Jornal Avante de outubro
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Jornal Avante de outubro
IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912208223/2008 ECT/DR/RJ ASSOCIAÇÃO DA IGREJA METODISTA DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Publicação mensal da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª RE Ano XXXVII • Nº 418 • outubro de 2010 NESTE EXEMPLAR Palavra do Bispo Recebendo a visita e a presença de Deus Página 3 Região Projeto de pastoreio de pastores obtém êxito Página 8 Região Desempregados têm ajuda para encontrar trabalho Página 9 Igrejas em Ação Metodista da Tijuca promove evento social Um lugar especial na infância D ar à infância a importância que ela merece tem sido uma bandeira dos metodistas na Primeira Região e também de alguns segmentos da sociedade. Nesse sentido, os Grupos de Apoio à Adoção, espaços de reflexão, conscientização e auxílio às adotantes, têm sido parceiros da Igreja nessa tarefa. A causa da adoção é também de interesse dos cristãos que creem que o Reino de Deus per- Página 10 Igrejas em Ação Cursos promovem crescimento profissional na Baixada Fluminense Página 11 Igreja apoia iniciativas, em diversas instâncias, que visam ao bem-estar das crianças N tence também às crianças (Leia entrevista e matéria nas páginas 5 e 7). Mas o cuidado com os pequeninos é também para os de casa. Nesse sentido, o Departamento Regional de Trabalho com Crianças realizou mais um Encontro. O objetivo foi aproximá-las da mensagem de Jesus e o seu amor, de modo que não se desviem do caminho do bem. Página 6. Reforço Escolar pode evitar mortes de adolescentes e jovens o último Concílio Regional, o alto índice de assassinatos entre adolescentes e jovens foi apontado pelo bispo Paulo Lockmann como motivo de preocupação, exigindo uma reação por parte da Igreja. Como reflexo dessa manifestação, a Secretaria Regional de Ação Social divulgou um texto, mostrando o reforço escolar como um caminho para reverter esse quadro. “A evasão escolar é uma das causas, segundo estatísticas, dessa realidade”, informa pastor Edvandro Machado em carta às igrejas. Página 4. E DITO RIA L C A RTA S Congregação em Arraial do Cabo Criança no foco Q uando Jesus nos orienta a ser como as crianças, certamente não se refere apenas à ingenuidade e à pureza de coração dos pequeninos, mas ao fato de serem menores, incapazes e dependentes. Alegres, simples, sorridentes e alheias aos problemas que as rodeiam, elas apenas confiam na proteção dos pais. Não se preocupam com o que vão comer ou vestir e vivem felizes apesar das fragilidades, carências e dependência. É da mesma forma que devemos ser diante do amor do Pai celestial. Jesus nunca pediu que as crianças fossem retiradas de suas mensagens. Pelo contrário, quando algumas crianças foram levadas para ser tocadas pelo Mestre foram os discípulos que dificultaram a chegada delas até o Senhor. Vendo a atitude dos discípulos, Jesus repreendeu-os e pediu que eles deixassem os pequeninos terem livre acesso dizendo: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus.” (Mc 10.13). Além de terem lugar cativo no Reino de Deus, elas são exemplos para nós. Neste mês, em que todos comemoram o Dia das Crianças, trazemos à tona assuntos que ameaçam o lugar e o bemestar delas em nossa sociedade. Ao mesmo tempo, divulgamos iniciativas que apresentam ou apoiam propostas para uma infância saudável. Em entrevista ao Avante, o promotor de Justiça Sávio Bittencourt fala sobre a nova política de adoção, pontuando os desafios existentes para a implementação Quero agradecer a todos vocês do Jornal Avante pela excelente matéria sobre a Congregação Metodista no bairro Coca-Cola, em Arraial do Cabo. (...) Como pastor da igreja-sede, tenho apoiado e acompanhado todas as atividades desta congregação, que está em pleno crescimento, graças às orações, empenho e trabalho dos irmãos e irmãs. Muitos que estavam desanimados de ir a uma igreja agora estão felizes por ter uma Metodista perto de casa. Deus nos deu a visão, e o seminarista Cristiano Alves abraçou a causa. Mesmo em meio às dificuldades locais, Deus tem honrado aquele lugar. Pr. José Pedro Proveti, IM em Arraial do Cabo Site Regional Parabenizo a toda equipe que tem nos abençoado com as informações e divulgação de programações, sejam elas de dentro ou de fora do nosso distrito. Que o Senhor continue abençoando-os e capacitando-os cada vez mais. Continuem tro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção, realizado nos espaços do Bennett (Página 7). O trabalho desses grupos tem contado com o apoio e participação da Igreja Metodista, que se engajou na causa abrindo suas portas para a criação dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga. Todos esses esforços têm refletido a preocupação dos homens de bem com a realidade das crianças abrigadas em nosso país. Mas fora dos abrigos há outras que carecem da atenção da sociedade e da Igreja. Respondendo às estatísticas turmas de reforço escolar em nossos espaços (Página 4). Por fim, a Metodista em nossa Região investe também nos pequeninos que vivem dentro da Igreja. Uma expressão disso foi a realização de mais um Encontro Regional do Departamento Regional de Trabalho com Crianças, que reuniu uma meninada bonita, no Acampamento Clay, aprendendo mais sobre o viver em comunhão com Jesus. Um dos objetivos do encontro foi fazer com que as crianças entendessem o passo dado por Deus, por meio de Jesus Cristo, em direção ao ser humano para garantir o nosso livre acesso a Ele. Que possamos, com a mesma simplicidade, absorver diariamente esta lição, percebendo o amor de Deus e correndo feito crianças ao seu encontro. Deus abençoe a sua leitura. Nádia Mello Editora Publicação mensal da Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica Fundado em maio de 1973 2 Ano XXXVII nº 418 outubro de 2010 Rua Marquês de Abrantes, 55 – Flamengo 22.230-061 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2557-3542 / 3509-1074 Fax: (21) 2557-7048 [email protected] www.metodista-rio.org.br Gostaria de destacar a criação da “Escolinha de Música Infantil”, na Igreja Metodista em Boa Sorte, via site Soneto para a minha Igreja* Querida igreja, tão idosa e tão menina, mais uma vez assisto ao teu aniversário!... Celebro as bênçãos e o favor da mão divina que tem traçado o teu brilhante itinerário! Venceste a ira, com teu Príncipe da Paz! Venceste o orgulho, revestida de humildade! Da inveja ou gula não tens marcas nem sinais: em ti percebo gratidão e sobriedade! Teu altruísmo frustra os surtos de avareza! Não tens luxúria, és revestida de pureza; foge a preguiça, ante a tua intrepidez!... E eu, que me atrelo em teu exemplo de excelência, desejo, ó mestra, em mais um ano de existência, render-te o abraço do aprendiz, mais uma vez! *Josafá Sobreira da Silva, em homenagem aos 104 anos da Igreja Metodista em Cascadura cipação é de R$ 60,00 por pessoa, incluindo hospedagem e alimentação. A programação contará com a presença de grupos musicais metodistas, laboratórios e mesa de discussão. Mais informações no site regional (www.metodista-rio.org.br). 5). O promotor de Justiça foi um dos palestrantes do Encon- das recentemente, a área de Ação Social propõe que haja mais Escola de Música Barra Mansa. A ideia é incentivar as crianças na iniciação musical como projeto pedagógico, que é coordenado pelo evangelista Ely Marques dos Santos, com aulas às quintas-feiras, às 19h30, nas dependências da igreja. Ely Marques dos Santos, AC ON T E C E da Lei que estabeleceu as mudanças nesse processo (Página relacionadas ao assassinato de adolescentes e jovens, divulga- assim, pois quero sempre poder abrir esta página e encontrar vários eventos e notícias. Luci Emanuelle, via e-mail Federação de Homens Em 19 de novembro, é o Dia das Sociedades Metodistas de Homens. Para comemorar a data, a Federação Metodista de Homens realizará no dia 20 de novembro um culto regional na Igreja Metodista de Cascadura, às 15h. Presença confirmada do Ministério Toque de Poder, da 3ªRE. Informações sobre as atividades da Federação Metodista de Homens com o presidente Marcus Vinícius Silva pelo e-mail advmarcusvinicius@ uol.com.br. Encontro de Música De 19 a 21 de novembro, o Departamento Regional de Música e Arte promoverá o I Encontro Regional de Música e Arte, na Escola de Missões. O evento, voltado para pessoas envolvidas com música, coreografia, teatro e simpatizantes de música, terá como tema Valorizando o que é nosso. A taxa de parti- Ação Social O Encontro Regional de Ação Social será no Instituto Metodista Bennett, em 11 de dezembro. Na ocasião, será lançada uma cartilha a ser utilizada pelos ministérios locais de Ação Social. O evento tratará de questões diversas, como a melhoria da formação dos coordenadores locais de ação social; a nova Legislação na área de assistência social; e a não adequação das Amas e demais instituições sociais a essa lei. Também haverá oficinas com as Pastorais, Ministério e Projeto ligados a Secretaria Regional de Ação Social. Participação especial do pastor Renato Saidel, membro do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Outras informações no site regional (www.metodista-rio.org.br). TriRegional de Juvenis A Federação Metodista de Juvenis está preparando um Encontro TriRegional, de 13 a 15 de novembro, na Escola de Missões. O evento reunirá adolescentes dos estados do Rio de Janeiro (1ªRE), São Paulo (3ªRE); Minas Gerais e Espírito Santo (4ªRE). Presença confirmada dos bispos Paulo Lockmann e Roberto Alves. Informações com o conselheiro regional da Femeju, pastor Djalma Lima, pelo telefone (21) 9637-9176. Ex-alunos da Fateo A Faculdade de Teologia em São Paulo promoverá um encontro de ex-alunos. O objetivo é reunir as pessoas que cursaram Teologia na instituição até o ano de 1970. O evento está sendo programado para novembro. Outras informações com o setor de Comunicação e Relações Institucionais, pelo telefone (11) 4366-5983. A I M I n f orma IPTU dos