DISFUNÇÃO DENTÁRIA - Início | Faculdade de Odontologia

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DISFUNÇÃO DENTÁRIA - Início | Faculdade de Odontologia
DISFUNÇÃO DENTÁRIA
Alfredo Julio Fernandes Neto, et al. Univ. Fed. Uberlândia - 2006
No grupo de pacientes suscetíveis à
desordem dentária, a presença de distúrbios oclusais e de outros fatores de origem
psicológica e sistêmica induz o desenvolvimento de parafunções, que podem
provocar perda não cariosa das estruturas
dentária, (fig. 01).
interesse primário (HOTZ, 1987, VOLK,
1987), (fig. 02).
Outros itens freqüentemente associados com a abrasão dental incluem o
lápis, palito, ponta do cachimbo e grampo.
Mascar fumo, morder linha e usar fio
dental inadequadamente também podem
causar uma abrasão clinicamente significativa (NEVILLE, 1998).
Fig. 01 - Caso clínico de paciente com disfunção
dentária - parafunção (bruxismo).
São consideradas parafunções: apertar e/ou ranger dentes, morder lábios e
bochecha, chupar dedo, roer unha, hábitos
posturais (mastigação unilateral, protrusão
da mandíbula) e outros.
A perda não cariosa de estrutura
dentária na dentição humana é variada e
multifatorial (BRAEM, 1982), podendo
ser classificada em categorias como
abrasão, atrição, corrosão e abfração
(LEE, 1984, SHUGARS, 1985, GRIPPO
et al, 2004, OWENS & GALLIEN, 1995).
ABRASÃO
É o desgaste da estrutura do dente
por forças mecânicas secundárias à ação
de um agente externo, como a abrasão por
escova de dente (LEE, 1984 KAIDONIS
1992, GRIPPO, 1991). Nesse processo o
tamanho e a dureza das partículas abrasivas da pasta de dente, a pressão exercida
e a freqüência da escovação são o
Fig. 02 - Caso clínico de lesão não cariosa.
ATRIÇÃO
É o desgaste resultante do contato
dente-a-dente por meio de movimentos
funcionais ou parafuncionais, incluindo
mastigação e bruxismo (LEE, 1984).
Apresenta-se como facetas de desgaste
oclusal e incisal (KAIDONIS, 1992,
GRIPPO, 1991), geralmente pequenas,
lisas de bordas definidas e brilhantes,
planas em etapas primárias e côncavas em
etapas secundárias. Normalmente ocorre
de modo sincrônico em ambas arcadas, nas
superfícies antagônicas de parafunção.
Quando associado ao processo de envelhecimento, esse fenômeno pode ser mais
fisiológico do que patológico (fig. 03).
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Fig. 04 - Caso clínico de lesão não cariosa - erosão.
Fig. 03 - Caso clínico de lesão não cariosa atrição.
A destruição pode ser acelerada por
esmalte de qualidade inferior ou ausente
(fluorose, hipoplasia ou dentinogênese
imperfeita), contatos prematuros, oclusão
topo a topo, abrasivos intra-orais, erosão e
hábitos de ranger os dentes, (NEVILLE,
1998).
A corrosão secundária às secreções
gástricas é denominada perimólise. Pode
resultar de uma hérnia do hiato, esofagite,
obstipação, úlcera péptica e duodenal,
gravidez, regurgitação da má digestão e
vômito crônico, como o visto em
associação com a bulimia (KLEIER 1984,
NEVILLE et al., 1998), (figs. 05, 06 e 07).
CORROSÃO
Perda de superfície dental causada
por ação química ou eletroquímica de
origem
endógenas
e/ou
exógenas
(GRIPPO, et al 2004). A teoria da
corrosão química explica como vários
tipos de ácido descalcificam o esmalte.
Causas endógenas de corrosão
costumam produzir um padrão único de
perda de esmalte.
O fluído gengival, é ácido e pode
ser corrosivo quando em contato com os
dentes na região cervical (BODECKER,
1945).
