Natura Cosméticos S.A.

Transcrição

Natura Cosméticos S.A.
Natura Cosméticos S.A.
Demonstrações Contábeis
Individuais e Consolidadas
Referentes ao Exercício Findo em
31 de Dezembro de 2011 e
Relatório dos Auditores Independentes
sobre as Demonstrações Contábeis
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
NATURA COSMÉTICOS S.A.
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$)
Nota
ATIVOS
CIRCULANTES
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Partes relacionadas
Instrumentos financeiros derivativos
Outros ativos circulantes
Total dos ativos circulantes
explicativa
5
6
7
8
27.1.
4.2.
11
Controladora (BR GAAP)
2011
166.007
535.309
217.906
69.417
37.908
28.184
115.328
1.170.059
2010
206.125
493.692
185.092
34.799
25.361
52.470
997.539
Consolidado (BR GAAP e IFRS)
2010
PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
515.610
641.872
688.748
201.620
28.626
126.783
2.203.259
560.229
570.280
571.525
101.464
66.399
1.869.897
CIRCULANTES
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores e outras contas a pagar
Fornecedores - partes relacionadas
Salários, participações nos resultados e encargos sociais
Obrigações tributárias
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Total dos passivos circulantes
NÃO CIRCULANTES
Realizável a longo prazo:
Impostos a recuperar
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Depósitos judiciais
Outros ativos não circulantes
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Nota
2011
explicativa
14
15
27.1.
16
4.2.
Controladora (BR GAAP)
2011
Consolidado (BR GAAP e IFRS)
2010
2011
2010
66.424
183.317
293.024
58.551
260.027
29.359
890.702
60.086
113.232
246.589
63.769
199.698
3.340
41.788
728.502
168.962
488.980
132.045
446.800
37.932
1.274.719
226.595
366.494
162.747
366.006
4.061
52.064
1.177.967
852.549
97.955
49.600
35.818
368.356
175.575
53.282
25.806
1.017.737
140.545
64.957
44.809
465.068
215.125
73.784
32.425
1.035.922
623.019
1.268.048
786.402
NÃO CIRCULANTES
8
9.a)
10
12.299
80.145
244.938
4.921
87.491
289.070
111.239
189.552
295.839
109.264
180.259
337.007
11
4.562
20.052
29.935
44.904
12
1.253.721
1.099.188
-
-
13
13
332.215
78.929
92.175
18.586
800.434
162.754
560.467
120.073
2.006.809
1.611.483
1.589.753
1.351.974
Total dos ativos não circulantes
Empréstimos e financiamentos
Obrigações tributárias
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Outras provisões
Total dos passivos não circulantes
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
427.073
418.061
427.073
418.061
Reservas de capital
160.313
149.627
160.313
149.627
Reservas de lucros
292.457
(102.849)
490.885
(17.635)
282.944
(14)
430.079
(23.196)
292.457
(102.849)
490.885
(17.635)
282.944
(14)
430.079
(23.196)
Ações em tesouraria
Dividendo adicional proposto
Outros resultados abrangentes
Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores
Participação dos acionistas não controladores no
patrimônio líquido das controladas
TOTAL DOS ATIVOS
3.176.868
2.609.022
3.793.012
3.221.871
14
16
17
18
19.a)
19.c)
19.b)
1.250.244
1.257.501
1.250.244
1.257.501
-
-
1
1
Total do patrimônio líquido
1.250.244
1.257.501
1.250.245
1.257.502
TOTAL DOS PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.176.868
2.609.022
3.793.012
3.221.871
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
3
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido do exercício por ação)
Nota
explicativa
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos produtos vendidos
21
22
LUCRO BRUTO
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Com vendas
Administrativas e gerais
Participação dos colaboradores nos resultados
Remuneração dos administradores
Resultado de equivalência patrimonial
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP e IFRS)
2011
2010
5.848.777
5.514.315
(2.375.514) (2.283.926)
3.473.263
22
22
22
27
12
25
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
2011
3.230.389
(1.503.069) (1.292.365)
(816.818)
(837.808)
(3.765)
(18.174)
(9.443)
(14.417)
54.789
25.764
43.579
456
1.238.536
1.093.845
2010
5.591.374
(1.666.300)
5.136.712
(1.556.806)
3.925.074
3.579.906
(1.952.740)
(680.730)
(30.168)
(9.443)
63.077
(1.704.322)
(605.442)
(70.351)
(14.417)
(17.468)
1.315.070
1.167.905
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras
Despesas financeiras
24
24
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Imposto de renda e contribuição social
86.502
(163.247)
1.161.791
9.b)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
17.515
(58.237)
1.053.123
122.698
(200.038)
1.237.730
53.639
(103.375)
1.118.169
(330.890)
(309.073)
(406.829)
(374.120)
830.901
744.050
830.901
744.050
830.901
744.050
830.901
744.050
-
-
-
-
ATRIBUÍVEL A
Acionistas da Sociedade
Acionistas não controladores
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO - R$
Básico
26.1.
1,9320
1,7281
1,9320
1,7281
Diluído
26.2.
1,9279
1,7219
1,9279
1,7219
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
4
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Outros resultados abrangentesGanhos (perdas) na conversão de demonstrações contábeis
de controladas no exterior
12
TOTAL DO RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO
Controladora (BR GAAP)
2011
2010
830.901
744.050
5.561
Consolidado (BR GAAP e IFRS)
2011
(4.473)
2010
830.901
5.561
744.050
(4.473)
836.462
739.577
836.462
739.577
836.462
739.577
836.462
739.577
-
-
-
-
ATRIBUÍVEL A
Acionistas da Sociedade
Acionistas não controladores
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
5
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$, exceto os dividendos por ação)
Reservas de capital
Ágio na
emissão/venda
de ações
Reserva de
incentivo fiscal
Subvenção para
investimentos
Capital
adicional
integralizado
404.261
103.620
17.378
21.995
18.650
4.961
230.082
-
-
-
-
-
-
-
-
19.a)
13.800
-
-
-
-
-
-
-
23.2.
23.2.
-
-
-
-
-
4.654
-
-
19.b)
19.b)
19.b)
-
-
-
-
-
5.973
-
18.624
-
405.623
24.456
-
418.061
103.620
17.378
28.629
18.650
10.934
253.360
Nota
explicativa
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
Total do resultado abrangente do exercício
Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2009 aprovados na AGO de 6 de abril de 2010
Aumento de capital por subscrição de ações
Movimentação dos planos de opção de compra de ações:
Outorga de opções de compra
Exercício de opções de compra
Destinação do lucro líquido do exercício:
Constituição de reserva de incentivo fiscal
Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio
Dividendos declarados em 23 de fevereiro de 2011
Juros sobre o capital próprio declarados em 23 de fevereiro de 2011
Reserva de retenção de lucros
19.f)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
Participação
dos acionistas
Patrimônio não controladores
Dividendo
Outros
líquido
no patrimônio Patrimônio
adicional
Lucros
resultados dos acionistas
líquido das
líquido
proposto acumulados abrangentes controladores
controladas
total
12
Total do resultado abrangente do exercício
Dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2010 aprovados na AGO de 8 de abril de 2011
Capital
social
11.288
(4.654)
Legal
Reservas de lucros
Incentivos
Retenção
fiscais
de lucros
Ações em
tesouraria
(14)
(14)
357.611
-
(18.723)
-
744.050
-
(4.473)
744.050
(4.473)
-
744.050
(4.473)
744.050
-
(4.473)
-
739.577
(357.611)
13.800
11.288
(289.374)
-
-
739.577
(357.611)
13.800
11.288
(289.374)
-
(357.611)
-
(5.973)
(289.374)
(405.623)
(24.456)
(18.624)
430.079
-
(23.196)
1.139.821
1.257.501
1
-
1.139.822
1
1.257.502
830.901
-
-
-
-
-
-
-
-
-
830.901
-
830.901
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5.561
5.561
-
5.561
-
-
-
-
-
-
-
-
-
830.901
5.561
836.462
-
836.462
(430.079)
-
(430.079)
-
-
-
-
-
-
-
-
Aumento de capital por subscrição de ações
19.a)
9.012
-
-
-
-
-
-
-
Aquisição de ações em tesouraria
19.c)
-
-
-
-
-
-
-
Venda de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações
19.c)
-
-
-
-
-
-
(377)
(104.452)
1.617
(430.079)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.240
9.012
(104.452)
-
9.012
(104.452)
-
1.240
Movimentação dos planos de opção de compra de ações:
Outorga de opções de compra
23.2.
-
-
-
13.369
-
-
-
-
-
-
-
13.369
-
13.369
Exercício de opções de compra
23.2.
-
-
-
(2.306)
-
-
2.306
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.677
-
-
-
(3.677)
-
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(332.809)
-
Destinação do lucro líquido do exercício:
Constituição de reserva de incentivo fiscal
Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio
(332.809)
-
(332.809)
Dividendos declarados em 15 de fevereiro de 2012
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
467.261
(467.261)
-
-
-
-
Juros sobre o capital próprio declarados em 15 de fevereiro de 2012
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
23.624
(23.624)
-
-
-
-
Reserva de retenção de lucros
19.f)
-
-
-
-
-
-
3.530
-
-
(3.530)
-
-
-
-
427.073
103.243
17.378
39.692
18.650
14.611
259.196
1.250.244
1
1.250.245
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(102.849)
490.885
-
(17.635)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
6
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações
Provisão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward"
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Atualização monetária de depósitos judiciais
Imposto de renda e contribuição social
Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível
Resultado de equivalência patrimonial
Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos
Variação cambial sobre outros ativos e passivos
Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações
Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Provisão para perdas nos estoques
Provisão com plano de assistência médica e créditos carbono
Reconhecimento de crédito tributário de processo judicial
Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo
13
17
9.a)
24
6
7
18
25
25
Controladora (BR GAAP)
Consolidado (BR GAAP e IFRS)
2011
2010
830.901
744.050
830.901
744.050
27.565
(16.442)
(2.866)
(28.841)
330.890
1.559
(54.789)
94.985
22
6.359
(492)
9.801
10.012
(11.887)
(15.461)
15.305
5.477
106
(15.318)
309.073
(468)
(25.764)
(4.668)
4.081
9.005
3.981
10.739
-
109.921
(14.305)
(7.998)
(51.173)
406.829
13.457
121.674
(7.767)
13.369
323
(674)
19.725
12.384
(16.852)
(40.378)
88.848
8.787
3.545
(18.129)
374.120
32.620
(5.137)
11.288
465
9.149
30.132
10.400
-
1.181.316
2011
1.055.598
1.389.436
2010
1.290.137
(AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Outros ativos
(41.125)
(42.615)
(14.648)
(171.952)
(88.052)
(77.360)
97.664
(43.394)
(70.918)
(136.948)
(45.224)
(157.950)
(126.561)
(92.106)
45.134
(41.418)
Subtotal
(270.340)
(111.142)
(411.040)
(214.951)
69.443
(5.218)
28.692
34.006
(816)
28.761
7.019
74.726
62.565
(2.673)
121.752
(30.702)
24.060
(14.132)
(829)
111.212
31.955
50.844
34.528
(2.658)
AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS
Fornecedores nacionais e estrangeiros
Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos
Obrigações tributárias
Outros passivos
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Subtotal
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
126.107
170.398
100.149
225.881
1.037.083
1.114.854
1.078.545
1.301.067
OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Pagamentos de imposto de renda e contribuição social
Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos
Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos
(255.182)
(15.082)
(57.812)
(221.535)
(9.006)
(35.405)
(319.623)
(18.382)
(76.700)
(269.001)
(13.378)
(44.902)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
709.007
848.908
663.840
973.785
(277.036)
2.535
72.973
34.000
(121.173)
(66.870)
3.174
(86.096)
30.000
(117.486)
(346.367)
3.726
92.341
-
(236.876)
9.864
(86.524)
-
(288.701)
(237.278)
(250.300)
(313.536)
(425.383)
822.047
(430.079)
(332.809)
(104.452)
1.240
9.012
(592.075)
565.293
(357.611)
(289.375)
13.800
(648.687)
1.045.702
(430.079)
(332.809)
(104.452)
1.240
9.012
(781.931)
819.275
(357.611)
(289.375)
13.800
(460.424)
(659.968)
(460.073)
(595.841)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Adições de imobilizado e intangível
Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível
Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais
Recebimentos de dividendos de controladas
Investimentos em controladas
13
12
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Amortização de empréstimos e financiamentos - principal
Captações de empréstimos e financiamentos
Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício anterior
Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício corrente
Compra de ações em tesouraria
Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações
Aumento de capital por subscrição (353.289 ações ordinárias ao preço médio de R$39,69)
19.b)
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa
-
-
1.914
(4.473)
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(40.118)
(48.338)
(44.619)
59.935
Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa
Saldo final do caixa e equivalentes de caixa
206.125
166.007
254.463
206.125
560.229
515.610
500.294
560.229
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(40.118)
(48.338)
(44.619)
59.935
ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA
Financiamento (leasing) de ativo imobilizado
Compensação de passivo tributário com depósito judicial
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Numerários com utilização restrita
Limites de contas garantidas sem utilização
13
17
56.694
114.345
-
56.694
114.345
-
11
117.900
147.900
6.757
235.500
6.155
265.500
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
7
NATURA COSMÉTICOS S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$, exceto informação suplementar)
Nota
explicativa
Controladora (BR GAAP) Consolidado (BR GAAP)
2011
2010
2011
2010
RECEITAS
6.847.933
6.394.783
7.499.050
6.850.225
Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa
6.887.213
43.580
(82.860)
6.477.739
456
(83.412)
7.524.250
63.078
(88.278)
6.951.106
(17.468)
(83.412)
25
6
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
(4.538.955) (4.278.970) (4.362.838) (3.707.385)
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
(2.610.197) (2.488.991) (2.624.578) (2.355.631)
(1.928.758) (1.789.979) (1.738.260) (1.351.754)
VALOR ADICIONADO BRUTO
2.308.978
RETENÇÕES
Depreciações e amortizações
13
VALOR ADICIONADO PRODUZIDO PELA SOCIEDADE
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras - incluem variações monetárias e cambiais
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
12
24
2.115.813
3.136.212
3.142.841
(27.565)
(15.305)
(109.921)
(88.848)
(27.565)
(15.305)
(109.921)
(88.848)
2.281.413
2.100.508
3.026.291
3.053.993
141.291
43.279
122.698
53.639
54.789
86.502
25.764
17.515
122.698
53.639
2.422.704
2.143.786
3.148.989
3.107.632
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
(2.422.704) (2.143.786) (3.148.989) (3.107.632)
Pessoal e encargos sociais
Impostos, taxas e contribuições
Despesas financeiras e aluguéis
Dividendos
Juros sobre o capital próprio
Lucros retidos
(250.870)
(222.957)
(634.261)
(769.245)
(1.182.449) (1.111.331) (1.472.345) (1.476.512)
(158.485)
(65.448)
(211.483)
(117.825)
(762.563)
(659.570)
(762.563)
(659.570)
(61.130)
(59.883)
(61.130)
(59.883)
(7.207)
(24.597)
(7.207)
(24.597)
Informações suplementares às demonstrações do valor adicionado:
Dos valores registrados na rubrica "Impostos, taxas e contribuições" em 2011 e 2010, os montantes de R$442.063 e R$454.114,
respectivamente, referem-se ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Substituição Tributária - ICMS - ST incidente
sobre a margem de lucro presumida definida pelas Secretarias das Fazendas Estaduais, obtida nas vendas realizadas pelos(as)
Consultores(as) Natura para o consumidor final.
Para a análise desse impacto tributário nas demonstrações do valor adicionado, tais valores devem ser deduzidos daqueles registrados
na rubrica "Vendas de mercadorias, produtos e serviços" e da própria rubrica "Impostos, taxas e contribuições", uma vez que os valores
das receitas de vendas não incluem o lucro presumido dos(as) Consultores(as) Natura na venda dos produtos, nos montantes de
R$2.906.137 e R$2.738.227, em 2011 e 2010, respectivamente, considerando-se a margem presumida de lucro de 30%.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
8
NATURA COSMÉTICOS S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto se de outra forma indicado)
1.
INFORMAÇÕES GERAIS
A Natura Cosméticos S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anônima de capital aberto listada no
segmento especial denominado Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros, sob o código “NATU3”, com sede em Itapecerica da Serra, Estado de
São Paulo.
Suas atividades e as de suas controladas (doravante denominadas “Sociedades”) compreendem
o desenvolvimento, a industrialização, a distribuição e a comercialização de cosméticos,
fragrâncias em geral e produtos de higiene pessoal, substancialmente por meio de vendas
diretas realizadas pelos(as) Consultores(as) Natura, bem como a participação como sócia ou
acionista em outras sociedades no Brasil e no exterior.
2.
RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
2.1. Declaração de conformidade e base de preparação
As demonstrações contábeis da Sociedade compreendem:
• As demonstrações contábeis consolidadas preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”) emitidas pelo “International
Accounting Standards Board - IASB” e as práticas contábeis adotadas no Brasil,
identificadas como consolidado - IFRS e BR GAAP.
• As demonstrações contábeis individuais da controladora preparadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como controladora - BR GAAP.
As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação
societária brasileira e os pronunciamentos técnicos e as orientações e interpretações
técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
As demonstrações contábeis individuais apresentam a avaliação dos investimentos em
controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas pelo método da
equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente. Dessa forma,
essas demonstrações contábeis individuais não são consideradas como estando conforme
as IFRSs, que exigem a avaliação desses investimentos nas demonstrações separadas da
controladora pelo seu valor justo ou pelo custo de aquisição.
9
Natura Cosméticos S.A.
Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado
consolidado atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações
contábeis consolidadas preparadas de acordo com as IFRSs e as práticas contábeis
adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido e o resultado da controladora, constantes nas
demonstrações contábeis individuais preparadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, a Sociedade optou por apresentar essas demonstrações contábeis
individuais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado.
As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por
determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme
descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor
justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
As principais práticas contábeis aplicadas na preparação das demonstrações contábeis
consolidadas estão definidas a seguir. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente
no exercício anterior apresentado, salvo disposição em contrário.
2.2. Consolidação
a) Controladas e controladas em conjunto
Controladas são todas as entidades que a Sociedade tem o poder de governar as
políticas financeiras e operacionais para obter benefícios de suas atividades e nas
quais normalmente há uma participação societária superior a 50%. Nos casos
aplicáveis, a existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente
exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Sociedade
controla ou não outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir
da data em que o controle é transferido à Sociedade e deixam de ser consolidadas, nos
casos aplicáveis, a partir da data em que o controle deixa de existir.
Nos casos em que o controle é tido em conjunto, a consolidação das demonstrações
contábeis é feita proporcionalmente ao percentual de participação.
b) Sociedades incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas
Participação - %
2011
2010
Participação direta:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Chile
Natura Cosméticos S.A. - Peru
Natura Cosméticos S.A. - Argentina
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia
Natura Cosméticos España S.L. - Espanha
Natura (Brasil) International B.V. - Holanda
10
99,99 99,99
99,99 99,99
99,94 99,94
99,97 99,97
99,99 99,99
99,99 99,99
99,99 99,99
99,99 99,99
99,99 99,99
100,00 100,00
100,00 100,00
Natura Cosméticos S.A.
Participação - %
2011
2010
Participação indireta:
Via Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.:
Natura Logística e Serviços Ltda.
99,99
99,99
Via Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.:
Ybios S.A. (consolidação proporcional - controle conjunto)
Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França
43,33 42,11
100,00 100,00
Via Natura (Brasil) International B.V. - Holanda:
Natura Brasil Inc. - EUA - Delaware
Natura International Inc. - EUA - Nova York
Natura Worldwide Trading Company - Costa Rica
Natura Brasil SAS - França
Natura Brasil Inc. - EUA - Nevada
Natura Europa SAS - França
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, foram utilizadas
demonstrações encerradas na mesma data-base e consistentes com as práticas
contábeis da Sociedade. Foram eliminados os investimentos na proporção da
participação da investidora nos patrimônios líquidos e nos resultados das controladas,
os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas e os resultados não realizados,
líquidos de imposto de renda e contribuição social, decorrentes de operações entre as
empresas.
As atividades das controladas diretas e indiretas são como segue:
• Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: suas atividades concentram-se,
preponderantemente, na industrialização e comercialização dos produtos da marca
Natura para a Natura Cosméticos S.A. - Brasil, Natura Cosméticos S.A. - Chile,
Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. - Argentina, Natura
Cosméticos Ltda. - Colômbia, Natura Europa SAS - França e Natura Cosméticos
de Mexico, S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura
Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia e Natura
Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades são semelhantes às
atividades desenvolvidas pela controladora Natura Cosméticos S.A. - Brasil.
• Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: suas atividades concentram-se
em desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de mercado. É
controladora integral da Natura Innovation et Technologie de Produits SAS França, centro satélite de pesquisa e tecnologia inaugurado durante o ano 2007, em
Paris.
• Natura Europa SAS - França: suas atividades concentram-se na compra, venda,
importação, exportação e distribuição de cosméticos, fragrâncias em geral e
produtos de higiene.
11
Natura Cosméticos S.A.
• Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades concentram-se na
importação e comercialização de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de
higiene pessoal para a Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.: suas atividades
concentram-se na prestação de serviços administrativos e logísticos às empresas
Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico,
S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos España S.L.: encontra-se em fase pré-operacional e suas
atividades consistirão nas mesmas atividades desenvolvidas pela controladora
Natura Cosméticos S.A. - Brasil.
• Natura Logística e Serviços Ltda.: suas atividades concentram-se na prestação de
serviços administrativos e logísticos para as sociedades sediadas no Brasil.
• Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - França: suas atividades
concentram-se em pesquisas nas áreas de testes “in vitro”, alternativos aos testes
em animais, para estudo da segurança e eficácia de princípios ativos, tratamento de
pele e novos materiais de embalagens.
• Ybios S.A.: suas atividades concentram-se na pesquisa, na gestão, no
desenvolvimento de projetos, produtos e serviços voltados para a área de
biotecnologia, podendo, inclusive, firmar acordos e parcerias com universidades,
fundações, empresas, cooperativas e associações, entre outras entidades públicas e
privadas, na prestação de serviços na área de biotecnologia e na participação em
outras sociedades.
Por ser uma controlada em conjunto, cujas demonstrações contábeis foram
incluídas proporcionalmente nas demonstrações contábeis consolidadas da
Sociedade, a seguir são demonstradas as principais contas do grupo de ativo,
passivo e resultado, incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas à razão de
43,33% de participação (42,11% em 31 de dezembro de 2010), após os ajustes de
eliminação da participação societária:
2011
Ativo circulante
Ativo imobilizado
Passivo circulante
Receita líquida do exercício
Prejuízo do exercício
567
56
30
128
(1.086)
2010
630
98
87
1.098
(682)
• Natura Europa SAS - França e Natura Cosmetics USA Co.: em janeiro de 2009 as
cotas correspondentes ao capital social dessas controladas foram conferidas como
aporte de capital na empresa “holding” Natura (Brasil) International B.V. Holanda, passando a Sociedade a possuir a correspondente participação indireta
nessas empresas por intermédio dessa empresa “holding” sediada na Holanda.
12
Natura Cosméticos S.A.
c) Encerramento de atividades de controladas
Em reuniões do Conselho de Administração realizadas em julho e outubro de 2009,
foi aprovado o encerramento das operações da controlada Natura Cosméticos C.A. Venezuela, gerando a necessidade de constituição de provisão para perdas na
realização de ativos.
Em 31 de dezembro de 2011, o saldo dos ativos líquidos da Natura Cosméticos C.A. Venezuela, registrado nas demonstrações contábeis consolidadas da Sociedade,
deduzido de provisões para eventuais perdas na desvalorização de ativos e
exigibilidade de passivos no processo de encerramento das referidas operações, era de
R$306.
2.3. Apresentação de informações por segmentos
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o
relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal
tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação
de desempenho dos segmentos operacionais, é representado pelo Comitê Executivo da
Sociedade.
2.4. Conversão para moeda estrangeira
a) Moeda funcional
Os itens incluídos nas demonstrações contábeis da controladora e de cada uma das
empresas incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas são mensurados usando
a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam (“moeda
funcional”).
b) Transações e saldos em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da
Sociedade (reais) utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Os
saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa de câmbio vigente nas datas
dos balanços. Os ganhos e as perdas de variação cambial resultantes da liquidação
dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em
moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício, nas rubricas “Receitas
financeiras” e “Despesas financeiras”.
c) Moeda de apresentação e conversão das demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis são apresentadas em reais (R$), que correspondem à
moeda de apresentação da Sociedade.
Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, as demonstrações do
resultado e dos fluxos de caixa e todas as outras movimentações de ativos e passivos
das controladas no exterior, cuja moeda funcional é a moeda local, são convertidas
para reais à taxa de câmbio média mensal, que se aproxima da taxa de câmbio vigente
na data das correspondentes transações. O balanço patrimonial é convertido para reais
às taxas de câmbio do encerramento de cada exercício.
13
Natura Cosméticos S.A.
Os efeitos das variações da taxa de câmbio resultantes dessas conversões são
apresentados sob a rubrica “Outros resultados abrangentes” nas demonstrações do
resultado abrangente e no patrimônio líquido. No caso de alienação total ou parcial de
uma participação em uma empresa, mediante venda ou como resultado de pagamento
de capital, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração do
resultado como parte do ganho ou da perda na alienação do investimento.
2.5. Caixa e equivalentes de caixa
Incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras realizáveis em até 90
dias da data da aplicação ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um
montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um risco insignificante de mudança
de valor, os quais são registrados pelos valores de custo, acrescidos dos rendimentos
auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de
realização.
2.6. Instrumentos financeiros
2.6.1. Categorias
A categoria depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros
foram adquiridos ou contratados e é determinada no reconhecimento inicial dos
instrumentos financeiros.
Os ativos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as seguintes
categorias:
Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
São ativos financeiros mantidos para negociação, quando são adquiridos para esse
fim, principalmente no curto prazo e são mensurados ao valor justo na data das
demonstrações contábeis, sendo as variações reconhecidas no resultado. Os
instrumentos financeiros derivativos também são classificados nessa categoria. Os
ativos dessa categoria são classificados no ativo circulante.
No caso da Sociedade, nessa categoria estão incluídos unicamente os instrumentos
financeiros derivativos. Os saldos dos instrumentos derivativos não liquidados são
mensurados ao valor justo na data das demonstrações contábeis e classificados no
ativo ou no passivo circulante, sendo as variações no valor justo registradas,
respectivamente, nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”.
Ativos financeiros mantidos até o vencimento
Compreendem investimentos em determinados ativos financeiros classificados no
momento inicial da contratação, para serem levados até a data de vencimento, os
quais são mensurados ao custo amortizado pelo método de taxa de juros efetiva.
14
Natura Cosméticos S.A.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Quando aplicável, são incluídos nessa classificação os ativos financeiros não
derivativos, que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam
classificados como: (a) empréstimos e recebíveis; (b) investimentos mantidos até
o vencimento; ou (c) ativos financeiros a valor justo por meio do resultado. Em 31
de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade não possuía ativos financeiros
registrados nas demonstrações contábeis sob essa classificação.
Empréstimos e recebíveis
São incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos com
recebimentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo.
São registrados no ativo circulante, exceto, nos casos aplicáveis, aqueles com
prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço, os quais são
classificados como ativo não circulante. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010,
no caso da Sociedade, compreendem caixa e equivalentes de caixa (nota
explicativa nº 5) e contas a receber de clientes (nota explicativa nº 6).
Os passivos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as
seguintes categorias:
Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
São classificados como ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos
para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado.
Outros passivos financeiros
São mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. Em
31 de dezembro de 2011 e de 2010, no caso da Sociedade, compreendem
empréstimos e financiamentos (nota explicativa nº 14) e saldos a pagar a
fornecedores nacionais e estrangeiros.
2.6.2. Mensuração
As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da
negociação, ou seja, na data em que a Sociedade se compromete a comprar ou
vender o ativo. Os empréstimos e recebíveis e ativos financeiros mantidos até o
vencimento são mensurados ao custo amortizado.
Os ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são, inicialmente,
reconhecidos pelo valor justo, e os custos de transação são registrados na
demonstração do resultado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no
valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
são registrados na demonstração do resultado nas rubricas “Receitas financeiras”
ou “Despesas financeiras”, respectivamente, no período em que ocorrem. Para os
ativos financeiros classificados como “Disponíveis para venda”, quando aplicável,
essas variações são registradas na rubrica “Outros resultados abrangentes”, no
resultado abrangente e no patrimônio líquido, até o momento da liquidação do
ativo financeiro, quando, por fim, são reclassificadas para o resultado do
exercício.
15
Natura Cosméticos S.A.
2.6.3. Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no
balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os
valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou
realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
2.6.4. Instrumentos financeiros derivativos e contabilização de “hedge”
As operações com instrumentos financeiros derivativos, contratadas pela
Sociedade e por suas controladas, resumem-se em “swap” e compra a termo de
moeda (“Non Deliverable Forward - NDF”), que visam exclusivamente à proteção
contra riscos cambiais associados a posições no balanço patrimonial, além dos
fluxos de caixa dos aportes de capital nas controladas projetados em moedas
estrangeiras.
São mensurados ao seu valor justo, com as variações registradas contra o
resultado do exercício, exceto quando designados em uma contabilidade de
“hedge” de fluxo de caixa, cujas variações no valor justo são registradas na
rubrica “Outros resultados abrangentes” no patrimônio líquido.
O valor justo dos instrumentos financeiros derivativos é calculado pela tesouraria
da Sociedade com base nas informações de cada operação contratada e nas
respectivas informações de mercado nas datas de encerramento das demonstrações
contábeis, tais como taxas de juros e câmbio. Nos casos aplicáveis, tais
informações são comparadas com as posições informadas pelas mesas de
operação de cada instituição financeira envolvida.
Embora as Sociedades façam uso de derivativos com o objetivo de proteção
(“hedge”), estas não adotam a prática contábil de contabilização de instrumentos
de proteção (“hedge accounting”).
Os valores justos dos instrumentos financeiros derivativos estão divulgados na
nota explicativa nº 4.
2.6.5. Método de juros efetivos
É utilizado para calcular o custo amortizado de um instrumento da dívida e alocar
sua receita de juros ao longo do período correspondente. A taxa de juros efetiva
desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados (incluindo todos
os honorários e pontos pagos ou recebidos que sejam parte integrante da taxa de
juros efetiva, os custos da transação e outros prêmios ou deduções) durante a vida
estimada do instrumento da dívida ou, quando apropriado, durante um período
menor, para o valor contábil líquido na data do reconhecimento inicial.
A receita é reconhecida com base nos juros efetivos para os instrumentos de
dívida não caracterizados como ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado.
16
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2.7. Contas a receber de clientes e provisão para créditos de liquidação duvidosa
As contas a receber de clientes são registradas pelo valor nominal e deduzidas da
provisão para créditos de liquidação duvidosa, a qual é constituída utilizando o histórico
de perdas por faixas de vencimento, sendo considerada suficiente pela Administração
para cobrir eventuais perdas, conforme os valores demonstrados na nota explicativa nº 6.
2.8. Estoques
Registrados pelo custo médio de aquisição ou produção, ajustados ao valor realizável
líquido, quando este for menor que o custo. Os detalhes estão divulgados na nota
explicativa nº 7.
2.9. Investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto
A Sociedade possui participações em controladas, coligadas e controladas em conjunto
(controle compartilhado).
As controladas são empresas nas quais a Sociedade possui controle. Controle é o poder
de governar as políticas financeiras e operacionais de uma empresa, a fim de obter
benefícios de suas atividades, o que em geral consiste na capacidade de exercer a maioria
dos direitos de voto. Os potenciais direitos de voto são considerados na avaliação do
controle exercido pela Sociedade sobre outra entidade, quando puderem ser exercidos no
momento de tal avaliação.
Uma coligada é uma entidade sobre a qual a Sociedade possui influência significativa e
que não se configura como uma controlada nem como uma participação em um
empreendimento sob controle comum (“joint venture”). Influência significativa é o poder
de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da investida, sem
exercer controle individual ou conjunto sobre essas políticas.
As investidas com controle compartilhado são entidades controladas em conjunto, em
que os empreendedores têm um acordo contratual que estabelece o controle conjunto
sobre as atividades econômicas da entidade.
Os investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto são contabilizados
pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações contábeis das controladas,
coligadas e controladas em conjunto são elaboradas para a mesma data-base de
apresentação da controladora. Sempre que necessário, são realizados ajustes para adequar
as práticas contábeis às da Sociedade.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, a parcela atribuível à Sociedade
sobre o lucro ou prejuízo líquido do período desses investimentos é registrada na
demonstração do resultado sob a rubrica “Resultado de equivalência patrimonial”.
Ganhos e perdas não realizados decorrentes de transações entre a controladora e as
investidas são eliminados com base no percentual de participação nas investidas. Os
outros resultados abrangentes de controladas, coligadas e controladas em conjunto são
registrados diretamente no patrimônio líquido da Sociedade sob a rubrica “Outros
resultados abrangentes”.
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2.10. Imobilizado
Avaliado ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de juros capitalizados durante
o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos qualificáveis, e
reduzido pela depreciação acumulada e pelas perdas por “impairment”, quando aplicável.
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da Sociedade e de suas controladas, originados de operações de arrendamento
mercantil do tipo financeiro, são registrados como se fosse uma compra financiada,
reconhecendo no início de cada operação um ativo imobilizado e um passivo de
financiamento, sendo os ativos também submetidos às depreciações calculadas de acordo
com as vidas úteis estimadas dos respectivos bens.
Terrenos não são depreciados. A depreciação dos demais ativos é calculada pelo método
linear, para distribuir seu valor de custo ao longo da vida útil estimada, como segue:
Anos
Edificações
Máquinas e equipamentos
Moldes
Instalações e benfeitorias de terceiros
Móveis e utensílios
Veículos
25
13
3
5 - 13
14
3
As vidas úteis são revisadas anualmente.
Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o valor da venda com
o valor residual contábil e são reconhecidos na demonstração do resultado.
2.11. Intangível
2.11.1 Softwares
As licenças de programas de computador (softwares) e de sistemas de gestão
empresarial adquiridas são capitalizadas e amortizadas conforme as taxas descritas
na nota explicativa nº 13 e os gastos associados à manutenção são reconhecidos
como despesas quando incorridos.
Os gastos com aquisição e implementação de sistemas de gestão empresarial são
capitalizados como ativo intangível quando há evidências de geração de benefícios
econômicos futuros, considerando sua viabilidade econômica e tecnológica. Os
gastos com desenvolvimento de software reconhecidos como ativos são
amortizados pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. As despesas
relacionadas à manutenção de software são reconhecidas no resultado do exercício
quando incorridas.
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Natura Cosméticos S.A.
2.11.2 Marcas e patentes
As marcas e patentes adquiridas separadamente são demonstradas pelo custo
histórico. As marcas e patentes adquiridas em uma combinação de negócios são
reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. A amortização é calculada pelo
método linear, com base nas taxas demonstradas na nota explicativa nº 13.
2.11.3 Créditos de carbono - Programa Carbono Neutro
Em 2007, a Sociedade assumiu com seus colaboradores, clientes, fornecedores e
acionistas o compromisso de ser uma empresa Carbono Neutro, que consiste em
neutralizar suas emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, em sua cadeia completa
de produção, desde a extração das matérias-primas até o pós-consumo. Esse compromisso, apesar de não ser uma obrigação legal, já que o Brasil
não adotou as exigências do protocolo de Kioto, é considerado uma obrigação
construtiva, conforme o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes, que determina o reconhecimento de uma provisão nas demonstrações
contábeis se esta for passível de desembolso e mensurável.
O passivo é estimado através dos inventários auditados de emissão de carbono
realizados anualmente e valorizado com base nos preços médios de aquisição de
toneladas dos contratos em vigor e nos preços estimados para as próximas aquisições.
Em 31 de dezembro de 2011, o saldo registrado no passivo na rubrica “Outras
provisões” (vide nota explicativa nº 18) refere-se ao total das emissões de carbono do
período de 2007 a 2011 que ainda não foram neutralizadas através dos projetos
correspondentes; portanto, não há efetivação do certificado de carbono.
Em linha com suas crenças e princípios, a Sociedade optou por não realizar
aquisições diretas de créditos de carbono, mas sim investir em projetos
socioambientais em comunidades. Dessa forma, os gastos incorridos gerarão créditos
de carbono após a finalização ou maturação desses projetos. Durante referido período,
os gastos foram registrados a valor de custo como um ativo intangível (vide nota
explicativa nº 13), já que representam um direito futuro de uso. Em 31 de dezembro
de 2011, o saldo registrado no ativo intangível refere-se aos gastos incorridos com
projetos socioambientais que gerarão à Sociedade certificados futuros de carbono.
No momento em que os respectivos certificados de carbonos são efetivamente
entregues à Sociedade, a obrigação de ser Carbono Neutro é efetivamente cumprida;
portanto, os saldos de ativos são compensados com os saldos de passivos.
A diferença entre os saldos de ativo e de passivo em 31 de dezembro de 2011 refere-se ao valor de caixa que a Sociedade ainda desembolsará com outros projetos
socioambientais para futura geração de certificados.
Essa metodologia contábil foi elaborada de acordo com a IAS 8 - “Accounting
Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors”, que determina que na
ausência de um pronunciamento, ou uma interpretação ou orientação aplicados
especificamente a uma transação, a Administração deverá exercer seu julgamento
no desenvolvimento e na aplicação de uma política contábil que resulte em
informação que seja relevante para a tomada de decisão por parte dos usuários e
confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis representem adequadamente
a posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da
entidade.
19
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2.12. Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos
Dados o alto índice de inovação e a taxa de rotação de produtos na carteira de vendas da
Sociedade, esta adota como prática contábil registrar como despesa do exercício, quando
incorridos, os gastos com pesquisa e desenvolvimento de seus produtos. Os detalhes
estão divulgados na nota explicativa nº 22.
2.13. Arrendamento mercantil
A classificação dos contratos de arrendamento mercantil é realizada no momento da sua
contratação. Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e
benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos
operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são registrados
como despesa do exercício pelo método linear, durante o período do arrendamento.
Os arrendamentos nos quais a Sociedade e suas controladas detêm, substancialmente,
todos os riscos e as recompensas da propriedade são classificados como arrendamentos
financeiros. Estes são capitalizados no balanço patrimonial no início do arrendamento
pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento.
Cada parcela paga do arrendamento é alocada parte ao passivo e parte aos encargos
financeiros, para que, dessa forma, seja obtida uma taxa de juros efetiva constante sobre
o saldo da dívida em aberto. As obrigações correspondentes, líquidas dos encargos
financeiros, são classificadas nos passivos circulante e não circulante de acordo com o
prazo do contrato. O bem do imobilizado adquirido por meio de arrendamentos
financeiros é depreciado durante a vida útil-econômica do ativo, conforme mencionado
na nota explicativa nº 2.10, ou de acordo com o prazo do contrato de arrendamento,
quando este for menor.
2.14. Avaliação do valor recuperável dos ativos
Os bens do imobilizado e intangível e, quando aplicável, outros ativos não circulantes são
avaliados anualmente para identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda,
sempre que eventos ou alterações significativas nas circunstâncias indicarem que o valor
contábil pode não ser recuperável. Quando aplicável, se houver perda decorrente das
situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, definido pelo
maior entre o valor em uso do ativo e o seu valor líquido de venda, ela é reconhecida no
resultado do exercício.
Para fins de avaliação do valor recuperável, os ativos são agrupados nos menores níveis
para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras
de Caixa - UGCs).
2.15. Contas a pagar aos fornecedores
Reconhecidas pelo valor nominal e acrescidas, quando aplicável, dos correspondentes
encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos até as datas dos balanços.
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Natura Cosméticos S.A.
2.16. Empréstimos e financiamentos
Reconhecidos pelo valor justo, no momento do recebimento dos recursos, líquidos dos
custos de transação nos casos aplicáveis e acrescidos de encargos, juros e variações
monetárias e cambiais conforme previsto contratualmente, incorridos até as datas dos
balanços, conforme demonstrado na nota explicativa nº 14.
2.17. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Reconhecidas quando a Sociedade e suas controladas têm uma obrigação presente ou não
formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de
recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com
segurança. As provisões são quantificadas ao valor presente do desembolso esperado
para liquidar a obrigação, sendo utilizada a taxa adequada de desconto de acordo com os
riscos relacionados ao passivo.
São atualizadas até as datas dos balanços pelo montante estimado das perdas prováveis,
observadas suas naturezas e apoiadas na opinião dos assessores legais da Sociedade. Os
fundamentos e a natureza das provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão
descritos na nota explicativa nº 17.
2.18. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos
Reconhecidos na demonstração do resultado do exercício, exceto, nos casos aplicáveis,
na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no
patrimônio líquido. Nesse caso, os tributos são reconhecidos também diretamente no
patrimônio líquido, na rubrica “Outros resultados abrangentes”.
Exceto pelas controladas localizadas no exterior, onde são observadas as alíquotas fiscais
válidas para cada um dos países em que se situam essas controladas, o imposto de renda e
a contribuição social da Sociedade e das controladas no Brasil são calculados às alíquotas
de 25% e 9%, respectivamente.
A despesa de imposto de renda e contribuição social - correntes é calculada com base nas
leis e nos normativos tributários promulgados na data de encerramento do exercício, de
acordo com os regulamentos tributários brasileiros. A Administração avalia
periodicamente as posições assumidas na declaração de renda com respeito a situações
em que a regulamentação tributária aplicável está sujeita à interpretação que possa ser
eventualmente divergente e constitui provisões, quando adequado, com base nos valores
que espera pagar ao Fisco.
O imposto de renda e a contribuição social - diferidos são calculados sobre as diferenças
temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis. O
imposto de renda e a contribuição social - diferidos são determinados usando as alíquotas
de imposto promulgadas nas datas dos balanços e que devem ser aplicadas quando o
respectivo imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos forem realizados ou
quando o imposto de renda e a contribuição social - diferidos passivos forem liquidados.
O imposto de renda e a contribuição social - diferidos ativos são reconhecidos somente
na proporção da probabilidade de que o lucro real futuro esteja disponível e contra o qual
as diferenças temporárias possam ser usadas.
21
Natura Cosméticos S.A.
Os montantes de imposto de renda e contribuição social - diferidos ativos e passivos são
compensados somente quando há um direito exequível legal de compensar os ativos
fiscais circulantes contra os passivos fiscais circulantes e/ou quando o imposto de renda e
a contribuição social - diferidos ativos e passivos se relacionam com o imposto de renda
e a contribuição social incidentes pela mesma autoridade tributária sobre a entidade
tributável ou diferentes entidades tributáveis em que há intenção de liquidar os saldos em
uma base líquida. Os detalhes estão divulgados na nota explicativa nº 9.
2.19. Plano de outorga de opções de compra de ações
A Sociedade oferece a seus executivos planos de participações com base em ações,
liquidados com as ações desta.
O plano de outorga de opções de compra de ações é mensurado pelo valor justo na data
da outorga e a despesa é reconhecida no resultado durante o período no qual o direito é
adquirido em contrapartida à rubrica “Capital adicional integralizado” no patrimônio
líquido. Nas datas dos balanços, a Administração da Sociedade revisa as estimativas
quanto à quantidade de opções, cujos direitos devem ser adquiridos com base nas
condições, e reconhece, quando aplicável, no resultado do exercício em contrapartida ao
patrimônio líquido o efeito decorrente da revisão dessas estimativas iniciais. Os detalhes
estão divulgados na nota explicativa nº 23.2.
2.20. Participação nos resultados
A Sociedade reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com
base em uma fórmula que considera o lucro atribuível aos acionistas da Sociedade após
certos ajustes, o qual é vinculado ao alcance de metas operacionais e objetivos
específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício.
2.21. Dividendos e juros sobre o capital próprio
A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio efetuada pela
Administração da Sociedade que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo
mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante no grupo “Outras obrigações”,
por ser considerada como uma obrigação legal prevista no estatuto social da Sociedade;
entretanto, a parcela dos dividendos superior ao dividendo mínimo obrigatório, declarada
pela Administração após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis,
mas antes da data de autorização para emissão das referidas demonstrações contábeis, é
registrada na rubrica “Dividendo adicional proposto” no patrimônio líquido, sendo seus
efeitos divulgados na nota explicativa nº 18.(b).
Para fins societários e contábeis, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados
como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido.
22
Natura Cosméticos S.A.
2.22. Ganhos e perdas atuariais do plano de assistência médica e outros custos
de planos de benefícios a colaboradores
Os custos associados às contribuições efetuadas pela Sociedade e por suas controladas
aos planos de aposentadoria de contribuição definida são reconhecidos pelo regime de
competência. Os ganhos e as perdas atuariais apurados no plano de extensão de
assistência médica a colaboradores aposentados são reconhecidos no resultado em
conformidade com as regras da IAS 19 e do CPC 33 - Benefícios a Empregados, com
base em cálculo atuarial elaborado por atuário independente, conforme detalhes
divulgados na nota explicativa nº 18.
2.23. Apuração do resultado e reconhecimento da receita
O resultado é apurado em conformidade com o regime contábil de competência, sendo a
receita de venda reconhecida no resultado do exercício quando os riscos e benefícios
inerentes aos produtos são transferidos para os clientes.
A receita decorrente de incentivos fiscais, recebida sob a forma de ativo monetário, é
reconhecida no resultado do exercício quando recebida em contraposição de custos e
investimentos incorridos pela Sociedade na localidade onde o incentivo fiscal é
concedido. Não há condições estabelecidas a serem cumpridas pela Sociedade que
pudessem afetar o reconhecimento da receita decorrente de incentivos fiscais.
A parcela dos incentivos fiscais reconhecida no resultado é destinada para a constituição
da reserva de incentivos fiscais no grupo “Reservas de lucros” no patrimônio líquido.
2.24. Demonstração do valor adicionado
Esta demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Sociedade e sua
distribuição durante determinado período e é apresentada pela Sociedade, conforme
requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstrações
contábeis individuais e como informação suplementar às demonstrações contábeis
consolidadas, pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória conforme as IFRSs.
A demonstração do valor adicionado foi preparada com base em informações obtidas dos
registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações contábeis e
seguindo as disposições contidas no CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em
sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Sociedade, representada pelas receitas
(receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre ela, as outras receitas e
os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de
terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros,
incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e da
recuperação de valores ativos e a depreciação e amortização) e pelo valor adicionado
recebido de terceiros (resultado de equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras
receitas). A segunda parte da referida demonstração apresenta a distribuição da riqueza
entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e
remuneração de capitais próprios.
23
Natura Cosméticos S.A.
2.25. Novas normas, alterações e interpretações de normas
a) Normas, interpretações e alterações de normas existentes em vigor em
31 de dezembro de 2011 e que não tiveram impactos relevantes sobre
as demonstrações contábeis da Sociedade
As interpretações e alterações das normas existentes a seguir foram editadas e
estavam em vigor em 31 de dezembro de 2011. Entretanto, não tiveram impactos
relevantes sobre as demonstrações contábeis da Sociedade:
Norma
Principais exigências
Data de entrada em vigor
Melhorias nas IFRSs - 2010 Alteração de diversos pronunciamentos
contábeis.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2011.
Alterações à IFRS 1
Isenção limitada de divulgações
comparativas da IFRS 7 para
adotantes iniciais.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de julho de 2010.
Alterações à IAS 24
Divulgações de partes relacionadas.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2011.
Alterações à IFRIC 14
Pagamentos antecipados de exigência
mínima de financiamento.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2011.
Alterações à IAS 32
Classificação dos direitos de emissão.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de fevereiro de 2010.
IFRIC 19
Extinção de passivos financeiros através
de instrumentos patrimoniais.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de julho de 2010.
b) Normas, interpretações e alterações de normas existentes que ainda não estão
em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Sociedade
As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são
obrigatórias para os períodos iniciados após 31 de dezembro de 2011. Todavia, não
houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da
Sociedade.
Norma
Principais exigências
IFRS 9 (conforme alterada
em 2010)
Instrumentos financeiros.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
Alterações à IFRS 1
Eliminação de datas fixas para adotantes
pela primeira vez das IFRSs.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de julho de 2011.
Alterações à IFRS 7
Divulgações - transferências de ativos
financeiros.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de julho de 2011.
Alterações à IAS 12
Impostos diferidos - recuperação dos
Aplicável a exercícios com início em
ativos subjacentes quando o ativo é
ou após 1º de janeiro de 2012.
mensurado pelo modelo de valor justo de
acordo com a IAS 40.
IAS 28 (Revisada 2011) Revisão da IAS 28 para incluir as
Investimentos em Coligadas e alterações introduzidas pelas IFRSs 10,
Entidades com Controle
11 e 12.
Compartilhado
IAS 27 (Revisada 2011) Demonstrações Financeiras
Separadas
24
Data de entrada em vigor
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
Requerimentos da IAS 27 relacionados
Aplicável a exercícios com início em
às demonstrações contábeis consolidadas ou após 1º de janeiro de 2013.
são substituídos pela IFRS 10.
Requerimentos para demonstrações
contábeis separadas são mantidos.
Natura Cosméticos S.A.
Norma
Principais exigências
Data de entrada em vigor
IFRS 10 - Demonstrações
Financeiras Consolidadas
Substituiu a IAS 27 em relação aos
requerimentos aplicáveis às
demonstrações contábeis consolidadas e
a SIC 12. A IFRS 10 determinou um
único modelo de consolidação com base
em controle, independentemente da
natureza do investimento.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
IFRS 11 – Acordos de
Participação
Eliminou o modelo de consolidação
proporcional para as entidades com
controle compartilhado, mantendo
apenas o modelo pelo método da
equivalência patrimonial. Eliminou
também o conceito de “ativos com
controle compartilhado”, mantendo
apenas “operações com controle
compartilhado” e “entidades com
controle compartilhado”.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
IFRS 12 - Divulgações de
Participações em Outras
Entidades
Expande os requerimentos de divulgação Aplicável a exercícios com início em
de investimentos nas entidades que a
ou após 1º de janeiro de 2013.
Sociedade possui influência significativa.
IFRS 13 - Mensurações ao
Valor Justo
Substitui e consolida todas as orientações Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
e requerimentos relacionados à
mensuração ao valor justo contidos nos
demais pronunciamentos das IFRSs em
um único pronunciamento. A IFRS 13
define valor justo e orienta como
determinar o valor justo e os
requerimentos de divulgação
relacionados à mensuração do valor
justo. Entretanto, ela não introduz
nenhum novo requerimento nem
alteração com relação aos itens que
devem ser mensurados ao valor justo, os
quais permanecem nos pronunciamentos
originais.
Alterações à IAS 19 Eliminação do enfoque do corredor
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
Benefícios aos Empregados (“corridor approach”), sendo os ganhos
ou as perdas atuariais reconhecidos como
outros resultados abrangentes para os
planos de pensão e o resultado para os
demais benefícios de longo prazo,
quando incorridos, entre outras
alterações.
Alterações à IAS 1 Apresentação das
Demonstrações Financeiras
Introduz o requerimento de que os itens
registrados em outros resultados
abrangentes sejam segregados e
totalizados entre itens que são e os que
não são posteriormente reclassificados
para lucros e perdas.
Aplicável a exercícios com início em
ou após 1º de janeiro de 2013.
Considerando as atuais operações da Sociedade e de suas controladas, a
Administração não espera que essas novas normas, interpretações e alterações tenham
um efeito relevante sobre as demonstrações contábeis a partir de sua adoção.
25
Natura Cosméticos S.A.
O CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações
correlacionados às IFRSs novas e revisadas apresentadas anteriormente. Em
decorrência do compromisso de o CPC e a CVM manterem atualizado o conjunto de
normas emitidas com base nas atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses
pronunciamentos e modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pela CVM até
a data de sua aplicação obrigatória.
3.
ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS CRÍTICAS
A preparação de demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas contábeis críticas
e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Sociedade no processo de
aplicação das políticas contábeis.
As estimativas e premissas contábeis são continuamente avaliadas e baseiam-se na experiência
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros consideradas razoáveis
para as circunstâncias. Tais estimativas e premissas podem diferir dos resultados efetivos. Os
efeitos decorrentes das revisões das estimativas contábeis são reconhecidos no período da
revisão.
As premissas e estimativas significativas para demonstrações contábeis estão relacionadas a
seguir:
a) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos
A Sociedade reconhece ativos e passivos diferidos com base nas diferenças entre o valor
contábil apresentado nas demonstrações contábeis e a base tributária dos ativos e passivos
utilizando as alíquotas em vigor. A Sociedade revisa regularmente os impostos diferidos
ativos em termos de possibilidade de recuperação, considerando-se o lucro histórico gerado
e o lucro tributável futuro projetado, de acordo com um estudo de viabilidade técnica.
b) Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
A Sociedade é parte em diversos processos judiciais e administrativos, como descrito na
nota explicativa nº 17. Provisões são constituídas para os riscos tributários, cíveis e
trabalhistas referentes a processos judiciais que representam perdas prováveis e estimadas
com um certo grau de segurança. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação
das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões
mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a
avaliação dos assessores legais. A Administração acredita que essas provisões para riscos
tributários, cíveis e trabalhistas estão corretamente apresentadas nas demonstrações
contábeis.
c) Plano de assistência médica
O valor atual do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são
determinados com base em cálculos atuariais, que atualizam uma série de premissas, como,
por exemplo, taxa de desconto, entre outras, as quais estão divulgadas na nota explicativa
nº 18. A mudança em uma dessas estimativas poderia afetar os resultados apresentados.
26
Natura Cosméticos S.A.
4.
GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
4.1
Considerações gerais e políticas
A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por
meio de políticas, definição de estratégias e implementação de sistemas de controle,
definidos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Conselho de Administração da
Sociedade. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros,
incluindo os derivativos, em relação a essas políticas é apresentada e avaliada
mensalmente pelo Comitê de Tesouraria da Sociedade e posteriormente submetida à
apreciação dos Comitês de Auditoria e Executivo e do Conselho de Administração.
A gestão de riscos é realizada pela Tesouraria Central da Sociedade, que tem também a
função de aprovar todas as operações de aplicações e empréstimos realizadas pelas
controladas da Sociedade.
4.2. Fatores de risco financeiro
As atividades da Sociedade e de suas controladas as expõem a diversos riscos
financeiros: riscos de mercado (incluindo risco de moeda e de taxa de juros), de crédito e
de liquidez. O programa de gestão de risco global da Sociedade concentra-se na
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos
adversos no desempenho financeiro, utilizando instrumentos financeiros derivativos para
proteger certas exposições a risco.
a) Riscos de mercado
A Sociedade e as controladas estão expostas a riscos de mercado decorrentes das
atividades de seus negócios. Esses riscos de mercado envolvem principalmente a
possibilidade de flutuações na taxa de câmbio e mudanças nas taxas de juros.
i)
Risco cambial
A Sociedade e suas controladas estão expostas ao risco de câmbio resultante de
instrumentos financeiros em moedas diferentes de suas moedas funcionais. Para
a redução da referida exposição, foi implantada uma política para proteger o
risco cambial, que estabelece níveis de exposição vinculados a esse risco
(Política de Proteção Cambial).
Os procedimentos de tesouraria definidos pela política vigente incluem rotinas
mensais de projeção e avaliação da exposição cambial consolidada da Sociedade
e de suas controladas, sobre as quais se baseiam as decisões tomadas pela
Administração.
A Política de Proteção Cambial considera os valores em moeda estrangeira dos
saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas
demonstrações contábeis oriundos das operações da Sociedade.
27
Natura Cosméticos S.A.
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Sociedade e suas controladas estão
expostas basicamente ao risco de flutuação do dólar norte-americano. Para
proteger as exposições cambiais com relação à moeda estrangeira, a Sociedade e
suas controladas contratam operações com instrumentos financeiros derivativos
do tipo “swap” e compra a termo de moeda denominada “Non Deliverable
Forward - NDF” (“forward”). Conforme a Política de Proteção Cambial os
derivativos contratados pela Sociedade ou por suas controladas deverão limitar a
perda referente à desvalorização cambial em relação ao lucro líquido projetado
para o exercício em curso, dada uma determinada estimativa de desvalorização
cambial em relação ao dólar norte-americano. Essa limitação define o teto ou a
exposição cambial máxima permitida à Sociedade e a suas controladas com
relação ao dólar norte-americano.
Em 31 de dezembro de 2011, o balanço patrimonial da controladora e
consolidado inclui contas denominadas em moeda estrangeira que, em conjunto,
representam um passivo de R$438.667 e R$444.894, respectivamente (em 31 de
dezembro de 2010, R$52.567 e R$58.675, respectivamente). Essas contas
constituídas por empréstimos e financiamentos, na sua totalidade em 31 de
dezembro de 2011 e de 2010, são protegidas com derivativos do tipo “swap”.
Instrumentos derivativos para proteção do risco de câmbio
A Sociedade classifica os derivativos em “financeiros” e “operacionais”. Os
“financeiros” são derivativos do tipo “swap” ou “forwards” contratados para
proteger o risco cambial dos empréstimos e financiamentos denominados em moeda
estrangeira. Os “operacionais” são derivativos (geralmente “forwards”) contratados
para proteger o risco cambial dos fluxos de caixa operacionais do negócio.
Em 31 de dezembro de 2011, os contratos em aberto de “swap” e “forward” têm
vencimentos entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, foram celebrados com
contrapartes representadas pelos bancos Bradesco (25%), Brasil (12%), Bank of
America (62%) e HSBC (1%) e estão assim compostos:
Derivativos “financeiros” - controladora
Valor principal
Descrição
Contratos de “swap” (1):
Ponta ativa:
Posição comprada - dólar
Ponta passiva:
Taxa CDI pós-fixada:
Posição vendida no CDI
28
Valor justo
Ganho (perda)
do exercício
2011
2010
2011
2010
2011
2010
396.938
53.534
435.094
52.121
28.184
(2.110)
396.938
53.534
406.910
54.231
-
-
Natura Cosméticos S.A.
Derivativos “financeiros” - consolidado
Descrição
Contratos de “swap” (1):
Ponta ativa:
Posição comprada - dólar
Ponta passiva:
Taxa CDI pós-fixada:
Posição vendida no CDI
Valor principal
2011
2010
Valor justo
2011
2010
404.662
59.817
442.574
57.367
404.662
59.817
413.947
60.197
Ganho (perda)
do exercício
2011
2010
28.626
(2.830)
-
-
Derivativos “operacionais” - controladora e consolidado
Descrição
Valor principal
2011
2010
Valor justo
2011
2010
Ganho
(perda) do
exercício
2011
2010
Contratos “forward” (2):
Ponta ativa:
Posição comprada dólar
-
34.542
-
34.555
-
Ponta passiva:
Taxa prefixada:
Posição vendida pré-fixada
-
34.542
-
35.786
-
(1.231)
-
(1)
As operações de “swap” financeiros consistem na troca da variação cambial por uma correção
relacionada a um percentual da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI pós-fixado.
(2)
As operações de “forward” operacionais estabelecem uma paridade futura entre o real e a moeda
estrangeira tomando-se como base a paridade do momento da contratação corrigida por uma
determinada taxa de juros prefixada.
O valor principal representa os valores dos derivativos contratados. O valor justo
refere-se ao valor reconhecido no balanço dos derivativos contratados ainda em
aberto nas datas dos balanços.
Para os instrumentos financeiros derivativos mantidos pela Sociedade e por suas
controladas em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, devido ao fato de os
contratos serem efetuados diretamente com instituições financeiras e não por
meio da BM&FBOVESPA, não há margens depositadas como garantia das
referidas operações.
Análise de sensibilidade
Para análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos
“financeiros”, a Administração da Sociedade entende que há necessidade de
considerar os ativos e passivos com exposição à flutuação das taxas de câmbio
registrados no balanço patrimonial, conforme demonstrado no quadro a seguir:
29
Natura Cosméticos S.A.
Controladora Consolidado
Empréstimos e financiamentos em moeda
estrangeira (*)
Contas a receber em moeda estrangeira
Contas a pagar em moeda estrangeira
Valor principal dos derivativos “financeiros”
Exposição passiva líquida
438.667
15.043
(435.543)
18.168
444.894
(5.231)
18.765
(439.742)
18.685
(*) O valor apresentado não considera o empréstimo de sua controlada no Peru,
no valor de R$36.483. A Administração entende que não há exposição
cambial sobre esse passivo, pois este será liquidado pela própria controlada
com recursos provenientes de suas operações naquele país, portanto, na
mesma moeda em que a dívida foi captada.
A seguir estão demonstrados o ganho (perda) que teriam sido reconhecidos no
resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de acordo com os
seguintes cenários:
Descrição
Exposição passiva líquida
Descrição
Exposição passiva líquida
Risco da
Sociedade
Alta do dólar
Risco da
Sociedade
Alta do dólar
Controladora
Cenário Cenário Cenário
provável
II
III
(322)
(4.542)
(9.084)
Consolidado
Cenário Cenário Cenário
provável
II
III
(331)
(4.671)
(9.342)
O cenário provável considera as taxas futuras do dólar norte-americano,
conforme cotações obtidas na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos
vencimentos dos instrumentos financeiros com exposição ao câmbio. Os cenários
II e III consideram uma alta do dólar norte-americano de 25% (R$2,34/US$1,00)
e de 50% (R$2,81/US$1,00), respectivamente. Os cenários provável, II e III
estão sendo apresentados em atendimento à Instrução CVM nº 475/08. A
Administração utiliza o cenário provável na avaliação das possíveis mudanças na
taxa de câmbio e apresenta o referido cenário em atendimento à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações.
A Sociedade e suas controladas não operam com instrumentos financeiros
derivativos com propósitos de especulação.
ii) Risco de taxa de juros
O risco de taxa de juros decorre de aplicações financeiras e de empréstimos. Os
instrumentos financeiros emitidos a taxas variáveis expõem a Sociedade e suas
controladas ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros. Os instrumentos
financeiros emitidos às taxas prefixadas expõem a Sociedade e suas controladas ao
risco de valor justo associado à taxa de juros.
30
Natura Cosméticos S.A.
O risco de fluxos de caixa associado à taxa de juros da Sociedade decorre de
aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos
emitidos a taxas pós-fixadas. A Administração da Sociedade tem como política
manter os indexadores de suas exposições a taxas de juros ativas e passivas
atrelados a taxas pós-fixadas. As aplicações financeiras são corrigidas pelo CDI e
os empréstimos e financiamentos são corrigidos pela Taxa de Juros de Longo
Prazo - TJLP, CDI e taxas prefixadas, conforme contratos firmados com as
instituições financeiras e por meio de negociações de valores mobiliários com
investidores desse mercado.
A Administração da Sociedade entende como baixo o risco de grandes variações
no CDI e na TJLP nos próximos 12 meses, levando em conta a estabilidade
promovida pela atual política monetária conduzida pelo Governo Federal, bem
como diante do histórico de aumentos promovidos na taxa básica de juros da
economia brasileira nos últimos anos. Dessa forma, não tem contratado
derivativos para proteger esse risco.
A Sociedade e suas controladas têm como política contratar derivativos do tipo
“swap”, com o objetivo de mitigar os riscos das operações de empréstimos e
financiamentos contratadas com indexador distinto do CDI, da TJLP e das taxas
prefixadas. No entanto, em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a Sociedade e
suas controladas não tinham esse tipo de derivativo, por considerarem o risco
baixo, conforme descrito anteriormente.
Análise de sensibilidade
Conforme mencionado anteriormente no item “Risco cambial”, em 31 de
dezembro de 2011 quase a totalidade dos empréstimos e financiamentos
denominados em moeda estrangeira possuem contratos de “swap”, trocando a
indexação do passivo de moeda estrangeira para a variação do CDI, devido à
política da Sociedade de proteção de riscos cambiais. Dessa forma, o risco da
Sociedade passa a ser a exposição à variação do CDI. A seguir está apresentada a
exposição a risco de juros das operações vinculadas à variação do CDI e da
TJLP, incluindo as operações com derivativos:
Controladora Consolidado
Total dos empréstimos e financiamentos - em
moeda local (nota explicativa nº 14)
Operações com derivativos atrelados ao
CDI e à TJLP
Aplicações financeiras (nota explicativa nº 5)
Exposição passiva líquida
(480.305)
(705.322)
(438.667)
138.078
(780.895)
(444.894)
424.159
(726.057)
A análise de sensibilidade considera a exposição dos empréstimos e
financiamentos atrelados ao CDI e à TJLP, líquidos das aplicações financeiras,
também indexadas ao CDI (nota explicativa nº 5).
As tabelas seguintes demonstram a perda (ganho) incremental que teria sido
reconhecida(o) no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de
acordo com os seguintes cenários:
31
Natura Cosméticos S.A.
Descrição
Passivo líquido
Descrição
Passivo líquido
Risco da
Sociedade
Alta da taxa
Risco da
Sociedade
Alta da taxa
Controladora
Cenário Cenário
provável
II
1.328
(19.561) (40.450)
Consolidado
Cenário Cenário
provável
II
1.234
Cenário
III
Cenário
III
(18.188) (37.610)
O cenário provável considera as taxas futuras de juros conforme cotações obtidas
na BM&FBOVESPA nas datas previstas dos vencimentos dos instrumentos
financeiros com exposição às taxas de juros. Os cenários II e III consideram uma
alta das taxas de juros em 25% (13,4% ao ano) e 50% (16,1% ao ano),
respectivamente.
b) Risco de crédito
O risco de crédito refere-se ao risco de uma contraparte não cumprir com suas
obrigações contratuais, levando a Sociedade a incorrer em perdas financeiras. As
vendas da Sociedade e de suas controladas são efetuadas para um grande número de
Consultores(as) Natura e esse risco é administrado por meio de um rigoroso processo
de concessão de crédito. O resultado dessa gestão está refletido na rubrica “Provisão
para créditos de liquidação duvidosa”, conforme demonstrado na nota explicativa
nº 6.
A Sociedade e suas controladas estão sujeitas também a riscos de crédito relacionados
aos instrumentos financeiros contratados na gestão de seus negócios, principalmente,
representados por caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos
derivativos.
A Sociedade considera baixo o risco de crédito das operações que mantém em
instituições financeiras com as quais opera, que são consideradas pelo mercado como
de primeira linha.
A Política de Aplicações Financeiras estabelecida pela Administração da Sociedade
elege as instituições financeiras com as quais os contratos podem ser celebrados, além
de definir limites quanto aos percentuais de alocação de recursos e valores absolutos a
serem aplicados em cada uma delas.
c) Risco de liquidez
A gestão prudente do risco de liquidez implica manter caixa, títulos e valores
mobiliários suficientes, disponibilidades de captação por meio de linhas de crédito
compromissadas e capacidade de liquidar posições de mercado.
A Administração monitora o nível de liquidez consolidado da Sociedade
considerando o fluxo de caixa esperado em contrapartida às linhas de crédito não
utilizadas.
32
Natura Cosméticos S.A.
O valor contábil consolidado dos passivos financeiros, mensurados pelo método do
custo amortizado, e seus correspondentes vencimentos são demonstrados a seguir:
Entre um
e dois
anos
Entre
dois e
cinco
anos
Controladora
em 31 de dezembro de 2011
Menos
de um
ano
Circulante:
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Derivativos
118.949
148.805
29.555
-
-
-
118.949
148.805
29.555
(52.525)
(1.371)
66.424
148.805
28.184
Não circulante:
Empréstimos e financiamentos
-
810.404
53.284
80.154
943.842
(91.293)
852.549
Entre um
e dois
anos
Mais de
cinco
anos
Entre
dois e
cinco
anos
Mais de
cinco
anos
Total
Valor
contábil
2011
Efeito do
desconto
Consolidado
em 31 de dezembro de 2011
Menos
de um
ano
Circulante:
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Derivativos
199.515
454.093
29.948
-
-
-
199.515
454.093
29.948
(30.553)
(1.322)
168.962
454.093
28.626
Não circulante:
Empréstimos e financiamentos
-
890.243
146.652
94.300
1.131.195
(113.458)
1.017.737
Total
Valor
contábil
2011
Efeito do
desconto
4.3. Gestão de capital
Os objetivos da Sociedade ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade
de continuidade da Sociedade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios a outras
partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.
A Sociedade monitora o capital com base nos índices de alavancagem financeira. Esse
índice corresponde à dívida líquida dividida pelo patrimônio líquido. A dívida líquida,
por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo
empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no
balanço patrimonial consolidado) subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa.
A dívida líquida a seguir demonstrada não considera os ajustes dos derivativos
contratados para mitigar o risco cambial.
Os índices de alavancagem financeira consolidados em 31 de dezembro de 2011 e de
2010 estão demonstrados a seguir:
Controladora
2011
2010
Empréstimos e financiamentos de curto
e longo prazos
Caixa e equivalentes de caixa
Dívida líquida
Patrimônio líquido
Índice de alavancagem financeira
Consolidado
2011
2010
918.973
428.442 1.186.699
(166.007) (206.125) (515.610)
752.966
222.317
671.089
691.663
(560.229)
131.434
1.238.553 1.257.501 1.238.554 1.257.502
60,79%
17,68%
54,18%
10,45%
33
Natura Cosméticos S.A.
4.4. Estimativa de valores justos
Os instrumentos financeiros são mensurados ao valor justo nas datas dos balanços
conforme determinado pelo CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação e de
acordo com a seguinte hierarquia:
• Nível 1: Avaliação com base em preços cotados (não ajustados) em mercados ativos
para ativos e passivos idênticos nas datas dos balanços. Um mercado é visto como
ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma
Bolsa de Mercadorias e Valores, um corretor, grupo de indústrias, serviço de
precificação ou agência reguladora e aqueles preços representam transações de
mercado reais, as quais ocorrem regularmente em bases puramente comerciais.
• Nível 2: Utilizado para instrumentos financeiros que não são negociados em mercados
ativos (por exemplo, derivativos de balcão), cuja avaliação é baseada em técnicas que,
além dos preços cotados incluídos no Nível 1, utilizam outras informações adotadas
pelo mercado para o ativo ou passivo direta (ou seja, como preços) ou indiretamente
(ou seja, derivados dos preços).
• Nível 3: Avaliação determinada em virtude de informações, para os ativos ou
passivos, que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja,
informações não observáveis).
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a mensuração da totalidade dos derivativos da
Sociedade e de suas controladas corresponde às características do Nível 2. O valor justo
dos derivativos de câmbio (“swap” e “forwards”) é determinado com base nas taxas de
câmbio futuras nas datas dos balanços, com o valor resultante descontado ao valor
presente.
Valores justos de instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado
Aplicações financeiras
Os valores contábeis das aplicações financeiras aproximam-se dos seus valores justos em
virtude de as operações serem efetuadas a juros pós-fixados e apresentarem possibilidade
de resgate imediato.
Empréstimos e financiamentos
Os valores contábeis dos empréstimos e financiamentos, exceto aqueles atrelados à taxa
prefixada, aproximam-se dos seus valores justos, pois estão atrelados a uma taxa de juros
pós-fixada, no caso, a variação do CDI. Os valores contábeis dos financiamentos
atrelados à TJLP aproximam-se dos seus valores justos em virtude de a TJLP ter
correlação com o CDI e ser uma taxa pós-fixada.
Os valores justos dos empréstimos e financiamentos contratados com juros prefixados
correspondem a valores próximos aos saldos contábeis divulgados na nota explicativa
nº 14.
Contas a receber e fornecedores
Estima-se que os valores contábeis das contas a receber de clientes e das contas a pagar
aos fornecedores estejam próximos de seus valores justos de mercado, em virtude do
curto prazo das operações realizadas.
34
Natura Cosméticos S.A.
5.
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Consolidado
2011
2010
Controladora
2011
2010
Caixa e bancos
Aplicações financeiras - CDBs pós-fixados
27.929
9.688 98.208 38.314
138.078 196.437 417.402 521.915
166.007 206.125 515.610 560.229
Em 31 de dezembro de 2011, os Certificados de Depósito Bancário - CDBs são remunerados
por taxas que variam entre 100,0% e 101,5% (100,0% e 101,5% em 31 de dezembro de 2010)
do CDI.
6.
CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Controladora
2011
2010
Contas a receber de clientes
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Consolidado
2011
2010
591.480 550.355 706.861 635.944
(56.171) (56.663) (64.989) (65.664)
535.309 493.692 641.872 570.280
A seguir estão demonstrados os saldos de contas a receber de clientes por idade de vencimento:
Consolidado
2011
2010
Controladora
2011
2010
A vencer
Vencidos:
Até 30 dias
De 31 a 60 dias
De 61 a 90 dias
De 91 a 180 dias
452.392 432.703 543.472 492.947
102.107 79.136 117.560 93.967
14.029 10.897 16.254
16.777
9.950
8.072 13.306
9.406
13.002 19.547 16.269 22.847
591.480 550.355 706.861 635.944
O saldo da rubrica “Contas a receber de clientes” no consolidado está predominantemente
denominado em reais, com aproximadamente 89% do saldo em aberto em 31 de dezembro de
2011 (91% em 31 de dezembro de 2010), sendo o saldo remanescente denominado em moedas
diversas e formado pelas vendas das controladas do exterior.
A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa para o exercício findo em
31 de dezembro de 2011 está assim representada:
Controladora
Saldo em
2010
Adições (a)
(56.663)
(82.860)
Consolidado
Baixas (b)
Saldo em
2011
Saldo em
2010
Adições (a)
Baixas (b)
Saldo em
2011
83.352
(56.171)
(65.664)
(88.277)
88.952
(64.989)
(a)
Provisão constituída conforme a nota explicativa nº 2.7.
(b)
Compostas por títulos vencidos há mais de 180 dias, baixados em virtude do não recebimento.
35
Natura Cosméticos S.A.
A despesa com a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi registrada
na rubrica “Despesas com vendas” na demonstração do resultado. Quando não existe
expectativa de recuperação de numerário adicional, os valores creditados na rubrica “Provisão
para créditos de liquidação duvidosa” são em geral revertidos contra a baixa definitiva do
título.
A exposição máxima ao risco de crédito na data das demonstrações contábeis é o valor contábil
de cada faixa de idade de vencimento líquida da provisão para créditos de liquidação duvidosa,
conforme demonstrado no quadro de saldos a receber por idade de vencimento. A Sociedade e
suas controladas não mantêm nenhuma garantia para os títulos em atraso.
7.
ESTOQUES
Controladora
2011
2010
Produtos acabados
Matérias-primas e materiais de embalagem
Material promocional
Produtos em elaboração
Provisão para perdas
Consolidado
2011
2010
219.626 181.188 565.739 465.027
- 149.806 127.305
18.560 14.383 52.288 37.576
- 16.314 17.290
(20.280) (10.479) (95.399) (75.673)
217.906 185.092 688.748 571.525
A movimentação da provisão para perdas na realização dos estoques para o exercício findo em
31 de dezembro de 2011 está assim representada:
Controladora
36
Saldo em
2010
Adições (a)
(10.479)
(20.741)
Consolidado
Baixas (b)
Saldo em
2011
Saldo em
2010
Adições (a)
Baixas (b)
Saldo em
2011
10.940
(20.280)
(75.673)
(66.900)
47.175
(95.398)
(a)
Referem-se à constituição de provisão para perdas por descontinuidade, validade e qualidade, para cobrir as perdas
esperadas na realização dos estoques, de acordo com a política estabelecida pela Sociedade e por suas controladas.
(b)
Compostas pelas baixas dos produtos descartados pela Sociedade e por suas controladas.
Natura Cosméticos S.A.
8.
IMPOSTOS A RECUPERAR
ICMS a compensar sobre aquisição de insumos
ICMS - ST a ressarcir sobre vendas interestaduais - RS
ICMS - ST a ressarcir sobre vendas interestaduais - SP (a)
ICMS - ST a ressarcir - processo de denúncia espontânea SP (b)
Impostos a compensar - controladas no exterior
ICMS a compensar sobre aquisição de ativo imobilizado
PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de ativo
imobilizado
PIS e COFINS a compensar sobre aquisição de insumos
PIS e COFINS oriundo de ganho de processo judicial (c)
IRPJ e CSLL a compensar
PIS, COFINS e CSLL - retidos na fonte
Outros
Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS
Circulante
Não circulante
Controladora
2011
2010
Consolidado
2011
2010
8.296
3.022
7.120
154.942
8.296
97.888
3.022
7.120
15.428
6.825
22.170
24.318
16.421
21.567
16.136
45.012
11.887
728
365
81.716
19.743
10
3.000
39.720
7.376
11.826
68.187
20.025
16.852
3.236
1.746
2.024
5.574
8.834
12.282
(3.376) (2.879)
312.859 210.728
69.417
12.299
34.799
4.921
201.620
111.239
101.464
109.264
(a) Refere-se ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Substituição Tributária - ICMS
- ST que vem sendo mensalmente destacado e retido nas operações de venda realizadas pela
Sociedade e por sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., com
mercadorias destinadas a clientes localizados em outras Unidades da Federação (Estados e Distrito
Federal) que não o Estado de São Paulo, conforme legislação fiscal do Estado de São Paulo,
vigentes desde fevereiro de 2008. A Sociedade obteve em 2010 com a Secretaria da Fazenda SeFaz um regime especial que permite a compensação dos referidos créditos através de um
mecanismo denominado “Via Rápida” (“Fast Track”), no qual os créditos são compensados no
mês seguinte ao da apuração, amparados por carta de fiança bancária em mesmo valor.
(b) Em 24 de setembro de 2008, foi emitido expediente pela Coordenadoria de Administração
Tributária da SeFaz - SP que acata a denúncia espontânea formalizada pela controlada Indústria e
Comércio de Cosméticos Natura Ltda., relacionada à adoção de procedimentos sobre o ICMS - ST
nos meses de fevereiro a maio de 2008 em desacordo com os artigos 264, inciso IV, 313-E e 313G do Regulamento do ICMS - RICMS/2000. O referido expediente esclareceu os procedimentos
necessários para a regularização das operações realizadas pela controlada no referido período. Os
requerimentos foram atendidos e o crédito foi integralmente compensado durante o exercício de
2011.
(c) O montante demonstrado refere-se ao reconhecimento de crédito tributário de Programa de
Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS
oriundo de ganho de processo judicial que questionava a inconstitucionalidade e ilegalidade da
majoração da base de cálculo das contribuições citadas, instituídas pela Lei nº 9.718/98. Vide mais
detalhes na nota explicativa nº 17.(a) (ativos contingentes).
37
Natura Cosméticos S.A.
9.
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a) Diferidos
Os valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL diferidos são provenientes de diferenças temporárias na controladora e nas
controladas. Esses créditos são mantidos no ativo não circulante, conforme regulamentação
do CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis. Os valores são demonstrados a
seguir:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (nota explicativa nº 6)
Provisão para perdas nos estoques (nota explicativa nº 7)
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
(nota explicativa nº 17)
Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS
(nota explicativa nº 17)
Passivo atuarial - plano de assistência médica
(nota explicativa nº 18)
(Ganhos) perdas decorrentes das mudanças no valor justo dos
instrumentos derivativos (nota explicativa nº 24)
Provisão de ICMS - ST - PR, DF, MS MT e RJ (nota explicativa
nº 16)
Provisões para perdas na realização de adiantamentos a
fornecedores
Provisões para obrigações contratuais
Provisão para deságio na cessão de créditos de ICMS
Provisões para repartição de benefícios e parcerias a pagar
Diferenças temporárias das operações internacionais
Provisões para participação nos resultados
Ajuste de taxa de depreciação - vida útil (Regime Tributário de
Transição - RTT)
Outras diferenças temporárias
Controladora
2011
2010
Consolidado
2011
2010
19.098
6.895
19.266
3.563
19.098
28.219
19.266
21.725
17.743
18.884
36.896
40.375
620
573
39.173
28.869
6.573
4.462
9.565
6.702
(9.583)
1.136
(9.733)
1.381
8.247
13.672
8.247
13.672
1.992
1.439
6.178
3.955
3.879
1.947
6.874
-
2.137
2.713
1.148
6.178
9.681
10.947
4.432
2.777
979
6.874
6.562
-
1.420
15.568
80.145
13.235
87.491
(6.989)
32.272
26.645
189.552 180.259
A Administração, com base em suas projeções de lucros tributáveis futuros, estima que os
créditos tributários registrados serão integralmente realizados em até cinco exercícios.
A expectativa da Administração para realização dos créditos tributários está apresentada a
seguir:
2012
2013
2014
2015 em diante
Controladora
Consolidado
42.679
11.753
4.633
21.080
80.145
83.230
18.180
59.240
28.902
189.552
Sobre as controladas da Sociedade no exterior, exceto pela operação da Argentina que
apresenta lucro tributável, as demais controladas não apresentam créditos tributários
registrados em suas demonstrações contábeis sobre prejuízos fiscais e diferenças
temporárias devido à ausência de histórico de lucros tributáveis e projeções de lucros
tributáveis para os próximos exercícios.
38
Natura Cosméticos S.A.
Em 31 de dezembro de 2011, os valores dos créditos tributários, calculados às alíquotas
vigentes nos respectivos países onde se situam as controladas, são demonstrados conforme
segue:
Diferenças temporárias totais
Prejuízos fiscais:
Argentina
Chile
México
Colômbia
França
9.533
82.379
110.771
73.980
110.678
Exceto pelas controladas na Argentina e no México, os créditos tributários sobre os
prejuízos fiscais gerados pelas demais controladas não possuem prazo para serem
compensados. Para tais controladas, os créditos tributários possuem os seguintes prazos
para compensação:
Argentina
2012
2013
2014
2015
2016 em diante
México
3.060
4.564
11
1.909
7.434
- 103.326
9.533 110.771
b) Reconciliação do imposto de renda e da contribuição social
Consolidado
2011
2010
Controladora
2011
2010
Lucro antes do imposto de renda e da
contribuição social
Imposto de renda e contribuição social à alíquota
de 34%
Benefício dos gastos com pesquisa e inovação
tecnológica - Lei nº 11.196/05 (*)
Incentivos fiscais
Equivalência patrimonial (nota explicativa nº 12)
Crédito fiscal não constituído sobre prejuízos fiscais
gerados por controladas no exterior
Regime Tributário de Transição - RTT (Medida
Provisória nº 449/08) - ajustes da Lei nº 11.638/07
Baixa do ágio - liquidação da Flora Medicinal
Benefício fiscal de juros sobre o capital próprio
Outras diferenças permanentes
Despesa com imposto de renda e contribuição social
Imposto de renda e contribuição social - correntes
Imposto de renda e contribuição social - diferidos
Taxa efetiva - %
1.161.791
1.053.123
1.237.730
1.118.169
(395.009)
(358.062)
(420.828)
(380.177)
22.386
6.582
18.628
19.035
5.820
8.760
22.386
9.668
-
19.035
8.296
-
-
-
(28.915)
(31.459)
(774)
21.067
(3.770)
(330.890)
649
8.332
18.242
(11.849)
(309.073)
(3.242)
21.067
(6.965)
(406.829)
(1.623)
8.332
18.242
(14.766)
(374.120)
(323.543)
(7.347)
(313.612)
4.539
(416.123)
9.294
(408.233)
34.113
28,5
30,5
32,9
33,5
39
Natura Cosméticos S.A.
(*) Refere-se ao benefício fiscal instituído pela Lei nº 11.196/05, que permite a dedução diretamente na apuração
do lucro real e da base de cálculo da contribuição social do valor correspondente a 60% do total dos gastos
com pesquisa e inovação tecnológica, observadas as regras estabelecidas na referida Lei.
A movimentação do imposto de renda e da contribuição social no exercício é conforme segue:
Saldo em
2010
87.491
Controladora
Débito/
(Crédito)
no resultado
7.346
Saldo em
2011
Saldo em
2010
Consolidado
Débito/
(Crédito)
no resultado
80.145
180.259
(9.293)
Saldo em
2011
189.552
10. DEPÓSITOS JUDICIAIS
Representam ativos restritos da Sociedade e de suas controladas e estão relacionados a quantias
depositadas e mantidas em juízo até a solução dos litígios a que estão relacionadas.
Os depósitos judiciais mantidos pela Sociedade e por suas controladas em 31 de dezembro de
2011 e de 2010 estão assim representados:
ICMS - ST (nota explicativa nº 17.(a) (passivos
contingentes))
ICMS - ST exigibilidade suspensa (nota explicativa nº 16.(b))
Outras obrigações tributárias provisionadas (nota explicativa
nº 16.(e) e (g))
Outras obrigações tributárias com exigibilidade suspensa
(nota explicativa nº 17.(c))
Processos tributários sem provisão
Processos tributários provisionados (nota explicativa nº 17)
Processos cíveis sem provisão
Processos cíveis provisionados (nota explicativa nº 17)
Processos trabalhistas sem provisão
Processos trabalhistas provisionados (nota explicativa nº 17)
40
Controladora
2011
2010
Consolidado
2011
2010
80.304
88.521
53.809
167.019
80.304
88.521
53.809
167.019
9.434
8.556
52.024
48.106
10.955
34.373
9.952
1.016
1.886
5.844
2.653
244.938
10.426
30.676
9.600
938
1.874
4.410
1.762
289.070
10.955
38.254
11.515
1.108
1.992
6.999
4.167
295.839
10.426
36.034
10.754
1.343
1.976
5.130
2.410
337.007
Natura Cosméticos S.A.
11. OUTROS ATIVOS CIRCULANTES E NÃO CIRCULANTES
Controladora
2011
2010
Consolidado
2011
2010
Adiantamento para propaganda
Ativos destinados à venda
Seguros
Caixa restrito - CDB (*)
Outros
111.690
1.829
6.371
119.890
64.886
1.565
6.071
72.522
112.666
17.752
2.464
6.757
17.079
156.718
66.246
17.752
2.224
6.155
18.926
111.303
Circulante
Não circulante
115.328
4.562
52.470
20.052
126.783
29.935
66.399
44.904
(*) Este saldo refere-se a um bloqueio para garantia de uma execução fiscal por meio da qual se
pretende cobrar o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI referente ao mês de julho de 1989,
quando da equiparação dos estabelecimentos comerciais atacadistas a estabelecimento industrial
pela Lei nº 7.798/89. O processo encontra-se no Tribunal Regional Federal da 3a Região (SP), para
julgamento do recurso de apelação da executada. Com base na análise efetuada pelos assessores
legais da Sociedade, a probabilidade de perda desse processo é possível.
12. INVESTIMENTOS
Controladora
2011
2010
Investimentos em controladas e controladas em conjunto
1.253.721 1.099.188
41
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42
Natura Cosméticos S.A.
Informações e movimentação dos saldos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011
Indústria e
Comércio de
Cosméticos
Natura Ltda.
Capital social
Percentual de participação
Patrimônio líquido das controladas
Participação no patrimônio líquido
Lucro líquido (prejuízo) do exercício das controladas
Natura
Cosméticos
S.A. - Chile
Natura
Natura
Natura
Inovação e
Natura
Cosméticos Cosméticos Tecnologia
Cosméticos
S.A. C.A. de Produtos
S.A. - Peru Argentina Venezuela
Ltda.
Natura
Natura
Cosméticos de Cosméticos
México S.A.
Ltda. (*)
Colômbia
Natura
(Brasil)
International
Natura
B.V. Cosméticos
Holanda (*) España S.L.
Total
526.155
99,99%
1.060.440
1.060.334
124.882
101.336
99,99%
20.385
20.383
(3.535)
13.903
99,94%
1.486
1.485
(4.728)
106.116
99,97%
72.847
72.825
7.685
6.609
99,99%
306
306
(1)
5.008
99,99%
28.812
28.809
15.527
192.975
99,99%
47.601
47.596
(46.023)
72.948
99,99%
13.435
13.434
(20.973)
85.847
100,00%
8.444
8.444
(18.052)
73 1.110.970
100,00%
106 1.253.861
106 1.253.721
54.782
930.614
124.881
23.246
(3.535)
(891)
(4.725)
56.902
7.683
273
(1)
45.021
15.527
26.950
(46.019)
8.782
(20.970)
8.208
(18.052)
83 1.099.188
54.789
89
(384)
Valor contábil dos investimentos
Saldos em 31 de dezembro de 2010
Resultado de equivalência patrimonial
Variação cambial e outros ajustes na conversão dos
investimentos das controladas no exterior
Contribuição da controladora para planos de opções de ações
concedidos a executivos de controladas e outras reservas
Distribuição de lucros
Aumentos de capital
Saldos em 31 de dezembro de 2011
-
672
357
2.431
34
4.839
1.060.334
20.383
6.744
1.485
5.809
72.825
306
2.171
(34.000)
28.809
67.049
47.596
1.893
468
23.729
13.434
17.819
8.444
-
5.561
7.010
(34.000)
23
121.173
106 1.253.721
(*) Informações consolidadas das seguintes empresas:
Natura Cosméticos de México S.A.: Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V., Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V. e Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.
Natura (Brasil) International B.V. - Holanda: Natura (Brasil) International B.V. (Holanda), Natura Brasil Inc. (EUA - Delaware), Natura International Inc. (EUA - Nova York), Natura International Inc. (EUA Nevada), Natura Worldwide Trading Company (Costa Rica), Natura Europa SAS (França) e Natura Brasil SAS (França)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. e Natura Innovation et Technologie de Produits SAS. - França
43
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44
Natura Cosméticos S.A.
13. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
IMOBILIZADO
Veículos
Benfeitorias em propriedade
de terceiros (a)
Máquinas e equipamentos
Edifícios
Móveis e utensílios
Equipamentos de informática
Projetos em andamento
Adiantamentos a
fornecedores
INTANGÍVEL
Softwares e outros
Créditos de carbono (c)
IMOBILIZADO
Máquinas e equipamentos
Edifícios
Instalações
Terrenos
Moldes
Veículos
Equipamentos de informática
Móveis e utensílios
Benfeitorias em propriedade
de terceiros (a)
Projetos em andamento
Adiantamentos a
fornecedores
Outros
INTANGÍVEL
Softwares
Créditos de carbono (c)
Fundo de comércio - Natura
Europa SAS - França (b)
Marcas e patentes
(a)
Taxa média
ponderada
anual de
depreciação - %
Controladora
Custo
corrigido
2011
Depreciação
acumulada
Custo
corrigido
Valor
residual
22.019
34.234
(14.491)
19.743
21
39.010
15
4
7
18
-
35.419
114.844
56.694
11.633
50.867
67.843
(11.844) 23.575
(7.421) 107.423
56.694
(3.006)
8.627
(7.024) 43.843
67.843
23.486
27.668
6.264
6.614
11.699
(9.053)
(3.018)
(2.584)
(3.803)
-
14.433
24.650
3.680
2.811
11.699
-
2.191
378.501
2.191
(46.286) 332.215
15.159
125.124
(32.949)
15.159
92.175
Taxa média
ponderada
anual de
Custo
amortização - % corrigido
17
-
88.848
7.437
96.285
Taxa média
ponderada
anual de
Custo
depreciação - % corrigido
6
4
9
30
21
19
11
410.901
207.836
132.919
27.214
116.068
59.490
76.305
32.976
15
-
50.599
80.563
3
47.724
4.196
1.246.791
Taxa média
ponderada
anual de
Custo
amortização - % corrigido
(16.991)
2010
Depreciação
acumulada
Valor
residual
Controladora
2011
2010
Amortização Valor
Custo
Amortização
acumulada residual corrigido acumulada
(17.356)
(17.356)
71.492
7.437
78.929
23.852
5.338
29.190
(10.604)
(10.604)
Valor
residual
13.248
5.338
18.586
Consolidado
2011
Depreciação
acumulada
Valor
Custo
residual corrigido
(145.342) 265.559
(60.400) 147.436
(73.512) 59.407
27.214
(87.966) 28.102
(22.430) 37.060
(23.933) 52.372
(11.937) 21.039
2010
Depreciação
acumulada
Valor
residual
308.262
151.161
120.440
27.180
105.362
56.361
75.749
27.164
(124.315)
(54.305)
(65.066)
(79.921)
(21.181)
(45.969)
(11.926)
183.947
96.856
55.374
27.180
25.441
35.180
29.780
15.238
32.018
80.563
44.273
35.489
(18.725)
-
25.548
35.489
47.724
(2.256)
1.940
(446.357) 800.434
28.648
3.897
983.986
(2.111)
(423.519)
28.648
1.786
560.467
Consolidado
2011
Amortização Valor
Custo
acumulada residual corrigido
2010
Amortização
acumulada
(18.581)
-
Valor
residual
18
-
182.890
7.437
(32.676) 150.214
7.437
183.322
5.338
(73.376)
-
109.946
5.338
10
5.074
1.652
197.053
5.074
(1.623)
29
(34.299) 162.754
4.629
1.573
194.862
(1.413)
(74.789)
4.629
160
120.073
As taxas de amortização consideram os prazos de aluguel dos imóveis arrendados, os quais variam de três a cinco anos.
45
Natura Cosméticos S.A.
(b)
O fundo de comércio gerado na compra da Natura Europa SAS - França está fundamentado na existência de ponto
comercial em que esta se localiza, conforme laudo de avaliação emitido por peritos independentes, com sustentação de
tratar-se de um ativo intangível, comercializável, que não sofre perda de valor em virtude da passagem do tempo. A
variação ocorrida no saldo, entre 31 de dezembro de 2011 e de 2010, deve-se exclusivamente aos efeitos da variação
cambial.
(c)
Programa Carbono Neutro (nota explicativa nº 2.11.3).
A Sociedade efetuou uma análise do prazo de vida útil-econômica remanescente dos bens do
ativo imobilizado e intangível com efeitos registrados a partir de 1º de janeiro de 2010. Como
consequência da revisão dessa estimativa contábil, que visou realinhar o prazo da vida útil
remanescente dos bens e, consequentemente, a depreciação remanescente ao período de vida
residual dos bens, foi registrado um impacto a crédito no resultado da depreciação do exercício
de 2011, comparado com a depreciação registrada no exercício anterior, no montante de
R$11.482.
Informações adicionais sobre o imobilizado e intangível:
a) Bens dados em garantia e penhora
Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade e suas controladas possuíam bens do imobilizado
dados como penhora e aval em operações de empréstimos e financiamentos bancários, bem
como arrolados em defesa de processos judiciais, conforme os montantes demonstrados a
seguir:
Controladora Consolidado
Veículos
Equipamentos de informática
Máquinas e equipamentos
Saldos no fim do exercício
4.229
3.477
3.171
10.877
4.229
4.063
3.171
11.463
b) Arrendamentos mercantis (leasing)
A Sociedade efetuou no exercício de 2011 operação de arrendamento mercantil financeiro
para aquisição de ativo imobilizado no valor de R$56.694, na rubrica “Edifícios” e uma
operação de ‘sale leaseback’ no valor de R$24.537, na rubrica “Máquinas e equipamentos”.
Em 31 de dezembro de 2011, o saldo a pagar dessas operações, classificado na rubrica
“Empréstimos e financiamentos” (nota explicativa nº 14), totaliza R$79.673.
c) Saldo de juros capitalizados no ativo imobilizado
Consolidado
2011 2010
Edifícios
46
1.427 1.479
Natura Cosméticos S.A.
Mutações do imobilizado
Controladora
2011
2010
Saldos no início do exercício
Adições (líquidas das transferências de projetos em
andamento encerrados):
Máquinas e equipamentos
Projetos em andamentos/adiantamentos a
fornecedores
Veículos
Moldes
Instalações
Equipamentos de informática
Móveis e utensílios
Outras
Leasing
Depreciação
Transferências e baixas líquidas
Saldos no fim do exercício
92.175
28.373
114.902
15.069
40.611
4.176
4.777
207.908
Consolidado
2011
2010
50.375 560.467
8.884
45.037
492.256
29.669
32.389 165.726
84.555
13.498 21.031
24.193
- 15.344
16.986
6.112
7.208
769 11.377
7.304
545
5.679
1.618
1.036
5.524
3.696
57.121 275.830 175.228
56.694
56.694
(20.814) (12.615) (84.108) (69.412)
(3.748) (2.706) (8.449) (37.605)
332.215
92.175 800.434 560.467
Mutações do intangível
Controladora
2011
2010
Saldos no início do exercício
Adições:
Softwares (inclui gastos com implementação)
Créditos de carbono
Transferências e baixas líquidas
Amortização
Saldos no fim do exercício
18.586
64.993
4.135
69.128
(2.034)
(6.751)
78.929
Consolidado
2011
2010
11.527 120.073
4.411
5.338
9.749
66.402
4.135
70.537
82.740
56.310
5.338
61.648
(2.043) (4.879)
(2.690) (25.813) (19.436)
18.586 162.754 120.073
47
Natura Cosméticos S.A.
14. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Consolidado
2011
2010
Controladora
2011
2010
Referência
Moeda local
BNDES - EXIM
Financiadora de Estudos e Projetos
FINEP
Debêntures
BNDES
Conta garantida
Capital de giro
BNDES - FINAME
Banco do Brasil - Fundo de Amparo
do Trabalhador - FAT Fomentar
Arrendamentos mercantis financeiros
FINEP subvenção
Total em moeda local
-
-
67.607 116.388
A
353.256 352.669
21.708 23.206
48.613
-
27.106 27.633
353.256 352.669
141.689 110.996
2.001
48.613
7.336
6.506
B
C
D
E
F
G
-
-
2.697
3.908
H
56.729
480.306 375.875
56.729
940
289
2.086
705.322 623.127
I
J
4.486
411.237
-
10.713
411.238
36.483
K
L
M
N
Moeda estrangeira
48
BNDES - EXIM
BNDES
Resolução nº 4.131/62
Operação internacional - Peru
Arrendamentos mercantis financeiros
Total em moeda estrangeira
Total geral
2.479
50.088
-
1.229
7.358
50.088
9.861
22.944
22.944
438.667 52.567
481.377 68.536
918.973 428.442 1.186.699 691.663
Circulante
Não circulante
66.424 60.086
168.962 226.595
852.549 368.356 1.017.737 465.068
O
Natura Cosméticos S.A.
Referência
Moeda
Vencimento
Encargos
Garantias
A
B
Real
Real
Março de 2014
Março de 2013 e maio 2019
C
D
Real
Real
Maio de 2013
Janeiro de 2018
Juros de 2,5% a.a. + TJLP
TJLP para a parcela com vencimento em 2013 e 5% e para parcela
com vencimento em maio de 2019
Juros de 108% do CDI com vencimento em maio de 2013
TJLP + juros de 0,7% a 2,8% a.a. para a parcela com vencimento em
março de 2016 e 2,3% para a parcela com vencimento em 2018.
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A. e carta de fiança
bancária
Não há
Carta de fiança bancária
E
F
G
Real
Real
Real
Abril de 2011
Janeiro de 2012
Setembro de 2016
123,9% do CDI a.a. + IOF (b)
105,5% do CDI a.a. + IOF (b)
Juros de 4,5% a.a. + TJLP
H
Real
Fevereiro de 2014
Juros de 4,4% a.a. + TJLP
I
Real
Até agosto de 2026
Juros de 108,0% da taxa DI - CETIP (c)
J
K
L
M
Real
Dólar
Dólar
Dólar
Dezembro de 2012
Fevereiro de 2011
Janeiro de 2018
Outubro de 2013
Não há
Variação cambial + 8,31% a.a. (a)
Variação cambial + 1,8% a.a. + Resolução nº 635 (a)
Variação cambial + juros de 1,87% a 3,89% a.a. (a)
N
O
Novo sol
Dólar
Dezembro de 2012
Dezembro de 2016
Juros de 5,2% a.a.
Variação cambial + juros de 3,87% a.a. (a)
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
Aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
Alienação fiduciária, aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
e notas promissórias
Alienação fiduciária, aval da controladora Natura Cosméticos S.A.
e notas promissórias
Alienação fiduciária dos bens objeto dos contratos de
arrendamento mercantil
Não há
Aval da Natura Cosméticos S.A.
Aval da Natura Cosméticos S.A. e carta de fiança bancária
Aval da controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura
Ltda.
Carta de fiança bancária
Alienação fiduciária dos bens objeto dos contratos
(a)
Empréstimos e financiamentos para os quais foram contratados instrumentos financeiros do tipo “swap” com a troca da indexação da moeda estrangeira para CDI.
(b)
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras.
(c)
DI - CETIP - índice diário calculado a partir da taxa média DI, divulgada pela Cetip S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.
49
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50
Natura Cosméticos S.A.
Os vencimentos da parcela registrada no passivo não circulante estão demonstrados como
segue:
Controladora
2011
2010
2012
2013
2014
2015
2016 em diante
Consolidado
2011
2010
6.530
- 39.425
771.468 355.820
840.496 379.440
11.067
4.450
48.132 22.963
8.364
1.539
38.413 19.001
61.650
17
90.696
4.239
852.549 368.356 1.017.737 465.068
Os contratos de empréstimos bancários vigentes são como segue:
a) Descrição dos empréstimos bancários
1.
Programas BNDES - EXIM: Pré-embarque e Pré-embarque Especial
A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. é beneficiária dos
programas de financiamento na fase pré-embarque para a exportação de bens e
serviços com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.
Em regra, os requisitos para a participação nos referidos programas são: (i) possuir
crédito aprovado com a instituição financeira que celebrará o contrato de
financiamento; e (ii) fabricar produtos com um índice mínimo de nacionalização de
60%.
2.
Contratos de financiamento com o BNDES
A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.,
Natura Logística e Serviços Ltda. e Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
possuem contratos de financiamento mediante a abertura de crédito com o BNDES
para viabilizar investimentos diretos na Sociedade e em suas controladas, como, por
exemplo, aperfeiçoamento de determinadas linhas de produtos, capacitação da área de
pesquisa e desenvolvimento, otimização das linhas de separação de produtos do parque
industrial de Cajamar - SP e implementação de novos centros de distribuição, bem
como adequação administrativa da unidade de Itapecerica da Serra - SP e aquisição de
equipamentos necessários para esses fins.
3.
Contrato de financiamento com a FINEP
A controlada Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. possui programas de
inovação que buscam o desenvolvimento e a aquisição de novas tecnologias por meio
de parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior. Tais
programas de inovação têm o apoio de programas de fomento à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico com a FINEP, que viabiliza e/ou cofinancia
equipamentos, bolsas científicas e material de pesquisa para as universidades
participantes.
Tais recursos foram destinados ao custeio parcial dos investimentos incorridos na
elaboração dos projetos “Plataformas de Tecnologia para Novos Produtos Cosméticos
e Suplementos Nutricionais” e “Pesquisa e Inovação para o Desenvolvimento de
Novos Produtos Cosméticos”.
51
Natura Cosméticos S.A.
4.
Financiamento de Máquinas e Equipamentos - FINAME
A Sociedade é beneficiária de uma linha de crédito com o BNDES, relativa a
operações de repasse de FINAME, um empréstimo destinado a financiar a aquisição de
máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, concedido pelo BNDES. O
mencionado repasse ocorre por meio da concessão de crédito à controlada Indústria e
Comércio de Cosméticos Natura Ltda., gerando direitos de recebimento por parte da
instituição financeira credenciada como agente financeiro, usualmente Banco
Votorantim S.A., Banco Itaú Unibanco S.A., Banco do Brasil S.A. e HSBC Bank
Brasil S.A., que contratam com a controlada Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda. as referidas operações de financiamento.
Os contratos firmados têm como garantia a transferência da propriedade fiduciária dos
bens descritos nos respectivos contratos. Figura como fiel depositário desses bens a
própria controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., sendo a
Sociedade a avalista. Adicionalmente, a Sociedade e suas controladas ficaram
obrigadas a cumprir as disposições aplicáveis aos contratos do BNDES e condições
gerais reguladoras das operações relativas ao FINAME.
5.
Resolução nº 4.131/62
Cédula de Crédito Bancário - Repasse de recursos captados no exterior por meio da
Lei nº 4.131/62 por intermédio de instituições financeiras.
6.
Debêntures
Primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de
R$350.000, série única, sem garantia, bem como sem “covenants” financeiros, com
valor nominal unitário de R$1.000, segundo a Instrução CVM nº 476/09, emitidas em
26 de maio de 2010 e subscritas e integralizadas em 28 de maio de 2010, com
pagamento de juros semestrais nos meses de maio e novembro, com vencimento de
principal em 26 de maio de 2013.
b) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro
As obrigações financeiras são compostas como segue:
Consolidado
2011
2010
Obrigações brutas de arrendamento financeiro - pagamentos
mínimos de arrendamento:
Menos de um ano
Mais de um ano e menos de cinco anos
Mais de cinco anos
Encargos de financiamento futuros sobre os arrendamentos financeiros
Obrigações de arrendamento financeiro - saldo contábil
12.633
642
54.102
78.800
377
145.535 1.019
(65.862)
(79)
79.673
940
c) Cláusulas restritivas de contratos
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a maioria dos contratos de empréstimos e
financiamentos mantidos pela Sociedade e por suas controladas não contém cláusulas
52
Natura Cosméticos S.A.
restritivas que estabelecem obrigações quanto à manutenção de índices financeiros por
parte da Sociedade e de suas controladas.
O contrato firmado com o BNDES em julho de 2011 apresenta cláusulas restritivas que
estabelecem os seguintes indicadores financeiros:
- Margem EBITDA igual ou superior a 15%; e
- Dívida líquida / EBITDA igual ou inferior a 2,5 (dois inteiros e cinco décimos).
Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade cumpria integralmente todas essas cláusulas
restritivas.
15. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR
Controladora
2011
2010
Fornecedores nacionais
Fornecedores estrangeiros (*)
Fretes a pagar
Consolidado
2011
2010
133.762 77.805 435.328 326.945
15.043
842 18.765
4.964
34.512 34.585 34.887 34.585
183.317 113.232 488.980 366.494
(*) Referem-se, em sua maioria, a valores denominados em dólares norte-americanos.
16. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Controladora
2011
2010
PIS e COFINS a pagar (medida liminar) (a)
ICMS ordinário a pagar
ICMS - ST a pagar (b)
IRPJ e CSLL a pagar
IRPJ e CSLL (medida liminar) (c)
IRPJ e CSLL (medida liminar PAT)
IRRF
IPI - produtos isentos e com alíquota zero (d)
Correção da UFIR sobre tributos federais (e)
Crédito de IPI sobre aquisições de ativo
imobilizado e material de uso e consumo (f)
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (g)
PIS, COFINS e CSLL retidos na fonte a recolher
PIS e COFINS a pagar
Impostos a pagar - controladas no exterior
ISS a pagar
Depósitos judiciais ((b) e (g)) (nota explicativa
nº 10)
Consolidado
2011
2010
1.823
59.894
89.301
127.458
56.941
2.656
7.621
6.361
1.686
50.807
167.019
99.347
33.472
7.901
6.216
115.214
81.687
89.301
150.639
56.941
6.029
11.974
42.432
6.519
84.908
75.657
167.019
125.816
33.472
2.261
13.203
39.404
6.360
3.073
2.490
364
357.982
2.893
5.319
613
375.273
3.073
3.324
1.110
17.888
1.214
587.345
3.768
2.893
7.554
6.663
9.354
2.799
581.131
(97.955) (175.575) (140.545) (215.125)
53
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
2011
2010
Circulante
Não circulante
260.027
97.955
199.698
175.575
Consolidado
2011
2010
446.800
140.545
366.006
215.125
(a) A Sociedade e sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discutem
judicialmente a não inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS e a
COFINS. Em junho de 2007, a Sociedade e sua controlada obtiveram autorização judicial
para efetuar o pagamento das contribuições para PIS e COFINS sem a inclusão do ICMS
em suas bases de cálculo, a partir da apuração de abril de 2007. Os saldos registrados em
31 de dezembro de 2011 referem-se aos valores não pagos de PIS e COFINS apurados
entre abril de 2007 e dezembro de 2011, cuja exigibilidade está integralmente suspensa, os
quais estão acrescidos de atualização pela taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia). Parte do saldo, no montante atualizado de R$3.065, encontra-se depositada
judicialmente.
