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Natura Cosméticos S.A. Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2011 e Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes NATURA COSMÉTICOS S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$) Nota ATIVOS CIRCULANTES Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Partes relacionadas Instrumentos financeiros derivativos Outros ativos circulantes Total dos ativos circulantes explicativa 5 6 7 8 27.1. 4.2. 11 Controladora (BR GAAP) 2011 166.007 535.309 217.906 69.417 37.908 28.184 115.328 1.170.059 2010 206.125 493.692 185.092 34.799 25.361 52.470 997.539 Consolidado (BR GAAP e IFRS) 2010 PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 515.610 641.872 688.748 201.620 28.626 126.783 2.203.259 560.229 570.280 571.525 101.464 66.399 1.869.897 CIRCULANTES Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras contas a pagar Fornecedores - partes relacionadas Salários, participações nos resultados e encargos sociais Obrigações tributárias Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Total dos passivos circulantes NÃO CIRCULANTES Realizável a longo prazo: Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Outros ativos não circulantes Investimentos Imobilizado Intangível Nota 2011 explicativa 14 15 27.1. 16 4.2. Controladora (BR GAAP) 2011 Consolidado (BR GAAP e IFRS) 2010 2011 2010 66.424 183.317 293.024 58.551 260.027 29.359 890.702 60.086 113.232 246.589 63.769 199.698 3.340 41.788 728.502 168.962 488.980 132.045 446.800 37.932 1.274.719 226.595 366.494 162.747 366.006 4.061 52.064 1.177.967 852.549 97.955 49.600 35.818 368.356 175.575 53.282 25.806 1.017.737 140.545 64.957 44.809 465.068 215.125 73.784 32.425 1.035.922 623.019 1.268.048 786.402 NÃO CIRCULANTES 8 9.a) 10 12.299 80.145 244.938 4.921 87.491 289.070 111.239 189.552 295.839 109.264 180.259 337.007 11 4.562 20.052 29.935 44.904 12 1.253.721 1.099.188 - - 13 13 332.215 78.929 92.175 18.586 800.434 162.754 560.467 120.073 2.006.809 1.611.483 1.589.753 1.351.974 Total dos ativos não circulantes Empréstimos e financiamentos Obrigações tributárias Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Outras provisões Total dos passivos não circulantes PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 427.073 418.061 427.073 418.061 Reservas de capital 160.313 149.627 160.313 149.627 Reservas de lucros 292.457 (102.849) 490.885 (17.635) 282.944 (14) 430.079 (23.196) 292.457 (102.849) 490.885 (17.635) 282.944 (14) 430.079 (23.196) Ações em tesouraria Dividendo adicional proposto Outros resultados abrangentes Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores Participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido das controladas TOTAL DOS ATIVOS 3.176.868 2.609.022 3.793.012 3.221.871 14 16 17 18 19.a) 19.c) 19.b) 1.250.244 1.257.501 1.250.244 1.257.501 - - 1 1 Total do patrimônio líquido 1.250.244 1.257.501 1.250.245 1.257.502 TOTAL DOS PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.176.868 2.609.022 3.793.012 3.221.871 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 3 NATURA COSMÉTICOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido do exercício por ação) Nota explicativa RECEITA LÍQUIDA Custo dos produtos vendidos 21 22 LUCRO BRUTO (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas Administrativas e gerais Participação dos colaboradores nos resultados Remuneração dos administradores Resultado de equivalência patrimonial Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS) 2011 2010 5.848.777 5.514.315 (2.375.514) (2.283.926) 3.473.263 22 22 22 27 12 25 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 2011 3.230.389 (1.503.069) (1.292.365) (816.818) (837.808) (3.765) (18.174) (9.443) (14.417) 54.789 25.764 43.579 456 1.238.536 1.093.845 2010 5.591.374 (1.666.300) 5.136.712 (1.556.806) 3.925.074 3.579.906 (1.952.740) (680.730) (30.168) (9.443) 63.077 (1.704.322) (605.442) (70.351) (14.417) (17.468) 1.315.070 1.167.905 RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras 24 24 LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social 86.502 (163.247) 1.161.791 9.b) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 17.515 (58.237) 1.053.123 122.698 (200.038) 1.237.730 53.639 (103.375) 1.118.169 (330.890) (309.073) (406.829) (374.120) 830.901 744.050 830.901 744.050 830.901 744.050 830.901 744.050 - - - - ATRIBUÍVEL A Acionistas da Sociedade Acionistas não controladores LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO - R$ Básico 26.1. 1,9320 1,7281 1,9320 1,7281 Diluído 26.2. 1,9279 1,7219 1,9279 1,7219 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 4 NATURA COSMÉTICOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Outros resultados abrangentesGanhos (perdas) na conversão de demonstrações contábeis de controladas no exterior 12 TOTAL DO RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO Controladora (BR GAAP) 2011 2010 830.901 744.050 5.561 Consolidado (BR GAAP e IFRS) 2011 (4.473) 2010 830.901 5.561 744.050 (4.473) 836.462 739.577 836.462 739.577 836.462 739.577 836.462 739.577 - - - - ATRIBUÍVEL A Acionistas da Sociedade Acionistas não controladores As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 5 NATURA COSMÉTICOS S.A. DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$, exceto os dividendos por ação) Reservas de capital Ágio na emissão/venda de ações Reserva de incentivo fiscal Subvenção para investimentos Capital adicional integralizado 404.261 103.620 17.378 21.995 18.650 4.961 230.082 - - - - - - - - 19.a) 13.800 - - - - - - - 23.2. 23.2. - - - - - 4.654 - - 19.b) 19.b) 19.b) - - - - - 5.973 - 18.624 - 405.623 24.456 - 418.061 103.620 17.378 28.629 18.650 10.934 253.360 Nota explicativa SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Total do resultado abrangente do exercício Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2009 aprovados na AGO de 6 de abril de 2010 Aumento de capital por subscrição de ações Movimentação dos planos de opção de compra de ações: Outorga de opções de compra Exercício de opções de compra Destinação do lucro líquido do exercício: Constituição de reserva de incentivo fiscal Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio Dividendos declarados em 23 de fevereiro de 2011 Juros sobre o capital próprio declarados em 23 de fevereiro de 2011 Reserva de retenção de lucros 19.f) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Participação dos acionistas Patrimônio não controladores Dividendo Outros líquido no patrimônio Patrimônio adicional Lucros resultados dos acionistas líquido das líquido proposto acumulados abrangentes controladores controladas total 12 Total do resultado abrangente do exercício Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2010 aprovados na AGO de 8 de abril de 2011 Capital social 11.288 (4.654) Legal Reservas de lucros Incentivos Retenção fiscais de lucros Ações em tesouraria (14) (14) 357.611 - (18.723) - 744.050 - (4.473) 744.050 (4.473) - 744.050 (4.473) 744.050 - (4.473) - 739.577 (357.611) 13.800 11.288 (289.374) - - 739.577 (357.611) 13.800 11.288 (289.374) - (357.611) - (5.973) (289.374) (405.623) (24.456) (18.624) 430.079 - (23.196) 1.139.821 1.257.501 1 - 1.139.822 1 1.257.502 830.901 - - - - - - - - - 830.901 - 830.901 - - - - - - - - - - - 5.561 5.561 - 5.561 - - - - - - - - - 830.901 5.561 836.462 - 836.462 (430.079) - (430.079) - - - - - - - - Aumento de capital por subscrição de ações 19.a) 9.012 - - - - - - - Aquisição de ações em tesouraria 19.c) - - - - - - - Venda de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações 19.c) - - - - - - (377) (104.452) 1.617 (430.079) - - - - - - - - - - - 1.240 9.012 (104.452) - 9.012 (104.452) - 1.240 Movimentação dos planos de opção de compra de ações: Outorga de opções de compra 23.2. - - - 13.369 - - - - - - - 13.369 - 13.369 Exercício de opções de compra 23.2. - - - (2.306) - - 2.306 - - - - - - - - - - - - 3.677 - - - (3.677) - 19.b) - - - - - - - - - (332.809) - Destinação do lucro líquido do exercício: Constituição de reserva de incentivo fiscal Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio (332.809) - (332.809) Dividendos declarados em 15 de fevereiro de 2012 19.b) - - - - - - - - 467.261 (467.261) - - - - Juros sobre o capital próprio declarados em 15 de fevereiro de 2012 19.b) - - - - - - - - 23.624 (23.624) - - - - Reserva de retenção de lucros 19.f) - - - - - - 3.530 - - (3.530) - - - - 427.073 103.243 17.378 39.692 18.650 14.611 259.196 1.250.244 1 1.250.245 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (102.849) 490.885 - (17.635) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 6 NATURA COSMÉTICOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações Provisão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward" Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Atualização monetária de depósitos judiciais Imposto de renda e contribuição social Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível Resultado de equivalência patrimonial Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos Variação cambial sobre outros ativos e passivos Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para perdas nos estoques Provisão com plano de assistência médica e créditos carbono Reconhecimento de crédito tributário de processo judicial Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo 13 17 9.a) 24 6 7 18 25 25 Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS) 2011 2010 830.901 744.050 830.901 744.050 27.565 (16.442) (2.866) (28.841) 330.890 1.559 (54.789) 94.985 22 6.359 (492) 9.801 10.012 (11.887) (15.461) 15.305 5.477 106 (15.318) 309.073 (468) (25.764) (4.668) 4.081 9.005 3.981 10.739 - 109.921 (14.305) (7.998) (51.173) 406.829 13.457 121.674 (7.767) 13.369 323 (674) 19.725 12.384 (16.852) (40.378) 88.848 8.787 3.545 (18.129) 374.120 32.620 (5.137) 11.288 465 9.149 30.132 10.400 - 1.181.316 2011 1.055.598 1.389.436 2010 1.290.137 (AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Outros ativos (41.125) (42.615) (14.648) (171.952) (88.052) (77.360) 97.664 (43.394) (70.918) (136.948) (45.224) (157.950) (126.561) (92.106) 45.134 (41.418) Subtotal (270.340) (111.142) (411.040) (214.951) 69.443 (5.218) 28.692 34.006 (816) 28.761 7.019 74.726 62.565 (2.673) 121.752 (30.702) 24.060 (14.132) (829) 111.212 31.955 50.844 34.528 (2.658) AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS Fornecedores nacionais e estrangeiros Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos Obrigações tributárias Outros passivos Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Subtotal CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 126.107 170.398 100.149 225.881 1.037.083 1.114.854 1.078.545 1.301.067 OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Pagamentos de imposto de renda e contribuição social Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos (255.182) (15.082) (57.812) (221.535) (9.006) (35.405) (319.623) (18.382) (76.700) (269.001) (13.378) (44.902) CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 709.007 848.908 663.840 973.785 (277.036) 2.535 72.973 34.000 (121.173) (66.870) 3.174 (86.096) 30.000 (117.486) (346.367) 3.726 92.341 - (236.876) 9.864 (86.524) - (288.701) (237.278) (250.300) (313.536) (425.383) 822.047 (430.079) (332.809) (104.452) 1.240 9.012 (592.075) 565.293 (357.611) (289.375) 13.800 (648.687) 1.045.702 (430.079) (332.809) (104.452) 1.240 9.012 (781.931) 819.275 (357.611) (289.375) 13.800 (460.424) (659.968) (460.073) (595.841) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Adições de imobilizado e intangível Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais Recebimentos de dividendos de controladas Investimentos em controladas 13 12 CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Amortização de empréstimos e financiamentos - principal Captações de empréstimos e financiamentos Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício anterior Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício corrente Compra de ações em tesouraria Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações Aumento de capital por subscrição (353.289 ações ordinárias ao preço médio de R$39,69) 19.b) CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa - - 1.914 (4.473) AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (40.118) (48.338) (44.619) 59.935 Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa Saldo final do caixa e equivalentes de caixa 206.125 166.007 254.463 206.125 560.229 515.610 500.294 560.229 AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (40.118) (48.338) (44.619) 59.935 ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA Financiamento (leasing) de ativo imobilizado Compensação de passivo tributário com depósito judicial INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Numerários com utilização restrita Limites de contas garantidas sem utilização 13 17 56.694 114.345 - 56.694 114.345 - 11 117.900 147.900 6.757 235.500 6.155 265.500 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 7 NATURA COSMÉTICOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$, exceto informação suplementar) Nota explicativa Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP) 2011 2010 2011 2010 RECEITAS 6.847.933 6.394.783 7.499.050 6.850.225 Vendas de mercadorias, produtos e serviços Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa 6.887.213 43.580 (82.860) 6.477.739 456 (83.412) 7.524.250 63.078 (88.278) 6.951.106 (17.468) (83.412) 25 6 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (4.538.955) (4.278.970) (4.362.838) (3.707.385) Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (2.610.197) (2.488.991) (2.624.578) (2.355.631) (1.928.758) (1.789.979) (1.738.260) (1.351.754) VALOR ADICIONADO BRUTO 2.308.978 RETENÇÕES Depreciações e amortizações 13 VALOR ADICIONADO PRODUZIDO PELA SOCIEDADE VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras - incluem variações monetárias e cambiais VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 12 24 2.115.813 3.136.212 3.142.841 (27.565) (15.305) (109.921) (88.848) (27.565) (15.305) (109.921) (88.848) 2.281.413 2.100.508 3.026.291 3.053.993 141.291 43.279 122.698 53.639 54.789 86.502 25.764 17.515 122.698 53.639 2.422.704 2.143.786 3.148.989 3.107.632 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (2.422.704) (2.143.786) (3.148.989) (3.107.632) Pessoal e encargos sociais Impostos, taxas e contribuições Despesas financeiras e aluguéis Dividendos Juros sobre o capital próprio Lucros retidos (250.870) (222.957) (634.261) (769.245) (1.182.449) (1.111.331) (1.472.345) (1.476.512) (158.485) (65.448) (211.483) (117.825) (762.563) (659.570) (762.563) (659.570) (61.130) (59.883) (61.130) (59.883) (7.207) (24.597) (7.207) (24.597) Informações suplementares às demonstrações do valor adicionado: Dos valores registrados na rubrica "Impostos, taxas e contribuições" em 2011 e 2010, os montantes de R$442.063 e R$454.114, respectivamente, referem-se ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Substituição Tributária - ICMS - ST incidente sobre a margem de lucro presumida definida pelas Secretarias das Fazendas Estaduais, obtida nas vendas realizadas pelos(as) Consultores(as) Natura para o consumidor final. Para a análise desse impacto tributário nas demonstrações do valor adicionado, tais valores devem ser deduzidos daqueles registrados na rubrica "Vendas de mercadorias, produtos e serviços" e da própria rubrica "Impostos, taxas e contribuições", uma vez que os valores das receitas de vendas não incluem o lucro presumido dos(as) Consultores(as) Natura na venda dos produtos, nos montantes de R$2.906.137 e R$2.738.227, em 2011 e 2010, respectivamente, considerando-se a margem presumida de lucro de 30%. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 8 NATURA COSMÉTICOS S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto se de outra forma indicado) 1. INFORMAÇÕES GERAIS A Natura Cosméticos S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anônima de capital aberto listada no segmento especial denominado Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, sob o código “NATU3”, com sede em Itapecerica da Serra, Estado de São Paulo. Suas atividades e as de suas controladas (doravante denominadas “Sociedades”) compreendem o desenvolvimento, a industrialização, a distribuição e a comercialização de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de higiene pessoal, substancialmente por meio de vendas diretas realizadas pelos(as) Consultores(as) Natura, bem como a participação como sócia ou acionista em outras sociedades no Brasil e no exterior. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 2.1. Declaração de conformidade e base de preparação As demonstrações contábeis da Sociedade compreendem: • As demonstrações contábeis consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB” e as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como consolidado - IFRS e BR GAAP. • As demonstrações contábeis individuais da controladora preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como controladora - BR GAAP. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos técnicos e as orientações e interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. As demonstrações contábeis individuais apresentam a avaliação dos investimentos em controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente. Dessa forma, essas demonstrações contábeis individuais não são consideradas como estando conforme as IFRSs, que exigem a avaliação desses investimentos nas demonstrações separadas da controladora pelo seu valor justo ou pelo custo de aquisição. 9 Natura Cosméticos S.A. Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado consolidado atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações contábeis consolidadas preparadas de acordo com as IFRSs e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido e o resultado da controladora, constantes nas demonstrações contábeis individuais preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Sociedade optou por apresentar essas demonstrações contábeis individuais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado. As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. As principais práticas contábeis aplicadas na preparação das demonstrações contábeis consolidadas estão definidas a seguir. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente no exercício anterior apresentado, salvo disposição em contrário. 2.2. Consolidação a) Controladas e controladas em conjunto Controladas são todas as entidades que a Sociedade tem o poder de governar as políticas financeiras e operacionais para obter benefícios de suas atividades e nas quais normalmente há uma participação societária superior a 50%. Nos casos aplicáveis, a existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Sociedade controla ou não outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido à Sociedade e deixam de ser consolidadas, nos casos aplicáveis, a partir da data em que o controle deixa de existir. Nos casos em que o controle é tido em conjunto, a consolidação das demonstrações contábeis é feita proporcionalmente ao percentual de participação. b) Sociedades incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas Participação - % 2011 2010 Participação direta: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Cosméticos S.A. - Peru Natura Cosméticos S.A. - Argentina Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V. Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V. Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia Natura Cosméticos España S.L. - Espanha Natura (Brasil) International B.V. - Holanda 10 99,99 99,99 99,99 99,99 99,94 99,94 99,97 99,97 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 100,00 100,00 100,00 100,00 Natura Cosméticos S.A. Participação - % 2011 2010 Participação indireta: Via Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: Natura Logística e Serviços Ltda. 99,99 99,99 Via Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. (consolidação proporcional - controle conjunto) Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França 43,33 42,11 100,00 100,00 Via Natura (Brasil) International B.V. - Holanda: Natura Brasil Inc. - EUA - Delaware Natura International Inc. - EUA - Nova York Natura Worldwide Trading Company - Costa Rica Natura Brasil SAS - França Natura Brasil Inc. - EUA - Nevada Natura Europa SAS - França 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, foram utilizadas demonstrações encerradas na mesma data-base e consistentes com as práticas contábeis da Sociedade. Foram eliminados os investimentos na proporção da participação da investidora nos patrimônios líquidos e nos resultados das controladas, os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas e os resultados não realizados, líquidos de imposto de renda e contribuição social, decorrentes de operações entre as empresas. As atividades das controladas diretas e indiretas são como segue: • Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: suas atividades concentram-se, preponderantemente, na industrialização e comercialização dos produtos da marca Natura para a Natura Cosméticos S.A. - Brasil, Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia, Natura Europa SAS - França e Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.. • Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia e Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades são semelhantes às atividades desenvolvidas pela controladora Natura Cosméticos S.A. - Brasil. • Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: suas atividades concentram-se em desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de mercado. É controladora integral da Natura Innovation et Technologie de Produits SAS França, centro satélite de pesquisa e tecnologia inaugurado durante o ano 2007, em Paris. • Natura Europa SAS - França: suas atividades concentram-se na compra, venda, importação, exportação e distribuição de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de higiene. 11 Natura Cosméticos S.A. • Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades concentram-se na importação e comercialização de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de higiene pessoal para a Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.. • Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades concentram-se na prestação de serviços administrativos e logísticos às empresas Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.. • Natura Cosméticos España S.L.: encontra-se em fase pré-operacional e suas atividades consistirão nas mesmas atividades desenvolvidas pela controladora Natura Cosméticos S.A. - Brasil. • Natura Logística e Serviços Ltda.: suas atividades concentram-se na prestação de serviços administrativos e logísticos para as sociedades sediadas no Brasil. • Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França: suas atividades concentram-se em pesquisas nas áreas de testes “in vitro”, alternativos aos testes em animais, para estudo da segurança e eficácia de princípios ativos, tratamento de pele e novos materiais de embalagens. • Ybios S.A.: suas atividades concentram-se na pesquisa, na gestão, no desenvolvimento de projetos, produtos e serviços voltados para a área de biotecnologia, podendo, inclusive, firmar acordos e parcerias com universidades, fundações, empresas, cooperativas e associações, entre outras entidades públicas e privadas, na prestação de serviços na área de biotecnologia e na participação em outras sociedades. Por ser uma controlada em conjunto, cujas demonstrações contábeis foram incluídas proporcionalmente nas demonstrações contábeis consolidadas da Sociedade, a seguir são demonstradas as principais contas do grupo de ativo, passivo e resultado, incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas à razão de 43,33% de participação (42,11% em 31 de dezembro de 2010), após os ajustes de eliminação da participação societária: 2011 Ativo circulante Ativo imobilizado Passivo circulante Receita líquida do exercício Prejuízo do exercício 567 56 30 128 (1.086) 2010 630 98 87 1.098 (682) • Natura Europa SAS - França e Natura Cosmetics USA Co.: em janeiro de 2009 as cotas correspondentes ao capital social dessas controladas foram conferidas como aporte de capital na empresa “holding” Natura (Brasil) International B.V. Holanda, passando a Sociedade a possuir a correspondente participação indireta nessas empresas por intermédio dessa empresa “holding” sediada na Holanda. 12 Natura Cosméticos S.A. c) Encerramento de atividades de controladas Em reuniões do Conselho de Administração realizadas em julho e outubro de 2009, foi aprovado o encerramento das operações da controlada Natura Cosméticos C.A. Venezuela, gerando a necessidade de constituição de provisão para perdas na realização de ativos. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo dos ativos líquidos da Natura Cosméticos C.A. Venezuela, registrado nas demonstrações contábeis consolidadas da Sociedade, deduzido de provisões para eventuais perdas na desvalorização de ativos e exigibilidade de passivos no processo de encerramento das referidas operações, era de R$306. 2.3. Apresentação de informações por segmentos As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é representado pelo Comitê Executivo da Sociedade. 2.4. Conversão para moeda estrangeira a) Moeda funcional Os itens incluídos nas demonstrações contábeis da controladora e de cada uma das empresas incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam (“moeda funcional”). b) Transações e saldos em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da Sociedade (reais) utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa de câmbio vigente nas datas dos balanços. Os ganhos e as perdas de variação cambial resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício, nas rubricas “Receitas financeiras” e “Despesas financeiras”. c) Moeda de apresentação e conversão das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis são apresentadas em reais (R$), que correspondem à moeda de apresentação da Sociedade. Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, as demonstrações do resultado e dos fluxos de caixa e todas as outras movimentações de ativos e passivos das controladas no exterior, cuja moeda funcional é a moeda local, são convertidas para reais à taxa de câmbio média mensal, que se aproxima da taxa de câmbio vigente na data das correspondentes transações. O balanço patrimonial é convertido para reais às taxas de câmbio do encerramento de cada exercício. 13 Natura Cosméticos S.A. Os efeitos das variações da taxa de câmbio resultantes dessas conversões são apresentados sob a rubrica “Outros resultados abrangentes” nas demonstrações do resultado abrangente e no patrimônio líquido. No caso de alienação total ou parcial de uma participação em uma empresa, mediante venda ou como resultado de pagamento de capital, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração do resultado como parte do ganho ou da perda na alienação do investimento. 2.5. Caixa e equivalentes de caixa Incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras realizáveis em até 90 dias da data da aplicação ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um risco insignificante de mudança de valor, os quais são registrados pelos valores de custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de realização. 2.6. Instrumentos financeiros 2.6.1. Categorias A categoria depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros foram adquiridos ou contratados e é determinada no reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros. Os ativos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as seguintes categorias: Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado São ativos financeiros mantidos para negociação, quando são adquiridos para esse fim, principalmente no curto prazo e são mensurados ao valor justo na data das demonstrações contábeis, sendo as variações reconhecidas no resultado. Os instrumentos financeiros derivativos também são classificados nessa categoria. Os ativos dessa categoria são classificados no ativo circulante. No caso da Sociedade, nessa categoria estão incluídos unicamente os instrumentos financeiros derivativos. Os saldos dos instrumentos derivativos não liquidados são mensurados ao valor justo na data das demonstrações contábeis e classificados no ativo ou no passivo circulante, sendo as variações no valor justo registradas, respectivamente, nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”. Ativos financeiros mantidos até o vencimento Compreendem investimentos em determinados ativos financeiros classificados no momento inicial da contratação, para serem levados até a data de vencimento, os quais são mensurados ao custo amortizado pelo método de taxa de juros efetiva. 14 Natura Cosméticos S.A. Ativos financeiros disponíveis para venda Quando aplicável, são incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos, que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam classificados como: (a) empréstimos e recebíveis; (b) investimentos mantidos até o vencimento; ou (c) ativos financeiros a valor justo por meio do resultado. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade não possuía ativos financeiros registrados nas demonstrações contábeis sob essa classificação. Empréstimos e recebíveis São incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos com recebimentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São registrados no ativo circulante, exceto, nos casos aplicáveis, aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço, os quais são classificados como ativo não circulante. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, no caso da Sociedade, compreendem caixa e equivalentes de caixa (nota explicativa nº 5) e contas a receber de clientes (nota explicativa nº 6). Os passivos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as seguintes categorias: Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado São classificados como ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado. Outros passivos financeiros São mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, no caso da Sociedade, compreendem empréstimos e financiamentos (nota explicativa nº 14) e saldos a pagar a fornecedores nacionais e estrangeiros. 2.6.2. Mensuração As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação, ou seja, na data em que a Sociedade se compromete a comprar ou vender o ativo. Os empréstimos e recebíveis e ativos financeiros mantidos até o vencimento são mensurados ao custo amortizado. Os ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos de transação são registrados na demonstração do resultado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são registrados na demonstração do resultado nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”, respectivamente, no período em que ocorrem. Para os ativos financeiros classificados como “Disponíveis para venda”, quando aplicável, essas variações são registradas na rubrica “Outros resultados abrangentes”, no resultado abrangente e no patrimônio líquido, até o momento da liquidação do ativo financeiro, quando, por fim, são reclassificadas para o resultado do exercício. 15 Natura Cosméticos S.A. 2.6.3. Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.6.4. Instrumentos financeiros derivativos e contabilização de “hedge” As operações com instrumentos financeiros derivativos, contratadas pela Sociedade e por suas controladas, resumem-se em “swap” e compra a termo de moeda (“Non Deliverable Forward - NDF”), que visam exclusivamente à proteção contra riscos cambiais associados a posições no balanço patrimonial, além dos fluxos de caixa dos aportes de capital nas controladas projetados em moedas estrangeiras. São mensurados ao seu valor justo, com as variações registradas contra o resultado do exercício, exceto quando designados em uma contabilidade de “hedge” de fluxo de caixa, cujas variações no valor justo são registradas na rubrica “Outros resultados abrangentes” no patrimônio líquido. O valor justo dos instrumentos financeiros derivativos é calculado pela tesouraria da Sociedade com base nas informações de cada operação contratada e nas respectivas informações de mercado nas datas de encerramento das demonstrações contábeis, tais como taxas de juros e câmbio. Nos casos aplicáveis, tais informações são comparadas com as posições informadas pelas mesas de operação de cada instituição financeira envolvida. Embora as Sociedades façam uso de derivativos com o objetivo de proteção (“hedge”), estas não adotam a prática contábil de contabilização de instrumentos de proteção (“hedge accounting”). Os valores justos dos instrumentos financeiros derivativos estão divulgados na nota explicativa nº 4. 2.6.5. Método de juros efetivos É utilizado para calcular o custo amortizado de um instrumento da dívida e alocar sua receita de juros ao longo do período correspondente. A taxa de juros efetiva desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados (incluindo todos os honorários e pontos pagos ou recebidos que sejam parte integrante da taxa de juros efetiva, os custos da transação e outros prêmios ou deduções) durante a vida estimada do instrumento da dívida ou, quando apropriado, durante um período menor, para o valor contábil líquido na data do reconhecimento inicial. A receita é reconhecida com base nos juros efetivos para os instrumentos de dívida não caracterizados como ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. 16 Natura Cosméticos S.A. 2.7. Contas a receber de clientes e provisão para créditos de liquidação duvidosa As contas a receber de clientes são registradas pelo valor nominal e deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa, a qual é constituída utilizando o histórico de perdas por faixas de vencimento, sendo considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas, conforme os valores demonstrados na nota explicativa nº 6. 2.8. Estoques Registrados pelo custo médio de aquisição ou produção, ajustados ao valor realizável líquido, quando este for menor que o custo. Os detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 7. 2.9. Investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto A Sociedade possui participações em controladas, coligadas e controladas em conjunto (controle compartilhado). As controladas são empresas nas quais a Sociedade possui controle. Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais de uma empresa, a fim de obter benefícios de suas atividades, o que em geral consiste na capacidade de exercer a maioria dos direitos de voto. Os potenciais direitos de voto são considerados na avaliação do controle exercido pela Sociedade sobre outra entidade, quando puderem ser exercidos no momento de tal avaliação. Uma coligada é uma entidade sobre a qual a Sociedade possui influência significativa e que não se configura como uma controlada nem como uma participação em um empreendimento sob controle comum (“joint venture”). Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da investida, sem exercer controle individual ou conjunto sobre essas políticas. As investidas com controle compartilhado são entidades controladas em conjunto, em que os empreendedores têm um acordo contratual que estabelece o controle conjunto sobre as atividades econômicas da entidade. Os investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações contábeis das controladas, coligadas e controladas em conjunto são elaboradas para a mesma data-base de apresentação da controladora. Sempre que necessário, são realizados ajustes para adequar as práticas contábeis às da Sociedade. De acordo com o método da equivalência patrimonial, a parcela atribuível à Sociedade sobre o lucro ou prejuízo líquido do período desses investimentos é registrada na demonstração do resultado sob a rubrica “Resultado de equivalência patrimonial”. Ganhos e perdas não realizados decorrentes de transações entre a controladora e as investidas são eliminados com base no percentual de participação nas investidas. Os outros resultados abrangentes de controladas, coligadas e controladas em conjunto são registrados diretamente no patrimônio líquido da Sociedade sob a rubrica “Outros resultados abrangentes”. 17 Natura Cosméticos S.A. 2.10. Imobilizado Avaliado ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de juros capitalizados durante o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos qualificáveis, e reduzido pela depreciação acumulada e pelas perdas por “impairment”, quando aplicável. Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da Sociedade e de suas controladas, originados de operações de arrendamento mercantil do tipo financeiro, são registrados como se fosse uma compra financiada, reconhecendo no início de cada operação um ativo imobilizado e um passivo de financiamento, sendo os ativos também submetidos às depreciações calculadas de acordo com as vidas úteis estimadas dos respectivos bens. Terrenos não são depreciados. A depreciação dos demais ativos é calculada pelo método linear, para distribuir seu valor de custo ao longo da vida útil estimada, como segue: Anos Edificações Máquinas e equipamentos Moldes Instalações e benfeitorias de terceiros Móveis e utensílios Veículos 25 13 3 5 - 13 14 3 As vidas úteis são revisadas anualmente. Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o valor da venda com o valor residual contábil e são reconhecidos na demonstração do resultado. 2.11. Intangível 2.11.1 Softwares As licenças de programas de computador (softwares) e de sistemas de gestão empresarial adquiridas são capitalizadas e amortizadas conforme as taxas descritas na nota explicativa nº 13 e os gastos associados à manutenção são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos com aquisição e implementação de sistemas de gestão empresarial são capitalizados como ativo intangível quando há evidências de geração de benefícios econômicos futuros, considerando sua viabilidade econômica e tecnológica. Os gastos com desenvolvimento de software reconhecidos como ativos são amortizados pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. As despesas relacionadas à manutenção de software são reconhecidas no resultado do exercício quando incorridas. 18 Natura Cosméticos S.A. 2.11.2 Marcas e patentes As marcas e patentes adquiridas separadamente são demonstradas pelo custo histórico. As marcas e patentes adquiridas em uma combinação de negócios são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. A amortização é calculada pelo método linear, com base nas taxas demonstradas na nota explicativa nº 13. 2.11.3 Créditos de carbono - Programa Carbono Neutro Em 2007, a Sociedade assumiu com seus colaboradores, clientes, fornecedores e acionistas o compromisso de ser uma empresa Carbono Neutro, que consiste em neutralizar suas emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, em sua cadeia completa de produção, desde a extração das matérias-primas até o pós-consumo. Esse compromisso, apesar de não ser uma obrigação legal, já que o Brasil não adotou as exigências do protocolo de Kioto, é considerado uma obrigação construtiva, conforme o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, que determina o reconhecimento de uma provisão nas demonstrações contábeis se esta for passível de desembolso e mensurável. O passivo é estimado através dos inventários auditados de emissão de carbono realizados anualmente e valorizado com base nos preços médios de aquisição de toneladas dos contratos em vigor e nos preços estimados para as próximas aquisições. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo registrado no passivo na rubrica “Outras provisões” (vide nota explicativa nº 18) refere-se ao total das emissões de carbono do período de 2007 a 2011 que ainda não foram neutralizadas através dos projetos correspondentes; portanto, não há efetivação do certificado de carbono. Em linha com suas crenças e princípios, a Sociedade optou por não realizar aquisições diretas de créditos de carbono, mas sim investir em projetos socioambientais em comunidades. Dessa forma, os gastos incorridos gerarão créditos de carbono após a finalização ou maturação desses projetos. Durante referido período, os gastos foram registrados a valor de custo como um ativo intangível (vide nota explicativa nº 13), já que representam um direito futuro de uso. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo registrado no ativo intangível refere-se aos gastos incorridos com projetos socioambientais que gerarão à Sociedade certificados futuros de carbono. No momento em que os respectivos certificados de carbonos são efetivamente entregues à Sociedade, a obrigação de ser Carbono Neutro é efetivamente cumprida; portanto, os saldos de ativos são compensados com os saldos de passivos. A diferença entre os saldos de ativo e de passivo em 31 de dezembro de 2011 refere-se ao valor de caixa que a Sociedade ainda desembolsará com outros projetos socioambientais para futura geração de certificados. Essa metodologia contábil foi elaborada de acordo com a IAS 8 - “Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors”, que determina que na ausência de um pronunciamento, ou uma interpretação ou orientação aplicados especificamente a uma transação, a Administração deverá exercer seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de uma política contábil que resulte em informação que seja relevante para a tomada de decisão por parte dos usuários e confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade. 19 Natura Cosméticos S.A. 2.12. Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos Dados o alto índice de inovação e a taxa de rotação de produtos na carteira de vendas da Sociedade, esta adota como prática contábil registrar como despesa do exercício, quando incorridos, os gastos com pesquisa e desenvolvimento de seus produtos. Os detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 22. 2.13. Arrendamento mercantil A classificação dos contratos de arrendamento mercantil é realizada no momento da sua contratação. Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são registrados como despesa do exercício pelo método linear, durante o período do arrendamento. Os arrendamentos nos quais a Sociedade e suas controladas detêm, substancialmente, todos os riscos e as recompensas da propriedade são classificados como arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no balanço patrimonial no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento. Cada parcela paga do arrendamento é alocada parte ao passivo e parte aos encargos financeiros, para que, dessa forma, seja obtida uma taxa de juros efetiva constante sobre o saldo da dívida em aberto. As obrigações correspondentes, líquidas dos encargos financeiros, são classificadas nos passivos circulante e não circulante de acordo com o prazo do contrato. O bem do imobilizado adquirido por meio de arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil-econômica do ativo, conforme mencionado na nota explicativa nº 2.10, ou de acordo com o prazo do contrato de arrendamento, quando este for menor. 2.14. Avaliação do valor recuperável dos ativos Os bens do imobilizado e intangível e, quando aplicável, outros ativos não circulantes são avaliados anualmente para identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda, sempre que eventos ou alterações significativas nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando aplicável, se houver perda decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, definido pelo maior entre o valor em uso do ativo e o seu valor líquido de venda, ela é reconhecida no resultado do exercício. Para fins de avaliação do valor recuperável, os ativos são agrupados nos menores níveis para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGCs). 2.15. Contas a pagar aos fornecedores Reconhecidas pelo valor nominal e acrescidas, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos até as datas dos balanços. 20 Natura Cosméticos S.A. 2.16. Empréstimos e financiamentos Reconhecidos pelo valor justo, no momento do recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação nos casos aplicáveis e acrescidos de encargos, juros e variações monetárias e cambiais conforme previsto contratualmente, incorridos até as datas dos balanços, conforme demonstrado na nota explicativa nº 14. 2.17. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Reconhecidas quando a Sociedade e suas controladas têm uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança. As provisões são quantificadas ao valor presente do desembolso esperado para liquidar a obrigação, sendo utilizada a taxa adequada de desconto de acordo com os riscos relacionados ao passivo. São atualizadas até as datas dos balanços pelo montante estimado das perdas prováveis, observadas suas naturezas e apoiadas na opinião dos assessores legais da Sociedade. Os fundamentos e a natureza das provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão descritos na nota explicativa nº 17. 2.18. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos Reconhecidos na demonstração do resultado do exercício, exceto, nos casos aplicáveis, na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, os tributos são reconhecidos também diretamente no patrimônio líquido, na rubrica “Outros resultados abrangentes”. Exceto pelas controladas localizadas no exterior, onde são observadas as alíquotas fiscais válidas para cada um dos países em que se situam essas controladas, o imposto de renda e a contribuição social da Sociedade e das controladas no Brasil são calculados às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente. A despesa de imposto de renda e contribuição social - correntes é calculada com base nas leis e nos normativos tributários promulgados na data de encerramento do exercício, de acordo com os regulamentos tributários brasileiros. A Administração avalia periodicamente as posições assumidas na declaração de renda com respeito a situações em que a regulamentação tributária aplicável está sujeita à interpretação que possa ser eventualmente divergente e constitui provisões, quando adequado, com base nos valores que espera pagar ao Fisco. O imposto de renda e a contribuição social - diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis. O imposto de renda e a contribuição social - diferidos são determinados usando as alíquotas de imposto promulgadas nas datas dos balanços e que devem ser aplicadas quando o respectivo imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos forem realizados ou quando o imposto de renda e a contribuição social - diferidos passivos forem liquidados. O imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que o lucro real futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas. 21 Natura Cosméticos S.A. Os montantes de imposto de renda e contribuição social - diferidos ativos e passivos são compensados somente quando há um direito exequível legal de compensar os ativos fiscais circulantes contra os passivos fiscais circulantes e/ou quando o imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos e passivos se relacionam com o imposto de renda e a contribuição social incidentes pela mesma autoridade tributária sobre a entidade tributável ou diferentes entidades tributáveis em que há intenção de liquidar os saldos em uma base líquida. Os detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 9. 2.19. Plano de outorga de opções de compra de ações A Sociedade oferece a seus executivos planos de participações com base em ações, liquidados com as ações desta. O plano de outorga de opções de compra de ações é mensurado pelo valor justo na data da outorga e a despesa é reconhecida no resultado durante o período no qual o direito é adquirido em contrapartida à rubrica “Capital adicional integralizado” no patrimônio líquido. Nas datas dos balanços, a Administração da Sociedade revisa as estimativas quanto à quantidade de opções, cujos direitos devem ser adquiridos com base nas condições, e reconhece, quando aplicável, no resultado do exercício em contrapartida ao patrimônio líquido o efeito decorrente da revisão dessas estimativas iniciais. Os detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 23.2. 2.20. Participação nos resultados A Sociedade reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que considera o lucro atribuível aos acionistas da Sociedade após certos ajustes, o qual é vinculado ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício. 2.21. Dividendos e juros sobre o capital próprio A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio efetuada pela Administração da Sociedade que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante no grupo “Outras obrigações”, por ser considerada como uma obrigação legal prevista no estatuto social da Sociedade; entretanto, a parcela dos dividendos superior ao dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, mas antes da data de autorização para emissão das referidas demonstrações contábeis, é registrada na rubrica “Dividendo adicional proposto” no patrimônio líquido, sendo seus efeitos divulgados na nota explicativa nº 18.(b). Para fins societários e contábeis, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido. 22 Natura Cosméticos S.A. 2.22. Ganhos e perdas atuariais do plano de assistência médica e outros custos de planos de benefícios a colaboradores Os custos associados às contribuições efetuadas pela Sociedade e por suas controladas aos planos de aposentadoria de contribuição definida são reconhecidos pelo regime de competência. Os ganhos e as perdas atuariais apurados no plano de extensão de assistência médica a colaboradores aposentados são reconhecidos no resultado em conformidade com as regras da IAS 19 e do CPC 33 - Benefícios a Empregados, com base em cálculo atuarial elaborado por atuário independente, conforme detalhes divulgados na nota explicativa nº 18. 2.23. Apuração do resultado e reconhecimento da receita O resultado é apurado em conformidade com o regime contábil de competência, sendo a receita de venda reconhecida no resultado do exercício quando os riscos e benefícios inerentes aos produtos são transferidos para os clientes. A receita decorrente de incentivos fiscais, recebida sob a forma de ativo monetário, é reconhecida no resultado do exercício quando recebida em contraposição de custos e investimentos incorridos pela Sociedade na localidade onde o incentivo fiscal é concedido. Não há condições estabelecidas a serem cumpridas pela Sociedade que pudessem afetar o reconhecimento da receita decorrente de incentivos fiscais. A parcela dos incentivos fiscais reconhecida no resultado é destinada para a constituição da reserva de incentivos fiscais no grupo “Reservas de lucros” no patrimônio líquido. 2.24. Demonstração do valor adicionado Esta demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Sociedade e sua distribuição durante determinado período e é apresentada pela Sociedade, conforme requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstrações contábeis individuais e como informação suplementar às demonstrações contábeis consolidadas, pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória conforme as IFRSs. A demonstração do valor adicionado foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações contábeis e seguindo as disposições contidas no CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Sociedade, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre ela, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e da recuperação de valores ativos e a depreciação e amortização) e pelo valor adicionado recebido de terceiros (resultado de equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da referida demonstração apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios. 23 Natura Cosméticos S.A. 2.25. Novas normas, alterações e interpretações de normas a) Normas, interpretações e alterações de normas existentes em vigor em 31 de dezembro de 2011 e que não tiveram impactos relevantes sobre as demonstrações contábeis da Sociedade As interpretações e alterações das normas existentes a seguir foram editadas e estavam em vigor em 31 de dezembro de 2011. Entretanto, não tiveram impactos relevantes sobre as demonstrações contábeis da Sociedade: Norma Principais exigências Data de entrada em vigor Melhorias nas IFRSs - 2010 Alteração de diversos pronunciamentos contábeis. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2011. Alterações à IFRS 1 Isenção limitada de divulgações comparativas da IFRS 7 para adotantes iniciais. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de julho de 2010. Alterações à IAS 24 Divulgações de partes relacionadas. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2011. Alterações à IFRIC 14 Pagamentos antecipados de exigência mínima de financiamento. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2011. Alterações à IAS 32 Classificação dos direitos de emissão. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de fevereiro de 2010. IFRIC 19 Extinção de passivos financeiros através de instrumentos patrimoniais. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de julho de 2010. b) Normas, interpretações e alterações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Sociedade As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos iniciados após 31 de dezembro de 2011. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Sociedade. Norma Principais exigências IFRS 9 (conforme alterada em 2010) Instrumentos financeiros. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. Alterações à IFRS 1 Eliminação de datas fixas para adotantes pela primeira vez das IFRSs. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de julho de 2011. Alterações à IFRS 7 Divulgações - transferências de ativos financeiros. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de julho de 2011. Alterações à IAS 12 Impostos diferidos - recuperação dos Aplicável a exercícios com início em ativos subjacentes quando o ativo é ou após 1º de janeiro de 2012. mensurado pelo modelo de valor justo de acordo com a IAS 40. IAS 28 (Revisada 2011) Revisão da IAS 28 para incluir as Investimentos em Coligadas e alterações introduzidas pelas IFRSs 10, Entidades com Controle 11 e 12. Compartilhado IAS 27 (Revisada 2011) Demonstrações Financeiras Separadas 24 Data de entrada em vigor Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. Requerimentos da IAS 27 relacionados Aplicável a exercícios com início em às demonstrações contábeis consolidadas ou após 1º de janeiro de 2013. são substituídos pela IFRS 10. Requerimentos para demonstrações contábeis separadas são mantidos. Natura Cosméticos S.A. Norma Principais exigências Data de entrada em vigor IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas Substituiu a IAS 27 em relação aos requerimentos aplicáveis às demonstrações contábeis consolidadas e a SIC 12. A IFRS 10 determinou um único modelo de consolidação com base em controle, independentemente da natureza do investimento. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. IFRS 11 – Acordos de Participação Eliminou o modelo de consolidação proporcional para as entidades com controle compartilhado, mantendo apenas o modelo pelo método da equivalência patrimonial. Eliminou também o conceito de “ativos com controle compartilhado”, mantendo apenas “operações com controle compartilhado” e “entidades com controle compartilhado”. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. IFRS 12 - Divulgações de Participações em Outras Entidades Expande os requerimentos de divulgação Aplicável a exercícios com início em de investimentos nas entidades que a ou após 1º de janeiro de 2013. Sociedade possui influência significativa. IFRS 13 - Mensurações ao Valor Justo Substitui e consolida todas as orientações Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. e requerimentos relacionados à mensuração ao valor justo contidos nos demais pronunciamentos das IFRSs em um único pronunciamento. A IFRS 13 define valor justo e orienta como determinar o valor justo e os requerimentos de divulgação relacionados à mensuração do valor justo. Entretanto, ela não introduz nenhum novo requerimento nem alteração com relação aos itens que devem ser mensurados ao valor justo, os quais permanecem nos pronunciamentos originais. Alterações à IAS 19 Eliminação do enfoque do corredor Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. Benefícios aos Empregados (“corridor approach”), sendo os ganhos ou as perdas atuariais reconhecidos como outros resultados abrangentes para os planos de pensão e o resultado para os demais benefícios de longo prazo, quando incorridos, entre outras alterações. Alterações à IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras Introduz o requerimento de que os itens registrados em outros resultados abrangentes sejam segregados e totalizados entre itens que são e os que não são posteriormente reclassificados para lucros e perdas. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2013. Considerando as atuais operações da Sociedade e de suas controladas, a Administração não espera que essas novas normas, interpretações e alterações tenham um efeito relevante sobre as demonstrações contábeis a partir de sua adoção. 25 Natura Cosméticos S.A. O CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações correlacionados às IFRSs novas e revisadas apresentadas anteriormente. Em decorrência do compromisso de o CPC e a CVM manterem atualizado o conjunto de normas emitidas com base nas atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses pronunciamentos e modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória. 3. ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS CRÍTICAS A preparação de demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Sociedade no processo de aplicação das políticas contábeis. As estimativas e premissas contábeis são continuamente avaliadas e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros consideradas razoáveis para as circunstâncias. Tais estimativas e premissas podem diferir dos resultados efetivos. Os efeitos decorrentes das revisões das estimativas contábeis são reconhecidos no período da revisão. As premissas e estimativas significativas para demonstrações contábeis estão relacionadas a seguir: a) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos A Sociedade reconhece ativos e passivos diferidos com base nas diferenças entre o valor contábil apresentado nas demonstrações contábeis e a base tributária dos ativos e passivos utilizando as alíquotas em vigor. A Sociedade revisa regularmente os impostos diferidos ativos em termos de possibilidade de recuperação, considerando-se o lucro histórico gerado e o lucro tributável futuro projetado, de acordo com um estudo de viabilidade técnica. b) Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas A Sociedade é parte em diversos processos judiciais e administrativos, como descrito na nota explicativa nº 17. Provisões são constituídas para os riscos tributários, cíveis e trabalhistas referentes a processos judiciais que representam perdas prováveis e estimadas com um certo grau de segurança. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos assessores legais. A Administração acredita que essas provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão corretamente apresentadas nas demonstrações contábeis. c) Plano de assistência médica O valor atual do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais, que atualizam uma série de premissas, como, por exemplo, taxa de desconto, entre outras, as quais estão divulgadas na nota explicativa nº 18. A mudança em uma dessas estimativas poderia afetar os resultados apresentados. 26 Natura Cosméticos S.A. 4. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO 4.1 Considerações gerais e políticas A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por meio de políticas, definição de estratégias e implementação de sistemas de controle, definidos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Conselho de Administração da Sociedade. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, em relação a essas políticas é apresentada e avaliada mensalmente pelo Comitê de Tesouraria da Sociedade e posteriormente submetida à apreciação dos Comitês de Auditoria e Executivo e do Conselho de Administração. A gestão de riscos é realizada pela Tesouraria Central da Sociedade, que tem também a função de aprovar todas as operações de aplicações e empréstimos realizadas pelas controladas da Sociedade. 4.2. Fatores de risco financeiro As atividades da Sociedade e de suas controladas as expõem a diversos riscos financeiros: riscos de mercado (incluindo risco de moeda e de taxa de juros), de crédito e de liquidez. O programa de gestão de risco global da Sociedade concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro, utilizando instrumentos financeiros derivativos para proteger certas exposições a risco. a) Riscos de mercado A Sociedade e as controladas estão expostas a riscos de mercado decorrentes das atividades de seus negócios. Esses riscos de mercado envolvem principalmente a possibilidade de flutuações na taxa de câmbio e mudanças nas taxas de juros. i) Risco cambial A Sociedade e suas controladas estão expostas ao risco de câmbio resultante de instrumentos financeiros em moedas diferentes de suas moedas funcionais. Para a redução da referida exposição, foi implantada uma política para proteger o risco cambial, que estabelece níveis de exposição vinculados a esse risco (Política de Proteção Cambial). Os procedimentos de tesouraria definidos pela política vigente incluem rotinas mensais de projeção e avaliação da exposição cambial consolidada da Sociedade e de suas controladas, sobre as quais se baseiam as decisões tomadas pela Administração. A Política de Proteção Cambial considera os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas demonstrações contábeis oriundos das operações da Sociedade. 