o esporte aproximando povos - Diretoria de Ensino

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o esporte aproximando povos - Diretoria de Ensino
Brasil-Israel:
o esporte aproximando povos
O país do futebol
Brasil é conhecido como o país do futebol. E não é à toa. É o único país
que participou de todas as Copas do
Mundo e o que possui maior número de títulos, cinco até o momento.
Também teve o melhor jogador de
todos os tempos, Pelé, que marcou o
maior número de gols, mais de 1.300.
O futebol brasileiro coleciona títulos importantes, tanto com o desempenho de suas
seleções nacionais como de seus clubes. Por isso, a
expectativa é grande para a próxima Copa do Mundo, em 2014, principalmente após a vitória da seleção
brasileira na última Copa das Confederações (da qual
também é o maior vencedor, com quatro títulos).
No entanto, nos últimos anos, o país vem se
tornando potência em diversos outros esportes, como
vôlei (masculino e feminino), natação, ginástica.
Também tem ídolos no automobilismo, atletismo,
judô, o que deixa os brasileiros otimistas para a realização das próximas Olimpíadas, em 2016, que se
realizarão no Rio de Janeiro. Confira um pouco dessa
história do esporte no Brasil.
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Edson Arantes do Nascimento, Pelé
Futebol Arte
O
futebol no Brasil foi introduzido por Charles Miller,
um jovem que, ao retornar
de uma viagem à Inglaterra, trouxe
consigo duas bolas de futebol e passou a tentar converter a comunidade
de expatriados britânicos da cidade
de São Paulo de jogadores de críquete para futebolistas, criando o primeiro clube de futebol no Brasil. O
início aconteceu no bairro do Bom
Retiro, que era, na época, reduto da
comunidade judaica em São Paulo.
O futebol rapidamente se tornou uma paixão para os brasileiros, que se referem frequentemente ao País como “a pátria de
chuteiras” ou o “país do futebol”. Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, o futebol movimenta R$ 16 bilhões por ano, tendo
trinta milhões de praticantes (aproximadamente
16% da população total), 800 clubes profissionais, 13 mil times amadores e 11 mil atletas federados.
Inicialmente, apenas brancos podiam jogar futebol no Brasil, dado o fato da maioria dos
primeiros clubes terem sido fundados por estrangeiros. No Campeonato Carioca de 1914, em
jogo contra o América, o mulato Carlos Alberto,
por conta própria, chegou a se cobrir
com pó-de-arroz para parecer branco. No decorrer da partida, o suor
cobriu a maquiagem e a farsa foi
desfeita. A torcida do América, que
o conhecia pois ele tinha sido um
dos jogadores que saíram do clube
na cisão interna de 1914, começou a
persegui-lo e a gritar “pó-de-arroz”,
apelido absorvido pela torcida do
Fluminense Football Club, que passou a jogar pó-de-arroz e talco sempre que seu time entrava em campo.
Na década de 1920, os negros começaram a ser aceitos em outros clubes e
o Vasco foi o primeiro das grandes agremiações
a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres.
No período de governo do presidente Getúlio Vargas foi feito um
grande esforço para alavancar o futebol no País. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil
(1950), por exemplo, aconteceram
durante a Era Vargas.
A vitória da Seleção Nacional no Mundial de 1958, com um
time comandado pelos negros Didi
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Brasil-Israel:
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Desempenho da seleção
brasileira em Copas do Mundo
e Pelé, pelo mulato Garrincha e pelo capitão
paulista Bellini (este branco), ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, ao reunir pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões.
A partir desse ano, a seleção canarinho
começou a ganhar o mundo, vencendo a Copa
de 1962, comandada por Garrincha, e 1970, na
que talvez seja considerada a maior seleção de
todos os tempos. Em 1982, também encantou o
mundo com Falcão, Sócrates, Éder
e Toninho Cerezo, mas por um dos
acasos do esporte, acabou não levando o título, que só viria em
1994, na seleção que tinha como
grande craque o atacante Romário. Em 2002 se deu o último
título do Brasil, na seleção do
técnico Luiz Felipe Scolari e
do craque Ronaldo. Agora é esperar o hexacampeonato em casa, no
próximo ano.
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Ano
Desempenho
Colocação
1930
1934
1938
1950
1954
1958
1962
1966
1970
1974
1978
1982
1986
1990
1994
1998
2002
2006
2010
Total
primeira fase
primeira fase
terceira colocação
vice-campeã
quartas-de-final
campeã
campeã
primeira fase
campeã
quarta colocação
terceira colocação
quartas-de-final
quartas-de-final
oitavas-de-final
campeã
vice-campeã
campeã
quartas-de-final
quartas-de-final
5/18
6ª
14ª
3ª
2ª
5ª
1ª
1ª
11ª
1ª
4ª.
3ª
5ª.
5ª.
9ª
1ª.
2ª
1ª.
5
5
A Copa do Mundo FIFA de
2014 é a segunda vez que
este torneio é realizado no
país, depois da Copa do
Mundo FIFA de 1950.
Arenas para a Copa do Mundo de 2014
5
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Cerimônia de abertura: delegação brasileira desfila no estádio olímpico de Londres 2012
Desempenho do Brasil
nos Jogos Olímpicos
A
primeira participação brasileira em Olimpíadas foi
nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920, em Antuérpia, Bélgica. A delegação era constituída por
22 atletas, todos homens, que conquistaram três medalhas no tiro
esportivo, uma de ouro (Guilherme Paraense), uma de prata e uma
de bronze. Os atletas foram enviados pela Confederação Brasileira
de Desportos (CBD).
Em 1924, a CBD passava
por crise financeira e só com fundos conseguidos pela Federação
Paulista de Atletismo conseguiu
enviar sua delegação. Em 1928, a
crise internacional das Bolsas de
Valores impediu a ida de atletas
à competição mundial. Em 1932,
o Brasil teve sua primeira mulher
atleta, a nadadora Maria Lenk.
Em 1936, foi fundado o
Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Nos jogos
realizados naquele ano, a CBD mandou uma
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delegação e o COB enviou outra.
Antes que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibisse a participação do Brasil, as delegações
se uniram. Desde então, o COB é
a entidade responsável pela organização e envio dos atletas nacionais às Olimpíadas.
Desde a primeira participação em 1920, o Brasil só voltou a ganhar medalhas 28 anos
depois, com um bronze no basquete masculino. Na edição seguinte, 1952, voltou a ganhar um
ouro com Adhemar Ferreira da
Silva no salto triplo de atletismo.
Desde então, o País tem conseguido medalhas em todas as edições.
Orfão de mãe, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo,
aos sete anos já trabalhava como
lavador de carros. Sua trajetória
nos esportes começou em 1973,
quando quebrou o recorde mundial Junior de
salto triplo no Campeonato Sul-Americano de
Atletismo e, dois anos depois, atleta adulto, conquistou a medalha de ouro no salto em distância
nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México
e, em seguida, o primeiro lugar no salto triplo,
quebrando o recorde mundial, até então com um
soviético. Ele era cabo do Exército Brasileiro.
