um estudo sobre as causas do stress dos professores de
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1 UM ESTUDO SOBRE AS CAUSAS DO STRESS DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL, DA REDE MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS, EM SALA DE AULA Josete Maria Santos Oliveira [email protected] Aluna da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica VI, do Curso de Pedagogia, das Faculdades Integradas Ipitanga – UNIBAHIA, ministrada pela Prof. a. Diana Couto Coelho Resumo A presente pesquisa mostra como as grandes mudanças que ocorrem na humanidade têm proporcionado uma inquietação que atinge vários segmentos da sociedade inclusive o professor, o que pode refletir no estado emocional gerando stress. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo identificar as causas que têm proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil em sala de aula. Para realizar a pesquisa quantitativa, foi utilizado como instrumento de coleta de dados o questionário, com uma amostra de dez professores de Educação Infantil de escolas da Rede Municipal de Lauro de Freitas BA, que corresponde a 5% do universo. Também foram realizadas visitas a Secretaria de Educação do Município, que contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento da pesquisa. A pesquisa revela como a demanda diária do professor de Educação Infantil, que envolve tanto a sua vida pessoal, profissional como questões relacionadas à saúde podem levá-lo a um desgaste físico e emocional, propiciando o desenvolvimento do stress no seu exercício em sala de aula. Os dados obtidos na pesquisa mostram pontos que favorecem o surgimento do stress, bem como identifica vários sinais e sintomas referidos por alguns professores que são pertinentes ao quadro de stress, onde a incidência maior é de dor de cabeça, dores lombares, insônia e cansaço constante. Vê-se então, que as causas do stress do professor de Educação Infantil em sala de aula são oriundas de vários fatores que envolvem o dia a dia deste profissional. Palavras-chave: professor. stress. educação infantil. sala de aula. Abstract This research shows how the major changes that occur in humanity have provided a restlessness which affects various segments of society including the teacher, which may reflect the emotional state generating stress. Thus, the research aims to identify the causes of stress situations have provided to teachers of kindergarten classroom. To perform quantitative research was used as an instrument for data collection questionnaire with a sample of ten teachers of kindergarten schools of the Municipal Lauro de Freitas BA, which corresponds to 5% of the universe. There were also visits to the city Department of Education, which contributed significantly to the development of research. The research reveals how the daily demand of Professor of Early Childhood Education, which involves both his personal life, professional and health issues can lead you to a physical and emotional exhaustion, leading to the development of stress in your exercise in the classroom . The data points in the survey show that favor the emergence of stress as well as identifies several signs and symptoms reported by some teachers that are relevant to the context of stress, where the incidence is higher headache, back pain, insomnia and constant tiredness . It is seen then, that the causes of stress kindergarten teacher in the classroom are from several factors involving the day to day of this person. Keywords: teacher. stress. early childhood education. classroom. 2 1 INTRODUÇÃO Diante de fatos que tem gerado grandes mudanças no contexto social, como o avanço tecnológico, o mundo e a sociedade em geral passam por um processo de transformação contínua e muito veloz. As pessoas têm estado em uma busca incessante de realizações tanto no âmbito familiar, social, na área de trabalho investindo constantemente para alcançar o reconhecimento e a valorização profissional, gerando um estado de inquietação. Desta forma, percebe-se que essa busca constante e insatisfatória tem proporcionado danos que tem atingido aos diversos espaços da sociedade e grupos sociais, causando um desequilíbrio físico e emocional, e a escola é um dos espaços que tem sentido o reflexo dessas demandas. Sendo assim, viu-se a importância de realizar um estudo sobre as causas do stress dos professores de Educação infantil, da Rede Municipal de Lauro de Freitas, em sala de aula, pois o stress é um distúrbio que tem atingido um grande número de profissionais, tornando-se motivo de afastamento do exercício das suas funções, e pesquisas tem mostrado que o professor tem sido um desses profissionais. Por esse motivo, para desenvolver essa pesquisa, o problema levantado foi que, sendo o Professor um profissional que vivência experiências de desgastes emocionais e físicos, pode-se afirmar que esses são os motivos do stress em sala de aula. Entende-se, que são várias as causas que podem conduzir o indivíduo a uma situação de desequilíbrio, por isso, levantou-se como hipóteses que a exposição a diversas situações que proporcionam um desgaste físico e emocional tem culminado em um stress aos professores, e a saúde emocional e física dos professores ficam comprometidas pelo stress. Desta forma, essa pesquisa tem como objetivo geral identificar as causas que têm proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil, em sala de aula. E como objetivos específicos relacionar os sintomas do stress dos professores de Educação Infantil, e observar a saúde emocional e física dos professores de Educação Infantil, em sala de aula. 3 A partir de observação realizada com professores de Educação Infantil da Rede Municipal de Lauro de Freitas, percebe-se que fatores emocionais e físicos têm sido motivos para situação de stress em sala de aula, pois são inúmeros os problemas a que são expostos. Além das responsabilidades que o desenvolvimento das suas atividades profissionais lhes confere, a demanda do dia a dia, pressões externas vindas da família, os problemas sociais, dificuldades fisiológicas, meio ambientes vêm contribuir para que a sua vida seja repleta de tensões. É evidente também que o desrespeito pelos limites do corpo como o excesso de atividades, a má qualidade de vida, a perda de horas de sono, alimentação inadequada e o pouco tempo para o lazer têm sido fortes colaboradores para essa situação, sendo necessária uma mudança de atitudes e comportamentos que possam reverter esse quadro. Vê-se que em relação à escola, os professores vivenciam fatores estressantes como: indisciplina dos alunos, violência, drogas, reclamações dos pais, cobranças das atividades burocráticas que são estabelecidas dentro das instituições, falta de recursos das escolas que obriga os professores a diversificarem e inovarem para conseguir dar aos alunos uma aula de qualidade, a intensa jornada de trabalho e o baixo salário, dentre outros. Desta forma, o professor é invadido por uma insatisfação e desestímulo onde passa a ver o ambiente escolar como um fardo pesado e torna-se “refém” de uma situação de desgaste constante. Pesquisas revelam que o stress tem sido uma das causas que levam os professores ao afastamento das suas atividades, pois a manifestação dos sintomas pertinentes ao distúrbio como dores nos músculos, pescoço e ombros, dor de cabeça por tensão, fadiga, nervosismo, irritabilidade fácil e outros sintomas proporcionam uma redução da capacidade de trabalho ocasionada basicamente por uma desproporção prolongada entre o grau de tensão a que o indivíduo está exposto e a capacidade de suportar. Desta forma, é necessário propor-se ações estratégicas que possam dirimir o stress dos professores em sala de aula, pois os alunos têm o direito de receber uma aula de qualidade, mas para que isto ocorra, os professores devem estar com uma boa saúde física e mental para que tenham condições de oferecer uma aula satisfatória. 4 Sendo assim, essas medidas não só favorecerão ao exercício e desempenho profissional dos professores e beneficiará aos alunos, mas o próprio ambiente escolar e toda comunidade. O Projeto de pesquisa foi desenvolvido inicialmente com pesquisa bibliográfica e em seguida com pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica é uma técnica de grande relevância, pois com ela foi feito o levantamento bibliográfico referente ao assunto pesquisado e o pesquisador teve uma noção se o assunto a ser investigado tem conteúdo suficiente para o desenvolvimento da pesquisa. Segundo Medeiros (2000, p.40), “a pesquisa bibliográfica constitui-se em fonte secundária, é aquela que busca levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa a ser realisada”, seguido de uma leitura bem detalhada e criteriosa, pois a leitura é muito importante para obter o conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Conforme Salvador (1980, p. 100), “ler significa distinguir os elementos mais importantes daqueles que não o são e, depois optar pelos mais representativos e mais sugestivos.” Também é imprescindível que se observe as oito fases distintas para realizar uma pesquisa bibliográfica que são: escolha do tema, elaboração do plano de trabalho, identificação, localização, compilação, fichamento, análise, interpretação e redação. A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após o estudo bibliográfico, para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois oportuniza a observação de fatos exatamente como ocorre na realidade, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. De acordo Marconi e Lakatos (1996), é nesta etapa que o pesquisador vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o meio de coleta de dados, tamanho da amostra e como os dados serão tabulados e analisados. A pesquisa foi realizada com professores de Educação Infantil da Rede Municipal de Lauro de Freitas BA, em duas escolas de médio e grande porte que atendem a uma comunidade de baixa renda. A pesquisa de campo com base nos seus objetivos foi exploratória com a finalidade de desenvolver a hipótese e ter