África - Colégio Viver

Transcrição

África - Colégio Viver
uma publicação composta por
semana de humanidades:
África
::Editorial::
texto: Dani
Estamos mais uma vez aqui em suas
mãos. Fruto de um novo jeito de produzir o P.A., viramos uma optativa.
Mas não estamos restritos aos alunos
que participam da disciplina (esse
grupo é apenas o pessoal que produz
o jornal, que reúne o material). Continuamos trabalhando com muita gente.
Aliás, acredito que dessa vez tivemos
mais colaboradores do que nunca:
. 10 ilustradores;
. 11 escritores!
Pessoas novas tem se interessado
pelo jornal, inclusive alunos mais novos, do 4ººo e 50 anos, que enviaram textos e desenhos lindos.
Mais uma vez, estamos nos últimos
minutos do segundo tempo (quase
que literalmente, pois hoje teve um
jogo do Brasil chatíssimo e sem gols)
para realizar essa empreitada. Mas
encho-me de orgulho ao ver três novas colunas no P.A.: a de esportes, com
Gabriel Pereira, a do Calendário, no
qual Rita apresenta o que fizemos por
aqui e críticas literárias no qual vários
leitores colaboraram.
Ainda acho que para ficar bom
mesmo, faltam os pais e mais participação do infantil. E convidamos a todos a participarem do próximo!
Boa leitura!
::Índice::
3
4
6
7
7
8
10
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Aconteceu no Viver
Piadas
Yo La Tengo
Para Colorir
Partes
Comparações: Africanos, Suícos e Brasileiros
Início dos projetos do FI e optativas do
FII do 1º trimestre
Críticas Literárias
12 DE MAIO
Viver fora do ar
Início dos projetos do FI e optativas do
FII do 2º trimestre
À Procura de Eric
Os alunos escolheram seus projetos e
optativas com entusiasmo e euforia.
Ao longo do tempo eles aprenderam a
ter paciência e que, para se chegar ao
final, deve-se caminhar um passo de
cada vez. No segundo trimestre, eles
estão mais comprometidos e sabem o
que e como fazer.
6 DE MARÇO
Começou o campeonato interescolar
Dunga barra o sensacionalismo
Quadrinhos
Mercado das pulgas
::Expediente::
O P.A. é fruto de
trabalho colaborativo e de
uma organização
horizontal, sem
cargos fixos
[email protected]
2
1 A 5 DE FEVEREIRO
Assembléias: Discutindo as regras em
prol de si mesmos, do outro e da escola, os alunos se conscientizaram sobre
o papel de cada um e a importância
dos direitos e deveres, os princípios da
cidadania.
6 DE FEVEREIRO
Reunião de pais: vamos juntos iniciar
o ano letivo.
10 DE FEVEREIRO
junho 2010
Luísa Borges
Rodrigo Barcellos
Matheus Uehara
Julia Nakano
Marcella Benevides
Giulia Capuano
Joana Noffs
Danielle Noronha
Rita de Cássia
Trocas e vendas de objetos
próprios propiciam o desapego
material e a vontade de adquirir novidades, de saber
o que o outro tem e querer
compartilhar seus gostos.
ACONTECEU NO VIVER
texto: Rita
desenho:Matheus
9 DE ABRIL
Olimpíadas de Matemática
O professor Daniel, através do trabalho em grupo, conseguiu despertar agilidade e diversão no aprendizado da Matemática.
26 A 30 DE ABRIL
Semana de Artes
Com a temática “Oriente”, os alunos adentraram num mundo místico e sábio. Teve culinária árabe, mandalas, escritas,
histórias típicas.
15 DE MAIO
Reunião de pais
Entrega de relatórios. Exposição da Semana de Artes e de
Escrita. Discussão sobre autonomia.
7 A 11 DE JUNHO
Semana de Humanidades
Com a temática “África”, os alunos
pesquisaram dados sobre diversos
países e passaram a entender melhor
a história e a vida dessa população.
25 DE JUNHO
Arraiá do Viver
Apresentações, danças, comes e bebes.
Oficina de cadernos
A professora Lígia ensinou o
que se pode fazer com materiais
que simplesmente descartamos.