(b) Em 31 de dezembro de 2011, do saldo total registrado na controladora e no consolidado, os
montantes de R$12.669, R$52.305, R$23.274, R$273 e R$780 referem-se ao ICMS - ST
dos Estados do Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio de
Janeiro, respectivamente (R$119.371, R$34.969 e R$12.679 referem-se ao ICMS - ST dos
Estados do Paraná, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, respectivamente, em 31 de
dezembro de 2010), que estão sendo discutidos judicialmente pela Sociedade, conforme
também mencionado na nota explicativa nº 17.(a) (passivos contingentes - risco de perda
possível). A Sociedade vem efetuando depósitos judiciais mensais com relação aos
montantes não recolhidos.
Em 26 de novembro de 2011, a Sociedade formalizou um acordo, para aplicação
prospectiva a essa data, com o Estado do Paraná para definir a Margem de Valor Agregado
“MVA” aplicável no cálculo do ICMS - ST devido nas operações dos(as) Consultores(as)
Natura.
Para tanto, a Sociedade reconheceu a aplicação da MVA (no limite determinado pelo
estudo técnico) para os fatos geradores anteriores a novembro de 2011 e desistiu
parcialmente das ações judiciais que discutem o tema, o que resultou: (i) na conversão em
renda ao Estado do Paraná de R$114.345 a título de ICMS - ST; e (ii) no levantamento de
R$16.930 depositados a maior em razão de prorrogação retroativa de benefício fiscal.
Remanesce a discussão sobre a MVA aplicável aos fatos geradores anteriores a novembro
de 2011 que está na fase final da perícia judicial.
(c) Em 4 de fevereiro de 2009, a Sociedade obteve medida liminar posteriormente confirmada
por sentença que suspendeu a exigibilidade do imposto de renda e da contribuição social
incidentes sobre quaisquer valores recebidos a título de juros de mora, pagos pelo atraso no
cumprimento de obrigações contratuais das operações com vendas para os(as)
Consultores(as) Natura. Aguarda-se o julgamento do recurso de apelação interposto pela
União Federal.
(d) Refere-se a créditos de IPI sobre matérias-primas e materiais de embalagem adquiridos
com a incidência de alíquota zero, como não tributados ou isentos. A controlada Indústria e
54
Natura Cosméticos S.A.
Comércio de Cosméticos Natura Ltda. impetrou mandado de segurança e obteve liminar
concedendo o direito ao crédito. Em 25 de setembro de 2006, a liminar foi cassada por
sentença, que julgou o pedido improcedente. A Sociedade interpôs recurso de apelação
para reapreciação do mérito e restabelecimento dos efeitos da liminar. Para suspender a
exigibilidade do crédito tributário, em outubro de 2006 a Sociedade efetuou depósito
judicial em relação ao valor compensado sob a vigência da liminar, cujo saldo atualizado
monetariamente em 31 de dezembro de 2011 é de R$42.432 (R$39.404 em 31 de
dezembro de 2010). No quarto trimestre de 2009, para o aproveitamento dos benefícios
concedidos pela Medida Provisória nº 470/09, através da instituição das modalidades de
pagamento e parcelamento de débitos fiscais, a controlada protocolou petição desistindo
parcialmente do mandado de segurança impetrado, no tocante à discussão dos créditos de
IPI, dos produtos adquiridos com a incidência de alíquota zero e não tributados (vide
detalhes no tópico “Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Medida Provisória
nº 470/09” a seguir). Nessa data, após ter cumprido com os requerimentos para adesão ao
pagamento dos débitos fiscais instituído pela Medida Provisória nº 470/09, a controlada
aguarda o deferimento por parte da autoridade tributária para dar baixa, tanto dos valores
registrados no passivo de exigibilidade suspensa quanto dos valores dos depósitos judiciais
correspondentes. Ato contínuo, em dezembro de 2011, a controlada protocolou petição
desistindo também da discussão em relação aos créditos sobre os produtos isentos, os quais
se encontram depositados judicialmente, tendo em vista a classificação de risco para perda
provável. Assim, aguarda-se a conversão em renda dos valores depositados judicialmente.
(e) Refere-se à incidência da correção monetária pela Unidade Fiscal de Referência - UFIR
dos tributos federais (IRPJ, CSLL e Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL) do ano 1991,
discutida em mandado de segurança. O valor envolvido nesse processo encontra-se
depositado judicialmente. Em 26 de fevereiro de 2010, para aproveitamento dos benefícios
concedidos pela Lei nº 11.941/09, através da instituição das modalidades de pagamento e
parcelamento de débitos fiscais, a Sociedade protocolou petição desistindo da respectiva
ação, aguardando-se o trânsito em julgado da ação.
(f) A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discute, por meio de
mandados de segurança, o direito ao crédito de IPI nas aquisições de bens para o ativo
imobilizado e de materiais de consumo. Em 26 de fevereiro de 2010, para aproveitamento
dos benefícios concedidos pela Lei nº 11.941/09, através da instituição das modalidades de
pagamento e parcelamento de débitos fiscais, a controlada protocolou petição desistindo da
respectiva ação.
(g) Refere-se à contribuição previdenciária exigida em autos de infração lavrados pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, em processo de fiscalização, que exigiu da
Sociedade, na qualidade de contribuinte solidária, valores de contribuição devidos na
contratação de serviços prestados por terceiros. Os valores são discutidos na ação
anulatória de débito fiscal e encontram-se depositados judicialmente. Os valores exigidos
no auto de infração compreendem o período de janeiro de 1990 a outubro de 1999. Durante
o exercício de 2007, a Sociedade reverteu o montante de R$1.903, correspondente à
decadência de parte do montante envolvido no processo referente ao período de janeiro de
1990 a outubro de 1994, conforme orientação da Súmula Vinculante nº 08 do Supremo
Tribunal Federal - STF. Em 1º de março de 2010, foi protocolada petição desistindo
parcialmente da ação, bem como renunciando parcialmente ao seu direito, para fins de
adesão aos benefícios previstos na Lei nº 11.941/09, em relação às contribuições
previdenciárias devidas pelas empresas que prestavam serviços à Sociedade
(responsabilidade solidária) no período compreendido entre novembro de 1994 e dezembro
55
Natura Cosméticos S.A.
de 1998.
Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Lei nº 11.941/09
Em 27 de maio de 2009, o Governo Federal publicou a Lei nº 11.941, resultado da conversão
da Medida Provisória nº 449/08, a qual, entre outras alterações na legislação tributária, trouxe
um novo parcelamento de débitos tributários administrados pela Receita Federal do Brasil e
pelo INSS e de débitos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, incluindo o
saldo remanescente dos débitos consolidados no REFIS (Lei nº 9.964/00), no Parcelamento
Especial - PAES (Lei nº 10.684/03) e no Parcelamento Excepcional - PAEX (Medida
Provisória nº 303/06), além dos parcelamentos convencionais previstos no artigo 38 da Lei
nº 8.212/91 e no artigo 10 da Lei nº 10.522/02.
As entidades que optaram pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos dessa Lei
poderão liquidar, nos casos aplicáveis, os valores correspondentes à multa, de mora ou de
ofício, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em dívida ativa, com a
utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social próprios, e
terão benefícios de redução de multas, juros e encargos legais, cujos percentuais de redução
dependem da opção de prazo de pagamento escolhida.
Conforme regras definidas, para o cumprimento da primeira etapa dos parcelamentos, a
Sociedade e suas controladas, após terem protocolado petições na Justiça oficializando a
desistência das ações judiciais, cujos tributos estão sendo objeto de parcelamento, fizeram os
requerimentos de adesão aos parcelamentos, escolhendo as modalidades de parcelamento e
indicando a natureza genérica dos débitos fiscais, para os quais foram feitos os pagamentos das
respectivas prestações iniciais, conforme as regras definidas na Portaria Conjunta da Secretaria
da Receita Federal e PGFN.
A seguir são demonstrados os débitos tributários que foram inscritos no parcelamento pela
Sociedade e por suas controladas, conforme a Lei nº 11.941/09:
Controladora
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (a)
Débitos fiscais de IRPJ, CSLL e ILL (b)
2010
Adições
2.893
6.216
9.109
186
186
Reversões
Pagamentos
Atualização
monetária
2011
-
180
480
660
3.073
6.361
9.434
Pagamentos
Atualização
monetária
2011
-
180
494
3.073
6.519
109
783
9.592
(521)
(521)
Consolidado
2010
Débitos fiscais de INSS - ação anulatória
(a)
Débitos fiscais de IRPJ, CSLL e ILL (b)
Débitos fiscais de IPI sobre aquisições de
ativo imobilizado e material de uso e
consumo (c)
56
Adições
Reversões
2.893
6.360
186
(521)
3.768
13.021
186
(3.654)
(4.175)
(a)
Os detalhes desse processo estão mencionados no item (g) desta mesma nota.
(b)
Os detalhes desse processo estão mencionados no item (e) desta mesma nota.
(223)
223)
Natura Cosméticos S.A.
(c)
Os detalhes desse processo estão mencionados no item (f) desta mesma nota.
Devido à inexistência de saldos remanescentes de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa
da contribuição social, a Sociedade não se compensará destes para liquidação da parcela de
juros dos parcelamentos.
No segundo semestre de 2011, após a consolidação dos débitos, os processos administrativos
foram quitados em parcela única, gerando um estorno de provisão.
Para a sequência das etapas do parcelamento dos débitos fiscais da Sociedade e de suas
controladas que se encontram em esfera judicial, aguarda-se a decisão sobre a consolidação dos
valores para que haja a sua quitação, por meio de conversão em renda dos valores depositados.
Parcelamentos de débitos tributários instituídos pela Medida Provisória nº 470/09
Em 13 de outubro de 2009, foi editada a Medida Provisória nº 470, que instituiu o pagamento e
parcelamento de débitos fiscais decorrentes do aproveitamento indevido do incentivo fiscal
setorial instituído pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 491, de 5 de março de 1969, e decorrentes do
aproveitamento indevido de créditos do IPI, no âmbito da PGFN e da Receita Federal do Brasil.
Em 3 de novembro de 2009, a PGFN e a Receita Federal do Brasil publicaram, no Diário
Oficial da União - DOU, a Portaria Conjunta nº 9, que dispõe sobre o pagamento e
parcelamento de débitos de que trata o artigo 3º da Medida Provisória nº 470/09. Os débitos
decorrentes do aproveitamento indevido do incentivo fiscal setorial instituído pelo artigo 1º do
Decreto-lei nº 491/69 e os decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI, no
âmbito da PGFN e da Receita Federal do Brasil, foram pagos ou parcelados, no âmbito de cada
um dos órgãos, até 30 de novembro de 2009.
Conforme mencionado no item (d) desta mesma nota, a controlada Indústria e Comércio de
Cosméticos Natura Ltda. protocolou petição desistindo parcialmente do mandado de segurança
impetrado com referência a créditos de IPI decorrentes dos produtos adquiridos com a
incidência de alíquota zero e não tributados.
Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade aguarda o posicionamento do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região, após manifestação da PGFN e Secretaria da Receita Federal do Brasil,
para concluir a etapa referente à consolidação dos débitos fiscais e para baixar os saldos do
passivo de exigibilidade suspensa contra os depósitos judiciais efetuados até a referida data
pelos valores atualizados monetariamente. Devido à existência de depósitos judiciais efetuados
em períodos anteriores e à opção feita pela controlada pelo pagamento à vista, nenhum ganho
foi registrado no resultado do exercício quanto à reversão de multa de mora e juros.
17. PROVISÕES PARA RISCOS TRIBUTÁRIOS, CÍVEIS E TRABALHISTAS
A Sociedade e suas controladas são partes em ações judiciais de natureza tributária, trabalhista
e cível e em processos administrativos de natureza tributária. A Administração acredita,
apoiada na opinião e nas estimativas de seus assessores legais, que as provisões para riscos
tributários, cíveis e trabalhistas são suficientes para cobrir as eventuais perdas. Essas provisões
estão assim demonstradas:
57
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
2011
2010
Tributários
Cíveis
Trabalhistas
Consolidado
2011
2010
27.612 29.867 33.850 42.970
12.234 9.284 16.986 14.137
9.754 14.131 14.219 16.677
49.600 53.282 65.055 73.784
Riscos tributários
Os riscos tributários provisionados são compostos pelos processos a seguir relacionados:
Controladora
2010
Adições
Reversões
999
7.562
424
-
-
Multas moratórias sobre tributos federais recolhidos
em atraso (a)
Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b)
Auto de infração - IRPJ e CSLL - honorários
advocatícios (c)
Auto de infração - IRPJ 1990 (d)
Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e
da COFINS - honorários advocatícios (e)
Honorários advocatícios e outros (g)
Risco tributário total provisionado
4.452
3.342
-
(666)
-
951
12.561
29.867
424
(635)
(3.137)
(4.438)
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10)
(9.600)
-
Pagamentos
(683)
(683)
-
Atualização
monetária
2011
54
323
794
7.885
1.182
172
4.968
3.514
(316)
1.027 10.451
2.442 27.612
-
(352)
Pagamentos
Atualização
monetária
(9.952)
Consolidado
2010
Multas moratórias sobre tributos federais recolhidos
em atraso (a)
Dedutibilidade da CSLL (Lei nº 9.316/96) (b)
Auto de infração - IRPJ e CSLL - honorários
advocatícios (c)
Ação anulatória - Auto de infração - IRPJ 1990 (d)
Não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e
da COFINS - honorários advocatícios (e)
PIS semestralidade - Decretos-lei nº 2.445/88 e
nº 2.449/88 (f)
Honorários advocatícios e outros (g)
Risco tributário total provisionado
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10)
Adições
Reversões
1.505
7.562
424
-
(453)
-
4.452
3.342
-
(666)
-
-
6.063
-
(5.588)
-
2.191
17.855
42.970
700
1.124
(6.571)
(13.278)
(10.754)
-
-
(683)
-
(683)
-
2011
72
323
865
7.885
1.182
172
4.968
3.514
(475)
129
2.314
3.717
2.320
14.298
33.850
(761) (11.515)
(a) Referem-se à incidência de multa moratória no recolhimento em atraso de tributos federais.
(b) Refere-se ao mandado de segurança que questiona a constitucionalidade da Lei nº 9.316/96, a qual proibiu a
dedutibilidade da CSLL da sua própria base de cálculo e da base de cálculo do IRPJ. Parte da provisão, no montante
atualizado de R$5.905 (R$5.559 em 31 de dezembro de 2010), está depositada judicialmente. O processo está sobrestado
aguardando posicionamento do STF sobre o caso, que será decidido por meio de Repercussão Geral.
(c) Refere-se aos honorários advocatícios para defesa dos autos de infração lavrados contra a Sociedade, em agosto de 2003,
dezembro de 2006 e dezembro de 2007, pela Receita Federal do Brasil, em que se exigem créditos tributários de IRPJ e
CSLL relativos à dedutibilidade da remuneração das debêntures emitidas pela Sociedade, nos períodos-base 1999, 2001 e 2002, respectivamente. Os autos de infração relativos aos períodos-base 2001 e 2002 aguardam
decisão definitiva do Conselho de Contribuinte. A opinião dos assessores legais é de que a probabilidade de perda
decorrente dos referidos autos de infração é remota.
58
Natura Cosméticos S.A.
O auto de infração lavrado contra a Sociedade em agosto de 2003, relativo à dedutibilidade no período-base 1999, teve
decisão administrativa transitada em julgado em janeiro de 2010, sendo mantido parcialmente em relação ao IRPJ e
integralmente em relação à CSLL. Após essa decisão, em 7 de abril de 2010, a Sociedade ingressou com uma ação na
esfera judicial objetivando cancelar a parcela remanescente do IRPJ e da CSLL. A opinião dos assessores legais é de que a
perspectiva de perda na ação judicial é remota.
(d) Refere-se a auto de infração lavrado pela Receita Federal do Brasil exigindo o pagamento de imposto de renda sobre o
lucro decorrente de exportações incentivadas, ocorridas no ano-base 1989, à alíquota de 18% (Lei nº 7.988, de 29 de
dezembro de 1989) e não 3%, conforme era determinado pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 2.413/88, no qual a Sociedade se
fundamentou para efetuar os recolhimentos na época. A Sociedade ingressou com uma ação na esfera judicial objetivando
cancelar o auto de infração. O processo está sobrestado aguardando posicionamento do STF sobre o caso.
(e) Refere-se aos honorários advocatícios para propositura de ações judiciais que discutem a inclusão do ICMS na base de
cálculo do PIS e da COFINS, no período de fevereiro de 1998 aos dias atuais. Foi revertida a provisão para honorários
durante o segundo trimestre de 2011 em virtude da probabilidade de perda na opinião dos assessores legais ter sido
revisada e alterada de remota para possível com base no andamento do “leading case” (ADC-18) em trâmite no STF, bem
como em virtude da alteração da composição da Corte.
(f) Refere-se à compensação do PIS pago na forma dos Decretos-lei nº 2.445/88 e nº 2.449/88, no período de 1988 a 1995,
com impostos e contribuições federais devidos em 2003 e 2004. Durante o exercício de 2007, a Sociedade efetuou a
reversão no montante de R$14.910, devido à decisão favorável e definitiva à Sociedade, proferida em agosto de 2007. A
provisão remanescente refere-se à parcela correspondente à controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.,
que aguarda apreciação do processo pelo Conselho de Contribuintes.
(g) O saldo refere-se a honorários advocatícios para defesa dos interesses da Sociedade e de suas controladas em processos
tributários. Do montante provisionado: (i) R$4.000 referem-se aos honorários advocatícios para elaboração de defesa no
auto de infração de IRPJ e de CSLL contra a Sociedade, lavrado em 30 de setembro de 2009, que tem como objeto o
questionamento da dedutibilidade fiscal da amortização do ágio decorrente de incorporação de ações da Natura
Participações S.A. que possuía ágio sobre o investimento mantido na então controlada Natura Empreendimentos S.A. Na
opinião dos assessores legais da Sociedade, a operação tal como foi estruturada e seus efeitos fiscais são defensáveis,
motivo pelo qual o risco de perda é classificado como remoto; e (ii) R$700 referem-se aos honorários advocatícios
devidos para defesa apresentada na Autuação da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, a qual exige supostas
diferenças de ICMS - ST em relação às remessas interestaduais realizadas a estabelecimentos da Sociedade localizados no
Rio Grande do Sul. Na opinião dos assessores legais da Sociedade, o risco de perda é classificado como remoto.
Riscos cíveis
Controladora
Diversas ações cíveis (a)
Honorários advocatícios - ação cível
ambiental (b)
Ações cíveis e honorários advocatícios Nova Flora Participações Ltda.
Risco cível total provisionado
Depósitos judiciais (nota explicativa
nº 10)
2010
Adições
4.828
10.925
(9.052)
1.512
-
(64)
2.944
9.284
10.925
(3)
(9.119)
(1.874)
-
Reversões
Pagamentos
(133)
(133)
-
-
Atualização
monetária
2011
219
6.787
87
1.535
971
1.277
3.912
12.234
(12) (1.886)
Consolidado
2010
Adições
Reversões
5.716
11.193
(9.291)
1.512
-
(64)
Diversas ações cíveis (a)
Honorários advocatícios - ação cível
ambiental (b)
Honorários - processos IBAMA e
Biodiversidade (c)
Ações cíveis e honorários advocatícios
- Nova Flora Participações Ltda.
Risco cível total provisionado
3.965
-
(301)
2.944
14.137
11.193
(3)
(9.659)
Depósitos judiciais (nota explicativa10)
(1.976)
-
-
Pagamentos
(146)
Atualização
monetária
2011
250
7.723
-
87
1.535
-
152
3.816
971
1.460
3.912
16.986
(146)
-
(16) (1.992)
59
Natura Cosméticos S.A.
(a) A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro 2011, são partes em 2.491 ações e procedimentos cíveis
(1.211 em 31 de dezembro de 2010), entre os quais 2.382 no âmbito da justiça cível, do juizado especial cível
e do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor - PROCON, movidos por Consultores(as) Natura,
consumidores, fornecedores e ex-colaboradores, sendo a maioria referente a pedidos de indenização.
(b) Do total provisionado, o montante de R$1.192 refere-se aos honorários advocatícios para defesa dos interesses
da Sociedade nos autos da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal do Estado do Acre em
face da Sociedade e de outras instituições, sob a alegação de acesso ao conhecimento tradicional associado ao
ativo Murumuru. Na opinião dos assessores legais a probabilidade de perda é remota.
(c) Referem-se aos honorários advocatícios para defesa administrativa nos autos de infração lavrados pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA contra a Sociedade em
2010 por acessos supostamente irregulares ao patrimônio genético brasileiro ou ao conhecimento tradicional
associado, bem como para a adoção das medidas judiciais consideradas pertinentes pelos assessores legais da
Sociedade. A Sociedade recebeu até dezembro de 2011, 70 multas do IBAMA, no total de R$21.955 e
apresentou defesa administrativa para todas mas ainda não houve decisão de mérito do IBAMA em nenhum
caso, razão pela qual tais multas não representam créditos exigíveis. A Administração da Sociedade e seus
assessores legais consideram como remota a possibilidade de perda nos autos de infração relacionados à
suposta ausência de repartição de benefícios e como possível a perda nos autos de infração relacionados ao
suposto acesso irregular ao patrimônio genético em virtude do cumprimento de todos os princípios
estabelecidos na Convenção da Diversidade Biológica - CDB, tratado internacional firmado na Rio-92 e das
ilegalidades e inconstitucionalidades do atual marco legal que incorporou a CDB no sistema legal brasileiro.
Com exceção de insumos provenientes de terras da União, que se recusa a negociar, porque não estabeleceu
até hoje os Comitês de Negociação. A Sociedade reparte benefícios em 100% dos acessos no uso da
biodiversidade, sendo inclusive a pioneira na repartição de benefícios com comunidades tradicionais e
possuindo aproximadamente 68% das solicitações ao órgão regulador de pedidos de autorização para acesso à
biodiversidade.
Riscos trabalhistas
A Sociedade e suas controladas, em 31 de dezembro de 2011, são partes em 827 reclamações
trabalhistas movidas por ex-colaboradores e terceiros (766 em 31 de dezembro de 2010), cujos
pedidos se constituem em pagamentos de verbas rescisórias, adicionais salariais, horas extras e
verbas devidas em razão da responsabilidade subsidiária. As provisões são revisadas
periodicamente com base na evolução dos processos e no histórico de perdas das reclamações
trabalhistas para refletir a melhor estimativa corrente.
2010
Risco trabalhista total provisionado
14.131
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10)
(1.762)
2010
Adições
4.439
(891)
Adições
Risco trabalhista total provisionado
16.677
7.708
Depósitos judiciais (nota explicativa nº 10)
(2.410)
(1.757)
Controladora
Atualização
Reversões monetária
(9.241)
-
425
-
Consolidado
Atualização
Reversões monetária
(11.096)
-
930
-
2011
9.754
(2.653)
2011
14.219
(4.167)
Passivos contingentes - risco de perda possível
A Sociedade e suas controladas possuem ações de natureza tributária, cível e trabalhista que
não estão provisionadas, pois envolvem risco de perda classificado pela Administração e por
60
Natura Cosméticos S.A.
seus assessores legais como possível. As contingências passivas estão assim representadas:
Tributárias:
Ação Declaratória - ICMS - ST (a)
Compensação de 1/3 da COFINS - Lei nº 9.718/98 (b)
Ação anulatória de débito fiscal de INSS (c)
Auto de infração - IPI (d)
Processo administrativo - auto de infração - ICMS - ST - DF (e)
Processo administrativo - auto de infração - ICMS - ST - PA (e)
Processo administrativo - débito fiscal - ICMS - ST - RS (f)
Auto de infração lavrado pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do
Sul (g)
Auto de infração - SeFaz de SP - fiscalização do ICMS (h)
Auto de infração - preço de transferência em contratos de mútuo com
empresa ligada do exterior (i)
Outras
Cíveis
Trabalhistas
Controladora
2011
2010
Consolidado
2011
2010
80.304
5.357
4.910
5.451
8.815
3.423
9.066
53.809
5.121
4.567
5.178
25.077
15.919
80.304
5.357
4.910
5.451
8.815
3.423
9.066
53.809
5.121
4.567
5.178
25.077
15.919
30.184
-
-
30.184
9.837
9.837
1.856
36.837
186.203
2.953
42.792
231.948
1.779
55.870
167.320
3.315
61.547
232.182
1.856
43.828
203.031
3.076
73.856
279.963
1.779
54.355
175.642
4.133
85.899
265.674
(a) Em 31 de dezembro de 2011, o montante demonstrado apresenta a seguinte composição:
1. ICMS - ST - PR - R$49.962 (R$46.768 em 31 de dezembro de 2010) - Ação movida pela Sociedade,
com o objetivo de discutir as alterações na base de cálculo do ICMS - ST, de forma ilegal, promovido
pelo Decreto Paranaense nº 7.018/06. O valor discutido na ação, relativo aos meses de janeiro de 2007 a
dezembro de 2011, está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas
explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa.
2. ICMS - ST - DF - R$15.401 (R$5.574 em 31 de dezembro de 2010) - Ação declaratória movida pela
Sociedade, com o objetivo de discutir sua responsabilidade pelo recolhimento do ICMS - ST, em razão
da ausência de norma legal e de critério para a aferição da base de cálculo desse imposto ou,
sucessivamente, a necessidade de celebração de Termo de Acordo fixando a base de cálculo do ICMS ST. O valor discutido na ação, relativo aos meses de fevereiro de 2009 a dezembro de 2011, está sendo
integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16 (b),
estando sua exigibilidade suspensa.
3. ICMS - ST - MS - R$9.734 (R$1.467 em 31 de dezembro de 2010) - Ação declaratória ajuizada
objetivando o reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado do Mato Grosso do Sul
que atribua à Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua
a responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição
da base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de fevereiro de 2010 a
dezembro de 2011, está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas
explicativas nº 10 e nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa.
4. ICMS - ST - MT - R$3.410 em 31 de dezembro de 2011 - Ação declaratória ajuizada objetivando o
reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado do Mato Grosso que atribua à
Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua a
responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição da
base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de outubro de 2009 a julho
de 2011, está integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e
nº 16 (b), estando sua exigibilidade suspensa.
5. ICMS - ST - SC - R$1.797 em 31 de dezembro de 2011 - Ação declaratória ajuizada objetivando o
reconhecimento da inexistência de relação jurídica com o Estado de Santa Catarina que atribua à
Sociedade o dever de recolher o ICMS - ST ante a ausência de norma legal que lhe atribua a
responsabilidade por substituição tributária e inexistência de critério válido e adequado para a aferição da
base de cálculo desse imposto. O valor discutido na ação, relativo aos meses de julho e agosto de 2011,
61
Natura Cosméticos S.A.
está sendo integralmente depositado em juízo, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 e nº 16
(b), estando sua exigibilidade suspensa.
(b) A Lei nº 9.718/98 aumentou a alíquota da COFINS de 2% para 3% e permitiu que esse diferencial de 1%
fosse compensado, durante 1999, com a contribuição social a recolher do mesmo ano. A Sociedade e suas
controladas, entretanto, impetraram, em 1999, mandado de segurança e obtiveram liminar suspendendo a
exigibilidade do crédito tributário (diferença de 1% da alíquota) e autorizando o recolhimento da COFINS
com base na Lei Complementar nº 70/91, vigente até então. Em dezembro de 2000, tendo em vista
precedentes desfavoráveis do Poder Judiciário, a Sociedade e suas controladas aderiram ao Programa de
Recuperação Fiscal - REFIS, parcelando a dívida referente à COFINS não recolhida no período. Com o
recolhimento do tributo, a Sociedade e suas controladas passaram a ter direito à compensação de 1% da
COFINS com a contribuição social, que foi feita no primeiro semestre de 2001. A Receita Federal do Brasil,
no entanto, entende que o prazo para a compensação estava restrito ao ano-base 1999. Em 11 de setembro de
2006, a Sociedade foi notificada do indeferimento das compensações realizadas e tempestivamente entrou
com o recurso cabível. O processo aguarda julgamento do recurso voluntário interposto pela Sociedade.
(c) Ação movida pela Sociedade que pretende declarar a inexigibilidade do crédito fiscal cobrado pelo INSS,
através de auto de infração lavrado, com o objetivo de exigir a contribuição previdenciária sobre a ajuda de
custo para a manutenção de veículos paga às Promotoras de Venda. Os valores são discutidos na ação
anulatória de débito fiscal e encontram-se depositados judicialmente. Os valores exigidos no auto de infração
compreendem o período de janeiro de 1994 a outubro de 1999.
(d) Refere-se à execução fiscal visando à exigência de IPI decorrente de suposta falta de recolhimento e incorreta
classificação de produtos comercializados. A Sociedade apresentou defesa na esfera judicial e aguarda seu
julgamento definitivo.
(e) Auto de infração de cobrança de ICMS - ST, exigido pelo Estado do Distrito Federal e do Pará, em razão de
suposto recolhimento a menor referente à diferença exigida a título de ICMS - ST. A Sociedade apresentou
defesa na esfera administrativa e aguarda seu julgamento definitivo.
(f)
Auto de infração lavrado pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul em face da Sociedade, em razão
de sua condição de substituta tributária, para cobrança de ICMS supostamente devido, em razão da ausência
de critério para aferição da base de cálculo correta desse imposto, relativo às operações subsequentes
praticadas pelas revendedoras autônomas domiciliadas no Estado do Rio Grande do Sul. A Sociedade propôs
ação anulatória para afastar essa exigência, a qual aguarda seu julgamento definitivo.
(g) Autos de infração lavrados pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul exigindo crédito tributário
referente ao ICMS por suposta aplicação indevida de redução de base de cálculo concedida nas operações
internas e suposta redução da alíquota interna na apuração do diferencial de alíquotas. Foram apresentadas
defesas administrativas, as quais aguardam seu julgamento definitivo.
(h) Autuação lavrada pela SeFaz, em razão de suposto creditamento do ICMS decorrente de aquisição de bens
para integração dos ativos imobilizados transferidos, na data da compra, para outros estabelecimentos, bem
como a bens adquiridos e supostamente não relacionados diretamente à atividade de produção e
comercialização. A Sociedade apresentou defesa na esfera administrativa, alegando a possibilidade dos
creditamentos efetuados, decadência do crédito tributário, bem como a ilegalidade da aplicação dos juros no
montante de um décimo por cento ao dia, e aguarda seu julgamento definitivo.
(i)
62
Refere-se a auto de infração lavrado contra a Sociedade no qual a Receita Federal do Brasil exige IRPJ e
CSLL sobre a diferença de juros em contratos de mútuo com pessoa jurídica vinculada no exterior. Em 12 de
julho de 2004, foi apresentada a defesa administrativa, que foi julgada improcedente. No mês de junho de
2008, a Sociedade apresentou recurso voluntário em face da decisão desfavorável perante o Conselho de
Contribuintes, o qual está pendente de apreciação pelo órgão julgador.
Natura Cosméticos S.A.
Ativos contingentes
A Sociedade e suas controladas possuem os seguintes processos ativos relevantes:
a) A Sociedade e sua controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. questionam
judicialmente a inconstitucionalidade e ilegalidade da majoração da base de cálculo das
contribuições ao PIS e à COFINS instituídas pelo parágrafo 1º do artigo 3º da Lei
nº 9.718/98. Os valores envolvidos nas ações judiciais, atualizados até 31 de dezembro de
2011, totalizavam R$21.935 (R$20.920 em 31 de dezembro de 2010). Durante o primeiro
trimestre foi proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região acórdão favorável à
Sociedade por meio dos Embargos de Declaração opostos pelas empresas, autorizando a
compensação desses créditos tributários: (i) com débitos de quaisquer tributos e
contribuições federais no que se refere à empresa Natura Cosméticos; e (ii) limitado aos
débitos das referidas contribuições no que se refere à Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda. Como consequência, a Sociedade reconheceu os créditos de PIS e COFINS no
montante de R$16.852 na rubrica “Impostos a recuperar” referente aos recolhimentos
indevidos efetuados nos últimos cinco anos anteriores à data de propositura das ações, a
crédito do resultado do exercício na rubrica “Outras receitas (despesas) operacionais”.
A Sociedade e sua controlada apresentaram recurso especial e extraordinário ao Superior
Tribunal de Justiça - STJ e ao STF, a fim de obter o reconhecimento do direito à
compensação dos respectivos tributos recolhidos indevidamente nos dez anos anteriores à
data de propositura de ambas as ações, bem como, no que se refere à Indústria e Comércio
de Cosméticos Natura Ltda., o direito de compensar esses créditos com quaisquer tributos e
contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil. A Sociedade já apresentou e
aguarda a habilitação dos respectivos créditos reconhecidos para efetiva compensação
destes com débitos referentes a tributos e contribuições federais.
A Sociedade e suas controladas Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., Natura
Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. e Natura Logística e Serviços Ltda. pleiteiam a
restituição das parcelas do ICMS e do Imposto Sobre Serviços - ISS incluídas na base de
cálculo do PIS e da COFINS, recolhidas no período de abril de 1999 a março de 2007. Os
valores envolvidos nos pedidos de restituição, atualizados até 31 de dezembro de 2011,
totalizavam R$135.305 (R$120.808 em 31 de dezembro de 2010). A opinião dos assessores
legais é que a probabilidade de perda é possível.
18. OUTRAS PROVISÕES
Controladora
2011
2010
Plano de assistência médica aposentados
Crédito de carbono (nota explicativa nº 2.11.3)
Outras provisões
Consolidado
2011
2010
19.332 13.123 28.132 19.713
16.486 12.683 16.486 12.683
191
29
35.818 25.806 44.809 32.425
A Sociedade e suas controladas mantêm um plano de assistência médica pós-emprego para um
grupo determinado de ex-colaboradores e seus respectivos cônjuges, conforme regras por elas
estipuladas. Em 31 de dezembro de 2011, o plano contava com 1.073 e 2.144 colaboradores na
controladora e no consolidado, respectivamente.
63
Natura Cosméticos S.A.
Em 31 de dezembro de 2011, a Sociedade e suas controladas mantinham uma provisão para o
passivo atuarial referente a esse plano no montante de R$19.332 e R$28.132 na controladora e
no consolidado, respectivamente (R$13.123 e R$19.713, respectivamente, na controladora e no
consolidado em 31 de dezembro de 2010).
Durante o exercício os reflexos desse plano no resultado estão relacionados ao custo do serviço
no valor de R$1.192, custo dos juros no valor de R$2.823 e variações nas premissas atuariais
no valor de R$4.499.
O passivo demonstrado foi calculado por atuário independente considerando as seguintes
principais premissas:
Percentual anual
(em termos nominais)
2011
Taxa de desconto financeiro
Crescimento das despesas médicas (reduzindo 0,5% ao ano)
Inflação de longo prazo
Tábua de mortalidade geral
10,5
10,5 a 5,5
4,5
RP2000
19. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social
Em 31 de dezembro de 2010, o capital da Sociedade era R$418.061.
No primeiro trimestre de 2011 foram subscritas 153.230 ações ordinárias sem valor
nominal ao preço médio de R$24,78, totalizando R$3.797, passando o capital social da
Sociedade em 31 de março de 2011 para 431.034.646 ações nominativas ordinárias
subscritas e integralizadas, totalizando o montante de R$421.858. O capital autorizado
passou de 10.428.709 para 10.275.479 ações nominativas ordinárias.
No segundo trimestre de 2011, foram subscritas 200.059 ações ordinárias sem valor
nominal ao preço médio de R$25,51, totalizando R$5.104, passando o capital social da
Sociedade em 30 de junho de 2011 para 431.234.705 ações nominativas ordinárias
subscritas e integralizadas, totalizando o montante de R$426.962. O capital autorizado
passou de 10.275.479 para 10.075.420 ações nominativas ordinárias.
No terceiro trimestre de 2011, foram subscritas 4.559 ações ordinárias sem valor nominal
ao preço médio de R$24,71, totalizando R$111, passando o capital social da Sociedade para
431.239.264 ações nominativas ordinárias subscritas e integralizadas, totalizando o
montante de R$427.073. O capital autorizado passou de 10.075.420 para 10.070.861 ações
nominativas ordinárias.
No quarto trimestre de 2011, não houve alteração no capital social, portanto o patrimônio
líquido demonstrado na data-base 31 de dezembro de 2011 apresenta a composição de
capital social detalhada anteriormente.
64
Natura Cosméticos S.A.
b) Política de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio
Os acionistas terão direito a receber, em cada exercício social, a título de dividendos, um
percentual mínimo obrigatório de 30% sobre o lucro líquido, considerando, principalmente,
os seguintes ajustes:
• Acréscimo das importâncias resultantes da reversão de reservas para contingências,
anteriormente formadas.
• Decréscimo das importâncias destinadas à constituição da reserva legal e de reservas
para contingências.
O Estatuto Social faculta à Sociedade o direito de levantar balanços semestrais ou
intermediários e, com base neles, o Conselho de Administração poderá aprovar a
distribuição de dividendos intermediários.
Em 14 de abril de 2011, foram pagos dividendos no valor total de R$405.623 (R$0,9414
por ação) e juros sobre o capital próprio no valor total bruto de R$24.456 (R$0,0567 bruto
por ação), conforme distribuição aprovada pelo Conselho de Administração em 23 de
fevereiro de 2011 e ratificada em Assembleia Geral Ordinária realizada em 8 de abril de
2011, referente ao lucro líquido do exercício de 2010, que somados aos R$253.947 de
dividendos e R$35.427 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2010
correspondem a uma distribuição de aproximadamente 95% do lucro líquido auferido no
exercício de 2010.
Em 20 de julho de 2011, o Conselho de Administração aprovou, “ad referendum” da
Assembleia Geral Ordinária destinada a apreciar as demonstrações contábeis do exercício a
findar-se em 31 de dezembro de 2011, a proposta para pagamento de dividendos
intermediários e juros sobre o capital próprio, referentes aos resultados auferidos no
primeiro semestre de 2011, nos montantes de R$295.302 (R$0,68 por ação) e R$37.507,
bruto de Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF (R$0,087 bruto por ação),
respectivamente. O montante total dos dividendos intermediários e dos juros sobre o capital
próprio corresponde a 98% do lucro líquido consolidado registrado no primeiro semestre de
2011.
Adicionalmente, em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou “ad
referendum” da Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 13 de abril de 2012, a
proposta para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, nos montantes de
R$467.261 e R$23.624 (R$20.080, líquidos de IRRF), respectivamente, referentes aos
resultados auferidos no exercício de 2011, que somados aos R$295.302 de dividendos e
R$37.506 de juros sobre o capital próprio pagos em agosto de 2011 correspondem a uma
distribuição de aproximadamente 99% do lucro líquido auferido no exercício de 2011.
65
Natura Cosméticos S.A.
Os dividendos foram calculados conforme demonstrado a seguir:
Controladora
2011
2010
Lucro líquido do exercício
Reserva para incentivos fiscais - subvenção para investimentos
Base de cálculo para os dividendos mínimos
Dividendos mínimos obrigatórios
830.901 744.050
(3.677) (5.973)
827.224 738.077
30%
30%
Dividendo anual mínimo
248.167 221.423
Dividendos propostos
Juros sobre o capital próprio
IRRF sobre os juros sobre o capital próprio
Total de dividendos e juros sobre o capital próprio, líquidos de IRRF
762.563 659.570
61.130 59.883
(9.170) (8.983)
814.523 710.470
Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório
566.356 489.047
Dividendos por ação - R$
Juros sobre o capital próprio por ação, líquidos - R$
Remuneração total por ação, líquida - R$
1,7760
0,1208
1,8968
1,5312
0,1182
1,6494
Conforme mencionado na nota explicativa nº 2.21, a parcela dos dividendos excedente ao
dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis, mas antes da data de autorização para emissão
destas, não deverá ser registrada como passivo nas respectivas demonstrações contábeis,
devendo os efeitos da parcela dos dividendos complementares ser divulgados em nota
explicativa. Portanto, em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, as seguintes parcelas
referentes ao valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório foram registradas no
patrimônio líquido como “Dividendo adicional proposto”:
Controladora
2011
2010
Dividendos
Juros sobre o capital próprio
467.261 405.623
23.624 24.456
490.885 430.079
c) Ações em tesouraria
A Sociedade adquiriu durante o exercício 3.066.300 de ações ordinárias, ao preço médio de
R$34,06, para atender ao exercício das opções outorgadas aos administradores e
colaboradores da Sociedade, assim como aos administradores e colaboradores das
controladas diretas ou indiretas. Adicionalmente às aquisições de ações no exercício, foram
utilizadas nos exercícios de opções um total de R$895 a um custo médio unitário de
R$32,92.
66
Natura Cosméticos S.A.
Em 31 de dezembro de 2011, a rubrica “Ações em tesouraria” possuía a seguinte
composição:
2011
Preço médio
Quantidade
R$
por ação de ações
(em milhares)
R$
Saldo no início do exercício
Adquiridas
Utilizadas
Saldo no fim do exercício
655
3.066.300
(45.198)
3.021.757
14
104.452
(1.617)
102.849
21,37
34,06
26,58
34,04
d) Ágio na emissão de ações
Refere-se ao ágio gerado na emissão das 3.299 ações ordinárias, decorrente da capitalização
das debêntures no montante de R$100.000, ocorrida em 2 de março de 2004.
e) Reserva legal
Em virtude de o saldo da reserva legal, somado às reservas de capital de que trata o
parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, ter ultrapassado 30% do capital social, a
Sociedade, em conformidade com o estabelecido no artigo 193 da mesma Lei, decidiu por
não constituir a reserva legal sobre o lucro líquido auferido nos exercícios a partir de 2006.
f) Reserva de retenção de lucros
Em 31 de dezembro de 2011, a reserva de retenção de lucros foi constituída nos termos do
artigo 196 da Lei nº 6.404/76, com o objetivo de aplicação em futuros investimentos, no
montante de R$3.530 (R$23.421 de constituição em 31 de dezembro de 2010). A retenção
da reserva referente ao exercício de 2011 está fundamentada em orçamento de capital,
elaborado pela Administração e aprovado pelo Conselho de Administração no dia 15 de
fevereiro de 2012 e será ratificado na Assembleia Geral Ordinária que será realizada no dia
13 de abril de 2012.
g) Outros resultados abrangentes
A Sociedade reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos
em controladas no exterior. Esse efeito acumulado será revertido ao resultado do exercício
como ganho ou perda somente em caso de alienação ou baixa do investimento.
20. INFORMAÇÕES SOBRE SEGMENTOS DE NEGÓCIOS
Os segmentos operacionais são reportados de forma consistente com os relatórios gerenciais
fornecidos ao principal tomador de decisões operacionais para fins de avaliação de
desempenho de cada segmento e alocação de recursos. Conforme relatórios analisados para
tomadas de decisões da Administração, embora o principal tomador de decisões analise as
informações sobre as receitas em diversos níveis, a principal segmentação dos negócios da
Sociedade é baseada em vendas de cosméticos por regiões geográficas, as quais incluem a
67
Natura Cosméticos S.A.
seguinte segregação: Brasil (“Operação Brasil”), América Latina (“LATAM”) e demais países
(“Outros”). Além disso, a LATAM é analisada em dois grupos: (a) Argentina, Chile e Peru
(“Operações em Consolidação”); e (b) México e Colômbia (“Operações em Implementação”).
Os segmentos possuem características de negócios semelhantes e cada um oferece produtos
similares por meio da mesma metodologia de acesso aos consumidores.
A receita líquida por região está representada da seguinte forma em 2011:
• Operação Brasil: 91,0%
• Operações em Consolidação: 6,0%
• Operações em Implementação: 2,7%
• Outros: 0,3%
Embora os segmentos internacionais não representem mais que 10% das informações
necessárias para se agregar um segmento, conforme critérios de agregação descritos na IFRS 8
- Segmentos Operacionais, a Administração possui fortes indicadores de que seus negócios no
exterior sofrerão aumento significativo em sua representatividade perante os saldos financeiros
consolidados e, dessa forma, optou por divulgá-los separadamente.
As práticas contábeis de cada segmento são as mesmas descritas na nota explicativa nº 2,
descrição do negócio da Natura e políticas contábeis significativas. O desempenho dos
segmentos da Sociedade foi avaliado com base nas receitas operacionais líquidas, no lucro
líquido do exercício e no ativo não circulante. Essa base de mensuração exclui os efeitos de
juros, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização.
Nas tabelas a seguir há informação financeira sumariada relacionada aos segmentos da
Sociedade para 31 de dezembro de 2011 e de 2010. Os valores fornecidos ao Comitê Executivo
com relação ao resultado e ao total de ativos são consistentes com os saldos registrados nas
demonstrações contábeis, bem como com as políticas contábeis aplicadas.
2011
Receita
líquida
Brasil
Argentina, Chile e Peru
México, Venezuela e Colômbia
Outros (*)
Consolidado
Lucro
líquido
Depreciação e Resultado
amortização financeiro
5.089.533 916.148
335.058
(578)
149.166 (66.996)
17.617 (17.673)
5.591.374 830.901
(102.938)
(4.226)
(2.183)
(574)
(109.921)
Imposto
de renda
Ativo
não
circulante
(73.470) (406.168) 1.535.676
(2.625)
379
25.282
(1.245)
(1.040)
11.857
16.938
(77.340) (406.829) 1.589.753
Ativo
total
Passivo
circulante
3.482.649
187.016
96.070
27.277
3.793.012
1.142.356
90.915
34.730
6.718
1.274.719
Ativo
total
Passivo
circulante
2.970.381
156.666
69.041
25.783
3.221.871
1.074.101
76.802
33.009
6.738
1.190.650
2010
Receita
líquida
Brasil
Argentina, Chile e Peru
México, Venezuela e Colômbia
Outros (*)
Consolidado
(*)
68
Lucro
líquido
Depreciação e Resultado
amortização financeiro
4.767.741 835.484
255.702 (19.822)
98.275 (45.992)
14.994 (25.620)
5.136.712 744.050
Inclui operações da França e Corporativo LATAM.
(82.692)
(3.405)
(2.104)
(647)
(88.848)
Imposto
de renda
Ativo
não
circulante
(47.918) (374.412) 1.305.450
(842)
(1.027)
19.489
(976)
1.319
10.858
16.177
(49.736) (374.120) 1.351.974
Natura Cosméticos S.A.
A Sociedade possui apenas uma classe de produtos comercializados pelos(as) Consultores(as)
Natura denominada “Cosméticos”. Dessa forma, a divulgação da receita por classe de produtos
não é aplicável.
A Sociedade possui uma carteira de clientes pulverizada, sem nenhuma concentração de
receita.
A receita de partes externas informadas ao Comitê Executivo foi mensurada de maneira
condizente com aquela apresentada na demonstração do resultado.
21. RECEITA LÍQUIDA
Controladora
2011
2010
Receita bruta:
Mercado interno
Mercado externo
Outras vendas
Devoluções e cancelamentos
Impostos incidentes sobre as vendas
Receita líquida
6.898.727
6.898.727
(11.514)
(1.038.436)
5.848.777
6.486.421
6.486.421
(8.682)
(963.424)
5.514.315
Consolidado
2011
2010
6.896.735
637.593
1.437
7.535.765
(12.212)
(1.932.179)
5.591.374
6.487.124
471.185
1.479
6.959.788
(8.682)
(1.814.394)
5.136.712
22. DESPESAS OPERACIONAIS E CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
a) Está demonstrada a seguir a abertura por função das despesas operacionais e dos custos dos
produtos vendidos:
Controladora
2011
2010
Custo dos produtos vendidos
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Participação dos colaboradores nos
resultados (nota explicativa nº 23.1)
Remuneração dos administradores
(nota explicativa nº 27.2)
Total
Consolidado
2011
2010
2.375.514 2.283.926 1.666.300 1.556.806
1.503.069 1.292.365 1.952.740 1.704.322
816.818
837.808
680.731
605.442
3.765
18.174
30.168
70.351
9.443
14.417
9.443
14.417
4.708.609 4.446.690 4.339.382 3.951.338
69
Natura Cosméticos S.A.
b) Está demonstrada a seguir a abertura por natureza das despesas operacionais e dos custos
dos produtos vendidos:
Consolidado
2011
2010
Controladora
2010
2011
Custos variáveis e gastos indiretos de
produtos e materiais de revenda
2.375.514
Despesas com marketing
955.713
Despesas com frete
246.563
Despesas com prestação de serviços
57.927
Benefícios pagos a colaboradores e
administradores (nota explicativa nº 23)
263.540
Depreciação e amortização
27.565
Remuneração dos administradores
(nota explicativa nº 27.2)
9.443
Outras despesas
103.275
Prestação de serviços administrativos
(nota explicativa nº 27.1)
433.192
Prestação de serviços de pesquisa e
desenvolvimento (nota explicativa
nº 27.1)
235.877
Total
4.708.609
2.283.926
846.913
223.236
65.227
1.385.624
1.016.101
265.148
180.332
1.319.106
910.489
234.066
171.970
261.441
15.305
644.983
109.921
628.078
88.848
14.417
141.083
9.443
727.830
14.417
584.364
328.183
-
-
266.959
4.446.690
4.339.382
3.951.338
23. DESPESAS DE BENEFÍCIOS A COLABORADORES
Controladora
2011
2010
Salários e bonificações
Participação dos colaboradores nos resultados
Plano de pensão de contribuição definida
(nota explicativa nº 23.1)
Ganho de executivos
Impostos e contribuições sociais
Consolidado
2011
2010
183.741 177.326 439.684 414.167
3.765 18.174 30.168 70.351
2.553
2.167
4.300
2.528
6.359
4.081 13.369 11.288
67.122 59.693 157.462 129.744
263.540 261.441 644.983 628.078
23.1. Participação nos resultados
A Sociedade e suas controladas concedem participação nos resultados a seus
colaboradores e administradores, vinculada ao alcance de metas operacionais e objetivos
específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício. Em 31 de dezembro
de 2011 e de 2010, foram registrados, a título de participação nos resultados, os
montantes demonstrados a seguir:
70
Natura Cosméticos S.A.
Controladora
2011 2010
Colaboradores
Administradores (*)
Consolidado
2011
2010
3.765 18.174 30.168 70.351
- 6.018
- 6.018
3.765 24.192 30.168 76.369
(*) Incluídos na rubrica “Remuneração dos administradores”.
23.2. Ganhos baseados em ações
O Conselho de Administração reúne-se anualmente para, dentro das bases do programa,
estabelecer o plano, indicando os diretores e gerentes que receberão as opções e a
quantidade total a ser distribuída.
No formato válido até o ano 2008, os planos possuem prazo de quatro anos para
elegibilidade ao exercício das opções, sendo 50% ao final do terceiro ano e 50% ao final
do quarto ano, havendo ainda um prazo máximo de dois anos para o exercício das opções
após o término do quarto ano de elegibilidade.
Em 2009, o formato do programa foi alterado, sendo o prazo de elegibilidade ao
exercício das opções de 100% ao final do quarto ano, com a possibilidade de sua
antecipação para três anos, mediante a condição de cancelamento de 50% das opções
outorgadas nos planos, e foi fixado o prazo máximo de quatro anos para o exercício das
opções após o término do quarto ano de elegibilidade.
No âmbito desse novo modelo do programa, foram outorgadas 1.491.780 opções em 23
de março de 2011, pelo preço de exercício de R$42,39.
As variações na quantidade de opções de compra de ações em circulação e seus
correspondentes preços médios ponderados do exercício estão apresentados a seguir:
2010
2011
Preço médio de
Preço médio de
exercício por
Opções
exercício por
Opções
ação - R$
(milhares)
ação - R$
(milhares)
Saldo no início do exercício
Concedidas
Canceladas
Exercidas
Saldo no fim do exercício
28,10
42,39
29,35
25,33
32,84
6.839
1.492
(563)
(405)
7.363
23,22
34,17
22,80
22,74
28,10
5.538
2.176
(268)
(607)
6.839
Das 7.363 mil opções existentes em 31 de dezembro de 2011 (6.839 mil opções em 31 de
dezembro de 2010), 1.214 mil opções (822 mil opções em 31 de dezembro de 2010) são
exercíveis. As opções exercidas em 2011 resultaram na emissão de 405 mil ações (607
mil ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2010) e na utilização de 45 mil ações
do saldo de ações em tesouraria.
71
Natura Cosméticos S.A.
A despesa referente ao valor justo das opções concedidas reconhecida no resultado do
exercício findo em 31 de dezembro de 2011, de acordo com o prazo transcorrido para
aquisição do direito ao exercício das opções, foi de R$6.359 e R$13.369 na controladora
e no consolidado, respectivamente (R$4.081 e R$11.288, respectivamente, na
controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2010).
As opções de compra de ações em circulação no fim do exercício têm as seguintes datas
de vencimento e preços de exercício:
Em 31 de dezembro de 2011
Data da outorga
29 de março de 2006
24 de abril de 2007
22 de abril de 2008
22 de abril de 2009
19 de março de 2010
21 de março de 2011
Preço de
exercício
- R$
31,97
30,24
23,48
25,61
37,58
43,85
Vida
remanescente
Opções
contratual
Opções
existentes
(anos)
exercíveis
319.317
470.274
848.250
2.249.793
2.004.244
1.470.940
7.362.818
0,21
1,33
2,34
5,39
6,31
7,31
319.317
470.274
424.125
1.213.716
Em 31 de dezembro de 2010
Data da outorga
16 de março de 2005
29 de março de 2006
24 de abril de 2007
22 de abril de 2008
22 de abril de 2009
19 de março de 2010
Vida
Preço de
remanescente
exercício Opções
contratual
Opções
- R$
existentes
(anos)
exercíveis
20,25
30,17
28,53
22,16
24,17
35,46
82.981
414.120
650.333
1.128.902
2.436.105
2.126.372
6.838.813
0,21
1,23
2,35
3,36
6,40
7,32
82.981
414.120
325.167
822.268
Em 31 de dezembro de 2011, o preço de mercado era de R$36,26 (R$47,69 em 31 de
dezembro de 2010) por ação.