27 Natura Cosméticos S.A. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade e suas controladas estão expostas basicamente ao risco de flutuação do dólar norte-americano. Para proteger as exposições cambiais com relação à moeda estrangeira, a Sociedade e suas controladas contratam operações com instrumentos financeiros derivativos do tipo “swap” e compra a termo de moeda denominada “Non Deliverable Forward - NDF” (“forward”). Conforme a Política de Proteção Cambial os derivativos contratados pela Sociedade ou por suas controladas deverão limitar a perda referente à desvalorização cambial em relação ao lucro líquido projetado para o exercício em curso, dada uma determinada estimativa de desvalorização cambial em relação ao dólar norte-americano. Essa limitação define o teto ou a exposição cambial máxima permitida à Sociedade e a suas controladas com relação ao dólar norte-americano. Em 31 de dezembro de 2011, o balanço patrimonial da controladora e consolidado inclui contas denominadas em moeda estrangeira que, em conjunto, representam um passivo de R$438.667 e R$444.894, respectivamente (em 31 de dezembro de 2010, R$52.567 e R$58.675, respectivamente). Essas contas constituídas por empréstimos e financiamentos, na sua totalidade em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, são protegidas com derivativos do tipo “swap”. Instrumentos derivativos para proteção do risco de câmbio A Sociedade classifica os derivativos em “financeiros” e “operacionais”. Os “financeiros” são derivativos do tipo “swap” ou “forwards” contratados para proteger o risco cambial dos empréstimos e financiamentos denominados em moeda estrangeira. Os “operacionais” são derivativos (geralmente “forwards”) contratados para proteger o risco cambial dos fluxos de caixa operacionais do negócio. Em 31 de dezembro de 2011, os contratos em aberto de “swap” e “forward” têm vencimentos entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, foram celebrados com contrapartes representadas pelos bancos Bradesco (25%), Brasil (12%), Bank of America (62%) e HSBC (1%) e estão assim compostos: Derivativos “financeiros” - controladora Valor principal Descrição Contratos de “swap” (1): Ponta ativa: Posição comprada - dólar Ponta passiva: Taxa CDI pós-fixada: Posição vendida no CDI 28 Valor justo Ganho (perda) do exercício 2011 2010 2011 2010 2011 2010 396.938 53.534 435.094 52.121 28.184 (2.110) 396.938 53.534 406.910 54.231 - - Natura Cosméticos S.A. Derivativos “financeiros” - consolidado Descrição Contratos de “swap” (1): Ponta ativa: Posição comprada - dólar Ponta passiva: Taxa CDI pós-fixada: Posição vendida no CDI Valor principal 2011 2010 Valor justo 2011 2010 404.662 59.817 442.574 57.367 404.662 59.817 413.947 60.197 Ganho (perda) do exercício 2011 2010 28.626 (2.830) - - Derivativos “operacionais” - controladora e consolidado Descrição Valor principal 2011 2010 Valor justo 2011 2010 Ganho (perda) do exercício 2011 2010 Contratos “forward” (2): Ponta ativa: Posição comprada dólar - 34.542 - 34.555 - Ponta passiva: Taxa prefixada: Posição vendida pré-fixada - 34.542 - 35.786 - (1.231) - (1) As operações de “swap” financeiros consistem na troca da variação cambial por uma correção relacionada a um percentual da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI pós-fixado. (2) As operações de “forward” operacionais estabelecem uma paridade futura entre o real e a moeda estrangeira tomando-se como base a paridade do momento da contratação corrigida por uma determinada taxa de juros prefixada. O valor principal representa os valores dos derivativos contratados. O valor justo refere-se ao valor reconhecido no balanço dos derivativos contratados ainda em aberto nas datas dos balanços. Para os instrumentos financeiros derivativos mantidos pela Sociedade e por suas controladas em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, devido ao fato de os contratos serem efetuados diretamente com instituições financeiras e não por meio da BM&FBOVESPA, não há margens depositadas como garantia das referidas operações. Análise de sensibilidade Para análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos “financeiros”, a Administração da Sociedade entende que há necessidade de considerar os ativos e passivos com exposição à flutuação das taxas de câmbio registrados no balanço patrimonial, conforme demonstrado no quadro a seguir: 29 Natura Cosméticos S.A. Controladora Consolidado Empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira (*) Contas a receber em moeda estrangeira Contas a pagar em moeda estrangeira Valor principal dos derivativos “financeiros” Exposição passiva líquida 438.667 15.043 (435.543) 18.168 444.894 (5.231) 18.765 (439.742) 18.685 (*) O valor apresentado não considera o empréstimo de sua controlada no Peru, no valor de R$36.483. A Administração entende que não há exposição cambial sobre esse passivo, pois este será liquidado pela própria controlada com recursos provenientes de suas operações naquele país, portanto, na mesma moeda em que a dívida foi captada. A seguir estão demonstrados o ganho (perda) que teriam sido reconhecidos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de acordo com os seguintes cenários: Descrição Exposição passiva líquida Descrição Exposição passiva líquida Risco da Sociedade Alta do dólar Risco da Sociedade Alta do dólar Controladora Cenário Cenário Cenário provável II III (322) (4.542) (9.084) Consolidado Cenário Cenário Cenário provável II III (331) (4.671) (9.342) O cenário provável considera as taxas futuras do dólar norte-americano, conforme cotações obtidas na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos vencimentos dos instrumentos financeiros com exposição ao câmbio. Os cenários II e III consideram uma alta do dólar norte-americano de 25% (R$2,34/US$1,00) e de 50% (R$2,81/US$1,00), respectivamente. Os cenários provável, II e III estão sendo apresentados em atendimento à Instrução CVM nº 475/08. A Administração utiliza o cenário provável na avaliação das possíveis mudanças na taxa de câmbio e apresenta o referido cenário em atendimento à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações. A Sociedade e suas controladas não operam com instrumentos financeiros derivativos com propósitos de especulação. ii) Risco de taxa de juros O risco de taxa de juros decorre de aplicações financeiras e de empréstimos. Os instrumentos financeiros emitidos a taxas variáveis expõem a Sociedade e suas controladas ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros. Os instrumentos financeiros emitidos às taxas prefixadas expõem a Sociedade e suas controladas ao risco de valor justo associado à taxa de juros. 30 Natura Cosméticos S.A. O risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros da Sociedade decorre de aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos emitidos a taxas pós-fixadas. A Administração da Sociedade tem como política manter os indexadores de suas exposições a taxas de juros ativas e passivas atrelados a taxas pós-fixadas. As aplicações financeiras são corrigidas pelo CDI e os empréstimos e financiamentos são corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, CDI e taxas prefixadas, conforme contratos firmados com as instituições financeiras e por meio de negociações de valores mobiliários com investidores desse mercado. A Administração da Sociedade entende como baixo o risco de grandes variações no CDI e na TJLP nos próximos 12 meses, levando em conta a estabilidade promovida pela atual política monetária conduzida pelo Governo Federal, bem como diante do histórico de aumentos promovidos na taxa básica de juros da economia brasileira nos últimos anos. Dessa forma, não tem contratado derivativos para proteger esse risco. A Sociedade e suas controladas têm como política contratar derivativos do tipo “swap”, com o objetivo de mitigar os riscos das operações de empréstimos e financiamentos contratadas com indexador distinto do CDI, da TJLP e das taxas prefixadas. No entanto, em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a Sociedade e suas controladas não tinham esse tipo de derivativo, por considerarem o risco baixo, conforme descrito anteriormente. Análise de sensibilidade Conforme mencionado anteriormente no item “Risco cambial”, em 31 de dezembro de 2011 quase a totalidade dos empréstimos e financiamentos denominados em moeda estrangeira possuem contratos de “swap”, trocando a indexação do passivo de moeda estrangeira para a variação do CDI, devido à política da Sociedade de proteção de riscos cambiais. Dessa forma, o risco da Sociedade passa a ser a exposição à variação do CDI. A seguir está apresentada a exposição a risco de juros das operações vinculadas à variação do CDI e da TJLP, incluindo as operações com derivativos: Controladora Consolidado Total dos empréstimos e financiamentos - em moeda local (nota explicativa nº 14) Operações com derivativos atrelados ao CDI e à TJLP Aplicações financeiras (nota explicativa nº 5) Exposição passiva líquida (480.305) (705.322) (438.667) 138.078 (780.895) (444.894) 424.159 (726.057) A análise de sensibilidade considera a exposição dos empréstimos e financiamentos atrelados ao CDI e à TJLP, líquidos das aplicações financeiras, também indexadas ao CDI (nota explicativa nº 5). As tabelas seguintes demonstram a perda (ganho) incremental que teria sido reconhecida(o) no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de acordo com os seguintes cenários: 31 Natura Cosméticos S.A. Descrição Passivo líquido Descrição Passivo líquido Risco da Sociedade Alta da taxa Risco da Sociedade Alta da taxa Controladora Cenário Cenário provável II 1.328 (19.561) (40.450) Consolidado Cenário Cenário provável II 1.234 Cenário III Cenário III (18.188) (37.610) O cenário provável considera as taxas futuras de juros conforme cotações obtidas na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos vencimentos dos instrumentos financeiros com exposição às taxas de juros. Os cenários II e III consideram uma alta das taxas de juros em 25% (13,4% ao ano) e 50% (16,1% ao ano), respectivamente. b) Risco de crédito O risco de crédito refere-se ao risco de uma contraparte não cumprir com suas obrigações contratuais, levando a Sociedade a incorrer em perdas financeiras. As vendas da Sociedade e de suas controladas são efetuadas para um grande número de Consultores(as) Natura e esse risco é administrado por meio de um rigoroso processo de concessão de crédito. O resultado dessa gestão está refletido na rubrica “Provisão para créditos de liquidação duvidosa”, conforme demonstrado na nota explicativa nº 6. A Sociedade e suas controladas estão sujeitas também a riscos de crédito relacionados aos instrumentos financeiros contratados na gestão de seus negócios, principalmente, representados por caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos derivativos. A Sociedade considera baixo o risco de crédito das operações que mantém em instituições financeiras com as quais opera, que são consideradas pelo mercado como de primeira linha. A Política de Aplicações Financeiras estabelecida pela Administração da Sociedade elege as instituições financeiras com as quais os contratos podem ser celebrados, além de definir limites quanto aos percentuais de alocação de recursos e valores absolutos a serem aplicados em cada uma delas. c) Risco de liquidez A gestão prudente do risco de liquidez implica manter caixa, títulos e valores mobiliários suficientes, disponibilidades de captação por meio de linhas de crédito compromissadas e capacidade de liquidar posições de mercado. A Administração monitora o nível de liquidez consolidado da Sociedade considerando o fluxo de caixa esperado em contrapartida às linhas de crédito não utilizadas. 32 Natura Cosméticos S.A. O valor contábil consolidado dos passivos financeiros, mensurados pelo método do custo amortizado, e seus correspondentes vencimentos são demonstrados a seguir: Entre um e dois anos Entre dois e cinco anos Controladora em 31 de dezembro de 2011 Menos de um ano Circulante: Empréstimos e financiamentos Fornecedores Derivativos 118.949 148.805 29.555 - - - 118.949 148.805 29.555 (52.525) (1.371) 66.424 148.805 28.184 Não circulante: Empréstimos e financiamentos - 810.404 53.284 80.154 943.842 (91.293) 852.549 Entre um e dois anos Mais de cinco anos Entre dois e cinco anos Mais de cinco anos Total Valor contábil 2011 Efeito do desconto Consolidado em 31 de dezembro de 2011 Menos de um ano Circulante: Empréstimos e financiamentos Fornecedores Derivativos 199.515 454.093 29.948 - - - 199.515 454.093 29.948 (30.553) (1.322) 168.962 454.093 28.626 Não circulante: Empréstimos e financiamentos - 890.243 146.652 94.300 1.131.195 (113.458) 1.017.737 Total Valor contábil 2011 Efeito do desconto 4.3. Gestão de capital Os objetivos da Sociedade ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Sociedade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios a outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. A Sociedade monitora o capital com base nos índices de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo patrimônio líquido. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado) subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. A dívida líquida a seguir demonstrada não considera os ajustes dos derivativos contratados para mitigar o risco cambial. Os índices de alavancagem financeira consolidados em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 estão demonstrados a seguir: Controladora 2011 2010 Empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos Caixa e equivalentes de caixa Dívida líquida Patrimônio líquido Índice de alavancagem financeira Consolidado 2011 2010 918.973 428.442 1.186.699 (166.007) (206.125) (515.610) 752.966 222.317 671.089 691.663 (560.229) 131.434 1.238.553 1.257.501 1.238.554 1.257.502 60,79% 17,68% 54,18% 10,45% 33 Natura Cosméticos S.A. 4.4. Estimativa de valores justos Os instrumentos financeiros são mensurados ao valor justo nas datas dos balanços conforme determinado pelo CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação e de acordo com a seguinte hierarquia: • Nível 1: Avaliação com base em preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos nas datas dos balanços. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa de Mercadorias e Valores, um corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação ou agência reguladora e aqueles preços representam transações de mercado reais, as quais ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. • Nível 2: Utilizado para instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão), cuja avaliação é baseada em técnicas que, além dos preços cotados incluídos no Nível 1, utilizam outras informações adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo direta (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços). • Nível 3: Avaliação determinada em virtude de informações, para os ativos ou passivos, que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, informações não observáveis). Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a mensuração da totalidade dos derivativos da Sociedade e de suas controladas corresponde às características do Nível 2. O valor justo dos derivativos de câmbio (“swap” e “forwards”) é determinado com base nas taxas de câmbio futuras nas datas dos balanços, com o valor resultante descontado ao valor presente. Valores justos de instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado Aplicações financeiras Os valores contábeis das aplicações financeiras aproximam-se dos seus valores justos em virtude de as operações serem efetuadas a juros pós-fixados e apresentarem possibilidade de resgate imediato. Empréstimos e financiamentos Os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos, exceto aqueles atrelados à taxa prefixada, aproximam-se dos seus valores justos, pois estão atrelados a uma taxa de juros pós-fixada, no caso, a variação do CDI. Os valores contábeis dos financiamentos atrelados à TJLP aproximam-se dos seus valores justos em virtude de a TJLP ter correlação com o CDI e ser uma taxa pós-fixada. Os valores justos dos empréstimos e financiamentos contratados com juros prefixados correspondem a valores próximos aos saldos contábeis divulgados na nota explicativa nº 14. Contas a receber e fornecedores Estima-se que os valores contábeis das contas a receber de clientes e das contas a pagar aos fornecedores estejam próximos de seus valores justos de mercado, em virtude do curto prazo das operações realizadas. 34 Natura Cosméticos S.A. 5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Consolidado 2011 2010 Controladora 2011 2010 Caixa e bancos Aplicações financeiras - CDBs pós-fixados 27.929 9.688 98.208 38.314 138.078 196.437 417.402 521.915 166.007 206.125 515.610 560.229 Em 31 de dezembro de 2011, os Certificados de Depósito Bancário - CDBs são remunerados por taxas que variam entre 100,0% e 101,5% (100,0% e 101,5% em 31 de dezembro de 2010) do CDI. 6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES Controladora 2011 2010 Contas a receber de clientes Provisão para créditos de liquidação duvidosa Consolidado 2011 2010 591.480 550.355 706.861 635.944 (56.171) (56.663) (64.989) (65.664) 535.309 493.692 641.872 570.280 A seguir estão demonstrados os saldos de contas a receber de clientes por idade de vencimento: Consolidado 2011 2010 Controladora 2011 2010 A vencer Vencidos: Até 30 dias De 31 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias 452.392 432.703 543.472 492.947 102.107 79.136 117.560 93.967 14.029 10.897 16.254 16.777 9.950 8.072 13.306 9.406 13.002 19.547 16.269 22.847 591.480 550.355 706.861 635.944 O saldo da rubrica “Contas a receber de clientes” no consolidado está predominantemente denominado em reais, com aproximadamente 89% do saldo em aberto em 31 de dezembro de 2011 (91% em 31 de dezembro de 2010), sendo o saldo remanescente denominado em moedas diversas e formado pelas vendas das controladas do exterior. A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 está assim representada: Controladora Saldo em 2010 Adições (a) (56.663) (82.860) Consolidado Baixas (b) Saldo em 2011 Saldo em 2010 Adições (a) Baixas (b) Saldo em 2011 83.352 (56.171) (65.664) (88.277) 88.952 (64.989) (a) Provisão constituída conforme a nota explicativa nº 2.7. (b) Compostas por títulos vencidos há mais de 180 dias, baixados em virtude do não recebimento. 35 Natura Cosméticos S.A. A despesa com a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi registrada na rubrica “Despesas com vendas” na demonstração do resultado. Quando não existe expectativa de recuperação de numerário adicional, os valores creditados na rubrica “Provisão para créditos de liquidação duvidosa” são em geral revertidos contra a baixa definitiva do título. A exposição máxima ao risco de crédito na data das demonstrações contábeis é o valor contábil de cada faixa de idade de vencimento líquida da provisão para créditos de liquidação duvidosa, conforme demonstrado no quadro de saldos a receber por idade de vencimento. A Sociedade e suas controladas não mantêm nenhuma garantia para os títulos em atraso. 7. ESTOQUES Controladora 2011 2010 Produtos acabados Matérias-primas e materiais de embalagem Material promocional Produtos em elaboração Provisão para perdas Consolidado 2011 2010 219.626 181.188 565.739 465.027 - 149.806 127.305 18.560 14.383 52.288 37.576 - 16.314 17.290 (20.280) (10.479) (95.399) (75.673) 217.906 185.092 688.748 571.525 A movimentação da provisão para perdas na realização dos estoques para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 está assim representada: Controladora 36 Saldo em 2010 Adições (a) (10.479) (20.741) Consolidado Baixas (b) Saldo em 2011 Saldo em 2010 Adições (a) Baixas (b) Saldo em 2011 10.940 (20.280) (75.673) (66.900) 47.175 (95.398) (a) Referem-se à constituição de provisão para perdas por descontinuidade, validade e qualidade, para cobrir as perdas esperadas na realização dos estoques, de acordo com a política estabelecida pela Sociedade e por suas controladas. (b) Compostas pelas baixas dos produtos descartados pela Sociedade e por suas controladas. Natura Cosméticos S.A. 8. IMPOSTOS A RECUPERAR ICMS a compensar sobre aquisição de insumos ICMS - ST a ressarcir sobre vendas interestaduais - RS ICMS - ST a ressarcir sobre vendas interestaduais - SP (a) ICMS - ST a ressarcir - processo de denúncia espontânea SP (b) Impostos a compensar - controladas no exterior ICMS a compensar sobre aquisição de ativo imobilizado PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de ativo imobilizado PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de insumos PIS e COFINS oriundo de ganho de processo judicial (c) IRPJ e CSLL a compensar PIS, COFINS e CSLL - retidos na fonte Outros Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS Circulante Não circulante Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 8.296 3.022 7.120 154.942 8.296 97.888 3.022 7.120 15.428 6.825 22.170 24.318 16.421 21.567 16.136 45.012 11.887 728 365 81.716 19.743 10 3.000 39.720 7.376 11.826 68.187 20.025 16.852 3.236 1.746 2.024 5.574 8.834 12.282 (3.376) (2.879) 312.859 210.728 69.417 12.299 34.799 4.921 201.620 111.239 101.464 109.264 (a) Refere-se ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Substituição Tributária - ICMS - ST que vem sendo mensalmente destacado e retido nas operações de venda realizadas pela Sociedade e por sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., com mercadorias destinadas a clientes localizados em outras Unidades da Federação (Estados e Distrito Federal) que não o Estado de São Paulo, conforme legislação fiscal do Estado de São Paulo, vigentes desde fevereiro de 2008. A Sociedade obteve em 2010 com a Secretaria da Fazenda SeFaz um regime especial que permite a compensação dos referidos créditos através de um mecanismo denominado “Via Rápida” (“Fast Track”), no qual os créditos são compensados no mês seguinte ao da apuração, amparados por carta de fiança bancária em mesmo valor. (b) Em 24 de setembro de 2008, foi emitido expediente pela Coordenadoria de Administração Tributária da SeFaz - SP que acata a denúncia espontânea formalizada pela controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., relacionada à adoção de procedimentos sobre o ICMS - ST nos meses de fevereiro a maio de 2008 em desacordo com os artigos 264, inciso IV, 313-E e 313G do Regulamento do ICMS - RICMS/2000. O referido expediente esclareceu os procedimentos necessários para a regularização das operações realizadas pela controlada no referido período. Os requerimentos foram atendidos e o crédito foi integralmente compensado durante o exercício de 2011. (c) O montante demonstrado refere-se ao reconhecimento de crédito tributário de Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS oriundo de ganho de processo judicial que questionava a inconstitucionalidade e ilegalidade da majoração da base de cálculo das contribuições citadas, instituídas pela Lei nº 9.718/98. Vide mais detalhes na nota explicativa nº 17.(a) (ativos contingentes). 37 Natura Cosméticos S.A. 9. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Diferidos Os valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL diferidos são provenientes de diferenças temporárias na controladora e nas controladas. Esses créditos são mantidos no ativo não circulante, conforme regulamentação do CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis. Os valores são demonstrados a seguir: Provisão para créditos de liquidação duvidosa (nota explicativa nº 6) Provisão para perdas nos estoques (nota explicativa nº 7) Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas (nota explicativa nº 17) Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS (nota explicativa nº 17) Passivo atuarial - plano de assistência médica (nota explicativa nº 18) (Ganhos) perdas decorrentes das mudanças no valor justo dos instrumentos derivativos (nota explicativa nº 24) Provisão de ICMS - ST - PR, DF, MS MT e RJ (nota explicativa nº 16) Provisões para perdas na realização de adiantamentos a fornecedores Provisões para obrigações contratuais Provisão para deságio na cessão de créditos de ICMS Provisões para repartição de benefícios e parcerias a pagar Diferenças temporárias das operações internacionais Provisões para participação nos resultados Ajuste de taxa de depreciação - vida útil (Regime Tributário de Transição - RTT) Outras diferenças temporárias Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 19.098 6.895 19.266 3.563 19.098 28.219 19.266 21.725 17.743 18.884 36.896 40.375 620 573 39.173 28.869 6.573 4.462 9.565 6.702 (9.583) 1.136 (9.733) 1.381 8.247 13.672 8.247 13.672 1.992 1.439 6.178 3.955 3.879 1.947 6.874 - 2.137 2.713 1.148 6.178 9.681 10.947 4.432 2.777 979 6.874 6.562 - 1.420 15.568 80.145 13.235 87.491 (6.989) 32.272 26.645 189.552 180.259 A Administração, com base em suas projeções de lucros tributáveis futuros, estima que os créditos tributários registrados serão integralmente realizados em até cinco exercícios. A expectativa da Administração para realização dos créditos tributários está apresentada a seguir: 2012 2013 2014 2015 em diante Controladora Consolidado 42.679 11.753 4.633 21.080 80.145 83.230 18.180 59.240 28.902 189.552 Sobre as controladas da Sociedade no exterior, exceto pela operação da Argentina que apresenta lucro tributável, as demais controladas não apresentam créditos tributários registrados em suas demonstrações contábeis sobre prejuízos fiscais e diferenças temporárias devido à ausência de histórico de lucros tributáveis e projeções de lucros tributáveis para os próximos exercícios. 38 Natura Cosméticos S.A. Em 31 de dezembro de 2011, os valores dos créditos tributários, calculados às alíquotas vigentes nos respectivos países onde se situam as controladas, são demonstrados conforme segue: Diferenças temporárias totais Prejuízos fiscais: Argentina Chile México Colômbia França 9.533 82.379 110.771 73.980 110.678 Exceto pelas controladas na Argentina e no México, os créditos tributários sobre os prejuízos fiscais gerados pelas demais controladas não possuem prazo para serem compensados. Para tais controladas, os créditos tributários possuem os seguintes prazos para compensação: Argentina 2012 2013 2014 2015 2016 em diante México 3.060 4.564 11 1.909 7.434 - 103.326 9.533 110.771 b) Reconciliação do imposto de renda e da contribuição social Consolidado 2011 2010 Controladora 2011 2010 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social à alíquota de 34% Benefício dos gastos com pesquisa e inovação tecnológica - Lei nº 11.196/05 (*) Incentivos fiscais Equivalência patrimonial (nota explicativa nº 12) Crédito fiscal não constituído sobre prejuízos fiscais gerados por controladas no exterior Regime Tributário de Transição - RTT (Medida Provisória nº 449/08) - ajustes da Lei nº 11.638/07 Baixa do ágio - liquidação da Flora Medicinal Benefício fiscal de juros sobre o capital próprio Outras diferenças permanentes Despesa com imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social - correntes Imposto de renda e contribuição social - diferidos Taxa efetiva - % 1.161.791 1.053.123 1.237.730 1.118.169 (395.009) (358.062) (420.828) (380.177) 22.386 6.582 18.628 19.035 5.820 8.760 22.386 9.668 - 19.035 8.296 - - - (28.915) (31.459) (774) 21.067 (3.770) (330.890) 649 8.332 18.242 (11.849) (309.073) (3.242) 21.067 (6.965) (406.829) (1.623) 8.332 18.242 (14.766) (374.120) (323.543) (7.347) (313.612) 4.539 (416.123) 9.294 (408.233) 34.113 28,5 30,5 32,9 33,5 39 Natura Cosméticos S.A. (*) Refere-se ao benefício fiscal instituído pela Lei nº 11.196/05, que permite a dedução diretamente na apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social do valor correspondente a 60% do total dos gastos com pesquisa e inovação tecnológica, observadas as regras estabelecidas na referida Lei. A movimentação do imposto de renda e da contribuição social no exercício é conforme segue: Saldo em 2010 87.491 Controladora Débito/ (Crédito) no resultado 7.346 Saldo em 2011 Saldo em 2010 Consolidado Débito/ (Crédito) no resultado 80.145 180.259 (9.293) Saldo em 2011 189.552 10. DEPÓSITOS JUDICIAIS Representam ativos restritos da Sociedade e de suas controladas e estão relacionados a quantias depositadas e mantidas em juízo até a solução dos litígios a que estão relacionadas. Os depósitos judiciais mantidos pela Sociedade e por suas controladas em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 estão assim representados: ICMS - ST (nota explicativa nº 17.(a) (passivos contingentes)) ICMS - ST exigibilidade suspensa (nota explicativa nº 16.(b)) Outras obrigações tributárias provisionadas (nota explicativa nº 16.(e) e (g)) Outras obrigações tributárias com exigibilidade suspensa (nota explicativa nº 17.(c)) Processos tributários sem provisão Processos tributários provisionados (nota explicativa nº 17) Processos cíveis sem provisão Processos cíveis provisionados (nota explicativa nº 17) Processos trabalhistas sem provisão Processos trabalhistas provisionados (nota explicativa nº 17) 40 Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 80.304 88.521 53.809 167.019 80.304 88.521 53.809 167.019 9.434 8.556 52.024 48.106 10.955 34.373 9.952 1.016 1.886 5.844 2.653 244.938 10.426 30.676 9.600 938 1.874 4.410 1.762 289.070 10.955 38.254 11.515 1.108 1.992 6.999 4.167 295.839 10.426 36.034 10.754 1.343 1.976 5.130 2.410 337.007 Natura Cosméticos S.A. 11. OUTROS ATIVOS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 Adiantamento para propaganda Ativos destinados à venda Seguros Caixa restrito - CDB (*) Outros 111.690 1.829 6.371 119.890 64.886 1.565 6.071 72.522 112.666 17.752 2.464 6.757 17.079 156.718 66.246 17.752 2.224 6.155 18.926 111.303 Circulante Não circulante 115.328 4.562 52.470 20.052 126.783 29.935 66.399 44.904 (*) Este saldo refere-se a um bloqueio para garantia de uma execução fiscal por meio da qual se pretende cobrar o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI referente ao mês de julho de 1989, quando da equiparação dos estabelecimentos comerciais atacadistas a estabelecimento industrial pela Lei nº 7.798/89. O processo encontra-se no Tribunal Regional Federal da 3a Região (SP), para julgamento do recurso de apelação da executada. Com base na análise efetuada pelos assessores legais da Sociedade, a probabilidade de perda desse processo é possível. 12. INVESTIMENTOS Controladora 2011 2010 Investimentos em controladas e controladas em conjunto 1.253.721 1.099.188 41 [página intencionalmente deixada em branco] 42 Natura Cosméticos S.A. Informações e movimentação dos saldos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Capital social Percentual de participação Patrimônio líquido das controladas Participação no patrimônio líquido Lucro líquido (prejuízo) do exercício das controladas Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Natura Natura Inovação e Natura Cosméticos Cosméticos Tecnologia Cosméticos S.A. C.A. de Produtos S.A. - Peru Argentina Venezuela Ltda. Natura Natura Cosméticos de Cosméticos México S.A. Ltda. (*) Colômbia Natura (Brasil) International Natura B.V. Cosméticos Holanda (*) España S.L. Total 526.155 99,99% 1.060.440 1.060.334 124.882 101.336 99,99% 20.385 20.383 (3.535) 13.903 99,94% 1.486 1.485 (4.728) 106.116 99,97% 72.847 72.825 7.685 6.609 99,99% 306 306 (1) 5.008 99,99% 28.812 28.809 15.527 192.975 99,99% 47.601 47.596 (46.023) 72.948 99,99% 13.435 13.434 (20.973) 85.847 100,00% 8.444 8.444 (18.052) 73 1.110.970 100,00% 106 1.253.861 106 1.253.721 54.782 930.614 124.881 23.246 (3.535) (891) (4.725) 56.902 7.683 273 (1) 45.021 15.527 26.950 (46.019) 8.782 (20.970) 8.208 (18.052) 83 1.099.188 54.789 89 (384) Valor contábil dos investimentos Saldos em 31 de dezembro de 2010 Resultado de equivalência patrimonial Variação cambial e outros ajustes na conversão dos investimentos das controladas no exterior Contribuição da controladora para planos de opções de ações concedidos a executivos de controladas e outras reservas Distribuição de lucros Aumentos de capital Saldos em 31 de dezembro de 2011 - 672 357 2.431 34 4.839 1.060.334 20.383 6.744 1.485 5.809 72.825 306 2.171 (34.000) 28.809 67.049 47.596 1.893 468 23.729 13.434 17.819 8.444 - 5.561 7.010 (34.000) 23 121.173 106 1.253.721 (*) Informações consolidadas das seguintes empresas: Natura Cosméticos de México S.A.: Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V., Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V. Natura (Brasil) International B.V. - Holanda: Natura (Brasil) International B.V. (Holanda), Natura Brasil Inc. (EUA - Delaware), Natura International Inc. (EUA - Nova York), Natura International Inc. (EUA Nevada), Natura Worldwide Trading Company (Costa Rica), Natura Europa SAS (França) e Natura Brasil SAS (França) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. e Natura Innovation et Technologie de Produits SAS. - França 43 [página intencionalmente deixada em branco] 44 Natura Cosméticos S.A. 13. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL IMOBILIZADO Veículos Benfeitorias em propriedade de terceiros (a) Máquinas e equipamentos Edifícios Móveis e utensílios Equipamentos de informática Projetos em andamento Adiantamentos a fornecedores INTANGÍVEL Softwares e outros Créditos de carbono (c) IMOBILIZADO Máquinas e equipamentos Edifícios Instalações Terrenos Moldes Veículos Equipamentos de informática Móveis e utensílios Benfeitorias em propriedade de terceiros (a) Projetos em andamento Adiantamentos a fornecedores Outros INTANGÍVEL Softwares Créditos de carbono (c) Fundo de comércio - Natura Europa SAS - França (b) Marcas e patentes (a) Taxa média ponderada anual de depreciação - % Controladora Custo corrigido 2011 Depreciação acumulada Custo corrigido Valor residual 22.019 34.234 (14.491) 19.743 21 39.010 15 4 7 18 - 35.419 114.844 56.694 11.633 50.867 67.843 (11.844) 23.575 (7.421) 107.423 56.694 (3.006) 8.627 (7.024) 43.843 67.843 23.486 27.668 6.264 6.614 11.699 (9.053) (3.018) (2.584) (3.803) - 14.433 24.650 3.680 2.811 11.699 - 2.191 378.501 2.191 (46.286) 332.215 15.159 125.124 (32.949) 15.159 92.175 Taxa média ponderada anual de Custo amortização - % corrigido 17 - 88.848 7.437 96.285 Taxa média ponderada anual de Custo depreciação - % corrigido 6 4 9 30 21 19 11 410.901 207.836 132.919 27.214 116.068 59.490 76.305 32.976 15 - 50.599 80.563 3 47.724 4.196 1.246.791 Taxa média ponderada anual de Custo amortização - % corrigido (16.991) 2010 Depreciação acumulada Valor residual Controladora 2011 2010 Amortização Valor Custo Amortização acumulada residual corrigido acumulada (17.356) (17.356) 71.492 7.437 78.929 23.852 5.338 29.190 (10.604) (10.604) Valor residual 13.248 5.338 18.586 Consolidado 2011 Depreciação acumulada Valor Custo residual corrigido (145.342) 265.559 (60.400) 147.436 (73.512) 59.407 27.214 (87.966) 28.102 (22.430) 37.060 (23.933) 52.372 (11.937) 21.039 2010 Depreciação acumulada Valor residual 308.262 151.161 120.440 27.180 105.362 56.361 75.749 27.164 (124.315) (54.305) (65.066) (79.921) (21.181) (45.969) (11.926) 183.947 96.856 55.374 27.180 25.441 35.180 29.780 15.238 32.018 80.563 44.273 35.489 (18.725) - 25.548 35.489 47.724 (2.256) 1.940 (446.357) 800.434 28.648 3.897 983.986 (2.111) (423.519) 28.648 1.786 560.467 Consolidado 2011 Amortização Valor Custo acumulada residual corrigido 2010 Amortização acumulada (18.581) - Valor residual 18 - 182.890 7.437 (32.676) 150.214 7.437 183.322 5.338 (73.376) - 109.946 5.338 10 5.074 1.652 197.053 5.074 (1.623) 29 (34.299) 162.754 4.629 1.573 194.862 (1.413) (74.789) 4.629 160 120.073 As taxas de amortização consideram os prazos de aluguel dos imóveis arrendados, os quais variam de três a cinco anos. 45 Natura Cosméticos S.A. (b) O fundo de comércio gerado na compra da Natura Europa SAS - França está fundamentado na existência de ponto comercial em que esta se localiza, conforme laudo de avaliação emitido por peritos independentes, com sustentação de tratar-se de um ativo intangível, comercializável, que não sofre perda de valor em virtude da passagem do tempo. A variação ocorrida no saldo, entre 31 de dezembro de 2011 e de 2010, deve-se exclusivamente aos efeitos da variação cambial. (c) Programa Carbono Neutro (nota explicativa nº 2.11.3). A Sociedade efetuou uma análise do prazo de vida útil-econômica remanescente dos bens do ativo imobilizado e intangível com efeitos registrados a partir de 1º de janeiro de 2010. Como consequência da revisão dessa estimativa contábil, que visou realinhar o prazo da vida útil remanescente dos bens e, consequentemente, a depreciação remanescente ao período de vida residual dos bens, foi registrado um impacto a crédito no resultado da depreciação do exercício de 2011, comparado com a depreciação registrada no exercício anterior, no montante de R$11.482. Informações adicionais sobre o imobilizado e intangível: a) Bens dados em garantia e penhora Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade e suas controladas possuíam bens do imobilizado dados como penhora e aval em operações de empréstimos e financiamentos bancários, bem como arrolados em defesa de processos judiciais, conforme os montantes demonstrados a seguir: Controladora Consolidado Veículos Equipamentos de informática Máquinas e equipamentos Saldos no fim do exercício 4.229 3.477 3.171 10.877 4.229 4.063 3.171 11.463 b) Arrendamentos mercantis (leasing) A Sociedade efetuou no exercício de 2011 operação de arrendamento mercantil financeiro para aquisição de ativo imobilizado no valor de R$56.694, na rubrica “Edifícios” e uma operação de ‘sale leaseback’ no valor de R$24.537, na rubrica “Máquinas e equipamentos”. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo a pagar dessas operações, classificado na rubrica “Empréstimos e financiamentos” (nota explicativa nº 14), totaliza R$79.673. c) Saldo de juros capitalizados no ativo imobilizado Consolidado 2011 2010 Edifícios 46 1.427 1.479 Natura Cosméticos S.A. Mutações do imobilizado Controladora 2011 2010 Saldos no início do exercício Adições (líquidas das transferências de projetos em andamento encerrados): Máquinas e equipamentos Projetos em andamentos/adiantamentos a fornecedores Veículos Moldes Instalações Equipamentos de informática Móveis e utensílios Outras Leasing Depreciação Transferências e baixas líquidas Saldos no fim do exercício 92.175 28.373 114.902 15.069 40.611 4.176 4.777 207.908 Consolidado 2011 2010 50.375 560.467 8.884 45.037 492.256 29.669 32.389 165.726 84.555 13.498 21.031 24.193 - 15.344 16.986 6.112 7.208 769 11.377 7.304 545 5.679 1.618 1.036 5.524 3.696 57.121 275.830 175.228 56.694 56.694 (20.814) (12.615) (84.108) (69.412) (3.748) (2.706) (8.449) (37.605) 332.215 92.175 800.434 560.467 Mutações do intangível Controladora 2011 2010 Saldos no início do exercício Adições: Softwares (inclui gastos com implementação) Créditos de carbono Transferências e baixas líquidas Amortização Saldos no fim do exercício 18.586 64.993 4.135 69.128 (2.034) (6.751) 78.929 Consolidado 2011 2010 11.527 120.073 4.411 5.338 9.749 66.402 4.135 70.537 82.740 56.310 5.338 61.648 (2.043) (4.879) (2.690) (25.813) (19.436) 18.586 162.754 120.073 47 Natura Cosméticos S.A. 14. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Consolidado 2011 2010 Controladora 2011 2010 Referência Moeda local BNDES - EXIM Financiadora de Estudos e Projetos FINEP Debêntures BNDES Conta garantida Capital de giro BNDES - FINAME Banco do Brasil - Fundo de Amparo do Trabalhador - FAT Fomentar Arrendamentos mercantis financeiros FINEP subvenção Total em moeda local - - 67.607 116.388 A 353.256 352.669 21.708 23.206 48.613 - 27.106 27.633 353.256 352.669 141.689 110.996 2.001 48.613 7.336 6.506 B C D E F G - - 2.697 3.908 H 56.729 480.306 375.875 56.729 940 289 2.086 705.322 623.127 I J 4.486 411.237 - 10.713 411.238 36.483 K L M N Moeda estrangeira 48 BNDES - EXIM BNDES Resolução nº 4.131/62 Operação internacional - Peru Arrendamentos mercantis financeiros Total em moeda estrangeira Total geral 2.479 50.088 - 1.229 7.358 50.088 9.861 22.944 22.944 438.667 52.567 481.377 68.536 918.973 428.442 1.186.699 691.663 Circulante Não circulante 66.424 60.086 168.962 226.595 852.549 368.356 1.017.737 465.068 O Natura Cosméticos S.A. Referência Moeda Vencimento Encargos Garantias A B Real Real Março de 2014 Março de 2013 e maio 2019 C D Real Real Maio de 2013 Janeiro de 2018 Juros de 2,5% a.a. + TJLP TJLP para a parcela com vencimento em 2013 e 5% e para parcela com vencimento em maio de 2019 Juros de 108% do CDI com vencimento em maio de 2013 TJLP + juros de 0,7% a 2,8% a.a. para a parcela com vencimento em março de 2016 e 2,3% para a parcela com vencimento em 2018. Aval da controladora Natura Cosméticos S.A. Aval da controladora Natura Cosméticos S.A. e carta de fiança bancária Não há Carta de fiança bancária E F G Real Real Real Abril de 2011 Janeiro de 2012 Setembro de 2016 123,9% do CDI a.a. + IOF (b) 105,5% do CDI a.a. + IOF (b) Juros de 4,5% a.a. + TJLP H Real Fevereiro de 2014 Juros de 4,4% a.a. + TJLP I Real Até agosto de 2026 Juros de 108,0% da taxa DI - CETIP (c) J K L M Real Dólar Dólar Dólar Dezembro de 2012 Fevereiro de 2011 Janeiro de 2018 Outubro de 2013 Não há Variação cambial + 8,31% a.a. (a) Variação cambial + 1,8% a.a. + Resolução nº 635 (a) Variação cambial + juros de 1,87% a 3,89% a.a. (a) N O Novo sol Dólar Dezembro de 2012 Dezembro de 2016 Juros de 5,2% a.a. Variação cambial + juros de 3,87% a.a. (a) Aval da controladora Natura Cosméticos S.A. Aval da controladora Natura Cosméticos S.A. Alienação fiduciária, aval da controladora Natura Cosméticos S.A. e notas promissórias Alienação fiduciária, aval da controladora Natura Cosméticos S.A. e notas promissórias Alienação fiduciária dos bens objeto dos contratos de arrendamento mercantil Não há Aval da Natura Cosméticos S.A. Aval da Natura Cosméticos S.A. e carta de fiança bancária Aval da controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Carta de fiança bancária Alienação fiduciária dos bens objeto dos contratos (a) Empréstimos e financiamentos para os quais foram contratados instrumentos financeiros do tipo “swap” com a troca da indexação da moeda estrangeira para CDI. (b) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. (c) DI - CETIP - índice diário calculado a partir da taxa média DI, divulgada pela Cetip S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos. 49 [página intencionalmente deixada em branco] 50 Natura Cosméticos S.A. Os vencimentos da parcela registrada no passivo não circulante estão demonstrados como segue: Controladora 2011 2010 2012 2013 2014 2015 2016 em diante Consolidado 2011 2010 6.530 - 39.425 771.468 355.820 840.496 379.440 11.067 4.450 48.132 22.963 8.364 1.539 38.413 19.001 61.650 17 90.696 4.239 852.549 368.356 1.017.737 465.068 Os contratos de empréstimos bancários vigentes são como segue: a) Descrição dos empréstimos bancários 1. Programas BNDES - EXIM: Pré-embarque e Pré-embarque Especial A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. é beneficiária dos programas de financiamento na fase pré-embarque para a exportação de bens e serviços com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Em regra, os requisitos para a participação nos referidos programas são: (i) possuir crédito aprovado com a instituição financeira que celebrará o contrato de financiamento; e (ii) fabricar produtos com um índice mínimo de nacionalização de 60%. 2. Contratos de financiamento com o BNDES A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., Natura Logística e Serviços Ltda. e Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. possuem contratos de financiamento mediante a abertura de crédito com o BNDES para viabilizar investimentos diretos na Sociedade e em suas controladas, como, por exemplo, aperfeiçoamento de determinadas linhas de produtos, capacitação da área de pesquisa e desenvolvimento, otimização das linhas de separação de produtos do parque industrial de Cajamar - SP e implementação de novos centros de distribuição, bem como adequação administrativa da unidade de Itapecerica da Serra - SP e aquisição de equipamentos necessários para esses fins. 3. Contrato de financiamento com a FINEP A controlada Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. possui programas de inovação que buscam o desenvolvimento e a aquisição de novas tecnologias por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior. Tais programas de inovação têm o apoio de programas de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico com a FINEP, que viabiliza e/ou cofinancia equipamentos, bolsas científicas e material de pesquisa para as universidades participantes. Tais recursos foram destinados ao custeio parcial dos investimentos incorridos na elaboração dos projetos “Plataformas de Tecnologia para Novos Produtos Cosméticos e Suplementos Nutricionais” e “Pesquisa e Inovação para o Desenvolvimento de Novos Produtos Cosméticos”. 51 Natura Cosméticos S.A. 4. Financiamento de Máquinas e Equipamentos - FINAME A Sociedade é beneficiária de uma linha de crédito com o BNDES, relativa a operações de repasse de FINAME, um empréstimo destinado a financiar a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, concedido pelo BNDES. O mencionado repasse ocorre por meio da concessão de crédito à controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., gerando direitos de recebimento por parte da instituição financeira credenciada como agente financeiro, usualmente Banco Votorantim S.A., Banco Itaú Unibanco S.A., Banco do Brasil S.A. e HSBC Bank Brasil S.A., que contratam com a controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. as referidas operações de financiamento. Os contratos firmados têm como garantia a transferência da propriedade fiduciária dos bens descritos nos respectivos contratos. Figura como fiel depositário desses bens a própria controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., sendo a Sociedade a avalista. Adicionalmente, a Sociedade e suas controladas ficaram obrigadas a cumprir as disposições aplicáveis aos contratos do BNDES e condições gerais reguladoras das operações relativas ao FINAME. 5. Resolução nº 4.131/62 Cédula de Crédito Bancário - Repasse de recursos captados no exterior por meio da Lei nº 4.131/62 por intermédio de instituições financeiras. 6. Debêntures Primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$350.000, série única, sem garantia, bem como sem “covenants” financeiros, com valor nominal unitário de R$1.000, segundo a Instrução CVM nº 476/09, emitidas em 26 de maio de 2010 e subscritas e integralizadas em 28 de maio de 2010, com pagamento de juros semestrais nos meses de maio e novembro, com vencimento de principal em 26 de maio de 2013. b) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro As obrigações financeiras são compostas como segue: Consolidado 2011 2010 Obrigações brutas de arrendamento financeiro - pagamentos mínimos de arrendamento: Menos de um ano Mais de um ano e menos de cinco anos Mais de cinco anos Encargos de financiamento futuros sobre os arrendamentos financeiros Obrigações de arrendamento financeiro - saldo contábil 12.633 642 54.102 78.800 377 145.535 1.019 (65.862) (79) 79.673 940 c) Cláusulas restritivas de contratos Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a maioria dos contratos de empréstimos e financiamentos mantidos pela Sociedade e por suas controladas não contém cláusulas 52 Natura Cosméticos S.A. restritivas que estabelecem obrigações quanto à manutenção de índices financeiros por parte da Sociedade e de suas controladas. O contrato firmado com o BNDES em julho de 2011 apresenta cláusulas restritivas que estabelecem os seguintes indicadores financeiros: - Margem EBITDA igual ou superior a 15%; e - Dívida líquida / EBITDA igual ou inferior a 2,5 (dois inteiros e cinco décimos). Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade cumpria integralmente todas essas cláusulas restritivas. 15. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR Controladora 2011 2010 Fornecedores nacionais Fornecedores estrangeiros (*) Fretes a pagar Consolidado 2011 2010 133.762 77.805 435.328 326.945 15.043 842 18.765 4.964 34.512 34.585 34.887 34.585 183.317 113.232 488.980 366.494 (*) Referem-se, em sua maioria, a valores denominados em dólares norte-americanos. 16. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS Controladora 2011 2010 PIS e COFINS a pagar (medida liminar) (a) ICMS ordinário a pagar ICMS - ST a pagar (b) IRPJ e CSLL a pagar IRPJ e CSLL (medida liminar) (c) IRPJ e CSLL (medida liminar PAT) IRRF IPI - produtos isentos e com alíquota zero (d) Correção da UFIR sobre tributos federais (e) Crédito de IPI sobre aquisições de ativo imobilizado e material de uso e consumo (f) Ação anulatória de débito fiscal de INSS (g) PIS, COFINS e CSLL retidos na fonte a recolher PIS e COFINS a pagar Impostos a pagar - controladas no exterior ISS a pagar Depósitos judiciais ((b) e (g)) (nota explicativa nº 10) Consolidado 2011 2010 1.823 59.894 89.301 127.458 56.941 2.656 7.621 6.361 1.686 50.807 167.019 99.347 33.472 7.901 6.216 115.214 81.687 89.301 150.639 56.941 6.029 11.974 42.432 6.519 84.908 75.657 167.019 125.816 33.472 2.261 13.203 39.404 6.360 3.073 2.490 364 357.982 2.893 5.319 613 375.273 3.073 3.324 1.110 17.888 1.214 587.345 3.768 2.893 7.554 6.663 9.354 2.799 581.131 (97.955) (175.575) (140.545) (215.125) 53 Natura Cosméticos S.A. Controladora 2011 2010 Circulante Não circulante 260.027 97.955 199.698 175.575 Consolidado 2011 2010 446.800 140.545 366.006 215.125 (a) A Sociedade e sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discutem judicialmente a não inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS. Em junho de 2007, a Sociedade e sua controlada obtiveram autorização judicial para efetuar o pagamento das contribuições para PIS e COFINS sem a inclusão do ICMS em suas bases de cálculo, a partir da apuração de abril de 2007. Os saldos registrados em 31 de dezembro de 2011 referem-se aos valores não pagos de PIS e COFINS apurados entre abril de 2007 e dezembro de 2011, cuja exigibilidade está integralmente suspensa, os quais estão acrescidos de atualização pela taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Parte do saldo, no montante atualizado de R$3.065, encontra-se depositada judicialmente. (b) Em 31 de dezembro de 2011, do saldo total registrado na controladora e no consolidado, os montantes de R$12.669, R$52.305, R$23.274, R$273 e R$780 referem-se ao ICMS - ST dos Estados do Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro, respectivamente (R$119.371, R$34.969 e R$12.679 referem-se ao ICMS - ST dos Estados do Paraná, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, respectivamente, em 31 de dezembro de 2010), que estão sendo discutidos judicialmente pela Sociedade, conforme também mencionado na nota explicativa nº 17.(a) (passivos contingentes - risco de perda possível). A Sociedade vem efetuando depósitos judiciais mensais com relação aos montantes não recolhidos. Em 26 de novembro de 2011, a Sociedade formalizou um acordo, para aplicação prospectiva a essa data, com o Estado do Paraná para definir a Margem de Valor Agregado “MVA” aplicável no cálculo do ICMS - ST devido nas operações dos(as) Consultores(as) Natura. Para tanto, a Sociedade reconheceu a aplicação da MVA (no limite determinado pelo estudo técnico) para os fatos geradores anteriores a novembro de 2011 e desistiu parcialmente das ações judiciais que discutem o tema, o que resultou: (i) na conversão em renda ao Estado do Paraná de R$114.345 a título de ICMS - ST; e (ii) no levantamento de R$16.930 depositados a maior em razão de prorrogação retroativa de benefício fiscal. Remanesce a discussão sobre a MVA aplicável aos fatos geradores anteriores a novembro de 2011 que está na fase final da perícia judicial. (c) Em 4 de fevereiro de 2009, a Sociedade obteve medida liminar posteriormente confirmada por sentença que suspendeu a exigibilidade do imposto de renda e da contribuição social incidentes sobre quaisquer valores recebidos a título de juros de mora, pagos pelo atraso no cumprimento de obrigações contratuais das operações com vendas para os(as) Consultores(as) Natura. Aguarda-se o julgamento do recurso de apelação interposto pela União Federal. (d) Refere-se a créditos de IPI sobre matérias-primas e materiais de embalagem adquiridos com a incidência de alíquota zero, como não tributados ou isentos. A controlada Indústria e 54 Natura Cosméticos S.A. Comércio de Cosméticos Natura Ltda. impetrou mandado de segurança e obteve liminar concedendo o direito ao crédito. Em 25 de setembro de 2006, a liminar foi cassada por sentença, que julgou o pedido improcedente. A Sociedade interpôs recurso de apelação para reapreciação do mérito e restabelecimento dos efeitos da liminar. Para suspender a exigibilidade do crédito tributário, em outubro de 2006 a Sociedade efetuou depósito judicial em relação ao valor compensado sob a vigência da liminar, cujo saldo atualizado monetariamente em 31 de dezembro de 2011 é de R$42.432 (R$39.404 em 31 de dezembro de 2010). No quarto trimestre de 2009, para o aproveitamento dos benefícios concedidos pela Medida Provisória nº 470/09, através da instituição das modalidades de pagamento e parcelamento de débitos fiscais, a controlada protocolou petição desistindo parcialmente do mandado de segurança impetrado, no tocante à discussão dos créditos de IPI, dos produtos adquiridos com a incidência de alíquota zero e não tributados (vide detalhes no tópico “Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Medida Provisória nº 470/09” a seguir). Nessa data, após ter cumprido com os requerimentos para adesão ao pagamento dos débitos fiscais instituído pela Medida Provisória nº 470/09, a controlada aguarda o deferimento por parte da autoridade tributária para dar baixa, tanto dos valores registrados no passivo de exigibilidade suspensa quanto dos valores dos depósitos judiciais correspondentes. Ato contínuo, em dezembro de 2011, a controlada protocolou petição desistindo também da discussão em relação aos créditos sobre os produtos isentos, os quais se encontram depositados judicialmente, tendo em vista a classificação de risco para perda provável. Assim, aguarda-se a conversão em renda dos valores depositados judicialmente. (e) Refere-se à incidência da correção monetária pela Unidade Fiscal de Referência - UFIR dos tributos federais (IRPJ, CSLL e Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL) do ano 1991, discutida em mandado de segurança. O valor envolvido nesse processo encontra-se depositado judicialmente. Em 26 de fevereiro de 2010, para aproveitamento dos benefícios concedidos pela Lei nº 11.941/09, através da instituição das modalidades de pagamento e parcelamento de débitos fiscais, a Sociedade protocolou petição desistindo da respectiva ação, aguardando-se o trânsito em julgado da ação. (f) A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discute, por meio de mandados de segurança, o direito ao crédito de IPI nas aquisições de bens para o ativo imobilizado e de materiais de consumo. Em 26 de fevereiro de 2010, para aproveitamento dos benefícios concedidos pela Lei nº 11.941/09, através da instituição das modalidades de pagamento e parcelamento de débitos fiscais, a controlada protocolou petição desistindo da respectiva ação. (g) Refere-se à contribuição previdenciária exigida em autos de infração lavrados pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, em processo de fiscalização, que exigiu da Sociedade, na qualidade de contribuinte solidária, valores de contribuição devidos na contratação de serviços prestados por terceiros. Os valores são discutidos na ação anulatória de débito fiscal e encontram-se depositados judicialmente. Os valores exigidos no auto de infração compreendem o período de janeiro de 1990 a outubro de 1999. Durante o exercício de 2007, a Sociedade reverteu o montante de R$1.903, correspondente à decadência de parte do montante envolvido no processo referente ao período de janeiro de 1990 a outubro de 1994, conforme orientação da Súmula Vinculante nº 08 do Supremo Tribunal Federal - STF. Em 1º de março de 2010, foi protocolada petição desistindo parcialmente da ação, bem como renunciando parcialmente ao seu direito, para fins de adesão aos benefícios previstos na Lei nº 11.941/09, em relação às contribuições previdenciárias devidas pelas empresas que prestavam serviços à Sociedade (responsabilidade solidária) no período compreendido entre novembro de 1994 e dezembro 55 Natura Cosméticos S.A. de 1998. Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Lei nº 11.941/09 Em 27 de maio de 2009, o Governo Federal publicou a Lei nº 11.941, resultado da conversão da Medida Provisória nº 449/08, a qual, entre outras alterações na legislação tributária, trouxe um novo parcelamento de débitos tributários administrados pela Receita Federal do Brasil e pelo INSS e de débitos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, incluindo o saldo remanescente dos débitos consolidados no REFIS (Lei nº 9.964/00), no Parcelamento Especial - PAES (Lei nº 10.684/03) e no Parcelamento Excepcional - PAEX (Medida Provisória nº 303/06), além dos parcelamentos convencionais previstos no artigo 38 da Lei nº 8.212/91 e no artigo 10 da Lei nº 10.522/02. As entidades que optaram pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos dessa Lei poderão liquidar, nos casos aplicáveis, os valores correspondentes à multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social próprios, e terão benefícios de redução de multas, juros e encargos legais, cujos percentuais de redução dependem da opção de prazo de pagamento escolhida. Conforme regras definidas, para o cumprimento da primeira etapa dos parcelamentos, a Sociedade e suas controladas, após terem protocolado petições na Justiça oficializando a desistência das ações judiciais, cujos tributos estão sendo objeto de parcelamento, fizeram os requerimentos de adesão aos parcelamentos, escolhendo as modalidades de parcelamento e indicando a natureza genérica dos débitos fiscais, para os quais foram feitos os pagamentos das respectivas prestações iniciais, conforme as regras definidas na Portaria Conjunta da Secretaria da Receita Federal e PGFN. A seguir são demonstrados os débitos tributários que foram inscritos no parcelamento pela Sociedade e por suas controladas, conforme a Lei nº 11.941/09: Controladora Ação anulatória de débito fiscal de INSS (a) Débitos fiscais de IRPJ, CSLL e ILL (b) 2010 Adições 2.893 6.216 9.109 186 186 Reversões Pagamentos Atualização monetária 2011 - 180 480 660 3.073 6.361 9.434 Pagamentos Atualização monetária 2011 - 180 494 3.073 6.519 109 783 9.592 (521) (521) Consolidado 2010 Débitos fiscais de INSS - ação anulatória (a) Débitos fiscais de IRPJ, CSLL e ILL (b) Débitos fiscais de IPI sobre aquisições de ativo imobilizado e material de uso e consumo (c) 56 Adições Reversões 2.893 6.360 186 (521) 3.768 13.021 186 (3.654) (4.175) (a) Os detalhes desse processo estão mencionados no item (g) desta mesma nota. (b) Os detalhes desse processo estão mencionados no item (e) desta mesma nota. (223) 223) Natura Cosméticos S.A. (c) Os detalhes desse processo estão mencionados no item (f) desta mesma nota. Devido à inexistência de saldos remanescentes de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da contribuição social, a Sociedade não se compensará destes para liquidação da parcela de juros dos parcelamentos. No segundo semestre de 2011, após a consolidação dos débitos, os processos administrativos foram quitados em parcela única, gerando um estorno de provisão. Para a sequência das etapas do parcelamento dos débitos fiscais da Sociedade e de suas controladas que se encontram em esfera judicial, aguarda-se a decisão sobre a consolidação dos valores para que haja a sua quitação, por meio de conversão em renda dos valores depositados. Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Medida Provisória nº 470/09 Em 13 de outubro de 2009, foi editada a Medida Provisória nº 470, que instituiu o pagamento e parcelamento de débitos fiscais decorrentes do aproveitamento indevido do incentivo fiscal setorial instituído pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 491, de 5 de março de 1969, e decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI, no âmbito da PGFN e da Receita Federal do Brasil. Em 3 de novembro de 2009, a PGFN e a Receita Federal do Brasil publicaram, no Diário Oficial da União - DOU, a Portaria Conjunta nº 9, que dispõe sobre o pagamento e parcelamento de débitos de que trata o artigo 3º da Medida Provisória nº 470/09. Os débitos decorrentes do aproveitamento indevido do incentivo fiscal setorial instituído pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 491/69 e os decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI, no âmbito da PGFN e da Receita Federal do Brasil, foram pagos ou parcelados, no âmbito de cada um dos órgãos, até 30 de novembro de 2009. Conforme mencionado no item (d) desta mesma nota, a controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. protocolou petição desistindo parcialmente do mandado de segurança impetrado com referência a créditos de IPI decorrentes dos produtos adquiridos com a incidência de alíquota zero e não tributados. Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade aguarda o posicionamento do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, após manifestação da PGFN e Secretaria da Receita Federal do Brasil, para concluir a etapa referente à consolidação dos débitos fiscais e para baixar os saldos do passivo de exigibilidade suspensa contra os depósitos judiciais efetuados até a referida data pelos valores atualizados monetariamente. Devido à existência de depósitos judiciais efetuados em períodos anteriores e à opção feita pela controlada pelo pagamento à vista, nenhum ganho foi registrado no resultado do exercício quanto à reversão de multa de mora e juros. 17. PROVISÕES PARA RISCOS TRIBUTÁRIOS, CÍVEIS E TRABALHISTAS A Sociedade e suas controladas são partes em ações judiciais de natureza tributária, trabalhista e cível e em processos administrativos de natureza tributária. A Administração acredita, apoiada na opinião e nas estimativas de seus assessores legais, que as provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas são suficientes para cobrir as eventuais perdas. Essas provisões estão assim demonstradas: 57 Natura Cosméticos S.A. Controladora 2011 2010 Tributários Cíveis Trabalhistas Consolidado 2011 2010 27.612 29.867 33.850 42.970 12.234 9.284 16.986 14.137 9.754 14.131 14.219 16.677 49.600 53.282 65.055 73.784 Riscos tributários Os riscos tributários provisionados são compostos pelos processos a seguir relacionados: Controladora 2010 Adições Reversões 999 7.562 424 - - Multas moratórias sobre tributos federais recolhidos em atraso (a) Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b) Auto de infração - IRPJ e CSLL - honorários advocatícios (c) Auto de infração - IRPJ 1990 (d) Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS - honorários advocatícios (e) Honorários advocatícios e outros (g) Risco tributário total provisionado 4.452 3.342 - (666) - 951 12.561 29.867 424 (635) (3.137) (4.438) Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10) (9.600) - Pagamentos (683) (683) - Atualização monetária 2011 54 323 794 7.885 1.182 172 4.968 3.514 (316) 1.027 10.451 2.442 27.612 - (352) Pagamentos Atualização monetária (9.952) Consolidado 2010 Multas moratórias sobre tributos federais recolhidos em atraso (a) Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b) Auto de infração - IRPJ e CSLL - honorários advocatícios (c) Ação anulatória - Auto de infração - IRPJ 1990 (d) Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS - honorários advocatícios (e) PIS semestralidade - Decretos-lei nº 2.445/88 e nº 2.449/88 (f) Honorários advocatícios e outros (g) Risco tributário total provisionado Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10) Adições Reversões 1.505 7.562 424 - (453) - 4.452 3.342 - (666) - - 6.063 - (5.588) - 2.191 17.855 42.970 700 1.124 (6.571) (13.278) (10.754) - - (683) - (683) - 2011 72 323 865 7.885 1.182 172 4.968 3.514 (475) 129 2.314 3.717 2.320 14.298 33.850 (761) (11.515) (a) Referem-se à incidência de multa moratória no recolhimento em atraso de tributos federais. (b) Refere-se ao mandado de segurança que questiona a constitucionalidade da Lei nº 9.316/96, a qual proibiu a dedutibilidade da CSLL da sua própria base de cálculo e da base de cálculo do IRPJ. Parte da provisão, no montante atualizado de R$5.905 (R$5.559 em 31 de dezembro de 2010), está depositada judicialmente. O processo está sobrestado aguardando posicionamento do STF sobre o caso, que será decidido por meio de Repercussão Geral. (c) Refere-se aos honorários advocatícios para defesa dos autos de infração lavrados contra a Sociedade, em agosto de 2003, dezembro de 2006 e dezembro de 2007, pela Receita Federal do Brasil, em que se exigem créditos tributários de IRPJ e CSLL relativos à dedutibilidade da remuneração das debêntures emitidas pela Sociedade, nos períodos-base 1999, 2001 e 2002, respectivamente. Os autos de infração relativos aos períodos-base 2001 e 2002 aguardam decisão definitiva do Conselho de Contribuinte. A opinião dos assessores legais é de que a probabilidade de perda decorrente dos referidos autos de infração é remota. 58 Natura Cosméticos S.A. O auto de infração lavrado contra a Sociedade em agosto de 2003, relativo à dedutibilidade no período-base 1999, teve decisão administrativa transitada em julgado em janeiro de 2010, sendo mantido parcialmente em relação ao IRPJ e integralmente em relação à CSLL. Após essa decisão, em 7 de abril de 2010, a Sociedade ingressou com uma ação na esfera judicial objetivando cancelar a parcela remanescente do IRPJ e da CSLL. A opinião dos assessores legais é de que a perspectiva de perda na ação judicial é remota. (d) Refere-se a auto de infração lavrado pela Receita Federal do Brasil exigindo o pagamento de imposto de renda sobre o lucro decorrente de exportações incentivadas, ocorridas no ano-base 1989, à alíquota de 18% (Lei nº 7.988, de 29 de dezembro de 1989) e não 3%, conforme era determinado pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 2.413/88, no qual a Sociedade se fundamentou para efetuar os recolhimentos na época. A Sociedade ingressou com uma ação na esfera judicial objetivando cancelar o auto de infração. O processo está sobrestado aguardando posicionamento do STF sobre o caso. (e) Refere-se aos honorários advocatícios para propositura de ações judiciais que discutem a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, no período de fevereiro de 1998 aos dias atuais. Foi revertida a provisão para honorários durante o segundo trimestre de 2011 em virtude da probabilidade de perda na opinião dos assessores legais ter sido revisada e alterada de remota para possível com base no andamento do “leading case” (ADC-18) em trâmite no STF, bem como em virtude da alteração da composição da Corte. (f) Refere-se à compensação do PIS pago na forma dos Decretos-lei nº 2.445/88 e nº 2.449/88, no período de 1988 a 1995, com impostos e contribuições federais devidos em 2003 e 2004. Durante o exercício de 2007, a Sociedade efetuou a reversão no montante de R$14.910, devido à decisão favorável e definitiva à Sociedade, proferida em agosto de 2007. A provisão remanescente refere-se à parcela correspondente à controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., que aguarda apreciação do processo pelo Conselho de Contribuintes. (g) O saldo refere-se a honorários advocatícios para defesa dos interesses da Sociedade e de suas controladas em processos tributários. Do montante provisionado: (i) R$4.000 referem-se aos honorários advocatícios para elaboração de defesa no auto de infração de IRPJ e de CSLL contra a Sociedade, lavrado em 30 de setembro de 2009, que tem como objeto o questionamento da dedutibilidade fiscal da amortização do ágio decorrente de incorporação de ações da Natura Participações S.A. que possuía ágio sobre o investimento mantido na então controlada Natura Empreendimentos S.A. Na opinião dos assessores legais da Sociedade, a operação tal como foi estruturada e seus efeitos fiscais são defensáveis, motivo pelo qual o risco de perda é classificado como remoto; e (ii) R$700 referem-se aos honorários advocatícios devidos para defesa apresentada na Autuação da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, a qual exige supostas diferenças de ICMS - ST em relação às remessas interestaduais realizadas a estabelecimentos da Sociedade localizados no Rio Grande do Sul. Na opinião dos assessores legais da Sociedade, o risco de perda é classificado como remoto. Riscos cíveis Controladora Diversas ações cíveis (a) Honorários advocatícios - ação cível ambiental (b) Ações cíveis e honorários advocatícios Nova Flora Participações Ltda. Risco cível total provisionado Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10) 2010 Adições 4.828 10.925 (9.052) 1.512 - (64) 2.944 9.284 10.925 (3) (9.119) (1.874) - Reversões Pagamentos (133) (133) - - Atualização monetária 2011 219 6.787 87 1.535 971 1.277 3.912 12.234 (12) (1.886) Consolidado 2010 Adições Reversões 5.716 11.193 (9.291) 1.512 - (64) Diversas ações cíveis (a) Honorários advocatícios - ação cível ambiental (b) Honorários - processos IBAMA e Biodiversidade (c) Ações cíveis e honorários advocatícios - Nova Flora Participações Ltda. Risco cível total provisionado 3.965 - (301) 2.944 14.137 11.193 (3) (9.659) Depósitos judiciais (nota explicativa10) (1.976) - - Pagamentos (146) Atualização monetária 2011 250 7.723 - 87 1.535 - 152 3.816 971 1.460 3.912 16.986 (146) - (16) (1.992) 59 Natura Cosméticos S.A. (a) A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro 2011, são partes em 2.491 ações e procedimentos cíveis (1.211 em 31 de dezembro de 2010), entre os quais 2.382 no âmbito da justiça cível, do juizado especial cível e do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor - PROCON, movidos por Consultores(as) Natura, consumidores, fornecedores e ex-colaboradores, sendo a maioria referente a pedidos de indenização. (b) Do total provisionado, o montante de R$1.192 refere-se aos honorários advocatícios para defesa dos interesses da Sociedade nos autos da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal do Estado do Acre em face da Sociedade e de outras instituições, sob a alegação de acesso ao conhecimento tradicional associado ao ativo Murumuru. Na opinião dos assessores legais a probabilidade de perda é remota. (c) Referem-se aos honorários advocatícios para defesa administrativa nos autos de infração lavrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA contra a Sociedade em 2010 por acessos supostamente irregulares ao patrimônio genético brasileiro ou ao conhecimento tradicional associado, bem como para a adoção das medidas judiciais consideradas pertinentes pelos assessores legais da Sociedade. A Sociedade recebeu até dezembro de 2011, 70 multas do IBAMA, no total de R$21.955 e apresentou defesa administrativa para todas mas ainda não houve decisão de mérito do IBAMA em nenhum caso, razão pela qual tais multas não representam créditos exigíveis. A Administração da Sociedade e seus assessores legais consideram como remota a possibilidade de perda nos autos de infração relacionados à suposta ausência de repartição de benefícios e como possível a perda nos autos de infração relacionados ao suposto acesso irregular ao patrimônio genético em virtude do cumprimento de todos os princípios estabelecidos na Convenção da Diversidade Biológica - CDB, tratado internacional firmado na Rio-92 e das ilegalidades e inconstitucionalidades do atual marco legal que incorporou a CDB no sistema legal brasileiro. Com exceção de insumos provenientes de terras da União, que se recusa a negociar, porque não estabeleceu até hoje os Comitês de Negociação. A Sociedade reparte benefícios em 100% dos acessos no uso da biodiversidade, sendo inclusive a pioneira na repartição de benefícios com comunidades tradicionais e possuindo aproximadamente 68% das solicitações ao órgão regulador de pedidos de autorização para acesso à biodiversidade. Riscos trabalhistas A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro de 2011, são partes em 827 reclamações trabalhistas movidas por ex-colaboradores e terceiros (766 em 31 de dezembro de 2010), cujos pedidos se constituem em pagamentos de verbas rescisórias, adicionais salariais, horas extras e verbas devidas em razão da responsabilidade subsidiária. As provisões são revisadas periodicamente com base na evolução dos processos e no histórico de perdas das reclamações trabalhistas para refletir a melhor estimativa corrente. 2010 Risco trabalhista total provisionado 14.131 Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10) (1.762) 2010 Adições 4.439 (891) Adições Risco trabalhista total provisionado 16.677 7.708 Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10) (2.410) (1.757) Controladora Atualização Reversões monetária (9.241) - 425 - Consolidado Atualização Reversões monetária (11.096) - 930 - 2011 9.754 (2.653) 2011 14.219 (4.167) Passivos contingentes - risco de perda possível A Sociedade e suas controladas possuem ações de natureza tributária, cível e trabalhista que não estão provisionadas, pois envolvem risco de perda classificado pela Administração e por 60 Natura Cosméticos S.A. seus assessores legais como possível. As contingências passivas estão assim representadas: Tributárias: Ação Declaratória - ICMS - ST (a) Compensação de 1/3 da COFINS - Lei nº 9.718/98 (b) Ação anulatória de débito fiscal de INSS (c) Auto de infração - IPI (d) Processo administrativo - auto de infração - ICMS - ST - DF (e) Processo administrativo - auto de infração - ICMS - ST - PA (e) Processo administrativo - débito fiscal - ICMS - ST - RS (f) Auto de infração lavrado pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (g) Auto de infração - SeFaz de SP - fiscalização do ICMS (h) Auto de infração - preço de transferência em contratos de mútuo com empresa ligada do exterior (i) Outras Cíveis Trabalhistas Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 80.304 5.357 4.910 5.451 8.815 3.423 9.066 53.809 5.121 4.567 5.178 25.077 15.919 80.304 5.357 4.910 5.451 8.815 3.423 9.066 53.809 5.121 4.567 5.178 25.077 15.919 30.184 - - 30.184 9.837 9.837 1.856 36.837 186.203 2.953 42.792 231.948 1.779 55.870 167.320 3.315 61.547 232.182 1.856 43.828 203.031 3.076 73.856 279.963 1.779 54.355 175.642 4.133 85.899 265.674 (a) Em 31 de dezembro de 2011, o montante demonstrado apresenta a seguinte composição: 1. ICMS - ST - PR - R$49.962 (R$46.768 em 31 de dezembro de 2010) - Ação movida pela Sociedade, com o objetivo de discutir as alterações na base de cálculo do ICMS - ST, de forma ilegal, promovido pelo Decreto Paranaense nº 7.018/06. O valor discutido na ação, relativo aos meses de janeiro de 2007 a dezembro de 2011, está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa. 2. ICMS - ST - DF - R$15.401 (R$5.574 em 31 de dezembro de 2010) - Ação declaratória movida pela Sociedade, com o objetivo de discutir sua responsabilidade pelo recolhimento do ICMS - ST, em razão da ausência de norma legal e de critério para a aferição da base de cálculo desse imposto ou, sucessivamente, a necessidade de celebração de Termo de Acordo fixando a base de cálculo do ICMS ST. O valor discutido na ação, relativo aos meses de fevereiro de 2009 a dezembro de 2011, está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa. 3. ICMS - ST - MS - R$9.734 (R$1.467 em 31 de dezembro de 2010) - Ação declaratória ajuizada objetivando o reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado do Mato Grosso do Sul que atribua à Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua a responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição da base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de fevereiro de 2010 a dezembro de 2011, está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa. 4. ICMS - ST - MT - R$3.410 em 31 de dezembro de 2011 - Ação declaratória ajuizada objetivando o reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado do Mato Grosso que atribua à Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua a responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição da base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de outubro de 2009 a julho de 2011, está integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa. 5. ICMS - ST - SC - R$1.797 em 31 de dezembro de 2011 - Ação declaratória ajuizada objetivando o reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado de Santa Catarina que atribua à Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua a responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição da base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de julho e agosto de 2011, 61 Natura Cosméticos S.A. está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa. (b) A Lei nº 9.718/98 aumentou a alíquota da COFINS de 2% para 3% e permitiu que esse diferencial de 1% fosse compensado, durante 1999, com a contribuição social a recolher do mesmo ano. A Sociedade e suas controladas, entretanto, impetraram, em 1999, mandado de segurança e obtiveram liminar suspendendo a exigibilidade do crédito tributário (diferença de 1% da alíquota) e autorizando o recolhimento da COFINS com base na Lei Complementar nº 70/91, vigente até então. Em dezembro de 2000, tendo em vista precedentes desfavoráveis do Poder Judiciário, a Sociedade e suas controladas aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, parcelando a dívida referente à COFINS não recolhida no período. Com o recolhimento do tributo, a Sociedade e suas controladas passaram a ter direito à compensação de 1% da COFINS com a contribuição social, que foi feita no primeiro semestre de 2001. A Receita Federal do Brasil, no entanto, entende que o prazo para a compensação estava restrito ao ano-base 1999. Em 11 de setembro de 2006, a Sociedade foi notificada do indeferimento das compensações realizadas e tempestivamente entrou com o recurso cabível. O processo aguarda julgamento do recurso voluntário interposto pela Sociedade. (c) Ação movida pela Sociedade que pretende declarar a inexigibilidade do crédito fiscal cobrado pelo INSS, através de auto de infração lavrado, com o objetivo de exigir a contribuição previdenciária sobre a ajuda de custo para a manutenção de veículos paga às Promotoras de Venda. Os valores são discutidos na ação anulatória de débito fiscal e encontram-se depositados judicialmente. Os valores exigidos no auto de infração compreendem o período de janeiro de 1994 a outubro de 1999. (d) Refere-se à execução fiscal visando à exigência de IPI decorrente de suposta falta de recolhimento e incorreta classificação de produtos comercializados. A Sociedade apresentou defesa na esfera judicial e aguarda seu julgamento definitivo. (e) Auto de infração de cobrança de ICMS - ST, exigido pelo Estado do Distrito Federal e do Pará, em razão de suposto recolhimento a menor referente à diferença exigida a título de ICMS - ST. A Sociedade apresentou defesa na esfera administrativa e aguarda seu julgamento definitivo. (f) Auto de infração lavrado pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul em face da Sociedade, em razão de sua condição de substituta tributária, para cobrança de ICMS supostamente devido, em razão da ausência de critério para aferição da base de cálculo correta desse imposto, relativo às operações subsequentes praticadas pelas revendedoras autônomas domiciliadas no Estado do Rio Grande do Sul. A Sociedade propôs ação anulatória para afastar essa exigência, a qual aguarda seu julgamento definitivo. (g) Autos de infração lavrados pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul exigindo crédito tributário referente ao ICMS por suposta aplicação indevida de redução de base de cálculo concedida nas operações internas e suposta redução da alíquota interna na apuração do diferencial de alíquotas. Foram apresentadas defesas administrativas, as quais aguardam seu julgamento definitivo. (h) Autuação lavrada pela SeFaz, em razão de suposto creditamento do ICMS decorrente de aquisição de bens para integração dos ativos imobilizados transferidos, na data da compra, para outros estabelecimentos, bem como a bens adquiridos e supostamente não relacionados diretamente à atividade de produção e comercialização. A Sociedade apresentou defesa na esfera administrativa, alegando a possibilidade dos creditamentos efetuados, decadência do crédito tributário, bem como a ilegalidade da aplicação dos juros no montante de um décimo por cento ao dia, e aguarda seu julgamento definitivo. (i) 62 Refere-se a auto de infração lavrado contra a Sociedade no qual a Receita Federal do Brasil exige IRPJ e CSLL sobre a diferença de juros em contratos de mútuo com pessoa jurídica vinculada no exterior. Em 12 de julho de 2004, foi apresentada a defesa administrativa, que foi julgada improcedente. No mês de junho de 2008, a Sociedade apresentou recurso voluntário em face da decisão desfavorável perante o Conselho de Contribuintes, o qual está pendente de apreciação pelo órgão julgador. Natura Cosméticos S.A. Ativos contingentes A Sociedade e suas controladas possuem os seguintes processos ativos relevantes: a) A Sociedade e sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. questionam judicialmente a inconstitucionalidade e ilegalidade da majoração da base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS instituídas pelo parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98. Os valores envolvidos nas ações judiciais, atualizados até 31 de dezembro de 2011, totalizavam R$21.935 (R$20.920 em 31 de dezembro de 2010). Durante o primeiro trimestre foi proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região acórdão favorável à Sociedade por meio dos Embargos de Declaração opostos pelas empresas, autorizando a compensação desses créditos tributários: (i) com débitos de quaisquer tributos e contribuições federais no que se refere à empresa Natura Cosméticos; e (ii) limitado aos débitos das referidas contribuições no que se refere à Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Como consequência, a Sociedade reconheceu os créditos de PIS e COFINS no montante de R$16.852 na rubrica “Impostos a recuperar” referente aos recolhimentos indevidos efetuados nos últimos cinco anos anteriores à data de propositura das ações, a crédito do resultado do exercício na rubrica “Outras receitas (despesas) operacionais”. A Sociedade e sua controlada apresentaram recurso especial e extraordinário ao Superior Tribunal de Justiça - STJ e ao STF, a fim de obter o reconhecimento do direito à compensação dos respectivos tributos recolhidos indevidamente nos dez anos anteriores à data de propositura de ambas as ações, bem como, no que se refere à Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., o direito de compensar esses créditos com quaisquer tributos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil. A Sociedade já apresentou e aguarda a habilitação dos respectivos créditos reconhecidos para efetiva compensação destes com débitos referentes a tributos e contribuições federais. A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. e Natura Logística e Serviços Ltda. pleiteiam a restituição das parcelas do ICMS e do Imposto Sobre Serviços - ISS incluídas na base de cálculo do PIS e da COFINS, recolhidas no período de abril de 1999 a março de 2007. Os valores envolvidos nos pedidos de restituição, atualizados até 31 de dezembro de 2011, totalizavam R$135.305 (R$120.808 em 31 de dezembro de 2010). A opinião dos assessores legais é que a probabilidade de perda é possível. 18. OUTRAS PROVISÕES Controladora 2011 2010 Plano de assistência médica aposentados Crédito de carbono (nota explicativa nº 2.11.3) Outras provisões Consolidado 2011 2010 19.332 13.123 28.132 19.713 16.486 12.683 16.486 12.683 191 29 35.818 25.806 44.809 32.425 A Sociedade e suas controladas mantêm um plano de assistência médica pós-emprego para um grupo determinado de ex-colaboradores e seus respectivos cônjuges, conforme regras por elas estipuladas. Em 31 de dezembro de 2011, o plano contava com 1.073 e 2.144 colaboradores na controladora e no consolidado, respectivamente. 63 Natura Cosméticos S.A. Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade e suas controladas mantinham uma provisão para o passivo atuarial referente a esse plano no montante de R$19.332 e R$28.132 na controladora e no consolidado, respectivamente (R$13.123 e R$19.713, respectivamente, na controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2010). Durante o exercício os reflexos desse plano no resultado estão relacionados ao custo do serviço no valor de R$1.192, custo dos juros no valor de R$2.823 e variações nas premissas atuariais no valor de R$4.499. O passivo demonstrado foi calculado por atuário independente considerando as seguintes principais premissas: Percentual anual (em termos nominais) 2011 Taxa de desconto financeiro Crescimento das despesas médicas (reduzindo 0,5% ao ano) Inflação de longo prazo Tábua de mortalidade geral 10,5 10,5 a 5,5 4,5 RP2000 19. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social Em 31 de dezembro de 2010, o capital da Sociedade era R$418.061. No primeiro trimestre de 2011 foram subscritas 153.230 ações ordinárias sem valor nominal ao preço médio de R$24,78, totalizando R$3.797, passando o capital social da Sociedade em 31 de março de 2011 para 431.034.646 ações nominativas ordinárias subscritas e integralizadas, totalizando o montante de R$421.858. O capital autorizado passou de 10.428.709 para 10.275.479 ações nominativas ordinárias. No segundo trimestre de 2011, foram subscritas 200.059 ações ordinárias sem valor nominal ao preço médio de R$25,51, totalizando R$5.104, passando o capital social da Sociedade em 30 de junho de 2011 para 431.234.705 ações nominativas ordinárias subscritas e integralizadas, totalizando o montante de R$426.962. O capital autorizado passou de 10.275.479 para 10.075.420 ações nominativas ordinárias. No terceiro trimestre de 2011, foram subscritas 4.559 ações ordinárias sem valor nominal ao preço médio de R$24,71, totalizando R$111, passando o capital social da Sociedade para 431.239.264 ações nominativas ordinárias subscritas e integralizadas, totalizando o montante de R$427.073. O capital autorizado passou de 10.075.420 para 10.070.861 ações nominativas ordinárias. No quarto trimestre de 2011, não houve alteração no capital social, portanto o patrimônio líquido demonstrado na data-base 31 de dezembro de 2011 apresenta a composição de capital social detalhada anteriormente. 64 Natura Cosméticos S.A. b) Política de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio Os acionistas terão direito a receber, em cada exercício social, a título de dividendos, um percentual mínimo obrigatório de 30% sobre o lucro líquido, considerando, principalmente, os seguintes ajustes: • Acréscimo das importâncias resultantes da reversão de reservas para contingências, anteriormente formadas. • Decréscimo das importâncias destinadas à constituição da reserva legal e de reservas para contingências. O Estatuto Social faculta à Sociedade o direito de levantar balanços semestrais ou intermediários e, com base neles, o Conselho de Administração poderá aprovar a distribuição de dividendos intermediários. Em 14 de abril de 2011, foram pagos dividendos no valor total de R$405.623 (R$0,9414 por ação) e juros sobre o capital próprio no valor total bruto de R$24.456 (R$0,0567 bruto por ação), conforme distribuição aprovada pelo Conselho de Administração em 23 de fevereiro de 2011 e ratificada em Assembleia Geral Ordinária realizada em 8 de abril de 2011, referente ao lucro líquido do exercício de 2010, que somados aos R$253.947 de dividendos e R$35.427 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2010 correspondem a uma distribuição de aproximadamente 95% do lucro líquido auferido no exercício de 2010. Em 20 de julho de 2011, o Conselho de Administração aprovou, “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária destinada a apreciar as demonstrações contábeis do exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2011, a proposta para pagamento de dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio, referentes aos resultados auferidos no primeiro semestre de 2011, nos montantes de R$295.302 (R$0,68 por ação) e R$37.507, bruto de Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF (R$0,087 bruto por ação), respectivamente. O montante total dos dividendos intermediários e dos juros sobre o capital próprio corresponde a 98% do lucro líquido consolidado registrado no primeiro semestre de 2011. Adicionalmente, em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 13 de abril de 2012, a proposta para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, nos montantes de R$467.261 e R$23.624 (R$20.080, líquidos de IRRF), respectivamente, referentes aos resultados auferidos no exercício de 2011, que somados aos R$295.302 de dividendos e R$37.506 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2011 correspondem a uma distribuição de aproximadamente 99% do lucro líquido auferido no exercício de 2011. 65 Natura Cosméticos S.A. Os dividendos foram calculados conforme demonstrado a seguir: Controladora 2011 2010 Lucro líquido do exercício Reserva para incentivos fiscais - subvenção para investimentos Base de cálculo para os dividendos mínimos Dividendos mínimos obrigatórios 830.901 744.050 (3.677) (5.973) 827.224 738.077 30% 30% Dividendo anual mínimo 248.167 221.423 Dividendos propostos Juros sobre o capital próprio IRRF sobre os juros sobre o capital próprio Total de dividendos e juros sobre o capital próprio, líquidos de IRRF 762.563 659.570 61.130 59.883 (9.170) (8.983) 814.523 710.470 Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório 566.356 489.047 Dividendos por ação - R$ Juros sobre o capital próprio por ação, líquidos - R$ Remuneração total por ação, líquida - R$ 1,7760 0,1208 1,8968 1,5312 0,1182 1,6494 Conforme mencionado na nota explicativa nº 2.21, a parcela dos dividendos excedente ao dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, mas antes da data de autorização para emissão destas, não deverá ser registrada como passivo nas respectivas demonstrações contábeis, devendo os efeitos da parcela dos dividendos complementares ser divulgados em nota explicativa. Portanto, em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, as seguintes parcelas referentes ao valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório foram registradas no patrimônio líquido como “Dividendo adicional proposto”: Controladora 2011 2010 Dividendos Juros sobre o capital próprio 467.261 405.623 23.624 24.456 490.885 430.079 c) Ações em tesouraria A Sociedade adquiriu durante o exercício 3.066.300 de ações ordinárias, ao preço médio de R$34,06, para atender ao exercício das opções outorgadas aos administradores e colaboradores da Sociedade, assim como aos administradores e colaboradores das controladas diretas ou indiretas. Adicionalmente às aquisições de ações no exercício, foram utilizadas nos exercícios de opções um total de R$895 a um custo médio unitário de R$32,92. 66 Natura Cosméticos S.A. Em 31 de dezembro de 2011, a rubrica “Ações em tesouraria” possuía a seguinte composição: 2011 Preço médio Quantidade R$ por ação de ações (em milhares) R$ Saldo no início do exercício Adquiridas Utilizadas Saldo no fim do exercício 655 3.066.300 (45.198) 3.021.757 14 104.452 (1.617) 102.849 21,37 34,06 26,58 34,04 d) Ágio na emissão de ações Refere-se ao ágio gerado na emissão das 3.299 ações ordinárias, decorrente da capitalização das debêntures no montante de R$100.000, ocorrida em 2 de março de 2004. e) Reserva legal Em virtude de o saldo da reserva legal, somado às reservas de capital de que trata o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, ter ultrapassado 30% do capital social, a Sociedade, em conformidade com o estabelecido no artigo 193 da mesma Lei, decidiu por não constituir a reserva legal sobre o lucro líquido auferido nos exercícios a partir de 2006. f) Reserva de retenção de lucros Em 31 de dezembro de 2011, a reserva de retenção de lucros foi constituída nos termos do artigo 196 da Lei nº 6.404/76, com o objetivo de aplicação em futuros investimentos, no montante de R$3.530 (R$23.421 de constituição em 31 de dezembro de 2010). A retenção da reserva referente ao exercício de 2011 está fundamentada em orçamento de capital, elaborado pela Administração e aprovado pelo Conselho de Administração no dia 15 de fevereiro de 2012 e será ratificado na Assembleia Geral Ordinária que será realizada no dia 13 de abril de 2012. g) Outros resultados abrangentes A Sociedade reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos em controladas no exterior. Esse efeito acumulado será revertido ao resultado do exercício como ganho ou perda somente em caso de alienação ou baixa do investimento. 20. INFORMAÇÕES SOBRE SEGMENTOS DE NEGÓCIOS Os segmentos operacionais são reportados de forma consistente com os relatórios gerenciais fornecidos ao principal tomador de decisões operacionais para fins de avaliação de desempenho de cada segmento e alocação de recursos. Conforme relatórios analisados para tomadas de decisões da Administração, embora o principal tomador de decisões analise as informações sobre as receitas em diversos níveis, a principal segmentação dos negócios da Sociedade é baseada em vendas de cosméticos por regiões geográficas, as quais incluem a 67 Natura Cosméticos S.A. seguinte segregação: Brasil (“Operação Brasil”), América Latina (“LATAM”) e demais países (“Outros”). Além disso, a LATAM é analisada em dois grupos: (a) Argentina, Chile e Peru (“Operações em Consolidação”); e (b) México e Colômbia (“Operações em Implementação”). Os segmentos possuem características de negócios semelhantes e cada um oferece produtos similares por meio da mesma metodologia de acesso aos consumidores. A receita líquida por região está representada da seguinte forma em 2011: • Operação Brasil: 91,0% • Operações em Consolidação: 6,0% • Operações em Implementação: 2,7% • Outros: 0,3% Embora os segmentos internacionais não representem mais que 10% das informações necessárias para se agregar um segmento, conforme critérios de agregação descritos na IFRS 8 - Segmentos Operacionais, a Administração possui fortes indicadores de que seus negócios no exterior sofrerão aumento significativo em sua representatividade perante os saldos financeiros consolidados e, dessa forma, optou por divulgá-los separadamente. As práticas contábeis de cada segmento são as mesmas descritas na nota explicativa nº 2, descrição do negócio da Natura e políticas contábeis significativas. O desempenho dos segmentos da Sociedade foi avaliado com base nas receitas operacionais líquidas, no lucro líquido do exercício e no ativo não circulante. Essa base de mensuração exclui os efeitos de juros, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização. Nas tabelas a seguir há informação financeira sumariada relacionada aos segmentos da Sociedade para 31 de dezembro de 2011 e de 2010. Os valores fornecidos ao Comitê Executivo com relação ao resultado e ao total de ativos são consistentes com os saldos registrados nas demonstrações contábeis, bem como com as políticas contábeis aplicadas. 2011 Receita líquida Brasil Argentina, Chile e Peru México, Venezuela e Colômbia Outros (*) Consolidado Lucro líquido Depreciação e Resultado amortização financeiro 5.089.533 916.148 335.058 (578) 149.166 (66.996) 17.617 (17.673) 5.591.374 830.901 (102.938) (4.226) (2.183) (574) (109.921) Imposto de renda Ativo não circulante (73.470) (406.168) 1.535.676 (2.625) 379 25.282 (1.245) (1.040) 11.857 16.938 (77.340) (406.829) 1.589.753 Ativo total Passivo circulante 3.482.649 187.016 96.070 27.277 3.793.012 1.142.356 90.915 34.730 6.718 1.274.719 Ativo total Passivo circulante 2.970.381 156.666 69.041 25.783 3.221.871 1.074.101 76.802 33.009 6.738 1.190.650 2010 Receita líquida Brasil Argentina, Chile e Peru México, Venezuela e Colômbia Outros (*) Consolidado (*) 68 Lucro líquido Depreciação e Resultado amortização financeiro 4.767.741 835.484 255.702 (19.822) 98.275 (45.992) 14.994 (25.620) 5.136.712 744.050 Inclui operações da França e Corporativo LATAM. (82.692) (3.405) (2.104) (647) (88.848) Imposto de renda Ativo não circulante (47.918) (374.412) 1.305.450 (842) (1.027) 19.489 (976) 1.319 10.858 16.177 (49.736) (374.120) 1.351.974 Natura Cosméticos S.A. A Sociedade possui apenas uma classe de produtos comercializados pelos(as) Consultores(as) Natura denominada “Cosméticos”. Dessa forma, a divulgação da receita por classe de produtos não é aplicável. A Sociedade possui uma carteira de clientes pulverizada, sem nenhuma concentração de receita. A receita de partes externas informadas ao Comitê Executivo foi mensurada de maneira condizente com aquela apresentada na demonstração do resultado. 21. RECEITA LÍQUIDA Controladora 2011 2010 Receita bruta: Mercado interno Mercado externo Outras vendas Devoluções e cancelamentos Impostos incidentes sobre as vendas Receita líquida 6.898.727 6.898.727 (11.514) (1.038.436) 5.848.777 6.486.421 6.486.421 (8.682) (963.424) 5.514.315 Consolidado 2011 2010 6.896.735 637.593 1.437 7.535.765 (12.212) (1.932.179) 5.591.374 6.487.124 471.185 1.479 6.959.788 (8.682) (1.814.394) 5.136.712 22. DESPESAS OPERACIONAIS E CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS a) Está demonstrada a seguir a abertura por função das despesas operacionais e dos custos dos produtos vendidos: Controladora 2011 2010 Custo dos produtos vendidos Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Participação dos colaboradores nos resultados (nota explicativa nº 23.1) Remuneração dos administradores (nota explicativa nº 27.2) Total Consolidado 2011 2010 2.375.514 2.283.926 1.666.300 1.556.806 1.503.069 1.292.365 1.952.740 1.704.322 816.818 837.808 680.731 605.442 3.765 18.174 30.168 70.351 9.443 14.417 9.443 14.417 4.708.609 4.446.690 4.339.382 3.951.338 69 Natura Cosméticos S.A. b) Está demonstrada a seguir a abertura por natureza das despesas operacionais e dos custos dos produtos vendidos: Consolidado 2011 2010 Controladora 2010 2011 Custos variáveis e gastos indiretos de produtos e materiais de revenda 2.375.514 Despesas com marketing 955.713 Despesas com frete 246.563 Despesas com prestação de serviços 57.927 Benefícios pagos a colaboradores e administradores (nota explicativa nº 23) 263.540 Depreciação e amortização 27.565 Remuneração dos administradores (nota explicativa nº 27.2) 9.443 Outras despesas 103.275 Prestação de serviços administrativos (nota explicativa nº 27.1) 433.192 Prestação de serviços de pesquisa e desenvolvimento (nota explicativa nº 27.1) 235.877 Total 4.708.609 2.283.926 846.913 223.236 65.227 1.385.624 1.016.101 265.148 180.332 1.319.106 910.489 234.066 171.970 261.441 15.305 644.983 109.921 628.078 88.848 14.417 141.083 9.443 727.830 14.417 584.364 328.183 - - 266.959 4.446.690 4.339.382 3.951.338 23. DESPESAS DE BENEFÍCIOS A COLABORADORES Controladora 2011 2010 Salários e bonificações Participação dos colaboradores nos resultados Plano de pensão de contribuição definida (nota explicativa nº 23.1) Ganho de executivos Impostos e contribuições sociais Consolidado 2011 2010 183.741 177.326 439.684 414.167 3.765 18.174 30.168 70.351 2.553 2.167 4.300 2.528 6.359 4.081 13.369 11.288 67.122 59.693 157.462 129.744 263.540 261.441 644.983 628.078 23.1. Participação nos resultados A Sociedade e suas controladas concedem participação nos resultados a seus colaboradores e administradores, vinculada ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, foram registrados, a título de participação nos resultados, os montantes demonstrados a seguir: 70 Natura Cosméticos S.A. Controladora 2011 2010 Colaboradores Administradores (*) Consolidado 2011 2010 3.765 18.174 30.168 70.351 - 6.018 - 6.018 3.765 24.192 30.168 76.369 (*) Incluídos na rubrica “Remuneração dos administradores”. 23.2. Ganhos baseados em ações O Conselho de Administração reúne-se anualmente para, dentro das bases do programa, estabelecer o plano, indicando os diretores e gerentes que receberão as opções e a quantidade total a ser distribuída. No formato válido até o ano 2008, os planos possuem prazo de quatro anos para elegibilidade ao exercício das opções, sendo 50% ao final do terceiro ano e 50% ao final do quarto ano, havendo ainda um prazo máximo de dois anos para o exercício das opções após o término do quarto ano de elegibilidade. Em 2009, o formato do programa foi alterado, sendo o prazo de elegibilidade ao exercício das opções de 100% ao final do quarto ano, com a possibilidade de sua antecipação para três anos, mediante a condição de cancelamento de 50% das opções outorgadas nos planos, e foi fixado o prazo máximo de quatro anos para o exercício das opções após o término do quarto ano de elegibilidade. No âmbito desse novo modelo do programa, foram outorgadas 1.491.780 opções em 23 de março de 2011, pelo preço de exercício de R$42,39. As variações na quantidade de opções de compra de ações em circulação e seus correspondentes preços médios ponderados do exercício estão apresentados a seguir: 2010 2011 Preço médio de Preço médio de exercício por Opções exercício por Opções ação - R$ (milhares) ação - R$ (milhares) Saldo no início do exercício Concedidas Canceladas Exercidas Saldo no fim do exercício 28,10 42,39 29,35 25,33 32,84 6.839 1.492 (563) (405) 7.363 23,22 34,17 22,80 22,74 28,10 5.538 2.176 (268) (607) 6.839 Das 7.363 mil opções existentes em 31 de dezembro de 2011 (6.839 mil opções em 31 de dezembro de 2010), 1.214 mil opções (822 mil opções em 31 de dezembro de 2010) são exercíveis. As opções exercidas em 2011 resultaram na emissão de 405 mil ações (607 mil ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2010) e na utilização de 45 mil ações do saldo de ações em tesouraria. 71 Natura Cosméticos S.A. A despesa referente ao valor justo das opções concedidas reconhecida no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, de acordo com o prazo transcorrido para aquisição do direito ao exercício das opções, foi de R$6.359 e R$13.369 na controladora e no consolidado, respectivamente (R$4.081 e R$11.288, respectivamente, na controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2010). As opções de compra de ações em circulação no fim do exercício têm as seguintes datas de vencimento e preços de exercício: Em 31 de dezembro de 2011 Data da outorga 29 de março de 2006 24 de abril de 2007 22 de abril de 2008 22 de abril de 2009 19 de março de 2010 21 de março de 2011 Preço de exercício - R$ 31,97 30,24 23,48 25,61 37,58 43,85 Vida remanescente Opções contratual Opções existentes (anos) exercíveis 319.317 470.274 848.250 2.249.793 2.004.244 1.470.940 7.362.818 0,21 1,33 2,34 5,39 6,31 7,31 319.317 470.274 424.125 1.213.716 Em 31 de dezembro de 2010 Data da outorga 16 de março de 2005 29 de março de 2006 24 de abril de 2007 22 de abril de 2008 22 de abril de 2009 19 de março de 2010 Vida Preço de remanescente exercício Opções contratual Opções - R$ existentes (anos) exercíveis 20,25 30,17 28,53 22,16 24,17 35,46 82.981 414.120 650.333 1.128.902 2.436.105 2.126.372 6.838.813 0,21 1,23 2,35 3,36 6,40 7,32 82.981 414.120 325.167 822.268 Em 31 de dezembro de 2011, o preço de mercado era de R$36,26 (R$47,69 em 31 de dezembro de 2010) por ação. As opções foram mensuradas ao valor justo na data da outorga com base na norma IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações. A média ponderada do valor justo das opções em 31 de dezembro de 2011 era de R$32,84. As opções foram precificadas com base no modelo “Binomial” e os dados significativos incluídos no modelo para precificação do valor justo das opções concedidas em 2011 foram: • Volatilidade de 36% (37% em 31 de dezembro de 2010). 72 Natura Cosméticos S.A. • Rendimento de dividendos de 5,3% (5,3% em 31 de dezembro de 2010). • Vida esperada da opção correspondente a três e quatro anos. • Taxa de juros livre de risco anual de 10,9% (10,8% em 31 de dezembro de 2010). 23.3. Plano de previdência complementar A Sociedade e suas controladas patrocinam dois planos de benefícios a colaboradores, sendo um de complementação de benefícios de aposentadoria, por intermédio de um plano de previdência complementar administrado pela Brasilprev Seguros e Previdência S.A., e um de extensão de assistência médica para ex-funcionários aposentados. O plano de previdência complementar é estabelecido na forma de “contribuição definida”, criado em 1º de agosto de 2004 e elegível para todos os colaboradores admitidos a partir daquela data. Nos termos do regulamento desse plano, o custeio é paritário, de modo que a parcela da Sociedade equivale a 60% daquela efetuada pelo colaborador de acordo com uma escala de contribuição embasada em faixas salariais, que variam de 1% a 5% da remuneração do colaborador aposentado. Em 31 de dezembro de 2011, não existiam passivos atuariais em nome da Sociedade e de suas controladas decorrentes do plano de previdência complementar. As contribuições realizadas pela Sociedade e por suas controladas totalizaram R$2.553 na controladora e R$4.300 no consolidado, no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 (R$2.167 na controladora e R$2.528 no consolidado em 31 de dezembro de 2010), as quais foram registradas como despesa do exercício. 24. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Controladora 2011 2010 Receitas financeiras: Juros com aplicações financeiras Ganhos com variações monetárias e cambiais (a) Ganhos com operações de “swap” e “forward” Outras receitas financeiras Despesas financeiras: Juros com financiamentos Perdas com variações monetárias e cambiais (a) Perdas com operações de “swap” e “forward” Ganhos (perdas) no ajuste a valor de mercado de derivativos “swap” e “forward” Outras despesas financeiras Receitas (despesas) financeiras 21.707 40.438 24.357 86.502 13.171 2.403 1.941 17.515 (72.487) (39.896) (36.496) (3.757) (26.359) (9.491) Consolidado 2011 2010 55.463 3.218 39.469 24.548 122.698 35.809 34 3.901 13.895 53.639 (92.044) (38.266) (27.688) (58.457) (7.130) (12.218) (1.171) 416 (1.040) 142 (26.735) (5.509) (40.999) (25.712) (163.248) (58.237) (200.037) (103.375) (76.746) (40.722) (77.340) (49.736) 73 Natura Cosméticos S.A. As aberturas a seguir têm o objetivo de explicar melhor os resultados das operações de proteção cambial contratadas pela Sociedade, bem como as respectivas contrapartidas registradas no resultado financeiro demonstrado no quadro anterior: Consolidado 2011 2010 (a) Ganhos com variações monetárias e cambiais Perdas com variações monetárias e cambiais 3.218 34 (38.266) (7.130) (35.048) (7.096) (a) Abertura Variações cambiais dos empréstimos e financiamentos Variações monetárias dos financiamentos Variações cambiais das importações Variações cambiais das contas a pagar nas controladas no exterior Variação cambial dos recebíveis de exportação (32.104) (55) (2.256) (3.852) 3.218 (35.048) (2.781) 34 (1.089) (1.399) (1.861) (7.096) 25. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS Controladora 2011 2010 Resultado na venda de imobilizado Créditos tributários de PIS e COFINS (*) Créditos extemporâneos de PIS e COFINS Outras receitas (despesas) operacionais Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 918 11.887 15.461 15.313 43.579 106 350 456 Consolidado 2011 2010 (1.125) (9.044) 16.852 40.378 6.973 (8.424) 63.078 (17.468) (*) O saldo demonstrado inclui os créditos tributários reconhecidos de PIS e COFINS, oriundos de ganho de processo judicial que questionava a inconstitucionalidade e ilegalidade da majoração da base de cálculo das contribuições citadas, instituídas pela Lei nº 9.718/98. Vide mais detalhes na nota explicativa nº 17 (a) (ativos contingentes). 26. LUCRO POR AÇÃO 26.1. Básico O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Sociedade pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o exercício, excluindo as ações ordinárias compradas pela Sociedade e mantidas como ações em tesouraria. 74 Natura Cosméticos S.A. Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade Média ponderada da quantidade de ações ordinárias emitidas Média ponderada das ações em tesouraria Média ponderada da quantidade de ações ordinárias em circulação Lucro básico por ação - R$ 2011 2010 830.901 744.050 431.129.772 430.548.910 (1.059.330) (655) 430.070.442 430.548.255 1,9320 1,7281 26.2. Diluído O lucro por ação diluído é calculado ajustando-se a média ponderada da quantidade de ações ordinárias em circulação supondo a conversão de todas as ações ordinárias potenciais que provocariam diluição. A Sociedade tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais que provocariam diluição: as opções de compra de ações. Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade Média ponderada da quantidade de ações ordinárias em circulação Ajuste por opções de compra de ações Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por ação Lucro diluído por ação - R$ 2011 2010 830.901 744.050 430.070.442 430.548.255 930.348 1.564.844 431.000.790 432.113.098 1,9279 1,7219 27. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 27.1. Saldos e transações com partes relacionadas Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão demonstrados a seguir: Controladora 2011 2010 Ativo circulante: Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (a) Natura Logística e Serviços Ltda. (b) Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c) Passivo circulante: Fornecedores: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c) Natura Logística e Serviços Ltda. (d) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (e) 12.531 20.809 4.568 37.908 13.143 12.218 25.361 163.146 114.737 15.141 293.024 153.597 47.356 45.636 246.589 75 Natura Cosméticos S.A. As transações efetuadas com partes relacionadas estão demonstradas a seguir: Controladora Venda de produtos Compra de produtos 2011 2010 2011 2010 Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Natura Cosméticos S.A. - Peru Natura Cosméticos S.A. - Argentina Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Cosméticos S.A. - México Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia Natura Europa SAS - França Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Logística e Serviços Ltda. Estrutura administrativa: (f) Natura Logística e Serviços Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias: (g) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Pesquisas e testes “in vitro”: (h) Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. 76 3.155.905 3.006.596 - 2.972.918 2.837.687 35.382 34.104 49.852 42.693 33.211 32.971 38.715 35.533 19.989 18.514 5.365 4.672 431 388 42 34 3.155.905 3.006.596 3.155.905 3.006.596 Venda de serviços 2011 2010 Contratação de serviços 2011 2010 433.192 - 438.095 - 323.715 328.183 - - 67.694 67.810 433.192 438.095 41.783 433.192 42.102 438.095 235.877 235.877 266.959 266.959 235.877 235.877 266.959 266.959 2.790 3.538 - - 2.790 3.538 2.790 2.790 3.538 3.538 Natura Cosméticos S.A. Venda de serviços 2011 2010 Locação de imóveis e encargos comuns: (i) Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Logística e Serviços Ltda. Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Total da venda ou compra de produtos e serviços Contratação de serviços 2011 2010 7.296 - 6.728 - 4.227 3.899 7.296 6.728 1.699 1.370 7.296 1.567 1.262 6.728 3.835.060 3.721.916 3.835.060 3.721.916 (a) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviços de desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de mercado. (b) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviços de logística e administrativos em geral. (c) Valores a pagar pela compra de produtos. (d) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (f). (e) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (g). (f) Prestação de serviços logísticos e administrativos em geral. (g) Prestação de serviços de desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de mercado. (h) Prestação de serviços de pesquisas e testes “in vitro”. (i) Locação de parte do complexo industrial situado no município de Cajamar - SP e de prédios localizados no município de Itapecerica da Serra - SP. Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, bem como as transações que influenciaram os resultados dos exercício findos naquelas datas, relativos às operações com partes relacionadas decorrem de transações entre a Sociedade e suas controladas. Devido ao modelo das operações mantido pela Sociedade e por suas controladas, bem como ao formato do canal de distribuição dos produtos, a qual é efetuada por meio de vendas diretas por Consultores(as) Natura, parte substancial das vendas da controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. é realizada para a controladora Natura Cosméticos S.A. no Brasil e para as suas controladas no exterior. As vendas para partes não relacionadas totalizaram R$5.341 no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 (R$5.650 em 31 de dezembro de 2010). 77 Natura Cosméticos S.A. Sobre os saldos a receber entre as empresas Natura em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 não há provisão registrada para créditos de liquidação duvidosa, devido à ausência de títulos em atraso com risco de realização. Conforme detalhes mencionados na nota explicativa nº 14, tem sido prática entre as empresas Natura conceder entre si avais e garantias para suportar operações de empréstimos e financiamentos bancários. 27.2. Remuneração do pessoal-chave da Administração A remuneração total do pessoal-chave da Administração da Sociedade está assim composta: Conselho de Administração Diretores estatutários Diretores não estatutários 2011 Remuneração Variável Fixa (*) Total 2010 Remuneração Variável Fixa (*) Total 3.786 5.657 9.443 3.348 5.051 8.399 1.985 5.333 4.033 9.084 6.018 14.417 2.390 32.977 25.194 14.917 40.111 30.587 - 3.786 5.657 9.443 (*) Refere-se à participação nos resultados registrados no exercício. Os valores contemplam eventuais complementos e/ou reversões à provisão efetuada no exercício anterior, em virtude da apuração final das metas estabelecidas aos conselheiros e diretores, estatutários e não estatutários. 27.3. Ganhos baseados em ações Os ganhos de executivos da Sociedade estão assim compostos: 2011 2010 Outorga de opções Outorga de opções Preço médio Preço médio Saldo das opções de exercício - Saldo das opções de exercício (quantidade) (a) R$ (b) (quantidade) (a) R$ (b) Diretores estatutários 1.700.155 32,84 1.512.569 28,10 Diretores não estatutários 3.173.327 32,84 2.961.042 28,10 (a) Refere-se ao saldo das opções maduras (“vested”) e não maduras (“nonvested”), não exercidas, nas datas dos balanços. (b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício da opção à época dos planos de outorga, atualizado pela variação da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA, até as datas dos balanços. 78 Natura Cosméticos S.A. 28. COMPROMISSOS ASSUMIDOS 28.1. Contratos de fornecimento de insumos A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. possui compromisso decorrente de contrato de fornecimento de energia elétrica para suprimento de suas atividades de manufatura, vigente até 2015, devendo ser adquirido o volume mínimo mensal de 3,6 Megawatts, equivalente a R$363. Em 31 de dezembro de 2011, a controlada estava adimplente com o compromisso desse contrato. Os valores estão demonstrados por meio das estimativas de consumo de energia de acordo com o prazo de vigência do contrato, cujos preços estão baseados nos volumes, também estimados, resultantes das operações contínuas da controlada. Os pagamentos totais mínimos de fornecimento, mensurados a valor nominal, segundo o contrato, são: 2011 Menos de um ano Mais de um ano e menos de cinco anos Mais de cinco anos 2010 3.983 3.899 9.842 9.591 - 2.578 13.825 16.068 28.2. Obrigações por arrendamentos operacionais A Sociedade e suas controladas mantêm compromissos decorrentes de contratos de arrendamentos operacionais de imóveis onde estão localizadas algumas de suas controladas no exterior, bem como a sua sede administrativa no Brasil, e imóveis onde se localizam as “Casas Natura” no Brasil e no exterior. Os contratos têm prazos de arrendamento entre um e dez anos e não possuem cláusula de opção de compra no respectivo término, porém permitem renovações tempestivas de acordo com as condições de mercado em que eles são celebrados, sendo em média de dois anos. Em 31 de dezembro de 2011, o compromisso assumido com as contraprestações futuras desses arrendamentos operacionais possuía os seguintes prazos para pagamento: Controladora Consolidado 2012 2013 2014 em diante 1.217 1.119 2.687 5.023 6.011 4.940 6.618 17.569 79 Natura Cosméticos S.A. 29. COBERTURA DE SEGUROS A Sociedade e suas controladas adotam uma política de seguros que considera, principalmente, a concentração de riscos e sua relevância, contratados por montantes considerados suficientes pela Administração, levando em consideração a natureza de suas atividades e a orientação de seus consultores de seguros. A cobertura dos seguros, em valores de 31 de dezembro de 2011, é assim demonstrada: Item Tipo de cobertura Complexo industrial/ Quaisquer danos materiais a edificações, instalações e estoques máquinas e equipamentos Veículos Incêndio, roubo e colisão para 1.337 veículos Lucros cessantes Não realização de lucros decorrentes de danos materiais em instalações, edificações e máquinas e equipamentos de produção Importância segurada 916.659 52.242 1.615.685 30. APROVAÇÃO PARA EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As presentes demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Sociedade foram aprovadas para publicação pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 15 de fevereiro de 2012. 