- Fortalezas.org

Transcrição

- Fortalezas.org
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
Relatório de Inspeção
Avaliação da Estrutura de Cobertura da
Capela do Forte de São José da
Ponta Grossa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO – Dep. de Eng. Civil
EPEC – Escritório Piloto de Engenharia Civil
GIEM – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira
Resp. Técnico: Prof.a Dra. Ângela do Valle
Equipe:
FLORIANÓPOLIS
Dezembro de 2006
Relatório de Inspeção
Avaliação da Estrutura de Cobertura da
Capela do Forte de São José da
Ponta Grossa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO – Dep. de Eng. Civil
EPEC – Escritório Piloto de Engenharia Civil
GIEM – Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira
Resp. Técnico: Prof.a Dra. Ângela do Valle
Equipe:
Florianópolis, Dezembro de 2006.
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
SUMÁRIO
1. Informações preliminares....................................................................
2. Identificação da Edificação..................................................................
2.1 Histórico da edificação............................................................
2.2 Descrição da Edificação.........................................................
2.3 Estado Geral de conservação e danos aparentes da
edificação............................................................................................
2.4 Descrição da estrutura de cobertura em madeira...................
3. Identificação das espécies de madeira………………………………….
4. Inspeção da estrutura de madeira e análise da deterioração das
peças…………………………………………………………………………..
4.1 Estado das ripas………………………………………………....
4.2 Estado dos caibros armados…………………………………...
4.2.1 Caibro 1 ………………………………………………...
4.2.2 Caibro 2 ………………………………………………...
4.2.3 Caibro 3 ………………………………………………...
4.2.4 Caibro 4 ………………………………………………...
4.2.5 Caibro 5 ………………………………………………...
4.2.6 Caibro 6 ………………………………………………...
4.2.7 Caibro 7 ………………………………………………...
4.2.8 Caibro 8 ………………………………………………...
4.2.9 Caibro 9 ………………………………………………...
4.2.10 Caibro 10……………………………………………...
4.2.11 Caibro 11……………………………………………...
4.2.12 Caibro 12……………………………………………...
4.2.13 Caibro 13……………………………………………...
4.2.14 Caibro 14……………………………………………...
4.2.15 Caibro 15……………………………………………...
4.2.16 Caibro 16……………………………………………...
4.2.17 Caibro 17……………………………………………...
4.2.18 Caibro 18……………………………………………...
4.2.19 Caibro 19……………………………………………...
4.2.20 Caibro 20……………………………………………...
4.2.21 Caibro 21……………………………………………...
4.2.22 Caibro 22……………………………………………...
4.2.23 Caibro 23……………………………………………...
4.2.24 Caibro 24……………………………………………...
5. Peças a serem substituídas……………………………….……………..
6. Recomendações Gerais…………………………………………………..
7. Bibliografia consultada…………………………………………………....
8. Equipe Técnica....................................................................................
Anexo A – Propriedades das madeiras identificadas no local…………..
Anexo B – Desenhos……………………………………………………..….
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
Página
4
5
5
6
8
10
13
15
15
16
16
17
17
17
18
19
19
20
20
21
21
22
23
24
24
24
25
26
27
28
28
29
30
30
31
32
33
34
35
43
2
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Fachada Norte da Capela...............................................................
Figura 2 – Seteira de iluminação da Capela....................................................
Figura 3 – Padrão de disposição dos tijolos do piso da Capela.......................
Figura 4 – Mezanino em madeira sobre a sacristia..........................................
Figura 5 – Cobertura em duas águas com telha tipo capa-canal.....................
Figura 6 – Frechal em concreto armado com algumas partes pinceladas.......
Figura 7 – Danos na cobertura com telhas quebradas ou deslocadas............
Figura 8 – Danos na cobertura com manchas de infiltrações e túneis de
térmitas de solo................................................................................................
Figura 9 – Planta baixa da Capela...................................................................
Figura 10 – Corte Transversal..........................................................................
Figura 11 – Aspecto geral dos caibros armados da cobertura da Capela.......
Figura 12 – Desenho típico dos caibros armados da cobertura......................
Figura 13 – Aspecto do apoio dos caibros no frechal de concreto..................
Figura 14 – Aspecto da ligação entre os caibros junto à cumeeira.................
Figura 15 – Detalhes de projeto das ligações entre caibros e entre caibro e
linha alta, conforme medições realizadas no local...........................................
Figura 16 – Peça em que foi retirada uma amostra.........................................
Figura 17 – Aspecto geral das ripas onde se observa a ocorrência dos
caminhos de cupins de
solo.................................................................................
Figura 18 – Equipe em campo inspecionando estrutura..................................
Figura 19 – Danos no caibro 1.........................................................................
Figura 20 – Danos no caibro 4.........................................................................
Figura 21 – Danos no caibro 5.........................................................................
Figura 22 – Danos no caibro 7.........................................................................
Figura 23 – Danos no caibro 9.........................................................................
Figura 24 – Danos no caibro 11.......................................................................
Figura 25 – Danos no caibro 12.......................................................................
Figura 26 – Deterioração do caibro 17 oeste por galerias, com transpasse
da seção transversal por uma chave de fenda................................................
Figura 27 – Deterioração no caibro 21
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
Página
6
6
7
7
8
8
9
9
10
10
11
11
12
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
25
3
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
1. Informações preliminares
Este relatório apresenta o diagnóstico da estrutura de cobertura da Capela da
Fortaleza de São José da Ponta Grossa, situada no Bairro Jurerê Internacional,
Florianópolis, SC, que incluiu a realização e inspeção em campo nos dias 4 e 5 de
novembro de 2006.
O serviço foi solicitado pelo ETUSC – Escritório Técnico Administrativo da
Universidade Federal de Santa Catarina – representado pelo Arquiteto Roberto
Tonera, responsável pelo projeto Fortalezas Multimídias, ao Escritório Piloto de
Engenharia Civil da UFSC. O objetivo é fazer um levantamento da cobertura da
Capela de São José da Ponta Grossa, apresentando dimensões, estado de
conservação e diagnóstico da estrutura de madeira, que apresenta alguns danos.
Os procedimentos empregados na inspeção foram análise visual, percussão,
escarificação, coleta de amostras para identificação anatômica das espécies de
madeira, técnica de ultra-som e medição da umidade. Durante a inspeção foram
registradas as anomalias por meio de anotações de campo em croquis e sob a forma
de fotografias.
A equipe que participou do levantamento em campo foi:
Acadêmicos de Engenharia Civil - UFSC
Demian Marafiga Andrade
Mat: 3136230
Diego Mateus da Silva
Mat: 6136064
Manoela Borsa
Mat: 6236805
Victor Correa Canto
Mat: 4136489
Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo - UFSC
José Rodolfo Pacheco Thiesen Mat: 6131022
Kissia Stein do Nascimento
Mat: 01131192
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil - UFSC
Eng. Manuel Manriquez
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Arquitetura - UFSC
Arq. Camila Numazawa
Professora Dra. Ângela do Valle Departamento de Engenharia Civil UFSC
Professor Dr. João de Deus Medeiros
Departamento de Botânica UFSC
Após a realização do trabalho de campo, os dados coletados foram analisados e
elaborou-se o presente laudo que apresenta o estado atual e propõe medidas de
tratamento da estrutura de madeira para prolongar a vida útil da edificação em
estudo.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
4
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
2. Identificação da Edificação
2.1 Histórico da edificação
O século XVIII marcou a construção do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina
para consolidação do domínio português na região, que era considerada ponto
estratégico fundamental para navegação e ocupação do sul da América. Foi
estabelecido um triângulo defensivo na barra norte da ilha, formado pelas Fortalezas
de Anhatomirim, Ponta Grossa e Ratones, e instalada a Fortaleza de Araçatuba na
barra sul. Posteriormente, foram construídos alguns outros fortes que, em conjunto
com as fortalezas, passaram por um período de abandono. Alguns desapareceram e
outros foram salvos pela proteção do Patrimônio Histórico Nacional, tornando-se
pontos de atração turístico-cultural da região de Florianópolis.
Localizada na Praia do Forte, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa foi projetada
pelo Brigadeiro José da Silva Paes e começou a ser edificada em 1740. Foi invadida
por espanhóis em 1777 e após o episódio foi abandonada e depredada. Pertencente
ao Ministério do Exército, a Fortaleza foi tombada, em 1938, como Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional e, em 1992, após a sua restauração, passou a ser
gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
No entanto, a Capela da Fortaleza foi recuperada em época anterior a 1990, na
década de 1970. Encontrava-se em ruínas, com paredes com pouco mais de um
metro da altura. Os trabalhos de restauração começaram em 1972, com a
reconstituição das paredes, sendo a cobertura iniciada em 1977, por uma empresa
de Curitiba. Segundo relatos do arquiteto responsável pela obra, foram empregada
quatro espécies de madeira, sendo três delas a maçaranduba, a canela sassafrás e
a guanandi. Não foram encontrados registros de intervenções posteriores.
