Rodada de Negócios reúne 20 empresas

Transcrição

Rodada de Negócios reúne 20 empresas
EDITORIAL
Foto: Arquivo Ciesp/Sorocaba
RESPONSABILIDADE SOCIAL
EM TODAS DIMENSÕES
Antonio Roberto Beldi
Diretor Titular do
Ciesp/Sorocaba
Desenvolvimento
sustentável,
bem estar e
qualidade de vida
dos colaboradores,
promoção da
cidadania são
temas recorrentes
na revista e
nas ações da
Regional
A
escolha do tema Resp ons abilidade So cia l
para nossa repor tagem
de capa justifica-se pela
proximidade do 2º Fórum de Responsabilidade Social que será realizado por esta
Diretoria Regional.
Coincidentemente, est a edição
marca o primeiro aniversário do lançamento da Revista do Ciesp com a
reformulação gráfica e editorial propostas pela atual Diretoria Regional
para difundir propostas de associativismo e cooperativismo, enfatizar
o desenvolv imento e conômico e
social da região através da busca de
soluções conjuntas, temas aos quais
nos propusemos, como é possível
const at ar no Editor ial publicado
na edição 63, que assinalou o novo
projeto da revista. É, por tanto, uma
feliz coincidência.
Pois ao longo destes 12 meses,
as seis edições da Revista do Ciesp/
Soro c aba vem demons t r a ndo o
quanto aqueles compromissos têm
sido obser vados na atuação desta
diretoria. E esta edição reafirma tais
propósitos, não só ao enfatizar o 2º
Fórum de Responsabilidade Social,
como também ao apresentar alguns
exemplos das práticas das empresas
regionais nesse sentido.
P reocupações com as questões
ambientais, com o bem estar e a
qualidade de vida dos colaboradores,
desenvolvimento sustentável, participação em projetos de promoção
da cidadania e inclusão social, etc.,
estão estampadas em diversas repor tagens publicadas nesta edição,
o que confirma que o empresariado
regional tem abraçado essa causa e
par tilhado conosco os mesmos ideais. E têm sido tema de muitas ações
desta diretoria.
Neste ano, a presença da Regional
do Ciesp/Sorocaba, como ficou registrado por esta revista, foi for temente marcada pela difusão desses
princípios e valores. E pela inserção
de nossa entidade na vida da comunidade dos 47 municípios que estão
sob nossa base.
A responsabilidade social tem definições, conceitos e aplicações que variam de acordo com a área de conhecimento com a qual se trabalha. Mas
seja em economia, em administração,
sociologia e mesmo em marketing,
todas levam a uma mesma conclusão:
responsabilidade social é uma forma
de gestão que tem na transparência,
na ética, no desenvolvimento sustentável, no respeito à diversidade e na
preser vação de recursos ambientais
e culturais para as futuras gerações
sua base de sustentação.
São atitudes e valores que vamos continuar cultivando e difundindo.
Boa leitura!
NESTA EDIÇÃO
Sorocaba
Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3260
Alto da Boa Vista - Cep 18013-280
Sorocaba/SP - Fone: (15) 4009-2900
www.ciespsorocaba.com.br
Diretor
Antonio Roberto Beldi
Vice-diretores
Erly Domingues de Syllos
Mário Kajuhico Tanigawa
Presidente do Conselho
Nelson Tadeu Cancellara
CAPA
RESPONSABILIDADE
CADA VEZ MAIOR
As práticas de responsabilidade social ganham cada vez mais
espaço na agenda das empresas regionais e têm o incentivo da
Regional do Ciesp para ampliar ainda mais essas ações
22
Rápidas ................................................................ 08
Artigo Paulo Mendonça .................................................. 14
Painel Comércio Exterior .......................................... 16
Painel Comitê Feminino ................................................ 18
Em Ação ........................................................... 19
Especial ............................................................. 30
Gestão ................................................................... 32
Regional ............................................................... 34
Investimento ....................................................... 38
Ciesp Acontece ...................................................... 44
Novos Associados ............................................... 46
Convênios .......................................................... 50
40
ENTREVISTA
LUIZ MARINS
Um dos mais renomados consultores de empresas
do País está seguro de que chegou a vez do Brasil na
economia mundial. “O empresário brasileiro está amadurecendo e precisa vencer sua baixo autoestima”. Ele
diz que Sorocaba só será uma cidade rica se a região
crescer também.
Conselheiros Titulares
Ubiratan Zachetti
José Ricardo L. de Carvalho
Romeu Massoneto Junior
João Ney Prado Colagrossi Filho
Christiano E. Burmeister
Paulo Fernando Moreira
Jose Norberto L. da Silva
Miriam de O. G. Zacareli
Alcebíades Alvarenga
Francisco Carnelós
Wilson Medina Brício Junior
Ovidio Corrêa Jr.
Dimas Francisco Zanon
Mauro Carneiro Cunha
Manoel B. Rivas Neto
Wilson de Souza Alves
Paulo Firmino A. Simões Dias
Mario Issao Tenguan
Nelson Guarnieri de Lara
Luis Pagliato
Marco Antonio Vieira de Campos
Valter Trettel
Durval de Moraes Caramante
Roberto Carlos de Lima
Mauro Corrêa
Antonio Fernando Pereira
Alexandre A. Gonçalves
Adilson Ferreira
Conselheiros Suplentes
Ecidir Silvestre
Sergio Moacyr Regusa
José Robélio Belote
Valdir Paezani
Érica Bergamini Ern
Marcos Moreno
Mario Ernesto Massaglia
Alvino de Souza Neto
José Puertas Ernandes
Cassiano de Oliveira Brandão
Alex Roberto Leme Maia
Hilário Vassoler
Zuleno Elias Paulino
Moisés Pacheco Alcoléa
5 MIL EXEMPLARES
TIRAGEM AUDITADA PELA
A Revista do Ciesp é uma publicação bimestral da Diretoria Regional
do Ciesp/Sorocaba, produzida pela A2 Comunicação.
Coordenação editorial e edição
J.C. Gonçalves
Reportagens
Oliver Delgado
Edição de Arte
Daniel Guedes
Fotos
Renata Rocha
Produção Editorial
Lúcia Costa
Atendimento Comercial
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A2 Comunicação
Diretor Executivo
Alex Ruivo
Diretora de Redação
Cristina Magnani
Gerente Administrativo
José Carlos da Costa
Diretora de Arte
Camila Janaína
Revisão
Bárbara Luz
Praça Nova York, 60 - Jardim América
CEP 18046-775 - Sorocaba - SP
Fone: (15) 3229 9090
GRUPO ZF
Novidades são apresentadas na
maior feira de tecnologia do NE
RÁPIDAS
SENAI
COM FORTE ATUAÇÃO no mercado de reposição, com as marcas Sachs e Lemförder, a
empresa ZF Sachs, do Grupo ZF, apresentou suas novidades tecnológicas na Autonor Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste - considerado o maior evento desse segmento
naquela região. Segundo Milton Oliveira, gerente de vendas da ZF Sachs, o evento dá a
oportunidade de aprofundar a relação com o cliente. “Em um país com dimensões continentais como o Brasil e com características de mercado particulares em cada região, a
Autonor representa uma oportunidade única para apresentar nossas novas tecnologias e
promover uma interação ainda maior com nossos clientes e também com toda a cadeia,
como distribuidores, varejos e oficinas”.
A feira foi realizada em outubro (21 a 24), no Centro de Convenções de Pernambuco,
no Recife. E entre as novidades apresentadas para a região, um dos destaques foi a linha
de componentes desenvolvidos para veículos leves, como o conjunto de embreagens Sachs
para modelos Astra, Vectra e Zafira 2.0.
Também foram expostos componentes da marca Lemförder, comercializada pela ZF
Sachs no mercado de reposição.
Componentes de suspensão e direção,
terminal de direção, terminal axial,
bandeja de suspensão e bieleta, destinados à nova família do Peugeot 207,
bem como os terminais de direção
axial, pivô e bieleta, fornecidos originalmente para os últimos lançamentos
da Volkswagen - Voyage, Novo Gol
e Saveiro - igualmente
ESTANDE do
foram apresentados na
Grupo ZF na
Autonor
exposição.
Evento divulga
novas tecnologias
com feira e palestras
Foto: Divulgação
O SUCESSO foi a marca registrada na 1ª Semana
Tecnológica realizada pelo Senai/Sorocaba. Durante quatro dias, foram realizadas 68 palestras
e uma feira, com 31 estandes, na qual se fizeram
representar mais de 100 empresas dos mais diversos segmentos. Realizada nas instalações da própria
escola, em outubro (14 a 17), a semana foi criada
com objetivo de divulgar produtos e serviços das
empresas convidadas, demonstrar novas tecnologias e promover a atualização técnica dos alunos e
das empresas da região.
“Uma feira como essa proporciona que o aluno
possa buscar o conhecimento prático, complementado com o ensinamento acadêmico que ele
vivencia no resto do ano”, segundo o diretor da
entidade e um dos coordenadores do Departamento de Responsabilidade Social do Ciesp/Sorocaba,
Jocilei Oliveira.
O Senai Sorocaba também teve seu próprio
estande. Diego Moreno e João Wyllian Henrique
de Oliveira, alunos do 4° semestre de Mecânica
Automobilística, foram os responsáveis pela apresentação do analisador de poluentes aos visitantes.
Segundo os estudantes, a função desta máquina
está sendo ensinada aos alunos como matéria de
urgência, já que neste ano a prefeitura de São Paulo
instituiu como obrigatório o uso do aparelho para
a aprovação de licenciamentos de automóveis. “O
analisador de gases é uma máquina que será utilizada em breve em Sorocaba e por isso foi colocada na
grade curricular com urgência para aprendermos a
utilizá-la”, contou Moreno.
Em uma das palestras, o engenheiro Rubens Augusto Romano, da empresa Automatic House, mostrou
as novas tendências de mercado da automação
residencial. “Minha intenção é criar curiosidades nos
alunos para que estes possam se desenvolver a ponto
de estarem prontos para o mercado de trabalho que a
cada dia exige mais”, afirmou. Outro palestrante foi o
gerente técnico da CCS, Jocilei Oliveira Filho, que falou sobre a tecnologia 3D em máquinas de remodelação, ensinou passos sobre a inspeção da qualidade de
produtos e ainda exibiu cases de empresas famosas.
SEBRAE
Formalização do empreendedor
individual é tema de encontro regional
08
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CIESP
IESP
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SP / OUT-NOV
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Paulista, Marcos Manaf.
Levantamento feito pelo Sebrae-SP
aponta que somente em Sorocaba existem
47.828 pessoas em condições de ser um
microempreendedor individual, o que equivale a 31% do total da região formada por
mais 27 municípios. A figura do Empreendedor Individual (MEI) foi criada pela Lei
Complementar 128 de 19/12/2008, em vigor desde 1º de julho de 2009. A legislação
define que se trata de um empresário sem
sócios e que tenha receita bruta anual de
até R$ 36 mil. A lei estipula 288 categorias
que podem se enquadrar no MEI.
Foto: Divulgação
Foto: Renata Rocha
OLIVEIRA E MORENO
apresentaram o
catalisador aos visitantes
COM OBJETIVO de envolver as administrações públicas e as entidades de classe
para impulsionar a formalização desses trabalhadores, o Sebrae/SP-Escritório Regional
de Sorocaba reuniu, com apoio da Fiesp,
representantes de cerca de 30 municípios da
região para o Encontro Regional do Microempreendedor Individual (MEI). E o resultado foi altamente positivo, sobretudo pela
grande adesão dos municípios, na avaliação do
gerente do Escritório Regional de Sorocaba,
Carlos Alberto de Freitas: “Tenho certeza de
que a regulamentação da figura do MEI nos
municípios deverá acontecer de forma rápida
e objetiva pois os representantes das cidades
participantes tiveram a clara visão do tamanho
da sua responsabilidade frente a esse desafio e
do importante papel de suas atitudes”.
Realizado em outubro (29), no Sorocaba
Park Hotel, o encontro teve a presença do
diretor administrativo e financeiro do Sebrae/SP, Mil- REPRESENTANTES
de cerca de
ton Dallari, e do gerente
30 municípios
do Sebrae/SP - Escritório
participaram do
encontro
Regional do Sudoeste
Foto: AI/Fiesp
COMITÊ DE BACIAS
Atlas reúne informações
sobre recursos hídricos da região
Foto: Lúcia Costa
FRUTO DE UMA PARCERIA entre Governo
do Estado de São Paulo, Fundo Estadual
de Recursos Hídricos, Comitê da Bacia
Hidrográfica dos Rios Sorocaba e Médio
Tietê - do qual o Ciesp/Sorocaba faz parte
- e ONG 5 Elementos, acaba de ser lançado
o Atlas Socioambiental: Um Retrato da
Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba e
Médio Tietê. Além de dados sobre história,
cultura, políticas públicas, f lora, fauna
e economia desta bacia hidrográfica, o
documento traz tópicos importantes para
entender a gestão dos recursos hídricos,
o papel do Comitê de Bacias e de outras
instituições envolvidas. A ideia foi criar e
oferecer uma ferramenta que contribua
para a construção de conhecimento sobre
a bacia e, a partir daí, ajudar no processo
de educação ambiental e mobilização dos
moradores da região.
Segundo o presidente do Fundação
Agência da Bacia e professor da UFSCAR,
André Cordeiro, o Atlas “é uma forma de
traduzir as informações, levar conhecimento
de maneira acessível para a população. Nós,
técnicos, gostamos de relatórios extensos.
Isto não chega às pessoas. E não se pode
PARTICIPANTES plantam mudas
de árvores durante lançamento do atlas
Origem dos nomes
O Atlas também traz a origem de
nomes de algumas cidades da região,
muitas delas ligadas às condições naturais do local, de origem tupi-guarani.
Entre eles:
Sorocaba > Ruptura de solo, terra rasgada
Tatuí > Rio do Tatu
Votorantim > Encosta ou ladeira branca.
Sarapui > Rio das enguias.