imóveis A Secretaria Executiva Regional da Associação da Igreja Metodista (AIM) chama a atenção de pastores, tesoureiros e coordenadores do Ministério de Administração das Igrejas Locais, a pedido da Sede Nacional da Igreja Metodista, que sejam encaminhadas urgentemente para a Sede Regional as cópias do IPTU de cada imóvel da AIM, especificamente a parte onde se demonstra o valor venal do patrimônio. Qualquer dúvida, entrar em contato com a secretária da AIM, Rosemari Pfaffenzeller, por meio do e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 2557-7999. BISPO DA 1ª REGIÃO ECLESIÁSTICA EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL REVISÃO DA PALAVRA DO BISPO Paulo Tarso de Oliveira Lockmann Nádia Mello (MTb 19.333) Filipe Pereira Mesquita TIRAGEM: 10.500 exemplares CONSELHO EDITORIAL Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da Igreja Metodista. Ronan Boechat de Amorim (coordenador), Selma Antunes da Costa, Marcelo Carneiro, Deise Luce de Sousa Marques, Paula Damas Vieira, e Nádia Mello. REVISÃO DO JORNAL Evandro Costa DIAGRAMAÇÃO / EDITORAÇÃO ELETRÔNICA www.estudiomatiz.com.br ASSINATURA INDIVIDUAL: R$ 20,00 ASSISTENTE DE REDAÇÃO Paula Damas IMPRESSÃO: Grafitto PA L AV RA D O BI SPO Recebendo a visita e presença de Deus “Não negligencieis a hospitalidade, pois, alguns, praticando-a, sem o saber, acolheram anjos.” (Hb 13.2) D esejo repartir sobre a visita e presença de Deus. Conforme o texto citado acima, ao acolher irmãos e irmãs, podemos estar recebendo mensageiros de Deus, instrumentos de bênção para a nossa vida. Comparo esse tema diante da dificuldade que às vezes alguns colegas enfrentam ao trabalhar com grupos de discipulado, ao não encontrar casas para hospedar os grupos. E reflito, assim, o quanto foram abençoadas as pessoas que receberam a visita e presença de Deus ao longo da história bíblica. Deus visita com a Arca da Aliança a casa e família de Obede-Edom (1 Cr 13.13-14) Aron1 é a expressão mais usada para referir-se à Arca da Aliança. Conforme a tradição bíblica em Êxodo (Ex 37.1-5), Bezalel fez a Arca de madeira de acácia. Havia argolas de ouro nos cantos da Arca, por meio das quais eram colocadas varas para poder carregá-la. Era revestida por dentro e por fora de ouro; sobre ela ficava o propiciatório – Kapporet, e os querubins com as asas abertas. Nela ficavam as tábuas da lei, feitas de pedra (Dt 10.1-5; Êx 40.20), uma porção do maná e a vara de Arão, que floresce (Hb 9.4). No deserto, a Arca era levada à frente do povo pelos levitas, que iam recitando uma fórmula litúrgica. Com ela à frente do povo, criam ter a presença de Deus caminhando com eles. Foi usada também na travessia do Jordão (Js 3 e 4) e na tomada de Jericó (Js 6 e 7). Quando na batalha contra os filisteus, eles a levaram (1 Sm 4.3-11), mas ela trouxe praga às cidades filistéias (1 Sm 6.3-4), o que indica que era bênção para os que tinham aliança com Deus e obedeciam a sua Lei, mas maldição aos que adoravam outros deuses, e não tinham parte na aliança. Isso ilustra o episódio de Obede-Edon, pois, após a morte de Uzá, ao tocar na Arca sem poder, e, por isso, morrer, obrigou Davi, a por temor a Deus, deixar a Arca na casa de Obede-Edon. A presença do Senhor junto à Arca trouxe prosperidade a ele e a sua famí- lia. Hoje, nos poucos símbolos, temos que ensinar ao povo os atos salvíficos de Deus que indicam sua presença. O que aponta tudo isso? Primeiro, que a aliança com Deus toma forma na centralidade e presença da Palavra na vida e nas casas do povo de Deus. Segundo, que a consequência da presença da Arca da Aliança (com a Palavra de Deus) resulta em bênção e prosperidade à família e à casa que a hospeda. A lei de Deus, o maná que alimenta e a vara que floresce, contidos na Arca da Aliança, são indicativos da glória e presença do Deus abençoador. Todo hospedeiro que recebe esta aliança da Palavra do Senhor em sua casa será sempre abençoado como Obede-Edon. Sim, a Arca era um memorial da manifestação de Deus na história, dando seu ensino, estabelecendo sua Palavra. Por favor, não estou fazendo apologia da Arca da Aliança, mas da presença de Deus pela Palavra. Jesus também visitou as casas Deixem-me mencionar duas experiências de Jesus: A primeira foi quando Ele curou a filha de Jairo (Lc 8.40-42; 4956), líder na Sinagoga. Essa história ilustra que não basta uma intensa religiosidade, seus ritos e orações formais; é necessária a presença viva de Jesus, o Senhor da vida e da morte. Quando Ele chegou a casa, imperava a morte; os incrédulos riram dEle. Então Jesus, o Senhor da Palavra, profere uma palavra de poder: Talitá Cumi. Que, segundo Marcos, significava: Menina, eu te mando: levanta-te. Jesus traz a ressurreição e a vida. Que grande diferença para a família de Jairo fez a visita de Jesus: do choro para a alegria. Assim, devemos anunciar que um grupo de discipulado nas casas atrai a presença de Jesus, o poder de Deus para essa casa. Além do benefício da comunhão, do estudo da Palavra, acompanha o grupo a bênção da presença divina: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” (Mt 18.20). Outra experiência bastante significativa é o episódio da conversão de Zaqueu (Lc 19.1- 10), narrado somente por Lucas. Para se entender melhor a conversão de Zaqueu, é preciso ler à luz do capítulo anterior (Lc 18), pois, ali, o fariseu não é perdoado, apesar da sua religiosidade. Já o publicano pecador estigmatizado o é (Lc 18.9-14). Outro religioso, que é o jovem rico, não herda o Reino, porque amou mais a sua riqueza do que a Deus. Já Zaqueu era o chefe dos publicanos. Embora tivesse no nome o termo “puro ou justo”2, por sua função, era considerado um traidor, pois estava a serviço do opressor romano3, arrecadando os impostos dos judeus, função que a teologia oficial dos religiosos fariseus classificava como impura. Portanto, para confronto nosso, os religiosos são condenados, e os impuros salvos. Grande paradoxo. Neste sentido, é que o discipulado vem para desafiar as famílias a saírem de uma vida sem frutos, sem uma perspectiva de crescimento, no conhecimento e temor de Deus pela Palavra. Há famílias que se acostumaram com a escassez. Sim, falta de amor, falta de perdão nos relacionamentos, falta de comunicação e tantas outras limitações, que podem, sim, ser substituídas por abundância do amor de Deus, perdão e comunhão. Sim, pelo discipulado, as questões práticas do dia a dia vão sendo iluminadas pela Palavra. Trata-se do Evangelho na casa e a presença de Deus. Assim, estamos fazendo de nossos lares um santuário. Mas consideremos o episódio propriamente dito: o interesse e curiosidade de Zaqueu denota inicialmente duas coisas. A primeira é que, apesar da riqueza, Zaqueu não era feliz; sua ação de cobrador de impostos e agiota só gerava rejeição e infelicidade, pois, se não fora essa visível carência de vida, de mudança, ele, homem maduro, não se humilharia a ponto de subir numa árvore. Segundo, pelo que ouvira de Jesus, estava convencido de que só a atenção e presença de Cristo poderia interromper sua trajetória para a morte. Então, Jesus se interessa por aquele homem, porque o mesmo já demonstrara o seu interesse por Ele: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhaivos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.8-10) Diante disso, Jesus se convida para ir e estar em casa de Zaqueu. A presença do Filho de Deus não pode ser um peso; ela vem para os que a desejam. Foi o caso de Zaqueu, mas foi o que o profeta Jeremias disse: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscarme-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.”( Jr 29.11-13) Que momento transcendente, sobrenatural, trouxe a presença de Jesus à casa de Zaqueu! Sublinho a transcendência, porque temos o péssimo hábito de afirmar a transcendência pelos atos, como passar o Jordão a pé enxuto, como Deus fez com Josué, ou a ressurreição de Lázaro. Mas você quer algo mais sobrenatural do que a presença de Deus, a sua visita a uma casa, a uma família? Foi isso que aconteceu em casa de Zaqueu. O texto não diz que Jesus falou algo mais a ele, e sim que sua presença mudou o coração do cobrador de imposto. “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” ( Lc 19.8) Enquanto isso, os “religiosos” murmuravam contra Jesus, por ter ido visitar a casa de Zaqueu. A palavra de Jesus confirma o que faz a presença de Jesus na casa: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho doHomem veio buscar e salvar o perdido.”( Lc 19. 9-10) Sim, este é o objetivo em toda a Bíblia: que a presença de Deus no lar, na família, traga vida e salvação. Espero que cada vez mais e mais pessoas se disponham a serem anfitriões, atraírem mais e mais a presença de Deus a suas casas, pelo acolhimento de um grupo de discipulado, e dando, família por família, lugar para a Palavra de Deus. Deus os abençoe: Amém, Amém e Amém. Bispo Paulo Lockmann 1 Lewis. J. P. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo, 1998. p. 123. Tuya M. Evangelio de San Lucas. Madrid: Editorial Catolica, 1976. p. 186. 