A Capela é a única construção do sistema de fortificações que mantinha, até o mês
de outubro de 2006, o uso original para a qual foi projetada, com celebração de
missas, casamentos e batizados pela comunidade local. Segundo relatos de
funcionários que trabalham na recepção de visitantes na Fortaleza, as atividades
cessaram principalmente devido à avançada idade do padre e menos em função do
estado de conservação da Capela.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
5
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
2.2 Descrição da edificação
A Capela está localizada no terrapleno mais elevado da Fortaleza, junto à Casa do
Comandante e ao Paiol da Pólvora. A entrada principal é voltada ao norte,
possuindo uma entrada secundária aos fundos, pela face leste, de acesso à
sacristia. A estrutura é em alvenaria de pedra com juntas em argamassa, com
paredes de 67 cm de espessura média. Na face externa, apenas a parede da
fachada principal possui revestimento com argamassa e pintura em cor branca. É
possível visualizar a existência de áreas em tijolos maciços e argamassa de cimento,
sinais de intervenções recentes.
Figura 1 – Fachada Norte da Capela
Há quatro seteiras de iluminação de tijolo, com folha fixa de vidro, para vedação,
sendo duas em cada lateral da nave. Há utilização de concreto nas vergas de
abertura e na viga de frechal da cobertura.
Figura 2 – Seteira de iluminação da Capela
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
6
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
O piso é de tijolo cerâmico e dispõe-se em duas formas: espinha-de-peixe e
alinhado. Não há forro. As esquadrias são em madeira pintada na cor verde com
esmalte sintético e as instalações elétricas estão aparentes.
Figura 3 – Padrão de disposição dos tijolos do piso da Capela
Há um mezanino em madeira sobre a sacristia constituído por tábuas (altura 3,5cm,
largura 9,5cm e comprimento 330cm) sustentadas por seis barrotes (altura 9,0 cm,
largura 10,3cm e comprimento 244,00cm), que penetram 28 cm de profundidade na
alvenaria.
Cumeeira
Mezanino
Figura 4 – Mezanino em madeira sobre a sacristia
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
7
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
A cobertura é constituída por duas águas, em caibro armado, com telhas do tipo
capa-canal (possivelmente proveniente de reaproveitamento de demolição) e frechal
em concreto armado, com algumas partes pinceladas possivelmente na tentativa de
disfarçar o material para aparentar madeira escura.
Figura 5 – Cobertura em duas águas com telha tipo capa-canal
Figura 6 – Frechal em concreto armado com algumas partes pinceladas
2.3 Estado geral de conservação e danos aparentes da edificação
A análise visual da edificação evidenciou que não tem acontecido uma manutenção
preventiva ou reparadora sistemática do aparecimento de danos. Há o aparecimento
de musgos e pequenas plantas na parede externa da fachada leste. Constata-se o
surgimento de maior teor de umidade na faixa de 1,10m de altura das paredes
internas a partir do chão, verificado pela presença de uma coloração esverdeada na
alvenaria. Esta umidade provavelmente é conseqüência da capilaridade ascendente
proveniente da fundação.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
8
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Há pequenos destacamentos e rachaduras na argamassa das paredes internas,
com ênfase em fissuras verticais localizadas nos cantos das seteiras de iluminação
da face oeste e no canto direito da parede do altar, bem como no seu centro,
atingindo até 280 cm na maior altura. O piso apresenta pontos de degradações e
algumas peças quebradas .
A cobertura possui algumas telhas quebradas, deslocadas e/ou com presença de
liquens. Pela parte interna há casulos de insetos e manchas de coloração nos
caibros e ripas. Há vestígios extensos de infestação por térmitas (cupins) de solo,
evidenciados pelos caminhos (túneis) aparentes sobre a alvenaria e as peças de
cobertura.
Figura 7 – Danos na cobertura com telhas quebradas ou deslocadas
Figura 8 – Danos na cobertura com manchas de infiltrações e túneis de térmitas de
solo
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
9
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
2.4 Descrição da estrutura de cobertura em madeira
A edificação possui paredes em alvenaria e a cobertura apresenta sistema
construtivo treliçado em madeira com elementos do tipo caibros armados que se
apóiam sobre um frechal em concreto executado sobre o topo das paredes. A figura
9 apresenta uma planta baixa da edificação com a localização dos 24 caibros, caibro
1 a caibro 19 localizados na Nave, e caibro 20 a caibro 24, localizados na cobertura
da sacristia.
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
24
23
22
21
20
19
18
NORTE - frente
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Figura 9 – Planta baixa da Capela
A figura 10 apresenta um corte transversal da edificação em que aparece o desenho
do caibro armado.
Figura 10 – Corte Transversal
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
10
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 11 – Aspecto geral dos caibros armados da cobertura da Capela
O desenho típico dos caibros está ilustrado na figura 12.
Figura 12 – Desenho típico dos caibros armados da cobertura
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
11
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
A figura 13 ilustra os pontos de apoio dos caibros nos frechais.
Figura 13 – Aspecto do apoio dos caibros no frechal de concreto
A figura 14 apresenta uma ligação entre os caibros na região próxima à cumeeira e a
figura 15 ilustra os detalhes de projeto das ligações entre caibros e entre caibro e
linha alta, conforme medições realizadas no local.
Figura 14 – Aspecto da ligação entre os caibros junto à cumeeira
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
12
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 15 – Detalhes de projeto das ligações entre caibros e entre caibro e linha alta,
conforme medições realizadas no local
3. Identificação das espécies de madeira
Visualmente, pode-se diferenciar pelo menos 3 espécies diferentes nos caibros,
inclusive em alguns deles, o mesmo caibro fora executado com diferentes espécies
no caibro e na linha alta, por exemplo.
Foram extraídas 12 amostras de madeiras, de diversas peças, etiquetadas e
armazenadas em sacos plásticos para posterior identificação pelo Laboratório de
Anatomia Vegetal do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas
da UFSC, pelo Prof. João de Deus. A tabela 1 apresenta as espécies identificadas e
as respectivas partes da estrutura da qual foram extraídas.
Tabela 1 – Identificação das espécies de madeira
Espécie
Nome científico/Nome vulgar
Dinizia excelsa (Leguminosae) /
Angelim vermelho
Cedro - Cedrela fissilis (Meliaceae) /
Cedro
Cinnamomum riedelianum (Lauraceae) /
Canela-garuva
Hieronyma alchorneoides (Euphorbiaceae) /
Licurana, margonçalo, sangue de boi ou
urucurana
Identificação da peça em
que foi extraída a amostra
caibro 21 oeste
caibro 8 oeste
caibro 7 oeste
caibro 9 oeste
linha alta 23
linha alta 21
caibro 13 oeste
caibro 16 leste
caibro 19 leste
caibro 23 leste
caibro 24 leste
caibro 24 oeste
Na literatura, foi possível encontrar as propriedades de resistência e durabilidade
natural a agentes xilófagos de três dentre quatro das espécies identificadas.
Observe-se que as espécies identificadas não coincidem com as relatadas pelo
arquiteto responsável pela obra de recuperação da cobertura datada de 1977,
maçaranduba, canela sassafrás e guanandi, conforme exposto no item 2.1 deste
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
13
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
relato. Esta comparação mostra a dificuldade de identificar a madeira aplicada em
obras, mesmo que recentes, uma vez que facilmente ocorre a especificação de um
tipo de madeira e a aplicação de outra com aspecto semelhante, mas que não
possui a mesma resistência e durabilidade. As propriedades de interesse
encontradas na literatura para três das espécies de madeira identificadas estão
apresentadas na tabela 2.
Tabela 2 – Características encontradas na literatura para espécies identificadas
Espécie
Nome científico/Nome vulgar
Densidade
apar kg/m3
Dinizia excelsa (Leguminosae) /
1090
fco,m
MPa
80,9
Eco,m Durabilidade natural
MPa
16.694 Alta resistência ao
ataque de organismos xilófagos (fungos
e insetos)
Angelim vermelho 1 e 2
Cedrela fissilis (Meliaceae) /
Cedro 1
Hieronyma alchorneoides
(Euphorbiaceae) /
Licurana, margonçalo, sangue de
boi ou urucurana 3 e 4
530
39,1
690
50,7
muito susceptível ao
ataque de cupins
mode12.510 durabilidade
rada ao ataque de
organismos xilófagos
(fungos e insetos)
9.630
fco,m : resistência média à compressão paralela às fibras para umidade de 15%
Eco,m : módulo de elasticidade médio na compressão paralela às fibras para umidade de15%
Fontes: (1) (IPT-Informações…, 2006), (2)NBR7190/97, (3) Fichas
características IPT (1989) e (4) Richter and Dallwitz (2000)
Observa-se que as espécies identificadas e encontradas na literatura incluem
madeiras de boa durabilidade natural a agentes xilófagos (Angelim vermelho), como
são os cupins de solo, praga que causou infestação extensa na edificação em
estudo, enquanto outras já não são duráveis quando expostas a este agente
agressor (Cedro, Licurana).