Em dentes suportam excesso de
carga oclusal, tal processo é causado pela
toxidade dos produtos residuais do
metabolismo periodontal, que não são
eliminados pela corrente sangüínea em
razão do estresse a que está submetido,
mas sim no colo dentário, em forma de
exudato ácido (REHBERGER, et al.
1982). (fig. 04).
Fig. 05 - Caso clínico de perimólise em dentes
Posteriores.
Nos pacientes com vômito, o ácido
estomacal é projetado sobre a superfície da
língua e entra em contato com a face
palatina dos incisivos, caninos e prémolares superiores. Porém a erosão
comumente não aparecerá antes que a
regurgitação tenha ocorrido por dois anos
(STAFNER & LOVESTEDT, 1947). a
superfície oclusal dos dentes posteriores e
a lingual dos inferiores podem ser
envolvidas
em
casos
extremos.
(UPDEGRAME, 1976, HOUSE, 1981).
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Fig. 06 - Aspectos radiográficos de paciente com
perimólise, as restaurações metálicas aparecem
como se fossem ilhas sobre os dentes
comprometidos.
Perimólise é uma manifestação clínica comum em pacientes com anorexia
nervosa, fruto da associação de regurgitação gástrica com movimentos habituais da
língua sobre a superfície palatina dos
incisivos superiores. A anorexia é mais
freqüente na puberdade (12 a 20 anos)
numa relação de 20 mulheres para 01
homem. (HELLSTROM, 1977).
Fig. 07 - Caso clínico de perimólise em dentes
anteriores.
Causas exógenas de corrosão, tem
sido relatado que qualquer substância
alimentar que possui um valor de pH crítico
menor do que 5,5 pode vir a corroer e
desmineralizar os dentes (ZERO,1999. Isto
pode ocorrer como resultado do consumo de
alimentos altamente ácidos aquecidos e/ou
bebidas tais como manga e outras frutas
cítricas, refrigerantes carbonatados e chupar
balas ácidas ou azedas. Enxaguatórios bucais
ácidos também podem ser corrosivos.
Refrigerantes carbonatados acidulados podem
ser o maior componente de muitas dietas,
principalmente
entre
adolescentes
e
crianças(CORTELLINI & PARVIZI, 2003).
Água mineral carbonatada foi aumentada em seu pH por pelo menos metade de
uma unidade quando é tomada; seu efeito
corrosivo no esmalte é mínimo. O potencial
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corrosivo de qualquer bebida ácida não
depende exclusivamente do valor de seu pH,
mas também é fortemente influenciado pela
sua capacidade de tamponamento, das
propriedades de quelação do ácido e pela
freqüência e duração da ingestão.
Tabletes mastigáveis de vitamina C,
tabletes de aspirina, aspirina em pó e o uso da
droga anfetamina Ecstasy tem sido associados
com corrosão da superfície oclusal dos dentes
posteriores.
Aplicação tópica de cocaína na
mucosa oral tem sido associada a corrosão na
face vestibular dos dentes ântero-superiores e
primeiro pré-molar. Abuso do álcool também
tem sido associado à alta incidência de
corrosão, devido à regurgitação crônica e
vômito que se originam da gastrite associada
com o abuso do álcool (GRIPPO et al, 2004).
Corrosão dos dentes por causa
ocupacional pode ocorrer durante exposição a
gases industriais que contêm ácido
hidroclorídrico ou sulfúrico, assim como o
ácido usado na galvanização e na manufatura
de baterias, munições e refrigerantes (GRIPPO
et al, 2004).
Ácidos exogênicos estão presentes
em comida, drogas e bebidas não
alçoolicas. Algumas dietas são ricas em
ácidos orgânicos (LINKOSALO &
MARKKANEN, 1985, SULIVAN &
KRAMER, 1983), ao passo que bebidas
mais suaves contêm ácidos inorgânicos
(RYTÖMAA et al., 1988). Regurgitação
pode introduzir ácidos endogênicos dentro
da boca (HELLSTROM, 1977, JONES
1989, KAIDONIS et al. 1992, GRIPPO,
1991) e isto também tem sugerido que a
ação salivar diminuída pode exacerbar a
severidade da lesão (LINKOSALO &
MARKKANEN, 1985, BEVENIUS et al.,
1988, WOLTGENS et al., 1986).
