráfica do primeiro
jogo, Uncharted: Drake's Fortune.
OS MELHORES DO ANO
#9
DISGAEA 5
17
Mantendo a bandeira do RPG tático com orgulho
m tempos dominados por jogos de ação,
a Nippon Ichi continua firme e forte com
seu RPG tático Disgaea, sempre refinando
e expandindo seu divertido universo. Disgaea 5:
Alliance of Vengeance combina elementos dessa
franquia com mais de dez anos de estrada
e a adequa aos novos tempos, porém sem
perder sua identidade ou abrir mão do humor
sarcástico com piadas sobre a cultura pop.
O Netherworld, o mundo dos demônios,
está em uma guerra cósmica em diferentes
realidades e é atacado pelo temido Void Dark,
o imperador dos demônios. Para combatê-lo
você controla Killia, um demônio errante em
busca de vingança. Embora seja um demônio
que derrota monstros com apenas um golpe,
E
Killia deve viajar para reinos de outras realidades
para se aliar a Overlords (poderosos líderes
demoníacos): a princesa Seraphina, o tático
Christo, a amaldiçoada Usalia, o brutamontes Red
Mangus e o especialista em ninjutsu, Zeroken. A
piada começa com Killia se colocando no lugar
do jogador ao estranhar o comportamento
dos personagens caricatos e sem sentido.
É o primeiro Disgaea em que a dificuldade
está mais baixa e a trama é mais direta,
abrindo portas para novos fãs do gênero.
Mas nem por isso os veteranos ficam de fora,
já que em paralelo às mais de 20 horas de história
há uma infinidade de conteúdos extras, com
uma quantidade maior e mais diversificada
de personagens secundários e monstros
para recrutar e criar um exército.
Alliance of Vengeance é um colírio para fãs
de jogos 2D: o visual de todos os personagens
foi redesenhado em alta definição e ganhou
mais quadros de animações. Diálogos contam
com dublagem excelente e textos divertidos
pontuam os momentos principais.
Além das atrações clássicas, como o Item
World (entre no mundo do item para evolui-lo) e
o Chara World (entre na mente do personagem
que deseja evoluir), agora há mais lojas para
equipar seus personagens e uma inédita barra
de vingança que faz a sua equipe entrar no modo
Overlord e desferir ataques devastadores que
podem até cortar o planeta ao meio.
Console PS4 / Produtora Nippon Ichi
LOCALIZ AÇÃO
M E L H O R E X PA N S Ã O
THE WITCHER 3
FFXIV: HEAVENSWARD
Mais de 90 profissionais foram
contratados para dublar quase
mil personagens. É o mais ousado
trabalho de dublagem que já vimos
em um jogo, e também o melhor.
E todas as toneladas de textos de
livros, descrições de itens, fichas
de personagens, menus e afins
estão 100% em português.
Heavensward coroa o trabalho de
sucesso que FFIXV: A Real Reborn
vem desempenhando desde 2013.
A expansão introduz classes, um
continente, montarias voadoras e
uma bela continuação da história
principal. A meta de Heavesward
não é consertar problemas, mas
expandir um universo.
ISSO SIM É BRUXARIA
UM NOVO MUNDO
ESPECIAL
#8
JUST CAUSE 3
18
Embaixador da destruição
ntre tantos jogos que se preocupam
em oferecer alguma mensagem
especial para a sociedade e entre
tantas discussões que clamam por mais
"amor e inteligência" nos videogames
(seja lá o que isso quer dizer), Just Cause 3
só quer curtir de boa. É como o cara que
senta no sofá e assiste ao futebol enquanto
todos estão discutindo no Facebook. É um
jogo simples de costumes simples.
A maior prova disso é que a aventura
começa do jeito mais direto possível. Rico
está a bordo de um avião, já a caminho de
se encontrar com um amigo para começar
a libertar a ilha onde cresceu, dominada
por um tirano. E é isso. A partir daí, só nos
E
lembramos de paraquedas, voos livres com
a melhor wingsuit dos videogames e muito
fogo e fumaça provenientes de explosões
quase pornográficas de tão incríveis.
A sensação de liberdade de Just Cause 3
é inigualável. Quem nunca sonhou em sair
voando por aí a qualquer momento? Existe
algo nos controles simples e agradáveis, e
no fato de Rico não ter nenhum superpoder
– ele só tem um gancho com física fora da
realidade – que torna seu voo crível e até
empolgante. Cruzar uma ilha tropical e
passar por vários desafios para ganhar
habilidades cada vez mais doidas, sem se
preocupar com realismo ou com um monte
de gerencialmente de sistemas e itens é
libertador. Deveríamos inventar o prêmio
"melhor jogo para aliviar o estresse" só para
premiar o melhor atrativo de Just Cause 3.
E no meio desses voos todos estão as
explosões mais satisfatórias dos últimos
anos nos videogames. De cidade em cidade,
de base em base, você deixa um rastro de
destruição enorme e é muito divertido
fazer isso de novo e novo, com uma grande
variedade de armas e bombas que incentivam
sua criatividade e que transformam a simples
ideia de destruir coisas em uma das ideias
mais bem realizadas do ano. Afinal, esse é
um dos motivos de termos novos videogames:
para assistir a explosões melhores.
Console PS4 / Produtora Avalanche Studios
PRÊMIOS ESPECIAIS
M U LT I P L AY E R
MELHOR MUNDO
ROCKET LEAGUE
THE WITCHER 3
Nem Star Wars: Battlefront,
tampouco CoD: Black Ops III:
o multiplayer mais viciante do
ano é o futebol com carros de
Rocket League. Os controles são
simples para que qualquer um
posso jogar de imediato, mas é o
talento de cada um que permite
jogadas inacreditáveis.
Reinos devastados pela guerra,
ruínas élficas, cidades imponentes,
pântanos sombrios... O mérito do
mundo de The Witcher 3 não é só
a beleza de inúmeros cenários,
mas o fato dos que eles são
habitados por seres, monstros
e personagens que vivem em
comunidades complexas e críveis.
MELHOR FUTEBOL DO ANO
UM MUNDO DE MARAVILHAS
OS MELHORES DO ANO
SURPRESA
DO ANO
#7
U N T I L D AW N
19
Eu sei o que você fez no checkpoint passado
or ter sido anunciado originalmente
como um jogo focado nas funções do
PSMove, Until Dawn não criou o hype
típico de uma exclusividade PlayStation. O
fato de o projeto ter sumido por diversos
meses para retornar com outro foco, sem
ligações com o controle de movimentos,
não ajudou. E é nessas situações, quando
o público não tem grandes expectativas,
que grandes supresas costumam acontecer.
Until Dawn é um jogo de ação que caminha
no vale dos filmes de terror de verão, aqueles
que pipocam nos cinemas na época de férias
escolares e que servem para dar uns sustos
divertidos na galera. Sua missão é alternar o
controle entre oito personagens adolescentes
P
para tentar sobreviver a todos os clichês
possíveis e imagináveis dessa categoria do
terror. Tem fantasmas, maldições indígenas,
serial killers... e uma explicação até razoável
para isso tudo, segredo que você descobre
se conseguir sobreviver ao maior índice de
tentativas de assassinatos por minuto que
já vimos em um jogo.
Tudo começa quando adolescentes babacas
pregam uma peça e alguém acaba morto. Dois
anos depois, esse bando de bestas se reúne
em uma luxuosa casa na montanha para botar
um ponto final no climão que ficou depois da
tragédia. A confraternização com piadas sem
graça típicas da idade e tensão sexual nas
alturas logo vira uma luta pela sobrevivência
quando a contagem de corpos começa e
ninguém entende o que está acontecendo.
O jogo simula com perfeição o clima desse
tipo de filme: você acha os personagens bobos,
as mortes bizarras e, ainda assim, se diverte
e escolhe por quem torcer. E é muito legal
passar medo junto com o personagem
controlado, afinal você não pode fechar os
olhos nas cenas tensas e deve controlá-lo
rumo à salvação. A diferença do jogo para
um filme é que você realmente pode agir
para intervir nos rumos da história, tomando
decisões que podem resultar em um final com
todos os adolescentes vivos, todos mortos
ou todas as variáveis entre essas duas.
Console PS4 / Prod. Supermassive Games
MELHOR FINAL
MELHOR ROTEIRO
BATMAN:
THE WITCHER 3
A Rocksteady se despede de
Batman com uma missão final
delirante. Afetado pelas toxinas
do Espantalho, Batman trava
uma luta dentro de sua própria
cabeça. O empolgante final
"verdadeiro", o Protocolo
Knighfall, ainda deixa um final
aberto para teorias dos fãs.
A busca por Siri, a ameaça da
Caçada Selvagem, a guerra entre
o sul e o norte, o extermínio
de inumanos, as picuinhas dos
vilarejos... Tanto os pequenos
eventos secundários quantos os
acontecimentos principais são
ricos, apaixonantes e motivam
a querer jogar cada vez mais.
ARKHAM KNIGHT
INÚMERAS HISTÓRIAS
ESPECIAL
MELHOR
FINAL
#6
B AT M A N : A R K H A M K N I G H T
20
Um encerramento digno para a série da Rocksteady
Rocksteady revolucionou os jogos
de super-herói. Antes de Batman:
Arkham Asylum, o primeiro da
trilogia, nunca um jogo do gênero
conseguiu oferecer uma narrativa tão
forte, com mecânicas consistentes e
fidelidade aos quadrinhos.
Batman: Arkham Knight oferece tudo o
que a série inventou de melhor. Elementos
como a visão de detetive e o combate
corporal cheio de combos, contra-ataques
e atordoamentos se tornaram um padrão
nos jogos de ação. A Rocksteady também
fez questão de respeitar o tempo investido
nos jogos anteriores. Apesar de haver uma
progressão de força em Batman, todos os
A
equipamentos e habilidades conquistados
nos títulos prévios estão disponíveis
logo de cara.
O mundo aberto de Batman: Arkham
City também foi expandido. Gotham City
inteira era o palco da diversão, cheia de
referências ao universo do personagem,
missões para capturar grandes vilões e
troféus do Charada. Muitos. Troféus. do.
Charada. Além disso, o Batmóvel foi
realmente a maior novidade dessa nova
aventura. Misturando o poder de defesa
de um tanque com a velocidade e o design
de um carro esportivo, o veículo serve
tanto para o combate como para solucionar
certos quebra-cabeças.
Batman: Arkham Knight se destaca pelo
enredo e linhas de diálogo. O jogo conta
com um novo vilão, o Cavaleiro de Arkham,
e parte da trama envolve descobrir quem é
esse personagem misterioso – não foi uma
revelação das mais criativas, mas tudo bem.
O ponto mais interessante, no entanto, é
o Coringa. O palhaço icônico morreu ao final
de Arkham City e retorna de forma memorável.
Por conta de eventos bem amarrados
à história, ele está sempre presente,
comentando cada ação do herói de forma
irônica e incrível. Parece mesmo que o
Homem-Morcego e o Coringa não podem
viver separados.
Console PS4 / Produtora Rocksteady Studios
PRÊMIOS ESPECIAIS
MELHOR HERÓI
MELHOR VIL ÃO
GERALT DE RIVIA
SKULL FACE
Durão por profissão, mas capaz
de ter compaixão. Uma espécie
de pai protetor. Sincero e galante
com as mulheres (mesmo amando
uma em especial). E o melhor:
é um dos raros personagens que
falam o que queremos ouvir, então
prefere ser grosso e sarcástico
do que usar frases de efeito.
Na falta de um Snake que fale
muito, Skull Face fala pelos dois.
Cada vez que ele aparece em
cena em MGSV: The Phantom Pain
é um momento de pura tensão,
e a cada discurso sobre seu
passado triste e sua ideia de
vingança vamos vendo o louco
doente em que ele se transformou.
UM BRUXO DE MIL FACES
FALA MUITO, CARA!
OS MELHORES DO ANO
#5
FALLOUT 4
21
Não é aquela Brastemp...
allout 4 simboliza um fenômeno comum
em 2015: jogos que decepcionam dentro
de suas próprias franquias, mas que são
ótimos em seu gênero. Você não vai achar fãs
por aí dizendo que esse é o melhor Fallout, e
vai ver muita gente criticando e comparando-o
com o que Fallout 3, New Vegas e até mesmo
os anteriores a esses fizeram melhor. Porém,
esse Fallout mediano ainda é um jogo que não
se vê todo dia, especial o suficiente para entrar
em uma lista de melhores jogos do ano.
Isso porque ainda não existem mundos como
os criados pela Bethesda, que nos fazem deixar
de lado vários problemas para investigar cada
canto dessas terras pós-apocalípticas. E dessa
vez dá para curtir melhor o passeio, pois é
F
possível se defender muito melhor das
aberrações que surgiram da radioatividade,
com controles de tiro mais refinados e um
sistema de evolução de armas e armaduras
muito mais completo. Sem falar na chance de
construir a casinha no meio do nada que você
sempre quis – no caso, o meio do nada é o jogo
inteiro e pode ser divertido ter um lugar bem
cuidado para retornar à noite.
Talvez o que mais brilhe em Fallout 4 sejam
os seus companheiros de jornada, os melhores
da série (pelo menos nesse quesito, esse
é o jogo superior). Eles deixam de ser o
mordomo, o gladiador, o detetive, a jornalista,
e passam a ser alguém com quem a gente
se importa, que está sempre ao nosso lado
dizendo as frases corretas durante todos os
momentos. Uns são mais legais que outros –
Codsworth, você mora aqui no lado esquerdo
do peito –, mas todos eles são personagens
bastante interessantes de modo geral.
Quando estamos em uma missão principal
e Fallout 4 nos faz esquecer que algum bug
terrível pode acontecer a qualquer momento,
tudo brilha com a força dos jogos anteriores da
Bethesda, e é isso que o coloca neste Top 10.
O fato de os defeitos surgirem constantemente
para tirar a graça da experiência é o que mais
impede esse lançamento tão esperado de
galgar mais passos nessa ferrenha disputa
pelos lugares mais importantes do ano.
Console PS4 / Produtora Bethesda
A B ATA L H A D O A N O
" M O R T E C R I AT I VA"
SAHELANTHROPUS
FATALITY DA SELFIE
O último chefe de MGSV (que não
fica no final do jogo) compensa
toda a falta de chefes durante a
aventura normal. A luta contra o
gigantesco Metal Gear que anda
ereto passa uma sensação de
puro terror. O chão treme, ele
solta mísseis, sempre sabe onde
você está e faz barulhos terríveis.
A morte faz parte de todos os
jogos, por isso é difícil encontrar
aquela que se destaque. Não este
ano. A filha de Johny Cage é uma
jovem conectada e, ao executar
seu inimigo em Mortal Kombat X,
tira uma selfie com a vítima e
posta a foto em uma rede social,
o que rende mensagens hilárias.
CORRE, SNAKE! CORRE!
CASSIE CAGE E SEU LEGADO
ESPECIAL
MELHOR
JOGO
INDIE
MELHOR
MULTIPLAYER
#4
ROCKET LEAGUE
22
Melhor. Futebol. Do. Ano.
m um passado perdido e distante,
existiam jogos que eram a essência
pura da diversão. Não que os jogos
atuais não sejam divertidos, mas esses
lendários ofereciam aquele tipo de diversão
que praticamente nos obrigava a chamar
os amigos em casa para passar a tarde
inteira rindo e brincando. Mario Kart era
assim. Goldeneye 007 também. Agora,
Rocket League entra para essa liga das
lendas da pura diversão entre amigos, com
a vantagem de ser igualmente empolgante
para jogar com desconhecidos.
Você participa de disputas de até quatro
contra quatro jogadores em um campo de
futebol especial em que cada um comanda
E
um veículo turbinado, capaz de usar
arrancadas e saltos para alcançar a bola
antes dos outros jogadores. O controle
é uma delícia e permite que cada jogador
explore limites diferentes de acordo com
as suas capacidades. Jogadores menos
habilidosos e pouco coordenados vão
se divertir caçando a bola e arriscando
"chutes" mais frontais e óbvios. Atletas
mais ousados e criativos vão pilotar a toda
velocidade pelas paredes da arena para
pular e interceptar a bola no ar, muito
antes que ela possa chegar ao chão.
É impressionante o que é possível fazer
com tão poucos comandos. Basicamente,
é possível usar turbo, pular e girar no ar.
Só isso. Mas combine os três em uma bela
sequência e será possível virar o carro no
ar para acertar a bola em um movimento
que lembra a bicicleta do futebol normal.
Não há posições fixas para jogar e
a estratégia fica por conta de cada um.
Todos podem correr atrás da bola como
malucos, mas em partidas com mais
pessoas é indicado que alguém fique
na zaga para bancar o goleiro em caso
de um contra-ataque, por exemplo.
A popularidade de Rocket League foi
arrasadora desde o lançamento e ele já é
considerado um eSport, com campeonatos
oficiais entre jogadores de PS4 e PC.
Console PS4 / Produtora Psyonix
PRÊMIOS ESPECIAIS
MELHOR CENA
MELHOR MISSÃO
PRÓLOGO: MGSV
BARÃO SANGRENTO
O prólogo de The Phantom Pain
é inesquecível. Você começa o
jogo sem fazer ideia do que está
acontecendo e termina fugindo
em uma perseguição de cinema.
Seja no ritmo ou na parte técnica
(a cena quase não tem cortes),
essa é uma verdadeira obra-prima
do entretenimento eletrônico.
A missão do Barão Sangrento em
The Witcher 3 é primorosa. Mais
do que um mistério que nos coloca
em perigo, ela nos desafia a entender
quem é esse homem de fama tão
impetuosa. Ele é um vilão clássico
ou é um bruto com problemas
domésticos? Essa missão ensina
como é difícil julgar as pessoas.
JÁ PODEMOS RESPIRAR?
50 TONS DE VERMELHO
ESPECIAL
MELHOR
JOGO
EXCLUSIVO
#3
BLOODBORNE
Sangue novo para uma nova geração
Sony começou o projeto de
Bloodborne como uma maneira de
se redimir pelo pouco apoio que
deu a Demon’s Souls em 2009. Agora que
a série da From Software é uma das mais
importantes dos videogames, seria mais
fácil pedir um "Demon’s Souls 2". Em vez
disso, ganhamos Bloodborne, facilmente
o melhor exclusivo do PS4 até agora.
Vindo da mente do criador da série Souls,
Hidetaka Miyazaki, Bloodborne vira vários
conceitos do avesso e os transformam em
um jogo familiar, porém bem distinto do que
tínhamos visto até então. É mais rápido e
bem mais acessível, mais fácil e agressivo,
uma fórmula que agradou não apenas quem
A
A NOSSA
ESCOLHA
Os momentos que
mais marcaram o
coração da nossa
equipe em 2015
já era fã da série, mas também um outro
grupo de jogadores, que fizeram o jogo
passar de um milhão de cópias vendidas
sem muito esforço e em pouco tempo.
Nisso, todo mundo ganhou alguma coisa.
A Sony tem uma nova franquia. Os donos
de PS4 finalmente ganharam um clássico
exclusivo. E Miyazaki teve a oportunidade
de criar um mundo totalmente diferente do
que fez antes, com uma história que parece
apenas um terror tradicional, mas, de
repente, vira um horror cósmico inspirado
nas obras de H.P. Lovecraft, cheio de
pesadelos. A atmosfera é perfeita, as
armas são criativas, o design de fases
é magistral e as lutas contra os chefes o
deixam tenso e empolgado de maneira
única. Um jogo nada menos que excelente.
Bloodborne ficou cabeça a cabeça com
Metal Gear Solid V lutando pela segunda
posição e até ficou na dianteira algumas
vezes. O que acabou colocando Bloodborne
em terceiro lugar foi a falta de conteúdo
em comparação ao que estamos
acostumados a ver na série. Coisa que
foi, de certo modo, remediada com o
excelente DLC The Old Hunters. Se tivesse
alguns personagens e missões melhores,
talvez o resultado fosse outro, mas isso
não tira o brilho de um dos jogos mais
bem feitos dos últimos anos.
Console PS4 / Produtora From Software
THE WITCHER 3
THE WITCHER 3
Acho que nunca vi uma
cena tão divertida e
sincera como a noite
de bebedeira entre os
bruxos. As brincadeiras,
provocações e as ideias
erradas regadas a
álcool conseguiram
mostrar o forte elo de
amizades desses caras.
Um momento
marcante acontece
quando Geralt pensa
ter perdido uma
pessoa querida. Sem
perceber, acho que
prendi a respiração
junto com Geralt,
enquanto ele tentava
decidir o que fazer.
BRUXOS BÊBADOS
A DOR DA PERDA
MELHOR
TRILHA
SONORA
MELHOR
VILÃO
MELHOR
CENA
BATALHA
DO ANO
OS MELHORES DO ANO
#2
MGSV: THE PHANTOM PAIN
Entre altos e baixos, a obra mais marcante de 2015
he Phantom Pain é o Metal Gear Solid
menos tradicional da série. A narrativa
mudou completamente – quase não há
cenas enormes de diálogos e Snake parece
mudo. O mundo aberto não se parece com
os ambientes pequenos e meticulosamente
ajeitados de sempre. Ainda assim nunca foi tão
divertido jogar qualquer coisa dessa franquia.
O ponto é que TPP trouxe uma revolução
para os jogos de mundo aberto. Muitas vezes,
um mundo aberto significa apenas um lugar
grande para ir do ponto A ao ponto B e então
fazer exatamente o que pedirem no ponto B.
MGSV se importa, acima de tudo, com essa
parte final. O que você faz quando chega ao seu
objetivo? É você que sabe. Há uma infinidade de
T
armas e bugigangas de espião para tornar
sua missão em algo inesquecível para você e
mais ninguém, porque foram as suas ações
que a tornaram algo memorável.
Essa ideia de um verdadeiro parque de
diversões, que se ajusta ao que você quer
fazer, é aumentada de forma exponencial ao se
encontrar com as estranhezas de Metal Gear
Solid. Se você pensa em fazer algo absurdo,
a impressão é de que Kojima pensou nisso
antes de você e tornou a sua ideia não apenas
possível, como melhor que o esperado.
O número de situações que ganham legítimas
exclamações de "Sério que isso é possível?!" é
fora do normal. Usar uma arma de água para
estragar equipamentos elétricos, chamar uma
caixa de munição para cair na cabeça de
um chefe... o nível de atenção aos detalhes
é maior do que nunca.
A história tem problemas, sim. O jogo foi
finalizado antes da hora e fica claro que faltou
um terço inteiro dele. A Konami tem trabalhado
forte para fazer as pessoas gastarem dinheiro
com o modo das bases online, em patches com
ideias ridículas que merecem nosso desgosto.
Mas o que Hideo Kojima conseguiu fazer com o
que tinha em mãos é um marco. Cada instante
é marcante, seja para o bem ou para o mal, e
isso é uma das coisas mais poderosas que um
jogo pode fazer. Não é o melhor Metal Gear,
mas é, inquestionavelmente, um jogo incrível.