2011-2000 80 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) Natura Cosméticos S.A. Individual and Consolidated Financial Statements for the Year Ended December 31, 2011 and Independent Auditors’ Report on Financial Statements Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA 2011 - VERSÃO 12 MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O desafio ético do nosso tempo “A Natura é provavelmente o exemplo mais evoluído que vimos até o momento de empresa que gerencia o seu mundo em todas as suas cores e maximiza o valor agregado de sua ecologia”. Christopher Meyer, “Standing on the Sun: How explosion of capitalism abroad will change business everywhere.” Vivemos em 2011 a confirmação de que nosso mundo é insustentável, se mantidos o atual padrão de produção e consumo global e os desequilíbrios socioambientais. A onda de acontecimentos dos últimos anos é eloquente: em 2006, emergiu a consciência dos riscos do aquecimento global provocado pelo homem; dois anos depois, vivenciamos a crise econômica, que ora se aprofunda na Comunidade Europeia. Por fim, desde 2010, acompanhamos com perplexidade as convulsões sociais da Primavera Árabe, de diferentes matizes, mas que têm um aspecto comum: a busca pelos fundamentos de uma sociedade mais justa e igualitária. Acreditamos que somente uma profunda transformação baseada na ética da vida, na qual prevaleçam uma nova lógica de desenvolvimento e uma revigorada governança global, acima de interesses de regiões, países, grupos econômicos, será fonte de esperança para as gerações futuras e para a continuidade da existência humana na Terra. Se, por um lado, esse cenário nos preocupa, por outro, reafirma nossa determinação de investir os melhores esforços emocionais e intelectuais para que a Natura cada vez mais atue como agente da necessária transformação social. Sempre gerida segundo os princípios da sustentabilidade, na busca pelos melhores resultados - de forma integrada - nas dimensões econômica, social e ambiental. Esse comportamento empresarial em sintonia com as aspirações da sociedade nos impõe a levar a Natura e sua proposta de valor para novas fronteiras e geografias. Atualmente, o Brasil e a América Latina, nossos principais mercados de atuação, encontram-se em posição privilegiada. Mesmo não estando imunes aos efeitos de um ambiente internacional mais difícil, tendemos a ser menos impactados pelos desequilíbrios globais. A ascensão econômica de um importante contingente populacional, com destaque à participação feminina, parece ter uma envergadura que poderá promover um longo e promissor ciclo de desenvolvimento, ainda que distante de um projeto de desenvolvimento sustentável, que permita a plena inclusão social, a ampliação da distribuição de riqueza e a mitigação de impactos ambientais. Os expressivos investimentos de grandes companhias de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos na América Latina comprovam esse cenário ainda muito promissor. Em pouco tempo o Brasil será o segundo maior mercado mundial em nosso setor. Iniciamos nossa mensagem com uma passagem da recém-publicada obra de Christopher Meyer, professor da Universidade de Harvard, que descreve, de maneira inspiradora, a forma como procuramos empreender o nosso negócio. Somos muito gratos por sua generosa interpretação, que a um só tempo realça nossos traços distintivos e nos estimula a participar de um novo projeto de capitalismo, mais solidário, justo e inclusivo. Acreditamos que nossa trajetória de sucesso reside no fato de historicamente buscarmos o aperfeiçoamento contínuo e soluções inovadoras para os dilemas do tempo presente e do porvir, apreendendo o “espírito da época” e projetando-o para o futuro. Nesse novo contexto, nosso maior desafio será o de unir as novas tecnologias com corações engajados em uma mesma causa. Dessa forma, vislumbramos a possibilidade de expandir o poder transformador de nossa rede de relações. O exercício cada vez mais pleno de nossa Razão de Ser, que é promover o bemestarbem, nos levará a aperfeiçoar e aprofundar os laços que nos unem às nossas consultoras, colaboradores, parceiros de negócios e consumidores. Movida por sonhos e pela busca de realização profissional e pessoal, estamos convencidos de que essa comunidade está determinada a promover valores como solidariedade, criatividade e altruísmo, com respeito e reverência à vida. Assim, reafirmamos o nosso compromisso histórico de estar ao lado de todos aqueles que queiram participar dessa urgente construção coletiva da humanidade. Com a amizade de, Antonio Luiz da Cunha Seabra Guilherme Peirão Leal Pedro Luiz Barreiros Passos Copresidentes do Conselho de Administração MENSAGEM DO COMITÊ EXECUTIVO AS BASES DA NATURA DO FUTURO Nos últimos cinco anos, promovemos uma profunda transformação na Natura. Praticamente dobramos de tamanho entre 2007 e 2011 e os resultados alcançados demonstram a consistência de nossa estratégia: as consultoras e consultores passaram de 718 mil para 1,4 milhão, elevando os pedidos de produtos de 9 milhões para expressivos 17 milhões ao ano; já o Ebitda saltou de R$ 700 milhões para R$ 1,4 bilhão e a receita líquida avançou de R$ 3 bilhões para R$ 5 bilhões. A participação das Operações Internacionais, por sua vez, saiu de 4,4% e alcançou 9%. Para dar suporte a esse ciclo de crescimento, realizamos uma grande evolução em nosso modelo logístico, desenvolvemos e atraímos novas lideranças cada vez mais identificadas com nossa cultura e comportamento empresarial, implantamos um sistema de gestão estruturado em Unidades de Negócios e Unidades Regionais, e prosseguimos investindo em inovação, seja na concepção dos produtos, na gestão dos impactos ambientais e em nosso modelo comercial. Em 2011, realizamos o maior investimento de nossa história, destinando cerca de R$ 350 milhões para ampliação de produção, evolução do modelo logístico e maior e melhor uso da tecnologia da informação, indispensáveis para a sustentação do nosso crescimento. Trabalhamos na mudança de patamar de nossa infraestrutura para que nossos produtos cheguem cada vez mais rápido às mãos das nossas consultoras, com redução do custo do pedido e das emissões dos gases causadores do aquecimento global. Devemos reconhecer que a implementação simultânea de novos sistemas de captação de pedidos e a evolução no nosso modelo logístico, com a abertura de novos CDs, provocou instabilidade em nossas operações, afetando a prestação dos serviços e a qualidade das relações. Ao mesmo tempo enfrentamos uma redução na eficiência comercial e mercadológica. A combinação desses dois fatores repercutiu nos resultados, que ficaram abaixo das nossas expectativas, exigindo ajustes no plano durante o ano. Estamos empenhados em assegurar uma maior assertividade de nossas promoções, equilibrando melhor a parcela feita de forma centralizada e a gerida regionalmente. E temos a certeza de que as mesmas evoluções na infraestrutura permitirão que alcancemos um padrão de serviços que amplie os diferenciais competitivos de nossa marca. O ano também nos trouxe novas oportunidades. Passado um período de significativa expansão do nosso negócio por meio do crescimento do canal de vendas, que possibilitou um aumento de penetração de nossos produtos nos lares brasileiros de 40% para 60%, identificamos espaço para evoluir em nossa estratégia, que passa a privilegiar o ganho de produtividade de nossas consultoras pelo aumento da frequência de compra dos consumidores e da variedade de produtos adquiridos. Afinal, temos a marca preferida do mercado e nossas consultoras já se relacionam com 100 milhões de consumidores no Brasil. Seguimos entusiasmados com a expansão de nossas Operações Internacionais, fruto do trabalho de um time de liderança de alta qualidade, combinando colaboradores com vivência na Natura e com conhecimento dos mercados locais. Na Argentina, Chile e Peru, países em que nossas operações estão no estágio de consolidação, crescemos a um ritmo de 36% ao ano em moeda local ponderada, melhoramos significativamente nossa rentabilidade e estamos entre as marcas preferidas do nosso setor. Em 2011, demos continuidade com a implementação da manufatura local, com o início da produção na Colômbia, duplicamos o Centro de Distribuição no México e começamos a colher os primeiros resultados da “Red de Relaciones Sustentables” (Rede de Relações Sustentáveis), inovação de nosso modelo comercial, desenvolvida especialmente para atender ao mercado mexicano, estimulando o empreendedorismo socioambiental, uma novidade na indústria da venda direta. No plano econômico, nossa receita líquida avançou 8,9% e o Ebitda cresceu 13,4%. No âmbito social, ampliamos a distribuição de riqueza para os nossos principais públicos de relacionamento. Os ajustes da ao longo do ano impactaram o clima organizacional e as instabilidades no nível de serviços afetaram a satisfação de nossas consultoras. Já na dimensão ambiental, alcançamos as metas de redução de emissões e de uso de recursos naturais, como água e energia. Ao mesmo tempo em que promovemos evoluções em múltiplas frentes, avançamos na direção de uma nova perspectiva para os negócios. Estamos especialmente motivados com o futuro da venda direta. Desde sempre, acreditamos na capacidade empreendedora e transformadora de pessoas, engajadas em propósitos comuns. Num mundo cada vez mais conectado digitalmente, onde o tratamento personalizado para cada consumidor ganha relevância, a venda direta tem uma grande oportunidade de continuada expansão. Vislumbramos um futuro no qual a relação entre consultoras e consumidores será apoiada por alta tecnologia de informação e pelas redes sociais, campo onde os serviços podem evoluir muito e, ao mesmo tempo, ampliar a geração de valor para todos os envolvidos. Inspirados pelo contínuo desejo de ver nossa marca alcançar novos espaços, reafirmamos nosso entusiasmo em prosseguir com todos aqueles que fazem parte da comunidade Natura, dando cada vez mais significado à rede de relações que construímos. Alessandro Giuseppe Carlucci Diretor-presidente João Paulo Ferreira Vice-presidente de Operações e Logística José Vicente Marino Vice-presidente de Negócios Marcelo Cardoso Vice-presidente de Desenvolvimento Organizacional e Sustentabilidade Roberto Pedote Vice-presidente de Finanças, Jurídico e Tecnologia da Informação RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA 2011 Contexto do mercado De acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (Abihpec/Sipatesp2), o mercado alvo de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos no País avançou 7,7% em termos nominais nos dez primeiros meses de 2011, abaixo das projeções dos especialistas. Nesse contexto, a Natura manteve a liderança do setor, com participação de 23,2%, com queda de 0,4 ponto percentual sobre o mesmo período do ano anterior. Avanços em infraestrutura Os investimentos em infraestrutura irão oferecer a base para o novo ciclo de crescimento da Natura. Desde 2009, nossa estrutura logística passa por uma expressiva transformação. Buscamos garantir que os nossos produtos cheguem mais rapidamente às mãos das nossas consultoras, com redução do custo do pedido e das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). Em 2011, inauguramos um Centro de Distribuição (CD) e outros três CDs tiveram a capacidade ampliada, com suas linhas substituídas. Equipados com alta tecnologia de separação dos produtos (picking), grande automatização e baixo consumo de energia, estão preparados para atender um número maior de pedidos, incluindo aqueles com menos itens, o que viabiliza o maior fracionamento das entregas. Contribuem, assim, para que tenhamos ganhos de produtividade e redução no custo do pedido. Em 2012, daremos continuidade à expansão com a inauguração de um Centro de Distribuição e um hub, em São Paulo. Com os investimentos realizados, antecipamos em quase dois anos o planejamento para revisão da malha logística. Nosso objetivo é reduzir significativamente o tempo de atendimento a nossas consultoras. Em nossas operações internacionais, alcançamos também ganhos de eficiência logística, com o novo planejamento de distribuição na América Latina, que centralizou o atendimento na Colômbia e no México. Consolidamos a operação de envase de perfumes na Argentina, iniciada em 2010, e passamos a produzir sabonetes na Colômbia. Com isso, esperamos aumentar significativamente a parcela de produtos fabricados localmente. Governança corporativa e mercado de capitais O Conselho de Administração passou por um processo de renovação com a substituição de dois de seus membros. Depois de contribuírem por mais de uma década para o crescimento e o fortalecimento da Natura, Edson Vaz Musa e José Guimarães Monforte anunciaram sua saída. Para ocupar seus lugares, foram aprovados, na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de abril de 2011, os nomes de Marcos Lisboa e Adílson Primo como conselheiros externos e independentes – Primo renunciou ao cargo em novembro e sua vaga ainda não foi preenchida. Na mesma AGO, Guilherme Peirão Leal reassumiu o cargo de Copresidente no Conselho de Administração, após um período de afastamento para participar das eleições presidenciais de 2010. Desde 2010, estamos mobilizados para atrair o maior número possível dos nossos 10 mil acionistas à AGO, principalmente nossos pequenos investidores. Acreditamos que essa é uma forma de reafirmar nosso envolvimento e a postura de transparência no relacionamento. Em 2011, preparamos um evento no qual estimulamos o diálogo dos acionistas com todos os membros do Conselho de Administração e do Comitê Executivo, o diretor-presidente, os fundadores da Natura e as áreas de Relações com Investidores e de Governança Corporativa. Outro ponto de destaque foi a realização conjunta da reunião pública com a participação da Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), o que se repetirá na AGO de 2012, marcada para o dia 13 de abril. Perfil dos acionistas 2009 Pessoas físicas 2010 2011 7.699 7.838 8.722 Pessoas jurídicas Brasil 560 560 659 Pessoas jurídicas exterior 668 850 867 8.927 9.248 10.248 Total Desempenho das ações Em 2011, as ações Natura sofreram uma desvalorização de 20,4%, pouco abaixo da desvalorização anual de 18,1% do Ibovespa, principal índice da BM&FBOVESPA. Volume médio diário negociado de ações (R$ milhões) 2009 2010 2011 25.983 33.182 43.696 Fonte: Economática A Natura faz parte dos principais índices do mercado de ações brasileiro: Ibovespa, IBrX-50 (no qual estão listadas as ações com mais liquidez da BM&FBOVESPA), ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), Índice de Governança Corporativa, Índice de Ações com Tag Along, Índice do Morgan Stanley Composite Index e ICO2 (Índice Carbono Eficiente, da BM&FBOVESPA). Desde a abertura de capital, em 2004, mantemos um desempenho bastante superior ao índice, conforme gráfico abaixo: 1.000 NATU3 29/12/2011 R$36,21 900 Índice Bovespa 800 NATU3 588,0% Follow On 31/07/2009 700 Base 100 = 25/05/2004 600 500 400 NATU3 25/05/2004 R$5,27 200,9% 300 200 100 0 2004 NATU3: +87.2% Ibov: +33.0% 2005 +37.9% +28.3% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 +51.1% +29.1% -41.4% +47.4% +18.0% -41.4% +101.6% +82.7% +37.0% +1.3% -20.4% -18.1% Desempenho econômico A receita líquida consolidada da Natura em 2011 foi de R$ 5.591 milhões, evolução de 8,9% em relação a 2010, com Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização) de R$ 1.425 milhões, margem Ebitda de 25,5%; e lucro líquido de R$ 830 milhões, margem de 14,9%. Evolução (R$ milhões) 2009 2010 Receita líquida consolidada 4.242,1 5.136,7 5.591,4 Ebitda consolidado 1.008,5 1.256,8 1.425,0 683,9 744,1 830,9 Lucro líquido consolidado 2011 Na operação Brasil, a receita líquida cresceu 6,8%, alcançando R$ 5.087 milhões. As operações internacionais, por sua vez, apresentaram crescimento vigoroso de 40% em moeda local ponderada (35,4% em reais), somando R$ 503 milhões, ou 9,0% da receita líquida consolidada da Natura, a maior participação histórica. A geração de caixa livre no ano foi de R$ 411 milhões contra R$ 716 milhões em 2010, uma redução de 42,7%. Em 2011, houve um aumento no capital de giro, concentrado principalmente na ampliação da cobertura de estoques e no aumento de impostos a recuperar. Em 2011, investimos R$ 346 milhões em imobilizado, sobretudo, em tecnologia da informação, capacidade de manufatura e infraestrutura logística. Desempenho socioambiental Seguimos ampliando a geração de valor para os principais públicos da Natura, como mostra a tabela a seguir: Distribuição de riqueza (R$ milhões) 2009 2010 2011 Acionistas1 551,9 646,9 762,9 Consultoras 2.302,5 2.738,2 2.906,1 Colaboradores 643,0 769,2 634,3 Fornecedores 3.087,5 3.707,4 4.362,8 Governo 1.147,4 1.476,5 1.472,3 1. Os valores de distribuição de riqueza aos acionistas referem-se aos dividendos e juros sobre capital próprio efetivamente pagos aos acionistas, ou seja, consideram o regime de caixa. Distribuição de dividendos Em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser submetida à AGO, que será realizada em 13 de abril de 2012, para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio referentes aos resultados auferidos no exercício de 2011, no montante de R$ 762,6 milhões e R$ 61,1 milhões (R$ 51,9 milhões líquidos de imposto de renda na fonte), respectivamente. Em 20 de julho de 2011, foram pagos, ad referendum da Assembleia Geral Ordinária, dividendos no montante de R$ 295,3 milhões e juros sob o capital próprio no valor de R$ 31,9 milhões (líquidos de imposto de renda na fonte). O saldo remanescente a ser pago em 18 de abril de 2012, após ratificação pela Assembleia Geral Ordinária, será de R$ 467,3 milhões na forma de dividendos e R$ 20,1 milhões na forma de juros sobre o capital próprio (líquidos de imposto de renda na fonte). Esses dividendos e juros sobre capital próprio somados, referentes ao resultado do exercício de 2011 representarão uma remuneração líquida de R$ 1,89 por ação (R$ 1,65 por ação em 2010), correspondendo a e 99% do lucro líquido¹ de 2011. ¹ Resultado final da somatória de todas as receitas e despesas no exercício. Temas prioritários de sustentabilidade Antes de mais nada, olhar para os desafios da sustentabilidade é uma grande fonte de inovação para a Natura. Trabalhamos continuamente para integrar os aspectos econômico, social e ambiental em toda a gestão da Natura. Nossa proposta de valor passa pela construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, que considere os riscos e oportunidades nas três dimensões do chamado triple bottom line, gerando valor para a sociedade e os negócios. A sustentabilidade é, portanto, um princípio que perpassa nossos processos, integra o Planejamento Estratégico e é acompanhado pela alta gestão. A definição das prioridades de atuação ocorre em conjunto com nossos stakeholders. Em 2011, concluímos a revisão bianual desses focos de ação, aqueles que consideramos críticos para o futuro da Natura, reportados mensalmente pelo Comitê de Sustentabilidade à Diretoria Executiva. Conheça abaixo as principais evoluções nesses temas: Água Ao longo dos anos, temos aprimorado nossos processos produtivos e conquistado eficiência no uso da água em nossas operações. Em 2011, reduzimos nosso consumo, que no ano anterior foi de 0,42, para 0,40 litro por unidade produzida. Sabemos, no entanto, que nosso impacto vai além do consumo na produção. Para aprofundar nosso conhecimento, iniciamos há dois anos um amplo estudo, que resultou em nosso primeiro inventário hídrico, desenvolvido de acordo com a metodologia da Water Footprint Network (WFN), organização internacional de referência na promoção do uso sustentável, equitativo e eficiente de água. A Natura foi a primeira empresa do setor de cosméticos a aplicar essa tecnologia e a única companhia do mundo a contemplar nesse inventário a fase de uso dos produtos pelos consumidores. Consumo de água (litros/unidade produzida)1 2009 2010 2011 0,42 0,42 0,40 1 Métrica alterada de consumo de água de unidade faturada por unidade produzida para permitir a antecipação da identificação de oportunidades de melhoria em nossos processos. Educação Em 2011, evoluímos para uma nova arquitetura de educação para a Natura, baseada na disseminação da sustentabilidade, que vai além da capacitação dos nossos colaboradores, incluindo fornecedores, consultoras e comunidades do entorno, entre outros públicos. Outro pilar fundamental da nossa estratégia de educação é o Instituto Natura. Criado em 2010, a organização sem fins lucrativos é responsável por nosso investimento social privado e está focada na promoção da educação de qualidade. Uma importante expressão desse compromisso é o programa Crer para Ver, cujos recursos são obtidos por meio da venda de uma linha especial de produtos, na qual tanto a Natura quanto os consultores e consultoras abrem mão dos ganhos para que sejam aplicados em projetos de melhoria da educação pública no Brasil e na América Latina. Em 2011, foram arrecadados R$ 8,4 milhões. O Instituto Natura está empenhado em oferecer tecnologias educativas que promovam transformações em larga escala na sociedade, o que já se tornou realidade com o Projeto Trilhas, de estímulo à leitura e à escrita na Educação Infantil, que se tornou uma política pública do Governo Federal: a partir de 2012, alcançará 2 mil municípios e 3 milhões de estudantes em parceria com o Ministério da Educação. Empreendedorismo sustentável Nosso canal de vendas representa uma oportunidade valiosa de incentivar ações de empreendedorismo socioambiental. Algumas iniciativas já começam a explorar esse potencial, como o Programa Acolher, que apoia projetos socioambientais desenvolvidos por CNs e CNOs. Outra inovação é a Rede de Relações Sustentáveis, que criamos no México. Nesse modelo, lançado em meados de 2011, as consultoras têm níveis de envolvimento com a Natura e vão ascendendo não apenas conforme seu resultado comercial, mas também com seu engajamento em projetos e iniciativas socioambientais nas comunidades onde vivem. Após os primeiros nove ciclos de atuação em 2011, o modelo apresenta resultados que nos deixam entusiasmados, ao mesmo tempo em que está gerando importantes aprendizados. Mudanças climáticas Nosso compromisso com a redução de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) teve início em 2007, quando lançamos o Programa Carbono Neutro e nos comprometemos em reduzir em 33% das emissões relativas em toda a nossa cadeia estendida, da extração da matéria-prima ao consumo. Até o final de 2011, alcançamos a redução relativa de 25,4% em comparação com 2007. Temos também o objetivo adicional de cortar em 10% nossas emissões absolutas (geradas em nosso processo produtivo) até o fim de 2012. Em 2011 as emissões absolutas cresceram 11% em relação à 2008, mas mantivemos o compromisso em função de projetos que devem ser implementados ao longo deste ano. Emissões Relativas (kg CO2e / kg produto faturado) 1 2009 2010 2011 3,55 3,30 3,12 1. CO2e (ou CO2 equivalente): medida utilizada para expressar as emissões dos gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um. As emissões que ainda não podemos evitar são compensadas pela compra de créditos de carbono de projetos, reflorestamento, eficiência energética e substituição de combustível, reduzindo o impacto de nossa operação e promovendo a economia verde. Em 2011, contratamos o primeiro projeto de compensação fora do Brasil, na cidade de Cáceres, na Colômbia. Resíduos sólidos Estamos engajados com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) na formulação de propostas que permitam o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010. A exemplo do que fazemos com emissões de carbono e consumo de água, desenvolvemos em 2011 a metodologia que permite a construção de nosso primeiro inventário de geração de resíduos. Acreditamos que a gestão de resíduos pode ser uma alavanca de valor para a geração de negócios por meio de um processo contínuo de inovação. Hoje, conseguimos medir e gerir apenas os resíduos que estão dentro de nossas unidades operacionais. Em 2011, alcançamos a redução de 13%, com a geração de 20,01 gramas por unidade produzida contra 23,09 do ano anterior. Sociobiodiversidade Procuramos fomentar as discussões sobre o uso da sociobiodiversidade e defendemos o estabelecimento de um novo marco legal para o acesso à biodiversidade que favoreça o uso sustentável do patrimônio genético nacional e das manifestações tradicionais associadas. Queremos que essa relação estimule a pesquisa, produção e conservação da diversidade biológica. Por isso, lançamos o Programa Amazônia, que nasce para gerar novos negócios e atuar como um catalisador de conhecimentos, ideias e iniciativas. O desafio da Natura é contribuir para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica por meio de ciência, tecnologia e inovação e adensamento das cadeias produtivas da região. Um movimento que integra os diversos públicos e conhecimentos em uma grande rede de trocas que possa buscar soluções a partir dos produtos e serviços da sociobiodiversidade e revelar o grande potencial de negócios existente na Amazônia. Em 2011, medimos pela primeira vez nosso volume de negócios na Região Amazônica e chegamos ao valor de R$ 64,8 milhões. Qualidade das relações Acreditamos que o desenvolvimento da Natura depende do nosso potencial de buscar respostas aos desafios atuais de forma ampla e coletiva e dos laços que estabelecemos com os diversos públicos com os quais nos relacionamos. Para transformar essa crença em ações, contamos com uma gestão estruturada de relacionamentos desde 2009, que incluem canais de interação permanentes com nossos stakeholders. Para a Natura, esse é um meio de cocriação, de encontrar as melhores soluções, com mais profundidade e qualidade técnica e relacional. Veja a seguir os resultados que alcançamos com os públicos mais próximos de nossa atividade: Consultoras e consultores (CNs) e Consultoras Natura Orientadoras (CNOs) Nosso principal desafio de relacionamento com o canal de vendas em 2011 foi a qualidade do serviço prestado às consultoras e consultores. Trabalhamos intensamente ao longo do ano para reverter os desequilíbrios na disponibilidade de produtos e chegamos aos quatro últimos ciclos de 2011 com uma plataforma de captação e faturamento de pedidos mais estável, indicando a tendência de melhora significativa nos níveis de serviço. Durante o período de instabilidade em nossas operações, procuramos manter um diálogo franco e aberto com a força de vendas. Utilizamos os encontros Natura, realizados regularmente a cada ciclo, para informar sobre nossas dificuldades e as medidas adotadas. Em decorrência, o indicador de lealdade de nossas consultoras e consultores passou de 21% de 2010 para 19%, no mercado brasileiro. Vamos reforçar nossa atuação, pois entendemos que estamos longe do que queremos, porém entusiasmados com o que podemos e o que faremos. Colaboradores À medida que expandimos nossa atuação, tanto no Brasil como nas Operações Internacionais, aumenta o nosso desafio de compor, manter e desenvolver nossas equipes, de maneira que, além das competências funcionais, também estejam aderentes à nossa Essência. Por isso, temos trabalhado para fortalecer os instrumentos de desenvolvimento dos nossos profissionais, que teve em 2011 o refinamento de nossa proposta de educação, condição indispensável para uma organização que reúne 6,7 mil pessoas. Buscamos manter um ambiente de trabalho, ao mesmo tempo, acolhedor e estimulante. Nossa expectativa tem sido sempre a de elevar a satisfação dos colaboradores, medida na pesquisa de clima organizacional, que engloba todas as operações. O cenário adverso e diferente das nossas expectativas gerou muito retrabalho de nossas equipes e foi um importante fator para que esse indicador atingisse a marca de 70% de favorabilidade, três pontos percentuais abaixo do ano anterior. Vamos ampliar nossos esforços para reverter essa situação e coloca-lo no patamar de excelência que almejamos. Pesquisa de clima – Favorabilidade (%)1 2009 2010 2011 Natura 74 73 70 1. Equivale a porcentagem de colaboradores que classificaram 4 e 5 (top 2 box) em uma escala de 0 a 5 pontos. Consumidores O momento atual é marcado por alterações profundas na forma como as empresas se relacionam com os seus consumidores. A Natura considera que está diante de uma grande oportunidade para transformar e aprimorar a qualidade desse relacionamento. Vale destacar que, em 2011, a penetração da Natura nos domicílios brasileiros ampliou-se de maneira considerável, passando de 54,8% para 61,9%. Isso significa que atingimos aproximadamente 100 milhões de pessoas. Tendo em vista sermos a marca preferida em cosméticos, temos uma grande oportunidade de aumentar a frequência de compra desses consumidores que já têm contato com nossas consultoras. Fornecedores Com nossa expansão na América Latina, ampliamos a participação de fornecedores da região, por meio de uma nova estrutura regional de compras para as Operações Internacionais. Essa ação trouxe-nos ganhos de eficiência em serviços e na compra de materiais indiretos. Em 2011, aprimoramos também nossa base de suprimentos em parceria com os próprios fornecedores, com a definição de novos critérios para compras baseados em aspectos mais amplos – considerando, inclusive, seu impacto socioambiental. Acompanhamos a satisfação dos fornecedores a partir do indicador de lealdade, que mensura a satisfação geral e a intenção de continuar a se relacionar com a Natura e de recomendar a companhia a outros fornecedores. Em 2011, a lealdade de nossos parceiros no Brasil manteve-se em um patamar que consideramos estável: 26,5% contra 27,7% do ano anterior. Comunidades fornecedoras Em 2011, trabalhamos com 32 comunidades fornecedoras, envolvendo 3.235 famílias. Esses números apontam crescimento de 40% no número de famílias envolvidas, o que também se refletiu em aumento de 15% no repasse de recursos a essas comunidades e resultados significativos no desenvolvimento local. Comunidades fornecedoras1 Comunidades com as quais a Natura se relaciona Famílias beneficiadas nas comunidades fornecedoras 2009 2010 2011 25 25 32 2.012 2.301 3.235 Seguindo os anos anteriores, ampliamos nossos negócios com as comunidades fornecedoras dentro da estratégia de expandir o benefício social gerado pelo acesso aos ativos da biodiversidade e do conhecimento tradicional associado. Vale destacar que o principal movimento impulsionador foi o aumento da vegetalização de nossos produtos – especialmente da linha Ekos, relançada em 2011. Desta forma, repassamos R$ 10 milhões às comunidades fornecedoras em 2011. A quantia representa a soma paga por fornecimento de insumos, contratos de repartição de benefícios, acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado, uso de imagem e investimentos para o desenvolvimento local. Recursos destinados (R$ milhares) 2009 2010 2011 Fornecimento1 2.767,1 4.373,6 6.749,1 Repartição de benefícios por acesso ao patrimônio genético ou conhecimento tradicional associado2 1.056,2 1.480,1 1.597,4 Fundos e apoios3 1.087,6 1.551,7 1.002,2 Uso de imagem4 14,5 76,5 22,0 151,7 184,5 133,0 Certificação e manejo6 27,8 212,2 21,5 Estudos e assessorias7 435,1 827,7 512,0 5.540,3 8.706,4 10.037,2 Capacitação5 TOTAL 1. Consiste no valor pago pelos beneficiadores ou pela Unidade Industrial de Benevides pelas compras de matéria-prima utilizadas em nossos produtos. 2. Corresponde aos valores pagos pela Natura a título de Repartição de Benefícios às comunidades em que foram acessados patrimônio genético e/ou conhecimento tradicional associado de uma espécie da biodiversidade brasileira. 3. Fundos e convênios de desenvolvimento sustentável voluntários da Natura, cujo desembolso está atrelado à realização de projetos ou patrocínios de melhorias de infraestrutura. 4. Valores pagos pela Natura para uso de imagem dos membros das comunidades em materiais de divulgação institucional ou de marketing. 5. Contempla oficinas e cursos pagos pela Natura às comunidades para aperfeiçoar suas técnicas de produção sustentável. 6. Valores investidos em certificação e planos de manejo em áreas de cultivo. 7. Inclui todos os estudos de antropólogos, advogados, economistas, ONGs e demais contratações feitas pela Natura. Também inclui estudos técnicos contratados pela área de Bioagricultura para a estruturação de cadeias produtivas. Perspectivas O Brasil segue como um dos mais prósperos mercados de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo. Embora tenha crescido em 2011 menos do que em anos anteriores, certamente continuará a se expandir a taxas superiores às da indústria global. Nesse ambiente em expansão, estamos empenhados em assegurar que os serviços para nossas consultoras e consumidores finais alcancem um patamar de excelência, ampliando os diferenciais competitivos da marca Natura. Tendo em vista a alta penetração de nossos produtos, presentes nos lares de cerca de 100 milhões de brasileiros, e a liderança da marca Natura na preferência dos consumidores, com mais do que o dobro da segunda colocada, temos a oportunidade ampliar a frequência de compra dos consumidores e a variedade de produtos adquiridos. Com isso, impulsionaremos os ganhos de produtividade de nossas consultoras. Para tanto, vamos redirecionar nosso marketing mix e promover inovações para ocupar os espaços onde nossa marca ainda não está presente, entre outras iniciativas. Seguimos confiantes e entusiasmados com a expansão de nossas Operações Internacionais, que se afirmam como uma plataforma de negócios relevante, lucrativa e capaz de expressar os valores da Natura na região. Nos países latino-americanos, estamos ampliando o canal de vendas e avançando com a manufatura local, o que nos abre a perspectiva de acelerar o crescimento em um mercado tão expressivo e no qual ainda temos muito espaço de desenvolvimento. Temos observado atentamente as transformações do ambiente de negócios, com um consumidor mais exigente, o avanço das tecnologias digitais e a conectividade das redes sociais. Pretendemos utilizar essas ferramentas para seguirmos ampliando nossos negócios, gerando renda para as consultoras e consultores e propiciando a melhor experiência de compra aos consumidores. Confiantes no espírito inovador de nossas equipes, acreditamos que esse momento de grande transformação permitirá que a Natura leve sua proposta de valor para novas geografias, ampliando assim o alcance de sua rede de relações e seu potencial de contribuir para a construção do modelo de negócios do futuro. Aderência à Câmara de Arbitragem do Mercado A Companhia, seus acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei n.º 6.404/76, no estatuto social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento do Novo Mercado, do Regulamento de Arbitragem, do Regulamento de Sanções e do Contrato de Participação no Novo Mercado. Relacionamento com os auditores independentes Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03, informamos que a Sociedade e suas controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores independentes Deloitte Touche Tohmatsu, no sentido de assegurar-se de que a realização da prestação destes outros serviços não venha afetar sua independência e objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente, bem como obter a devida aprovação de seu Comitê de Auditoria. A política da empresa na contratação de serviços de auditores independentes assegura que não haja conflito de interesses, perda de independência ou objetividade. Durante o exercício de 2011 não houve nenhuma contratação de serviços desta natureza. Adicionalmente, em conformidade com a Instrução CVM nº 308/99, a Sociedade e suas controladas informam a contratação da auditoria independente Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S. para auditar as demonstrações financeiras da Companhia relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, em substituição à Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes (“Deloitte”), que realizou a verificação do exercício que apresentamos nesse Relatório de Administração. A decisão ocorreu na reunião do Conselho de Administração do dia 10 de janeiro de 2012, conforme recomendação do Comitê de Auditoria da Companhia. Diretrizes para a comunicação da sustentabilidade Para retratar com fidelidade e transparência nossos desempenhos nos planos econômico, ambiental e social, adotamos as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI-G3.1), cujos critérios serão extensivamente desenvolvidos em nosso Relatório Anual 2011. Todos os dados socioambientais contidos nos indicadores GRI passam pela verificação externa de auditores independentes da companhia Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S.. No caso das emissões de GEE, foi realizada uma verificação específica (asseguração limitada) dos dados do inventário GEE de 2011 pela KPMG. São Paulo, 15 de fevereiro de 2012 – A Natura Cosméticos S.A. (BM&FBOVESPA: NATU3) anuncia hoje os resultados do quarto trimestre (4T11) e do exercício de 2011. As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro IFRS. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A receita líquida consolidada no ano de 2011 foi de R$ 5.591,4 milhões, com crescimento de 8,9% em relação a 2010. O EBITDA alcançou R$ 1.425,0 milhões o que representa uma ampliação de 13,4% e margem de 25,5% (24,5% em 2010). O lucro líquido em 2011 atingiu R$ 830,9 milhões, um aumento de 11,7% e margem líquida de 14,9% (14,5% em 2010). No quarto trimestre de 2011 (4T11) a receita líquida consolidada foi de R$ 1.670,5 milhões, com crescimento de 7,3% em relação ao ano anterior. O EBITDA somou R$ 500,4 milhões, avanço de 39,8%, com margem de 30,0% e o lucro líquido de R$ 290,7 milhões, evolução de 32,5% e margem líquida de 17,4%. Na operação Brasil a receita líquida no ano foi de R$ 5.087,6 milhões, evolução de 6,8%. A margem EBITDA atingiu 29,0% em 2011 em comparação a 28,0% em 2010. Nas operações internacionais, a receita líquida em 2011 foi de R$ 503,8 milhões, evolução de 40,0% em moeda local ponderada. O EBITDA1 do ano mostrou um prejuízo de R$ 51,1 milhões, melhora de R$ 27,3 milhões em relação ao ano anterior (R$ 78,4 milhões em 2010). A seguir os principais destaques de 2011: Nossa base total de consultoras alcançou 1.421 mil, crescimento de 16,4% em relação a 2010. No Brasil, encerramos 2011 com 1.175 mil consultoras - expansão de 14,3% - e 13.250 CNOs (Consultora Natura Orientadora). Nas operações internacionais, totalizamos no ano 246 mil consultoras, com crescimento de 27,1%. No Brasil, segundo pesquisa da Brand Essence/Ipsos, nossa marca permanece no topo com 47% da preferência (49%, em 2010). Nas operações internacionais avançamos significativamente no conhecimento de nossa marca e nos níveis de preferência. Na 1 Considera EBITDA pro forma 1 Argentina e no Peru, estamos entre as três marcas preferidas pelos consumidores no mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC). No Brasil, segundo dados da Sipatesp/Abihpec2, nosso mercado alvo cresceu 7,7% no acumulado de 10 meses do ano. O market share da Natura no período foi de 23,2%, uma queda de 0,4 pontos percentuais. No quadro a seguir apresentamos a evolução do mercado e a participação da Natura nos segmentos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC). Mercado Alvo (R$ milhões) 10M11 10M10 Market Share - Natura (%) Var. % 10M11 10M10 Var. pp Cosméticos e Fragrâncias 8.209,9 7.686,1 6,8% 33,7% 34,3% (0,6) Higiene Pessoal 8.579,5 7.910,0 8,5% 13,1% 13,1% 0,0 16.789,4 15.596,1 7,7% 23,2% 23,5% (0,4) Total Fonte: SIPATESP O índice de inovação3 foi de 64,8% (65,7% em 2010), mantendo o patamar dos últimos anos. Lançamos 168 produtos em 2011, com destaque para o relançamento da linha Natura EKOS e as novas linhas Higeia e VôVó. Investimos consistentemente em projetos de infraestrutura que visam: melhorar a qualidade dos serviços prestados às nossas consultoras, capacitar a empresa para o crescimento e trazer ganhos de eficiência. Principais projetos: o Extensão do SAP4 para os processos relacionados ao faturamento e captação de pedidos, em substituição a 28 sistemas legados; o Inauguração de um novo Centro de Distribuição (CD) no Paraná e ampliação de outros três já existentes, totalizando oito centros de distribuição no Brasil; o Reformulação dos processos e sistemas de planejamento de demanda; e o Início da ampliação de nossa capacidade de produção e da construção de um novo Centro de Distribuição e Logística em São Paulo, a ser concluído nos próximos 15 meses. A alta complexidade desses projetos e a simultaneidade de sua implantação contribuiu para a queda no nível de serviços prestados às nossas consultoras e consumidores finais, impactando negativamente as vendas no Brasil do 2º semestre de 2011. 2 Sipatesp/Abihpec:Sindicato da Indústria de Perfumarias de Artigos de Toucador no Estado de São Paulo / Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. 3 O índice de inovação é medido por meio da receita dos últimos 12 meses proveniente de produtos lançados nos últimos 24 meses. 4 SAP: Sistema que oferece um conjunto integrado de módulos para gestão do negócio, são eles: manufatura, finanças, vendas, distribuição e recursos humanos 2 As operações internacionais, por outro lado, apresentaram resultados de destaque e já representam 9,0% da receita líquida consolidada (9,5% no 4T11). As operações em consolidação (Argentina, Chile e Peru) apresentaram crescimento de 36,1% na receita líquida em moeda local ponderada em 2011. O resultado operacional foi positivo em R$ 43,0 milhões, margem EBITDA de 12,8% (R$13,1 milhões em 2010 e margem de 5,1%). Nas operações em implantação (México e Colômbia), a receita apresentou crescimento de 55,6% no ano, também em moeda local. Ainda nas operações internacionais, seguimos com a implementação de nossa estratégia de atuação adaptada à realidade local. No México, implementamos um novo modelo comercial (Rede de Relações Sustentáveis) e, no Peru e na Colômbia, introduzimos o modelo CNO. O modelo de produção local com terceiros, que já acontece na Argentina desde 2010, foi estendido para a produção de sabonetes na Colômbia. Ao final do exercício, o saldo em caixa era de R$ 515,6 milhões e o total das dívidas era de R$ 1.130,0 milhões, com endividamento líquido correspondente a 0,4 vezes o EBITDA. A geração de caixa livre5 no ano foi de R$ 410,6 milhões, queda de 42,7% em relação a 2010. Essa redução deve-se à ampliação dos investimentos em projetos de infraestrutura (ativo imobilizado) e ao maior consumo de capital de giro, em especial na maior cobertura de estoques e no aumento de impostos a recuperar. Em 2011, lançamos o Programa Amazônia, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, criando uma grande rede que favorece a valorização da sociobiodiversidade e a captura do potencial de negócios, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e conservação da biodiversidade. Reduzimos nossas emissões relativas de gases do efeito estufa (GEE) em 5,3%, totalizando 25,4% de redução no acumulado do período entre 2007 e 2011. Lançamos um novo edital para neutralizar as emissões em 2011 e 2012 e contratamos o primeiro projeto de compensação fora do Brasil, na Colômbia. Em nosso investimento social, realizado por meio do Instituto Natura, estamos empenhados em oferecer metodologias educacionais que promovam transformações em larga escala na sociedade, de maneira a contribuir para a concretização de políticas públicas de educação. Um exemplo é o Projeto Trilhas, que estimula a leitura e a escrita na Educação Infantil, e foi adotado pelo Ministério da Educação. Por meio do Programa Crer para Ver arrecadamos R$ 8,4 milhões de recursos e atingimos 345 municípios brasileiros, chegando a 4,9 mil escolas e envolvendo mais de 940 mil pessoas entre alunos, professores, coordenadores e diretores. 5 Caixa Livre: (Geração interna de caixa) +/- (variações no capital de giro e realizável e exigível a longo prazo) – (aquisições de ativo imobilizado) 3 O quadro a seguir demonstra o resultado final dos indicadores com suas respectivas metas de 2011: Indicador Resultado 2010 Compromisso 2011 Resultado 2011 -7,3% (21,2% acumulado) Reduzir até 2013 em 33% as nossas emissões relativas de GEE, levando em consideração o inventário que realizamos em 2006. -5,3% (25,4% acumulado) Consumo de água * 0,42 litro/unidade produzida Reduzir em 4,8% o consumo total de água por unidade produzida 0,40 litro/ unidade produzida (4,8% redução) Arrecadação CPV R$ 10,0 milhões Arrecadar R$ 13 milhões com a venda dos produtos do Crer Para Ver. R$ 8,4 milhões Gases de efeito estufa * Métrica alterada de consumo de água de unidade faturada por unidade produzida para permitir adequar a métrica aos estoques. Ações NATU3 Em 2011, as ações da Natura tiveram uma desvalorização de 20,4%, enquanto o Ibovespa desvalorizou-se 18,1%. O volume médio diário negociado foi de R$ 43 milhões. O gráfico abaixo demonstra o desempenho das ações Natura desde o seu lançamento (IPO): 1.000 NATU3 29/12/2011 R$36,21 900 Índice Bovespa 800 NATU3 588,0% Follow On 31/07/2009 700 Base 100 = 25/05/2004 600 500 400 NATU3 25/05/2004 R$5,27 200,9% 300 200 100 0 2004 NATU3: +87.2% Ibov: +33.0% 2005 +37.9% +28.3% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 +51.1% +29.1% -41.4% +47.4% +18.0% -41.4% +101.6% +82.7% +37.0% +1.3% -20.4% -18.1% 4 Reconhecimentos Em 2011, a Natura recebeu importantes prêmios pelo seu reconhecido comportamento empresarial. Abaixo os principais: 8ª Empresa Mais Inovadora do Mundo – Forbes Magazine Empresa Mais Admirada no Brasil pelo 3º ano consecutivo– Carta Capital Empresas Mais Éticas do Mundo, 1ª na categoria Saúde e Beleza – Ethisphere 2ª Empresa Mais Sustentável do Mundo - Corporate Knights Inc., Innovest Strategic Value Advisors, Asset 4 e Bloomberg As Top Companhias para os Acionistas, Valor de mercado superior a R$ 15 bilhões, 1º lugar pelo segundo ano consecutivo - Revista Capital Aberto Perspectivas O Brasil segue como um dos mais prósperos mercados de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo. Embora tenha crescido em 2011 menos do que em anos anteriores, certamente continuará a se expandir a taxas superiores às da indústria global. Em 2011, realizamos o maior investimento de nossa história, destinando cerca de R$ 350 milhões (Capex) em projetos de produção, logística e tecnologia, indispensáveis para a sustentação do nosso crescimento. Devemos reconhecer que a implementação simultânea de novos sistemas de captação de pedidos e a evolução no nosso modelo logístico, com a abertura de novos CDs, provocou instabilidade em nossas operações, afetando a prestação dos serviços e a qualidade das relações. Ao mesmo tempo enfrentamos uma redução na eficiência comercial e mercadológica. A combinação desses dois fatores repercutiu nos resultados, exigindo ajustes na estratégia durante o ano. Estamos empenhados em assegurar uma maior assertividade de nossas promoções, equilibrando melhor a parcela feita de forma centralizada e a gerida regionalmente. Continuamos focados em ganhos de eficiência nos diversos processos da empresa, que nos geram recursos para atuarmos em um mercado cada vez mais competitivo. Trabalhamos convictos de que a mudança de patamar da infraestrutura, para que nossos produtos cheguem cada vez mais rápido às mãos das nossas consultoras, com redução do custo do pedido, permitirão que alcancemos um padrão de serviços que amplie os diferenciais competitivos de nossa marca. Tendo em vista a alta penetração de nossos produtos, presentes nos lares de cerca de 100 milhões de brasileiros, e a liderança da marca Natura na preferência dos consumidores, com mais do que o dobro da segunda colocada, temos a oportunidade ampliar a frequência de 5 compra dos consumidores e a variedade de produtos adquiridos. Com isso, impulsionaremos os ganhos de produtividade de nossas consultoras. Para tanto, vamos redirecionar nosso marketing mix e promover inovações para ocupar os espaços onde nossa marca ainda não está presente, entre outras iniciativas. Seguimos confiantes e entusiasmados com a expansão de nossas Operações Internacionais, que se afirmam como uma plataforma de negócios relevante e capaz de expressar os valores da Natura na região. Nos países latino-americanos, estamos ampliando o canal de vendas e avançando com a manufatura, o que nos abre a perspectiva de acelerar a expansão em um mercado tão expressivo quanto o brasileiro e no qual ainda temos muito espaço de desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que promovemos evoluções em múltiplas frentes, avançamos na direção de uma nova perspectiva para os negócios. Estamos especialmente motivados com o futuro da venda direta. Desde sempre, acreditamos na capacidade empreendedora e transformadora de pessoas, engajadas em propósitos comuns. Num mundo cada vez mais conectado digitalmente, onde o tratamento personalizado para cada consumidor ganha relevância, a venda direta tem uma grande oportunidade de continuada expansão. Vislumbramos um futuro no qual a relação entre consultoras e consumidores será apoiada por alta tecnologia de informação e pelas redes sociais, campo onde os serviços podem evoluir muito e, ao mesmo tempo, ampliar a geração de valor para todos os envolvidos. Inspirados pelo contínuo desejo de ver nossa marca alcançar novos espaços, reafirmamos nosso entusiasmo em prosseguir com todos aqueles que fazem parte da comunidade Natura, dando cada vez mais significado à rede de relações que construímos. 6 1. resultado consolidado (R$ milhões) 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % 1.421,1 1.220,5 16,4 1.421,1 1.220,5 16,4 131,1 120,2 9,1 445,5 404,7 10,1 Receita Bruta 2.232,6 2.111,1 5,8 7.535,8 6.959,8 8,3 Receita Líquida 1.670,5 1.557,5 7,3 5.591,4 5.136,7 8,9 Lucro Bruto 1.174,2 1.076,9 9,0 3.925,1 3.579,9 9,6 Despesas com Vendas (543,2) (500,7) 8,5 (1.952,7) (1.704,3) 14,6 Despesas Administrativas e Gerais (198,8) (216,6) (8,2) (680,7) (605,4) 12,4 (5,1) (17,5) (70,7) (30,2) (70,4) (57,1) Remuneração dos Administradores 0,3 (4,2) n/d (9,4) (14,4) -34,5 Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas 42,1 (3,4) n/d 63,1 (17,5) n/d Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas (41,6) (14,9) 179,6 (77,3) (49,7) 55,5 Lucro antes do IR/CSLL 427,8 319,6 33,9 1.237,7 1118,2 10,7 Lucro Líquido 290,7 219,3 32,5 830,9 744,1 11,7 EBITDA** 500,4 357,9 39,8 1.425,0 1.256,8 13,4 Margem Bruta 70,3% 69,1% 1,1pp 70,2% 69,7% 0,5pp Despesas com Vendas/Receita Líquida 32,5% 32,2% 0,4pp 34,9% 33,2% 1,7pp Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida 11,9% 13,9% (2,0pp) 12,2% 11,8% 0,4pp Margem Líquida 17,4% 14,1% 3,3pp 14,9% 14,5% 0,4pp Margem EBITDA 30,0% 23,0% 7,0pp 25,5% 24,5% 1,0pp Total de Consultoras - final do período* (em milhares) Unidades de produtos para revenda (em milhões) Participação dos Colaboradores nos Resultados (*) Posição ao final do ciclo 18 de vendas (**) EBITDA = Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, impostos, depreciação e amortização. A receita líquida consolidada no 4T11 alcançou R$ 1.670,5 milhões, apresentando crescimento de 7,3% em comparação ao 4T10 (R$ 5.591,4 milhões nos 12M11 com ampliação de 8,9%). 7 No Brasil, a receita líquida foi de R$ 1.511,0 milhões no 4T11, 4,4% superior a do terceiro trimestre do ano passado. No ano, o crescimento foi de 6,8%, atingindo R$ 5.087,6 milhões. Nas operações internacionais, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 159,5 milhões, com um crescimento de 44,6% sobre o 4T10 em reais e 42,7% em moeda local ponderada. Em 2011 houve uma evolução de 35,4% em reais, 40,0% em moeda local ponderada, atingindo R$ 503,8 milhões. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ficou em linha com o observado no acumulado de 9 meses do ano. No 4T11 o CPV representou 29,7% da receita líquida consolidada, uma redução de 120 pontos base nos custos em relação ao 4T10. Os benefícios do nosso aumento de preço e de uma melhor gestão de custos foram parcialmente compensados por um maior aproveitamento das promoções. No ano, o CPV apresentou uma melhora de 50 pontos bases, atingindo 29,8% da receita líquida. O quadro abaixo exibe o custo aberto em seus principais componentes: 4T11 1 4T10 2011 2010 83,7 84,8 83,2 82,8 11,3 10,1 9,4 8,6 Depreciação 1,9 2,3 2,3 3,0 Outros 3,1 2,9 5,0 5,6 100,0 100,0 100,0 100,0 MP / ME Mão Obra s/PLR Total (1) Matéria-prima e material de embalagem As despesas com vendas, representaram 32,5% da receita líquida no 4T11, aumento de 30 pontos base em relação ao 4T10. Conforme observado nos trimestres anteriores, houve uma menor diluição dos custos fixos logísticos e de força de vendas. As operações internacionais seguiram aumentando os investimentos em marketing, conforme estratégia. Em comparação com o mercado, nossos investimentos em marketing no Brasil continuam competitivos. No acumulado do ano, as despesas com vendas passaram de 33,2% em 2010 para 34,9% em 2011. As despesas administrativas e gerais representaram 11,9% em relação a receita líquida no 4T11 (13,9% no 4T10). Em 2011 representou 12,2%, versus 11,8% no ano anterior Seguimos investindo em inovação de produtos e comercial e em 2011 aumentamos os investimentos em 8 projetos. No 4T11, intensificamos a busca de eficiência e a priorização em despesas, sem comprometer a estratégia de crescimento para o futuro. Participação dos colaboradores no lucro reduziu 57,1% em relação a 2010, em função do não atingimento interno de metas no ano. Outras receitas e despesas operacionais apresentaram resultado de R$ 42,1 milhões no trimestre, impacto do efeito não recorrente do reconhecimento de crédito de Pis e Cofins extemporâneo sobre serviços e da negociação da MVA6 no estado do Paraná e no Distrito Federal. No acumulado, a receita de R$ 63,1 milhões contempla, além disso, o efeito não recorrente do reconhecimento de um ativo contingente de Pis e Cofins, crédito sobre tributação de receitas financeiras e sobre armazenagem. O lucro líquido consolidado foi de R$ 290,7 milhões no 4T11, margem líquida de 17,4% e incremento de 32,5% em relação ao 4T10. No acumulado, o lucro atingiu R$ 830,9 milhões, margem líquida de 14,9% e evolução de 11,7% em relação a 2010. O EBITDA consolidado no 4T11 foi de R$ 500,4 milhões (R$ 357,9 milhões no 4T10), com crescimento de 39,8%. A margem EBITDA passou de 23,0% no 4T10 para 30,0% no 4T11. No ano, o EBITDA alcançou R$ 1.425,0 milhões, com ampliação de 13,4% em relação a 2010. A margem foi de 25,5%, versus 24,5% em 2010. Excluindo outras despesas e receitas operacionais no 4º trimestre e no ano, a margem seria 27,4% e 24,4%, respectivamente. > EBITDA (R$ milhões) 6 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % Receita Líquida 1.670,5 1.557,5 7,3 5.591,4 5.136,7 8,9 (-) Custos e Despesas 1.201,0 1.223,0 (1,8) 4.276,3 3.968,7 7,7 EBIT 469,4 334,5 40,4 1.315,1 1168,0 12,6 (+) Depreciação / amortização 30,9 23,5 31,5 109,9 88,8 23,7 EBITDA 500,4 358,0 39,8 1425,0 1256,8 13,4 MVA: Margem de Valor Agregado 9 > EBITDA pró-forma por bloco de operações (R$ milhões) 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % Brasil 499,4 376,6 32,6 1.476,1 1.335,2 10,5 Argentina, Chile e Peru 24,2 8,5 184,7 43,0 13,1 227,2 México, Colômbia (3,6) (7,9) (54,6) (24,2) (32,5) (25,6) Outros Investimentos (19,7) (19,3) 1,8 (69,9) (59,1) 18,3 Total 500,4 357,9 39,8 1.425,0 1.256,8 13,4 2. fluxo de caixa (pró-forma) > Fluxo de caixa Pró-forma - (R$ milhões) (R$ milhões) Lucro líquido (+) Depreciações e amortizações Geração interna de caixa (Aumento) / Redução do Capital de Giro Itens não caixa (variação cambial) Geração operacional de caixa Adições do imobilizado intangível Geração de caixa livre* 2011 2010 Var % 830,9 744,1 11,7 109,9 88,8 23,7 940,8 833,0 13,0 (207,2) 99,6 na 23,3 20,7 12,6 756,9 953,2 (20,6) (346,4) (236,9) 46,2 410,6 716,4 (42,7) (*) (Geração interna de caixa) +/- (variações no capital de giro e realizável e exigível a longo prazo) – (aquisições de ativo imobilizado). A geração interna de caixa no ano foi de R$ 940,8 milhões, uma evolução de 13,0%, em linha com o crescimento do lucro líquido, de 11,7%. Deste total, houve um investimento de R$ 207,2 milhões no capital de giro e uma aplicação de R$ 346,4 milhões em imobilizado. Com isso, geração de caixa livre foi de R$ 410,6 milhões, redução de 42,7% em relação a 2010. Seguimos observando um aumento na cobertura de estoque, influenciado principalmente por uma quebra na expectativa de vendas. Além disso observamos um aumento dos impostos a recuperar devido a revisão dos créditos de pis e cofins sobre serviços, receitas financeiras e fretes, os quais serão convertidos em caixa no primeiro semestre de 2012. 10 Acreditamos que o modelo de planejamento que adotamos nos permitirá reduzir a cobertura de estoques ao longo do ano. Esta iniciativa bem como a conversão de impostos a recuperar em caixa permitirão um capital de giro significativamente melhor em 2012. O investimento em ativo imobilizado atingiu R$ 346,4 milhões ao final do ano, 15% acima do guidance inicial. Seguimos investindo em logística, manufatura e tecnologia da informação. Os investimentos em imobilizado para o ano de 2012 estão estimados em R$ 420 milhões e concentrados na contínua evolução da nossa plataforma de tecnologia da informação, na última etapa da evolução do modelo logístico e em capacidade industrial . Trabalhamos na mudança de patamar de nossa infraestrutura para que nossos produtos cheguem cada vez mais rápido às mãos de nossas consultoras, com redução do custo do pedido e das emissões dos gases causadores do aquecimento global. 11 3. DRE´s pró-forma A margem de lucro alcançada nas exportações do Brasil para as operações internacionais foi subtraída do CPV das respectivas operações, demonstrando o real impacto dessas subsidiárias no resultado consolidado da empresa. Desta forma, a Demonstração de Resultados pró-forma Brasil apresenta somente o resultado das vendas realizadas no mercado interno. 12 3.1 OPERAÇÃO BRASIL (DRE pró-forma) (R$ milhões) 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % 1.175,5 1.028,7 14,3 1.175,5 1.028,7 14,3 117,7 110,3 6,8 410,5 378,7 8,4 Receita Bruta 2.030,8 1.971,6 3,0 6.898,9 6.489,6 6,3 Receita Líquida 1.511,0 1.447,2 4,4 5.087,6 4.764,6 6,8 Lucro Bruto 1.072,3 1.009,6 6,2 3.611,3 3.356,4 7,6 Despesas com Vendas (468,7) (440,2) 6,5 (1.686,5) (1.487,4) 13,4 Despesas Administrativas e Gerais (170,7) (190,3) (10,3) (577,9) (516,2) 12,0 (5,1) (17,5) (70,7) (30,2) (70,4) (57,1) Remuneração dos Administradores 0,3 (4,2) n/d (9,4) (14,4) (34,5) Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas 42,2 (2,7) n/d 65,7 (15,7) n/d Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas (40,0) (14,3) 179,2 (73,5) (47,9) 53,3 Lucro antes do IR/CSLL 430,4 340,4 26,4 1.299,4 1204,4 7,9 Lucro Líquido 293,2 239,4 22,5 901,1 836,0 7,8 EBITDA 499,4 376,6 32,6 1.476,1 1.335,2 10,5 Margem Bruta 71,0% 69,8% 1,2pp 71,0% 70,4% 0,5pp Despesas com Vendas/Receita Líquida 31,0% 30,4% 0,6pp 33,1% 31,2% 1,9pp Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida 11,3% 13,1% (1,9pp) 11,4% 10,8% 0,5pp Margem Líquida 19,4% 16,5% 2,9pp 17,7% 17,5% 0,2pp Margem EBITDA 33,1% 26,0% 7,0pp 29,0% 28,0% 1,0pp Total de Consultoras - final do período* (em milhares) Unidades de produtos para revenda (em milhões) Participação dos Colaboradores nos Resultados (*) Posição ao final do ciclo 18 de vendas O canal de vendas continua crescendo de forma saudável, tendo apresentado uma expansão de 14,3% com 1.175 mil consultoras no Brasil A produtividade7 acumulada de nossas consultoras reduziu-se em 7,9% (R$ 8.808 em 2011 versus R$ 9.559 no ano anterior). 7 Produtividade medida a preços de varejo. 13 3.2 OPERAÇÕES EM CONSOLIDAÇÃO (Argentina, Chile e Peru) DRE Pró-Forma (R$ milhões) 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % 157,3 130,5 20,5 157,3 130,5 20,5 9,1 5,0 80,2 32,9 23,6 39,3 Receita Bruta 141,1 97,3 45,0 441,5 335,9 31,5 Receita Líquida 107,2 73,8 45,2 335,1 255,7 31,0 Lucro Bruto 69,5 46,3 50,2 212,5 157,3 35,1 Despesas com Vendas (40,6) (33,7) 20,4 (148,8) (124,4) 19,7 Despesas Administrativas e Gerais (6,4) (4,2) 51,8 (23,2) (21,5) 7,9 0,6 (0,9) n/d (1,1) (1,7) (34,3) Resultado Financeiro Líquido (1,8) (0,7) 159,9 (2,6) (0,8) 211,8 Lucro / (Prejuízo) antes do IR/CSLL 21,3 6,8 214,1 36,6 8,9 n/d Lucro / (Prejuízo) Líquido 22,7 6,4 254,9 31,9 3,7 n/d EBITDA 24,2 8,5 184,7 43,0 13,1 227,2 Margem Bruta 64,8% 62,7% 2,2pp 63,4% 61,5% 1,9pp Despesas com Vendas/Receita Líquida 37,9% 45,7% (7,8pp) 44,4% 48,6% (4,2pp) Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida 5,9% 5,7% 0,3pp 6,9% 8,4% (1,5pp) Margem Líquida 21,2% 8,7% 12,5pp 9,5% 1,5% 8,1pp Margem EBITDA 22,6% 11,5% 11,1pp 12,8% 5,1% 7,7pp Total de Consultoras - final do período (em milhares) Unidades de produtos para revenda (em milhões) Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas Nas operações em consolidação, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 107,2 milhões com um crescimento de 42,0% em moeda local ponderada (45,2% em reais) em relação ao 4T10. No ano, a receita líquida atingiu R$ 335,1 milhões, crescimento de 36,1% e 31,0% respectivamente. O número de consultoras cresceu 20,5%, alcançando 157,3 mil ao final de 2011. Essas operações apresentaram um EBITDA favorável de R$ 24,2 milhões no 4T11 e de R$ 43,0 milhões no acumulado. O maior investimento em marketing foi compensado pela diluição das despesas com força de vendas e administrativas e por uma maior eficiência logística. 14 3.3 OPERAÇÕES EM IMPLANTAÇÃO (México e Colômbia) DRE Pró-Forma (R$ milhões) 4T11 4T10 Var % 2011 2010 Var % 85,6 60,2 42,1 85,6 60,2 42,1 4,5 2,3 94,5 14,9 9,3 60,7 Receita Bruta 52,9 34,8 51,9 172,9 114,0 51,7 Receita Líquida 45,6 30,0 52,0 149,2 98,3 51,8 Lucro Bruto 29,9 17,8 67,9 92,2 56,3 63,8 Despesas com Vendas (28,1) (21,9) 28,3 (99,8) (76,0) 31,3 Despesas Administrativas e Gerais (5,5) (4,4) 24,1 (17,6) (14,8) 19,0 Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas (0,4) 0,2 n/d (1,1) (0,1) n/d 0,2 0,1 50,0 (1,2) (1,0) 27,6 Lucro / (Prejuízo) antes do IR/CSLL (3,9) (8,2) (52,0) (27,6) (35,6) -22,4 Lucro / (Prejuízo) Líquido (5,1) (7,0) (26,4) (31,0) (36,0) -13,9 EBITDA (3,6) (7,9) (54,6) (24,2) (32,5) -25,6 Total de Consultoras - final do período (em milhares) Unidades de produtos para revenda (em milhões) Resultado Financeiro Líquido Margem Bruta 65,5% 59,3% 6,2pp 61,8% 57,3% 4,5pp Despesas com Vendas/Receita Líquida 61,6% 73,0% (11,4pp) 66,9% 77,3% (10,4pp) Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida 12,1% 14,8% (2,7pp) 11,8% 15,1% (3,3pp) Margem Líquida n/d n/d - n/d n/d - Margem EBITDA n/d n/d - n/d n/d - Nas operações em implantação, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 45,6 milhões, crescimento de 54,0% em moeda local ponderada (52,0% em reais). No ano, a receita líquida foi de R$ 149,2 milhões, evolução de 55,6% e 51,8% respectivamente. O número de consultoras ampliou-se em 42,1%, alcançando 85,6 mil ao final de 2011. Estas operações continuaram apresentando EBITDA negativo de R$ 3,6 milhões no 4T11 e de R$ R$ 24,2 milhões no acumulado do ano, resultado dos investimentos que estão sendo feitos. 15 Os outros investimentos internacionais, que dizem respeito a nossa operação na França e aos gastos com projetos e estrutura corporativa dedicada a área internacional, registraram prejuízo (EBITDA) de R$ 19,7 milhões no 4T11, R$ 69,9 milhões no ano (R$ 19,3 milhões e R$ 59,1 milhões em 2010 respectivamente). Em 2011, as despesas não recorrentes relacionadas ao novo modelo comercial no México, aqui alocadas, totalizaram R$ 8,6 milhões. 4. DIVIDENDOS E JUROS SOBRE CAPITAL PROPRIO Em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser submetida à AGO, que será realizada em 13 de abril de 2012, para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio referentes aos resultados auferidos no exercício de 2011, no montante de R$ 762,6 milhões e R$ 61,1 milhões (R$ 51,9 milhões líquidos de imposto de renda na fonte), respectivamente. Em 20 de julho de 2011 foram pagos, ad referendum da Assembléia Geral Ordinária, dividendos no montante de R$ 295,3 milhões e juros sob o capital próprio no valor de R$ 31,9 milhões líquidos de imposto de renda na fonte. O saldo remanescente a ser pago em 18 de abril de 2012, após ratificação pela Assembleia Geral Ordinária, será de R$ 467,3 milhões na forma de dividendos e R$ 20,1 milhões na forma de juros sobre o capital próprio líquidos de imposto de renda na fonte. Esses dividendos e juros sobre capital próprio somados, referentes ao resultado do exercício de 2011 representarão uma remuneração líquida de R$ 1,89 por ação (R$ 1,65 por ação em 2010), correspondendo a 99% do lucro líquido de 2011. 