Itu > Queda d’água
Cabreuva > A árvore da coruja
Boituva > Local de muitas cobras
transformar sem entender”. Para ele, o
Comitê é um fórum público e não pode
manter as informações restritas apenas
aos técnicos: “Informações públicas têm
que ser públicas, as metas definidas precisam ser de conhecimento da população
que só assim pode incrementá-las”.
O Atlas Socioambiental foi lançado em
outubro (29) no Museu da Energia, em Itu.
Trazendo para a prática a preocupação
com ações sustentáveis, o evento teve
emissão mínima de carbono, promovendo
um café da manhã sem descartáveis e
com produtos locais. Além disso, o horário escolhido (manhã) possibilitou menor
consumo de energia elétrica.
A coordenadora do Atlas e fundadora do Instituto 5 Elementos, Patrícia
Otero, explicou que o livro partiu de
dados levantados pelo IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas) sobre a região.
A estes dados, foram somados outros,
da Cartografia Social e do Mapa Verde,
além de informações levantadas pela
equipe que participou da execução do
livro, da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado e Cetesb. Foram 12 meses
debruçados no projeto que resultou
num livro com 40 páginas sendo que a
primeira parte trata a questão da água
e da importância dos rios e a segunda
apresenta 11 mapas temáticos: bacia
hidrográfica, atividade econômica,
geologia, geomor fologia, cober tura
vegetal, resíduos sólidos, retrato das
águas, água e clima, sociedade e cultura,
práticas sustentáveis, políticas públicas
e autocartografia, um mapa interativo.
JOSÉ ALENCAR, emocionado, faz
discurso agradecendo a homenagem recebida
PRESIDENTE EMÉRITO
Emoção marca
título a José de Alencar
“ESTE TÍTULO é o reconhecimento das crenças e de
valores que sempre carreguei comigo”. Com essas
palavras, e lágrimas nos olhos, o vice-presidente da
República, José Alencar, recebeu do presidente do
Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf, o título de Presidente Emérito da Fiesp. A homenagem foi prestada em cerimônia
realizada em novembro (9) no Teatro do Sesi, em São
Paulo, com as presenças do presidente Lula e do governador José Serra. E foi transmitida via TV Interativa
para as 43 regionais, incluindo Sorocaba.
Cerca de 800 pessoas, entre sociedade civil,
prefeitos, governadores e ministros, prestigiaram o
encontro, aberto com um show da sambista Leci
Brandão, que foi marcado por muita emoção.
O vice recebeu a condecoração das mãos do
presidente Paulo Skaf, que em seu discurso relembrou a
trajetória do filho do seu Antônio e da dona Dolores, que
antes de se tornar presidente de uma das maiores indústrias de tecido do mundo, a Coteminas, enfrentou dificuldades desde os sete anos, quando começou a trabalhar.
“José Alencar é um exemplo de coragem e perseverança e
uma prova de que o trabalho vale a pena”, destacou Skaf,
elogiando também seu desempenho na gestão presidencial. Já o presidente Lula, em seu discurso, enalteceu o
companheirismo do vice-presidente.
Comitiva regional acompanha Congresso da Indústria
A REGIONAL Sorocaba organizou uma comitiva para acompanhar aquele que é considerado um dos mais
relevantes encontros do setor, o 3º Congresso da Indústria, realizado pelo Ciesp/Fiesp. Tendo como tema
O Brasil após a crise, o encontro, realizado na sede da entidade, em São Paulo, em setembro (28), debateu não
só temas relacionados à economia, mas também à educação, infraestrutura, sustentabilidade, entre outros
presentes na atual agenda brasileira. “São pontos fundamentais para o desenvolvimento do País nos próximos
anos”, salientou o presidente do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf, durante o encontro.
O 2° vice-diretor do Ciesp Sorocaba, Mario Tanigawa, que acompanhou
a comitiva, destacou a importância desse evento. “É uma forma do empresáSKAF: é
importante
rio da região observar como o Brasil está se portando nesse pós-crise, através
debater
de depoimentos e números que comprovam uma melhora nesse cenário”.
temas como
Para o coordenador do departamento de Segurança e Medicina do
educação,
Trabalho, Ruy Jaegger, que também acompanhou o encontro, eventos
infraestrutura
desse porte trazem conhecimento e sanam dúvidas do empresariado. e sustentabilidade
“O congresso é uma grande oportunidade para atualizar informações
específicas e dados nacionais, além de mostrar perspectivas para o
cenário industrial”, afirma.
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
09
NOMEAÇÃO
Novo secretário conta com
apoio do Ciesp/Sorocaba
“BEM. MUITO BEM”. Com essas palavras,
o diretor titular do Ciesp/Sorocaba manifestou de que forma foi recebida por parte
da Regional a nomeação do 2º vice-diretor,
Mario Tanigawa, para assumir a Secretaria
de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Sorocaba. “O Mario, além de falar
fluentemente japonês, até já foi diretor de
empresas japonesas, tem muita experiência internacional e conhece os assuntos
com os quais irá tratar”.
Segundo Beldi, com sua nomeação
Sorocaba tem muito a ganhar. “Ele pode
ser muito útil pela experiência que adquiriu,
pela postura que tem, pela competência. E
assume, neste momento, um grande desafio.
Mas ele sabe que pode contar com todos nós
do Ciesp e da indústria” afirmou o diretor
titular. Tanigawa foi nomeado para o cargo
em outubro (16) pelo prefeito Vitor Lippi.
REFIS
Seminário esclarece dúvidas
sobre benefícios do programa
Foto: Renata Rocha
MAIS DE TRÊS MIL empresas participaram
do seminário promovido pelo Ciesp/Fiesp para
dirimir dúvidas sobre o programa de recuperação fiscal, conhecido como Refis da crise, em
encontro realizado na sede da entidade em
São Paulo e acompanhado simultaneamente,
via TV Interativa, nas 43 regionais.
Na abertura do encontro, o presidente
do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf falou sobre a
importância do seminário: “Um encontro
dessa magnitude têm sua importância ao
trazer autoridades da Procuradoria e da
Receita para prestar esclarecimentos às
empresas que querem regularizar a sua
situação fiscal com o governo”, disse ele.
O Procurador Regional da Fazenda Nacional no Estado de São Paulo, Agostinho
do Nascimento Netto, explicou a ligação
do programa com a crise global. “O novo
Refis vem a reboque de uma crise financeira sem precedentes, e está encaixado
no esforço de dar uma resposta efetiva
neste momento. É preciso dar condições,
de fato, para que o setor produtivo volte a
produzir”, afirmou Netto.
ASSOCIADOS
acompanham,
na sede da
Regional,
encontro
transmitido
via TV
Interativa
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REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
Já em sua quarta edição, o Refis é uma
lei que possibilita aos contribuintes o parcelamento de débitos com a União Federal
em até 180 meses, prevendo redução de
multa e juros que em alguns casos chegam
a até 100%, para pagamento à vista. Os
contribuintes que quiserem se beneficiar
das condições especiais de quitar os tributos federais em atraso têm até o dia 30 de
novembro para aderirem ao plano.
A sede sorocabana do Ciesp também
acompanhou o seminário, realizado em
outubro (7), através da TV Interativa. E
essa não foi a primeira vez que o tema foi
discutido na cidade. Em setembro último, a
Diretoria Regional trouxe dois especialistas
de uma empresa para tirar dúvidas dos associados. E para esta transmissão, acompanhada por aproximadamente 15 associados,
a Regional Sorocaba trouxe Alexandre Guilherme Vasconcelos, auditor fiscal da Receita
Federal, representando o delegado Ângelo
Celso Bosso, para esclarecer dúvidas pré e
subsequentes à palestra de São Paulo.
Alexandre Giuliani, diretor da Eng Press,
que acompanhou a transmissão, saiu satisfeito com os esclarecimentos do seminário. “Eu
tinha muitas dúvidas sobre como funcionava
o Refis e não encontrava as respostas na
Receita Federal”, contou Giuliani.
Já para a contadora da Isocoat - Vernizes
e Tintas, Irene da Luz Rosa, os comentários de
Vasconcelos foram essenciais para esclarecer
a importância da nova lei. “Acho muito bom
o evento, pois nos mantém atualizados e nos
dá a chance de tirar dúvidas que beneficiam a
nossa empresa”, elogiou a contadora.
SEGURANÇA
Empresa simula
acidente para testar
atendimento em
emergências
PELO TERCEIRO ano seguido, a Dana, fabricante de autopeças, realizou uma simulação de
incêndio para avaliar as medidas de segurança necessárias em caso de acidentes graves, a
fim de garantir a proteção de seus funcionários, das empresas vizinhas e de moradores da
região. A última delas aconteceu em outubro
(8) e mobilizou quatro viaturas do Corpo de
Bombeiros, duas ambulâncias do Samu, a
polícia ambiental e técnicos da Cetesb.
A operação durou aproximadamente 25 minutos e foi realizada a céu aberto na área de
depósito de gases, que abastecem a empilhadeira da empresa. Na simulação, os bombeiros
demoraram oito minutos para resgatar os
acidentados, cinco funcionários da Dana que
fizeram papel de vítimas. “O tempo total de
socorro às vitimas e da contenção da emergência (15 minutos), foi plenamente satisfatório em virtude da complexidade do ocorrido”,
segundo o comandante dos bombeiros, ten.
Adriano Rondello.
“Anualmente fazemos um treinamento
para nossa brigada de incêndio, e integramos a
defesa pública para termos a noção real do que
deve ser feito. Sempre fazemos uma reunião
após o evento para uma análise crítica”, contou
Manoel Rivas, presidente da Dana Indústrias.
Após o evento, o coordenador Geral da
Defesa Civil, Cel. Roberto Montgomery Soares,
detalhou as ações da integração entre o poder
público e a empresa que facilitam e aprimoram
o atendimento de casos semelhantes. “É importante estar atento às vias de acesso, posicionamento de viaturas e equipes, comunicação entre
as equipes, EPI necessário para o atendimento,
definição das zonas críticas de atendimento,
contato com a imprensa, avaliação dos resultados, e correção de falhas para próximos exercícios ou casos reais”, elucidou Montgomery.
O grupo PAM (Plano de Auxílio Mútuo),
composto por 15 empresas, também participou
do evento. “A experiência é sempre cheia de
adrenalina, aprendemos muito nos momentos
difíceis”, relatou o presidente do grupo e técnico
de segurança no trabalho, Wilson Jacinto.
Foto: Divulgação
RÁPIDAS
Foto: Arquivo Ciesp/Sorocaba
MARIO TANIGAWA,
secretário de Desenvolvimento Econômico
de Sorocaba
SIMULAÇÃO durou cerca de 25 minutos
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
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COMUNICAÇÃO
Associados terão
ambiente próprio no portal
HOMENAGEM
Ciesp recebe votos de congratulações
pelo apoio dado ao Banco de Alimentos
Foto: AI/Câmara Municipal de Sorocaba
A REGIONAL DO CIESP/SOROCABA recebeu votos de congratulações da Câmara Municipal
pelo apoio à organização não governamental
Banco de Alimentos, criada com objetivo de
minimizar os efeitos da fome, através do combate ao desperdício de alimentos e por ações de
promoção à educação e cidadania.
O Banco de Alimentos de Sorocaba foi
instalado em 2006 e tem como parceiros,
A COORDENADORA do Ciesp/Sorocaba, Eva
Marius, representou a entidade na entrega do
diploma, recebido dos vereadores José Francisco Martinez (esq) e Izidio de Brito Correia
além do Ciesp, a Escola Técnica Estadual
Rubens de Farias, Intermédica, Mar tins
e Martins, Sindicato dos Metalúrgicos de
Sorocaba e Região, Walt Mart Sorocaba e Ceagesp Sorocaba e Permissionários. Os produtos
doados ao Banco são higienizados, embalados
e distribuídos para famílias carentes assistidas
por mais de 100 entidades cadastradas.
A homenagem foi proposta pelo vereador
Izidio de Brito para lembrar a passagem do
Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro.
“Nada mais justo do que comemorarmos
junto de entidades sérias, que se uniram
pela luta no combate à fome dos cidadãos
sorocabanos”, afirmou o vereador durante a
solenidade, realizada em outubro (29).
A presidente do Banco, Neide Gutiyama, falou
em nome dos homenageados.“Graças aos nossos
parceiros, hoje temos experiência para progredir
e ajudar na alimentação saudável de outras centenas de pessoas, apenas evitando o desperdício,
o que nos deixa extremamente feliz”, afirmou.
Ela aproveitou para anunciar também a criação
do Banco de Alimentos de Piedade.
PARA O PRÓXIMO
ano diversas mudanças estão sendo cogitadas para
melhorar o acesso
à informação no
portal do Ciesp/Sorocaba. Uma delas NA SOFTDESIGN,
é a criação de um testes para o novo portal
que entrará no ar em 2010
ambiente exclusivo
para os associados da entidade, pois atualmente
todo conteúdo é público. Segundo o diretor da
Softdesign, empresa responsável pelo desenvolvimento e manutenção do canal de comunicação
da Regional na web, Odenir Henrique Júnior,
essas mudanças serão extremamente benéficas ao
associado. “Nós queremos que ele sinta que dispõe
de um ambiente próprio também on line, parecido
com o que tem fisicamente através das reuniões:
a intenção é que o associado tenha esse mesmo
sentimento num ambiente virtual”, explicou.
Com aproximadamente 300 acessos diários
e completando um ano no início de dezembro,
o portal do Ciesp/Sorocaba envia diariamente
informações da entidade para 2.200 endereços
eletrônicos cadastrados. E oferece diversos serviços, tais como inscrições em eventos e cursos,
releases, notícias dos departamentos, cobertura
completa das reuniões plenárias disponibilizadas
em arquivo PDF, entre outros. Até esta revista
pode ser acessada virtualmente.
Foto: Renata Rocha
RÁPIDAS
MEIO AMBIENTE
DOIS WORKSHOPS realizados na sede do Ciesp
em São Paulo, com acompanhamento simultâneo pelas 43 regionais através da TV interativa,
marcaram o estreitamento da parceria entre a
entidade representativa das indústrias e a Cetesb.
“Esta série de encontros amplia a capacidade e
o conhecimento em torno dos grandes temas
ambientais”, disse o diretor de Meio Ambiente
do Ciesp, Eduardo San Martin, na abertura do
primeiro encontro, realizado em outubro (29).