As opções foram mensuradas ao valor justo na data da outorga com base na norma IFRS
2 - Pagamento Baseado em Ações. A média ponderada do valor justo das opções em 31
de dezembro de 2011 era de R$32,84.
As opções foram precificadas com base no modelo “Binomial” e os dados significativos
incluídos no modelo para precificação do valor justo das opções concedidas em 2011
foram:
• Volatilidade de 36% (37% em 31 de dezembro de 2010).
72
Natura Cosméticos S.A.
• Rendimento de dividendos de 5,3% (5,3% em 31 de dezembro de 2010).
• Vida esperada da opção correspondente a três e quatro anos.
• Taxa de juros livre de risco anual de 10,9% (10,8% em 31 de dezembro de 2010).
23.3. Plano de previdência complementar
A Sociedade e suas controladas patrocinam dois planos de benefícios a colaboradores,
sendo um de complementação de benefícios de aposentadoria, por intermédio de um
plano de previdência complementar administrado pela Brasilprev Seguros e Previdência
S.A., e um de extensão de assistência médica para ex-funcionários aposentados.
O plano de previdência complementar é estabelecido na forma de “contribuição
definida”, criado em 1º de agosto de 2004 e elegível para todos os colaboradores
admitidos a partir daquela data. Nos termos do regulamento desse plano, o custeio é
paritário, de modo que a parcela da Sociedade equivale a 60% daquela efetuada pelo
colaborador de acordo com uma escala de contribuição embasada em faixas salariais, que
variam de 1% a 5% da remuneração do colaborador aposentado.
Em 31 de dezembro de 2011, não existiam passivos atuariais em nome da Sociedade e de
suas controladas decorrentes do plano de previdência complementar.
As contribuições realizadas pela Sociedade e por suas controladas totalizaram R$2.553
na controladora e R$4.300 no consolidado, no exercício findo em 31 de dezembro de
2011 (R$2.167 na controladora e R$2.528 no consolidado em 31 de dezembro de 2010),
as quais foram registradas como despesa do exercício.
24. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS
Controladora
2011
2010
Receitas financeiras:
Juros com aplicações financeiras
Ganhos com variações monetárias e cambiais (a)
Ganhos com operações de “swap” e “forward”
Outras receitas financeiras
Despesas financeiras:
Juros com financiamentos
Perdas com variações monetárias e cambiais (a)
Perdas com operações de “swap” e “forward”
Ganhos (perdas) no ajuste a valor de mercado de
derivativos “swap” e “forward”
Outras despesas financeiras
Receitas (despesas) financeiras
21.707
40.438
24.357
86.502
13.171
2.403
1.941
17.515
(72.487) (39.896)
(36.496) (3.757)
(26.359) (9.491)
Consolidado
2011
2010
55.463
3.218
39.469
24.548
122.698
35.809
34
3.901
13.895
53.639
(92.044)
(38.266)
(27.688)
(58.457)
(7.130)
(12.218)
(1.171)
416
(1.040)
142
(26.735) (5.509) (40.999) (25.712)
(163.248) (58.237) (200.037) (103.375)
(76.746) (40.722)
(77.340)
(49.736)
73
Natura Cosméticos S.A.
As aberturas a seguir têm o objetivo de explicar melhor os resultados das operações de
proteção cambial contratadas pela Sociedade, bem como as respectivas contrapartidas
registradas no resultado financeiro demonstrado no quadro anterior:
Consolidado
2011
2010
(a)
Ganhos com variações monetárias e cambiais
Perdas com variações monetárias e cambiais
3.218
34
(38.266) (7.130)
(35.048) (7.096)
(a) Abertura
Variações cambiais dos empréstimos e financiamentos
Variações monetárias dos financiamentos
Variações cambiais das importações
Variações cambiais das contas a pagar nas controladas no exterior
Variação cambial dos recebíveis de exportação
(32.104)
(55)
(2.256)
(3.852)
3.218
(35.048)
(2.781)
34
(1.089)
(1.399)
(1.861)
(7.096)
25. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Controladora
2011 2010
Resultado na venda de imobilizado
Créditos tributários de PIS e COFINS (*)
Créditos extemporâneos de PIS e COFINS
Outras receitas (despesas) operacionais
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
918
11.887
15.461
15.313
43.579
106
350
456
Consolidado
2011
2010
(1.125) (9.044)
16.852
40.378
6.973 (8.424)
63.078 (17.468)
(*) O saldo demonstrado inclui os créditos tributários reconhecidos de PIS e COFINS,
oriundos de ganho de processo judicial que questionava a inconstitucionalidade e
ilegalidade da majoração da base de cálculo das contribuições citadas, instituídas pela Lei
nº 9.718/98. Vide mais detalhes na nota explicativa nº 17 (a) (ativos contingentes).
26. LUCRO POR AÇÃO
26.1. Básico
O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas
da Sociedade pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o
exercício, excluindo as ações ordinárias compradas pela Sociedade e mantidas como
ações em tesouraria.
74
Natura Cosméticos S.A.
Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade
Média ponderada da quantidade de ações ordinárias
emitidas
Média ponderada das ações em tesouraria
Média ponderada da quantidade de ações ordinárias em
circulação
Lucro básico por ação - R$
2011
2010
830.901
744.050
431.129.772 430.548.910
(1.059.330)
(655)
430.070.442 430.548.255
1,9320
1,7281
26.2. Diluído
O lucro por ação diluído é calculado ajustando-se a média ponderada da quantidade de
ações ordinárias em circulação supondo a conversão de todas as ações ordinárias
potenciais que provocariam diluição. A Sociedade tem apenas uma categoria de ações
ordinárias potenciais que provocariam diluição: as opções de compra de ações.
Lucro atribuível aos acionistas da Sociedade
Média ponderada da quantidade de ações ordinárias em
circulação
Ajuste por opções de compra de ações
Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o
lucro diluído por ação
Lucro diluído por ação - R$
2011
2010
830.901
744.050
430.070.442 430.548.255
930.348
1.564.844
431.000.790 432.113.098
1,9279
1,7219
27. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
27.1. Saldos e transações com partes relacionadas
Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão demonstrados
a seguir:
Controladora
2011
2010
Ativo circulante:
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (a)
Natura Logística e Serviços Ltda. (b)
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Passivo circulante:
Fornecedores:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Natura Logística e Serviços Ltda. (d)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (e)
12.531
20.809
4.568
37.908
13.143
12.218
25.361
163.146
114.737
15.141
293.024
153.597
47.356
45.636
246.589
75
Natura Cosméticos S.A.
As transações efetuadas com partes relacionadas estão demonstradas a seguir:
Controladora
Venda de produtos
Compra de produtos
2011
2010
2011
2010
Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Natura Cosméticos S.A. - Peru
Natura Cosméticos S.A. - Argentina
Natura Cosméticos S.A. - Chile
Natura Cosméticos S.A. - México
Natura Cosméticos Ltda. - Colômbia
Natura Europa SAS - França
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Logística e Serviços Ltda.
Estrutura administrativa: (f)
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Pesquisa e desenvolvimento de produtos e
tecnologias: (g)
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Pesquisas e testes “in vitro”: (h)
Natura Innovation et Technologie de
Produits SAS - França
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
76
3.155.905 3.006.596
- 2.972.918 2.837.687
35.382
34.104
49.852
42.693
33.211
32.971
38.715
35.533
19.989
18.514
5.365
4.672
431
388
42
34
3.155.905 3.006.596 3.155.905 3.006.596
Venda de serviços
2011
2010
Contratação
de serviços
2011
2010
433.192
-
438.095
-
323.715
328.183
-
-
67.694
67.810
433.192
438.095
41.783
433.192
42.102
438.095
235.877
235.877
266.959
266.959
235.877
235.877
266.959
266.959
2.790
3.538
-
-
2.790
3.538
2.790
2.790
3.538
3.538
Natura Cosméticos S.A.
Venda de serviços
2011
2010
Locação de imóveis e encargos
comuns: (i)
Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda.
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Total da venda ou compra de produtos
e serviços
Contratação
de serviços
2011
2010
7.296
-
6.728
-
4.227
3.899
7.296
6.728
1.699
1.370
7.296
1.567
1.262
6.728
3.835.060 3.721.916 3.835.060 3.721.916
(a) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviços de desenvolvimento de
produtos e tecnologias e pesquisa de mercado.
(b) Adiantamentos concedidos para a prestação de serviços de logística e administrativos
em geral.
(c) Valores a pagar pela compra de produtos.
(d) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (f).
(e) Contas a pagar pela prestação dos serviços descritos no item (g).
(f) Prestação de serviços logísticos e administrativos em geral.
(g) Prestação de serviços de desenvolvimento de produtos e tecnologias e pesquisa de
mercado.
(h) Prestação de serviços de pesquisas e testes “in vitro”.
(i) Locação de parte do complexo industrial situado no município de Cajamar - SP e de
prédios localizados no município de Itapecerica da Serra - SP.
Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, bem
como as transações que influenciaram os resultados dos exercício findos naquelas datas,
relativos às operações com partes relacionadas decorrem de transações entre a Sociedade
e suas controladas.
Devido ao modelo das operações mantido pela Sociedade e por suas controladas, bem
como ao formato do canal de distribuição dos produtos, a qual é efetuada por meio de
vendas diretas por Consultores(as) Natura, parte substancial das vendas da controlada
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. é realizada para a controladora Natura
Cosméticos S.A. no Brasil e para as suas controladas no exterior.
As vendas para partes não relacionadas totalizaram R$5.341 no exercício findo em 31 de
dezembro de 2011 (R$5.650 em 31 de dezembro de 2010).
77
Natura Cosméticos S.A.
Sobre os saldos a receber entre as empresas Natura em 31 de dezembro de 2011 e de
2010 não há provisão registrada para créditos de liquidação duvidosa, devido à ausência
de títulos em atraso com risco de realização.
Conforme detalhes mencionados na nota explicativa nº 14, tem sido prática entre as
empresas Natura conceder entre si avais e garantias para suportar operações de
empréstimos e financiamentos bancários.
27.2. Remuneração do pessoal-chave da Administração
A remuneração total do pessoal-chave da Administração da Sociedade está assim
composta:
Conselho de Administração
Diretores estatutários
Diretores não estatutários
2011
Remuneração
Variável
Fixa
(*)
Total
2010
Remuneração
Variável
Fixa
(*)
Total
3.786
5.657
9.443
3.348
5.051
8.399
1.985 5.333
4.033 9.084
6.018 14.417
2.390 32.977 25.194
14.917 40.111
30.587
-
3.786
5.657
9.443
(*) Refere-se à participação nos resultados registrados no exercício. Os valores
contemplam eventuais complementos e/ou reversões à provisão efetuada no exercício
anterior, em virtude da apuração final das metas estabelecidas aos conselheiros e
diretores, estatutários e não estatutários.
27.3. Ganhos baseados em ações
Os ganhos de executivos da Sociedade estão assim compostos:
2011
2010
Outorga de opções
Outorga de opções
Preço médio
Preço médio
Saldo das opções de exercício - Saldo das opções de exercício (quantidade) (a)
R$ (b)
(quantidade) (a)
R$ (b)
Diretores
estatutários
1.700.155
32,84
1.512.569
28,10
Diretores não
estatutários
3.173.327
32,84
2.961.042
28,10
(a) Refere-se ao saldo das opções maduras (“vested”) e não maduras (“nonvested”), não
exercidas, nas datas dos balanços.
(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício da opção à época dos planos de
outorga, atualizado pela variação da inflação apurada pelo Índice de Preços ao
Consumidor Ampliado - IPCA, até as datas dos balanços.
78
Natura Cosméticos S.A.
28. COMPROMISSOS ASSUMIDOS
28.1. Contratos de fornecimento de insumos
A controlada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. possui compromisso
decorrente de contrato de fornecimento de energia elétrica para suprimento de suas
atividades de manufatura, vigente até 2015, devendo ser adquirido o volume mínimo
mensal de 3,6 Megawatts, equivalente a R$363. Em 31 de dezembro de 2011, a
controlada estava adimplente com o compromisso desse contrato.
Os valores estão demonstrados por meio das estimativas de consumo de energia de
acordo com o prazo de vigência do contrato, cujos preços estão baseados nos volumes,
também estimados, resultantes das operações contínuas da controlada.
Os pagamentos totais mínimos de fornecimento, mensurados a valor nominal, segundo o
contrato, são:
2011
Menos de um ano
Mais de um ano e menos de cinco anos
Mais de cinco anos
2010
3.983 3.899
9.842 9.591
- 2.578
13.825 16.068
28.2. Obrigações por arrendamentos operacionais
A Sociedade e suas controladas mantêm compromissos decorrentes de contratos de
arrendamentos operacionais de imóveis onde estão localizadas algumas de suas
controladas no exterior, bem como a sua sede administrativa no Brasil, e imóveis onde se
localizam as “Casas Natura” no Brasil e no exterior.
Os contratos têm prazos de arrendamento entre um e dez anos e não possuem cláusula de
opção de compra no respectivo término, porém permitem renovações tempestivas de
acordo com as condições de mercado em que eles são celebrados, sendo em média de
dois anos.
Em 31 de dezembro de 2011, o compromisso assumido com as contraprestações futuras
desses arrendamentos operacionais possuía os seguintes prazos para pagamento:
Controladora Consolidado
2012
2013
2014 em diante
1.217
1.119
2.687
5.023
6.011
4.940
6.618
17.569
79
Natura Cosméticos S.A.
29. COBERTURA DE SEGUROS
A Sociedade e suas controladas adotam uma política de seguros que considera, principalmente,
a concentração de riscos e sua relevância, contratados por montantes considerados suficientes
pela Administração, levando em consideração a natureza de suas atividades e a orientação de
seus consultores de seguros. A cobertura dos seguros, em valores de 31 de dezembro de 2011,
é assim demonstrada:
Item
Tipo de cobertura
Complexo industrial/ Quaisquer danos materiais a edificações, instalações e
estoques
máquinas e equipamentos
Veículos
Incêndio, roubo e colisão para 1.337 veículos
Lucros cessantes
Não realização de lucros decorrentes de danos materiais
em instalações, edificações e máquinas e equipamentos
de produção
Importância
segurada
916.659
52.242
1.615.685
30. APROVAÇÃO PARA EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As presentes demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Sociedade foram
aprovadas para publicação pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 15 de
fevereiro de 2012.
2011-2000
80
(Convenience Translation into English from the
Original Previously Issued in Portuguese)
Natura Cosméticos S.A.
Individual and Consolidated
Financial Statements for the Year
Ended December 31, 2011 and
Independent Auditors’ Report
on Financial Statements
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA
2011 - VERSÃO 12
MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
O desafio ético do nosso tempo
“A Natura é provavelmente o exemplo mais evoluído que vimos até o
momento de empresa que gerencia o seu mundo em todas as suas cores e
maximiza o valor agregado de sua ecologia”.
Christopher Meyer, “Standing on the Sun: How explosion of
capitalism abroad will change business everywhere.”
Vivemos
em
2011
a
confirmação
de
que
nosso
mundo
é
insustentável, se mantidos o atual padrão de produção e consumo
global e os desequilíbrios socioambientais. A onda de acontecimentos
dos últimos anos é eloquente: em 2006, emergiu a consciência dos
riscos do aquecimento global provocado pelo homem; dois anos
depois, vivenciamos a crise econômica, que ora se aprofunda na
Comunidade Europeia. Por fim, desde 2010, acompanhamos com
perplexidade as convulsões sociais da Primavera Árabe, de diferentes
matizes,
mas
que
têm
um
aspecto
comum:
a
busca
pelos
fundamentos de uma sociedade mais justa e igualitária. Acreditamos
que somente uma profunda transformação baseada na ética da vida,
na qual prevaleçam uma nova lógica de desenvolvimento e uma
revigorada governança global, acima de interesses de regiões, países,
grupos econômicos, será fonte de esperança para as gerações futuras
e para a continuidade da existência humana na Terra.
Se, por um lado, esse cenário nos preocupa, por outro, reafirma
nossa determinação de investir os melhores esforços emocionais e
intelectuais para que a Natura cada vez mais atue como agente da
necessária transformação social. Sempre gerida segundo os princípios
da sustentabilidade, na busca pelos melhores resultados - de forma
integrada - nas dimensões econômica, social e ambiental. Esse
comportamento empresarial em sintonia com as aspirações da
sociedade nos impõe a levar a Natura e sua proposta de valor para
novas fronteiras e geografias.
Atualmente, o Brasil e a América Latina, nossos principais mercados
de atuação, encontram-se em posição privilegiada. Mesmo não
estando imunes aos efeitos de um ambiente internacional mais difícil,
tendemos a ser menos impactados pelos desequilíbrios globais. A
ascensão econômica de um importante contingente populacional, com
destaque à participação feminina, parece ter uma envergadura que
poderá promover um longo e promissor ciclo de desenvolvimento,
ainda que distante de um projeto de desenvolvimento sustentável,
que permita a plena inclusão social, a ampliação da distribuição de
riqueza e a mitigação de impactos ambientais. Os expressivos
investimentos de grandes companhias de higiene pessoal, perfumaria
e cosméticos na América Latina comprovam esse cenário ainda muito
promissor. Em pouco tempo o Brasil será o segundo maior mercado
mundial em nosso setor.
Iniciamos nossa mensagem com uma passagem da recém-publicada
obra de Christopher Meyer, professor da Universidade de Harvard,
que descreve, de maneira inspiradora, a forma como procuramos
empreender o nosso negócio. Somos muito gratos por sua generosa
interpretação, que a um só tempo realça nossos traços distintivos e
nos estimula a participar de um novo projeto de capitalismo, mais
solidário, justo e inclusivo. Acreditamos que nossa trajetória de
sucesso
reside
no
fato
de
historicamente
buscarmos
o
aperfeiçoamento contínuo e soluções inovadoras para os dilemas do
tempo presente e do porvir, apreendendo o “espírito da época” e
projetando-o para o futuro. Nesse novo contexto, nosso maior desafio
será o de unir as novas tecnologias com corações engajados em uma
mesma causa. Dessa forma, vislumbramos a possibilidade de
expandir o poder transformador de nossa rede de relações.
O exercício cada vez mais pleno de nossa Razão de Ser, que é
promover o bemestarbem, nos levará a aperfeiçoar e aprofundar os
laços que nos unem às nossas consultoras, colaboradores, parceiros
de negócios e consumidores. Movida por sonhos e pela busca de
realização profissional e pessoal, estamos convencidos de que essa
comunidade
está
determinada
a
promover
valores
como
solidariedade, criatividade e altruísmo, com respeito e reverência à
vida.
Assim, reafirmamos o nosso compromisso histórico de estar ao lado
de todos aqueles que queiram participar dessa urgente construção
coletiva da humanidade.
Com a amizade de,
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Guilherme Peirão Leal
Pedro Luiz Barreiros Passos
Copresidentes do Conselho de Administração
MENSAGEM DO COMITÊ EXECUTIVO
AS BASES DA NATURA DO FUTURO
Nos últimos cinco anos, promovemos uma profunda transformação na
Natura. Praticamente dobramos de tamanho entre 2007 e 2011 e os
resultados
alcançados
demonstram
a
consistência
de
nossa
estratégia: as consultoras e consultores passaram de 718 mil para
1,4 milhão, elevando os pedidos de produtos de 9 milhões para
expressivos 17 milhões ao ano; já o Ebitda saltou de R$ 700 milhões
para R$ 1,4 bilhão e a receita líquida avançou de R$ 3 bilhões para
R$ 5 bilhões. A participação das Operações Internacionais, por sua
vez, saiu de 4,4% e alcançou 9%. Para dar suporte a esse ciclo de
crescimento, realizamos uma grande evolução em nosso modelo
logístico, desenvolvemos e atraímos novas lideranças cada vez mais
identificadas com nossa cultura e comportamento empresarial,
implantamos um sistema de gestão estruturado em Unidades de
Negócios e Unidades Regionais, e prosseguimos investindo em
inovação, seja na concepção dos produtos, na gestão dos impactos
ambientais e em nosso modelo comercial.
Em 2011, realizamos o maior investimento de nossa história,
destinando cerca de R$ 350 milhões para ampliação de produção,
evolução do modelo logístico e maior e melhor uso da tecnologia da
informação, indispensáveis para a sustentação do nosso crescimento.
Trabalhamos na mudança de patamar de nossa infraestrutura para
que nossos produtos cheguem cada vez mais rápido às mãos das
nossas consultoras, com redução do custo do pedido e das emissões
dos gases causadores do aquecimento global.
Devemos reconhecer que a implementação simultânea de novos
sistemas de captação de pedidos e a evolução no nosso modelo
logístico, com a abertura de novos CDs, provocou instabilidade em
nossas operações, afetando a prestação dos serviços e a qualidade
das relações. Ao mesmo tempo enfrentamos uma redução na
eficiência comercial e mercadológica. A combinação desses dois
fatores repercutiu nos resultados, que ficaram abaixo das nossas
expectativas, exigindo ajustes no plano durante o ano.
Estamos empenhados em assegurar uma maior assertividade de
nossas promoções, equilibrando melhor a parcela feita de forma
centralizada e a gerida regionalmente. E temos a certeza de que as
mesmas evoluções na infraestrutura permitirão que alcancemos um
padrão de serviços que amplie os diferenciais competitivos de nossa
marca.
O ano também nos trouxe novas oportunidades. Passado um período
de significativa expansão do nosso negócio por meio do crescimento
do canal de vendas, que possibilitou um aumento de penetração de
nossos
produtos
nos
lares
brasileiros
de
40%
para
60%,
identificamos espaço para evoluir em nossa estratégia, que passa a
privilegiar o ganho de produtividade de nossas consultoras pelo
aumento da frequência de compra dos consumidores e da variedade
de produtos adquiridos. Afinal, temos a marca preferida do mercado
e
nossas consultoras
já
se
relacionam com 100
milhões de
consumidores no Brasil.
Seguimos entusiasmados com a expansão de nossas Operações
Internacionais, fruto do trabalho de um time de liderança de alta
qualidade, combinando colaboradores com vivência na Natura e com
conhecimento dos mercados locais. Na Argentina, Chile e Peru, países
em que nossas operações estão no estágio
de consolidação,
crescemos a um ritmo de 36% ao ano em moeda local ponderada,
melhoramos significativamente nossa rentabilidade e estamos entre
as marcas preferidas do nosso setor. Em 2011, demos continuidade
com a implementação da manufatura local, com o início da produção
na Colômbia, duplicamos o Centro de Distribuição no México e
começamos a colher os primeiros resultados da “Red de Relaciones
Sustentables” (Rede de Relações Sustentáveis), inovação de nosso
modelo comercial, desenvolvida especialmente para atender ao
mercado
mexicano,
estimulando
o
empreendedorismo
socioambiental, uma novidade na indústria da venda direta.
No plano econômico, nossa receita líquida avançou 8,9% e o Ebitda
cresceu 13,4%. No âmbito social, ampliamos a distribuição de riqueza
para os nossos principais públicos de relacionamento. Os ajustes da
ao
longo
do
ano
impactaram
o
clima
organizacional
e
as
instabilidades no nível de serviços afetaram a satisfação de nossas
consultoras. Já na dimensão ambiental, alcançamos as metas de
redução de emissões e de uso de recursos naturais, como água e
energia.
Ao mesmo tempo em que promovemos evoluções em múltiplas
frentes, avançamos na direção de uma nova perspectiva para os
negócios. Estamos especialmente motivados com o futuro da venda
direta. Desde sempre, acreditamos na capacidade empreendedora e
transformadora de pessoas, engajadas em propósitos comuns. Num
mundo cada vez mais conectado digitalmente, onde o tratamento
personalizado para cada consumidor ganha relevância, a venda direta
tem
uma
grande
oportunidade
de
continuada
expansão.
Vislumbramos um futuro no qual a relação entre consultoras e
consumidores será apoiada por alta tecnologia de informação e pelas
redes sociais, campo onde os serviços podem evoluir muito e, ao
mesmo tempo, ampliar a geração de valor para todos os envolvidos.
Inspirados pelo contínuo desejo de ver nossa marca alcançar novos
espaços, reafirmamos nosso entusiasmo em prosseguir com todos
aqueles que fazem parte da comunidade Natura, dando cada vez
mais significado à rede de relações que construímos.
Alessandro Giuseppe Carlucci
Diretor-presidente
João Paulo Ferreira
Vice-presidente de Operações e Logística
José Vicente Marino
Vice-presidente de Negócios
Marcelo Cardoso
Vice-presidente de Desenvolvimento Organizacional e
Sustentabilidade
Roberto Pedote
Vice-presidente de Finanças, Jurídico e Tecnologia da Informação
RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA 2011
Contexto do mercado
De acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal (Abihpec/Sipatesp2), o mercado alvo de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos no País avançou 7,7% em termos nominais nos dez primeiros meses de
2011, abaixo das projeções dos especialistas. Nesse contexto, a Natura manteve a
liderança do setor, com participação de 23,2%, com queda de 0,4 ponto percentual sobre
o mesmo período do ano anterior.
Avanços em infraestrutura
Os investimentos em infraestrutura irão oferecer a base para o novo ciclo de
crescimento da Natura. Desde 2009, nossa estrutura logística passa por uma
expressiva transformação. Buscamos garantir que os nossos produtos cheguem mais
rapidamente às mãos das nossas consultoras, com redução do custo do pedido e das
emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Em 2011, inauguramos um Centro de Distribuição (CD) e outros três CDs tiveram a
capacidade ampliada, com suas linhas substituídas. Equipados com alta tecnologia de
separação dos produtos (picking), grande automatização e baixo consumo de energia,
estão preparados para atender um número maior de pedidos, incluindo aqueles com
menos itens, o que viabiliza o maior fracionamento das entregas. Contribuem, assim,
para que tenhamos ganhos de produtividade e redução no custo do pedido.
Em 2012, daremos continuidade à expansão com a inauguração de um Centro de
Distribuição e um hub, em São Paulo. Com os investimentos realizados, antecipamos
em quase dois anos o planejamento para revisão da malha logística. Nosso objetivo é
reduzir significativamente o tempo de atendimento a nossas consultoras.
Em nossas operações internacionais, alcançamos também ganhos de eficiência
logística, com o novo planejamento de distribuição na América Latina, que centralizou
o atendimento na Colômbia e no México. Consolidamos a operação de envase de
perfumes na Argentina, iniciada em 2010, e passamos a produzir sabonetes na
Colômbia. Com isso, esperamos aumentar significativamente a parcela de produtos
fabricados localmente.
Governança corporativa e mercado de capitais
O Conselho de Administração passou por um processo de renovação com a
substituição de dois de seus membros. Depois de contribuírem por mais de uma
década para o crescimento e o fortalecimento da Natura, Edson Vaz Musa e José
Guimarães Monforte anunciaram sua saída. Para ocupar seus lugares, foram
aprovados, na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de abril de 2011, os nomes de Marcos
Lisboa e Adílson Primo como conselheiros externos e independentes – Primo
renunciou ao cargo em novembro e sua vaga ainda não foi preenchida. Na mesma
AGO, Guilherme Peirão Leal reassumiu o cargo de Copresidente no Conselho de
Administração, após um período de afastamento para participar das eleições
presidenciais de 2010. Desde 2010, estamos mobilizados para atrair o maior número
possível dos nossos 10 mil acionistas à AGO, principalmente nossos pequenos
investidores. Acreditamos que essa é uma forma de reafirmar nosso envolvimento e a
postura de transparência no relacionamento. Em 2011, preparamos um evento no qual
estimulamos o diálogo dos acionistas com todos os membros do Conselho de
Administração e do Comitê Executivo, o diretor-presidente, os fundadores da Natura e
as áreas de Relações com Investidores e de Governança Corporativa. Outro ponto de
destaque foi a realização conjunta da reunião pública com a participação da Apimec-SP
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), o
que se repetirá na AGO de 2012, marcada para o dia 13 de abril.
Perfil dos acionistas
2009
Pessoas físicas
2010
2011
7.699
7.838
8.722
Pessoas jurídicas Brasil
560
560
659
Pessoas jurídicas exterior
668
850
867
8.927
9.248
10.248
Total
Desempenho das ações
Em 2011, as ações Natura sofreram uma desvalorização de 20,4%, pouco abaixo da
desvalorização anual de 18,1% do Ibovespa, principal índice da BM&FBOVESPA.
Volume médio diário negociado de
ações (R$ milhões)
2009
2010
2011
25.983
33.182
43.696
Fonte: Economática
A Natura faz parte dos principais índices do mercado de ações brasileiro: Ibovespa,
IBrX-50 (no qual estão listadas as ações com mais liquidez da BM&FBOVESPA), ISE
(Índice de Sustentabilidade Empresarial), Índice de Governança Corporativa, Índice de
Ações com Tag Along, Índice do Morgan Stanley Composite Index e ICO2 (Índice
Carbono Eficiente, da BM&FBOVESPA).
Desde a abertura de capital, em 2004, mantemos um desempenho bastante superior
ao índice, conforme gráfico abaixo:
1.000
NATU3
29/12/2011
R$36,21
900
Índice Bovespa
800
NATU3
588,0%
Follow On
31/07/2009
700
Base 100 = 25/05/2004
600
500
400
NATU3
25/05/2004
R$5,27
200,9%
300
200
100
0
2004
NATU3: +87.2%
Ibov: +33.0%
2005
+37.9%
+28.3%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
+51.1%
+29.1%
-41.4%
+47.4%
+18.0%
-41.4%
+101.6%
+82.7%
+37.0%
+1.3%
-20.4%
-18.1%
Desempenho econômico
A receita líquida consolidada da Natura em 2011 foi de R$ 5.591 milhões, evolução de
8,9% em relação a 2010, com Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros,
imposto de renda, depreciação e amortização) de R$ 1.425 milhões, margem Ebitda de
25,5%; e lucro líquido de R$ 830 milhões, margem de 14,9%.
Evolução (R$ milhões)
2009
2010
Receita líquida
consolidada
4.242,1
5.136,7
5.591,4
Ebitda consolidado
1.008,5
1.256,8
1.425,0
683,9
744,1
830,9
Lucro líquido
consolidado
2011
Na operação Brasil, a receita líquida cresceu 6,8%, alcançando R$ 5.087 milhões. As
operações internacionais, por sua vez, apresentaram crescimento vigoroso de 40% em
moeda local ponderada (35,4% em reais), somando R$ 503 milhões, ou 9,0% da receita
líquida consolidada da Natura, a maior participação histórica.
A geração de caixa livre no ano foi de R$ 411 milhões contra R$ 716 milhões em 2010,
uma redução de 42,7%. Em 2011, houve um aumento no capital de giro, concentrado
principalmente na ampliação da cobertura de estoques e no aumento de impostos a
recuperar. Em 2011, investimos R$ 346 milhões em imobilizado, sobretudo, em
tecnologia da informação, capacidade de manufatura e infraestrutura logística.
Desempenho socioambiental
Seguimos ampliando a geração de valor para os principais públicos da Natura, como
mostra a tabela a seguir:
Distribuição de riqueza (R$ milhões)
2009
2010
2011
Acionistas1
551,9
646,9
762,9
Consultoras
2.302,5
2.738,2
2.906,1
Colaboradores
643,0
769,2
634,3
Fornecedores
3.087,5
3.707,4
4.362,8
Governo
1.147,4
1.476,5
1.472,3
1. Os valores de distribuição de riqueza aos acionistas referem-se aos dividendos e juros sobre
capital próprio efetivamente pagos aos acionistas, ou seja, consideram o regime de caixa.
Distribuição de dividendos
Em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser
submetida à AGO, que será realizada em 13 de abril de 2012, para pagamento de
dividendos e juros sobre capital próprio referentes aos resultados auferidos no
exercício de 2011, no montante de R$ 762,6 milhões e R$ 61,1 milhões (R$ 51,9
milhões líquidos de imposto de renda na fonte), respectivamente.
Em 20 de julho de 2011, foram pagos, ad referendum da Assembleia Geral Ordinária,
dividendos no montante de R$ 295,3 milhões e juros sob o capital próprio no valor de
R$ 31,9 milhões (líquidos de imposto de renda na fonte). O saldo remanescente a ser
pago em 18 de abril de 2012, após ratificação pela Assembleia Geral Ordinária, será de
R$ 467,3 milhões na forma de dividendos e R$ 20,1 milhões na forma de juros sobre o
capital próprio (líquidos de imposto de renda na fonte).
Esses dividendos e juros sobre capital próprio somados, referentes ao resultado do
exercício de 2011 representarão uma remuneração líquida de R$ 1,89 por ação (R$
1,65 por ação em 2010), correspondendo a e 99% do lucro líquido¹ de 2011.
¹ Resultado final da somatória de todas as receitas e despesas no exercício.
Temas prioritários de sustentabilidade
Antes de mais nada, olhar para os desafios da sustentabilidade é uma grande fonte de
inovação para a Natura. Trabalhamos continuamente para integrar os aspectos
econômico, social e ambiental em toda a gestão da Natura. Nossa proposta de valor
passa pela construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, que considere
os riscos e oportunidades nas três dimensões do chamado triple bottom line, gerando
valor para a sociedade e os negócios. A sustentabilidade é, portanto, um princípio que
perpassa nossos processos, integra o Planejamento Estratégico e é acompanhado pela
alta gestão. A definição das prioridades de atuação ocorre em conjunto com nossos
stakeholders. Em 2011, concluímos a revisão bianual desses focos de ação, aqueles
que consideramos críticos para o futuro da Natura, reportados mensalmente pelo
Comitê de Sustentabilidade à Diretoria Executiva. Conheça abaixo as principais
evoluções nesses temas:
Água
Ao longo dos anos, temos aprimorado nossos processos produtivos e conquistado
eficiência no uso da água em nossas operações. Em 2011, reduzimos nosso consumo,
que no ano anterior foi de 0,42, para 0,40 litro por unidade produzida.
Sabemos, no entanto, que nosso impacto vai além do consumo na produção. Para
aprofundar nosso conhecimento, iniciamos há dois anos um amplo estudo, que
resultou em nosso primeiro inventário hídrico, desenvolvido de acordo com a
metodologia da Water Footprint Network (WFN), organização internacional de
referência na promoção do uso sustentável, equitativo e eficiente de água. A Natura
foi a primeira empresa do setor de cosméticos a aplicar essa tecnologia e a única
companhia do mundo a contemplar nesse inventário a fase de uso dos produtos pelos
consumidores.
Consumo de água (litros/unidade produzida)1
2009
2010
2011
0,42
0,42
0,40
1
Métrica alterada de consumo de água de unidade faturada por unidade produzida para permitir a antecipação da
identificação de oportunidades de melhoria em nossos processos.
Educação
Em 2011, evoluímos para uma nova arquitetura de educação para a Natura, baseada
na disseminação da sustentabilidade, que vai além da capacitação dos nossos
colaboradores, incluindo fornecedores, consultoras e comunidades do entorno, entre
outros públicos.
Outro pilar fundamental da nossa estratégia de educação é o Instituto Natura. Criado
em 2010, a organização sem fins lucrativos é responsável por nosso investimento
social privado e está focada na promoção da educação de qualidade. Uma importante
expressão desse compromisso é o programa Crer para Ver, cujos recursos são obtidos
por meio da venda de uma linha especial de produtos, na qual tanto a Natura quanto
os consultores e consultoras abrem mão dos ganhos para que sejam aplicados em
projetos de melhoria da educação pública no Brasil e na América Latina. Em 2011,
foram arrecadados R$ 8,4 milhões.
O Instituto Natura está empenhado em oferecer tecnologias educativas que
promovam transformações em larga escala na sociedade, o que já se tornou realidade
com o Projeto Trilhas, de estímulo à leitura e à escrita na Educação Infantil, que se
tornou uma política pública do Governo Federal: a partir de 2012, alcançará 2 mil
municípios e 3 milhões de estudantes em parceria com o Ministério da Educação.
Empreendedorismo sustentável
Nosso canal de vendas representa uma oportunidade valiosa de incentivar ações de
empreendedorismo socioambiental. Algumas iniciativas já começam a explorar esse
potencial, como o Programa Acolher, que apoia projetos socioambientais
desenvolvidos por CNs e CNOs. Outra inovação é a Rede de Relações Sustentáveis, que
criamos no México. Nesse modelo, lançado em meados de 2011, as consultoras têm
níveis de envolvimento com a Natura e vão ascendendo não apenas conforme seu
resultado comercial, mas também com seu engajamento em projetos e iniciativas
socioambientais nas comunidades onde vivem. Após os primeiros nove ciclos de
atuação em 2011, o modelo apresenta resultados que nos deixam entusiasmados, ao
mesmo tempo em que está gerando importantes aprendizados.
Mudanças climáticas
Nosso compromisso com a redução de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) teve
início em 2007, quando lançamos o Programa Carbono Neutro e nos comprometemos
em reduzir em 33% das emissões relativas em toda a nossa cadeia estendida, da
extração da matéria-prima ao consumo. Até o final de 2011, alcançamos a redução
relativa de 25,4% em comparação com 2007. Temos também o objetivo adicional de
cortar em 10% nossas emissões absolutas (geradas em nosso processo produtivo) até
o fim de 2012. Em 2011 as emissões absolutas cresceram 11% em relação à 2008, mas
mantivemos o compromisso em função de projetos que devem ser implementados ao
longo deste ano.
Emissões Relativas (kg CO2e / kg produto faturado)
1
2009
2010
2011
3,55
3,30
3,12
1.
CO2e (ou CO2 equivalente): medida utilizada para expressar as emissões dos gases de efeito
estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um.
As emissões que ainda não podemos evitar são compensadas pela compra de créditos de
carbono de projetos, reflorestamento, eficiência energética e substituição de combustível,
reduzindo o impacto de nossa operação e promovendo a economia verde. Em 2011,
contratamos o primeiro projeto de compensação fora do Brasil, na cidade de Cáceres,
na Colômbia.
Resíduos sólidos
Estamos engajados com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e
Cosméticos (Abihpec) na formulação de propostas que permitam o cumprimento da
Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010.
A exemplo do que fazemos com emissões de carbono e consumo de água,
desenvolvemos em 2011 a metodologia que permite a construção de nosso primeiro
inventário de geração de resíduos. Acreditamos que a gestão de resíduos pode ser
uma alavanca de valor para a geração de negócios por meio de um processo contínuo
de inovação. Hoje, conseguimos medir e gerir apenas os resíduos que estão dentro de
nossas unidades operacionais. Em 2011, alcançamos a redução de 13%, com a geração
de 20,01 gramas por unidade produzida contra 23,09 do ano anterior.
Sociobiodiversidade
Procuramos fomentar as discussões sobre o uso da sociobiodiversidade e defendemos
o estabelecimento de um novo marco legal para o acesso à biodiversidade que
favoreça o uso sustentável do patrimônio genético nacional e das manifestações
tradicionais associadas. Queremos que essa relação estimule a pesquisa, produção e
conservação da diversidade biológica.
Por isso, lançamos o Programa Amazônia, que nasce para gerar novos negócios e atuar
como um catalisador de conhecimentos, ideias e iniciativas. O desafio da Natura é
contribuir para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica por meio de
ciência, tecnologia e inovação e adensamento das cadeias produtivas da região. Um
movimento que integra os diversos públicos e conhecimentos em uma grande rede de
trocas que possa buscar soluções a partir dos produtos e serviços da
sociobiodiversidade e revelar o grande potencial de negócios existente na Amazônia.
Em 2011, medimos pela primeira vez nosso volume de negócios na Região Amazônica
e chegamos ao valor de R$ 64,8 milhões.
Qualidade das relações
Acreditamos que o desenvolvimento da Natura depende do nosso potencial de buscar
respostas aos desafios atuais de forma ampla e coletiva e dos laços que estabelecemos
com os diversos públicos com os quais nos relacionamos. Para transformar essa crença
em ações, contamos com uma gestão estruturada de relacionamentos desde 2009,
que incluem canais de interação permanentes com nossos stakeholders. Para a Natura,
esse é um meio de cocriação, de encontrar as melhores soluções, com mais
profundidade e qualidade técnica e relacional. Veja a seguir os resultados que
alcançamos com os públicos mais próximos de nossa atividade:
Consultoras e consultores (CNs) e Consultoras Natura Orientadoras (CNOs)
Nosso principal desafio de relacionamento com o canal de vendas em 2011 foi a
qualidade do serviço prestado às consultoras e consultores. Trabalhamos
intensamente ao longo do ano para reverter os desequilíbrios na disponibilidade de
produtos e chegamos aos quatro últimos ciclos de 2011 com uma plataforma de
captação e faturamento de pedidos mais estável, indicando a tendência de melhora
significativa nos níveis de serviço. Durante o período de instabilidade em nossas
operações, procuramos manter um diálogo franco e aberto com a força de vendas.
Utilizamos os encontros Natura, realizados regularmente a cada ciclo, para informar
sobre nossas dificuldades e as medidas adotadas.
Em decorrência, o indicador de lealdade de nossas consultoras e consultores passou de
21% de 2010 para 19%, no mercado brasileiro. Vamos reforçar nossa atuação, pois
entendemos que estamos longe do que queremos, porém entusiasmados com o que
podemos e o que faremos.
Colaboradores
À medida que expandimos nossa atuação, tanto no Brasil como nas Operações
Internacionais, aumenta o nosso desafio de compor, manter e desenvolver nossas
equipes, de maneira que, além das competências funcionais, também estejam
aderentes à nossa Essência. Por isso, temos trabalhado para fortalecer os instrumentos
de desenvolvimento dos nossos profissionais, que teve em 2011 o refinamento de
nossa proposta de educação, condição indispensável para uma organização que reúne
6,7 mil pessoas.
Buscamos manter um ambiente de trabalho, ao mesmo tempo, acolhedor e
estimulante. Nossa expectativa tem sido sempre a de elevar a satisfação dos
colaboradores, medida na pesquisa de clima organizacional, que engloba todas as
operações. O cenário adverso e diferente das nossas expectativas gerou muito
retrabalho de nossas equipes e foi um importante fator para que esse indicador
atingisse a marca de 70% de favorabilidade, três pontos percentuais abaixo do ano
anterior. Vamos ampliar nossos esforços para reverter essa situação e coloca-lo no
patamar de excelência que almejamos.
Pesquisa de clima – Favorabilidade (%)1
2009
2010
2011
Natura
74
73
70
1. Equivale a porcentagem de colaboradores que classificaram 4 e 5 (top 2 box) em uma escala de 0 a 5
pontos.
Consumidores
O momento atual é marcado por alterações profundas na forma como as empresas se
relacionam com os seus consumidores. A Natura considera que está diante de uma
grande oportunidade para transformar e aprimorar a qualidade desse relacionamento.
Vale destacar que, em 2011, a penetração da Natura nos domicílios brasileiros
ampliou-se de maneira considerável, passando de 54,8% para 61,9%. Isso significa que
atingimos aproximadamente 100 milhões de pessoas.
Tendo em vista sermos a marca preferida em cosméticos, temos uma grande
oportunidade de aumentar a frequência de compra desses consumidores que já têm
contato com nossas consultoras.
Fornecedores
Com nossa expansão na América Latina, ampliamos a participação de fornecedores da
região, por meio de uma nova estrutura regional de compras para as Operações
Internacionais. Essa ação trouxe-nos ganhos de eficiência em serviços e na compra de
materiais indiretos.
Em 2011, aprimoramos também nossa base de suprimentos em parceria com os
próprios fornecedores, com a definição de novos critérios para compras baseados em
aspectos mais amplos – considerando, inclusive, seu impacto socioambiental.
Acompanhamos a satisfação dos fornecedores a partir do indicador de lealdade, que
mensura a satisfação geral e a intenção de continuar a se relacionar com a Natura e de
recomendar a companhia a outros fornecedores. Em 2011, a lealdade de nossos
parceiros no Brasil manteve-se em um patamar que consideramos estável: 26,5%
contra 27,7% do ano anterior.
Comunidades fornecedoras
Em 2011, trabalhamos com 32 comunidades fornecedoras, envolvendo 3.235 famílias.
Esses números apontam crescimento de 40% no número de famílias envolvidas, o que
também se refletiu em aumento de 15% no repasse de recursos a essas comunidades e
resultados significativos no desenvolvimento local.
Comunidades fornecedoras1
Comunidades com as quais a Natura se relaciona
Famílias beneficiadas nas comunidades fornecedoras
2009
2010
2011
25
25
32
2.012
2.301
3.235
Seguindo os anos anteriores, ampliamos nossos negócios com as comunidades
fornecedoras dentro da estratégia de expandir o benefício social gerado pelo acesso
aos ativos da biodiversidade e do conhecimento tradicional associado. Vale destacar
que o principal movimento impulsionador foi o aumento da vegetalização de nossos
produtos – especialmente da linha Ekos, relançada em 2011.
Desta forma, repassamos R$ 10 milhões às comunidades fornecedoras em 2011. A
quantia representa a soma paga por fornecimento de insumos, contratos de repartição
de benefícios, acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional
associado, uso de imagem e investimentos para o desenvolvimento local.
Recursos destinados (R$ milhares)
2009
2010
2011
Fornecimento1
2.767,1
4.373,6
6.749,1
Repartição de benefícios por acesso ao
patrimônio genético ou
conhecimento tradicional associado2
1.056,2
1.480,1
1.597,4
Fundos e apoios3
1.087,6
1.551,7
1.002,2
Uso de imagem4
14,5
76,5
22,0
151,7
184,5
133,0
Certificação e manejo6
27,8
212,2
21,5
Estudos e assessorias7
435,1
827,7
512,0
5.540,3
8.706,4
10.037,2
Capacitação5
TOTAL
1. Consiste no valor pago pelos beneficiadores ou pela Unidade Industrial de Benevides pelas compras de
matéria-prima utilizadas em nossos produtos. 2. Corresponde aos valores pagos pela Natura a título de
Repartição de Benefícios às comunidades em que foram acessados patrimônio genético e/ou
conhecimento tradicional associado de uma espécie da biodiversidade brasileira. 3. Fundos e convênios
de desenvolvimento sustentável voluntários da Natura, cujo desembolso está atrelado à realização de
projetos ou patrocínios de melhorias de infraestrutura. 4. Valores pagos pela Natura para uso de
imagem dos membros das comunidades em materiais de divulgação institucional ou de marketing. 5.
Contempla oficinas e cursos pagos pela Natura às comunidades para aperfeiçoar suas técnicas de
produção sustentável. 6. Valores investidos em certificação e planos de manejo em áreas de cultivo. 7.
Inclui todos os estudos de antropólogos, advogados, economistas, ONGs e demais contratações feitas
pela Natura. Também inclui estudos técnicos contratados pela área de Bioagricultura para a
estruturação de cadeias produtivas.
Perspectivas
O Brasil segue como um dos mais prósperos mercados de higiene pessoal, perfumaria
e cosméticos do mundo. Embora tenha crescido em 2011 menos do que em anos
anteriores, certamente continuará a se expandir a taxas superiores às da indústria
global.
Nesse ambiente em expansão, estamos empenhados em assegurar que os serviços
para nossas consultoras e consumidores finais alcancem um patamar de excelência,
ampliando os diferenciais competitivos da marca Natura.
Tendo em vista a alta penetração de nossos produtos, presentes nos lares de cerca de
100 milhões de brasileiros, e a liderança da marca Natura na preferência dos
consumidores, com mais do que o dobro da segunda colocada, temos a oportunidade
ampliar a frequência de compra dos consumidores e a variedade de produtos
adquiridos. Com isso, impulsionaremos os ganhos de produtividade de nossas
consultoras.
Para tanto, vamos redirecionar nosso marketing mix e promover inovações para
ocupar os espaços onde nossa marca ainda não está presente, entre outras iniciativas.
Seguimos confiantes e entusiasmados com a expansão de nossas Operações
Internacionais, que se afirmam como uma plataforma de negócios relevante, lucrativa
e capaz de expressar os valores da Natura na região. Nos países latino-americanos,
estamos ampliando o canal de vendas e avançando com a manufatura local, o que nos
abre a perspectiva de acelerar o crescimento em um mercado tão expressivo e no qual
ainda temos muito espaço de desenvolvimento.
Temos observado atentamente as transformações do ambiente de negócios, com um
consumidor mais exigente, o avanço das tecnologias digitais e a conectividade das
redes sociais. Pretendemos utilizar essas ferramentas para seguirmos ampliando
nossos negócios, gerando renda para as consultoras e consultores e propiciando a
melhor experiência de compra aos consumidores.
Confiantes no espírito inovador de nossas equipes, acreditamos que esse momento de
grande transformação permitirá que a Natura leve sua proposta de valor para novas
geografias, ampliando assim o alcance de sua rede de relações e seu potencial de
contribuir para a construção do modelo de negócios do futuro.
Aderência à Câmara de Arbitragem do Mercado
A Companhia, seus acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal
obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do
Mercado, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles,
relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação,
violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei n.º 6.404/76, no estatuto social
da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco
Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais
normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas
constantes do Regulamento do Novo Mercado, do Regulamento de Arbitragem, do
Regulamento de Sanções e do Contrato de Participação no Novo Mercado.
Relacionamento com os auditores independentes
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03, informamos que a Sociedade e
suas controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores
independentes Deloitte Touche Tohmatsu, no sentido de assegurar-se de que a
realização da prestação destes outros serviços não venha afetar sua independência e
objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente, bem
como obter a devida aprovação de seu Comitê de Auditoria. A política da empresa na
contratação de serviços de auditores independentes assegura que não haja conflito de
interesses, perda de independência ou objetividade. Durante o exercício de 2011 não
houve nenhuma contratação de serviços desta natureza.
Adicionalmente, em conformidade com a Instrução CVM nº 308/99, a Sociedade e suas
controladas informam a contratação da auditoria independente Ernst & Young Terco
Auditores Independentes S.S. para auditar as demonstrações financeiras da Companhia
relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, em substituição à Deloitte
Touche Tohmatsu Auditores Independentes (“Deloitte”), que realizou a verificação do
exercício que apresentamos nesse Relatório de Administração. A decisão ocorreu na
reunião do Conselho de Administração do dia 10 de janeiro de 2012, conforme
recomendação do Comitê de Auditoria da Companhia.
Diretrizes para a comunicação da sustentabilidade
Para retratar com fidelidade e transparência nossos desempenhos nos planos
econômico, ambiental e social, adotamos as diretrizes da Global Reporting Initiative
(GRI-G3.1), cujos critérios serão extensivamente desenvolvidos em nosso Relatório
Anual 2011.
Todos os dados socioambientais contidos nos indicadores GRI passam pela verificação
externa de auditores independentes da companhia Ernst & Young Terco Auditores
Independentes S.S.. No caso das emissões de GEE, foi realizada uma verificação
específica (asseguração limitada) dos dados do inventário GEE de 2011 pela KPMG.
São Paulo, 15 de fevereiro de 2012 – A Natura Cosméticos S.A. (BM&FBOVESPA:
NATU3) anuncia hoje os resultados do quarto trimestre (4T11) e do exercício de 2011. As
informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são
apresentadas em base consolidada, de acordo com as normas internacionais de relatório
financeiro IFRS.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A receita líquida consolidada no ano de 2011 foi de R$ 5.591,4 milhões, com
crescimento de 8,9% em relação a 2010. O EBITDA alcançou R$ 1.425,0 milhões o
que representa uma ampliação de 13,4% e margem de 25,5% (24,5% em 2010). O
lucro líquido em 2011 atingiu R$ 830,9 milhões, um aumento de 11,7% e margem
líquida de 14,9% (14,5% em 2010).
No quarto trimestre de 2011 (4T11) a receita líquida consolidada foi de R$ 1.670,5 milhões,
com crescimento de 7,3% em relação ao ano anterior. O EBITDA somou R$ 500,4 milhões,
avanço de 39,8%, com margem de 30,0% e o lucro líquido de R$ 290,7 milhões, evolução de
32,5% e margem líquida de 17,4%.
Na operação Brasil a receita líquida no ano foi de R$ 5.087,6 milhões, evolução de 6,8%. A
margem EBITDA atingiu 29,0% em 2011 em comparação a 28,0% em 2010.
Nas operações internacionais, a receita líquida em 2011 foi de R$ 503,8 milhões, evolução de
40,0% em moeda local ponderada. O EBITDA1 do ano mostrou um prejuízo de R$ 51,1 milhões,
melhora de R$ 27,3 milhões em relação ao ano anterior (R$ 78,4 milhões em 2010).
A seguir os principais destaques de 2011:
Nossa base total de consultoras alcançou 1.421 mil, crescimento de 16,4% em relação a
2010. No Brasil, encerramos 2011 com 1.175 mil consultoras - expansão de 14,3% - e
13.250 CNOs (Consultora Natura Orientadora). Nas operações internacionais, totalizamos
no ano 246 mil consultoras, com crescimento de 27,1%.
No Brasil, segundo pesquisa da Brand Essence/Ipsos, nossa marca permanece no topo
com 47% da preferência (49%, em 2010). Nas operações internacionais avançamos
significativamente no conhecimento de nossa marca e nos níveis de preferência. Na
1
Considera EBITDA pro forma
1
Argentina e no Peru, estamos entre as três marcas preferidas pelos consumidores no
mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC).