maior conhecimento sobre o assunto. A amostra foi de 10 (dez) professores da Educação Infantil que 5 corresponde a 5% do universo e para procedimentos de coleta de dados foi utilizado o instrumento de questionário (APÊNDICE I). A Escola Municipal do loteamento Santa Júlia tem doze anos de inaugurada. Está localizada no lot. Santa Júlia, s/n, no bairro de Itinga em Lauro de Freitas, BA. É uma escola de grande porte que contem cinco professores de educação Infantil. A Escola Municipal Enock Amaral, localizada na Rua dos Vereadores, s/n, Jockey clube em Lauro de Freitas, BA. É uma escola de médio porte que contem oito professores de educação infantil. Ao realizar a pesquisa, não se teve como objetivo defender ou justificar a hipótese, mas buscar fundamentos que revele, no resultado se a hipótese é verdadeira ou não. Atualmente, o stress é um tema que tem sido muito abordado, porém o primeiro cientista a estudar sobre o assunto foi o médico austríaco Hans Selye, na década de 20, a partir da observação de alguns pacientes que mesmo com diagnósticos de doenças diferentes, apresentavam sintomas comuns. De acordo Lipp e Novaes (2000), o cientista percebeu, que os sintomas apresentados pelos pacientes não tinham relação com as doenças que estavam acometidos, mas com a condição geral de estar enfermo. Então, chamou esse fenômeno de ‘síndrome de estar apenas doente’ ou ‘síndrome de adaptação geral’, termo que ainda é usado, mas que foi mais tarde simplificado pelo próprio cientista para stress. Essa expressão ‘stress’ é original da engenharia, que significa o peso que uma ponte suporta até que ela se parta. Vê-se então, uma relação com a exposição do indivíduo a momentos de grandes tensões que o leva a um desgaste, desestruturando o seu organismo. Segundo o cientista, o stress se divide em três fases que são: a primeira chamada de alerta, quando o indivíduo entra em contato com o estressor, que é a sua fonte de stress; a segunda fase é a resistência, quando o organismo tenta se recuperar do desgaste sofrido; e a terceira fase é a de exaustão, que é onde ocorre um 6 comprometimento físico em forma de doenças. Segundo Lipp e Rocha (1994, p. 66), “exaustão é a quebra do organismo e está associado a uma série de doenças, inclusive hipertensão arterial, psoríase, úlceras, gengivites, depressão, ansiedade, problemas sexuais, enfarto e até morte súbita.” Nota-se que existem muitos mitos em relação ao stress, pois algumas pessoas usam expressões como: “stress é coisa de gente rica”, “criança não tem stress”, “o que causa stress é muito trabalho”, porém sabe-se que idade, trabalho ou condições sociais não são fatores determinantes para a manifestação do stress, mas esse fenômeno ocorre quando o indivíduo encontra-se em uma situação de pleno desgaste físico e emocional. Conforme Lipp e Novaes (2000, p. 26), “é importante entender que todos somos vulneráveis ao stress, em diferentes graus, independentemente das condições de vida.” Embora exista toda uma repercussão em relação ao stress, entende-se que, em alguns momentos, ele pode ser benéfico, pois em estado de tensão, o organismo produz uma substância chamada adrenalina que dá força, vigor, entusiasmo e energia. Sendo assim, o stress faz parte da vida do ser humano, pois ele não se manifesta só em momentos de dificuldades como doenças ou acidentes graves, mas também em momentos de prazer e grandes emoções, pois segundo Lipp e Novaes (2000), em doses moderadas, o stress pode ser benéfico, mas se contínuo, causa prejuízo. Deve, então, o indivíduo estar atento para perceber quando a situação de stress está saindo dos limites normais. Os professores de Educação Infantil têm um importante papel na formação do educando, pois nos primeiros seis anos de vida, em que ocorre o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, esses profissionais contribuem de forma significativa para que esse processo ocorra de maneira eficaz. Sendo assim é relevante que os professores de Educação Infantil, cientes da importância do seu papel na formação do sujeito, busquem habilidades e competências que os capacitem para o exercício das suas funções. De acordo Freire (2007, p. 92), “o professor que não leve a sério sua formação, que não 7 estude, que não se esforce para estar à altura da sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe.” É competência do professor também garantir a segurança das crianças, pois na busca do conhecimento de mundo, as crianças exercitam as suas curiosidades, podendo se expor a situações de risco, desta forma, o profissional deve proporcionar as crianças à exploração de espaços e manuseio de objetos de forma que desenvolva a sua aprendizagem e autonomia, todavia sem por em risco a sua segurança. Vê-se também que é indispensável aos professores de Educação Infantil realizar um planejamento, pois o profissional que elabora um planejamento coeso tem segurança e tranquilidade. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008). Desta forma, o planejamento é essencial para que os professores possam conduzir as suas aulas e desenvolverem paramentos claros para que os alunos também realizem as suas atividades sem muitas dificuldades. Porém, é importante que os planejamentos dos professores não sejam engessados, mas de acordo as necessidades, diante das intercorrências que surgirem como um choro excessivo e outros possam ser flexíveis fazendo as adaptações necessárias, pois ter uma atividade planejada não significa um esquema rígido que não possa ser incluída novas propostas. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008). Então, é necessário que o professor esteja atento para adequar a sua aula de acordo com os imprevistos que aparecerem. Sendo assim, para os professores exercerem as suas funções, devem ter conhecimentos, sensibilidade e flexibilidade, pois contribuirá para o desempenho das suas atividades e serão úteis no relacionamento com os pais, crianças e toda comunidade escolar. A escola é uma organização que é muito importante para a sociedade, pois sobre ela perpassa tudo que envolve a vida do cidadão. Segundo Gandin (2010, p. 14), “a educação, a escola em particular, direciona a sociedade porque educação é 8 investimento, porque a sociedade cresce, desenvolve-se na proporção direta do investimento em educação.” A escola é uma das principais fontes de conhecimentos e cultura e é por meio dela que se adquirem os primeiros saberes sobre as letras, contas, o conhecimento de si e de mundo, onde o sujeito desenvolve a sua forma de pensar e agir. Dessa forma, a escola permite ao indivíduo estabelecer metas que o oportuniza alcançar os seus objetivos, pois conforme Basseadas; Huguet e Solé (2008, p. 21), “o ser humano é o único ser vivo que pode planejar a sua ação, por um andamento uma atividade psíquica que lhe permita realizar ações criadoras.” Porém, para tanto, esse espaço de educação precisa ser bem estruturado, ter uma boa administração e ser composta de profissionais competentes que desenvolvam as suas funções, visando oferecer um serviço de qualidade. É relevante que a escola se proponha a realizar formação continuada para que os profissionais busquem a capacitação para que tenham um melhor desempenho no exercício das suas funções. Porém, essa formação não se restringe somente aos professores, mas para todo corpo escolar uma vez que se entende que todos que trabalham na escola são responsáveis pela formação do aluno, pois o educando não aprende só na sala de aula, mas em todo espaço escolar. A escola também deve buscar uma interação com a família, pois é salutar que haja essa comunicação, uma vez que, tanto a escola como a família devem ter interesses comuns em relação à formação do educando porque “uma consequência interessante do conhecimento compartilhado progressivo que os pais, as mães e os professores constroem sobre a criança é a possibilidade de estabelecer critérios educativos comuns”. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008). Sendo assim, devem-se realizar encontros com a família na escola, fazer reuniões periódicas e se necessário um atendimento individualizado, colocar para os responsáveis a proposta pedagógica deixando-os inteirados de tudo que ocorre com o educando para que possam contribuir no que for necessário. “A relação entre a família e o centro educativo devem proporcionar que os pais e as mães possam 9 compreender, aceitar e valorizar a tarefa educativa da escola.” (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008). Percebe-se, que para a escola executar o seu papel e alcançar o seu objetivo como espaço de educação, é indispensável que realize um trabalho coeso e participativo onde todos os que fazem parte da instituição, no desenvolvimento das suas atividades, possam contribuir para o bom andamento do trabalho. De acordo Gandin (2010), esta prática é necessária, para que todos possam expor as suas opiniões, seu conhecimento de realidade suas sugestões, as suas propostas de ações, para que juntos realizem um trabalho ordenado, pois a construção em conjunto fortalece a equipe, cada componente sente-se responsável dentro do que se propõe a realizar, existe a coparticipação, uma vez que todos estão envolvidos e empenhados para alcançar o mesmo objetivo. A escola sempre teve um papel significativo na sociedade, e na atualidade, diante do avanço tecnológico e das grandes mudanças que ocorrem, é necessária à existência de uma escola que proponha a formação do sujeito crítico e reflexivo onde se ofereça condições para que se estimule o pensar e desenvolver a capacidade da tomada de decisões, pois conforme Freire (1996, p. 27), “a tarefa docente não é apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.” Sendo assim, esse espaço de formação do sujeito deve estar cada vez mais coeso, buscando desenvolver um trabalho pedagógico e administrativo competente. 