Na Olimpíada de Montreal, ele era o favorito, porém foi logo após uma cirurgia, o que lhe
valeu a medalha de bronze. Em Porto Rico, foi
bicampeão pan-olimpíco nos saltos triplo e em
distância.
Acumulando vitórias, João do Pulo foi
tricampeão mundial de salto triplo na Alemanha
(1977), Canadá (1979) e Itália (1981). Ídolo do
esporte amador brasileiro, ele foi porta-bandeira
no desfile de abertura dos Jogos Olímpicos em
Montreal e em Moscou.
Sua brilhante carreira foi interrompida
em 1981, quando sofreu um grave acidente de
carro na Via Anhanguera, trecho Campinas-São
Paulo. Sua perna direita foi amputada. Porém,
ele teve forças para estudar Educação Física e,
por duas vezes, foi eleito deputado estadual
em São Paulo. Faleceu em 1999.
No total, o Brasil conquistou 108
medalhas na história dos jogos olímpicos, todas nas edições de verão. São 23
de ouro, 30 de prata e 55 de bronze, o
que o torna o país sul-americano com
o melhor retrospecto na história
das Olimpíadas da era moderna e o
quarto maior ganhador das Américas atrás apenas dos Estados Unidos,
Canadá e Cuba, respectivamente. Essa
posição foi conquistada nos jogos de Ate-
nas, em 2004, quando ultrapassou a sua arquirrival Argentina, a primeira colocada na América
do Sul até então. É também um dos raros países
a ter um atleta que recebeu a Medalha Pierre de
Coubertin: o maratonista Vanderlei Cordeiro de
Lima, empurrado quando estava em primeiro lugar na prova por um irlandês saído da plateia. O
corredor se levantou e terminou a corrida em
terceiro lugar, comemorando a medalha
de bronze como se fosse de ouro.
Desde que iniciou seu histórico olímpico, a delegação brasileira
enviou atletas para as suas mais de
duas mil vagas olímpicas até o momento. Os Jogos Olímpicos de Verão de 2016 acontecerão no Rio de
Janeiro, a primeira cidade da América do Sul a sediar o maior evento do
esporte mundial.
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Medalhas nos Jogos de Verão
Edição
1920 Antuérpia
1924 Paris
1928 Amsterdã
1932 Los Angeles
1936 Berlim
1948 Londres
1952 Helsinque
1956 Melbourne
1960 Roma
1964 Tóquio
1968 Cidade do México
1972 Munique
1976 Montreal
1980 Moscou
1984 Los Angeles
1988 Seul
1992 Barcelona
1996 Atlanta
2000 Sydney
2004 Atenas *
2008 Pequim
2012 Londres
Total
8
Atletas
21
12
67
94
77
108
48
81
68
84
89
93
109
151
171
197
225
205
247
277
259
2683
Posição
1
0
1
0
não competiu
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
2
0
1
5
1
2
2
1
3
3
0
6
5
2
3
4
3
5
23
30
1
0
3
0
0
0
1
2
0
2
1
2
2
2
2
2
3
0
9
6
3
8
9
55
0
0
1
3
1
2
1
3
2
2
4
8
6
3
15
12
10
15
17
108
15ª
—
—
—
—
34ª
25ª
25ª
40ª
39ª
35ª
41ª
41ª
18ª
19ª
19ª
25ª
25ª
52ª
16ª
23ª
22ª
36ª.
Variedade esportiva
A
pesar do apelido “País do futebol”, faz
tempo que o esporte brasileiro se destaca em mais de uma modalidade esportiva.
Desde o início do século 21, por exemplo, as seleções de vôlei masculinas e femininas conquistaram títulos em diferentes competições, como
Jogos Olímpicos, Liga Mundial, Grand Prix,
Campeonato Mundial, Copa do Mundo, Pan-Americano e passaram a ser consideradas favoritas em cada torneio que disputam. Também a
Superliga, competição nacional de vôlei, cresceu
em audiência, público e prestígio. Os principais
atletas brasileiros jogam pelos times nacionais,
elevando o nível das disputas.
Outro esporte que conta com um calendário regular é o basquete. Apesar dos resultados
abaixo do esperado por parte da seleção masculina nos últimos anos, a recente conquista de vaga
para a Olimpíada de Londres, em 2012, a exportação de talentos como Thiago Splitter, Anderson
Varejão, Leandrinho, Nenê Hilário e Marcelinho
Huertas para as principais ligas de basquete
mundial e a consolidação de um campeonato nacional disputado e emocionante ajudaram o basquete a recuperar o seu prestígio. Prestígio que
foi grande, tanto no masculino, com o título de
campeão mundial em 1959 e 1963, e Pan-Americana, vencendo os EUA em sua própria casa,
em time comandado pelo cestinha Oscar e por
Marcel. No feminino, o destaque é mais recente,
com a geração comandada por Paula e Hortência, que também venceu um Pan-Americano, em
Cuba, contra as poderosas donas da casa, trazendo uma inédita medalha de prata olímpica.
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Nos esportes individuais, a natação e a ginástica artística, apoiadas pelas leis de incentivo
ao esporte, conseguiram investir em treinamento de seus atletas de ponta e os resultados começam a aparecer nas principais competições. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Daiane dos Santos e
os irmãos Daniele e Diego Hypólito são alguns
dos destaques das duas modalidades no cenário
mundial.
Além dos esportes mais conhecidos, os
brasileiros se destacam em outras modalidades,
como skate, surfe, rapel urbano e ecológico, windsurf, entre outros. A grande extensão territorial
nacional e as paisagens diversificadas fazem dos
brasileiros indivíduos abertos a receber influências culturais e a descobrir novos desafios.
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nMastro da Bandeira
O
Automobilismo
automobilismo é um esporte
bem
popular no Brasil,
que ganhou dimensão no País após os
primeiros
títulos
de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1, posteriormente Nelson
Piquet e Ayrton Senna ajudaram a firmar
ainda mais o automobilismo brasileiro na categoria. O Brasil também possui grandes conquistas na Fórmula Indy, com Emerson Fittipaldi ganhando o primeiro título brasileiro na categoria,
seguido pelos pilotos Gil de Ferran, Cristiano da
Matta, Tony Kanaan.
Internamente, as duas principais categorias são a Stock Car Brasil e a Fórmula Truck,
alguns ex-pilotos de categorias internacionais
atualmente correm nessas categorias. No território nacional existem aproximadamente 20 autódromos, incluindo pistas de asfalto e de terra,
porém não há nenhum circuito oval.
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A
Capoeira
capoeira, hoje também muito praticada
em Israel, é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música.
Desenvolvida no Brasil principalmente
por descendentes de escravos africanos, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e
complexos, utilizando primariamente chutes e
rasteiras, além de joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo e aéreas.
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a
sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial
brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar,
mas também a tocar os instrumentos típicos e a
cantar (o berimbau é o instrumento que acompanha o desenrolar do “jogar a capoeira”). Um
capoeirista experiente que ignora a musicalidade
é considerado incompleto.