Consoles PS3/PS4 / Produtora Kojima Prod.
SHOVELKNIGHT
MGSV: TPP
THE WITCHER 3
Terminar Shovel
Knight no PS Vita, na
dificuldade máxima
e sem morrer, foi o
meu ponto alto do ano.
Esse jogo tem algo
espetacular que não
me deixou parar de
jogá-lo até cumprir
esse objetivo tenso.
Uma tempestade
de areia à noite,
dois helicópteros
me procurando e eu
me escondendo junto
com meu cachorro.
Com pouca munição,
cheguei na porta do
objetivo e consegui
entrar sem ser visto.
Imagine uma punição
tão severa e, diga-se
de passagem, justa,
que te faz pensar:
Como eu gostaria que
existissem fetulhos
em nosso mundo para
alguns sentirem na
pele o que é maltratar
uma criança.
MELHOR PLATINA
FOI POR POUCO
O FETULHO
25
ESPECIAL
26
MELHOR
LOCALIZAÇÃO
MELHOR
HERÓI
MELHOR
MUNDO
MELHOR
MISSÃO
MELHOR
ROTEIRO
OS MELHORES DO ANO
#1
MELHOR
JOGO DE
2015
THE WITCHER 3:
WILD HUNT
Indiscutível. Insuperável. Inesquecível
oucas vezes foi tão fácil escolher o melhor
jogo do ano. The Witcher 3 é insuperável
em tantos aspectos que nenhum membro
do nosso júri precisou pensar duas vezes, mesmo
quando gostos pessoais estavam em outros gêneros,
representados por gigantes como Bloodborne e
MGSV: The Phantom Pain. A aventura do bruxo
Geralt de Rivia é especial, do tipo que nos deixa
tristes por passar uma forte impressão de que
nada será tão bom nessa geração. Afinal, a magia
que emana de The Witcher 3 não vem só da excelência
técnica, que pode ser superada com a evolução
natural da tecnologia, mas de uma combinação
de empenho, paixão e talento que a indústria
não vê com frequência. Como Marcin Iwínski,
cofundador da CD Projekt RED, nos disse:
"The Witcher 3 é como se fosse 20 anos
de nossas vidas colocados em uma caixinha".
Uma caixinha mágica, com certeza.
O maior desafio de um RPG é raptar o jogador
da realidade e transportá-lo para um mundo de
aventuras e experiências fantásticas. The Witcher 3
consegue nos arrebatar para dentro do jogo por
conta da excelência em todas suas características,
mas principalmente por conta de um roteiro genial
e um mundo rico e pulsante.
É fácil acreditar no mundo do jogo por conta
da quantidade absurda de detalhes combinados
P
que contam sua história. Muitos RPGs abusam de
arquivos de texto para situar o jogador dentro
de uma mitologia ou de eventos em seu mundo.
Há toneladas de textos em The Witcher 3, mas
você conhece o mundo de verdade observando o
que há à sua volta. A fauna composta por animais
normais e por criaturas bizarras que vieram da
Conjunção das Esferas, a intolerância religiosa
crescendo junto com o medo e a raiva daqueles
que perderam muito com a guerra, a diferença de
personalidade dos nobres e miseráveis, soldados
e herbalistas, inumanos e bruxos. Um mundo que
muda conforme eventos acontecem, quando regiões
são descobertas e revelam novas fontes culturais.
E o jogador sente-se cada vez mais parte dessa
sociedade conforme lê sobre ela, vê novas coisas
e ouve diferentes conversas.
Essa é uma grande lição que The Witcher 3 deixa
para os jogos de mundo aberto. Não é o tamanho
de um mapa e a quantidade de coisas para se fazer
neles que realmente conta, mas a qualidade da
experiência. A quantidade de descobertas, desafios
e história que existem em torno das menor das
tarefas. É fácil esconder 500 itens em um mapa.
Difícil é criar uma história, mesmo que pequena,
para justificar até a existência de um baú largado
no fim de uma caverna, ao lado de um corpo.
Console PS4 / Produtora CD Projekt RED
BRUXO BRASILEIRO
BR
"Nó ficamos muito satisfeitos com a qualidade da localização para português brasileiro, e
"Nós
sabemos que toda a equipe de tradução e o estúdio no Brasil também estão muito orgulhosos
sab
do trabalho que fizeram. Mesmo assim, nós vamos continuar melhorando e procurando novas
formas de ir além na localização. Esperamos que todos os jogadores brasileiros tenham
for
recebido o amor e a dedicação que colocamos nessa localização, e gostaríamos de agradecer
rec
por ficarem com a gente e por jogarem em português."
Ainara Echaniz Olaizola
Ain
Ge
Gerente Sênior de Localização
27
P
PREVIEWS
UMA PRÉVIA DE
TUDO AQUILO QUE
VAI ACONTECER
CONSOLE PS4 / LANÇAMENTO JUNHO DE 2016 / PRODUTORA BLIZZARD / DISTRIBUIDORA BLIZZARD
OVERWATCH
A nova saga da Blizzard chega em 2016 para o PlayStation 4
Por Felipe Della Corte
30
O interesse da
Blizzard no mundo
dos consoles não
é mais novidade.
Conhecida por seus
jogos de PC, a empresa lançou uma
excelente versão de Diablo III para
PlayStation 3 em 2013 (e para
PS4 em 2014). Agora, Overwatch,
próximo jogo da produtora, segue
o mesmo caminho e vai chegar ao
PlayStation 4 em 2016.
Vamos lá: Overwatch é um jogo
de tiro em primeira pessoa voltado
para o multiplayer com partidas 6v6
em diversos mapas com objetivos
distintos. Os jogadores devem montar
seus times escolhendo um entre 21
heróis com habilidades e mecânicas
de jogo completamente diferentes
um do outro, mas catalogados dentro
de quatro funções básicas na partida:
Ofensivo, Defensivo, Tanque e Suporte.
É possível trocar de personagem
durante a partida, o que deixa a
estratégia de jogo muito dinâmica.
Títulos de FPS fazem sucesso
nos consoles há um bom tempo, mas
Overwatch traz algo a mais para a
categoria: funcionalidade. Apesar da
diversidade de comandos entre cada
um dos personagens, nota-se que
todos certamente funcionariam no
DualShock 4. São movimentos pouco
complexos, que não exigem uma
sequência de botões ou todas as
letras do teclado para opções de
ajustes. Apenas a versão para PC
teve seu beta disponibilizado até o
fechamento desta edição, mas já é
bem possível imaginar a jogabilidade
transportada para o console.
O JEITO BLIZZARD
A filosofia da Blizzard sempre foi
facilitar a vida dos iniciantes e,
ao mesmo tempo, recompensar
o esforço dos mais dedicados.
Overwatch nasce em uma época
em que isso já se tornou quase
um mandamento dentro da empresa.
Os jogadores novatos são guiados
pela mão em um tutorial sobre os
controles básicos e a forma de
usar as habilidades de seus heróis.
Em três ou quatro partidas você
já se acostuma com os comandos
principais e as possibilidades de
interação com o ambiente. O jogo
aconselha escolher uma das quatro
classes de personagens e treinar
com os heróis daquele estilo para
encontrar o que mais lhe agrada.
Esse processo é extremamente
divertido e revelador. O destaque
fica para os momentos em que
você pensa ter dominado seu novo
personagem favorito e presencia
outro jogador usando as mesmas
habilidades de uma maneira
completamente nova.
Esse fator também aparece
na estratégia de equipe, não só
na sinergia entre os jogadores,
mas na definição de estratégias
para cumprir os objetivos do mapa.
O beta fechado provou que ideias
inusitadas e bizarras podem dar
certo, desde composições de time
nada ortodoxas em comparação a
jogos de gênero parecido até usos
improváveis das mecânicas de jogo.
UMA HISTÓRIA INCRÍVEL
Não é à toa que as sagas criadas
pela Blizzard têm fãs tão devotos e
permanecem vivas por mais de uma
década. A empresa tem um dos
maiores departamentos de roteiro
do mercado e uma preocupação
genuína em contar grandes histórias.
Overwatch foi revelado ao público
depois de muitos anos guardado a
sete chaves e, mesmo sendo um
tiroteio multiplayer, veio munido de
um pano de fundo bem construído,
personagens carismáticos e histórias
intrigantes que deixaram a maior
parte dos jogadores com a cabeça
explodindo de perguntas.
OVERWATCH TRAZ 21
HERÓIS DIFERENTES
DIVIDIDOS EM QUATRO
CLASSES PRINCIPAIS:
OFENSIVO, DEFENSIVO,
TANQUE E SUPORTE
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PREVIEW
QD.Va foi uma das últimas heroínas reveladas em Overwatch. Ela é piloto de Mecha sul-coreana e também ex-jogadora profissional de StarCraft
31
QNada é o que parece em Overwatch: D.VA é uma menina aparentemente frágil, mas cumpre muito bem a função de Tanque com seu MEKA.
PREVIEW
32
Overwatch se passa em um
futuro fictício do planeta Terra,
quando o mundo viveu, por motivos
ainda desconhecidos, uma guerra
de humanos contra máquinas
conscientes chamadas Omnicos.
Para restaurar o equilíbrio, foi
fundada uma força tarefa mundial
que uniu seres com habilidades
extraordinárias, a Overwatch.
No entanto, o grupo acabou
após acusações de corrupção e a
morte de seu líder, Jack Morrison.
O jogo se passa onze anos após o
fim da organização, o que deixou
inúmeras incógnitas e um mundo
necessitado de heróis.
Por se passar em um futuro
na Terra, a Blizzard deu atenção
a detalhes como herança cultural,
verossimilhança geográfica e até a
lingaguem dos personagens, que se
baseia na nacionalidade de cada um.
O ninja Hanzo, por exemplo, grita
o nome de seu ataque principal em
japonês como todo bom personagem
de anime. As localidades, mesmo
fictícias, receberam um tratamento
estético cuidadoso para representar
aspectos culturais e arquitetônicos
com precisão. Apostando em sua
excelência, a Blizzard anunciou que
irá contar a história em fascículos
espalhados por várias mídias.
Além do jogo, Overwatch terá uma
série de curtas animados e uma
história em quadrinhos, publicados
de maneira independente. Uma
pequena amostra do que a equipe
da Blizzard é capaz de fazer pôde
ser vista no trailer de anúncio do
jogo, que possuía uma qualidade
digna de animação cinematográfica.
desde teletransportes e sensores
térmicos até coisas malucas como
criar paredes de gelo para bloquear
entradas e construir torretas
automáticas, cada partida se torna
uma experiência única, o que dá
espaço para a criatividade e torna
o fator replay bem divertido. Quem
gosta de jogos estilo Team Fortress
deve considerar esse um dos fatores
mais interessantes de Overwatch.
HÁ LUGAR PARA TODOS
Alguns exemplos: na turma dos
É comum ver jogos de tiro que
Tanques, temos o icônico Reinhardt,
atribuem classes para os seus
uma espécie de cavaleiro medieval
jogadores, mas não causam um
cibernético especializado em combate
impacto real na mecânica de jogo. corpo a corpo, munido de um enorme
É lógico que um sniper, por exemplo, escudo de energia que serve como
sempre será um personagem que
uma barreira para proteger tanto a
se mantém em um local seguro para si mesmo como seus companheiros.
abater alvos à longas distâncias e
seu estilo será diferente do famoso
"soldado de assalto", que carrega
armas automáticas e corre em
direção à área de conflito.
No entanto, Overwatch eleva a
ideia de "estilos de jogo diferentes"
a um nível mais alto.
Sem exceção, cada um dos
21 heróis traz mecânicas únicas
e cumprem as suas funções de
maneiras distintas, quase como
acontece nos MOBAs. Com tantas
habilidades diferentes disponíveis,
Na mesma função, temos a russa
Zarya, equipada com um poderoso
canhão de partículas capaz de
gerar campos de força em volta de
qualquer alvo, ela inclusa, ao mesmo
tempo em que se mantém na linha
de frente trocando disparos com
o time adversário. Já na categoria
dos heróis de Suporte, as coisas
ficam mais complexas. Enquanto
Mercy é um suporte clássico com
habilidades de cura e ressuscitação,
Symmetra deve controlar o campo
de batalha espalhando máquinas
de teletransporte e sentinelas
protetoras. Como o jogo possui uma
comunidade bem ativa, já existem
teorias em torno de composições
ideais e sobre quais heróis se dão
Lúcio é um DJ brasileiro
e um dos suportes mais
divertidos de usar
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PREVIEW
QGenji é único personagem capaz de realizar o pulo duplo
melhor em determinadas
situações, mas ainda há muito
espaço para descobrir e criar.
O próprio jogo dá sugestões
de melhoria durante a partida.
Se o seu time deve lutar para
defender um objetivo em uma
rodada, é melhor trazer mais
heróis Tanques e Defensivos
do que Ofensivos.
É importante citar que, por
enquanto, não há limite para
personagens iguais no mesmo
time, ou seja, é possível formar
uma equipe com seis jogadores
repetindo o mesmo herói, o que
abre variáveis quase infinitas de
combinações estratégicas.
RÁPIDO, MUITO RÁPIDO
É POSSÍVEL TROCAR
DE PERSONAGEM NO
MEIO DA PARTIDA,
IDEAL PARA AJUSTAR
AS ESTRATÉGIAS
Dois modos de jogo estavam
disponíveis no beta fechado:
Captura de Ponto e Carga Útil.
No primeiro, dois times lutam pelo
controle do mapa, um na defesa
e outro no ataque. O objetivo dos
atacantes é capturar as áreas
demarcadas do mapa, enquanto
os defensores devem manter
o controle desses pontos até o
tempo acabar. O limite de tempo
aumenta conforme se avança na
captura dos objetivos.
Já em Carga Útil, o objetivo do
time atacante é transportar uma
carga até um ponto de entrega,
enquanto os defensores devem
impedir o progresso deles até o
tempo acabar. Funciona assim: a
carga se movimenta sempre que
o time atacante tiver a vantagem
numérica ao redor, e a velocidade
também aumenta de forma
proporcional à essa vantagem.
Em ambos os modos, o tempo
de respawn (os segundos para
um jogador abatido voltar à ativa)
é extremamente curto, mas o
jogador reaparece em um ponto
específico do mapa, quase como
uma base. Nesse local, é possível
trocar de personagem de maneira
ilimitada, com a única penalidade
de ter a barra da sua habilidade
suprema zerada. Ou seja, além de
um ritmo frenético e dezenas de
habilidades diferentes, o jogador
ainda pode alternar seu estilo
de jogo e função no decorrer da
partida, afinando estratégias que
não estejam funcionando bem ou
contra-atacando uma tática inimiga
que parece imbatível. Com essa
adaptação fluída, Overwatch tem
tudo para ser um dos FPSs mais
dinâmicos dos últimos tempos.
QGenji (esquerda) e Mei (direita) foram anunciados no palco da Blizzcon 2015 e completaram o elenco de 21 heróis do jogo
33
PREVIEW
CONSOLES PS4 / LANÇAMENTO 2016 / PRODUTORA ENEME ENTERTAINMENT / DISTRIBUIDORA DEVOLVER DIGITAL
EITR
Um indie que mistura a série Souls com Diablo
34
Muitas vezes, os
desenvolvedores
de jogos preferem
não discutir suas
influências por
receio de certas
comparações desfavoráveis.
"Uncharted? Nunca ouvi falar", eles
diriam, enquanto o novo personagem
Ethan Drak atravessa florestas
atrás deles. Não é o caso de David
Wright, designer de Eitr. "Demon’s
Souls, Dark Souls, Bloodborne. Eu
amo esses jogos de paixão", ele diz.
"Não vou esconder o fato de que fui
altamente inspirado por eles".
Eitr é basicamente a série Souls
misturada com Diablo: um RPG com
visão isométrica e calabouços que
se passa no universo da mitologia
nórdica. O deus Loki, sempre um
problema em Valhala (o "Salão dos
Mortos" dos nórdicos), despejou
uma maléfica substância mágica
(chamada Eitr) no plano dos mortais,
o que criou uma horda de ghouls,
magos-esqueletos, ratos zumbis
e outras entidades horripilantes.
Você joga como a Shieldmaiden,
uma guerreira inspirada na lendária
heroína nórdica Lagertha. Além de
ser uma lutadora obstinada, ela é
imune à praga Eitr. O motivo? Cabe
a você descobrir. "Queremos que o
jogador encontre as pequenas peças
do quebra-cabeça e encaixe-as
sozinho, descobrindo qual será o
destino da personagem", diz Wright.
Ao longo do caminho, é preciso
dominar um sistema de combate
punitivo que exige leitura precisa
do comportamento dos inimigos e
gerenciamento cuidadoso da barra
de vigor. Usando sua espada e seu
escudo, a Shieldmaiden pode
acertar combos, ataques com
esquiva e bloquear ou aparar
golpes adversários. Com a mira
travada, ainda é possível andar
lateralmente para se aproximar
de um inimigo. Mesmo no estágio
inicial de produção, já existe
bastante requinte na ação –
você pode colocar uma gema
de gelo no seu escudo, o que
congela um inimigo ao aparar
um golpe, por exemplo. Também
é possível se afastar um pouco
da batalha para usar uma poção
de cura, mas, assim como na
série Souls, você está perdido
se alguma criatura acertá-lo
durante a animação. Para os
mais corajosos, existe a opção
de equipar uma arma secundária,
como um machado, no lugar
do escudo, o que abre um novo
conjunto de movimentos.
MORTO OU VELOZ
QEsse é o Wanderer (Andarilho). Não está claro se ele é aliado
ou inimigo… mas não gostamos do olhar daquela cabeça
É preciso pensar (e agir) rápido
para derrotar até mesmo os
inimigos mais simples de Eitr.
A maioria deles possui truques
na manga, como um ladino que
usa pílulas de invisibilidade ou
um mago que enche um corredor
com gás venenoso.
E, claro, existem os chefes,
como um titã esquelético que
adora usar magias com efeito de
área. Subir de nível e obter itens
(como anéis encantados) ajuda a
progredir, mas a sobrevivência
é uma questão do quão rápido
você consegue se mover – assim
como em Dark Souls. Eitr parece
ser um tributo de respeito.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PREVIEW
QA pixel art de Eitr é bonita e melancólica ao mesmo tempo. Um dos muitos pontos fortes do jogo
35
Os chefes mudam de
tática ao perderem uma
certa quantidade de vida.
É preciso ter calma e
estratégia para vencê-los
Espadas, não palavras
Está encrencado? Tente essas habilidades
Carregar a espada em uma
mão e o machado na outra
permite eletrificar as lâminas
por um curto período de tempo,
aumentando o poder de ataque.
Mas fique do olho na barra de vigor.
1 O arco e flecha pode ser
disparado de forma rápida,
assim como a pistola em
Bloodborne. É mais difícil de mirar,
então escolha bem o momento de
tentar o disparo.
2 Esse golpe de fogo causa
bastante dano em grupos de
inimigos, mas deixa a guarda
aberta. Reduzir a vida deles aos
poucos pode ser mais seguro do
que tentar o nocaute direto.
3 A esquiva pode ser melhorada
para um curto teleporte ninja,
lembrando outra mecânica
de Bloodborne. Você é invencível
durante a animação, então use
sempre que necessário.
4 PREVIEW
DIVERSOS
Sombras, chefões,
bicicletas futuristas,
violência rítmica,
incêndios florestais,
cabeças de monstros,
corridas com três
pistas simultâneas...
Essa mistureba de
temas e gêneros traz
as prévias de alguns
jogos para ficar de
olho em 2016.
36
FURI
CONSOLE PS4/VR / LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA THE GAME BREAKERS / DISTRIBUIDORA THE GAME BREAKERS
Lutas contra chefes: elas podem ser responsáveis por
destruir controles, mas também são capazes de produzir
momentos que são guardados para toda a vida. Furi
busca trazer essa sensação e foi definido como "um jogo de lutas
frenéticas contra chefes" pelos seus desenvolvedores. Takashi
Okazaki, criador de Afro Samurai, ajudou com o design dos
grandes inimigos e o jogo deve chegar no ano que vem.
STYX: SHARDS
OF DARKNESS
CONSOLE PS4/VR
LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA CYANIDE
DISTRIBUIDORA FOCUS HOME
INTERACTIVE
Styx: Master of Shadows
foi um dos jogos da PS Plus
este ano, então é possível
que você tenha adquirido
um carinho especial por
esse pequeno goblin.
Se for o caso, boas notícias.
Ele está de volta para mais
assassinatos furtivos, com
a Cyanide prometendo um
mundo maior. A primeira
imagem da nova aventura
já mostra o que podemos
esperar: Styx, abraçado
pela escuridão, corta a
garganta de um inimigo.
Coloque a engine Unreal 4
entre as novidades e temos
algo bacana em vista.
FIREWATCH
FUTUREGRIND
Pegue a sua bússula,
suas botas de escalada e
um binóculos. Prepare-se
para entrar na floresta
de Wyoming. Ah, e não
esqueça o DualShock 4!
Essa aventura narrativa
em primeira pessoa conta
a história de Henry. Ele é
um voluntário que cuida
da preservação da floresta
e se comunica por rádio
com a sua supervisora
Delilah, seu único contato
com o mundo "exterior".
No entanto, algo estranho
acontece e Henry precisa
investigar. O jogo caminha
para os estágios finais
de produção e chega no
dia 9 de fevereiro.
Tony Hawk's Pro Skater 5
ainda está nos causando
pesadelos, então é hora de
lembrar que FutureGrind
chega no ano que vem e
pode ser o jogo baseado em
combos que sonhávamos.
Como você pode imaginar, a
parte "Grind" do nome exige
que você deslize sobre os
corrimãos das fases. Nesse
caso, com a sua bicicleta
futurista que possui uma
roda rosa e a outra azul,
as mesmas cores dos
corrimões. Sim, usar as
cores trocadas resulta
em coisas horríveis. Quão
horríveis? Tipo Tony Hawk’s
Pro Skater 5, digamos...
CONSOLE PS4
LANÇAMENTO 09 DE FEV.
PRODUTORA CAMPO SANTO
DISTRIBUIDORA PANIC
CONSOLE PS4
LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA MILKBAG GAMES
DISTRIBUIDORA
MILKBAG GAMES
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PREVIEW
LIFE GOES ON:
DONE TO DEATH
CONSOLE PS4/VR
LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA FINITE MONKEYS
ENTERTAINMENT
DISTRIBUIDORA FINITE
MONKEYS ENTERTAINMENT
A gente espera que você
não se apegue muito aos
personagens quando joga
videogame, porque em
Life Goes On: Done To
Death é necessário fazer
com que mini-heróis
avancem para a morte.
Quando um morre,
outro aparece para tomar
seu lugar. As carcaças
dos cavaleiros caídos são
essenciais para resolver
quebra-cabeças e vencer
as fases, como se fosse
uma mistura dos jogos
Lemmings e Limbo.
DRIVE!DRIVE!DRIVE!