Figura 16 – Peça em que foi retirada uma amostra
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
14
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
4. Inspeção da estrutura de madeira e análise da deterioração das peças
O levantamento dimensional e do estado de conservação da estrutura de cobertura
da Capela da Fortaleza de São José da Ponta Grossa foi feito em campo. As
informações históricas e intervenções realizadas na edificação foram identificadas
com o auxílio do Arquiteto Roberto Tonera, ETUSC, do IPHAN-SC e de conversa
informal com o arquiteto que participou da recuperação da cobertura na década de
70.
A vistoria da estrutura fez uso das seguintes técnicas de inspeção:
a) Medição das dimensões reais das peças;
b) Registro fotográfico;
c) Análise visual;
d) Percussão com martelo;
e) Escarificação com formão e furador de gelo;
f) Análise do teor de umidade localizado com higrômetro de resistência;
g) Análise com equipamento de ultra-som para avaliação da extensão do grau de
deterioração;
h) Coleta de material para identificação anatômica em laboratório.
Os dados coletados foram analisados e serviram de base para o diagnóstico do
estado de conservação de cada uma das peças. A seguir estão apresentadas as
informações coletadas e diagnóstico das ripas, caibros e linhas da cobertura.
4.1 Estado das ripas
As ripas que servem de apoio às telhas possuem dimensões variáveis, próximas de
2,5 cm x 8,5 cm ou 2,5 cm x 20 cm para as peças junto aos beirais. Sob forma geral,
as ripas estão em estado aceitável de conservação, exceto em alguns pontos onde
há a ação de infiltrações que causaram a deterioração por apodrecimento,
comprometendo a permanência em serviço destas peças. Para exata determinação
de qual volume de ripas precisa ser substituída, é necessário o desmonte da
estrutura e retirada das telhas, o que deve ocorrer por ocasião da intervenção na
cobertura.
Figura 17 – Aspecto geral das ripas onde se observa a ocorrência dos caminhos de
cupins de solo
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
15
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
4.2 Estado dos caibros armados
Os caibros foram inspecionados localmente um por vez, registrando-se as
dimensões das seções e espaçamentos entre peças. Para todos caibros fez-se a
análise visual e de percussão, em busca de vazios de galerias ou de deterioração da
madeira por apodrecimento. Sempre que havia dúvidas no estado de integridade,
aplicou-se a técnica de escarificação e de medição da velocidade de ultra-som, na
direção longitudinal, paralela às fibras, e na direção transversal, perpendicular às
fibras.
Figura 18 – Equipe em campo inspecionando estrutura
Na seqüência estão descritos cada um dos caibros, numerados de 1 a 24, iniciando
pela fachada Norte e terminando na fachada Sul.
4.2.1 Caibro 1
Apresenta apodrecimento e galerias de cupins ao longo de todo caibro leste face
norte. Também ocorrem galerias e apodrecimento na ligação da linha alta com o
caibro oeste. Há aparecimento de galerias de cupim na face norte do caibro leste
junto à parede de alvenaria. Presença de fendas na ligação da linha alta face sul
com o caibro leste. Condição do caibro leste completamente comprometida, exigindo
intervenção.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
16
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 19 – Danos no caibro 1
4.2.2 Caibro 2
O caibro leste encontra-se em bom estado. Há ocorrência de rachadura com
extensão de 108 cm no caibro oeste face norte, mas superficial, o que não
compromete o funcionamento da peça.
4.2.3 Caibro 3
Há a ocorrência de nós no caibro leste, próximo ao apoio no frechal. Existem fendas
no caibro leste face norte e rachadura no caibro leste face sul, ao longo da peça.
Registrou-se pequena redução de seção transversal na linha alta face norte.
4.2.4 Caibro 4
O caibro 4 apresenta boa aparência de conservação em geral. Há pequenas
rachaduras no caibro leste face norte, mas não compromete o uso da peça. Há a
presença de fixação de tubulação elétrica ao longo do caibro oeste face sul. Foi
extraída amostra para identificação anatômica no caibro leste vista inferior. A linha
alta apresenta uma grande rachadura com 1,5 cm de largura na face inferior, ao
longo da peça.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
17
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 20 – Danos no caibro 4
4.2.5 Caibro 5
O caibro 5 leste face sul apresenta nó. Há rachadura e galeria de cupins no apoio
junto ao frechal (caibro leste face norte) e rachadura na vista inferior do caibro leste.
Existem galerias ao longo da linha alta que podem ser vistas na face superior e na
inferior na porção central do vão da peça.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
18
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 21 – Danos no caibro 5
4.2.6 Caibro 6
Ocorrem pequenas rachaduras no caibro leste face sul, próximas à linha alta e junto
à ligação com o frechal. Como são reduzidas, parecem ser originadas por ação de
retração da madeira.
4.2.7 Caibro 7
Caibro 7 bastante comprometido, com ocorrência de trincas ao longo do caibro leste
e no encaixe com o frechal. Na linha alta face inferior, há nós e deterioração por
térmitas, com galerias de diâmetro de 1 a 2 cm.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
19
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 22 – Danos no caibro 7
4.2.8 Caibro 8
Está bastante deteriorado por térmitas, com galerias de 1 cm de diâmetro no caibro
oeste, face inferior e vista norte, e caibro leste, face inferior.
4.2.9 Caibro 9
Há deterioração por térmitas com galerias de 2 cm de diâmetro ao longo do caibro
leste vista inferior, desde a ligação com a linha alta até à cumeeira, com ocorrência
de trincas junto à ligação com frechal do caibro oeste face sul. Foi feita extração de
amostras entre as ripas 2 e 3 do caibro oeste face inferior.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
20
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 23 – Danos no caibro 9
4.2.10 Caibro 10
Apresenta boa aparência de conservação. Há suspeitas de fungos no caibro oeste
vista inferior, onde foram coletadas amostras. Existem tubulações elétricas fixadas
aos caibros leste e oeste vista sul.
4.2.11 Caibro 11
Há danos na ligação da linha alta com o caibro leste, com redução de seção (caibro
leste vista sul – próximo à linha alta). Há trincas no caibro oeste ao longo da peça,
desde o frechal até à linha alta, com sinais de térmitas ao longo do caibro leste vista
inferior.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
21
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 24 – Danos no caibro 11
4.2.12 Caibro 12
O caibro oeste encontra-se comprometido, com muitas galerias de térmitas na face
superior, que atravessam toda a seção da peça próxima à cumeeira e do frechal à
linha alta, na face superior. Há fungos apodrecedores no caibro leste vista norte e
sul, do frechal à linha alta e ao longo do caibro oeste vista superior. A linha alta
aparenta bom estado, entretanto há redução de seção na face superior.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
22
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 25 – Danos no caibro 12
4.2.13 Caibro 13
Há aparência de bom estado de conservação, com ocorrência de algumas fendas
decorrentes de inchamento e retração da madeira no caibro leste próximo ao frechal,
no encontro com a linha alta e próximo à cumeeira. A espécie de madeira
identificada visualmente foi a espécie designada por Licurana (Hieronyma
alchorneoides) de durabilidade moderada ao ataque por agentes xilófagos. Este
caibro 13 serviu de referência para velocidades de ultra-som da espécie Licurana,
como amostra de madeira sã a ser comparada com caibros 18 e 19, da mesma
espécie. As medições foram realizadas no caibro oeste, para uma Seção S1
(distante 8 cm da extremidade inferior próxima ao frechal) e para uma Seção S2
(distante 63 cm da extremidade inferior próxima ao frechal). O teor de umidade da
madeira e as emissões ultras-sônicas foram medidas na direção longitudinal, entre
S1 e S2, e na direção transversal em S1 e S2. As distâncias (cm), tempos (µs) e
velocidades (m/s) estão nas tabelas 3 e 4.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
23
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Tabela 3 – Teor de umidade na Seção S1 Caibro 13 oeste
Seção
S1 (embaixo)
S1 (Norte)
Umidade%
Escala 2
16,3
15,6
Tabela 4 – Medições de ultra-som no Caibro 13 oeste (Referência da Licurana)
Identificação Direção
emissão
Caibro13
Longitudinal
Norte-Oeste Transversal
Seção
S1-S2
S1
S2
Distância Tempo1 µs Tempo2 µs Velocidade
L (cm)
(microseg) (microseg) (m/s)
55,00
125
120
4.489,80
8,10
120
113
695,28
7,65
104
110
714,95
4.2.14 Caibro 14
Aparência de bom estado de conservação, com ocorrência de algumas fendas
decorrentes de inchamento e retração da madeira no caibro leste face inferior e ao
longo da linha alta, face sul. Há a perda de reduzida porção inferior da seção do
caibro leste-norte, conforme representada na respectiva prancha no Anexo B. A
espécie de madeira identificada visualmente foi a espécie designada por Angelim
vermelho (Dinizia excelsa - Leguminosae).