A palavra capoeira significa “o que foi
mata”, vinda da junção dos termos ka’a (mata)
e pûer (que foi). Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada a
agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira
tenha obtido esse nome a partir dessas áreas que
cercavam as grandes propriedades rurais de base
escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor frequentemente usavam a vegetação rasteira
12
para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato.
Hoje, a capoeira se tornou não apenas
uma arte mas uma verdadeira exportadora da
cultura brasileira para o exterior. Presente em
dezenas de países nos cinco continentes, todo
ano a capoeira atrai ao Brasil milhares de alunos
estrangeiros que, frequentemente, se esforçam
em aprender a língua portuguesa para melhor
se envolver com a arte. Mestres e contramestres
respeitados são constantemente convidados a
dar aulas especiais no exterior ou até mesmo a
estabelecer seu próprio grupo. Apresentações de
capoeira, geralmente administradas em forma
de espetáculos acrobáticos e com pouca marcialidade, são realizadas no mundo inteiro.
O aspecto marcial se faz muito presente e,
como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é uma de suas características, capoeiristas experientes raramente tiram os
olhos de seus oponentes, pois uma queda pode
chegar disfarçada até mesmo a partir de um gesto amigável.
Símbolo da cultura afro-brasileira, da
miscigenação de etnias e da resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo
brasileiro, principalmente após a conquista do
título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Esportes paraolímpicos
N
o Brasil, o esporte paraolímpico começou a ser
praticado pelo cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo
Aldo Miccolis. Ambos fundaram
o Clube do Otimismo no Rio de
Janeiro e, meses depois, Sergio
Seraphin Del Grande fundou o
Clube dos Paraplégicos de São
Paulo. Almeida e Del Grande,
após tratamento em hospitais norte-americanos
e presenciarem pessoas em cadeira de rodas praticando esporte, trouxeram a ideia para o Brasil.
Hoje, são 20 modalidades esportivas destinadas a deficientes físicos do sexo masculino e
feminino. Para competições, a idade mínima do
atleta é de 14 anos e não há idade máxima; nas
Paraolimpíadas Escolares, a idade mínima é de
12 anos e a máxima, 21 anos. Existe uma classificação funcional para todas as modalidades e
os atletas participam de acordo com seu comprometimento físico-motor.
Para cada tipo de deficiência existem modalidades possíveis, como é o caso de pessoas
com deficiência visual, que podem praticar futebol, goalball ou judô. As deficiências aceitas
nos esportes paraolímpicos vão desde paralisia
cerebral, amputação de algum membro do corpo
até a cegueira completa. A única exceção é para
deficientes auditivos, que participam de atividades esportivas
convencionais. A única modalidade em que os atletas são categorizados por peso corporal é no
halterofilismo convencional.
O Brasil tem conseguido
destaque nas últimas edições dos
Jogos Paraolímpicos. Estreante
em 1976, conquistou sua primeira medalha na edição seguinte.
Em 2008, pela primeira vez encerrou a competição entre os dez primeiros no quadro de medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas.
Os nadadores Clodoaldo Silva e Daniel Dias e os
corredores Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina são alguns dos destaques paraesportivos do País.
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Esportes em Israel
O Estado de Israel é um país com área total do tamanho do menor
Estado brasileiro, o de Sergipe. E não tem riquezas naturais.
D
esde muito antes de sua independência,
foram criadas instituições de ensino na
região, como a Universidade Hebraica de
Jerusalém e o Instituto Technion, hoje nomes de
ponta entre as congêneres mundiais. Com uma
população de pouco mais de sete milhões de habitantes e apenas 65 anos como Estado independente, Israel ostenta o número de dez cidadãos laureados com o Prêmio Nobel. As línguas oficiais
são o hebraico e o árabe, porém a maioria de sua
população fala também o inglês.
Ao mesmo tempo, nesses 65 anos, o esporte vem desempenhando um papel cada vez mais
importante no desenvolvimento do país,
tanto nacional quanto internacionalmente. ​​​​​​​​​​​​​
Inicialmente, por sua localização
geográfica, o país estava ligado à Confederação Asiática junto com os países
árabes da região. Porém, estes se recusavam a jogar contra equipes de Israel,
fazendo boicotes e anulando jogos. Esse
foi o motivo porque Israel – mesmo sem
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Seleção israelense com o Primeiro Ministro Binyamim Netanyahu
ser membro da União Europeia – faz parte da
União de Associações da Europa (Uefa) desde
1991, participando nas competições interclube,
na Liga dos Campeões e na Liga Europa.
Em Israel, o esporte faz parte da
cultura do país. Em preferência, os
primeiros são o futebol e o basquete,
depois vem o handebol, atletismo e outros. Nos Jogos Olímpicos, os atletas
que ganham medalhas são os do judô,
esgrima, canoagem e windsurf. Equipes
esportivas israelenses também têm tido
sucesso no exterior, notadamente o clube
de basquete Macabi Tel Aviv, que se estabeleceu
como uma das melhores equipes da Europa na
última década. As seleções nacionais de Israel
também têm melhorado, com o futebol e o basquete alcançando resultados impressionantes.
Fora da arena profissional, os esportes sempre foram um passatempo importante para centenas de milhares de israelenses. Com quilômetros de um belo litoral na fronteira ocidental do
país, não é nenhuma surpresa que aproximadamente metade da população nade regularmente.
Os muitos meses de calor incentivam os israelenses a praticar esportes ao ar livre e uma postura
competitiva faz com que os jovens se envolvam
em dezenas de atividades esportivas diferentes
desde cedo. Nos fins de semana, é costume encontrar grupos de pessoas jogando basquete em
quadras nos parques em todo o país, correndo
nas ruas e jogando futebol nos parques. O israelense torce pelo Brasil. Na época da
Copa do Mundo, é comum ver pessoas andando
com as camisetas verde e amarelas e, nos dias de
jogo da Seleção Canarinho, todas as camadas da
população acompanham e vibram com os gols
dos jogadores mais famosos, que são referência
quando um turista diz que é brasileiro. Conhecem Pelé, Zico, Romário, Ronaldinho, Ronaldo e
outros mais. Sem contar o número de jogadores
brasileiros que fazem carreira no futebol israelense.
Nos Jogos Olímpicos, os atletas que
ganham medalhas são os do judô,
esgrima, canoagem e windsurf.
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C
Futebol
ontrolada pela Associação de Futebol Israelense, este esporte tem três divisões principais masculinas: Ligat Há’Al, a liga superior, a Leumit e a Artzit. As três contam com 12
equipes profissionais e atrai por volta de 20.000
espectadores nas partidas, principalmente nas
duas principais Copas, a de Israel e a Toto. Macabi Tel Aviv, Beitar Jerusalém e Hapoel Haifa são
os principais times do país.
As jogadoras femininas estão inscritas na
Liga Leumit de Mulheres.