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3
O TELEFONEMA DESESPERADO
textos e desenhos: 5º ano
O HOSPÍCIO
Um cara estava andando, ao
lado de um hospício. De repente ele começa a ouvir os loucos
gritando:
- 31! 31! 31!
Aí ele continua andando sem
entender o que os loucos estavam fazendo. E do outro lado
do muro os loucos continuam
dizendo:
-31! 31! 31!
Mas alguns passos ele encontra
uma escada e resolve subir nela,
para ver o que os loucos estavam fazendo, enquanto ele sobe
escuta:
-31! 31! 31!
Quando ele chega ao ultimo degrau, o louco vem com uma panela e lhe acerta um duro golpe
e os loucos começam a gritar:
-32! 32! 32!
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O COLÉGIO DE
FREIRAS
As crianças saem em filas na maior organização para tomar o lanche da tarde.
Em cima de uma mesa tinha uma cesta
cheia de lindas maçãs.
A freira veio e colocou uma plaquinha na
cesta que dizia:
- Só pegue uma, Deus está olhando.
Na outra mesa ao lado, havia uma bandeja
enorme cheia de bolos de chocolate.
Joãozinho muito esperto escreveu uma
plaquinha que dizia:
-Pegue quanto quiser, Deus está olhando
as maçãs !!
junho 2010
Desesperado, o chefe olha para o relógio e, já não acreditando que um funcionário
chegaria tempo de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião, liga
para o cara:
-Alô!
Atende a voz de uma criança sussurrando:
- Seu pai está?
-Tá.
-Posso falar com ele?
-Não – disse a criança, baixinho.
Apavorado o chefe tenta falar com algum outro adulto:
-E sua mamãe, está aí?
-Tá.
-Ela pode falar comigo?
-Não. Ela tá ocupada.
-Tem mais alguém aí?
-Tem.
-Quem?
- O poliça.
Um pouco surpreso o chefe continua:
-O que ele está fazendo aí?
-Ele está conversando
com o papai, com a mamãe e com o bombelo.
Ouvindo um grande
barulho do outro lado
da linha, o chefe pergunta assustado:
-Que barulho é esse?
-É o elicópito.
-Um helicóptero?
-É. Ele trouxe uma
equipe de busca.
-Minha nossa senhora!
O
que está acontecendo
aí?
E a vozinha sussurra,
com um risinho:
-Estão me ploculando!
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5
::Discoteca Básica::
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imagem: Luísa Borges
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6
::passatempo::
PARA COLORIR
junho 2010
::um texto::
PARTES
texto: Vitor Sório
Eu sentei na beira de um rio que passava atrás de uma maravilhosa casa, a água
era limpa e refrescante.
Minha consciência estava pesada, eu andava preocupado demais, assim, tirei as
memórias mais recentes de minha cabeça e coloquei-as para descansar dentro de
um cesto de palha ao meu lado.
Deixa-as lá a invejar minha tranquilidade, minha paz.
Esqueci-me delas e nadei, naquele estreito e fundo rio, dancei com a correnteza,
éramos um só.
Começou a chover e eu nem a perceber, até que quando me viro, vejo a boiar
minhas memórias, elas seguiam uma correnteza oposta à minha, como se um rio
possuísse uma correnteza para cada ser, elas boiavam reluzentes e dava para ver
que sorriam ironicamente.
Eu cheguei bem perto, mas não a ponto de pegá-las, comecei assim a beber a
água do rio, algumas eu consegui engolir, mas a maioria continuava a longear e
longear e meus membros não aguentavam mais, eu perguntei se um dia elas voltariam, mas elas, brilhando e rindo não responderam, apenas longearam.
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COMPARAÇÕES:
AFRICANOS, SUÍÇOS E BRASILEIROS
texto: Marcela e Joana
gráficos: Rita
desenho: Larissa
Durante a Semana de Humanidades, nós colhemos dados estatísticos de países africanos. Isso resultou em apresentações de Power point, livros, blogs, cartazes e outros, como vocês viram no
sábado dia 12 de junho.
Com a finalidade de concluir esse trabalho, resolvemos escolher
alguns dados intrigantes e comparar alguns países da África com
o Brasil e a Suíça.
montamos os gráficos abaixo.