2 Ag enda episcopal Outubro 1 2 3 5 6 7 8e9 10 12 13 14 15 a 17 19 20 e 21 22 23 24 25 e 26 27 28 29 30 31 Estudo e reflexão Família Eleições Igreja Metodista de Queimados Sede Regional (tarde) Reuniões Sede Regional (tarde) Encontro de Avivamento Missionário na Escola de Missões Igreja Metodista de Araruama Sede Nacional Sede Regional (tarde) Estudo e reflexão Reunião da Delegação ao 19º Concílio Geral Culto de Ação de Graça Retiro com os Superintendentes Distritais Grupo João Batista Clínica de Pastoreio de Pastores/as – Tempo Parcial Clínica de Pastoreio de Pastores/as – Tempo Parcial Igreja Metodista de Dorândia (manhã) Igreja Metodista de Guadalupe (noite) Semana Teológica – Faculdade de Teologia – Rudge Ramos Sede Regional (tarde) Sede Regional (manhã) Estudo e reflexão Seminário Integrado – Distritos de Pádua e Itaocara Encontro de Esposas de Pastores (manhã) 3 A ç ã o Social e Missão Assassinato de Adolescentes e Jovens: Causa Missionária da Igreja Ação Social propõe mais turmas de reforço escolar nas igrejas para diminuir taxa de homicídio P n Por Edvandro Machado, secretário executivo regional de Ação Social 4 esquisa recente realizada com base em dados do Ministério da Saúde e do IBGE traz informações com índices estatísticos aterradores no que se refere ao assassinato de adolescentes e jovens entre 12 e 18 anos no Brasil. E, no epicentro deste conflito estãoo estado e a cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa considera as 267 cidades com mais de 100 mil habitantes e constata que 33.504 jovens de 12 a 18 anos serão vítimas de assassinato entre 2006 e 2012 no Brasil, caso as taxas de homicídio de 2006 permaneçam inalteradas. De todos os jovens mortos em 2006, 45% foram vítimas de assassinato. Se levarmos em consideração somente os dados relativos à cidade do Rio de Janeiro, veremos que, sozinha, ela responde pelo maior número absoluto dentre as demais cidades pesquisadas no país: 3.423 (10% do total) de jovens com menos de 19 anos morrerão até 2012. Com relação ao restante do Estado do Rio, os fatos apontam que 4.402 adolescentes entre 12 e 18 anos vão morrer em sete anos apenas em quatro cidades: Duque de Caxias, Itaboraí, Cabo Frio e Rio de Janeiro. Resende aparece com o maior risco de homicídio à mão armada contra jovens no estado. A gravidade do quadro apresentado sobre assassinato de jovens e adolescentes em nosso Estado torna-se ainda mais clara se compararmos com os dados referentes à cidade de São Paulo levantados pela mesma pesquisa. São Paulo, a maior cidade do país, tinha 1.404.014 adolescentes de 12 a 18 anos em 2006, contra 696.242 no Rio. Mesmo tendo mais do que o dobro da população de jovens,São Paulo registrou quase metade das vítimas. O levantamento projeta que 3.423 jovens cariocas serão assassinados até 2012, ante 1.992 paulistas, caso as taxas de 2006 não sofram alteração. Esses dados demonstram ainda que a morte alcança nossos jovens não de forma igualitária, atingindo a todos indiscriminadamente. Ela se dá de forma seletiva, assumindo contornos que chegam a ter requintes de crueldade. A probabilidade de ser vítima não é a mesma para toda a população. Rapazes tem 11,91 vezes mais risco do que moças; negros, 2,6 vezes mais risco do que brancos. A faixa etária com maior incidência de assassinatos vai dos 19 a 24 anos. Se compararmos os fatos descritos até aqui com as estatísticas carcerárias, veremos que os que lotam nossos cárceres são em sua quase totalidade também jovens de 19 a 24 anos, homens, negros, pardos e com nível escolar fundamental incompleto. Por que essas mortes não despertam grandes comoções em meio à opinião pública? Porque as vítimas são rapazes pobres, negros e da periferia. A pesquisa aponta também que as ações que visem à prevenção da violência devem começar mais cedo. Na faixa de 0 a 11 anos quase não há assassinatos de crianças, mas o quadro muda radicalmente depois. Antes de ser um fora da lei, o adolescente foi abandonado pela lei. A evasão escolar está na ponta do problema. Além da ação do Estado por meio de políticas públicas que ataquem o problema de forma mais eficaz, a participação de toda a sociedade, em especial da Igreja, se faz necessária. Por que devemos nos envolver com este problema? Em Mateus, Jesus nos afirma que atendendo às necessidades humanas em suas mais variadas formas (vestindo os nus, visitando os encarcerados, alimentando os famintos, etc.) estaríamos amparando o próprio Senhor Jesus e só assim seríamos reconhecidos por Ele como seus discípulos. Ao contrário disso, podemos ter a agenda de nossas Igrejas cheia de atividades “tidas como religiosas e espirituais” (expulsar demônios, curar enfermos, operar sinais e prodígios, etc.), mas se isso não se fizer acompanhar de um encontro verdadeiro com o nosso próximo, exercendo o amor e a misericórdia para com ele, atendendo a suas necessidades de forma objetiva e prática conforme a realidade que nos confronta, ouviremos do Senhor as seguintes palavras: “Apartai-vos de mim que Eu não vos conheço” (Mt 25. 31–46), enquadrando-nos na descrição feita pelo apóstolo Paulo sobre os que se “dirão” cristão nos últimos dias: “Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2 Tm 3. 1–5). Leia os textos e confira. A propagação da educação e cultura foi tão importante para John Wesley em toda a sua vida, que a Enciclopédia Britânica cita a seu respeito: “Nenhum homem fez tanto no século dezoito, para criar o gosto pela boa leitura e para prover livros aos mais baixos preços”. 1 A preocupação com as crianças e com sua educação formal está presente de forma latente em toda a história do metodismo. Ainda no período do Clube Santo, na Universidade de Oxford, quando o movimento metodista dava os seus primeiros passos, já havia ações neste sentido. “Os Metodistas de Oxford estabeleceram uma escola para crianças pobres. Com o seu dinheiro e com alguma ajuda de fora, pagavam a professora, e até ajudavam a vestir as crianças. Numa época quando não existiam escolas públicas e quando os pobres eram esquecidos pela Igreja,Wesley e os seus companheiros se mobilizarampara ensinarasprimeirasletrasparaospobresda redondeza, proporcionado-lhes também os rudimentos da religião, como então a compreendiam.” 2 Anos mais tarde, com o movimento já organizado em sociedades, pondo-se na Inglaterra ao redor das cidades de Londres, Bristol e Newcastle-on-Tyne, em todos estes centros se estabeleceram sociedades fortes com propriedades amplas onde eram desenvolvidas muitas atividades. A educação e o cuidado de crianças tinham prioridade, nunca sendo esquecidos, principalmente para os filhos dos rudes e pobres mineiros de carvão como nos lembra o reverendo Duncan Reily: “Em todas as localidades havia escolas onde as crianças eram ensinadas, e, até um certo ponto, hospedadas. Alémdascrianças que recebiam instrução no chamado “Salão Novo” de Bristol, bem pertos e estabeleceu a escola Kingswood paraos filhos dos pobresmineiros de carvão,que se tornaram tão importantes na vida do Metodismo no seu começo.” 3 Durante 50 anos, até o final de sua vida, John Wesley lutou com todas as suas forças e empenho para que a Escola de Kingswood, destinada principalmente para que os filhos dos operários das minas de carvão recebessem ensino, permanecesse ativa. Também no Centro Metodista de Newcastle havia uma escola em que John Wesley dispensou grande amor e energia, e segundo o que ele mesmo escreveu, seria estabelecido “uma escola para 40 crianças pobres com um professor. No mesmo local, organizou-se mais tarde, uma “escola diurna mistade criancinhas” e uma “escola Industrial feminina”.4 Não devemos nos esquecer de que estavam no período histórico conhecido como Revolução Industrial, marcado pela miséria e concentração de renda. E no sentido de desenvolver ações que diminuíssem o grande fosso que cada vez mais separava ricos e pobres na Inglaterra. Motivados por um genuíno avivamento espiritual, os metodistas daquele período souberam agir com fidelidade ao evangelho, amor e coragem, pois sabiam que no “novo céu e nova terra” prometidos no Livro de Apocalipse os covardes não poderão entrar. (Ap 21.8). Lembremo-nos do Plano para a Vida e Missão da Igreja Metodista quando faz referência às necessidades e oportunidades para que a missão, que deve ser exercida pela Igreja neste século, chegue a bom termo: “A missão acontece quando a Igreja sai de si mesma, envolve-se com a comunidade e se torna instrumento da novidade do Reino de Deus (Mt4.16-24, 2.18-20). Aluzdoconhecimento da Palavra de Deus, em confron- to com a realidade discernindo os sinais do tempo presente a Igreja trabalha, assumindo os dramas e esperanças do nosso povo ( 1 Co 5.17-21; Ap 21.1-8; Is 43.14-21; 2 Tm 2.9-10).” 5 O que e como fazer? AAtuar no sentido de envolver nossas igrejas locais para a implantação de turmas de reforço escolar (e fortalecendo aquelas que já existem) com as crianças da comunidade em que a Igreja está inserida é uma ação simples e eficaz na produção de resultados preventivos, no que se refere a diminuir as taxas de assassinatos entre jovens. O próprio espaço físico destinado ao culto dominical (se não houver salas de aula apropriadas) com pouca ou nenhuma adaptação, alguma irmã ou irmão doando seu tempo de forma voluntária (com um pequeno treinamento, em alguns casos), o amor e boa vontade da congregação e o envolvimento da pastora/pastor somados são a fórmula necessária para que tenhamos êxito nesta obra missionária para com as crianças. Estas que são os primeiros e o exemplo no caminho de acesso ao Reino de Deus, segundo Cristo Jesus (Ele que era o próprio Reino) “Jesus, porém, chamandoas para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele”. (Lc 18. 16 e 17) Pastor Edvandro Machado Cavalcante Secretário Executivo de Ação Social da Igreja Metodista – 1. Região. 