Participando das competições europeias,
os clubes israelenses vem alcançando melhores resultados, como as quartas de final na Liga
dos Campeões em vários anos. Uma só vez Israel conseguiu uma vaga na Copa do Mundo, em
1970, no México, empatando com a Suécia e a
Itália para ser derrotada pelo Uruguai e ficar em
12º. lugar entre as 16 equipes participantes.
Durante uma década, o Macabi Haifa foi
campeão, deixando o
posto para o Beitar Jerusalém, um time em
ascensão, campeão pela
primeira vez em 2007.
Yossi Benayoun, capitão
da seleção, é um dos jogadores que mais se destacam.
16
Vinte jogadores israelenses
participam das equipes de clubes europeus, como o próprio
Benayoun, no Liverpool Futebol
Clube, o zagueiro Tal Ben Haim,
no Chelsea e Tamir Cohen, no
Bolton Wanderers.
O zagueiro John Paintsil
nasceu em Gana e vive em Israel
desde 2002. Ele joga no Hapoel
Tel Aviv, porém foi convocado a
defender as cores da seleção ganense na Copa do Mundo. Ao jogar contra a República Tcheca e
fazer um gol, Paintsil levantou
a bandeira de Israel para comemorar.
“Estou feliz e fico contente
de ter homenageado os israelenses também. Eu gosto muito
dos torcedores de Israel e decidi mostrar a bandeira do país.
Já joguei em dois clubes em
Tel Aviv e fui muito bem recebido. Agora é hora de retribuir
todo esse apoio”, destacou o
zagueiro, que também jogou no
Macabi Tel Aviv. Um time árabe-israelense
representa Israel
A paz existe no futebol, com
certeza. O atacante Cléber Vieira Rodrigues, que jogava no Liége, time belga, foi contratado
pelo time árabe-israelense Bnei
Sakhnin. Este é o time árabe
que representa, pela primeira
vez, o Estado de Israel na Copa
da Uefa, a copa europeia. Um fato
possível após o Bnei Sakhnin vencer o time israelense Hapoel Haifa, na Copa do Estado de Israel.
No time há uma “mistura” que só o futebol consegue fazer. O treinador é judeu. Os jogadores são
árabes (cidadãos israelenses), judeus e os estrangei-
ros da Nigéria, do Congo, de Camarões
e do Zimbábue.Cléber Vieira Rodrigues é um dos vários jogadores brasileiros que defendem as cores de times
israelenses. No início, ele relutou em
aceitar o convite do Sakhnin, mas foi
convencido por outros que lá estão e,
já acostumado, afirma que “Israel é
até mais tranquilo do que o Brasil, você pode sair na
rua três, quatro horas da manhã, não há problema
nenhum”.
O time teve outro jogador brasileiro antes: Gabriel Lima. O zagueiro Índio e Bruno Carvalho são
brasileiros que jogaram em times israelenses.
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Basquete
E
ntre os clubes de melhor desempenho no basquete está o Macabi Tel Aviv, que foi campeão por
cinco vezes na Euroliga. O cestinha do
Macabi Tel Aviv, Omri Casspi, foi o primeiro israelense a jogar na principal liga
de basquete profissional norte-americana, a conhecida Associação Nacional de
Basquete (NBA, sigla em inglês). Ele jogou no Cleveland Cavaliers.
Na mesma competição, o Macabi
Tel Aviv se saiu muito bem, com várias
vitórias na Final Four. Foi o vencedor em dois anos
seguidos. Em 2005, a Copa da União das Ligas Europeias de Bola ao cesto (Uleb, em inglês) teve como
vencedor o Hapoel Jerusalém e, quatro anos depois, a
Seleção Nacional de Basquete foi classificada no campeonato bienal EuroBasket.
As mulheres não ficam para trás. Elitzur Ramle
e Anda Ramat Hasharon são duas equipes rivais, que
competem também na Europa. O time nacional jogou
23 vezes na Liga dos Campeões da Europa e conquistou uma medalha de prata na Eurobasket.
A israelense Shay Doron foi a primeira de seu
país a jogar basquete profissional nos Estados Unidos, na Wnba. Seu time, o New York Liberty.
Track
and Field
18
A
leksandr Averbukh, de origem russa, é
o atleta que se sobressai nessa modalidade, com três medalhas de ouro na
Copa dos Campeões.
Tênis
Natação
Israel conseguiu chegar à semifinal na
Copa Davis, o que foi um grande feito.
N
essa modalidade, o nome de Shahar Pe’er
é destaque, ela atingiu o top 20 mundial,
chegou à final de duplas no Aberto da
Austrália, além da presença nos torneios da Associação Feminina de Tênis (WTA), em várias
quadras mundiais.
Os tenistas Andy Ram e Yoni Erlich estão
entre os melhores, com seus nomes por vários
anos no top 10 mundial.
N
adar é popular em Israel, país que tem
uma variedade de praias ao longo da Costa Mediterrânea e dos mares da Galileia,
Vermelho, Eilat e Mar Morto. Lugares com águas
limpas, que convidam a nadar, além das inúmeras piscinas. A Associação Israelense de Natação
é a maior federação da modalidade.
O bom desempenho da equipe israelense
classificou-a, em Atlanta, para a final masculina
4 x 100 metros medley.
Israel tem o maior número de mergulhadores qualificados per capita do mundo. São
50.000, atraídos pela vida marinha inigualável do Mar Vermelho.
O esqui aquático, o windsurf
e o paddleball, jogo de praia no
qual a bola é mantida no ar com
dois tacos, também têm muitos
adeptos.
Gal Fridman é um nome destacado no windsurf, com duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos. Em 2012, Lee Korzits recebeu
o titulo de Mulher RS-X no Campeonato Mundial de Iatismo pela
terceira vez.
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Boxe
D
iferente do usual, o boxe em Israel não é visto como esporte e,
sim, como um veículo para ajudar os jovens a não ter preconceitos. A Associação Israelense de Boxe (IBA) tem 1.800 membros ativos espalhados por várias cidades. São jovens a partir de 11
anos, que vem de cidades árabes ou de centros de imigrantes russos e
etíopes para participarem de jogos organizados pela Associação.
Entre os mais conhecidos, Ilya Grad é considerado um dos oito
melhores boxeadores amadores no mundo e, em 2012, ganhou o titulo internacional WCK na China. Com esse titulo, ele pôde entrar para
uma disputa na Malásia, país que não tem relações diplomáticas com
Israel.
Futebol americano, ginástica, remo, alpinismo, mergulho, ciclismo, golfe, esqui, tênis de mesa, luta livre, halterofilismo, caratê e esportes radicais, como surf com paraquedas, catamarã, esqui aquático,
kitesurf, parapente, também têm adeptos entre os atletas israelenses.
Maratona
A
Meia Maratona de Tel Aviv, a Maratona de Jerusalém e a Corrida
Monte Tabor, mais a Meia Maratona de Ein Gedi, na área desértica do
Mar Morto, são percursos de longa distância conhecidos pelos atletas da modalidade em
todo o mundo.