O evento teve a participação do presidente
do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf e do presidente da
Cetesb, Fernando Rei.
Cerca de dois mil empresários acompanharam
palestras de Marcelo Minelli, diretor de licenciamento e Gestão Ambiental, e Ana Cristina Pasini
da Costa, diretora de Tecnologia, Qualidade e
Avaliação Ambiental, ambos da Cetesb, que
falaram sobre as novas formas de atuação e a
estrutura da agência ambiental. Os engenheiros
Mauro Kazuo Sato e Carlos Eduardo Komatsu,
também da Cetesb, fizeram explanações sobre
conceitos e procedimentos de licenciamento
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REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
ambiental e qualidade do meio ambiente.
A unidade de Sorocaba, que acompanhou a
transmissão no auditório da sede regional, teve
o maior público dentre as 43 regionais, com 70
pessoas. Prevendo o grande interesse, o Departamento de Meio Ambiente da Regional convidou Sétimo Humberto Marangon, da Cetesb
Sorocaba, que falou sobre os temas discutidos no
workshop e tirou dúvidas dos associados.
O segundo workshop foi realizado em novembro (11) e nele especialistas da Cetesb abordaram
as diferentes categorias de licenciamento pertinentes a cada tipo de empreendimento. Foram
focados ainda o licenciamento com avaliação
de impacto ambiental, as autorizações relacionadas com a legislação florestal, a emissão
de licença para os vários tipos de fontes poluidoras, além do licenciamento para atividades
de baixo potencial poluidor (Silis). Dentre os
palestrantes da Cetesb estavam a engenheira
Maria Silvia Romitelli, a química Ana Claudia
Tartaglia, a arquiteta Vivian Marrani de Azevedo
Marques e o diretor ambiental do Departamento
de Fiscalização e Monitoramento da Secretaria do
Meio Ambiente, Antonio Luiz Lima de Queiroz.
Foto: Renata Rocha
Workshops estreitam parceria com Cetesb
SOROCABA foi a Regional que
reuniu o maior número de participantes
Em Sorocaba mais de 50 pessoas acompanharam o encontro no auditório da Regional. Desta
vez, além de Sétimo Humberto Marangon, o
representante da Cetesb de Botucatu, Perseu Mariani, também compareceu ao evento para dirimir
dúvidas dos presentes. Além de representantes de
empresas, estudantes de cursos da área ambiental
estiveram presentes, o que foi encarado como
muito positivo pelo Diretor Adjunto do Depto de
Meio Ambiente do Ciesp/SP e coordenador do
Departamento de Meio Ambiente do Ciesp/
Sorocaba, Paulo Mendonça: “É um público que
formará a opinião empresarial no futuro, e é
louvável que estejam aqui mostrando interesse
em aprender sobre o meio ambiente, uma questão
que pesará muito” afirmou Mendonça.
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
13
Foto: Arquivo Ciesp/Sorocaba
ARTIGO
VISÃO
ESTRATÉGICA
Paulo Mendonça
Diretor Adjunto do Depto de
Meio Ambiente do Ciesp/SP;
Coordenador do Depto de
Meio Ambiente do Ciesp/Sorocaba; Coordenador de Meio
Ambiente na Dana Indústrias;
Coordenador do Curso de
MBA em Sistemas Integrados
de Gestão na Universidade de
Sorocaba (Uniso), onde leciona
em diversos cursos
Gestão
ambiental está
sendo vista como
questão estratégica
para as indústrias
14
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
A
s empresas que investem,
voluntariamente, mais do
que as leis ambientais exigem, tendem a apresentar
uma visão mais aguçada da
impor tância de se cuidar
do meio ambiente. Isso passa, então,
a ser considerado como oportunidade
de negócios, vantagem competitiva,
investimentos, diferentemente daquela
visão limitada que considera as ações
pró-ambientais como nada mais que
despesas. Nessa perspectiva, tais empresas, procurando atender às necessidades
do mercado e exigências sociais, criam
mecanismos e tomam iniciativas no
âmbito organizacional que as tornam
capazes de responder às necessidades
ambientais presentes e futuras, o que
cer tamente aumentará as chances de
sobrevivência delas, nessa nova e crescente conjuntura.
É fato que a gestão ambiental está
sendo vista como uma questão estratégica para as indústrias, bem como
antecipa uma demanda legal, que está
a cada dia aparecendo com mais intensidade. A questão do uso da água, tratamento de efluentes, descarte de resíduos,
atendimento ao licenciamento ambiental,
enfim, são caminhos sem volta. Em busca
destes, órgãos ambientais e indústrias se
unem para difundir a questão ambiental,
como no caso do Ciesp/Sorocaba, através
de ações locais e regionais.
Entidades como o Ciesp estão promovendo debates em torno destas questões
desde novembro de 2005, visando incentivar todas as empresas a buscar a implementação de sistemas de gestão e em
especial a ISO 14001:2004. Para tanto,
buscam participar, nesta discussão, os
órgãos ambientais oficiais, prefeituras,
empresas, serviços, universidades, entre
outras. Exemplo disso é o convênio entre
Ciesp e Cetesb.
Nos últimos anos, a maioria dos veículos
da grande imprensa conseguiu perceber
a necessidade de informar à população
alguns dos muitos aconte cimentos
relacionados à questão ambiental que
ocorrem diariamente em todo o mundo.
Com esta ação, somadas às ações governamentais e mercadológicas, tivemos,
nos últimos quatro anos, uma mudança
significativa do per fil ambiental das
indústrias de Sorocaba, demonstrando
através de indicadores a melhora da qualidade da cultura ambiental na cidade.
A evolução do indicador “Certificação
Ambiental” aumentou significativamente em 13%, segundo a pesquisa realizada. Parte considerável desta alteração se
dá pelo papel que a mídia exerce sobre
a população de massa, evidenciado pelo
crescente aumento de programas abertos
sobre a questão ambiental e pelo resultado
da pesquisa junto às empresas, demonstrando que 84% das empresas consideram
que a mídia influencia a cultura ambiental
da empresa.
Por tanto, obser vou-se que existe
melhora significativa, para as questões
ambientais, em especial no indicador
Certificação Ambiental, das indústrias
da cidade.
Cabe a todos entender que a conquista
da sustentabilidade só será possível através de um processo, urgente, profundo e
contínuo de construção de conhecimento, ações e práticas ambientais e socioeconômicas mais responsáveis. Neste
contexto, as organizações empresariais
possuem um papel fundamental perante
a sociedade na consolidação dessa visão
de desenvolvimento.
As empresas precisam desenvolver
a capacidade de enxergar além dos
interesses de mercado, percebendo
as implicações também de questões
políticas, sociais e ecológicas nos seus
negócios.
PAINEL
EXTERIOR
PAINEL -- COMÉRCIO
COMITÊ FEMININO
Regional promove
2ª JORNADA DE COMÉRCIO
EXTERIOR DO ESTADO para
auxiliar e incentivar as empresas
a incrementar exportações
C
om o tema Sua Empresa
Conquistando o Mercado
Internacional, a Regional do
Ciesp/Sorocaba promoveu a
2ª Jornada de Comércio Exterior do Estado, que teve a
presença de representantes de dezenas de
indústrias da região. O encontro, realizado
na sede da regional em outubro (21) e organizado pelo Departamento de Comércio
Exterior, foi aberto com as palavras do 1º
vice-diretor da Regional, Erly Syllos: “Mais
uma vez o Ciesp/Sorocaba abre suas portas
para o empresário que busca novos mercados
e pensa grande, independentemente de sua
empresa ser de grande, médio ou pequeno
porte”, disse ele, resumindo o propósito do
evento.
A coordenadora do Departamento de
Comércio Exterior do Ciesp/Sorocaba,
Miriam Zacarelli, falou da expressividade
regional nessa área: “Somos o sexto maior
exportador do Estado e o vigésimo quarto
no Brasil, tanto em exportação quanto em
importação, e isso demonstra a força que
temos. A principal importância destes números é que estamos saindo da crise, já que
os empresários sorocabanos continuam aumentando o número de importações, para
retomar o estoque” demonstrou ela.
Magaly Menezes, do Derex (Departamento de Relações Internacionais e
Comércio Exterior) da Fiesp, explicou
como aquele departamento pode auxiliar
os empresários que desejam atuar no comércio exterior e Talles Guedes, também
do Derex, deu dicas sobre as ferramentas
que podem ser utilizadas nesse processo:
“Estamos aqui para ajudar a fomentar as
exportações sorocabanas para empresários que querem alcançar os mercados
16
REVISTA
REVISTA DO
DO CIESP
CIESP // OUT-NOV
OUT-NOV
Foto: Renata Rocha
Olhar para o mundo
opor tunidade” afirmou Mello.
Lemos destacou os diferenciais
que as empresas da região têm em
relação a outros centros desenvolvidos. “Campinas, por exemplo,
já tem um campo consolidado e
fortificado; entretanto, Sorocaba
tem um potencial enorme de
crescimento, o que caracteriza
uma vantagem”.
O coordenador operacional do
ERLY SYLLOS fala aos participantes. Na mesa,
IPT (Instituto de Pesquisas Tecalém do 1º vice-diretor, MIRIAM ZACARELLI, MAGALY
nológicas), Ilio de Nardi Júnior,
MENEZES e GILBERTO MELLO (da esq. para a dir.)
explicou como funciona o Progex
(Programa de Apoio Tecnológico à Exporinternacionais”, destacou ele.
Gilberto de Mello e Ivan Antunes de Le- tação), desenvolvido pelo instituto com
mos, responsáveis pela gerência regional o propósito de adequar os produtos às
de apoio ao Comércio Exterior do Banco exigências técnicas dos mercados interdo Brasil, de Campinas, falaram sobre o nacionais. E o gerente comercial dos Corbásico de comércio exterior e formação de reios, Paulo Guido, falou sobre formas de
preço de exportação. “As vantagens de simplificar as remessas ao exterior. “O
exportar são inúmeras, e o momento é site do Correios tem muita informação
de grande oportunidade. Precisamos de para o exportador que precisa dos serviuma verdadeira união para aproveitar essa ços de transporte”, afiançou Guido.
Rodada de Negócios reúne 20 empresas
E
ncerradas as palestras, realizadas
pela manhã, os participantes voltaram à tarde para uma Rodada de
Negócios. No total, foram 20 empresas
envolvidas nas negociações, sete âncoras
ou tradings, que realizam exportações,
e 13 interessadas em trabalhar com o
mercado externo.
Douglas Lopez, da empresa trading
Brazil Export, criticou a visão de alguns empresários que não investem no
comércio externo, acreditando ser uma
atividade pequena. “Seja o produto que
for, é um mercado com mais de 200 países para comercializar. Nossa exportação
de produtos manufaturados representa
apenas 1,8% do comércio no mundo, é
muito pouco para nossa potência”.
Marco Antônio, da trading DAX,
por sua vez, aposta no potencial da
cidade. “O pólo de Sorocaba é grande
e importante, tem prestígio e sempre
estamos precisando de fornecedores”,
citou. Karen Roedel e Antônio Ferraz,
das âncora Facex Comércio Exterior e
DWR, respectivamente, também concordaram com Marco Antônio, sobre a
importância de buscar novos mercados
e da realização de trabalhos a longo
prazo com o comércio sorocabano.
Os participantes elogiaram o trabalho do Ciesp. “Acho que foi muito
positivo por nos trazer um mercado
novo, gerando conhecimento e informações novas”, comentou Maria de
Fátima Carvalho Moreira, da Tec Screen.
Jan Diniz, representante da empresa de
estágios e treinamentos Aisec, mostrou
as vantagens de poder conversar diretamente com quem realiza as operações de
negócios. “Normalmente é uma espera
em telefones e você nunca consegue falar
com a pessoa certa, mas com este evento
temos a oportunidade de apertar a mão
do representante de uma trading. Isso é
fantástico!”, comemorou Diniz.
PAINEL - COMITÊ FEMININO
Um brinde para boas causas
NÓS MULHERES é procurado por empresas interessadas em oferecer, neste final de ano,
brindes que associam seus nomes às causas ambientais e projetos sociais
A
Fotos: Renata Rocha
s empresas interessadas
em associar seu nome às
causas sociais e ambientais
estão dando muito trabalho
para o Nós Mulheres neste
final de ano: elas têm recorrido à oficina do movimento, idealizado e implantado pelo Comitê Feminino
do Ciesp/Sorocaba, para encomendar
seus brindes de final de ano. E para incrementar ainda mais os pedidos nesse
sentido, como explica Lélia Cayubi, uma
das conselheiras do Comitê, em todos os
encontros promovidos pelo Ciesp essa
possibilidade tem sido divulgada.
Uma amostra do potencial e da capacidade criativa e produtiva do movimento
pôde ser apreciada durante a Casa Cor
2009: dentre os cinco ambientes apresentados no evento, um deles - a casa
de um jovem casal - foi decorado com
objetos produzidos na oficina do Nós Mulheres, ampliando ainda mais o leque de
possibilidades de utilização dos objetos
elaborados com material reciclado.
O ambiente, com 91 m2, foi projetado em
família pelos arquitetos Geraldo e Fernanda
Cayubi. E a ideia de aproveitar a produção do
Nós Mulheres foi da mãe de Fernanda, a conselheira Lélia “Como a vocação da Casa Cor
é estar ligada a produtos politicamente corretos, sugeri a Fernanda que viesse conhecer as
LÉLIA, conselheira do Nós Mulheres e sua filha a arquiteta FERNANDA CAYUBI,
que usou objetos feitos na oficina do Projeto para decorar um dos ambientes da Casa Cor
possibilidades de uso do material produzido
pelas mulheres assistidas pelo movimento. E,
claro, ambos os lados se encantaram com a
ideia”, contou ela.
Fotos: Renata Rocha
FORAM oferecidas pelo Movimento, para
decorar a casa projetada para jovens
casais, cinco bolsas elaboradas a partir de
banneres de propaganda, uma fruteira, uma
tábua e quatro portacopos. Mas o destaque
foram os tozetos, feitos de garrafa de vidro,
modelados para ornamentar o piso do espaço
gourmet. “A beleza dos tozetos está neste
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REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
sentido irregular de não ser algo industrializado ou calculado milimetricamente, é
tudo feito através do sentimento da artista
que modela o vidro conforme seu sentimento”, explicou Fernanda Cayubi.