Bruxismo quando combinado com
regurgitação nervosa de conteúdos estomacais ácidos ou de vômitos habituais,
pode dar origem à erosão adamantina e ao
desgaste incisivo e palatino extrermamente
rápido (RAMFJORD & MAJOR, 1984).
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Após diagnosticarem um caso de
Perimólise em uma adolescente Boksman
et. al. em 1986, encontraram como causa
mais provável a ingestão diária de 700 ml
de refrigerante tipo “cola”.
Quanto ao tratamento, este deve ser
realizado associando clínica médica e
odontológica.
ABFRAÇÃO
É uma classificação apresentada na
literatura para explicar perda de estrutura
dental não cariosa (BRAEM, 1992,
GRIPPO, 1991, LEE, & EAKLE, 1984).
A palavra Abfração significa ab
(distância) e factio (quebra), o que define
a perda patológica de tecido duro em
decorrência de forças biomecânicas, que
causam uma flexão dentária e conseqüente
fadiga do esmalte e dentina, em um local
distante do ponto da carga oclusal
(GRIPPO, 1991). Essas lesões apresentam-se na forma de cunha nas regiões
cervicais dos dentes e aventam a hipótese
de que o fator etiológico primário para tais
lesões seja a sobrecarga oclusal. Pode
compro-meter dentes subseqüentes de um
hemiarco ou um único elemento dentário,
com bom suporte periodontal. Sabe-se que
o fator mais significante no tratamento
dessas lesões é a remoção da sobrecarga
oclusal, antes do procedimento restaurador.
A teoria proposta por Lee & Eakle
em 1984, sugere como possível etiologia
forças laterais (carga biomecânica), que
podem criar tensão elástica de flexão e
deformação da estrutura dental, desarranjando os cristais de hidroxiapatita do
esmalte e permitindo que pequenas
moléculas, como as de água, penetrem e
tornem esses cristais mais susceptíveis ao
ataque químico, e posterior deterioração
mecânica (Fig 08).
FIG. 08 - Desenho esquemático da teoria de Lee &
Eakle.
9 Papel da tensão oclusal
Observações de lesões cervicais
cuneiformes podem indicar que tensões
oclusais sobre o dente é o fator que iniciou
essas lesões. Estudos têm mostrado que
carga excêntrica aplicada sobre a superfície oclusal do dente gera tensões que são
concentradas nas regiões cervicais,
(THRESHER
&
SAITO,
1973,
YETTRAM et al, 1976, SOARES et al.
2002) (figs. 09 e 10).
Fig. 09 - Caso clínico de abfração nos dentes 25 e
26, vista frontal.
Fig. 10 - Caso clínico de abfração nos dentes 25 e
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26, vista sagital.
O aparelho estomatognático durante
a função direciona três tipos de tensão
sobre o dente: compressiva, elástica e
cisalhamento. A tensão compressiva é a
resistência contra compressão, a tensão
elástica é a resistência contra estiramento
ou alongamento e cisalhamento representa
a resistência contra torção ou deslizamento
(LEE & EAKLE 1984).
De acordo com Lee & Eakle, 1984, a
severidade da lesão será de acordo com o
número de forças envolvidas. Quando o
dente é carregado excentricamente, flexão
e dobra são incorporadas ao dente. Se a
tensão aumenta, lesões de abfração no
esmalte e dentina mostra uma concavidade
cuneiforme (forma de V e linhas com
ângulos nítidos), no fulcro do dente, ou
seja, na junção dentina esmalte (JDE)
(LEE & EAKLE 1984).
A resultante das forças aplicadas
sobre o dente causa destruição no esmalte
e dentina (GRIPPO 1992). As forças
envolvidas são cíclicas e estáticas e orientadas pela direção, magnitude, freqüência,
duração e localização da força de origem.