No Brasil, segundo dados da Sipatesp/Abihpec2, nosso mercado alvo cresceu 7,7% no
acumulado de 10 meses do ano. O market share da Natura no período foi de 23,2%,
uma queda de 0,4 pontos percentuais. No quadro a seguir apresentamos a evolução do
mercado e a participação da Natura nos segmentos de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos (HPPC).
Mercado Alvo (R$ milhões)
10M11
10M10
Market Share - Natura (%)
Var. %
10M11
10M10
Var. pp
Cosméticos e Fragrâncias
8.209,9
7.686,1
6,8%
33,7%
34,3%
(0,6)
Higiene Pessoal
8.579,5
7.910,0
8,5%
13,1%
13,1%
0,0
16.789,4
15.596,1
7,7%
23,2%
23,5%
(0,4)
Total
Fonte: SIPATESP
O índice de inovação3 foi de 64,8% (65,7% em 2010), mantendo o patamar dos últimos
anos. Lançamos 168 produtos em 2011, com destaque para o relançamento da linha
Natura EKOS e as novas linhas Higeia e VôVó.
Investimos consistentemente em projetos de infraestrutura que visam: melhorar a
qualidade dos serviços prestados às nossas consultoras, capacitar a empresa para o
crescimento e trazer ganhos de eficiência. Principais projetos:
o Extensão do SAP4 para os processos relacionados ao faturamento e captação de
pedidos, em substituição a 28 sistemas legados;
o Inauguração de um novo Centro de Distribuição (CD) no Paraná e ampliação de
outros três já existentes, totalizando oito centros de distribuição no Brasil;
o Reformulação dos processos e sistemas de planejamento de demanda; e
o Início da ampliação de nossa capacidade de produção e da construção de um novo
Centro de Distribuição e Logística em São Paulo, a ser concluído nos próximos 15
meses.
A alta complexidade desses projetos e a simultaneidade de sua implantação contribuiu
para a queda no nível de serviços prestados às nossas consultoras e consumidores finais,
impactando negativamente as vendas no Brasil do 2º semestre de 2011.
2
Sipatesp/Abihpec:Sindicato da Indústria de Perfumarias de Artigos de Toucador no Estado de São Paulo / Associação Brasileira da
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
3
O índice de inovação é medido por meio da receita dos últimos 12 meses proveniente de produtos lançados nos últimos 24
meses.
4
SAP: Sistema que oferece um conjunto integrado de módulos para gestão do negócio, são eles: manufatura, finanças, vendas,
distribuição e recursos humanos
2
As operações internacionais, por outro lado, apresentaram resultados de destaque e já
representam 9,0% da receita líquida consolidada (9,5% no 4T11). As operações em
consolidação (Argentina, Chile e Peru) apresentaram crescimento de 36,1% na receita
líquida em moeda local ponderada em 2011. O resultado operacional foi positivo em R$
43,0 milhões, margem EBITDA de 12,8% (R$13,1 milhões em 2010 e margem de 5,1%).
Nas operações em implantação (México e Colômbia), a receita apresentou crescimento
de 55,6% no ano, também em moeda local.
Ainda nas operações internacionais, seguimos com a implementação de nossa estratégia
de atuação adaptada à realidade local. No México, implementamos um novo modelo
comercial (Rede de Relações Sustentáveis) e, no Peru e na Colômbia, introduzimos o
modelo CNO. O modelo de produção local com terceiros, que já acontece na Argentina
desde 2010, foi estendido para a produção de sabonetes na Colômbia.
Ao final do exercício, o saldo em caixa era de R$ 515,6 milhões e o total das dívidas era
de R$ 1.130,0 milhões, com endividamento líquido correspondente a 0,4 vezes o
EBITDA. A geração de caixa livre5 no ano foi de R$ 410,6 milhões, queda de 42,7% em
relação a 2010. Essa redução deve-se à ampliação dos investimentos em projetos de
infraestrutura (ativo imobilizado) e ao maior consumo de capital de giro, em especial na
maior cobertura de estoques e no aumento de impostos a recuperar.
Em 2011, lançamos o Programa Amazônia, com o objetivo de contribuir para o
desenvolvimento sustentável da região, criando uma grande rede que favorece a
valorização da sociobiodiversidade e a captura do potencial de negócios, contribuindo
para o desenvolvimento socioeconômico e conservação da biodiversidade.
Reduzimos nossas emissões relativas de gases do efeito estufa (GEE) em 5,3%,
totalizando 25,4% de redução no acumulado do período entre 2007 e 2011. Lançamos
um novo edital para neutralizar as emissões em 2011 e 2012 e contratamos o primeiro
projeto de compensação fora do Brasil, na Colômbia.
Em nosso investimento social, realizado por meio do Instituto Natura, estamos
empenhados em oferecer metodologias educacionais que promovam transformações em
larga escala na sociedade, de maneira a contribuir para a concretização de políticas
públicas de educação. Um exemplo é o Projeto Trilhas, que estimula a leitura e a escrita
na Educação Infantil, e foi adotado pelo Ministério da Educação. Por meio do Programa
Crer para Ver arrecadamos R$ 8,4 milhões de recursos e atingimos 345 municípios
brasileiros, chegando a 4,9 mil escolas e envolvendo mais de 940 mil pessoas entre
alunos, professores, coordenadores e diretores.
5
Caixa Livre: (Geração interna de caixa) +/- (variações no capital de giro e realizável e exigível a longo prazo) – (aquisições de
ativo imobilizado)
3
O quadro a seguir demonstra o resultado final dos indicadores com suas respectivas
metas de 2011:
Indicador
Resultado 2010
Compromisso 2011
Resultado 2011
-7,3%
(21,2% acumulado)
Reduzir até 2013 em 33% as
nossas emissões relativas de
GEE, levando em
consideração o inventário que
realizamos em 2006.
-5,3%
(25,4% acumulado)
Consumo de
água *
0,42 litro/unidade
produzida
Reduzir em 4,8% o consumo
total de água por unidade
produzida
0,40 litro/ unidade
produzida
(4,8% redução)
Arrecadação
CPV
R$ 10,0 milhões
Arrecadar R$ 13 milhões com
a venda dos produtos do Crer
Para Ver.
R$ 8,4 milhões
Gases de efeito
estufa
* Métrica alterada de consumo de água de unidade faturada por unidade produzida para permitir adequar a métrica aos estoques.
Ações NATU3
Em 2011, as ações da Natura tiveram uma desvalorização de 20,4%, enquanto o Ibovespa
desvalorizou-se 18,1%. O volume médio diário negociado foi de R$ 43 milhões.
O gráfico abaixo demonstra o desempenho das ações Natura desde o seu lançamento (IPO):
1.000
NATU3
29/12/2011
R$36,21
900
Índice Bovespa
800
NATU3
588,0%
Follow On
31/07/2009
700
Base 100 = 25/05/2004
600
500
400
NATU3
25/05/2004
R$5,27
200,9%
300
200
100
0
2004
NATU3: +87.2%
Ibov: +33.0%
2005
+37.9%
+28.3%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
+51.1%
+29.1%
-41.4%
+47.4%
+18.0%
-41.4%
+101.6%
+82.7%
+37.0%
+1.3%
-20.4%
-18.1%
4
Reconhecimentos
Em 2011, a Natura recebeu importantes prêmios pelo seu reconhecido comportamento
empresarial. Abaixo os principais:
8ª Empresa Mais Inovadora do Mundo – Forbes Magazine
Empresa Mais Admirada no Brasil pelo 3º ano consecutivo– Carta Capital
Empresas Mais Éticas do Mundo, 1ª na categoria Saúde e Beleza – Ethisphere
2ª Empresa Mais Sustentável do Mundo - Corporate Knights Inc., Innovest Strategic
Value Advisors, Asset 4 e Bloomberg
As Top Companhias para os Acionistas, Valor de mercado superior a R$ 15 bilhões, 1º
lugar pelo segundo ano consecutivo - Revista Capital Aberto
Perspectivas
O Brasil segue como um dos mais prósperos mercados de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos do mundo. Embora tenha crescido em 2011 menos do que em anos anteriores,
certamente continuará a se expandir a taxas superiores às da indústria global.
Em 2011, realizamos o maior investimento de nossa história, destinando cerca de R$ 350
milhões (Capex) em projetos de produção, logística e tecnologia, indispensáveis para a
sustentação do nosso crescimento. Devemos reconhecer que a implementação simultânea de
novos sistemas de captação de pedidos e a evolução no nosso modelo logístico, com a abertura
de novos CDs, provocou instabilidade em nossas operações, afetando a prestação dos serviços
e a qualidade das relações. Ao mesmo tempo enfrentamos uma redução na eficiência comercial
e mercadológica. A combinação desses dois fatores repercutiu nos resultados, exigindo ajustes
na estratégia durante o ano.
Estamos empenhados em assegurar uma maior assertividade de nossas promoções,
equilibrando melhor a parcela feita de forma centralizada e a gerida regionalmente.
Continuamos focados em ganhos de eficiência nos diversos processos da empresa, que nos
geram recursos para atuarmos em um mercado cada vez mais competitivo.
Trabalhamos convictos de que a mudança de patamar da infraestrutura, para que nossos
produtos cheguem cada vez mais rápido às mãos das nossas consultoras, com redução do
custo do pedido, permitirão que alcancemos um padrão de serviços que amplie os diferenciais
competitivos de nossa marca.
Tendo em vista a alta penetração de nossos produtos, presentes nos lares de cerca de 100
milhões de brasileiros, e a liderança da marca Natura na preferência dos consumidores, com
mais do que o dobro da segunda colocada, temos a oportunidade ampliar a frequência de
5
compra dos consumidores e a variedade de produtos adquiridos. Com isso, impulsionaremos os
ganhos de produtividade de nossas consultoras. Para tanto, vamos redirecionar nosso
marketing mix e promover inovações para ocupar os espaços onde nossa marca ainda não está
presente, entre outras iniciativas.
Seguimos confiantes e entusiasmados com a expansão de nossas Operações Internacionais,
que se afirmam como uma plataforma de negócios relevante e capaz de expressar os valores
da Natura na região. Nos países latino-americanos, estamos ampliando o canal de vendas e
avançando com a manufatura, o que nos abre a perspectiva de acelerar a expansão em um
mercado tão expressivo quanto o brasileiro e no qual ainda temos muito espaço de
desenvolvimento.
Ao mesmo tempo em que promovemos evoluções em múltiplas frentes, avançamos na direção
de uma nova perspectiva para os negócios. Estamos especialmente motivados com o futuro da
venda direta. Desde sempre, acreditamos na capacidade empreendedora e transformadora de
pessoas, engajadas em propósitos comuns. Num mundo cada vez mais conectado digitalmente,
onde o tratamento personalizado para cada consumidor ganha relevância, a venda direta tem
uma grande oportunidade de continuada expansão. Vislumbramos um futuro no qual a relação
entre consultoras e consumidores será apoiada por alta tecnologia de informação e pelas redes
sociais, campo onde os serviços podem evoluir muito e, ao mesmo tempo, ampliar a geração
de valor para todos os envolvidos.
Inspirados pelo contínuo desejo de ver nossa marca alcançar novos espaços, reafirmamos
nosso entusiasmo em prosseguir com todos aqueles que fazem parte da comunidade Natura,
dando cada vez mais significado à rede de relações que construímos.
6
1. resultado consolidado
(R$ milhões)
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
1.421,1
1.220,5
16,4
1.421,1
1.220,5
16,4
131,1
120,2
9,1
445,5
404,7
10,1
Receita Bruta
2.232,6
2.111,1
5,8
7.535,8
6.959,8
8,3
Receita Líquida
1.670,5
1.557,5
7,3
5.591,4
5.136,7
8,9
Lucro Bruto
1.174,2
1.076,9
9,0
3.925,1
3.579,9
9,6
Despesas com Vendas
(543,2)
(500,7)
8,5
(1.952,7)
(1.704,3)
14,6
Despesas Administrativas e Gerais
(198,8)
(216,6)
(8,2)
(680,7)
(605,4)
12,4
(5,1)
(17,5)
(70,7)
(30,2)
(70,4)
(57,1)
Remuneração dos Administradores
0,3
(4,2)
n/d
(9,4)
(14,4)
-34,5
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas
42,1
(3,4)
n/d
63,1
(17,5)
n/d
Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas
(41,6)
(14,9)
179,6
(77,3)
(49,7)
55,5
Lucro antes do IR/CSLL
427,8
319,6
33,9
1.237,7
1118,2
10,7
Lucro Líquido
290,7
219,3
32,5
830,9
744,1
11,7
EBITDA**
500,4
357,9
39,8
1.425,0
1.256,8
13,4
Margem Bruta
70,3%
69,1%
1,1pp
70,2%
69,7%
0,5pp
Despesas com Vendas/Receita Líquida
32,5%
32,2%
0,4pp
34,9%
33,2%
1,7pp
Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida
11,9%
13,9%
(2,0pp)
12,2%
11,8%
0,4pp
Margem Líquida
17,4%
14,1%
3,3pp
14,9%
14,5%
0,4pp
Margem EBITDA
30,0%
23,0%
7,0pp
25,5%
24,5%
1,0pp
Total de Consultoras - final do período*
(em milhares)
Unidades de produtos para revenda
(em milhões)
Participação dos Colaboradores nos Resultados
(*) Posição ao final do ciclo 18 de vendas
(**) EBITDA = Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, impostos, depreciação e amortização.
A receita líquida consolidada no 4T11 alcançou R$ 1.670,5 milhões, apresentando
crescimento de 7,3% em comparação ao 4T10 (R$ 5.591,4 milhões nos 12M11 com ampliação
de 8,9%).
7
No Brasil, a receita líquida foi de R$ 1.511,0 milhões no 4T11, 4,4% superior a do terceiro
trimestre do ano passado. No ano, o crescimento foi de 6,8%, atingindo R$ 5.087,6 milhões.
Nas operações internacionais, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 159,5 milhões, com um
crescimento de 44,6% sobre o 4T10 em reais e 42,7% em moeda local ponderada. Em 2011
houve uma evolução de 35,4% em reais, 40,0% em moeda local ponderada, atingindo R$
503,8 milhões.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ficou em linha com o observado no acumulado de 9
meses do ano. No 4T11 o CPV representou 29,7% da receita líquida consolidada, uma redução
de 120 pontos base nos custos em relação ao 4T10. Os benefícios do nosso aumento de preço e
de
uma
melhor
gestão
de
custos
foram
parcialmente
compensados
por
um
maior
aproveitamento das promoções. No ano, o CPV apresentou uma melhora de 50 pontos bases,
atingindo 29,8% da receita líquida.
O quadro abaixo exibe o custo aberto em seus principais componentes:
4T11
1
4T10
2011
2010
83,7
84,8
83,2
82,8
11,3
10,1
9,4
8,6
Depreciação
1,9
2,3
2,3
3,0
Outros
3,1
2,9
5,0
5,6
100,0
100,0
100,0
100,0
MP / ME
Mão Obra s/PLR
Total
(1) Matéria-prima e material de embalagem
As despesas com vendas, representaram 32,5% da receita líquida no 4T11, aumento de 30
pontos base em relação ao 4T10. Conforme observado nos trimestres anteriores, houve uma
menor diluição dos custos fixos logísticos e de força de vendas. As operações internacionais
seguiram aumentando os investimentos em marketing, conforme estratégia. Em comparação
com o mercado, nossos investimentos em marketing no Brasil continuam competitivos. No
acumulado do ano, as despesas com vendas passaram de 33,2% em 2010 para 34,9% em
2011.
As despesas administrativas e gerais representaram 11,9% em relação a receita líquida no
4T11 (13,9% no 4T10). Em 2011 representou 12,2%, versus 11,8% no ano anterior Seguimos
investindo em inovação de produtos e comercial e em 2011 aumentamos os investimentos em
8
projetos. No 4T11, intensificamos a busca de eficiência e a priorização em despesas, sem
comprometer a estratégia de crescimento para o futuro.
Participação dos colaboradores no lucro reduziu 57,1% em relação a 2010, em função do
não atingimento interno de metas no ano.
Outras receitas e despesas operacionais apresentaram resultado de R$ 42,1 milhões no
trimestre, impacto do efeito não recorrente do reconhecimento de crédito de Pis e Cofins
extemporâneo sobre serviços e da negociação da MVA6 no estado do Paraná e no Distrito
Federal. No acumulado, a receita de R$ 63,1 milhões contempla, além disso, o efeito não
recorrente do reconhecimento de um ativo contingente de Pis e Cofins, crédito sobre tributação
de receitas financeiras e sobre armazenagem.
O lucro líquido consolidado foi de R$ 290,7 milhões no 4T11, margem líquida de 17,4% e
incremento de 32,5% em relação ao 4T10. No acumulado, o lucro atingiu R$ 830,9 milhões,
margem líquida de 14,9% e evolução de 11,7% em relação a 2010.
O EBITDA consolidado no 4T11 foi de R$ 500,4 milhões (R$ 357,9 milhões no 4T10), com
crescimento de 39,8%. A margem EBITDA passou de 23,0% no 4T10 para 30,0% no 4T11. No
ano, o EBITDA alcançou R$ 1.425,0 milhões, com ampliação de 13,4% em relação a 2010. A
margem foi de 25,5%, versus 24,5% em 2010. Excluindo outras despesas e receitas
operacionais no 4º trimestre e no ano, a margem seria 27,4% e 24,4%, respectivamente.
> EBITDA (R$ milhões)
6
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
Receita Líquida
1.670,5
1.557,5
7,3
5.591,4
5.136,7
8,9
(-) Custos e Despesas
1.201,0
1.223,0
(1,8)
4.276,3
3.968,7
7,7
EBIT
469,4
334,5
40,4
1.315,1
1168,0
12,6
(+) Depreciação / amortização
30,9
23,5
31,5
109,9
88,8
23,7
EBITDA
500,4
358,0
39,8
1425,0
1256,8
13,4
MVA: Margem de Valor Agregado
9
> EBITDA pró-forma por bloco de operações
(R$ milhões)
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
Brasil
499,4
376,6
32,6
1.476,1
1.335,2
10,5
Argentina, Chile e Peru
24,2
8,5
184,7
43,0
13,1
227,2
México, Colômbia
(3,6)
(7,9)
(54,6)
(24,2)
(32,5)
(25,6)
Outros Investimentos
(19,7)
(19,3)
1,8
(69,9)
(59,1)
18,3
Total
500,4
357,9
39,8
1.425,0
1.256,8
13,4
2. fluxo de caixa (pró-forma)
> Fluxo de caixa Pró-forma - (R$ milhões)
(R$ milhões)
Lucro líquido
(+) Depreciações e amortizações
Geração interna de caixa
(Aumento) / Redução do Capital de Giro
Itens não caixa (variação cambial)
Geração operacional de caixa
Adições do imobilizado intangível
Geração de caixa livre*
2011
2010
Var %
830,9
744,1
11,7
109,9
88,8
23,7
940,8
833,0
13,0
(207,2)
99,6
na
23,3
20,7
12,6
756,9
953,2
(20,6)
(346,4)
(236,9)
46,2
410,6
716,4
(42,7)
(*) (Geração interna de caixa) +/- (variações no capital de giro e realizável e exigível a longo prazo) – (aquisições de ativo imobilizado).
A geração interna de caixa no ano foi de R$ 940,8 milhões, uma evolução de 13,0%, em linha
com o crescimento do lucro líquido, de 11,7%. Deste total, houve um investimento de R$ 207,2
milhões no capital de giro e uma aplicação de R$ 346,4 milhões em imobilizado. Com isso,
geração de caixa livre foi de R$ 410,6 milhões, redução de 42,7% em relação a 2010.
Seguimos observando um aumento na cobertura de estoque, influenciado principalmente por
uma quebra na expectativa de vendas. Além disso observamos um aumento dos impostos a
recuperar devido a revisão dos créditos de pis e cofins sobre serviços, receitas financeiras e
fretes, os quais serão convertidos em caixa no primeiro semestre de 2012.
10
Acreditamos que o modelo de planejamento que adotamos nos permitirá reduzir a cobertura de
estoques ao longo do ano. Esta iniciativa bem como a conversão de impostos a recuperar em
caixa permitirão um capital de giro significativamente melhor em 2012.
O investimento em ativo imobilizado atingiu R$ 346,4 milhões ao final do ano, 15% acima do
guidance inicial. Seguimos investindo em logística, manufatura e tecnologia da informação.
Os investimentos em imobilizado para o ano de 2012 estão estimados em R$ 420 milhões e
concentrados na contínua evolução da nossa plataforma de tecnologia da informação, na última
etapa da evolução do modelo logístico e em capacidade industrial .
Trabalhamos na mudança de patamar de nossa infraestrutura para que nossos produtos
cheguem cada vez mais rápido às mãos de nossas consultoras, com redução do custo do
pedido e das emissões dos gases causadores do aquecimento global.
11
3. DRE´s pró-forma
A margem de lucro alcançada nas exportações do Brasil para as operações internacionais foi
subtraída do CPV das respectivas operações, demonstrando o real impacto dessas subsidiárias
no resultado consolidado da empresa. Desta forma, a Demonstração de Resultados pró-forma
Brasil apresenta somente o resultado das vendas realizadas no mercado interno.
12
3.1 OPERAÇÃO BRASIL (DRE pró-forma)
(R$ milhões)
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
1.175,5
1.028,7
14,3
1.175,5
1.028,7
14,3
117,7
110,3
6,8
410,5
378,7
8,4
Receita Bruta
2.030,8
1.971,6
3,0
6.898,9
6.489,6
6,3
Receita Líquida
1.511,0
1.447,2
4,4
5.087,6
4.764,6
6,8
Lucro Bruto
1.072,3
1.009,6
6,2
3.611,3
3.356,4
7,6
Despesas com Vendas
(468,7)
(440,2)
6,5
(1.686,5)
(1.487,4)
13,4
Despesas Administrativas e Gerais
(170,7)
(190,3)
(10,3)
(577,9)
(516,2)
12,0
(5,1)
(17,5)
(70,7)
(30,2)
(70,4)
(57,1)
Remuneração dos Administradores
0,3
(4,2)
n/d
(9,4)
(14,4)
(34,5)
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas
42,2
(2,7)
n/d
65,7
(15,7)
n/d
Receitas / (Despesas) Financeiras, líquidas
(40,0)
(14,3)
179,2
(73,5)
(47,9)
53,3
Lucro antes do IR/CSLL
430,4
340,4
26,4
1.299,4
1204,4
7,9
Lucro Líquido
293,2
239,4
22,5
901,1
836,0
7,8
EBITDA
499,4
376,6
32,6
1.476,1
1.335,2
10,5
Margem Bruta
71,0%
69,8%
1,2pp
71,0%
70,4%
0,5pp
Despesas com Vendas/Receita Líquida
31,0%
30,4%
0,6pp
33,1%
31,2%
1,9pp
Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida
11,3%
13,1%
(1,9pp)
11,4%
10,8%
0,5pp
Margem Líquida
19,4%
16,5%
2,9pp
17,7%
17,5%
0,2pp
Margem EBITDA
33,1%
26,0%
7,0pp
29,0%
28,0%
1,0pp
Total de Consultoras - final do período*
(em milhares)
Unidades de produtos para revenda
(em milhões)
Participação dos Colaboradores nos Resultados
(*) Posição ao final do ciclo 18 de vendas
O canal de vendas continua crescendo de forma saudável, tendo apresentado uma
expansão de 14,3% com 1.175 mil consultoras no Brasil
A produtividade7 acumulada de nossas consultoras reduziu-se em 7,9% (R$ 8.808 em
2011 versus R$ 9.559 no ano anterior).
7
Produtividade medida a preços de varejo.
13
3.2 OPERAÇÕES EM CONSOLIDAÇÃO (Argentina, Chile e
Peru) DRE Pró-Forma
(R$ milhões)
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
157,3
130,5
20,5
157,3
130,5
20,5
9,1
5,0
80,2
32,9
23,6
39,3
Receita Bruta
141,1
97,3
45,0
441,5
335,9
31,5
Receita Líquida
107,2
73,8
45,2
335,1
255,7
31,0
Lucro Bruto
69,5
46,3
50,2
212,5
157,3
35,1
Despesas com Vendas
(40,6)
(33,7)
20,4
(148,8)
(124,4)
19,7
Despesas Administrativas e Gerais
(6,4)
(4,2)
51,8
(23,2)
(21,5)
7,9
0,6
(0,9)
n/d
(1,1)
(1,7)
(34,3)
Resultado Financeiro Líquido
(1,8)
(0,7)
159,9
(2,6)
(0,8)
211,8
Lucro / (Prejuízo) antes do IR/CSLL
21,3
6,8
214,1
36,6
8,9
n/d
Lucro / (Prejuízo) Líquido
22,7
6,4
254,9
31,9
3,7
n/d
EBITDA
24,2
8,5
184,7
43,0
13,1
227,2
Margem Bruta
64,8%
62,7%
2,2pp
63,4%
61,5%
1,9pp
Despesas com Vendas/Receita Líquida
37,9%
45,7%
(7,8pp)
44,4%
48,6%
(4,2pp)
Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida
5,9%
5,7%
0,3pp
6,9%
8,4%
(1,5pp)
Margem Líquida
21,2%
8,7%
12,5pp
9,5%
1,5%
8,1pp
Margem EBITDA
22,6%
11,5%
11,1pp
12,8%
5,1%
7,7pp
Total de Consultoras - final do período
(em milhares)
Unidades de produtos para revenda
(em milhões)
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas
Nas operações em consolidação, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 107,2 milhões com
um crescimento de 42,0% em moeda local ponderada (45,2% em reais) em relação ao
4T10. No ano, a receita líquida atingiu R$ 335,1 milhões, crescimento de 36,1% e 31,0%
respectivamente.
O número de consultoras cresceu 20,5%, alcançando 157,3 mil ao final de 2011.
Essas operações apresentaram um EBITDA favorável de R$ 24,2 milhões no 4T11 e de
R$ 43,0 milhões no acumulado. O maior investimento em marketing foi compensado pela
diluição das despesas com força de vendas e administrativas e por uma maior eficiência
logística.
14
3.3 OPERAÇÕES EM IMPLANTAÇÃO (México e Colômbia)
DRE Pró-Forma
(R$ milhões)
4T11
4T10
Var %
2011
2010
Var %
85,6
60,2
42,1
85,6
60,2
42,1
4,5
2,3
94,5
14,9
9,3
60,7
Receita Bruta
52,9
34,8
51,9
172,9
114,0
51,7
Receita Líquida
45,6
30,0
52,0
149,2
98,3
51,8
Lucro Bruto
29,9
17,8
67,9
92,2
56,3
63,8
Despesas com Vendas
(28,1)
(21,9)
28,3
(99,8)
(76,0)
31,3
Despesas Administrativas e Gerais
(5,5)
(4,4)
24,1
(17,6)
(14,8)
19,0
Outras Receitas / (Despesas) Operacionais, líquidas
(0,4)
0,2
n/d
(1,1)
(0,1)
n/d
0,2
0,1
50,0
(1,2)
(1,0)
27,6
Lucro / (Prejuízo) antes do IR/CSLL
(3,9)
(8,2)
(52,0)
(27,6)
(35,6)
-22,4
Lucro / (Prejuízo) Líquido
(5,1)
(7,0)
(26,4)
(31,0)
(36,0)
-13,9
EBITDA
(3,6)
(7,9)
(54,6)
(24,2)
(32,5)
-25,6
Total de Consultoras - final do período
(em milhares)
Unidades de produtos para revenda
(em milhões)
Resultado Financeiro Líquido
Margem Bruta
65,5%
59,3%
6,2pp
61,8%
57,3%
4,5pp
Despesas com Vendas/Receita Líquida
61,6%
73,0%
(11,4pp)
66,9%
77,3%
(10,4pp)
Despesas Administrativas e Gerais/Receita Líquida
12,1%
14,8%
(2,7pp)
11,8%
15,1%
(3,3pp)
Margem Líquida
n/d
n/d
-
n/d
n/d
-
Margem EBITDA
n/d
n/d
-
n/d
n/d
-
Nas operações em implantação, a receita líquida no 4T11 foi de R$ 45,6 milhões,
crescimento de 54,0% em moeda local ponderada (52,0% em reais). No ano, a receita
líquida foi de R$ 149,2 milhões, evolução de 55,6% e 51,8% respectivamente.
O número de consultoras ampliou-se em 42,1%, alcançando 85,6 mil ao final de 2011.
Estas operações continuaram apresentando EBITDA negativo de R$ 3,6 milhões no 4T11
e de R$ R$ 24,2 milhões no acumulado do ano, resultado dos investimentos que estão
sendo feitos.
15
Os outros investimentos internacionais, que dizem respeito a nossa operação na França e
aos gastos com projetos e estrutura corporativa dedicada a área internacional, registraram
prejuízo (EBITDA) de R$ 19,7 milhões no 4T11, R$ 69,9 milhões no ano (R$ 19,3 milhões e R$
59,1 milhões em 2010 respectivamente). Em 2011, as despesas não recorrentes relacionadas
ao novo modelo comercial no México, aqui alocadas, totalizaram R$ 8,6 milhões.
4. DIVIDENDOS E JUROS SOBRE CAPITAL
PROPRIO
Em 15 de fevereiro de 2012, o Conselho de Administração aprovou proposta a ser submetida à
AGO, que será realizada em 13 de abril de 2012, para pagamento de dividendos e juros sobre
capital próprio referentes aos resultados auferidos no exercício de 2011, no montante de R$
762,6 milhões e R$ 61,1 milhões (R$ 51,9 milhões líquidos de imposto de renda na fonte),
respectivamente.
Em 20 de julho de 2011 foram pagos, ad referendum da Assembléia Geral Ordinária,
dividendos no montante de R$ 295,3 milhões e juros sob o capital próprio no valor de R$ 31,9
milhões líquidos de imposto de renda na fonte. O saldo remanescente a ser pago em 18 de abril
de 2012, após ratificação pela Assembleia Geral Ordinária, será de R$ 467,3 milhões na forma
de dividendos e R$ 20,1 milhões na forma de juros sobre o capital próprio líquidos de imposto
de renda na fonte.
Esses dividendos e juros sobre capital próprio somados, referentes ao resultado do exercício de
2011 representarão uma remuneração líquida de R$ 1,89 por ação (R$ 1,65 por ação em
2010), correspondendo a 99% do lucro líquido de 2011.
16
TELECONFERÊNCIA & WEBCAST
Português:
Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
10h00 – horário de Brasília
Inglês:
Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
12h00 – horário de Brasília
Participantes do Brasil: +55 11 4688-6341
Participantes dos EUA: Toll Free +1 800 700 0802
Participantes de outros países: +1 412 824-6977
Senha para os participantes: Natura
Transmissão ao vivo pela internet: www.natura.net/investidor
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
Telefone: (11) 4196-1421
Helmut Bossert, [email protected]
Fabio Cefaly, [email protected]
Patrícia Anson, [email protected]
Taísa Hernandez, [email protected]
17
> BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Em milhares de reais - R$)
ATIVO
2011
2010
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE
2011
2010
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa
515,6
560,2
Empréstimos e financiamentos
169,0
226,6
Contas a receber de clientes
641,9
570,3
Fornecedores e outras contas a pagar
489,0
366,5
Estoques
688,7
571,5
Salários, participações nos resultados e encargos sociais
132,0
162,7
Impostos a recuperar
201,6
101,5
Obrigações tributárias
446,8
366,0
28,6
-
Instrumentos financeiros derivativos
Outros ativos circulantes
126,8
66,4
Total do ativo circulante
2.203,3
1.869,9
NÃO CIRCULANTE
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Total do passivo circulante
-
4,1
37,9
52,1
1.274,7
1.178,0
1.017,7
465,1
140,5
215,1
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
Empréstimos e financiamentos
Impostos a recuperar
111,2
109,3
Obrigações tributárias
Imposto de renda e contribuição social diferidos
189,6
180,3
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
65,0
73,8
Depósitos judiciais
295,8
337,0
Outras Provisões
44,8
32,4
1.268,0
786,4
Capital social
427,1
418,1
Reservas de capital
160,3
149,6
Reservas de lucros
292,5
282,9
Outros ativos não circulantes
Imobilizado
Intangível
Total do ativo não circulante
29,9
44,9
800,4
560,5
162,8
120,1
1.589,8
1.352,0
Total do passivo não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ações em tesouraria
Dividendo adicional proposto
Outros resultados abrangentes
TOTAL DO ATIVO
3.793,0
3.221,9
(102,8)
490,9
(17,6)
(0,0)
430,1
(23,2)
Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores
1.250,2
1.257,5
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.793,0
3.221,9
18
> DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2011
em R$ milhões
2011
2010
5.591,4
5.136,7
(1.666,3)
(1.556,8)
3.925,1
3.579,9
(1.952,7)
(1.704,3)
(680,7)
(605,4)
(30,2)
(70,4)
Remuneração dos administradores
(9,4)
(14,4)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
63,1
(17,5)
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos produtos vendidos
LUCRO BRUTO
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Com vendas
Administrativas e gerais
Participação dos colaboradores nos resultados
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
1.315,1
1.167,9
Receitas financeiras
122,7
53,6
Despesas financeiras
(200,0)
(103,4)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Imposto de renda e contribuição social
LUCRO LÍQUIDO
1.237,7
1.118,2
(406,8)
(374,1)
830,9
744,0
19
> DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011(Em milhares de reais - R$)
em R$ milhões
2011
2010
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício
830,9
744,0
Depreciações e amortizações
109,9
88,8
Provisão decorrente dos contratos de operações com derivativos "swap" e "forward"
(14,3)
8,8
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:
Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
(8,0)
3,5
Atualização monetária de depósitos judiciais
(51,2)
(18,1)
Imposto de renda e contribuição social
406,8
374,1
Resultado na venda e baixa de ativo imobilizado e intangível
13,5
32,6
Juros e variação cambial sobre empréstimos e financiamentos
121,7
Variação cambial sobre outros ativos e passivos
(7,8)
Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações
13,4
Provisão para deságio na alienação de créditos de ICMS
(5,1)
11,3
0,3
0,5
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(0,7)
9,1
Provisão para perdas nos estoques
19,7
30,1
Provisão com plano de assistência médica e créditos carbono
12,4
10,4
Reconhecimento de crédito tributário de processo judicial
(16,9)
Reconhecimento de crédito tributário extemporâneo
(40,4)
1.389,4
1.290,1
(AUMENTO) REDUÇÃO DOS ATIVOS
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Outros ativos
Subtotal
(70,9)
(126,6)
(136,9)
(92,1)
(45,2)
45,1
(158,0)
(41,4)
(411,0)
(215,0)
AUMENTO (REDUÇÃO) DOS PASSIVOS
Fornecedores nacionais e estrangeiros
121,8
111,2
Salários, participações nos resultados e encargos sociais, líquidos
(30,7)
32,0
Obrigações tributárias
24,1
50,8
Outros passivos
(14,1)
34,5
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Subtotal
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
(0,8)
(2,7)
100,1
225,9
1.078,5
1.301,1
OUTROS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Pagamentos de imposto de renda e contribuição social
(319,6)
(269,0)
Pagamentos de recursos por liquidação de operações com derivativos
(18,4)
(13,4)
Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos
(76,7)
(44,9)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
663,8
973,8
20
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Adições de imobilizado e intangível
Recebimento pela venda de ativo imobilizado e intangível
Levantamento (pagamento) de depósitos judiciais
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
(346,4)
(236,9)
3,7
9,9
92,3
(86,5)
(250,3)
(313,5)
(648,7)
(781,9)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Amortização de empréstimos e financiamentos - principal
Captações de empréstimos e financiamentos
1.045,7
819,3
Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício anterior
(430,1)
(357,6)
Antecipação de dividendos e juros sobre o capital próprio referentes ao exercício corrente
(332,8)
(289,4)
Compra de ações em tesouraria
(104,5)
-
Utilização de ações em tesouraria pelo exercício de opções de compra de ações
1,2
-
Aumento de capital por subscrição (353.289 ações ordinárias ao preço médio de R$39,69)
9,0
13,8
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO(A) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(460,1)
1,9
(595,8)
(4,5)
(44,6)
59,9
Saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa
560,2
500,3
Saldo final do caixa e equivalentes de caixa
515,6
560,2
(44,6)
59,9
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO(A) NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA:
Financiamento (leasing) de ativo imobilizado
Compensação de passivo tributário com depósito judicial
56,7
-
114,3
-
Informações adicionais às demonstrações dos fluxos de caixa:
Numerários com utilização restrita
Limites de contas garantidas sem utilização
6,8
6,2
235,5
265,5
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas condensadas.
21
O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representado o fluxo de caixa para os
períodos apresentados. Também não deve ser considerado como uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do
desempenho operacional ou uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um
significado padronizado e sua definição na Sociedade, eventualmente, pode não ser comparável ao LAJIDA ou EBITDA definido por
outras companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, uma medida do fluxo
de caixa, a Administração o utiliza para mensurar o desempenho operacional da Sociedade. Adicionalmente, entendemos que
determinados investidores e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma companhia
e/ou de seu fluxo de caixa.
Este relatório contém informações futuras. Tais informações não são apenas fatos históricos, mas refletem os desejos e as
expectativas da direção da Natura. As palavras "antecipa", "deseja", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "prediz", "projeta",
"almeja" e similares, pretendem identificar afirmações que, necessariamente, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos. Riscos
conhecidos incluem incertezas, que não são limitadas ao impacto da competitividade dos preços e produtos, aceitação dos produtos
no mercado, transições de produto da Companhia e seus competidores, aprovação regulamentar, moeda, flutuação da moeda,
dificuldades de fornecimento e produção e mudanças na venda de produtos, dentre outros riscos. Este relatório também contém
algumas informações “proforma”, elaboradas pela Companhia a título exclusivo de informação e referência, portanto, são
grandezas não auditadas. Este relatório está atualizado até a presente data e a Natura não se obriga a atualizá-lo mediante novas
informações e/ou acontecimentos futuros
22
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
BALANCE SHEETS AS OF DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$)
Company (BR GAAP)
ASSETS
Note
CURRENT ASSETS
Cash and cash equivalents
Trade receivables
Inventories
Recoverable taxes
Related parties
Derivatives
Other receivables
Total current assets
5
6
7
8
27.1.
4.2.
11
NONCURRENT ASSETS
Long-term assets:
Recoverable taxes
Deferred income tax and social contribution
2011
166,007
535,309
217,906
69,417
37,908
28,184
115,328
1,170,059
2010
206,125
493,692
185,092
34,799
25,361
52,470
997,539
Consolidated (BR GAAP and IFRS)
2011
515,610
641,872
688,748
201,620
28,626
126,783
2,203,259
LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY
560,229
570,280
571,525
101,464
66,399
1,869,897
CURRENT LIABILITIES
Borrowings and financing
Trade and other payables
Suppliers - related parties
Payroll, profit sharing and related taxes
Taxes payable
Derivatives
Other payables
Total current liabilities
8
9.a)
12,299
80,145
4,921
87,491
111,239
189,552
109,264
180,259
10
244,938
289,070
295,839
337,007
11
12
4,562
1,253,721
20,052
1,099,188
29,935
-
44,904
-
Property, plant and equipment
13
Intangible assets
13
332,215
78,929
92,175
18,586
800,434
162,754
560,467
120,073
2,006,809
1,611,483
1,589,753
1,351,974
Escrow deposits
Other noncurrent assets
Investments
Total noncurrent assets
Company (BR GAAP)
2010
3,176,868
2,609,022
3,793,012
3,221,871
2011
2010
Consolidated (BR GAAP and IFRS)
2011
2010
66,424
183,317
293,024
58,551
260,027
29,359
890,702
60,086
113,232
246,589
63,769
199,698
3,340
41,788
728,502
168,962
488,980
132,045
446,800
37,932
1,274,719
226,595
366,494
162,747
366,006
4,061
52,064
1,177,967
852,549
97,955
49,600
35,818
368,356
175,575
53,282
25,806
1,017,737
140,545
64,957
44,809
465,068
215,125
73,784
32,425
1,035,922
623,019
1,268,048
786,402
427,073
418,061
427,073
418,061
160,313
149,627
160,313
149,627
Noncontrolling interests
292,457
(102,849)
490,885
(17,635)
1,250,244
-
282,944
(14)
430,079
(23,196)
1,257,501
-
292,457
(102,849)
490,885
(17,635)
1,250,244
1
282,944
(14)
430,079
(23,196)
1,257,501
1
Total shareholders' equity
1,250,244
1,257,501
1,250,245
1,257,502
TOTAL LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY
3,176,868
2,609,022
3,793,012
3,221,871
NONCURRENT LIABILITIES
Borrowings and financing
Taxes payable
Provision for tax, civil and labor risks
Others provisions
14
15
27.1.
16
4.2.
14
16
17
18
Total noncurrent liabilities
SHAREHOLDERS' EQUITY
Capital
Capital reserves
Earnings reserves
Treasury shares
Proposed additional dividend
Other comprehensive losses
Total equity attributable to owners of the Company
TOTAL ASSETS
Note
19.a)
19.c)
19.b)
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
3
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
INCOME STATEMENTS
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$, except earnings per share)
Consolidated (BR GAAP and IFRS)
Company (BR GAAP)
Note
NET REVENUE
Cost of sales
21
22
GROSS PROFIT
OPERATING (EXPENSES) INCOME
Selling expenses
Administrative and general expenses
Employee profit sharing
Management compensation
Equity in investees
Other operating income (expenses), net
2011
2010
5,848,777
5,514,315
(2,375,514) (2,283,926)
3,473,263
22
22
22
27
12
25
3,230,389
(1,503,069) (1,292,365)
(816,818)
(837,808)
(3,765)
(18,174)
(9,443)
(14,417)
54,789
25,764
43,579
456
2011
2010
5,591,374
(1,666,300)
5,136,712
(1,556,806)
3,925,074
3,579,906
(1,952,740)
(680,730)
(30,168)
(9,443)
63,077
(1,704,322)
(605,442)
(70,351)
(14,417)
(17,468)
1,315,070
1,167,905
INCOME FROM OPERATIONS BEFORE
FINANCIAL INCOME (EXPENSES)
Financial income
Financial expenses
1,238,536
1,093,845
24
24
86,502
(163,247)
17,515
(58,237)
122,698
(200,038)
53,639
(103,375)
9.b)
1,161,791
(330,890)
1,053,123
(309,073)
1,237,730
(406,829)
1,118,169
(374,120)
830,901
744,050
830,901
744,050
Owners of the Company
830,901
744,050
830,901
744,050
Noncontrolling interests
-
-
-
-
INCOME BEFORE INCOME TAX AND
SOCIAL CONTRIBUTION
Income tax and social contribution
NET INCOME
ATTRIBUTABLE TO
EARNINGS PER SHARE - R$
Basic
26.1.
1.9320
1.7281
1.9320
1.7281
Diluted
26.2.
1.9279
1.7219
1.9279
1.7219
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
4
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
STATEMENTS OF COMPREHENSIVE INCOME
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$)
Company (BR GAAP)
Note
NET INCOME
Other comprehensive income (losses) Gains (losses) arising on translating the financial
statements of foreign subsidiaries
TOTAL COMPREHENSIVE INCOME
12
2011
2010
830,901
744,050
5,561
Consolidated (BR GAAP and IFRS)
2011
(4,473)
2010
830,901
5,561
744,050
(4,473)
836,462
739,577
836,462
739,577
836,462
739,577
836,462
739,577
-
-
-
-
ATTRIBUTABLE TO
Owners of the Company
Noncontrolling interests
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
5
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
STATEMENTS OF CHANGES IN SHAREHOLDERS' EQUITY
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$, except for dividends per share)
Note
BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2009
Net income
Other comprehensive income
Total comprehensive income
2009 dividends and interest on capital approved at the Annual Shareholders' Meeting of April 6, 2010
Capital increase through subscription of shares
Changes in stock option plans:
Grant of stock options
Exercise of stock options
Allocation of net income:
Recognition of tax incentive reserve
Interim dividends and interest on capital
Dividends declared on February 23, 2011
Interest on capital declared on February 23, 2011
Retained earnings reserve
Share
premium
Capital
Additional
paid-in
capital
Earnings reserves
Tax
Retained
incentives earnings
Legal
Treasury
shares
103,620
17,378
21,995
18,650
4,961
230,082
-
-
-
-
-
-
-
-
19.a)
13,800
-
-
-
-
-
-
-
22.2.
22.2.
-
-
-
-
-
4,654
-
-
19.b)
19.b)
19.b)
19.f)
-
-
-
-
-
5,973
-
18,624
-
405,623
24,456
-
418,061
103,620
17,378
28,629
18,650
10,934
253,360
-
-
-
-
-
-
-
12
Net income
12
11,288
(4,654)
(14)
Proposed
additional
dividend
404,261
BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2010
Other comprehensive income
Capital reserves
Tax incentive
reserve
Investment
grants
(14)
-
Total comprehensive income
-
-
-
-
-
-
-
-
2010 dividends and interest on capital approved at the Annual Shareholders' Meeting of April 8, 2011
-
-
-
-
-
-
-
-
Capital increase through subscription of shares
19.a)
9,012
-
-
-
-
-
-
Acquisition of treasury shares
19.c)
-
-
-
-
-
-
-
Sale of treasury shares due to exercise of stock options
19.c)
-
-
-
-
-
-
(377)
(104,452)
1,617
Equity
Noncontrolling
Other
attributable to
interests
Total
Retained comprehensive owners of the in subsidiaries' shareholders'
earnings income (losses) Company
equity
equity
357,611
-
(18,723)
-
744,050
-
(4,473)
744,050
(4,473)
-
744,050
(4,473)
744,050
-
(4,473)
-
739,577
(357,611)
13,800
-
739,577
(357,611)
13,800
11,288
(289,374)
-
-
11,288
-
-
(289,374)
-
(357,611)
-
(5,973)
(289,374)
(405,623)
(24,456)
(18,624)
-
430,079
-
-
830,901
-
5,561
-
830,901
5,561
-
-
(430,079)
(23,196)
1,139,821
1
1,139,822
1,257,501
1
1,257,502
830,901
5,561
-
830,901
5,561
836,462
-
836,462
(430,079)
-
(430,079)
-
-
-
-
-
-
9,012
-
-
-
1,240
(104,452)
-
9,012
(104,452)
-
1,240
Changes in stock option plans:
Grant of stock options
23.2
-
-
-
13,369
-
-
-
-
-
-
-
13,369
-
13,369
Exercise of stock options
23.2
-
-
-
(2,306)
-
-
2,306
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3,677
-
-
-
(3,677)
-
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(332,809)
-
Allocation of net income:
Recognition of tax incentive reserve
Interim dividends and interest on capital
(332,809)
-
(332,809)
Dividends declared on February 14, 2012
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
467,261
(467,261)
-
-
-
-
Interest on capital declared on February 14, 2012
19.b)
-
-
-
-
-
-
-
-
23,624
(23,624)
-
-
-
-
Retained earnings reserve
19.f)
-
-
-
-
-
-
3,530
-
-
(3,530)
-
-
-
-
427,073
103,243
17,378
39,692
18,650
14,611
259,196
1,250,244
1
1,250,245
BALANCE AS OF DECEMBER 31, 2011
(102,849)
490,885
-
(17,635)
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
6
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
STATEMENTS OF CASH FLOWS
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$)
Company (BR GAAP)
Note
CASH FLOW FROM OPERATING ACTIVITIES
Net income
Adjustments to reconcile net income to net cash provided by operating activities:
Depreciation and amortization
Provision for losses on swap and forward transactions
Provision for tax, civil and labor contingencies
Interest and inflation adjustment of escrow deposits
Income tax and social contribution
(Gain) loss on sale on property, plant and equipment and intangible assets
Equity in investees
Interest and exchange rate changes on borrowings and financing and other liabilities
Exchange rate changes on other assets and other liabilities
Stock options plans expenses
Provision for discount on assignment of ICMS credits
Allowance for doubtful accounts
Allowance for inventory losses
Provision for healthcare plan and carbon credits
Recognition of untimely used tax credits
Recognition of tax credits related to lawsuit
13
17
9.a)
24
6
7
18
25
25
2011
Consolidated (BR GAAP and IFRS)
2010
2011
2010
830,901
744,050
830,901
744,050
27,565
(16,442)
(2,866)
(28,841)
330,890
1,559
(54,789)
94,985
22
6,359
(492)
9,801
10,012
(11,887)
(15,461)
15,305
5,477
106
(15,318)
309,073
(468)
(25,764)
(4,668)
4,081
9,005
3,981
10,739
-
109,921
(14,305)
(7,998)
(51,173)
406,829
13,457
121,674
(7,767)
13,369
323
(674)
19,725
12,384
(16,852)
(40,378)
88,848
8,787
3,545
(18,129)
374,120
32,620
(5,137)
11,288
465
9,149
30,132
10,400
-
1,181,316
1,055,598
1,389,436
1,290,137
(INCREASE) DECREASE IN ASSETS
Trade receivables
Inventories
Recoverable taxes
Other receivables
(41,125)
(42,615)
(14,648)
(171,952)
(88,052)
(77,360)
97,664
(43,394)
(70,918)
(136,948)
(45,224)
(157,950)
(126,561)
(92,106)
45,134
(41,418)
Subtotal
(270,340)
(111,142)
(411,040)
(214,951)
69,443
(5,218)
28,692
34,006
(816)
28,761
7,019
74,726
62,565
(2,673)
121,752
(30,702)
24,060
(14,132)
(829)
111,212
31,955
50,844
34,528
(2,658)
INCREASE (DECREASE) IN LIABILITIES
Domestic and foreign suppliers
Payroll, profit sharing and related taxes, net
Taxes payable
Other payables
Provision for tax, civil and labor contingencies
Subtotal
CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES
126,107
170,398
100,149
225,881
1,037,083
1,114,854
1,078,545
1,301,067
OTHER CASH FLOWS FROM OPERATING ACTIVITIES
Payments of income tax and social contribution
Payments of derivatives
Payment of interest on borrowings and financing
(255,182)
(15,082)
(57,812)
(221,535)
(9,006)
(35,405)
(319,623)
(18,382)
(76,700)
(269,001)
(13,378)
(44,902)
NET CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES
709,007
848,908
663,840
973,785
(277,036)
2,535
72,973
34,000
(121,173)
(66,870)
3,174
(86,096)
30,000
(117,486)
(346,367)
3,726
92,341
-
(236,876)
9,864
(86,524)
-
NET CASH USED IN INVESTING ACTIVITIES
(288,701)
(237,278)
(250,300)
(313,536)
CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES
Repayments of borrowings and financing - principal
Proceeds from borrowings and financing
Payment of dividends and interest on capital
Interim dividends and interest on capital
Repurchase of treasury shares
Sale of treasury shares due to exercise of stock options
Capital increase through subscription of shares (353,289 common shares at average price of R$39.69)
(425,383)
822,047
(430,079)
(332,809)
(104,452)
1,240
9,012
(592,075)
565,293
(357,611)
(289,375)
13,800
(648,687)
1,045,702
(430,079)
(332,809)
(104,452)
1,240
9,012
(781,931)
819,275
(357,611)
(289,375)
13,800
(460,424)
(659,968)
(460,073)
(595,841)
CASH FLOW FROM INVESTING ACTIVITIES
Acquisition of property, plant and equipment and intangible assets
Proceeds from sale of property, plant and equipment and intangible assets
Withdrawal (payment) of escrow deposits
Dividends received from subsidiaries
Investments in subsidiaries
13
12
19.b)
NET CASH USED IN FINANCING ACTIVITIES
Gains (losses) arising on translating foreign currency cash and cash equivalents
-
-
1,914
(4,473)
INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS
(40,118)
(48,338)
(44,619)
59,935
Cash and cash equivalents at beginning of year
Cash and cash equivalents at end of year
206,125
166,007
254,463
206,125
560,229
515,610
500,294
560,229
INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS
(40,118)
(48,338)
(44,619)
59,935
NON-CASH TRANSACTIONS:
Capital lease of property, plant and equipment
Offseting of tax liability and escrow deposit
ADDITIONAL INFORMATION TO THE STATEMENTS OF CASH FLOWS
Restricted cash
Bank overdrafts - unused
13
17
56,694
114,345
-
56,694
114,345
-
11
117,900
147,900
6,757
235,500
6,155
265,500
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
7
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
STATEMENTS OF VALUE ADDED
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(In thousands of Brazilian reais - R$, except additional information)
Company (BR GAAP)
Note
2011
Consolidated (BR GAAP)
2010
2011
2010
REVENUES
6,847,933
6,394,783
7,499,050
6,850,225
Sales of goods and services
6,887,213
43,580
(82,860)
6,477,739
456
(83,412)
7,524,250
63,078
(88,278)
6,951,106
(17,468)
(83,412)
Other operating income (expenses), net
Allowance for doubtful accounts
25
6
INPUTS PURCHASED FROM THIRD PARTIES
(4,538,955)
(4,278,970)
(4,362,838)
(3,707,385)
Cost of sales and services
Materials, electricity, outside services and other
(2,610,197)
(1,928,758)
(2,488,991)
(1,789,979)
(2,624,578)
(1,738,260)
(2,355,631)
(1,351,754)
2,308,978
2,115,813
3,136,212
3,142,841
GROSS VALUE ADDED
RETENTIONS
Depreciation and amortization
13
WEALTH CREATED BY THE COMPANY
TRANSFERRED VALUE ADDED
Equity in investees
12
Financial income - includes inflation adjustments and exchange differences 24
TOTAL WEALTH FOR DISTRIBUTION
(27,565)
(15,305)
(109,921)
(88,848)
(27,565)
(15,305)
(109,921)
(88,848)
2,281,413
2,100,508
3,026,291
3,053,993
141,291
43,279
122,698
53,639
54,789
86,502
25,764
17,515
122,698
53,639
2,422,704
2,143,786
3,148,989
3,107,632
DISTRIBUTION OF WEALTH:
(2,422,704) 100% (2,143,786) 100%
(3,148,989) 100% (3,107,632) 100%
Employees and payroll taxes
(250,870) 10%
(222,957)
(1,182,449) 49% (1,111,331)
(158,485)
7%
(65,448)
(762,563) 31%
(659,570)
(61,130)
3%
(59,883)
(7,207)
0%
(24,597)
(634,261)
(1,472,345)
(211,483)
(762,563)
(61,130)
(7,207)
Taxes and fees
Financial expenses and rentals
Dividends
Interest on capital
Retained earnings
10%
51%
4%
31%
3%
1%
20%
(769,245)
47% (1,476,512)
7%
(117,825)
24%
(659,570)
2%
(59,883)
0%
(24,597)
25%
47%
4%
21%
2%
1%
Additional information to the statements of value added
R$442,063 and R$454,114 of the amounts recorded in line item 'Taxes and fees' in 2011 and 2010, respectively, refer to reverse charge State VAT (ICMS) levied
on the estimated profit margin set by the State Departments of Finance based on sales made by Natura consultants to final customers.