2 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DO ENSINO INFANTIL O professor de Educação Infantil é um profissional que tem um papel significativo, pois atende a um grupo em formação que necessita de educadores que tenham um preparo físico, emocional e intelectual para desempenharem funções que são indispensáveis às suas práticas, como: a função social que consiste em acolher para educar e cuidar, onde o professor valoriza os conhecimentos e as experiências adquiridas pela criança dentro do seu contexto social, ao longo da sua trajetória de vida para mediar novas possibilidades de conhecimentos em que possam interiorizar 10 e adquirirem uma noção de si mesmo. De acordo Basseadas; Huguet e Solé (2008, p. 45). As experiências que as crianças vivenciam no decorrer dos anos, em todos os contextos (família, escolas, entre amigos e amigas), fazem com que elas interiorizem uma imagem e um conhecimento de si mesmas (“Sou uma menina que se chama Caterina”, “Sou um menino que tem um irmão que se chama Marc”, “Sou uma menina bonita”, “Sou um menino grande”, etc.) e, ao mesmo tempo adquiram uma valorização do próprio conceito que é transmitido por pessoas significativas em sua relação diária. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008, p. 45). Também se destaca a função política do professor de contribuir para que os educandos usufruam de seus direitos sociais e políticos e exerçam seu direito de participação, tendo em vista a sua formação na cidadania, pois esse é um beneficio para toda criança independente de gênero, cor, etnia, proveniência social, credo político ou religioso, com ou sem necessidades especiais, porque a Educação Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (art. 29 da LDB). Pertence também ao professor de Educação Infantil, a função pedagógica que requer desse profissional a busca de formação para que tenha o domínio em sua prática. De acordo Freire (2007), é fundamental para o professor conhecer o conhecimento existente e estar aberto à produção de novos conhecimentos, o que culminará na valorização do seu desenvolvimento profissional, para que possa elaborar e desenvolver atividades adequadas para atender a esse grupo específico, observando o tempo suficiente para manter a atenção das crianças, o espaço organizado que facilite a movimentação, o uso de materiais diversificados que estejam ao seu alcance e que não ofereçam riscos, como objetos muito pequenos que não são adequados a essa faixa etária. O professor deve ter o cuidado para não interferir em atividades que devem ser realizadas pelas crianças para sua construção de identidade e autonomia, pois segundo Freire (2007), deve-se respeitar a autonomia do indivíduo, como um 11 imperativo ético e não como um favor que se pode conceder de acordo a vontade dele. Sendo assim, o professor deve oportunizar ao aluno a liberdade de pensar e expor as suas ideias para construir os conceitos e ter a condição de dizer o que pensa. 2.1 Segurança das Crianças na Instituição Nos dias atuais, a segurança é algo almejado por todas as pessoas, e isso tem se configurado em temas de palestras em diversos grupos. Desta forma, vê-se falar em segurança empresarial, pública, pessoal e outros onde se busca desenvolver meios e técnicas para garantir a segurança dos patrimônios e indivíduos. A segurança é então uma necessidade e um direito de todas as pessoas, em qualquer espaço, entre esses, a escola. Sendo assim, é imprescindível que se promovam condições favoráveis para que os discentes possam permanecer no ambiente escolar desenvolvendo as suas atividades sem qualquer risco. De acordo Basseadas; Huguet e Solé (2008), o espaço escolar deve ser organizado de forma que fique amplo, acolhedor e seguro. Para isso, as instituições escolares devem promover ações de segurança como: ter um porteiro atento nos horários de entrada e saída dos alunos; os vigias devem ser organizados em sistemas de ronda para que passem regularmente em áreas externas e instalações de câmeras, desde que fiquem expostos e toda comunidade escolar tenha ciência do seu uso. Essas medidas dificultarão a saída de alunos sem o conhecimento dos responsáveis pela instituição, como também impedirão o acesso ou permanência de pessoas não autorizadas. Vê-se também a necessidade de uma boa infraestrutura porque a escola deve ser um espaço acessível a todos os indivíduos. Sendo assim, é importante criar um ambiente adequado para cada faixa etária, no caso dos menores, por exemplo, as cadeiras e as pias devem ter a altura adequada para garantir que as crianças se movimentem com autonomia e segurança; os pisos dos parquinhos e das quadras 12 esportivas devem ser de areia fofa, grama ou emborrachado para absorver o impacto e o mesmo cuidado deve ser observado com os pisos nas salas de aula ou em qualquer outro espaço que a criança tenha acesso (ABNT, 1999). Destaca-se a relevância do cuidado prestado por pessoas que estão mais próximas das crianças, como os professores. Por isso, na sala de aula ou na área de lazer é indispensável um olhar atento e preventivo para evitar qualquer intercorrência que venha causar danos às crianças. Sendo assim, os professores devem observar de forma prudente, nos momentos das atividades, para que as crianças menores não levem objetos à boca e não se sufoquem, na disputa de um brinquedo entre colegas realizar a mediação evitando que se machuquem. De acordo Luckesi (1994, p. 118), “o educando é um sujeito que necessita da mediação do educador [...]” na área de lazer, permitindo que corram, pulem, subam em superfícies, promovendo assim, a autonomia, pois segundo (FREIRE, 1996), o educador deve respeitar a autonomia do educando, mas sempre deve haver a presença do adulto para garantir a segurança. Desta forma, promover a segurança na instituição escolar constitui-se em um grande benefício, uma vez que todos que têm acesso a esse estabelecimento desfrutarão desse espaço com mais tranquilidade. 2.2 Planejamento e desempenho do trabalho docente Diante de uma sociedade em constante transformação, onde o tempo é algo muito concorrido e se busca aproveitá-lo da melhor forma possível, faz-se necessário um planejamento para que se possa ter uma orientação e a realização das metas sejam alcançadas em tempo oportuno. De acordo Gandin (2010, p. 29), “o planejamento [...] estuda e indica processos para se chegar a resultados.” O planejamento é algo que faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. Desde as suas primeiras ações ao acordar, o indivíduo começa a esquematizar o seu dia, e 13 tudo que realiza passa por um planejamento, exceto aqueles que vivem de improviso. Na área profissional, para se lograr êxito em toda e qualquer atividade que se deseja desempenhar de forma eficaz, é necessário que haja um planejamento, e para algumas funções essa prática se faz mais necessária. O professor é um profissional que para desenvolver o seu papel de forma organizada, precisa planejar, porque o planejamento se constitui em uma ferramenta para o exercício das suas atividades. Segundo (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008, p.100). Desde que chega a escola, acompanhada de seu pai e sua mãe, até voltar a companhia deles, ao final do período, os profissionais da escola precisam organizar a sua intervenção para ajudar a criança a sentir-se à vontade e para favorecer o seu desenvolvimento e a sua aprendizagem. (BASSEADAS; HUGUET; SOLÉ, 2008, p. 100). Desta forma, o planejamento é importante para o desenvolvimento das atividades do professor porque proporciona organização e evita o improviso, promovendo um ensino de qualidade e permite a contextualização do assunto de acordo às necessidades dos alunos. Para Gandin (2010), é necessário que nos planejamentos se preocupem mais com as pessoas porque elas são o mais importante em um grupo ou uma instituição, também facilita a preparação das aulas, pois o professor seleciona o material didático em tempo hábil, define os temas que serão abordados, os recurso que irá utilizar e se for necessário replaneja as aulas diante de novas situações que surgirem, pois o planejamento é utilizado como um processo para organizar a prática. GANDIN (2010). Porém, algumas considerações devem ser feitas na elaboração do planejamento porque esse programa deve ser um guia de orientação, apresentar ordem sequencial, ter objetividade, ter coerência e apresentar flexibilidade. Desta forma, o professor administrará as suas funções de maneira dinâmica que culminará no envolvimento dos alunos, pois o planejamento será como uma linha guia que conduzirá todas suas atividades de forma eficaz. 14 2.3 Males que acometem os professores da educação infantil Acredita-se que a opção por desempenhar a função de educador é uma escolha que tem como princípio o prazer de ensinar e contribuir com a construção do conhecimento de indivíduos, conduzindo-os a ampliar a sua ciência do mundo. De acordo Werneck (1996, p. 10), “a tarefa da educação é exatamente promover o crescimento, ajudar o indivíduo a tornar-se pessoa, ampliando o seu valor e fazendo-o consciente dele.” Sendo assim, porque o exercício profissional que deve ser uma fonte de prazer pode causar sofrimento e enfermidades? Pesquisas revelam que existe uma porcentagem elevada de afastamento dos docentes de suas atividades por conta de doenças físicas e emocionais. A NOVA ESCOLA (2007) revelou que de 500 professores da rede pública das capitais, mais da metade dos entrevistados, sofrem de stress, o que culmina no afastamento do seu exercício profissional. São diversas as doenças que agridem os professores de Educação Infantil, segundo a Dra. Maria Cristina Capo Bianco, psicóloga e coordenadora do programa Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), as principais doenças que acometem os professores são: disfunção músculo esquelética; bursite; epicondilite; LER/DORT (lesões causadas por esforços repetitivos ou traumas no sistema musculoesquelético, envolvem tenossinovite, tendinite, bursite e outras doenças); as relacionadas à voz; lombares e os transtornos mentais e de comportamento, desta forma o stress torna-se crônico, os professores cada vez mais cansados, com irritabilidade fácil, sintomas próprios de burnout, doença que afeta principalmente os profissionais que têm como atividade o cuidar, como os de saúde e educação. As dores de forma geral são muito frequentes, como: cefaleia (dor de cabeça), dores musculares e isso traz um grande abalo para o sistema nervoso do professor, deixando-o muito irritado, o que propicia uma dificuldade para o desenvolvimento das suas atividades. 