Na Maratona de Jerusalém, em 2011, contou com mais de 15.000 participantes. Além da
participação como atletas, os corredores têm a
beleza e a variedade de pontos turísticos durante
o percurso.
20
Esportes Paraolímpicos
A
atenção dada aos atletas com necessidades especiais
é constante e a participação permite a essas pessoas
a oportunidade de se dedicar, batalhar e conseguir
superar seus problemas físicos.
A Associação Desportiva para Deficientes de Israel
(Isad) abrange várias áreas e realiza atividades constantemente. A organização Ilan e os clubes Sports Beit Halohem
são dedicados a militares veteranos, atingidos nas sucessivas guerras que o país enfrenta.
Conhecida pelas medalhas de ouro
recebidas, a nadadora Keren Liebowitz
é a mais conhecida atleta paraolímpica
em Israel. Competindo em Sidney, Austrália, e em campeonatos europeus. Uri
Bergman contabiliza 12 medalhas de
ouro conseguidas em diferentes edições
dos Jogos.
Em Pequim, nos Jogos Paraolímpicos de 2008, Israel levou 42 atletas,
que competiram em atletismo, basquete, ciclismo, hipismo, natação, remo,
tênis, tênis de mesa, tiro, tiro com arco
e vela. Ganharam cinco medalhas de
prata e uma de bronze.
21
Brasil-Israel:
o esporte aproximando povos
N
Brasileiros mostram suas
qualidades em Israel
ascido no Rio de Janeiro, Gabriel Griner
chegou a Israel com três anos de idade e
antes de começar a treinar futebol com
seis anos e meio, na escola do Hapoel Haifa, o
garoto praticou caratê desde os quatro anos.
Volante, às vezes zagueiro, o jovem joga no
Macabi Haifa. Uma pergunta que sempre fazem
a ele: “Como você reagiria se defendesse o time
israelense contra o brasileiro numa Copa do
Mundo?” Como bom esportista, ele afirma: “Esportivamente, entraria em campo para ganhar.
No final do jogo, abraçaria cada jogador do Brasil com a maior admiração e respeito, como faço
em Israel após cada partida. O futebol é só um
jogo, o mais maravilhoso do mundo, porém é só
um jogo”. Assim, o jovem ensina que a rivalidade deve durar somente durante os 90 minutos,
enquanto a bola rola em campo. Por outro lado,
ele diz que é gostoso ser brasileiro no exterior. “O
pessoal de Israel e da Europa tem uma admiração
pelos brasileiros. Quando faço uma jogada bonita,
eles dizem que é porque sou brasileiro.”
Gustavo Boccoli, meio-campista, jogou
pelo Paraná, foi para a Europa jogar no Prescia
e transferiu-se para Israel. Em oito temporadas,
fez 64 gols, atuando no Hapoel Ramat Gan, Macabi Ahi Nazare e Macabi Haifa, time no qual
22
mais se destacou. O atacante brasileiro Léo, que
passou pelo Corinthians e CRB de Alagoas além
do Criciúma, fez gol no Petach Tikva na 29ª. rodada do Campeonato Israelense. O lateral João
Rodrigo, que jogou no Rio Branco, passou uma
temporada como jogador do Macabi Hachoch
Ramat Gan e, atualmente, joga no Pelotas do Rio
Grande do Sul. Ex-jogador do Cruzeiro de Belo
Horizonte e do Palmeiras, Fábio Júnior chutou
muito em temporadas israelenses como jogador
do Hapoel Tel Aviv.
Também o ex-palmeirense Fernandão esteve nos gramados israelenses, defendendo o Macabi Haifa.
Zagueiro no Avaí e Atlético Paranaense,
Douglas da Silva engrossou as fileiras do Hapoel
Kfar Saba e, depois, do Hapoel Tel-Aviv seu clube
atual.
Também zagueiro, Nivaldo Batista Santana
fez carreira no Fluminense da Bahia, Náutico,
Rio Branco, Coritiba, Fortaleza e Paulista antes
de jogar no Chile, Portugal, França, Qatar e Espanha. Joga no Macabi Tel-Aviv.
O mineiro William Ribeiro Soares passou
por alguns times portugueses e foi para Israel fazer carreira no Hakoah Ramat Gan, Hapoel Ramat Gan e Hapoem Beer Sheva.
Carioca de nascimento, Fabrício Silva Cabral jogou em vários times brasileiros. Foi para
a Coreia do Sul, passou pela Rússia e chegou ao
Macabi Natania.
Outros brasileiros que jogaram em Israel:
Cléber Schwencke, ex-Botafogo, do Rio de Janeiro
(Beitar Jerusalém); Capone, ex-São Paulo (Beitar
Jerusalém); Bruno Reis, ex-Fluminense (Macabi
Tel Aviv); José Ramalho, ex-São Paulo (Beitar Jerusalém e Macabi Tel Aviv); Eduardo Marques,
ex-Santos (Hapoel Tel Aviv e Macabi Tel Aviv);
Wescley Gonçalves, ex-Corinthians (Macabi Haifa); Gabriel Lima, ex-Fluminense (Bnei Sakhnin,
Bnei Yehuda e Hapoel Raanana); Fabrício Cabral,
ex-São Paulo (Macabi Natania); Anderson Xavier,
ex-Corinthians (Macabi Haifa); José Duarte, ex-Goiás (Hapoel Beer Sheva, Hapoel Nazareth Ilit,
Macabi Tel Aviv, Hapoel Kfar Saba e Bnei Yehuda); Maicon Santos (Hapoel Kiryat Shmona e
Bnei Sakhnin); Oséias dos Santos (Hapoel Ashkelon); Carlos Eduardo (Beitar Jerusalém); Nivaldo
Santana (Macabi Tel Aviv); David Gomes (Hapoel
Rishon Letzion); William Soares (Hapoel Beer
Sheva); André Caldeira (Hapoel Petah Tikva); Léo
Passos (Beitar Jerusalém); Douglas Silva (Hapoel
Tel Aviv); Rômulo Antonelli (Ironi Ramat Hasharon); Jendson dos Santos (Hakoah Ramat Gan);
Guilherme Weisheimer (Macabi Hertzlyia); Héverton Zago (Hapoel Bnei Lod); e Cristiano Pinto
(Macabi Ahi Nazareth). Krav Magá
T
raduzindo, Krav Magá significa combate
próximo, de contato. Sistema de combate corpo a corpo.
Sua origem foi em Bratislava, na Europa,
nos anos 1940, quando Imi Lichtenfeld usou seu
conhecimento de artes marciais, principalmente
do Japão, para que os judeus se defendessem dos
constantes ataques dos seus conterrâneos.
Quando imigrou para Israel, Lichtenfeld passou a dar treinamento aos combates corpo-a-corpo
enfrentados pelos civis judeus durante o Mandato
Britânico na região. O desenvolvimento da técnica
chegou às Forças Especiais de Defesa de Israel, que
aperfeiçoaram o método para aplicações militares.