To analyze this tax impact on the statement of value added, these amounts should be deducted from those recorded in 'Sales of goods and services' and 'Taxes and
fees' since sales revenue does not include the estimated profit attributable to Natura consultants on the sale of products, in the amounts of R$2,906,137 and
R$2,738,227 in 2011 and 2010, respectively, considering an estimated profit margin of 30%.
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
8
(Convenience Translation into English from the Original Previously Issued in Portuguese)
NATURA COSMÉTICOS S.A.
NOTES TO THE INDIVIDUAL AND CONSOLIDATED FINANCIAL STATEMENTS
FOR THE YEAR ENDED DECEMBER 31, 2011
(Amounts in thousands of Brazilian reais - R$, unless otherwise stated)
1.
GENERAL INFORMATION
Natura Cosméticos S.A. (“Company”) is a publicly-traded company, registered in the special
trading segment called “Novo Mercado” in the São Paulo Stock Exchange
(BM&FBOVESPA), under the ticker “NATU3”, and headquartered in Itapecerica da Serra,
State of São Paulo.
The Company’s and its subsidiaries’ activities (“Natura Group” or “Group”) include the
development, production, distribution and sale of cosmetics, fragrances, and hygiene products,
substantially through direct sales by Natura Beauty Consultants. The Company also holds
equity interests in other companies in Brazil and abroad.
2.
SUMMARY OF SIGNIFICANT ACCOUNTING POLICIES
2.1. Statement of compliance and basis of preparation
The Company’s financial statements include:
• The consolidated financial statements prepared in accordance with the International
Financial Reporting Standards (IFRSs), issued by the International Accounting
Standards Board (IASB), and the accounting practices adopted in Brazil, identified as
Consolidated - IFRS and BR GAAP.
• The Parent’s individual financial statements prepared in accordance accounting
practices adopted in Brazil, identified as Company - BR GAAP.
The accounting practices adopted in Brazil include those established in the Brazilian
Corporate Law as well as the Pronouncements, Instructions and Interpretations issued by
the Accounting Pronouncements Committee (CPC) and approved by the Brazilian
Securities and Exchange Commission (CVM).
The individual financial statements present the valuation of investments in subsidiaries,
joint ventures and associates which are measured by the equity method, as required by
legislation prevailing in Brazil. Therefore, these individual financial statements are not
fully compliant with IFRS, which requires that these investments be carried at fair value
or acquisition cost.
9
Natura Cosméticos S.A.
Since there is no difference between the consolidated shareholders’ equity and the
consolidated net income attributable to owners of the Company recorded in the
consolidated financial statements prepared in accordance with IFRSs and accounting
practices adopted in Brazil and the Company’s shareholders’ equity and net income
disclosed in the individual financial statements prepared in accordance with accounting
practices adopted in Brazil, the Company elected to present the individual and the
consolidated financial statements as a single set, placed side-by-side.
The financial statements have been prepared based on the historical cost basis except for
certain financial instruments that are measured at their fair values, as described in the
accounting policies below. The historical cost is generally based on the fair value of the
consideration paid in exchange for an asset.
The significant accounting practices applied to the preparation of these consolidated
financial statements are presented below. These policies have been consistently applied
in the previous annual reporting period presented, except as otherwise indicated.
2.2. Consolidation
a) Subsidiaries and joint-controlled entities
Subsidiaries are all entities over which the Company has the power to govern the
financial and operating policies so as to obtain benefits from their activities and in
which generally holds more than 50% of the equity interest. In the applicable cases,
the existence and the effect of potential voting rights, currently exercisable or
convertible, are taken into consideration to determine if the company control another
entity. Subsidiaries are fully consolidated from the date in which control is transferred
to the Company and cease to be consolidated, when applicable, when control no
longer exists.
In the cases control is jointly held, the consolidation of the financial statements is
made proportionately to the interest percentage.
b) Companies include in the consolidated financial statements
Equity interest - %
2011
2010
Direct interest:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Chile
Natura Cosméticos S.A. - Peru
Natura Cosméticos S.A. - Argentina
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.
Natura Cosméticos y Servicios de México, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos de México, S.A. de C.V.
Natura Distribuidora de México, S.A. de C.V.
Natura Cosméticos Ltda. - Colombia
Natura Cosméticos España S.L. - Spain
Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands
10
99.99
99.99
99.94
99.97
99.99
99.99
99.99
99.99
99.99
100.00
100.00
99.99
99.99
99.94
99.97
99.99
99.99
99.99
99.99
99.99
100.00
100.00
Natura Cosméticos S.A.
Equity interest - %
2011
2010
Indirect interest:
Via Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.Natura Logística e Serviços Ltda.
99.99
99.99
Via Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.:
Ybios S.A. (proportionate consolidation - joint control)
Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - France
43.33
100.00
42.11
100.00
Via Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands:
Natura Brasil Inc. - USA - Delaware
Natura International Inc. - USA - New York
Natura Worldwide Trading Company - Costa Rica
Natura Brasil SAS - France
Natura Brasil Inc. - USA - Nevada
Natura Europa SAS - France
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
100.00
The consolidated financial statements have been prepared based on the financial
statements as of the same date and consistent with the Company’s accounting
policies. Investments in subsidiaries have been eliminated proportionately to the
investor’s interests in the subsidiaries’ shareholders’ equity and net income or loss,
intergroup balances and transactions and unrealized profits, net of taxes.
The operations of the direct and indirect subsidiaries are as follows:
• Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.: engaged principally in the
production and sale of Natura products to Natura Cosméticos S.A. - Brasil, Natura
Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura Cosméticos S.A. Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colombia, Natura Europa SAS - France, and
Natura Cosméticos de Mexico S.A. de C.V..
• Natura Cosméticos S.A. - Chile, Natura Cosméticos S.A. - Peru, Natura
Cosméticos S.A. - Argentina, Natura Cosméticos Ltda. - Colombia and Natura
Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.: their activities are an extension of the
activities conducted by the parent company Natura Cosméticos S.A. - Brazil.
• Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: it is engaged in product and
technology development and market research. It is the only owner of Natura
Innovation et Technologie de Products SAS - France, a research and technology
satellite center opened in 2007 in Paris.
• Natura Europa SAS - France: engaged in the purchase, sale, import, export and
distribution of cosmetics, fragrances in general, and hygiene products.
• Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de C.V.: engaged in the import and sale of
cosmetics, fragrances in general, and hygiene products to Natura Distribuidora de
Mexico, S.A. de C.V.
11
Natura Cosméticos S.A.
• Natura Cosméticos y Servicios de Mexico, S.A. de C.V.: engaged in the provision
of administrative and logistics services to Natura Cosméticos de Mexico, S.A. de
C.V. and Natura Distribuidora de Mexico, S.A. de C.V.
• Natura Cosméticos España S.L.: company in start-up stage and its activities will be
an extension of the activities carried out by its parent company Natura Cosméticos
S.A. - Brazil.
• Natura Logística e Serviços Ltda.: engaged in the provision of administrative and
logistics services to Natura Group companies based in Brazil.
• Natura Innovation et Technologie de Produits SAS - France: engaged mainly in
research activities developed for in vitro testing as an alternative to animals
testing, for to the safety and efficiency of test active compounds, skincare products
and new packaging materials.
• Ybios S.A.: engaged in biotechnology research, management and development of
projects, products and services, and may also enter into agreements and/or
partnerships with universities, foundations, companies, cooperatives, associations
and other public and private entities, provide services in the biotechnology area,
and holding of equity interest in other companies.
As Ybios S.A. is a jointly controlled entity whose financial statements were
proportionately included in the Company’s consolidated financial statements, the
main assets, liabilities and income statement accounts, which were included in the
consolidated financial statements at the ratio of 43.33% of interest (42.11% as of
December 31, 2010) after equity interest elimination adjustments, are stated
below:
Current assets
Property, plant and equipment
Current liabilities
Net revenue for the year
Loss for the year
2011
2010
567
56
30
128
(1,086)
630
98
87
1,098
(682)
• Natura Europa SAS and Natura Cosmetics USA Co.: in January 2009 the shares of
these subsidiaries were assigned as a capital contribution to the holding company
Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands, and the Company became
the indirect holder of such interests through this company headquartered in The
Netherlands.
c) Discontinuation of subsidiaries’ operations
At the meetings held in July and October 2009, the Board of Directors approved the
discontinuation of the operations of subsidiary Natura Cosméticos C.A. - Venezuela,
which resulted in the need to recognize an allowance for asset impairment losses.
12
Natura Cosméticos S.A.
As of December 31, 2011, the net assets balance of Natura Cosméticos C.A. Venezuela, recorded in the Company’s consolidated financial statements, less
allowances for asset impairment losses and collection of liabilities during the
operation termination process, was R$306.
2.3. Segment reporting
Information per operating segments is consistent with the internal report provided to the
chief operating decision maker. The chief operating decision maker, responsible for
allocating resources to the operating segments and assessing their performance, is the
Company’s Executive Committee.
2.4. Translation of foreign currency
a) Functional currency
Items included in the financial statements of the Company and each one of the
subsidiaries included in the consolidated financial statements are measured using the
currency of the main economic environment in which the companies operate
(“functional currency”).
b) Foreign currency transactions and balances
Foreign currency-denominated transactions are translated into the Company’s
functional currency - Brazilian reais - at the exchange rates prevailing on the dates of
the transactions. Balance sheet accounts are translated at the exchange rates
prevailing at the end of the reporting period. Foreign exchange gains and losses
arising on the settlement of such transactions and the translation of monetary assets
and monetary liabilities denominated in foreign currency are recognized in profit or
loss, in line items “Financial income” and “Financial expenses”.
c) Presentation currency and translation of financial statements
The financial statements are presented in Brazilian reais (R$), which corresponds to
the Group’s presentation currency.
In preparing the consolidated financial statements, the statements income statement
and the statement of cash flows, and all other changes in foreign subsidiaries’ assets
and liabilities, whose functional currency is the local currency, are translated into
Brazilian reais at the average monthly exchange rate, which approximates the
exchange rate prevailing at the date of the underlying transactions. Balance sheets are
translated into Brazilian reais at the exchange rates prevailing at yearend.
The effects of exchange differences resulting from these translations are presented in
line item ‘Other comprehensive income’ and in shareholders’ equity. In case of
disposal or partial disposal of interest in a Group company, through sale or as a result
of capital payment, the cumulative exchange difference is recognized in the income
statement as part of the gain or loss on the disposal of the investment.
13
Natura Cosméticos S.A.
2.5. Cash and cash equivalents
Include cash, demand deposits and short-term investments redeemable within up to 90
days from the investment date, highly liquid or convertible to a known cash amount and
subject to immaterial change in value, which are recorded at cost plus income earned
through the end of the reporting period and do not exceed their fair or realizable values.
2.6. Financial instruments
2.6.1. Categories
The category depends on the purpose for which financial assets and financial
liabilities were acquired or contracted and is determined on the initial recognition
of the financial instruments.
Financial assets held by the Company are classified into the following categories:
Financial assets measured at fair value through profit or loss
Consist of financial assets held for trading, when acquired for such purpose,
principally in the short term. These assets are measured at fair value at the end of
the reporting period and any differences are recognized in profit or loss.
Derivative financial instruments are also classified in this category. Assets in this
category are classified in current assets.
In the case of the Company, this category includes only derivative financial
instruments. The balances of outstanding derivatives are measured at their fair
values at the end of the reporting period and classified in current assets or current
liabilities, and changes in fair value are recorded in “Financial income” or
“Financial expenses”, respectively.
Held-to-maturity financial assets
Comprise investments in certain financial assets classified by treasury at their
origination as held to maturity, and are measured at amortized cost using the
effective interest method.
Available-for-sale financial assets
When applicable, this category includes non-derivative financial assets that either
designated as available for sale or are not classified into any of the other
categories, such as (a) loans and receivables; (b) held-to-maturity investments; or
(c) financial assets at fair value through profit and loss. As of December 31, 2011
and 2010, the Company did not have financial assets recorded in its financial
statements under this classification.
Loans and receivables
Include non-derivative financial assets with fixed or determinable payments that
are not quoted in an active market. They are recorded in current assets, except for
maturities greater than 12 months after the end of the reporting period, when
applicable, which are classified as noncurrent assets. As of December 31, 2011
and 2010, in the case of the Company, comprise cash and cash equivalents (note
5) and the balances of trade receivables (note 6).
14
Natura Cosméticos S.A.
Financial liabilities held by the Company are classified into the following
categories:
Financial liabilities at fair value through profit or loss
They are classified as fair value through profit or loss when the financial liability
is either held for trading or it is designated as fair value through profit or loss.
Other financial liabilities
They are measured at the amortized cost using the effective interest method. As of
December 31, 2011 and 2010, in the case of the Company, comprise borrowings
and financing (note 14) and domestic and foreign trade payables.
2.6.2. Measurement
Regular purchases and sales of financial assets are recognized on the transaction
date, i.e., on the date the Company agrees to buy or sell the asset. Loans and
receivables and held-to-maturity financial assets are measured at amortized cost.
Financial assets at fair value through profit or loss are initially recognized at their
fair value and transaction costs are recognized in the income statement. Gains or
losses resulting from changes in the fair value of financial assets at fair value
through profit or loss are recognized in the income statement, in “Finance
income” or “Finance costs”, respectively, for the period in which they occur.
Changes in financial assets classified as “Available for sale”, when applicable, are
recorded in “Other comprehensive income” and shareholders’ equity until the
financial assets are settled, when they are ultimately reclassified to profit or loss
for the year.
2.6.3. Offsetting financial instruments
Financial assets and financial liabilities are offset and the net amount is presented
in the balance sheet when there is a legally enforceable right to set off recognized
amounts and the intent to either settle them on a net basis, or to recognize the asset
and settle the liability simultaneously.
2.6.4. Derivative instruments and hedge accounting
Derivative transactions contracted by the Group consist of swaps and nondeliverable forwards (NDFs) intended exclusively to hedge against the foreign
exchange risks related to the positions in balance sheets and projected cash
outflows in foreign currency for capital increases in foreign subsidiaries.
They are measured at fair value, and changes in fair value are recognized through
profit or loss, except when they are designated as cash flow hedges, to which
changes in fair value are recorded in “Other comprehensive income” within
shareholders' equity.
15
Natura Cosméticos S.A.
The fair value of derivatives are measured by the Company’s treasury department
based on information on each contracted transaction and related market inputs at
the end of the reporting period, such as interest rates and exchange coupon. When
applicable, these inputs are compared with the positions reported by the trading
desks of each involved financial institution.
Even though the Group uses derivatives for hedging purposes, it does not apply
hedge accounting.
The fair values of derivatives are disclosed in note 4.
2.6.5. Effective interest method
Used to calculate the amortized cost of a debt instrument and allocate its interest
income over the related period. The effective interest rate is the rate that exactly
discounts estimated future cash receipts (including all fees and points paid or
received that form an integral part of the effective interest rate, transaction costs
and other premiums or discounts) through the expected life of the debt instrument
or, where appropriate, a shorter period, to the net carrying amount on initial
recognition.
Income is recognized on an effective interest basis for debt instruments other than
those financial assets classified as fair value through profit or loss.
2.7. Trade receivables and allowance for doubtful debts
Trade receivables are stated at their nominal amount, less the allowance for doubtful
debts, which is recognized based on the history of losses using an aging list, in an amount
considered sufficient by management to cover possible losses, as described in note 6.
2.8. Inventories
Carried at the lower of average cost of purchase or production and net realizable value.
Details are disclosed in note 7.
2.9. Investments in subsidiaries, associates and jointly controlled entities
The Group holds interest in subsidiaries, associates and joint controlled entities (shared
control).
Subsidiaries are the companies over which the Company has control. Control is the
power to govern the financial and operating policies of an entity so as to obtain benefits
from its activities, which in general consists of the ability to exercise the majority of the
voting rights. Potential voting rights considered when assessing the control exercised by
the Company over the other entity, when they can be exercised at the time of the
assessment.
An associate is an entity over which the Company has significant influence and that does
not qualify as a subsidiary or a joint venture. Significant influence is the power to
participate in the financial and operating policy decisions of the investee but is not
control or joint control over those policies.
16
Natura Cosméticos S.A.
The investees under shared control are jointly controlled entities where the venturers
have a contractual agreement which establishes joint control on its economic activities.
Investments in subsidiaries, associates and jointly controlled entities are accounted for by
the equity method of accounting. The financial statements of subsidiaries, associates and
jointly controlled entities are prepared for the same reporting date of the Company.
Adjustments are made, if necessary, to conform their accounting policies to those
adopted by the Company.
Under the equity method of accounting, the share attributable to the Company of the
profit or loss for the period of such investments is accounted for in the income statement,
in line item “Equity in investees”. Unrealized gains and losses arising on transactions
between the Company and the investees are eliminated based in the percentage interest
held in such investees. The other comprehensive income of subsidiaries, associates and
jointly controlled entities is recorded directly in the Company’s shareholders’ equity, in
line item “Other comprehensive income”.
2.10. Property, plant and equipment
Stated at cost of purchase or construction, plus interest capitalized during construction
period, when applicable, for the case of eligible assets, and reduced by accumulated
depreciation and impairment losses, if applicable.
Rights in tangible assets that are maintained or used in the operations of the Group,
originated from finance leases, are recorded as purchase financing, and a fixed asset and
a financing liability are recognized at the beginning of each transaction, where assets are
also submitted to depreciation calculated based on the estimated useful lives of the assets.
Land is not depreciated. Depreciation of the other assets is calculated under the straightline method to distribute their cost over their useful lives, as follows:
Years
Buildings
Machinery and equipment
Molds
Facilities and leasehold improvements
Furniture and fixtures
Vehicles
25
13
3
5 - 13
14
3
The useful lives are reviewed annually.
Gains and losses on disposals are calculated by comparing the proceeds from the sale
with the carrying amount, and are recognized in the income statement.
2.11. Intangible assets
2.11.1 Software
Software and ERP systems licenses purchased are also capitalized and amortized
at the rates also described in note 13, and expenses on the software maintenance
are recognized as expenses when incurred.
17
Natura Cosméticos S.A.
The ERP system purchase and implementation costs are capitalized as intangible
assets when there is evidence that future economic benefits will flow into the
Company, taking into consideration its economic and technologic viability.
Expenses on software development recognized as assets are amortized under the
straight-line method over its estimated useful life. The expenses related to
software maintenance are expensed when incurred.
2.11.2 Trademarks and patents
Separately purchased trademarks and patents are stated at their historic cost.
Trademarks and patents acquired in a business combination are recognized at fair
value on the acquisition date. Amortization is calculated on a straight-line basis at
the annual rates described in note 13.
2.11.3 Carbon credits - Carbon Neutral Program
In 2007 the Company assumed to its employees, customers, suppliers and
shareholders the commitment to become a Carbon Neutral company, which
consists of offsetting all the emissions of Greenhouse Gases (GHGs) by its entire
production chain, from raw material extraction to post-consumption. Even though
this commitment is not a legal obligation, since Brazil did not adopt the Kyoto
Protocol requirements, it is considered a constructive obligation, under CPC 25 Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets, which required the
recognition of a provision in the financial statements if it can result in a
disbursement and be realizably measured.
The liability is estimated using audited carbon emission inventories taken on an
annual basis and valued based in the average price per ton of carbon of outstanding
contracts and the estimated prices of future carbon purchases. As of December 31,
2011, the liability’s balance recognized in line item “Other provisions” (see
note 18) refers to total carbon emissions in 2007-2011 that were not fully offset
through the related projects, thus preventing the awarding of a carbon neutral
certificate.
In line with its beliefs and principles, the Company elected not to directly purchase
any carbon credits and invested, instead, in socio-environmental projects in
communities. Accordingly, the expenses incurred will produce carbon credits as
these projects are completed or mature. During this period, these expenses are
recognized at cost as intangible assets (see note 13) as they represent a right for
future use. As of December 31, 2011, the balance recognized in intangible assets
refers to expenses incurred in socio-environmental projects that will result in future
carbon neutral company certificates.
The obligation to become a carbon neutral company will be met when the related
carbon neutral company certificates are actually awarded to the Company, and thus
these assets will be offset against said liabilities.
The difference between the assets and liabilities as of December 31, 2011 refers to
the cash amounts that the Company will still disburse on other socio-environmental
projects to ensure the future issuance of carbon neutral company certificates.
18
Natura Cosméticos S.A.
The accounting methodology was designed in accordance with IAS 8 Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors, which
prescribes that in the absence of a standard, interpretation or guideline that
specifically applies to a transaction, management shall use its judgment in
developing and applying an accounting policy that results in information that is
relevant to the economic decision-making needs of users and reliable, in that the
financial statements represent faithfully the financial position, financial
performance and cash flows of the entity.
2.12. Research and product development expenses
In view of the high level of innovation and the turnover rate of the products in the
Company’s sales portfolio, the Company adopts the accounting policy of recognizing
product research and development expenditure as expenses for the year, when incurred.
Details are disclosed in note 22.
2.13. Leases
Lease classification is made at the inception of the lease. Leases where the lessor does
not retain substantially all the risks and rewards incidental to ownership are classified as
operating leases. Lease payments under an operating lease are recognized as an expense
on a straight-line basis over the lease term.
Leases where the Group retains substantially all the risks and rewards incidental to
ownership are classified as finance leases. These leases are capitalized in balance sheet at
the commencement of the lease term at the lower fair value of the leased asset and the
present value of minimum lease payments.
Each lease payment is apportioned between liabilities and the finance charges so as to
permit obtaining a constant effective interest rate on the outstanding liability. The
corresponding obligations, less the finance charge, are classified in current liabilities and
noncurrent liabilities, according to the lease term. Property, plant and equipment items
purchased through finance leases are depreciated over their useful lives, as described in
note 2.10, or over the lease term, when it is shorter.
2.14. Impairment assessment
Property, plant and equipment, intangible assets and, when applicable, other noncurrent
assets are annually tested to identify evidences of impairment, or also significant events
or changes in circumstances that indicate the carrying value of an asset may not be
recoverable. Where applicable, when there is a loss, arising from situations where the
carrying amount of an asset exceeds its recoverable amount, defined as the higher of its
value in use and its fair value less costs to sell, this loss is recognized in the income
statement.
For impairment assessment purposes, assets are grouped at the lowest levels for which
there are separately identifiable cash flows (cash-generating units, or CGUs).
19
Natura Cosméticos S.A.
2.15. Trade payables
These are initially recognized at their nominal amounts, plus interest, inflation
adjustments and exchange differences through the end of the reporting period, when
applicable.
2.16. Borrowings and financing
Initially recognized at fair value of proceeds received less transaction costs, plus charges,
interest, adjustments and exchange differences incurred through the end of the reporting
period, as shown in note 14.
2.17. Provision for tax, civil, and labor contingencies
The provisions for contingent liabilities are recognized when the Group has a legal or
constructive obligation as a result of past events, and it is probable that disbursements
will be required to settle the obligation, and its value can be reliably estimated.
Provisions are quantified at the present value of the expected disbursement to settle the
obligation using the appropriate discount rate, according to related risks.
Adjusted for inflation through the end of the reporting period to cover probable losses,
based on the nature of contingencies and the opinion of the Company’s legal counsel.
The bases for and nature of the provisions for tax, civil, and labor contingencies are
described in note 17.
2.18. Current and deferred income tax and social contribution
Recognized in the income statement, except, when applicable, in the proportion related to
items recognized directly in shareholders’ equity. In this case, taxes are recognized
directly in shareholders’ equity, in line item “Other comprehensive income”.
Except for the foreign subsidiaries, which apply the tax rates prevailing in each one of
the countries where they are located, income tax and social contribution on the
Company’s and its Brazilian subsidiaries’ profits are calculated at the tax rates of 25%
and 9%, respectively.
Current income tax and social contribution expenses are calculated using the laws and
regulations enacted by the end of the reporting period, pursuant to Brazilian tax
regulations. Management periodically measures the positions assumed in the income tax
return regarding the situations where applicable tax law is subject to possibly different
interpretations and, when appropriate, recognizes provisions based on the amounts it
expects to pay tax authorities.
Deferred income tax and social contribution are calculated on temporary differences
between the tax base of assets and liabilities and their carrying amounts. Deferred income
tax and social contribution are calculated using the tax rates enacted on the end of the
reporting period and that must be applied when the corresponding deferred income tax
and social contribution assets are realized or deferred income tax and social contribution
liabilities are settled.
20
Natura Cosméticos S.A.
Deferred income tax and social contribution assets are recognized only to the extent that
there is a reasonable certainty that future taxable income will be available and against
which temporary differences can be offset.
The amounts of deferred income tax and social contribution assets and liabilities are only
utilized when there is a legally enforceable right to offset current tax assets against tax
liabilities and/or when current deferred income tax and social contribution assets and
liabilities are related to the income tax and social contribution levied by the same tax
authorities on the taxable entity or different taxable entities, where there is intention to
settle the net balances. Details are disclosed in note 9.
2.19. Stock option plan
The Company offers equity-settled share-based compensation plans to its executives.
The stock option plan is measured at fair value on grant date and is expensed during the
vesting period as a balancing item to “Additional paid-in capital”, in shareholders’
equity. At the end of the reporting period, the Company’s management reviews its
estimates on the number of options vesting based on the conditions fulfilled and, when
applicable, recognizes in the income statement the effect arising from the revision of the
initial estimates as a balancing item to shareholders’ equity. The details are disclosed in
note 23.2..
2.20. Profit sharing
The Company recognizes a profit sharing liability and an expense based on a formula
that takes into consideration the net income attributable to the owners of the Company
after certain adjustments, which is linked to the achievement of operational goals and
specific objectives, established and approved at the beginning of each year.
2.21. Dividends and interest on capital
The proposed distribution of dividends and interest on capital made by the Company’s
management included in the portion equivalent to the mandatory minimum dividends is
recognized in line item “Other payables” in current liabilities, as it is considered as a
legal obligation provided for by the Company’s bylaws; however, the portion of
dividends exceeding minimum dividends declared by management after the reporting
period but before the authorization date for issuance of these financial statements is
recognized in line item “Proposed additional dividends” and their effects are disclosed in
note 18.(b).
For corporate and accounting purposes, interest on capital is stated as allocation of
income directly in shareholders’ equity.
2.22. Actuarial gains and losses of healthcare plan and other costs related to employees’
benefit plans
The costs related to the contributions made by the Group to defined-contribution
retirement plans are recognized on the accrual basis. Actuarial gains and losses recorded
in the retirees’ healthcare expansion plan are recorded in the income statement in
accordance with IAS 19 and CPC 33 – Employee Benefits, based on the actuarial
calculation prepared by an independent actuary, as detailed in note 18.
21
Natura Cosméticos S.A.
2.23. Revenue and expense recognition
Revenue and expenses are recognized on an accrual basis. Sales revenue is recognized
when all risks and rewards of ownership of the product are transferred to the customers.
Income from tax incentives, received in the form of a monetary asset, is recognized in the
income statement when received as a balancing item to costs and investment already
incurred by the Company in the jurisdiction where the tax incentive is granted. There are
no established conditions to be met by the Company that might affect the recognition of
tax incentives.
The portion of tax incentives recognized in the income statement is allocated to the tax
incentive reserves, in the “Earnings reserves”, in shareholders’ equity.
2.24. Statement of value added
The purpose of this statement is to disclose the wealth created by the Company and its
distribution during a certain reporting period, and is presented by the Company, as
required by the Brazilian Corporate Law, as an integral part of its individual financial
statements, and as additional disclosure of the consolidated financial statements, since
this statement is not required by IFRSs.
The statement of value added was prepared using information obtained in the same
accounting records used to prepare the financial statements and pursuant to the
provisions of CPC 09 - Statement of Value Added. The first part of this statement
includes the wealth created by the Company, represented by revenue (gross sales
revenue, including taxes levied thereon, other income, and the effects of the allowance
for doubtful accounts), inputs acquired from third parties (cost of sales and purchase of
materials, electricity, and services from third parties, including taxes levied at the time of
the acquisition, the effects of impairment losses, and depreciation and amortization), and
the value added received from third parties (equity in investees, financial income, and
other income). The second part of the statement of value added presents the distribution
of wealth among personnel, taxes, fees and contributions, lenders and lessors, and
shareholders.
2.25. New and revised standards and interpretations
a) Standards, interpretations and revised standards in effect on December 31, 2011
which did not have a material impact on the Company’s financial statements
The following interpretations and revised standards were issued and were in effect on
December 31, 2011. However, they did not have a material impact on the Company’s
financial statements:
Standard
22
Main requirements
Effective date
Improvements to IFRSs 2010
Amendments to several standards.
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2011
Amendments to IFRS 1
Limited exemption from comparative
IFRS 7 disclosures for first-time adopters
Effective for annual periods beginning
on or after July 1, 2010
Amendments to IAS 24
Related-party disclosures
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2011
Natura Cosméticos S.A.
Standard
Main requirements
Effective date
Amendments to IFRIC 14
Prepayments of minimum funding
requirements
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2011
Amendments to IAS 32
Classification of issue rights
Effective for annual periods beginning
on or after February 1, 2010
IFRIC 19
Extinguishing financial liabilities with
equity instruments
Effective for annual periods beginning
on or after July 1, 2010
b) Standards, interpretations and revised standards not yet effective and which were not
early adopted by the Company
The following standards and revised standards have been issued and are mandatory
for the Company’s annual periods beginning on or after December 31, 2011.
However, the Company did not early adopt these standards and revised standards.
Standard
Main requirements
Effective date
IFRS 9 (as amended in 2010) Financial instruments
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2013
Amendments to IFRS 1
Removal of fixed dates for first-time
adopters
Effective for annual periods beginning
on or after July 1, 2011
Amendments to IFRS 7
Disclosures - transfers of financial assets Effective for annual periods beginning
on or after July 1, 2011
Amendments to IAS 12
Deferred taxes - recovery of the
underlying assets when an asset is
measured using the fair value model in
IAS 40
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2012
IAS 28 (Revised in 2011) Investments in Associates
and Joint Ventures
Revision of IAS 28 to include the
changes introduced by IFRSs 10, 11 and
12.
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2013.
IAS 27 (Revised in 2011) Separate Financial
Statements
IAS 27 requirements related to
consolidated financial statements are
replaced by IFRS 10. The requirements
for separate financial statements are
maintained.
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2013.
IFRS 10 - Consolidated
Financial Statements
Replaces the IAS 27 requirements
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2013.
applicable to consolidated financial
statements and SIC 12. IFRS 10 provides
a single consolidation model that
identifies control as the basis for
consolidation for all types of entities.
IFRS 11 - Joint Arrangements Eliminated the proportionate
Effective for annual periods beginning
consolidation model for jointly
on or after January 1, 2013.
controlled entities and maintained equity
method model only. It also eliminates the
concept to ‘jointly controlled assets’ and
maintains only ‘jointly controlled
operations’ and ‘jointly controlled
entities’.
IFRS 12 - Disclosure of
Interests in Other Entities
Expands the current disclosure
requirements in respect of entities,
whether or not consolidated, where the
entities have influence.
Effective for annual periods beginning
on or after January 1, 2013.
23
Natura Cosméticos S.A.
Standard
Main requirements
Effective date
IFRS 13 - Fair Value
Measurement
Replaces and consolidates in a single
Effective for annual periods beginning
standard all the guidance and
on or after January 1, 2013.
requirements in respect of fair value
measurement contained in other IFRSs.
IFRS 13 defines fair value and provides
guidance on how to measure fair value
and requirements for disclosure relating
to fair value measurement. However, it
does not introduce any new requirement
or amendment with respect to items to be
measured at fair value, which remain as
originally issued.
Amendments to IAS 19 Employee Benefits
Eliminates the corridor approach and
Effective for annual periods beginning
requires recognition of actuarial gains
on or after January 1, 2013.
and losses as other comprehensive
income for pension plans and other longterm benefits in profit or loss, when
earned or incurred, among other changes.
Amendments to IAS 1 Presentation of Financial
Statements
Introduces the requirement that all items Effective for annual periods beginning
recognized in other comprehensive
on or after January 1, 2013.
income be separated into and totaled as
items that are and items that are no
subsequently reclassified to profit or loss.
Considering the current operations of the Group, management does not expect these
new rules, interpretations and changes to have a material impact on the financial
statements as from their adoption.
The CPC has not yet issued the pronouncements and amendments related to the new
and revised IFRSs presented above. Because of the CPC’s and the CVM’s
commitment to keep the set of standards issued updated according to the changes
made by the IASB, we expect that such pronouncements and amendments be issued
by the CPC and approved by the CVM by the date they become effective.
3.
CRITICAL ACCOUNTING ESTIMATES AND ASSUMPTIONS
The preparation of financial statements requires the use of certain critical accounting estimates
and the exercise of judgment by the Company’s management in the process of application of
accounting policies.
The accounting estimates and underlying assumptions are reviewed on an ongoing basis and
are based on historical experience and other factors that are considered to be relevant in the
circumstances. Actual results may differ from those estimates. The effects resulting from the
revision of accounting estimates are recognized in the revision period.
These significant assumptions and accounting estimates are follows:
a) Income tax, social contribution, and other taxes
The Company recognizes deferred tax assets and liabilities based on differences between
the carrying amount stated in the financial statements and the tax base assets and liabilities
using statutory tax rates. The Company reviews regularly deferred tax assets in terms of
possible recovery, considering the history of earnings generated and projected future
taxable income, based on a technical feasibility study.
24
Natura Cosméticos S.A.
b) Provision for tax, civil, and labor contingencies
The Company is a party to several lawsuits and administrative proceedings, as described in
note 17. Provisions are recognized for all contingent liabilities arising from lawsuits that
represent probable losses and can be reliably estimated. The probability assessment
includes assessing available evidences, the hierarchy of laws, available previous decisions,
most recent court decisions and their relevance within the legal system, and the assessment
of the outside legal counsel. Management believes that these provisions for tax, civil and
labor contingencies are fairly presented in the financial statements.
c) Healthcare plan
The current amount of the healthcare plan is contingent to a series of factors determined
based on actuarial calculations that update a series of assumptions, for example, the
discount and other rates, which are disclosed in note 23.2. The change in one of these
estimates could impact the results presented.
4.
FINANCIAL RISK MANAGEMENT
4.1
General considerations and policies
Risks and the financial instruments are managed through the definition of policies and
strategies and implementation of control systems, defined by the Company’s Treasury
Committee and approved by the Board of Directors. The compliance of the treasury area’s
positions in financial instruments, including derivatives, in relation to these policies, is
presented and assessed on a monthly basis by the Treasury Committee and subsequently
submitted to the analysis of the Audit Committee, the Executive Committee and the Board
of Directors.
Risk management is performed by the Company’s general treasury function, which is
also responsible for approving the short-term investments and loan transactions
conducted by the Group’s subsidiaries.
4.2
Financial risk factors
The Group’s activities expose them to several financial risks: market risk (including
currency and interest risks), credit risk and liquidity risk. The Company’s overall risk
management program is focused on the unpredictability of financial markets and seeks
to minimize potential adverse effects on the financial performance, using derivatives to
protect certain risk exposures.
a) Market risks
The Group is exposed to market risks arising from their business activities. These
risks mainly comprise possible changes in exchange and interest rates.
i)
Foreign exchange risk
The Group is exposed to the foreign exchange risk arising from financial
instruments denominated in currencies different from their functional currencies.
To reduce this exposure, the Group implanted a policy to hedge against the
foreign exchange risk that establishes exposure limits linked to this risk (Foreign
Exchange Hedging Policy).
25
Natura Cosméticos S.A.
The treasury area’s procedures defined by the current policy include monthly
projection and assessment of the Company’s and its subsidiaries’ foreign
exchange exposure, on which management’s decision-making is based.
The Foreign Exchange Hedging Policy considers foreign currency-denominated
amounts from receivables and payables related to commitments already assumed
and recorded in the interim financial information based on the Company’s
operations.
As of December 31, 2011 and 2010, the Group is basically exposed to risks of
fluctuations in the U.S. dollar. To hedge against foreign exchange exposures, the
Group contracts derivative (swaps) and non-deliverable forward (NDF)
transactions. The Foreign Exchange Hedging Policy establishes that the
derivatives contracted by the Group should limit loss due to exchange rate
depreciation related to the net income estimated for the current year considering
the expected depreciation of the Brazilian real against the U.S. dollar. This limit
sets the cap on the maximum foreign exchange exposure that the Group can
undertake in relation to the U.S. dollar.
As of December 31, 2011, the Company’s and the consolidated balance sheets
include accounts denominated in foreign currency which, in the aggregate,
represent net liabilities of R$438,667 and R$444,894, respectively (R$52,567
and R$58,675 as of December 31, 2010, respectively). These accounts are
substantially represented by borrowings and financing which, as of December
31, 2011, are hedged by swap arrangements.
Derivatives to hedge foreign exchange risk
The Company classifies derivatives into “financial” and “operating”. “Financial”
derivatives include swaps or forwards contracted to hedge against the foreign
exchange risk associated with foreign-currency-denominated borrowings and
financing. “Operating” derivatives (usually forwards) include derivatives contracted
to hedge against the foreign exchange risk on the business’s operating cash flows.
As of December 31, 2011, outstanding swap and forward contracts, with
maturities between January 2013 and January 2018, were entered into the
counterparties represented by the banks Bradesco (25%), Banco do Brasil (12%),
Bank of America (62%) and HSBC (1%), broken down as follows:
26
Natura Cosméticos S.A.
Financial swaps - Company
Principal
Type of transaction
Swap contracts (1)
Asset position:
Long position - U.S. dollar
Liability position:
CDI floating rate:
Short position in CDI
Fair value
Gain (loss)
for the year
2011
2010
2011
2010
2011
2010
396,938
396,938
53,534
53,534
435,094
435,094
52,121
52,121
28,184
28,184
(2,110)
(2,110)
396,938
396,938
53,534
53,534
406,910
406,910
54,231
54,231
-
-
Financial swaps - consolidated
Principal
Type of transaction
Swap contracts (1)
Asset position:
Long position - U.S. dollar
Liability position:
CDI floating rate:
Short position in CDI
Fair value
Gain (loss)
for the year
2011
2010
2011
2010
2011
2010
404,662
404,662
59,817
59,817
442,574
442,574
57,367
57,367
28,626
28,626
(2,830)
(2,830)
404,662
404,662
59,817
59,817
413,947
413,947
60,197
60,197
-
-
Operating forwards - Company and consolidated
Notional amount
Type of transaction
2011
2010
Fair value
2011
2010
Gain (loss)
for the year
2011
2010
Forward contracts (2):
Asset position:
Long position - U.S. dollar
-
34,542
-
34,555
-
Liability position:
Fixed rates:
Short position in fixed rate
-
34,542
-
35,786
-
(1,231)
-
(1) Swap transactions consist of swapping the exchange rate fluctuation for a
percentage of the floating rate Interbank Deposit Rate (CDI).
(2) Forward transactions establish a future parity between the Brazilian real and
the foreign currency based on their equivalence when contracted, adjusted
by a fixed interest rate.
The notional amount represents the amounts of the contracted derivatives. Fair
value refers to the value of outstanding contracted derivatives recognized in
balance sheets.
For derivatives maintained by the Group as of December 31, 2011 and 2010, due
to the fact contracts are directly entered into with the financial institutions and
not through a Mercantile and Futures Exchange, there are no margin calls
deposited as guarantee of the related transactions.
27
Natura Cosméticos S.A.
Sensitivity analysis
For the sensitivity analysis of derivatives, the Company’s management
understands it is necessary to take into consideration corresponding assets and
liabilities with exposure to exchange rates recorded in the balance sheet, as
follows:
Company Consolidated
Total borrowings and financing in foreign currency
(*)
Receivables in foreign currency
Payables in foreign currency
Notional amounts of financial derivatives
Net asset (liability) exposure
438,667
15,043
(435,543)
18,168
444,894
(5,231)
18,765
(439,742)
18,685
(*) The stated amount does not take into account the loan of the Company´s
Peruvian subsidiary totaling R$36,483. Management understands that there
is no foreign exchange exposure on this liability since it will be settled by
the subsidiary with proceeds from transactions in this country, therefore in
the same currency the debt was raised.
The tables below show the gain (loss) that would have been recognized in profit
or loss for the year ended December 31, 2011 based on the following scenarios:
Description
Company’s
risk
Net liability exposure
Us dollar
appreciation
Description
Company’s
risk
Net liability exposure
Us dollar
appreciation
Company
Probable Scenario
scenario
II
(322)
(4,542)
Consolidated
Probable Scenario
scenario
II
(331)
(4,671)
Scenario
III
(9,084)
Scenario
III
(9,342)
The probable scenario considers future U.S. dollar rates obtained at
BM&FBOVESPA for the maturity dates of the financial instruments exposed to
foreign exchange risks. Scenarios II and III consider a 25% (R$2.34/US$1.00)
and 50% (R$2.81/US$1.00) appreciation of U.S. dollar, respectively. Probable
scenarios II and III are presented as required by CVM Instruction 475/08. In
assessing possible changes in exchange rates, management uses the probable
scenario, which is being presented for compliance with IFRS 7 – Financial
Instruments: Disclosures.
The Group does not use derivatives for speculative purposes.
28
Natura Cosméticos S.A.
ii) Interest rate risk
The interest rate risk arises from short-term investments and loans. Financial
instruments issued at floating rates expose the Group to cash flow risks associated
with the interest rate. Financial instruments issued at fixed rates expose the Group
to fair value risks associated with the interest rate.
The Company’s cash flow risk associated with the interest rate arises from shortterm investments and short- and long-term loans and financing issued at floating
rates. The Company’s management adopts the policy of maintaining its rates of
exposure to asset and liability interest rates pegged to floating rates. Short-term
investments are adjusted by the Interbank Deposit Rate (CDI) whereas borrowings
and financing are adjusted based on the Long-term Interest Rate (TJLP), CDI and
fixed rates, according to the contracts made with the related financial institutions,
and trading securities with investors in this market.
Management believes that the risk of significant changes in the CDI and TJLP in
the next 12 months is low taking into consideration the stability achieved with the
current monetary policy implemented by the Federal Government, in addition to
the history of increases in Brazilian policy rate over the past years. For this reason,
the Company has not conduct derivative transactions to hedge against this risk.
The Group contracts swap transactions to mitigate risks on borrowing and
financing transactions subject to an index other than CDI, TJLP or fixed rates.
However, as of December 31, 2011 and 2010, the Group did not have this type of
derivative as they assessed the related risk as very low, as described below.
Sensitivity analysis
As described in the foreign exchange risk section above, as of December 31,
2011 almost all foreign-currency-denominated borrowings and financing are
hedged by swap arrangements that exchange the foreign-currency liability index
for the CDI rate fluctuation, in light of the Company’s policy to hedge such
risks. The Company is, therefore, exposed to CDI fluctuation. The table below
presents the exposure to interest rate risks of transactions pegged to CDI and
TJLP, including derivative transactions:
Company
Total borrowings and financing - in local currency
(note 14)
Derivatives pegged to CDI/TJLP
Short-term investments (note 5)
Net liability exposure
(480,305)
(438,667)
138,078
(780,895)
Consolidated
(705,322)
(444,894)
424,159
(726,057)
The sensitivity analysis considers the exposure of borrowings and financing
pegged to CDI and TJLP rates, net of short-term investments, also pegged to the
CDI rate (note 5).
The tables below show the loss (gain) that would have been recognized in profit
or loss for the year ended December 31, 2011 based on the following scenarios:
29
Natura Cosméticos S.A.
Description
Company’s
risk
Net liabilities
Interest rate
increase
Description
Net liabilities
Company’s
risk
Interest rate
increase
Company
Probable Scenario
scenario
II
1,328
(19,561)
Consolidated
Probable Scenario
scenario
II
1,234
(18,188)
Scenario
III
(40,450)
Scenario
III
(37,610)
The probable scenario considers future interest rates obtained at
BM&FBOVESPA for the maturity dates of the financial instruments exposed to
interest rate risks. Scenarios II and III consider an increase in the interest rate of
25% (13.4% per year) and 50% (16.1% per year), respectively.
b) Credit risk
Credit risk refers to risk of a counterparty not complying with its contract obligations,
which would result in financial losses for the Company. Sales of the Group are made
to a great number of sales representatives (Natura Beauty Consultants) and this risk is
managed through a strict credit granting process. The result of this management is
reflected in the ‘Allowance for doubtful accounts’, as explained in note 6.
The Group is also subject to credit risks related to financial instruments contracted for
the management of its business, primarily represented by cash and cash equivalents,
short-term investments and derivative instruments.
The Company believes that the credit risk of transactions with financial institutions is
low, as these are considered by the market as prime banks.
The Policy for Short-term Investments adopted by the Company’s management
establishes the financial institutions with which the Group can do business and
defines fund allocation limits and the amounts that may be invested in each of these
financial institutions.
c) Liquidity risk
Effectively managing liquidity risk implies to maintain enough cash and marketable
securities, funds available through credit facilities used and the ability to settle market
positions.
Management monitors the Company’s consolidated liquidity level considering the
expected cash flows against unused credit facilities.
30
Natura Cosméticos S.A.
The carrying amounts of financial liabilities is measured at amortized cost, and their
corresponding maturities are as follows:
Fair
value
2011
One to
two years
Two to
five years
More than
five years
Current:
Borrowings and
financing
Trade payables
Derivatives
118,949
148,805
29,555
-
-
-
118,949
148,805
29,555
(52,525)
(1,371)
66,424
148,805
28,184
Noncurrent:
Borrowings and
financing
-
810,404
53,284
80,154
943,842
(91,293)
852,549
Less than
one year
One to
two years
Two to
five years
More than
five years
199,515
454,093
29,948
-
-
-
199,515
454,093
29,948
(30,553)
(1,322)
168,962
454,093
28,626
-
890,243
146,652
94,300
1,131,19
5
(113,458)
1,017,737
Consolidated as of
December 31, 2011
Borrowings and
financing
Trade payables
Derivatives
Noncurrent:
Borrowings and
financing
Fair
value
2011
Discount
effect
Carrying
amount
2011
Less than
one year
Company as of
December 31, 2011
Discount
effect
Carrying
amount
2011
4.3. Capital management
The Company’s objectives in managing its capital are to ensure that the Company is
continuously capable of offering return to its shareholders and benefits to other
stakeholders, and maintain an optimal capital structure to reduce this cost.
The Company monitors capital based on the financial leverage ratios. This ratio
corresponds to the net debt divided by the total capital. The net debt corresponds to total
borrowings and financings (including short- and long-term borrowings, as shown in the
consolidated balance sheet), deducted from cash and cash equivalents. The net debt
shown below does not take into consideration the adjustments to derivatives contracted to
mitigate the foreign exchange risk.
The consolidated financial leverage ratios as of December 31, 2011 and 2010 are as
follows:
Company
2011
2010
Short- and long-term borrowings and
financing
Cash and cash equivalents
Net debt
Shareholders’ equity
Financial leverage ratio
Consolidated
2011
2010
918,973
428,442 1,186,699
(166,007) (206,125) (515,610)
752,966
222,317
671,089
691,663
(560,229)
131,434
1,238,553 1,257,501 1,238,554 1,257,502
60.79%
17.68%
54.18%
10.45%
31
Natura Cosméticos S.A.
4.4. Fair value estimate
Financial instruments are measured at fair value at the end of the reporting period as
prescribed by CPC 40 – Financial Instruments: Disclosures and according to the
following hierarchy:
• Level 1: Prices quoted (unadjusted) in active markets for identical assets or liabilities.
A market is considered active if quoted prices are readily and regularly available from
an exchange, dealer, broker, industry group, pricing service or regulatory agency, and
those prices represent actual and regularly occurring market transactions on an arm’slength basis.
• Level 2: Used for financial instruments that are not traded in active markets (for
example, over-the-counter derivatives) and whose fair value is determined using
valuation techniques that, in addition to the quoted prices, included in Level 1, use
other inputs adopted by the market for assets or liabilities, whether directly (i.e.,
prices) or indirectly (i.e., derived from prices).
• Level 3: Inputs for assets or liabilities that are not based on the data adopted by the
market (i.e., unobservable inputs).
As of December 31, 2011 and 2010, the measurement of all the Company’s and its
subsidiaries’ derivatives falls under the Level 2 characteristics. The fair value of
exchange rate derivatives (swap and forwards) is determined based on the exchange rate
at the end of the reporting period, with the resulting amount being discounted to present
value.
Fair value of financial instruments at amortized cost
Short-term investments
The carrying amounts of the short-term investments approximate their fair values as
transactions are conducted at floating interest rates and can be immediately redeemable.
Borrowings and financing
The carrying amounts of borrowings and financing, except those pegged to a fixed rate,
approximate their fair values as they are pegged to a floating rate, the CDI fluctuation.
The carrying amounts of financing pegged to TJLP approximate their fair values as the
TJLP is also pegged to CDI and is a floating rate.
The fair value of borrowings and financing contracted at fixed interest rates does not
have significant variation related to the book value disclosed in note 14.
Trade and other payables
It is estimated that the carrying amounts of trade receivables and trade payables
approximate their fair values in view of the short term of the transactions conducted.
32
Natura Cosméticos S.A.
5.
CASH AND CASH EQUIVALENTS
Company
2011
2010
Cash and banks
Floating rate Bank certificates of deposit (CDBs)
Consolidated
2011
2010
27,929
9,688 98,208 38,314
138,078 196,437 417,402 521,915
166,007 206,125 515,610 560,229
As of December 31, 2011, the CDBs yield interest ranging from 100.0% to 101.5% of CDI
(100.0% to 101.5% as of December 31, 2010).
6.
TRADE RECEIVABLES
Company
2011
2010
Trade receivables
Allowance for doubtful accounts
Consolidated
2011
2010
591,480 550,355 706,861 635,944
(56,171) (56,663) (64,989) (65,664)
535,309 493,692 641,872 570,280
The aging list of trade receivables is as follows:
Company
2011
2010
Current
Past due:
Up to 30 days
31 to 60 days
61 to 90 days
91 to 180 days
Consolidated
2011
2010
452,392 432,703 543,472 492,947
102,107 79,136 117,560 93,967
14,029 10,897 16,254
16,777
9,950
8,072 13,306
9,406
13,002 19,547 16,269
22,847
591,480 550,355 706,861 635,944
The balance of trade receivables in consolidated is basically denominated in Brazilian reais,
and approximately 89% of the outstanding balance as of December 31, 2011 refers to realdenominated transactions (91% as of December 31, 2010). The remaining balance is
denominated in several currencies and refers to sales of foreign subsidiaries.
The changes in the allowance for doubtful accounts for the period ended December 31, 2011
are as follows:
Balance at
2010
(56,663)
Company
Additions
Reversals
(a)
(b)
(82,860)
Balance at
2011
Balance at
2010
(56,171)
(65,664)
83,352
Consolidated
Additions
Reversals
(a)
(b)
(88,277)
88,952
(a)
Allowance recognized according to note 2.7..
(b)
Refers to accounts that are over 180 days past due that were written off due to uncollectible amounts .
Balance at
2011
(64,989)
33
Natura Cosméticos S.A.
The expense on the recognition of the allowance for doubtful accounts was recorded in ‘Selling
expenses’ in the income statement. When recovery of additional cash is less than probable, the
amounts credited to line item ‘Allowance for doubtful accounts’ are in general reversed against
the definite write-off of the receivable and is recorded in net income or loss.
Maximum exposure to credit risk at the reporting date is the carrying amount of each aging
range, net of the allowance for doubtful accounts, as shown in the aging list above. The Group
does not have any guarantee for past-due receivables.
7.
INVENTORIES
Company
2011
2010
Finished products
Raw materials and packaging
Promotional material
Work in progress
Allowance for losses
219,626 181,188
18,560
14,383
(20,280) (10,479)
217,906 185,092
Consolidated
2011
2010
565,739
149,806
52,288
16,314
(95,399)
688,748
465,027
127,305
37,576
17,290
(75,673)
571,525
The changes in the allowance for inventory losses for the year ended December 31, 2011 are as
follows:
Balance at
2010
(10,479)
(a)
Company
Additions
Reversals
(a)
(b)
(20,741)
10,940
Balance at
2011
Balance at
2010
(20,280)
(75,673)
(66,900)
47,175
Balance at
2011
(95,398)
Refer basically to the recognition of the allowance for losses due to discontinuation, expiration and quality, to cover
expected losses on the realization of inventories, pursuant to the Group’s policy.
(b) Consist of write-offs of products discarded by the Company.
34
Consolidated
Additions
Reversals
(a)
(b)
Natura Cosméticos S.A.
8.