1 - CAMARGO, Báez, Gênio e espírito do metodismo wesleyano, Imprensa metodista: 1986,p.24 2 - REILY, Duncan Alexander, Wesley e as Crianças, p.6 3 - REILY, Duncan Alexander., ob. Cit., p.7 4 - REILY, Duncan Alexander., ob. Cit., p.9 5 - Plano para a Vida e Missão da Igreja. Colégio Episcopal da Igreja Metodista, Biblioteca Vida e Missão, Documentos, n. 1, p.4 E NTREV ISTA A criança e a nova política de adoção Sávio Bittencourt, promotor de justiça, fala sobre a nova lei de adoção, sua experiência como pai adotivo e seu envolvimento com o Grupo de Apoio à Adoção Quintal da Casa de Ana Avante: Já é possível ter uma ideia dos resultados que essa nova lei de adoção trouxe para o programa de adoção no Brasil? Sávio Bittencourt: Ainda é cedo. Temos que lutar por sua implementação. Ela tem pontos positivos, como a fixação do prazo máximo de a criança passar em uma instituição, que é de dois anos. Outro ponto é a ênfase na necessidade de rever a situação da criança institucionalizada a cada seis meses. Enfim, acho que a lei deu um passo, mas os passos subsequentes vão depender das instituições. É fundamental que a sociedade civil continue se organizando por meio de grupos de apoio à adoção para cobrar das instituições, interagir com elas e ajudá-las a cumprir o preceito legal. Avante: Que mudança e prá- ticas mais efetivas podem ser adotadas com relação à adoção? Sávio Bittencourt: É fundamental que o Judiciário e o Ministério Público deem à infância a importância que ela merece. A única vez que a Constituição Brasileira fala em prioridade absoluta, refere-se à proteção da criança e do adolescente. Porém, quando o Judiciário se organiza, é para proteger outros bens jurídicos que são importantes também, como o consumidor, as ações individuais e criminais, mas não tão importantes quanto cuidar da criança e do adolescente. Portanto, acho que passa por uma questão de vontade política desses órgãos. O Poder Executivo também deve participar criando políticas públicas para fortalecer a rede de atendimento às famílias biológicas, a fim de que elas não precisem abandonar suas crianças e possam ser estruturadas como famílias de verdade. Então, todos os poderes têm que dar uma colaboração vigorosa para que a realidade mude. Avante: Há muitos casais aguardando para adotar uma criança e muitas crianças esperando por pais. O brasileiro ainda tem preferência por um perfil de criança? Sávio Bittencourt: Acho que essa preferência existe. No cadastro nacional de pais para adoção, há uma nítida preferência por crianças abaixo de 3 anos. Mas isso não quer dizer que eles não possam mudar de ideia e adotar crianças mais velhas, ou grupo de irmãos, ou fazer adoções inter-raciais, ou ainda adotar crianças portadoras de alguma deficiência. As pessoas têm determinado receio de fazer essa adoção tardia. Então, precisamos agir em duas frentes. Ampliando o perfil dos pais, o que é possível. Outro passo é o Judiciário e o Ministério Público cumprirem os seus deveres de forma rápida, para que a criança, ainda em baixa idade, esteja disponível para adoção ou tenha voltado para a sua família em uma reintegração segura. Avante: O que os grupos de apoio à adoção têm feito nesse sentido? De que maneira eles têm trabalhado para mudar essa mentalidade? Sávio Bittencourt: A primeira informação é que o grupo de apoio à adoção preconiza a adoção legal. Além disso, o grupo de apoio à adoção trabalha pela manutenção dos vínculos das famílias biológicas, das famílias de origem, quando há um condimento essencial chamado afeto. Quando há afeto, a pobreza não é motivo para se destituir o poder familiar. É uma luta muito grande para uma mãe afetiva ficar com o filho. E dizer que as pessoas abrigam só por causa da pobreza, é uma injustiça com 99% dos brasileiros que diante das maiores dificuldades criam seus filhos com dignidade, enfrentando todos os obstáculos. Não há uma tensão entre pais adotivos e biológicos. São os pais adotivos que estão ajudando os biológicos a manter seus filhos. E são os pais adotivos que querem que o vínculo seja rompido quando aquela pessoa que tem vínculo biológico não tem condição de dar afeto. Pelo menos 80 mil crianças abrigadas são filhas desse tipo de pessoa, que não têm capacidade de amar e não têm probabilidade de serem recuperadas tão cedo. Avante: Como é o seu envolvi- mento pessoal com a causa? Sávio Bittencourt: Acho que a minha vida e a minha missão é ser pai. Tenho cinco filhos: três biológicos e dois adotivos. E costumo dizer que adotei os cinco, mesmo os biológicos. Porque ser pai biológico é muito fácil, porque as pessoas podem ser pais e mães a partir de um ato desvinculado do amor. O que o torna digno de ser chamado de pai é o afeto que coloca sobre aquela criança, a preocupação que você tem e a vontade de educar. Não adianta dizer que ama, quando não tem tempo para brincar, quando chega em casa depois de trabalhar tanto em busca de dinheiro e poder, e não tem tempo para trocar uma ideia com o seu filho adolescente. Você precisa adotar, inclusive, os seus filhos biológicos, senão eles não serão seus filhos. Podem ser no papel, mas não serão afetivamente, e não haverá uma relação de amor. Avante: Que projetos o Quin- tal da Casa de Ana tem desenvolvido para melhorar a vida dessas crianças institucionalizadas? Sávio Bittencourt: O Quintal da Casa de Ana, por meio de um concurso que a Petrobras fez, premiando alguns projetos sociais, conseguiu contratar psicólogos e assistentes sociais treinados no Quintal para visitar todas as mais de 300 crianças abrigadas em Niterói. Fomos a favelas e lugares perigosos para tentar fazer um diagnóstico dessas crianças. Isso tudo foi autorizado pela Justiça e pelo Ministério Público. E nós conseguimos fazer inúmeras reintegrações familiares responsáveis, acompanhadas até hoje. Depois também indicamos para o Ministério Público aquelas crianças que não tinham mais condição de reintegração. E muitas crianças tiveram seu poder familiar destituído e foram colocadas em adoção. Conseguimos reduzir o contingente de crianças abrigadas e criar uma rotina de acompanhamento, depois consagrada na lei. Temos uma escola para pais que já abrigaram os seus filhos e estão com eles de volta em casa, como também para aqueles que correram risco de abrigar. Eles vão até o Quintal da Casa de Ana e aprendem noções básicas de higiene e como lidar com o filho. E os depoimentos das escolas são fantásticos, pois mostram que quando os pais se dedicam mais, a partir desses encontros, as crianças conseguem ser alfabetizadas e tirar boas notas em função do carinho que é dado em casa. Também há grupos reflexivos e a preparação dos adotantes. Temos adoções seguras, porque os pais adotivos se dedicam a falar sobre suas experiências com os interessados em adoção. O grupo de apoio à adoção fixa uma cultura nova de adoção, para que ela seja vista com respeito, e não com preconceito. Avante: O senhor lançou duas publicações com base nessa nova lei, os livros Do abandono à garantia do direito a convivência familiar e comunitária e A Revolução do afeto: dez passos para a felicidade. Quais as abordagens e motivações destes dois livros? Sávio Bittencourt: Os dois livros ficaram prontos em épocas diferentes, mas como são da mesma editora, chegaram ao público no mesmo momento. A revolução do afeto, da Editora Santuário, é um livro que fala sobre a relação trabalho, familia e afeto. Mostra as oportunidades que perdemos de estar com as pessoas que dizemos que mais amamos a partir do momento em que estamos sempre ocupados. O livro recoloca o afeto como condimento essencial para a felicidade. E a Nova Lei de Adoção, que fala da garantia da convivência familiar, é um livro mais jurídico, que comenta as inovações que foram trazidas por esse novo documento, que modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente para tratar desse assunto. A primeira informação é que o grupo de apoio à adoção preconiza a adoção legal. Além disso, o grupo de apoio à adoção trabalha pela manutenção dos vínculos das famílias biológicas, das famílias de origem, quando há um condimento essencial chamado afeto. 5 N OTÍCIA S DA REGI ÃO Pequeninos comprometidos com Deus Alegria e novos laços de amizade marcaram o encontro regional Encontro Regional leva crianças a buscarem comunhão com Deus pela oração Várias atividades aconteceram ao ar livre As crianças doaram alimentos não perecíveis, encaminhados ao Imag ão foram unhão e perd m co , ão aç or Temas como evento urante todo o trabalhados d A criançada metodista se reuniu no Acampamento Clay em Sacra Família, em Paulo de Frotin, durante 13º Encontro Regional de Crianças, realizado de 17 a 19 de setembro. No evento, cerca 6 de 100 pequeninos participaram de diferentes atividades acompanhadas por uma equipe de 38 pessoas, com o objetivo de levá-los à compreensão da comunhão com Deus por meio da oração. A equipe de organização cuidou de todos os detalhes para que as crianças se sentissem acolhidas em todos os momentos Segundo a coordenadora do Departamento Regional do Trabalho com Criança, Rogéria Valente, o maior desafio foi levar os pequenos metodistas à compreensão do objetivo de encontro. Para tanto, foi elaborada uma programação dinâmica e diversificada. “Buscamos fazer com que houvesse um entendimento por parte das crianças acerca do sacrifício de Cristo na Cruz, o passo dado por Deus em direção ao ser humano para garantir o nosso livre acesso ao Pai; percepção do amor de Deus expresso em seu Plano de Salvação e aceitação do sacrifício de Cristo por nós decidido pelo nosso compromisso pessoal e intransferível com Ele”, explicou Rogéria Valente. O Culto de Abertura teve como tema: Criados para a comunhão com Deus / Recebendo o perdão de Deus. Nesse culto, para contar a história de Abraão conversando com Deus, o teto da capela foi enfeitado com estrelas que brilhavam no escuro representando o momento em que Senhor fala das descendências do patriarca. “Precisavam ver a emoção das crianças. As carinhas deles quando a luz acendeu. Muito emocionante. Sei que desse momento eles D Crianças que oram e acordo com a coordenadora, muitas crianças participaram dos cultos dando testemunhos sobre as respostas de Deus a suas orações. Foi o caso de Marcelo, de Piabetá, 12 anos. Ele disse que, ao saber do Encontro, pediu ao pai para ir, e ele não deixou. Diante dessa resposta negativa, Marcelo pediu ao pastor e à igreja que orassem. Quando seu pai o deixou ir ao evento, ele entendeu ser resposta da oração. Paula, de Japeri, 11 anos, também deu seu testemunho. Depois de perder o pai e enfrentar a depressão da avó, ela começou a frequentar a igreja com um parente. Assim que aceitou a Cristo como Salvador, passou a orar pela conversão de sua mãe, que aconteceu pouco tempo depois. Ana Neri, de Duque de Caxias, 10 anos, contou que, com sua mãe, orava pela conversão de seu pai: um homem valentão a quem muitos temiam. Hoje ele também está aos pés de Deus. não se esqueceram”, contou a coordenadora, animada com os resultados do evento. No dia seguinte, as crianças participaram de oficinas