4.2.15 Caibro 15
Por meio da inspeção visual, constatou-se a ocorrência de algumas fendas
superficiais decorrentes de inchamento e retração da madeira no caibro leste face
norte e no caibro oeste face sul, sempre abaixo da linha alta. Há fendas na ligação
da linha alta com o caibro oeste. Também constata-se a existência de manchas de
umidade, possivelmente causadas por infiltrações anteriores, uma vez que durante a
inspeção não estavam úmidas. As manchas estão no caibro leste, junto ao frechal
na face inferior, e na cota vertical da linha alta, na face superior do caibro (ver
respectiva prancha Anexo B). A espécie de madeira identificada visualmente foi a
espécie identificada como Angelim vermelho (Dinizia excelsa - Leguminosae).
4.2.16 Caibro 16
No caibro 16, tanto leste quanto oeste, ocorrem fendas superficiais decorrentes de
inchamento e retração da madeira, na face norte e inferior. Há perda de seção
transversal do caibro oeste, face norte, aparentemente em decorrência de retração.
A largura do caibro leste é 8,2 cm, enquanto no caibro oeste é 7,7 cm. Na linha alta,
há a fixação de uma luminária e, onde os pregos foram cravados, há fendas,
provavelmente resultantes da variação de umidade e temperatura na região. A
espécie de madeira identificada por extração de amostra foi a espécie designada por
Licurana (Hieronyma alchorneoides, Euphorbiaceae). Apesar da redução de seção
no caibro oeste, é possível este permanecer em uso estrutural.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
24
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
4.2.17 Caibro 17
Apresenta estado de deterioração acentuado, com muitas galerias de cupins de solo
em ambos caibros leste e oeste. Na Figura 26, é possível observar o caibro oeste
transpassado por uma chave de fenda na espessura, por ocasião da inspeção.
Figura 26 – Deterioração do caibro 17 oeste por galerias, com transpasse da seção
transversal por uma chave de fenda
A linha alta apresenta algumas fendas, mas não comprometedoras da função
estrutural da peça. A espécie de madeira identificada visualmente foi a espécie
designada por Licurana. O avançado grau de deterioração dos caibros 17 parece
estar ligado à baixa resistência natural da espécie de madeira usada nestas peças.
A avaliação da extensão do dano das galerias no caibro 17 leste foi feita com base
nas velocidades de ultra-som da espécie Licurana, nas direções longitudinal e
transversal, usando os valores registrados no caibro 13 como referência de madeira
sã. As medições foram realizadas no caibro leste, na Seção S1 (distante 8 cm da
extremidade inferior próxima ao frechal), na Seção S2 (distante 63 cm da
extremidade inferior próxima ao frechal), Seção S3 (distante 68 cm da extremidade
inferior próxima ao frechal), Seção S4 e Seção S5, estas duas últimas próximas à
linha alta (ver respectiva prancha, Anexo B).
O teor de umidade da madeira e as emissões ultras-sônicas foram medidas na
direção longitudinal, entre S1 e S2, e na direção transversal em S1 e S2. As
distâncias (cm), tempos (µs) e velocidades (m/s) estão nas tabelas a seguir.
Tabela 5 – Teor de umidade no caibro 17 oeste, Seções S1, S2 e caibro 17 leste,
Seção S3
Umidade %
Seção
Escala 2
S1 (caibro oeste)
16,3
S2 (caibro oeste)
17,3
S4 (caibro leste)
15,8
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
25
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Tabela 6 – Medições de ultra-som no Caibro 17 leste e Caibro 13 (Referência)
Identificação Direção
emissão
Caibro13
Longitudinal
(referência)
Caibro 17
Longitudinal
Caibro 13
(referência)
Caibro 17
Transversal
Transversal
Seção Distância
L (cm)
Tempo1 µs Tempo2 µs Velocidade
(microseg) (microseg) (m/s)
S1-S2
55,0
125
120
4.489,80
S1-S2
S4-S5
S1
S2
S1
S2
S3
S4
S5
55,0
60,0
8,10
7,65
8,3
8,3
8,3
7,4
7,5
189
123
120
104
115
131
175
73
113
185
137
113
110
114
153
133
78
104
2.941,18
4.615,38
695,28
714,95
724,89
584,51
538,96
980,13
691,24
A comparação das velocidades de emissão ultra-sônica longitudinal no caibro 17
leste, Seção S1-S2, ao valor de referência do caibro 13, bem como a velocidade de
emissão transversal no caibro 17 leste, Seções S2 e S3, comparada aos valores de
referência do Caibro 13 indicam que a porção das Seções S1, S2 e S3 está
deteriorada e não permite que permaneça a desempenhar função resistente. Como
todo caibro 17 apresenta galerias de cupins de solo, recomenda-se a substituição
completa dos caibros leste e oeste, pelo avançado estado de deterioração. A
espécie de madeira a ser usada na substituição destas peças deve ser uma espécie
com boa durabilidade natural ao ataque de insetos.
4.2.18 Caibro 18
O caibro 18 apresenta avançado estado de deterioração, com muitas galerias de
cupins de solo em ambos caibros leste e oeste (abaixo da linha) e na linha alta. A
linha alta apresenta algumas fendas nas ligações com os caibros, tanto na
extremidade leste quanto oeste, além de várias fendas superficiais ao longo de toda
linha. Estas fendas não parecem ser somente efeito da retração, comprometendo a
função estrutural da peça. A espécie de madeira identificada visualmente foi a
espécie designada por Licurana. O avançado grau de deterioração dos caibros 18
parece estar ligado à baixa resistência natural da espécie de madeira usada nestas
peças.
Para avaliar a extensão do dano das galerias presentes no caibro 18, foram feitas
leituras de ultra-som longitudinal e transversal, usando os valores registrados no
caibro 13 como referência de madeira sã. As medições foram realizadas no caibro
leste, na Seção S1 (distante 8 cm da extremidade inferior próxima ao frechal), na
Seção S2 (distante 63 cm da extremidade inferior próxima ao frechal), Seção S3
(próxima da linha alta) e Seção S4, distante 60 cm da Seção S3 (ver respectiva
prancha, Anexo B). O teor de umidade da madeira foi medido no Caibro 18 leste, na
Seção S1, Seção S2 e Seção S3.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
26
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Tabela 7 – Teor de umidade no caibro 18 leste, Seções S1, S2 e S3
Seção
S1 (caibro leste)
S2 (caibro leste)
S3 (caibro leste)
Umidade %
Escala 2
16,2
15,7
17,6
As emissões ultras-sônicas foram medidas na direção longitudinal, entre S1 e S2, e
entre S3 e S4. Na direção transversal, as medidas foram feitas nas seções S1, S2,
S3 e S4. As distâncias (cm), tempos (µs) e velocidades (m/s) estão na tabela 8.
Tabela 8 – Medições de ultra-som no Caibro 18 leste e Caibro 13 (Referência)
Identificação Direção
emissão
Caibro13
Longitudinal
(referência)
Caibro 18
Longitudinal
Caibro 13
(referência)
Caibro 18
Transversal
Transversal
Seção
Distância
L (cm)
Tempo1 µs Tempo2 µs Velocidade
(microseg) (microseg) (m/s)
S1-S2
55,0
125
120
4.489,80
S1-S2
S3-S4
S1
S2
S1
S2
S3
S4
55,0
60,0
8,10
7,65
7,60
7,60
8,40
8,50
125
140
120
104
127
115
80
66
125
139
113
110
132
115
90
67
4.400,00
4.301,08
695,28
714,95
586,87
660,87
988,24
1.278,20
A comparação das velocidades de emissão ultra-sônica longitudinal no caibro 18
leste, Seção S1-S2 e Seção S3-S4, ao valor de referência longitudinal do caibro 13,
mostram que as galerias existentes ao longo do caibro não são comprometedoras.
No entanto, na comparação da velocidade de emissão transversal no caibro 18
leste, Seções S1, quando comparada aos valores de referência transversal do
Caibro 13, indicam que na região da Seção S1 há uma redução da integridade da
seção transversal.
Como a substituição do Caibro 18 Leste na região da Seção S1, que está
comprometida, implicaria na execução de uma emenda estrutural neste caibro,
recomenda-se a substituição completa do caibro leste, além de tratamento das
demais peças com a finalidade de extinguir os cupins de solo que estejam no local.