16 TELECONFERÊNCIA & WEBCAST Português: Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 10h00 – horário de Brasília Inglês: Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 12h00 – horário de Brasília Participantes do Brasil: +55 11 4688-6341 Participantes dos EUA: Toll Free +1 800 700 0802 Participantes de outros países: +1 412 824-6977 Senha para os participantes: Natura Transmissão ao vivo pela internet: www.natura.net/investidor RELAÇÕES COM INVESTIDORES Telefone: (11) 4196-1421 Helmut Bossert, [email protected] Fabio Cefaly, [email protected] Patrícia Anson, [email protected] Taísa Hernandez, [email protected] 17 > BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais - R$) ATIVO 2011 2010 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE 2011 2010 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 515,6 560,2 Empréstimos e financiamentos 169,0 226,6 Contas a receber de clientes 641,9 570,3 Fornecedores e outras contas a pagar 489,0 366,5 Estoques 688,7 571,5 Salários, participações nos resultados e encargos sociais 132,0 162,7 Impostos a recuperar 201,6 101,5 Obrigações tributárias 446,8 366,0 28,6 - Instrumentos financeiros derivativos Outros ativos circulantes 126,8 66,4 Total do ativo circulante 2.203,3 1.869,9 NÃO CIRCULANTE Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Total do passivo circulante - 4,1 37,9 52,1 1.274,7 1.178,0 1.017,7 465,1 140,5 215,1 NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos Impostos a recuperar 111,2 109,3 Obrigações tributárias Imposto de renda e contribuição social diferidos 189,6 180,3 Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 65,0 73,8 Depósitos judiciais 295,8 337,0 Outras Provisões 44,8 32,4 1.268,0 786,4 Capital social 427,1 418,1 Reservas de capital 160,3 149,6 Reservas de lucros 292,5 282,9 Outros ativos não circulantes Imobilizado Intangível Total do ativo não circulante 29,9 44,9 800,4 560,5 162,8 120,1 1.589,8 1.352,0 Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ações em tesouraria Dividendo adicional proposto Outros resultados abrangentes TOTAL DO ATIVO 3.793,0 3.221,9 (102,8) 490,9 (17,6) (0,0) 430,1 (23,2) Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores 1.250,2 1.257,5 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.793,0 3.221,9 18 > DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 em R$ milhões 2011 2010 5.591,4 5.136,7 (1.666,3) (1.556,8) 3.925,1 3.579,9 (1.952,7) (1.704,3) (680,7) (605,4) (30,2) (70,4) Remuneração dos administradores (9,4) (14,4) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 63,1 (17,5) RECEITA LÍQUIDA Custo dos produtos vendidos LUCRO BRUTO (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas Administrativas e gerais Participação dos colaboradores nos resultados LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 1.315,1 1.167,9 Receitas financeiras 122,7 53,6 Despesas financeiras (200,0) (103,4) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social LUCRO LÍQUIDO 1.237,7 1.118,2 (406,8) (374,1) 830,9 744,0 19 > DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011(Em milhares de reais - R$) em R$ milhões 2011 2010 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício 830,9 744,0 Depreciações e amortizações 109,9 88,8 Provisão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward" (14,3) 8,8 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais: Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas (8,0) 3,5 Atualização monetária de depósitos judiciais (51,2) (18,1) Imposto de renda e contribuição social 406,8 374,1 Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível 13,5 32,6 Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos 121,7 Variação cambial sobre outros ativos e passivos (7,8) Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações 13,4 Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS (5,1) 11,3 0,3 0,5 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (0,7) 9,1 Provisão para perdas nos estoques 19,7 30,1 Provisão com plano de assistência médica e créditos carbono 12,4 10,4 Reconhecimento de crédito tributário de processo judicial (16,9) Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo (40,4) 1.389,4 1.290,1 (AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Outros ativos Subtotal (70,9) (126,6) (136,9) (92,1) (45,2) 45,1 (158,0) (41,4) (411,0) (215,0) AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS Fornecedores nacionais e estrangeiros 121,8 111,2 Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos (30,7) 32,0 Obrigações tributárias 24,1 50,8 Outros passivos (14,1) 34,5 Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Subtotal CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (0,8) (2,7) 100,1 225,9 1.078,5 1.301,1 OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Pagamentos de imposto de renda e contribuição social (319,6) (269,0) Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos (18,4) (13,4) Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos (76,7) (44,9) CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 663,8 973,8 20 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Adições de imobilizado e intangível Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (346,4) (236,9) 3,7 9,9 92,3 (86,5) (250,3) (313,5) (648,7) (781,9) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Amortização de empréstimos e financiamentos - principal Captações de empréstimos e financiamentos 1.045,7 819,3 Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício anterior (430,1) (357,6) Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício corrente (332,8) (289,4) Compra de ações em tesouraria (104,5) - Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações 1,2 - Aumento de capital por subscrição (353.289 ações ordinárias ao preço médio de R$39,69) 9,0 13,8 CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO(A) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (460,1) 1,9 (595,8) (4,5) (44,6) 59,9 Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa 560,2 500,3 Saldo final do caixa e equivalentes de caixa 515,6 560,2 (44,6) 59,9 AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO(A) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA: Financiamento (leasing) de ativo imobilizado Compensação de passivo tributário com depósito judicial 56,7 - 114,3 - Informações adicionais às demonstrações dos fluxos de caixa: Numerários com utilização restrita Limites de contas garantidas sem utilização 6,8 6,2 235,5 265,5 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas condensadas. 21 O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representado o fluxo de caixa para os períodos apresentados. Também não deve ser considerado como uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado padronizado e sua definição na Sociedade, eventualmente, pode não ser comparável ao LAJIDA ou EBITDA definido por outras companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, uma medida do fluxo de caixa, a Administração o utiliza para mensurar o desempenho operacional da Sociedade. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma companhia e/ou de seu fluxo de caixa. Este relatório contém informações futuras. Tais informações não são apenas fatos históricos, mas refletem os desejos e as expectativas da direção da Natura. As palavras "antecipa", "deseja", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "prediz", "projeta", "almeja" e similares, pretendem identificar afirmações que, necessariamente, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos. Riscos conhecidos incluem incertezas, que não são limitadas ao impacto da competitividade dos preços e produtos, aceitação dos produtos no mercado, transições de produto da Companhia e seus competidores, aprovação regulamentar, moeda, flutuação da moeda, dificuldades de fornecimento e produção e mudanças na venda de produtos, dentre outros riscos. Este relatório também contém algumas informações “proforma”, elaboradas pela Companhia a título exclusivo de informação e referência, portanto, são grandezas não auditadas. Este relatório está atualizado até a presente data e a Natura não se obriga a atualizá-lo mediante novas informações e/ou acontecimentos futuros 22 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. BALANCE SHEETS AS OF DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$) Company (BR GAAP) ASSETS Note CURRENT ASSETS Cash and cash equivalents Trade receivables Inventories Recoverable taxes Related parties Derivatives Other receivables Total current assets 5 6 7 8 27.1. 4.2. 11 NONCURRENT ASSETS Long-term assets: Recoverable taxes Deferred income tax and social contribution 2011 166,007 535,309 217,906 69,417 37,908 28,184 115,328 1,170,059 2010 206,125 493,692 185,092 34,799 25,361 52,470 997,539 Consolidated (BR GAAP and IFRS) 2011 515,610 641,872 688,748 201,620 28,626 126,783 2,203,259 LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY 560,229 570,280 571,525 101,464 66,399 1,869,897 CURRENT LIABILITIES Borrowings and financing Trade and other payables Suppliers - related parties Payroll, profit sharing and related taxes Taxes payable Derivatives Other payables Total current liabilities 8 9.a) 12,299 80,145 4,921 87,491 111,239 189,552 109,264 180,259 10 244,938 289,070 295,839 337,007 11 12 4,562 1,253,721 20,052 1,099,188 29,935 - 44,904 - Property, plant and equipment 13 Intangible assets 13 332,215 78,929 92,175 18,586 800,434 162,754 560,467 120,073 2,006,809 1,611,483 1,589,753 1,351,974 Escrow deposits Other noncurrent assets Investments Total noncurrent assets Company (BR GAAP) 2010 3,176,868 2,609,022 3,793,012 3,221,871 2011 2010 Consolidated (BR GAAP and IFRS) 2011 2010 66,424 183,317 293,024 58,551 260,027 29,359 890,702 60,086 113,232 246,589 63,769 199,698 3,340 41,788 728,502 168,962 488,980 132,045 446,800 37,932 1,274,719 226,595 366,494 162,747 366,006 4,061 52,064 1,177,967 852,549 97,955 49,600 35,818 368,356 175,575 53,282 25,806 1,017,737 140,545 64,957 44,809 465,068 215,125 73,784 32,425 1,035,922 623,019 1,268,048 786,402 427,073 418,061 427,073 418,061 160,313 149,627 160,313 149,627 Noncontrolling interests 292,457 (102,849) 490,885 (17,635) 1,250,244 - 282,944 (14) 430,079 (23,196) 1,257,501 - 292,457 (102,849) 490,885 (17,635) 1,250,244 1 282,944 (14) 430,079 (23,196) 1,257,501 1 Total shareholders' equity 1,250,244 1,257,501 1,250,245 1,257,502 TOTAL LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY 3,176,868 2,609,022 3,793,012 3,221,871 NONCURRENT LIABILITIES Borrowings and financing Taxes payable Provision for tax, civil and labor risks Others provisions 14 15 27.1. 16 4.2. 14 16 17 18 Total noncurrent liabilities SHAREHOLDERS' EQUITY Capital Capital reserves Earnings reserves Treasury shares Proposed additional dividend Other comprehensive losses Total equity attributable to owners of the Company TOTAL ASSETS Note 19.a) 19.c) 19.b) The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 3 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. INCOME STATEMENTS FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$, except earnings per share) Consolidated (BR GAAP and IFRS) Company (BR GAAP) Note NET REVENUE Cost of sales 21 22 GROSS PROFIT OPERATING (EXPENSES) INCOME Selling expenses Administrative and general expenses Employee profit sharing Management compensation Equity in investees Other operating income (expenses), net 2011 2010 5,848,777 5,514,315 (2,375,514) (2,283,926) 3,473,263 22 22 22 27 12 25 3,230,389 (1,503,069) (1,292,365) (816,818) (837,808) (3,765) (18,174) (9,443) (14,417) 54,789 25,764 43,579 456 2011 2010 5,591,374 (1,666,300) 5,136,712 (1,556,806) 3,925,074 3,579,906 (1,952,740) (680,730) (30,168) (9,443) 63,077 (1,704,322) (605,442) (70,351) (14,417) (17,468) 1,315,070 1,167,905 INCOME FROM OPERATIONS BEFORE FINANCIAL INCOME (EXPENSES) Financial income Financial expenses 1,238,536 1,093,845 24 24 86,502 (163,247) 17,515 (58,237) 122,698 (200,038) 53,639 (103,375) 9.b) 1,161,791 (330,890) 1,053,123 (309,073) 1,237,730 (406,829) 1,118,169 (374,120) 830,901 744,050 830,901 744,050 Owners of the Company 830,901 744,050 830,901 744,050 Noncontrolling interests - - - - INCOME BEFORE INCOME TAX AND SOCIAL CONTRIBUTION Income tax and social contribution NET INCOME ATTRIBUTABLE TO EARNINGS PER SHARE - R$ Basic 26.1. 1.9320 1.7281 1.9320 1.7281 Diluted 26.2. 1.9279 1.7219 1.9279 1.7219 The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 4 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. STATEMENTS OF COMPREHENSIVE INCOME FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$) Company (BR GAAP) Note NET INCOME Other comprehensive income (losses) Gains (losses) arising on translating the financial statements of foreign subsidiaries TOTAL COMPREHENSIVE INCOME 12 2011 2010 830,901 744,050 5,561 Consolidated (BR GAAP and IFRS) 2011 (4,473) 2010 830,901 5,561 744,050 (4,473) 836,462 739,577 836,462 739,577 836,462 739,577 836,462 739,577 - - - - ATTRIBUTABLE TO Owners of the Company Noncontrolling interests The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 5 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. STATEMENTS OF CHANGES IN SHAREHOLDERS' EQUITY FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$, except for dividends per share) Note BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2009 Net income Other comprehensive income Total comprehensive income 2009 dividends and interest on capital approved at the Annual Shareholders' Meeting of April 6, 2010 Capital increase through subscription of shares Changes in stock option plans: Grant of stock options Exercise of stock options Allocation of net income: Recognition of tax incentive reserve Interim dividends and interest on capital Dividends declared on February 23, 2011 Interest on capital declared on February 23, 2011 Retained earnings reserve Share premium Capital Additional paid-in capital Earnings reserves Tax Retained incentives earnings Legal Treasury shares 103,620 17,378 21,995 18,650 4,961 230,082 - - - - - - - - 19.a) 13,800 - - - - - - - 22.2. 22.2. - - - - - 4,654 - - 19.b) 19.b) 19.b) 19.f) - - - - - 5,973 - 18,624 - 405,623 24,456 - 418,061 103,620 17,378 28,629 18,650 10,934 253,360 - - - - - - - 12 Net income 12 11,288 (4,654) (14) Proposed additional dividend 404,261 BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2010 Other comprehensive income Capital reserves Tax incentive reserve Investment grants (14) - Total comprehensive income - - - - - - - - 2010 dividends and interest on capital approved at the Annual Shareholders' Meeting of April 8, 2011 - - - - - - - - Capital increase through subscription of shares 19.a) 9,012 - - - - - - Acquisition of treasury shares 19.c) - - - - - - - Sale of treasury shares due to exercise of stock options 19.c) - - - - - - (377) (104,452) 1,617 Equity Noncontrolling Other attributable to interests Total Retained comprehensive owners of the in subsidiaries' shareholders' earnings income (losses) Company equity equity 357,611 - (18,723) - 744,050 - (4,473) 744,050 (4,473) - 744,050 (4,473) 744,050 - (4,473) - 739,577 (357,611) 13,800 - 739,577 (357,611) 13,800 11,288 (289,374) - - 11,288 - - (289,374) - (357,611) - (5,973) (289,374) (405,623) (24,456) (18,624) - 430,079 - - 830,901 - 5,561 - 830,901 5,561 - - (430,079) (23,196) 1,139,821 1 1,139,822 1,257,501 1 1,257,502 830,901 5,561 - 830,901 5,561 836,462 - 836,462 (430,079) - (430,079) - - - - - - 9,012 - - - 1,240 (104,452) - 9,012 (104,452) - 1,240 Changes in stock option plans: Grant of stock options 23.2 - - - 13,369 - - - - - - - 13,369 - 13,369 Exercise of stock options 23.2 - - - (2,306) - - 2,306 - - - - - - - - - - - - 3,677 - - - (3,677) - 19.b) - - - - - - - - - (332,809) - Allocation of net income: Recognition of tax incentive reserve Interim dividends and interest on capital (332,809) - (332,809) Dividends declared on February 14, 2012 19.b) - - - - - - - - 467,261 (467,261) - - - - Interest on capital declared on February 14, 2012 19.b) - - - - - - - - 23,624 (23,624) - - - - Retained earnings reserve 19.f) - - - - - - 3,530 - - (3,530) - - - - 427,073 103,243 17,378 39,692 18,650 14,611 259,196 1,250,244 1 1,250,245 BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2011 (102,849) 490,885 - (17,635) The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 6 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. STATEMENTS OF CASH FLOWS FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$) Company (BR GAAP) Note CASH FLOW FROM OPERATING ACTIVITIES Net income Adjustments to reconcile net income to net cash provided by operating activities: Depreciation and amortization Provision for losses on swap and forward transactions Provision for tax, civil and labor contingencies Interest and inflation adjustment of escrow deposits Income tax and social contribution (Gain) loss on sale on property, plant and equipment and intangible assets Equity in investees Interest and exchange rate changes on borrowings and financing and other liabilities Exchange rate changes on other assets and other liabilities Stock options plans expenses Provision for discount on assignment of ICMS credits Allowance for doubtful accounts Allowance for inventory losses Provision for healthcare plan and carbon credits Recognition of untimely used tax credits Recognition of tax credits related to lawsuit 13 17 9.a) 24 6 7 18 25 25 2011 Consolidated (BR GAAP and IFRS) 2010 2011 2010 830,901 744,050 830,901 744,050 27,565 (16,442) (2,866) (28,841) 330,890 1,559 (54,789) 94,985 22 6,359 (492) 9,801 10,012 (11,887) (15,461) 15,305 5,477 106 (15,318) 309,073 (468) (25,764) (4,668) 4,081 9,005 3,981 10,739 - 109,921 (14,305) (7,998) (51,173) 406,829 13,457 121,674 (7,767) 13,369 323 (674) 19,725 12,384 (16,852) (40,378) 88,848 8,787 3,545 (18,129) 374,120 32,620 (5,137) 11,288 465 9,149 30,132 10,400 - 1,181,316 1,055,598 1,389,436 1,290,137 (INCREASE) DECREASE IN ASSETS Trade receivables Inventories Recoverable taxes Other receivables (41,125) (42,615) (14,648) (171,952) (88,052) (77,360) 97,664 (43,394) (70,918) (136,948) (45,224) (157,950) (126,561) (92,106) 45,134 (41,418) Subtotal (270,340) (111,142) (411,040) (214,951) 69,443 (5,218) 28,692 34,006 (816) 28,761 7,019 74,726 62,565 (2,673) 121,752 (30,702) 24,060 (14,132) (829) 111,212 31,955 50,844 34,528 (2,658) INCREASE (DECREASE) IN LIABILITIES Domestic and foreign suppliers Payroll, profit sharing and related taxes, net Taxes payable Other payables Provision for tax, civil and labor contingencies Subtotal CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES 126,107 170,398 100,149 225,881 1,037,083 1,114,854 1,078,545 1,301,067 OTHER CASH FLOWS FROM OPERATING ACTIVITIES Payments of income tax and social contribution Payments of derivatives Payment of interest on borrowings and financing (255,182) (15,082) (57,812) (221,535) (9,006) (35,405) (319,623) (18,382) (76,700) (269,001) (13,378) (44,902) NET CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES 709,007 848,908 663,840 973,785 (277,036) 2,535 72,973 34,000 (121,173) (66,870) 3,174 (86,096) 30,000 (117,486) (346,367) 3,726 92,341 - (236,876) 9,864 (86,524) - NET CASH USED IN INVESTING ACTIVITIES (288,701) (237,278) (250,300) (313,536) CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES Repayments of borrowings and financing - principal Proceeds from borrowings and financing Payment of dividends and interest on capital Interim dividends and interest on capital Repurchase of treasury shares Sale of treasury shares due to exercise of stock options Capital increase through subscription of shares (353,289 common shares at average price of R$39.69) (425,383) 822,047 (430,079) (332,809) (104,452) 1,240 9,012 (592,075) 565,293 (357,611) (289,375) 13,800 (648,687) 1,045,702 (430,079) (332,809) (104,452) 1,240 9,012 (781,931) 819,275 (357,611) (289,375) 13,800 (460,424) (659,968) (460,073) (595,841) CASH FLOW FROM INVESTING ACTIVITIES Acquisition of property, plant and equipment and intangible assets Proceeds from sale of property, plant and equipment and intangible assets Withdrawal (payment) of escrow deposits Dividends received from subsidiaries Investments in subsidiaries 13 12 19.b) NET CASH USED IN FINANCING ACTIVITIES Gains (losses) arising on translating foreign currency cash and cash equivalents - - 1,914 (4,473) INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS (40,118) (48,338) (44,619) 59,935 Cash and cash equivalents at beginning of year Cash and cash equivalents at end of year 206,125 166,007 254,463 206,125 560,229 515,610 500,294 560,229 INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS (40,118) (48,338) (44,619) 59,935 NON-CASH TRANSACTIONS: Capital lease of property, plant and equipment Offseting of tax liability and escrow deposit ADDITIONAL INFORMATION TO THE STATEMENTS OF CASH FLOWS Restricted cash Bank overdrafts - unused 13 17 56,694 114,345 - 56,694 114,345 - 11 117,900 147,900 6,757 235,500 6,155 265,500 The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 7 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. STATEMENTS OF VALUE ADDED FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (In thousands of Brazilian reais - R$, except additional information) Company (BR GAAP) Note 2011 Consolidated (BR GAAP) 2010 2011 2010 REVENUES 6,847,933 6,394,783 7,499,050 6,850,225 Sales of goods and services 6,887,213 43,580 (82,860) 6,477,739 456 (83,412) 7,524,250 63,078 (88,278) 6,951,106 (17,468) (83,412) Other operating income (expenses), net Allowance for doubtful accounts 25 6 INPUTS PURCHASED FROM THIRD PARTIES (4,538,955) (4,278,970) (4,362,838) (3,707,385) Cost of sales and services Materials, electricity, outside services and other (2,610,197) (1,928,758) (2,488,991) (1,789,979) (2,624,578) (1,738,260) (2,355,631) (1,351,754) 2,308,978 2,115,813 3,136,212 3,142,841 GROSS VALUE ADDED RETENTIONS Depreciation and amortization 13 WEALTH CREATED BY THE COMPANY TRANSFERRED VALUE ADDED Equity in investees 12 Financial income - includes inflation adjustments and exchange differences 24 TOTAL WEALTH FOR DISTRIBUTION (27,565) (15,305) (109,921) (88,848) (27,565) (15,305) (109,921) (88,848) 2,281,413 2,100,508 3,026,291 3,053,993 141,291 43,279 122,698 53,639 54,789 86,502 25,764 17,515 122,698 53,639 2,422,704 2,143,786 3,148,989 3,107,632 DISTRIBUTION OF WEALTH: (2,422,704) 100% (2,143,786) 100% (3,148,989) 100% (3,107,632) 100% Employees and payroll taxes (250,870) 10% (222,957) (1,182,449) 49% (1,111,331) (158,485) 7% (65,448) (762,563) 31% (659,570) (61,130) 3% (59,883) (7,207) 0% (24,597) (634,261) (1,472,345) (211,483) (762,563) (61,130) (7,207) Taxes and fees Financial expenses and rentals Dividends Interest on capital Retained earnings 10% 51% 4% 31% 3% 1% 20% (769,245) 47% (1,476,512) 7% (117,825) 24% (659,570) 2% (59,883) 0% (24,597) 25% 47% 4% 21% 2% 1% Additional information to the statements of value added R$442,063 and R$454,114 of the amounts recorded in line item 'Taxes and fees' in 2011 and 2010, respectively, refer to reverse charge State VAT (ICMS) levied on the estimated profit margin set by the State Departments of Finance based on sales made by Natura consultants to final customers. To analyze this tax impact on the statement of value added, these amounts should be deducted from those recorded in 'Sales of goods and services' and 'Taxes and fees' since sales revenue does not include the estimated profit attributable to Natura consultants on the sale of products, in the amounts of R$2,906,137 and R$2,738,227 in 2011 and 2010, respectively, considering an estimated profit margin of 30%. The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 8 (Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese) NATURA COSMÉTICOS S.A. NOTES TO THE INDIVIDUAL AND CONSOLIDATED FINANCIAL STATEMENTS FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011 (Amounts in thousands of Brazilian reais - R$, unless otherwise stated) 1. GENERAL INFORMATION Natura Cosméticos S.A. (“Company”) is a publicly-traded company, registered in the special trading segment called “Novo Mercado” in the São Paulo Stock Exchange (BM&FBOVESPA), under the ticker “NATU3”, and headquartered in Itapecerica da Serra, State of São Paulo. The Company’s and its subsidiaries’ activities (“Natura Group” or “Group”) include the development, production, distribution and sale of cosmetics, fragrances, and hygiene products, substantially through direct sales by Natura Beauty Consultants. The Company also holds equity interests in other companies in Brazil and abroad. 2. SUMMARY OF SIGNIFICANT ACCOUNTING POLICIES 2.1. Statement of compliance and basis of preparation The Company’s financial statements include: • The consolidated financial statements prepared in accordance with the International Financial Reporting Standards (IFRSs), issued by the International Accounting Standards Board (IASB), and the accounting practices adopted in Brazil, identified as Consolidated - IFRS and BR GAAP. • The Parent’s individual financial statements prepared in accordance accounting practices adopted in Brazil, identified as Company - BR GAAP. The accounting practices adopted in Brazil include those established in the Brazilian Corporate Law as well as the Pronouncements, Instructions and Interpretations issued by the Accounting Pronouncements Committee (CPC) and approved by the Brazilian Securities and Exchange Commission (CVM). The individual financial statements present the valuation of investments in subsidiaries, joint ventures and associates which are measured by the equity method, as required by legislation prevailing in Brazil. Therefore, these individual financial statements are not fully compliant with IFRS, which requires that these investments be carried at fair value or acquisition cost. 9 Natura Cosméticos S.A. Since there is no difference between the consolidated shareholders’ equity and the consolidated net income attributable to owners of the Company recorded in the consolidated financial statements prepared in accordance with IFRSs and accounting practices adopted in Brazil and the Company’s shareholders’ equity and net income disclosed in the individual financial statements prepared in accordance with accounting practices adopted in Brazil, the Company elected to present the individual and the consolidated financial statements as a single set, placed side-by-side. The financial statements have been prepared based on the historical cost basis except for certain financial instruments that are measured at their fair values, as described in the accounting policies below. The historical cost is generally based on the fair value of the consideration paid in exchange for an asset. The significant accounting practices applied to the preparation of these consolidated financial statements are presented below. These policies have been consistently applied in the previous annual reporting period presented, except as otherwise indicated. 2.2. Consolidation a) Subsidiaries and joint-controlled entities Subsidiaries are all entities over which the Company has the power to govern the financial and operating policies so as to obtain benefits from their activities and in which generally holds more than 50% of the equity interest. In the applicable cases, the existence and the effect of potential voting rights, currently exercisable or convertible, are taken into consideration to determine if the company control another entity. Subsidiaries are fully consolidated from the date in which control is transferred to the Company and cease to be consolidated, when applicable, when control no longer exists. In the cases control is jointly held, the consolidation of the financial statements is made proportionately to the interest percentage. b) Companies include in the consolidated financial statements Equity interest - % 2011 2010 Direct interest: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Cosméticos S.A. - Peru Natura Cosméticos S.A. - Argentina Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos y Servicios de México, S.A. de C.V. Natura Cosméticos de México, S.A. de C.V. Natura Distribuidora de México, S.A. de C.V. Natura Cosméticos Ltda. - Colombia Natura Cosméticos España S.L. - Spain Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands 10 99.99 99.99 99.94 99.97 99.99 99.99 99.99 99.99 99.99 100.00 100.00 99.99 99.99 99.94 99.97 99.99 99.99 99.99 99.99 99.99 100.00 100.00 Natura Cosméticos S.A. Equity interest - % 2011 2010 Indirect interest: Via Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.Natura Logística e Serviços Ltda. 99.99 99.99 Via Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. (proportionate consolidation - joint control) Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - France 43.33 100.00 42.11 100.00 Via Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands: Natura Brasil Inc. - USA - Delaware Natura International Inc. - USA - New York Natura Worldwide Trading Company - Costa Rica Natura Brasil SAS - France Natura Brasil Inc. - USA - Nevada Natura Europa SAS - France 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 The consolidated financial statements have been prepared based on the financial statements as of the same date and consistent with the Company’s accounting policies. Investments in subsidiaries have been eliminated proportionately to the investor’s interests in the subsidiaries’ shareholders’ equity and net income or loss, intergroup balances and transactions and unrealized profits, net of taxes. The operations of the direct and indirect subsidiaries are as follows: • Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: engaged principally in the production and sale of Natura products to Natura Cosméticos S.A. - Brasil, Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colombia, Natura Europa SAS - France, and Natura Cosméticos de Mexico S.A. de C.V.. • Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colombia and Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.: their activities are an extension of the activities conducted by the parent company Natura Cosméticos S.A. - Brazil. • Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: it is engaged in product and technology development and market research. It is the only owner of Natura Innovation et Technologie de Products SAS - France, a research and technology satellite center opened in 2007 in Paris. • Natura Europa SAS - France: engaged in the purchase, sale, import, export and distribution of cosmetics, fragrances in general, and hygiene products. • Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.: engaged in the import and sale of cosmetics, fragrances in general, and hygiene products to Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V. 11 Natura Cosméticos S.A. • Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.: engaged in the provision of administrative and logistics services to Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. and Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V. • Natura Cosméticos España S.L.: company in start-up stage and its activities will be an extension of the activities carried out by its parent company Natura Cosméticos S.A. - Brazil. • Natura Logística e Serviços Ltda.: engaged in the provision of administrative and logistics services to Natura Group companies based in Brazil. • Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - France: engaged mainly in research activities developed for in vitro testing as an alternative to animals testing, for to the safety and efficiency of test active compounds, skincare products and new packaging materials. • Ybios S.A.: engaged in biotechnology research, management and development of projects, products and services, and may also enter into agreements and/or partnerships with universities, foundations, companies, cooperatives, associations and other public and private entities, provide services in the biotechnology area, and holding of equity interest in other companies. As Ybios S.A. is a jointly controlled entity whose financial statements were proportionately included in the Company’s consolidated financial statements, the main assets, liabilities and income statement accounts, which were included in the consolidated financial statements at the ratio of 43.33% of interest (42.11% as of December 31, 2010) after equity interest elimination adjustments, are stated below: Current assets Property, plant and equipment Current liabilities Net revenue for the year Loss for the year 2011 2010 567 56 30 128 (1,086) 630 98 87 1,098 (682) • Natura Europa SAS and Natura Cosmetics USA Co.: in January 2009 the shares of these subsidiaries were assigned as a capital contribution to the holding company Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands, and the Company became the indirect holder of such interests through this company headquartered in The Netherlands. c) Discontinuation of subsidiaries’ operations At the meetings held in July and October 2009, the Board of Directors approved the discontinuation of the operations of subsidiary Natura Cosméticos C.A. - Venezuela, which resulted in the need to recognize an allowance for asset impairment losses. 12 Natura Cosméticos S.A. As of December 31, 2011, the net assets balance of Natura Cosméticos C.A. Venezuela, recorded in the Company’s consolidated financial statements, less allowances for asset impairment losses and collection of liabilities during the operation termination process, was R$306. 2.3. Segment reporting Information per operating segments is consistent with the internal report provided to the chief operating decision maker. The chief operating decision maker, responsible for allocating resources to the operating segments and assessing their performance, is the Company’s Executive Committee. 2.4. Translation of foreign currency a) Functional currency Items included in the financial statements of the Company and each one of the subsidiaries included in the consolidated financial statements are measured using the currency of the main economic environment in which the companies operate (“functional currency”). b) Foreign currency transactions and balances Foreign currency-denominated transactions are translated into the Company’s functional currency - Brazilian reais - at the exchange rates prevailing on the dates of the transactions. Balance sheet accounts are translated at the exchange rates prevailing at the end of the reporting period. Foreign exchange gains and losses arising on the settlement of such transactions and the translation of monetary assets and monetary liabilities denominated in foreign currency are recognized in profit or loss, in line items “Financial income” and “Financial expenses”. c) Presentation currency and translation of financial statements The financial statements are presented in Brazilian reais (R$), which corresponds to the Group’s presentation currency. In preparing the consolidated financial statements, the statements income statement and the statement of cash flows, and all other changes in foreign subsidiaries’ assets and liabilities, whose functional currency is the local currency, are translated into Brazilian reais at the average monthly exchange rate, which approximates the exchange rate prevailing at the date of the underlying transactions. Balance sheets are translated into Brazilian reais at the exchange rates prevailing at yearend. The effects of exchange differences resulting from these translations are presented in line item ‘Other comprehensive income’ and in shareholders’ equity. In case of disposal or partial disposal of interest in a Group company, through sale or as a result of capital payment, the cumulative exchange difference is recognized in the income statement as part of the gain or loss on the disposal of the investment. 13 Natura Cosméticos S.A. 2.5. Cash and cash equivalents Include cash, demand deposits and short-term investments redeemable within up to 90 days from the investment date, highly liquid or convertible to a known cash amount and subject to immaterial change in value, which are recorded at cost plus income earned through the end of the reporting period and do not exceed their fair or realizable values. 2.6. Financial instruments 2.6.1. Categories The category depends on the purpose for which financial assets and financial liabilities were acquired or contracted and is determined on the initial recognition of the financial instruments. Financial assets held by the Company are classified into the following categories: Financial assets measured at fair value through profit or loss Consist of financial assets held for trading, when acquired for such purpose, principally in the short term. These assets are measured at fair value at the end of the reporting period and any differences are recognized in profit or loss. Derivative financial instruments are also classified in this category. Assets in this category are classified in current assets. In the case of the Company, this category includes only derivative financial instruments. The balances of outstanding derivatives are measured at their fair values at the end of the reporting period and classified in current assets or current liabilities, and changes in fair value are recorded in “Financial income” or “Financial expenses”, respectively. Held-to-maturity financial assets Comprise investments in certain financial assets classified by treasury at their origination as held to maturity, and are measured at amortized cost using the effective interest method. Available-for-sale financial assets When applicable, this category includes non-derivative financial assets that either designated as available for sale or are not classified into any of the other categories, such as (a) loans and receivables; (b) held-to-maturity investments; or (c) financial assets at fair value through profit and loss. As of December 31, 2011 and 2010, the Company did not have financial assets recorded in its financial statements under this classification. Loans and receivables Include non-derivative financial assets with fixed or determinable payments that are not quoted in an active market. They are recorded in current assets, except for maturities greater than 12 months after the end of the reporting period, when applicable, which are classified as noncurrent assets. As of December 31, 2011 and 2010, in the case of the Company, comprise cash and cash equivalents (note 5) and the balances of trade receivables (note 6). 14 Natura Cosméticos S.A. Financial liabilities held by the Company are classified into the following categories: Financial liabilities at fair value through profit or loss They are classified as fair value through profit or loss when the financial liability is either held for trading or it is designated as fair value through profit or loss. Other financial liabilities They are measured at the amortized cost using the effective interest method. As of December 31, 2011 and 2010, in the case of the Company, comprise borrowings and financing (note 14) and domestic and foreign trade payables. 2.6.2. Measurement Regular purchases and sales of financial assets are recognized on the transaction date, i.e., on the date the Company agrees to buy or sell the asset. Loans and receivables and held-to-maturity financial assets are measured at amortized cost. Financial assets at fair value through profit or loss are initially recognized at their fair value and transaction costs are recognized in the income statement. Gains or losses resulting from changes in the fair value of financial assets at fair value through profit or loss are recognized in the income statement, in “Finance income” or “Finance costs”, respectively, for the period in which they occur. Changes in financial assets classified as “Available for sale”, when applicable, are recorded in “Other comprehensive income” and shareholders’ equity until the financial assets are settled, when they are ultimately reclassified to profit or loss for the year. 2.6.3. Offsetting financial instruments Financial assets and financial liabilities are offset and the net amount is presented in the balance sheet when there is a legally enforceable right to set off recognized amounts and the intent to either settle them on a net basis, or to recognize the asset and settle the liability simultaneously. 2.6.4. Derivative instruments and hedge accounting Derivative transactions contracted by the Group consist of swaps and nondeliverable forwards (NDFs) intended exclusively to hedge against the foreign exchange risks related to the positions in balance sheets and projected cash outflows in foreign currency for capital increases in foreign subsidiaries. They are measured at fair value, and changes in fair value are recognized through profit or loss, except when they are designated as cash flow hedges, to which changes in fair value are recorded in “Other comprehensive income” within shareholders' equity. 15 Natura Cosméticos S.A. The fair value of derivatives are measured by the Company’s treasury department based on information on each contracted transaction and related market inputs at the end of the reporting period, such as interest rates and exchange coupon. When applicable, these inputs are compared with the positions reported by the trading desks of each involved financial institution. Even though the Group uses derivatives for hedging purposes, it does not apply hedge accounting. The fair values of derivatives are disclosed in note 4. 2.6.5. Effective interest method Used to calculate the amortized cost of a debt instrument and allocate its interest income over the related period. The effective interest rate is the rate that exactly discounts estimated future cash receipts (including all fees and points paid or received that form an integral part of the effective interest rate, transaction costs and other premiums or discounts) through the expected life of the debt instrument or, where appropriate, a shorter period, to the net carrying amount on initial recognition. Income is recognized on an effective interest basis for debt instruments other than those financial assets classified as fair value through profit or loss. 2.7. Trade receivables and allowance for doubtful debts Trade receivables are stated at their nominal amount, less the allowance for doubtful debts, which is recognized based on the history of losses using an aging list, in an amount considered sufficient by management to cover possible losses, as described in note 6. 2.8. Inventories Carried at the lower of average cost of purchase or production and net realizable value. Details are disclosed in note 7. 2.9. Investments in subsidiaries, associates and jointly controlled entities The Group holds interest in subsidiaries, associates and joint controlled entities (shared control). Subsidiaries are the companies over which the Company has control. Control is the power to govern the financial and operating policies of an entity so as to obtain benefits from its activities, which in general consists of the ability to exercise the majority of the voting rights. Potential voting rights considered when assessing the control exercised by the Company over the other entity, when they can be exercised at the time of the assessment. An associate is an entity over which the Company has significant influence and that does not qualify as a subsidiary or a joint venture. Significant influence is the power to participate in the financial and operating policy decisions of the investee but is not control or joint control over those policies. 16 Natura Cosméticos S.A. The investees under shared control are jointly controlled entities where the venturers have a contractual agreement which establishes joint control on its economic activities. Investments in subsidiaries, associates and jointly controlled entities are accounted for by the equity method of accounting. The financial statements of subsidiaries, associates and jointly controlled entities are prepared for the same reporting date of the Company. Adjustments are made, if necessary, to conform their accounting policies to those adopted by the Company. Under the equity method of accounting, the share attributable to the Company of the profit or loss for the period of such investments is accounted for in the income statement, in line item “Equity in investees”. Unrealized gains and losses arising on transactions between the Company and the investees are eliminated based in the percentage interest held in such investees. The other comprehensive income of subsidiaries, associates and jointly controlled entities is recorded directly in the Company’s shareholders’ equity, in line item “Other comprehensive income”. 2.10. Property, plant and equipment Stated at cost of purchase or construction, plus interest capitalized during construction period, when applicable, for the case of eligible assets, and reduced by accumulated depreciation and impairment losses, if applicable. Rights in tangible assets that are maintained or used in the operations of the Group, originated from finance leases, are recorded as purchase financing, and a fixed asset and a financing liability are recognized at the beginning of each transaction, where assets are also submitted to depreciation calculated based on the estimated useful lives of the assets. Land is not depreciated. Depreciation of the other assets is calculated under the straightline method to distribute their cost over their useful lives, as follows: Years Buildings Machinery and equipment Molds Facilities and leasehold improvements Furniture and fixtures Vehicles 25 13 3 5 - 13 14 3 The useful lives are reviewed annually. Gains and losses on disposals are calculated by comparing the proceeds from the sale with the carrying amount, and are recognized in the income statement. 2.11. Intangible assets 2.11.1 Software Software and ERP systems licenses purchased are also capitalized and amortized at the rates also described in note 13, and expenses on the software maintenance are recognized as expenses when incurred. 17 Natura Cosméticos S.A. The ERP system purchase and implementation costs are capitalized as intangible assets when there is evidence that future economic benefits will flow into the Company, taking into consideration its economic and technologic viability. Expenses on software development recognized as assets are amortized under the straight-line method over its estimated useful life. The expenses related to software maintenance are expensed when incurred. 2.11.2 Trademarks and patents Separately purchased trademarks and patents are stated at their historic cost. Trademarks and patents acquired in a business combination are recognized at fair value on the acquisition date. Amortization is calculated on a straight-line basis at the annual rates described in note 13. 2.11.3 Carbon credits - Carbon Neutral Program In 2007 the Company assumed to its employees, customers, suppliers and shareholders the commitment to become a Carbon Neutral company, which consists of offsetting all the emissions of Greenhouse Gases (GHGs) by its entire production chain, from raw material extraction to post-consumption. Even though this commitment is not a legal obligation, since Brazil did not adopt the Kyoto Protocol requirements, it is considered a constructive obligation, under CPC 25 Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets, which required the recognition of a provision in the financial statements if it can result in a disbursement and be realizably measured. The liability is estimated using audited carbon emission inventories taken on an annual basis and valued based in the average price per ton of carbon of outstanding contracts and the estimated prices of future carbon purchases. As of December 31, 2011, the liability’s balance recognized in line item “Other provisions” (see note 18) refers to total carbon emissions in 2007-2011 that were not fully offset through the related projects, thus preventing the awarding of a carbon neutral certificate. In line with its beliefs and principles, the Company elected not to directly purchase any carbon credits and invested, instead, in socio-environmental projects in communities. Accordingly, the expenses incurred will produce carbon credits as these projects are completed or mature. During this period, these expenses are recognized at cost as intangible assets (see note 13) as they represent a right for future use. As of December 31, 2011, the balance recognized in intangible assets refers to expenses incurred in socio-environmental projects that will result in future carbon neutral company certificates. The obligation to become a carbon neutral company will be met when the related carbon neutral company certificates are actually awarded to the Company, and thus these assets will be offset against said liabilities. The difference between the assets and liabilities as of December 31, 2011 refers to the cash amounts that the Company will still disburse on other socio-environmental projects to ensure the future issuance of carbon neutral company certificates. 18 Natura Cosméticos S.A. The accounting methodology was designed in accordance with IAS 8 Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors, which prescribes that in the absence of a standard, interpretation or guideline that specifically applies to a transaction, management shall use its judgment in developing and applying an accounting policy that results in information that is relevant to the economic decision-making needs of users and reliable, in that the financial statements represent faithfully the financial position, financial performance and cash flows of the entity. 2.12. Research and product development expenses In view of the high level of innovation and the turnover rate of the products in the Company’s sales portfolio, the Company adopts the accounting policy of recognizing product research and development expenditure as expenses for the year, when incurred. Details are disclosed in note 22. 2.13. Leases Lease classification is made at the inception of the lease. Leases where the lessor does not retain substantially all the risks and rewards incidental to ownership are classified as operating leases. Lease payments under an operating lease are recognized as an expense on a straight-line basis over the lease term. Leases where the Group retains substantially all the risks and rewards incidental to ownership are classified as finance leases. These leases are capitalized in balance sheet at the commencement of the lease term at the lower fair value of the leased asset and the present value of minimum lease payments. Each lease payment is apportioned between liabilities and the finance charges so as to permit obtaining a constant effective interest rate on the outstanding liability. The corresponding obligations, less the finance charge, are classified in current liabilities and noncurrent liabilities, according to the lease term. Property, plant and equipment items purchased through finance leases are depreciated over their useful lives, as described in note 2.10, or over the lease term, when it is shorter. 2.14. Impairment assessment Property, plant and equipment, intangible assets and, when applicable, other noncurrent assets are annually tested to identify evidences of impairment, or also significant events or changes in circumstances that indicate the carrying value of an asset may not be recoverable. Where applicable, when there is a loss, arising from situations where the carrying amount of an asset exceeds its recoverable amount, defined as the higher of its value in use and its fair value less costs to sell, this loss is recognized in the income statement. For impairment assessment purposes, assets are grouped at the lowest levels for which there are separately identifiable cash flows (cash-generating units, or CGUs). 19 Natura Cosméticos S.A. 2.15. Trade payables These are initially recognized at their nominal amounts, plus interest, inflation adjustments and exchange differences through the end of the reporting period, when applicable. 2.16. Borrowings and financing Initially recognized at fair value of proceeds received less transaction costs, plus charges, interest, adjustments and exchange differences incurred through the end of the reporting period, as shown in note 14. 2.17. Provision for tax, civil, and labor contingencies The provisions for contingent liabilities are recognized when the Group has a legal or constructive obligation as a result of past events, and it is probable that disbursements will be required to settle the obligation, and its value can be reliably estimated. Provisions are quantified at the present value of the expected disbursement to settle the obligation using the appropriate discount rate, according to related risks. Adjusted for inflation through the end of the reporting period to cover probable losses, based on the nature of contingencies and the opinion of the Company’s legal counsel. The bases for and nature of the provisions for tax, civil, and labor contingencies are described in note 17. 2.18. Current and deferred income tax and social contribution Recognized in the income statement, except, when applicable, in the proportion related to items recognized directly in shareholders’ equity. In this case, taxes are recognized directly in shareholders’ equity, in line item “Other comprehensive income”. Except for the foreign subsidiaries, which apply the tax rates prevailing in each one of the countries where they are located, income tax and social contribution on the Company’s and its Brazilian subsidiaries’ profits are calculated at the tax rates of 25% and 9%, respectively. Current income tax and social contribution expenses are calculated using the laws and regulations enacted by the end of the reporting period, pursuant to Brazilian tax regulations. Management periodically measures the positions assumed in the income tax return regarding the situations where applicable tax law is subject to possibly different interpretations and, when appropriate, recognizes provisions based on the amounts it expects to pay tax authorities. Deferred income tax and social contribution are calculated on temporary differences between the tax base of assets and liabilities and their carrying amounts. Deferred income tax and social contribution are calculated using the tax rates enacted on the end of the reporting period and that must be applied when the corresponding deferred income tax and social contribution assets are realized or deferred income tax and social contribution liabilities are settled. 20 Natura Cosméticos S.A. Deferred income tax and social contribution assets are recognized only to the extent that there is a reasonable certainty that future taxable income will be available and against which temporary differences can be offset. The amounts of deferred income tax and social contribution assets and liabilities are only utilized when there is a legally enforceable right to offset current tax assets against tax liabilities and/or when current deferred income tax and social contribution assets and liabilities are related to the income tax and social contribution levied by the same tax authorities on the taxable entity or different taxable entities, where there is intention to settle the net balances. Details are disclosed in note 9. 2.19. Stock option plan The Company offers equity-settled share-based compensation plans to its executives. The stock option plan is measured at fair value on grant date and is expensed during the vesting period as a balancing item to “Additional paid-in capital”, in shareholders’ equity. At the end of the reporting period, the Company’s management reviews its estimates on the number of options vesting based on the conditions fulfilled and, when applicable, recognizes in the income statement the effect arising from the revision of the initial estimates as a balancing item to shareholders’ equity. The details are disclosed in note 23.2.. 2.20. Profit sharing The Company recognizes a profit sharing liability and an expense based on a formula that takes into consideration the net income attributable to the owners of the Company after certain adjustments, which is linked to the achievement of operational goals and specific objectives, established and approved at the beginning of each year. 2.21. Dividends and interest on capital The proposed distribution of dividends and interest on capital made by the Company’s management included in the portion equivalent to the mandatory minimum dividends is recognized in line item “Other payables” in current liabilities, as it is considered as a legal obligation provided for by the Company’s bylaws; however, the portion of dividends exceeding minimum dividends declared by management after the reporting period but before the authorization date for issuance of these financial statements is recognized in line item “Proposed additional dividends” and their effects are disclosed in note 18.(b). For corporate and accounting purposes, interest on capital is stated as allocation of income directly in shareholders’ equity. 2.22. Actuarial gains and losses of healthcare plan and other costs related to employees’ benefit plans The costs related to the contributions made by the Group to defined-contribution retirement plans are recognized on the accrual basis. Actuarial gains and losses recorded in the retirees’ healthcare expansion plan are recorded in the income statement in accordance with IAS 19 and CPC 33 – Employee Benefits, based on the actuarial calculation prepared by an independent actuary, as detailed in note 18. 21 Natura Cosméticos S.A. 2.23. Revenue and expense recognition Revenue and expenses are recognized on an accrual basis. Sales revenue is recognized when all risks and rewards of ownership of the product are transferred to the customers. Income from tax incentives, received in the form of a monetary asset, is recognized in the income statement when received as a balancing item to costs and investment already incurred by the Company in the jurisdiction where the tax incentive is granted. There are no established conditions to be met by the Company that might affect the recognition of tax incentives. The portion of tax incentives recognized in the income statement is allocated to the tax incentive reserves, in the “Earnings reserves”, in shareholders’ equity. 2.24. Statement of value added The purpose of this statement is to disclose the wealth created by the Company and its distribution during a certain reporting period, and is presented by the Company, as required by the Brazilian Corporate Law, as an integral part of its individual financial statements, and as additional disclosure of the consolidated financial statements, since this statement is not required by IFRSs. The statement of value added was prepared using information obtained in the same accounting records used to prepare the financial statements and pursuant to the provisions of CPC 09 - Statement of Value Added. The first part of this statement includes the wealth created by the Company, represented by revenue (gross sales revenue, including taxes levied thereon, other income, and the effects of the allowance for doubtful accounts), inputs acquired from third parties (cost of sales and purchase of materials, electricity, and services from third parties, including taxes levied at the time of the acquisition, the effects of impairment losses, and depreciation and amortization), and the value added received from third parties (equity in investees, financial income, and other income). The second part of the statement of value added presents the distribution of wealth among personnel, taxes, fees and contributions, lenders and lessors, and shareholders. 2.25. New and revised standards and interpretations a) Standards, interpretations and revised standards in effect on December 31, 2011 which did not have a material impact on the Company’s financial statements The following interpretations and revised standards were issued and were in effect on December 31, 2011. However, they did not have a material impact on the Company’s financial statements: Standard 22 Main requirements Effective date Improvements to IFRSs 2010 Amendments to several standards. Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2011 Amendments to IFRS 1 Limited exemption from comparative IFRS 7 disclosures for first-time adopters Effective for annual periods beginning on or after July 1, 2010 Amendments to IAS 24 Related-party disclosures Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2011 Natura Cosméticos S.A. Standard Main requirements Effective date Amendments to IFRIC 14 Prepayments of minimum funding requirements Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2011 Amendments to IAS 32 Classification of issue rights Effective for annual periods beginning on or after February 1, 2010 IFRIC 19 Extinguishing financial liabilities with equity instruments Effective for annual periods beginning on or after July 1, 2010 b) Standards, interpretations and revised standards not yet effective and which were not early adopted by the Company The following standards and revised standards have been issued and are mandatory for the Company’s annual periods beginning on or after December 31, 2011. However, the Company did not early adopt these standards and revised standards. Standard Main requirements Effective date IFRS 9 (as amended in 2010) Financial instruments Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2013 Amendments to IFRS 1 Removal of fixed dates for first-time adopters Effective for annual periods beginning on or after July 1, 2011 Amendments to IFRS 7 Disclosures - transfers of financial assets Effective for annual periods beginning on or after July 1, 2011 Amendments to IAS 12 Deferred taxes - recovery of the underlying assets when an asset is measured using the fair value model in IAS 40 Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2012 IAS 28 (Revised in 2011) Investments in Associates and Joint Ventures Revision of IAS 28 to include the changes introduced by IFRSs 10, 11 and 12. Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2013. IAS 27 (Revised in 2011) Separate Financial Statements IAS 27 requirements related to consolidated financial statements are replaced by IFRS 10. The requirements for separate financial statements are maintained. Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2013. IFRS 10 - Consolidated Financial Statements Replaces the IAS 27 requirements Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2013. applicable to consolidated financial statements and SIC 12. IFRS 10 provides a single consolidation model that identifies control as the basis for consolidation for all types of entities. IFRS 11 - Joint Arrangements Eliminated the proportionate Effective for annual periods beginning consolidation model for jointly on or after January 1, 2013. controlled entities and maintained equity method model only. It also eliminates the concept to ‘jointly controlled assets’ and maintains only ‘jointly controlled operations’ and ‘jointly controlled entities’. IFRS 12 - Disclosure of Interests in Other Entities Expands the current disclosure requirements in respect of entities, whether or not consolidated, where the entities have influence. Effective for annual periods beginning on or after January 1, 2013. 23 Natura Cosméticos S.A. Standard Main requirements Effective date IFRS 13 - Fair Value Measurement Replaces and consolidates in a single Effective for annual periods beginning standard all the guidance and on or after January 1, 2013. requirements in respect of fair value measurement contained in other IFRSs. IFRS 13 defines fair value and provides guidance on how to measure fair value and requirements for disclosure relating to fair value measurement. However, it does not introduce any new requirement or amendment with respect to items to be measured at fair value, which remain as originally issued. Amendments to IAS 19 Employee Benefits Eliminates the corridor approach and Effective for annual periods beginning requires recognition of actuarial gains on or after January 1, 2013. and losses as other comprehensive income for pension plans and other longterm benefits in profit or loss, when earned or incurred, among other changes. Amendments to IAS 1 Presentation of Financial Statements Introduces the requirement that all items Effective for annual periods beginning recognized in other comprehensive on or after January 1, 2013. income be separated into and totaled as items that are and items that are no subsequently reclassified to profit or loss. Considering the current operations of the Group, management does not expect these new rules, interpretations and changes to have a material impact on the financial statements as from their adoption. The CPC has not yet issued the pronouncements and amendments related to the new and revised IFRSs presented above. Because of the CPC’s and the CVM’s commitment to keep the set of standards issued updated according to the changes made by the IASB, we expect that such pronouncements and amendments be issued by the CPC and approved by the CVM by the date they become effective. 3. CRITICAL ACCOUNTING ESTIMATES AND ASSUMPTIONS The preparation of financial statements requires the use of certain critical accounting estimates and the exercise of judgment by the Company’s management in the process of application of accounting policies. The accounting estimates and underlying assumptions are reviewed on an ongoing basis and are based on historical experience and other factors that are considered to be relevant in the circumstances. Actual results may differ from those estimates. The effects resulting from the revision of accounting estimates are recognized in the revision period. These significant assumptions and accounting estimates are follows: a) Income tax, social contribution, and other taxes The Company recognizes deferred tax assets and liabilities based on differences between the carrying amount stated in the financial statements and the tax base assets and liabilities using statutory tax rates. The Company reviews regularly deferred tax assets in terms of possible recovery, considering the history of earnings generated and projected future taxable income, based on a technical feasibility study. 24 Natura Cosméticos S.A. b) Provision for tax, civil, and labor contingencies The Company is a party to several lawsuits and administrative proceedings, as described in note 17. Provisions are recognized for all contingent liabilities arising from lawsuits that represent probable losses and can be reliably estimated. The probability assessment includes assessing available evidences, the hierarchy of laws, available previous decisions, most recent court decisions and their relevance within the legal system, and the assessment of the outside legal counsel. Management believes that these provisions for tax, civil and labor contingencies are fairly presented in the financial statements. c) Healthcare plan The current amount of the healthcare plan is contingent to a series of factors determined based on actuarial calculations that update a series of assumptions, for example, the discount and other rates, which are disclosed in note 23.2. The change in one of these estimates could impact the results presented. 4. FINANCIAL RISK MANAGEMENT 4.1 General considerations and policies Risks and the financial instruments are managed through the definition of policies and strategies and implementation of control systems, defined by the Company’s Treasury Committee and approved by the Board of Directors. The compliance of the treasury area’s positions in financial instruments, including derivatives, in relation to these policies, is presented and assessed on a monthly basis by the Treasury Committee and subsequently submitted to the analysis of the Audit Committee, the Executive Committee and the Board of Directors. Risk management is performed by the Company’s general treasury function, which is also responsible for approving the short-term investments and loan transactions conducted by the Group’s subsidiaries. 4.2 Financial risk factors The Group’s activities expose them to several financial risks: market risk (including currency and interest risks), credit risk and liquidity risk. The Company’s overall risk management program is focused on the unpredictability of financial markets and seeks to minimize potential adverse effects on the financial performance, using derivatives to protect certain risk exposures. a) Market risks The Group is exposed to market risks arising from their business activities. These risks mainly comprise possible changes in exchange and interest rates. i) Foreign exchange risk The Group is exposed to the foreign exchange risk arising from financial instruments denominated in currencies different from their functional currencies. To reduce this exposure, the Group implanted a policy to hedge against the foreign exchange risk that establishes exposure limits linked to this risk (Foreign Exchange Hedging Policy). 25 Natura Cosméticos S.A. The treasury area’s procedures defined by the current policy include monthly projection and assessment of the Company’s and its subsidiaries’ foreign exchange exposure, on which management’s decision-making is based. The Foreign Exchange Hedging Policy considers foreign currency-denominated amounts from receivables and payables related to commitments already assumed and recorded in the interim financial information based on the Company’s operations. As of December 31, 2011 and 2010, the Group is basically exposed to risks of fluctuations in the U.S. dollar. To hedge against foreign exchange exposures, the Group contracts derivative (swaps) and non-deliverable forward (NDF) transactions. The Foreign Exchange Hedging Policy establishes that the derivatives contracted by the Group should limit loss due to exchange rate depreciation related to the net income estimated for the current year considering the expected depreciation of the Brazilian real against the U.S. dollar. This limit sets the cap on the maximum foreign exchange exposure that the Group can undertake in relation to the U.S. dollar. As of December 31, 2011, the Company’s and the consolidated balance sheets include accounts denominated in foreign currency which, in the aggregate, represent net liabilities of R$438,667 and R$444,894, respectively (R$52,567 and R$58,675 as of December 31, 2010, respectively). These accounts are substantially represented by borrowings and financing which, as of December 31, 2011, are hedged by swap arrangements. Derivatives to hedge foreign exchange risk The Company classifies derivatives into “financial” and “operating”. “Financial” derivatives include swaps or forwards contracted to hedge against the foreign exchange risk associated with foreign-currency-denominated borrowings and financing. “Operating” derivatives (usually forwards) include derivatives contracted to hedge against the foreign exchange risk on the business’s operating cash flows. As of December 31, 2011, outstanding swap and forward contracts, with maturities between January 2013 and January 2018, were entered into the counterparties represented by the banks Bradesco (25%), Banco do Brasil (12%), Bank of America (62%) and HSBC (1%), broken down as follows: 26 Natura Cosméticos S.A. Financial swaps - Company Principal Type of transaction Swap contracts (1) Asset position: Long position - U.S. dollar Liability position: CDI floating rate: Short position in CDI Fair value Gain (loss) for the year 2011 2010 2011 2010 2011 2010 396,938 396,938 53,534 53,534 435,094 435,094 52,121 52,121 28,184 28,184 (2,110) (2,110) 396,938 396,938 53,534 53,534 406,910 406,910 54,231 54,231 - - Financial swaps - consolidated Principal Type of transaction Swap contracts (1) Asset position: Long position - U.S. dollar Liability position: CDI floating rate: Short position in CDI Fair value Gain (loss) for the year 2011 2010 2011 2010 2011 2010 404,662 404,662 59,817 59,817 442,574 442,574 57,367 57,367 28,626 28,626 (2,830) (2,830) 404,662 404,662 59,817 59,817 413,947 413,947 60,197 60,197 - - Operating forwards - Company and consolidated Notional amount Type of transaction 2011 2010 Fair value 2011 2010 Gain (loss) for the year 2011 2010 Forward contracts (2): Asset position: Long position - U.S. dollar - 34,542 - 34,555 - Liability position: Fixed rates: Short position in fixed rate - 34,542 - 35,786 - (1,231) - (1) Swap transactions consist of swapping the exchange rate fluctuation for a percentage of the floating rate Interbank Deposit Rate (CDI). (2) Forward transactions establish a future parity between the Brazilian real and the foreign currency based on their equivalence when contracted, adjusted by a fixed interest rate. The notional amount represents the amounts of the contracted derivatives. Fair value refers to the value of outstanding contracted derivatives recognized in balance sheets. For derivatives maintained by the Group as of December 31, 2011 and 2010, due to the fact contracts are directly entered into with the financial institutions and not through a Mercantile and Futures Exchange, there are no margin calls deposited as guarantee of the related transactions. 27 Natura Cosméticos S.A. Sensitivity analysis For the sensitivity analysis of derivatives, the Company’s management understands it is necessary to take into consideration corresponding assets and liabilities with exposure to exchange rates recorded in the balance sheet, as follows: Company Consolidated Total borrowings and financing in foreign currency (*) Receivables in foreign currency Payables in foreign currency Notional amounts of financial derivatives Net asset (liability) exposure 438,667 15,043 (435,543) 18,168 444,894 (5,231) 18,765 (439,742) 18,685 (*) The stated amount does not take into account the loan of the Company´s Peruvian subsidiary totaling R$36,483. Management understands that there is no foreign exchange exposure on this liability since it will be settled by the subsidiary with proceeds from transactions in this country, therefore in the same currency the debt was raised. The tables below show the gain (loss) that would have been recognized in profit or loss for the year ended December 31, 2011 based on the following scenarios: Description Company’s risk Net liability exposure Us dollar appreciation Description Company’s risk Net liability exposure Us dollar appreciation Company Probable Scenario scenario II (322) (4,542) Consolidated Probable Scenario scenario II (331) (4,671) Scenario III (9,084) Scenario III (9,342) The probable scenario considers future U.S. dollar rates obtained at BM&FBOVESPA for the maturity dates of the financial instruments exposed to foreign exchange risks. Scenarios II and III consider a 25% (R$2.34/US$1.00) and 50% (R$2.81/US$1.00) appreciation of U.S. dollar, respectively. Probable scenarios II and III are presented as required by CVM Instruction 475/08. In assessing possible changes in exchange rates, management uses the probable scenario, which is being presented for compliance with IFRS 7 – Financial Instruments: Disclosures. The Group does not use derivatives for speculative purposes. 28 Natura Cosméticos S.A. ii) Interest rate risk The interest rate risk arises from short-term investments and loans. Financial instruments issued at floating rates expose the Group to cash flow risks associated with the interest rate. Financial instruments issued at fixed rates expose the Group to fair value risks associated with the interest rate. The Company’s cash flow risk associated with the interest rate arises from shortterm investments and short- and long-term loans and financing issued at floating rates. The Company’s management adopts the policy of maintaining its rates of exposure to asset and liability interest rates pegged to floating rates. Short-term investments are adjusted by the Interbank Deposit Rate (CDI) whereas borrowings and financing are adjusted based on the Long-term Interest Rate (TJLP), CDI and fixed rates, according to the contracts made with the related financial institutions, and trading securities with investors in this market. Management believes that the risk of significant changes in the CDI and TJLP in the next 12 months is low taking into consideration the stability achieved with the current monetary policy implemented by the Federal Government, in addition to the history of increases in Brazilian policy rate over the past years. For this reason, the Company has not conduct derivative transactions to hedge against this risk. The Group contracts swap transactions to mitigate risks on borrowing and financing transactions subject to an index other than CDI, TJLP or fixed rates. However, as of December 31, 2011 and 2010, the Group did not have this type of derivative as they assessed the related risk as very low, as described below. Sensitivity analysis As described in the foreign exchange risk section above, as of December 31, 2011 almost all foreign-currency-denominated borrowings and financing are hedged by swap arrangements that exchange the foreign-currency liability index for the CDI rate fluctuation, in light of the Company’s policy to hedge such risks. The Company is, therefore, exposed to CDI fluctuation. The table below presents the exposure to interest rate risks of transactions pegged to CDI and TJLP, including derivative transactions: Company Total borrowings and financing - in local currency (note 14) Derivatives pegged to CDI/TJLP Short-term investments (note 5) Net liability exposure (480,305) (438,667) 138,078 (780,895) Consolidated (705,322) (444,894) 424,159 (726,057) The sensitivity analysis considers the exposure of borrowings and financing pegged to CDI and TJLP rates, net of short-term investments, also pegged to the CDI rate (note 5). The tables below show the loss (gain) that would have been recognized in profit or loss for the year ended December 31, 2011 based on the following scenarios: 29 Natura Cosméticos S.A. Description Company’s risk Net liabilities Interest rate increase Description Net liabilities Company’s risk Interest rate increase Company Probable Scenario scenario II 1,328 (19,561) Consolidated Probable Scenario scenario II 1,234 (18,188) Scenario III (40,450) Scenario III (37,610) The probable scenario considers future interest rates obtained at BM&FBOVESPA for the maturity dates of the financial instruments exposed to interest rate risks. Scenarios II and III consider an increase in the interest rate of 25% (13.4% per year) and 50% (16.1% per year), respectively. b) Credit risk Credit risk refers to risk of a counterparty not complying with its contract obligations, which would result in financial losses for the Company. Sales of the Group are made to a great number of sales representatives (Natura Beauty Consultants) and this risk is managed through a strict credit granting process. The result of this management is reflected in the ‘Allowance for doubtful accounts’, as explained in note 6. The Group is also subject to credit risks related to financial instruments contracted for the management of its business, primarily represented by cash and cash equivalents, short-term investments and derivative instruments. The Company believes that the credit risk of transactions with financial institutions is low, as these are considered by the market as prime banks. The Policy for Short-term Investments adopted by the Company’s management establishes the financial institutions with which the Group can do business and defines fund allocation limits and the amounts that may be invested in each of these financial institutions. c) Liquidity risk Effectively managing liquidity risk implies to maintain enough cash and marketable securities, funds available through credit facilities used and the ability to settle market positions. Management monitors the Company’s consolidated liquidity level considering the expected cash flows against unused credit facilities. 30 Natura Cosméticos S.A. The carrying amounts of financial liabilities is measured at amortized cost, and their corresponding maturities are as follows: Fair value 2011 One to two years Two to five years More than five years Current: Borrowings and financing Trade payables Derivatives 118,949 148,805 29,555 - - - 118,949 148,805 29,555 (52,525) (1,371) 66,424 148,805 28,184 Noncurrent: Borrowings and financing - 810,404 53,284 80,154 943,842 (91,293) 852,549 Less than one year One to two years Two to five years More than five years 199,515 454,093 29,948 - - - 199,515 454,093 29,948 (30,553) (1,322) 168,962 454,093 28,626 - 890,243 146,652 94,300 1,131,19 5 (113,458) 1,017,737 Consolidated as of December 31, 2011 Borrowings and financing Trade payables Derivatives Noncurrent: Borrowings and financing Fair value 2011 Discount effect Carrying amount 2011 Less than one year Company as of December 31, 2011 Discount effect Carrying amount 2011 4.3. Capital management The Company’s objectives in managing its capital are to ensure that the Company is continuously capable of offering return to its shareholders and benefits to other stakeholders, and maintain an optimal capital structure to reduce this cost. The Company monitors capital based on the financial leverage ratios. This ratio corresponds to the net debt divided by the total capital. The net debt corresponds to total borrowings and financings (including short- and long-term borrowings, as shown in the consolidated balance sheet), deducted from cash and cash equivalents. The net debt shown below does not take into consideration the adjustments to derivatives contracted to mitigate the foreign exchange risk. The consolidated financial leverage ratios as of December 31, 2011 and 2010 are as follows: Company 2011 2010 Short- and long-term borrowings and financing Cash and cash equivalents Net debt Shareholders’ equity Financial leverage ratio Consolidated 2011 2010 918,973 428,442 1,186,699 (166,007) (206,125) (515,610) 752,966 222,317 671,089 691,663 (560,229) 131,434 1,238,553 1,257,501 1,238,554 1,257,502 60.79% 17.68% 54.18% 10.45% 31 Natura Cosméticos S.A. 4.4. Fair value estimate Financial instruments are measured at fair value at the end of the reporting period as prescribed by CPC 40 – Financial Instruments: Disclosures and according to the following hierarchy: • Level 1: Prices quoted (unadjusted) in active markets for identical assets or liabilities. A market is considered active if quoted prices are readily and regularly available from an exchange, dealer, broker, industry group, pricing service or regulatory agency, and those prices represent actual and regularly occurring market transactions on an arm’slength basis. • Level 2: Used for financial instruments that are not traded in active markets (for example, over-the-counter derivatives) and whose fair value is determined using valuation techniques that, in addition to the quoted prices, included in Level 1, use other inputs adopted by the market for assets or liabilities, whether directly (i.e., prices) or indirectly (i.e., derived from prices). • Level 3: Inputs for assets or liabilities that are not based on the data adopted by the market (i.e., unobservable inputs). As of December 31, 2011 and 2010, the measurement of all the Company’s and its subsidiaries’ derivatives falls under the Level 2 characteristics. The fair value of exchange rate derivatives (swap and forwards) is determined based on the exchange rate at the end of the reporting period, with the resulting amount being discounted to present value. Fair value of financial instruments at amortized cost Short-term investments The carrying amounts of the short-term investments approximate their fair values as transactions are conducted at floating interest rates and can be immediately redeemable. Borrowings and financing The carrying amounts of borrowings and financing, except those pegged to a fixed rate, approximate their fair values as they are pegged to a floating rate, the CDI fluctuation. The carrying amounts of financing pegged to TJLP approximate their fair values as the TJLP is also pegged to CDI and is a floating rate. The fair value of borrowings and financing contracted at fixed interest rates does not have significant variation related to the book value disclosed in note 14. Trade and other payables It is estimated that the carrying amounts of trade receivables and trade payables approximate their fair values in view of the short term of the transactions conducted. 32 Natura Cosméticos S.A. 5. CASH AND CASH EQUIVALENTS Company 2011 2010 Cash and banks Floating rate Bank certificates of deposit (CDBs) Consolidated 2011 2010 27,929 9,688 98,208 38,314 138,078 196,437 417,402 521,915 166,007 206,125 515,610 560,229 As of December 31, 2011, the CDBs yield interest ranging from 100.0% to 101.5% of CDI (100.0% to 101.5% as of December 31, 2010). 6. TRADE RECEIVABLES Company 2011 2010 Trade receivables Allowance for doubtful accounts Consolidated 2011 2010 591,480 550,355 706,861 635,944 (56,171) (56,663) (64,989) (65,664) 535,309 493,692 641,872 570,280 The aging list of trade receivables is as follows: Company 2011 2010 Current Past due: Up to 30 days 31 to 60 days 61 to 90 days 91 to 180 days Consolidated 2011 2010 452,392 432,703 543,472 492,947 102,107 79,136 117,560 93,967 14,029 10,897 16,254 16,777 9,950 8,072 13,306 9,406 13,002 19,547 16,269 22,847 591,480 550,355 706,861 635,944 The balance of trade receivables in consolidated is basically denominated in Brazilian reais, and approximately 89% of the outstanding balance as of December 31, 2011 refers to realdenominated transactions (91% as of December 31, 2010). The remaining balance is denominated in several currencies and refers to sales of foreign subsidiaries. The changes in the allowance for doubtful accounts for the period ended December 31, 2011 are as follows: Balance at 2010 (56,663) Company Additions Reversals (a) (b) (82,860) Balance at 2011 Balance at 2010 (56,171) (65,664) 83,352 Consolidated Additions Reversals (a) (b) (88,277) 88,952 (a) Allowance recognized according to note 2.7.. (b) Refers to accounts that are over 180 days past due that were written off due to uncollectible amounts . Balance at 2011 (64,989) 33 Natura Cosméticos S.A. The expense on the recognition of the allowance for doubtful accounts was recorded in ‘Selling expenses’ in the income statement. When recovery of additional cash is less than probable, the amounts credited to line item ‘Allowance for doubtful accounts’ are in general reversed against the definite write-off of the receivable and is recorded in net income or loss. Maximum exposure to credit risk at the reporting date is the carrying amount of each aging range, net of the allowance for doubtful accounts, as shown in the aging list above. The Group does not have any guarantee for past-due receivables. 7. INVENTORIES Company 2011 2010 Finished products Raw materials and packaging Promotional material Work in progress Allowance for losses 219,626 181,188 18,560 14,383 (20,280) (10,479) 217,906 185,092 Consolidated 2011 2010 565,739 149,806 52,288 16,314 (95,399) 688,748 465,027 127,305 37,576 17,290 (75,673) 571,525 The changes in the allowance for inventory losses for the year ended December 31, 2011 are as follows: Balance at 2010 (10,479) (a) Company Additions Reversals (a) (b) (20,741) 10,940 Balance at 2011 Balance at 2010 (20,280) (75,673) (66,900) 47,175 Balance at 2011 (95,398) Refer basically to the recognition of the allowance for losses due to discontinuation, expiration and quality, to cover expected losses on the realization of inventories, pursuant to the Group’s policy. (b) Consist of write-offs of products discarded by the Company. 34 Consolidated Additions Reversals (a) (b) Natura Cosméticos S.A. 8. RECOVERABLE TAXES Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 ICMS on purchases of goods Refundable ICMS - ST on interstate sales, RS Refundable ICMS - ST on interstate sales, SP (a) Refundable ICMS - ST - voluntary reporting proceeding, SP (b) Taxes - foreign subsidiaries ICMS on purchases of fixed assets PIS and COFINS on purchases of fixed assets PIS and COFINS on purchase of goods PIS and COFINS resulting from win on a lawsuit (c) IRPJ and CSLL on freight PIS, COFINS and CSLL - withheld at source Other Provision for discount on sale of ICMS credits 8,296 15,428 45,012 11,887 728 365 81,716 3,022 7,120 6,825 19,743 10 3,000 39,720 154,942 97,888 3,022 8,296 7,120 16,421 22,170 21,567 24,318 16,136 7,376 11,826 68,187 20,025 16,852 3,236 1,746 2,024 5,574 8,834 12,282 (3,376) (2,879) 312,859 210,728 Current Noncurrent 69,417 34,799 201,620 101,464 12,299 4,921 111,239 109,264 (a) Refers to the State Reverse Charge System VAT (ICMS - ST) amount that has been separately disclosed and withheld on a monthly basis on the Company’s and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.’s products sold and shipped to customers located in the Federal District and States other than the State of São Paulo, pursuant to São Paulo State tax legislation in effect since February 2008. In 2010, São Paulo State Department of Finance (SeFaz - SP) granted the Company a special regime that allows it to offset the credits through the “Fast Track”, in which the credits are offset in the month following its computation, through a bank guarantee. (b) On September 24, 2008, the Tax Administration Coordinator of the SeFaz - SP accepted the voluntary reporting request filed by the subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. where, after internal verifications made by its management, this company evidenced undue withholdings of ICMS ST in the period February-May 2008 due to a different interpretation of the provisions of article 264, IV, 313-E and 313-G of ICMS Regulation (RICMS/2000). Said voluntary reporting request clarified and permitted the application of the procedures necessary to regularize the transactions carried out by this subsidiary during the referred period. The requirements were met and the credit was fully offset in 2011. (c) 9. The stated amount refers to the recognition of PIS and COFINS tax credits as a result of the favorable outcome in a lawsuit claiming the unconstitutionality and illegality of the PIS and COFINS taxable basis broadening established by Law 9718/98. See details on note 17 (a) (contingent assets). INCOME TAX AND SOCIAL CONTRIBUTION a) Deferred Deferred Corporate Income Tax (IRPJ) and Social Contribution on Net Income (CSLL) result from temporary differences in the Company and in its subsidiaries. These credits are kept recorded in noncurrent assets, as prescribed by CPC 26 (R1) – Presentation of Financial Statements. The amounts are as follows: 35 Natura Cosméticos S.A. Allowance for doubtful accounts (note 6) Allowance for losses on inventories realization (note 7) Reserve for tax, civil and labor contingencies (note 17) Non-inclusion of ICMS in the PIS and COFINS basis (note 17) Actuarial liability - healthcare plan (note 23.2) Allowance for losses on swap and forward contracts (note 24) Provision for ICMS – ST, PR, DF, MS, MT and RJ States (note 16) Allowances for losses on advances to suppliers Accrued contractual obligations Provision for discount on assignment of ICMS credits Accrued benefits sharing and partnerships Temporary differences of foreign subsidiaries Provision for profit sharing Depreciation rate adjustments to useful lives (RTT) Other temporary differences Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 19,098 6,895 17,743 620 6,573 (9,583) 19,266 3,563 18,884 573 4,462 1,136 19,098 28,219 36,896 39,173 9,565 (9,733) 8,247 1,992 1,439 6,178 3,955 1,420 15,568 80,145 13,672 3,879 1,947 6,874 13,235 87,491 19,266 21,725 40,375 28,869 6,702 1,381 8,247 13,672 2,137 4,432 2,713 2,777 1,148 979 6,178 6,874 9,681 6,562 10,947 (6,989) 32,272 26,645 189,552 180,259 Management, based on projections of future taxable income, estimates that the recorded tax credits will be fully realized within five years. Tax credits will be realized as follows: Company 2012 2013 2014 2015 and thereafter 42,679 11,753 4,633 21,080 80,145 Consolidated 83,230 18,180 59,240 28,902 189,552 With respect to the Company’s foreign subsidiaries, except for the operation in Argentina which reports taxable income, the other subsidiaries do not record tax credits on tax loss carryforwards and temporary differences in their financial statements due to the absence of a history of taxable income and taxable income projections for the coming fiscal years. As of December 31, 2011, tax credits calculated at the prevailing tax rates in the countries where the subsidiaries are located, are as follows: Total temporary differences: Tax loss carryforwards: Argentina Chile Mexico Colombia France 36 9,533 82,379 110,771 73,980 110,678 Natura Cosméticos S.A. Tax credits on tax loss carryforwards generated by the subsidiaries can be carried forward indefinitely, except for those of the subsidiaries in Argentina and Mexico, which expire as follows: Argentina 2012 2013 2014 2015 2016 and thereafter Mexico 3,060 4,564 11 1,909 7,434 - 103,326 9,533 110,771 b) Reconciliation of income tax and social contribution Income before income tax and social contribution Income tax and social contribution at the rate of 34% Technological research and innovation benefit - Law 11196/05 (*) Tax incentives - donations Equity in investees (note 12) Unrecognized deferred taxes on tax losses generated by foreign subsidiaries Tax Transition Regime (RTT) - Provisional Act 449/08 – Law 11,638/07 adjustments Write-off of goodwill – liquidation of Flora Medicinal Interest on capital tax benefit Other permanent differences Income tax and social contribution expenses Income tax and social contribution - current Income tax and social contribution - deferred Effective rate - % Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 1,161,791 1,053,123 (395,009) (358,062) 22,386 19,035 6,582 5,820 18,628 8,760 1,237,730 1,118,169 (420,828) (380,177) 22,386 19,035 9,668 8,296 - - - (28,915) (31,459) (774) 21,067 (3,770) (330,890) 649 8,332 18,242 (11,849) (309,073) (3,242) 21,067 (6,965) (406,829) (1,623) 8,332 18,242 (14,766) (374,120) (323,543) (7,347) (313,612) 4,539 (416,123) 9,294 (408,233) 34,113 28.5 30.5 32.9 33.5 (*) Refers to the tax benefit established by Law 11196/05, which allows for the direct deduction from the calculation of taxable income and the social contribution tax basis of the amount corresponding to 60% of the total expenses on technological research and innovation, observing the rules established in said Law. The changes in income tax and social contribution for the year were as follows: Balance at 2010 Company Charged / (credit) to profit or loss Balance at 2011 87,491 7,346 80,145 Balance at 2010 Consolidated Charged / (credit) to profit or loss Balance at 2011 180,259 (9,293) 189,552 10. ESCROW DEPOSITS Represent Group’s restricted assets related to amounts deposited and held by the courts until the litigation to which they are linked is resolved. The Group’s escrow deposits as of December 31, 2011 and 2010 are as follows: 37 Natura Cosméticos S.A. Company 2011 2010 ICMS - ST (note 17.(a)) ICMS - ST suspended collection (*) (note 16 (b)) Other accrued tax obligations (note 16 (e) and (g)) Other suspended tax obligations (note 16 (c)) Unaccrued tax lawsuits Accrued tax lawsuits (note 17) Unaccrued civil lawsuits Accrued civil lawsuits (note 17) Unaccrued labor lawsuits Accrued labor lawsuits (note 17) Consolidated 2011 2010 80,304 53,809 80,304 53,809 88,521 167,019 88,521 167,019 9,434 8,556 52,024 48,106 10,955 10,426 10,955 10,426 34,373 30,676 38,254 36,034 9,952 9,600 11,515 10,754 1,016 938 1,108 1,343 1,886 1,874 1,992 1,976 5,844 4,410 6,999 5,130 2,653 1,762 4,167 2,410 244,938 289,070 295,839 337,007 11. OTHER CURRENT AND NONCURRENT ASSETS Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 Advances to advertisement services Asset held for sale Insurance Restricted cash - CDBs (*) Others 111,690 1,829 6,371 119,890 64,886 112,666 66,246 - 17,752 17,752 1,565 2,464 2,224 6,757 6,155 6,071 17,079 18,926 72,522 156,718 111,303 Current Noncurrent 115,328 4,562 52,470 126,783 20,052 29,935 66,399 44,904 (*) Refers to a blocked account pledged as guarantee related to the court collection of Federal VAT (IPI) for July 1989 when wholesale units were held equivalent to manufacturing establishments under Law 7798/89. The lawsuit is pending a decision on the appeal from the defendant at the Federal Regional Court of the 3rd region (São Paulo). Based on the Company’s legal counsel assessment the likelihood of loss in this lawsuit is possible. 12. INVESTMENTS Company 2011 2010 Investments in subsidiaries and jointly controlled entities 38 1,253,721 1,099,188 Natura Cosméticos S.A. Information and changes in the balances for the year ended December 31, 2011 Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Share capital Equity interest Subsidiaries' shareholders’ equity Interest in shareholders’ equity Subsidiaries' net income (loss) for the year Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Natura Natura Natura Inovação e Natura Natura (Brasil) Natura Cosméticos Cosméticos Tecnologia Cosméticos de Cosméticos International Natura Cosméticos S.A. C.A. de Produtos Mexico S.A. Ltda. B.V. - The Cosméticos S.A. - Peru Argentina Venezuela Ltda. (*) Colombia Netherlands (*) España S.L. Total 526,155 99.99% 1,060,440 1,060,334 124,882 101,336 99.99% 20,385 20,383 (3,535) 13,903 99.94% 1,486 1,485 (4,728) 106,116 99.97% 72,847 72,825 7,685 6,609 99.99% 306 306 (1) 5,008 99.99% 28,812 28,809 15,527 192,975 99.99% 47,601 47,596 (46,023) 72,948 99.99% 13,435 13,434 (20,973) 85,847 100.00% 8,444 8,444 (18,052) 73 1,110,970 100.00% 106 1,253,861 106 1,253,721 54,782 930,614 124,881 23,246 (3,535) (891) (4,725) 56,902 7,683 273 (1) 45,021 15,527 26,950 (46,019) 8,782 (20,970) 8,208 (18,052) 83 1,099,188 54,789 89 (384) Carrying amount of investments Balance as of December 31, 2010 Equity in investees Exchange rate change and other adjustments on the translation of investments in foreign subsidiaries Company’s contribution to the stock options plan of subsidiaries’ executives and other reserves Profit distribution Capital increases Balance as of December 31, 2011 - 672 357 2,431 34 4,839 1,060,334 20,383 6,744 1,485 5,809 72,825 306 2,171 (34,000) 28,809 67,049 47,596 1,893 468 23,729 13,434 17,819 8,444 - 5,561 7,010 (34,000) 23 121,173 106 1,253,721 (*) Consolidated information of the following companies: Natura Cosméticos de México S.A.: Natura Cosméticos y Servicios de México, S.A. de C.V., Natura Cosméticos de México, S.A. de C.V. and Natura Distribuidora de México, S.A. de C.V. Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands: Natura (Brasil) International B.V. (The Netherlands), Natura Brasil Inc. (USA - Delaware), Natura International Inc. (USA - New York), Natura International Inc. (USA - Nevada), Natura Worldwide Trading Company (Costa Rica), Natura Europa SAS (France) and Natura Brasil SAS (France) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. and Natura Innovation et Technologie Produits S.A.S. - France 39 [this page intentionally left blank] 40 Natura Cosméticos S.A. 13. PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT AND INTANGIBLE ASSETS PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT Vehicles Leasehold improvements (a) Machinery and equipment Buildings Furniture and fixtures IT equipment Projects in progress Advances to suppliers INTANGIBLE ASSETS Software and other Carbon credits (c) Software and other PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT Machinery and equipment Buildings Installations Land Molds Vehicles IT equipment Furniture and fixtures Leasehold improvements (a) Projects in progress Advances to suppliers Other INTANGIBLE ASSETS Software Carbon credits (c) Business lease - Natura Europa SAS – France (b) Trademarks and patents (a) Weighted average annual depreciation rate -% Company 2011 Adjusted cost Accumulated depreciation 2010 Residual amount Adjusted cost Accumulated depreciation Residual amount 21 39,010 (16,991) 22,019 34,234 (14,491) 19,743 15 35,419 (11,844) 23,575 23,486 (9,053) 14,433 4 114,844 56,694 11,633 50,867 67,843 2,191 378,501 (7,421) 107,423 - 56,694 (3,006) 8,627 (7,024) 43,843 67,843 2,191 (46,286) 332,215 27,668 6,264 6,614 11,699 15,159 125,124 (3,018) (2,584) (3,803) (32,949) 24,650 3,680 2,811 11,699 15,159 92,175 7 18 - Weighted average annual amortization rate - % 17 17 Weighted average annual depreciation rate -% Company 2011 Adjusted cost 88,848 7,437 96,285 Accumulated amortization (17,356) (17,356) 2010 Residual amount Adjusted cost 71,492 7,437 78,929 23,852 5,338 29,190 Accumulated amortization (10,604) (10,604) Residual amount 13,248 5,338 18,586 Consolidated 2011 Adjusted cost Accumulated depreciation 2010 Residual amount Adjusted cost Accumulated depreciation Residual amount 6 4 9 30 21 19 11 410,901 207,836 132,919 27,214 116,068 59,490 76,305 32,976 (145,342) (60,400) (73,512) (87,966) (22,430) (23,933) (11,937) 265,559 147,436 59,407 27,214 28,102 37,060 52,372 21,039 308,262 151,161 120,440 27,180 105,362 56,361 75,749 27,164 (124,315) (54,305) (65,066) (79,921) (21,181) (45,969) (11,926) 183,947 96,856 55,374 27,180 25,441 35,180 29,780 15,238 15 3 50,599 80,563 47,724 4,196 1,246,791 (18,581) (2,256) (446,357) 32,018 80,563 47,724 1,940 800,434 44,273 35,489 28,648 3,897 983,986 (18,725) (2,111) (423,519) 25,548 35,489 28,648 1,786 560,467 Weighted average annual amortization rate - % Consolidated 2011 Adjusted cost Accumulated amortization 2010 Residual amount Adjusted cost Accumulated amortization Residual amount 18 182,890 7,437 (32,676) - 150,214 7,437 183,322 5,338 (73,376) - 109,946 5,338 10 5,074 1,652 197,053 (1,623) (34,299) 5,074 29 162,754 4,629 1,573 194,862 (1,413) (74,789) 4,629 160 120,073 The amortization rates take into consideration the lease terms of leased properties, which range from three to five years. 41 Natura Cosméticos S.A. (b) The business lease generated on the purchase of a commercial location where Natura Europa SAS - France operates is supported by an appraisal report issued by independent appraisers, attributable to the fact that it is an intangible, marketable asset, the value of which does not decrease over time. The change in the balance between December 31, 2011 and December 31, 2010 is basically due to the effects of the exchange fluctuation for the period. (c) Carbon Neutral Program (note 2.11.3). The Company reviewed the remaining useful lives of the property, plant and equipment items and intangible assets and recorded the resulting effects beginning January 1, 2010. As a result of the revision of this accounting estimated, which had the purpose of aligning the remaining useful lives of the assets and, consequently, the remaining depreciation with the residual lives of the assets, the Company recorded an impact, credited to depreciation in 2011, as compared to depreciation recorded in the previous year, totaling R$11,482. Additional information on property, plant and equipment: a) Assets pledged as collateral As of December 30, 2011, the Group has property, plant and equipment items pledged as collateral of bank financing and loan transactions, as well as items attached to the defense of lawsuits, as shown below: Company Vehicles IT equipment Machinery and equipment Balances at yearend 4,229 3,477 3,171 10,877 Consolidated 4,229 4,063 3,171 11,463 b) Leases In 2011 the Company entered into finance lease transactions to purchase property, plant and equipment totaling R$56,694, recognized in line item “Buildings” and “sale leaseback” transactions totaling R$24,537, recognized in line item “Machinery and equipment” . As of December 31, 2011, the balance of lease payables, classified in line item “Borrowings and financing” (note 14) totals R$79,673. c) Balance of capitalized interest Consolidated 2011 2010 Buildings 42 1,427 1,479 Natura Cosméticos S.A. Changes in property, plant and equipment Company 2011 2010 Balance at beginning of year Additions (less transfers from projects in progress when terminated): Machinery and equipment Projects in progress/advances to suppliers Vehicles Molds Facilities IT equipment Furniture and fixtures Other Leases Depreciation Transfers and disposals, net Balance at yearend 92,175 28,373 114,902 15,069 40,611 4,176 4,777 207,908 Consolidated 2011 2010 50,375 560,467 492,256 8,884 45,037 29,669 32,389 165,726 84,555 13,498 21,031 24,193 - 15,344 16,986 6,112 7,208 769 11,377 7,304 545 5,679 1,618 1,036 5,524 3,696 57,121 275,830 175,228 56,694 56,694 (20,814) (12,615) (84,108) (69,412) (3,748) (2,706) (8,449) (37,605) 332,215 92,175 800,434 560,467 Changes in intangible assets Company 2011 2010 Balance at beginning of year Additions: Software (includes implementation costs) Carbon credits Transfers and disposals, net Amortization Balance at yearend Consolidated 2011 2010 18,586 11,527 120,073 82,740 64,993 4,135 69,128 4,411 5,338 9,749 66,402 4,135 70,537 56,310 5,338 61,648 (2,034) (6,751) 78,929 - (2,043) (4,879) (2,690) (25,813) (19,436) 18,586 162,754 120,073 43 Natura Cosméticos S.A. 14. BORROWINGS AND FINANCING Consolidated 2011 2010 Company 2011 2010 Reference Local currency BNDES - EXIM FINEP (Financing Agency for Studies and Projects) Debentures BNDES Guaranteed account Working capital BNDES FINAME Banco do Brasil - FAT Fomentar (Workers’ Assistance Fund) Finance leases FINEP - grant Total local currency - - 67,607 116,388 A - - 27,106 27,633 B 353,256 352,669 141,689 110,996 2,001 48,613 7,336 6,506 C D E F G 353,256 352,669 21,708 23,206 48,613 - - - - 2,697 3,908 H 56,729 480,306 375,875 56,729 940 289 2,086 705,322 623,127 I J BNDES - EXIM BNDES Resolution 4131/62 International operation - Peru Machinery financing Total foreign currency Grand total 4,486 2,479 411,237 50,088 22,944 438,667 52,567 918,973 428,442 1,229 10,713 7,358 411,238 50,088 36,483 9,861 22,944 481,377 68,536 1,186,699 691,663 K L M N O Current Noncurrent 66,424 60,086 852,549 368,356 168,962 226,595 1,017,737 465,068 Foreign currency 44 Natura Cosméticos S.A. Reference Currency Maturity A B Real Real March 2014 March 2013 and May 2019 C D Real Real May 2013 January 2018 E F G Real Real Real April 2011 January 2012 September 2016 H Real February 2014 I J K L M Real Real Dollar Dollar Dollar Through August 2026 December 2012 February 2011 January 2018 October 2013 N O Novo sol Dollar December 2012 December 2016 Charges Interest of 2.5% p.a. + TJLP (462) TJLP (b) for the installment maturing in 2013 and interest of 5% for the installment maturing in May 2019 Interest of 108% of CDI (c) TJLP (b) for the installment maturing in March 2016 + interest of 0.7% to 2.8% p.a. 123.9% of CDI (c) p.a. + IOF (b) 105.5% of CDI (c) p.a. + IOF (b) Interest of 4.5% p.a. + TJLP Interest of 4.4% p.a. + TJLP Interest of 108.0% of DI - CETIP (c) N/A Exchange fluctuation + 8.31% p.a. (a) Exchange fluctuation + 1.8% p.a. + Resolution nº 635 (a) Exchange fluctuation + interest of 1.87% to 3.89% p.a. (a) Interest of 5.20% p.a. Exchange fluctuation + interest of 3.87% p.a. (a) (a) Loans and financing for which swap contracts (CDI) were entered into. (b) IOF - Tax on Financial Transactions. (c) DI - CETIP - daily index calculated based on the average DI, disclosed by Cetip S.A. (Brazilian clearinghouse and over-the-counter market). Collaterals Guarantee of Natura Cosméticos S.A. Guarantee of Natura Cosméticos S.A. and bank guarantee N/A Bank guarantee Guarantee of Natura Cosméticos S.A. Guarantee of Natura Cosméticos S.A. Chattel mortgage, guarantee of Natura Cosméticos S.A. and promissory notes Chattel mortgage, guarantee of Natura Cosméticos S.A. and promissory notes Leases are collateralized by the underlying assets None Guarantee of Natura Cosméticos S.A. Guarantee of Natura Cosméticos S.A. and bank guarantee Guarantee of subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda. Bank guarantee Leases are collateralized by the underlying assets 45 [This page is intentionally left blank] 46 Natura Cosméticos S.A. Maturities of noncurrent liabilities are as follows: Company 2011 2010 2012 2013 2014 2015 2016 and thereafter Consolidated 2011 2010 6,530 - 39,425 771,468 355,820 840,496 379,440 11,067 4,450 48,132 22,963 8,364 1,539 38,413 19,001 61,650 17 90,696 4,239 852,549 368,356 1,017,737 465,068 A description of the outstanding bank loan agreements is as follows: a) Description of bank loans 1. BNDES - EXIM Pré-Embarque and BNDES - EXIM Pré-Embarque Especial Programs The subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. benefits from BNDES financing programs for the pre-shipment stage of goods and services exports. As a rule, the requirements for participation in said programs are: (i) to have credit approved by the financial institution that will enter into the financing agreement; and (ii) to manufacture products using at least 60% of locally sourced materials. 2. Financing agreements with the BNDES The Company and its subsidiaries Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. and Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. have credit facility agreements with the BNDES to facilitate direct investments in the Company and its subsidiaries in order to improve certain product lines, train research and development employees, optimize operation product separation lines in the Cajamar, SP industrial facilities, build new distribution centers, and restructure the administration of the Itapecerica da Serra, SP unit and purchase the equipment necessary for these purposes 3. Financing agreement with the FINEP The subsidiary Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. has innovation programs aimed at the development and acquisition of new technologies by means of partnerships with universities and research centers in Brazil and abroad. These innovation programs have the support of FINEP’s research and technological development incentive programs, which facilitates and/or co-finances equipment, scientific grants and research material for the participating universities. These funds were used to partially fund the investments made in the drafting of the “Technology Platforms for New Cosmetics and Nutritional Supplements” and the “Research and Innovation for the Development of New Cosmetics” projects. 47 Natura Cosméticos S.A. 4. Machinery and Equipment Financing - FINAME The Company benefits from a credit facility with the BNDES, related to FINAME onlendings, intended to finance the purchase of new machinery and equipment manufactured in Brazil. Said onlending is carried out by granting credit to subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., granting rights to receivables to the financial institution accredited as a financing agent, usually Banco Votorantim S.A., Banco Itaú Unibanco S.A., Banco do Brasil S.A., HSBC Bank Brasil S.A. or Banco Santander Brasil S.A., which enters into such said financing with Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. These agreements are collateralized by assigning the fiduciary ownership of the assets described in the related agreements. The subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. is the trustee and the Company is the guarantor of these assets. In addition, the Group is required to meet the Provisions Applicable to BNDES Agreements and the General Regulatory Terms and Conditions of FINAME-related Transactions. 5. Resolution 4131/62 Bank Credit Note - Onlending of funds raised abroad under Resolution 4131/62, through financial institutions. 6. Debentures First issuance of simple debentures, nonconvertible into shares, totaling R$350,000, in single series, without guarantee and without financial covenants, with face value of R$1,000, in conformity with CVM Instruction 476/09, issued on May 26, 2010 and subscribed and paid in May 28, with the payment of semiannual interest in May and November, and principal maturing on May 26, 2013. b) Finance lease obligations Financial obligations are broken down as follows: 2011 Gross finance lease obligations - minimum lease payments: Less than one year More than one year and less than five years More than five years Future financing charges on finance leases Financial lease obligations - accounting balance 2010 12,633 642 54,102 78,800 377 145,535 1,019 (65,862) (79) 79,673 940 c) Restrictive covenants As of December 31, 2011 and 2010, most financing and loan agreements entered into by the Group subsidiaries do not contain restrictive covenants establishing obligations regarding the maintenance of financial ratios by the Company or its subsidiaries. 48 Natura Cosméticos S.A. Only the agreement entered into with BNDES contains restrictive covenants requiring maintenance of certain financial ratios. As of December 31, 2011, the Company was in compliance with all the restrictive clauses. The agreement entered into with BNDES in July 2011 contains restrictive covenants requiring maintenance of the following financial ratios: - EBITDA margin equal or higher than 15%; and - Net debt/EBITDA equal or lower than 2.5 (two wholes and five tenths). As at December 31, 2011, the Company was fully compliant with such restrictive covenants. 15. TRADE AND OTHER PAYABLES Company 2011 2010 Domestic trade payables Foreign trade payables (*) Freight payable Consolidated 2011 2010 133,762 77,805 435,328 326,945 15,043 842 18,765 4,964 34,512 34,585 34,887 34,585 183,317 113,232 488,980 366,494 (*) Refer mostly to US dollar-denominated amounts. 16. TAXES PAYABLE Company 2011 2010 Taxes on revenue (PIS/COFINS) (injunction) (a) Ordinary ICMS Regular and reverse charge ICMS (b) IRPJ and CSLL IRPJ and CSLL (injunction) (c) IRPJ and CSLL (injunction - PAT) Withholding income tax (IRRF) IPI - exempt and zero-taxed products (d) UFIR adjustment to federal taxes (e) IPI credit on purchase of property, plant and equipment and supplies for own use and consumption (f) Action for annulment of INSS debt (g) Withholding PIS/COFINS/CSLL PIS/COFINS Taxes - foreign subsidiaries Service tax (ISS) Consolidated 2011 2010 1,823 59,894 89,301 127,458 56,941 2,656 7,621 6,361 1,686 50,807 167,019 99,347 33,472 7,901 6,216 115,214 81,687 89,301 150,639 56,941 6,029 11,974 42,432 6,519 84,908 75,657 167,019 125,816 33,472 2,261 13,203 39,404 6,360 3,073 2,490 364 357,982 2,893 5,319 613 375,273 3,073 3,324 1,110 17,888 1,214 587,345 3,768 2,893 7,554 6,663 9,354 2,799 581,131 49 Natura Cosméticos S.A. Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 Escrow deposits ((b) and (g)) (note 10) (97,955) (175,575) (140,545) (215,125) Current Noncurrent 260,027 97,955 199,698 175,575 446,800 140,545 366,006 215,125 (a) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. are challenging in court the inclusion of ICMS in the tax basis of Integration Program Tax on Revenue (PIS) and Social Security Funding Tax on Revenue (COFINS). In June 2007, the Company and its subsidiary were authorized by the court to pay PIS and COFINS without the inclusion of ICMS in their tax basis, starting April 2007. The balances recognized as of December 31, 2011 refer to the unpaid amounts of PIS and COFINS, from April 2007 to December 2011 adjusted using the SELIC (Central Bank’s policy rate), the collection of which is on hold. Part of the balance, in the adjusted amount of R$3,065, is deposited in escrow. (b) As of December 31, 2011, R$12,669, R$52,305, R$23,274, R$273 and R$780 of the total amount recognized refer to the ICMS - ST of State of Paraná, Federal District, State of Mato Grosso do Sul, State of Mato Grosso and State of Rio de Janeiro, respectively (R$119,371, R$34,969 and R$12,679 Federal District and State of Mato Grosso do Sul, respectively as of December 31, 2010), which is being challenged in court, as also mentioned in note 17 ‘Contingent tax liabilities - possible risk’, (a). The Company has made monthly escrow deposits for the unpaid amounts. On November 26, 2011, the Company entered into an arrangement, to be enforced after the end of the current reporting period, with the State of Paraná to set the Value Added Margin (MVA) applicable to the calculation of ICMS-ST due on transactions conducted by consultants. Accordingly, Natura Cosméticos recognized the MVA application (up to the cap determined by the technical study) for taxable events prior to November 2011 and dropped part of the lawsuits on this matter, resulting in (i) the transfer of R$114,345 to the State of Paraná as ICMS-ST and (ii) the withdrawal of the deposited R$16,930 excess because of the retrospective extension of the tax benefit. The MVA applicable to taxable events prior to November 2011 is still being discussed in courts and is currently at court expert review stage. (c) On February 4, 2009, the Company was granted an injunction, subsequently confirmed by court decision, that suspended the collection of income tax and social contribution on any amounts received as arrears interest, paid on late payment of contractual obligations receivables to the Natura Beauty Consultants. The appeal filed by the Federal Government is awaiting judgment. (d) Refers to Federal VAT (IPI) on zero-taxed, untaxed or exempt raw materials and packaging materials. Subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. filed a writ of mandamus and obtained an injunction granting the right to the credit. On September 25, 2006, the injunction was revoked by a decision that considered the request invalid. The Company filed an appeal for reconsideration of merits and reinstatement of 50 Natura Cosméticos S.A. the injunction. To suspend the payment of tax, in October 2006, the Company made an escrow deposit in the amount offset under the injunction, whose adjusted balance totals R$42,432 as of December 31, 2011 (R$39,404 as of December 31, 2010). In the fourth quarter of 2009, in order to utilize the benefits granted under Provisional Act 470/09, which creates a program for the payment and payment in installments of tax debts, the subsidiary filed a motion partially withdrawing the claims made in the injunction filed that maintains only the claim of tax credits on tax-exempt products, thus dropping the lawsuits claiming IPI credits of zero-taxed and untaxed products (see details in topic ‘Tax installment plans created under Provisional Act 470/09). On this date, after having met the requirements to join the tax installment plan introduced by Provisional Act 470/09, the subsidiary awaits the tax authorities’ approval to write off the suspended collection amounts and the corresponding escrow deposits. Subsequently, in December de 2011, the subsidiary filed a motion to also drop the lawsuit claiming tax credits on tax-exempt products, which are deposited in escrow. Thus, the subsidiary awaits the transfer to the State of the escrow deposits after a final and unappealable decision is issued. (e) Refers to the inflation adjustment of 1991 federal taxes on income (IRPJ/CSLL/ILL) based on the UFIR (fiscal reference unit), discussed in a writ of mandamus. The amount involved is deposited in escrow. On February 26, 2010, the Company filed a motion dropping this lawsuit to be able to utilize the benefits granted under Law 11941/09, which creates a program for the payment and payment in installments of tax debts and awaits the issue of a final and unappealable decision. (f) Subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discusses, through writs of mandamus, the right to IPI credit on the purchase of property, plant and equipment items and consumables. On February 26, 2010, this subsidiary filed a motion for the withdrawal of this lawsuit to be able to utilize the benefits granted under Law 11941/09, which creates a program for the payment and payment in installments of tax debts. (g) Refers to the social security contribution required by tax assessments issued by the National Institute of Social Security as a result of an inspection, which claims that the Company, as a taxpayer having joint liability for tax payment, is required to pay INSS on services provided by third parties. The amounts are being challenged in court through a tax debt annulment action and are deposited in escrow. The amounts required in the tax assessment notice cover the period from January 1990 to October 1999. In 2007, the Company reversed the amount of R$1,903, relating to the expiration of part of the amount involved in the lawsuit for the period from January 1990 to October 1994, as recently instructed under Case Law Decision 08 of the Federal Supreme Court (STF). On March 1, 2010, the Company filed a motion dropping part of the claims made and partially waiving its right to utilize the benefits granted under Law 11941/09 regarding the social security contributions due by the companies that provided services to the Company (joint liability) during the period from November 1994 to December 1998. Tax installment program established by Law 11941/09 On May 27, 2009, Federal Government enacted Law 11941, as a result of the conversion of Provisional Act 449/08, which, among other changes to tax law, established the possibility of a tax debt installment plan managed by the Federal Revenue Service, the National Social Security Institute and the National Treasury Attorney General (PGFN), including the remaining balance of consolidated debts in the REFIS (Law 9964/00), Special Installment Plan (PAES) (Law 10684/03) and the Exceptional Installment Plan (PAEX) (Provisional Act 303/06), in addition to the regular payments in installments provided for by article 38 of Law 8212/91 and 51 Natura Cosméticos S.A. article 10 of Law 10522/02. The entities that opted for paying or dividing into installments the debts under this Law, in the applicable cases, may settle the amounts corresponding to default and automatic fines and latepayment interest, including those related to legally enforceable debts to the Government, using tax loss carryforwards, and will benefit from reduced fines, interest and legal charges whose reduction percentage depends on the installment plan chosen. Pursuant to the established rules, for compliance with the first stage of installment payments, the Company and its subsidiaries, after having filed motions at Court formalizing the withdrawal of lawsuits whose taxes would be paid in installments, applied for installment payments, choosing installment plans and indicating the generic nature of tax debts, paying the respective initial installments, pursuant to the provisions of Federal Revenue Service (SRF) and National Treasury Attorney General (PGFN) Joint Administrative Rule. The tax debts recorded for payment in installments by the Company and its subsidiaries, pursuant to Law 11941/09, are as follows: Company 2010 Action for annulment of INSS debt (a) IRPJ/CSLL/ILL debts (b) 2,893 6,216 9,109 Additions Reversals Payments Inflation adjustment 2011 186 186 (521) (521) - 180 480 660 3,073 6,361 9,434 Consolidated Additions Reversals Payments Inflation adjustment 2011 2,893 6,360 186 (521) - 180 494 3,073 6,519 3,768 13,021 186 (3,654) (4,175) (223) (223) 109 783 9,592 2010 INSS debt - action for annulment (a) IRPJ/CSLL/ILL debts (b) IPI on acquisition of property, plant and equipment and materials for own use and consumption (c) (a) See item (g) on this note for details. (b) See item (e) on this note for details. (c) See item (f) on this note for details. Due to the lack of tax loss carryforwards, the Company will not offset them against the remaining balance of the interest on installments. In the second half of 2011, after the consolidation of the debts, the administrative proceedings were settled in one single payment, which led to a reversal of the provision. The next steps of the Company’s and its subsidiaries’ tax installment plans, which are being discussed in courts, depend on a decision about the consolidation of the related debts, which is expected in order to settle such debts by transferring existing escrow deposits to the Federal Government. 