temáticas, onde estudaram a oração do Pai Nosso. Também houve um jantar missionário. Na oportunidade, eles vestiram roupas típicas de países, locais de missões e populações que recebem o olhar missionário (moradores de rua, por exemplo). As mesas do refeitório estavam enfeitadas com bandeirinhas de diversos países. Nesse dia, o tema do culto da noite foi: Perdão, o segredo da oração/perdoando ao próximo. O culto final, que teve como base da pregação a temática Oração propõe ação / Perdoando a si mesmo, as crianças levaram ao altar doações de leite em pó, que serão enviadas ao Instituto Metodista Ana Gonzaga (Imag). Elas também trouxeram notícias engraçadas, que, durante os dias do acampamento, resultaram num divertido jornal. Os pequeninos ainda apresentaram coreografias, corais, tocaram teclado e entoaram cânticos nos cultos. N OTÍCIA S DA REGI ÃO Por uma adoção legal Implementação e resultados da nova lei são discutidos em Encontro Estadual O Encontro reuniu representantes da área de adoção e pessoas envolvidas com o tema C om o objetivo de analisar os efeitos da nova lei de adoção, o Instituto Metodista Bennett hospedou nos dias 17 e 18 de setembro o 7º Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro. Durante o evento, os participantes analisaram os resultados do documento, em vigor desde novembro de 2009, que reformulou o programa de adoção no Brasil. Durante o evento, que contou com o apoio da Pastoral do Bennet, foram abordados os seguintes assuntos: A Evolução do Plano Matter, Adoção Consentida na Vigência da Lei 12.010/2009, Adoção Especial e Adoção Positiva, A Importância dos Grupos de Apoio à Adoção e Executivo, Legislativo e Judiciário: como os Três Poderes estão atuando em prol da Nova Cultura da Adoção? Na ocasião, foi feito também um levantamento das dificuldades que os grupos enfrentam. Dessa análise, surgiram algumas propostas para ajudá-los, que serão apresentadas no Encontro Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção. Participações importantes Representantes do Judiciário, Legislativo e Executivo marcaram presença no evento. Entre eles, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Margarida Pressburger; e a presidente da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Bárbara Toledo. O momento de louvor contou com a participação da Orquestra Tocante, do Instituto Tocando em Você, o coral infanto-juvenil Bento de Núrsia, do Colégio de São Bento, e o Coral Colégio Metodista Bennett. A Orquestra Grupo Pão de Açúcar se apresentou no segundo dia. De acordo com Silvana Moreira, presidente do Grupo de Apoio à Adoção Ana Gonzaga (Gaaag) e organizadora do evento, as mudanças geradas pela nova lei já podem ser percebidas. “Há um envolvimento com a nova cultura de adoção, invertendo o paradigma de buscar uma criança para uma família, e sim, uma família para uma criança. Temos vários abrigados fora do perfil mais procurado: negras; acima de 5 anos; e grupo de irmãos”, declarou. O problema da adoção inter-racial e por idade também foi destacado pela juíza Mônica Labuto, da 1ª Vara Regional da Infância, Juventude e Idoso. Ela confirmou essa mudança ao falar do efeito da nova lei. “Houve um aumento de perfil dos adotantes e menos casos de problemas de adoção por raça. Com isso, crianças negras são adotadas com mais facilidade. Além disso, a questão da faixa etária nem sempre tem impedido alguns abrigados de ganharem uma nova família”, declarou. Antes da nova lei, essa dificuldade era maior. A juíza ainda enfocou a importância do Judiciário com relação ao período de permanência do abrigado, que não pode ser superior a dois anos. “Por meio das audiências concentradas, que agora serão realizadas a cada seis meses nos abrigos, pode-se fazer um levantamento das crianças que estariam em situação irregular, ou seja, abrigada há mais de dois anos, buscando implementar a nova política de adoção”. O promotor de justiça Sávio Bittencourt, um dos fundadores do Grupo de Apoio à Adoção Quintal da Casa de Ana, também fez algumas observações sobre o documento. “A nova lei de adoção possui pontos extremamente positivos, mas ainda falta a sua aplicação de forma a uniformizar a postura de promotores e juízes no Brasil”, comentou. Segundo ele, ainda é preciso lutar pela implementação da lei. Ela deu um passo, mas os passos subsequentes vão depender do interesse das instituições. “É fundamental que a sociedade civil continue a interagir por meio dos grupos de adoção para ajudar a cumprir o preceito legal. É fundamental que o Judiciário e o Ministério Público tenham capacidade de se aparelhar dando à infância a importância que ela merece”, esclareceu. (veja entrevista com o promotor na página 5). Experiências bemsucedidas Hoje no Brasil existem mais de 27 mil pais na lista de adoção. No entanto, de acordo com o Cadastro Nacional de Acolhidos do Conselho Nacional de Justiça, das 16 mil crianças abrigadas no Brasil, cerca de 4 mil apenas estão aptas a serem adotadas. Eliana Bayer, psicóloga da Vara de Infância, Juventude e Idoso de Teresópolis, faz referência ao perfil de criança idealizado pelos candidatos à adoção como um dos fatores que contribuem para esse paradoxo. “O trabalho dos grupos de apoio à adoção é também no sentido de preparação, é um espaço para refletir sobre o desejo de adoção e a realidade da adoção no Brasil”, declarou a psicóloga. O evento foi propício, ainda, para compartilhar experiências e casos bem-sucedidos. Hoje mãe de coração, Elaine dos Santos e o marido resolveram adotar. Ela já havia tentado, mas não conseguia engravidar. Então, começou a participar dos encontros dos grupos de apoio à adoção de Campo Grande, Adoçando Vidas, antes da chegada da Camila, com 2 anos de idade. “Após nove meses, ela chegou. Os Encontros foram o meu pré-natal”, declarou emocionada. Já Gláucia Lockmann foi na contramão do perfil ao viver a experiência da adoção tardia. “A maioria das pessoas quando pensa em adotar, pensa em levar para casa um bebê. Mas a maior parte das crianças dos abrigos já é crescida e vai ficando na espera de uma família. Esse trabalho apóia essas famílias para que venham atender essas crianças maiores, como irmãos (adoções múltiplas) e crianças com problema, muitas vezes renegadas”, incentiva. Quando Gláucia adotou Fernando, ele ia completar 7 anos de idade. Durante o evento, também foram relatadas experiências de pessoas que adotaram crianças com necessidades especiais, soropositivas e grupos de irmãos. Outras questões ligadas à nova lei de adoção serão levadas para Encontro Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga, como a Licença Maternidade para mães adotantes. Segundo o Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA), o benefício é garantido em caso de adoção de menor até 12 anos. “A gente estimula adoção tardia, mas quem adota uma criança acima de 12 anos não tem direito a esse benefício”, lamentou Silvana Moreira. Ela lembra ainda de outro fato que dificulta o processo de adoção. “No âmbito estadual, atualmente, para habilitar-se à adoção, gasta-se em torno de mil reais em certidões negativas cíveis e criminais, quando deveria ser gratuito para quem está se habilitando”. Participação do coral formado por alunos do Colégio Metodista Bennett 7 N OTÍCIA S DA REGI ÃO Líderes saudáveis, Igreja saudável Igreja Metodista encerra com êxito parceria com Mapi e dá continuidade a projeto de pastoreio e mentoria de pastores David Kornfield Entenda como funciona o Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas (Mapi) Visão Cada pastor com um mentor; cada igreja com liderança saudável. Momento de oração durante Clínica de Mentoria D Atos & Fatos urante três anos, cerca de 200 pastores da Primeira Região participaram da Clínica de Mentoria, no Instituto Metodista de Formação Missionária (Escola de Missões), em Teresópolis. O último evento, realizado em agosto, no entanto, selou o fim da parceria formal com o pastor e missionário do Serviço de Evangelização para a América Latina (Sepal), David Kornfield, idealizador do Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas (Mapi). A partir de agora, a 1ª RE dará os seus passos sozinha nesse projeto. O objetivo da Clínica é viabilizar um tempo e um espaço onde pastores ministrem a outros pastores como forma de partilhar experiências. O conteúdo e ferramentas apresentados durante todo esse período de trabalho contribuíram com o pastoreio de pastores e a vivência da igreja local. De acordo com o bispo Paulo Lockmann, a união com o Mapi para estimular a vida pastoral teve como objetivo formar líderes e igrejas saudáveis. “Uma igreja forte começa com bis- 8 pos, superintendentes, pastores e pastoras saudáveis”. O projeto prioriza a saúde da família pastoral visando também ao bem-estar da igreja, além de promover companheirismo entre os próprios pastores. O lema do Mapi “Sozinho não!” reflete o esforço para evitar que as lideranças caminhem isoladas e acompanha os trabalhos desenvolvidos pelo Sepal, uma entidade interdenominacional que existe há 17 anos. O pastoreio de pastores e líderes é uma referência entre os metodistas da Primeira Região e vem sendo trabalhado agora também pela 3ªRE e 5ªRE. O Mapi e a 1ª RE A parceria entre o Mapi e a 1ª RE para a implementação de um projeto que buscasse criar os grupos de pastoreio mútuo teve início a partir da implementação de Clínicas Pastorais. Após a realização das primeiras Clínicas, foram feitos os Encontros de Segmentos (Encontros Avançados). Segundo a pastora Carla Simone, integrante do Grupo João Batista, liderado pelo pastor Ewander Macedo, nesses encontros “busca-se conscientizar os pastores da necessidade de se ter um mentor, alguém que nos aconselhe e ajude de forma madura e equilibrada”. A partir daí foram levantados facilitadores, que receberam o desafio de organizar e alimentar outros grupos. Esses facilitadores tiveram encontros para receber ferramentas para a realização da tarefa e o desdobramento dos trabalhos. Segundo a pastora Carla, isso