A linha alta também deverá ser substituída, pois apresenta fendas nas ligações e
indícios de galerias. A espécie de madeira a ser usada na substituição destas peças
deve ser uma espécie com boa durabilidade natural ao ataque de insetos.
4.2.19 Caibro 19
Foi extraída amostra de madeira para identificação anatômica do caibro leste
próximo ao frechal. A espécie foi identificada como Licurana. Há indicação de
aparência de bom estado de conservação da linha alta, mesmo com a presença de
umidade na altura da ripa 22. Há galerias de cupim de solo no caibro oeste, próximo
à cumeeira. Foi verificada mancha de umidade no caibro leste entre as ripas 19 e 20,
sendo medido o teor de umidade deste caibro nas seções S1, S2, S3, S4 e S5.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
27
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Também foi medida a umidade na linha alta, seções S6 e S7, observando-se uma
área mais seca próxima à linha alta onde há presença de uma corrente de ar
decorrente do espaçamento das telhas.
Tabela 9 – Teor de umidade no caibro 19 leste seções S1, S2, S3, S4 e S5
Pontos
S1 (caibro leste parte clara)
S2 (caibro leste parte clara)
S3 (caibro leste parte clara)
S4 (caibro leste parte escura)
S5 (caibro leste parte escura)
Umidade %
Escala 2
16,4
18,8
18,0
19,0
19,0
Tabela 10 – Teor de umidade na linha alta 19 leste, seções S6 e S7
Umidade %
Pontos
Escala 2
S6 (linha alta face norte)
16,5
S7 (linha alta face inferior)
15,7
4.2.20 Caibro 20
A tesoura é composta por madeiras de coloração diferente: o caibro leste e a linha
alta são da espécie Licurana e o caibro oeste da espécie Angelim Vermelho. Há
manchas de umidade no caibro oeste próximo ao frechal e na parte superior do
caibro leste.
4.2.21 Caibro 21
O caibro leste e a linha alta são da espécie Licurana e o caibro oeste é da espécie
Angelim vermelho, de acordo com a identificação das amostras extraídas em campo.
O caibro leste apresentava possíveis manchas de umidade junto ao frechal e trincas
na face inferior próximo a linha alta. Já no caibro oeste, as manchas aparecem em
toda face norte e as trincas próximas à linha alta na face inferior. A linha alta
apresenta mancha nas faces sul e inferior e trincas em toda extensão da face sul.
Para confirmar se a existência de manchas denuncia um teor de umidade mais alto,
usou-se o teste com o higrômetro. Constatou-se, ao comparar os valores
apresentados nas tabelas 11 e 12, que o teor de umidade na porção manchada é
inferior ao da porção de referência, sem manchas. É possível que as manchas sejam
originadas por infiltrações, mas no momento da inspeção, a madeira encontrava-se
seca ao ar.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
28
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Figura 27 – Deterioração no caibro 21
Tabela 11 – Teor de umidade caibro 21 na espécie Licurana
Pontos
Licurana (referência)
Umidade %
Escala 2
18,0
Tabela 12 – Teor de umidade caibro 21 leste-norte
Pontos
Caibro leste face norte
Umidade %
Escala 2
17,4
4.2.22 Caibro 22
Todo o caibro é da espécie Licurana, inclusive a linha alta. O caibro leste apresenta
manchas na face sul na metade do comprimento entre o frechal e a linha alta, e uma
trinca na face inferior do caibro leste, iniciando da linha alta para a cumeeira. O
caibro oeste apresenta manchas na linha alta face norte, parte de baixo, e há trincas
em toda extensão da face norte e inferior, e na face sul, apenas próximo ao frechal.
Na linha alta, há uma trinca na face sul do meio para a fachada oeste.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
29
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
4.2.23 Caibro 23
Os caibros são da espécie Licurana e a linha é da espécie Canela-garuva
(Cinnamomum riedelianum, Lauraceae ). O caibro leste apresenta manchas na face
norte, na metade inferior do comprimento entre o frechal e a linha alta. O caibro
oeste apresenta manchas no centro da parte abaixo da cota da linha alta, pela face
norte, onde há também ocorre uma trinca. Na linha alta, há uma trinca no centro da
face norte. O teor de umidade foi medido em dois pontos no caibro leste, um como
referência de madeira seca e outro para avaliação.
Tabela 13 – Teor de umidade caibro 23 leste
Pontos
S1 (Inspeção)
S2 (Referência)
Umidade %
Escala 2
20,8
19,9
Ao comparar-se o valor de teor de umidade medido no caibro 23 leste com os
valores medidos para a mesma espécie de madeira, no caibro 22, observa-se que
há um acréscimo, o que indica que o caibro 23 está mais úmido. Isto pode indicar a
existência de inflitrações que estejam causando este efeito na madeira. No entanto,
como as seções S1 e S2 do caibro 23 estão com valores próximos ente si, não há
diferença do teor de umidade entre as duas posições, mostrando mais uma vez que
as manchas não são presença de maior umidade, pelo menos não no momento da
inspeção.
4.2.24 Caibro 24
Apesar da aparente diferença de coloração da madeira do caibro leste e do caibro
oeste, a identificação das amostras informa que ambos são executados com
Licurana. O caibro leste apresenta mancha na face norte, na porção inferior entre o
frechal e a linha alta, com a existência de uma trinca, que atravessa quase toda a
face norte, e de outra próxima à cumeeira, na face norte, e uma na altura da linha
alta, na face inferior. O problema mais comprometedor deste caibro ocorre no apoio
junto ao frechal oeste, onde há um calço de madeira de 5cm x 5cm. Além disto, o
caibro oeste apresenta manchas na parte inferior, acima da linha alta pela face
norte.
Na linha alta, há trincas na face norte, próximo ao encaixe com o caibro leste do
meio para oeste, onde há também uma redução de seção. A umidade foi medida no
caibro leste, face norte, em um ponto de referência e outro de inspeção (S1 e S2,
como indicado na respectiva prancha, Anexo B). Pelos resultados da tabela 14, a
seção S2 está com maior teor de umidade que a seção S1 de referência, inidcando
que a mancha pode ter sido causada por um acréscimo de umidade no local.
Tabela 14 – Teor de umidade caibro 24 leste face norte, seções S1 e S2
Pontos
S1 (Inspeção)
S2 (Referência)
Umidade %
Escala 2
17,9
16,4
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
30
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
A análise do caibro leste indica a necessidade de substituição, uma vez que este
apresenta rachaduras em toda extensão e o apoio no frechal é feito de forma
inadequada. Também se constata a necessidade de substituir a linha alta, que
apresenta rachaduras e redução de seção na ligação com o caibro leste.
5. Peças a serem substituídas
Na tabela 15 estão agrupadas as peças que necessitam ser substituídas na
recuperação da estrutura de cobertura da Capela. As peças estão identificadas pela
posição no caibro (caibro leste, caibro oeste ou linha alta). As seções indicadas na
terceira coluna da tabela, são as seções medidas por ocasião da inspeção. Para
substituição, recomenda-se que se use a madeira de Angelim Vermelho (Dinizia
excelsa (Leguminosae)) ou espécie de características mecânicas e de durabilidade
natural semelhantes. A seção das peças para substituição dos caibros das linhas
altas deve ser 8cm x 12 cm, no mínimo.
Tabela 15 – Peças estruturais dos caibros a serem substituídas
Caibro
perna / linha alta
01
01
04
05
05
07
08
08
09
11
11
12
12
17
17
18
18
18
19
21
22
24
24
Leste
Linha Alta
Linha Alta
Leste
Linha Alta
Leste
Leste
Oeste
Leste
Leste
Oeste
Linha Alta
Oeste
Leste
Oeste
Leste
Oeste
Linha Alta
Oeste
Linha Alta
Oeste
Leste
Linha Alta
Seção atual
(cm)
9,0 x 11,8
8,0 x 10,5
6,7 x 12,0
7,5 x 12,4
9,0 x 12,4
7,5 x 11,8
7,7 x 12,1
8,0 x 12,5
8,8 x 10,9
9,8 x 12,8
7,7 x 10,8
8,1 x 11,9
7,2 x 12,5
8,3 x 12,8
7,0 x 13,0
7,6 x 11,9
8,0 x 11,7
8,1 x 12,4
8,0 x 11,7
8,5 x 12,0
8,0 x 12,0
8,0 x 10,5
8,0 x 11,5
Comprimento (cm)
286
215
215
286
215
286
286
286
286
286
286
215
286
286
286
286
286
215
286
215
286
286
215
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
Espécie
atual
Cedro
Cedro
Angelim V.
Cedro
Cedro
Cedro
Angelim V.
Cedro
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
Licurana
31
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
6. Recomendações Gerais
A estrutura inspecionada encontrava-se em péssimo estado de manutenção.