Através dessas informações,
O que vocês podem analisar?
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junho 2010
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9
::Traças::
As Aventuras de Tom Sawyer
textos sem aspas: Julia Nakano
desenho: Marjóri Nani
A Caverna
“Meu primeiro comentário sobre livros... Fiquei perdida sobre o que escolher, são tantos que eu gosto. Daí, o destino decidiu tristemente por mim:
Saramago morreu. Então, sem chavões, resolvi homenageá-lo. Criador de um
estilo criativo e difícil, com seus parágrafos intermináveis e sua recusa a pontuação tradicional. Com ele, no primeiro livro de sua autoria que li, Jangada de Pedra, descobri-me portuguesa, nunca tinha percebido a semelhança
entre jeitos e sentimentos lusitanos e brasileiros. No entanto, a língua, teoricamente a mesma, é tão
outra. Encanta-me a maneira formal dos portugueses, as palavras novas para nós, a estrutura de frase
que parece por demais antiga. Para sair do óbvio, convido-os a ler “A caverna”, com seus personagens quase que perdidos no tempo. Convido-os a fazer amizade
com Cipriano Algor, um oleiro que luta para sobreviver como
indivíduo, através do seu empenho em fazer sobreviver a sua
tradicional profissão num universo dominado pela produção
em massa. As descrições sobre trabalhar o barro e queimá-lo
em fornos tradicionais, as conversas quase mudas do homem e de
sua filha, e muito mais ,garantem que o esforço para ler Saramago
vale a pena nesses tempos de correria.”
Maria Amélia, coordenadora do Viver
autor:
José Saramago
editora:
Cia. das Letras
A historia de Edgar Sawtelle
Diz ela que gostou do
livro e fala que é bem
escrito e tem um jeito envolvente, tanto que, apesar
do tema, que nunca imaginou gostar, não largou
até o fim. É sobre uma familia que criou uma raça de cachorro, mas no fundo o que o
autor trata é de pessoas e sua
personalidades.
Maria Amélia, coordenadora
do Viver
(Gostou do livro)
10
junho 2010
autor:
David Wroblewski
editora:
Intrínseca
autor:
Mark Twain
editora:
Ática
“É a história de Tom Sawyer pequeno. A mãe dele é um tipo
de uma escrava e seu pai viaja para outro lugar. A mãe morre e ele passa a ser criado pela tia. Eu li até a parte que ele
tem cinco anos.”
Thiago de Souza, aluno do 4º ano
(Está gostando mais ou menos do livro)
Garotas da rua Beacon 1:
Piores
inimigas
melhores
amigas
Ela diz que ainda não terminou ler,mas está gostando
muito,porque conta a história de uma garota jovem, Charlotte, e de suas 4 amigas que são bem legais e sempre estão
do lado dela. “É muito legal”
Valentina, aluna do 4º ano
(Está gostando do livro)
Scott Pilgrim contra o mundo
autor:
Bryan Lee O`Malley
editora:
Cia. das Letras
“Scott de 23 anos, canadense, vive uma vida boa. Namora
uma menina de 17 anos, chinesa, chamada “Knives Chau”, é
o baixista de uma banda chamada “Sex-Bom-omb”, onde
eles mesmos se nomeiam ruins e mora com o seu colega de
quarto gay, chamado Wallace Wells.Tudo era simples, até se
apaixonar por Ramona Flowers, americana que veio para o
Canadá parta trabalhar na Amazon (o que aqui seria o nosso
Mercado Livre) e para namora-la, ele terá de lutar contra os
7 ex-namorados dela...a princípio parece idiota, mas a história não é só isso, muito mais coisas acontecem. Só lendo
para entender...
Matheus, aluno do 9º ano
(Gostou muito do livro)
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VIVER FORA DO AR
À PROCURA DE ERIC
texto: Denis
desenho: Gabriel Taveira
texto: Maria Amélia
desenho: Vitor Sório
Como dou aula apenas para o oitavo e nono anos, a minha relação com os alunos das outras turmas passa apenas por questões extraclasse, mediando assembléias, os
ajudando a organizar seus quartos para o estudo do meio,
auxiliando-os na escolha de seus cursos optativos, acolhendo algum aventureiro machucado, separando algumas brigas ou passando alguns sermões, chatos, porém, a meu ver,
muito necessários.