Por trás do Krav Magá há uma filosofia voltada à neutralização de ameaças, manobras de
defesa e ataque simultâneos e agressão. Praticado
por homens e mulheres, o treinamento passa por
níveis e faixas, utilizando exercícios aeróbicos e
anaeróbicos. Envolve também o reconhecimento
da situação reinante e a compreensão das áreas ao
redor para o domínio da situação.
Desde 1978 existe a Associação Israelense de
Krav Magá (Ikma), fundada por Lichtenfeld e seus
melhores alunos, com o objetivo de criar um órgão
sem fins lucrativos para servir de apoio aos praticantes e, ao mesmo tempo, garantir a pureza do
Krav Magá. Uma organização não partidária, não
política e independente de outras organizações esportivas.
Em 1981, seis instrutores israelenses foram
para os Estados Unidos mostrar sua técnica nos
centros comunitários locais. O interesse despertado junto ao campo de Nova York do FBI e ao Centro de Treinamento em Quantico, Virgínia, levou
22 pessoas a Israel para fazerem o curso básico de
instrutor de krav magá.
Ao retornarem, criaram locais de treinamento em suas áreas para a prática e, nos anos seguintes, outros grupos de norte-americanos viajaram a
Israel para se especializarem. E instrutores israelenses foram aos Estados Unidos.
Várias organizações ensinam o krav magá
pelo mundo, treinando a defesa de pessoas diante
de qualquer situação de violência da maneira mais
rápida e eficaz possivel.
23
Brasil-Israel:
o esporte aproximando povos
História das Macabíadas
A
origem da denominação remonta ao século II antes da
Era Comum, quando Yehudá,
conhecido como o Macabeu, e seus
comandados saíram vitoriosos contra os gregos selêucidas, que lutavam
para impor sua cultura sobre o povo
de Israel, pois pretendiam varrer todo
o Oriente.
Os comandados de Yehudá eram
poucos e nem preparados estavam,
eles eram do povo, razão porque se
considerou um milagre essa vitória,
que foi celebrada com a festa de Chanucá, a festa dos Candelabros ou das Luzes. Ela
tem um sentido espiritual.
24
Os gregos entraram no Templo
de Salomão, profanaram e deixaram
escoar o azeite armazenado, restando o necessário para iluminar apenas
por um dia. No entanto, quando os israelitas entraram e acenderam a lamparina, o azeite durou por oito dias, o
tempo necessário para que mais óleo
fosse preparado e a Menorá (candelabro) permanecesse acesa. Anualmente, é relembrada com alegria a vitória dos macabeus, os comandados de
Yehuda, o Macabeu.
Somente no século 20, em 1921,
durante um Congresso Sionista na Europa, formou-se a Associação Macabi, para celebrar a
união do pensamento judaico moderno na Diáspora e em Israel, incorporando as inovações à
tradição e à história e preservando a mente e o
corpo em equilíbrio. São perto de 400 mil membros, distribuídos por mais de 50 países, reunindo esportistas e voluntários com o nome de
União Mundial Macabi.
A I Macabíada Mundial (Jogos Macabeus)
foi realizada em 1932. Na época da segunda
Guerra Mundial houve uma pausa, os jogos não
puderam ser realizados, pois os judeus foram
perseguidos na Europa, confinados em campos
de concentração e mortos durante o episódio
conhecido na História como Holocausto, quando morreram seis milhões de crianças, jovens e
idosos, incluindo judeus, negros, homossexuais
e ciganos.
Os Jogos Macabeus se constituem num evento multidesportivo, realizado a cada quatro anos,
com estrutura similar aos Jogos Olímpicos, reunindo milhares de atletas judeus de todo o mundo. É considerado um dos cinco maiores eventos
esportivos em todo mundo com o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional. Os jogos,
realizados em Israel, reúnem representantes de
muitos países, que competem em três categorias:
Open, Junior e Máster. Vôlei feminino e de praia,
futsal, judô, natação, basquete, são algumas das
modalidades presentes nas Macabíadas. A competição está aberta a todo cidadão nascido em Israel, seja ele judeu ou árabe israelense.
Este ano realizou-se a 19ª. Macabíada em Israel, englobando 39
modalidades esportivas, com a
presença da delegação brasileira, formada por quase 800 pessoas, entre atletas, pessoal de
apoio e torcedores.
As cerimônias de abertura e encerramento são um
espetáculo a parte, no Estádio Nacional Teddy Kolek.
Muitos atletas judeus famosos fizeram
história nas Macabíadas, incluindo os nadadores
americanos Mark Spitz, que ganhou sete medalhas de ouro, um feito sem precedentes, nos Jogos Olímpicos de 1972, e Lenny Krayzelburg, que
nadou nos Jogos de Atenas, em 2004.
25
Brasil-Israel:
o esporte aproximando povos
Participação brasileira
nas Macabíadas
Em 1962 foi fundada a Confederação Brasileira Macabi (CBM), conhecida como
Macabi Brasil, filiada à Federação Latino-Americana Macabi (Clam) e União Mundial
Macabi. Sediada no clube Hebraica de São Paulo, tem participado de todas as
Macabíadas Pan-Americanas e Mundiais.
A
19ª edição da Macabíada Mundial ocorreu
neste último mês de julho, em Israel. Eram
78 delegações de todos os continentes e a
brasileira foi a maior enviada até hoje, com quase
500 integrantes, entre atletas, técnicos, médicos
e fisioterapeutas, dirigentes, pessoal de apoio e
acompanhantes.
Vôlei feminino categoria Open. As
atletas brasileiras fizeram bonito, conquistando
26
a honrosa medalha de prata. Numa semifinal
emocionante contra os Estados Unidos, conseguiram ganhar a vaga para a final. Na final, o
time de Israel, recheado de jogadoras imigrantes
da antiga União Soviética, estava um nível acima
das demais equipes da competição. De qualquer
forma, o Brasil deu trabalho às israelenses, forçando inclusive um pedido de "tempo" por parte
das israelenses no segundo set.
Vôlei de praia. Pela primeira vez, o Brasil
enviou uma dupla de vôlei de praia masculino,
categoria Open para uma competição mundial.
Eles fizeram um primeiro jogo emocionante
contra a melhor da competição (israelense),
perdendo de duplo 21x19. A dupla chegou até a
semifinal. Mas o forte calor e o lado emocional
acabaram tirando as cariocas da grande final, levando para casa um bonito quarto lugar. Dupla
formada por Nando Gonik e Stu.
Futsal. Esta modalidade fez bonito. Tanto
a categoria infantil quanto a juvenil conquistaram o ouro sobre a Argentina. O Open fez a final
contra Israel, mas perderam em um jogo emo-
Capoeira
em Israel
cionante por 7x6. Israel se manteve sempre na
frente, fazendo muitos gols de jogada ensaiada.
No final, o Brasil pressionou muito, forçando o
goleiro de Israel a grandes defesas, mas conseguiram segurar o placar de 7x6. E o time brasileiro ficou com a honrosa prata.