Durante a função de mastigação fisiológica, forças são direcionadas no longo
eixo do dente com maior quantidade de
tensão localizada na junção cemento
esmalte, (LEE & EAKLE, 1984). Quando
existem problemas de maloclusão, forças
laterais são produzidas (tensões compressivas e elásticas), causando deformação ao
redor do dente (LEE & EAKLE 1984). A
tensão elástica então, desorganiza a adesividade química da porção cristalina do
esmalte e dentina, que resulta em fadiga,
deformação e fratura (LEE & EAKLE
1984). O dente é, então, mais susceptível à
redução dentária por abrasão, atrição e/ou
erosão, (GRIPPO 1992, LEE & EAKLE
1984).
A direção da força e a orientação dos
prismas de esmalte representam importante papel na habilidade do esmalte em
sustentar tensões (LEE & EAKLE 1984,,
GOEL, KHERA & RALSTON 1991). A
ação de mastigar representa, aproximada-
9 Propriedades físicas da estrutura
dentária
As propriedades físicas do dente têm
sido extensivamente medidas e aparecem
variando consideravelmente entre os indivíduos, de dente para dente no mesmo
indivíduo e ainda dentro de locais diferentes no mesmo dente (PHILLIPS, 1973).
Porém, certas características físicas podem
ser generalizadas. Entre estas a dentina
aparenta ser mais forte que o esmalte na
tensão (PHILLIPS 1973, BOWEN &
RODRIGUEZ 1962), devido sua alta
resiliência (tenacidade) que a habilita a
suportar grandes deformações sem fratura.
O esmalte movimenta como unidade
rígida, enquanto a dentina deforma elasticamente sob o mesmo. O esmalte é constituído de três componentes: um mineral
que compreende o prisma de esmalte, uma
matriz orgânica e água, tanto dentro quanto ao redor. Com o uso de microscopia
eletrônica, podem ser vistos os prismas de
esmalte compostos por minúsculos cristálitos que possuem aproximadamente 40
nm (nanômetros) de diâmetro (ARENDS
et al., 1979). O esmalte embora duro, é
também quebradiço frágil e pode tolerar
somente uma pequena quantidade de
deformação antes de fraturar. A habilidade
para suportar tensão depende significativamente, da direção da força relacionada à
orientação dos prismas de esmalte
(PHILLIPS, 1973). Por exemplo, a habilidade do esmalte em suportar força que
tracionam os prismas de esmalte um do
outro parece ser bastante frágil. Em um
estudo do comportamento friccional e
falha na superfície do esmalte, Powers et
al., 1973, observaram que a quebra elástica ocorre em torno dos prismas do esmalte
dentro da substância inter-prismática. É
um fato bem conhecido que micro-fraturas
na superfície enfraquecem seriamente
materiais quebradiços.
9 Tipos de tensão
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mente, 9 minutos durante as 24 horas do
dia (GRIPPO 1992).
As seqüelas no envolvimento do
esmalte incluem linhas finas de fratura,
estrias e lesões cuneiformes (GRIPPO
1992). Já as seqüelas do envolvimento da
dentina incluem uma lesão profunda na
cervical em forma de V, completamente
circundada pelo dente ou várias chanfraduras na junção dentina esmalte (GRIPPO
1992). Uma invaginação da ponta da
cúspide (abfração oclusal) pode ocorrer
nas depressões em molares e pré-molares
como resultado da invaginação dos prismas de esmalte na superfície oclusal
(GRIPPO 1992).
A localização da lesão é determinada
pela direção da força lateral que produz a
tensão. O tamanho da lesão é determinado
pela magnitude e freqüência da tensão
produzida (LEE & EAKLE 1984).
A relação entre as lesões de
abfração e a morfologia e anatomia do
dente na junção dentina esmalte (espessura
do esmalte e dentina) também foram examinadas (LEE & EAKLE 1984, GOEL,
KHERA & RALSTON 1991).
Estudos concluíram que existem
variações na distribuição de tensões na
junção dentina esmalte e os dados sugerem
alto grau de continuidade entre a tensão
padrão, a junção DE e a formação das
lesões cervicais, (GOEL, KHERA &
RALSTON, 1991).
O dente canino representa importante papel sobre os movimentos laterais na
dentição, suprindo função protetora para o
relacionamento dos dentes posteriores, se
os caninos são ausentes, forças laterais são
transmitidas para o dente posterior com o
desenvolvimento de possíveis abfrações
cervicais, (LEE & EAKLE 1984).