Recomenda-se proceder à limpeza e remoção de casulos e caminho de térmitas
(túneis). Na seqüência é necessário proceder-se ao tratamento da madeira com
substâncias inseticidas para eliminar agentes de deterioração que ainda estejam em
ação e prevenir a futura agressão. O tratamento inseticida deve ser feito com a
técnica de injeção, não sendo suficiente o pincelamento ou aspersão com produto
químico.
A recuperação deve ser realizada para cada caso conforme indicado nesse relatório.
As podridões devem ser removidas e os furos de galerias obstruídos com uma
massa de pó de serragem misturada a um adesivo, após injeção de produto químico
inseticida no interior da madeira.
As peças que se encontram excessivamente deterioradas por ação de insetos ou
fungos devem ser substituídas, conforme indicado no relatório. A espécie de madeira
para substituição deve ser o Angelim vermelho/ Dinizia excelsa (Leguminosae) ou
espécie similar em resistência mecânica e durabilidade natural.
No entanto, a substituição e o tratamento da madeira não será eficaz se não houver
a reposição de telhas quebradas e recolocação no local correto das telhas
escorridas. Apesar de se observar que houve a colocação de grampos metálicos
para fixação das telhas às ripas por ocasião da última intervenção realizada, como
as telhas não foram amarradas, a ação do vento causou escorregamentos. A
operação de recolocação de telhas no local correto não apresenta dificuldades, mas
é necessário que seja feita tão logo se observe o dano, caso contrário a tendência é
acentuar o efeito deteriorador das intempéries ao longo do tempo.
A intervenção na edificação deve ser registrada por meio de documento gráfico e
descritivo (planta baixa e memorial de procedimentos) sobre técnica, mão-de-obra e
materiais empregados e submetido à aprovação de um profissional especializado.
Recomenda-se fortemente a elaboração e execução de um programa de
manutenção periódico anual das condições da cobertura, conforme Norma Brasileira
de Manutenção de Edificações (NBR-5674/1999), com prazo flexível mediante sinais
de anormalidades.
Caso os procedimentos e recomendações descritos não forem aplicados, não se
pode garantir a segurança, de acordo com os critérios especificados pela Norma
Brasileira de Projetos de Estruturas de Madeiras (NBR-7190/1997), da estrutura
inspecionada.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
32
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
7. Bibliografia consultada
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR5674: Norma Brasileira de
Manutenção de Edificações. Rio de Janeiro, 1999.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR7190: Projeto de Estruturas de
Madeira. Rio de Janeiro, 1997. 107p.
IPT.
Informações
sobre
madeiras.
Disponível
em:
<http://www.ipt.br/areas/ctfloresta/lmpd/madeiras/busca>. Acesso em: 15 dezembro
2006.
LEPAGE, E. S. (coord.). Manual de preservação de madeiras. Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). São Paulo, 1986. Vol. 1. 342
p. ISBN: 85-09-00006-9.
MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. - Fichas de Características das Madeiras
Brasileiras, IPT-Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Divisão de Madeiras, São
Paulo, 1989.
MARAGNO, A.S. Sistematização das causas de patologias em madeiramento
estrutural de coberturas em edificações antigas. 2004. 263 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2004.
RICHTER, H.G., AND DALLWITZ, M.J. 2000 onwards. Commercial timbers: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. In English, French,
German, Portuguese, and Spanish. Version: 16th April 2006. http://delta-intkey.com.
TEREZO, R.F. Propriedades mecânicas de madeiras utilizadas em estruturas
históricas e contemporâneas estimadas por meio do ultra-som.
2004.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
33
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
8. Equipe Técnica
Entidade Executora:
_______________________________
Bárbara da Gama Parente
Diretora Presidente – EPEC
______________________________
Diego Mateus da Silva
Gerente de Mercado – EPEC
Corpo Técnico Responsável:
_______________________________
Demian Marafiga Andrade
Consultor Técnico
Graduando ECV – UFSC
______________________________
Kissia Stein do Nascimen
Consultora Técnica
Graduanda ARQ – UFSC
____________________________________
Diego Mateus da Silva
Gerente do Projeto
Professora Orientadora:
________________________________________
Prof. Dra. Ângela do Valle
Orientadora Técnica
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
34
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
ANEXO A
PROPRIEDADES DAS MADEIRAS
IDENTIFICADAS NO LOCAL
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
35
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
As características apresentadas neste anexo foram consultadas em:
IPT – INFORMAÇÕES SOBRE MADEIRAS – Banco de dados organizado pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
ANGELIM-VERMELHO - FICHA CARACTERÍSTICA
Nome científico: Dinizia excelsa Ducke, Família Leguminosae.
Outros nomes populares: angelim, angelim-falso, angelim-ferro, angelim-pedra,
angelim-pedra-verdadeiro, faveira-carvão, faveira-dura, faveira-ferro, faveira-grande.
Nomes internacionais: angelim pedra, faveira preta, kuraru, parakwa (Guiana).
Ocorrência:
• Brasil: Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia.
• Outros países: Guiana, Guiana Francesa, Suriname.
Características Gerais
Características sensoriais: cerne e alburno pouco distintos pela cor, cerne castanhoavermelhado; brilho moderado; cheiro desagradável e gosto imperceptível;
densidade alta; dura ao corte; grã direita a irregular; textura média a grossa;
superfície pouco lustrosa.
Face tangencial
Face Radial
Descrição anatômica macroscópica:
• Parênquima axial: visível a olho nu, paratraqueal aliforme de extensão losangular,
ocasionalmente confluente.
• Raios: visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial; poucos.
• Vasos: visíveis a olho nu, pequenos a médios; poucos; porosidade difusa;
solitários, múltiplos e às vezes em cadeias radiais; obstruídos por óleo-resina ou
substância esbranquiçada.
• Camadas de crescimento: distintas, ligeiramente individualizadas por zonas
fibrosas tangenciais mais escuras e por linhas de parênquima marginal.
Durabilidade / Tratamento
Durabilidade natural: o cerne apresenta alta resistência ao ataque de organismos
xilófagos (fungos e insetos). Em ensaios de campo com estacas, esta madeira foi
considerada altamente durável com vida média maior que oito anos.
Tratabilidade: impermeável às soluções preservativas. O cerne não é tratável com
creosoto (oleossolúvel) e nem com CCA (hidrossolúvel), mesmo em processo sob
pressão.
Características de Processamento
Trabalhabilidade: a Madeira de angelim-vermelho é difícil de ser trabalhada, mas
recebe bom acabamento. A Madeira é fácil de tornear com bom acabamento e na
furação apresenta desempenho regular.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
36
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Secagem: rápida em programas mais severo. Apresenta tendência moderada ao
torcimento e leve ao colapso; seca relativamente bem ao ar.
Propriedades Físicas
Densidade média de massa ():
• Aparente a 15% de umidade (ap, 15): 1090 kg/m³
• Madeira verde (verde): 1260 kg/m³
• Básica (básica): 830 kg/m³
Contração:
• Radial: 4,2 %
• Tangencial: 6,6 %
• Volumétrica: 14,6 %
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Propriedades Mecânicas Médias
Flexão:
• Resistência (fM):
Madeira verde: 99,7 MPa
Madeira a 15% de umidade: 138,1 MPa
• Limite de proporcionalidade - Madeira verde: 59,1 MPa
• Módulo de elasticidade - Madeira verde: 14073 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Compressão paralela às fibras:
• Resistência (fc0):
Madeira verde: 65,2 MPa
Madeira a 15% de umidade: 80,9 MPa
• Coeficiente de influência de umidade: 4,0 %
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Outras propriedades:
• Resistência ao impacto na flexão - Madeira a 15% (choque):
Trabalho absorvido: 48,7
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
• Cisalhamento - Madeira verde: 13,1 MPa
• Cisalhamento - Madeira a 12%: 17,7 MPa
• Dureza janka paralela - Madeira verde: 9993 N
• Dureza janka paralela - Madeira a 12%: 14318 N
• Dureza janka transversal - Madeira verde: 10866 N
• Dureza janka transversal - Madeira a 12%: 13543 N
Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT.
• Tração normal às fibras - Madeira verde: 8,5 MPa
• Fendilhamento - Madeira verde: 1,1 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
USOS
Construção civil:
• Pesada externa: pontes, postes, estacas, esteios, cruzetas, dormentes ferroviários,
obras portuárias, piers.
• Pesada interna: vigas, caibros.
Outros usos: cabos de ferramentas, transporte.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
37
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
CEDRO - FICHA CARACTERÍSTICA
Nome científico: Cedrela fissilis, Família Meliaceae.
Outros nomes populares: cedro-amargo, cedro-amargoso, cedro-batata, cedrobranco, cedro-cheiroso, cedro-do-amazonas, cedro-manso, cedro-rosa, cedroverdadeiro, cedro-vermelho.