Judô. A atleta Camila Zyman Minakawa
venceu a israelense Yarden Gerby, atual campeã
da Copa do Mundo no judô, e levou o ouro.
Xadrez. O enxadrista brasileiro André Diamant brilhou durante o torneio de Xadrez, conquistando a medalha de ouro para o Brasil.
Para a edição de 2013, o presidente da
Confederação Brasileira de Futebol, José Maria
Marin, recebeu das mãos do diretor Executivo
da Confederação Brasileira Macabi, Dório Feldman, o convite para a abertura das Macabíadas,
em Israel. Marin aceitou o convite, agradeceu
e lembrou a relação de amizade que tem com a
comunidade judaica. Aproveitou a ocasião para
presentear Feldman com um brasão da CBF.
Arthur Antunes Coimbra, o popular “galinho” Zico, tão aclamado por suas atuações durante muitos anos em campos de futebol nacionais e
internacionais, foi convidado pela Confederação
Brasileira Macabi para ser o porta-bandeira da
delegação brasileira na cerimônia de abertura
da 19ª. Macabíada, no Estádio Tedy Kolek, em
Jerusalém. Zico assim definiu sua participação:
“Participei hoje aqui da abertura das Macabíadas, um dos maiores eventos esportivos do mundo. Carreguei a bandeira na frente da delegação
brasileira, que conta com quase 500 integrantes.
São 10 mil atletas competindo. Uma festa muito
bacana com estádio lotado com mais de 50 mil
pessoas”.
A
fama da capoeira chega a várias cidades
israelenses e muitas de suas escolas se
espalham pelo país. Ela ganhou adeptos
ainda nos idos da década de 1990 em Israel. Na
época, havia um grupo formado por 300 capoeiristas – 298 israelenses e dois apenas eram
brasileiros, além do mestre – na zona do porto
em Tel Aviv. Uma turma animada, que logo se
espalhou pelo país.
Hoje, vários são os locais onde acontecem
rodas de capoeira, como o Semente do Jogo de
Angola, fundado em 1990 em Salvador, Bahia,
por Mestre Jogo de Dentro. Primeiro, o grupo
ganhou outros Estados brasileiros, depois, expandiu para a Itália e Israel, entre outros países.
Em Israel, ele é um ramo oficial da capoeira Semente do Jogo de Angola, criado em 2010,
mesmo que tenha começado cinco anos antes
com a denominação de Capoeira Angola Israel.
O primeiro centro foi aberto em Haifa e, desde
2011 está também em Tel Aviv.
Cordão de Ouro Israel, Capoeira Angola
Israel, Academia de Mestre Cueca são alguns
grupos que se destacam e reúnem grande número de fãs das rodas de capoeira. Em julho de
2013, aconteceu um evento em Cesarea, local
onde estão preservadas ruínas do tempo dos romanos, com Mestre Edan. Formaram-se rodas
e ao som dos berimbaus jovens jogaram a capoeira animadamente. Quem lá chegasse desprevenido nem perceberia que estava tão longe da
Bahia....
27
Brasil-Israel:
o esporte aproximando povos
A
Israel nas Olímpiadas
té 2004, Israel não havia conseguido uma
medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
Nesse ano, o windsurfista Gal Fridman foi
vencedor em Atenas. Na competição olímpica em
Pequim, quatro anos mais tarde, Shahar Zubari
ficou em terceiro lugar na modalidade, levando
para casa a medalha de bronze.
Ainda em Atenas, o judoca Arik Zeevi ficou
com a medalha de bronze.
Tragédia Olímpica
I
srael enviou sua delegação aos Jogos
Olímpicos de Verão de 1972, realizados
em Munique, Alemanha. Eram jovens
atletas preparados para competir em diferentes modalidades, com a garra de vencer e levar
medalhas de volta para casa. Porém, essa trilha, que seria normal numa competição esportiva, foi cortada por um ato sangrento.
A história registrou o Massacre de Munique quando 11 membros da equipe olímpica
de Israel foram feitos reféns a partir de um
ataque aos alojamentos feito pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro.
David Berger, Ze'ev Friedman, Joseph
Gottfreund, Eliezer Halfin, Joseph Romano,
Andrei Schpitzer, Amitsur Shapira, Kahat
Shor, Mark Slavin, Yaakov Springer e Moshe
Weinberg foram os jovens brutalmente assas-
28
sinados durante o tempo
em que o sequestro aconteceu. Honrando sua memória, há uma placa no local
onde os atletas israelenses
estavam alojados: “A equipe
do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos
de Verão de 1972. Em 5 de setembro, teve uma
morte violenta. Em honra de sua memória”.
O despreparo das forças policiais fez com
que a situação fugisse ao controle e a tentativa de libertar os reféns foi pior ainda. Os onze
morreram, mais cinco terroristas e um agente
da polícia alemã.
O líder do sequestro, Mohammed Oudeh,
sobreviveu a um atentado em 1981, na cidade
de Varsóvia, Polônia, e morreu em julho de
2010, de falência renal, em Damasco, Síria.
Euro Sub 21 em Israel
O Campeonato da Europa Sub-21 de 2013 ocorreu
no final do primeiro semestre em Israel. O Comitê Executivo da UEFA atribuiu a edição de 2013 a
Israel -- estavam no páreo Bulgária, República
Checa, Inglaterra e País de Gales. "Realizamos um
trabalho muito grande para garantir a realização da
fase final em Israel, e foi difícil de acreditar quando entramos na sala para o sorteio e vimos o nosso
nome como anfitrião”, disse Ori Shilo, diretor-geral da Federação
Israelense de Futebol (IFA) ao saber do resultado do sorteio entre
as cidades.
Os jogos ocuparam os estádio Teddy Kolek (Jerusalém),
Natânia (Natania), HaMoshava (Petach Tikva) e Bloomfield (Tel
Aviv).
A seleção anfitriã não passou da primeira fase e a Espanha
foi a campeã, com a Itália como vice-campeã deste que é um dos
certames importantes no futebol mundial.
Wingate: excelência no esporte
Inaugurado em 1957, o Instituto Wingate – Centro Nacional de Israel para a
Educação Física e o Desporto – é o local que concentra os recursos educacionais,
científicos e profissionais para o desenvolvimento da educação física e os esportes.
C
om instalações na cidade de Natânia, no centro do país, esse instituto
é um fator importante para o sucesso e o desenvolvimento da educação física
e do esporte como forma de reabilitação
física e social. Por volta de 5.000 pessoas,
entre acadêmicos, treinadores, atletas, estudantes e público – incluindo imigrantes
– circulam pelo Wingate diariamente.
A Autoridade de Esportes do Ministério da Ciência, Cultura e Esportes patrocina a formação de instrutores e treinadores
em Wingate, além de coordenar as federações e
organizações esportivas cooperando no desenvolvimento de programas.
Esse instituto é, também, o centro de treinamento para equipes nacionais, olímpicas e visitantes convidados a fazerem conferências científicas.