O termo bruxismo tem sido atribuído
ao longo da história a vários distúrbios,
tais como apertamento dentário (bruxismo
cêntrico) e ranger dos dentes (bruxismo
excêntrico), resultando em desgaste não
funcional das superfícies dentárias.
Karolyi, em 1901, foi o primeiro a
realizar um estudo científico sobre o
problema e o denominou neuralgia traumatica, o que posteriormente foi denominado de efeito Karolyi, por Weski em
1928; neurose do hábito oclusal por
Tishler em 1928; de bruxismo, por Miller
em 1936; parafunção, por Drum em 1967
e ultimamente é considerado um hábito
parafuncional, (REHBERGER, et al.
1982), (fig.11)
PARAFUNÇÕES
Bruxismo é todo contato de dentes
antagônicos com pressão e/ou deslizamento fora dos movimentos fisiológicos
de mastigação e deglutição.
113
Fig. 11 - Caso clínico de parafunção (bruxismo).
É fundamental que o Cirurgião
Dentista conheça a etiologia desse hábito
de origem multifatorial, que causa controvérsia entre os autores e grande dificuldade no estabelecimento de seu diagnóstico e tratamento.
Segundo HUFFMAN & REGENOS,
1977, uma noite de bruxismo é igual uma
vida inteira de mastigação.
9 Etiologia
Os fatores etiológicos podem ser
divididos em intra e extrabucais
(REHBERGER et al., 1982).
Como fatores intrabucais, qualquer
prematuridade ou interferência oclusal
poderá ser responsável pelo início do
bruxismo. Tais fatores se classificam em
iatrogênicos primários e secundários.
Iatrogênicos - qualquer interferência
ou prematuridade ocasionada por trata-
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mento incorreto, conservador, protético ou
ortodôntico.
Iatrogênicos primários -prematuridades que alteraram a harmonia entre a
relação cêntrica (RC) e a máxima intercuspidação (MI) ocasionando a posição de
máxima intercuspidação habitual (MIH).
Essas prematuridades e interferências geram no indivíduo uma reação
inconsciente, que tenta eliminá-las para
encontrar o equilíbrio fisiológico.
Iatrogênicos secundários - qualquer
distúrbio oclusal não dentário própriamente dito como: gengivites, estomatites,
cálculos, periodontites, galvanismo e
outros.
Existem outros fatores intra-bucais
além dos etiológicos que contribuem para
o desenvolvimento desse hábito, como por
exemplo defeitos anatômicos dos dentes,
superfícies ásperas, inclinação de dentes e
oclusão unilateral.
Os fatores extra-bucais se classificam em psicológicos, sistêmicos e uso de
drogas.
Psicológicos - geralmente ligados ao
estresse emocional, inibição, raiva, frustração, hostilidade, ansiedade, apreensão,
medo, privação de necessidades básicas,
obstáculos na realização pessoal, separação, viuvez, perda de emprego, aposentadoria e outros
Sistêmicos - alterações obstrutivas
do trato digestivo, parasitas intestinais,
desequilíbrio enzimático na digestão causando estresse abdominal crônico, desordens endócrinas (hipertiroidismo), alterações nutricionais (hipocalcemia, hipovitaminose), alterações sangüíneas e epilepsia.
Uso de drogas - anfetaminas, L dopa, fenfluramina (derivado da anfetamina), fenotiazina (em pacientes com
discinesia tardia), álcool.
No bruxismo cêntrico, bem como no
excêntrico, o que realmente ocorre é a
combinação de fatores intra e extra-bucais.
Pequena interferência em pessoa com
grande tensão ou grande interferência em
pessoa com pequena tensão inicia e/ou
mantém o bruxismo. Ao contrário, não se
desenvolve bruxismo em pessoa com
pequena tensão e ausência de interferências oclusais.
O bruxismo pode se manifestar de
várias formas: em dentes, periodonto,
músculos e articulações.
114
9 Manifestações dentárias
Atrição, erosão e abfração, já
descritas.