A recepção por par te das mulheres
do movimento impressionou a arquiteta.
“Elas se preocuparam e se dedicaram
muito, fizeram e refizeram várias vezes
para concluir com perfeição este trabalho,
não há o que dizer, elas realmente abriram
o coração”, elogiou Fernanda.
E essa parceira foi destaque no Casa
Cor justamente porque, diferente da maior
parte dos outros ambientes - que se utilizaram de materiais de lojas renomadas - o
ambiente da família Cayubi usou objetos
recicláveis que representam a ligação com
o meio ambiente através de um movimento
social que auxilia mulheres de baixa renda
com oportunidades de profissionalização
para aumentar o orçamento doméstico.
As empresas que queiram conhecer a
produção do Nós Mulheres ou encomendar brindes, podem fazê-lo através do
fone 3234-5856.
AMBIENTES criados
pela arquiteta
Foto: Renata Rocha
EM AÇÃO
MARIA CRISTINA CARLI,
da CPFL, fala aos participantes do
7º Seminário de Gestão Energética e
Industrial
INFRAESTRUTURA
Seminário debate busca por maior
eficiência na gestão energética
COM O PROPÓSITO de aumentar a eficiência
das empresas na gestão de energia, através
de soluções em energias sustentáveis e
eficientes, a CPFL (Companhia Piratininga
de Força e Luz) realizou a 7ª edição do
seminário de Gestão Energética Industrial
(GEI). Foram quatro palestras para um
público formado, em sua maioria, por diretores, gerentes, engenheiros e técnicos de
manutenção elétrica.
O primeiro palestrante foi Marcos Guimarães, gerente comercial da CPFL, que falou
sobre toda a estrutura da empresa, desde seu
histórico a programas e planejamentos. “Um
dos objetivos deste seminário é apresentar a
CPFL a seus clientes, esta empresa passou
por muitas transformações desde a época em
que nasceu. Começou com quatro pequenas
usinas e hoje dispõe desta estrutura enorme”, contou Guimarães, que ainda elogiou
a parceria com o Ciesp. “Somos associados
e o Ciesp tem nos apoiado na divulgação do
evento, além de trazer dúvidas e solicitações
de outras empresas”.
Em seguida, Marcelo Soares, engenheiro
eletricista representante da área de negócios
da empresa, abordou as tecnologias voltadas à
eficiência energética. Dentre várias inovações, ele
citou a iluminação LED como uma das grandes
transformações para o consumo de energia.
O encontro ainda deu destaque para um
serviço da CPFL a seus clientes industriais:
oferecer consultoria a empresas que querem
economizar, mas necessitam manter o con-
sumo atual, segundo o terceiro palestrante,
Pedro Kurbhi, gerente corporativo. “Temos
uma equipe de 35 funcionários que atende,
gratuitamente, o público empresarial que
quer gastar menos, mas não tem como consumir em menor quantidade. Nosso ideal é
não ser apenas um medidor de energia que
cobra o cliente, e sim um gestor de energia
para a empresa”, explicou ele.
O supervisor Eduardo Montoria e o engenheiro Fábio Remiro, ambos da Flextronics,
contaram que essa foi a terceira oportunidade
em que participaram do GEI e que voltaram
graças ao histórico do evento. “É muito bom,
pois temos a oportunidade de conhecer novidades e as tendências das tecnologias energéticas, mas o mais importante é descobrirmos
formas para diminuir o custo da energia”,
comentou Montoria. Já o engenheiro citou um
serviço da CPFL como tema que mais agradou.
“Fiquei surpreso ao tomar conhecimento das
facilidades que o portal da internet da CPFL
tem para nos oferecer”, elogiou Remiro.
Outro engenheiro eletricista, Waine Milhori,
da empresa Arjowiggins, destacou os temas
escolhidos para os seminários. “Conversar
sobre eficiência energética e mercado livre de
energia é muito importante para as empresas,
especialmente a que trabalho”.
Ao fim do evento, realizado no auditório
da Cia. Piratininga em novembro (12), Maria
Cristina Carli, representante regional da
CPFL e integrante do Departamento de
Infraestrutura do Ciesp/Sorocaba, pontuou
JURÍDICO
Ciesp obtêm sentença
favorável em ação sobre
aviso prévio indenizado
O DEPARTAMENTO Jurídico do Ciesp obteve, na 12ª
Vara da Justiça Federal de São Paulo, sentença
favorável em liminar para que seja reconhecido
o direito de a entidade e seus associados não
incluírem as verbas pagas a título de aviso prévio
indenizado na base de cálculo das contribuições
previdenciárias patronais a partir da edição do
decreto 6.727/09.
Segundo nota distribuída pela Diretora Jurídica
do CIESP, Susy Gomes Hoffmann, a sentença
assegura, ainda, a compensação dos valores
indevidamente recolhidos no recolhimento de
quaisquer tributos e contribuições administrados
pela Receita Federal do Brasil, atualizando-se
os valores pela taxa SELIC. “Nos termos do
dispositivo da sentença, cabe ao Fisco a apuração e verificação da exatidão das importâncias
compensadas” informa a nota.
SEGURO-DESEMPREGO - Os empregadores vão
poder enviar pela internet o formulário de pedido do seguro-desemprego para funcionários
demitidos, de acordo com resolução do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicada
no Diário Oficial da União. A requisição poderá
ser feita ao MTE pelo empregador no mesmo
dia da demissão.
Segundo informe distribuído pelo Departamento Jurídico do Ciesp/Sorocaba, assinado pelo
coordenador, dr. Sadi Montenegro Duarte Neto,
inicialmente o sistema, denominado SDWEB, foi
implantado em 71 empresas do Distrito Federal,
e agora está sendo gradualmente estendido para
todo o país.
Atualmente, o tempo entre o encaminhamento
do requerimento e o recebimento do benefício varia entre 30 e 45 dias. De acordo com o
Ministério, esse prazo poderá ser reduzido para
10 dias, com a implantação do sistema. Depois de
sua adoção em âmbito nacional, cujo prazo ainda
não foi definido pelo MTE, os empregadores
deverão se cadastrar previamente para ter acesso
online ao preenchimento dos dois documentos
necessários para recebimento do seguro, referentes à comunicação de dispensa e ao requerimento
do benefício.
os objetivos alcançados em mais um GEI.
“O bom relacionamento entre as empresas e
nosso grupo, a divulgação do portifólio dos
nossos serviços, enfim tudo foi conquistado,
além do grande foco que foi passar dicas
para otimizar o uso da energia, evitando
seu desperdício”.
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
19
EM AÇÃO
MEIO AMBIENTE
MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO
Cobrança pelo uso
de recursos hídricos
é defendida em palestras
Palestras abordam questões
ligadas à segurança empresarial
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REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
Fotos: Renata Rocha
A DEFESA da importância da cobrança pelo uso
de recursos hídricos foi um dos temas predominantes em evento promovido pelo Departamento
do Meio Ambiente do Ciesp/Sorocaba.
O encontro foi conduzido pelo Diretor Adjunto
do Departamento do Meio Ambiente do Ciesp/
SP e coordenador do meio ambiente da Regional
Sorocaba, Paulo Mendonça, que em sua fala
abordou diversos assuntos, como o licenciamento ambiental, a cobrança pelo uso da água e a
discussão sobre a representatividade da indústria
nos comitês de bacias hidrográficas.
Com mais de 28 anos de atuação na área
ambiental, o Diretor do Meio Ambiente do Ciesp/
SP, engenheiro Eduardo San Martin, defendeu a
cobrança pelo uso dos recursos hídricos embasada na lei estadual 12.183: “Para que não haja
desperdício e por uma maior qualidade da água, é
necessário cobrar pelo seu uso e não apenas pelo
consumo. Se uma empresa ou pessoa utiliza água
de um rio, poço ou até praia e depois devolve,
ainda assim ela terá que pagar”, defendeu ele.
Logo após o pronunciamento de San Martin, a
especialista em recursos hídricos da Fiesp, Anícia
Pio, deu uma palestra comentando a obrigação
legal para com o lançamento e o controle de
efluentes líquidos. A Secretária do Meio Ambiente da prefeitura de Sorocaba, Jussara Carvalho,
por sua vez, falou sobre o trabalho que vem
sendo feito no município. “Já estamos com 70%
dos esgotos tratados e até início do ano que vem
pretendemos chegar a 100%, o que é muito importante para o crescimento de uma cidade deste
porte”, destacou ela.
O sócio-proprietário da empresa Planejar Ambiental, Ângelo Villela Vasconi, elogiou o evento promovido pelo Ciesp/Sorocaba e falou sobre o medo de
outras empresas em relação ao tema. “O que falta é
informação, por essa razão muitas empresas fogem
de um assunto que é cada vez mais atual e necessário.
Mas eventos como este auxiliam para que o cenário se
transforme positivamente”, comentou.
O encontro, realizado em outubro (27) na
sede da Regional Sorocaba, contou ainda com as
presenças dos gerentes da Cetesb de Sorocaba e
Botucatu, Sétimo Humberto Marangon e Perseu
Mariani, respectivamente.
DUAS PALESTRAS voltadas para questões relacionadas à segurança marcaram o encerramento do ciclo de encontros promovido pelo
Departamento de Medicina e Segurança do
Trabalho da Regional Sorocaba neste ano.
A primeira foi realizada pelo coronel do
Exército, Domingos de Abreu Vasconcelos
Neto, tendo como tema o plano de alerta
quanto à possibilidade de ocorrência de
manifestações e greves. Ele falou sobre a
importância de se combater causas e não
efeitos, e como as instituições privadas precisam se relacionar com sindicatos para evitar
manifestações. “O empresário não pode
ver o sindicato como inimigo. É importante
fazer um trabalho de base e mostrar para
o sindicato qual a intenção da empresa”,
elucidou Abreu, destacando a “prevenção”
como palavra chave do seu discurso.
Logo em seguida, o presidente da Abpex
(Associação Brasileira para Prevenção de
Explosões), Nelson Mário López Muñoz,
falou sobre certificação de profissionais para
atmosferas explosivas, com foco na redução
JAEGGER: ações
encerram ciclo de
trabalho deste ano
dos custos de manutenção e seguros de
explosão e incêndios. Ele iniciou a palestra
relatando as dificuldades encontradas por
empresas químicas para lidar com seguro e
os altos preços dos materiais de segurança,
até a década de 90. Falou sobre as mudanças
que ocorreram neste período e a importância
de desmistificar o tema. “A Abpex trabalha
há nove anos no mercado para tirar o medo
das empresas quando o assunto é prevenção de explosões. Ter informação significa
diminuir os custos dos materiais utilizados,
entre 30 e 50%, e dar qualidade ao serviço
de prevenção”, explicou Muñoz.
Ambas as palestras foram elogiadas pelos
presentes no evento, como o responsável pela
segurança do trabalho da Ecil, Luiz Antônio
Batista Rosa. “Gostei da primeira, pois tocou
nos pontos fundamentais da segurança
do trabalho e da prevenção. E da segunda, por falar de ações para
que haja melhoria contínua
na prevenção de explosões”.
A supervisora comercial da
Intermédica, Vanusa Belchior,
disse ter aprendido muito com
o encontro. “Conheci técnicas
básicas de segurança do trabalho, e assim poderei passar
a utilizar na empresa”, contou
Belchior.
O evento, realizado em novembro (10) na sede da Regional, foi aberto pelo 2o vice
PALESTRAS foram elogiadas pelos participantes
diretor do Ciesp/Sorocaba e Secretário de Desenvolvimento
de Sorocaba, Mario Tanigawa.
“É muito bom poder ver a casa
cheia e assistir a palestras que
auxiliam nossos associados”,
assinalou ele. O coordenador
do departamento, Ruy Jaegger Júnior, além de concordar
com o secretário, afirmou que
“estas ações encerram o ciclo
de trabalho que tivemos neste
MUÑOZ diz que
SINDICATO não pode ser
ano para ajudar o empresariavisto como inimigo, diz o cel. é preciso tirar o
do sorocabano”.
Domingos Vasconcelos Neto medo das empresas
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
21
CAPA
CADA VEZ
MAIOR
AS PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ganham
cada vez mais espaço na agenda das empresas
regionais e têm o incentivo da Regional do Ciesp
para ampliar ainda mais essas ações
22
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
D
efinitivamente, a expressão
Responsabilidade Social foi
incorporada ao vocabulário
cotidiano e sua prática entrou
na agenda de prioridades
das organizações antenadas
com as transformações da sociedade neste
século XXI, embora seja uma idéia cuja
origem pode ser encontrada no século XIX
e suas aplicações tenham amplitude cada
vez maior (ler box). E a Diretoria Regional
do Ciesp/Sorocaba tem desenvolvido
ações que buscam difundir e incentivar a
responsabilidade social em todas as suas
dimensões, seja na discussão de questões
como ética e transparência, na valorização das causas ambientalistas, na gestão
sustentável dos recursos humanos, da
cidadania ou no estímulo ao apoio do setor
empresarial às ações das entidades beneficentes e filantrópicas, entre outras.
No que diz respeito ao incentivo fiscal,
por exemplo, a Regional, por intermédio
de seu Departamento de Responsabilidade Social, tem estimulado as empresas
a se beneficiarem de leis que pos>
Um conceito que vem do século XIX
O
Livro Verde da Comissão Européia, de 2001, define responsabilidade social como
o conceito de que “as empresas devem contribuir, de forma voluntária, para uma
sociedade mais justa e um ambiente mais limpo”. Em outras palavras, devem
trabalhar pela inclusão social, pela cidadania, pelo bem estar de seus funcionários e com
a prática de ações sustentáveis para a preservação do meio ambiente. Mas para muitos
pesquisadores, essa definição é resultado de um longo processo de estudos e aprendizado
sobre como devem ser as relações entre as empresas e a sociedade.