CONSOLES PS4/PS VITA / LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA DIFFERENT CLOTH
DISTRIBUIDORA CHOICE PUBLISHING
Está cansado de disputar corridas
em apenas uma pista? Saiba que
Drive!Drive!Drive! promete acabar
com isso: a competição acontece
em três pistas. Ao mesmo tempo.
Como essa bruxaria funciona? A ideia é
que a Inteligência Artificial controla os carros
que você não está usando no momento. Porém,
ela não pode ser confiada por muito tempo, o
que força o jogador a trocar de veículo para
avançar nas três corridas de forma homogênea.
Sabe como é, a única coisa melhor do que um
primeiro lugar são três primeiros lugares.
Também existe um criador de pistas, então
os designers de plantão podem criar disputas
em múltiplas camadas. A F1 agora parece um
pouco chata em comparação.
GNOG
CONSOLE PS4/VR
LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA KO-OP MODE
DISTRIBUIDORA DOUBLE FINE
Cutucar coisas dentro da cabeça de um monstro não parece
uma boa ideia, mas é isso que acontece em GNOG. Pelo menos,
os monstros aqui são mais coloridos e fofinhos do que mortais
e horripilantes. A aventura da produtora KO-OP é cheia
de enigmas com o objetivo de descobrir como sair da
cabeça dos monstros ao remexer nos locais certos.
Também foi confirmado suporte ao PlayStation VR, o que
nos deixou intrigados. Mais informações devem aparecer
ano que vem.
INVISIBLE,
INC
CONSOLE PS4 / LANÇAMENTO SEM DATA
PRODUTORA KLEI ENTERTAINMENT
DISTRIBUIDORA KLEI ENTERTAINMENT
MOON HUNTERS
CONSOLES PS4/PS VITA
LANÇAMENTO 2016
PRODUTORA KITFOX GAMES
DISTRIBUIDORA DROOL
Graças a uma das metas da
campanha de financiamento
no Kickstater, Moon Hunters
chegará ao PS4 e PS Vita
no ano que vem. Trata-se
de um RPG de ação com
geração procedural no qual
o objetivo é descobrir o
motivo de a Lua… bem,
ter deixado de ser a Lua.
O estilo de pixel art é a
primeira coisa a ser notada,
mas a produtora promete
bastante profundidade nas
mecânicas, com as ações
de cada partida tendo
consequências nas
campanhas seguintes.
Em cima disso tudo, existe
a opção bacana de jogar
em modo cooperativo.
SOFT
BODY
CONSOLES PS4/PS VITA / LANÇAMENTO 2016
/ PRODUTORA ZEKE VIRANT
/ DISTRIBUIDORA ZEKE VIRANT
Jogos de tiro que usam os dois
analógicos não costumam ter um
estilo de arte mininalista, mas Soft Body é
uma exceção a essa regra. Com um visual
parecido com o de N++, você controla
duas "cobras" – cada uma delas com uma
alavanca – e deve tentar preencher os
espaços da fase enquanto desvia de tiros e
inimigos. Fãs de Super Stardust devem ficar
de olho nesse aqui.
Se você gosta de Don't
Starve, esse é o momento
para ficar empolgado.
O próximo jogo da produtora
Klei Entertainment está em produção
para o PS4 e também
terá um mundo
gerado de forma
aleatória. Dessa
vez, você é o líder
de um grupo de
espiões e possui
três dias para se
preparar para a
sua "missão final".
O combate é
por turnos e exige
cuidado. Se um
agente morrer,
ele fica fora para
sempre, ao melhor
estilo XCOM.
37
JUST
CAUSE 3
Por Douglas Pereira
38
Just Cause 3, o último
grande lançamento do ano,
chegou. Passamos um bom
tempo explorando um dos
maiores mundos abertos de
2015 para descobrir tudo o
que ele tem a oferecer
É verão! Fim de ano! Hora de tomar aquele sol na
praia e relaxar. Convidamos você a passar uns dias
neste belíssimo arquipélago envolto por água
cristalina, com muito verde, flores, gente
simpática e hospitalidade. Há também um ditador
inescrupuloso que controla tudo e mantém o povo
sob vigilância total, enquanto um grupo de
rebeldes tenta lutar contra isso, mas que tal
apenas aproveitar as suas férias? Nossas
sugestões de atividades de veraneio fazem bem
para sua saúde e certamente vão agradar
qualquer morador de Medici. Você não vai querer
ir embora tão cedo.
ESPECIAL
O protagonista Rico
Rodriguez faz questão
de aproveitar sua
estadia na República de
Medici em grande estilo
39
JUST CAUSE 3
Lembre-se: apenas
os carros que vêm
pelo seu delivery
ganham o nitro
40
## DOIS MODS LEGAIS ##
Os explosivos GE-64 sempre estão
no seu bolso e servem para destruir
quase qualquer coisa. Eles são
infinitos, mas, inicialmente, não são
tão divertidos. Um bom jeito de
“alegrar” esse item é destravar o
upgrade que os transforma em
pequenos foguetes alguns segundos
antes de explodir. Eles ainda precisam
ser plantados, mas o fato de soltarem
essa força um pouco antes de
detonarem é uma das coisas mais
divertidas (mais sobre isso na página
44). Os três tipos de veículos – céu,
terra e mar – podem ganhar nitro.
É um aumento de velocidade muito
generoso e que se recupera bem
rápido. Os carros também podem
pular! Quem vai parar você agora?
## MUITOS MEIOS DE TRANSPORTE ##
edici está lotada de veículos. Os mais de 400 quilômetros
quadrados abrigam carros muito antigos, modelos esporte
recentes, veículos blindados, barcos, lanchas, jet skis,
helicópteros pequenos e grandes, aviões... Os veículos aéreos,
aliás, são os mais divertidos. Cruzar os ares é o melhor jeito de se
locomover pela ilha, mas o jeito mais legal de ganhar as alturas não exige
nenhum avião. O paraquedas e a wingsuit (a roupa de voo), em conjunto com o
gancho, são itens tão importantes quanto as nossas calças. Eles podem levar
o personagem a qualquer lugar em velocidade muito razoável e de um jeito
mais legal até que o voo do Batman. Contanto que ele esteja em qualquer tipo
de queda livre, apertar ¾ abre o paraquedas e apertar ½ abre a wingsuit.
Sabendo disso, e que o gancho pode se prender a praticamente qualquer
lugar, basta mirar em alguma coisa. O gancho puxa com vontade, então é só
apertar ¾ enquanto estiver sendo puxado para sacar o paraquedas e ganhar
muita altura. É assim que se voa nessa ilha.
Mas agora é possível fazer o mesmo com a wingsuit. Basta subir enquanto
estiver sendo puxado e apertar ½ – é preciso subir para não bater a cabeça
na parede onde o gancho está. A diferença da wingsuit para o paraquedas é
visível no primeiro voo: ela é muito, muito mais rápida! Voar pelo cenário com
ela nunca fica chato, e só melhora conforme você pega o jeito.
M
Sua mobilidade no ar com
a wingsuit é suprema, dá
para desviar de explosões
em um instante
ESPECIAL
Como você pode
ver, não estávamos
brincando sobre os
confetes da entrega
## AULAS DE VOO ##
O paraquedas é
mais lento, mas
você pode atirar
enquanto plana
Não demora muito e já dá para
ver que podemos melhorar
esse processo de voar. Basta
trabalhar essa ideia do impulso,
do puxão que o gancho dá, e é
possível ficar sem tocar o chão
quanto tempo você quiser. Se
estiver usando o paraquedas,
você fica bem mais lento.
Porém, logo depois de jogar o
gancho, aperte ¾ para
guardar o paraquedas – você
será puxado com muito mais
velocidade – e então aperte de
novo para ganhar um grande
impulso para o alto. Em
seguida, você pode mudar para
a wingsuit e, com ela, usar o
ganho até no chão para ganhar
embalo e continuar voando.
Essa é a maneira segura. A
mais arriscada é usar apenas a
wingsuit em todos os embalos
do gancho, mas batemos muito
a cabeça em paredes e afins
até pegar a manha. Depois
disso, qualquer distância menor
que três quilômetros sequer
trazia o pensamento de usar
um helicóptero.
## RESISTÊNCIA DELIVERY ##
ust Cause 3 é até mais tranquilo que seus antecessores.
Em Just Cause 2, era possível pedir veículos e armas a
qualquer instante, desde que você pagasse por isso com o
dinheiro do jogo, que não era tão abundante assim. Na nova
versão sequer há dinheiro, mas existe um jeito bem justo de
ajudar você. Em várias bases é possível encontrar sinalizadores que
dão o direito de encomendar itens. Ao entrar no menu de “delivery”,
você pode fazer seu pacote com qualquer coisa que tiver destravado
– uma arma principal, uma secundária, uma especial e um veículo, por
exemplo. Basta juntar o que quiser e chamar o pacote, que vem
diretamente dos céus em um contêiner. Ele se abre e tudo está lá, com
direito a confete e tal. O que você paga em troca? Tempo. Cada item
pedido no pacote fica um tempo sem poder ser pedido de novo,
e mesmo que você morra e volte de um checkpoint de antes de ter
pedido o pacote, a contagem continua rodando. Porém, isso vale
apenas para o item que foi pedido. Ou seja, da lista de dez helicópteros,
só o que foi escolhido fica indisponível. Se tiver outros destravados,
basta usar o sinalizador para solicitar outro helicóptero.
J
## GANCHO FORTE ##
e você pensa que o
gancho serve só para
levá-lo por aí, está
enganado. Outra coisa
muito divertida de Just
Cause 3 é poder prender um cabo
em duas coisas e então puxar as
Não se preocupe,
duas extremidades juntas. Se um
ele já estava morto
helicóptero e um carro inimigo
estão na sua cola, por exemplo,
que tal prender um cabo entre eles para fazer o helicóptero cair em cima do
carro e ambos explodirem? Não há muito segredo: segurar Á para disparar
contra o primeiro alvo e soltar o botão mirando no segundo alvo é tudo o que
precisa ser feito para ligar dois objetos por um cabo (há uma certa distância
limite, claro). Então, basta segurar ™ para que o cabo se contraia e puxe os
dois lados. O que conta mesmo é a criatividade. Inicialmente, só dá para deixar
dois cabos funcionando ao mesmo tempo, mas à medida que o gancho é
melhorado, dá para ter até seis cabos disponíveis ao mesmo tempo, cada um
com até o triplo da força inicial. Além disso, nada é ensaiado em Just Cause 3.
O mundo funciona inteiramente nos cálculos de física, então colocar dois
cabos entre os mesmos objetos exerce o dobro da força e assim por diante.
Dá para arrastar quase qualquer coisa com isso, sem falar nas inúmeras
possibilidades de armadilhas antes de puxar tudo de uma vez.
S
41
JUST CAUSE 3
As provas fazem você
dominar os controles e
ainda dão upgrades
O avião de carga
não parece tão
grande nas imagem,
mas ele é imenso
## DESAFIOS E MODIFICAÇÕES ##
## VEÍCULOS ##
ós entendemos que “ir devagar” e
“avançar com cuidado” não é o que
muita gente quer fazer em Just
Cause 3. Nós pudemos brincar com alguns
dos melhores brinquedos que o jogo tem a
oferecer e, embora seja meio difícil
destravar esses veículos tão cedo no jogo
– por estarem na maior e mais protegida
ilha do jogos –, fique de olho para
conseguir essas máquinas de destruição.
Todos eles ficam na ilha de Insula Striate.
O Fighter Jet é incrível. É um dos
veículos mais rápidos do jogo, e se você
estiver a fim de umas belas manobras
aéreas, é o veículo certo para você. Libere
a base militar Griphon, na província Costa
Sud. As coordenadas são 44.510, 44.631
Já o Bomber Jet é quase uma apelação
para liberar bases. É preciso vencer a
difícil base Vulture, na província de
Maestrale, para consegui-lo, mas vale a
pena. As coordenadas são 49.621, 32.301
O Navajo é talvez o melhor helicóptero
do jogo, com um excelente poder de fogo.
Libere a província de Puncta Sud para
ganhar o veículo. Ele só não é mais rápido
que o helicóptero obtido ao terminar o jogo.
Os tanques não são tão legais quanto
veículos aéreos, mas é bom ter um para
missões principais. O Bavarium é ótimo.
O alvo é a base de Cava Montana, na
província de Monta. As coordenadas são
46.925, 43.347
Por fim, o Cargo Plane é um avião
cargueiro gigante que pode levar outros
veículos dentro dele – ou qualquer coisa
que você queira, na verdade. Obviamente,
um veículo desses não é fácil de conseguir,
por isso é a recompensa por conquistar
Falco Maxime, uma das bases mais fortes
do jogo, nas coordenadas 48.135, 41.749.
N
42
Just Cause 3 não tem um sistema de evolução com ganho
de experiência. Mesmo assim, há muitas melhorias para
conseguir, tudo fruto da sua habilidade. Funciona assim: um
de seus principais objetivos é liberar cidades e bases
controladas pelo exército inimigo. Além desses lugares
abrirem garagens e se tornarem seguros para você voltar,
eles mostram o que está nos arredores no mapa, incluindo
os desafios. Desafios são divididos em várias categorias:
provas de wingsuit, desafio de tempo para carros, barcos,
aviões, provas de explosões (como usar um lança-granadas
para explodir o máximo que puder de uma base), entre
outros. Cada desafio rende de uma a cinco engrenagens,
dependendo da sua pontuação.
E são essas engrenagens que destravam as melhorias
para tudo no jogo. Cada melhoria está ligada ao desafio
específico dela. Ou seja, as provas de voar com a wingsuit
dão engrenagens que contam apenas para os upgrades da
wingsuit. Você não gasta essas engrenagens – basta ter o
número necessário para que certa habilidade destrave. Além
disso, você pode ligar ou desligar os upgrades quando quiser.
Existem algumas situações nas quais isso é útil, já que vários
se anulam – como um que faz granadas demorarem mais
para explodir e outro que faz elas explodirem imediatamente.
Os três desafios mais recomendados são os da wingsuit,
em que você tem que voar por círculos no ar (e pelos
menores dentro deles para ganhar muito mais pontos); o que
tem como ícone uma bomba, no qual você controla um veículo
armado com explosivos até chegar ao alvo e precisa se jogar
no último instante antes da gigantesca explosão; e o de
explodir tudo por aí, geralmente encontrado ao tomar bases
inimigas (o jogo dá a você uma versão intacta do lugar e uma
arma grande com munição infinita).
Isso aí atrás do carro
é a bomba. O objetivo
é fazer ele bater nos
alvos bem rápido
ESPECIAL
Se ficar difícil achar
certas coisas na cidade,
veja os pontos que
aparecem no mapa
## CARGA EXPLOSIVA ##
Os upgrades, encomendas e afins são
necessários para conseguir tomar as bases e
as cidades das três grandes ilhas de Just
Cause 3. Elas têm vários objetos específicos
que precisam ser destruídos.Cidades sempre
têm coisas como alto-falantes que repetem
constantemente discursos inflamados do
ditador, uma estátua dele, outdoors...
basicamente, materiais de propaganda, além
de um distrito policial. O melhor jeito de
dominá-las é pelo ar. O paraquedas é quase
feito para isso, e após destravar a mira de
precisão, ele se torna a melhor plataforma
para atirar em quem aparecer pela frente. Se
você morrer enquanto toma uma base, não
tem problema – sim, todos os inimigos voltam,
mas o que já explodiu continua explodido.
Quando sobram apenas alguns elementos para
destruir, eles ficam bem visíveis no mapa. Ao
destruir tudo, basta levantar a nova bandeira
dos rebeldes. Isso é especialmente útil na hora
de tomar bases, que são bem maiores que as
cidades graças a torres enormes e mais
objetos para destruir, além dos inimigos bem
mais resistentes e a presença de
helicópteros, baterias antiaéreas, etc. Nelas,
o ideal é ir devagar – nós tentamos roubar um
helicóptero e fomos imediatamente
exterminados por uma barragem de mísseis.
## ARMADO ATÉ OS DENTES ##
#
tirar em Just Cause 3 não exige
muita habilidade. Tanto que nem
há uma mira de precisão
padrão – ela é um upgrade e,
mesmo assim, fica no ¢, pois o
™ está ocupado com funções mais
importantes para o jogo. A mira é
generosa e gruda em personagens com
facilidade, para você possa se preocupar
mais com sua movimentação e criatividade
do que em acertar tiros na cabeça. Apesar
de ser útil acertar tiros na cabeça,
especialmente contra os inimigos com
proteções especiais (há até alguns snipers
no jogo), precisão não é exatamente o que
estamos procurando aqui.
É preciso se acostumar com as armas
mais escandalosas e tentar não se
prender muito a uma só. A munição de
armas normais é abundante, mas o mesmo
A
não vale para as especiais, que explodem
dem
coisas logo de cara. Em toda base há
estantes de armas, mas elas podem ter
opções diferentes das que você está
carregando. A parte boa é que todas são
úteis. Mudar de um lança-mísseis para
ra um
lança-granadas não é uma perda. Muito
ito
pelo contrário. Portanto, sempre tente
te
experimentar o que você ganha ao liberar
erar
bases e cidades. Exploda algumas coisas,
sas,
invada alguns lugares fortes.
Abaixo estão três armas muito
ignorantes que são ótimas opções para
ra
complementar seu arsenal nas partes
mais avançadas do jogo.
O UPU Grenade Launcher é um ótimo
lança-granadas e pode ser liberado na
segunda ilha, em Espia Bassa.
A Hydra RPG é para quem gosta de
jogar inimigos para longe com os disparos.
É muito
boa. Ela fica
em Cava
Grande, na
província de
Prospere em Insula
Striate, nas coordenadas
45.665, 40.626
A melhor descrição para a Fire Leash
RPG é: pura ignorância de mísseis
múltiplos teleguiados. Ela fica na província
de Rocca Blau em Insula Striate. As
coordenadas são: 47.979, 33.935.
43
JUST CAUSE 3
## BRINCANDO NA ILHA ##
NO FIM, JUST CAUSE 3 NÃO É SÓ SOBRE DESTRUIR BASES OU JOGAR UMA GRANADA
EM UM TANQUE DE COMBUSTÍVEL. AS OPÇÕES ESTÃO POR TODA PARTE E TALVEZ
VOCÊ SÓ PRECISE DE UM PEQUENO EMPURRÃO PARA LIBERAR A SUA CRIATIVIDADE
Nem sempre
os foguetes
funcionam – às
vezes é preciso
colocar vários
de uma vez
Os Foguetes Um dos primeiros upgrades de explosivos é o que
44
deixa suas bombas GE-64 com propriedades de foguetes. Elas
ganham o poder de empurrar coisas como barris e vários veículos.
Coloque um ou dois explosivos atrás de um carro e detone para
praticamente ter um carro bomba desgovernado por alguns
segundos. Jogar um carro de um morro para cair no meio de uma
base e explodir é bem divertido. Quer ir além? Tombe um carro com
o seu gancho, plante quatro explosivos próximos a cada roda e
vire-o na posição normal. Você pode dirigi-lo se quiser, mas quando
acionar os explosivos, ele voará bem alto... Por alguns segundos,
pelo menos, antes de explodir em mil pedaços.
Esta vaca vai voar
muito longe
A Catapulta Funciona melhor com
objetos mais leves, como pessoas.
Use dois cabos ou mais para ligar
um objeto à borda de uma laje.
Segure ™ para começar a puxar o
objeto e solte os cabos (aperte ¼
enquanto segura ™) na hora
certa. Se fizer direito, o objeto deve
ser lançado com em uma catapulta.
Para ficar mais legal, tente prender
um explosivo no projétil e exploda
durante o voo ou quando ele cair,
para marcar a distância percorrida.
Bola de Demolição Assim como a cantora Miley Cyrus, você pode chegar como uma bola de demolição. Use
um cabo para unir um objeto indestrutível à parte de baixo de um helicóptero. Se o objeto for leve o bastante,
ele vai ficar pendurado e será levado pelo helicóptero. Ele pode destruir objetos em bases e cidades ou ser
solto para cair em cima de alguém como uma bigorna de desenho animado. Esses objetos não são tão comuns,
mas tem um que sempre pode ser encontrado ao tentar tomar cidades: a cabeça da estátua de Di Ravello.
O Varal É uma ariação da Catapulta.
Coloque dois, quatro ou seis cabos
em um objeto e ligue-o a uma parede
de cada lado. Puxe os cabos o para
estendê-los com o objeto no meio. É
possível fazer algumas armadilhas
com isso, como preparar um barril
explosivo no alto de um beco e
soltá-lo para detonar em cima de um
grupo de inimigos, por exemplo.
Só para relaxar As ilhas são
divididas em províncias, onde ficam
as cidades e as bases. Certos
lugares são mais difíceis que
outros para liberar. O problema
é que existem algumas missões
Insula Fonte, a
de história que exigem que um
primeira ilha do jogo
determinado número de províncias
seja liberado para poderem ser
jogadas. Por isso, veja quais províncias liberar primeiro em cada uma
das ilhas. Na primeira ilha (Insula Fonte), Baia, Plagia e Aspera são as
mais fáceis – Baia é liberada como parte da história. Na segunda ilha
(Insula Dracon), Capite West, Capite East e Corda Dracon são as mais
simples. Na terceira ilha (a enorme Insula Striate), Prima, Litore Torto
e Montana são as menos difíceis.
REVIEWS
REVIEW
R
TESTAMOS E
AVALIAMOS OS
SEUS GAMES
NONO
46
DOUGLAS PEREIRA
FALLOUT
4
Assim como a guerra, Fallout nunca muda
D
FICHA
CONSOLE PS4
GÊNERO AÇÃO
PRODUTORA
BETHESDA SOFTWORKS
DISTRIBUIDORA
BETHESDA GAME
STUDIOS
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS/PORTUGUÊS
epois de me aventurar
em uma base militar
abandonada, protegida
por inimigos perigosos,
minas terrestres e um chefe com
revelações importantes, saio pelo
telhado com a sensação de dever
cumprido. Foi uma missão longa,
durante a qual “bateu” minha
atração pelo jogo.
Olho para o céu da versão
pós-apocalíptica da cidade americana
de Boston e presencio a chegada de
uma nave gigantesca que ilumina a
noite silenciosa. Alto-falantes anunciam
a chegada da Irmandade de Ferro, a
clássica facção do universo Fallout.
Uau! Parece um ótimo jogo, estou
empolgado... Então, no instante
seguinte, o jogo trava e volta ao
menu do PS4. Primeira lição (válida
para qualquer jogo da Bethesda):
salve sempre seu progresso. O
exemplo ilustra bem o que é
Fallout 4: há momentos brilhantes e
surpreendentes, mas os problemas
A CIDADE VIBRA COM
PERSONAGENS
INTERESSANTES
9
técnicos estão por aí o tempo todo
para nos lembrar de que essa
maravilha tem um preço.
NADA MUDA
Se “a guerra nunca muda”, como é
dito no início de cada jogo da série,
o mesmo vale para a experiência de
jogo. Fallout 4 é muito parecido com
Fallout 3 e New Vegas, a ponto de
causar certa estranheza. Obviamente,
isso não é um problema, porque a
ideia desses jogos é fantástica.