Nomes internacionais: acajou femelle, ceder, cedes, cedo clavel (Colômbia), cedre
acajou (Guiana Francesa), cedro, cedro amargo (Panamá), cedro
amarillo (Venezuela), cedro blaco, cedro caoba, cedro colorado (Peru), cedro de
castilla (Equador), cedro hembra (Rep. Dominicana), cedro macho (Cuba), cedro
oloroso, cedro real (El Salvador), cedro-rosa (Suriname), cigarbox (Estados Unidos),
cóbano (Costa Rica), culche (México), kurana (Guiana), redceder, south american
cedar, spanish cedar (Estados Unidos; Inglaterra).
Ocorrência:
• Brasil: Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso,
Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo.
• Outros países: América Central, Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname.
Características Gerais
Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela cor, cerne bege rosado;
superfície lustrosa; cheiro perceptível, agradável e característico, gosto ligeiramente
amargo; densidade baixa; grã direita; textura média a grossa.
Face tangencial
Face Radial
Descrição anatômica macroscópica:
• Parênquima axial: visível a olho nu, em faixas marginais afastadas e contrastadas.
• Raios: visíveis a olho nu no topo e na face tangencial, finos, muito poucos a
poucos.
• Vasos: visíveis a olho nu, pequenos a grandes; muito poucos a poucos, dispostos
em anéis semiporosos; solitários em maioria; obstruídos por óleo-resina ou
substância branca.
• Camadas de crescimento: distintas individualizadas pelo parênquima marginal e
distribuição dos vasos em anéis semiporosos.
Durabilidade / Tratamento
Durabilidade natural: a Madeira de cedro apresenta durabilidade moderada ao
ataque de organismos xilófagos (fungos e insetos). Existe variação quanto a
durabilidade do cerne, algumas espécies são resistentes ao ataque de cupins
subterrâneos e cupins-de-Madeira-seca, outras espécies (por exemplo Cedrela
fissilis) são muito susceptíveis ao ataque por esses organismos. Apresenta baixa
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
38
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
resistência ao ataque de xilófagos marinhos. Estudo realizado verificou que a
durabilidade desta Madeira é inferior a 12 anos de serviço em contato com o solo.
Tratabilidade: o cerne apresenta baixa permeabilidade às soluções preservativas. O
alburno é permeável.
Características de Processamento
Trabalhabilidade: a Madeira de cedro é fácil de aplainar, serrar, lixar, furar, pregar,
colar e tornear. Apresenta bom acabamento, em alguns casos pode ocorrer
exudação de resina.
Secagem: a secagem ao ar é rápida com pouca ocorrência de defeitos. A secagem
em estufa é fácil, não ocorrendo empenamentos e rachaduras.
Propriedades Físicas
Densidade média de massa ():
• Aparente a 15% de umidade (ap, 15): 530 kg/m³
• Básica (básica): 440 kg/m³
Contração:
• Radial: 4,0 %
• Tangencial: 6,2 %
• Volumétrica: 11,6 %
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85)
Propriedades Mecânicas Médias
Flexão:
• Resistência (fM):
Madeira verde: 62,8 MPa
Madeira a 15% de umidade: 81,2 MPa
• Limite de proporcionalidade - Madeira verde: 25,5 MPa
• Módulo de elasticidade - Madeira verde: 8336 MPa
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Compressão paralela às fibras:
• Resistência (fc0):
Madeira verde: 28,0 MPa
Madeira a 15% de umidade: 39,1 MPa
• Coeficiente de influência de umidade: 3,4 %
• Limite de proporcionalidade - Madeira verde: 20,1 MPa
• Módulo de elasticidade - Madeira verde: 9630 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Outras propriedades:
• Resistência ao impacto na flexão - Madeira a 15% (choque):
Trabalho absorvido: 19,7
• Cisalhamento - Madeira verde: 7,1 MPa
• Dureza janka - Madeira verde: 3138 N
• Tração normal às fibras - Madeira verde: 5,1 MPa
• Fendilhamento - Madeira verde: 0,6 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
USOS
Construção civil:
• Leve em esquadrias: portas, venezianas, caixilhos.
• Leve interna, decorativa: lambris, painéis, molduras, guarnições, forros.
Mobiliário:
• Alta qualidade: móveis finos e móveis decorativos.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
39
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Outros usos: chapas compensadas, embalagens, molduras para quadros, moldes e
modelos, decoração e adorno (escultura e entalhe), decoração e adorno,
instrumentos musicais ou parte deles, embarcações (coberturas, pisos, forros).
CANELA-GARUVA - FICHA CARACTERÍSTICA
Nome científico: Cinnamomum riedelianum, Família Lauraceae.
Não foram encontradas características físicas e macânicas para esta espécie.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
40
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
LICURANA - FICHA CARACTERÍSTICA
Nome científico: Hieronyma alchorneoides Fr. Allem., Família Euphorbiaceae.
Outros nomes populares: licurana (SC, PR), muira-gonçalo (PA), aricurana (RJ),
sangue de boi, urucurana, abacateiro, margonçalo, quina vermelha (SP).
Nomes internacionais: chorão colorado (Costa Rica); quindu cacao, carne asada
(Venezuela), mascarey (Equador); pilón (América Central); suradan, suradanni
(Suriname, Guiana).
Ocorrência:
• Brasil: zona litorânea do Pará até Santa Catarina.
• Outros países: América Central, Colômbia, Costa Rica,Equador, Guiana, Panamá,
Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela.
Características Gerais
Características sensoriais: cor do cerne marrom vermelho. Cor do alburno similar à
cor do cerne ou rosado. Peso específico básico: 0,52–0,7 g/cm3.
Descrição anatômica macroscópica:
Vasos presentes. Madeira de porosidade difusa. Vasos dispostos em padrão não
específico, exclusivamente solitários. Diâmetro tangencial dos vasos: (120–)200–300
µm. Número de vasos/mm2: 4–7. Comprimento dos elementos vasculares: 590–
1220–1730 µm. Placas de perfuração simples. Pontuações intervasculares opostas
ou alternadas, diâmetro (vertical) das pontuações intervasculares: 6–10 µm.
Punteaduras intervasculares extremadamente raras. Pontuações radiovasculares
com aréolas reduzidas ou aparentemente simples, arredondadas ou angulares ou
horizontais a verticais, do mesmo tipo em elementos adjacentes ou unilateralmente
compostas e grossas. Tilos nos vasos presentes, de paredes finas. Outros depósitos
em vasos de cerne presentes.
Fibras e traqueídos. Traqueídos vasculares ou vasicêntricos comumente
presentes (vasicentricas). Fibras de paredes de espessura média. Comprimento
das fibras: 1700–3480 µm. Pontuações das fibras comuns nas paredes radial e
tangencial, claramente areoladas. Fibras não septadas. Parênquima axial
apotraqueal. Apotraqueal difuso em agregados. Parênquima axial em série. Número
de células por série de parênquima axial: 3–8. Raios. Número de raios por mm: 6–
10, raios multiseriados (também quando muito poucos), raios com 3–7 células de
largura. Raios de dois diferentes tamanhos. Altura dos raios grandes comumente
com mais de 1000 µm. Raios compostos por dois ou mais tipos de células
(heterocelulares). Raios heterocelulares com células quadradas e eretas restringidas
a fileiras marginais, geralmente com 2–4 fileiras de células quadradas e eretas ou
com mais de 4 fileiras de células quadradas e eretas.
Estrutura estratificada ausente. Canais intercelulares ausentes.
Durabilidade / Tratamento
Durabilidade natural: a Madeira de licurana apresenta durabilidade moderada ao
ataque de organismos xilófagos (fungos e insetos).
Tratabilidade: a licurana apresenta baixa permeabilidade às soluções preservantes.
Propriedades Físicas
Densidade média de massa ():
• Aparente a 15% de umidade (ap, 15): 690 kg/m³
Contração:
• Radial: 5,2 %
• Tangencial: 11,4 %
• Volumétrica: 18,5 %
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85)
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
41
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
Propriedades Mecânicas Médias
Flexão:
• Resistência (fM):
Madeira verde: 69,1 MPa
Madeira a 15% de umidade: 96,5 MPa
• Limite de proporcionalidade - Madeira verde: 42,4 MPa
• Módulo de elasticidade - Madeira verde: 11380 MPa
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Compressão paralela às fibras:
• Resistência (fc0):
Madeira verde: 33,4 MPa
Madeira a 15% de umidade: 50,7 MPa
• Coeficiente de influência de umidade: 4,4 %
• Limite de proporcionalidade - Madeira verde: 24,3 MPa
• Módulo de elasticidade - Madeira verde: 12510 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Outras propriedades:
• Resistência ao impacto na flexão - Madeira a 15% (choque):
Trabalho absorvido: 22,8
• Cisalhamento - Madeira verde: 8,5 MPa
• Dureza janka - Madeira verde: 4190 N
• Tração normal às fibras - Madeira verde: 5,7 MPa
• Fendilhamento - Madeira verde: 0,7 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
USOS
Construção civil:
• Pesada interna: vigas, caibros, ripas.