Acontece que pude experimentar uma nova e encantadora experiência neste segundo trimestre de 2010, tive a
oportunidade orientar, junto com o Fabio, a Optativa "TV Viver".
A idéia deste curso era criar,
junto com os alunos, uma espécie
de "canal de televisão" da nossa
própria escola. Adicionei as aspas
ao canal de televisão, pois como
eles mesmos coerentemente
nos chamaram a atenção,
nossa programação não
seria transmitida realmente em uma televisão,
mas sim na internet, e quem
sabe, entregue também em
CDs graváveis. Sendo assim,
alteramos o nome da nossa
emissora para @viver.
Além da maravilhosa
programação criada pela
nossa equipe altamente qualificada e criativa, fiquei impressionadíssimo com o empenho,
a iniciativa e a competência
de uma dupla que me chamou
muito a atenção. Já na nossa pri-
12
::filme::
junho 2010
meira reunião que tinha como pauta a
criação da nossa programação, participaram ativa e animadamente com
um caldeirão de idéias sensacionais.
Posteriormente, na distribuição de
funções, se inscreveram como repórteres do nosso programa de notícias.
Foi neste quadro que se revelaram
jornalistas profissionais. Para minha
surpresa, as minhas orientações pareciam cada vez mais óbvias
para jovens aparentemente formadas no curso de Comunicação aos
12 anos de idade. De
letra,
produziam
uma matéria após a
outra em um ritmo
impressionante. Críticas na formulação
das perguntas, desenvoltas nas entrevistas e sensatas na seleção
do material produzido.
Nina e Dora, parabéns! Além de admirar
muito vocês, conseguem me divertir muito
nas tardes de quartafeira. Aos nossos leitores; aguardem que em
breve a @viver estará
no ar!
Para a surpresa de todos, estou
prestes a comentar um filme cujo o herói é um jogador de futebol, Eric Cantona. Não que eu soubesse nada sobre
ele antes, mas peguei uma “cola” com
o Denis, que me disse que ele realmente era um craque. O fato de eu ter adorado e nem ter me entediado com as
cenas de futebol prova que o importante em um filme é a narrativa, e não
o tema em si.
E afinal, eu adoro o Ken Loach, o
diretor. Mais conhecido pelos filmes
politizados, ele dá um show misturando a estória de um carteiro inglês meio
deprimido e seu xará, o
craque francês. Eric, o
carteiro, está naqueles
momentos em que você
se questiona sobre os
rumos que deu para
sua vida. Seus companheiros do trabalho
tentam dar uma força, a
seu modo, o que vale muitas risadas no filme – as
cenas de uma sessão
de meditação baseada em um livro
de
auto-ajuda
são impagáveis.
E nesse processo
de reflexão ele
discute com Eric,
o jogador, seu
amigo imaginário, protagonizado pelo próprio Cantona.
Mas não estamos falando de uma simples comédia, e sim
de um filme rico em caracterização dos personagens, ótimos atores e muito humor, como os ingleses gostam. Mas
certamente há muitos assuntos sérios tratados. Afinal, não
são poucos os problemas que levam Eric à depressão: sua
segunda ex-mulher o deixa com seus dois enteados, ambos
problemáticos, sem falar na sua relação com a filha e a sua
primeira ex-mulher. Mas não se assuste, o filme não trata
desses problemas de forma pesada ou chata, Ken Loach alterna as cenas dramáticas com outras de poesia humanista e
com muitas de chorar de rir. Acho que com isso ele consegue
atingir vários tipos de pessoas e idades. Meu filho adorou,
meu pai também (estamos falando de quase 70 anos de diferença de idade). Mas para os pais preocupados em não
entrar em temas polêmicos, talvez seja melhor ver primeiro antes de convidar os filhos, pois há algumas
abordagens que não são exatamente politicamente
corretas. Particularmente, eu acho que a lição de
generosidade e humanidade de Ken Loach se sobrepõe a qualquer “contra-indicação”.