Para alguns, o início dessa ideia aparece em 1899, com os princípios de caridade e
custódia , segundo os quais os mais abastados deveriam contribuir com os menos favorecidos socialmente e multiplicar a riqueza da sociedade. O empresário A. Carnigie, fundador
da U.S.Stell Corporation, aderiu a essa causa. Outros pontuam que um caso envolvendo o
direito de um acionista majoritário contrariar os interesses dos acionistas, de 1919, é o que
pontua a discussão sobre as questões de ética e responsabilidade das empresas. No caso
em questão, a Suprema Corte de Michigan foi favorável aos irmãos John e Horace Dodge
em uma ação contra Henry Ford. Os juízes entenderam que as corporações existem para
o benefício dos acionistas e, portanto, ainda que controlador e fundador da empresa, Ford
não poderia utilizar o lucro como quisesse e sim em benefício dos seus acionistas. Com
a Depressão, nos anos 30, ampliou-se essa definição. Com a Guerra do Vietnã, diante do
repúdio ao uso de armas prejudiciais ao homem e ao meio ambiente, o conceito de responsabilidade social começou a ganhar os contornos atuais.
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
23
Fotos: Renata Rocha
CAPA
MOSTEIRO SÃO BENTO: parte da obra
financiada pela Iharabrás. Em destaque,
AMADEU ANDREOSI, gerente de desenvolvimento
e recursos humanos da empresa
> sibilitam deduzir do Imposto de Renda
doações feitas à entidades beneficentes e
projetos culturais. Em novembro passado,
foi realizado o 1º Fórum de Responsabilidade Social com esse objetivo. Neste
ano, acontece, em parceria com o Sesi, o
Fórum de Sustentabilidade. “Através do
Departamento criamos o PAI (Programa de
Apoio aos Incentivos) realizamos balanços
sociais, fóruns. E agora estamos fazendo
divulgação publicitária, em diversos meios
da mídia local para que pessoas físicas
e jurídicas possam fazer doações para o
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente” detalha coordenador do
Departamento, Amadeu Andreosi.
CONFORME a avaliação do também coordenador do departamento de Responsabilidade Social, Luiz Pagliato, as empresas que
investem em projetos sociais ou culturais
por meio das leis de incentivo contribuem
para o desenvolvimento socioeconômico
regional. “Infelizmente não são todas as
organizações que utilizam esse mecanismo, pois grande parte delas teme ‘cair
na malha fina’”, opina. Para o auditor da
Receita Federal, Edson Gonzales da Rocha,
que tem sido convidado pela Regional a
participar de encontros com empresários
para esclarecê-los sobre questões fiscais,
essa preocupação é um mito que deve ser
totalmente descartado. “O que ocorria no
24
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
início dos incentivos do Imposto de Renda é
que a empresa fazia a destinação de parte
do seu IR devido e não informava isso à
Receita Federal, por meio da Declaração
de Benefícios Fiscais (DBF)”.
Na opinião de Andreosi, que é também
o gerente de desenvolvimento e recursos
humanos da Iharabrás, o empresariado
regional vem desper tando para a importância dessa causa. “Acredito que as
empresas de Sorocaba têm cada vez mais
essa consciência de responsabilidade social
e estão ampliando as ações neste sentido”,
afirma. E a Ihara é um exemplo disso. Desde 2000, quando passou a apoiar projetos
sociais e culturais, a empresa já investiu
mais de R$ 2 milhões em ações nos mais
diversos campos. ““Patrocinamos filmes
nacionais; ajudamos o projeto Doutores da
Alegria, que visita crianças com câncer;
investimos no Pintura Solidária; financiamos a primeira parte da reforma do
Mosteiro São Bento. Na música patrocinamos o Academia Concerto e a Banda
do Senai. Através da lei do audiovisual
patrocinamos filmes, como o Cafundó
e trouxemos até o Paulo Bet ti para
falar sobre o projeto. Acreditamos que
a ação social é incorporada à cultura da
empresa. Ao assumir o papel de empresa
cidadã, a Iharabrás traz benefícios para
a organização e, principalmente, a seus
colaboradores”, assegura ele.
CONTUDO, observa Andreosi, “ter responsabilidade social não significa apenas
apoiar algum projeto através de incentivo
fiscal. É também ter uma preocupação
com os próprios funcionários. A empresa
que cuida bem dos seus funcionários com
bons salários, boas condições de trabalho,
preocupação com o lazer e descanso,
também está praticando uma ação de
responsabilidade social”. E nesse aspecto,
as empresas sorocabanas igualmente vêm
se empenhando, algumas até ganhando
projeção nacional por suas ações na área
de recursos humanos. Recentemente, foram
divulgadas por revistas especializadas as
melhores práticas na gestão de pessoas em
todo País. E quatro empresas de Sorocaba
apareceram entre os destaques: Sorocaba
Refrescos, Edscha, Iharabrás e Sorocaba
Refrescos, todas associadas ao Ciesp, e Phito
Fórmulas (ver reportagem na página 28).
Na história das indústrias da região, há
inclusive exemplos que demonstram que
essa postura não deve ser abandonada nem
em momentos difíceis. “Em março de 2004
me tornei presidente da empresa, nessa
época estávamos passando por uma crise
financeira muito grande, mas assim que
assumimos começamos a investir nos nossos funcionários, em 2005, por exemplo,
já tínhamos até atendimento psicológico
a eles. Já em 2007, conseguimos concluir
um grande sonho que é o nosso grêmio
recreativo”, diz Roberto Carlos de Lima,
presidente da Edscha do Brasil.
CUIDADOS COM o meio ambiente, outro
aspecto da responsabilidade social, também estão na prática cotidiana das empresas regionais. Existem muitos exemplos
nessa área, um é o Grupo Schaeffler: “A
política ambiental e de segurança do trabalho do grupo possui como princípios: uma
eficiente gestão ambiental e de segurança
do trabalho, locais de trabalho agradáveis e
seguros, ações confiáveis e comprometidas
com as leis, mínimo impacto ambiental
e produtos ambientalmente corretos,
colaboradores responsáveis por meio de
treinamentos, medidas preventivas e comunicação aberta”, informa a assessoria
de imprensa da empresa.
A implantação de equipamento, o bri-
LIMA, presidente da Edscha:
investimentos em pessoas mesmo com crise
Fotos: Renata Rocha
quetador, que recupera o óleo no resíduo
borra de retifica, retornando-o para o
processo e assim minimizando o impacto
ambiental e reduzindo a exploração de
recursos naturais, é outro destaque da
empresa. “Nossa Estação de Tratamento
de Água e Esgoto - Etae - possui dois tipos
de tratamentos: oleoso, em que é realizada
a quebra química; e a clarificação, em que
temos 100% de reuso. Hoje, somente o
lixo de varrição, considerado doméstico,
é enviado ao aterro. Todos os demais resíduos são recicláveis. Já o esgoto doméstico
é tratado no Valo de Oxidação, que é
mantido por nove empresas, onde temos
duas cotas. Outra iniciativa é a doação de
todo óleo de cozinha utilizado em nossos
refeitórios a uma entidade de Sorocaba,
que o utiliza para fabricar sabão em pó e
em pedra. Toda a renda arrecadada com a
venda dos produtos é revertida para entidades beneficentes da cidade”, diz a nota
da assessoria de imprensa.
A Sorocaba Refrescos é outro exemplo
nessa área. A empresa foi a vencedora,
neste ano, do Troféu Planeta, criado em
2007 pelo Sistema Coca-Cola Brasil com
objetivo de incentivar ações de Responsabilidade Social premiando programas
idealizados pelos fabricantes com focos
nas áreas de meio ambiente e educação.
Dos 14 projetos inscritos nacionalmente,
o da empresa sorocabana se destacou.
Trata-se de uma ação de reciclagem de
resíduos sólidos desenvolvida em Itu. O
prêmio foi entregue em novembro (10),
PETROCCHI, da Pintura
Solidária, que já atendeu
a mais de 2 mil pessoas
DIAS, da Sorocaba Refrescos:
estudantes são multiplicadores
de educação ambiental
na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, pelo presidente mundial do Conselho e CEO da
The Coca-Cola Company, Muhtar Kent.
Na ocasião, o vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola
Brasil e diretor superintendente do Instituto
Coca-Cola, Marco Simões, declarou que
“o projeto apresentado pela Sorocaba Refrescos mostra como as empresas privadas,
a comunidade e o poder público podem
trabalhar juntos e conseguir resultados
positivos. A empresa deve ter orgulho pela
conquista”. Mas essa é apenas uma das
ações nesse campo. Segundo a coordenadora de responsabilidade social da Sorocaba Refrescos, Renata Dias, a empresa, em
parceria com a Unesp, desenvolve projetos
de multiplicadores socioambientais universitários com os alunos de engenharia
ambiental, que precisam cumprir estágio
nessa área. “Lá em Itu, eles fazem o projeto
nas escolas para formação dos professores
como agentes socioambientais, e estes
professores formam os alunos, que acabam
sendo os multiplicadores na comunidade
local. Desenvolvem também plantio de
árvores nas escolas, levam os alunos e professores para visitar a cooperativa, visitam
o aterro municipal de Itu, tem também a
distribuição de panfleto na cidade, falando
de coleta seletiva. É tudo um trabalho de
conscientização ambiental”, detalha ela.
Porém, é no apoio às entidades beneficentes, filantrópicas e à ONGs que as ações
de responsabilidade social desenvolvidas
pelas empresas sorocabanas ganham
maior visibilidade. E acabam estendendo a
presença das organizações a um universo
cada vez maior de pessoas. “Já atendemos
a mais de 2 mil pessoas entre crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de
exclusão e vulnerabilidade social”, conta a
presidente da Associação Cultural Pintura
Solidária, Vera Lúcia Viudes Petrocchi, uma
das entidades beneficiadas por recursos obtidos através de leis de incentivo, que tem
se tornado para elas na melhor ferramenta
de captação de recursos. “Na maioria das
vezes são valores bastante significativos
e as instituições podem canalizar seus
esforços para o cumprimento dos seus objetivos e não dispersá-los na árdua busca de
recursos para tornar o projeto sustentável.
Há muitas entidades que perdem tempo
captando recursos que não resultam numa
quantidade significativa, mas com um projeto pronto e aprovado pelas instituições
governamentais, a possibilidade de um
resultado melhor é bem mais possível”.
Espero que outras empresas sigam o exemplo da Iharabrás e da Case, que são nossos
apoiadores, e possam investir no nosso e
em outros projetos culturais e sociais.
Segundo ela, o montante doado por
ambas as empresas soma R$ 365 mil. E
além disso, ela recebe R$ 50 mil do Funcad (Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente) mecanismo instituído para
reservar recursos voltados a programas e
projetos de atenção aos direitos da criança >
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
25
CAPA
26
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
27
EMPRESAS LOCAIS
ENTRE AS MELHORES DO BRASIL
NA GESTÃO DE PESSOAS
CAPA
> e do adolescente, à luz do ECA (Estatuto
DI GIORGI,
Foto: Zaqueu Proença /AI PMS
secretária
da Juventude, diz que
colaborar
com Funcad
é ação de
responsabilidade social
28
28
REVISTA
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STTA DO
DO CIESP
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SP / OUT-NOV
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Revista Você S/A Exame elabora, anualmente, um ranking
sobre as melhores empresas
do País para trabalhar, como
forma de homenagear as organizações
que são modelo na gestão de pessoas.
Na edição deste ano, três empresas instaladas em Sorocaba entraram na lista
das 150 melhores do país: Iharabras,
Sorocaba Refrescos e Phito Fórmulas.
Também no ranking elaborado pelo
Instituto Great Peace to Work com levantamento semelhante em empresas
de 40 países e publicado pela revista
Época, uma empresa sorocabana se
destaca, a Edscha: ela ficou entre as
100 melhores para se trabalhar.
Para o diretor presidente da Sorocaba Refrescos S/A, Cristiano Biagi, a
indicação é um reconhecimento pela
forma como a empresa faz a gestão
de pessoas. “Primeiro pelo reconhecimento dos próprios funcionários,
ou seja, é a opinião deles, e não da
empresa. Depois, pela maior revista
de negócios do Brasil, que é o único
ranking que visita a empresa ao vivo,
entrevista os funcionários e conhece
o ambiente. O diferencial da Sorocaba
Refrescos é envolver todos os funcionários na gestão da empresa, dando
oportunidades únicas de contribuir
com o negócio e inclusive ser remunerado por isso. Temos uma gestão
aberta, transparente, simples, e muito
participativa, por isso as pessoas gostam tanto de trabalhar aqui”.
A gerente comercial da Phito, Gisele Contieri, obser va que “nossa
ferramenta de gestão proporciona um
ambiente agradável e um crescimento
profissional, o que acaba por despertar
o interesse dos melhores profissionais
do mercado para trabalhar na empresa”. Destacar a forma como a empresa
faz a gestão de pessoas também é,
para a Iharabrás, o grande mérito dessa inclusão. “Na realidade a Ihara participa desde 1.997 de uma Pesquisa de
Clima Organizacional , realizada pela
equipe do Guia Você S/A Exame e com
base nas respostas dos questionários,
por nossos colaboradores, as práticas
de Recursos Humanos existentes na
Fotos: Renata Rocha
A
da Criança e do Adolescente), e formado
também por contribuições das empresas.
A secretária Municipal da Juventude, Edith
Di Giorgi, observa que a destinação de parte
do imposto de renda para o Funcad traz
responsabilidade social a quem colabora.
“Esta iniciativa, cujos benefícios para a
sociedade são extremamente significativos,
está alinhada com a crescente importância
do papel que os indivíduos podem exercer
como agentes ativos do desenvolvimento
das comunidades e na construção de uma
cidadania responsável e produtiva”.
Mas para se beneficiar de isenções tributárias no apoio a projetos sociais, culturais,
desportivos e audiovisuais, as empresas
precisam ficar atentas, como observa o
presidente do Sindicato dos Contabilistas de
Sorocaba, Mariano Amadio: “É preciso que
todos façam sua parte até 30 de dezembro.
Assim, estaremos colaborando para que essa
parte do IR seja aplicada em nossa região, ao
invés de ir para Brasília”, ressalta.