Ali funcionam uma escola de elite para jovens estudantes com talento esportivo e um Departamento de Medicina Esportiva, líder mundial na área. O
Conselho de Excelência Esportiva tem sua
sede no local e é a entidade que seleciona
quais atletas que por seu talento recebem
bolsas para treinamento em tempo integral. Esportistas israelenses de sucesso
iniciaram suas carreiras em Wingate.
Em reconhecimento às realizações
extraordinárias nos campos da pesquisa, educação e medicina do esporte, o
Instituto Wingate recebeu o Prêmio Israel em 1989, o mais importante do país,
das mãos do então presidente do Estado de Israel,
Haim Herzog.
29
Regulamento
Brasil-Israel:
COMUNICADO
CGEB
o esporte aproximando
povos
A Coordenadoria de Gestão da Educação Básica, atendendo ao que lhe foi apresentado pela Organização Feminina
WIZO de São Paulo, expede o presente comunicado com o
objetivo de divulgar o Concurso WIZO de Pintura e Desenho 2013 com o tema
BRASIL-ISRAEL:
O ESPORTE APROXIMANDO POVOS
Objetivo:
a) Incentivar os alunos a expressar suas ideias, pensamentos e sentimentos por meio de produções artísticas, utilizando para tanto seus códigos não verbais
b) Promover o intercâmbio cultural entre Brasil e Israel
através da pesquisa e conhecimento das singularidades dos
dois países
Participação:
Alunos do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual.
Tema para 2013:
“Brasil-Israel: o esporte aproximando povos”
Dois países, duas realidades. Da enorme diferença geográfica às diferenciações tradicionais e culturais, Brasil e
Israel têm algo que os une: o esporte. O gosto de ambos
pelo futebol, a aceitação israelense à capoeira e a brasileira
ao krav maga, as conquistas árduas de medalhas em encontros internacionais, são aspectos relevantes com os quais
nos encontramos ao elaborar este material. Resta aos participantes do Concurso WIZO, professores e alunos, pesquisarem e darem vazão à criação artística.
A leitura da apostila preparada pela Equipe do Concurso
poderá trazer aos professores diferentes diretrizes para a
condução dos trabalhos, enfocando não só o aspecto esportivo como a cultura, a população e outras características presentes nestas duas realidades.
Assim, os jovens terão a oportunidade de mostrar seus conhecimentos através da Arte, uma forma de materializar
as múltiplas escolhas de um ou de vários esportes ou, até
mesmo, a pluralidade de aspectos dos dois países.
Apresentação dos trabalhos:
a) Produção individual de pintura ou desenho em cartolina, papel ou tela sem moldura, sem dobras ou rasuras, medindo no máximo 50 cm x 70 cm. Com exceção
de colagens, poderão ser utilizadas diversas técnicas
como óleo, acrílico, guache, aquarela, nanquim, lápis,
lápis de cera, mosaico, etc.
b) Os alunos deverão entregar os trabalhos à Diretoria da
Escola em que estuda. Esta, por sua vez, selecionará
até no máximo 10 (dez) dos melhores trabalhos de sua
unidade e os remeterá à sede da Organização Feminina WIZO, em São Paulo.
30
Identificação:
É imprescindível que, no verso de cada trabalho, constem
os seguintes dados:
1) nome da escola, endereço completo, CEP, número de
telefone com o código de área e indicação da respectiva Diretoria de Ensino
2) nome do aluno, idade, série em curso, endereço completo e telefone
3) nome do professor responsável e matéria que leciona
Atenção: A falta de uma das informações acima levará à
não aceitação do trabalho enviado.
Data e local de entrega dos trabalhos:
Os trabalhos deverão ser enviados impreterivelmente até o
dia 10 de outubro de 2013 para a Organização Feminina
WIZO de São Paulo à R. Minas Gerais, 36 – CEP 01244010 São Paulo – SP. Telefone (11) 3257.0100 – FAX (11)
3256.3099 – email [email protected]
Classificação dos trabalhos:
O Júri Oficial, composto por um representante da Secretaria de Estado da Educação, artistas plásticos, membros
e dirigentes da WIZO, selecionará e classificará os 3 (três)
trabalhos vencedores, assim denominados 1º, 2º e 3º colocados.
Poderão ainda ser selecionados trabalhos para recebimento
de Menção Honrosa.
O Júri Aberto, composto por integrantes da WIZO e
convidados de outras organizações, selecionará 1 (hum)
trabalho que receberá o Prêmio Júri Aberto.
Solenidade de Premiação:
A Cerimônia de Premiação será realizada no mês de novembro em data e local a serem comunicados através de
convite postal enviado a todas as escolas participantes do
Concurso WIZO.
1º Prêmio: o aluno vencedor, escolhido pelo Júri Oficial e
o professor que orientou o trabalho, receberão passagens
áreas de ida e volta a Brasília – DF, com hospedagem e visita por 3 (três) dias. O aluno receberá também um aparelho
eletrônico.
2º e 3º lugares, Júri Aberto e Menção Honrosa: os alunos
receberão 1 (hum) aparelho eletrônico.
Todos os premiados receberão medalhas e um Kit de
Pintura.
Os professores também serão agraciados com prêmios.
Haverá ainda sorteios de prêmios entre os alunos
participantes do evento.
Observações:
Os casos omissos neste comunicado serão resolvidos pela
Comissão Organizadora do Concurso.
Os trabalhos recebidos não serão devolvidos e passarão
a compor o acervo da Organização Feminina WIZO
de São Paulo com direitos de reprodução, exposição e/
ou utilização conforme critérios por ela considerados
oportunos.
Organização Feminina WIZO de São Paulo
Sugestões de endereços
para consulta na Internet
Presidente de Honra
Sulamita Tabacof
Presidente
Iza Mansur
Departamento de Concurso
Equipe de Realização
Daniel Waismann
Genha Migdal
Geni Rinski
Rosa Motta
Tania Plapler Tarandach
BRASIL
Colaboradoras
Lili Diesendruck
Regina Fichiman
Sara Zigband
http://pt.fifa.com/
http://www.olympic.org/
http://www.cbf.com.br/
http://www.cob.org.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Automobilismo
Organização Operacional
Mirta Landesman
Liane Pallos
Montagem da Exposição
Luís Costeira
Atendimento
Gilma Costeira
Assessoria de Imprensa
Deborah Vaidergorn
ISRAEL
Material de Comunicação
Redação
Daniel Waismann
Tania P. Tarandach
http://www.centropaulistadekravmaga.net.br/
http://www.macabibrasil.com.br/historia.html
http://embassies.gov.il/luanda/AboutIsrael/Culture/
Pages/CULTURA-Esportes.aspx
Projeto Gráfico e Diagramação
JR Graphiks / Reginaldo Coelho
www.macabibrasil.com.br/macabiadas_historia.html
Impressão
C&D Editora e Gráfica
www.youtube.com/watch?v=C_CfFpmnVo8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macabiadas
Patrocínio
apoio
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