Aviva ó Senhor a tua obra no meio dos anos… Habacuque. 3:2
Transcrição
Aviva ó Senhor a tua obra no meio dos anos… Habacuque. 3:2
Aviva ó Senhor a tua obra no meio dos anos… Habacuque. 3:2 Habacuque era um homem angustiado, num mundo em crise, apanhado entre a revelação de Deus e a corrupção moral e religiosa do povo de Judá. No capítulo 2, Habacuque apresenta 5 Ais: 1. 2. 3. 4. 5. O ai contra a corrupção, v. 6 O ai contra a altivez e o desejo de grandeza, v. 9 O ai contra a violência, v. 12 O ai contra a desumanidade, v. 15 O ai contra a idolatria, v. 19 Qualquer semelhança entre estes ais e a situação actual do mundo, e do país em vivemos, é pura coincidência…! A verdade é que, quando avaliamos a situação actual das igrejas e nos apercebemos que não conseguimos passar a mensagem do Evangelho à geração seguinte; quando notamos que não há compromisso com a igreja local; quando vemos que o Dia do Senhor não é respeitado, que não há obediência à Sua Palavra e que a evangelização não é uma prioridade, creio que chegamos todos à mesma conclusão: Também precisamos de um avivamento da parte de Deus. Mas, afinal, o que é um avivamento? E que espécie de avivamento é que precisamos? 1. O AVIVAMENTO COMEÇA COM ORAÇÃO A nossa tendência é pensar que o avivamento começa com os outros, ou com um pregador carismático e famoso que arrebate multidões. Contudo, Habacuque não perde tempo com reflexões filosóficas, ou com projecções de culpa sobre os outros. Ele começa o seu livro já a orar, sob a pressão de um “peso” (1:1) esmagador, dizendo: “Até quando, Senhor, clamarei eu e tu não me escutarás...?” (1:2) e, no capítulo 3, expressa a sua oração duma maneira mais formal. É este sentimento de responsabilidade, de humildade e de dependência do Senhor, de confissão dos nossos pecados e de busca da santificação que nos deve caracterizar. Aliás, o Senhor Jesus disse: “Estai em mim e eu em vós…porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:4 e 5). O avivamento começa com cada um de nós, quando dobramos os nossos joelhos, quando derramamos a nossa alma na Sua presença e nele confiamos, independentemente dos resultados, isto é, quer Ele responda, quer não. Como diria Jó: “Ainda que ele (Deus) me mate, nele esperarei”(13:15). 2. O AVIVAMENTO COMEÇA COM O TEMOR PELA PALAVRA DE DEUS. Será que sentimos temor pela Palavra de Deus? No livro de Jeremias Deus pergunta: “Não é a minha Palavra como o fogo, como um martelo que esmiúça a penha”? (Jer. 23:29) Se a Palavra de Deus é como um fogo é preciso que o incêndio comece a partir dos púlpitos das nossas igrejas. Se a Palavra de Deus é como um martelo, então precisamos de continuar a martelar, porque ainda não martelámos o suficiente, para que a Palavra de Deus possa causar impacto na vida do nosso povo. O evangelho não é uma espécie de terapia ou de sedativo, que tranquiliza a consciência dos pecadores, como quem diz, não se preocupem com os vossos pecados; Deus é bom, e no fim Ele perdoa tudo e todos se salvam. Quando os apóstolos pregavam o evangelho os pecadores atemorizados perguntavam: “Que faremos varões irmãos”? (Actos 2:37) E a resposta era: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Actos 2:28). Se a Palavra de Deus não causa qualquer temor nos nossos corações, é porque ainda não estamos prontos para o avivamento. 3. O AVIVAMENTO COMEÇA COM FÉ INCONDICIONAL EM DEUS A oração do profeta, sob a forma de canto (3:1) é um poema ao próprio Deus e à exaltação dos seus atributos e da Sua glória, que cobre os céus e a terra (3:3). Num cenário dramático, o Senhor manifesta quer o Seu poder indomável, quer a sua ira contra o povo rebelde (v. 8 e 12), quer a sua misericórdia (3:2 e 13). Todavia, actualmente, parece que o homem moderno se convenceu de que é capaz de manipular, de corromper e de dominar praticamente tudo, inclusive o próprio Deus. Até alguns líderes religiosos, ávidos de poder e de fama, aprendem a manipular audiências, com técnicas de marketing e com promessas de curas, de prosperidade e de sucesso financeiro. Porém, Habacuque confessa peremptoriamente a sua fé incondicional em Deus, ao dizer: “Portanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e no curral não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (3:17). Precisamos de interiorizar que Deus não se deixa domesticar, perante as nossas propostas de condicionamento da Sua actuação. Deus não é permeável ao suborno religioso e, a Sua verdade, as Suas leis, e os Seus valores não são negociáveis. A nossa fé Nele implica uma rendição sem condições. CONCLUSÃO O profeta ouviu, temeu, orou, clamou, creu e pediu: “Aviva ó Senhor a tua obra…” Não confundamos avivamento com mais activismo, nem com mais organização, nem com mais barulho, nem com desordem. O avivamento não é uma coisa fabricada pelo homem. Não é um fenómeno humano. O avivamento tem que vir de Deus. Da oração do profeta, sobressai a centralidade da Oração, a centralidade da Palavra e a centralidade da Fé no próprio Deus. Para evitarmos os 5 ais de Habacuque, precisamos de um avivamento baseado nos 5 solos da Reforma Protestante, de Martinho Lutero: 1. 2. 3. 4. 5. Só a Bíblia, Só Jesus Cristo, Só a Graça, Só a Fé e Só Deus. Clamemos todos: Aviva ó Senhor a tua obra…! (Esboço da mensagem apresentada pelo Pr. Ludgero Coelho, na Assembleia Geral da Associação Baptista do Norte, em Braga, no dia 28.02.2009)
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