15 Identifica-se também, como agravante a saúde do professor, os problemas vocais, porque a voz é um dos instrumentos fundamentais usados por esse profissional para executar o seu trabalho, e devido a diversos fatores como a intensa jornada de trabalho, esforço excessivo para falar, muitas vezes com a voz em tom elevado para tentar obter a atenção dos alunos, o uso insuficiente de água e alimentos necessários para hidratar o corpo e outras prevenções, contribuem para serias complicações. (REVISTA TEXTUAL, 2004). Porém, todos esses males podem ser evitados se, quando identificadas as primeiras manifestações, o professor buscar, em tempo oportuno, orientação de especialistas que possam ajudá-lo a reverter o quadro. 3 STRESS: CAUSAS Nos dias atuais, alguns fatores têm contribuído para que os indivíduos tenham uma vida de constante stress. E o que se percebe é que a má qualidade de vida na área social, afetiva, profissional e de saúde são fatores determinantes para o desenvolvimento desse estado doentio, segundo Rocha e Lipp (1994, p. 13), “por qualidade de vida entendemos o viver que é bom e compensador em pelo menos quatro áreas: social, afetiva, profissional e a que se refere à saúde.” Desta forma, mesmo as pessoas mais bem sucedidas que tenham uma boa condição financeira, um bom emprego, um bom relacionamento com familiares podem desenvolver o stress. Existem alguns problemas sociais que favorecem ao stress e um deles é a solidão, em caso de afastamento dos filhos que já se casaram, mudança para uma cidade distante, longe dos familiares, divórcio e outros. De acordo Lipp e Novaes (2000, p. 27), “as vezes o stress é criado por um evento muito sério, muito perturbador, como a morte de alguém na família, doenças graves, perda de emprego e separação.” Outro fator social são os problemas financeiros pois, muitas pessoas não conseguem lidar com esse tipo de situação chegando ao extremo de tirar a própria vida. Segundo Rocha e Lipp (1994, p. 63), “o stress é uma reação desencadeada 16 por qualquer evento que confunda, amedronte ou emocione a pessoa profundamente.” Identifica-se alguns desencadeadores de stress nas áreas afetivas como a separação do cônjuge, traição de uma amizade, assim como o nascimento de um filho pois, segundo Rocha e Lipp (1994), tanto o sentimento de tristeza como o de alegria podem desencadear o stress. Sendo assim, é necessário controlar as emoções quando perceber que está afetando a saúde. As questões relacionadas à profissão também é um forte estressor, já que para o bom exercício profissional, requer-se uma atuação de qualidade em todos os campos profissionais, sendo que em algumas áreas a cobrança é bem maior, como na educação, que existe uma grande exigência para que se possa oferecer um ensino de qualidade nas escolas, e nessa busca incessante é o professor o mais sobrecarregado. (NOVA ESCOLA, 2007). Destaca-se também o fator saúde, porque o profissional que não se organiza de forma que possa ter um tempo dedicado para cuidar do seu bem-estar, futuramente pode ter sérios problemas. De acordo Lipp e Novaes (2000, p. 9), “muitas pessoas não sabem administrar o seu dia a dia de modo adequado, visando uma vida saudável.” Desta forma, para que se tenha uma boa saúde, é necessário que o indivíduo esteja atento a práticas que ofereçam boa qualidade de vida. 3.1 Definição O stress é um estado de tensão que causa um desequilíbrio no organismo. Quando ele não é identificado e quando não há a busca de orientação de especialistas, os efeitos gerados podem causar sérios danos à saúde. O termo stress define tanto uma situação de muita tensão como a reação que se tem a determinada situação. Segundo Lipp e Rocha (1999), todo e qualquer motivo que leve o indivíduo a vivenciar um estado de muita tensão, sendo ele bom ou não, pode desencadear o stress. 17 Pesquisas mostram que o Brasil está entre os países com mais pessoas estressadas, perdendo apenas para o Japão, e cerca de 30% da população brasileira economicamente ativa sofre de stress onde as principais causas são a sobrecarga de trabalho e o medo de demissão. (TVTEM, 2010). São três as fases do processo de stress: alerta, resistência e exaustão onde cada fase tem o seus tipos de reações e complicações para o organismo. A primeira fase de alerta ocorre quando o estressor é identificado pela pessoa. Esta fase é comum para o indivíduo frente às atividades que desenvolve no dia a dia, é caracterizada pela hiperventilação (respiração ofegante), taquicardia e aumento de pressão arterial, porém é imprescindível está atento aos sinais e sintomas para que quando identificado, possa se afastar do estressor que está causando os danos a saúde. De acordo com Lippe e Rocha (1994, p. 65), “é fundamental saber reconhecer quando o stress está se tornando excessivo a fim de se tentar mudar ou fugir daquilo que nos está estressando no momento.” Da fase de alerta o indivíduo pode evoluir para a de resistência, que é a segunda fase. Esta ocorre quando o estressor permanece por um tempo mais demorado ou a sua intensidade é bem maior. Nesta fase, a vulnerabilidade do sujeito é intensa, o que o torna predisposto a contrair e desenvolver várias doenças como, por exemplo: resfriados constantes, infecções, cansaço, problemas estomacais, dificuldade de concentração, hipersensibilidade emotiva, e outros. Segundo Lipp e Rocha (1994, p. 65), “pode-se passar da fase de alerta para de resistência em questão de minutos.” A evolução do stress pode atingir a terceira fase que é a de exaustão. Nesse caso, o indivíduo já está bastante afetado e acometido por várias doenças graves que pode conduzi-lo a morte. Para sair do estado de exaustão, é necessária a ajuda de um especialista, e este processo de reversão demanda muito tempo. 18 O indivíduo acometido por stress, na fase de exaustão, necessita de um tratamento especializado de no mínimo seis meses e a ajuda médica é indispensável. (LIPP e ROCHA, 1994). 3.2 Causas do excesso de trabalho Atualmente, as empresas têm investido em programas de qualidade de vida do trabalhador, por perceber que é essencial para o bom desempenho profissional e consequentemente o desenvolvimento da empresa. De acordo com Dejours (1992, p. 96), “toda doença física só pode ser prejudicial a produtividade e a rentabilidade da empresa” pois, para produzir mais e melhor, o profissional necessita de energia física e equilíbrio mental, conforme a Revista Profissional e Negócios (2006). Está mais do que provado que quando o profissional não está bem consigo mesmo o trabalho não rende. Há desinteresse, falta de motivação e falta de comprometimento. O bem-estar está diretamente ligado ao desempenho dos funcionários das empresas. (REVISTA PROFISSIONAL E NEGÓCIOS, 2006). Sendo assim, são muitas as causas que tem impelido os profissionais a viverem em constante excesso de trabalho prejudicando a sua qualidade de vida, entre elas a imposição de atividades que superam a capacidade do indivíduo e que resulta em uma sobrecarga de trabalho. Segundo Dejours (1992, p. 120), “o aumento da cadência, a aceleração dos tempos e a exigência de desempenhos produtivos de rendimento crescente conduzem a descompensações rápidas, que se desencadeiam como epidemias.” Outro motivo muito frequente são os baixos salários que obrigam os profissionais a cumprirem carga horária dupla ou fazer hora extra para suprirem as suas necessidades. Em depoimento, uma Professora que cumpria uma carga horária intensa dando 70 aulas semanais, em até três turnos para ter um aumento na sua renda mensal, relata que teve grandes consequências pelo excesso de trabalho (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, 42). Destaca-se também a falta de apoio na prática dos profissionais, pois o trabalhador muitas vezes sente-se sozinho, sem orientação e suporte para 19 desenvolver a sua dinâmica de trabalho. A presença de coordenadores que deem suporte efetivo à equipe é fator de aprimoramento das condições profissionais. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p. 40). 3.3 Stress do profissional da área de ensino O avanço tecnológico que está em constante evolução e mudanças tem transformado a sociedade, e isso tem refletido nos espaços escolares, pois existe uma exigência para que as escolas acompanhem essas modificações, que refletem diretamente na atuação do professor, pois requer do profissional uma atualização constante em busca de um aperfeiçoamento para conseguir acompanhar o ritmo acelerado, que vive a sociedade, conforme Amanda Piloto. Os conhecimentos sobre didática avançam; a necessidade de se manter atualizado com relação aos conteúdos é constante; as salas de aula estão se tornando inclusivas; a sociedade exige cada vez mais da escola; [...]. A pressão para se adequar a tudo isso muitas vezes dão origem a doenças, mal-estar e tensão. (Revista Nova Escola, 2008, p. 41). Outra causa para o stress do profissional da área de ensino é a falta de disciplina dos alunos, que muitas vezes se manifesta com atitudes agressivas, e às vezes até ameaçadora contra a vida do profissional. De acordo pesquisas, a dificuldade de relacionamento com crianças e jovens em classe é a maior queixa dos professores. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p. 43). A inclusão de alunos deficientes também é um fator determinante para o stress do profissional de educação, uma vez que não se sentem preparados para atender a esses educandos porque não recebem uma orientação de um profissional especializado e as estruturas escolares não oferecem condições para receber esse público. A proposta da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares de ensino tem reforçado o quadro, pois os professores sentem-se despreparados para lidar com esse aluno. Como consequência, encontra-se um 20 profissional cada vez mais propenso ao processo de stress [...] (REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO, 2002). 