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::Esportes::
COMEÇOU O CAMPEONATO INTERESCOLAR
DUNGA BARRA O SENSACIONALISMO
texto: Denis
desenho: Vitor Sório
texto: Gabriel Pereira
desenho: Gustavo Domingues
A nossa escola está participando
de um campeonato de futebol. Estão
no torneio às categorias 94/95, 96/97,
98/99 e 2000. Tanto os meninos como
as meninas jogam, mas separadamente.
Os colégios adversários são Planeta
Terra, Sidarta, Desafio e Projeto Acorde. Na minha categoria (94/95) estão
inscritos; Eu, Murilo, Tiago, Daniel,
João Pedro e Mauricio. Nós estamos
com duas derrotas e um empate, mas
até agora nós perdemos jogando com
muita raça e com vontade. Não paramos de lutar um minuto sequer, meu
time é uma família e jogamos juntos
até o último minuto do jogo.
No primeiro jogo da competição
nós perdemos de 5 a 3 para o Colégio
Desafio, mas também era apenas o
primeiro jogo e
nesse jogo nós
merecíamos a
derrota, porque jogamos
muito mal.
Já no se-
14
gundo jogo contra a escola Projeto Acorde nós jogamos um
pouco melhor do que no primeiro jogo. Terminou 4 a 4 e no
mínimo merecíamos um empate, porque nós tomamos gols
muito bobos e não marcávamos direito os nossos adversários.
No terceiro jogo nós jogamos muito, foi contra o colégio Sidarta, 9 a 6, nesse jogo nós jogamos a melhor partida
desde que começou o campeonato, merecíamos no mínimo
o empate, mas tem dia que as coisas não dão nada certo.
A última partida do primeiro turno foi contra a escola
Planeta Terra esse foi um jogão. Foi 9 a 7 para eles, tiveram
bolas na trave, no travessão, pênaltis perdidos dos dois lados, mas infelizmente eles ganharam o jogão.
Espero que depois das férias a gente volte melhor ainda
porque para o nosso time não importa ser campeão, importa ganhar, mas se tiver que perder vamos perder na raça,
até o ultimo minuto.
Acho que daqui para frente nossa equipe vai melhorar
cada vez mais sabendo que o importante é participar.
junho 2010
Em 1990, após o Brasil sufocar a Argentina por noventa minutos, Maradona limpou todo meio
campo brasileiro, deixou Caniggia na cara do gol e mandou nossa seleção mais cedo para casa. Após
este episódio traumático para os apaixonados pelo futebol, a nossa imprensa canarinho criou o termo
“A era Dunga” referindo-se a esta seleção de forma extremamente pejorativa e elegendo Dunga como
o símbolo do futebol feio e desqualificado.
Acontece que quatro anos depois, com a faixa de
capitão no braço, roubando bolas como poucos volantes já o fizeram e acertando lançamentos precisos, Dunga comandou a seleção brasileira no tetra campeonato
após cinco copas sem vencer. Aqueles capazes de fazer
a leitura labial do nosso ex-capitão erguendo a taça
do mundo, recordam a resposta que já naquele ano
ele dava a todos aqueles que destruíram a sua imagem
quatro anos antes.
Hoje, como técnico, Dunga, protegeu seus jogadores do assédio da imprensa, dos patrocinadores e dos fãs. Comprou briga com gente grande
(Globo e Nike). A imprensa reclama da falta de
acesso à informação, afirma não poder transmitir
as notícias para os milhares de torcedores brasileiros.
Eu me junto ao coro dos que levariam Ganso e
Neymar a copa, também temo a falta de craques na ausência de Robinho e Kaka. Acredito que será muito difícil
para qualquer equipe eliminar a Argentina desta copa.
Porém, estou com o nosso treinador e capitão. Ele não
é e ninguém será unânime, mas é coerente e comprometido com seu trabalho. Dunga não censurou
as informações, apenas barrou o sensacionalismo dos meios de comunicação sedentos em
ganhar dinheiro com informações desnecessárias e a imprensa sem ter o
que vender perde o seu e o nosso
tempo discutindo a sua própria
discussão com o técnico da seleção. Quem se interessa por isso?
colégio Viver :: Jornal Página Aberta
15
tirinha
Matheus
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