Hipersensibilidade pulpar - o excessivo esforço produz uma hiperemia pulpar
com reação dolorosa, especialmente ao
frio.
Pulpites - devido aos resíduos catabólicos pulpares e a reação dentinária de
proteção.
Fraturas - de coroas, raízes ou
restaurações, (fig. 12).
Fig. 12 - Caso clínico de bruxismo com fratura
dentária
Perda de substância dentária aumento da interface esmalte-cemento.
Sons oclusais - sons de ranger
patognomônicos do bruxismo, audíveis em
18% dos bruxomanos. Ocorrem em movimentos excêntricos produzidos por fricção, noturnos e inconscientes. Devido a
uma inflamação periodontal que acolchoa
o dente, ocorre na percussão desses dentes
que apresentam-se facetados e com mobilidade anormal, um Som “oco” é
auscultado.
9 Manifestações periodontais
Mobilidade - ocorre em dentes com
o periodonto sadio, resultante da sobrecarga oclusal, pois aumenta a largura do
espaço periodontal sem que haja inflama-
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ção do ligamento periodontal. Apesar dessa mobilidade, histologicamente não
ocorre a formação de bolsa periodontal e
perda de inserção conjuntiva, mas tem
efeito significativo sobre o osso alveolar.
Isso demonstra que pacientes com estado
periodontal normal e bruxismo noturno
têm mobilidade dentária matinal que
diminui ao longo do dia. Pacientes com
bruxismo e cúspides altas têm maiores
problemas periodontais.
Destruição Óssea - no bruxismo
ocorre uma destruição traumática sem
bolsa, pois, para que apareça lesão periodontal, deve-se produzir duas lesões isoladas, uma sobre a gengiva marginal e outra
sobre a inserção epitelial, e o bruxismo
não compromete a gengiva marginal, sendo apenas um fator contribuinte à enfermidade periodontal. O ligamento periodontal absorve grande parte da força
oclusal e pode convertê-la em tensão ou
pressão na lâmina dura, resultando em
alterações sobre o osso alveolar. Quando o
limite de sustentação fisiológico é excedido, pode ocorrer hemorragia, trombose e
degeneração do cemento e ligamento
periodontal, que se manifesta como espessamento do espaço periodontal. A pressão
estimula os osteoclastos enquanto a tensão
os osteoblastos. O resultado pode ser visto
como afinamento ou perda da lâmina dura
ou como espessamento da mesma, coincidente com o ponto de condensação
óssea. Em outras ocasiões, podem-se
observar exostoses em diversas zonas dos
ossos maxilares e mandíbula, (fig. 13) .
Periodontia Transitória - apresentase como dor matinal à percussão e à
mastigação e vai desaparecendo com o
decorrer do dia.
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Fig. 13 - Caso clínico de bruxismo com exostose
na face vestibular superior.
9 Manifestações musculares
Hipertonicidade muscular - ocorre
devido às contrações isométricas e à abolição do reflexo flexor. Cria-se um espasmo e, como conseqüência, os músculos se
contraem e impedem o controle dos movimentos das ATMs, produzindo resistência
à intenção do operador em guiar a
mandíbula para a posição de RC, bem
como para as posições de lateralidade.
Miosites - causadas pela manutenção
da contração isométrica das fibras musculares. Os produtos tóxicos resultantes de
seu metabolismo não podem ser eliminados com a rapidez necessária pela corrente
sangüínea, e assim se acumulam produzindo zonas inflamatórias, dolorosas à
palpação.
Mialgias - quando o acúmulo de
produtos tóxicos se torna crônico, produz
uma verdadeira agressão química às
estruturas tissulares causando dor espontanea sem pressão ou movimento.
Hipertrofias - apresentam-se geralmente nos músculos masséteres bilaterais,
e produz uma alteração da harmonia
facial.
Limitação funcional - ocorre como
conseqüência da dor muscular, ao abrir a
boca o paciente percebe uma sensação
dolorosa evitando a abertura, o que produz
estiramento das fibras e compressão da
zona dolorosa. Deve-se verificar se esta
limitação funcional é de origem muscular
ou articular por impedimento mecânico.