Pelo menos o comecinho é
diferente. Podemos ver brevemente
como era a vida no mundo antes
da guerra nuclear, antes de seu
personagem entrar em uma câmara
criogênica no Refúgio 111, onde fica
por quase 200 anos. Nesse tempo,
alguém invade o abrigo, mata sua
esposa (ou marido) e rapta seu filho
recém-nascido. O personagem acorda
com aquela lembrança e, sem nada a
perder, vai atrás do bebê.
É uma desculpa boa o suficiente
para largá-lo no meio do mundo sem
nada. Você encontra o robô mordomo
do personagem, que pede para você
ajudar uma galera, e a partir daí você
não é empregado de ninguém e pode
fazer o que quiser. Pode ir
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
47
FALLOUT 4 É MUITO
PARECIDO COM
FALLOUT 3 E NEW
VEGAS, A PONTO
DE CAUSAR CERTA
ESTRANHEZA
Não existe jeito melhor de ter
uma ideia geral da dimensão do
mundo do que subir aos céus e
observar o panorama a partir
de uma posição privilegiada
REVIEW
para qualquer lugar, em
qualquer ordem, matar quem
quiser, roubar, ajudar a todos,
não ajudar ninguém ou apenas
descobrir lugares distantes. É
um clichê, mas o mundo está
em suas mãos.
A exploração, no início, não é
tão prazerosa quanto em Fallout
3 ou Skyrim. Ao sair do Refúgio
101 no jogo de 2008, não demorava
muito para chegar a Megaton,
uma cidade interessantíssima
decorada com uma enorme
bomba nuclear que não explodiu.
Em Fallout 4, há certas coisas
jogadas estrategicamente pelos
caminhos mais óbvios até Diamond
City, a grande cidade do jogo,
e as missões que o distraem
não levam a recompensas muito
grandes em qualquer sentido. O
ideal é fazer uma ou outra coisa
da Irmandade de Ferro, caso a
encontre pelo caminho, e então
seguir para Diamond City.
CALOR HUMANO
48
Ao chegar lá, dá para começar
a apreciar o que o jogo tem
de melhor. A cidade vibra com
personagens interessantes. As
missões pequenas e as maiores
dão muito mais contexto aos
habitantes e aos estilos de vida,
além de escancarar o tema
principal da trama.
Excursões para áreas
vizinhas garantem acesso a
itens importantes que as áreas
anteriores quase não davam,
como os grampos para abrir
fechaduras (vá cedo para lá e
compre muitos), e o mundo toma
forma de maneira brilhante.
Em pouco tempo, há vários
novos companheiros para
segui-lo, e mais e mais pessoas
pedem favores. Várias delas têm
diálogos muito interessantes,
como a maioria de Goodneighbor,
e algumas histórias conseguem
deixa-lo preso à trama, com
vontade genuína de avançar para
descobrir o desfecho. Este é um
jogo que recompensa curiosos,
e o que sustenta isso são os
personagens espalhados por
todos os cantos de Boston. Como,
por exemplo, seus companheiros.
Visitar lugares estranhos ao
lado de Nick Valentine é das
coisas mais gratificantes. Ele
é um sintético, uma espécie de
androide criado pelo grande vilão
do jogo – “O Instituto” –, veste-se
como um detetive noir, tem parte
do pescoço faltando e fala como
um cara mais velho que já viu
muita coisa na vida. Piper é uma
jornalista pentelha que nem
sempre segue todas as regras
do bom jornalismo, além de ser
meio folgada. Ouvir Codsworth,
seu robô mordomo, falar coisas
hilárias no meio de uma luta
nunca perde a graça. Tem bastante
gente que vale a pena ter como
parceiro. Em sua maioria, os
companheiros nos jogos
anteriores da Bethesda serviam
mais como baús ambulantes,
então personalidade dos de
Fallout 4 faz uma boa diferença.
Quando as missões acertam
o tom, elas são ótimas. Além
das pequenas histórias pessoais,
os grandes conflitos abordam
assuntos inesperados. O debate
para decidir se os sintéticos
merecem ser tratados como
humanos, a paranoia dos
cidadãos com esse assunto, a
percepção de como os rejeitados
de Goodneighbor são muito mais
de boa do que os de Diamond City,
a posição que a Irmandade de
Ferro ocupa na sociedade, as
intenções do Instituto...
Mas, verdade seja dita, esses
assuntos ficam meio desconexos.
A demanda principal de encontrar
Nada como uma roupa de malha apertada para exibir a
musculatura. Só não vale para quem tem barriguinha saliente
seu filho não amarra essas linhas
de história e dá para ver que elas
são meio “seguradas” para não
roubar o show. Não há dá para
esperar que a Bethesda conte
histórias como a Obsidian (New
Vegas ainda é rei nesse quesito),
e este não é o trabalho mais
inspirado da produtora, mas os
momentos legais são comuns e
trazem satisfação.
TIRO REFINADO
Pela cara do bicho, é lógico
que ele não sabe que não
adianta levar um porrete para
enfrentar uma arma de fogo
Entre as boas novidades no
sistema de jogo estão o upgrade
de armas, que praticamente
permite que uma arma fraca
do começo do jogo vire pura
ignorância com o passar do
tempo. Usar essas armas depois
de "cuidar" delas é bom demais.
Ao contrário dos últimos episódios
da série, nos quais mirar sem
a assistência do VATS era algo,
no mínimo, terrível, agora é
possível lutar mirando e atirando
em tempo real. Isso muda
consideravelmente o combate e
faz de Fallout 4 um jogo de tiro
muito melhor, o que, por sua vez,
deixa a ação mais dinâmica e
variada. Dá para dizer que essas
duas mudanças, os extensos
upgrades de armas e a
jogabilidade de tiro muito melhor
são os grandes avanços do título.
CERTOS PROBLEMAS
É uma pena que Fallout 4 seja um
jogo cheio de "poréns". Não há
uma verdadeira evolução em
relação aos últimos jogos. Para
ser sincero, em alguns casos,
há até retrocessos. A começar
pelos diálogos. Se as vozes são
incríveis e vários personagens
são bem escritos, isso deve
servir para cobrir as próprias
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
Depois de algum tempo, você
vai ter a chata impressão de
que alguns dos cenários se
repetem em Fallout 4
REVIEW
49
Você decide se vai ser homem ou mulher no mundo pós-apocalíptico da Bethesda
opções de diálogo do jogador. Não
reclamo de não haver na tela o
texto da resposta inteira que
quero dar, assim como nos jogos
anteriores (o que acaba causando
alguns momentos do tipo “ei, não
era bem isso o que eu queria
dizer”, como nos jogos da
Bioware), mas me queixo
das opções oferecidas.
Geralmente, resumem-se a
“sim”, “não”, “talvez” e “uma
pergunta”. Gastar muitos pontos
de atributo em Carisma, para ter
mais chance de usar diálogos
arriscados e tentar ser amigo
de todo mundo, é uma ideia meio
ruim. Veja bem: boa parte das
respostas coloridas (que
representam diálogos que
necessitam de carisma para
terem continuidade) são apenas
“pedir mais dinheiro”. Quando
houver um diálogo colorido
importante de fato, não tema:
basta salvar antes de responder.
Se não der certo, carregue seu
save e tente de novo. O sistema é
baseado em probabilidade, então
mesmo quem tem poucos pontos
pode se dar bem e quem investe
muito alto ainda pode receber
uma resposta negativa. Sem
contar que, apesar das conversas
serem boas, elas não parecem
estar no nível dos excelentes
diálogos de New Vegas.
É um mundo muito grande e
cheio de coisas para ver, porém é
meio difícil ignorar sua feiura em
relação aos padrões atuais. Se
fosse só a parte técnica, vá lá.
Mas o chato é que o estilo e a
arte também não são nada
atrativos. Obviamente, um mundo
pós-apocalíptico não tem como
ser todo colorido, mas comece
a reparar nas estruturas e
locações e você terá a sensação
de já ter passado por ali antes.
Não é tão chato quanto o deserto
infinito cheio de paredes invisíveis
de NV, mas deixa a desejar.
Falando em repetição, suas
ações nas missões extras não
têm tanta variedade. O número
de missões cujo objetivo é limpar
um local cheio de inimigos sem
interação nenhuma no caminho é
bem maior do que qualquer um
gostaria de ver. Se não há o
envolvimento de personagens
de importância, provavelmente
vai ser algo assim. E isso se
liga a um ponto abordado mais
cedo, sobre não haver tanta
coisa verdadeiramente
interessante no caminho.
Muita gente diz que Skyrim
se resumia a levar uma coisa
do ponto A ao ponto B o tempo
todo, mas como era fácil e
prazeroso se desviar naquele
jogo. Fosse um cenário diferente
ou alguma missão aleatória, a
chance de alguma coisa tirá-lo
do caminho era alta. Em Fallout
4, prevalece a ideia de que “essa
coisa que apareceu no mapa
pode esperar”. Isso talvez se
deva ao fato de o mundo não
ser tão inspirado desta vez.
SE VOCÊ CONSTRUIR...
A grande novidade, segundo
a Bethesda, é o modo de
construção. Ao matar todos
REVIEW
Se você investir continuamente
em uma arma no decorrer da
partida, perto do final terá em
mãos um objeto de destruição
50
Árvores mortas
estão por toda
a parte. Bem
que poderia
haver um jeito
de reflorestar
os cenários...
os inimigos de determinados lugares, esses locais viram
acampamentos seus e você pode reconstruí-los. Todo tipo
de tranqueira pode ser transformada em material de
construção, como madeira, ferro, plástico, vidro, circuitos e
outros. Com eles, você constrói casas, camas, plantações,
purificadores de água, torres de defesa e muito mais para
levantar sua vila. Consequentemente, mais pessoas podem
morar lá e trabalhar em postos de segurança ou cuidar de
lojas, e etc.
Existem muitas missões para ajudar algum acampamento
e então se tornar líder dele, a fim de construir mais e mais.
Agora... para que serve mesmo essa construção toda? Além de
passar materiais de um acampamento para outro (mas só se
você tiver um bônus de Carisma de nível 6), o único motivo
para isso parece ser o de prover uma certa linha de história
sobre povoar o mundo novamente e continuar a levar uma vida
digna, algo já explorado em jogos anteriores de maneira bem
mais direta do que essa.
QUANDO A CASA CAI
É claro que, sendo um jogo da Bethesda, existe um pedágio
para que esse mundo enorme funcione: problemas técnicos.
Essa é uma constante desde o primeiro jogo da empresa e
não mudou agora. Para ser franco, nas primeiras 20 horas eu
talvez tenha encontrado menos problemas que a maioria dos
jogadores, pois grande parte das coisas estranhas não estava
diretamente ligada à performance. São momentos que tornam
Apesar dos
problemas
técnicos, o novo
jogo da série
ainda é bem
legal de jogar
QUANDO O JOGO EMPACA NAS PARTES
IMPORTANTES, É ASSUSTADOR
Fallout 4 uma peça de teatro muito
mal ensaiada. Eis alguns exemplos:
você está no meio de uma conversa
com alguém e um personagem
aleatório aparece no meio, fazendo
com que a tela vire um close da
barriga dele por um tempo; inimigos
têm animações de morte com
resultados inesperados; na parte de
construção, tentar colocar um objeto
em um leve morrinho faz com que
esse objeto flutue; seus companheiros
têm o costume de ficar parados em
portas, impedindo que você entre ou
saia. Eliminar todos os bugs de um
jogo desse tamanho é impossível, mas
essas coisas apenas incomodam,
sem ter um impacto negativo real
em sua experiência de forma geral.
Porém, quando o jogo resolve
empacar nas partes mais
importantes, é assustador. Às
vezes, áreas internas sofrem com
sérios problemas de quadros de
animação, chegando a causar
grande lentidão. Alguns elevadores
demoram a chegar, missões
parecem não funcionar como
deveriam... Com o passar do tempo,
você perde parte da confiança no
jogo. Não dá para garantir que ele
vai continuar sem problemas. É
uma sensação de que ele pode
quebrar a qualquer momento, como
uma casinha de madeira em uma
tempestade (no caso, a proverbial
tempestade é a engine requentada
e impraticável da Bethesda).
Panes que levam de volta ao
menu do PS4 vão rolar, como citado
anteriormente, e só resta a você
se acostumar. Por isso, não confie
no jogo, porque ele não vai com a
sua cara! Salve frequentemente
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
RAIO-X PRO-BR
O QUE FAZER EM… FALLOUT 4
25%
12%
Vasculhando salas
e lojas por peças
5% Recuando
ao aparecer em
meio a uma nuvem
de radiação
13% Observando o
ponto fraco de um
alvo com o VATS só
esperando o
momoento de atacar
A desolação
impera nos
cenários de
Fallout 4...
Apreciando a
vista – quem
imaginaria que o
pós-apocalipse
seria tão cênico?
30%
Debruçado sobre
seus planos
urbanos e
modificando
armas.
15% Fuçando
seu inventário
sobrecarregado
à procura de
coisas para
comer ou
descartar
AMIGOS E INIMIGOS
... mas também
há espaço para
visuais menos
sisudos, como
este à direita
Um ciborgue camarada
com memórias de um
detetive noir.
NS E
C
DA
OR
PIO
N
R A DS
PA L A D
IN
INE
NICK V
AL
T
EN
Um fanático honesto
e membro da
Irmandade de Ferro.
Dono de uma picada
venenosa, encontrado
em áreas radioativas.
COMO... VIRAR O CHEFE DO PEDAÇO
1
2
51
3
1 Você só pode construir em áreas verdes. Desmantele coisas que
estão destacadas em amarelo e considere a reutilização de itens
verdes. E não esqueça de descarregar o "lixo" de seu inventário na
oficina. 2 Juntar pedaços pode ser complicado. Tente girar o objeto
lentamente ou use peças extras do mesmo tipo. 3 Áreas de cultivo
devem ser cuidadas antes de começarem a gerar alimentos. Não se
esqueça de atribuir empregos relevantes aos habitantes de sua cidade.
Nick Valentine parece um detetive saído de antigos filmes noir
com quicksaves e saves
permanentes.
A ÚLTIMA CHANCE
Como deu para perceber, há
vários pontos duvidosos em
Fallout 4. Então, por que o
consideramos acima da
média? Porque um jogo bom
com problemas técnicos ainda
é um jogo bom. Explorar Boston
é uma experiência que melhora
com o tempo e conta com
alguns momentos sensacionais
– talvez alguns dos melhores
do ano –, e cada jogador vai ter
coisas diferentes para contar
e lembrar por um tempo.
Mas o passe livre que
demos para a Bethesda já está
chegando ao final de seu prazo
de validade. Ver algo como
Fallout 3 na geração passada
foi incrível. Esses jogos que só
existiam no PC chegaram aos
consoles e eram tão gigantes
e cheios de possibilidades que
ficamos mais do que felizes em
perdoar todos os problemas
em prol de uma experiência
quase inédita nos videogames.
Hoje, depois de títulos como
Oblivion, New Vegas e Skyrim,
nossa boa vontade talvez
tenha se esgotado. Os tempos
mudaram e esse estilo de jogo
precisa evoluir, não apenas na
parte técnica, mas também na
criação e coesão entre os
sistemas do jogo.
VEREDITO
Fallout 4 é um belo jogo, mas
ficou aquém de seu potencial.
Dessa vez passa, Bethesda.
Só que é a última chance
que damos, tá legal?
É MELHOR QUE...
SIM
A personalização
de Fallout 4 oferece
elementos ricos, e usar
o VATS é bem melhor do
que um machado.
NÃO
NÃO
Inquisition vence no
trabalho em equipe,
uso de táticas, por
elenco e manutenção
de um império.
O roteiro de Wild Hunt,
seus personagens e o
mundo são marcantes
e o combate é muito
mais dinâmico.
REVIEW
52
10
COISAS
QUE EU GOSTARIA
DE SABER QUANDO
COMECEI A JOGAR
Após anos de espera, Fallout 4 está entre nós. Pena que a
Bethesda não me preparou para essa jornada, nem me explicou
direito como muitas coisas funcionam. Explorar o mundo do jogo
no escuro, descobrindo suas regras secretas e pequenos
detalhes aos poucos e por conta própria coloca o jogador no
mesmo patamar do personagem, descongelado 200 anos após
entrar no Refúgio 111. Mas vamos combinar que é bem melhor
jogar sabendo certas coisas e evitando perder tempo com
decisões bobas tomadas na hora errada. Para que você aproveite
ao máximo a aventura, construindo um personagem super legal
e repovoando o mundo com seus assentamentos, a PRO-BR
preparou um guia com tudo aquilo que gostaríamos de saber
antes de começar a jogar Fallout 4.
POR PABLO RAPHAEL
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
1
USE UM NOME
GENÉRICO
OU DE UM
PERSONAGEM
SCI-FI FAMOSO
Sabe o robô Codsworth,
o “mordomo” cibernético
de sua casa lá em
Santuário? Ele está
programado para falar
perto de mil nomes
diferentes, a maioria de
origem anglo-saxônica,
mas também consegue
falar nomes como
Furiosa, Han, Luke
ou Stark. Veja a lista
completa aqui:
http://goo.gl/YoWJCf
2
VOCÊ PODE
PEGAR UMA
ARMA FORTE
JÁ NO COMEÇO
Na saída do Refúgio 111
há uma arma trancada em
um armário na sala do
Supervisor. A fechadura
é difícil de arrombar,
mas volte com seu
companheiro Dog Meat e
ele resolve o problema. A
arma é o Criogenizador,
uma escopeta que congela
a maioria dos inimigos
dos níveis iniciais do jogo
com um único disparo.
Verifique o inventário
de Dog Meat para pegar
200 balas para a arma
e divirta-se.
3
ALGUNS ATRIBUTOS
SÃO MAIS ESPECIAIS
DO QUE OS OUTROS
Em Fallout 4, os personagens são definidos pelos
atributos básicos do sistema SPECIAL (Força,
Percepção, Resistência, Carisma, Inteligência,
Agilidade e Sorte). Não há habilidades específicas nas
quais você pode investir pontos, como rolava nos
jogos anteriores da série. Ao evoluir, você gasta os
pontos adquirindo vantagens (perks) ou aumentando
algum atributo básico. Cada atributo governa
habilidades específicas ou características dos
personagens (Agilidade dita a quantidade de pontos
de ação que você possui, Resistência determina seus
pontos de vida e assim por diante). Na prática, quatro
deles são mais “especiais” do que os outros: Força,
Percepção, Inteligência e Carisma. Você precisa
investir alguns pontos em Força para conseguir
carregar mais coisas. Acredite, o inventário fica cheio
rapidinho com todas as tranqueiras que você vai
coletando pelo caminho, sejam armas, alimentos ou
lixo (que você usa, e muito, em Fallout 4).
Com Percepção alta, você desbloqueia novos
níveis de Lockpick, a habilidade de arrombar
fechaduras. Inteligência faz o mesmo pela habilidade
de hackear computadores. E você vai querer
conseguir abrir o máximo de portas, cofres e
computadores que puder.
E o Carisma? É só uma medida de quanto o seu
personagem é bonitão? Mais do que isso, o Carisma
ajuda nas negociações com vendedores, torna você
mais persuasivo e até abre novas opções de diálogo
que podem tornar os outros personagens mais
favoráveis ao jogador.
4
VOCÊ PODE
DESMANCHAR
CARROS E
CASAS NOS
ASSENTAMENTOS
Em um assentamento
aliado, como Santuário
ou o posto Red Rocket,
você pode construir
novas estruturas,
melhorias, defesas e até
decorar as casas para
atrair novos moradores,
desde que tenha os
materiais necessários.
Não é só o lixo coletado
durante as viagens que
pode ser utilizado, mas
também as próprias
sucatas do local.
Entre no modo de
construção e saia
andando pela vizinhança:
itens marcados em
amarelo podem ser
desmanchados e rendem
muito mais peças para
suas obras do que as
latinhas e torradeiras
velhas juntadas mundo
afora. Alguns perks
permitem encontrar
materiais mais raros
com o desmantelamento
desses itens, descolando
não só ferro e madeira,
mas cobre e circuitos,
por exemplo.
53
REVIEW
5
FIQUE DE OLHO NA RADIAÇÃO
Radiação é um dos perigos mais frequentes em Fallout 4.
Ao final, o mundo foi destruído por bombas atômicas. São
muitas formas de contaminação, desde "picadas" de
baratas até ataques dos necrosos, além do consumo
de água imprópria ou a entrada nesse líquido fétido. A
radiação diminui o valor máximo dos seus pontos de vida
e só desaparece com o uso de um Radaway ou se você
achar um médico. Para não se contaminar o tempo todo,
beba água purificada, cozinhe a comida antes de comer
e carregue sempre Rad-X e Radaway.
54
6
PLANEJE ONDE GASTAR SEUS
PONTOS DE EVOLUÇÃO
Não há um nível máximo para se evoluir em
Fallout 4. Ou seja, uma hora você vai ter todos
os perks do jogo e todos os atributos no nível
máximo. Porém, fazer isso sem planejamento,
escolhendo o que parece mais bacana na hora em
que sobe de nível, é uma forma nada eficaz de
evoluir. Por meio de seu Pipboy, você pode
acessar a tabela com todos os perks e verificar
o que cada um deles faz, assim como os
pré-requisitos para obtê-los. Veja quais são mais
interessantes para o seu estilo de jogo e, se a
ilustração daquilo que você deseja ainda não
aparecer na tela, veja o que está faltando e
trabalhe para atingir esse objetivo, adquirindo os
pontos de Atributo necessários o quanto antes.
7
EXPLORE TODO O MAPA, ATÉ
MESMO AS ÁREAS SEM
NENHUM MARCADOR
O mapa de Fallout 4 é bem grande e populoso, cheio
de pequenos assentamentos, prédios em ruínas,
ferro-velho e outros lugares curiosos para explorar.
O jogo adota um sistema bem parecido com o de
Skyrim, também da Bethesda, para apontar esses
lugares: você vê os ícones na parte inferior da tela e
eles vão se solidificando até o local ser totalmente
descoberto. Porém, não faltam lugares secretos que
simplesmente não são apontados nessas marcações.
Logo no começo do jogo, ao dar uma volta na região
próxima da saída do Refúgio 111, você vai encontrar
pelo menos quatro áreas pequenas com alguns
poucos Raiders, munição, dinheiro e remédios para
coletar. Avançando um pouco, há uma caverna cheia
de Mole Rats embaixo do posto de gasolina Red Rocket,
local onde há um núcleo de fusão extra, tesouro muito
bem vindo nessas primeiras horas de aventura.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
8
10
MODIFIQUE
SUAS ARMAS
E ARMADURAS
SEMPRE QUE
POSSÍVEL
(E COZINHE!)