Embora as doações feitas através de incentivos exijam prazo, até por uma questão legal,
a solidariedade das empresas sorocabanas
não tem limites e independem de benefícios
fiscais. A Edscha, por exemplo, incentiva seus
funcionários a promoverem, por intermédio
do GAS (Grupo de Apoio à Segurança),
ações sociais. Na campanha do agasalho
deste ano, as 19 equipes conseguiram cerca
de 5.5 mil peças de agasalho. E neste ano,
estão empenhadas para conseguir superar,
no Natal, os números obtidos em 2008,
quando cerca de 3,5 toneladas de alimentos
foram arrecadados e doados ao fundo de
solidariedade da Prefeitura.
BIAGI, diretor presidente
da Sorocaba Refrescos, diz que
diferencial é envolver todos na gestão
GRÊMIO Recreativo Edscha
empresa e uma avaliação formal da equipe
do guia, gera uma pontuação e a partir
daí são apresentadas as empresas que se
destacam”, explica Andreosi. É o quarto
ano consecutivo que a Iharabras aparece
na relação das 150 mais.
O presidente da Edscha, Roberto Carlos
de Lima, por sua vez, destaca que o ranking
divulgado pela Época “mostra que estamos
no caminho certo e para o funcionário
torna-se uma satisfação saber que ele trabalha numa das 100 melhores empresas
do país.”. E ao relembrar os avanços nessa
área, ele pontua que a preocupação com o
pessoal foi priorizada mesmo no momento
em que a empresa vivia uma situação financeiramente delicada. E hoje tem até um
grêmio recreativo, uma área de lazer com
dois campos de futebol, mesas de ping-pong,
pebolim e sinuca, sala de leitura, computadores, bibliotecas e áreas para churrasco. “Com
essa estrutura, o funcionário pode trazer sua
família no fim de semana e aproveitar esse
espaço que é dele”.
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
29
ESPECIAL
Micros e fortes
Fotos: Vinícius Corrêa
Empresários da região, organizados pelo Ciesp/Sorocaba,
participam do IV CONGRESSO DAS MICRO E PEQUENAS INDÚSTRIAS
CONGRESSO teve participação de empresários de Sorocaba e região
A
Regional do Ciesp/Sorocaba
organizou uma caravana
para acompanhar o IV Congresso das Micro e Pequenas
Indústrias (MPI’s), promovido pelo sistema Ciesp/Fiesp
em São Paulo. A intenção foi discutir o
acesso ao crédito e as dificuldades das
pequenas empresas em exportar seus
produtos e serviços devido à recuperação
lenta dos mercados externos.
O encontro, que recebeu mais de 1300
inscrições, foi realizado em outubro (20),
no hotel Renaissance, e serviu também
para divulgar aos micros e pequenos empresários o Fundo Garantidor, criado em
agosto pelo governo federal. Segundo o
presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca,
foram atendidos mais de dois mil empresários
e os empréstimos já estão na casa dos R$
400 milhões. Contudo, para o presidente
do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf, a normalização
dos financiamentos se dá também graças
ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica
Federal, que reduziram juros e spreads, e
aumentaram as linhas de crédito para o
setor empresarial deste porte.
30
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
COM DIVERSAS autoridades políticas e
econômicas, o evento atraiu a atenção
dos sorocabanos que procuraram acompanhar todas as palestras e discussões
realizadas no Congresso. Rosângela
Galvão, sócia-proprietária da empresa de
planejamento de Marketing Ro Galvão,
destacou a relevância do encontro. “Vim
para entender o atual momento das MPI’s
e perceber como as agências fomentadoras
de integração econômica, como o Ciesp e
a Fiesp, enxergam estas empresas”.
Para muitos foi uma novidade, como o
caso da estudante universitária, Juliana
Aparecida de Oliveira. “É a primeira vez
que estou participando de um congresso
e apesar de ainda ser estudante, acho que
está valendo a experiência”, disse ela.
Já para a sócia-proprietária da Santana
ana
Embalagens, Erika Bergamini Ern, que
havia comparecido a edição passada,, o
encontro valeu porque “além de poder
der
ver as novidades desta nova edição,
ão,
acho necessário acompanhar as tendênênALCEBÍADES E ARCHIMEDES
ALVARENGA, da Papely, empresários sorocabanos que também
participaram do evento
cias do mercado e assim estar sempre
atualizada”.
Pelo lado da Diretoria Regional, a
advogada Andrea Miriam Rosenberg
Valio, consultora jurídica do Ciesp/Sorocaba, utilizou os seminários ligados
a sua profissão, para auxiliar melhor os
empresários da cidade. “Meu objetivo em
participar deste congresso foi aprimorar
meus conhecimentos, bem como buscar
novas idéias e soluções para os empresários associados aos Ciesp”, elucidou
Valio. Ainda pela entidade municipal do
Ciesp/Sorocaba, o conselheiro e proprietário da Papely Indústria de Artefato de
Papel, Alcebíades Alvarenga, ressaltou a
importância de eventos desta magnitude
e a qualidade das palestras realizadas.
“Foi muito proveitoso, pois encontrei
informações novas e temas interessantes
nas palestras, como design e inovação, o
que ajuda minha empresa a fazer frente a
essa nova demanda que vem crescendo”,
destacou o conselheiro acompanhado
pelo irmão Archimedes Alvarenga.
O que mais chamou a atenção dos
participantes sorocabanos foi a previsão
positiva do cenário econômico, exposta
pelo presidente Paulo Skaf para o próximo ano. “O Brasil não está mais sendo
visto pelos outros países como um país
do futuro. Somos o país do presente, e
não podemos deixar de aproveitar essa
oportunidade. Somos o único país que
terá um investimento maior em 2010 que
ano” enfatizou o presidente.
neste ano
ESPECIAL
REVISTA DO CIESP / AGO-SET
31
Consciência verde
Para a secretária do
MEIO AMBIENTE DE SOROCABA,
desinformação ainda leva
empresas a temerem a
legislação ambiental
E
xistem duas frentes de comportamento do setor industrial sorocabano em relação
à legislação ambiental: uma
composta por empresas com
alto grau de desinformação
em relação aos processos de licenciamento; outra, formada por indústrias que dão
valor à preservação do meio ambiente e
sabem da importância de ter uma imagem
ambientalmente correta. A observação
vem da titular da Sema (Secretaria do
Meio Ambiente) de Sorocaba, engenheira
química Jussara de Lima Carvalho.
Segundo ela, a primeira posição leva a
uma imagem distorcida do tema, e consequentemente a um medo do processo,
o que faz os empresários terceirizarem
esses serviços, muitas vezes contratando
profissionais, ou mesmo empresas, que
têm o mesmo despreparo. Por essa razão,
acredita a secretária, é importante o envolvimento dos meios de comunicação e
a elaboração de campanhas publicitárias
para conscientizar pessoas, sejam físicas
ou jurídicas.
ESTAÇÃO de tratamento de esgoto, Sorocaba 1
É NESSE CONTEXTO que deve ser visto o
convênio entre Ciesp/Fiesp e Cetesb para
auxiliar as empresas na regularização do
licenciamento ambiental. “Quero parabenizar essa iniciativa, que vem para melhor
esclarecimento dos associados. Tenho certeza de que essa parceria trará um ganho
significativo para a atividade empresarial
do estado”, afirma Jussara Carvalho.
Para empresas que querem trilhar o
caminho da luta em favor do meio ambiente, diz ela, a Sema oferece serviço de
informações sobre o processo de licenciamento municipal, o plano diretor da
cidade, legislação ambiental pertinente,
além de instrumentos de cooperação, tais
como parceria e permissão de áreas de
plantio, apoio a programas de educação
ambiental, entre outros.
COM MENOS de um ano de existência - a pasta foi criada no início deste
governo - a Sema vem se empenhando
para cumprir o quanto antes as metas
estabelecidas pelo prefeito Vitor Lippi.
E a secretária contabiliza diversas ações
nestes 11 meses de existência, como,
entre outras, controle de queimadas
urbanas, plantio de 24 mil árvores em
diversas áreas da cidade, avaliação da
emissão de gases de escapamento dos
veículos movidos à diesel da frota municipal e terceirizados, utilização de madeira
legal nas obras públicas.
Outra grande realização está rela-
JUSSARA
DE LIMA
CARVALHO,
titular da
Secretaria
do Meio
Ambiente
de Sorocaba
32
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
cionada à coleta de esgoto da cidade.
Segundo a secretária, 70% do esgoto
já são tratados, e para o próximo ano
chegará a 100%, o que significará uma
recuperação mais rápida do rio Sorocaba. E para o futuro, a Sema espera até
mesmo colocar o zoológico ao vivo na
internet (ver box).
A secretária Jussara Camargo, que
recentemente viajou à Europa acompanhada do diretor-geral do Saae, Geraldo
Caiuby e do assesor técnico da autarquia, Milton Cepellos, para conhecer
novos sistemas de tratamento de esgoto
e aterro sanitário, diz ser impor tante
todos ficarem atentos à Convenção do
Clima que acontece em dezembro, em
Copenhague. “É um momento decisivo
para a humanidade”.
Zôo on line
U
m dos projetos da Sema é o de instalar câmaras de vídeo no Parque
Quinzinho de Barros, considerado um
dos principais zoológicos do País, para
transmitir imagens on line de vários
recintos de animais e até mesmo da
sala de cirurgia. Assim, vai ser possível acompanhar ao vivo uma parte da
rotina do zôo. Também está nos planos
da secretaria a criação de um prêmio
de sustentabilidade para destacar as
melhores práticas empresarias na área
ambiental.
Fotos: Zaqueu Proença (AI/Prefeitura de Sorocaba)
GESTÃO PÚBLICA
GESTÃO PÚBLICA
REVISTA DO CIESP / JUN-JUL
33
REGIONAL
EMPREGO
Aumentam as vagas
INDÚSTRIAS DA REGIÃO apresentam
índices positivos no mês de outubro
O
resultado da pesquisa do
Neri (Nível de Emprego Regional Industrial), realizada
mensalmente pelo Ciesp,
demonstra ter havido variação positiva nos índices de emprego
nas indústrias da Regional, formada
por 47 municípios, em outubro. Houve
um aumento de 0,63%, o que significa
um acréscimo de cerca de 550 postos
de trabalho.
O índice do nível de emprego
industrial da Diretoria Regional do
Ciesp/ Sorocaba foi inf luenciado
pelas variações positivas dos setores
de Confecção de Ar tigos do Vestuário e Acessórios (1,68%), Veículos
Automotores e Autopeças (1,47%),
Produtos Alimentícios (0,90%) e Metalurgia (0,71%).
QUANDO COMPARADOS os meses de
outubro de 2008 e 2009, a cidade se
encontra em um cenário melhor, pois o
resultado do ano passado é de -0,46%.
Contudo, no acumulado do ano, o percentual é negativo, de - 6,34%, representando uma redução de aproximadamente 6.050 postos de trabalho. Em
comparação com os últimos 12 meses,
a redução é de -9,96%, o que equivale a
aproximadamente 9.850 vagas a menos
nas indústrias da região.
Levando em conta todo o estado
de São Paulo, o setor contabilizou
em outubro o segundo mês seguido
de crescimento no emprego: foram
abertos 9 mil postos de trabalho no
mês, uma var iação de 0,41% so-
34
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
bre setembro. O resultado foi visto
com otimismo pelo diretor titular do
Depecon(Departamento de Pesquisas
e Estudos Econômicos) da Fiesp/Ciesp,
Paulo Francini: “Estamos reduzindo o
acúmulo negativo das perdas no emprego. O mês de outubro nos deu um resultado fortemente positivo comparado a
períodos anteriores, mesmo naqueles
antes da crise”, declara.
REGIONAL
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
35
REGIONAL
VOTORANTIM
Nova indústria na cidade
Foto: AI / Prefeitura de Votorantim
MONTADORA DE MÁQUINAS
chega para conquistar
a América Latina
C
PROTOCOLO de intenções foi assinado no gabinete do prefeito
TATUÍ
Empresa lança produto
inovador para o setor automotivo
U
m produto inédito no mercado nacional foi lançado pela
F BA (Fundição Brasileira
de Alumínio), instalada em
Tatuí: cabeçotes de alumínio. Direcionados ao setor automotivo, eles
oferecem maior resistência e qualidade e por isso estão sendo adotados
pelas indústrias desse segmento. Para
sua fabricação, a empresa investiu R$
30 milhões em sua unidade no município
e implantou um Laboratório de Metrologia para receber matéria prima, analisar
os materiais e monitorar a produção.
36
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
INCUBADORA - Uma outra boa notícia para a economia de Tatui é a instalação de uma incubadora de empresas
no município. Ela está funcionando
nas dependências da Fatec, em uma
área de aproximadamente 380m2
sendo que seis projetos deverão ser selecionados para esta primeira fase. De
acordo com o secretário de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento
Econômico e Habitacional, Sergio
Galvão, até o final do próximo ano
espera-se que 12 empresas estejam
instaladas.
om objetivo de ampliar sua
presença no mercado latinoamericano, a CTO do Brasil, montadora, fabricante,
impor tadora e expor tadora
de máquinas e equipamentos pesados
para diversos fins - como agricultura
e construção civil - vai instalar uma
unidade produtiva no Jardim Tatiana,
em Votorantim. Para tanto, a prefeitura
irá ceder uma área, com cerca de seis
alqueires, e toda infraestr utura ao
empreendimento. Protocolo de intenções nesse sentido foi assinado entre
o prefeito Carlos Pivetta e o representante da empresa, Luiz Felipe da Costa
Almeida, em outubro (29).
Instalada no Brasil desde 2005, a CTO
mantém aqui uma de suas maiores linhas
produtivas de equipamentos utilizados
na construção civil. São quase 80 ítens,
fabricados em 11 unidades industriais,
e produção anual de mais de 30 mil
unidades.
Entre os produtos estão pás carregadeiras, rolos compactadores, escavadeiras
(de rodas e esteira), motoniveladoras,
retroescavadeiras, tratores de esteira
e agr ícolas, bombas para concreto,
vibroacabadoras de asfalto e dezenas
de outros itens.