52 Natura Cosméticos S.A. Tax installment plans created under Provisional Act 470/09 On October 13, 2009, Provisional Act 470 was enacted introducing the tax debt payment and installment plans arising from the undue use of an industry tax incentive, introduced by Article 1 of Law Decree 491, of March 5, 1969, and the undue use of IPI credits, regulated by the Attorney General of the National Treasury (PGFN) and Federal Revenue Service (RFB). On November 3, 2009, the PGFN and the Federal Revenue Service published in the Federal Official Gazette (DOU) Joint Administrative Rule 9, which establishes the debt payment and installment plan addressed in Article 3 of Provisional Act 470/09. The debts arising from the undue utilization of industry tax incentives introduced by Article 1 of Decree Law 491/69, and those arising from the undue utilization of IPI credits challenged by the PGFN and Federal Revenue Service may be exceptionally paid at sight or in installments to each agency by November 30, 2009. As mentioned in item (d) above, subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. filed a motion partially withdrawing from the injunction filed related to IPI credits claimed on products purchased at zero tax rate or tax exempt. As of December 31, 2011, the Company awaits a decision of the 3rd Region Federal Court, based on the PGFN’s and Federal Revenue Service’s position, to complete the stage related to the consolidation of tax debts and write off the balances of suspended liabilities against escrow deposits made until this date at the inflation adjusted amounts. As there are escrow deposits made in the past and in light of the option made by the subsidiary to pay tax debts at sight, no gain was recognized in profit or loss from the reversal of late payment fine and interest. 17. PROVISION FOR TAX, CIVIL AND LABOR CONTINGENCIES The Company and its subsidiaries are parties to tax, labor and civil lawsuits and administrative tax proceedings. Management believes, based on the opinion and estimates of its legal counsel, that the provision for tax, civil, and labor contingencies are sufficient to cover potential losses. This provision is broken down as follows: Company 2011 2010 Tax Civil Labor Consolidated 2011 2010 27,612 29,867 33,850 42,970 12,234 9,284 16,986 14,137 9,754 14,131 14,219 16,677 49,600 53,282 65,055 73,784 53 Natura Cosméticos S.A. Tax contingencies The provision for tax contingencies is broken down as follows: Company 2010 Additions Reversals Payments Inflation adjustment 2011 Late payment fines on federal taxes paid in arrears (a) CSLL deductibility (Law 9316/96) (b) IRPJ and CSLL tax assessment - attorney fees (c) Tax assessment - 1990 IRPJ (d) Failure to include ICMS in PIS and COFINS tax bases - attorney fees (e) Attorney and other fees (g) Total provision for tax contingencies 999 7,562 4,452 3,342 424 - (666) - (683) - 54 323 1,182 172 794 7,885 4,968 3,514 951 12,561 29,867 424 (635) (3,137) (4,438) (683) (316) 1,027 2,442 10,451 27,612 Escrow deposits (note 10) (9,600) (352) (9,952) - - - Consolidated 2010 Late payment fines on federal taxes paid in arrears (a) CSLL deductibility (Law 9316/96) (b) IRPJ and CSLL tax assessment - attorney fees (c) Tax assessment annulment action - 1990 IRPJ (d) Failure to include ICMS in PIS and COFINS tax bases - attorney fees (e) Semiannual PIS - Decree Laws 2445/88 and 2449/88 (f) Attorney and other fees (g) Total provision for tax contingencies Escrow deposits (note 10) Additions 1,505 7,562 4,452 3,342 424 - 6,063 - 2,191 17,855 42,970 700 1,124 (10,754) - Reversals (453) (666) (5,588) (6,571) (13,278) - Payments (683) (683) - Inflation adjustment 72 323 1,182 172 (475) 129 2,314 3,717 2011 865 7,885 4,968 3,514 2,320 14,298 33,850 (761) (11,515) (a) Refer to fine for late payment of federal taxes. (b) Refers to CSLL that was addressed by an injunction that questions the constitutionality of Law 9316/96, which prohibited the deduction of CSLL from its own tax basis and the IRPJ basis. A portion of this provision, in the adjusted amount of R$5,905 (R$5,559 as of December 31, 2010), is deposited in escrow. The lawsuit is stayed waiting a decision of the STF on the subject and will be decided under established case law. (c) Refers to attorney fees for the defense in the tax assessment notices issued against the Company in December 2006 and December 2007 by the Federal Revenue Service, claiming the payment of income tax and social contribution on the deductibility of the yield of debentures issued by the Company for fiscal years 2001 and 2002, respectively. The legal counsel’s opinion is that the likelihood of unfavorable outcome in these tax assessment notices is remote. A final and unappealable administrative decision on the tax assessment notice issued against the Company in August 2003 challenging the deductibility, in fiscal year 1999, was issued on January 2010 that maintains part of the income tax assessed and the whole of the social contribution. After this decision, on April 7, 2010, the Company filed a lawsuit to cancel the remaining installment of IRPJ and CSLL. The legal counsel considers that the likelihood of an unfavorable outcome is remote. (d) Refers to a tax assessment notice issued by the Federal Revenue Service claiming the payment of income tax on the earnings obtained on exports entitled to tax benefits carried out in fiscal year 1989, at the rate of 18% (Law 7988, of December 29, 1989) and not 3%, as set out in article 1 of Decree Law 2413/88, used by the Company at the time to pay its taxes. The Company has filed a lawsuit to cancel the tax assessment. The lawsuit is stayed waiting a STF decision on the subject. (e) Refers to attorney fees for filing and handling the lawsuits challenging the inclusion of ICMS in the PIS and COFINS tax basis in the period from February 1998 to December 2011. The provision for attorney fees was reversed in the second half of 2011 as the risk of loss assessed by the legal counsel was reviewed and changed from remote to possible loss, based on the progress of the leading case (ADC-18) which is with the Federal Supreme Court and the changes in this Court’s 54 Natura Cosméticos S.A. composition. (f) Refers to the offset of PIS paid as per Decree Laws 2445/88 and 2449/88, in the period from 1988 to 1995, against Federal taxes due in 2003 and 2004. The reversal made by the Company in 2007 in the amount of R$14,910 is due to the final decision favorable to the Company, rendered in August 2007. The remaining reserve refers to the subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., which is awaiting the appreciation of the lawsuit by the Board of Tax Appeals. (g) The balance refers to lawyer fees to defend the Company’s and its subsidiaries’ interests in tax lawsuits. The amount of (i) R$4,000, accrued in 2009, refers to lawyers’ fees to prepare the defense against an IRPJ and CSLL infringement notification against the Company, issued on June 30, 2009, which challenges the tax deductibility of goodwill amortization carried out resulting from the merger of Natura Participações S.A. It is the opinion of the Company’s legal counsel that, as structured, the transaction and its tax effects can be upheld in a court of law and thus the risk of loss is classified as remote; (ii) R$700 refers to the lawyers’ fees to present the defense in the tax assessment by the SeFaz - RS which has identified supposed differences on the ICMS-ST with respect to interstate shipments made to Company’s sites located in the Rio Grande do Sul (RS). According to the Company’s legal counsel opinion, the risk of an unfavorable outcome is remote. Civil contingencies Company Additions 2010 Several civil lawsuits (a) Lawyer fees - environmental civil lawsuit (b) Civil lawsuits and lawyer fees - Nova Flora Participações Ltda. Total provision for civil contingencies Escrow deposits (note 10) Reversals 4,828 10,925 (9,052) 1,512 - (64) 2,944 9,284 10,925 (3) (9,119) (1,874) - - Inflation adjustment Payments (133) 2011 219 6,787 87 1,535 (133) 971 1,277 3,912 12,234 - (12) (1,886) - Consolidated 2010 Additions Reversals Payments Inflation adjustment 2011 Several civil lawsuits (a) Lawyer fees - environmental civil lawsuit (b) Lawyer fees - IBAMA lawsuit (c) Civil lawsuits and lawyer fees - Nova Flora Participações Ltda. Total provision for civil contingencies 5,716 1,512 3,965 11,193 - (9,291) (64) (301) (146) - 250 87 152 7,723 1,535 3,816 2,944 14,137 11,193 (3) (9,659) (146) 971 1,460 3,912 16,986 Escrow deposits (note 10) (1,976) - - - (16) (1,992) (a) As of December 31, 2011, the Company and its subsidiaries are parties to 2,491 civil lawsuits and administrative proceedings (1,211 as of December 31, 2010), of which 2,382 were filed with civil courts, special civil courts and the consumer protection agency (PROCON) by Natura Beauty Consultants, consumers, suppliers and former employees, most of which claiming compensation for damages. (b) The provision includes R$1,192 with respect to legal fees for the defense of the Company’s interests in the public lawsuit filed by the Federal Public Prosecution Office of Acre against the Company and other institutions for alleged access to the traditional knowledge associated to the asset (“murumuru”). Our legal counsel’s opinion is that the risk of losses is remote. (c) Refers to attorney fees for the defense in the tax assessment notice issued by Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, or IBAMA (Brazilian environmental agency) against the Company in 2010 for alleged irregular access to biodiversity. Through December 2011, the Company had been imposed 70 fines by IBAMA, totaling R$21,955, and filed administrative defenses for all of them. No decision on the merits has been rendered yet; therefore, such fines cannot be considered as a liability. The Company’s management and its legal counsel consider the risk of loss in these fines for the alleged nonsharing of benefits and the fines for the alleged irregular access to biodiversity as remote due to full 55 Natura Cosméticos S.A. compliance with all the principles established in the Convention on Biological Diversity (“CBD”), an international treaty signed during Rio-92 and of the illegality and unconstitutionality of the current legal framework, which incorporates the CBD in the Brazilian legal system. Except for inputs from Federal Government land - which refuses to negotiate - the Company shares benefits in 100% of the accesses in the use of biodiversity; it is the first to share benefits with traditional communities and detains approximately 68% of the requests with the Regulatory Body for authorization to have access to biodiversity. Labor contingencies As of December 31, 2011, the Company and its subsidiaries are parties to 827 labor lawsuits filed by former employees and third parties (766 as of December 31, 2010), claiming the payment of severance amounts, salary premiums, overtime and other amounts due, as a result of joint liability. The provision is periodically reviewed based on the progress of lawsuits and history of losses on labor claims to reflect the best current estimate. Company 2010 Total provision for labor contingencies 14,131 Escrow deposits (note 10) (1,762) Additions 4,439 Inflation adjustment Reversals (9,241) (891) 2011 425 - 9,754 - (2,653) Consolidated 2010 Additions Total provision for labor contingencies 16,677 7,708 Escrow deposits (note 10) (2,410) (1,757) Reversals Inflation adjustment (11,096) 2011 930 - - 14,219 (4,167) Contingent liabilities - possible risk The Company and its subsidiaries are parties to tax, civil and labor lawsuits, for which there is no reserve for losses recorded, because the risk of loss is considered possible by management and their legal counsel. These lawsuits are as follows: Tax: Declaratory Action - ICMS - ST (a) Offset of 1/3 of COFINS - Law 9718/98 (b) Action for annulment of INSS debt (c) IPI assessment notice (d) Administrative proceeding - ICMS - ST assessment, DF (e) Administrative proceeding - ICMS - ST assessment, PA (e) Administrative proceeding - tax debt - ICMS - ST, RS (f) Tax assessment notice – Rio Grande do Sul State Department of Finance (g) Tax assessment notice - São Paulo State Department of Finance - ICMS audit (h) Tax assessment - transfer pricing on loan agreements with foreign related company (i) Other Civil 56 Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 80,304 5,357 4,910 5,451 8,815 3,423 9,066 53,809 5,121 4,567 5,178 25,077 15,919 80,304 5,357 4,910 5,451 8,815 3,423 9,066 53,809 5,121 4,567 5,178 25,077 15,919 30,184 - 30,184 - - - 9,837 9,837 1,856 1,779 1,856 1,779 36,837 55,870 43,828 54,355 186,203 167,320 203,031 175,642 2,953 3,315 3,076 4,133 Natura Cosméticos S.A. Labor 42,792 61,547 73,856 85,899 231,948 232,182 279,963 265,674 (a) As of December 31, 2011, the balance recorded is broken down as follows: 1. ICMS – ST, PR - R$49,962 (R$46,768 as of December 31, 2010) - lawsuit filed by the Company challenging the changes in ICMS - ST tax basis introduced by Paraná Decree 7018/06. The amount discussed in the lawsuit, related to the period from January 2007 to December 2011, is fully deposited in escrow, as mentioned in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended. 2. ICMS - ST, Federal District - R$15,401 (R$5,574 as of December 31, 2010) - declaratory action filed by the Company to challenge its liability for the payment of ICMS - ST due to the lack of a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the period from February 2009 to December 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended. 3. ICMS - ST, MS - R$9,734 (R$1,467 as of December 31, 2010) - declaratory action filed by the Company to challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Mato Grosso do Sul due to the lack of a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the period from February 2010 to December 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended. 4. ICMS - ST, MT - R$3,410 as of December 31, 2011 - declaratory action filed by the Company to challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Mato Grosso do Sul due to the lack of a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the period from October 2009 to July 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended. 5. ICMS - ST, SC - R$1,797 as of December 31, 2011 - declaratory action filed by the Company to challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Santa Catarina due to the lack of a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the period from July 2011 to August 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended. (b) Law 9718/98 increased the COFINS rate from 2% to 3%, and allowed this 1% difference to be offset in 1999 against the social contribution tax paid in the same year. However, in 1999, the Company and its subsidiaries filed for an injunction and obtained authorization to suspend the payment of the tax credit (1% rate difference) and to pay COFINS based on Supplementary Law 70/91, prevailing at that time. In December 2000, considering former unfavorable court decisions, the Company and its subsidiaries enrolled in the Tax Debt Refinancing Program (REFIS), for payment in installments of the debt related to the COFINS not paid in the period. With the payment of the tax, the Company and its subsidiaries gained the right to offset 1% of COFINS against social contribution tax, which was made in the first half of 2001. However, the Federal Revenue Service understands that the period for offset was restricted to base year 1999. On September 11, 2006, the Company was notified that the offsets made were not approved, and timely filed the applicable appeal. This proceeding is awaiting ruling at the lower administrative court. (c) Lawsuit filed by the Company seeking the annulment of the tax demanded by the INSS through a tax assessment notice issued for purposes of collecting the social security contribution on the allowance for vehicle maintenance paid to sales promoters. The amounts are being challenged in court through a tax debt annulment action and are deposited in escrow. The amounts required in the tax assessment notice cover the period from January 1994 to October 1999. (d) Refers to a tax collection lawsuit intended to collect IPI due to alleged nonpayment and incorrect classification of the goods sold. The Company has filed a defense with courts and awaits a final ruling on the matter. (e) Tax assessment notice collecting ICMS - ST, issued by the Federal District, as a result of an alleged underpayment of the Company’s own ICMS and ICMS - ST. The Company has filed its defense at the 57 Natura Cosméticos S.A. administrative level and is awaiting the final judgment. (f) Tax assessment notice issued by the Rio Grande do Sul State Department of Finance against the Company due to its condition of tax substitute, in order to charge allegedly due ICMS, due to the lack of a criterion to determine the correct tax basis, related to subsequent transactions conducted by independent resellers domiciled in the State of Rio Grande, do Sul. The Company filed an annulment action to cancel this collection and awaits a final court decision on the matter. (g) Tax assessment issued by the Rio Grande do Sul State Department of Finance claiming a tax credit related to ICMS for an alleged incorrect use of the tax basis reduction granted to intrastate transactions and reduction of the intrastate tax rate to calculate the tax rate differences. We have filed administrative defense, which awaits a final decision. (h) Tax assessment notice issued by São Paulo State Department of Finance for alleged credits claimed on the purchase of property, plant and equipment items which were transferred to other units on purchase date, and goods purchased that allegedly are not directly related to production and sales activities. The Company filed an administrative defense, whereby it claims the possibility of claiming such tax credits, the expiration of tax debt, and illegality of charging interest equivalent to one-tenth percent per day, and awaits a final decision thereon. (i) Refers to a tax assessment notice whereby the Federal Revenue Service is demanding the payment of IRPJ and CSLL on the difference of interest on loan agreements with a foreign related party. On July 12, 2004, an administrative defense was filed and is still being judged. In June 2008, the Company filed a discretionary appeal against the unfavorable decision with the Board of Tax Appeals, which is awaiting judgment. Contingent assets The Company and its subsidiaries material contingent assets are as follows: a) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. are challenging in court the unconstitutionality and illegality of the increase in the tax basis for PIS and COFINS established by Article 3, Paragraph 1, of Law 9718/98. The amounts involved in the lawsuits, updated to December 31, 2011, are R$21,935 (R$20,920 as of December 31, 2010). In the first quarter of 2011, the 3rd Region Federal Court published a court decision, on a Motion for Clarification of Judgment filed by the companies, favorable to the Company and that allows the offset of the tax credits (i) against any federal taxes payable by Natura Cosméticos and (ii) limited to PIS and COFINS debts of Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. As a result, the Company has recognized PIS and COFINS credits in the amount of R$16,852 in line item ‘Recoverable taxes’ related to undue payments made in the five years prior to the date the lawsuits were filed, as a balancing item to line item ‘Other operating income (expenses)’ for the period. b) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. have filed special and extraordinary appeals with the Superior Court of Justice and the Federal Supreme Court claiming the recognition of their right to offset unduly paid taxes during the ten-year period prior to date both lawsuits were filed and, with respect to Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., the right to offset such credits against any federal taxes managed by the subsidiary. The Company has filed a request for the recognition and awaits the approval of the related credits to be able to offset them against federal taxes. c) The Company and its subsidiaries Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. and Natura Logística e Serviços Ltda. are requesting the refund of ICMS and ISS included in the PIS and COFINS tax basis and paid in the period from April 1999 to March 2007. The amounts of the refund requests as of December 31, 2011 are R$135,305 (R$120,808 as of December 31, 2010). The legal counsel believes that the likelihood of a favorable outcome is probable. 58 Natura Cosméticos S.A. 18. OTHER PROVISIONS Retirees’ healthcare plan Carbon credit (note 2.11.3) Other provisions Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 19,332 16,486 35,818 28,132 16,486 191 44,809 13,123 12,683 25,806 19,713 12,683 29 32,425 The Group has a postemployment healthcare plan for a group of former employees and their spouses that is governed by specific rules. As of December 31, 2011, the plan had 1,073 (Company) and 2,144 (Consolidated) participants. As of December 31, 2011, the Group had a provision for the actuarial liability arising from this plan, totaling R$19,332 (Company) and R$28,132 (Consolidated) (R$13,123, Company and R$19,713, Consolidated as of December 31, 2010). During the year, the impact of this plan on profit or loss is related to the service cost totaling R$1,192, interest expenses totaling R$2,823, and changes in actuarial assumptions totaling R$4,499. The carried liability was calculated by an independent actuary taking into consideration the following main assumptions: Annual percentage (in nominal terms) 2011 Financial discount rate Increase in medical expenses (reduced by 0.5% p.a.) Long-term inflation rate General mortality table 10.5 10.5 to 5.5 4.5 RP2000 19. SHAREHOLDERS’ EQUITY a) Issued capital As of December 31, 2010, the Company’s capital was R$418,061. In the first quarter of 2011, 153,230 common shares without par value were subscribed at the average price of R$24,78, totaling R$3,797, and, therefore, at March 31, 2011 the Company’s capital was represented by 431,034,646 subscribed and paid-in registered common shares without par value, totaling R$421,858. Authorized capital decreased from 10,428,709 to 10,275,479 registered common shares. In the second quarter of 2011, 200,059 common shares without par value were subscribed at the average price of R$25,51, totaling R$5,104, and, therefore, the Company’s capital at June 30, 2011 was represented by 431,234,705 subscribed and paid-in registered common shares without par value, totaling R$426,962. Authorized capital decreased from 10,275,479 to 10,075,420 registered common shares. 59 Natura Cosméticos S.A. In the third quarter of 2011, 4,559 common shares without par value were subscribed at the average price of R$24.71, totaling R$111, and, therefore, the Company’s capital was represented by 431,239,264 subscribed and paid-in registered common shares without par value, totaling R$427,073. Authorized capital decreased from 10,075,420 to 10,070,861 registered common shares In the fourth quarter of 2011 there was no change in capital. Therefore, the shareholders’ equity stated as of December 31, 2011 is equal to the capital detailed above. b) Dividend and interest on capital payment policy The shareholders are entitled to receive every year a mandatory minimum dividend of 30% of net income, considering principally the following adjustments: • Increase in the amounts resulting from the reversal of previously recognized reserves for contingencies. • Decrease in the amounts intended for the recognition of the legal reserve and reserve for contingencies. The bylaws allow the Company to prepare semiannual and interim balance sheets and, based on these balance sheets, authorize the payment of dividends upon approval by the Board of Directors. On April 14, 2011, dividends paid totaled R$405,623 (R$0.9414 per share) and gross interest on capital paid totaled R$24,456 (R$0.0567 gross per share), in accordance with the 2010 net income distribution approved by the Board of Directors on February 23, 2011 and confirmed by the Annual Shareholders’ Meeting held on April 8, 2011, which added to the R$253,947 in dividends and the R$35,427 in interest on capital paid in August 2010, totals a distribution of approximately 95% of the net income for the year ended December 31, 2010. On July 20, 2011, the Board of Directors approved, for confirmation at the Annual Shareholders’ Meeting that will resolve on the approval of the financial statements for the year ending December 31, 2011, a proposal for the payment of interim dividends and interest on capital on income recorded in the first half of 2011, in the amount of R$295,302 (R$0.68 per share) and R$37,507, gross of withholding income tax (R$0.087 gross per share), respectively. The total amount of interim dividends and interest on capital corresponds to 98% of net income recorded in the first half of 2011. In addition, on February 15, 2012, the Board of Directors approved a proposal to be submitted to the Annual Shareholders’ Meeting to be held on April 13, 2012, for the payment of dividends and gross interest on capital totaling R$467,261 and R$23,624 (R$20,080, net of IRRF), respectively, related to income for 2011, which added to the R$295,302 in dividends and the R$37,506 in interest on capital paid in August 2010 correspond to a distribution of approximately 99% of net income for 2011. 60 Natura Cosméticos S.A. Dividends were calculated as follows: Company 2011 2010 Net income for the year Tax incentive reserve - investment grant Calculation basis for minimum dividends Mandatory minimum dividends 830,901 744,050 (3,677) (5,973) 827,224 738,077 30% 30% Annual minimum dividend 248,167 221,423 Proposed dividends Interest on capital IRRF on interest on capital Total dividends and interest on capital, net of IRRF 762,563 659,570 61,130 59,883 (9,170) (8,983) 814,523 710,470 Amount exceeding mandatory minimum dividend 566,356 489,047 Dividends per share - R$ Interest on capital per share, net - R$ Total dividends and interest on capital per share, net - R$ 1.7760 0.1208 1.8968 1.5312 0.1182 1.6494 As referred to in note 2.21, the portion of dividends exceeding minimum dividends, declared by management after the reporting period but before the authorization date for issuance of these financial statements, is not be recorded as a liability in the related financial statements and the effects of such supplementary dividends must be disclosed in a note. As a result, as of December 31, 2011 and 2010, the following portions of dividends exceeding mandatory minimum dividends were recorded in shareholders’ equity as ‘Proposed additional dividends’: Company 2011 2010 Dividends Interest on capital 467,261 405,623 23,624 24,456 490,885 430,079 c) Treasury shares The Company repurchased during the period 3,066,300 common shares, at the average price of R$34.06, in order to meet the exercise of options granted to the Company’s and its direct and indirect subsidiaries’ management and employees. In addition to the repurchase of shares in the period, a total of R$895, at an average unit cost of R$32.92, was used in the exercise of options. 61 Natura Cosméticos S.A. As of December 31, 2011, line item ‘Treasury shares’ is broken down as follows: Number of shares Balance at beginning of year Repurchased Used Balance at yearend R$’000 655 14 3,066,300 104,452 (45,198) (1,617) 3,021,757 102,849 2011 Average price per share - R$ 21.37 34.06 26.58 34.04 d) Share premium Refers to the premium generated on the issuance of 3,299 common shares resulting from the capitalization of debentures totaling R$100,000, occurred on March 2, 2004. e) Legal reserve Since the balance of legal reserve plus capital reserves, addressed by article 182, paragraph 1, of Law 6404/76, exceeded 30% of the capital, the Company decided, in accordance with article 193 of the same Law, not to recognize a legal reserve on net income earned in fiscal years 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 and 2011. f) Reserve for retained earnings As of December 31, 2011, the reserve for retained earnings was recognized pursuant to article 196 of Law 6404/76 for use in future investments, and amounts to R$3,530 (R$23,421 recognized as of December 31, 2010). The retention for 2011, prepared by management and approved by the Board of Directors on February 15, 2012, will be submitted to and approved by the Annual Shareholders’ Meeting on April 13, 2012. g) Other comprehensive income The Company records in this line item the effects of exchange differences arising on translating investments in foreign subsidiaries. The accumulated effect will be reversed to income as a gain or loss only in case of sale or write-off of the investment. 20. SEGMENT INFORMATION Segment reporting is consistent with management reports provided by the main operating decision-maker to assess the performance of each segment and the allocation of funds. Although the main decision-maker analyzes the information on revenue at its different levels, according to the reports used by management to make decisions, the Company’s business is mainly segmented based on the sales of cosmetics by geography, which are as follows: Brazil, Latin America (“LATAM”) and other countries. In addition, LATAM is divided into two groups for analysis: (i) Argentina, Chile and Peru (“Consolidating Operations”); and (ii) Mexico and Colombia (“ ”). The segments’ business features are similar and each segment offers similar products through the same consumer access method. 62 Natura Cosméticos S.A. Net revenue by geography is as follows in 2011: • Brazil: 91.0% • Consolidating Operations: 6.0% • Operations under Implementation: 2.7% • Other: (0.3%) Although the international segments do not represent more than 10% of the information required to aggregate a segment, pursuant to the aggregation criteria described in IFRS 8 Operating Segments, management has substantial evidence that its foreign business share will increase considerably against consolidated financial balances and, thus, management opted to report them separately. The accounting practices for each segment are the same as those described in note 2, description of Natura’s business and significant accounting policies. The performance of the Company’s segments was assessed based on the net operating income, net income and noncurrent assets. This measurement basis excludes the effects of interest, income tax and social contribution, depreciation and amortization. The financial information related to the segments as of December 31, 2011 and 2010 is summarized in the tables below. The amounts provided to the Executive Committee related to net income and total assets are consistent with the balances recorded in the financial statements and with the accounting policies applied. Brasil Argentina, Chile and Peru México and Colombia Other (*) Consolidated Brazil Argentina, Chile and Peru Mexico and Colombia Other (*) Consolidated (*) Depreciation and amortization 2011 Financial expenses, Income net tax Net revenue Net income 5,089,533 916,148 (102,938) (73,470) (406,168) 335,058 149,166 17,617 5,591,374 (578) (66,996) (17,673) 830,901 (4,226) (2,183) (574) (109,921) (2,625) (1,245) (77,340) 379 (1,040) (406,829) Depreciation and amortization 2010 Financial expenses, Income net tax Noncurrent assets Total assets Current liabilities 1,535,676 3,482,649 1,142,356 25,282 11,857 16,938 1,589,753 187,016 96,070 27,277 3,793,012 90,915 34,730 6,718 1,274,719 Total assets Current liabilities Net revenue Net income Noncurrent assets 4,767,741 835,484 (82,692) (47,918) (374,412) 1,305,450 2,970,381 1,074,101 255,702 98,275 14,994 5,136,712 (19,822) (45,992) (25,620) 744,050 (3,405) (2,104) (647) (88,848) (842) (976) (49,736) (1,027) 1,319 (374,120) 19,489 10,858 16,177 1,351,974 156,666 69,041 25,783 3,221,871 76,802 33,009 6,738 1,190,650 Includes operations in France and Corporate LATAM. The Company has only on class of products that is sold to Natura Beauty Consultants which is classified as “Cosmetics”. As such, disclosure of information by products and services is not applicable. The Company has a diversified customer portfolio, with no concentration of revenue. 63 Natura Cosméticos S.A. The revenue from foreign related parties reported to the Executive Committee was measured in accordance with that presented in the income statement. 21. NET REVENUE Company 2011 2010 Gross revenue: Domestic market Foreign market Other sales Returns and cancellations Taxes on sales Net revenue Consolidated 2011 2010 6,898,727 6,486,421 6,896,735 6,487,124 637,593 471,185 1,437 1,479 6,898,727 6,486,421 7,535,765 6,959,788 (11,514) (8,682) (12,212) (8,682) (1,038,436) (963,424) (1,932,179) (1,814,394) 5,848,777 5,514,315 5,591,374 5,136,712 22. OPERATING EXPENSES AND COST OF SALES a) Breakdown of operating expenses and cost of sales by function: Company 2011 2010 Cost of sales Marketing and selling expenses General and administrative expenses Compensation of key management personnel (note 23.1.) Compensation of key management personnel (note 27.2.) Total Consolidated 2011 2010 2,375,514 2,283,926 1,666,300 1,556,806 1,503,069 1,292,365 1,952,740 1,704,322 816,818 837,808 680,731 605,442 3,765 18,174 30,168 70,351 14,417 9,443 14,417 9,443 4,708,609 4,446,690 4,339,382 3,951,338 b) Breakdown of operating expenses and cost of sales by nature: Company 2011 2010 Variable costs and indirect costs of resale materials and products Marketing and selling expenses Freight expenses Services expenses Employee benefits (note 23) Depreciation and amortization charges Compensation of key management personnel (note 27.2.) Others expenses Provision of administrative services (note 27.1) 64 Consolidated 2011 2010 2,375,514 2,283,926 1,385,624 1,319,106 955,713 846,913 1,016,101 910,489 246,563 223,236 265,148 234,066 57,927 65,227 180,332 171,970 263,540 261,441 644,983 628,078 27,565 15,305 109,921 88,848 9,443 103,275 14,417 141,083 9,443 727,830 14,417 584,364 433,192 328,183 - - Natura Cosméticos S.A. Provision of research and development services (note 27.1.) Total 23. EMPLOYEE BENEFITS 235,877 266,959 4,708,609 4,446,690 4,339,382 3,951,338 Company 2011 2010 Payroll and bonuses Employee profit sharing Defined contribution de pension plan (note 23.1.) Executives’ compensation Taxes payable Consolidated 2011 2010 183,741 177,326 439,684 414,167 3,765 18,174 30,168 70,351 2,553 2,167 4,300 2,528 6,359 4,081 13,369 11,288 67,122 59,693 157,462 129,744 263,540 261,441 644,983 628,078 23.1. Profit sharing The Company and its subsidiaries pay profit sharing to their employees and officers tied to the achievement of operating targets and specific goals, established and approved at the beginning of each year. As of December 31, 2011 and 2010, the amounts below were recorded as profit sharing: Company 2011 2010 Employees Officers (*) Consolidated 2011 2010 3,765 18,174 30,168 70,351 - 6,018 - 6,018 3,765 24,192 30,168 76,369 (*) Included in line item ‘Management compensation’. 23.2. Share-based payments Once a year the Board of Directors meets in order to choose the directors and managers who will receive the options and the total number to be distributed. Under the format prevailing until 2008, the programs had a four-year vesting period, after which 50% of the options could be exercised at the end of the third year and 50% at the end of the fourth year, and a maximum term of two years for the exercise of options after the end of the fourth year of the vesting period. In 2009, the plan was revised to establish the end of the fourth year as the vesting date of all the options granted, with the possibility of reducing the vesting period to three years through the cancelation of 50% of the options granted and setting the four years as the maximum term for the exercise of the options. On March 23, 2011, 1,491,780 options were granted under this new plan format, with the Exercise price of R$42.39. 65 Natura Cosméticos S.A. The changes in the number of outstanding stock options and their related weightedaverage prices are as follows: 2011 Average exercise price Options per share - R$ (thousands) Balance at beginning of year Granted Cancelled Exercised Balance at yearend 28.10 42.39 29.35 25.33 32.84 2010 Average exercise price Options per share - R$ (thousands) 6,839 1,492 (563) (405) 7,363 23.22 34.17 22.80 22.74 28.10 5,538 2,176 (268) (607) 6,839 Out of the 7,363,000 outstanding options as of December 31, 2011 (6,839,000 outstanding options as of December 31, 2010), 1,214,000 outstanding options are vested (822,000 outstanding options as of December 31, 2010). The options exercised in 2011 resulted in the issuance of 405,000 shares (607,000 shares in for the year ended December 31, 2010) and in the use of 45,000 of the shares held in treasury. The expense related to the fair value of the options granted recognized in net income for the year ended December 31, 2011, according to the elapsed vesting period, was R$6,359 and R$13,369, Company and on a consolidated basis, respectively (R$4,081 and R$11,288, Company and on a consolidated basis, respectively, as of December 31, 2010). The stock options outstanding at the end of the year have the following vesting dates and exercise prices: As of December 31, 2011 Grant date March 29, 2006 April 24, 2007 April 22, 2008 April 22, 2009 March 19, 2010 March 21, 2011 66 Exercise price - R$ Existing options 31.97 30.24 23.48 25.61 37.58 43.85 319,317 470,274 848,250 2,249,793 2,004,244 1,470,940 7,362,818 Remaining contractual life (years) 0.21 1.33 2.34 5.39 6.31 7.31 Vested options 319,317 470,274 424,125 1,213,716 Natura Cosméticos S.A. As of December 31, 2010 Grant date March 16, 2005 March 29, 2006 April 24, 2007 April 22, 2008 April 22, 2009 March 19, 2010 Exercise price - R$ Existing options 20.25 30.17 28.53 22.16 24.17 35.46 82,981 414,120 650,333 1,128,902 2,436,105 2,126,372 6,838,813 Remaining contractual life (years) 0.21 1.23 2.35 3.36 6.40 7.32 Vested options 82,981 414,120 325,167 822,268 As of December 31, 2011, market price per share was R$36.26 (R$47.69 as of December 31, 2010). The options were measured at their fair values on grant date, pursuant to IFRS 2 - Shared Based Payments. The weighted average fair value of the options as of December 31, 2011 was R$32.84. The options were priced using the binomial pricing model. The significant data included in the fair value pricing model of the options granted in 2011 was as follows: • 36% volatility (37% as of December 31, 2010). • Dividend yield of 5.3% (5.3% as of December 31, 2010). • Expect option life of three and four years. • Risk-free annual interest rate of 10.98% (10.8% as of December 31, 2010). 23.3. Pension plan The Company and its subsidiaries sponsor two employees’ benefit plans: a pension plan, through a private pension fund managed by Brasilprev Seguros e Previdência S.A., and an extension of healthcare plans to retired employees. The defined contribution pension plan was created on August 1, 2004 and all employees hired from that date are eligible to it. Under this plan, the cost is shared between the employer and the employees so that the Company’s share is equivalent to 60% of the employee’s contribution according to a contribution scale based on salary ranges from 1% to 5% of the employee’s monthly compensation. As of December 31, 2011, the Group did not have actuarial liabilities arising from the former employees’ pension plan. The contributions made by the Company and its subsidiaries totaled R$2,553 (Company) and R$4,300 (Consolidated) in the period ended December 31, 2011 (R$2,167, Company and R$2,528, Consolidated in the period ended December 31, 2010) and were recorded as expenses for the year. 67 Natura Cosméticos S.A. 24. FINANCIAL INCOME (EXPENSES) Company 2011 2010 Financial income: Interest on short-term investments Inflation adjustment and foreign exchange gains (a) Gains on swap and forward transactions Other financial income Financial expenses: Interest on financing Inflation adjustment and foreign exchange losses (a) Losses on swap and forward transactions Gains (losses) on the mark-to-market of swap and forward derivatives Other financial expenses Financial expenses, net 21,707 40,438 24,357 86,502 13,171 2,403 1,941 17,515 Consolidated 2011 2010 55,463 3,218 39,469 24,548 122,698 35,809 34 3,901 13,895 53,639 (72,487) (39,896) (92,044) (58,457) (36,496) (26,359) (38,266) (27,688) (7,130) (12,218) (3,757) (9,491) (1,171) 416 (1,040) 142 (26,735) (5,509) (40,999) (25,712) (163,248) (58,237) (200,037) (103,375) (76,746) (40,722) (77,340) (49,736) The objective of the breakdowns below is to explain more clearly the foreign exchange hedging transactions contracted by the Company and the related balancing items in the income statement shown in the previous table: Consolidated 2011 2010 (a) Inflation adjustment and foreign exchange gains Inflation adjustment and foreign exchange losses (a) Breakdown: Exchange rate changes on borrowings and financing Adjustment for inflation on financing Exchange rate changes on imports Exchange rate changes on accounts payable in foreign subsidiaries Exchange rate changes on export receivables 68 3,218 34 (38,266) (7,130) (35,048) (7,096) (32,104) (55) (2,256) (3,852) 3,218 (35,048) (2,781) 34 (1,089) (1,399) (1,861) (7,096) Natura Cosméticos S.A. 25. OTHER OPERATING INCOME (EXPENSES), NET Gain (loss) on sale of property, plant and equipment PIS and COFINS credits (*) Untimely used PIS and COFINS credits Other operating income (expenses) Other operating income (expenses), net Company 2011 2010 Consolidated 2011 2010 918 11,887 15,461 15,313 43,579 (1,125) 16,852 40,378 6,973 63,078 106 350 456 (9,044) (8,424) (17,468) (*) The stated amount includes the recognized PIS and COFINS tax credits arising from a favorable outcome in a lawsuit claiming the unconstitutionality and illegality of the PIS and COFINS taxable basis broadening established by Law 9718/98. For further details see note 17 (a), on contingent assets. 26. EARNINGS PER SHARE 26.1. Basic Basic earnings per share are calculated by dividing the net income attributable to the owners of the Company by the weighted average of common shares issued during the year, less common shares bought back by the Company and held as treasury shares. 2011 Net income attributable to owners of the Company Weighted average of common shares issued - thousands Weighted average of treasury shares Weighted average of outstanding common shares Basic earnings per share - R$ 2010 830,901 744,050 431,129,772 430,548,910 (1,059,330) (655) 430,070,442 430,548,255 1.9320 1.7281 26.2. Diluted Diluted earnings per share is calculated by adjusting the weighted average outstanding common shares supposing that all potential common shares that would cause dilution are converted. The Company has only one category of common shares that would potentially cause dilution: the stock options. 2011 Net income attributable to owners of the Company Weighted average of outstanding common shares Adjustment for stock options Weighted average number of common shares for diluted earnings per share calculation purposes Diluted earnings per share - R$ 2010 830,901 744,050 430,070,442 430,548,255 930,348 1,564,844 431,000,790 432,113,098 1.9279 1.7219 69 Natura Cosméticos S.A. 27. RELATED-PARTY TRANSACTIONS 27.1. Intergroup balances and transactions Receivables from and payables to related parties are as follows: Company 2011 2010 Current assets: Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (a) Natura Logística e Serviços Ltda. (b) Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c) Current liabilities: Trade payables: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c) Natura Logística e Serviços Ltda. (d) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (e) 12,531 20,809 4,568 37,908 13,143 12,218 25,361 163,146 153,597 114,737 47,356 15,141 45,636 293,024 246,589 Related-party transactions are as follows: Company Product purchases Product sales 2011 2010 2011 2010 Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Natura Cosméticos S.A. - Peru Natura Cosméticos S.A. - Argentina Natura Cosméticos S.A. - Chile Natura Cosméticos S.A. - Mexico Natura Cosméticos Ltda. - Colombia Natura Europa SAS - France Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Logística e Serviços Ltda. 70 3,155,905 3,006,596 - 2,972,918 2,837,687 35,382 34,104 49,852 42,693 33,211 32,971 38,715 35,533 19,989 18,514 5,365 4,672 431 388 42 34 3,155,905 3,006,596 3,155,905 3,006,596 Natura Cosméticos S.A. Service provided 2011 2010 Services received 2011 2010 433,192 - 438,095 - 323,715 328,183 - - 67,694 67,810 433,192 438,095 41,783 433,192 42,102 438,095 235,877 235,877 266,959 266,959 235,877 235,877 266,959 266,959 In vitro research and testing: (h) Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - France Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. 2,790 3,538 - - 2,790 3,538 2,790 2,790 3,538 3,538 Lease of properties and shared charges: (i) Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Logística e Serviços Ltda. Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil 7,296 - 6,728 - 4,227 3,899 7,296 6,728 1,699 1,370 7,296 1,567 1,262 6,728 Administrative structure: (f) Natura Logística e Serviços Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brasil Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Product and technology research and development: (g) Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. Natura Cosméticos S.A. - Brazil Total of sales or purchases and services 3,835,060 3,721,916 3,835,060 3,721,916 (a) Advances granted for provision of product and technology development and market research services. (b) Advances granted for provision of logistics and general administrative services. (c) Payables for the purchase of products. (d) Payables for services described in item (f). (e) Payables for services described in item (g). (f) Logistics and general administrative services. 71 Natura Cosméticos S.A. (g) Product and technology development and market research services. (h) Provision of in vitro research and testing services. (i) Lease of part of the industrial complex located in Cajamar, SP and buildings located in the municipality of Itapecerica da Serra, SP. The main intergroup balances as of December 31, 2011 and 2010, as well as intergroup transactions that affected the years then ended, refer to transactions between the Company and its subsidiaries. Because of the Company’s and subsidiaries’ operational model, as well as the channel chosen to distribute products, direct sales via Natura Beauty Consultants, a substantial portion of sales is made by the subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. to the parent company Natura Cosméticos S.A. in Brazil and to its foreign subsidiaries. Sales to unrelated parties amounted to R$5,341 for the period ended December 31, 2011 (R$5,650 for the period ended December 31, 2010). No allowance for doubtful accounts was recognized for intragroup receivables as of December 31, 2011 and 2010 due to the absence of past-due receivables with risk of default. According to note 14, the Group companies usually grant each other pledges and collaterals to guarantee bank loans and financing. 27.2. Key management personnel compensation. The total compensation of the Group’s key management personnel is broken down as follows: Board of Directors Officers Executives 2011 Compensation Variable Fixed (*) Total 2010 Compensation Variable Fixed (*) Total 3,786 5,657 9,443 3,348 5,051 8,399 1,985 5,333 4,033 9,084 6,018 14,417 2,390 32,977 25,194 14,917 40,111 30,587 - 3,786 5,657 9,443 (*) Refers to profit sharing recorded in the year. The amounts include any additions and/or reversals to the provision recorded in the previous year in view of the final assessment of the targets established for directors, officers and executives. 72 Natura Cosméticos S.A. 27.3. Share-based payments Breakdown of Company officers and executives’ compensation: 2011 Stock option grant Stock option balance (number) Average exercise (a) price R$ (b) 2010 Stock option grant Stock option balance (number) Average exercise (a) price R$ (b) Officers 1,700,155 32.84 1,512,569 28.10 Executives 3,173,327 32.84 2,961,042 28.10 (a) Refers to the balance of unexercised vested and unvested options at the end of the reporting period. (b) Refers to the weighted-average exercise price of the option at the time of the stock option plans, adjusted for inflation based on the Extended Consumer Price Index (IPCA) through the end of the reporting period. 28. COMMITMENTS 28.1. Inputs supply contracts The subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. entered into a contract for the supply of electric power to its manufacturing activities, in effect through 2015, which provides for the purchase of a minimum monthly volume of 3.6 Megawatts, equivalent to R$363. As of December 31, 2011, the subsidiary was compliant to the contract’s commitment. The amounts are carried based on electric power consumption estimates in accordance with the contract period, whose prices are based on volumes, also estimated, resulting from the subsidiary’s continuous operations. Total minimum supply payments, measured at nominal value, according to the contract, are: 2011 Less than a year More than one year and less than five years More than five years 2010 3,983 3,899 9,842 9,591 - 2,578 13,825 16,068 28.2. Operating lease transactions The Company and its subsidiaries have commitments arising from operating leases of properties where some of its foreign subsidiaries, the head office in Brazil and “Casas Natura” in Brazil and abroad are located. Contracts have lease terms of one to ten years and no purchase option clause when terminated; however, renewal is permitted under the market conditions where they are entered into, for an average of two years. 73 Natura Cosméticos S.A. As of December 31, 2011, the commitment made for future payments of these operating leases had the following maturities: Company Consolidated 2012 2013 2014 and thereafter 1,217 1,119 2,687 5,023 6,011 4,940 6,618 17,569 29. INSURANCE The Group has an insurance policy that considers principally risk concentration and materiality, and insurance is obtained at amounts considered by management to be sufficient, taking into consideration the nature of its activities and the opinion of its insurance advisors. As of December 31, 2011, insurance coverage is as follows: Type of coverage Item Industrial complex/ inventories Vehicles Loss of profits Any damages to buildings, facilities, and machinery and equipment Fire, theft and collision for 1,337 vehicles Loss of profits due to material damages to facilities, buildings and production machinery and equipment Insured amount 916,659 52,242 1,615,685 30. APPROVAL OF FINANCIAL STATEMENTS The individual and consolidated financial statements were approved by the Board of Directors and authorized for issue at the meeting held on February 15, 2012. 2011-2001 - NOTAS 74 NATURA MANAGEMENT REPORT 2011 VERSION 7 MESSAGE FROM THE CHAIRMEN OF THE BOARD The ethical challenge of our time “Natura may be the most evolved example we´ve seen thus far of a company managing its world in full color and maximizing value added to its ecology”. Chris Meyer, Standing on the Sun: How explosion of capitalism abroad will change business everywhere In 2001, we received confirmation that our world is indeed unsustainable, if the current level of production, global consumption and socio-environmental imbalance is maintained. The surge of incidents in recent years speaks volumes: in 2006, there arose an awareness of the risks of man-made global warming; two years later, we had the financial crisis, which is now deepening in the European Community. Finally, since 2010, we have watched with bewilderment as the Arab Spring erupted, in varying degrees of social upheaval, behind a common goal to establish the foundations of a fairer and more equal society. We believe that only a profound transformation – based on the ethics of life, in which a new sense of development and a renewed global governance prevail over the interests of regions, countries and economic groups – will be a source of hope for future generations and for our continued existence on Earth. If, on the one hand, this scenario concerns us, on the other it reasserts our determination to invest all our emotional and intellectual energy so that Natura can serve, increasingly, as an agent of this much-needed social transformation. Underpinned at all times by the principles of sustainability, in pursuit of the best integrated economic, social and environmental results. This corporate conduct, in keeping with the values of society, impels us to take Natura and its value proposition to new frontiers and geographic regions. Brazil and Latin America, our primary markets, are currently in a privileged position. While they are not immune from the effects of an international recession, they tend to be impacted less by global imbalances. The economic rise of an important population contingent, particularly the participation of women, seems to have a scope that could drive a long cycle of development, although still far from our aspiration of achieving a sustainable model. The sizable investments being made by large cosmetic, toiletry and fragrance companies in Latin America confirm this highly promising scenario. In a short space of time, Brazil will become the world’s second largest market in our sector. In our message this year, we have quoted a passage from the recently published book by Harvard professor, Chris Meyer, not only because we feel honored by the references to our business model, but also due to the overt exhortation to 21st century capitalism. The value of our model lies in the fact that it is a process undergoing continuous improvement, evolving through the union of technology and hearts engaged in the same cause. Therefore, we envisage the possibility of expanding the transformational power of our relationship network. The ever fuller exercise of our Reason for Being, the promotion of WellBeingWell, will lead us to strengthen our ties and the quality of our relationships with sales consultants, employees, business partners and consumers, all of whom are driven by dreams and the pursuit of personal and professional fulfillment. Determined to see solidarity, creativity and altruism prevail over all other interests, with respect and reverence for life. We reassert our commitment to stand beside all those who want to participate in this essential collective construction of humanity. Yours in friendship, Antonio Luiz da Cunha Seabra Pedro Luiz Barreiros Passos Guilherme Peirão Leal Co-Chairmen of the Board MESSAGE FROM THE EXECUTIVE COMMITTEE THE BASIS OF NATURA FOR THE FUTURE Over the past five years, we have implemented some profound changes at Natura. We practically doubled in size between 2007 and 2011, and the figures demonstrate the consistency of our strategy: the number of sales consultants has risen from 718,000 to 1.4 million, increasing product orders from 9 million to an impressive 17 million per year; Ebitda has grown sharply from R$700 million to R$1.4 billion and net revenue has advanced from R$3 billion to R$5 billion. The participation of our international operations, meanwhile, has climbed from 4.4% to 9%. To provide support for this cycle of growth, we have staged an overhaul of our logistics model, developed and attracted new leadership that increasingly identifies with our business culture and corporate conduct, implemented a management system structured around Business Units and Regional Units, and continued investing in innovative product conception, in environmental impact management and in our business model. In 2011, we made the largest investment of our history, allocating almost R$350 million to expand production, develop the logistics model and improve technology, indispensible for the sustainability of our growth. We have improved the standard of our infrastructure, to allow our products to reach the hands of our sales consultants more quickly, with a reduction in order costs and in the emissions of gases that contribute to global warming. It should be recognized that the simultaneous implementation of new systems for capturing orders and the overhaul of our logistics model, with the opening of new distribution centers, caused some instability in our operations that affected the quality of our service and our relationships. Meanwhile, we also experienced a decline in our commercial and marketing efficiency. The combination of these two factors had repercussions on results, which fell short of our expectations, requiring strategy adjustments over the course of the year. We are determined to improve the assertiveness of our promotions, assuring a better balance between the portion that is centrally planned and the part that is managed regionally. And we are confident that the same changes to the infrastructure will allow us to achieve a standard of service that will sharpen the competitive edge of our brand. The year also came with fresh opportunities. Following a period of strong business expansion through the growth of our sales channel, which has permitted us to raise the penetration of our products in Brazilian households from 40% to 60%, we decided the time was right to progress with our strategy. The focus has now been placed on the productivity gains of our sales consultants, increasing the frequency of purchases by customers and the variety of the products they buy. After all, we have the most preferred brand on the market and our sales consultants engage with around 100 million consumers in Brazil. We remain enthusiastic with the expansion of our international operations, the result of the work of a high-quality leadership team that comprises professionals with both experience at Natura and a knowledge of local markets. In Argentina, Chile and Peru, countries where our operations are in the stage of consolidation, we grew at a rate of 36% per year in weighted local currency, significantly improved our profitability and are already among the most preferred brands in our sector. In 2011, we gave continuity to the process of increasing local manufacturing, by starting production in Colombia. In Mexico, we doubled the size of our distribution center and began to reap the first benefits of the Sustainable Relationship Network – an innovation in our commercial model, developed especially for the Mexican market, that encourages socio-environmental entrepreneurship, unprecedented in the direct selling industry. In the economic arena, our net revenue rose 8.9% and Ebitda grew 13.4%. In the social field, we increased the distribution of wealth to our primary stakeholders. Nevertheless, the adjustments made over the year had an adverse effect on the organizational climate and the satisfaction level of our sales consultants. Environmentally speaking, we achieved our reduction targets for carbon emissions and use of natural resources, such as water and energy. At the same time that we made changes on multiple fronts, we also made progress towards a new perspective for the future of our business. We are particularly excited about the future of the direct selling industry. From the outset, we have believed in the enterprising and transformational capacity of people who are engaged in common purposes. In a world that is increasingly more digitally connected, where personalized service for each customer is growing in importance, there are huge opportunities in direct selling for continued expansion. We envisage a future in which the relationship between sales consultants and customers will be supported by information technology and by social networks, a platform where services can still be developed a great deal and, at the same time, increase the creation of value for everyone involved. Inspired by the continued desire to see our brand reach new heights, we reassert our enthusiasm to proceed with all those who are part of the Natura community, giving increasingly more significance to the relationship network we have built. Alessandro Giuseppe Carlucci CEO João Paulo Ferreira Senior Vice President of Operations and Logistics José Vicente Marino Senior Vice President of Business Marcelo Cardoso Senior Vice President of Organizational Development and Sustainability Roberto Pedote Senior Vice President of Finance, Legal Affairs and Information Technology NATURA MANAGEMENT REPORT 2011 Market context According to the latest data from the Brazilian Cosmetic, Toiletry and Fragrance Industry Association (Abihpec/Sipatesp2), the sector’s target market in the country grew 7.7% in nominal terms in the first 10 months of 2011, below