Para o diagnóstico realiza-se uma abertura
forçada. Coloca-se o dedo polegar sobre o
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bordo incisal superior e o indicador sobre
o bordo incisal inferior, mede-se a
abertura com um calibrador e forçando,
tenta-se aumentar a abertura. Apresentando dor, a causa é muscular, (figs. 14 e
15).
dor melhorar, esta se deve às ATMs. Isto
ocorre, pois o deslocamento do menisco
permite toque das superfícies ósseas, o que
leva a dor; e a cunha o evita. Ao contrário,
na articulação oposta se houver aumento
considerável da dor, deve-se ao travamento das superfícies ósseas.
- Restrição de movimentos – dificuldade na mastigação e descoordenação na
abertura e fechamento dos maxilares. Se a
causa for articular, a trajetória de abertura
e fechamento será sempre a mesma, caso
contrário, será muscular.
- Ruídos articulares - estalidos por
hiperatividade muscular, descoordenação
muscular, deslocamento do disco articular
e alterações morfológicas das ATMs.
Fig. 14 - Exercício de abertura forçada da
mandíbula.
Fig. 15 - Exercício de abertura forçada da
mandíbula.
9 Manifestações articulares:
O bruxismo crônico contribui em
50% para a patologia articular.
Dor - freqüentemente unilateral e
relacionada com a dor muscular, só se
apresenta à palpação ou à função. Não é
espontânea, a palpação deve ser bilateral,
primeiramente externa sem movimento e
se houver dor com movimento. Isto não
significa que seja as ATMs. Geralmente, é
periarticular (muscular), faz-se então a
palpação interna do conduto auditivo
externo, com e sem função. Se aparecer
dor, é mais provável que sejam as ATMs
do que a zona periarticular. Para discernir
se é dor nas ATMs ou não, realiza-se as
manobras de Kerg Pulser: coloca-se uma
cunha de madeira entre os dentes do arco
correspondente à articulação dolorida, se a
116
9 Bruxismo em criança
Embora o bruxismo tenha sido mais
estudado em pacientes adultos, é freqüentemente observado em dentes decíduos,
apresentando desgastes severos em suas
faces oclusais e incisais, demonstrando
que também em crianças esse hábito pode
ocorrer, (figs. 16 e 17). Os sintomas são
semelhantes em todas as idades. As
diferenças devem-se à maior capacidade
das crianças em tolerar alterações nas
estruturas do aparelho estomatognático e
maior potencial de regeneração. Essas
alterações iniciadas na infância, se não
diagnosticadas e tratadas devidamente,
podem gerar profundas alterações no
aparelho estomatognático do paciente
quando adulto. Portanto, tais alterações
merecem atenção especial dos CirurgiõesDentistas para diagnóstico precoce, possibilitando tratamento adequado e criando
condições propícias para o desenvolvimento fisiológico do aparelho estômatognático.
Tal como nos adultos, a etiologia do
bruxismo é multifatorial, podendo ser
oclusal, psicológica e sistêmica, acrescentando-se ainda às oclusais as prematuridades ocasionadas pela transição da dentição decídua para a mista. Também é semelhante às dos adultos as manifestações e
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conseqüências do bruxismo. Porém, as
atrições são mais severas nos dentes decíduos devido a menor resistência destes.
existentes, fadiga muscular ao despertar,
descoordenação dos movimentos mandibulares, desgaste e até perfuração do disco
articular, remodelação condilar, achatamento das superfícies articulares, hipertrofia muscular, Sindrome parotídeamasseterina e envolvimento estético.
Fig. 16 - Bruxismo em criança
Fig. 17 - Bruxismo em criança
Ocorre com maior freqüência em
crianças com lesão cerebral, que apresentam entre outros, sinais de imaturidade e
retardo no desenvolvimento da própriocepção normal dos dentes e periodonto.
No diagnóstico de crianças que
apresentam bruxismo, é de extrema importância a presença dos pais durante a anamnese, pois os mesmos podem relatar a
prática do ruído característico do ranger
dos dentes durante o sono. Existe a possibilidade do fenômeno ser passageiro e
eventualmente desaparecer, o que torna
seu diagnóstico e terapêutica questionaveis.