A implantação da CTO no município
deve incrementar ainda mais a força
do setor industrial na economia votorantinense: de acordo com dados da
Fundação Seade, a indústria responde
por cerca de 38% do valor adicionado
do município, o que o deixa acima da
média estadual, onde esse índice é
pouco maior do que 30%.
REGIONAL
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
37
INVESTIMENTO
Expansão começa aqui
Cidade continua atraindo INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS
de empresas que querem crescer no Brasil
A COMINGERSOLL, distribuidora de
escavadeiras, carregadeiras, miniescavadeiras e minicarregadeiras produzidos
pela Doosan, além de compressores de ar
portáteis, torres de iluminação e geradores
de nitrogênio e oxigênio, inaugurou uma
área de 30 mil m2 em mais uma etapa
de seu plano de crescimento - neste ano,
foram abertas duas novas filiais em Serra
(ES) e Ribeirão Preto (SP). Fundada em
2002 para distribuir os equipamentos da
Ingresoll-Rand (máquinas Bobcat e compressores portáteis), a empresa atua com
exclusividade na distribuição dos equipamentos Doosan Infracore nos estados de
São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Mato Grosso do Sul.
E o seu crescimento motivou a instalação
da nova sede em Sorocaba, que trouxe à
cidade diretores da Doosan na Coréia do
Sul e Estados Unidos, que falaram durante
38
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
grande porte no Brasil, como a Copa 2014
e as Olimpíadas em 2016, para continuar
crescendo no País.
A cerimônia em Sorocaba, que contou
com a presença do presidente da empresa
e do prefeito Vitor Lippi, também foi um
marco mundial na história do grupo, que
comemorou a fabricação de sua retroescavadeira número 400 mil, aqui produzida.
a cerimônia de inauguração sobre a importância do empreendimento, além do presidente e dos diretores da Comingersoll.
Foto: AI/JCB
A JCB, que possui unidade em Sorocaba desde 2001, investiu em uma área
de 14 mil m2 ao lado da atual planta, no
Distrito Industrial, em uma nova fábrica
para produzir 400 unidades por ano dos
modelos JS200, de 20 toneladas. A produção começa já em 2010 e o investimento
gerou 60 empregos diretos. Terceira maior
fabricante de equipamentos de construção
no mundo, tem 18 fábricas em quatro continentes, a JCB diz apostar em eventos de
Foto: Fábio Machia
“H
oje é a pedra fundamental
para investimentos cada vez
maiores no Brasil”, disse o
presidente da fabricante de
máquinas e equipamentos
para a construção civil JCB,
Matthew Taylor, durante a cerimônia em
que foi anunciado um investimento de US$
5 milhões da empresa em sua unidade local. Duas semanas antes, ao inaugurar nova
sede na cidade, a Comingersoll, distribuidora dos equipamentos da marca Doosan,
informou que a fabricante sul coreana está
propensa a instalar uma planta no Brasil e
Sorocaba é uma séria candidata a receber
o empreendimento.
Esses dois fatos, registrados em outubro
(14 e 27), demonstram que Sorocaba tem
ocupado uma posição de destaque na estratégia das empresas que estão investindo
para crescer no Brasil.
A COMINGERSOLL inaugurou uma nova unidade
MATTHEW TAYLOR, presidente da JCB
Toyota local vai produzir carros
para países emergentes
A
fábrica que a Toyota está instalando em Sorocaba vai produzir um novo
modelo compacto, que está sendo desenvolvido especialmente para os
mercados emergentes. De acordo com reportagem publicada pelo jornal
Valor Econômico, a empresa está perseguindo uma fórmula para fazer no Brasil
veículos com valor abaixo de R$ 30 mil, preço dos modelos mais simples produzidos pelas montadoras européias e norteamericanas aqui instaladas. Uma fábrica
semelhante está sendo instalada simultaneamente em Bangalore, na Índia, com
o mesmo propósito.
INVESTIMENTO
REVISTA DO CIESP / AGO-SET
39
ENTREVISTA
É hora de
acreditar
Um dos mais renomados consultores de empresas do País, o sorocabano
LUIZ MARINS, está seguro de que chegou a vez do Brasil na economia mundial.
“O empresário brasileiro está amadurecendo e precisa vencer sua baixo
autoestima”. Ele diz que Sorocaba só será uma cidade rica se a região
crescer também. E que a hora é de acreditar e pisar fundo.
O
Foto: Gil Macedo
currículo do professor
Luiz de Almeida Marins
Filho, 60, é tão amplo
quanto variado: estudou
antropologia na Austrália e na USP, fez História,
Direito, Ciência Política e Planejamento
e Marketing, entre outros cursos. É
autor de 24 livros e de mais de quatro
centenas de DVDs, fitas de vídeo e
áudio sobre motivação, planejamento,
marketing, vendas e gestão empresarial. É comentarista de programas de
televisão sobre economia e negócios,
além de comandar um programa
próprio - Motivação & Sucesso com
Professor Marins - na Rede Vida de
Televisão. Fundou e preside a Anthropos Consulting e a Anthropos Motivation & Sucess, empresas pioneiras na
utilização da antropologia no estudo
40
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
e desenvolvimento empresarial. E é,
sobretudo, um dos mais requisitados
consultores empresariais do País, o que
lhe tem aberto portas para palestras
sobre esses temas tanto nos meios
acadêmicos quanto nas maiores empresas instaladas no Brasil, sejam elas
multinacionais ou não.
Com toda essa bagagem, ele tem
um olhar otimista sobre o futuro do
País e de Sorocaba. “Estou permanentemente fazendo apresentações a
boards das maiores multinacionais que
hoje querem investir no Brasil de forma
consistente”, diz, salientando que dos
Bric - acrônimo criado em 2001 pelo
economista Jim O’Neill para designar
os quatro principais países emergentes
do mundo, Brasil, Rússia, Índia e China - o único país ocidental é o nosso.
Sobre Sorocaba, ele está certo de que
o desenvolvimento só se completa se
houver também crescimento regional.
E diz, nesta entrevista para a Revista
do Ciesp/Sorocaba, que só deve temer
o futuro quem não investir. “É hora de
pisar fundo”, garante.
O sr. sempre diz que, ao invés de perguntar
ao cliente, a empresa deve dar ao cliente o
que ele precisa. Mas como descobrir o que
os clientes querem? É preciso estudar
clientes e prospects. Nossas empresas
estudam seus produtos e até seus mercados, mas não estudam seus clientes
com uma metodologia séria e eficaz.
Meu livro Projeto Cliente oferece esta
metodologia exatamente porque quem
não estudar clientes não sobreviverá
à acirrada competição dos próximos
anos.
Como consultor, o sr. atendeu e atende
a algumas das maiores empresas do país.
Quais são aquelas que, em sua opinião, têm
as práticas que mais se aproximam desses
novos paradigmas do mercado? Eu poderia
citar muitas, mas cito a Rodobens, que
é líder em quase todos os segmentos
em que atua e que tem uma inteligência
de marketing invejável, exatamente
porque sempre se preocupou em conhecer seus clientes e prospects nas
áreas de consórcio, revenda de veículos, seguros e banco. Outra empresa
que posso citar é a Pormade, de União
da Vitória, no Paraná, recentemente
escolhida como a melhor empresa
para se trabalhar do interior do Brasil.
Ela integra seus colaboradores num
processo de inovação e empatia com
seus clientes e fornecedores e com isso
consegue rentabilidade excepcional e
qualidade de vida ao seu pessoal.
O sr. acredita que o Brasil é mesmo
um país em ascensão na economia
“
É preciso
parar de falar
mal do Brasil com
a ingênua idéia de
se estar falando
mal do governo
”
mundial?Por que? Não tenho dúvidas.
Estou per manentemente fa zendo
apresentações a boards das maiores
multinacionais que hoje querem investir no Brasil de forma consistente. Dos
Bric, o único país ocidental é o Brasil.
E os investidores internacionais mais
ativos são todos ocidentais. A Índia
tem 1.652 dialetos; 325 idiomas, 22
idiomas oficiais, sistema de castas;
22% dos miseráveis do mundo estão
na Índia. A China tem 800 milhões de
campesinos na mais profunda miséria
e um sistema jurídico oral, consuetudinário, sem separação dos poderes
executivos, legislativo e judiciário.
Os juízes são locais, nomeados politicamente pelo executivo, totalitário.
A Rússia é um mar de cor r upção
que todos os investidores conhecem.
A pergunta que o mundo faz hoje é
“Why not Brazil?” que tem vantagens
comparativas excepcionais e já não disputa recursos com ninguém no mundo.
Quem quiser conhecer melhor os dados
e informações atuais comparativos sobre o Brasil, sugiro que visite meu site
www.professormarins.com.br e veja no
menu - Dados sobre o Brasil.
Que tipo de empresa ganhou e que tipo
de empresa perdeu com a crise econômica?
Sempre procurei fazer o empresário
compreender que o que faz o sucesso
de uma empresa é cash-flow positivo.
Ganharam as empresas que se mantiveram firmes numa política de caixa
e que souberam explorar a riqueza
de nosso mercado interno. A crise
de 2008/2009 foi uma crise de caixa.
A revista inglesa The Economist de
novembro de 2008 estampou na capa
“Tudo o que você precisa é caixa”.
Empresas que não especularam fora
de seus limites puderam comprar empresas que perderam capacidade de
geração de caixa.
Como o sr. viu o comportamento do
empresário brasileiro nesse período? O
empresário brasileiro está amadurecendo e precisa vencer a sua baixa
autoestima. É preciso, também, parar
de confundir Estado, Nação, Pátria e
Governo. É preciso entender que o
Brasil não é o Governo. Governos são
transitórios. O Estado é permanente.
É preciso parar de falar mal do Brasil com a ingênua idéia de se estar
falando mal do governo. Da mesma
forma é preciso perder o medo de
falar bem do Brasil, de medo de se
estar enchendo a bola de um governo.
O que temos hoje é o resultado de décadas de aprendizagem - da inf lação
de 80% ao mês, ao Plano Cruzado,
ao Plano Collor, etc. Um País é resultado de sua história e não apenas de >
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
41
um governo. É esse amadurecimento
que precisamos atingir e acredito que
estamos chegando lá.
E no caso de Sorocaba, como o sr. analisa o comportamento do setor empresarial
nessa turbulência? Sorocaba tem uma
enorme vantagem que é sua economia
diversificada. Não dependemos de
nenhum setor específico unicamente.
Assim, quando há crises setoriais,
Soro caba consegue se equilibrar
pois outros setores da economia se
recuperam. Essa diversidade deve ser
mantida e incentivada. O setor empresarial enfrentou bem essa crise porque
nosso parque industrial e de serviços é
diversificado e moderno.
Sorocaba trabalha para ser um pólo de
tecnologia e inovação. A cidade está chegando lá? O que é preciso fazer para que
isso aconteça? Digo há anos que o mais
me preocupa não é Sorocaba e sim a
região. Sorocaba precisa aprender a
desenvolver a sua região em vez de
sugar tudo para cá. Sorocaba só será
realmente rica em qualidade de vida e
desenvolvimento quando os municípios
ao seu entorno forem mais ricos. De
nada adianta ser um município rico
cercado de municípios pobres. Sorocaba deve fazer um enorme esforço para
ajudar o desenvolvimento industrial
de seu ABC - Araçoiaba, Boituva,
Capela do Alto (para fazer uma brincadeira). Sorocaba deveria ser um
pólo de prestação de ser viços daqui
para a frente incentivando a ida de
indústrias para Piedade, Por to Feliz, Salto de Pirapora, Itapetininga,
Iperó, São Miguel Arcanjo, Tapiraí,
Alambar i e tantas outras cidades
de nossa mesor região. A ssim, Sorocaba seria realmente um pólo de
tecnologia e inovação, mas não para
si mesma, mas para toda a região.
Ainda acho que pensamos pequeno,
querendo sugar toda a riqueza para
42
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
Foto: Gil Macedo
ENTREVISTA
“
Vai ter medo
de 2010 aquele
que não investir,
que não acreditar
na mudança
do perfil do
consumidor
brasileiro, da
ascensão da
classe C, da
expansão do
crédito
”
cá e isso nos fará uma cidade sem
qualidade de vida. Está na hora de
Sorocaba deixar a ganância de lado
e trabalhar para o desenvolvimento
regional.
A vinda da Toyota para a cidade mudará
o perfil econômico de Sorocaba e região?
Sem dúvida. E é a grande oportunidade
que temos para incentivar o desenvolvimento regional.
Como o sr. vê o papel do Ciesp/Sorocaba
neste momento vivido pela cidade? Vejo o
Ciesp como uma cabeça pensante do
setor industrial de Sorocaba e região.
Ele deve mostrar os caminhos e dar as
diretrizes para que os governos possam
ter sensatez em suas políticas e ações.
As discussões devem ter cada vez
maior divulgação e visibilidade para
que Sorocaba compreenda o seu papel
e vocação nas próximas décadas.
O sr. é muito requisitado para dar palestras aos empresários. Qual o principal
conselho que daria a eles neste final de
2009? O que é possível esperar de 2010?
Vai ter medo de 2010 aquele que
não investir, que não acreditar na
mudança do per fil do consumidor
brasileiro; da ascensão da classe C;
da expansão do crédito. O Brasil tem
que aproveitar este bônus demográfico que temos nestes próximos 25-30
anos que se iniciam agora. A par tir
de 2030-2040, o Brasil começará a
perder população. Somos hoje 187
milhões de habitantes e chegaremos
no máximo a 220 milhões. A par tir
daí começaremos a perder população.
Agora é a hora de fazer do Brasil um
país rico para um povo que hoje tem
18% da população acima de 60 anos
e que em 2050 terá 58% da população acima de 60 anos. Esse bônus
demográfico tem que ser aproveitado
agora e temos todas as condições de
agir. É claro que temos problemas.
Mas quem viaja e conhece o mundo
sabe que nossos problemas não são
maiores que os de nossos competidores. Agora é hora de acreditar e
pisar fundo!