4 ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS 4.1 Informações Gerais As Escolas da Rede Municipal de Lauro de Freitas prestam atendimento educacional aos três segmentos da educação: Infantil, Fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos), são 128 escolas, sendo 92 da Rede Municipal e 36 escolas conveniadas que atendem a 28 mil alunos. Na educação infantil, são 200 Professores lotados em 52 unidades entre escolas e creches que prestam serviço a este grupo. 4.2 Escola Municipal Enock Amaral A Escola Municipal Enock Amaral, localizada na Rua dos Vereadores, s/n, Jockey clube em Lauro de Freitas, BA é uma escola de médio porte que tem em seu quadro funcional um Diretor Gestor, Vice-Diretor, Coordenador Pedagógico e 18 professores. A escola atende a 560 alunos, onde 200 frequentam as salas de educação infantil entre os turnos matutino e vespertino. 4.3 Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia A Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia tem doze anos de inaugurada. Está localizada no lot. Santa Júlia, s/n, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, BA. É uma escola de grande porte, que funciona em dois turnos (matutino e vespertino) com os segmentos infantil, fundamental I e fundamental II e tem em seu quadro funcional um Diretor Gestor; três Vice-Diretores, um para cada segmento; Coordenador Pedagógico; Coordenador de ciências avançada (laboratório); Coordenador do ‘Mais educação’; 46 professores sendo 5 da educação infantil; 15 do ensino fundamental I e 26 do ensino fundamental II, todos com formação superior, alguns com pós-graduação e mestrado, e 60 funcionários entre secretários e pessoal de apoio. A escola atende a 1168 alunos, onde 17 são especiais, que 21 recebem atendimentos especializados três vezes por semana em turno oposto a aula, e em sala de recursos multifuncionais. 4.4. Pesquisa A pesquisa realizada é bibliográfica e quantitativa segundo Medeiros (2000, p. 41) “A pesquisa bibliográfica é passo decisivo em qualquer pesquisa científica, uma vez que elimina a possibilidade de se trabalhar em vão, de se despender tempo com o que já foi solucionado.” Foram realizadas duas visitas a Secretaria de Educação do Município de Lauro de Freitas com o objetivo de coletar informações, dados esses que foram importantes para a pesquisa. A pesquisa foi realizada em duas escolas de grande e médio porte da Rede Municipal de Lauro de Freitas. Para o procedimento de coleta de dados foi utilizado como instrumento um questionário contendo 35 questões, sendo 30 questões fechadas e 5 questões abertas com uma amostra de 10 professores de educação infantil que corresponde a 5% do universo. De acordo Gil (1996, p. 90), “[...] o questionário constitui o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além de não exigir o treinamento de pessoal e garantir o anonimato.” As perguntas foram elaboradas de maneira clara, concreta, precisa e ética para facilitar as respostas e obter um resultado mais fiel possível. 4.4.1 Análise dos Resultados da Pesquisa Idade: 01 professora com 25 anos 03 professoras com 31 anos 01 professora com 33 anos 01 professora com 42 anos 01 professora com 43 anos 02 professoras com 44 anos 22 01 professora com 46 anos Sexo: Feminino Fonte: Pesquisa de campo 2012 Do grupo de professores pesquisados, 100% são do sexo feminino. Historicamente, a função do professor é associada a características geralmente consideradas femininas como atenção, delicadeza, meiguice. Vê-se que o trabalho desenvolvido em educação infantil está muito relacionado ao cuidar. Desta forma, a maioria dos profissionais que exerce função de professor em educação infantil são mulheres. 23 Vida pessoal: 1. Qual o seu estado civil? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Das professoras pesquisadas, 50% são casadas, 30% são solteiras, 10% são divorciadas e 10% são separadas. 24 2. Quantos filhos você tem? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Os dados da pesquisa revelam que 40% das professoras têm 1 filho, 30% têm dois filhos, 20% não têm filhos e 10% têm 3 filhos. A demanda do dia a dia tem levado muitos profissionais a optarem por ter um número reduzido de filhos. As responsabilidades domésticas e a necessidade da busca pela formação, visando um melhor aperfeiçoamento profissional são alguns dos fatores determinantes para essa decisão. 25 3. Qual o nível de formação? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 50% dos professores têm ensino superior completo, 40% têm especialização e 10% ensino superior incompleto. Atualmente, os profissionais de educação têm se dedicado na busca da formação e a qualificação profissional. A qualificação profissional é relevante para todo e qualquer trabalhador e para o professor que é um profissional formador do sujeito é indispensável, pois ele precisa estar informado acompanhando o desenvolvimento e atualizações que acontecem dentro da sua área de atuação. Desta forma, o nível de formação desses profissionais tem crescido o que é um ganho para a educação porque as escolas tendo profissionais qualificados, propicia um ensino de melhor qualidade. 26 4. Você se locomove para a escola em condução Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Os dados revelam que 80% dos professores pesquisados se locomovem de casa para a escola em que trabalham em condução coletiva e 20% em condução particular. Grande parte dos trabalhadores necessita de um meio de locomoção para realizar o percurso da residência para o trabalho e vice versa e durante esse deslocamento muitas dificuldades são encontradas. O profissional que faz uso diário de transporte coletivo enfrentando as dificuldades de lotação excessiva, falta de conforto, falta de cumprimento no horário podem sofrer mudanças no comportamento ocasionando alterações no desempenho profissional. 27 Vida profissional: 5. Você trabalha com educação infantil por Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revela 90% dos professores trabalham com educação infantil por vocação e 10% por necessidade. A vocação pode ser definida como Inclinação ou talento especial para o exercício de certa profissão ou atividade. A vocação profissional faz com que o indivíduo se sinta realizado no exercício das suas funções. Nos dias atuais, a descoberta da vocação profissional tem se tornado essencial, uma vez que é necessário direcionar a carreira para não correr o risco de perder tempo e dinheiro se dedicando por algo que não tenham interesse. Ter vocação foi indicado pelas professoras como fator determinante para trabalhar com educação infantil, nem todos os professores se identificam com essa faixa etária. O prazer de trabalhar com este grupo é decorrente de acreditarem na importância do trabalho que realizam e está diretamente vinculado a ter afinidade com a faixa etária e amor às crianças. Dessa maneira, sobressai a concepção de que o seu trabalho é um dom, uma vocação inata. 28 6. Há quanto tempo atua como Professor de Educação Infantil? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 60% atuam com educação infantil a mais de cinco anos, 20% atuam com educação infantil de um a dois anos e 20% atuam em educação infantil a menos de um ano. Trabalhar com o grupo de educação infantil requer além do conhecimento, muita paciência e dedicação. O trabalho docente requer primeiro e prioritariamente, o amor às crianças e à profissão, o qual seria o principal motivador de outras atitudes profissionais como: abertura a mudanças, compromisso, responsabilidade, busca de aperfeiçoamento. Dentre as principais características que deve ter o professor de educação infantil destaca-se simpatia, carinho, paciência, criatividade, tranquilidade e capacidade de acolhimento das crianças. 29 7. Quantos alunos você tem? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Entre os professores pesquisados, 70% informam que tem de 16 a 20 alunos e 30% tem mais de 21 alunos. É importante que o professor tenha uma relação próxima ao educando para fazer um diagnóstico, pois a proximidade permite o diálogo onde o professor identifica o conhecimento prévio do aluno, reconhece as habilidades e pode perceber a melhor forma de trabalhar com o educando e envolvê-lo no processo de aprendizagem. O número de alunos em sala de aula é relevante no que se refere ao atendimento do educando, pois a superlotação não permite ao professor um olhar mais individualizado, o que pode fragilizar o atendimento. Desta forma, é necessário um número adequado na relação professor aluno em sala de aula para que a aprendizagem seja eficaz. 30 8. Qual a sua carga horária de trabalho durante a semana? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revelou que 90% dos professores trabalham durante a semana com uma carga horária de 40 horas e 10% trabalha por semana uma carga horária de 20 horas. Sabe-se que a maioria dos professores tem uma dupla ou tripla jornada de trabalho para obter maior renda salarial, mas o excesso de carga horária tem sido um dos maiores motivos do desenvolvimento do stress. O excesso de trabalho prejudica a qualidade de ensino e a satisfação profissional por isso, é recomendado que o professor busque uma melhor distribuição do seu tempo entre trabalho, descanso e lazer para que possa viver melhor e oferecer um atendimento educacional de qualidade. 31 9. A escola que trabalha é muito distante da sua residência? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Entre os professores pesquisados, 70% informaram que a escola em que trabalham não fica distante da sua residência e 30% informaram que a escola que trabalha fica distante da sua residência. Os profissionais que trabalham próximo as suas residências são beneficiados porque ganham tempo, dificilmente ficam presos no trânsito, o que proporciona menos desgaste físico e emocional, e isso vai refletir no melhor atendimento escolar porque não vão chegar atrasados e estressados e desenvolverá o trabalho com maior disposição. 