vem acontecendo de forma natural, espontânea e gradativa. O trabalho desenvolvido pela Clínica de Mentoria já se propaga entre os metodistas, e, segundo o bispo Paulo Lockmann, atualmente, na 1ªRE, mais de 200 pastores têm se reunido a cada quinze dias ou mensalmente para compartilharem suas experiências e apoiarem uns aos outros. “A clínica ajuda a fazer amigos no corpo pastoral, promove a unidade e desperta para a necessidade de sermos parte de um grupo que reparte a caminhada”, conclui o bispo. Treinamento Discípulos e Mestres n Este ano, Ministério Regional de Discipulado recebeu o desafio de abrir três novas frentes do Treinamento Discípulos e Mestres (TDM) na 1ªRE. Na Metodista Central de Niterói, na Metodista de Betel em Campo Grande, e no Acampamento da Metodista Central de Macaé, em Rocha Leão. Além disso, o Ministério dará continuidade ao treinamento nos distritos do Sul do Estado. O TDM também foi aberto na Baixada, na Metodista Central de Nova Iguaçu e na Metodista Central de Duque de Caxias. O Treinamento tem como objetivo capacitar os líderes para a área do discipulado, fornecendo ferramentas para serem aplicadas em benefício do avanço missionário e da edificação da Igreja. Os trabalhos já se encontram no sexto módulo do treinamento. Área de Atuação David Kornfield coordena o Mapi – Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas –, cuja equipe oferece treinamento a milhares de pastores, anualmente. Além disso, mantém uma rede de apoio com mais de 1.100 pastores por todo o país. O ministério se expressa por meio de quatro estratégias: 1. Pastoreio de pastores e líderes; 2. Casamentos e famílias pastorais sólidas e atraentes; 3. Equipes pastorais que compartilham os mesmos valores e visão; e 4. Catalisar um movimento de mentoria nas denominações. As três primeiras estratégias criam grupos pequenos ao redor do pastor comprometidos em vivenciarem a cultura do Reino de Deus. Publicações David publicou as séries Grupos de Discipulado, Grupos Familiares, Grupos de Apoio e Ferramentas Para Pastores e Liderança. Seus últimos livros são o Líder que Brilha e Casamentos que se Fortalecem por Meio da Mentoria. A sua esposa, Débora Kornfield publicou vários livros incluindo Vítima, Sobrevivente, Vencedor! (Perspectivas sobre abuso sexual) e Karis – Adorando Deus no Deserto. Formação David é doutor em Educação Comparativa (University of Chicago-EUA), mestre em Educação (Azusa Pacific-EUA), mestre em Antropologia (University of Chicago-EUA), e bacharel em Antropologia (Wheaton College-EUA). Acesse o site do Mapi www.pastoreiodepastores.org.br para mais informações. Novo reitor do Bennett n O professor Clóvis de Oliveira Paradela é o novo reitor do Instituto Metodista Bennett. Ele foi eleito pelo Colégio Episcopal da Igreja Metodista e pela Assembleia Geral das Instituições Metodistas de Educação, após processo de seleção conduzido pelo Conselho Diretor da instituição (Consad). A decisão foi divulgada no final do mês de setembro. Clóvis Paradela, mestre em Administração Pública e professor universitário, tem atuado como consultor organizacional na área pública e em entidades privadas, com especialização e experiência em planejamento e gestão de recursos humanos e estruturação, e implantação e coordenação de Programas de Qualidade. Ele também tem trajetória relevante no âmbito da área educacional da Igreja Metodista, onde atua como pastor. N OTÍCIA S DA REGI ÃO Auxílio ao desempregado Prodam abre oportunidade de emprego para quem está fora do mercado de trabalhos O desemprego é uma triste realidade para milhões de brasileiros. Ciente de que esse problema interfere na vida espiritual de qualquer cidadão, a Primeira Região Eclesiástica da Igreja Metodista criou o Projeto Dando as Mãos (Prodam). “A pessoa desempregada, na medida em que não goza do equilíbrio financeiro nem emocional por não ter suas necessidades básicas satisfeitas, tem dificuldade de alcançar uma vida abundante em Cristo, por meio de uma comunhão plena e equilibrada”, atesta a psicóloga Cláudia Tavares de Oliveira, da coordenação do projeto. Os coordenadores do projeto tomam como base a postura de Jesus. “Em sua pregação, Ele nos fala que veio para que o homem tenha vida e a tenha em abundância”. E completam: “Assim, cremos que a Igreja de Cristo, como uma comunidade terapêutica de fé, deva se envolver e buscar soluções para problemas sociais de forma a conduzir aqueles que nos procuram ao alcance de uma vida mais feliz”. O esforço dos voluntários do Prodam é o de auxiliar o trabalhador desempregado e os postulantes ao primeiro emprego e desejosos de crescimento profissional a fim de que sejam bem-sucedidos no mercado de trabalho. Para os coordenadores do Projeto, é na unidade do Corpo de Cristo que a Igreja tem tentado atuar de forma cooperativa, organizada e integra- da para promover a edificação da vida de seus membros e daqueles que procuram a Casa de Deus em busca de apoio. Por isso, o Dando as Mãos oferece uma gama de serviços e orientações que permita que as pessoas atinjam seus objetivos. O Prodam, que compõe a Secretaria Regional de Ação Social em parceria com as pastorais, atua nos espaços físicos e virtuais (pela internet) da Igreja Metodista no Rio de Janeiro. Essa abertura foi criada por voluntários e parceiros para desenvolver um trabalho de assessoria e encaminhamento de candidatos a vagas de empregos e onde os postos de trabalho possam buscar profissionais para serem avaliados. Como ajudar nesta obra A Coordenação do Prodam dá algumas informações de como os voluntários podem colaborar com o projeto. Veja: >Disponibilizando seu tempo para orar por nós e por aqueles que necessitam de trabalho/emprego; >Atuando na orientação e atendimento aos candidatos que buscam a inserção no mercado de trabalho com vistas a mostrar-lhes a mecânica do recrutamento e seleção das empresas, elaboração de currículos, o comportamento adequado em entrevistas, e etc.; >Pesquisando e informando aos candidatos quanto às vagas disponíveis no mercado de trabalho; >Pesquisando e informando aqueles que possuem postos de trabalho a respeito do Prodam para que tenham acesso ao nosso banco de currículos; e >Divulgando o trabalho e visitando as igrejas, a partir da orientação da coordenação do projeto, para recrutarem voluntários e implantar o projeto nas Igrejas Metodistas da 1ª. Região Eclesiástica. Entre em contato com a coordenação do Projeto Dando as Mãos (Prodam): Cláudia Tavares de Oliveira e-mail: [email protected] Saúde em tempo integral Durante Cenps 2010, profissionais, estudantes da área e ministérios discutiram questões voltadas para o bem-estar geral do cidadão C om o tema Saúde Integral em Tempos de Crise, foi realizado de 4 a 7 de setembro o III Congresso Evangélico Nacional de Profissionais de Saúde – Cenps 2010 –, no Instituto Metodista Bennett, Flamengo, Rio de Janeiro. O evento reuniu diversos profissionais da área de saúde, estudantes e vários ministérios cristãos. Durante os quatro dias, foram discutidas ações em favor da saúde integral e a vocação de estudantes e profissionais evangélicos nessa área sob uma cosmovisão bíblico-cristã. O Congresso contou com o preletor internacional Paul Bendor-Samuel, que atualmente mora Kuala Lumpur, Malasia, onde fica o escritório da Interserve International, organização comprometida em servir à Ásia e ao mundo árabe pela colocação de profissionais qualificados. Participaram ainda o sociólogo Alexandre Brasil Fonseca; pastor Ariovaldo Ramos, da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo; e a psicóloga Carolina Tavares da Silva Louback; além de médicos de diferentes especialidades. A abertura do evento contou com a preleção do reverendo Guilhermino Cunha, da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Em seguida, foi aberta uma mesa de discussão com o tema Desigualdades Sociais e Saúde Integral no Brasil. Durante o encontro, os participantes assistiram a palestras com os temas Saúde Integral e Crise Global, O futuro dos profissionais de saúde cristãos no mundo pós-crise e a Valorização da dimensão espiritual no trabalho em saúde em uma sociedade secularizada, além de reflexões bíblicas e testemunhos. No encerramento do evento, o bispo Paulo Lockmann, da Primeira Região da Igreja Metodista, que compreende todo o Estado do Rio de Janeiro, ministrou uma palestra com o tema Saúde Integral, a Crise e os Apocalipses. A terceira edição do congresso esteve sob coordenação do presidente do Cenps, Wil- son Bonfim, que faz parte do Médicos de Cristo, da área de Expansão Missionária da Igreja Metodista e do World Methodist Council. Como nasceu o Cenps Em 2004, durante o V Congresso Nacional de Médicos de Cristo (MDC), em São Eu fui ao congresso... “Momento ímpar. Ficou evidente a importância do profissional da Saúde e seu papel na evangelização, considerando particularmente sua proximidade nos momentos de crise humana, quando a Palavra de Deus faz diferença.” Rogério Campos Fernandes, Igreja Batista de Nilópolis “O contato com outros colegas da área de saúde que professam a mesma fé reunidos com o mesmo compromisso fez deste congresso uma experiência enriquecedora.” Gláucia Medeiros, Presbiteriana de Bento Ribeiro e membro do Corpo de Psicólogos Cristãos do Rio de Janeiro – CPPC “Para mim, o Congresso só veio a somar no meu crescimento espiritual, no conhecimento e nas experiências vividas. Ajudou a aumentar a fé e tomar uma decisão ao lado de Cristo em relação à obra missionária, além de melhorar no aprendizado e desenvolvimento de missões integrais.” Rosa Silveira, Primeira Igreja Bastista de São Gonçalo Paulo, um membro da Aliança Evangélica para a Saúde Integral (Aesi) pensou na possibilidade de realizar o Congresso de MDC em Belo Horizonte. Paralelamente a essa proposta, o Conselho Diretor da União Nacional Evangélica da Saúde (Unes), sugeriu convidar outras organizações para se reunirem em um grande e único congresso com várias organizações de saúde em uma só localidade. Surge então a proposta do Congresso Evangélico Nacional de Profissionais de Saúde (Cenps). Os representantes do MDC, Unes e Aesi se reuniram no mesmo ano em Belo Horizonte, e o convite para a realização do evento na cidade foi formalizado pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Em fevereiro de 2005, os médicos Wilson Bonfim, membro de MDC; Célio Galante, presidente da Unes; e Soraya Dias, presidente da Aesi estiveram pela segunda vez com os irmãos da Igreja Batista da Lagoinha para acertar os primeiros passos do Cenps. Em setembro de 2006, o I Cenps acontece, contando com seus ciclos de debates e workshops. O evento gerou uma carta aberta a todas as igrejas brasileiras. Atualmente, o Cenps conta com cerca de 20 instituições e grupos que apóiam e promovem suas atividades. 