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
43
CIESP ACONTECE
Título de Cidadão Valdir Paezani
Fotos: Renata Rocha
Mais de 200 pessoas acompanharam, no plenário da Câmara Municipal, a sessão solene de entrega do título de
Cidadão Sorocabano ao engenheiro Valdir Paezani, da empresa Engecall. A iniciativa foi de autoria do vereador Francisco Moko Yabiku: “Quando propus a homenagem, todos
foram favoráveis e isso mostra como ele é importante para
a cidade. É um cidadão ímpar”. Visivelmente emocionado,
o homenageado agradeceu: “Já sou sorocabano de coração há muito tempo! Esta cidade me recebeu de braços
abertos e toda minha história pessoal e profissional pertencem a este lugar, até minha esposa é daqui”. O evento
aconteceu em outubro (23).
Valdir Paezani
e Maria Cristina
Rodrigues
(esposa)
Mario Tanigawa,2º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba; Wilson Baraban, Presidente do Rotary
Sorocaba; Jair Molina, secretário de Transportes, representando o prefeito Vitor Lippi; Cel
Rosendo (vereador), Heitor Camarim Junior, prefeito de Laranjal Paulista; Antonio Roberto
Beldi, diretor-titular do Ciesp/Sorocaba e Cel. Adalberto (Carapicuíba)
Premio Schaeffler
Direitos Humanos
Nicole, Bruno e Milena (filhos do casal Paezani)
Francisco Rosa e Flora Aparecida Garcia
Seresteiros de Sorocaba animam o evento
44
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
AGO-SET
O 9º Prêmio Asi/Schaeffler Group de Direitos Humanos, instituído
em 2001 para destacar os trabalhos da mídia regional nesse campo,
foi entregue em novembro (6), na Câmara. Cerca de 300 convidados,
entre jornalistas, autoridades políticas e sociais, amigos e parentes dos
finalistas, compareceram. Foram inscritos 37 trabalhos (veja vencedores no quadro). Para a solenidade, o vereador Paulo Mendes assumiu
o centro da mesa, que contou com a participação do Secretário de
Comunicação, Valter Calis, da presidente da ASI, Sandra Vergili, a assessora da Schaeffler, Renata Campos, além dos vereadores: Anselmo
Neto, João Donizeti, Izídio Britto e o Cel. Rosendo de Oliveira.
Título de Cidadão Celso Pelosi
O coordenador de Departamento Cultural do Ciesp/Sorocaba, Aparecido Celso Pelosi, recebeu o título de Cidadão Sorocabano, proposto pelo vereador Francisco Moko Yabiku,
em sessão solene realizada na Câmara em novembro (13).
“Receber este prêmio é uma alegria e uma responsabilidade
pela cidadania. Sorocaba é uma cidade solidária, de grande desenvolvimento social e econômico e para mim é uma honra ganhar
este título” destacou o homenageado em seu discurso. Na tribuna,
o 2º vice-diretor do Ciesp/ Sorocaba e Secretário de Desenvolvimento, Mario Tanigawa, fez um pronunciamento: “O Celso sempre
esteve muito participativo em todas as entidades, como no Ciesp,
nos ensinando a importância da comunicação, da coletividade e do
relacionamento”, disse.
Mario Tanigawa faz pronunciamento na tribuna
Mesa composta por autoridades de Sorocaba e região
Celso Pelosi segura
a placa de cidadão
sorocabano entre
sua filha e o vereador
Moko Yabiku
10 Anos da
Câmara Municipal
Edward Céspedes e Paulo Mendes
Jornalistas participantes do prêmio
Fernando Negrão e Telma Silvério
João Donizeti e Reinaldo Galhardo
Sandra Vergili,
presidente da Asi,
e Renata Campos,
assessora Schaeffler
Empresários e conselheiros do Ciesp/Sorocaba estiveram
presentes na festa em comemoração aos 10 anos de instalação da Câmara Municipal em sua nova Casa. Além dos
vereadores da atual Legislatura, participaram da solenidade
o prefeito e o presidente da Casa no ano em que a nova sede
foi inaugurada, 1999, respectivamente o deputado federal
Renato Amary e Osvaldo Duarte Filho. O presidente da
Câmara, José Franscisco Martines, comandou a sessão, realizada ao som da Corporação Musical Francisco Dimas de
Melo. Ex-vereadores e secretários do Executivo prestigiaram
a cerimônia, encerrada com a entrega de uma placa alusiva
aos 10 anos do prédio às autoridades presentes, aos 20 vereadores da atual legislatura e aos funcionários da Câmara.
Cida Muniz e
Isabella Reis
REVISTA DO CIESP / AGO-SET
45
CIESP
+
é
NOVOS ASSOCIADOS
Mais empresas somam forças e
tornam Regional ainda mais forte
Empresas de todos os segmentos estão se filiando ao Ciesp/Sorocaba,
fortalecendo ainda mais a Regional. Confira aqui os novos associados
Super
Barato Com.
Hortifrutigranjeiros
Suse Tenor
(15) 3222.7460
[email protected]
A Super Barato é uma empresa do
ramo de atacado e distribuição de
hortifrutigranjeiros com sede no
Ceagesp de Sorocaba. Entre seus
clientes estão supermercados, padarias, quitandas e varejões. Oferece
também produtos diferenciados para
atender às Indústrias, confraternizações e UAN (Unidade de Alimentação
e Nutrição).
D.D.L
Dedetizadora
Paula Arruda
(15) 3331.2131
www.ddldedetizadora.com.br
Desde 1995 atua no controle de
vetores e pragas urbanas, limpeza
e higienização de reservatórios de
água. A empresa prioriza o cliente e
tratar o meio ambiente com responsabilidade.
Holserv (Frato)
Ferramentas
e Serviços
Horacio
(15) 2101.6060 - www.frato.com.br
A Frato Sorocaba é a mais recente
coligada inaugurada em março deste
ano pelo grupo Frato. Há mais de 40
anos no mercado, a Frato Ferramentas
Ltda. é uma das maiores distribuidoras
de ferramentas e instrumentação do
País. Atende às principais marcas do
46
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
mercado de ferramentas, como SKF,
Goodyear, Fluke, Dormer, Mitutoyo,
e outros. E através da Frato Service,
disponibiliza um Programa de Manutenção Preditiva para empresas com
foco em produtividade e otimização
de recursos.
Zeus Produção
Editorial
Carlos Araújo
(15) 3234-3829
(15) 3318.2898
[email protected]
A empresa presta serviços de comunicação como assessoria de imprensa,
criação de jornais, revistas e sites.
Também produz livros biográficos e
institucionais.
Eltron Comércio
e Serviços
Angela
(15) 3221-9597
www.eltronsolutions.com.br
Venda de equipamentos de informática e médico/hospitalar. Assistência
técnica e manutenção nos equipamentos comercializados. Terceirização
de serviços “outsourcing”. Automação
comercial, industrial, consultórios, estacionamentos, condomínios e redes
corporativas.
OS 2 Comunicação
Thais da Silveira
e Ricardo Fela
(15) 3318.1722
www.os2comunicacao.com.br
Empresa de comunicação corporativa
que visa fortalecer as marcas de seus
clientes. Oferece serviços de assesso-
ria de imprensa; comunicação interna;
publicações empresariais diversas;
produção de conteúdo para revista,
site, folder, entre outros veículos;
mídias sociais (Twitter e Facebook
corporativos), eventos, media training,
gerenciamento de crises de imagem
e comunicação visual.
Strapet
Embalagens Ltda
Sueli
(15) 3491.9000 - www.strapet.com.br
Uma empresa com 100% de capital
nacional cuja sede fica em Salto de
Pirapora, especializada em tecnologia
e produtos para fechamento de embalagens. Uma fusão das empresas Gumex
Ltda (empresa produtora de Fitas Adesivas e Gomadas), Packtape Embalagens
e Filmes Ltda EPP (Produtora de Cintas
Plásticas) e Lopatech Maquinas e Equipamentos Ltda (Produtora de Máquinas
e Ferramentas de Embalagem). Em outubro de 2008, a Strapet adquiriu também
os direitos da marca Strapack.
Coesa
Construções
e Comércio Ltda
Sonia - (15) 3278.1162
www.grupocoesa.com.br
Abrigos de ônibus, mobiliário urbano,
revistarias, passarelas, galpões comerciais e construções metálicas. A
COESA surgiu de uma fragmentação
de setores de outra empresa, a Spil,
que era voltada ao ramo de sinalização empresarial. O setor de caldeiraria
e serralheria teve enorme crescimento
e outros serviços passaram a ser
contraídos.
CIESP
+
é
CONVÊNIOS
Convênio com CEF facilita obtenção de crédito
Convênios em destaque no Ciesp/Sorocaba
agência Tropeiros, Fábio Hernandes Castilho, fez a apresentação dos serviços da Caixa
aos presentes e falou sobre a importância
da parceria com o Ciesp. “Queremos estar
ligados com a indústria sorocabana e prestar
um serviço diferenciado aos empresários”,
afirmou.
O 1º vice-diretor do Ciesp/Sorocaba,
Erly Syllos, por sua vez, enfatizou: “A casa
do Ciesp é a casa do empresário, por isso
resolvemos instalar aqui este serviço que
beneficiará a todos”.
Com o objetivo de mostrar as vantagens oferecidas pela CEF em relação aos concorrentes,
nas operações de financiamentos e empréstimos, a gerente regional de pessoa jurídica da
CEF de Sorocaba, Rosa Colicchio assinalou
que o banco “tem a menor taxa de juros do
mercado, pois se utiliza de subsídios como o
PIS, BNDES, FAT e da própria Caixa”.
Presente ao lançamento do programa, a
empresária Maria Cristina Batista Rodrigues, da
Fertilizantes Adheflex, saiu satisfeita do encontro:
“As taxas de financiamentos são muito boas para
nós. Temos um imóvel alugado e queremos adquirir uma propriedade, por isso resolvi ver como
pode ser feito”, contou ela após o evento.
Outra novidade do programa é a pré aprovação de crédito. Com base em um banco de
dados fornecido pelo Ciesp, a CEF estruturará
uma rotina de análise dos pedidos e também
passará a procurar as empresas para oferecer
suas linhas de giro e limites para cheque especial e cartão de crédito empresarial.
Há necessidade de agendamento prévio
para as reuniões com os gerentes do Banco às
quartas-feiras, na sede do Ciesp/Sorocaba.
AQUISIÇÃO de veículos com descontos que variam de
acordo com o modelo escolhido. Esta parceria é válida
para toda a rede autorizada de concessionárias Chevrolet no Estado de São Paulo.
A PARCERIA entre o Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social já instalou 11 Postos de Informações CIESP/BNDES em Diretorias Regionais da Entidade
paulista. Em cada um deles há um profissional do Ciesp
treinado por técnicos do banco de fomento, que esclarecem as dúvidas
das empresas associadas sobre os tipos de linhas de crédito disponíveis. Pelo
acordo, os associados Ciesp recebem orientação na identificação das categorias e processos a que podem concorrer, assim como o trâmite necessário
para obter empréstimos junto ao setor financeiro.
50
REVISTA DO CIESP / OUT-NOV
ERLY Domingues de Syllos, 1º vice-diretor do Ciesp Sorocaba, juntamente
com gerentes da CEF, no lançamento oficial da parceria
Para mais informações, entre em contato com o Ciesp/Sorocaba
pelo fone (15) 4009-2900 ou na Central de Atendimento em São
Paulo pelo fone (11) 3549.3232 - [email protected]
Foto: divulgação
O
Na assinatura do convênio, formalizada
pelos presidentes do Ciesp/Fiesp, Paulo Skaf,
e da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho
em setembro (24), ambos assinalaram a
importância dessa parceria. “A retomada da
oferta de crédito foi o grande segredo para
atenuar a crise no mercado interno, que responde por 80% da produção do País”, afirmou
Skaf. “A Caixa sempre foi percebida como
banco da habitação pelos outros segmentos.
Então o acesso a toda
a rede, que a entidade
representa, para nós é
fundamental”, declarou Maria Fernanda,
EMPRESAS recebem orientação para criar programa
lembrando que isso
de estágio qualificado Parceria entre Ciesp e CIEE
vai ao encontro da probeneficia principalmente micro e pequenas empreposta do banco, que é
sas, que receberão assessoria técnica para contrademocratizar o acesso
tar estudantes e pagarão taxa fixa pelo ser viço
ao crédito e promover a
O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Centro de
inclusão bancária.
Integração Empresa Escola (CIEE) mantêm um Acordo de Cooperação
O la nç a mento
Técnica para qualificar as empresas em programas de estágio.
oficial da parceria
A parceria beneficia, principalmente, micro e pequenas empresas paulistas
aos associados da
ao oferecer assessoria técnica sobre as regras jurídicas que regulamentam
Regional/Sorocaba
a contratação de estudantes.
ocorreu em novemAs dez mil empresas associadas às 43 Diretorias Regionais, Municipais
bro (4), com a apree Distritais (DRMDs) do Ciesp em todo o estado de São Paulo poderão contar
sentação dos gerencom orientação para desenvolverem programas de estágio qualificados, cujo foco
tes das agências do
é propiciar ao estudante o efetivo aprendizado em sua área de for mação.
Centro, Zona NorO Ciesp irá disponibilizar espaço para que técnicos do CIEE realizem
te, Éden, General
palestras e agendem reuniões com as empresas associadas. O objetivo é
Osório, Dr. Álvaro
disseminar a cultura do estágio entre o empresariado.
Soares, Além Ponte,
Todas as associadas ao Ciesp pagarão valor fixo de R$ 50,00 por estaCampolim e General
giário contratado através do CIEE. A contribuição administrativa é uma
Carneiro (Tropeiros)
das fontes de arrecadação da entidade filantrópica sem fins lucrativos, que
aos associados.
oferece cursos e seminários de orientação profissional em suas unidades
O gerent e da
em todo país. A parceria será divulgada nas instituições de ensino para
atingir estudantes dos ensinos médio, técnico e superior. As informações
também serão trabalhadas junto às empresas.
associado do Ciesp/Sorocaba tem
à sua disposição, todas as quartasfeiras, na sede da entidade, um gerente da Caixa Econômica Federal
para lhe explicar, orientar e disponibilizar
linhas de crédito. A iniciativa é resultado
de uma parceria assinada entre o Ciesp e a
CEF, que vai beneficiar os associados das
43 diretorias regionais, através do projeto
“Quarta da Caixa”.

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