RECOVERABLE TAXES
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
ICMS on purchases of goods
Refundable ICMS - ST on interstate sales, RS
Refundable ICMS - ST on interstate sales, SP (a)
Refundable ICMS - ST - voluntary reporting proceeding, SP (b)
Taxes - foreign subsidiaries
ICMS on purchases of fixed assets
PIS and COFINS on purchases of fixed assets
PIS and COFINS on purchase of goods
PIS and COFINS resulting from win on a lawsuit (c)
IRPJ and CSLL on freight
PIS, COFINS and CSLL - withheld at source
Other
Provision for discount on sale of ICMS credits
8,296
15,428
45,012
11,887
728
365
81,716
3,022
7,120
6,825
19,743
10
3,000
39,720
154,942
97,888
3,022
8,296
7,120
16,421
22,170
21,567
24,318
16,136
7,376
11,826
68,187
20,025
16,852
3,236
1,746
2,024
5,574
8,834
12,282
(3,376) (2,879)
312,859 210,728
Current
Noncurrent
69,417
34,799
201,620
101,464
12,299
4,921
111,239
109,264
(a)
Refers to the State Reverse Charge System VAT (ICMS - ST) amount that has been separately
disclosed and withheld on a monthly basis on the Company’s and its subsidiary Indústria e Comércio
de Cosméticos Natura Ltda.’s products sold and shipped to customers located in the Federal District
and States other than the State of São Paulo, pursuant to São Paulo State tax legislation in effect since
February 2008. In 2010, São Paulo State Department of Finance (SeFaz - SP) granted the Company a
special regime that allows it to offset the credits through the “Fast Track”, in which the credits are
offset in the month following its computation, through a bank guarantee.
(b) On September 24, 2008, the Tax Administration Coordinator of the SeFaz - SP accepted the voluntary
reporting request filed by the subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. where, after
internal verifications made by its management, this company evidenced undue withholdings of ICMS ST in the period February-May 2008 due to a different interpretation of the provisions of article 264,
IV, 313-E and 313-G of ICMS Regulation (RICMS/2000). Said voluntary reporting request clarified
and permitted the application of the procedures necessary to regularize the transactions carried out by
this subsidiary during the referred period. The requirements were met and the credit was fully offset in
2011.
(c)
9.
The stated amount refers to the recognition of PIS and COFINS tax credits as a result of the favorable
outcome in a lawsuit claiming the unconstitutionality and illegality of the PIS and COFINS taxable
basis broadening established by Law 9718/98. See details on note 17 (a) (contingent assets).
INCOME TAX AND SOCIAL CONTRIBUTION
a) Deferred
Deferred Corporate Income Tax (IRPJ) and Social Contribution on Net Income (CSLL)
result from temporary differences in the Company and in its subsidiaries. These credits are
kept recorded in noncurrent assets, as prescribed by CPC 26 (R1) – Presentation of
Financial Statements. The amounts are as follows:
35
Natura Cosméticos S.A.
Allowance for doubtful accounts (note 6)
Allowance for losses on inventories realization (note 7)
Reserve for tax, civil and labor contingencies (note 17)
Non-inclusion of ICMS in the PIS and COFINS basis (note 17)
Actuarial liability - healthcare plan (note 23.2)
Allowance for losses on swap and forward contracts (note 24)
Provision for ICMS – ST, PR, DF, MS, MT and RJ States
(note 16)
Allowances for losses on advances to suppliers
Accrued contractual obligations
Provision for discount on assignment of ICMS credits
Accrued benefits sharing and partnerships
Temporary differences of foreign subsidiaries
Provision for profit sharing
Depreciation rate adjustments to useful lives (RTT)
Other temporary differences
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
19,098
6,895
17,743
620
6,573
(9,583)
19,266
3,563
18,884
573
4,462
1,136
19,098
28,219
36,896
39,173
9,565
(9,733)
8,247
1,992
1,439
6,178
3,955
1,420
15,568
80,145
13,672
3,879
1,947
6,874
13,235
87,491
19,266
21,725
40,375
28,869
6,702
1,381
8,247
13,672
2,137
4,432
2,713
2,777
1,148
979
6,178
6,874
9,681
6,562
10,947
(6,989)
32,272 26,645
189,552 180,259
Management, based on projections of future taxable income, estimates that the recorded tax
credits will be fully realized within five years.
Tax credits will be realized as follows:
Company
2012
2013
2014
2015 and thereafter
42,679
11,753
4,633
21,080
80,145
Consolidated
83,230
18,180
59,240
28,902
189,552
With respect to the Company’s foreign subsidiaries, except for the operation in Argentina
which reports taxable income, the other subsidiaries do not record tax credits on tax loss
carryforwards and temporary differences in their financial statements due to the absence of
a history of taxable income and taxable income projections for the coming fiscal years.
As of December 31, 2011, tax credits calculated at the prevailing tax rates in the countries
where the subsidiaries are located, are as follows:
Total temporary differences:
Tax loss carryforwards:
Argentina
Chile
Mexico
Colombia
France
36
9,533
82,379
110,771
73,980
110,678
Natura Cosméticos S.A.
Tax credits on tax loss carryforwards generated by the subsidiaries can be carried forward
indefinitely, except for those of the subsidiaries in Argentina and Mexico, which expire as
follows:
Argentina
2012
2013
2014
2015
2016 and thereafter
Mexico
3,060
4,564
11
1,909
7,434
- 103,326
9,533 110,771
b) Reconciliation of income tax and social contribution
Income before income tax and social contribution
Income tax and social contribution at the rate of 34%
Technological research and innovation benefit - Law 11196/05 (*)
Tax incentives - donations
Equity in investees (note 12)
Unrecognized deferred taxes on tax losses generated by foreign
subsidiaries
Tax Transition Regime (RTT) - Provisional
Act 449/08 – Law 11,638/07 adjustments
Write-off of goodwill – liquidation of Flora Medicinal
Interest on capital tax benefit
Other permanent differences
Income tax and social contribution expenses
Income tax and social contribution - current
Income tax and social contribution - deferred
Effective rate - %
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
1,161,791 1,053,123
(395,009) (358,062)
22,386
19,035
6,582
5,820
18,628
8,760
1,237,730 1,118,169
(420,828) (380,177)
22,386
19,035
9,668
8,296
-
-
-
(28,915)
(31,459)
(774)
21,067
(3,770)
(330,890)
649
8,332
18,242
(11,849)
(309,073)
(3,242)
21,067
(6,965)
(406,829)
(1,623)
8,332
18,242
(14,766)
(374,120)
(323,543)
(7,347)
(313,612)
4,539
(416,123)
9,294
(408,233)
34,113
28.5
30.5
32.9
33.5
(*) Refers to the tax benefit established by Law 11196/05, which allows for the direct deduction from the calculation of
taxable income and the social contribution tax basis of the amount corresponding to 60% of the total expenses on
technological research and innovation, observing the rules established in said Law.
The changes in income tax and social contribution for the year were as follows:
Balance
at 2010
Company
Charged / (credit)
to profit or loss
Balance
at 2011
87,491
7,346
80,145
Balance
at 2010
Consolidated
Charged / (credit)
to profit or loss
Balance
at 2011
180,259
(9,293)
189,552
10. ESCROW DEPOSITS
Represent Group’s restricted assets related to amounts deposited and held by the courts until the
litigation to which they are linked is resolved.
The Group’s escrow deposits as of December 31, 2011 and 2010 are as follows:
37
Natura Cosméticos S.A.
Company
2011
2010
ICMS - ST (note 17.(a))
ICMS - ST suspended collection (*) (note 16 (b))
Other accrued tax obligations (note 16 (e) and (g))
Other suspended tax obligations (note 16 (c))
Unaccrued tax lawsuits
Accrued tax lawsuits (note 17)
Unaccrued civil lawsuits
Accrued civil lawsuits (note 17)
Unaccrued labor lawsuits
Accrued labor lawsuits (note 17)
Consolidated
2011
2010
80,304
53,809
80,304
53,809
88,521 167,019
88,521 167,019
9,434
8,556
52,024
48,106
10,955
10,426
10,955
10,426
34,373
30,676
38,254
36,034
9,952
9,600
11,515
10,754
1,016
938
1,108
1,343
1,886
1,874
1,992
1,976
5,844
4,410
6,999
5,130
2,653
1,762
4,167
2,410
244,938 289,070 295,839 337,007
11. OTHER CURRENT AND NONCURRENT ASSETS
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
Advances to advertisement services
Asset held for sale
Insurance
Restricted cash - CDBs (*)
Others
111,690
1,829
6,371
119,890
64,886 112,666 66,246
- 17,752 17,752
1,565
2,464
2,224
6,757
6,155
6,071 17,079 18,926
72,522 156,718 111,303
Current
Noncurrent
115,328
4,562
52,470 126,783
20,052 29,935
66,399
44,904
(*) Refers to a blocked account pledged as guarantee related to the court collection of Federal
VAT (IPI) for July 1989 when wholesale units were held equivalent to manufacturing
establishments under Law 7798/89. The lawsuit is pending a decision on the appeal from
the defendant at the Federal Regional Court of the 3rd region (São Paulo). Based on the
Company’s legal counsel assessment the likelihood of loss in this lawsuit is possible.
12. INVESTMENTS
Company
2011
2010
Investments in subsidiaries and jointly controlled entities
38
1,253,721 1,099,188
Natura Cosméticos S.A.
Information and changes in the balances for the year ended December 31, 2011
Indústria e
Comércio de
Cosméticos
Natura Ltda.
Share capital
Equity interest
Subsidiaries' shareholders’ equity
Interest in shareholders’ equity
Subsidiaries' net income (loss) for the year
Natura
Cosméticos
S.A. - Chile
Natura
Natura
Natura
Natura
Inovação e
Natura
Natura
(Brasil)
Natura
Cosméticos Cosméticos Tecnologia Cosméticos de Cosméticos International
Natura
Cosméticos
S.A. C.A. de Produtos Mexico S.A.
Ltda. B.V. - The
Cosméticos
S.A. - Peru Argentina Venezuela
Ltda.
(*)
Colombia Netherlands (*) España S.L.
Total
526,155
99.99%
1,060,440
1,060,334
124,882
101,336
99.99%
20,385
20,383
(3,535)
13,903
99.94%
1,486
1,485
(4,728)
106,116
99.97%
72,847
72,825
7,685
6,609
99.99%
306
306
(1)
5,008
99.99%
28,812
28,809
15,527
192,975
99.99%
47,601
47,596
(46,023)
72,948
99.99%
13,435
13,434
(20,973)
85,847
100.00%
8,444
8,444
(18,052)
73 1,110,970
100.00%
106 1,253,861
106 1,253,721
54,782
930,614
124,881
23,246
(3,535)
(891)
(4,725)
56,902
7,683
273
(1)
45,021
15,527
26,950
(46,019)
8,782
(20,970)
8,208
(18,052)
83 1,099,188
54,789
89
(384)
Carrying amount of investments
Balance as of December 31, 2010
Equity in investees
Exchange rate change and other adjustments on
the translation of investments in foreign
subsidiaries
Company’s contribution to the stock options plan
of subsidiaries’ executives and other reserves
Profit distribution
Capital increases
Balance as of December 31, 2011
-
672
357
2,431
34
4,839
1,060,334
20,383
6,744
1,485
5,809
72,825
306
2,171
(34,000)
28,809
67,049
47,596
1,893
468
23,729
13,434
17,819
8,444
-
5,561
7,010
(34,000)
23
121,173
106 1,253,721
(*) Consolidated information of the following companies:
Natura Cosméticos de México S.A.: Natura Cosméticos y Servicios de México, S.A. de C.V., Natura Cosméticos de México, S.A. de C.V. and Natura Distribuidora de México, S.A. de C.V.
Natura (Brasil) International B.V. - The Netherlands: Natura (Brasil) International B.V. (The Netherlands), Natura Brasil Inc. (USA - Delaware), Natura International Inc. (USA - New York), Natura
International Inc. (USA - Nevada), Natura Worldwide Trading Company (Costa Rica), Natura Europa SAS (France) and Natura Brasil SAS (France)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda.: Ybios S.A. and Natura Innovation et Technologie Produits S.A.S. - France
39
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40
Natura Cosméticos S.A.
13. PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT AND INTANGIBLE ASSETS
PROPERTY, PLANT
AND EQUIPMENT
Vehicles
Leasehold improvements
(a)
Machinery and
equipment
Buildings
Furniture and fixtures
IT equipment
Projects in progress
Advances to suppliers
INTANGIBLE
ASSETS
Software and other
Carbon credits (c)
Software and other
PROPERTY, PLANT
AND EQUIPMENT
Machinery and
equipment
Buildings
Installations
Land
Molds
Vehicles
IT equipment
Furniture and fixtures
Leasehold
improvements (a)
Projects in progress
Advances to suppliers
Other
INTANGIBLE ASSETS
Software
Carbon credits (c)
Business lease - Natura
Europa SAS – France
(b)
Trademarks and patents
(a)
Weighted
average annual
depreciation rate
-%
Company
2011
Adjusted
cost
Accumulated
depreciation
2010
Residual
amount
Adjusted
cost
Accumulated
depreciation
Residual
amount
21
39,010
(16,991)
22,019
34,234
(14,491)
19,743
15
35,419
(11,844)
23,575
23,486
(9,053)
14,433
4
114,844
56,694
11,633
50,867
67,843
2,191
378,501
(7,421) 107,423
- 56,694
(3,006)
8,627
(7,024) 43,843
67,843
2,191
(46,286) 332,215
27,668
6,264
6,614
11,699
15,159
125,124
(3,018)
(2,584)
(3,803)
(32,949)
24,650
3,680
2,811
11,699
15,159
92,175
7
18
-
Weighted
average annual
amortization
rate - %
17
17
Weighted
average annual
depreciation rate
-%
Company
2011
Adjusted
cost
88,848
7,437
96,285
Accumulated
amortization
(17,356)
(17,356)
2010
Residual
amount
Adjusted
cost
71,492
7,437
78,929
23,852
5,338
29,190
Accumulated
amortization
(10,604)
(10,604)
Residual amount
13,248
5,338
18,586
Consolidated
2011
Adjusted
cost
Accumulated
depreciation
2010
Residual
amount
Adjusted
cost
Accumulated
depreciation
Residual amount
6
4
9
30
21
19
11
410,901
207,836
132,919
27,214
116,068
59,490
76,305
32,976
(145,342)
(60,400)
(73,512)
(87,966)
(22,430)
(23,933)
(11,937)
265,559
147,436
59,407
27,214
28,102
37,060
52,372
21,039
308,262
151,161
120,440
27,180
105,362
56,361
75,749
27,164
(124,315)
(54,305)
(65,066)
(79,921)
(21,181)
(45,969)
(11,926)
183,947
96,856
55,374
27,180
25,441
35,180
29,780
15,238
15
3
50,599
80,563
47,724
4,196
1,246,791
(18,581)
(2,256)
(446,357)
32,018
80,563
47,724
1,940
800,434
44,273
35,489
28,648
3,897
983,986
(18,725)
(2,111)
(423,519)
25,548
35,489
28,648
1,786
560,467
Weighted
average annual
amortization
rate - %
Consolidated
2011
Adjusted
cost
Accumulated
amortization
2010
Residual
amount
Adjusted
cost
Accumulated
amortization
Residual amount
18
182,890
7,437
(32,676)
-
150,214
7,437
183,322
5,338
(73,376)
-
109,946
5,338
10
5,074
1,652
197,053
(1,623)
(34,299)
5,074
29
162,754
4,629
1,573
194,862
(1,413)
(74,789)
4,629
160
120,073
The amortization rates take into consideration the lease terms of leased properties, which range from three to five years.
41
Natura Cosméticos S.A.
(b)
The business lease generated on the purchase of a commercial location where Natura Europa SAS - France operates is
supported by an appraisal report issued by independent appraisers, attributable to the fact that it is an intangible,
marketable asset, the value of which does not decrease over time. The change in the balance between December 31, 2011
and December 31, 2010 is basically due to the effects of the exchange fluctuation for the period.
(c)
Carbon Neutral Program (note 2.11.3).
The Company reviewed the remaining useful lives of the property, plant and equipment items
and intangible assets and recorded the resulting effects beginning January 1, 2010. As a result
of the revision of this accounting estimated, which had the purpose of aligning the remaining
useful lives of the assets and, consequently, the remaining depreciation with the residual lives
of the assets, the Company recorded an impact, credited to depreciation in 2011, as compared
to depreciation recorded in the previous year, totaling R$11,482.
Additional information on property, plant and equipment:
a) Assets pledged as collateral
As of December 30, 2011, the Group has property, plant and equipment items pledged as
collateral of bank financing and loan transactions, as well as items attached to the defense
of lawsuits, as shown below:
Company
Vehicles
IT equipment
Machinery and equipment
Balances at yearend
4,229
3,477
3,171
10,877
Consolidated
4,229
4,063
3,171
11,463
b) Leases
In 2011 the Company entered into finance lease transactions to purchase property, plant and
equipment totaling R$56,694, recognized in line item “Buildings” and “sale leaseback”
transactions totaling R$24,537, recognized in line item “Machinery and equipment” . As of
December 31, 2011, the balance of lease payables, classified in line item “Borrowings and
financing” (note 14) totals R$79,673.
c) Balance of capitalized interest
Consolidated
2011 2010
Buildings
42
1,427 1,479
Natura Cosméticos S.A.
Changes in property, plant and equipment
Company
2011
2010
Balance at beginning of year
Additions (less transfers from projects in progress when terminated):
Machinery and equipment
Projects in progress/advances to suppliers
Vehicles
Molds
Facilities
IT equipment
Furniture and fixtures
Other
Leases
Depreciation
Transfers and disposals, net
Balance at yearend
92,175
28,373
114,902
15,069
40,611
4,176
4,777
207,908
Consolidated
2011
2010
50,375 560,467
492,256
8,884
45,037 29,669
32,389 165,726
84,555
13,498 21,031
24,193
- 15,344
16,986
6,112
7,208
769 11,377
7,304
545
5,679
1,618
1,036
5,524
3,696
57,121 275,830 175,228
56,694
56,694
(20,814) (12,615) (84,108) (69,412)
(3,748) (2,706) (8,449) (37,605)
332,215
92,175 800,434 560,467
Changes in intangible assets
Company
2011
2010
Balance at beginning of year
Additions:
Software (includes implementation costs)
Carbon credits
Transfers and disposals, net
Amortization
Balance at yearend
Consolidated
2011
2010
18,586
11,527
120,073
82,740
64,993
4,135
69,128
4,411
5,338
9,749
66,402
4,135
70,537
56,310
5,338
61,648
(2,034)
(6,751)
78,929
- (2,043)
(4,879)
(2,690) (25,813) (19,436)
18,586 162,754 120,073
43
Natura Cosméticos S.A.
14. BORROWINGS AND FINANCING
Consolidated
2011
2010
Company
2011
2010
Reference
Local currency
BNDES - EXIM
FINEP (Financing Agency for
Studies and Projects)
Debentures
BNDES
Guaranteed account
Working capital
BNDES FINAME
Banco do Brasil - FAT Fomentar
(Workers’ Assistance Fund)
Finance leases
FINEP - grant
Total local currency
-
-
67,607 116,388
A
-
-
27,106
27,633
B
353,256 352,669
141,689 110,996
2,001
48,613
7,336
6,506
C
D
E
F
G
353,256 352,669
21,708 23,206
48,613
-
-
-
-
2,697
3,908
H
56,729
480,306 375,875
56,729
940
289
2,086
705,322 623,127
I
J
BNDES - EXIM
BNDES
Resolution 4131/62
International operation - Peru
Machinery financing
Total foreign currency
Grand total
4,486
2,479
411,237 50,088
22,944
438,667 52,567
918,973 428,442
1,229
10,713
7,358
411,238 50,088
36,483
9,861
22,944
481,377 68,536
1,186,699 691,663
K
L
M
N
O
Current
Noncurrent
66,424 60,086
852,549 368,356
168,962 226,595
1,017,737 465,068
Foreign currency
44
Natura Cosméticos S.A.
Reference
Currency
Maturity
A
B
Real
Real
March 2014
March 2013 and May 2019
C
D
Real
Real
May 2013
January 2018
E
F
G
Real
Real
Real
April 2011
January 2012
September 2016
H
Real
February 2014
I
J
K
L
M
Real
Real
Dollar
Dollar
Dollar
Through August 2026
December 2012
February 2011
January 2018
October 2013
N
O
Novo sol
Dollar
December 2012
December 2016
Charges
Interest of 2.5% p.a. + TJLP (462)
TJLP (b) for the installment maturing in 2013 and interest of 5% for
the installment maturing in May 2019
Interest of 108% of CDI (c)
TJLP (b) for the installment maturing in March 2016 + interest of
0.7% to 2.8% p.a.
123.9% of CDI (c) p.a. + IOF (b)
105.5% of CDI (c) p.a. + IOF (b)
Interest of 4.5% p.a. + TJLP
Interest of 4.4% p.a. + TJLP
Interest of 108.0% of DI - CETIP (c)
N/A
Exchange fluctuation + 8.31% p.a. (a)
Exchange fluctuation + 1.8% p.a. + Resolution nº 635 (a)
Exchange fluctuation + interest of 1.87% to 3.89% p.a. (a)
Interest of 5.20% p.a.
Exchange fluctuation + interest of 3.87% p.a. (a)
(a)
Loans and financing for which swap contracts (CDI) were entered into.
(b)
IOF - Tax on Financial Transactions.
(c)
DI - CETIP - daily index calculated based on the average DI, disclosed by Cetip S.A. (Brazilian clearinghouse and over-the-counter market).
Collaterals
Guarantee of Natura Cosméticos S.A.
Guarantee of Natura Cosméticos S.A. and bank guarantee
N/A
Bank guarantee
Guarantee of Natura Cosméticos S.A.
Guarantee of Natura Cosméticos S.A.
Chattel mortgage, guarantee of Natura Cosméticos S.A. and
promissory notes
Chattel mortgage, guarantee of Natura Cosméticos S.A. and
promissory notes
Leases are collateralized by the underlying assets
None
Guarantee of Natura Cosméticos S.A.
Guarantee of Natura Cosméticos S.A. and bank guarantee
Guarantee of subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos
Ltda.
Bank guarantee
Leases are collateralized by the underlying assets
45
[This page is intentionally left blank]
46
Natura Cosméticos S.A.
Maturities of noncurrent liabilities are as follows:
Company
2011
2010
2012
2013
2014
2015
2016 and thereafter
Consolidated
2011
2010
6,530
- 39,425
771,468 355,820
840,496 379,440
11,067
4,450
48,132 22,963
8,364
1,539
38,413 19,001
61,650
17
90,696
4,239
852,549 368,356 1,017,737 465,068
A description of the outstanding bank loan agreements is as follows:
a) Description of bank loans
1.
BNDES - EXIM Pré-Embarque and BNDES - EXIM Pré-Embarque Especial
Programs
The subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. benefits from
BNDES financing programs for the pre-shipment stage of goods and services exports.
As a rule, the requirements for participation in said programs are: (i) to have credit
approved by the financial institution that will enter into the financing agreement; and
(ii) to manufacture products using at least 60% of locally sourced materials.
2.
Financing agreements with the BNDES
The Company and its subsidiaries Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
and Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. have credit facility agreements
with the BNDES to facilitate direct investments in the Company and its subsidiaries in
order to improve certain product lines, train research and development employees,
optimize operation product separation lines in the Cajamar, SP industrial facilities,
build new distribution centers, and restructure the administration of the Itapecerica da
Serra, SP unit and purchase the equipment necessary for these purposes
3.
Financing agreement with the FINEP
The subsidiary Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. has innovation
programs aimed at the development and acquisition of new technologies by means of
partnerships with universities and research centers in Brazil and abroad. These
innovation programs have the support of FINEP’s research and technological
development incentive programs, which facilitates and/or co-finances equipment,
scientific grants and research material for the participating universities.
These funds were used to partially fund the investments made in the drafting of the
“Technology Platforms for New Cosmetics and Nutritional Supplements” and the
“Research and Innovation for the Development of New Cosmetics” projects.
47
Natura Cosméticos S.A.
4.
Machinery and Equipment Financing - FINAME
The Company benefits from a credit facility with the BNDES, related to FINAME
onlendings, intended to finance the purchase of new machinery and equipment
manufactured in Brazil. Said onlending is carried out by granting credit to subsidiary
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda., granting rights to receivables to the
financial institution accredited as a financing agent, usually Banco Votorantim S.A.,
Banco Itaú Unibanco S.A., Banco do Brasil S.A., HSBC Bank Brasil S.A. or Banco
Santander Brasil S.A., which enters into such said financing with Indústria e Comércio
de Cosméticos Natura Ltda.
These agreements are collateralized by assigning the fiduciary ownership of the assets
described in the related agreements. The subsidiary Indústria e Comércio de
Cosméticos Natura Ltda. is the trustee and the Company is the guarantor of these
assets. In addition, the Group is required to meet the Provisions Applicable to BNDES
Agreements and the General Regulatory Terms and Conditions of FINAME-related
Transactions.
5.
Resolution 4131/62
Bank Credit Note - Onlending of funds raised abroad under Resolution 4131/62,
through financial institutions.
6.
Debentures
First issuance of simple debentures, nonconvertible into shares, totaling R$350,000, in
single series, without guarantee and without financial covenants, with face value of
R$1,000, in conformity with CVM Instruction 476/09, issued on May 26, 2010 and
subscribed and paid in May 28, with the payment of semiannual interest in May and
November, and principal maturing on May 26, 2013.
b) Finance lease obligations
Financial obligations are broken down as follows:
2011
Gross finance lease obligations - minimum lease payments:
Less than one year
More than one year and less than five years
More than five years
Future financing charges on finance leases
Financial lease obligations - accounting balance
2010
12,633
642
54,102
78,800
377
145,535 1,019
(65,862)
(79)
79,673
940
c) Restrictive covenants
As of December 31, 2011 and 2010, most financing and loan agreements entered into by
the Group subsidiaries do not contain restrictive covenants establishing obligations
regarding the maintenance of financial ratios by the Company or its subsidiaries.
48
Natura Cosméticos S.A.
Only the agreement entered into with BNDES contains restrictive covenants requiring
maintenance of certain financial ratios. As of December 31, 2011, the Company was in
compliance with all the restrictive clauses.
The agreement entered into with BNDES in July 2011 contains restrictive covenants
requiring maintenance of the following financial ratios:
- EBITDA margin equal or higher than 15%; and
- Net debt/EBITDA equal or lower than 2.5 (two wholes and five tenths).
As at December 31, 2011, the Company was fully compliant with such restrictive
covenants.
15. TRADE AND OTHER PAYABLES
Company
2011
2010
Domestic trade payables
Foreign trade payables (*)
Freight payable
Consolidated
2011
2010
133,762 77,805 435,328 326,945
15,043
842 18,765
4,964
34,512 34,585 34,887 34,585
183,317 113,232 488,980 366,494
(*) Refer mostly to US dollar-denominated amounts.
16. TAXES PAYABLE
Company
2011
2010
Taxes on revenue (PIS/COFINS) (injunction) (a)
Ordinary ICMS
Regular and reverse charge ICMS (b)
IRPJ and CSLL
IRPJ and CSLL (injunction) (c)
IRPJ and CSLL (injunction - PAT)
Withholding income tax (IRRF)
IPI - exempt and zero-taxed products (d)
UFIR adjustment to federal taxes (e)
IPI credit on purchase of property, plant and
equipment and supplies for own use and
consumption (f)
Action for annulment of INSS debt (g)
Withholding PIS/COFINS/CSLL
PIS/COFINS
Taxes - foreign subsidiaries
Service tax (ISS)
Consolidated
2011
2010
1,823
59,894
89,301
127,458
56,941
2,656
7,621
6,361
1,686
50,807
167,019
99,347
33,472
7,901
6,216
115,214
81,687
89,301
150,639
56,941
6,029
11,974
42,432
6,519
84,908
75,657
167,019
125,816
33,472
2,261
13,203
39,404
6,360
3,073
2,490
364
357,982
2,893
5,319
613
375,273
3,073
3,324
1,110
17,888
1,214
587,345
3,768
2,893
7,554
6,663
9,354
2,799
581,131
49
Natura Cosméticos S.A.
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
Escrow deposits ((b) and (g)) (note 10)
(97,955) (175,575) (140,545) (215,125)
Current
Noncurrent
260,027
97,955
199,698
175,575
446,800
140,545
366,006
215,125
(a) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. are
challenging in court the inclusion of ICMS in the tax basis of Integration Program Tax on
Revenue (PIS) and Social Security Funding Tax on Revenue (COFINS). In June 2007, the
Company and its subsidiary were authorized by the court to pay PIS and COFINS without
the inclusion of ICMS in their tax basis, starting April 2007. The balances recognized as of
December 31, 2011 refer to the unpaid amounts of PIS and COFINS, from April 2007 to
December 2011 adjusted using the SELIC (Central Bank’s policy rate), the collection of
which is on hold. Part of the balance, in the adjusted amount of R$3,065, is deposited in
escrow.
(b) As of December 31, 2011, R$12,669, R$52,305, R$23,274, R$273 and R$780 of the total
amount recognized refer to the ICMS - ST of State of Paraná, Federal District, State of
Mato Grosso do Sul, State of Mato Grosso and State of Rio de Janeiro, respectively
(R$119,371, R$34,969 and R$12,679 Federal District and State of Mato Grosso do Sul,
respectively as of December 31, 2010), which is being challenged in court, as also
mentioned in note 17 ‘Contingent tax liabilities - possible risk’, (a). The Company has
made monthly escrow deposits for the unpaid amounts.
On November 26, 2011, the Company entered into an arrangement, to be enforced after the
end of the current reporting period, with the State of Paraná to set the Value Added Margin
(MVA) applicable to the calculation of ICMS-ST due on transactions conducted by
consultants.
Accordingly, Natura Cosméticos recognized the MVA application (up to the cap
determined by the technical study) for taxable events prior to November 2011 and dropped
part of the lawsuits on this matter, resulting in (i) the transfer of R$114,345 to the State of
Paraná as ICMS-ST and (ii) the withdrawal of the deposited R$16,930 excess because of
the retrospective extension of the tax benefit.
The MVA applicable to taxable events prior to November 2011 is still being discussed in
courts and is currently at court expert review stage.
(c) On February 4, 2009, the Company was granted an injunction, subsequently confirmed by
court decision, that suspended the collection of income tax and social contribution on any
amounts received as arrears interest, paid on late payment of contractual obligations
receivables to the Natura Beauty Consultants. The appeal filed by the Federal Government
is awaiting judgment.
(d) Refers to Federal VAT (IPI) on zero-taxed, untaxed or exempt raw materials and
packaging materials. Subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. filed a
writ of mandamus and obtained an injunction granting the right to the credit. On
September 25, 2006, the injunction was revoked by a decision that considered the request
invalid. The Company filed an appeal for reconsideration of merits and reinstatement of
50
Natura Cosméticos S.A.
the injunction. To suspend the payment of tax, in October 2006, the Company made an
escrow deposit in the amount offset under the injunction, whose adjusted balance totals
R$42,432 as of December 31, 2011 (R$39,404 as of December 31, 2010). In the fourth
quarter of 2009, in order to utilize the benefits granted under Provisional Act 470/09,
which creates a program for the payment and payment in installments of tax debts, the
subsidiary filed a motion partially withdrawing the claims made in the injunction filed that
maintains only the claim of tax credits on tax-exempt products, thus dropping the lawsuits
claiming IPI credits of zero-taxed and untaxed products (see details in topic ‘Tax
installment plans created under Provisional Act 470/09). On this date, after having met the
requirements to join the tax installment plan introduced by Provisional Act 470/09, the
subsidiary awaits the tax authorities’ approval to write off the suspended collection
amounts and the corresponding escrow deposits. Subsequently, in December de 2011, the
subsidiary filed a motion to also drop the lawsuit claiming tax credits on tax-exempt
products, which are deposited in escrow. Thus, the subsidiary awaits the transfer to the
State of the escrow deposits after a final and unappealable decision is issued.
(e) Refers to the inflation adjustment of 1991 federal taxes on income (IRPJ/CSLL/ILL) based
on the UFIR (fiscal reference unit), discussed in a writ of mandamus. The amount involved
is deposited in escrow. On February 26, 2010, the Company filed a motion dropping this
lawsuit to be able to utilize the benefits granted under Law 11941/09, which creates a
program for the payment and payment in installments of tax debts and awaits the issue of a
final and unappealable decision.
(f) Subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. discusses, through writs of
mandamus, the right to IPI credit on the purchase of property, plant and equipment items
and consumables. On February 26, 2010, this subsidiary filed a motion for the withdrawal
of this lawsuit to be able to utilize the benefits granted under Law 11941/09, which creates
a program for the payment and payment in installments of tax debts.
(g) Refers to the social security contribution required by tax assessments issued by the
National Institute of Social Security as a result of an inspection, which claims that the
Company, as a taxpayer having joint liability for tax payment, is required to pay INSS on
services provided by third parties. The amounts are being challenged in court through a tax
debt annulment action and are deposited in escrow. The amounts required in the tax
assessment notice cover the period from January 1990 to October 1999. In 2007, the
Company reversed the amount of R$1,903, relating to the expiration of part of the amount
involved in the lawsuit for the period from January 1990 to October 1994, as recently
instructed under Case Law Decision 08 of the Federal Supreme Court (STF). On March 1,
2010, the Company filed a motion dropping part of the claims made and partially waiving
its right to utilize the benefits granted under Law 11941/09 regarding the social security
contributions due by the companies that provided services to the Company (joint liability)
during the period from November 1994 to December 1998.
Tax installment program established by Law 11941/09
On May 27, 2009, Federal Government enacted Law 11941, as a result of the conversion of
Provisional Act 449/08, which, among other changes to tax law, established the possibility of a
tax debt installment plan managed by the Federal Revenue Service, the National Social
Security Institute and the National Treasury Attorney General (PGFN), including the remaining
balance of consolidated debts in the REFIS (Law 9964/00), Special Installment Plan (PAES)
(Law 10684/03) and the Exceptional Installment Plan (PAEX) (Provisional Act 303/06), in
addition to the regular payments in installments provided for by article 38 of Law 8212/91 and
51
Natura Cosméticos S.A.
article 10 of Law 10522/02.
The entities that opted for paying or dividing into installments the debts under this Law, in the
applicable cases, may settle the amounts corresponding to default and automatic fines and latepayment interest, including those related to legally enforceable debts to the Government, using
tax loss carryforwards, and will benefit from reduced fines, interest and legal charges whose
reduction percentage depends on the installment plan chosen.
Pursuant to the established rules, for compliance with the first stage of installment payments,
the Company and its subsidiaries, after having filed motions at Court formalizing the
withdrawal of lawsuits whose taxes would be paid in installments, applied for installment
payments, choosing installment plans and indicating the generic nature of tax debts, paying the
respective initial installments, pursuant to the provisions of Federal Revenue Service (SRF)
and National Treasury Attorney General (PGFN) Joint Administrative Rule.
The tax debts recorded for payment in installments by the Company and its subsidiaries,
pursuant to Law 11941/09, are as follows:
Company
2010
Action for annulment of INSS debt (a)
IRPJ/CSLL/ILL debts (b)
2,893
6,216
9,109
Additions
Reversals
Payments
Inflation
adjustment
2011
186
186
(521)
(521)
-
180
480
660
3,073
6,361
9,434
Consolidated
Additions
Reversals
Payments
Inflation
adjustment
2011
2,893
6,360
186
(521)
-
180
494
3,073
6,519
3,768
13,021
186
(3,654)
(4,175)
(223)
(223)
109
783
9,592
2010
INSS debt - action for annulment (a)
IRPJ/CSLL/ILL debts (b)
IPI on acquisition of property, plant and
equipment and materials for own use and
consumption (c)
(a)
See item (g) on this note for details.
(b)
See item (e) on this note for details.
(c)
See item (f) on this note for details.
Due to the lack of tax loss carryforwards, the Company will not offset them against the
remaining balance of the interest on installments.
In the second half of 2011, after the consolidation of the debts, the administrative proceedings
were settled in one single payment, which led to a reversal of the provision.
The next steps of the Company’s and its subsidiaries’ tax installment plans, which are being
discussed in courts, depend on a decision about the consolidation of the related debts, which is
expected in order to settle such debts by transferring existing escrow deposits to the Federal
Government.
52
Natura Cosméticos S.A.
Tax installment plans created under Provisional Act 470/09
On October 13, 2009, Provisional Act 470 was enacted introducing the tax debt payment and
installment plans arising from the undue use of an industry tax incentive, introduced by Article
1 of Law Decree 491, of March 5, 1969, and the undue use of IPI credits, regulated by the
Attorney General of the National Treasury (PGFN) and Federal Revenue Service (RFB).
On November 3, 2009, the PGFN and the Federal Revenue Service published in the Federal
Official Gazette (DOU) Joint Administrative Rule 9, which establishes the debt payment and
installment plan addressed in Article 3 of Provisional Act 470/09. The debts arising from the
undue utilization of industry tax incentives introduced by Article 1 of Decree Law 491/69, and
those arising from the undue utilization of IPI credits challenged by the PGFN and Federal
Revenue Service may be exceptionally paid at sight or in installments to each agency by
November 30, 2009.
As mentioned in item (d) above, subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.
filed a motion partially withdrawing from the injunction filed related to IPI credits claimed on
products purchased at zero tax rate or tax exempt.
As of December 31, 2011, the Company awaits a decision of the 3rd Region Federal Court,
based on the PGFN’s and Federal Revenue Service’s position, to complete the stage related to
the consolidation of tax debts and write off the balances of suspended liabilities against escrow
deposits made until this date at the inflation adjusted amounts. As there are escrow deposits
made in the past and in light of the option made by the subsidiary to pay tax debts at sight, no
gain was recognized in profit or loss from the reversal of late payment fine and interest.
17. PROVISION FOR TAX, CIVIL AND LABOR CONTINGENCIES
The Company and its subsidiaries are parties to tax, labor and civil lawsuits and administrative
tax proceedings. Management believes, based on the opinion and estimates of its legal counsel,
that the provision for tax, civil, and labor contingencies are sufficient to cover potential losses.
This provision is broken down as follows:
Company
2011
2010
Tax
Civil
Labor
Consolidated
2011
2010
27,612 29,867 33,850 42,970
12,234 9,284 16,986 14,137
9,754 14,131 14,219 16,677
49,600 53,282 65,055 73,784
53
Natura Cosméticos S.A.
Tax contingencies
The provision for tax contingencies is broken down as follows:
Company
2010
Additions
Reversals
Payments
Inflation
adjustment
2011
Late payment fines on federal taxes
paid in arrears (a)
CSLL deductibility (Law 9316/96) (b)
IRPJ and CSLL tax assessment - attorney fees (c)
Tax assessment - 1990 IRPJ (d)
Failure to include ICMS in PIS and COFINS tax
bases - attorney fees (e)
Attorney and other fees (g)
Total provision for tax contingencies
999
7,562
4,452
3,342
424
-
(666)
-
(683)
-
54
323
1,182
172
794
7,885
4,968
3,514
951
12,561
29,867
424
(635)
(3,137)
(4,438)
(683)
(316)
1,027
2,442
10,451
27,612
Escrow deposits (note 10)
(9,600)
(352)
(9,952)
-
-
-
Consolidated
2010
Late payment fines on federal taxes
paid in arrears (a)
CSLL deductibility (Law 9316/96) (b)
IRPJ and CSLL tax assessment - attorney fees (c)
Tax assessment annulment action - 1990 IRPJ (d)
Failure to include ICMS in PIS and COFINS tax
bases - attorney fees (e)
Semiannual PIS - Decree Laws 2445/88
and 2449/88 (f)
Attorney and other fees (g)
Total provision for tax contingencies
Escrow deposits (note 10)
Additions
1,505
7,562
4,452
3,342
424
-
6,063
-
2,191
17,855
42,970
700
1,124
(10,754)
-
Reversals
(453)
(666)
(5,588)
(6,571)
(13,278)
-
Payments
(683)
(683)
-
Inflation
adjustment
72
323
1,182
172
(475)
129
2,314
3,717
2011
865
7,885
4,968
3,514
2,320
14,298
33,850
(761) (11,515)
(a) Refer to fine for late payment of federal taxes.
(b) Refers to CSLL that was addressed by an injunction that questions the constitutionality of Law 9316/96, which prohibited
the deduction of CSLL from its own tax basis and the IRPJ basis. A portion of this provision, in the adjusted amount of
R$5,905 (R$5,559 as of December 31, 2010), is deposited in escrow. The lawsuit is stayed waiting a decision of the STF
on the subject and will be decided under established case law.
(c) Refers to attorney fees for the defense in the tax assessment notices issued against the Company in December 2006 and
December 2007 by the Federal Revenue Service, claiming the payment of income tax and social contribution on the
deductibility of the yield of debentures issued by the Company for fiscal years 2001 and 2002, respectively. The legal
counsel’s opinion is that the likelihood of unfavorable outcome in these tax assessment notices is remote.
A final and unappealable administrative decision on the tax assessment notice issued against the Company in August 2003
challenging the deductibility, in fiscal year 1999, was issued on January 2010 that maintains part of the income tax
assessed and the whole of the social contribution. After this decision, on April 7, 2010, the Company filed a lawsuit to
cancel the remaining installment of IRPJ and CSLL. The legal counsel considers that the likelihood of an unfavorable
outcome is remote.
(d) Refers to a tax assessment notice issued by the Federal Revenue Service claiming the payment of income tax on the
earnings obtained on exports entitled to tax benefits carried out in fiscal year 1989, at the rate of 18% (Law 7988, of
December 29, 1989) and not 3%, as set out in article 1 of Decree Law 2413/88, used by the Company at the time to pay its
taxes. The Company has filed a lawsuit to cancel the tax assessment. The lawsuit is stayed waiting a STF decision on the
subject.
(e) Refers to attorney fees for filing and handling the lawsuits challenging the inclusion of ICMS in the PIS and COFINS tax
basis in the period from February 1998 to December 2011. The provision for attorney fees was reversed in the second half
of 2011 as the risk of loss assessed by the legal counsel was reviewed and changed from remote to possible loss, based on
the progress of the leading case (ADC-18) which is with the Federal Supreme Court and the changes in this Court’s
54
Natura Cosméticos S.A.
composition.
(f) Refers to the offset of PIS paid as per Decree Laws 2445/88 and 2449/88, in the period from 1988 to 1995, against Federal
taxes due in 2003 and 2004. The reversal made by the Company in 2007 in the amount of R$14,910 is due to the final
decision favorable to the Company, rendered in August 2007. The remaining reserve refers to the subsidiary Indústria e
Comércio de Cosméticos Natura Ltda., which is awaiting the appreciation of the lawsuit by the Board of Tax Appeals.
(g) The balance refers to lawyer fees to defend the Company’s and its subsidiaries’ interests in tax lawsuits. The amount of (i)
R$4,000, accrued in 2009, refers to lawyers’ fees to prepare the defense against an IRPJ and CSLL infringement
notification against the Company, issued on June 30, 2009, which challenges the tax deductibility of goodwill
amortization carried out resulting from the merger of Natura Participações S.A. It is the opinion of the Company’s legal
counsel that, as structured, the transaction and its tax effects can be upheld in a court of law and thus the risk of loss is
classified as remote; (ii) R$700 refers to the lawyers’ fees to present the defense in the tax assessment by the SeFaz - RS
which has identified supposed differences on the ICMS-ST with respect to interstate shipments made to Company’s sites
located in the Rio Grande do Sul (RS). According to the Company’s legal counsel opinion, the risk of an unfavorable
outcome is remote.
Civil contingencies
Company
Additions
2010
Several civil lawsuits (a)
Lawyer fees - environmental civil
lawsuit (b)
Civil lawsuits and lawyer fees - Nova
Flora Participações Ltda.
Total provision for civil contingencies
Escrow deposits (note 10)
Reversals
4,828
10,925
(9,052)
1,512
-
(64)
2,944
9,284
10,925
(3)
(9,119)
(1,874)
-
-
Inflation
adjustment
Payments
(133)
2011
219
6,787
87
1,535
(133)
971
1,277
3,912
12,234
-
(12)
(1,886)
-
Consolidated
2010
Additions Reversals Payments
Inflation
adjustment
2011
Several civil lawsuits (a)
Lawyer fees - environmental civil lawsuit (b)
Lawyer fees - IBAMA lawsuit (c)
Civil lawsuits and lawyer fees - Nova Flora
Participações Ltda.
Total provision for civil contingencies
5,716
1,512
3,965
11,193
-
(9,291)
(64)
(301)
(146)
-
250
87
152
7,723
1,535
3,816
2,944
14,137
11,193
(3)
(9,659)
(146)
971
1,460
3,912
16,986
Escrow deposits (note 10)
(1,976)
-
-
-
(16)
(1,992)
(a) As of December 31, 2011, the Company and its subsidiaries are parties to 2,491 civil lawsuits and
administrative proceedings (1,211 as of December 31, 2010), of which 2,382 were filed with civil courts,
special civil courts and the consumer protection agency (PROCON) by Natura Beauty Consultants,
consumers, suppliers and former employees, most of which claiming compensation for damages.
(b) The provision includes R$1,192 with respect to legal fees for the defense of the Company’s interests in the
public lawsuit filed by the Federal Public Prosecution Office of Acre against the Company and other
institutions for alleged access to the traditional knowledge associated to the asset (“murumuru”). Our legal
counsel’s opinion is that the risk of losses is remote.
(c) Refers to attorney fees for the defense in the tax assessment notice issued by Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, or IBAMA (Brazilian environmental agency) against the
Company in 2010 for alleged irregular access to biodiversity. Through December 2011, the Company had
been imposed 70 fines by IBAMA, totaling R$21,955, and filed administrative defenses for all of them. No
decision on the merits has been rendered yet; therefore, such fines cannot be considered as a liability. The
Company’s management and its legal counsel consider the risk of loss in these fines for the alleged nonsharing of benefits and the fines for the alleged irregular access to biodiversity as remote due to full
55
Natura Cosméticos S.A.
compliance with all the principles established in the Convention on Biological Diversity (“CBD”), an
international treaty signed during Rio-92 and of the illegality and unconstitutionality of the current legal
framework, which incorporates the CBD in the Brazilian legal system. Except for inputs from Federal
Government land - which refuses to negotiate - the Company shares benefits in 100% of the accesses in the
use of biodiversity; it is the first to share benefits with traditional communities and detains approximately
68% of the requests with the Regulatory Body for authorization to have access to biodiversity.
Labor contingencies
As of December 31, 2011, the Company and its subsidiaries are parties to 827 labor lawsuits
filed by former employees and third parties (766 as of December 31, 2010), claiming the
payment of severance amounts, salary premiums, overtime and other amounts due, as a result
of joint liability. The provision is periodically reviewed based on the progress of lawsuits and
history of losses on labor claims to reflect the best current estimate.
Company
2010
Total provision for labor contingencies
14,131
Escrow deposits (note 10)
(1,762)
Additions
4,439
Inflation
adjustment
Reversals
(9,241)
(891)
2011
425
-
9,754
-
(2,653)
Consolidated
2010
Additions
Total provision for labor contingencies
16,677
7,708
Escrow deposits (note 10)
(2,410)
(1,757)
Reversals
Inflation
adjustment
(11,096)
2011
930
-
-
14,219
(4,167)
Contingent liabilities - possible risk
The Company and its subsidiaries are parties to tax, civil and labor lawsuits, for which there is
no reserve for losses recorded, because the risk of loss is considered possible by management
and their legal counsel. These lawsuits are as follows:
Tax:
Declaratory Action - ICMS - ST (a)
Offset of 1/3 of COFINS - Law 9718/98 (b)
Action for annulment of INSS debt (c)
IPI assessment notice (d)
Administrative proceeding - ICMS - ST assessment, DF (e)
Administrative proceeding - ICMS - ST assessment, PA (e)
Administrative proceeding - tax debt - ICMS - ST, RS (f)
Tax assessment notice – Rio Grande do Sul State Department of
Finance (g)
Tax assessment notice - São Paulo State Department of Finance - ICMS
audit (h)
Tax assessment - transfer pricing on loan agreements with foreign
related company (i)
Other
Civil
56
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
80,304
5,357
4,910
5,451
8,815
3,423
9,066
53,809
5,121
4,567
5,178
25,077
15,919
80,304
5,357
4,910
5,451
8,815
3,423
9,066
53,809
5,121
4,567
5,178
25,077
15,919
30,184
-
30,184
-
-
-
9,837
9,837
1,856
1,779
1,856
1,779
36,837 55,870 43,828 54,355
186,203 167,320 203,031 175,642
2,953
3,315
3,076
4,133
Natura Cosméticos S.A.
Labor
42,792 61,547 73,856 85,899
231,948 232,182 279,963 265,674
(a) As of December 31, 2011, the balance recorded is broken down as follows:
1. ICMS – ST, PR - R$49,962 (R$46,768 as of December 31, 2010) - lawsuit filed by the Company
challenging the changes in ICMS - ST tax basis introduced by Paraná Decree 7018/06. The amount
discussed in the lawsuit, related to the period from January 2007 to December 2011, is fully deposited in
escrow, as mentioned in notes 10 and 16 (b), and its collection is suspended.
2. ICMS - ST, Federal District - R$15,401 (R$5,574 as of December 31, 2010) - declaratory action filed by
the Company to challenge its liability for the payment of ICMS - ST due to the lack of a statute on and
statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need to enter into
an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the period from
February 2009 to December 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b), and
its collection is suspended.
3. ICMS - ST, MS - R$9,734 (R$1,467 as of December 31, 2010) - declaratory action filed by the Company
to challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Mato Grosso do Sul due to the lack
of a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the
need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related
to the period from February 2010 to December 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes
10 and 16 (b), and its collection is suspended.
4. ICMS - ST, MT - R$3,410 as of December 31, 2011 - declaratory action filed by the Company to
challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Mato Grosso do Sul due to the lack of
a statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the
need to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related
to the period from October 2009 to July 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and
16 (b), and its collection is suspended.
5. ICMS - ST, SC - R$1,797 as of December 31, 2011 - declaratory action filed by the Company to
challenge its liability for the payment of ICMS - ST to the State of Santa Catarina due to the lack of a
statute on and statutory criteria for the determination of the tax base of this tax or, subsequently, the need
to enter into an Agreement to set out the ICMS - ST tax basis. The amount under litigation, related to the
period from July 2011 to August 2011, is fully deposited in escrow, as referred to in notes 10 and 16 (b),
and its collection is suspended.
(b) Law 9718/98 increased the COFINS rate from 2% to 3%, and allowed this 1% difference to be offset in 1999
against the social contribution tax paid in the same year. However, in 1999, the Company and its subsidiaries
filed for an injunction and obtained authorization to suspend the payment of the tax credit (1% rate
difference) and to pay COFINS based on Supplementary Law 70/91, prevailing at that time. In December
2000, considering former unfavorable court decisions, the Company and its subsidiaries enrolled in the Tax
Debt Refinancing Program (REFIS), for payment in installments of the debt related to the COFINS not paid
in the period. With the payment of the tax, the Company and its subsidiaries gained the right to offset 1% of
COFINS against social contribution tax, which was made in the first half of 2001. However, the Federal
Revenue Service understands that the period for offset was restricted to base year 1999. On September 11,
2006, the Company was notified that the offsets made were not approved, and timely filed the applicable
appeal. This proceeding is awaiting ruling at the lower administrative court.
(c) Lawsuit filed by the Company seeking the annulment of the tax demanded by the INSS through a tax
assessment notice issued for purposes of collecting the social security contribution on the allowance for
vehicle maintenance paid to sales promoters. The amounts are being challenged in court through a tax debt
annulment action and are deposited in escrow. The amounts required in the tax assessment notice cover the
period from January 1994 to October 1999.
(d) Refers to a tax collection lawsuit intended to collect IPI due to alleged nonpayment and incorrect
classification of the goods sold. The Company has filed a defense with courts and awaits a final ruling on the
matter.
(e) Tax assessment notice collecting ICMS - ST, issued by the Federal District, as a result of an alleged
underpayment of the Company’s own ICMS and ICMS - ST. The Company has filed its defense at the
57
Natura Cosméticos S.A.
administrative level and is awaiting the final judgment.
(f)
Tax assessment notice issued by the Rio Grande do Sul State Department of Finance against the Company
due to its condition of tax substitute, in order to charge allegedly due ICMS, due to the lack of a criterion to
determine the correct tax basis, related to subsequent transactions conducted by independent resellers
domiciled in the State of Rio Grande, do Sul. The Company filed an annulment action to cancel this
collection and awaits a final court decision on the matter.
(g) Tax assessment issued by the Rio Grande do Sul State Department of Finance claiming a tax credit related to
ICMS for an alleged incorrect use of the tax basis reduction granted to intrastate transactions and reduction of
the intrastate tax rate to calculate the tax rate differences. We have filed administrative defense, which awaits
a final decision.
(h) Tax assessment notice issued by São Paulo State Department of Finance for alleged credits claimed on the
purchase of property, plant and equipment items which were transferred to other units on purchase date, and
goods purchased that allegedly are not directly related to production and sales activities. The Company filed
an administrative defense, whereby it claims the possibility of claiming such tax credits, the expiration of tax
debt, and illegality of charging interest equivalent to one-tenth percent per day, and awaits a final decision
thereon.
(i)
Refers to a tax assessment notice whereby the Federal Revenue Service is demanding the payment of IRPJ
and CSLL on the difference of interest on loan agreements with a foreign related party. On July 12, 2004, an
administrative defense was filed and is still being judged. In June 2008, the Company filed a discretionary
appeal against the unfavorable decision with the Board of Tax Appeals, which is awaiting judgment.