9 I G REJ A S EM A ÇÃ O Crescendo em Ação Evento, em sua sétima edição, leva serviços sociais à comunidade da Tijuca C aridade é o amor em ação. Esse foi o sentimento que levou a Igreja Metodista da Tijuca a realizar no dia 19 de setembro o Projeto Crescendo em Ação. O objetivo é atender à população carente do bairro e adjacências em suas necessidades sociais. Em sua sétima edição, o evento atendeu este ano cerca de 5.500 pessoas e realizou cerca de 2.200 atendimentos nas mais diversas modalidades: clínica médica, fisioterapia, fonoaudióloga, pediatria, nutrição, oftalmologia e odontologia, além de clínica Pastoral, recadastramento de CPF, elaboração e encaminhamento de currículo e orientação jurídica. Na ocasião, houve ainda um bazar, barracas com comidas típicas, tenda de oração, verificação de pressão e glicose, prevenção ao uso de drogas, e também cortes de cabelo. “A proposta do Projeto é promover os mais variados tipos de atendimentos a população carente, gerando perspectivas de vida por meio da inclusão social”, explicou o pastor da Metodista da Tijuca, Elias José da Silva Filho. Ele também afirmou que a missão da igreja é proclamar as boasnovas de salvação e demonstrar permanentemente o com- promisso com o bem-estar da pessoa como um todo, não se limitando só ao aspecto espiritual ou social. Crianças beneficiadas pelo projeto Seja um voluntário Para ser um voluntário nesse proejto é muito fácil: “Fale quero ser voluntário” Mande um e-mail para [email protected] ou entre em contato através dos telefones 2284-7223 /2569-3295 /8854-1936 Compareça ao evento e esteja disposto a trabalha para o Senhor Jesus! Metodistas da Tijuca animados com os resultados dos trabalhos Festa em Edson Passos Dia da Independência é comemorado com louvor e adoração O Olhar Feminino Vários grupos musicais se apresentaram durante o evento 10 dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, foi comemorando com uma grande festa pela Igreja Metodista em Edson Passos. Segundo a liderança da igreja, a comemoração já é uma tradição da igreja, mas este ano o impacto foi maior. As celebrações começaram no domingo, dia 5, e se encerraram no dia 7, com uma grande festa ao ar livre. Estima-se que cerca de mil pessoas prestigiaram as atividades desenvolvias ao longo de três dias. Na rua, em frente à igreja, foram montados um palanque e barracas, que venderam doces, salgados, caldos quentes, angu à baiana, artesanatos e enfeites em geral. Para as crianças, em um espaço coberto, foram colocados brinquedos para que elas também pudessem se divertir. Durante a festa, no dia 7, apresentaram-se diversas bandas e cantores evangélicos, como Eliane Martins, Álvaro Tito, Ministério Sai da Tenda e Ministério de Louvor da igreja local. “A participação da comunidade e de toda a igreja, desde as crianças aos idosos, foi perceptível. Certamente a união, o mesmo objetivo e a certeza de estarem trabalhando para um bem comum foram os ingredientes necessários para fazer o sonho de uma grande festa se tornar realidade”, disse a pastora local Giselma de Souza Almeida Matos. Devido ao grande sucesso deste ano, a organização do evento prometeu novidades para o ano que vem. Interessados em conhecer de perto os trabalhos da Igreja Metodista em Edson Passos podem visitála na Rua Paulo de Macedo, 212 – Mesquita. Outras informações pelo telefone 27966984. Deus, conforto, consolo, amor e sua doce presença. Quando não sabemos mais o que fazer, orar é a resposta! Oramos por nossos filhos, oramos pelos filhos que adotamos, oramos. Levamos nosso clamor ao Senhor! Leia o livro Todo filho precisa de uma mãe que ora. Você vai entender o processo, e faça. Você vai experimentar o poder de Deus na sua vida e família. Você não precisa estar com problemas com seus filhos, pois, por melhor que eles sejam, ainda assim precisam de oração. Separe um dia da semana, convide amigas, irmãs, vizinhas para estarem com você durante apenas uma hora orando. Você verá, ou melhor, sentirá o cuidado e amor do Pai por você e seus filhos. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas”. (2 Co 10.4). Não desista, não desanime, porque o Senhor está pronto para ouvir o seu clamor e, assim, mover os céus a seu favor. Então, repito: Nunca pare de lutar. E seja grandemente abençoada. Que Deus seja com você. Nunca pare de lutar! E nquanto escrevo estas linhas, penso num trecho da musica Nunca pare de lutar, da cantora Ludmila Ferbe: “O que vem pra tentar ferir o valente de Deus”. Sei o que vem para tentar me ferir, me parar. E você? O que tem tentado paralisar sua fé? Medo? Depressão? Angustia... Mais do que nunca, tenho visto e até sentido na própria pele o que a Bíblia nos diz: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno”. (Jo 5.19). Quero contar minha experiência. Há aproximadamente três meses, o Senhor me desafiou a convidar mulheres crentes ou não crentes para estarem comigo uma vez por semana apenas intercedendo por nossos filhos durante uma hora. E foi o que fiz. Organizei-me, imprimi convites e distribui na Igreja. Também convidei pessoas da rua onde moro, até com um pouco de receio, pois iria abrir minha casa para estranhos. A princípio, queria mães que ainda não fossem cristãs, mas nosso Deus sabe de todas as coisas. Ele levantou um grupo de cinco mulheres guerreiras de oração. Juntas, temos buscado ao Senhor pelos nossos filhos. E o que tenho experimentado nesse dia, nessa hora é poder de Rosângela Mandú Presidente da Associação Esposas de de Pastores I G REJAS EM A ÇÃ O Aprendizado para vida Metodistas da Baixada oferecem cursos focados no crescimento profissional e espiritual de alunos n Evandro Costa P reocupadas com a vida pessoal e espiritual de seus membros, as Igrejas Metodistas de Nova Iguaçu e São João Meriti desenvolveram projetos voltados para o crescimento profissional e a comunhão com Deus por meio da ministração de cursos. A IM Central de Nova Iguaçu decidiu atuar no campo da culinária, e a IM Central de São João de Meriti, na área elétrica. Como resultado, as metodistas conquistaram alunos mais preparados para o mercado de trabalho e mais confiantes na providência divina. Com a mão na massa Com o Curso Pão Nosso, a Metodista de Nova Iguaçu usou a arte de cozinhar como estratégia de evangelismo. Todas as quintas-feiras, às 13h, cerca de 12 alunas aprendem a fazer pães, bolos e biscoitos. Enquanto a massa está no forno, o grupo também se reune para orar, ler a Palavra e trocar experiências. A aluna Sheila Cândida atesta o crescimento espiritual que o curso lhe tem proporcionado. “Tenho tido oportunidade de partilhar com minhas amigas o que tenho aprendido. Não se trata apenas de mexer com massas, mas lidar umas com as outras. Verdadeiramente, Deus tem operado grandes maravilhas em minha vida e tenho levado isso para a minha família e comunidade”. Outro objetivo do Pão Nosso é ser um agente multiplicador do Evangelho. A proposta é capacitar outros líderes a implantarem o projeto em suas igrejas. A aluna Taís Baptista confirma o caráter multiplicador do curso. “Aprendemos a multiplicar o pão, o conhecimento, a Palavra de Deus, o amor, tudo o que temos aprendido, como a comunhão com Senhor em nossas vidas”, garante. De acordo com a professora, esse aprendizado, além de garantir o pão de cada dia, pode tornar-se uma renda a mais para a família. “Com pouco, pode-se fazer um pão para alimentar a família. Mas com uma receita mais elaborada, pode-se aumentar a renda familiar”, orienta dona Carmen. Mexendo com eletricidade Se no curso de culinária apenas as mulheres estão matriculadas. No Curso de Eletri- cista, oferecido pela Igreja Metodista de São João de Meriti, o mesmo não acontece. A dona de casa Rute Rocha dá um toque feminino à classe aberta a jovens, pessoas de meia idade e idosos. De acordo com o pastor João Rafael, “o objetivo do curso, que é um dos braços do Projeto Semear, é dar oportunidade para as pessoas que não teriam acesso a um curso profissional. Pessoas sem qualificação que estão no mercado de trabalho em busca de uma oportunidade encontraram na igreja essa possibilidade”. O comerciário Andercley Batista é um dos alunos. Ele encontrou no curso, que é teórico e prático, sua segunda profissão. “Com cinco dias, já consegui um estágio na área. Está virando um novo objetivo profissional e financeiro para a minha família”, declarou. Dona Rute procurou o curso em busca de aprimoramento. “Já mexo com algumas coisas simples em casa. E entrei no curso para me aperfeiçoar, como aprender a fazer instalações”, conta. Assim também o fez Antonio Moraes, que é profissional da área: “Pensei que sabia tudo, mas tinha muita coisa a aprender”. Aulas práticas de eletricidade em São João Em Nova Iguaçu, mulheres colocam a mão na “massa” No final do curso, ministrado duas vezes por semana pelo professor Sérgio Lacerda, os atuais 15 alunos receberão um certificado de conclusão. “Já tem ex-aluno trabalhando. Fico feliz porque eles voltam para contar a vitória”, declarou Lacerda. De acordo com o pastor João, o certificado de curso livre emitido pela igreja dá ao aluno a possibilidade de ele exerce a profissão. “O objetivo de abençoar essas pessoas foi alcançado”, declarou. Endereços