• Pesada externa: sob a aplicação de tratamento preservante, desde que sem
contato com o solo.
Mobiliário:
• Baixo custo.
Outros usos: estrutura de engradados.
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
42
ESCRITÓRIO PILOTO DE ENGENHARIA CIVIL
E M P R E S A
J Ú N I O R
D E
E N G E N H A R I A
C I V I L
D A
U F S C
ANEXO B
DESENHOS
CAPELA DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA
43
A
1336
85
211
65
84
27.5 15
27.5
87
55
255
27.5 15
27.5
280
70
70
55
70
10
20
44 12
902
19
151
145
140
82
165
20
50
6
20
25
63
23
51
27
13
452
22
63
103
185
50
450
464
462
460
191
134 602
76
462
192
13
11
55
25
21
8
48
163
84
133
47
7
75
77
908
21
70
55
11,5
84
24,4
214
70
395
75
305
55
1336
A
24,5
17
9
12
86
157
9
69,5
9
70
130
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Obs.:
Prancha:
Planta Baixa
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:40
1/30
Caibro: 13 x 7
39
Ripas: 8,5 x 2,5
13
Viga de Concreto
127
133
27
173
398
194
Gola de Concreto
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Obs.:
Prancha:
Corte A-A (Vista para o Altar)
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:40
2/30
20
8.5
8.3
8.8
8.1
8.5
1
5
4
1
.5
11
9
8
.6
13
.2
14
.1
14
.5
13
.1
15
.2
14
.9
14
.8
13
8.6
12 13
10
6
2
8.7
.3
14
19
8.8
14
.2
17
8.7
15
12
.7
16
14
.2
24
.5
.8
11
7
3
9.5
8.5
8.2
8.8
8.6
19
.2
14
17
.4
14
18
.4
14
19
.8
15
20
.0
13
.3
15
22
.6
Caibro 19
8.7
21
.5
2
15
.1
24
10
.0
8
4
.3
2
1
.3
10
14
.6
.0
14
14
.1
14
.9
13
.6
14
.2
13
.5
14
8.5
14
9
5
8.5
12 13
10
6
.5
11
7
3
1.6
23
13
8.8
8.9
8.6
8.9
8.7
8.8
8.5
8.5
9.0
.5
14
.0
15
8.5
15
12
.0
8.6
16
14
.0
8.8
14
17
.5
9.0
14
18
.5
8.7
19
13
.8
14
.5
8.9
14
21
.0
8.6
14
22
.3
22
23
14
.7
Caibro 1
8.8
20
13
.9
24
15
.0
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Obs.:
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:40
3/30
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
42,5
40,0
42,5
41,0
68,0
35,4
37,8
37,6
44,0
43,0
41,0
41,6
41,7
40,2
41,5
42,0
41,7
41,2
44,9
42,2
42,9
43,6
41,2
38
38
38
38
65
31
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
37
31
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Madeiramento COBERTURA
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Obs.:
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:40
4/30
DETALHE JUNTA LINHA-ALTA - CAIBROS
VISTA SUPERIOR
DETALHE JUNTA LINHA-ALTA - CAIBROS
VISTA SUPERIOR
DETALHE JUNTA ENTRE CAIBROS
VISTA FRENTE
DETALHE JUNTA ENTRE CAIBROS
VISTA PERFIL
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
ENGENHARIA CIVIL
DETALHE JUNTA LINHA-ALTA - CAIBROS
VISTA FRENTE
DETALHE JUNTA ENTRE CAIBROS
VISTA PERFIL
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Desenho:
Detalhe da Junta Entre Caibros / Linha-Alta
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
sem
Prancha:
5/30
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1
2
3
4
5
6
7
9
SUL - fundos
10
11
12
13
14
15
16
NORTE - frente
8
17
18
19
20
21
22
23
24
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Cupim de Solo
Telhas corridas, quebradas ou
faltantes
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Desenhistas:
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Prancha:
Patologias Ripas e Telhas
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:40
6/30
LINHA ALTA
11,5
12,2
LESTE
7,9
OESTE
11,0
8,0
8,0
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
8/30
LINHA ALTA
12,1
11,6
12,5
51,3
LESTE
7,4
OESTE
8,9
8,2
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
9/30
LINHA ALTA
12,6
11,5
12,0
53,5
LESTE
8,0
OESTE
7,5
6,7
LESTE
deAmostra
Espessura: 0,3 cm
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
Espessura: 1,5cm
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Desenhistas:
Rachaduras / Trincas
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
10/30
LINHA ALTA
12,0
11,5
11,3
51,8
LESTE
6,7
OESTE
8,5
8,4
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
12/30
LINHA ALTA
11,8
(sem escala)
10,5
12,0
49,6
LESTE
7,5
OESTE
8,7
7,0
S
LESTE
N
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Desenhistas:
Rachaduras / Trincas
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
13/30
LINHA ALTA
12,1
12,5
11,9
51,2
LESTE
7,7
OESTE
8,0
8,5
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
14/30
LINHA ALTA
10,9
12,2
12,1
50,5
LESTE
8,8
OESTE
8,4
8,6
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
15/30
LINHA ALTA
13,3
12,2
12,4
51,7
LESTE
8,5
OESTE
7,6
7,7
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
16/30
LINHA ALTA
12,8
10,8
11,0
51,4
LESTE
9,8
OESTE
7,7
8,0
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
17/30
LINHA ALTA
12,1
12,5
11,9
53,5
LESTE
8,0
OESTE
7,2
8,1
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
18/30
LINHA ALTA
12,1
12,2
12,6
49,6
LESTE
9
OESTE
8,0
8,9
S2
LESTE
OESTE
S1
55
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
8
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
19/30
LINHA ALTA
11,5
11,8
11,1
50,5
LESTE
8,0
OESTE
7,7
8,2
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
20/30
LINHA ALTA
11,7
12,0
11,6
50,3
LESTE
7,8
OESTE
8,1
7,6
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
21/30
LINHA ALTA
12,0
13,0
12,1
50,2
LESTE
8,2
OESTE
7,7
7,5
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
22/30
LINHA ALTA
12,8
13,0
S5
51,4
LESTE
8,3
11,0
OESTE
7,0
8,5
S4
60
S3
S2
LESTE
5
S1
S6
55
8
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
23/30
LINHA ALTA
11,9
11,7
S5
50,3
LESTE
7,6
12,4
OESTE
8,0
8,1
S4
60
S3
S2
LESTE
5
S1
S6
55
8
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
24/30
LINHA ALTA
11,5
11,7
12,1
49,8
LESTE
8,6
OESTE
8,0
8,0
283,3
S5
S6
S4
S1
S2
LESTE
OESTE
S3
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
LESTE
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
S7
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
25/30
LINHA ALTA
12,5
12,0
LESTE
8,0
OESTE
8,5
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
26/30
LINHA ALTA
12,0
12,5
LESTE
8,5
OESTE
12,0
8,0
8,5
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
Trincas ao longo
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
SUL
Vistal inferior
Trincas
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
27/30
LINHA ALTA
13,0
12,0
LESTE
8,0
OESTE
12,0
8,0
8,0
LESTE
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
28/30
LINHA ALTA
11,0
11,0
13,0
S2
LESTE
8,0
OESTE
8,0
LESTE
8,0
LESTE
S1
OESTE
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
LESTE
OESTE
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
ENGENHARIA CIVIL
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Prancha:
Mancha de Umidade
Obs.:
Caibro e Linha
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
29/30
LINHA ALTA
10,5
12,0
11,5
53,0
LESTE
8,5
OESTE
8,0
8,0
S2
LESTE
OESTE
S1
Vistal lateral NORTE - frente
Vistal lateral NORTE - frente
OESTE
LESTE
OESTE
LESTE
163,5
Vistal lateral SUL - fundos
Vistal lateral SUL - fundos
OESTE
OESTE
NORTE
NORTE
LESTE
LESTE
SUL
Vistal superior
SUL
Vistal superior
LESTE
SUL
OESTE
NORTE
NORTE
Vistal inferior
SUL
LESTE
OESTE
Vistal inferior
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO DE DANOS DA FORTALEZA DE
Desenhistas:
Legenda
ENGENHARIA CIVIL
Cupim de Solo
Fungo Apodrecedor
Mancha de Umidade
Professora Orientador:
Demian Marafiga Andrade
Kissia Stein do Nascimento
Rachaduras / Trincas
Desenho:
Obs.:
Caibro e Linha
Prancha:
Data:
Nov. 2006
Esc.:
1:25
30/30