analysts’ forecasts. In this context, Natura held on to its leadership of the sector, with a market share of 23.2%, which was 0.4 percentage points lower than the same period last year. Advances in infrastructure The investments in infrastructure will provide the basis for the new cycle of growth at Natura. Since 2009, our logistics structure has undergone an extensive overhaul. We intend to guarantee that our products reach the hands of our sales consultants more quickly, with a reduction in order costs and Greenhouse Gas (GHG) emissions. In 2011, we opened one distribution center and expanded the handling capacity of another three centers. Equipped with modern picking technology, as well as being highly automated and energy efficient, they are designed to handle a larger number of orders, including those with fewer items, making it easier to split up deliveries. This helps us make productivity gains and reduce order costs. In 2012, we gave continuity to this expansion by opening a new distribution center and a hub in São Paulo. With these investments, we brought forward by almost two years our plans to overhaul the logistics network. Our goal is to significantly reduce the service time for our sales consultants. In our international operations, we also achieved gains in logistics efficiency, with new distribution planning in Latin America, which centralizes the distribution service in Colombia and Mexico. We have consolidated the perfume bottling operation in Argentina, which began in 2010, and we began producing soap in Colombia. As a result, we expect to significantly increase the percentage of locally manufactured products. Corporate Governance and the Capital Market The Board of Directors underwent a process of renewal, with the substitution of two of its members. After contributing to the growth and development of Natura for more than a decade, Edson Vaz Musa and José Guimarães Monforte announced their resignation. To serve in their places, the Annual General Meeting (AGM) in April 2011 approved the appointment of Marcos Lisboa and Adílson Primo as external and independent board members – Primo resigned in November and his position has yet to be filled. The same AGM approved the return of Guilherme Peirão Leal to the position of co-chairman of the Board of Directors after he took a temporary leave to run in the 2010 presidential elections. Since 2010, we have been working to attract the largest possible number of our 10,000 shareholders to the AGM, primarily our small investors. We believe this is a way to reassert our involvement and the transparency of our relationship with shareholders. In 2011, we organized an event to encourage dialogue between shareholders and the members of the Board of Directors and the Executive Committee, the CEO, the founders of Natura and the Investor Relations and Corporate Governance departments. Another highlight last year was a joint public meeting with the participation of Apimec-SP (São Paulo Association of Capital Market Analysts and Investment Professionals), which will be repeated at the AGM in 2012, scheduled for April 13. Profile of shareholders 2009 Individuals 2010 2011 7,699 7,838 8,722 Brazilian companies 560 560 659 Foreign companies 668 850 867 8,927 9,248 10,248 Total Share performance In 2011, Natura shares fell 20.4%, slightly more than the annual loss of 18.3% reported by the Ibovespa, the main index of Brazil’s BM&FBOVESPA stock exchange. Average Daily Trading Volume (R$ million) 2009 2009 2011 25,983 25,983 43,696 Source: Economática Considering the period since the company went public, in 2004, our shares have performed significantly better than the Ibovespa, as can be seen in the graph below: 1.000 NATU3 29/12/2011 R$36,21 900 Índice Bovespa 800 NATU3 588,0% Follow On 31/07/2009 700 Base 100 = 25/05/2004 600 500 400 NATU3 25/05/2004 R$5,27 200,9% 300 200 100 0 2004 NATU3: +87.2% Ibov: +33.0% 2005 +37.9% +28.3% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 +51.1% +29.1% -41.4% +47.4% +18.0% -41.4% +101.6% +82.7% +37.0% +1.3% -20.4% -18.1% Natura shares are included in the Brazilian stock market’s main indices: Ibovespa, IBrX50 (that lists the 50 most liquid shares on the BM&FBOVESPA), ISE (Corporate Sustainability Index), Corporate Governance Index, Special Tag Along Stock Index, Morgan Stanley Composite Index and ICO2 (the BM&FBOVESPA’s Carbon Efficient Index). Economic Performance Natura’s consolidated net revenue in 2011 was R$5.591 billion, an increase of 8.9% over 2010, with EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) of R$1.425 billion and an EBITDA margin of 25.5%. Net income was R$830 million and the net margin was 14.9%. (R$ Million) 2009 2010 2011 Consolidated Net Revenue 4,242.1 5,136.7 5,591.4 Consolidated Ebitda 1,008.5 1,256.8 1,425.0 Consolidated Net Income 683.9 744.1 830.9 In the Brazilian operation, net revenue grew 6.8% to R$5.087 billion. The international operations, meanwhile, reported robust growth of 40% in weighted local currency (35.4% in reais), totaling R$503 million, or 9.0% of Natura’s consolidated net revenue, the largest share ever. Free cash generation over the year was R$411 million compared to R$716 million in 2010, a reduction of 42.7%. In 2011, there was an increase in working capital, concentrated mainly in the expansion of on-hand inventory and the increase in recoverable taxes. In 2011, we invested R$346 million in property, plant and equipment, primarily in information technology, manufacturing capacity and logistics infrastructure. Social and Environmental Performance We continued to increase the creation of value for Natura’s main stakeholders, as shown in the table below: Distribution of wealth (R$ million) 2009 2010 2011 551.9 646.9 551.9 Consultants 2,302.5 2,738.2 2,302.5 Employees 643.0 769.2 643.0 Suppliers 3,087.5 3,707.4 3,087.5 Government 1,147.4 1,476.5 1,147.4 Shareholders1 1. The amounts distributed to shareholders refers to the dividends and interest on capital actually paid to shareholders, i.e. they consider the cash basis. Payment of dividends On February 15, 2012, the Board of Directors approved a proposal for the payment of R$762.6 million in dividends and R$61.1 million in interest on capital (R$51.9 million net of withholding tax) for the 2011 financial year. This proposal will be submitted to the Annual General Meeting (AGM) to be held on April 13, 2012. On July 20, 2011, in advance of the AGM, Natura paid dividends in the amount of R$295.3 million and interest on capital in the amount of R$31.9 million (net of withholding tax). The remaining balance of R$467.3 million in dividends and R$20.1 million in interest on capital (net of withholding tax) shall be paid on April 18, 2012, following approval by the AGM. These dividends and interest on capital related to earnings for the 2011 financial year represent net earnings of R$1.89 per share (R$1.65 per share in 2010), corresponding to 99% of net income¹ for 2011. ¹ Final result of the sum of all the revenue and expenses for the fiscal year. High-Priority Sustainability Issues Pursuing the challenges of sustainability is, first and foremost, a major source of innovation for Natura. We work continuously to integrate the economic, social and environmental aspects of our business in Natura’s management. Our value proposition involves the construction of a sustainable development model that considers the risks and opportunities in all three dimensions of the triple bottom line, creating value for society and for our business. Sustainability, therefore, is a principle that underpins our business processes, integrates our strategic planning and is monitored by our senior management. The definition of our sustainability priorities is made together with our stakeholders. In 2011, we concluded our biennial review of these priorities, which we consider vital to the future of Natura and are reported on a monthly basis by the Sustainability Committee to the senior management. See below the main achievements in these areas: Water Over the years, we have streamlined our production processes and acquired efficiency in the use of water in our operations. In 2011, we reduced our consumption from the previous year from 0.42 to 0.40 liters per unit produced. We understand, however, that our impact involves more than just consumption in production. To improve our knowledge, we began a broad study two years ago that resulted in our first water inventory, developed in accordance with the methodology of the Water Footprint Network (WFN), an international organization that promotes the sustainable, fair and efficient use of water. Natura was the first company in the cosmetic sector to use this technology and the only company in the world to apply the water inventory to the use of products by consumers. Water consumption (liters/unit produced)1 2009 2010 2011 0.42 0.42 0.40 1 Water consumption metric altered from unit billed to unit produced to allow the early identification of opportunities for improvement in our processes. Education In 2011, we developed a new education framework for Natura that goes beyond educating just our employees. Based on the dissemination of sustainability, the education will now extend to all our suppliers, sales consultants and surrounding communities, among other stakeholders. Another key pillar of our education strategy is the Natura Institute. Created in 2010, this non-profit institute is responsible for our private social investment and is focused on promoting quality education. An important expression of this commitment is the Crer para Ver (Believing is Seeing) program, which is funded through the sale of a special line of products, the earnings from which are spent on projects to improve public education in Brazil and Latin America. In 2011, the program raised R$8.4 million. The Natura Institute strives to offer educational technologies that promote large-scale transformations in society, which has already been achieved through the Trilhas (Trails) project, which encourages reading and writing in pre-school children. The initiative has now become a federal government policy: in 2012, it will be implemented in 2,000 municipalities for some 3 million pupils in partnership with the Ministry of Education. Sustainable Entrepreneurship Our sales channel represents a valuable opportunity to incentivize socioenvironmental entrepreneurship actions. Some initiatives have already started to explore this potential, such as the Acolher (Embrace) Program, which supports socioenvironmental projects developed by our sales consultants and consultant advisors. Another innovation is the Sustainable Relationship Network that we have established in Mexico. According to this new business model, launched half way through 2011, sales consultants are awarded “engagement points” with Natura in accordance with both their sales figures and their engagement in socio-environmental projects in the communities where they live. After nine cycles of this initiative in 2011, the model is producing results that have filled us with enthusiasm and taught us some important lessons. Climate change Our commitment to the reduction of Greenhouse Gas (GHG) emissions began in 2007, when we launched the Carbon Neutral Program and made a commitment to reduce relative emissions by 33% throughout our extended production chain, from the extraction of raw materials through to consumption. By the end of 2011, we had managed a relative reduction of 25.4% compared to 2007. We also have an additional goal to cut our absolute emissions (generated in our production process) by 10% by the end of 2012. Although absolute emissions rose 11% in 2011 compared to 2008, we have maintained the same commitment in virtue of the projects that will be implemented throughout this year. Relative emissions (Kg of CO2e/kg of billed product)¹ 2009 2010 2011 3.55 3.30 3.12 1. CO2e (or CO2 equivalent): measure used to express greenhouse gas emissions, based on the global warming potential of each one. The emissions that can still not be avoided are offset by purchasing carbon credits from reforestation, energy efficiency and fuel substitution projects, reducing the impact of our operations and promoting the green economy. In 2011, we contracted our first offsetting project outside Brazil, in the city of Cáceres, in Colombia. Solid waste We are working together with the Brazilian Cosmetic, Toiletry and Fragrance Industry Association (Abihpec) on the formulation of proposals to ensure compliance with the National Solid Waste Policy, which has been in effect since 2010. Just as we do with carbon emissions and water consumption, in 2011 we developed a methodology that allows us to prepare our first waste generation inventory. We believe that waste management can be a driving force of value for the generation of business through an ongoing process of innovation. Currently, we measure and manage only the waste inside our operating units. In 2011, we achieved a 13% reduction, with the generation of 20.01 grams per unit produced compared to 23.09 the previous year. Social biodiversity We encourage discussion on the use of social biodiversity and we support the establishment of a new legal framework on access to biodiversity that promotes the sustainable use of Brazil’s genetic heritage and the traditions associated with it. We want this relationship to encourage research, production and conservation of biological diversity. This is why we launched the Amazon Program, which was created to generate new business and act as a catalyst for knowledge, ideas and initiatives. Natura’s challenge is to contribute to the sustainable development of the Amazon region through science, technology and innovation, and through the consolidation of production chains in the region. To establish a movement that integrates the various groups and their knowledge in a large trading network that can find solutions using the products and services from social biodiversity and reveal the huge potential of the business that exists in the Amazon. In 2011, we measured our volume of business in the Amazon region for the first time and came to a figure of R$64.8 million. Quality of Relationships We believe that the development of Natura depends on our potential to find answers to today’s challenges in a broad and collective way, and also on the bonds we establish with our various stakeholder groups. To transform this belief into action, we adopted a structured relationship management in 2009 that includes permanent dialogue channels with our stakeholders. For Natura, this is a means of co-creating, of finding the best and most thorough solutions with technical and relationship quality. See below the results we have achieved with the stakeholders closest to our business: Sales Consultants and Consultant Advisers The main challenge in our relationship with the sales channel in 2011 was the quality of the service delivered to the sales consultants. We worked tirelessly over the year to correct the imbalances in product availability and reached the last four cycles of 2011 with a more stable platform for capturing and billing orders, indicating a significant improvement in the level of service. During the period of instability in our operations, we sought to maintain an honest and open dialogue with our sales force. We used the Natura meetings, which are held regularly in each cycle, to inform our sales consultants of the difficulties we were experiencing and the steps we had taken. As a result of the instability, the loyalty indicator of our sales consultants fell from 21% in 2010 to 19% on the Brazilian market. We intend to step up our efforts, since while we acknowledge that we still have a long way to go, we are enthusiastic about what can and will be done. Employees As we have expanded our business, both in Brazil and abroad, the challenge of recruiting, retaining and developing our staff has grown more acute as, in addition to professional skills, our employees need to adhere to our Essence. We have, therefore, been working to strengthen our staff development programs, and in 2011 we refined our education proposal. This is essential for an organization with 6,700 people. We strive to maintain a working environment that is both receptive and stimulating. And we have always expected to keep improving the satisfaction of our employees, measured in the organizational climate survey that encompasses all our operations. However, the adverse and unexpected conditions in 2011 generated a good deal of extra work for our staff, and this was an important reason why this indicator fell three percentage points, receiving a 70% rate of favorable responses from employees. We are going to expand our efforts to rectify this situation and achieve the standard of excellence to which we aspire. Climate Survey– Favorable Responses (%)1 2009 2010 2011 Natura 74 73 70 1. Equivalent to the percentage of employees who checked 4 and 5 (top 2 boxes) on a scale of 0 to 5 points. Consumers In the modern business environment, companies are dramatically changing the way they engage with their customers. Natura believes there is a huge opportunity to transform and streamline the quality of this relationship. It is worth pointing out that, in 2011, Natura’s penetration into Brazilian households rose significantly, from 54.8% to 61.9%. This means that we reached approximately 100 million people. Considering that we are the preferred brand in cosmetics, we have an excellent opportunity to increase the purchasing frequency of these consumers who already have contact with our sales consultants. Suppliers Following our expansion in Latin America, we have increased the participation of suppliers from the region by means of a new regional procurement structure for our international operations. This has resulted in efficiency gains in services and in the purchase of indirect materials. In 2011, we also streamlined our supply base in partnership with the suppliers themselves, defining new criteria for purchases based on broader considerations – including the socio-environmental impact. We have monitored the satisfaction of our suppliers, using the loyalty indicator that measures overall satisfaction and the intention to continue working with Natura and recommend the company to other suppliers. In 2011, the loyalty of our partners in Brazil remained fairly stable, at 26.5% compared to 27.7% the year before. Supplier communities In 2011, we worked with 32 supplier communities, involving 3,235 families. These figures represent an increase of 40% in the number of families involved and a 15% rise in the amount of resources allocated to these communities, as well as significant improvements in local development. Supplier Communities1 2009 2010 2011 Number of communities engaged with Natura 25 25 32 Benefited families in the supplier communities 2,012 2,301 3,235 Just like previous years, we expanded our business with surrounding communities as part of a strategy to extend the social benefits generated by access to biodiversity ingredients and the associated traditional knowledge. It is worth pointing out that the main driving force behind this expansion was the increased vegetalization of our products – particularly the Ekos line, which was relaunched in 2011. As a result of this, we allocated over R$10 million to supplier communities in 2011. The figure represents the amount paid to input suppliers, benefits sharing contracts, access, access to genetic heritage or to associated traditional knowledge, use of image and investments in local development. Resources allocated (R$ million) 2009 2010 2011 Supply1 2,767.1 4,373.6 6,749.1 Sharing benefits from access to genetic heritage or associated traditional knowledge2 1,056.2 1,480.1 1,597.4 Funding and sponsorship3 1,087.6 1,551.7 1,002.2 14.5 76.5 22.0 151.7 184.5 133.0 Certification and stewardship6 27.8 212.2 21.5 Studies and advisory services7 435.1 827.7 512.0 5,540.3 8,706.4 10,037.2 Use of image4 Training5 TOTAL 1. Consists of the amount paid by the beneficiaries or by the Benevides Industrial Unit for the purchase of raw materials used in our products. 2. Corresponds to the amounts paid by Natura in benefits shared with communities where genetic heritage and/or traditional knowledge associated with a species of Brazilian biodiversity was accessed. 3. Sustainable development funding agreements voluntarily supported by Natura, for which disbursement is contingent on the implementation of projects or sponsorship for infrastructure improvements. 4. Amounts paid by Natura for use of image of community members in its institutional publicity or marketing materials. 5. Includes workshops and courses paid for by Natura for the communities to improve their sustainable production techniques. 6. Amounts invested in certification and stewardship plans for cultivated areas. 7. Includes all studies by anthropologists, lawyers, economists, NGOs and other services commissioned by Natura. It also includes technical studies contracted by the Bioagriculture department for the structuring of production chains. Outlook Brazil is still one of the world’s most prosperous cosmetic, toiletry and fragrance markets. Although it grew less in 2011 than in previous years, it will no doubt continue to expand faster than the industry as a whole. In this environment in expansion, we are determined to assure that the service to our sales consultants and end consumers achieves a standard of excellence, sharpening the competitive edge of the Natura brand. Given the sizable penetration of our products, which are present in the households of nearly 100 million Brazilians, and the leadership of the Natura brand in consumer preference, nearly double that of the second placed brand, we have the opportunity to increase the frequency of purchases by customers and the variety of the products they buy. This will drive the productivity gains of our sales consultants. To achieve this, we are going to redirect our marketing mix and promote innovations to occupy the spaces where our brand is still not present, among other initiatives. We remain confident and enthusiastic about the expansion of our international operations, which have proven to be a relevant and lucrative business platform, capable of expressing the values of Natura in the region. In Latin American countries, we are expanding the sales channel and increasing our local manufacturing, which will allow us to speed up our growth in an equally large market in which we still have plenty of room for development. We have paid close attention to the changes taking place in the business environment, with more demanding consumers, advances in digital technology and the connectivity of social networks. We intend to use these tools to continue expanding our business, generating income for our sales consultants and providing the best buying experience for our customers. Confident in the innovative spirit of our staff, we believe that these times of major transformation will allow Natura to take its value proposition to new geographic regions, thereby broadening the scope of its relationship network and its potential to contribute to the construction of a business model for the future. Adherence to the Market Arbitration Chamber The company, its shareholders, administrators and members of the Fiscal Council undertake to settle, through arbitration, in the Market Arbitration Chamber, any and all disputes or disagreements that may arise among them, related to or deriving from, in particular, the application, validity, effectiveness, interpretation, violation and its effects, of the provisions in Law No. 6,404/76, the company’s bylaws, the rules issued by the National Monetary Council, the Central Bank of Brazil and the Brazilian Securities Commission (CVM), as well as other rules applicable to the operation of the capital market in general and those contained in the stock exchange’s Novo Mercado (New Market) Regulations, Arbitration Regulations, Sanctions Regulations and Listing Agreement. Relationship with the independent auditors In accordance with CVM Instruction No. 381/03, we confirm that the company and its subsidiaries formally consult with the independent auditors Deloitte Touche Tohmatsu to assure that any additional services it may provide do not affect its independence and objectivity that are required to perform independent auditing services, as well as to obtain the approval of the Audit Committee. The company’s policy for contracting the services of independent auditors assures that there is no conflict of interests or loss of independence or objectivity. In 2011, no such services were commissioned. Additionally, in accordance with CVM Instruction No. 308/99, the company and its subsidiaries hereby notify that they have contracted the independent auditors Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S. to audit the company’s financial statements for the fiscal year ending on December 31, 2012, replacing Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes (“Deloitte”), which performed the audit that we present in this Management Report. The decision was taken at the meeting of the Board of Directors on January 10, 2012, following the recommendation of the company’s Audit Committee. Guidelines for sustainability reporting In order to accurately and transparently portray our performance in the economic, environmental and social arenas, we have adopted the guidelines of the Global Reporting Initiative (GRI-G3.1), whose criteria will be developed extensively in our 2011 Annual Report. All social and environmental data contained in the GRI indicators are subject to external verification by independent auditors from Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S.. In the case of GHG emissions, a specific verification (limited assurance) of the 2011 inventory data was carried out by KPMG. São Paulo, February 15, 2012 – Natura Cosméticos S.A. (BM&FBovespa: NATU3) announces today its results for the fourth quarter of 2011 (4Q11). Except where stated otherwise, the financial and operating information in this release is presented on a consolidated basis, in accordance with International Financial Reporting Standards (IFRS). INTRODUCTION Consolidated net revenue in fiscal year 2011 was R$ 5,591.4 million, up 8.9% from 2010. EBITDA was R$ 1,425.0 million, representing growth of 13.4% and EBITDA margin of 25.5% (24.5% in 2010). Net income in the year was R$ 830.9 million, for growth of 11.7% and net margin of 14.9% (14.5% in 2010). In the fourth quarter of 2011 (4Q11), consolidated net revenue was R$ 1,670.5 million, representing growth of 7.3% in relation to the year-ago period. EBITDA was R$ 500.4 million in the quarter, rising 39.8% from 4Q10, with EBITDA margin of 24.1%. Net income was R$ 290.7 million, up 32.5% on 4Q10, with net margin of 17.4%. In the Brazilian operations net revenue in the year grew 6.8% to R$ 5,087.6 million. EBITDA margin was 29.0% in 2011, expanding from 28.0% in the previous year. In the international operations net revenue in 2011 was R$ 503.8 million, representing growth of 40.0% in weighted local currency. EBITDA1 in these operations was a loss of R$ 51.1 million, improving by R$ 27.3 million from the loss of R$ 78.4 million in 2010. 2011 highlights: The total consultant base reached 1,421,000 in the year, expanding by 16.3% from 2010. In Brazil, we ended 2011 with 1,175,000 consultants, for growth of 14.3%, and with 13,250 CNOs (Super Consultants). In the international operations, the number of consultants was 246,000, for growth of 27.1% on a year earlier. In Brazil, according to the survey conducted by Brand Essence/Ipsos, the Natura brand remained at the top with 47% of consumer preference (49% in 2010). In the international operations we obtained significant advances in our brand recall and 1 Based on pro forma EBITDA. 1 preference levels. In Argentina and Peru, we are among the top three brands in terms of consumer preference in the Cosmetic, Fragrance and Toiletry (CFT) sector. In Brazil, according to the latest data from Sipatesp/Abihpec2, Natura’s target market grew by 7.7% in the first 10 months of 2011. Natura’s market share stood at 23.2% in the year, for a decline of 36 basis points. The following table presents the growth in the CFT industry and Natura’s market share. ABIHPEC/SIPATESP – target market of cosmetic, fragrance and toiletry products in Brazil and Natura’s market share Core Market (R$ million) 10M11 10M10 Market Share - Natura (%) Change % 10M11 10M10 Change % Cosmetics and Fragrances 8,209.9 7,686.1 6.8% 33.7% 34.3% (0.6) Toiletries 8,579.5 7,910.0 8.5% 13.1% 13.1% 0.0 16,789.4 15,596.1 7.7% 23.2% 23.5% (0.4) Total Source: SIPATESP The innovation3 index stood at 64.8% in the year (65.7% in 2010), remaining stable in relation to recent years. We launched 164 products in 2011, with the highlights the relaunch of the Natura EKOS line and the launch of the new lines Higeia and VôVó. We invested regularly in infrastructure projects aimed at improving the quality of the service provided to our consultants and final consumers in order to prepare the company for growth and to capture efficiency gains. The main projects were: o Expansion of the SAP4 system for billing and ordering processes, which substituted 28 legacy systems; o Inauguration of a new Distribution Center (DC) in the state of Paraná and expansion of three existing ones, for a total of 8 DCs in Brazil; o Reformulation of processes and systems for planning demand; and o Launch of the expansion of our production capacity and the construction of a new Distribution and Logistics Center in São Paulo, which will be concluded within the next 15 months. The high complexity of these projects and simultaneously implementing them contributed to a temporary drop in the level of service provided to our consultants and 2 Sipatesp/Abihpec: São Paulo State Perfumery and Toiletry Association / Brazilian Cosmetic, Fragrance and Toiletry Industry Association. 3 The innovation index is based on revenue in the last 12 months from products launched in the last 24 months. 4 SAP: system that offers an integrated set of modules for business management, which include: manufacturing, financial, sales, distribution and human resources. 2 final consumers, which negatively impacted sales in Brazil in the second half of the year. The international operations, on the other hand, made an important contribution and already account for 9.0% of consolidated net revenue (9.5% in 4Q11). The operations in consolidation (Argentina, Chile and Peru) registered net revenue growth in weighted local currency of 36.1% in 2011. EBITDA was a gain of R$ 43.0 million, for EBITDA margin of 12.8% (R$ 13.1 million and EBITDA margin of 5.1% in 2010). In the operations in implementation (Mexico and Colombia), net revenue in weighted local currency grew by 55.6% in the year. Still in the international operations, we made progress in our strategy of adapting our activities to the local reality. In Mexico, we implemented a new sales model (Sustainable Relations Network) and in Peru and Colombia we launched the CNO Super Consultant model. The model based on local production using third parties, which has been used in Argentina since 2010, was extended to the production of soaps in Colombia. Natura ended the year with a cash balance of R$ 515.6 million and net debt of R$ 1,130.0 million, which corresponds to 0.4x EBITDA. Free cash flow5 was R$ 410.6 million, down 42.7% in relation to 2010. This reduction was due to the higher investments in infrastructure projects (fixed assets) and the higher consumption of working capital, in particular for the increased inventory coverage and higher recoverable taxes. In 2011, we launched the Programa Amazônia (Amazon Program) with the goal of contributing to the region’s sustainable development, which involved creating a large network that fosters the valuing of social and biodiversity and captures the business potential that exists in the Amazon, while contributing to social and economic development and the conservation of biodiversity. We reduced our greenhouse gas (GHG) emissions by 5.3%, bringing to 25.4% the cumulative reductions in the period from 2007 to 2011. We launched a new bidding process for selecting emissions-neutralization projects in 2011-2012 and we contracted the first carbon-offset projects outside of Brazil, which are located in Colombia. In our social investments, which are made through the Natura Institute, we are focused on offering educational technologies that promote large-scale transformation in society that contributes to the formulation of new public policies in the area of education. One example is the Projeto Trilhas (Paths Project), which promotes reading and writing in preschool education and was adopted by the Ministry of Education. Through the 5 Free Cash: (internal cash generation) +/- (variations in working capital and long-term assets and liabilities) – (acquisitions of fixed assets). 3 Programa Crer para Ver – CPV (Believing is Seeing Project), we raised R$ 8.4 million and reached 345 cities in Brazil, involving 4,900 schools and 940,000 people including students, teachers, coordinators and principals. The following table shows the final results of the indicators with the respective targets for 2011: Indicator Greenhouse gases Water consumption 2010 Result 2011 Commitment 2011 Result -7.3% (21.2% cumulative) Reduce GHG emissions 33% by 2013, based on the inventory we conducted in 2006. -5.3% (25.4% cumulative) 0.42 liter/unit produced * Funds raised by CPV program R$ 10.0 million Reduce total water 0.40 liter/unit produced consumption per unit produced (4.8% reduction) by 4.8% Raise R$ 13 million from product sales under the Believing is Seeing (CPV) program R$ 8.4 million * The water consumption metric was changed from units billed to units produced to allow for adjusting the metric to inventories. Natura Stock (NATU3) In 2011, the price of Natura stock declined by 20.4%, while the Bovespa Index fell by 18.1%. Average daily trading volume in the period was R$ 43 million. The following chart shows the performance of Natura stock since its IPO: 1.000 NATU3 29/12/2011 R$36,21 900 Índice Bovespa 800 NATU3 588,0% Follow On 31/07/2009 700 Base 100 = 25/05/2004 600 500 400 NATU3 25/05/2004 R$5,27 200,9% 300 200 100 0 2004 NATU3: +87.2% Ibov: +33.0% 2005 +37.9% +28.3% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 +51.1% +29.1% -41.4% +47.4% +18.0% -41.4% +101.6% +82.7% +37.0% +1.3% -20.4% -18.1% 4 Recognition In 2011, Natura received important awards for its recognized corporate behavior. The main awards are listed below: World’s 8th Most Innovative Company – Forbes Magazine Brazil’s Most Admired Company for 3rd straight year – Carta Capital World’s Most Ethical Companies, 1st place in Health and Beauty category – Ethisphere World’s 2nd Most Sustainable Company - Corporate Knights Inc., Innovest Strategic Value Advisors, Asset 4 and Bloomberg Top Companies for Shareholders, Market cap over R$ 15 billion, 1st place for second straight year - Capital Aberto Outlook Brazil remains one of the most prosperous cosmetic, fragrance and toiletry markets in the world. Although in 2011 its growth slowed from previous years, Brazil’s CFT market will most certainly continue to outpace the growth in the global CFT industry. In 2011, we made the largest investment in our history, allocating some R$ 350 million (capex) to production, logistics and technology projects, which are indispensable for supporting our growth. We recognize that simultaneously implementing new systems for capturing orders and developing our logistics model, with the inauguration of new DCs, led to the instability of our operations, which in turn affected the quality of our service and relationships. At the same time, we faced a reduction in the efficiency of our sales and marketing areas. The combination of these two factors impacted our results and required adjustments to our strategy during the year. We are focused on ensuring the success of our promotions, by better balancing the processes conducted in a centralized way and those managed regionally. We remain intently focused on capturing efficiency gains in the company’s various processes, which will generate the funds needed to operate effectively in an ever more competitive market. We are certain that the shift to a new level in our infrastructure to ensure products reach consultants as fast as possible, and with a lower cost per order, will allow us to achieve a new standard in service quality that will further boost our brand’s competitive advantages. Given the high level of penetration Natura products, which are present in around 100 million Brazilian homes, and the Natura brand’s leadership in consumer preference, which is almost twice as high as the second-ranked brand, we now have an opportunity to increase the frequency with which consumers buy and the variety of products they acquire. And we expect 5 this new strategy to drive increases in consultant productivity. Therefore, among other initiatives, we are shifting the focus of our marketing mix and working on innovations to fill the spaces where our brand is not yet present. We remain confident and enthusiastic about the expansion of our international operations, which are consolidating their position as a relevant business platform that can express Natura’s values in the region. In Latin America countries, we are expanding the sales channel and advancing our manufacturing activities, which pave the way for accelerating our expansion in a market as large as Brazil’s and in which there is still much room for growth. At the same time in which we are promoting development on multiple fronts, we are advancing towards a new outlook for the business. We are motivated in particular by the future of direct sales. We have always believed in the entrepreneurial and transformational capacity of people who are engaged in a common purpose. In a world ever more connected digitally, in which the personalized treatment of each consumer gains greater relevance, direct sales has an excellent opportunity to continue expanding. We see a future in which the relationship between consultant and consumer will be supported by high technology and social networks, which is an area in which services can evolve dramatically while leveraging the creation of value for all involved. Inspired by the permanent desire to see our brand move into new areas, we reaffirm our enthusiasm with the prospect of moving forward together with all those who are part of the Natura community and giving even more meaning to the network of relations we build. 6 1. consolidated results (R$ million) 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % 1,421.1 1,220.5 16.4 1,421.1 1,220.5 16.4 131.1 120.2 9.1 445.5 404.7 10.1 Gross Revenues 2,232.6 2,111.1 5.8 7,535.8 6,959.8 8.3 Net Revenues 1,670.5 1,557.5 7.3 5,591.4 5,136.7 8.9 Gross Profit 1,174.2 1,076.9 9.0 3,925.1 3,579.9 9.6 Sales Expenses (543.2) (500.7) 8.5 (1,952.7) (1,704.3) 14.6 Administrative Expenses (198.8) (216.6) (8.2) (680.7) (605.4) 12.4 Employee profit sharing (5.1) (17.5) (70.7) (30.2) (70.4) (57.1) Management compensation 0.3 (4.2) n/a (9.4) (14.4) -34.5 Other Operating Income / (Expenses), net 42.1 (3.4) n/a 63.1 (17.5) n/a Financial Income / (Expenses), net (41.6) (14.9) 179.6 (77.3) (49.7) 55.5 Earnings Before Taxes 427.8 319.6 33.9 1,237.7 1118.2 10.7 Net Income (Losses) 290.7 219.3 32.5 830.9 744.1 11.7 EBITDA** 500.4 357.9 39.8 1,425.0 1,256.8 13.4 Gross Margin 70.3% 69.1% 1.1pp 70.2% 69.7% 0.5pp Sales Expenses/Net Revenues 32.5% 32.2% 0.4pp 34.9% 33.2% 1.7pp General and Admin. Expenses/Net Revenues 11.9% 13.9% (2.0pp) 12.2% 11.8% 0.4pp Net Margin 17.4% 14.1% 3.3pp 14.9% 14.5% 0.4pp EBITDA Margin 30.0% 23.0% 7.0pp 25.5% 24.5% 1.0pp Total Consultants - end of period* (in thousands) Units sold – items for resale (in million) (*) Positon at the end of the 18th sales cycle (**) EBITDA = Income from operations before financial effects + depreciation & amortization. Consolidated net revenue in 4Q11 reached R$ 1,670.5 million, for growth of 7.3% from 4Q10 (R$ 5,591.4 million in 2011, up 8.9% on 2010). In Brazil, net revenue reached R$ 1,511.0 million in 4Q11, or 4.4% higher than in the same quarter last year. In the year, net revenue in Brazil was R$ 5,087.6 million, for growth of 6.8% on the previous year. 7 In the international operations, net revenue in 4Q11 was R$ 159.5 million, for growth on the year-ago period of 44.6% in Brazilian real and 42.7% in weighted local currency. Net revenue from these operations was R$ 503.8 million in the year, representing increases of 35.4% in BRL and 40.0% in weighted local currency. Cost of goods sold remained in line with the result observed in the first nine months of the year. In 4Q11, COGS corresponded to 29.7% of consolidated net revenue, for a cost reduction of 120 basis points in relation to 4Q10. The gains from price increases and better cost management were partially offset by the increased use of promotions by consultants and consumers. In the year, COGS improved by 50 basis points on the previous year, corresponding to 29.8% of net revenue. The following table presents the main components of COGS: 4Q11 4Q10 2011 2010 RM/PM* 83.7 84.8 83.2 82.8 Labor 11.3 10.1 9.4 8.6 Depreciation 1.9 2.3 2.3 3.0 Others 3.1 2.9 5.0 5.6 100.0 100.0 100.0 100.0 Total (*) Raw material and packaging material Selling expenses corresponded to 32.5% of net revenue in 4Q11, for an increase of 30 basis points from 4Q10. As observed in previous quarters, there was lower dilution of fixed costs with logistics and the sales team. The international operations continued to invest more in marketing, in line with the strategy. In comparison with the overall industry, our marketing investments remain competitive. Selling expenses increased in the year, going from 33.2% in 2010 to 34.9% in 2011. General and administrative expenses corresponded to 11.9% of net revenue in 4Q11 (13.9% in 4Q10). In 2011, G&A expenses corresponded to 12.2% of net revenue, versus 11.8% in the previous year. We continue to invest in product and marketing innovation and in 2011 we increased our investments in projects. In 4Q11, we intensified our efforts to capture efficiency gains and prioritize expenses without compromising our growth strategy for the future. 8 Expenses with profit sharing declined by 57.1% in relation to 2010, since the internal targets for the year were not achieved. Other operating revenue and expenses came to R$ 42.1 million in the quarter, driven by the non-recurring impact from the recognition of PIS and Cofins tax credits on services relative to other periods and by the negotiations to reduce the value added margin (MVA)6 in the state of Paraná and in the Federal District. In the year, the R$ 63.1 million in revenue also includes the non-recurring impacts from the recognition of a contingent PIS and Cofins asset (credits from taxes on both financial income and storage operations). Consolidated net income was R$ 290.7 million in 4Q11, for net margin of 17.4% and growth in relation to 4Q10 of 32.5%. In the year, net income was R$ 830.9 million, for net margin of 14.9% and an increase of 11.7% from 2010. Consolidated EBITDA in 4Q11 was R$ 500.4 million, growing by 39.8% from R$ 357.9 million in 4Q10. EBITDA margin expanded from 23.0% in 4Q10 to 30.0% in 4Q11. In 2011, EBITDA stood at R$ 1,425.0 million, expanding by 13.4% from 2010. EBITDA margin was 25.5%, in comparison with 24.5% in 2010. Excluding other operational expenses and revenue, EBITDA margin was 27.4% and 24.4%, respectively. > EBITDA (R$ million) (R$ million) 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % Net Revenues 1,670.5 1,557.5 7.3 5,591.4 5,136.7 8.9 (-) Cost of Sales and Expenses 1,201.0 1,223.0 -1.8 4,276.3 3,968.7 7.7 EBIT 469.4 334.5 40.4 1,315.1 1,168.0 12.6 (+) Depreciation/Amortization 30.9 23.5 31.5 109.9 88.8 23.7 EBITDA 500.4 358.0 39.8 1,425.0 1,256.8 13.4 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % Brazil 499.4 376.6 32.6 1,476.1 1,335.2 10.5 Argentina, Chile and Peru 24.2 8.5 184.7 43.0 13.1 227.2 Mexico and Colombia (3.6) (7.9) (54.6) (24.2) (32.5) (25.6) Others Investments (19.7) (19.3) 1.8 (69.9) (59.1) 18.3 Total 500.4 357.9 39.8 > EBITDA pro-forma by areas of operation (R$ million) (R$ million) 6 1,425.0 1,256.8 13.4 The value added margin (Margem de Valor Agregado), or MVA, is used in the calculation of ICMS state VAT tax on direct sales. 9 2. cash flow (pro-forma) > Consolidated cash flow – pro-forma (R$ million) (R$ million) Net income (+) Depreciation and amortization Internal cash generation Cashflow (Increase) / Decrease (+) Non-cash Operating cash generation Capex Free cash flow* 2011 2010 Var % 830.9 744.1 11.7 109.9 88.8 23.7 940.8 833.0 13.0 (207.2) 99.6 na 23.3 20.7 12.6 756.9 953.2 (20.6) (346.4) (236.9) 46.2 410.6 716.4 (42.7) (*) (Internal cash generation) +/- (changes in working capital and long-term assets and liabilities) – (acquisitions of property, plants, and equipment). Internal cash flow in the year was R$ 940.8 million, registering growth of 13.0% on 2010, which is in line with the 11.7% growth in net income in the period. Of this sum, R$ 207.2 million was invested in working capital and R$ 346.4 million in fixed assets. As a result, free cash flow was R$ 410.6 million, declining 42.7% in relation to 2010. We continue to observe an increase in inventory coverage, which was impacted mainly by lower-than-expected sales. We also observed an increase in recoverable taxes due to the review of PIS and Cofins taxes on services, financial income and freight, which will be converted into cash in the first half of 2012. We believe the planning model adopted will allow us to reduce inventory coverage over the year. This initiative, as well as the conversion of recoverable taxes into cash, will make possible significantly higher levels of working capital in 2012. Investments in fixed assets reached R$ 346.4 million at the end of the year, surpassing the initial guidance by 15%. We continue to invest in the logistics, manufacturing and information technology areas. 10 Investments in fixed assets in 2012 are estimated at R$ 420 million and are concentrated in continuous improvements in our information technology platform, the last phase of the implementation of the logistics model and expanding industrial capacity. We are working to achieve a new level for our infrastructure to ensure our products reach consultants as fast as possible, accompanied by lower order costs and reductions in the gases that cause global warming. 3. pro-forma income statement 11 The profit margin obtained on exports from Brazil to the international operations was subtracted from the COGS of the respective operations in order to show the actual impact of these subsidiaries on the company’s consolidated results. Accordingly, the pro-forma income statement for the Brazilian operations considers only the sales made in the domestic market. 12 3.1 BRAZIL OPERATIONS (pro-forma income statement) (R$ million) 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % 1,175.5 1,028.7 14.3 1,175.5 1,028.7 14.3 117.7 110.3 6.8 410.5 378.7 8.4 Gross Operating Revenues 2,030.8 1,971.6 3.0 6,898.9 6,489.6 6.3 Net Operating Revenues 1,511.0 1,447.2 4.4 5,087.6 4,764.6 6.8 Gross Profit 1,072.3 1,009.6 6.2 3,611.3 3,356.4 7.6 Sales Expenses (468.7) (440.2) 6.5 (1,686.5) (1,487.4) 13.4 General and Administrative Expenses (170.7) (190.3) (10.3) (577.9) (516.2) 12.0 (5.1) (17.5) (70.7) (30.2) (70.4) (57.1) Management compensation 0.3 (4.2) n/a (9.4) (14.4) (34.5) Other Operating Income / (Expenses), net 42.2 (2.7) n/a 65.7 (15.7) n/a Financial Income / (Expenses), net (40.0) (14.3) 179.2 (73.5) (47.9) 53.3 Earnings Before Taxes 430.4 340.4 26.4 1,299.4 1204.4 7.9 Net Income (Losses) 293.2 239.4 22.5 901.1 836.0 7.8 EBITDA 499.4 376.6 32.6 1,476.1 1,335.2 10.5 Gross Margin 71.0% 69.8% 1.2pp 71.0% 70.4% 0.5pp Sales Expenses/Net Revenues 31.0% 30.4% 0.6pp 33.1% 31.2% 1.9pp General and Admin. Expenses/Net Revenues 11.3% 13.1% (1.9pp) 11.4% 10.8% 0.5pp Net Margin 19.4% 16.5% 2.9pp 17.7% 17.5% 0.2pp EBITDA Margin 33.1% 26.0% 7.0pp 29.0% 28.0% 1.0pp Total Consultants - end of period* (in thousands) Units sold – items for resale (in million) Employee profit sharing (*) Number of consultants by the end of the 18th cycle of sales The sales channel continues to register solid growth, expanding by 14.3% to 1,175,000 consultants in Brazil. The aggregate productivity7 of our consultants declined 7.9% to R$ 8,808 in 2011, versus R$ 9,559 in 2010. 7 Productivity measured at retail prices. 13 3.2 OPERATIONS IN CONSOLIDATION (Argentina, Chile and Peru) pro-forma income statement (R$ million) 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % 157.3 130.5 20.5 157.3 130.5 20.5 9.1 5.0 80.2 32.9 23.6 39.3 Gross Revenues 141.1 97.3 45.0 441.5 335.9 31.5 Net Revenues 107.2 73.8 45.2 335.1 255.7 31.0 Gross Profit 69.5 46.3 50.2 212.5 157.3 35.1 Sales Expenses (40.6) (33.7) 20.4 (148.8) (124.4) 19.7 General and Administrative Expenses (6.4) (4.2) 51.8 (23.2) (21.5) 7.9 Others Income / (Expenses), net 0.6 (0.9) n/a (1.1) (1.7) (34.3) Financial Income / (Expenses), net (1.8) (0.7) 159.9 (2.6) (0.8) 211.8 Earnings Before Taxes 21.3 6.8 214.1 36.6 8.9 n/a Net Income (Losses) 22.7 6.4 254.9 31.9 3.7 n/a EBITDA 24.2 8.5 184.7 43.0 13.1 227.2 Gross Margin 64.8% 62.7% 2.2pp 63.4% 61.5% 1.9pp Sales Expenses/Net Revenues 37.9% 45.7% (7.8pp) 44.4% 48.6% (4.2pp) General and Admin. Expenses/Net Revenues 5.9% 5.7% 0.3pp 6.9% 8.4% (1.5pp) Net Margin 21.2% 8.7% 12.5pp 9.5% 1.5% 8.1pp EBITDA Margin 22.6% 11.5% 11.1pp 12.8% 5.1% 7.7pp Total Consultants - end of period (in thousand) Unit sold – items for resale (in million) In the operations in consolidation, net revenue was R$ 107.2 million in 4Q11, for growth in relation to 4Q10 of 42.0% in weighted local currency and 45.2% in Brazilian real. In 2011, net revenue reached R$ 335.1 million, for growth of 36.1% and 31.0%, respectively. The number of consultants grew by 20.5% to end the year at 157,300. These operations posted positive EBITDA of R$ 24.2 million in the quarter and R$ 43.0 million in the year. The higher investments in marketing were offset by the dilution of expenses with our administrative operations and sales team and by the higher efficiency of our logistics operations. 14 3.3 OPERATIONS IN IMPLEMENTATION (Mexico and Colombia) pro-forma income statement (R$ million) 4Q11 4Q10 Change % 2011 2010 Change % 85.6 60.2 42.1 85.6 60.2 42.1 4.5 2.3 94.5 14.9 9.3 60.7 Gross Revenues 52.9 34.8 51.9 172.9 114.0 51.7 Net Revenues 45.6 30.0 52.0 149.2 98.3 51.8 Gross Profit 29.9 17.8 67.9 92.2 56.3 63.8 Sales Expenses (28.1) (21.9) 28.3 (99.8) (76.0) 31.3 General and Administrative Expenses (5.5) (4.4) 24.1 (17.6) (14.8) 19.0 Others Income / (Expenses), net (0.4) 0.2 n/a (1.1) (0.1) n/a Financial Income / (Expenses), net 0.2 0.1 50.0 (1.2) (1.0) 27.6 Earnings Before Taxes (3.9) (8.2) (52.0) (27.6) (35.6) (22.4) Net Income (Losses) (5.1) (7.0) (26.4) (31.0) (36.0) (13.9) EBITDA (3.6) (7.9) (54.6) (24.2) (32.5) (25.6) Gross Margin 65.5% 59.3% 6.2pp 61.8% 57.3% 4.5pp Sales Expenses/Net Revenues 61.6% 73.0% (11.4pp) 66.9% 77.3% (10.4pp) General and Admin. Expenses/Net Revenues 12.1% 14.8% (2.7pp) 11.8% 15.1% (3.3pp) Net Margin n/a n/a - n/a n/a - EBITDA Margin n/a n/a - n/a n/a - Total Consultants - end of period (in thousand) Unit sold – items for resale (in million) In the operations in implementation, net revenue in 4Q11 was R$ 45.6 million, for growth of 54.0% in weighted local currency and 52.0% in BRL. In 2011, net revenue was R$ 149.2 million, for increases of 55.6% and 51.8%, respectively. The number of consultants expanded by 42.1% to close the year at 85,600. These operations continued to post EBITDA losses, of R$ 3.6 million in 4Q11 and R$ 24.2 million in the year, reflecting the ongoing investments made. 15 Other international investments, namely our operations in France and expenses with projects and corporate structures dedicated to the international operations, posted EBITDA losses of R$ 19.7 million in 4Q11 and R$ 69.9 million in 2011 (versus R$ 19.3 million in 4Q10 and R$ 59.1 million in 2010). In 2011, the nonrecurring expenses related to the new sales model in Mexico, which are allocated in this line, came to R$ 8.6 million. 4. DIVIDENDS AND INTEREST ON EQUITY On February 15, 2012, the Board of Directors approved the proposal to be submitted to the Annual General Meeting to be held on April 13, 2012, for the payment of dividends and interest on equity relative to fiscal year 2011, in the amounts of R$ 762.6 million and R$ 61.1 million (R$ 51.9 million net of withholding tax), respectively. On July 20, 2011, dividends of R$ 295.3 million and interest on equity of R$ 31.9 million net of withholding tax were paid, ad referendum the Annual Shareholders Meeting. The balance remaining to be paid on April 18, 2012, following ratification by the Annual General Meeting, is R$ 467.3 million as dividends and R$ 20.1 million as interest on equity net of withholding tax. These dividends and interest on equity relative to fiscal year 2011 represent net remuneration of R$ 1.89 per share (R$ 1.65 per share in 2010) and correspond to 99% of net income in 2011. 16 CONFERENCE CALL & WEBCAST Portuguese: Friday, February 17, 2012 10:00 a.m. (Brazil Daylight Time) English: Friday, February 17, 2012 12:00 p.m. (Brazil Daylight Time) From Brazil: +55 11 4688-6341 From the U.S.: toll free +1 800 700 0802 From other countries: +1 412 824-6977 Code: Natura Live webcast: www.natura.net/investidor INVESTOR RELATIONS Tel: +55 11 4196-1421 Helmut Bossert, [email protected] Fabio Cefaly, [email protected] Patrícia Anson, [email protected] Taísa Hernandez, [email protected] 17 > BALANCE SHEET AT DECEMBER 31, 2011 (in thousands of Brazilian real - R$) ASSETS 2011 2010 LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY CURRENT ASSETS 2011 2010 CURRENT LIABILITIES Cash and cash equivalents 515.6 560.2 Borrowings and financing 169.0 226.6 Trade receivables 641.9 570.3 Trade and other payables 489.0 366.5 Inventories 688.7 571.5 Payroll, profit sharing and related taxes 132.0 162.7 Recoverable taxes 201.6 101.5 Taxes payable 446.8 366.0 28.6 - 126.8 66.4 2,203.3 1,869.9 Derivatives Other receivables Total current assets NONCURRENT ASSETS Derivatives Other payables Total current liabilities - 4.1 37.9 52.1 1,274.7 1,178.0 1,017.7 465.1 140.5 215.1 73.8 NONCURRENT LIABILITIES Long-term assets: Borrowings and financing Recoverable taxes 111.2 109.3 Taxes payable Deferred income tax and social contribution 189.6 180.3 Provision for tax, civil and labor risks 65.0 Escrow deposits 295.8 337.0 Others provisions 44.8 32.4 29.9 44.9 1,268.0 786.4 Property, plant and equipment 800.4 560.5 Intangible assets 162.8 120.1 1,589.8 1,352.0 Capital 427.1 418.1 Capital reserves 160.3 149.6 Earnings reserves 292.5 282.9 Treasury shares (102.8) Other noncurrent assets Total noncurrent assets Total noncurrent liabilities SHAREHOLDERS' EQUITY Proposed additional dividend Other comprehensive losses Total equity attributable to owners of the Company TOTAL ASSETS 3,793.0 3,221.9 TOTAL LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY 490.9 (17.6) (0.0) 430.1 (23.2) 1,250.2 1,257.5 3,793.0 3,221.9 18 > INCOME STATEMENT FOR THE PERIOD ENDED DECEMBER 31, 2011 R$ million 2011 2010 NET REVENUE 5,591.4 5,136.7 Cost of sales (1,666.3) (1,556.8) GROSS PROFIT 3,925.1 3,579.9 (1,952.7) (1,704.3) (680.7) (605.4) (30.2) (70.4) Management compensation (9.4) (14.4) Other operating income (expenses), net 63.1 (17.5) OPERATING (EXPENSES) INCOME Selling expenses Administrative and general expenses Employee profit sharing INCOME FROM OPERATIONS BEFORE FINANCIAL (EXPENSES) INCOME Financial income Financial expenses INCOME BEFORE INCOME TAX AND SOCIAL CONTRIBUTION 1,315.1 1,167.9 122.7 53.6 (200.0) (103.4) 1,237.7 1,118.2 Income tax and social contribution (406.8) (374.1) NET INCOME 830.9 744.0 19 > CASH FLOW STATEMENT FOR THE PERIOD ENDED DECEMBER 31, 2011 (in thousands of Brazilian real - R$) R$ million 2011 2010 CASH FLOW FROM OPERATING ACTIVITIES Net income 830.9 744.0 Depreciation and amortization 109.9 88.8 Provision for losses on swap and forward transactions (14.3) Adjustments to reconcile net income to net cash provided by operating activities: Provision for tax, civil and labor contingencies (8.0) 8.8 3.5 Interest and inflation adjustment of escrow deposits (51.2) (18.1) Income tax and social contribution 406.8 374.1 13.5 32.6 (Gain) loss on sale on property, plant and equipment and intangible assets Interest and exchange rate changes on borrowings and financing and other liabilities 121.7 Exchange rate changes on other assets and other liabilities (7.8) Stock options plans expenses 13.4 Provision for discount on assignment of ICMS credits (5.1) 11.3 0.3 0.5 9.1 Allowance for doubtful accounts (0.7) Allowance for inventory losses 19.7 30.1 Provision for healthcare plan and carbon credits 12.4 10.4 Recognition of untimely used tax credits (16.9) Recognition of tax credits related to lawsuit (40.4) 1,389.4 1,290.1 (INCREASE) DECREASE IN ASSETS Trade receivables Inventories Recoverable taxes Other receivables Subtotal (70.9) (126.6) (136.9) (92.1) (45.2) 45.1 (158.0) (41.4) (411.0) (215.0) INCREASE (DECREASE) IN LIABILITIES Domestic and foreign suppliers 121.8 Payroll, profit sharing and related taxes, net (30.7) 111.2 32.0 Taxes payable 24.1 50.8 Other payables (14.1) 34.5 Provision for tax, civil and labor contingencies (0.8) (2.7) Subtotal 100.1 225.9 CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES 1,078.5 1,301.1 Payments of income tax and social contribution Payments of derivatives Payment of interest on borrowings and financing (319.6) (18.4) (76.7) (269.0) (13.4) (44.9) NET CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES 663.8 973.8 OTHER CASH FLOWS FROM OPERATING ACTIVITIES 20 CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES Acquisition of property, plant and equipment and intangible assets (346.4) Proceeds from sale of property, plant and equipment and intangible assets 3.7 Withdrawal (payment) of escrow deposits NET CASH USED IN INVESTING ACTIVITIES 92.3 (236.9) 9.9 (86.5) (250.3) (313.5) (648.7) (781.9) CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES Repayments of borrowings and financing - principal Proceeds from borrowings and financing 1,045.7 Payment of dividends and interest on capital 819.3 (430.1) (357.6) Interim dividends and interest on capital (332.8) (289.4) Repurchase of treasury shares (104.5) - Sale of treasury shares due to exercise of stock options 1.2 - Capital increase through subscription of shares (353,289 common shares at average price of R$39.69) 9.0 13.8 NET CASH USED IN FINANCING ACTIVITIES Gains (losses) arising on translating foreign currency cash and cash equivalents INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS Cash and cash equivalents at beginning of year Cash and cash equivalents at end of year INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS (460.1) (595.8) 1.9 (4.5) (44.6) 59.9 560.2 515.6 500.3 560.2 (44.6) 59.9 NON-CASH TRANSACTIONS: Capital lease of property, plant and equipment Offseting of tax liability and escrow deposit 56.7 - 114.3 - 6.8 6.2 235.5 265.5 ADDITIONAL INFORMATION TO THE STATEMENTS OF CASH FLOWS Restricted cash Bank overdrafts - unused The accompanying notes are an integral part of these financial statements. 21 EBITDA is not a measure under BR GAAP and does not represent cash flow for the periods presented. EBITDA should not be considered an alternative to net income as an indicator of operating performance or an alternative to cash flow as an indicator of liquidity. EBITDA does not have a standardized meaning and the definition of EBITDA used by Natura may not be comparable with that used by other companies. Although EBITDA does not provide under BR GAAP a measure of cash flow, Management has adopted its use to measure the Company’s operating performance. Natura also believes that certain investors and financial analysts use EBITDA as an indicator of performance of its operations and/or its cash flow. This report contains forward-looking statements. These forward-looking statements are not historical fact, but rather reflect the wishes and expectations of Natura’s management. Words such as "anticipate", "wish", "expect", "foresee", "intend", "plan", "predict", "project", "desire" and similar terms identify statements that necessarily involve known and unknown risks. Known risks include uncertainties that are not limited to the impact of price and product competitiveness, the acceptance of products by the market, the transitions of the Company’s products and those of its competitors, regulatory approval, currency fluctuations, supply and production difficulties and changes in product sales, among other risks. This report also contains certain pro forma data, which are prepared by the Company exclusively for informational and reference purposes and as such are unaudited. This report is up-to-date as of its publication date and Natura is under no obligation to update it in light of new information and/or future events. 22