O sistema de
modificações de
Fallout 4 é cheio de
opções para melhorar
armas e peças de
armadura, aproveitando
toda sorte de sucata
encontrada pelas ruas
arruinadas de Boston.
Sempre que puder, dê
uma passada em uma
bancada de armas e
armaduras e veja o que
pode ser aperfeiçoado
em seu arsenal. Torne
suas armas mais
precisas, aumente o
dano causado por delas,
instale uma mira mais
potente – opções não
faltam. Também é
possível melhorar as
peças de armadura
e alguns dos trajes
completos, assim como
modificar as partes
das Power Armors.
Desbloqueie perks como
Gun Nuts e Science!
para conseguir novas
e melhores opções de
modificação para o seu
equipamento. Também
é recomendável passar
um tempo na cozinha,
produzindo não só
alimentos livres de
radiação, mas
medicamentos,
drogas e plástico!
DIVERSIFIQUE A
MUNIÇÃO, MAS
NÃO OS TIPOS
DE ARMAS
9
USE SUA POWER ARMOR
COM PARCIMÔNIA
As Power Armors estão disponíveis para o jogador
e várias delas podem ser encontradas espalhadas
pelo mundo do jogo. Depois de ajudar os Minuteman
no Museu da Liberdade, você já equipa a primeira,
mas há outras que podem ser obtidas em missões
ou simplesmente encontradas pelo mapa. É possível
reparar e modificar suas partes e até mesmo aplicar
pinturas inspiradas em carros esportivos (procure
pelas revistas de Hot Rod).
Essas armaduras são super-resistentes,
suportam muita radiação e aumentam sua Força,
permitindo que você carregue muito mais coisas
sem fazer esforço. Com as versões mais poderosas
você consegue saltar do topo de prédios bem altos
sem sofrer quase nenhum dano.
Porém, elas usam como combustível os núcleos
de fusão. E essas pequenas pilhas atômicas não são
tão comuns quanto você gostaria... É preciso explorar
bastante para juntar um punhado delas e se a sua
armadura descarregar e você não tiver um núcleo
sobressalente, só o que poderá fazer é largá-la
onde quer que esteja para, talvez, mais tarde para
buscá-la. Então, quando notar que o seu último núcleo
está chegando ao fim (fique atento aos ponteiros na
parte inferior da tela quando estiver dentro da
armadura), use a opção de Viagem Rápida até um
dos seus assentamentos e guarde a armadura
para a próxima grande briga.
Essa é uma antiga regra
não escrita de Fallout
que vale perfeitamente
para o novo jogo.
Munição é um recurso
bastante escasso em
qualquer dificuldade
acima da “Muito Fácil”.
Portanto, o ideal é
carregar uma boa
variedade de armas e
evitar ficar totalmente
sem munição de algum
tipo. Por outro lado, é
importante investir em
armas de um ou dois
tipos específicos, como
Pistolas e Armas de
Energia. Assim, você
pode adquirir os perks
que dão bônus com a
utilização dessas armas
e usufruir dos benefícios
que eles concedem no
dano e na precisão dos
disparos. Uma boa ideia
é investir pelo menos um
ponto em armas brancas
e carregar alguma coisa
pesada, como um taco
de beisebol, para aquelas
horas em que você
estiver completamente
desprovido de balas.
55
REVIEW
FUTURO IMPERFEITO
DOUGLAS PEREIRA
CALL OF DUTY:
BLACK
OPS
III
Tem muito jogo aqui, mas será que vale?
B
56
FICHA
CONSOLES PS3/PS4
GÊNERO TIRO (FPS)
PRODUTORA
TREYARCH
DISTRIBUIDORA
ACTIVISION
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS/PORTUGUÊS
lack Ops se tornou o
carro-chefe de Call of Duty,
e com méritos. A Treyarch
sabe o que torna um
multiplayer bom, criou uma das
campanhas mais famosas da série
(os números, Mason!) e a imensa
popularidade do modo Zumbi chegou
a tal ponto que ele já merece ser
um jogo à parte. Então fica a
pergunta: por que você pisou na
bola desse jeito, Treyarch?
Black Ops III é um jogo enorme
e expansivo. Ele tem muito de tudo,
mais do que qualquer outro Call Of
Duty até hoje. Mas e quando esse
monte de coisa não é tão legal assim?
Como sempre, é possível dividir um
COD em três partes, e há muito para
falar sobre, pelo menos, duas delas.
COISA DA SUA CABEÇA
A campanha é pretensiosa e
extremamente arrastada. Ela aborda
alguns elementos parecidos com os
do primeiro Black Ops, sobre não
saber o que é real ou não, mas em
um contexto bem futurista. Depois de
ter seus braços arrancados e perna
amassada por um robô durante uma
missão de resgate, seu personagem
(que nem tem nome) vira uma espécie
de RoboCop Jedi do futuro. Com um
implante no cérebro, você passa a
ser quase uma entidade que habita
um corpo sobre-humano e pode
passar por simulações instantâneas
como se fossem reais. Elementos de
JOGAR A CAMPANHA COM MAIS
TRÊS PESSOAS MUDA PARA
PIOR O RITMO DAS FASES
7
realidade aumentada que estariam
no seu visor estão diretamente na
sua visão, e basta estender a sua
mão para explodir granadas nos
bolsos dos inimigos ou tomar o
controle de armas robóticas.
O nível de pé no chão aqui é zero,
algo muito mais avançado do que
vimos em Advanced Warfare ano
passado. Com essa ideia bem doida,
a Treyarch podia ir para o formato
tradicional de campanha de Call of
Duty ou inventar de fazer algo que
misturasse real e virtual para deixar
o jogador confuso de propósito. O
estúdio pegou o segundo caminho,
mas o resultado foi desastroso.
A começar pela estrutura. A
grande novidade nessa parte de jogo,
além dos poderes Jedi da ciência, é
que a campanha pode ser jogada com
mais três pessoas. Para isso, eles
mudaram o ritmo das fases para pior.
Veja bem, a famosa fórmula de
“corredores com coisas explodindo”
do modo solo de Call Of Duty sempre
foi assim por um único motivo: ela
funciona muito bem. Acontece todo
tipo de loucura numa escala absurda
e sempre há pelo menos um momento
que você faz gritar “eita p****!” É
um momento curto, pois a mágica
só funciona por um tempo e sabe
dar o tom para todo o resto do jogo
– mapas, armas, etc.
Só que Black Ops III joga isso tudo
fora e não acrescenta nada no lugar,
apenas para dar a você a suposta
vantagem de jogar com mais gente –
como se todo o resto do jogo já não
dependesse de outras pessoas para
funcionar... No lugar de coisas como
explodir uma bomba nuclear (na Terra
ou em órbita), ver a torre Eiffel
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
57
O SEU
PERSONAGEM
VIRA UMA
ESPÉCIE DE
ROBOCOP JEDI
DO FUTURO
REVIEW
Além do consagrado modo Zumbi (acima),
Black Ops III traz o inédito Rodada Livre (abaixo)
58
Este intimidante grupo
precisa ser rastreado.
Parece um serviço
para alguém com as
suas habilidades
Acima/esquerda
Aprenda a usar
as habilidades
dos Especialistas
no multiplayer
Acima/direita
Você só utiliza
tirolesas na
campanha. Ou
seja, só no PS4
Esquerda Use
provocações para
humilhar os rivais
ao término das
partidas online
Direta Na história
do modo Pesadelo,
o mundo está
sendo tomado
por zumbis
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REVIEW
cair, dar um rolê com Kevin
Spacey ou andar em uma estação
espacial, você apenas luta contra
um vírus que anda dominando a
cabeça de quem tem os
implantes, ou então anda dentro
da mente de alguns soldados com
cenários flutuando. Isso significa
que espetáculo é muito menor.
Pior ainda: que a Treyarch
considera isso um grande avanço
intelectual para a série.
É uma daquelas coisas que a
gente vê acontecer com jogos
algumas vezes: dá a impressão
de que os produtores estavam
tão apaixonados pela própria
ideia que acabaram esquecendo
o que é realmente importante.
O ritmo é horrível. A campanha
se arrasta por horas e horas
– ela parece bem maior do que
nos outros COD, com fases que
duram mais de uma hora. Chega
um momento em que você
simplesmente olha para o teto e
clama para que a fase apenas
O ESPETÁCULO DAS EXPLOSÕES
FOI MUITO REDUZIDO E QUASE
NÃO EXISTE NA SEGUNDA METADE
acabe logo. O espetáculo das
explosões foi muito, muito
diminuído – é praticamente
inexistente na segunda metade.
A história é uma confusão de
primeira linha: um monte de
diálogos que não fazem muito
sentido, para depois alguém
resumir com uma ou duas frases
que dão uma ideia bem melhor,
mas falham com excelência em
passar alguma importância.
O conflito todo pode ser muito
importante e relevante na cabeça
de quem teve a ideia, mas não
consegue passar isso para o
jogador de maneira alguma. A
fase final é talvez a mais chata
de todos os 12 jogos principais.
“Ah, mas pelo menos jogar
com a galera é legal, né?” Então...
não. Para acomodar mais gente,
o design foi alterado para áreas
mais amplas que apresentam
inimigos mais fortes e que atacam
por todos os lados. Se você não
curte jogar em modo cooperativo,
isso é um pesadelo (prepare-se
para morrer muito em qualquer
dificuldade acima do normal). De
qualquer forma, é simplesmente
chato. Existem muitos encontros
em que você entra em uma sala,
acontece um diálogo e então uns
10 inimigos brotam de todos os
cantos imediatamente, matando
todo mundo sem que ninguém
saiba o que está acontecendo.
Morrer é normal, mas isso tira
a graça de encontros que
poderiam dar aquela adrenalina
por serem surpreendentes.
Além disso, não há
praticamente nada que justifique
ter até quatro pessoas nessa
campanha. Como as pessoas
podem entrar e sair do seu jogo
a qualquer momento, ele deve
levar todo tipo de pessoa em
consideração, por isso não
espere momentos em que é
preciso trabalhar em conjunto
para avançar. Jogar sozinho
(sempre acompanhado de um ou
dois personagens) ou em coop
não vai salvar essa péssima
campanha. Apesar dos gráficos
bem bonitos (embora com um
estilo mais feio que o de
Advanced Warfare), esse modo
solo figura entre os piores de
COD, junto do coitado do Call Of
Duty 3, que ao menos tinha uma
desculpa para ser ruim.
MUDAR PRA QUÊ?
Mas é aquilo que todo mundo
diz: mesmo que a campanha seja
legal, você só vai jogar uma vez
e ficar no multiplayer o resto do
ano. E como Black Ops 1 e 2
estão entre os melhores da série
nesse quesito, é óbvio que Black
Ops III segue esse linha, portanto
a campanha não deveria
influenciar em nada este review...
Bem, isso não é verdade.
Pense em como Advanced
Warfare mudou radicalmente o
multiplayer, a ponto de muita
gente tê-lo odiado por mudar
demais e ser preciso reaprender
a jogar (algo muito comum em
jogos assim, uma vez que as
pessoas não gostam de ver que,
de uma hora para outra, são
ruins novamente). Na teoria, Black
Ops III parece o jogo que devia
estar no meio de Ghosts e AW
– ele tem bem menos opções de
movimentação, mas ainda inclui
pulo duplo e certos poderes. Isso
vai deixar muita gente mais à
vontade, sem dúvida, porém é
tudo meio desconexo e sem
motivo. A impressão é de que se
tratava de um multiplayer
“normal” de COD até alguém
resolver acrescentar as mesmas
opções de movimentação de
Titanfall sem um bom motivo para
isso. Assim, existem mapas em
que você não vê ninguém
correndo pelas paredes, e os
pulos duplos só acontecem no
meio de um tiroteio para tentar
desviar das balas. Fica parecendo
apenas uma decisão para não
“ficar para trás” na nova onda
dos FPSs – mais rápidos, com
uma movimentação mais fluida e
menos realista. O estúdio pegou
o que outro jogo já havia feito,
jogou ali no meio e colocou uma
parede ou outra nos mapas para
justificar esse acréscimo. Como
prova disso, podemos ver muitas
estruturas com telhado baixo o
bastante para alcançar com um
pulo duplo, embora, por algo
motivo, não seja possível subir
na maioria delas.
Essa é só uma das decisões
bem arbitrárias que a Treyarch
tomou. Dos pequenos detalhes
que incomodam, o principal talvez
seja a facada. Agora ela é apenas
uma coronhada e só mata com um
único golpe se acertar bem de
costas. Qual a graça, então? Os
perks são meio insossos dessa
vez também, e é meio difícil
59
Não, este não é um mapa
dentro de uma discoteca.
Trata-se de uma indicação
de zona de risco. Fique o
mais longe possível dela
REVIEW
60
A classe
Serafim dá
acesso ao
revolver
Aniquilador,
que mata
com apenas
um tiro
conseguir killstreaks (500 pontos
para um mísero UAV). Tudo isso é
secundário no design para dar espaço
ao sistema de Especialistas, a maior
novidade do multiplayer.
Eles funcionam assim: há nove
personagens no multiplayer e cada um
tem duas especialidades diferentes.
Mas você pode escolher apenas uma
para usar nas partidas e é preciso
destravá-la com pontos obtidos ao
subir de nível. Os personagens,
portanto, são totalmente irrelevantes,
apenas uma alegoria para a habilidade
que você quer (eles só influenciam na
parte de eSports do jogo, já que é
possível banir certos especialistas).
Existem algumas especialidades
interessantes, como a Glitch, que faz o
personagem voltar alguns segundos
no tempo, recuperando a vida que
A PERFORMANCE DO MODO
MULTIPLAYER É BEM RUIM NO
PLAYSTATION 4 AQUI NO BRASIL
Se você é do
tipo que vai
para cima do
inimigo,
a escopeta
mata com um
único tiro à
queima roupa
tinha, enquanto todo o resto da partida
continua igual. Outra habilidade faz
com que balas desviem do seu corpo,
embora não evite tiros na cabeça.
Algumas das mais legais só são
destravadas em um certo nível e todas
precisam que uma barra fique cheia
para serem usadas – ela se enche
aos poucos e também conforme você
marca pontos. No fim, esse negócio
de habilidades acaba substituindo os
killstreaks sem muita pompa nem
muita influência no mapa. Assim como
a campanha, tentam substituir o caos
por algo mais pessoal, o que tira a
empolgação da coisa toda.
E é por esse tipo de decisão
que o multiplayer parece mais chato
este ano. Call Of Duty sempre vai
ser divertido, e Black Ops III não é
diferente – existem armas legais e
o “feeling” gostoso de COD está
presente como sempre –, mas em
alguns anos é menos divertido. Pela
falta de foco nos sistemas, mapas
pouco expressivos e que ignoram
certas armas e um tempo até morte
bem rápido, o multiplayer do terceiro
Black Ops acaba ficando atrás de
seus precursores.
COISA NOSSA
E ainda tem um problema só para
nós, brasileiros. A performance do
multiplayer é bem ruim no PS4 aqui
no Brasil. Na semana de lançamento
era literalmente impossível jogar uma
partida decente. A mesma coisa
acontecia para todo mundo: conexão
irregular com uma subida de ping para
400ms a cada cinco segundos, o que
fazia você andar dez passos e voltar
cinco. Depois de uns dez dias,
finalmente começamos a encontrar
partidas normais, mas não era raro
entrar em algumas com o mesmo
problema, que aparentemente é
exclusivo do Brasil: quem acabava
entrando em partidas hospedadas
em servidores gringos jogava de boa.
Quem jogou muito Advanced Warfare
sabe que isso não é recente, mas em
Black Ops III está ainda pior.
TRÊS ESTRELAS
O terceiro protagonista dos jogos da
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REVIEW
RAIO-X PRO-BR
O QUE FAZER EM… BL ACK OPS III
14%
Correndo pelas
paredes do belo
mapa Redwood.
32%
Tentando
8% Lembrando
o nome dos atores
que interpretam
os personagens.
entender o que
está rolando na
história do modo
campanha.
20% Decidindo
qual especialista
controlar nas
partidas online.
16% Tentando
ganhar XP extra
no Simulador
de Combate.
10% Desejando
que houvesse
mais pistas para
correr no modo
Rodada Livre.
TA M B É M N O P L AY S TAT I O N 3
A classe
Nômade usa um
nano-enxame
para atacar
o alvo e tem a
habilidade de
reviver uma vez
Se você está cogitando pegar uma cópia
da versão para PS3 de Black Ops III, saiba
que nela não existe modo campanha.
Essa não é uma notícia necessariamente
ruim considerando o que a versão para
PS4 oferece, mas a diferença na
qualidade gráfica é gritante.
Quem joga de
Outrider pode
utilizar este
arco e flecha
especial chamado
Sparrow
OS EXTRAS
1
2
61
Treyarch é sempre o modo
Zumbi, que continua a se expandir
à merdida que sua popularidade
aumenta. Agora há uma
campanha baseada num clima
noir que conta com atores
famosos e certa profundidade
nos personagens. Mas, no geral,
ele não muda muito em relação
ao que vimos antes, exceto pelo
sistema de poderes um tanto
diferente e que é exigido para
encontrar todos os segredos das
fases. Às vezes, dá a impressão
de que os segredos das fases
são meio aleatórios demais, como
ter de encontrar algo muito
específico e levar até um lugar
mais específico ainda.
Para quem curte o modo
Zumbi, é uma oferta bem melhor
que a de Advanced Warfare.
Quem não é muito chegado, como
eu, ele continua sem motivos
para mudar essa ideia.
E NÃO É SÓ ISSO!
Essas são as impressões de
modo geral, mas ainda há coisas
como a versão alternativa da
campanha, que troca os inimigos
normais por zumbis; o Dead Ops
II, que é um joguinho menor no
computador da campanha; modos
de treinamento de tiro e até de
“parkour” (bem entre aspas
mesmo) no multiplayer. A criação
de emblemas está mais detalhada
do que nunca... Enfim, há muita
coisa nesse jogo.
Existe muito, muito conteúdo
mesmo no Call of Duty de 2015.
E não entenda mal, não se trata
exatamente um jogo ruim. Mas a
impressão que fica é de que, com
o ano extra de desenvolvimento
que a Treyarch ganhou, ela se
preocupou em detalhes gráficos
e conteúdo extra em vez de
refinar os pilares centrais da
série para evolui-la de maneira
significativa. O resultado é um
Call of Duty que tem um
multiplayer apenas bom, uma
campanha horrível e um belo
modo Zumbi para quem gosta.
O subtítulo "Black Ops" vai fazer
desta versão um sucesso como
a série não vê há anos, porém
Advanced Warfare era um jogo
bem melhor. Black Ops III tem um
cheiro forte de CoD Ghosts, da
Infinity Ward, mas poucos vão
admitir isso.
1 Na sala de inteligência, durante a campanha, examine as
cadeiras do computador central para iniciar um treinamento
de tiro. No menu principal, você pode brincar no modo Free Run
para testar suas habilidades em uma pista de obstáculos.
2 Ao terminar a campanha de Black Ops III, você habilita o modo
Pesadelo, que repete as missões em uma ordem diferente e com
um enredo de terror no qual o mundo foi tomado por zumbis.
IMERSÃO NA LOUCURA
Testando todos
os poderes da
sua IND.
Vida é
uma missão
Agora consigo
estranha.
fazer as pessoas
vomitarem?
A fase Demônio
Os novos
Interior define
inimigos Warlords
a loucura da
são horríveis
campanha.
0
TEMPO
12 horas
É MELHOR QUE...
VEREDITO
Black Ops III é um jogo enorme
que tenta ter tudo o que é
possível em um COD feito pela
Treyarch, mas traz mudanças
que, além de não evoluírem a
série, pioram certos elementos
da versão anterior. Esqueça a
campanha horrível e vá direto
para o multiplayer.
NÃO
SIM
SIM
Há mais conteúdo, sim,
mas a campanha é
muito (muito mesmo)
pior e o multiplayer
empolga menos.
A história de Hardline
faz mais sentido, mas
outros modos de Call
of Duty oferecem
mais diversidade.
O foco na campanha e
a movimentação fluída
fazem de Black Ops III
uma opção melhor para
o jogo cooperativo.
REVIEW
Jogando como rebelde em
Ataque dos Walkers, você
pode laçar as pernas do
AT-AT quando ele estiver
sem o escudo
62
7
STAR
WARS
BATTLEFRONT
Um jogo de tiro muito bom e limitado pelo universo que representa
PEW! PEW! PEW!
esmo que você não seja um fã
de Star Wars, certamente sabe
da importância que ele tem na
cultura pop e, inevitavelmente, deve
ter visto algum filme, desenho, jogo
ou livro, replicando ou expandindo seu
universo. Independentemente de tudo
isso, é difícil resistir ao chamado de
Battlefront ao vê-lo na tela.
Visual espetacular, clima de ação
intenso entre o Império e a Aliança
Rebelde, gigantescas máquinas AT-ATs
caminhando de forma imponente pelo
campo de batalha e um céu tomado
por aeronaves. Tudo é muito sedutor.
A fidelidade do jogo com os principais
elementos e momentos dos filmes
(especificamente os capítulos IV, V e
VI) é o que o torna tão atraente, mas
também é a fonte de sua limitação.
Mais do que um recomeço para a
franquia Battlefront, a DICE dá aos
fãs de Star Wars um jogo caprichado
e rico em detalhes, acompanhado de
mecânicas bem simples. É tudo tão
direto que qualquer um pode pegar
o controle e se divertir.
Por ter um universo estabelecido,
GIL LIVRAMENTO
M
FICHA
CONSOLE PS4
GÊNERO AÇÃO
PRODUTORA
WARNER BROS.
DESENVOLVEDORA
DICE
ÁUDIO/LEGENDA
PORTUGUÊS
a ausência de um modo campanha,
com uma trama original que brinque
com as possibilidades – Star Wars:
Force Unleashed é a prova de que
isso é possível – faz falta em Battlefront.
Embora o jogo tenha foco no
multiplayer, ele tenta agradar com
um modo Missões que permite jogar
partidas cooperativas (online ou local
com tela dividida), com um amigo
ou acompanhado por um aliado
controlado pela Inteligência Artificial.
Em Missões, há as categorias
Treinamento, Batalha e Sobrevivência,
com três níveis de dificuldade. Cada
ocorre em pequenos mapas onde
você é desafiado a cumprir certas
condições para ganhar três estrelas.
Dentre as categorias aqui, a mais
interessante é a Sobrevivência. Nela
você e um aliado devem sobreviver
a 15 ondas de ataque inimigo em
quatro mapas distintos.
Treinamento apenas o apresenta
às diferentes mecânicas do jogo, uso
de cartas e sistema de evolução para
habilitar armas e uso de habilidades.
Em Batalha, você e aliados (todos IAs)
enfrentam uma equipe rival controlada
por um segundo jogador ou por IAs.
A regra é: mate inimigos e pegue os
cartões. Diverte, mas cansa rápido.