Igreja Metodista em Nova Iguaçu Rua Ione Torres Ienes, 111 Metrópole (Nova Iguaçu) Telefone: 2768-3241 Igreja Metodista em São João de Meriti Rua da Matriz, 687 Centro (São João de Meriti) Telefone: 2756-1713 Café da manhã com Jesus Congregação do Morro Azul faz da primeira refeição do dia um banquete espiritual U m café da manhã bem diferente acontece na Congregação Metodista do Morro Azul, no Flamengo. Ligada à Catedral Metodista do Catete, a congregação, antes do alimento para o corpo, oferece um banquete espiritual para membros da igreja e da comunidade local. A devocional consta de oração, louvor e a mensagem da Palavra de Deus. A evangelista Maria Emília Ferreira, responsável pelo café da manhã com Cristo, fala dos frutos dessa iniciativa: “Alcançamos um resultado além do esperado. No primeiro momento, achei que só viesse adulto, e aí começaram a vir crianças para também adorar ao Senhor. E isso é muito bom para nossa Igreja e o Reino de Deus”. A Congregação do Morro te. Por meio do evangelismo, nossa comunidade cristã segue crescendo à medida que a vontade de Deus vai se firmando. A igreja vai se multiplicando como aconteceu no inicio do século 20”. História da IM do Morro Azul Atividade alimenta o corpo e a alma de metodistas e visitantes Azul existe há cinco anos. Segundo o pastor Ricardo Lisboa, o trabalho local está dentro da visão profética do bispo Paulo Lockmann. “A importância da igreja na comunidade é a transformação de vidas. Essa visão profética do nosso bispo é para que a igreja permaneça e alcance todas as pessoas”. Ele vê ainda o ensino cristão e a evangelização como principais caminhos para essa conquista. “Esse é o nosso sonho, que surge exatamente no discipulado, onde não há um projeto puramente do coração do homem. Pela vontade de Deus, a igreja vai se localizando naturalmen- No início da década de 50, o então pastor da Igreja Metodista do Catete, Antonio Baggio, iniciou um trabalho missionário na comunidade do Morro Azul. Em 1952, a Sociedade Metodista de Homens sugeriu a criação de um novo ponto de pregação. Ao longo dos anos seguintes, houve várias mudanças. O trabalho missionário continuou até o final do pastorado do reverendo Waldermar de Figueiredo (1965/66), fundador da Igreja Metodista Wesleyana. Por conta dessa mudança, os trabalhos evangelísticos no Morro Azul foram interrompidos em 1966. Em 2003, o reverendo Rogério da Silva de Oliveira (2001–2003) foi convidado para pregar no terraço de uma creche no Morro Azul. Na ocasião, foi oferecido um espaço onde o trabalho de evangelização foi retomado. O ponto missionário passou a ter cultos noturnos dirigidos pelo então evangelista Ricardo Lisboa. Em 2004, no pastorado do reverendo Jorge Cruz (2004– 2006), o norte-americano Steve May conheceu a comunidade e alugou um espaço onde funcionaria o Project Brasil, com aulas de inglês durante o dia e cultos à noite. Em fevereiro de 2005, foi inaugurada a sede do Ponto Missionário, dirigido 11 I grejas em aç ão I Notas Igreja em Bonsucesso colhe frutos de trabalhos evangelísticos recebendo novos membros Metodista em Bonsucesso n No primeiro domingo de agosto, a Igreja Metodista em Bonsucesso fez uma grande em festa. Isso porque a comunidade de fé recebeu dez novos membros por meio de batismo, transferência e profissão de fé. “O Senhor está derramando chuvas de bênçãos na Rua da Proclamação. A seara é grande, mas certamente o Senhor continuará enviando ceifeiros para a obra. Agradecemos a Deus essas bênçãos e ao pastor Pedro Araújo, que nos tem apoiado em todos os trabalhos”, afirmou a liderança do Ministério de Comunicação local. A Igreja Metodista em Bonsucesso fica na Rua da Proclamação, 943. Intercâmbio entre igrejas n A Igreja Metodista da Penha realizou nos dias 13 e 14 de agosto um intercâmbio com a Igreja Metodista de Campos do Jordão, São Paulo. Segundo a liderança da igreja, 92 pessoas participaram da viagem. Essa atividade faz parte de uma estratégia para motivar a Igreja da Penha, gerando comunhão e fortalecendo o relacionamento entre os membros. “Fomos muito bem recebidos pela Igreja de Campos do Jordão. E não vamos parar por aqui. Já estamos preparando mais um passeio que será realizado mais para o final do ano”, afirmou o pastor local, Robson Alexandre Pereira. 12 4ª Festa da Roça em Aperibé n A Igreja Metodista em Aperibé promoveu no dia 28 de agosto, a 4ª Festa da Roça. O evento contou com uma grande cavalgada, com a participação de 130 cavaleiros e a presença de cerca de 450 pessoas. Constou na programação um torneio de futebol, conquistado pela Igreja Metodista de Boa Nova; almoço, servido para 350 pessoas; e apresentação do Ministério Resgatando a Noiva e outros cantores. Marcaram presença autoridades locais, como o prefeito Flávio Gomes e sua família. “A festa já é um marco na cidade, despertando a curiosidade de todos pela alegria contagiante dos metodistas. Assim, pudemos testemunhar a felicidade de termos Jesus Cristo como Senhor e Salvador”, declarou o pastor local, Reinaldo José de Santana. A Metodista em Aperibé já está preparando outro evento evangelístico com a participação dos Cavaleiros de Cristo, a ideia é percorrer todos os distritos e localidades distantes. Uma igreja viva e missionária n Nesse segundo semestre, a Igreja Metodista em Magé completou três anos. Organizada em ministérios e Grupos de Discipulado, a igreja tem atualmente mais de 20 células e grupos pequenos. Também Viagem para Campos do Jordão promove comunhão entre os membros da Metodista da Penha Dominical. As festividades contaram com a presença do Ministério Toque de Poder e diversas atividades. O encerramento foi no dia 26, com um café da manhã especial intitulado Café da manhã pra mim e pra você! No culto de ação de graças, as classes da ED realizaram apresentações teatrais. Ao final, todos foram para frente da igreja e soltaram uma faixa, presa a balões Ênfases no discipulado e na formação de grupos pequenos de gás, com a frase: “A Igreja Metodista Central em Dumarcam ações da Metodista em Magé que de Caxias acredita que a conta com a participação de todista de levar vida a todas as Escola Dominical é feita Pra cerca de 200 pessoas nas ati- pessoas. Somos uma comuni- mim e pra Você!”. O resultado vidades locais. A Escola Domi- dade atuante para o bem-estar desse trabalho não poderia ter nical, nos moldes do discipula- espiritual, emocional e social sido melhor: toda a igreja está do, tem a participação de mais de todo ser humano”, disse o certa da importância da ED. de 100 alunos. A mais recente pastor Sávio. O Campo Misatuação da igreja é a imple- sionário fica na Rua Dr. Otávio Congregação mentação de uma reunião para Kelly, 29 – Usina, ao lado da em Arraial n Nos dias 4 e 5 de agosto, foi o público feminino, que acon- Praça Xavier de Brito. inaugurada uma Congregação teceu no dia 20 de setembro, Metodista no morro da Cocacontando com a presença de Culto dos Cola, em Arraial do Cabo, na 30 mulheres. “Ainda não che- juvenis gamos aonde queremos, mas n Os adolescentes da Igreja Região dos Lagos. O evento sei que o nosso Deus está pre- Metodista de Cantagalo, Três contou com a presença da parando o coração de alguns Rios, tiveram a oportunidade Igreja de Arraial do Cabo e a homens e mulheres para serem de fazer um culto especial no de Baixo Grande, bem como lideres saudáveis no discipula- dia 12 de setembro. Toda a pro- das Congregações do Arrudo, pessoas de caráter como o gramação ficou sob a responsa- da, Vinhateiro, Retiro e Geride Cristo”, afirmou o pastor lo- bilidade dos juvenis: direção, bá. Foram aproximadamente louvor, coreografia e dramati- 650 pessoas que prestigiaram cal, Oséas Porto Andrade. zação, contando com apoio das os dois dias de comemoração. professoras da Escola Domini- As obras no local levaram cerMetodista cal. A peça teatral abordou a ca de três meses até tudo ficar na Usina n Foi inaugurado, no final do questão do despertamento da pronto. A frente do novo camprimeiro semestre deste ano, o igreja para o cumprimento de po missionário está o seminaCampo Missionário Metodista sua missão frente aos desafios rista Cristiano Alves. O pastor na Usina, Tijuca. Com a pre- atuais. “Todos foram impacta- da Igreja em Arraial, José Pesença de cerca de 140 pessoas, dos pelo poder de Deus. Foi dro Proveti, tem acompanhado o novo espaço foi consagrado, uma noite marcante para toda e aprovado todas as atividades tendo à frente o pastor Sávio a igreja. Os juvenis estão de da congregação. “Muitas pesPereira Carvalho. Atualmente, parabéns e nossa oração é para soas já estão congregando a igreja conta com aproxima- que Deus continue os abenço- conosco e estão felizes, pois damente 30 pessoas e realiza ando e que eles continuem a agora tem uma igreja metodisquatro encontros semanais. ser usados para o crescimento ta perto de suas casas”, disse Nesse segundo semestre, fo- do Reino do Senhor em toda a o pastor. ram realizados dois grandes terra”, declarou o pastor local, Alegria eventos: o Sábado Alegre, ati- Walkimar Gomes. vidade voltada para crianças; e em Botafogo n Após meses de obras, foi uma noite de louvor, com a par- ED em Duque de consagrado, no dia 26 de seticipação das Igrejas Metodista Caxias do Jardim Botânico, Morro n Durante o mês de setembro, tembro, o novo templo da IgreAzul e Engenho Novo. “Que- a Igreja Metodista Central em ja Metodista Missionária em remos fazer diferença neste Duque de Caxias comemo- Botafogo. Segundo a liderança bairro, dentro da proposta me- rou o aniversário da Escola local, foi um culto emocionante, que contou com a presença do bispo Paulo Lockmann. “Foram momentos de alegria para os membros da Igreja. Depois de oito anos no bairro, eles puderam experimentar a emoção de estar no próprio templo, que terá sua inauguração oficial este mês”, afirmaram. A Metodista em Botafogo fica na Rua São Clemente, 295. Bispo Paulo Lockmann prestigia consagração do novo templo em Botafogo
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