Existem poucas evidências de danos
permanentes, sendo menos freqüente após
os 12 anos.
9 Conseqüências
Facetas de desgaste lisas e brilhantes, perda da guia canina e/ou da guia
anterior, dor de cabeça por contração
muscular (recorrente), dor articular, estalido (alterações morfológicas da articulação), dor miofacial, fraturas de dentes e
restaurações, má oclusão, perda de osso
alveolar, abrasão dentária, dor, pulpite,
destruição de trabalhos odontológicos
117
9 Diagnóstico
Aproximadamente 10% da população
adulta e 5% das crianças são conscientes
de seu bruxismo noturno. Apenas 20% do
bruxismo pode ser identificado pelo
exame do padrão de desgaste dental.
Geralmente, o bruxismo noturno inicia
primariamente com o apertamento, ocorre
desgaste mínimo, porém, há relato de dor
articular ou muscular e fadiga e/ou rigidez
muscular ao despertar. Se a causa do
bruxismo não está completamente clara,
uma coisa parece certa, há mais de um
fator responsável pelo bruxismo. É também evidente que não há um único tratamento capaz de eliminar ou mesmo reduzir completamente o bruxismo, porém, os
sinais e sintomas parecem desaparecer
completamente com a cuida-dosa eliminação de interferências oclusais.
9 Tratamento
O tratamento deve ser de forma
multiprofissional e abranger vários aspectos, como a terapia odontológica direta
(ajuste oclusal, odontologia restauradora),
e a indireta (placas oclusais, calor local,
fisioterapia, terapias médica, farmacológica e psicológica e o auto recondicionamento).
O ajuste oclusal pode ser realizado
sempre que estiverem presentes os sinais e
sintomas de oclusão traumática, discrepância em RC e interferências oclusais nos
movimentos mandibulares excêntricos.
Porém, sabe-se que muitas vezes o ajuste
oclusal, por si só, não é suficiente para
eliminar o hábito, pois além dos fatores
oclusais, na grande maioria dos casos o
fator psicológico está presente.
Disfunção Dentária
Fernandes Neto, A.J., et al. Univ. Fed. Uberlândia - 2006
A terapia restauradora deve ser
realizada, sempre que estiver presente
superfície coronária dentária parcial ou
totalmente destruída, e que sua reconstituição se fizer necessária para o restabelecimento da dimensão vertical de oclusão,
relação cêntrica de oclusão, estabilidade
oclusal e guia anterior, (figs. 18,19 e 20).
A terapia com calor local produzido
por toalha úmida aquecida sobre a região
sintomática, mantida por 10 a 15 minutos,
nunca ultrapassando 30 minutos aumenta a
circulação sangüínea na área aplicada,
aliviando a sintomatologia.
A terapia com fisioterapia e uso de
(T.E.N.S.)Transcutaneous Electrical Nerve
Stimulation, são recomendáveis nos casos
de dores faciais provocadas pelo bruxismo, mostrando-se como meios efetivos de
controlar a dor e induzir ao relaxamento
muscular.
A terapia farmacológica, como a
utilização de relaxantes musculares, tem
efeito somente durante o uso da droga,
reiniciando o hábito quando da sua
interrupção.
A terapia psicológica deve ser
exercida por profissional da área.
Eventualmente o bruxismo pode ser
erroneamente confundido com lesões de
perimólise.
Fig.18 - Caso clínico de bruxismo - vista frontal
118
Bibliografia consultada
Fig.19 - Caso clínico de bruxismo, reabilitado a
DVO e a ORC - vista frontal
Fig.20 - Caso clínico de bruxismo, reabilitado a
Guia Anterior - vista frontal
A terapia com placas oclusais
diminui a sintomatologia mesmo não
interrompendo o bruxismo, pois pode
atuar nas ATMs, induzindo o côndilo a se
posicionar corretamente na fossa mandibular. O que resulta na simples distribuição das forças mastigatórias que talvez
seja responsável por esse alívio sintomatológico.
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