Nem tente jogar sozinho na dificuldade
Mestre, pois é muito desequilibrado:
a IA que controla seus aliados é
estúpida e apenas você pode pegar os
cartões deixados pelos adversários,
enquanto a IA que controla o time
adversário é muito eficiente e todos
eles pegam os cartões deixados pelos
integrantes mortos da sua equipe.
Quanto ao Multiplayer, a cereja
do bolo, logo de cara temos nove
categorias: Supremacia, Ataque dos
Walkers, Esquadrão de Caça, Batalha,
Captura de Carga, Zona de Impacto,
Captura de Droides, Caça ao Herói e
Heróis vs Vilões.
DISTÚRBIO NA FORÇA
Embora cada categoria tenha seus
próprios desafios e méritos, todas
dividem os mesmos mapas (que são
poucos), elementos e regras em
maior ou menor escala. As mais
divertidas por volume de jogadores
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
RAIO-X PRO-BR
Boba Fett usa
mochila de
propulsão para
flutuar por alguns
segundos e ter
visão total do alvo
O Q U E FA Z E R E M ... S TA R WA R S B AT T L E F R O N T
15%
Xingando a IA
enquanto tenta
obter três estrelas
no modo Missões
3% Se irritando
ao enfrentar
um herói ou vilão
em batalha
Para cada modo de
jogo é importante
usar equipamentos
diferentes
2% Aprendendo
a controlar um
herói ou vilão
10% Causando
estragos no
comando de
um AT-AT
50%
Jogando
alternandamente
em Supremacia e
Ataque dos
Walkers
13% Tentando
derrubar a
Escravo I e a
Millenium Falcon
7% Torcendo para
não ressurgir em
meio aos inimigos
C L Á S S I C O AT U A L I Z A D O
Com o lançamento de Battlefront, o clássico Super Star
Wars (1992), de Super Nintendo, foi relançado para
PS4 e Vita em formato digital. Além de filtros e ajustes
visuais, o jogo também recebeu suporte a troféus.
63
E F I C I Ê N C I A E M B ATA L H A
1
2
No modo multiplayer, ter um parceiro permite compartilhar equipamentos
NDO
OU
ELE!
M
HA
ES S A AC E R T
C
Battlefront faz um excelente
trabalho de homenagem à
franquia Star Wars, e tem
como trunfo a forte paixão dos
fãs atiçada com a chegada do
novo filme O Despertar da
Força. Mas é sua fidelidade ao
universo cinematográfico que o
limita enquanto jogo e o faz
"simular" diversidade sem a
oferecer de fato. Apesar do
pouco conteúdo disponível, é
bastante divertido e muito
prazeroso de jogar.
E S TA N T E D E T R O F É U S
FIQUE SE A
VEREDITO
1 Atirar continuamente faz sua arma superaquecer e trava por
alguns segundos, até que a barra de resfriamento esvazie. Note
que nessa barra há dois pontos amarelos. Assim que o marcador
ficar sobre esses pontos, aperte ¿ para resfriar reativar a
arma imediatamente. 2 Quando usar a visão em terceira pessoa
(aperte e segure ¦ para mudar), dê um toque em ¦ para
alternar a posição da mira entre esquerda e direita, o que
facilitar mirar e enxergar atrás de quinas e paredes.
ÃO
tempo precioso voltando à ação.
Não é possível mexer em nada
nas naves e, assim como
controlar heróis ou vilões no
campo de batalha, enfrentar
as naves Escravo I ou Millenium
Falcon é absurdamente injusto.
A personalização do jogo é
mínima e não permite fugir do
que se vê nos filmes. Por mais
que se use novos equipamentos
e armas, parece que nada evolui.
ES
TR E
N
ficam por conta de Supremacia,
no qual as duas equipes disputam
o controle por território, e Ataque
aos Walkers, em que o Império
deve anular transmissões para os
Walkers atacarem, enquanto os
Rebeldes tentam anular o escudo
dos Walkers e derrubá-los. Os
combates são 20vs20, há vários
bônus aleatórios pelo mapa e alguns
permitem controlar heróis ou vilões,
aeronaves e veículos, oferecendo
alguma variedade em um mesmo
combate. Em Batalha, temos o
mata-mata 10vs10 bem bacana.
Já as demais categorias são
compactas e repetitivas. Mas, no
geral, todas compartilham o mesmo
problema: ao morrer, você renasce
em um ponto aleatório do mapa...
geralmente entre os inimigos.
Não há como fixar um local para
renascer, no máximo pode usar
um parceiro para aparecer junto
dele. Já em Esquadrão de Caça
(com foco em combate aéreo), a
situação se inverte: você nasce
distante do combate e perde um
BRONZE
Em Esquadrão de Caça,
destrua a Milenium Falcon
e a Escravo I. O problema
é que elas são muito
resistentes.
PRATA
OURO
Em Ataque dos
Consiga três estrelas
Walkers, jogando como em todos os mapas em
rebelde, use uma nave Missões. É bom ter um
para derrubar um
amigo que queira muito
AT-AT com o cabo.
este troféu. É tenso!
REVIEW
Lutar contra grandes vilões
exige a manipulação inteligente
das peças no pedestal
64
MATTHEW PELLETT
MULTIVERSO DE PLÁSTICO
LEGO
DIMENSIONS
Um jogo que não vai deixar os pais muito felizes
S
eu filho (ou você) gosta de
Lego? Tem dinheiro para
investir nessa brincadeira?
Essa é a pergunta que você precisa
fazer a si mesmo quando pensar em
Lego Dimensions, pois não é apenas
um jogo em uma caixa com bonecos,
mas uma plataforma com grande
variedade de elementos adicionais
que são charmosos e perigosos
para o bolso dos desavisados.
É importante falar sobre isso logo
de cara, porque embora o pacote inicial
básico contenha horas de jogo (sem
contar as peças Lego de verdade para
montar o portal, três personagens e
um pequeno Batmóvel, que pode ser
montado de duas formas diferentes),
Lego Dimensions não tem vergonha
de pedir para você gastar mais. E,
sendo um fã adulto de Lego (sim,
isso existe e sou prova viva disso)
e tendo gastado uma grana em
Skylanders e Disney Infinity, até eu
fico impressionado com o prejuízo
em potencial.
Como acontece nos jogos de Lego,
personagens e veículos diferentes têm
habilidades diferentes que permitem
FICHA
CONSOLE PS3/PS4
GÊNERO
AÇÃO
PRODUTORA
WARNER BROS.
DESENVOLVEDORA
TT GAMES
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS/INGLÊS
superar vários obstáculos conforme
a aventura progride. Porém,
diferente dos demais jogos Lego que
você conhece, em Dimensions esses
personagens e acessórios são
destravados ao comprar os bonecos
de verdade, montá-los e colocá-los no
portal do jogo. Não que eu discorde
da ideia (gosto de ter uma coleção
física de brinquedos, e fica ainda
melhor por serem Lego), mas sim
da frequência com que sou avisado
sobre mais conteúdo.
É BRINCADEIRA
Quando a abertura acaba, Batman,
Gandalf e Megaestilo vão parar na
Terra de Oz, a primeira fase do jogo.
É um lugar muito, muito bem feito,
com símios voadores, uma estrada
de tijolos amarelos e uma piada
com o espantalho que exemplifica o
excelente senso de humor de Lego
Dimensions. Depois de alguns passos
encontro meu primeiro obstáculo:
uma barricada de blocos prateados
que pode ser destruída por um
monte de personagens diferentes...
que não estão no pacote inicial.
7
Felizmente, tenho o pacote Wizard
of Oz Wicked Witch Fun, então posso
entrar naquela área nova. Mais alguns
passos e preciso de outro personagem
– Benny, do filme Uma Aventura Lego
– para ativar outra coisa. Novamente,
isso não foi um problema porque
também tenho ele. Mais alguns passos
e preciso de personagens que nem
estão disponíveis ainda (primeiro,
o palhaço Krusty ou o Aquaman, e
outros os bonecos do Midway Level
Pack), antes de encontrar um
quebra-cabeça que me pede um
Ninjago. Comecei a jogar faz poucos
minutos e embora alguns desses
obstáculos possam ser passados por
mais de um personagem ou um veículo
modificado (e grande parte desses
caminhos fechados sejam apenas
oportunidades descartáveis de ganhar
mais parafusos), já estou exausto
com tudo isso a essa altura.
VAMOS CONSTRUIR
Esses "excessos" realmente estragam
um pouco da jornada, pois embora
Lego Dimensions não fique entre os
melhores jogos da marca que a TT já
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
RAIO-X PRO-BR
Sem o pacote de
Doctor Who não é
possível acessar
certos pedaços
do jogo
O QUE FAZER EM... LEGO DIMENSIONS
25% Fazendo
vozes para os boneco
enquanto monta
os veículos
Embora muito
curto, o pacote do
jogo Portal é quase
perfeito. Compre!
20% Debatendo
se deve comprar
ou não mais
pacotes de
brinquedos
25%
Acertando tudo
no cenário para
ganhar mais
parafusos
5% Confuso com
quebra-cabeças
que envolvem o
pedestal
15% Ficando
bravo com a
frequência das
áreas bloqueadas
10% Gastando
horas dentro do
mundo aberto de
cada franquia
SEGUNDA OPINIÃO: FÁBRICA DE PAR AFUSOS
Eu não acho que as licenças de Dimensions
sejam tão boas quanto Marvel e Star Wars do
Disney Infinity, mas enquanto aquele jogo só o
deixa usar dois personagens de uma vez, este permite
até sete. Gimli enfrentando a Bruxa Malvada do Oeste
no Batmóvel? Maravilha! A parte negativa, claro, é o
preço faraônico. É caro demais para mim. Ben Griffin
produziu – as fases, às vezes,
são muito segmentadas e a ideia
de parar o jogo constantemente
graças ao volume de partes de
bonecos específicos para usar
não tem um bom ritmo. É um
jogo bastante divertido.
Jogar utilizando peças físicas
de Lego acrescenta muito à
experiência e o pedestal dos
brinquedos faz a sua mente
trabalhar muito mais do que
imaginava. Você é forçado a
mudar os bonecos de lugar nos
painéis coloridos para escapar
dos ataques dos chefes, ativar
magias e mudar algumas partes
de certos brinquedos no meio da
fase. Essa ideia física de colocar,
mudar e até remontar certos
brinquedos é recompensadora.
Mais a fundo no jogo, quando
as fases se abrem um pouco
mais (a homenagem ao episódio
"Blink" da série Doctor Who é
espetacular), comecei a explorar
os mundos maiores, onde tudo
faz mais sentido, e as piadas que
surgem da grande mistura de
séries distintas fazem um sorriso
ficar estampado na sua cara.
Mas este jogo poderia ter ido
muito além. Se fosse mais contido
na frequência com que pede mais
bonecos e mais criativo para sair
do padrão repetitivo de "área
pequena, chefe, área pequena",
ele poderia se tornar um dos
clássicos instantâneos dos
videogames. Em vez disso, é
uma divertida primeira tentativa
no gênero e sincero demais
na hora de pedir seu dinheiro.
DA L
F
Com Gandalf, que cai
no jogo vindo direto
de Khazad-dum.
O pacote inicial vem
com o Bruce Wayne
e seu Batmóvel.
É difícil mensurar o quão grandiosa é a colisão das diferentes licenças no jogo
AN
A
AN
ES
TILO
MEG
M
AT
G
B
AMIGOS E INIMIGOS
E a Megaestilo, do filme
Uma Aventura Lego,
que ficou popular.
COMO... MELHORAR SEU VEÍCULO
1
2
3
1 Isso é muito mal explicado no jogo. Na área principal você precisa
acessar o computador usando o pedestal virtual dentro do jogo com
um personagem que combine com o veículo a ser melhorado (exemplo:
Batman com o Batmóvel) e o boneco físico deve estar no pedestal de
verdade. 2 Aperte ¼ e você acessa o menu. 3 Faça dez upgrades e
gaste os blocos necessários para destravar a próxima melhoria. Agora
desmonte seu veículo e monte de novo com as instruções na tela. Ufa!
É MELHOR QUE...
VEREDITO
Um lançamento genuinamente
engraçado com a ajuda de
licenças excepcionais, uma
história maluca e brinquedos
maravilhosos. Ideal para
quem é fã de Lego, mas não
para quem fica bravo com
muito conteúdo pago.
SIM
NÃO
SIM
A Toy Box do Disney
A varidade de licencas Essa é difícil. Os jogos
Infinity deixa você
dão um apelo muito
clássicos de Lego são
montar mundos virtuais, maior a Dimensions,
melhores, mas os
mas Lego físico no
mas Skylanders é bem bonecos de Dimensions
mundo real é mais legal.
mais generoso.
dão um "tchan” a mais.
65
REVIEW
É muito difícil fazer
uma boa luta com um
sistema de comando
complexo e pouco explicado
66
FRAQUINHO
DOUGLAS PEREIRA
WWE
2K16
O campeão não está aqui
ão foi desta vez que o mundo
da luta-livre da WWE foi bem
representado nos videogames.
E olha que a Yuke's, estúdio japonês
responsável pela franquia, tenta ano
após ano desde o ano 2000... Hm,
acho que temos uma ideia de onde
o problema pode estar. Como velhos
saudosistas, vamos ficar lembrando
de como WWE No Mercy (N64) era
incrível e de como nenhum outro
jogo representou tão bem a
diversão e adrenalina do gênero.
O pior é que o jogo acerta muito,
muito mesmo, só que fora do ringue.
Os menus são cheios de fotos legais,
o visual é muito bom (embora uns
lutadores sejam mais bem feitos que
outros – basta comparar o Triple H
com o Shawn Michaels), e existe uma
infinidade de modos de jogo e tipos de
lutas. O maior elenco da história dos
jogos da WWE está presente, mesmo
com certas ausências – em especial,
um monte de mulheres, como a Sasha
Banks, muito provavelmente pelo
contrato do elenco ter sido fechado
antes da tal "revolução das Divas" que
acontece atualmente na NXT e WWE.
O 2K Showcase desse ano conta a
N
FICHA
CONSOLES
PS4/PS3
GÊNERO
LUTA
PRODUTORA
YUKE'S
DISTRIBUIDORA
2K SPORTS
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS
trajetória do Stone Cold Steve Austin,
considerado por muitos com o maior
de todos e principal símbolo da
Attitude Era, a melhor a mais popular
fase da luta-livre. O modo conta com
resumos feitos pelo extraordinário
time de vídeos da WWE para resumir
as grandes histórias do ídolo entre
as lutas, como sua rivalidade com os
ícones Bret Hart e The Rock. Esse tipo
de coisa é muito legal, deixa qualquer
fã de wrestling feliz da vida e honra o
que a WWE tem de melhor a oferecer.
Até o modo de criação de
lutadores é ótimo, especialmente
comparado à fraquíssima versão de
2014 – é possível usar fotos como
base para criar rostos, cinturões, etc.
Ele ajuda a tornar o modo MyCarrer
mais interessante e galgar os passos
da NXT até o cinturão principal da
WWE fica mais divertido com um
personagem com a sua cara ou a
de alguém famoso que ficou de fora
do elenco, como o CM Punk.
ESTRAGA TUDO
Mas aí nós caímos na parte em que é
preciso jogar e tudo desmorona. É
chato demais jogar 2K16. As lutas
5
priorizam animações longas e
verossímeis em vez da diversão, então
você acaba assistindo muito mais do
que jogando. E boa parte das suas
ações não equivale muito bem a
"jogar". Vários sistemas são baseados
em pequenas misturas de minigames
com quick time events mal pensados,
confusos e sem graça. O jogo não
faz questão de explicar muito bem
como como ele funciona além desses
sistemas específicos, talvez porque,
bem, quem fez o jogo parece não se
importar muito com isso.
O que importa é apenas que as
animações onde não há nenhuma
interatividade estejam iguaizinhas ao
que vemos na TV. O resto é apenas
um monte de lutadores que se
movimentam de forma lenta, lutam
de jeito truncado e não possuem
nenhuma janela para improvisação.
VEREDITO
Tudo que não envolve o ato de jogar
trata os fãs com bastante respeito.
Dentro do ringue, o jogo ignora
possíveis novos jogadores e não
explica como lutar.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
Você conhece vários
personagens ao longo da
trama, mas nem todos
são o que aparentam ser
68
PEDRO SCIAROTTA
CONTRA O DESTINO
LIFE
IS
STRANGE
A última impressão é a que fica
Q
ue tal um jogo sem explosões,
tiroteios e zumbis para variar
um pouco? Life is Strange é
um jogo de aventura episódico que
se destaca por sua história humana,
personagens realistas e ambientação
detalhada, ainda que o último episódio
jogue tudo para o ar e evidencie um
enredo confuso.
A protagonista é Max Caufield,
uma jovem estudante de fotografia
que volta para sua cidade natal
(Arcadia Bay) após passar cinco
anos fora. O episódio inicial, Chrysalis,
apresenta o mundo e estabelece uma
ótima ambientação. Logo no começo,
Max tira uma selfie durante a aula
de fotografia, com sua máquina estilo
Polaroid, e o professor discute que
o conceito de autorretrato existe
faz tempo. O episódio é repleto
de referências artísticas que
constroem um universo singular,
ainda que possa parecer "hipster"
demais às vezes.
Não se engane, nem tudo é rotina.
Além de ter a visão de um tornado
destruindo Arcadia Bay dentro de
alguns dias, Max descobre possuir
FICHA
CONSOLES PS3/PS4
GÊNERO AVENTURA
PRODUTORA
SQUARE ENIX
DESENVOLVEDORA
DONTNOD
ENTERTAINMENT
um poder de voltar no tempo (a ideia
mais legal de Remember Me, jogo
anterior da Dontnod) e o usa para
evitar que uma garota leve um tiro
no banheiro da escola Blackwell.
A mecânica se torna bem original
ao ser aplicada a esse tipo de jogo.
Repetir uma conversa já sabendo a
melhor linha de diálogo (adquirida
após conversar pela primeira vez) é
recompensador, ainda que seja algo
intrínseco ao roteiro. O peso das
escolhas também fica maior. Na
maioria das vezes, é possível reviver
uma situação e escolher a opção
desejada, fazendo com que a escolha
não seja uma decisão sob pressão,
mas algo calculado.
Porém, apesar de conhecer o
resultado imediato, só é possível
imaginar quais as consequências
dessa ação – e o jogo avisa: suas
decisões afetam passado, presente
e futuro. A narrativa só perde força
quando Max fala que o poder "não é
infinito" ou não se pode voltar no
tempo em um momento específico,
logo após tê-lo usado sem limites
nas situações anteriores.
7
EFEITO BORBOLETA
Out of Time, o segundo episódio de Life
is Strange, estabelece a relação da
protagonista com sua melhor amiga
Chloe Price, uma garota de cabelo azul,
descolada e que sempre está metida
em encrenca. Com diálogos factíveis e
personalidades verossímeis, a relação
entre as duas é um dos pontos mais
interessantes do jogo.
Outro elemento positivo são os
cenários – como a escola e os
dormitórios –, repletos de detalhes
que contextualizam os personagens.
Cada quarto reflete a personalidade
de seu ocupante, como a bagunça de
Chloe ou as dezenas de fotografias
de Max. Os detalhes também trazem
toques sutis de humor. Que tal uma
frase de Gandhi ("seja a mudança que
você quer ver no mundo") na porta do
quarto da patricinha que implica com
os outros? Esse nível de atenção ao
ambiente cria a vontade de explorar
as áreas de jogo não apenas para ver
o que ele tem a oferecer, mas também
procurar as oportunidades de tirar
fotos, o único colecionável do jogo
(são dez por episódio).
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
RAIO-X PRO-BR
O visual limpo do
jogo esconde uma
gama de pontos
de interação
interessantes
O QUE FAZER EM... LIFE IS STR ANGE
17%
Chorando no final…
de raiva
A vida de Max muda
ao reencontrar sua
amiga de infância
Chloe Price
45%
Criando
situações para
tirar fotos
20% Decidindo
se você quer
omelete ou
panquecas no
café da manhã
18% Voltando
no tempo para
refazer um diálogo
QUEM SOM É ESSE?
Um dos pontos fortes de Life is Strange é sua trilha
sonora. Composta por Jonathan Morali, líder da banda
francesa Syd Matters, o som é leve e tem um estilo
folk, mas ganha peso conforme os acontecimentos
do jogo ficam mais obscuros. Além disso, as canções
licenciadas são pérolas pouco conhecidas, destaque
especial para "To All of You" e "Obstacles", da banda do
compositor, e "Crosses", de José González (o mesmo
de "Far Away", presente em Red Dead Redemption).
69
A história toma um novo rumo
nos episódios Chaos Theory e
Dark Room: a investigação do
sumiço de Rachel Ambers, amiga
de Chloe e estudante de Blackwell.
Em um momento, é necessário
escolher as pistas certas para
avançar, ligando datas, horários e
mensagens. Pode ser frustrante
caso não se perceba a lógica,
mas é recompensador obter o
êxito sem ajuda. Max ainda revela
uma nova habilidade. Ao melhor
estilo do filme Efeito Borboleta,
ela é capaz de voltar no tempo
ao observar uma foto.
PRÁTICA DO CAOS
Polarized, quinto e último episódio,
joga pelo ralo o que foi construído
anteriormente. Em poucos minutos,
Max alterna entre dimensões um
monte de vezes, indo e voltando
no tempo. Não é fácil criar um
enredo sem furos com a premissa
de viagem no tempo e o episódio
final deixa tudo tão confuso que
se perde a vontade em entender
o que acontece, desconectando
o jogador de quase todas as
motivações da personagem.
Uma reviravolta no roteiro
pega o jogador de surpresa,
mas junto com ela acontece
uma mudança de visão e
comportamento de grande parte
dos personagens. É algo brusco,
que não faz sentido
e parece existir apenas para
(tentar) criar uma emoção. Há
um excesso de diálogos, com
personagens se culpando por
coisas fora de alcance e
tentativas forçadas de fazer o
jogador se sentir mal por conta
de suas escolhas. É bem chato.
Quando existe alguma ação, é
necessário ser furtivo e andar
pelas sombras, algo com pouca
relação ao resto do jogo.
Life is Strange ainda possui
mais alguns pontos negativos
menores, como a parte gráfica, a
movimentação dos personagens
e a sincronia labial, que deixam
a desejar, principalmente se
comparado com qualquer grande
produção. A apresentação, pelo
menos, é compensada com uma
trilha sonora leve e tocante, que se
encaixa naturalmente com o jogo.
VEREDITO
Life is Strange mostra uma
história com foco humano,
cenários detalhados, uma
mecânica bacana e uma trilha
sonora de primeira, mas
falha em amarrar tudo
isso de forma coerente
em seu episódio final.
TUDO AO SEU REDOR
Interagir com pessoas e objetos, por mais banais que sejam as
situações, pode abrir novas opções de interação que exibem detalhes
e referências que tornam o mundo ao seu redor ainda mais atraente.