32 10. Você investe na sua formação? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revelou que 100% dos professores investem na formação profissional. Para o melhor desempenho de suas funções todo e qualquer trabalhador deve buscar a formação contínua, e para o professor, essa é uma necessidade básica, uma vez que este profissional é um formador do sujeito e transformador social. Sendo assim atitudes, competências, habilidades e conhecimentos devem ser desenvolvidos pelo profissional de educação infantil, e para tanto, é necessário um investimento contínuo na sua formação. 33 11. Você participa de encontros Pedagógicos? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revela que 100% dos professores participam de encontros pedagógicos. A capacitação é imprescindível para a formação do professor. Nos dias atuais, a participação em encontros pedagógicos é indispensável para atualização dos profissionais para que tenham melhor desempenho e haja uma qualidade na sua dinâmica de trabalho. O professor que se atualiza adquire experiências para ser inovador, criativo e fazer com que a sua aula seja interessante e desperte no aluno o interesse em participar das atividades. 34 12. Você viaja ou já viajou para participar de congressos com temas sobre Educação Infantil? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 80% responderam que não viajam ou viajaram para participarem de congressos com temas sobre Educação Infantil. A participação em congressos por professores é importante, pois além de capacitálos para o seu desempenho em sala de aula, também oportuniza o contato com outras pessoas, ampliando as suas relações, o que pode proporcionar novas experiências em outros espaços. 35 13. Você tem alunos especiais? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revela que do grupo pesquisado, 60% dos professores têm alunos especiais e 40% dos professores não têm alunos especiais. Ter alunos especiais se constitui em um grande desafio para os professores, uma vez que, os profissionais terão que desenvolver um trabalho onde será necessária uma flexibilização da dinâmica de sala de aula para atender as especificidades de cada aluno e nem sempre o professor tem um suporte ou orientação de um especialista. Desta forma, terá que buscar competências e habilidades para realizar um trabalho eficiente que qualifique a sua atuação como professor. 36 Se sim alunos especiais quantos são? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 100% informaram que ensinam em sala de aula, a menos de três alunos especiais. Atualmente, o número de alunos especiais estudando em escolas regulares tem crescido e um dos motivos é a conscientização dos responsáveis por esses alunos, do direito que lhes são atribuídos por lei que determina que alunos especiais estudem em classes regulares. Existem leis que também asseguram o direito ao professor de ter o número reduzido de alunos em sala de aula, quando se tem de dois ou mais alunos especiais. 37 14. Na escola onde ensina, tem sala de recursos multifuncionais? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 70% dos professores pesquisados ensinam em escola com sala de recursos multifuncionais e 30% não ensinam em escola com sala de recursos multifuncionais. A sala de recursos multifuncionais é frequentada pelo aluno especial em horário oposto às aulas em sala comum. Ela é um grande auxílio para o professor de classe, pois tem um professor especialista que oferece os recursos necessários como materiais adaptados e dá orientações para que o professor de classe possa atuar com cada aluno dentro das suas especificidades. 38 15.Você tem algum suporte para ajudar na sua atuação em sala de aula como outros profissionais ou orientação? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 80% dos professores pesquisados têm um suporte, como: outros profissionais ou orientação para ajudá-los na sua atuação em sala de aula, e 20% dos professores pesquisados não têm esse suporte. Para que ocorra um processo de inclusão eficaz é imprescindível a presença de um professor especialista para ajudar tanto ao aluno especial, como ao professor de classe comum para que a inclusão não ocorra de forma deficiente, trazendo danos para os alunos especiais. O professor de classe comum não tem uma formação para atender ao aluno especial, sendo necessária essa orientação de um profissional especialista para que o aluno especial seja verdadeiramente incluído e não inserido. 39 16.Você está satisfeito (a) com o seu salário? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa revela que dos professores pesquisados 70%, não estão satisfeitos com o seu salário, 20% estão satisfeitos com o salário que ganham e 10% não respondeu. O salário é a remuneração que um trabalhador recebe pelos seus serviços prestados. Sendo assim, todo e qualquer profissional deseja receber um benefício que seja satisfatório para atender as suas necessidades, mas um grande número de profissionais vive insatisfeito com os salários que recebem e essa insatisfação, muitas vezes, influencia na qualidade do serviço prestado. O professor é um profissional que tem grande responsabilidade na sua atuação como formador do sujeito, desta forma, deve estar bem consciente da sua escolha profissional para que, em nenhum momento, a sua qualidade profissional seja mensurada pelo seu salário. 40 17. Há quanto tempo trabalha em órgão público? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Do grupo de professores pesquisados, 90% têm mais de cinco anos que trabalham em órgão público e 10% têm de dois a três anos. No serviço público é onde se concentra um grande número de profissionais. Trabalhar em uma rede pública é o anseio de muitas pessoas, pois existe um mito em relação ao serviço público onde as pessoas acreditam que o serviço não precisa ser de qualidade por ser público, porém o profissional consciente presta um serviço de qualidade em qualquer lugar que exerça a sua profissão sendo pública ou privada. O professor responsável e que ama o que faz não se influencia por esta cultura do oferecimento de um serviço deficiente por ser público, pois ele sabe a importância que tem diante da sociedade e procura fazer a diferença no espaço em que atua. 41 18. Qual o vínculo com a Instituição em que ensina? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 70% têm vínculo efetivo na instituição em que ensina e 30% tem vínculo temporário. O trabalho temporário é prestado por profissionais a instituições privadas ou órgãos públicos com o propósito de substituir férias, afastamento por licença de um funcionário efetivo, acréscimo de serviços extraordinário ou mesmo pelo número reduzido do quadro de funcionários, tendo contrato de duração de três meses sendo renovado de acordo a necessidade da empresa. O trabalho efetivo é prestado por profissionais em instituições privadas através de um contrato que dure até que termine o interesse de uma das partes e em órgãos públicos mediante a prestação de concurso público. Alguns profissionais de vínculo temporário na busca do vínculo efetivo prestam serviços excelentes até serem contratados, mas independente do vínculo do profissional com a empresa, se temporário ou efetivo o serviço prestado deve ser de qualidade. 42 Saúde: 19. Você faz exercício físico? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos dez professores pesquisados, 70% informam que não fazem exercício físico, e 30% informam que fazem exercício físico. O exercício físico é benéfico para a saúde física e mental do indivíduo, uma vez que proporciona uma sensação de bem estar, porém a maioria das pessoas não se dedica a esta prática. Muitos trabalhadores justificam que não praticam exercícios físicos por conta da falta de tempo. É notório que a demanda do dia a dia dificulta a realização de ações que são indispensáveis para o indivíduo, sendo necessário que haja uma organização no tempo e uma priorização das necessidades uma vez que a prática do exercício físico proporcionará benefícios não só a saúde física, mas também o controle das emoções, elevação da autoestima e reflete até mesmo na sua vida profissional. Se sim, qual? “Pilates” “Ginástica” “Caminhada” 43 20. Você fuma? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 De acordo com a pesquisa, 100% dos professores afirmam que não fumam. O fumo é um dos maiores vilões contra a saúde, pois são muitas as doenças que podem advir proveniente dessa prática como: comprometimento cardíaco, AVC (acidente vascular cerebral), enfisema pulmonar, câncer, aneurisma e outras complicações. Para o profissional de educação, a prática do fumo é muito prejudicial, pois danifica a memória, o aprendizado e o raciocínio lógico. O fumo também é causador de danos nas relações, pois existem pessoas que prejudicam amizades, relações conjugais e até um bom emprego por conta de uma dependência. É necessária uma conscientização dos riscos que o fumo causa tanto a própria saúde como a saúde dos seus semelhantes e buque uma orientação profissional para fazer um tratamento. 44 21. Você faz uso de bebida alcoólica? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 70% não fazem uso de bebida alcoólica e 30% fazem uso de bebida alcoólica. O uso da bebida alcoólica é praticado por um grande número de indivíduos e muitos usam a bebida sem nenhum controle, colocando a própria vida e dos seus semelhantes em risco. Além das doenças que podem surgir por conta do consumo descontrolado de bebida alcoólica, existem as consequências de acidentes que muitas vezes culminam em mortes. Nesta pesquisa, o número de consumidores de bebida alcoólica é inferior ao número dos que não consomem, certamente por ser um grupo feminino já que essa é uma prática que se concentra mais entre o sexo masculino. 45 22. Você tem uma alimentação saudável? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 90% dos professores fazem uso de uma alimentação saudável e 10% não faz uso de uma alimentação saudável. O consumo de uma alimentação saudável é muito recomendado pelos especialistas, uma vez que é um dos fatores determinantes para que se esteja com a saúde equilibrada. Uma boa alimentação evita doenças, mantém o peso equilibrado, é importante para fatores como disposição, agilidade e raciocínio, bem como é responsável pelo bom humor e proporciona um bem estar de forma geral. A demanda do dia a dia, muitas vezes, impede que o indivíduo tenha uma disciplina na sua alimentação, porém é necessário um esforço para que haja uma organização alimentar, pois será um benefício para sua vida física, emocional o que contribuirá com o desempenho de todas as suas funções. 46 23. Você bebe água regularmente? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 90% dos professores bebem água regularmente e 10% dos professores não faz uso de água regularmente. O consumo de água é indispensável para o bem estar físico, órgãos vitais do corpo humano como rins, coração, pulmão que tem em sua composição o maior número de água. Entre os muitos benefícios, a água hidrata o corpo, facilita a digestão, tem fundamental participação na atividade cerebral e no funcionamento do sistema nervoso. Sendo assim, o uso de água é importante para todo e qualquer indivíduo, e para os profissionais da voz, como é o caso do professor, o que se torna elemento indispensável para o exercício da sua função, pois o professor usa a sua voz como ferramenta para exercer a sua prática docente e é imprescindível que a voz do professor esteja sempre pronta, limpa, sem pigarro para facilitar a sua comunicação com os alunos. Desta forma, é necessário que, entre outros cuidados, o professor esteja sempre atento ao consumo ideal de água. 47 24. Você está acima do peso? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 50% informaram que estão acima do peso e 50% informaram não estar acima do peso. A obesidade tem sido uma dos temas mais discutidos entre os especialistas e sociedade em geral. Ela é causada pelo sedentarismo e a alimentação inadequada, é responsável pelo aparecimento de várias doenças como: problemas vasculares, na coluna, cardiovasculares, hipertensão, diabetes podendo chegar a um câncer e até a morte. Para o professor de educação infantil, a obesidade em um grau muito elevado se constitui uma barreira para a sua dinâmica em sala de aula, pois esse grupo explora bastante os movimentos e exige do adulto muita disposição, e a obesidade proporciona grandes limitações ao indivíduo. 48 25. Você sofre de rouquidão? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Se sim, há quanto tempo? “Sempre” “Há 1 semana” “Há 2 anos” A pesquisa revela que 70% dos professores não sofrem de rouquidão e 30% dos professores sofrem de rouquidão. A rouquidão é um mal que acomete muitos indivíduos, é um problema que ocorre no aparelho fonador e resulta na falta de clareza do som. Ela pode ser classificada como aguda quando é de curta duração ou crônica quando dura mais de quinze dias. Quanto às causas a rouquidão, pode ser funcional ou orgânica. Um dos motivos da rouquidão funcional ocorre por causa do mau uso da voz, enquanto a orgânica é uma alteração anatômica nas cordas vocais, como, por exemplo, cistos, nódulos e outros. Sendo os professores profissionais da voz, que faz uso constante desse instrumento e muitas vezes de forma inadequada, não proporcionando o repouso necessário, tornam-se fortes candidatos a apresentarem rouquidão. Desta forma, é necessário ao perceber qualquer alteração na voz, que dure mais de quinze dias procurar um especialista para a devida orientação. 49 26. Você sofre de: Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 100% informam não sofrerem de hipertenção ou diabetes. A hipertenção e a diabetes são doenças graves, caracterizadas respectivamente pela elevação da pressão arterial e a taxa de açúcar no sangue. Os cuidados corretos são indispensáveis para evitar o aparecimento de complicações. Muitos indivíduos são portadores dessas doenças, mas não sabem, uma vez que a frequência ao médico não é regular e os sintomas das doenças, muitas vezes passam impercebíveis. 50 27. Você dorme bem? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 90% dos professores dormem bem e 10% não dorme bem. O sono de qualidade é importante para recuperação das energias. O indivíduo que não dorme bem tem a qualidade de vida prejudicada, pois a insônia constante provoca indisposição, sensação de cansaço constante, irritabilidade, dificuldade de manter a atenção e um mal estar geral. O sono é uma necessidade humana básica, pois é imprescindível para a mente e o corpo funcionarem normalmente. A privação do sono está relacionada com acidente de trabalho, stress, depressão e outros males, diminuindo a qualidade de vida do indivíduo. Sendo assim, a identificação dos motivos que têm levado a perda do sono é importante, pois uma simples mudança de comportamento pode fazer uma grande diferença. 51 28. Quantas horas de sono você dorme por noite? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 90% informaram que dormem de cinco a oito horas por noite, e 10% dorme mais de oito horas por noite. Dormir em um período muito longo nem sempre representa qualidade de sono. O sono satisfatório é imprescindível para recuperação das energias, o individuo que constantemente não dorme bem, ao longo do tempo é afetado com algumas consequências, pois o organismo fica fragilizado. O desanimo, indisposição, improdutividade, irritabilidade, nervosismo são uns dos males que acometem as pessoas que têm o sono prejudicado. O professor de educação infantil é um dos profissionais que precisa zelar pela qualidade do sono, pois ele deve estar disposto e bem atento para o seu grupo de trabalho que são crianças pequenas, também precisa ter as suas emoções controladas para não perder a paciência com os menores. Sendo assim, dormir bem é um dos indicadores para ter uma vida de qualidade. 52 29. Você já se afastou do trabalho por problemas de saúde? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 70% dos professores não se afastaram do trabalho por problemas de saúde, e 30% dos professores já se afastaram do trabalho por problemas de saúde. O trabalho, quando realizado em condições favoráveis é prazeroso para todo profissional, e entre essas condições favoráveis estão boas condições físicas e emocionais, pois a saúde é um dos fatores determinante para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade. A demanda do dia a dia tem proporcionado em algumas pessoas um desgaste físico e emocional, que reflete no organismo trazendo consequências para a saúde dos indivíduos, que resulta no afastamento das atividades profissionais. 53 30. Quantos afastamentos das atividades escolares já teve no último ano? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Do grupo de professores pesquisados, 80% não teve afastamento das atividades escolares no último ano, 20% tiveram de 1 a 5 afastamentos. O afastamento constante das atividades profissionais é prejudicial, embora algumas vezes seja necessário o professor afastar-se da sala de aula por motivos pessoais como tratamento de saúde. Esta situação quando se torna repetitiva, constitui-se em um grande prejuízo, pois altera a dinâmica do trabalho. Dependendo do grupo que o professor esteja desenvolvendo as suas atividades, como o de educação infantil, pode refletir até emocionalmente para a criança que terá sempre a mudança de professor, quebrando os vínculos construídos. 54 31. Identifique os sinais e sintomas que já apresentou: Dor De Cabeça: 6 pessoas Dores Lombares: 5 pessoas Insônia: 3 pessoas Hipertensão: nenhuma Taquicardia: 1 pessoa Infecções: 1 pessoa Resfriados Constantes: 1 pessoa Herpes: 1 pessoa Psoríase: nenhuma Úlceras: nenhuma Apatia: nenhuma Gengivites: nenhuma Depressão: 1 pessoa Enfarto: nenhuma Boca Seca: 2 pessoas Tontura: 1 pessoa Irritabilidade: 1 pessoa Cansaço Constante: 4 pessoas Desânimo: 2 pessoas Urticária: nenhuma Inabilidade De Trabalhar: nenhuma Entre os professores que foram pesquisados, os sinais e sintomas que mais afetam a saúde física dos docentes estão presentes a dor de cabeça, as dores lombares, o cansaço constante, e a insônia. Esses sinais e sintomas são muito característicos dos indivíduos que apresentam stress. Para exercer as suas funções eficazmente, o professor deve gozar de perfeita saúde, uma vez que se identificam alguns sintomas, deve-se buscar orientação de um especialista para dirimir ou anular o problema. 55 Relações Interpessoais: 32. Você tem uma boa relação com os seus superiores? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 As pesquisas mostram que 100% dos professores têm uma boa relação com seus superiores. A hierarquia está presente em todas as relações, seja conjugal, familiar ou profissional, porém muitas pessoas têm dificuldade para se relacionar com os superiores, pois são resistentes para receber orientações. O bom relacionamento com os superiores é imprescindível, pois torna o ambiente de trabalho agradável, facilita o desempenho profissional e favorece a dinâmica de trabalho. Sendo assim, o respeito, a afetividade e a empatia devem estar presente nesta relação. 56 33. Você tem um bom relacionamento com todos os seus alunos? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados 100% revelam que tem um bom relacionamento com todos os alunos. O bom relacionamento entre professor e aluno é significativo para o processo de aprendizagem, mas no cotidiano escolar nem sempre esse bom relacionamento se faz presente, alguns fatores como excesso de autoridade do professor, indisciplina do aluno e a falta de interesse pela matéria contribuem para que essa relação fique prejudicada. Desta forma. é necessário que o coordenador ou orientador da escola busque, por meio de intervenções, sensibilizar tanto professores quanto alunos, para que repensem suas ações no ambiente escolar, otimizando o processo ensino aprendizagem. 57 34. A sua relação com a equipe de trabalho é saudável? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 Dos professores pesquisados, 100% informam que as sua relação com a equipe de trabalho é saudável. Todo indivíduo deve cuidar bem dos seus relacionamentos tanto entre familiares como amigos, mas é importante que se cuide também das relações no ambiente de trabalho, uma vez que é o local que se passa uma boa parte do tempo. Nos dias atuais, a competitividade está muito presente no ambiente de trabalho, sendo assim, deixa-se de desenvolver valores como amizade, solidariedade, cooperação, humildade fragilizando muito as relações entre a equipe, que pode refletir na qualidade do serviço. Desta forma, uma das maneiras de manter as boas relações no trabalho é cultivar o respeito pelas opiniões, pelas diferenças e pelo próximo. 58 35. Você tem um bom relacionamento com os pais dos alunos? Fonte: Pesquisa de Campo 2012 A pesquisa mostra que 100% dos professores têm um bom relacionamento com os pais dos alunos. O bom relacionamento entre professores e os pais de alunos é importante para favorecer o processo de aprendizagem do educando, uma vez que o professor tendo os pais como parceiros e cooperadores, facilita a colaboração no desenvolvimento de projetos e outras atividades, pois os pais incentivarão os seus filhos na realização das propostas solicitadas pelos professores, o que beneficiará todos. Desta forma, é imprescindível que os professores estando cientes do benefício que uma relação de qualidade com os pais de alunos favorece a sua dinâmica de trabalho e o processo de aprendizagem dos educandos, busque sempre manter essa relação saudável. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O stress é o resultado de tensões causadas por uma gama de fatores que proporcionam um desgaste físico e emocional, desencadeando sinais e sintomas de 59 diversos tipos de enfermidades, e que tem afetado um grande número de brasileiros, já que o Brasil está entre os países com mais pessoas estressadas. Dessa forma, sendo o professor de Educação Infantil um profissional que além das dificuldades enfrentadas no dia a dia na vida pessoal, com questões familiares, problemas com a saúde, e a responsabilidade de exercer uma função que requer muita atenção devido ao grupo com que trabalha que é de crianças pequenas, revela-se um forte candidato a desenvolver o stress. Sendo assim, de acordo com a pesquisa realizada, as causas de stress que afetam alguns professores de Educação Infantil em sala de aula em escolas da Rede Municipal de Lauro de Freitas é fruto das demandas vivenciadas no cotidiano por estes profissionais. Com isso, atingiu-se o objetivo deste trabalho ao identificar as causas que têm proporcionado situações de stress aos professores de Educação Infantil, em sala de aula. Bem como, relacionou-se os sintomas do stress dos professores de Educação Infantil, e observou-se a saúde emocional e física dos professores de Educação Infantil, em sala de aula. A hipótese foi confirmada, pois se percebeu que a exposição a diversas situações que proporcionam um desgaste físico e emocional tem culminado em um stress, comprometendo assim, a saúde emocional e física dos professores. Diante do exposto, recomenda-se um estudo apurado de como este stress pode ser minimizado, visando gerar uma qualidade de vida melhor para estes profissionais que desempenham um papel de suma importância na sociedade brasileira, pois a sua saúde física e emocional está diretamente ligada a qualidade de serviço prestado ao público infantil. 60 REFERÊNCIAS BASSEADAS, Eulália; HUGUET, Teresa; SOLÉ, Isabel. Aprender e ensinar na educação infantil. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. BRUM, Débora Meurer. A voz do professor merece cuidado. Revista Textual, Porto Alegre: p.14-18, maio. 2004. Disponível em: <http://www.saudeetrabalho.com.br/dow nload/voz-do-professor.pdf.html. Acesso em: 24. set. 2012. DEK, Joanna. Desafios e oportunidades em qualidade de vida. Revista Profissional e Negócios, [s.l.]: Nov. 2006. Não paginado. Disponível em: <http://www.via6.com /topico/30456/qualidade-de-vida-no-trabalho. html>. Acesso em 29. set. 2012. DEJOURS, Cristophe. A loucura do trabalho: estudo da psicopatologia do trabalho. Tradução de Ana Isabel Paraguai e Lucia Leal Ferreira. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1992. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessário à prática educativa. 36. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político e religioso e governamental. 17. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010. GUIMARÃES, Arthur; FARIA, Fabiana. Uma profissão, várias realidades. Revista Nova Escola, Brasília: n. 201, p. 28-29, abr. 2007. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia cientifica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. LUCKESI, C. Carlos. Filosofia da educação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 1994. MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000. NAUJORKS, Maria Inês. Stress e inclusão: Indicadores de stress em Professores frente à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Revista do Centro de Educação, Rio Grande do Sul: n. 20. 2002. Disponível em: <http://coralx. ufsm.br/revce/ceesp/2002/02/editorial. html>. Acesso em 02. out. 2012. Playgrounds podem ocultar perigos. Revista sindico, [s.l]: n. 196 jul. ago. set. 2012. Disponível em: <htpp://www.auxiliadora predial.com. br.html>. acesso em 07 nov. 2012. 61 TV Tem. Brasil é o segundo país com mais pessoas estressadas. Disponível em: <http://tn.temmais.com/noticia/7/16799/brasil e o segundo pais com mais pessoas estressadas.htm>. acesso em 08 out. 2012. WERNECK, Vera Rudge. Educação e sensibilidades: um estudo sobre a teoria dos valores. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1996. 62 APÊNDICE I QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES UNIDADE BAIANA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO FACULDADES INTEGRADAS IPITANGA CURSO DE PEDAGOGIA Prezado (a), As questões contidas abaixo compõem uma pesquisa, com fins acadêmicos, que objetiva colher informações para realização de um estudo que tem como tema “Estudo sobre as causas do stress dos Professores de Educação infantil, da Rede Municipal de Lauro de Freitas, em sala de aula”, da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, do curso de Pedagogia, ministrado na Unibahia. A sua colaboração é muito importante para o desenvolvimento deste trabalho. Obrigada! Josete Oliveira - Tel.: (71) 9233-2327 Idade: __________________________ Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino Vida pessoal: 2. Qual o seu estado civil? ( ) Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Separado (a) ( ) Viúvo (a) 63 ( ) Divorciado (a) 3. Quantos filhos você tem? _________________________ 4. Qual o seu nível de formação? ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Outro _____________________ 5. Você se locomove para a escola em condução ( ) Coletiva ( ) Particular ( ) A pé Vida profissional: 6. Você trabalha com educação infantil por ( ) Vocação ( ) Necessidade 7. Há quanto tempo atua como Professor de Educação Infantil? ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 2 anos ( ) De 2 a 3 anos ( ) De 3 a 4 anos ( ) De 4 a 5 anos ( ) Mais de 5 anos 8. Quantos alunos você tem? ( ) Menos de 10 alunos ( ) De 10 a 15 alunos 64 ( ) De 15 a 20 alunos ( ) Mais de 20 alunos 9. Qual a sua carga horária de trabalho durante a semana? ( ) 20 horas ( ) 30 horas ( ) 40 horas 10. A escola que trabalha é muito distante da sua residência? ( ) Sim ( ) Não 11. Você investe na sua formação? ( ) Sim ( ) Não 12. Você participa de encontros Pedagógicos? ( ) Sim ( ) Não 13. Você viaja ou já viajou para participar de congressos com temas sobre Educação Infantil? ( ) Sim ( ) Não 14. Você tem alunos especiais? ( ) Sim ( ) Não Se sim alunos especiais quantos são? ( ) Menos de 3 alunos ( ) De 3 a 5 alunos ( ) Mais de 5 alunos 15. Na escola onde ensina, tem sala de recursos multifuncionais? ( ) Sim ( ) Não 16. Você tem algum suporte para ajudar na sua atuação em sala de aula como outros profissionais ou orientação? 65 ( ) Sim ( ) Não 17. Você está satisfeita com o seu salário? ( ) Sim ( ) Não 18. Há quanto tempo trabalha em órgão público? ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 2 anos ( ) De 2 a 3 anos ( ) De 3 a 4 anos ( ) De 4 a 5 anos ( ) Mais de 5 anos 19. Qual o vínculo com a Instituição em que ensina? ( ) Efetivo ( ) Temporário Saúde: 20. Você faz exercício físico? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual? _______________________________________ 21. Você fuma? ( ) Sim ( ) Não Se sim, quantos cigarros por dia? ___________________________ 22. Você faz uso de bebida alcoólica? ( ) Sim ( ) Não 23. Você tem uma alimentação saudável? ( ) Sim ( ) Não 66 24. Você bebe água regularmente? ( ) Sim ( ) Não 25. Você está acima do peso? Sim ( ) Não ( ) ( ) Sim ( ) Não 26. Você sofre de rouquidão? ( ) Sim ( ) Não Se sim, há quanto tempo? ____________________________________ 27. Você sofre de ( ) Hipertenção ( ) Diabetes ( ) Não sofro de nenhuma das doenças acima 28. Você dorme bem? ( ) Sim ( ) Não 29. Quantas horas de sono você dorme por noite? ( ) Menos de 5 horas ( ) De 5 a 8 horas ( ) Mais de 8 horas 30. Você já se afastou do trabalho por problemas de saúde? ( ) Sim ( ) Não 31. Quantos afastamentos das atividades escolares já teve no último ano? ( ) Nenhum ( ) De 1 a 5 afastamentos ( ) De 6 a 10 afastamentos ( ) Mais de 10 afastamentos 67 32. Identifique os sinais e sintomas que já apresentou: ( ) Dor De Cabeça ( ) Dores Lombares ( ) Insônia ( ) Hipertensão ( ) Taquicardia ( ) Infecções ( ) Resfriados Constantes ( ) Herpes ( ) Psoríase ( ) Úlceras ( ) Apatia ( ) Gengivites ( ) Depressão ( ) Enfarto ( ) Boca Seca ( ) Tontura ( ) Irritabilidade ( ) Cansaço Constante ( ) Desânimo ( ) Urticária ( ) Inabilidade De Trabalhar Relações Interpessoais: 33. Você tem uma boa relação com os seus superiores? ( ) Sim ( ) Não 34. Você tem um bom relacionamento com todos os seus alunos? ( ) Sim ( ) Não 35. A sua relação com a equipe de trabalho é saudável? ( ) Sim ( ) Não 36. Você tem um bom relacionamento com os pais dos alunos? ( ) Sim ( ) Não