Consequentemente, essas interações podem ocasionar a troca de
mensagens de texto – basta abrir o celular para responder e obter
novas informações. Muitas dessas interações afetam, gradualmente,
acontecimentos e momentos críticos da trama, criando linhas extras
de diálogos e acontecimentos levemente diferentes, porém bastante
interessantes. Observe tudo ao seu redor para uma experiência plena.
OLHA O TROFEUZINHO
De olho na participação de um
concurso de fotografia, Max
anda com sua câmera. O jogo
oferece situações, lugares
e momentos que podem ser
fotografados, ou seja, basta
interagir. Parte dessas fotos
envolvem criar condições
usando os poderes de Max,
e cada foto vale um troféu.
REVIEW
A narrativa criativa apresenta
um mundo carismático, repleto
de humor e combates com
cenas exageradas
70
NOITE AGITADA
MATT CLAPHAM
AMONG
THE
SLEEP
Longe da mamãe, o mundo pode ser um lugar medonho
mundo é um lugar assustador,
mas quando você é uma criança
parece ainda pior. Solavancos na
noite, monstros debaixo a cama, ruídos
altos e estranhos. Tudo é aterrorizante
e um motivo para molhar as calças (às
vezes literalmente) graças ao recém
formado poder da imaginação. De fato,
os estágios iniciais da vida oferecem
material para criar um jogo de terror
maravilhoso nunca antes feito. Como
uma criança sem poder, o mundo ao
seu redor vira uma verdadeira fábrica
do medo projetado por sombras.
Em Among the Sleep sua visão é em
primeira pessoa, as vezes próxima do
chão, mostrando a perspectiva de um
garotinho de dois anos. Após celebrar
sua festa de aniversário, você é levado
para a cama e acorda de repente no
meio da noite. Ao notar que sua mãe
não está por perto, tem início uma
aventura surreal para lidar com
seus medos e limitações.
Nas primeiras horas de jogatina,
a produtora Krillbite Studio faz uso de
conceitos e pensamentos, valendo-se
da baixa estatura para expor o mundo
a uma perspectiva estranhamente
restrita. Em uma casa rangendo, você
O
FICHA
CONSOLES
PS4
GÊNERO
SURVIVAL HORROR
PRODUTORA
KRILLBITE STUDIO
DISTRIBUIDORA
KRILLBITE STUDIO
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS/INGLÊS
transita por corredores com painéis de
carvalho que dão vida a uma floresta
assustadora. Gavetas se transformam
em plataformas para alcançar lugares
altos, enquanto um par de botas velhas
pode parecer algo horripilante quando
você a observa escondido de debaixo da
cama, com seus ouvidos apunhalados
repentinamente por uma música.
Os controles brincam em enganar o
cérebro adulto ao inverter padrões de
comando e manifestar medos infantis.
Engatinhar, muitas vezes, é mais rápido
do que andar, embora seja difícil se
orientar em um mundo construído para
gigantes. Leve seu bicho de pelúcia ao
peito para criar um brilho sutil que
pode guiá-lo conforme você balança
lentamente para frente com uma
sensação de conforte e vulnerabilidade.
7
rápida que seus pezinhos minúsculos
permitam. Você também encontra
muitas variações sobre o tema de
descobrir uma maneira de escalar
até o alto de prateleiras, uma ideia
visualmente bonita, porém repetida
exaustivamente.
Há um detalhado sistema de física
que rege os acontecimentos quando
você pega um item com suas mãos
gordinhas, mas usá-las é quase inútil.
Em meio a tudo isso, há a brincadeira
de esconde-esconde com monstros.
Pena que o jogo seja fraco em sua
capacidade de iludir, tornando-o mais
limitado e, às vezes, frustrante. Among
the Sleep parece mais interessado em
criar uma atmosfera tensa do que dar
sustos. Eu só queria que o design do
jogo fosse bem resolvido e com um
pouco mais de maturidade.
EM BUSCA DA MAMÃE
É uma pena que, enquanto a sensação
de medo é enriquecida pelo contraste
com cores fortes, os quebra-cabeças
são extremamente simples como
rabiscos de lápis de cera. Raramente
surge uma tarefa que envolva mais do
que encontrar um caminho ou fugir de
objetos assombrados na maneira mais
VEREDITO
Mais do que um (instável) simulador
de caminhada, Among the Sleep ainda
precisa de um pouco mais de jogo e
menos quebra-cabeças repetitivos.
Mesmo assim, ainda tem aquele toque
de curiosidade que vai prendê-lo.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
A narrativa criativa apresenta
um mundo carismático, repleto
de humor e combates com
cenas exageradas
72
GUERRA NO NETHERWORLD
GIL LIVRAMENTO
DISGAEA 5
ALLIANCE
OF
VENGEANCE
Extrapolando, mais uma vez, todos os limites e expectativas
pesar do número cinco no título,
Alliance of Vengeance é o sexto
jogo da saga principal de RPG
tático da Nippon Ichi e o primeiro para
PS4. São mais de dez anos expandindo
um rico e divertido universo que faz
paródia sobre tudo, traz as situações
mais absurdas, muito humor negro e
personagens maravilhosos e únicos.
Disgaea 5 é protagonizado por Killia,
um demônio errante obsecado pela
destruição do Void Dark e seu exército
que planeja dominar todo o Netherworld.
Killia une forças com Overlords
(demônios territoriais) e então somos
apresentados aos membros da equipe:
o especialista tático Christo, a princesa
arrogante Seraphina, a amaldiçoada
com "fofura" Usalia, o impaciente Red
Magnus, e a criança especialista em
ninjutsu Zeroken.
O jogo traz uma nova roupagem ao
apresentar sprites de personagens em
alta definição e com mais quadros de
animação, um deleite para os amantes
do estilo 2D. Os diálogos falados são
excelentes, mas agora limitados às
A
FICHA
CONSOLES
PS4
GÊNERO
RPG TÁTICO
PRODUTORA
NIPPON ICHI SOFTWARE
DISTRIBUIDORA
NIS AMERICA
ÁUDIO/LEGENDA
INGLÊS/INGLÊS
cenas principais entre missões. Em
qualquer outra situação, as falas se
limitam a jargões e frases repetitivas.
Todos os elementos clássicos da saga
estão de volta. Alguns receberam
melhorias estéticas e ajustes mínimos
em suas mecânicas, como a Assembleia
de Estratégia (demônios votam a favor
ou contra o uso de recursos e você pode
suborná-los ou desafiá-los) e o Item
World (evoluir um item vencendo uma
sequência de calabouços).
A dificuldade foi reduzida e permite
que os novatos conheçam o universo
sem se frustrarem muito. Da mesma
forma, veteranos não foram esquecidos
e podem participam de batalhas contra
personagens com nível acima de 9.000!
Fora as missões principais, temos as
missões paralelas com desafios simples
que levam a explorar elementos e
ensinam a tirar melhor proveito nos
combates. Evoluir seus personagens
leva tempo, mas você pode comprar
melhorias em técnicas e poder de
ataque com um comerciante. O sistema
de combate é reciclado, bom pela
9
familiaridade, mas merecia um
refinamento para uma apresentação
de menus mais enxuta.
O recrutamento de aliados ficou
melhor e traz diversidade visual ao
seu exército. O sistema de afinidade
permite criar poderosos ataques
combinados. A novidade é a barra de
Vingança, que desperta a fúria da sua
equipe ao ver um aliado cair ou ser
ferido. Ela ativa a ação Overlord, um
ataque insano – os heróis principais
possuem ataques Overlords únicos.
Alguns são exageradamente cabulosos,
como uma imitação do Limit Break de
Squall (FFVIII) que corta o planeta ao
meio, acidentalmente, ou provoca a
extinção de uma galáxia.
VEREDITO
Alliance of Vengeance é um jogo
incrível, uma pérola para os fãs do
gênero e um convite aos novatos.
Tudo é carismático, há muito conteúdo
opcional para os obsessivos e risadas
à beça nas 20 horas na campanha.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
REVIEW
CONSOLE PS4 PRODUTORA DELVE INTERACTIVE
FICHA DISTRIBUIDORA
RISING STAR GAMES
PS4/VITA PRODUTORA ARTDINK
FICHA CONSOLES
DISTRIBUIDORA BANDAI NAMCO
1
PONCHO
A
74
sombra da brincadeira com perspectivas
de FEZ paira sobre Poncho, um jogo de
plataforma 2.5D com premissa intrigante. Sua
mecânica central é a 'plataforma de paralaxe',
com a qual o pequeno robô Poncho, assim
nomeado devido a seu singular vestuário, é
capaz de alternar entre planos bidimensionais.
É uma mecânica bacana, em que um toque
nos botões de ombro o manda para frente ou
para trás entre as camadas do cenário. Nos
primeiros níveis é fácil entender como o mundo
funciona – certos blocos movem-se por tempo,
outros apenas se você alternar entre os planos
– e a exploração é recompensada com chaves
que abrem outras áreas da fase. Não é inovador,
mas divertido e modesto, marcado por uma forte
trilha sonora e e um estilo visual interessante.
Do meio do jogo em diante, as mecânicas e
os picos de dificuldade expõe as deficiências
brutais do jogo. Poncho é muito lento e a
velocidade dos movimentos dos blocos exige
nada menos menos do que um salto perfeito
para não ser punido. A frustração se acumula
e vira hábito, já que você está constantemente
contando com informação visual para descobrir
em qual plano os objetos permitem a navegação
de Poncho, além de precisar reagir rapidamente.
Embora não exista limite de vida, tudo fica
complicado demais em vez de desafiador.
Algumas áreas você supera fazendo o melhor
que pode; em outras, é preciso teimosia e várias
tentativas. O prazer de jogar some conforme
você cai em armadilhas ardilosas.
Um sistema de checkpoint até
ajudaria, mas a frustração é
muito alta e bate a tristeza com o
potencial disperdiçado. Ben Tyrer
5
PS4 PRODUTORA KRAKEN EMPIRE
FICHA CONSOLE
DISTRIBUIDORA RISING STAR GAMES
1
SWORD ART ONLINE
LOST SONG
U
m JRPG que se passa em um mundo
virtual que, por sua vez, está dentro
de um MMO baseado em um anime que
foi adaptado de um romance... Sim, você
fica mais do que perdido ao jogar Lost
Song sem ter um conhecimento prévio
do universo de SAO. Com pitadas de
histórias passadas, este é um título
que se esforça para agradar somente
aos fãs mais dedicados da série.
O herói Kirito explora as ilhas
flutuantes de Svart Alfheim ao lado de
sua amada Asuna e uma equipe com
mais de 15 personagens jogáveis. Na
maior parte do tempo você está voando
pelos céus, saqueando calabouços e
lutando contra subchefes ao mesmo
tempo em que busca os segredos do
líder da guilda Shamrock.
Controles bacanas tornam as batalhas
agradáveis e você tem acesso a tudo
com o toque de um botão (defender,
usar magia ou acertar uma combinação
de ataques). Na missão principal, uma
visita à cidade de Ryne ativa uma série
de eventos em visual novel e aprofunda
a relação de Kirito com seus amigos.
Em Lost Song há coleta de materiais
para melhorar suas armas. Os mapas
e monstros são sem graça, o enredo
é todo bonitinho, mas com
um elenco original e um
sistema de batalha fluído.
Um jogo do tipo difícil de
resistir. Jenny Baker
7
2
1
KROMAIA OMEGA
E
ntender as explicações deste shoot 'em
up é como ver um almirante gesticulando
enquanto mergulha na imensidão do espaço
usando apenas uma sunga de banho, voando
na direção ao Sol... não faz o menor sentido!
Kromaia Omega faz você controlar uma
nave em um ângulo de seis graus e usar
o rolamento livremente, uma combinação
difícil e pouco divertida. Embora seja bacana
disparar armas laser e mísseis contra
asteroides, o jogo é uma lástima para
explicar os comandos. A configuração
padrão é š para ataque primário e ™
para ataque secundário. Mantenha os botões
pressionados e você terá ataques alternados.
As direções ¥, < ou > no controle digital
disparam um gancho, enquanto ¦ ativa o
modo cooperativo.
O estranho é que a jogabilidade luta para
para acompanhar o propósito e a progressão
que o jogo oferece. O cosmo hiperestilizado
está repleto de enigmas interessantes,
mas quando enxames de inimigos não
identificados aparecem, mal é possível
dizer o que está acontecendo. Sério, o que
acontece na tela? Tudo fica confuso demais.
Fora o modo normal de jogo, você
tem o modo Pure (com apenas uma
vida) e o famigerado Score Attack para
tentar ter algum prazer na brincadeira.
Kromaia Omega tenta inovar ao trazer
algo diferente dentro do estilo de jogo
de navinha, não apenas por
mudar a perspectivas, mas por
exagerar na pirotecnia e ser
incapaz de oferecer um
tutorial decente. Jen Simpkins
5
2
2
1 Você coleta pedras preciosas, que são usadas
para comprar chaves. 2 A fase da água o obriga
a segurar ½ para ver as camadas interativas.
1 Svart Alfheim é a mais nova área de Alfheim on-line,
o MMO simulado pelo jogo. 2 Há uma opção "toalha de
banho" nos menus ao falar com as garotas do grupo.
1 Para explicar o que acontece aqui seria preciso
umas oito páginas. 2 Os menus poderiam ser
escritos em um idioma compreensível...
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PS NETWORK
O QUE ESTAMOS
JOGANDO AGORA
DEMOS, DLCS, INDIES, EXPANSÕES
E OUTRAS ATRAÇÕES DO MUNDO
ONLINE DO PLAYSTATION
review
CALL OF DUTY:
BLACK OPS III
Gil Livramento ficou
mal acostumado
com o lag
O multiplayer estava
impraticável. Os
personagens "corriam
parados" ou voltavam
a uma área por onde
haviam passado segundos antes. Após
uma atualização, a maioria das questões
técnicas foram resolvidas. O problema
é que tentei explorar as classes de
Especialistas, mas parei no Profeta,
que possui a habilidade de Pane: o
personagem se teletransporta para
um ponto passado de seu caminho.
76
ROCKET LEAGUE
Ben Tyrer descobre
pessoas que não
sabem perder
Jogar com o mesmo
oponente em 1v1 me
mostrou os dois lados
do espírito esportivo.
Quando tomei uma
lavada, o jogo terminou
com mensagens de "bom jogo".
Na partida seguinte, sou eu que tomo
uma liderança incontestável. Só que
em vez da educação de antes, sou
xingado com diversos insultos...
STAR WARS
BATTLEFRONT
Pedro Sciarotta
está se sentindo
um verdadeiro Jedi
Existe uma coisa que
eu gosto muito em
SW Battlefront: eu
sou bom nele! O jogo
pode não ter aquela quantidade de
conteúdo que a gente queria, mas o
modo Batalha já é suficiente para
me divertir. O fato de a posição dos
inimigos ser indicada no radar me
ajuda a pensar de forma estratégica,
mesmo que algumas "noobadas"
revelem o meu verdadeiro ser
nos jogos de tiro.
INFO
CONSOLE PS4/PS3
PROD. KONAMI
DES. KONAMI LA STUDIOS
REVIEW EDIÇÃO #211, NOTA 10
Metal
Gear
Online
Não é o multiplayer que você esperava
ntão é isso: este é o fim de Metal
Gear como o conhecemos. MGSV
é a última vez em que Snake deve
aparecer no PlayStation sob comando
do diretor Hideo Kojima e Metal Gear
Online parece a saudação final para a
lendária série de furtividade. Uma pena
que não seja uma despedida muito boa.
Nem tente me desmentir, Snake.
Após baixar a atualização de 960MB
para ter acesso ao componente online
de MGSV, diversos problemas começam
a aparecer. A taxa de quadros cai sempre
que a ação fica frenética entre os 16
jogadores. Os tiros não acertam direito
como deveriam. O lag terrível faz com que
inimigos simplesmente sumam da linha
de tiro, como se tivessem as habilidades
de teletransporte de Quiet.
Ah, sim, e falta um sistema de
migração do host – o que significa que
quando o jogador que hospeda a partida
E
sai do jogo, todo mundo
cai junto e volta para a
área livre do personagem.
Essa é uma omissão
inacreditável para uma
experiência online
em 2015. São muitos
problemas técnicos que
não deveriam acontecer.
Tudo parece bem
pragmático também.
Assim como a parte final
de The Phantom Pain,
aqui prevalece um senso
de trabalho apressado.
Fora essas questões
técnicas, o jogo é muito
básico, sem qualquer
ambição de ser grande.
São apenas três classes
de personagens e três
modos de jogo. Para
piorar, dois deles são
bem genéricos, apesar
LAG, QUEDA NA TAXA
DE QUADROS, FALTA DE
DETECÇÃO DE ACERTOS.
MGO ESTÁ CHEIO DE
PROBLEMAS TÉCNICOS
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
ESCOLHA
A BEM
Ao escolher um personagem, você
ocê está
preso a ele. Para jogar com umaa classe
diferente, é preciso destravar espaço
spaço
ue
para outro personagem, algo que
só está disponível no nível 6..
Com tanto lag, viramos
o fujão que sempre
busca uma cobertura
Skylanders
SuperChargers
A estreia da série no online é
uma volta de apresentação
INFO
CONSOLE PS4/PS3
DISTRIBUIDORA
ACTIVISION
PRODUTORA
VICARIOUS VISIONS
REVIEW EDIÇÃO #212, NOTA 8
de as pelúcias de lobo para distrair inimigos e
os Walker Gears controláveis serem bem legais.
Comm Control (os nomes dos modos não foram
traduzidos) é uma disputa de base na qual o que time
que ataca deve conquistar três locais para vencer.
Bounty Hunter é um convencional mata-mata por
equipes no qual os dois lados matam ou usam o Fulton
em outros jogadores. O tiroteio dispensa qualquer
noção tática que é tão integrada à campanha de
MGSV. A furtividade fica praticamente fora do
repertório por conta de pontos vermelhos que
indicam a posição dos inimigos.
Felizmente, existe uma salvação. Ao contrário dos
outros dois modos, Cloak and Dagger coloca ênfase
justamente na furtividade. O time que defende deve
evitar que três discos de informação sejam roubados,
enquanto os atacantes se tornam verdadeiros
predadores graças à camuflagem invisível. Aqui é
onde brilha a espionagem de gato e rato de Metal
Gear. Mas, convenhamos, apenas um modo de jogo
interessante não cria um jogo online duradouro.
veredito
Sem polimento e cheio de problemas técnicos,
Metal Gear Online ainda por cima toma a péssima
decisão de priorizar o tiroteio genérico em prol
da furtividade que todos adoram.
Dave Meikleham
erá que chegou ao fim a espera
por um jogo de kart decente
para PlayStation? Não exatamente.
Skylanders SuperChargers possui
grandes pontos positivos, como
a campanha online e os modos
de corrida, mas ele não é aquele
Crash Team Racing que poderia ser.
O multiplayer online era uma adição
que a série precisava faz tempo,
mas as opções de corrida são bem
diretas: você coloca o Skylander
e o veículo no Portal e decide se a
corrida será em terra, água ou ar.
As disputam acontecem entre quatro
jogadores reais – e outros quatro
de Inteligência Artificial –, mas a
velocidade é lenta demais para
parecer uma competição de verdade.
S
veredito
Básico, mas eficaz. Uma parte
online é um ótimo bônus para
a série, mas não espere que
seja o Mario Kart do PS4.
Mattew Pellett
lá? Existe alguém nas terras
de Tony Hawk's Pro Skater 5?
Para ser sincero, até encontro
pessoas manobrando pelas fases
online, mas toda vez que tento
desafiá-los para uma disputa,
sou deixado sozinho no mapa vazio.
Existem cinco modos de jogo para
as pessoas curtirem, mas só
consegui jogar uma única partida
de Deathmatch, na qual você
dispara bolas ao fazer certas
manobras, o que é tão desajeitado
quanto parece. Boa parte do
problema seria resolvido com um
sistema de lobby, mas o jogador
deve tentar entrar nas partidas
online de acordo com a fase em
que está. Ah, claro, e a parte de
skate propriamente dita é terrível.
É melhor nem pensar sobre isso...
O
Tony Hawk's
Pro Skater 5
O jogo mais recente
do Gavião não consegue
nem decolar
INFO
CONSOLE PS4/PS3
DISTRIBUIDORA ACTIVISION
PRODUTORA ROBOMODO
REVIEW EDIÇÃO #213,
NOTA 3
veredito
Uma variedade de barreiras sem
sentido torna quase impossível
encontrar pessoas, mas quem
realmente gostaria de jogar
nessa bagunça? Ben Tyrer
77
DEMOS, DLCS, EXPANSÕES E OUTRAS
PS NETWORK ATRAÇÕES
DO MUNDO ONLINE DO PLAYSTATION
expansão
review
78
R$ 61,50
Bloodborne
The Old Hunters
Ludwig é um chefe
tão difícil que os
do jogo original
parecem moleza
Uma expansão desafiadora que oferece um final magistral
té mesmo entrar em
The Old Hunters é difícil.
Isso já diz tudo o que
você precisa saber. Não
se trata de um DLC bonitinho que
pode ser acessado por um menu
qualquer. Não mesmo. Essa é uma
expansão costurada direto na pele
do jogo existente. E acredite: é
ousada, implacável e essencial.
Novos jogadores podem
acessar o conteúdo logo no
começo, mas seria como dar
ferramentas de um artesão
a um bebê. The Old Hunters
oferece novos obstáculos para
os destemidos e faz isso de
maneira magistral. Até mesmo
caçadores experientes terão
dificuldades. Encontros com
NPCs parecem combates de PvP.
Caçadores inimigos aparecem
com armas desconhecidas que
o transformam em massa líquida.
Às vezes, eles também atacam
criaturas errantes, fazendo o
A
mundo do jogo parecer mais
violento, sombrio e orgânico.
Se você dominou o jogo
original, ser forçado a uma
readaptação é uma lição de
humildade empolgante. The Old
Hunters encanta ao mostrar
o quão imprestável somos e é
um desafio ainda mais sinistro
para aqueles que terminaram
Bloodborne. O New Game+ (NG+)
é um teste apenas para aqueles
dotados de força excepcional.
Apesar da dificuldade,
The Old Hunters é divertido.
As novas armas são perversas.
Uma das mais legais é a Serra
Whirligig. Como muitas outras,
ela oferece algo diferente das
ferramentas tradicionais do
jogo. É necessário abandonar
a familiaridade de uma arma
secundária, como a pistola,
e essa é a essência de
Bloodborne: o risco é o único
caminho para a recompensa.
HAVERÁ SANGUE
Nada deixa isso mais óbvio do
que as lutas contra chefes, que
são brilhantes e desafiadoras.
Dois minutos com Ludwig e
você estará se lembrando do
ótimo tempo que passou com
Ebrietas. Aqui há alguns dos
chefes mais difíceis de qualquer
jogo de Hidetaka Miyazaki e
apenas a perseverança pode
ajudá-lo. Ainda sim, o DLC é
mais do que uma série de lutas
COM ARMAS DIFERENTES, O RISCO
É O ÚNICO CAMINHO PARA A
RECOMPENSA EM BLOODBORNE
separadas. Trata-se de uma
aventura inquietante em um
cenário perfeito: rios de sangue
passam por laboratórios sinistros
e construções se desfazem
em ruínas. É algo maravilhoso
e inesquecível.
É um DLC é tão vívido
e extenuante quanto qualquer
coisa da história principal,
o que me lembra o motivo de
amar Bloodborne: a empolgação
ao encontrar um atalho é melhor
do que qualquer cena ou QTE.
A dificuldade manterá algumas
pessoas afastadas, mas o
conteúdo oferece muita coisa.
veredito
The Old Hunters é um DLC
como deveria ser: um desafio
essencial que enriquece a
experiência original em vez de
diminuí-la. Ficar horrorizado
nunca foi tão recompensador.
Matt Elliott
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
PLAYSTATION 4 NO PC
Após alguns rumores e um aplicativo não-oficial para jogar PS4 de forma remota em um computador, Shuhei Yoshida, presidente da SCE
WorldWide Studios, confirmou que a empresa está trabalhando em um aplicativo de uso remoto oficial, tanto para PC quanto para Mac.
O design de cenário
continua sendo uma
das coisas mais
impressionantes
dlc
Gratuito
BATMAN:
ARKHAM KNIGHT
A TEMPORADA
DA INFÂMIA
Os vilões Crocodilo, Ra's
Al Ghul, Chapeleiro Louco
e Senhor Frio tocam o
caos em Gotham com
novas missões ao estilo
"Mais Procurados".
O conteúdo está disponível
no Season Pass ou pode
ser comprado separado.
R$ 15,50
79
MINECRAFT
STORY MODE:
EPISÓDIOS 2 & 3
A aventura de Jesse
continua nos episódios
Assembly Required e
The Last Place You Look.
Quer você tenha escolhido
Ellegaard (maga de
Redstone) ou Magnus
(fornecer de explosivos)
no primeiro episódio, as
complicações começam
a aparecer.
R$ 153,99
Rios de sangue
ajudam a criar o clima
sombrio da expansão
CALL OF DUTY:
BLACK OPS III
– SEASON PASS
também na PSN
R$ 18,90
R$ 13,90
SACKBOY VS. ZOMBIES DUCT TAPES
Esse pacote de roupas de ARE FOREVER
Plants Vs Zombies para
LittleBigPlanet 3 traz seis
personagens diferentes,
como o zumbi tradicional,
a Peashooter, a Sunflower
e Crazy Dave.
O novo conteúdo de
The Escapists aparece
ao melhor estilo James
Bond, com um mundo
de espiões, vilões
maléficos e smokings.
R$ 30,90
FANTASIAS DE
EVANGELIONPS1
Tales Of Zestiria consegue
ficar ainda mais anime
com essas roupas
baseadas na popular
série pós-apocalíptica
de mechas.
R$ 6,50
BATMÓVEL CLÁSSICO
DA SÉRIE DE TV
Esse conteúdo de Batman:
Arkham Knight traz o
Batmóvel da série de TV
dos anos 60, skins da
Mulher-Gato e do Robin
Clássico e duas corridas.
GRATUITO
ANTENA DO
VAULT BOYPS1
Se você está fissurado
em Fallout 4, é hora
de mudar seu carro em
Rocket League. Atualize
o jogo para receber a
antena do Vault Boy.
O Passe de Temporada
de Blops III traz quatro
pacotes de DLC (que
chegam um mês antes
em relação aos outros
consoles). Ele fornece
mais mapas multiplayer
e diversão extra com os
zumbis (o mapa The Giant
é um excelente remake
de Der Riese, de World
At War e Black Ops).
DEMOS, DLCS, EXPANSÕES E OUTRAS
PS NETWORK ATRAÇÕES
DO MUNDO ONLINE DO PLAYSTATION
expansão
Review
dlc
R$ 15,50
GAME OF THRONES:
THE ICE DRAGON
O sexto e último episódio
de Game of Thrones, da
Telltale, já está entre nós.
O jogo baseado na série
de TV se provou um
sucesso ao trazer o
ponto de vista de vários
personagens. Tanto que
segunda temporada
já foi confirmada pelo
CEO Kevin Bruner.
R$ 76,90
80
The Crew: Wild Run
R$ 91,90
Um campeonato para os melhores
no passado, The Crew
não deve ter conquistado
tantos fãs quanto a Ubisoft
gostaria, mas ela não
deixou o jogo para morrer. Wild Run
é uma expansão com muito mais
conteúdo do que um DLC comum.
Tanto que nem está inclusa no
Passe de Temporada – na verdade,
ela tem um Season Pass próprio.
Há bastante coisa nova, a
começar pelo visual. Não é difícil
perceber como a iluminação mudou.
Agora ela é mais notável e parece
ser totalmente em tempo real
ao refletir exatamente o que há
à sua volta. O cenário é o maior
beneficiado, já que o clima dinâmico
pode fazer chover a qualquer
momento, o que cria algumas
A
cenas bem bonitas.
A novidade mais interessante
fica por conta do Summit, um
grande evento que toma conta
do mundo de The Crew. O Summit
é uma competição mensal,
onde só entra quem é convidado.
Para ganhar o bilhete de entrada,
é preciso mandar bem em uma
série de corridas classificatórias
ao redor do país do jogo em dias
específicos (do mundo real), além
de cumprir requisitos como pulos
e outros desafios. Quem participa
do Summit tem um bom incentivo
para vencer: os jogadores que
conseguem ranking de platina
ganham um carro exclusivo.
O Summit conta com provas
para todos os tipos de veículos,
que foram expandidos em Wild
Run. Há três novas categorias
para os carros, incluídas nos kits
"extremos": Dragsters (feitos para
corridas de arrancadas), Drifters,
especializados em provas de
derrapadas, e os Monster Trucks,
aqueles caminhões gigantes.
Essas três variações ainda são
acompanhadas das motos, que
estreiam em Wild Run e oferecem
controles bem diferentes em
relação aos carros.
veredito
CARRO DELOREAN
Rocket League também
recebeu um DLC que não
poderia deixar de existir:
o DeLorean de De Volta
Para o Futuro. Você não
viajará no tempo, mas
terá um veículo estiloso.
GRATUITO
FANDANGOOS
Que tal uma nova arma
em formato de leque
para usar com Maya em
Dragon Quest Heroes?
Ela pode ser baixada
de graça se você for
assinante da Plus.
O jogo de tiro tático
terá quatro pacotes
de expansão ao longo
de 2016. O primeiro,
Operação Black Ice, já
chega em janeiro, com
dois personagens novos
e um mapa no Canadá.
O Passe de Temporada
ainda garante acesso
antecipado às expansões.
Gratuito
Uma expansão das grandes,
com novos tipos de veículos
e um campeonato mensal.
Douglas Pereira
THE ELDER
SCROLLS ONLINE:
ORSINIUM
também na PSN
R$ 6,50
O sapoSIX:
do esgoto
RAINBOW
mais tática
SIEGEeexige
–reflexos
PASSE
do que
DE TEMPORADA
os chefes normais
R$ 9,50
MINECRAFT:
STAR WARS
Minecraft possui três
pacotes de skins de
Star Wars, ideais para
se preparar para o
lançamento do novo filme.
Estiloso você está.
R$ 3,50
GRATUITO
ARMADURA DE CAVALO NOVAS COISAS
Para tudo! Chega de andar PARA ASSASSINOS
a cavalo de qualquer jeito
em Metal Gear Solid V.
Já estão trocando o
seu suado dinheiro por
armaduras virtuais para
cavalos na PS Store.
Quer deixar AC Syndicate
mais steampunk? Duas
atualizações gratuitas
trazem uma arma elétrica
para Evie e um traje a la
Frankenstein para Jacob.
Orsinium, a cidade dos
orcs, é o maior DLC de
The Elder Scrolls Online
até hoje. São mais de 20
horas de conteúdo, com
dois novos calabouços,
equipamentos e itens.
A Arena Maelstrom
ainda oferece uma
espécie de modo horda
com ranking online para
comparar resultados.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
RE
O
TR
ST
I
AT
ON
A engine CANVAS da
Sega fez os desenhos
a lápis ganharem vida
82
FICHA
DISTRIBUIDORA
SEGA
PRODUTORA
SEGA
LANÇAMENTO 2008
CONSOLE PS3
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
RPG TÁTICO
Um clássico estratégico de guerra
com personagens carismáticos e
um sistema de batalha original. Ah,
e sentimentos. Muitos sentimentos
VALKYRIA CHRONICLES
magine XCOM em anime em uma
versão alternativa da Segunda Guerra
Mundial: essa é a melhor forma de
descrever esse jogo da Sega que foi
subestimado e vendeu pouco, mas
ainda cria lágrimas nos olhos de quem
se lembra. Exclusivo de PS3, Valkyria
Chronicles conta a história de uma nação
pacífica chamada Gallia que se vê no fogo
cruzado de dois gigantes bélicos: a Aliança
Imperial e a Federação Atlântica.
Esses invasores desejam roubar um
minério raro de Gallia, mas o jovem soldado
Welkin e seus companheiros do Esquadrão 7
lideram uma revolta como contra-ataque.
Se possível, também tentam encontrar
Valkyria, uma arma secreta que poderia
virar a maré desses eventos.
Valkyria Chronicles combina controles
em tempo real com estratégia por turno
(sim, ainda existem regras durante uma
guerra). Primeiro, você escolhe unidades
com uma perspectiva aérea. Depois, como
um jogo de tiro em terceira pessoa, corre,
escala, rasteja e causa dano aos inimigos.
Tudo em um mapa aberto que dispensa
a típica estrutura em quadradinhos do
gênero de estratégia.
Por conta dos inimigos ficarem parados
no campo de batalha até o turno deles
começar, até que é fácil encontrá-los.
O desafio aparece nas chances aleatórias
da pontaria. Os deuses da Sega poderiam
I
sorrir para você no caso de um tiro
ar
desesperado de longa distância acertar
eria
o alvo. Ou você poderia errar o que seria
um disparo mortal considerado fácil. Esse
ção
fator imprevisível força uma adaptação
constante ao que acontece no combate.
ate.
Mas, oito anos após o lançamento,,
uito
Valkyria Chronicles fica na memória muito
mais do que apenas pelo sistema de batalha
atalha
d
empolgante e inteligente. Uma multidão de
personagens bem escritos e desenhados
cria um grande tom emocional para o jogo,
mesmo que fosse impossível conhecer todos.
A ex-bartender Rosie, por exemplo, sonhava
em se tornar uma cantora e possuía uma
rival, Edy Nelson, que não levava o menor
jeito para música. Também havia Alicia,
interesse amoroso de Welkin, que desejava
ser cozinheira. Ou Zaka, criador da Enigma
Box, um brinquedo que o fazia ser popular
com as crianças. Se esses fossem soldados
sem personalidade se movimentando pelo
cenário de Valkyria Chronicles, o impacto
não seria o mesmo.
O TOM EMOCIONAL
DO JOGO ERA CRIADO
POR CONTA DE SEUS
PERSONAGENS
PAZZ E AMOR
P
PA
O problema de se apegar aos persona
personagens,
l
é a ddor quando
d uma unidade
id d morre
claro,
– se alguém tomba, você possui três
turnos para salvar –, mas a Sega amacia
o tabefe emocional ao gravar toda a
experiência na classe do personagem e não
no indivíduo. Novos recrutas também não
são genéricos. Emile Bielert, por exemplo,
deixa um sanatório e se apresenta para
a batalha caso o irmão morra. A história
permeia tudo, desde os visuais suntuosos
até os menus que parecem folhas de um
livro. Cada missão e perfil de personagem
é registrado, o que vai criando um senso
imediato de nostalgia.
Esse texto deveria acabar dizendo
como nós sentimos saudades desse jogo e
como provavelmente nunca veremos esses
personagens outra vez. Mas não! A Sega
anunciou recentemente que uma versão
remasterizada do jogo está prevista para
o começo do ano que vem no Japão. Além
disso, uma sequência chamada Valkyria:
Azure Revolution deve chegar na metade
de 2016 no Oriente. Lágrimas de emoção.
GRANDES LEMBRANÇAS
Pegar um inimigo desprevinido e pelas costas
é sempre a melhor escolha de abordagem
De acordo com o perfil do personagem,
Welkin é um amante da natureza
Para vencer é necessário derrotar todos
os inimigos ou capturar acampamentos
83
RE
TR
OS
TA
TI
ON
OS MAIORES ENTRE OS MELHORES, SEGUNDO A PRO-BR
JOGOS EXCLUSIVOS
THE LAST OF US
1
A família PlayStation é repleta de jogos que trouxeram revoluções e deixaram marcas naa
história dos videogames. The Last of Us é um desses, uma combinação entre história
forte e questionamentos que não define heróis e bandidos e apresenta personagens
humanizados e marcantes com falhas e qualidades evidentes. Um jogo de ação tenso,
tocante e com um final incomum. Uma aventura na qual o jogador mergulha fundo,
é embalado e conduzido a viver cada momento de maneira intensa.
DEMON’S SOULS
2
O jogo que trouxe a alta dificuldade de
volta, que desafia e faz você refinar
suas habilidades, pensar antes de agir
e planta a necessidade de superação
em busva de satisfação pela vitória.
BLOODBORNE
3
JOURNEY
84
5
Uma aventura silenciosa, solitária e
emocionante por um mundo deserto
em busca da luz no alto de uma
montanha. Journey é uma daquelas
obras que você é obrigado a jogar.
8
6
9
15
13
18
É o capítulo de encerramento da
jornada do agente Solid Snake e a
amarra as pontas soltas da saga
Metal Gear Solid com um final épico.
O jogo de PS2 é fantástico por sua
diversidade de conteúdo e temas
abordados. Então veio a versão para
Vita e se tornou a definitiva por ter
mais conteúdo e muitas novidades.
FINAL FANTASY IX
10
Combate aéreo direto e viciante,
trama interessante e um exemplo
de jogo bem executado são pontos
que tornam Ace Combat 5 o mais
divertido e emocionante da saga.
É o capítulo mais divertido da saga,
um dos mundos mais abarrotados
de segredos, ótimos personagens
e as mais belas cenas em CG sobre
invocação de monstros que já se viu.
KILLZONE 2
14
CRASH BANDICOOT
16
CHRONO CROSS
O PSone foi um eceleiro de ótimos
RPGs e Chrono Cross é incrível por
brincar com realidades paralelas,
dono de uma trilha sonora incrível,
muitos personagens e vários finais.
7
ACE COMBAT 5
INFAMOUS
Cole Macgrath chegou e firmou a
franquia de "herói" com escolhas
morais, super poderes e liberdade
para explorar o mundo e salvar a
humanidade de um futuro sombrio.
PERSONA 4 GOLDEN
Em um mundo que tem problemas com pessoas que gostam de arremessar
objetos contra seus amigos, Poy Poy 2 (PSone) foi um presente divino.
Simplicidade e classe marcaram o jogo da Konami que premiava quem
tinha destreza em lançar e desviar de pedras, troncos e itens aleatórios.
GOD OF WAR 2
12
Um jogo de corrida com foco na
realidade e que exalta a paixão
por carros fez de Gran Turismo
revolucionário e uma das franquias
mais importantes do PlayStation.
Nathan Drake se estabeleceu como
o herói aventureiro bom de briga
e sua segunda aventura deixou o
mundo boquiaberto com cenas
sensacionais e ação espetacular.
PEDRO HENRIQUE LIPPE, JORNALISTA DO SITE UOL JOGOS
Final Fantasy VII revolucionou o
mundo dos RPGs nos videogames
e Crisis Core mudou totalmente o
como encaramos FFVII ao contar
a história do soldado Zack Fair.
Depois de Kratos, a forma como
encaramos a mitologia grega, seus
deuses e a brutalidade mudou. Este
capítulo levou o PS2 ao limite com
cenas épicas e ação visceral.
4
METAL GEAR SOLID 4:
GUNS OF THE PATRIOTS
CRISIS CORE: FFVII
11
UNCHARTED 2
GRAN TURISMO
SHADOW OF
THE COLOSSUS
É um dos jogos mais importantes do
PS2, uma obra incrível cuja trama
é contada visualmente e a trilha
sonora é uma das coisas mais lindas.
Uma aventura macabra, um mundo
envolvente e combates em que
estratégia e habilidade são a chave
para sobreviver. Bloodborne carrega
o DNA da incrível série Souls.
Considerado o eterno mascote da
Sony, o marsupial Crash deixou uma
poderosa marca na memória dos
jogadores e trouxe um estilo bem
diferente de jogar e se divertir.
XENOGEARS
17
SYPHON FILTER
19
Foi um dos grandes títulos do PSone
e marcou toda uma geração. Um
verdadeiro jogo de super espiões,
conspiração e muita ação. "Fritar"
bandidos com o taser é inesquecível.
Talvez o melhor capítulo da franquia,
Killzone 2 trouxe uma campanha de
peso, um ambiente imersivo e uma
das batalhas multiplayer mais tensas
e envolventes do PlayStation 3.
Outro medalhão do PSone, um dos
melhores enredos já criados para
um RPG. Personagens fantásticos,
jornada espetacular e combates
usando robôs gigantes. Show!
LITTLEBIGPLANET
20
O fantástico mundo de retalhos da
Media Molecule trouxe personagens
icônicos ao universo PlayStation e
deu total liberdade ao jogador para
criar seu próprio conteúdo.
facebook.com/PlayStationRevistaOficial
RE
TR
OS
TA
TI
ON
CELEBRANDO NOSSOS MELHORES MOMENTOS
86
O mais difícil do gap Leap
of Faith é ignorar este
corrimão – é preciso saltar
sobre a grade lá cima
e cair sem se quebrar.
E, sim, esta é uma imagem
de THPS HD para PS3
Salto de Fé
Voando alto (demais) em Tony Hawk's Pro Skater 2
E
CONSOLE PS1 / PRODUTORA NEVERSOFT / DISTRIBUIDORA ACTIVISION / QUANDO 2000
squeça que Tony Hawk's
Pro Skate 5 existe e feche
os olhos para relembrar a
época de ouro da série em
uma das fases mais emblemáticas:
School II, cenário de THPS2.
A possibilidade de criar combos
maiores graças à nova manobra
manual (manter o equilíbrio após
tocar o chão só com duas rodas do
skate) foi a novidade mais alardeada
antes do lançamento do jogo. Havia,
no entanto, outro recurso igualmente
interessante e que se tornou uma
marca registrada na série: os gaps
(saltos sobre locais específicos e
transições entre obstáculos).
Embora eles já existissem no jogo
original, não existia uma recompensa
por completar todos eles. THPS2
não só mudou esse conceito, como
o explorou de forma brilhante,
aumentando o número de saltos e,
consequentemente, o nível de desafio.
Há muitos gaps memoráveis
no jogo e até mesmo na fase da
escola, mas poucos são tão simples
e gratificantes de realizar quanto
o Leap of Faith. Muito antes de os
protagonistas de Assassin's Creed
ficarem conhecidos pelos "saltos
de fé", os personagens de THPS2
se arriscavam fazendo o mesmo,
mas sem uma carroça cheio de
feno para amortecer e evitar
possíveis ossos quebrados.
Além de ficar ao lado de um longo
corrimão que praticamente pede
para ser deslizado, a altura do salto é
maior do que as pernas dos skatistas
conseguem suportar. Ou seja, não
importa o que você faça, a princípio
parece impossível aterrissar sem se
espatifar. Mas então, após inúmeras
tentativas, você descobre que tudo
que precisa para o sucesso é manter
¾ pressionado antes de as rodinhas
tocarem o solo. Insano!
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COMO FAZER...
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Uso avançado do DualShock 4
Simplifique sua vida com funções ocultas do controle do PS4
doUTORA
playstation
A médica do nosso
videogame responde
dúvidas e questões
técnicas com ciência
1 2 3
DICA 1
REINICIANDO
O CONTROLE
DICA 2
COMANDOS
DE ATALHO
DICA 3
NO CONTROLE
DA SITUAÇÂO
90
O problemA
"Doutora, comprei um
DualShock 4 novinho
e ele não liga. Há
salvação? E se ele
voltar à vida, como
usar melhor essa
pequena maravilha?"
Um jogador
em prantos
Existe a possibilidade do
seu PS4 não reconhecer
um controle novo ou que uma
atualização de firmware do
videogame faça o acessório
parar de funcionar. Antes de
consultar a assistência técnica
ou comprar outro controle,
faça o básico: verifique se o
controle está com a bateria
carregada e reinicie a memória.
Atrás do DualShock 4 há um
pequeno buraco, ao lado de um
parafuso. Pegue um objeto fino
(um grampo de cabelo, agulha
ou um prego) que caiba nesse
buraco, encaixe-o e, sem forçar
demais, pressione o objeto por
cerca de sete segundos.
Com isso, a memória do DS4
volta ao estado original, o que
resolve boa parte dos possíveis
problemas que podem afetar o
acessório. Em seguida, segure
o botão PS perto do videogame
para conectar o acessório.
O botão PS permite sair
de um jogo ou aplicativo
direto para o menu principal
do PS4. A navegação fica mais
rápida cortando a obrigação de
ir ao menu principal, caso sua
vontade seja ir para outro app
ativo. Para isso, basta dar dois
toques rápidos no botão PS para
alternar entre abas já abertas.
Assim você pode ir direto do
jogo para outros aplicativos,
como Netflix, PS Store, lista
de troféus e SHAREfactory.
Outra forma de tornar sua
vida mais simples com o DS4 é
na hora de mandar mensagens
de texto. Aperte a alavanca da
direita (¢) na tela de mensagem
para ativar a função giroscópio,
que permite selecionar as teclas
mirando o LED do DS4 na tela
– aperte ¢ para centralizar
o ponto. Outra alternativa é
apertar o painel de toque e
usá-lo como mouse.
Você está no meio de
uma partida online e o
volume do seu fone de ouvido
está muito baixo ou você quer
separar os canais de áudio
do headset. Não é preciso
sair do jogo para fazer isso.
Segure o botão PS por dois
segundos para abrir uma nova
aba de configurações rápidas.
Nessa janela você pode ajustar
o volume base do som, separar
canais de áudio (ouvir apenas
o som do jogo ou só o chat
por voz), ajustar um canal
de conversa mais nítido para
papear em uma Party criada
com seus amigos, ajustar
opções de configuração,
ligar ou desligar dispositivos
que estejam conectados ou
pareados ao seu console.
Acabou todos os ajustes
que tinha de fazer? É só
apertar o botão PS mais uma
vez e voltar para a partida.
VEREDITO
O PS4 tem funções bastante úteis que
não são conhecidas pela maioria dos
jogadores. Atalhos tornam sua rotina
mais prática, enquanto reiniciar a
memória do DS4 soluciona problemas.
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THE WITCHER 3: WILD HUNT
MELHOR
JOGO DE
2015
Este pôster é parte integrante de PlayStation: Revista Oficial - Brasil, edição 214. Não pode ser vendido separadamente.
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JUST CAUSE 3

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