Contingent assets
The Company and its subsidiaries material contingent assets are as follows:
a) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. are
challenging in court the unconstitutionality and illegality of the increase in the tax basis for
PIS and COFINS established by Article 3, Paragraph 1, of Law 9718/98. The amounts
involved in the lawsuits, updated to December 31, 2011, are R$21,935 (R$20,920 as of
December 31, 2010). In the first quarter of 2011, the 3rd Region Federal Court published a
court decision, on a Motion for Clarification of Judgment filed by the companies, favorable
to the Company and that allows the offset of the tax credits (i) against any federal taxes
payable by Natura Cosméticos and (ii) limited to PIS and COFINS debts of Indústria e
Comércio de Cosméticos Natura Ltda. As a result, the Company has recognized PIS and
COFINS credits in the amount of R$16,852 in line item ‘Recoverable taxes’ related to
undue payments made in the five years prior to the date the lawsuits were filed, as a
balancing item to line item ‘Other operating income (expenses)’ for the period.
b) The Company and its subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. have
filed special and extraordinary appeals with the Superior Court of Justice and the Federal
Supreme Court claiming the recognition of their right to offset unduly paid taxes during the
ten-year period prior to date both lawsuits were filed and, with respect to Indústria e
Comércio de Cosméticos Natura Ltda., the right to offset such credits against any federal
taxes managed by the subsidiary. The Company has filed a request for the recognition and
awaits the approval of the related credits to be able to offset them against federal taxes.
c) The Company and its subsidiaries Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda.,
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. and Natura Logística e Serviços Ltda. are
requesting the refund of ICMS and ISS included in the PIS and COFINS tax basis and paid
in the period from April 1999 to March 2007. The amounts of the refund requests as of
December 31, 2011 are R$135,305 (R$120,808 as of December 31, 2010). The legal
counsel believes that the likelihood of a favorable outcome is probable.
58
Natura Cosméticos S.A.
18. OTHER PROVISIONS
Retirees’ healthcare plan
Carbon credit (note 2.11.3)
Other provisions
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
19,332
16,486
35,818
28,132
16,486
191
44,809
13,123
12,683
25,806
19,713
12,683
29
32,425
The Group has a postemployment healthcare plan for a group of former employees and their
spouses that is governed by specific rules. As of December 31, 2011, the plan had 1,073
(Company) and 2,144 (Consolidated) participants.
As of December 31, 2011, the Group had a provision for the actuarial liability arising from this
plan, totaling R$19,332 (Company) and R$28,132 (Consolidated) (R$13,123, Company and
R$19,713, Consolidated as of December 31, 2010).
During the year, the impact of this plan on profit or loss is related to the service cost totaling
R$1,192, interest expenses totaling R$2,823, and changes in actuarial assumptions totaling
R$4,499.
The carried liability was calculated by an independent actuary taking into consideration the
following main assumptions:
Annual percentage
(in nominal terms)
2011
Financial discount rate
Increase in medical expenses (reduced by 0.5% p.a.)
Long-term inflation rate
General mortality table
10.5
10.5 to 5.5
4.5
RP2000
19. SHAREHOLDERS’ EQUITY
a) Issued capital
As of December 31, 2010, the Company’s capital was R$418,061.
In the first quarter of 2011, 153,230 common shares without par value were subscribed at
the average price of R$24,78, totaling R$3,797, and, therefore, at March 31, 2011 the
Company’s capital was represented by 431,034,646 subscribed and paid-in registered
common shares without par value, totaling R$421,858. Authorized capital decreased from
10,428,709 to 10,275,479 registered common shares.
In the second quarter of 2011, 200,059 common shares without par value were subscribed
at the average price of R$25,51, totaling R$5,104, and, therefore, the Company’s capital at
June 30, 2011 was represented by 431,234,705 subscribed and paid-in registered common
shares without par value, totaling R$426,962. Authorized capital decreased from
10,275,479 to 10,075,420 registered common shares.
59
Natura Cosméticos S.A.
In the third quarter of 2011, 4,559 common shares without par value were subscribed at the
average price of R$24.71, totaling R$111, and, therefore, the Company’s capital was
represented by 431,239,264 subscribed and paid-in registered common shares without par
value, totaling R$427,073. Authorized capital decreased from 10,075,420 to 10,070,861
registered common shares
In the fourth quarter of 2011 there was no change in capital. Therefore, the shareholders’
equity stated as of December 31, 2011 is equal to the capital detailed above.
b) Dividend and interest on capital payment policy
The shareholders are entitled to receive every year a mandatory minimum dividend of 30%
of net income, considering principally the following adjustments:
• Increase in the amounts resulting from the reversal of previously recognized reserves for
contingencies.
• Decrease in the amounts intended for the recognition of the legal reserve and reserve for
contingencies.
The bylaws allow the Company to prepare semiannual and interim balance sheets and,
based on these balance sheets, authorize the payment of dividends upon approval by the
Board of Directors.
On April 14, 2011, dividends paid totaled R$405,623 (R$0.9414 per share) and gross
interest on capital paid totaled R$24,456 (R$0.0567 gross per share), in accordance with the
2010 net income distribution approved by the Board of Directors on February 23, 2011 and
confirmed by the Annual Shareholders’ Meeting held on April 8, 2011, which added to the
R$253,947 in dividends and the R$35,427 in interest on capital paid in August 2010, totals
a distribution of approximately 95% of the net income for the year ended December 31,
2010.
On July 20, 2011, the Board of Directors approved, for confirmation at the Annual
Shareholders’ Meeting that will resolve on the approval of the financial statements for the
year ending December 31, 2011, a proposal for the payment of interim dividends and
interest on capital on income recorded in the first half of 2011, in the amount of R$295,302
(R$0.68 per share) and R$37,507, gross of withholding income tax (R$0.087 gross per
share), respectively. The total amount of interim dividends and interest on capital
corresponds to 98% of net income recorded in the first half of 2011.
In addition, on February 15, 2012, the Board of Directors approved a proposal to be
submitted to the Annual Shareholders’ Meeting to be held on April 13, 2012, for the
payment of dividends and gross interest on capital totaling R$467,261 and R$23,624
(R$20,080, net of IRRF), respectively, related to income for 2011, which added to the
R$295,302 in dividends and the R$37,506 in interest on capital paid in August 2010
correspond to a distribution of approximately 99% of net income for 2011.
60
Natura Cosméticos S.A.
Dividends were calculated as follows:
Company
2011
2010
Net income for the year
Tax incentive reserve - investment grant
Calculation basis for minimum dividends
Mandatory minimum dividends
830,901 744,050
(3,677) (5,973)
827,224 738,077
30%
30%
Annual minimum dividend
248,167 221,423
Proposed dividends
Interest on capital
IRRF on interest on capital
Total dividends and interest on capital, net of IRRF
762,563 659,570
61,130 59,883
(9,170) (8,983)
814,523 710,470
Amount exceeding mandatory minimum dividend
566,356 489,047
Dividends per share - R$
Interest on capital per share, net - R$
Total dividends and interest on capital per share, net - R$
1.7760
0.1208
1.8968
1.5312
0.1182
1.6494
As referred to in note 2.21, the portion of dividends exceeding minimum dividends,
declared by management after the reporting period but before the authorization date for
issuance of these financial statements, is not be recorded as a liability in the related
financial statements and the effects of such supplementary dividends must be disclosed in a
note. As a result, as of December 31, 2011 and 2010, the following portions of dividends
exceeding mandatory minimum dividends were recorded in shareholders’ equity as
‘Proposed additional dividends’:
Company
2011
2010
Dividends
Interest on capital
467,261 405,623
23,624 24,456
490,885 430,079
c) Treasury shares
The Company repurchased during the period 3,066,300 common shares, at the average
price of R$34.06, in order to meet the exercise of options granted to the Company’s and its
direct and indirect subsidiaries’ management and employees. In addition to the repurchase
of shares in the period, a total of R$895, at an average unit cost of R$32.92, was used in the
exercise of options.
61
Natura Cosméticos S.A.
As of December 31, 2011, line item ‘Treasury shares’ is broken down as follows:
Number of
shares
Balance at beginning of year
Repurchased
Used
Balance at yearend
R$’000
655
14
3,066,300 104,452
(45,198)
(1,617)
3,021,757 102,849
2011
Average price
per share - R$
21.37
34.06
26.58
34.04
d) Share premium
Refers to the premium generated on the issuance of 3,299 common shares resulting from
the capitalization of debentures totaling R$100,000, occurred on March 2, 2004.
e) Legal reserve
Since the balance of legal reserve plus capital reserves, addressed by article 182,
paragraph 1, of Law 6404/76, exceeded 30% of the capital, the Company decided, in
accordance with article 193 of the same Law, not to recognize a legal reserve on net income
earned in fiscal years 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 and 2011.
f) Reserve for retained earnings
As of December 31, 2011, the reserve for retained earnings was recognized pursuant to
article 196 of Law 6404/76 for use in future investments, and amounts to R$3,530
(R$23,421 recognized as of December 31, 2010). The retention for 2011, prepared by
management and approved by the Board of Directors on February 15, 2012, will be
submitted to and approved by the Annual Shareholders’ Meeting on April 13, 2012.
g) Other comprehensive income
The Company records in this line item the effects of exchange differences arising on
translating investments in foreign subsidiaries. The accumulated effect will be reversed to
income as a gain or loss only in case of sale or write-off of the investment.
20. SEGMENT INFORMATION
Segment reporting is consistent with management reports provided by the main operating
decision-maker to assess the performance of each segment and the allocation of funds.
Although the main decision-maker analyzes the information on revenue at its different levels,
according to the reports used by management to make decisions, the Company’s business is
mainly segmented based on the sales of cosmetics by geography, which are as follows: Brazil,
Latin America (“LATAM”) and other countries. In addition, LATAM is divided into two
groups for analysis: (i) Argentina, Chile and Peru (“Consolidating Operations”); and
(ii) Mexico and Colombia (“ ”). The segments’ business features are similar and each segment
offers similar products through the same consumer access method.
62
Natura Cosméticos S.A.
Net revenue by geography is as follows in 2011:
• Brazil: 91.0%
• Consolidating Operations: 6.0%
• Operations under Implementation: 2.7%
• Other: (0.3%)
Although the international segments do not represent more than 10% of the information
required to aggregate a segment, pursuant to the aggregation criteria described in IFRS 8 Operating Segments, management has substantial evidence that its foreign business share will
increase considerably against consolidated financial balances and, thus, management opted to
report them separately.
The accounting practices for each segment are the same as those described in note 2,
description of Natura’s business and significant accounting policies. The performance of the
Company’s segments was assessed based on the net operating income, net income and
noncurrent assets. This measurement basis excludes the effects of interest, income tax and
social contribution, depreciation and amortization.
The financial information related to the segments as of December 31, 2011 and 2010 is
summarized in the tables below. The amounts provided to the Executive Committee related to
net income and total assets are consistent with the balances recorded in the financial statements
and with the accounting policies applied.
Brasil
Argentina, Chile and
Peru
México and Colombia
Other (*)
Consolidated
Brazil
Argentina, Chile and
Peru
Mexico and Colombia
Other (*)
Consolidated
(*)
Depreciation
and
amortization
2011
Financial
expenses,
Income
net
tax
Net
revenue
Net
income
5,089,533
916,148
(102,938)
(73,470)
(406,168)
335,058
149,166
17,617
5,591,374
(578)
(66,996)
(17,673)
830,901
(4,226)
(2,183)
(574)
(109,921)
(2,625)
(1,245)
(77,340)
379
(1,040)
(406,829)
Depreciation
and
amortization
2010
Financial
expenses,
Income
net
tax
Noncurrent
assets
Total
assets
Current
liabilities
1,535,676
3,482,649
1,142,356
25,282
11,857
16,938
1,589,753
187,016
96,070
27,277
3,793,012
90,915
34,730
6,718
1,274,719
Total
assets
Current
liabilities
Net
revenue
Net
income
Noncurrent
assets
4,767,741
835,484
(82,692)
(47,918)
(374,412)
1,305,450
2,970,381
1,074,101
255,702
98,275
14,994
5,136,712
(19,822)
(45,992)
(25,620)
744,050
(3,405)
(2,104)
(647)
(88,848)
(842)
(976)
(49,736)
(1,027)
1,319
(374,120)
19,489
10,858
16,177
1,351,974
156,666
69,041
25,783
3,221,871
76,802
33,009
6,738
1,190,650
Includes operations in France and Corporate LATAM.
The Company has only on class of products that is sold to Natura Beauty Consultants which is
classified as “Cosmetics”. As such, disclosure of information by products and services is not
applicable.
The Company has a diversified customer portfolio, with no concentration of revenue.
63
Natura Cosméticos S.A.
The revenue from foreign related parties reported to the Executive Committee was measured in
accordance with that presented in the income statement.
21. NET REVENUE
Company
2011
2010
Gross revenue:
Domestic market
Foreign market
Other sales
Returns and cancellations
Taxes on sales
Net revenue
Consolidated
2011
2010
6,898,727 6,486,421 6,896,735 6,487,124
637,593
471,185
1,437
1,479
6,898,727 6,486,421 7,535,765 6,959,788
(11,514)
(8,682)
(12,212)
(8,682)
(1,038,436) (963,424) (1,932,179) (1,814,394)
5,848,777 5,514,315 5,591,374 5,136,712
22. OPERATING EXPENSES AND COST OF SALES
a) Breakdown of operating expenses and cost of sales by function:
Company
2011
2010
Cost of sales
Marketing and selling expenses
General and administrative expenses
Compensation of key management
personnel (note 23.1.)
Compensation of key management
personnel (note 27.2.)
Total
Consolidated
2011
2010
2,375,514 2,283,926 1,666,300 1,556,806
1,503,069 1,292,365 1,952,740 1,704,322
816,818
837,808
680,731
605,442
3,765
18,174
30,168
70,351
14,417
9,443
14,417
9,443
4,708,609 4,446,690 4,339,382 3,951,338
b) Breakdown of operating expenses and cost of sales by nature:
Company
2011
2010
Variable costs and indirect costs of resale
materials and products
Marketing and selling expenses
Freight expenses
Services expenses
Employee benefits (note 23)
Depreciation and amortization charges
Compensation of key management
personnel (note 27.2.)
Others expenses
Provision of administrative services
(note 27.1)
64
Consolidated
2011
2010
2,375,514 2,283,926 1,385,624 1,319,106
955,713
846,913 1,016,101
910,489
246,563
223,236
265,148
234,066
57,927
65,227
180,332
171,970
263,540
261,441
644,983
628,078
27,565
15,305
109,921
88,848
9,443
103,275
14,417
141,083
9,443
727,830
14,417
584,364
433,192
328,183
-
-
Natura Cosméticos S.A.
Provision of research and development
services (note 27.1.)
Total
23. EMPLOYEE BENEFITS
235,877
266,959
4,708,609 4,446,690 4,339,382 3,951,338
Company
2011
2010
Payroll and bonuses
Employee profit sharing
Defined contribution de pension plan (note 23.1.)
Executives’ compensation
Taxes payable
Consolidated
2011
2010
183,741 177,326 439,684 414,167
3,765 18,174 30,168 70,351
2,553
2,167
4,300
2,528
6,359
4,081 13,369 11,288
67,122 59,693 157,462 129,744
263,540 261,441 644,983 628,078
23.1. Profit sharing
The Company and its subsidiaries pay profit sharing to their employees and officers tied
to the achievement of operating targets and specific goals, established and approved at
the beginning of each year. As of December 31, 2011 and 2010, the amounts below were
recorded as profit sharing:
Company
2011 2010
Employees
Officers (*)
Consolidated
2011
2010
3,765 18,174 30,168 70,351
- 6,018
- 6,018
3,765 24,192 30,168 76,369
(*) Included in line item ‘Management compensation’.
23.2. Share-based payments
Once a year the Board of Directors meets in order to choose the directors and managers
who will receive the options and the total number to be distributed.
Under the format prevailing until 2008, the programs had a four-year vesting period, after
which 50% of the options could be exercised at the end of the third year and 50% at the
end of the fourth year, and a maximum term of two years for the exercise of options after
the end of the fourth year of the vesting period.
In 2009, the plan was revised to establish the end of the fourth year as the vesting date of
all the options granted, with the possibility of reducing the vesting period to three years
through the cancelation of 50% of the options granted and setting the four years as the
maximum term for the exercise of the options.
On March 23, 2011, 1,491,780 options were granted under this new plan format, with the
Exercise price of R$42.39.
65
Natura Cosméticos S.A.
The changes in the number of outstanding stock options and their related weightedaverage prices are as follows:
2011
Average
exercise price
Options
per share - R$ (thousands)
Balance at beginning of year
Granted
Cancelled
Exercised
Balance at yearend
28.10
42.39
29.35
25.33
32.84
2010
Average
exercise price
Options
per share - R$ (thousands)
6,839
1,492
(563)
(405)
7,363
23.22
34.17
22.80
22.74
28.10
5,538
2,176
(268)
(607)
6,839
Out of the 7,363,000 outstanding options as of December 31, 2011 (6,839,000
outstanding options as of December 31, 2010), 1,214,000 outstanding options are vested
(822,000 outstanding options as of December 31, 2010). The options exercised in 2011
resulted in the issuance of 405,000 shares (607,000 shares in for the year ended
December 31, 2010) and in the use of 45,000 of the shares held in treasury.
The expense related to the fair value of the options granted recognized in net income for
the year ended December 31, 2011, according to the elapsed vesting period, was R$6,359
and R$13,369, Company and on a consolidated basis, respectively (R$4,081 and
R$11,288, Company and on a consolidated basis, respectively, as of December 31,
2010).
The stock options outstanding at the end of the year have the following vesting dates and
exercise prices:
As of December 31, 2011
Grant date
March 29, 2006
April 24, 2007
April 22, 2008
April 22, 2009
March 19, 2010
March 21, 2011
66
Exercise
price - R$
Existing
options
31.97
30.24
23.48
25.61
37.58
43.85
319,317
470,274
848,250
2,249,793
2,004,244
1,470,940
7,362,818
Remaining
contractual life
(years)
0.21
1.33
2.34
5.39
6.31
7.31
Vested
options
319,317
470,274
424,125
1,213,716
Natura Cosméticos S.A.
As of December 31, 2010
Grant date
March 16, 2005
March 29, 2006
April 24, 2007
April 22, 2008
April 22, 2009
March 19, 2010
Exercise
price - R$
Existing
options
20.25
30.17
28.53
22.16
24.17
35.46
82,981
414,120
650,333
1,128,902
2,436,105
2,126,372
6,838,813
Remaining
contractual life
(years)
0.21
1.23
2.35
3.36
6.40
7.32
Vested
options
82,981
414,120
325,167
822,268
As of December 31, 2011, market price per share was R$36.26 (R$47.69 as of December
31, 2010).
The options were measured at their fair values on grant date, pursuant to IFRS 2 - Shared
Based Payments. The weighted average fair value of the options as of December 31,
2011 was R$32.84.
The options were priced using the binomial pricing model. The significant data included
in the fair value pricing model of the options granted in 2011 was as follows:
• 36% volatility (37% as of December 31, 2010).
• Dividend yield of 5.3% (5.3% as of December 31, 2010).
• Expect option life of three and four years.
• Risk-free annual interest rate of 10.98% (10.8% as of December 31, 2010).
23.3. Pension plan
The Company and its subsidiaries sponsor two employees’ benefit plans: a pension plan,
through a private pension fund managed by Brasilprev Seguros e Previdência S.A., and
an extension of healthcare plans to retired employees.
The defined contribution pension plan was created on August 1, 2004 and all employees
hired from that date are eligible to it. Under this plan, the cost is shared between the
employer and the employees so that the Company’s share is equivalent to 60% of the
employee’s contribution according to a contribution scale based on salary ranges from
1% to 5% of the employee’s monthly compensation.
As of December 31, 2011, the Group did not have actuarial liabilities arising from the
former employees’ pension plan.
The contributions made by the Company and its subsidiaries totaled R$2,553 (Company)
and R$4,300 (Consolidated) in the period ended December 31, 2011 (R$2,167, Company
and R$2,528, Consolidated in the period ended December 31, 2010) and were recorded as
expenses for the year.
67
Natura Cosméticos S.A.
24. FINANCIAL INCOME (EXPENSES)
Company
2011
2010
Financial income:
Interest on short-term investments
Inflation adjustment and foreign exchange gains (a)
Gains on swap and forward transactions
Other financial income
Financial expenses:
Interest on financing
Inflation adjustment and foreign exchange losses
(a)
Losses on swap and forward transactions
Gains (losses) on the mark-to-market of swap and
forward derivatives
Other financial expenses
Financial expenses, net
21,707
40,438
24,357
86,502
13,171
2,403
1,941
17,515
Consolidated
2011
2010
55,463
3,218
39,469
24,548
122,698
35,809
34
3,901
13,895
53,639
(72,487) (39,896)
(92,044)
(58,457)
(36,496)
(26,359)
(38,266)
(27,688)
(7,130)
(12,218)
(3,757)
(9,491)
(1,171)
416
(1,040)
142
(26,735) (5,509) (40,999) (25,712)
(163,248) (58,237) (200,037) (103,375)
(76,746) (40,722)
(77,340)
(49,736)
The objective of the breakdowns below is to explain more clearly the foreign exchange
hedging transactions contracted by the Company and the related balancing items in the income
statement shown in the previous table:
Consolidated
2011
2010
(a)
Inflation adjustment and foreign exchange gains
Inflation adjustment and foreign exchange losses
(a) Breakdown:
Exchange rate changes on borrowings and financing
Adjustment for inflation on financing
Exchange rate changes on imports
Exchange rate changes on accounts payable in foreign subsidiaries
Exchange rate changes on export receivables
68
3,218
34
(38,266) (7,130)
(35,048) (7,096)
(32,104)
(55)
(2,256)
(3,852)
3,218
(35,048)
(2,781)
34
(1,089)
(1,399)
(1,861)
(7,096)
Natura Cosméticos S.A.
25. OTHER OPERATING INCOME (EXPENSES), NET
Gain (loss) on sale of property, plant and
equipment
PIS and COFINS credits (*)
Untimely used PIS and COFINS credits
Other operating income (expenses)
Other operating income (expenses), net
Company
2011
2010
Consolidated
2011
2010
918
11,887
15,461
15,313
43,579
(1,125)
16,852
40,378
6,973
63,078
106
350
456
(9,044)
(8,424)
(17,468)
(*) The stated amount includes the recognized PIS and COFINS tax credits arising from a
favorable outcome in a lawsuit claiming the unconstitutionality and illegality of the PIS
and COFINS taxable basis broadening established by Law 9718/98. For further details see
note 17 (a), on contingent assets.
26. EARNINGS PER SHARE
26.1. Basic
Basic earnings per share are calculated by dividing the net income attributable to the
owners of the Company by the weighted average of common shares issued during the
year, less common shares bought back by the Company and held as treasury shares.
2011
Net income attributable to owners of the Company
Weighted average of common shares issued - thousands
Weighted average of treasury shares
Weighted average of outstanding common shares
Basic earnings per share - R$
2010
830,901
744,050
431,129,772 430,548,910
(1,059,330)
(655)
430,070,442 430,548,255
1.9320
1.7281
26.2. Diluted
Diluted earnings per share is calculated by adjusting the weighted average outstanding
common shares supposing that all potential common shares that would cause dilution are
converted. The Company has only one category of common shares that would potentially
cause dilution: the stock options.
2011
Net income attributable to owners of the Company
Weighted average of outstanding common shares
Adjustment for stock options
Weighted average number of common shares for diluted
earnings per share calculation purposes
Diluted earnings per share - R$
2010
830,901
744,050
430,070,442 430,548,255
930,348
1,564,844
431,000,790 432,113,098
1.9279
1.7219
69
Natura Cosméticos S.A.
27. RELATED-PARTY TRANSACTIONS
27.1. Intergroup balances and transactions
Receivables from and payables to related parties are as follows:
Company
2011
2010
Current assets:
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (a)
Natura Logística e Serviços Ltda. (b)
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Current liabilities:
Trade payables:
Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. (c)
Natura Logística e Serviços Ltda. (d)
Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda. (e)
12,531
20,809
4,568
37,908
13,143
12,218
25,361
163,146 153,597
114,737 47,356
15,141 45,636
293,024 246,589
Related-party transactions are as follows:
Company
Product purchases
Product sales
2011
2010
2011
2010
Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Natura Cosméticos S.A. - Peru
Natura Cosméticos S.A. - Argentina
Natura Cosméticos S.A. - Chile
Natura Cosméticos S.A. - Mexico
Natura Cosméticos Ltda. - Colombia
Natura Europa SAS - France
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Logística e Serviços Ltda.
70
3,155,905 3,006,596
- 2,972,918 2,837,687
35,382
34,104
49,852
42,693
33,211
32,971
38,715
35,533
19,989
18,514
5,365
4,672
431
388
42
34
3,155,905 3,006,596 3,155,905 3,006,596
Natura Cosméticos S.A.
Service provided
2011
2010
Services received
2011
2010
433,192
-
438,095
-
323,715
328,183
-
-
67,694
67,810
433,192
438,095
41,783
433,192
42,102
438,095
235,877
235,877
266,959
266,959
235,877
235,877
266,959
266,959
In vitro research and testing: (h)
Natura Innovation et Technologie de
Produits SAS - France
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
2,790
3,538
-
-
2,790
3,538
2,790
2,790
3,538
3,538
Lease of properties and shared charges:
(i)
Indústria e Comércio de
Cosméticos Natura Ltda.
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
7,296
-
6,728
-
4,227
3,899
7,296
6,728
1,699
1,370
7,296
1,567
1,262
6,728
Administrative structure: (f)
Natura Logística e Serviços Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brasil
Indústria e Comércio de Cosméticos
Natura Ltda.
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Product and technology research and
development: (g)
Natura Inovação e Tecnologia de
Produtos Ltda.
Natura Cosméticos S.A. - Brazil
Total of sales or purchases and services
3,835,060 3,721,916 3,835,060 3,721,916
(a) Advances granted for provision of product and technology development and market
research services.
(b) Advances granted for provision of logistics and general administrative services.
(c) Payables for the purchase of products.
(d) Payables for services described in item (f).
(e) Payables for services described in item (g).
(f) Logistics and general administrative services.
71
Natura Cosméticos S.A.
(g) Product and technology development and market research services.
(h) Provision of in vitro research and testing services.
(i) Lease of part of the industrial complex located in Cajamar, SP and buildings located
in the municipality of Itapecerica da Serra, SP.
The main intergroup balances as of December 31, 2011 and 2010, as well as intergroup
transactions that affected the years then ended, refer to transactions between the
Company and its subsidiaries.
Because of the Company’s and subsidiaries’ operational model, as well as the channel
chosen to distribute products, direct sales via Natura Beauty Consultants, a substantial
portion of sales is made by the subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura
Ltda. to the parent company Natura Cosméticos S.A. in Brazil and to its foreign
subsidiaries.
Sales to unrelated parties amounted to R$5,341 for the period ended December 31, 2011
(R$5,650 for the period ended December 31, 2010).
No allowance for doubtful accounts was recognized for intragroup receivables as of
December 31, 2011 and 2010 due to the absence of past-due receivables with risk of
default.
According to note 14, the Group companies usually grant each other pledges and
collaterals to guarantee bank loans and financing.
27.2. Key management personnel compensation.
The total compensation of the Group’s key management personnel is broken down as
follows:
Board of Directors
Officers
Executives
2011
Compensation
Variable
Fixed
(*)
Total
2010
Compensation
Variable
Fixed
(*)
Total
3,786
5,657
9,443
3,348
5,051
8,399
1,985 5,333
4,033 9,084
6,018 14,417
2,390 32,977 25,194
14,917 40,111
30,587
-
3,786
5,657
9,443
(*) Refers to profit sharing recorded in the year. The amounts include any additions
and/or reversals to the provision recorded in the previous year in view of the final
assessment of the targets established for directors, officers and executives.
72
Natura Cosméticos S.A.
27.3. Share-based payments
Breakdown of Company officers and executives’ compensation:
2011
Stock option grant
Stock option
balance (number)
Average exercise
(a)
price R$ (b)
2010
Stock option grant
Stock option
balance (number)
Average exercise
(a)
price R$ (b)
Officers
1,700,155
32.84
1,512,569
28.10
Executives
3,173,327
32.84
2,961,042
28.10
(a) Refers to the balance of unexercised vested and unvested options at the end of the reporting period.
(b) Refers to the weighted-average exercise price of the option at the time of the stock option plans,
adjusted for inflation based on the Extended Consumer Price Index (IPCA) through the end of the
reporting period.
28. COMMITMENTS
28.1. Inputs supply contracts
The subsidiary Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. entered into a contract
for the supply of electric power to its manufacturing activities, in effect through 2015,
which provides for the purchase of a minimum monthly volume of 3.6 Megawatts,
equivalent to R$363. As of December 31, 2011, the subsidiary was compliant to the
contract’s commitment.
The amounts are carried based on electric power consumption estimates in accordance
with the contract period, whose prices are based on volumes, also estimated, resulting
from the subsidiary’s continuous operations.
Total minimum supply payments, measured at nominal value, according to the contract,
are:
2011
Less than a year
More than one year and less than five years
More than five years
2010
3,983 3,899
9,842 9,591
- 2,578
13,825 16,068
28.2. Operating lease transactions
The Company and its subsidiaries have commitments arising from operating leases of
properties where some of its foreign subsidiaries, the head office in Brazil and “Casas
Natura” in Brazil and abroad are located.
Contracts have lease terms of one to ten years and no purchase option clause when
terminated; however, renewal is permitted under the market conditions where they are
entered into, for an average of two years.
73
Natura Cosméticos S.A.
As of December 31, 2011, the commitment made for future payments of these operating
leases had the following maturities:
Company Consolidated
2012
2013
2014 and thereafter
1,217
1,119
2,687
5,023
6,011
4,940
6,618
17,569
29. INSURANCE
The Group has an insurance policy that considers principally risk concentration and
materiality, and insurance is obtained at amounts considered by management to be sufficient,
taking into consideration the nature of its activities and the opinion of its insurance advisors.
As of December 31, 2011, insurance coverage is as follows:
Type of coverage
Item
Industrial complex/
inventories
Vehicles
Loss of profits
Any damages to buildings, facilities, and
machinery and equipment
Fire, theft and collision for 1,337 vehicles
Loss of profits due to material damages to
facilities, buildings and production machinery
and equipment
Insured
amount
916,659
52,242
1,615,685
30. APPROVAL OF FINANCIAL STATEMENTS
The individual and consolidated financial statements were approved by the Board of Directors
and authorized for issue at the meeting held on February 15, 2012.
2011-2001 - NOTAS
74
NATURA MANAGEMENT REPORT 2011 VERSION 7
MESSAGE FROM THE CHAIRMEN OF THE BOARD
The ethical challenge of our time
“Natura may be the most evolved example we´ve seen thus far of a
company managing its world in full color and maximizing value added to
its ecology”.
Chris Meyer, Standing on the Sun: How explosion of
capitalism abroad will change business everywhere
In 2001, we received confirmation that our world is indeed unsustainable, if the
current level of production, global consumption and socio-environmental imbalance is
maintained. The surge of incidents in recent years speaks volumes: in 2006, there
arose an awareness of the risks of man-made global warming; two years later, we had
the financial crisis, which is now deepening in the European Community. Finally, since
2010, we have watched with bewilderment as the Arab Spring erupted, in varying
degrees of social upheaval, behind a common goal to establish the foundations of a
fairer and more equal society. We believe that only a profound transformation – based
on the ethics of life, in which a new sense of development and a renewed global
governance prevail over the interests of regions, countries and economic groups – will
be a source of hope for future generations and for our continued existence on Earth.
If, on the one hand, this scenario concerns us, on the other it reasserts our
determination to invest all our emotional and intellectual energy so that Natura can
serve, increasingly, as an agent of this much-needed social transformation.
Underpinned at all times by the principles of sustainability, in pursuit of the best
integrated economic, social and environmental results. This corporate conduct, in
keeping with the values of society, impels us to take Natura and its value proposition
to new frontiers and geographic regions.
Brazil and Latin America, our primary markets, are currently in a privileged position.
While they are not immune from the effects of an international recession, they tend to
be impacted less by global imbalances. The economic rise of an important population
contingent, particularly the participation of women, seems to have a scope that could
drive a long cycle of development, although still far from our aspiration of achieving a
sustainable model. The sizable investments being made by large cosmetic, toiletry and
fragrance companies in Latin America confirm this highly promising scenario. In a short
space of time, Brazil will become the world’s second largest market in our sector.
In our message this year, we have quoted a passage from the recently published book
by Harvard professor, Chris Meyer, not only because we feel honored by the
references to our business model, but also due to the overt exhortation to 21st century
capitalism. The value of our model lies in the fact that it is a process undergoing
continuous improvement, evolving through the union of technology and hearts
engaged in the same cause. Therefore, we envisage the possibility of expanding the
transformational power of our relationship network.
The ever fuller exercise of our Reason for Being, the promotion of WellBeingWell, will
lead us to strengthen our ties and the quality of our relationships with sales
consultants, employees, business partners and consumers, all of whom are driven by
dreams and the pursuit of personal and professional fulfillment. Determined to see
solidarity, creativity and altruism prevail over all other interests, with respect and
reverence for life. We reassert our commitment to stand beside all those who want to
participate in this essential collective construction of humanity.
Yours in friendship,
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Pedro Luiz Barreiros Passos
Guilherme Peirão Leal
Co-Chairmen of the Board
MESSAGE FROM THE EXECUTIVE COMMITTEE
THE BASIS OF NATURA FOR THE FUTURE
Over the past five years, we have implemented some profound changes at Natura. We
practically doubled in size between 2007 and 2011, and the figures demonstrate the
consistency of our strategy: the number of sales consultants has risen from 718,000 to
1.4 million, increasing product orders from 9 million to an impressive 17 million per
year; Ebitda has grown sharply from R$700 million to R$1.4 billion and net revenue has
advanced from R$3 billion to R$5 billion. The participation of our international
operations, meanwhile, has climbed from 4.4% to 9%. To provide support for this cycle
of growth, we have staged an overhaul of our logistics model, developed and attracted
new leadership that increasingly identifies with our business culture and corporate
conduct, implemented a management system structured around Business Units and
Regional Units, and continued investing in innovative product conception, in
environmental impact management and in our business model.
In 2011, we made the largest investment of our history, allocating almost R$350
million to expand production, develop the logistics model and improve technology,
indispensible for the sustainability of our growth. We have improved the standard of
our infrastructure, to allow our products to reach the hands of our sales consultants
more quickly, with a reduction in order costs and in the emissions of gases that
contribute to global warming.
It should be recognized that the simultaneous implementation of new systems for
capturing orders and the overhaul of our logistics model, with the opening of new
distribution centers, caused some instability in our operations that affected the quality
of our service and our relationships. Meanwhile, we also experienced a decline in our
commercial and marketing efficiency. The combination of these two factors had
repercussions on results, which fell short of our expectations, requiring strategy
adjustments over the course of the year.
We are determined to improve the assertiveness of our promotions, assuring a better
balance between the portion that is centrally planned and the part that is managed
regionally. And we are confident that the same changes to the infrastructure will allow
us to achieve a standard of service that will sharpen the competitive edge of our
brand.
The year also came with fresh opportunities. Following a period of strong business
expansion through the growth of our sales channel, which has permitted us to raise
the penetration of our products in Brazilian households from 40% to 60%, we decided
the time was right to progress with our strategy. The focus has now been placed on
the productivity gains of our sales consultants, increasing the frequency of purchases
by customers and the variety of the products they buy. After all, we have the most
preferred brand on the market and our sales consultants engage with around 100
million consumers in Brazil.
We remain enthusiastic with the expansion of our international operations, the result
of the work of a high-quality leadership team that comprises professionals with both
experience at Natura and a knowledge of local markets. In Argentina, Chile and Peru,
countries where our operations are in the stage of consolidation, we grew at a rate of
36% per year in weighted local currency, significantly improved our profitability and
are already among the most preferred brands in our sector. In 2011, we gave
continuity to the process of increasing local manufacturing, by starting production in
Colombia. In Mexico, we doubled the size of our distribution center and began to reap
the first benefits of the Sustainable Relationship Network – an innovation in our
commercial model, developed especially for the Mexican market, that encourages
socio-environmental entrepreneurship, unprecedented in the direct selling industry.
In the economic arena, our net revenue rose 8.9% and Ebitda grew 13.4%. In the social
field, we increased the distribution of wealth to our primary stakeholders.
Nevertheless, the adjustments made over the year had an adverse effect on the
organizational climate and the satisfaction level of our sales consultants.
Environmentally speaking, we achieved our reduction targets for carbon emissions and
use of natural resources, such as water and energy.
At the same time that we made changes on multiple fronts, we also made progress
towards a new perspective for the future of our business. We are particularly excited
about the future of the direct selling industry. From the outset, we have believed in
the enterprising and transformational capacity of people who are engaged in common
purposes. In a world that is increasingly more digitally connected, where personalized
service for each customer is growing in importance, there are huge opportunities in
direct selling for continued expansion. We envisage a future in which the relationship
between sales consultants and customers will be supported by information technology
and by social networks, a platform where services can still be developed a great deal
and, at the same time, increase the creation of value for everyone involved.
Inspired by the continued desire to see our brand reach new heights, we reassert our
enthusiasm to proceed with all those who are part of the Natura community, giving
increasingly more significance to the relationship network we have built.
Alessandro Giuseppe Carlucci
CEO
João Paulo Ferreira
Senior Vice President of Operations and Logistics
José Vicente Marino
Senior Vice President of Business
Marcelo Cardoso
Senior Vice President of Organizational Development and Sustainability
Roberto Pedote
Senior Vice President of Finance, Legal Affairs and Information Technology
NATURA MANAGEMENT REPORT 2011
Market context
According to the latest data from the Brazilian Cosmetic, Toiletry and Fragrance
Industry Association (Abihpec/Sipatesp2), the sector’s target market in the country
grew 7.7% in nominal terms in the first 10 months of 2011, below analysts’ forecasts.
In this context, Natura held on to its leadership of the sector, with a market share of
23.2%, which was 0.4 percentage points lower than the same period last year.
Advances in infrastructure
The investments in infrastructure will provide the basis for the new cycle of growth at
Natura. Since 2009, our logistics structure has undergone an extensive overhaul. We
intend to guarantee that our products reach the hands of our sales consultants more
quickly, with a reduction in order costs and Greenhouse Gas (GHG) emissions.
In 2011, we opened one distribution center and expanded the handling capacity of
another three centers. Equipped with modern picking technology, as well as being
highly automated and energy efficient, they are designed to handle a larger number of
orders, including those with fewer items, making it easier to split up deliveries. This
helps us make productivity gains and reduce order costs.
In 2012, we gave continuity to this expansion by opening a new distribution center and
a hub in São Paulo. With these investments, we brought forward by almost two years
our plans to overhaul the logistics network. Our goal is to significantly reduce the
service time for our sales consultants.
In our international operations, we also achieved gains in logistics efficiency, with new
distribution planning in Latin America, which centralizes the distribution service in
Colombia and Mexico. We have consolidated the perfume bottling operation in
Argentina, which began in 2010, and we began producing soap in Colombia. As a
result, we expect to significantly increase the percentage of locally manufactured
products.
Corporate Governance and the Capital Market
The Board of Directors underwent a process of renewal, with the substitution of two of
its members. After contributing to the growth and development of Natura for more
than a decade, Edson Vaz Musa and José Guimarães Monforte announced their
resignation. To serve in their places, the Annual General Meeting (AGM) in April 2011
approved the appointment of Marcos Lisboa and Adílson Primo as external and
independent board members – Primo resigned in November and his position has yet to
be filled. The same AGM approved the return of Guilherme Peirão Leal to the position
of co-chairman of the Board of Directors after he took a temporary leave to run in the
2010 presidential elections. Since 2010, we have been working to attract the largest
possible number of our 10,000 shareholders to the AGM, primarily our small investors.
We believe this is a way to reassert our involvement and the transparency of our
relationship with shareholders. In 2011, we organized an event to encourage dialogue
between shareholders and the members of the Board of Directors and the Executive
Committee, the CEO, the founders of Natura and the Investor Relations and Corporate
Governance departments. Another highlight last year was a joint public meeting with
the participation of Apimec-SP (São Paulo Association of Capital Market Analysts and
Investment Professionals), which will be repeated at the AGM in 2012, scheduled for
April 13.
Profile of shareholders
2009
Individuals
2010
2011
7,699
7,838
8,722
Brazilian companies
560
560
659
Foreign companies
668
850
867
8,927
9,248
10,248
Total
Share performance
In 2011, Natura shares fell 20.4%, slightly more than the annual loss of 18.3% reported
by the Ibovespa, the main index of Brazil’s BM&FBOVESPA stock exchange.
Average Daily Trading Volume (R$
million)
2009
2009
2011
25,983
25,983
43,696
Source: Economática
Considering the period since the company went public, in 2004, our shares have performed
significantly better than the Ibovespa, as can be seen in the graph below:
1.000
NATU3
29/12/2011
R$36,21
900
Índice Bovespa
800
NATU3
588,0%
Follow On
31/07/2009
700
Base 100 = 25/05/2004
600
500
400
NATU3
25/05/2004
R$5,27
200,9%
300
200
100
0
2004
NATU3: +87.2%
Ibov: +33.0%
2005
+37.9%
+28.3%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
+51.1%
+29.1%
-41.4%
+47.4%
+18.0%
-41.4%
+101.6%
+82.7%
+37.0%
+1.3%
-20.4%
-18.1%
Natura shares are included in the Brazilian stock market’s main indices: Ibovespa, IBrX50 (that lists the 50 most liquid shares on the BM&FBOVESPA), ISE (Corporate
Sustainability Index), Corporate Governance Index, Special Tag Along Stock Index,
Morgan Stanley Composite Index and ICO2 (the BM&FBOVESPA’s Carbon Efficient
Index).
Economic Performance
Natura’s consolidated net revenue in 2011 was R$5.591 billion, an increase of 8.9%
over 2010, with EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization) of R$1.425 billion and an EBITDA margin of 25.5%. Net income was
R$830 million and the net margin was 14.9%.
(R$ Million)
2009
2010
2011
Consolidated Net
Revenue
4,242.1
5,136.7
5,591.4
Consolidated Ebitda
1,008.5
1,256.8
1,425.0
Consolidated Net Income
683.9
744.1
830.9
In the Brazilian operation, net revenue grew 6.8% to R$5.087 billion. The international
operations, meanwhile, reported robust growth of 40% in weighted local currency
(35.4% in reais), totaling R$503 million, or 9.0% of Natura’s consolidated net revenue,
the largest share ever.
Free cash generation over the year was R$411 million compared to R$716 million in
2010, a reduction of 42.7%. In 2011, there was an increase in working capital,
concentrated mainly in the expansion of on-hand inventory and the increase in
recoverable taxes. In 2011, we invested R$346 million in property, plant and
equipment, primarily in information technology, manufacturing capacity and logistics
infrastructure.
Social and Environmental Performance
We continued to increase the creation of value for Natura’s main stakeholders, as
shown in the table below:
Distribution of wealth (R$ million)
2009
2010
2011
551.9
646.9
551.9
Consultants
2,302.5
2,738.2
2,302.5
Employees
643.0
769.2
643.0
Suppliers
3,087.5
3,707.4
3,087.5
Government
1,147.4
1,476.5
1,147.4
Shareholders1
1. The amounts distributed to shareholders refers to the dividends and interest on capital actually
paid to shareholders, i.e. they consider the cash basis.
Payment of dividends
On February 15, 2012, the Board of Directors approved a proposal for the payment of
R$762.6 million in dividends and R$61.1 million in interest on capital (R$51.9 million
net of withholding tax) for the 2011 financial year. This proposal will be submitted to
the Annual General Meeting (AGM) to be held on April 13, 2012.
On July 20, 2011, in advance of the AGM, Natura paid dividends in the amount of
R$295.3 million and interest on capital in the amount of R$31.9 million (net of
withholding tax). The remaining balance of R$467.3 million in dividends and R$20.1
million in interest on capital (net of withholding tax) shall be paid on April 18, 2012,
following approval by the AGM.
These dividends and interest on capital related to earnings for the 2011 financial year
represent net earnings of R$1.89 per share (R$1.65 per share in 2010), corresponding
to 99% of net income¹ for 2011.
¹ Final result of the sum of all the revenue and expenses for the fiscal year.
High-Priority Sustainability Issues
Pursuing the challenges of sustainability is, first and foremost, a major source of
innovation for Natura. We work continuously to integrate the economic, social and
environmental aspects of our business in Natura’s management. Our value proposition
involves the construction of a sustainable development model that considers the risks
and opportunities in all three dimensions of the triple bottom line, creating value for
society and for our business. Sustainability, therefore, is a principle that underpins our
business processes, integrates our strategic planning and is monitored by our senior
management. The definition of our sustainability priorities is made together with our
stakeholders. In 2011, we concluded our biennial review of these priorities, which we
consider vital to the future of Natura and are reported on a monthly basis by the
Sustainability Committee to the senior management. See below the main
achievements in these areas:
Water
Over the years, we have streamlined our production processes and acquired efficiency
in the use of water in our operations. In 2011, we reduced our consumption from the
previous year from 0.42 to 0.40 liters per unit produced.
We understand, however, that our impact involves more than just consumption in
production. To improve our knowledge, we began a broad study two years ago that
resulted in our first water inventory, developed in accordance with the methodology
of the Water Footprint Network (WFN), an international organization that promotes
the sustainable, fair and efficient use of water. Natura was the first company in the
cosmetic sector to use this technology and the only company in the world to apply the
water inventory to the use of products by consumers.
Water consumption (liters/unit produced)1
2009
2010
2011
0.42
0.42
0.40
1
Water consumption metric altered from unit billed to unit produced to allow the early identification of
opportunities for improvement in our processes.
Education
In 2011, we developed a new education framework for Natura that goes beyond
educating just our employees. Based on the dissemination of sustainability, the
education will now extend to all our suppliers, sales consultants and surrounding
communities, among other stakeholders.
Another key pillar of our education strategy is the Natura Institute. Created in 2010,
this non-profit institute is responsible for our private social investment and is focused
on promoting quality education. An important expression of this commitment is the
Crer para Ver (Believing is Seeing) program, which is funded through the sale of a
special line of products, the earnings from which are spent on projects to improve
public education in Brazil and Latin America. In 2011, the program raised R$8.4 million.
The Natura Institute strives to offer educational technologies that promote large-scale
transformations in society, which has already been achieved through the Trilhas
(Trails) project, which encourages reading and writing in pre-school children. The
initiative has now become a federal government policy: in 2012, it will be implemented
in 2,000 municipalities for some 3 million pupils in partnership with the Ministry of
Education.
Sustainable Entrepreneurship
Our sales channel represents a valuable opportunity to incentivize socioenvironmental entrepreneurship actions. Some initiatives have already started to
explore this potential, such as the Acolher (Embrace) Program, which supports socioenvironmental projects developed by our sales consultants and consultant advisors.
Another innovation is the Sustainable Relationship Network that we have established
in Mexico. According to this new business model, launched half way through 2011,
sales consultants are awarded “engagement points” with Natura in accordance with
both their sales figures and their engagement in socio-environmental projects in the
communities where they live. After nine cycles of this initiative in 2011, the model is
producing results that have filled us with enthusiasm and taught us some important
lessons.
Climate change
Our commitment to the reduction of Greenhouse Gas (GHG) emissions began in 2007,
when we launched the Carbon Neutral Program and made a commitment to reduce
relative emissions by 33% throughout our extended production chain, from the
extraction of raw materials through to consumption. By the end of 2011, we had
managed a relative reduction of 25.4% compared to 2007. We also have an additional
goal to cut our absolute emissions (generated in our production process) by 10% by
the end of 2012. Although absolute emissions rose 11% in 2011 compared to 2008, we
have maintained the same commitment in virtue of the projects that will be
implemented throughout this year.
Relative emissions (Kg of CO2e/kg of billed product)¹
2009
2010
2011
3.55
3.30
3.12
1.
CO2e (or CO2 equivalent): measure used to express greenhouse gas emissions, based on the
global warming potential of each one.
The emissions that can still not be avoided are offset by purchasing carbon credits
from reforestation, energy efficiency and fuel substitution projects, reducing the
impact of our operations and promoting the green economy. In 2011, we contracted
our first offsetting project outside Brazil, in the city of Cáceres, in Colombia.
Solid waste
We are working together with the Brazilian Cosmetic, Toiletry and Fragrance Industry
Association (Abihpec) on the formulation of proposals to ensure compliance with the
National Solid Waste Policy, which has been in effect since 2010.
Just as we do with carbon emissions and water consumption, in 2011 we developed a
methodology that allows us to prepare our first waste generation inventory. We
believe that waste management can be a driving force of value for the generation of
business through an ongoing process of innovation. Currently, we measure and
manage only the waste inside our operating units. In 2011, we achieved a 13%
reduction, with the generation of 20.01 grams per unit produced compared to 23.09
the previous year.
Social biodiversity
We encourage discussion on the use of social biodiversity and we support the
establishment of a new legal framework on access to biodiversity that promotes the
sustainable use of Brazil’s genetic heritage and the traditions associated with it. We
want this relationship to encourage research, production and conservation of
biological diversity.
This is why we launched the Amazon Program, which was created to generate new
business and act as a catalyst for knowledge, ideas and initiatives. Natura’s challenge is
to contribute to the sustainable development of the Amazon region through science,
technology and innovation, and through the consolidation of production chains in the
region. To establish a movement that integrates the various groups and their
knowledge in a large trading network that can find solutions using the products and
services from social biodiversity and reveal the huge potential of the business that
exists in the Amazon. In 2011, we measured our volume of business in the Amazon
region for the first time and came to a figure of R$64.8 million.
Quality of Relationships
We believe that the development of Natura depends on our potential to find answers
to today’s challenges in a broad and collective way, and also on the bonds we establish
with our various stakeholder groups. To transform this belief into action, we adopted a
structured relationship management in 2009 that includes permanent dialogue
channels with our stakeholders. For Natura, this is a means of co-creating, of finding
the best and most thorough solutions with technical and relationship quality. See
below the results we have achieved with the stakeholders closest to our business:
Sales Consultants and Consultant Advisers
The main challenge in our relationship with the sales channel in 2011 was the quality
of the service delivered to the sales consultants. We worked tirelessly over the year to
correct the imbalances in product availability and reached the last four cycles of 2011
with a more stable platform for capturing and billing orders, indicating a significant
improvement in the level of service. During the period of instability in our operations,
we sought to maintain an honest and open dialogue with our sales force. We used the
Natura meetings, which are held regularly in each cycle, to inform our sales
consultants of the difficulties we were experiencing and the steps we had taken.
As a result of the instability, the loyalty indicator of our sales consultants fell from 21%
in 2010 to 19% on the Brazilian market. We intend to step up our efforts, since while
we acknowledge that we still have a long way to go, we are enthusiastic about what
can and will be done.
Employees
As we have expanded our business, both in Brazil and abroad, the challenge of
recruiting, retaining and developing our staff has grown more acute as, in addition to
professional skills, our employees need to adhere to our Essence. We have, therefore,
been working to strengthen our staff development programs, and in 2011 we refined
our education proposal. This is essential for an organization with 6,700 people.
We strive to maintain a working environment that is both receptive and stimulating.
And we have always expected to keep improving the satisfaction of our employees,
measured in the organizational climate survey that encompasses all our operations.
However, the adverse and unexpected conditions in 2011 generated a good deal of
extra work for our staff, and this was an important reason why this indicator fell three
percentage points, receiving a 70% rate of favorable responses from employees. We
are going to expand our efforts to rectify this situation and achieve the standard of
excellence to which we aspire.
Climate Survey– Favorable Responses (%)1
2009
2010
2011
Natura
74
73
70
1. Equivalent to the percentage of employees who checked 4 and 5 (top 2 boxes) on a scale of 0 to 5
points.
Consumers
In the modern business environment, companies are dramatically changing the way
they engage with their customers. Natura believes there is a huge opportunity to
transform and streamline the quality of this relationship. It is worth pointing out that,
in 2011, Natura’s penetration into Brazilian households rose significantly, from 54.8%
to 61.9%. This means that we reached approximately 100 million people.
Considering that we are the preferred brand in cosmetics, we have an excellent
opportunity to increase the purchasing frequency of these consumers who already
have contact with our sales consultants.
Suppliers
Following our expansion in Latin America, we have increased the participation of
suppliers from the region by means of a new regional procurement structure for our
international operations. This has resulted in efficiency gains in services and in the
purchase of indirect materials.
In 2011, we also streamlined our supply base in partnership with the suppliers
themselves, defining new criteria for purchases based on broader considerations –
including the socio-environmental impact.
We have monitored the satisfaction of our suppliers, using the loyalty indicator that
measures overall satisfaction and the intention to continue working with Natura and
recommend the company to other suppliers. In 2011, the loyalty of our partners in
Brazil remained fairly stable, at 26.5% compared to 27.7% the year before.
Supplier communities
In 2011, we worked with 32 supplier communities, involving 3,235 families. These
figures represent an increase of 40% in the number of families involved and a 15% rise
in the amount of resources allocated to these communities, as well as significant
improvements in local development.
Supplier Communities1
2009
2010
2011
Number of communities engaged with Natura
25
25
32
Benefited families in the supplier communities
2,012
2,301
3,235
Just like previous years, we expanded our business with surrounding communities as
part of a strategy to extend the social benefits generated by access to biodiversity
ingredients and the associated traditional knowledge. It is worth pointing out that the
main driving force behind this expansion was the increased vegetalization of our
products – particularly the Ekos line, which was relaunched in 2011.
As a result of this, we allocated over R$10 million to supplier communities in 2011. The
figure represents the amount paid to input suppliers, benefits sharing contracts,
access, access to genetic heritage or to associated traditional knowledge, use of image
and investments in local development.
Resources allocated (R$ million)
2009
2010
2011
Supply1
2,767.1
4,373.6
6,749.1
Sharing benefits from access to genetic
heritage or associated traditional knowledge2
1,056.2
1,480.1
1,597.4
Funding and sponsorship3
1,087.6
1,551.7
1,002.2
14.5
76.5
22.0
151.7
184.5
133.0
Certification and stewardship6
27.8
212.2
21.5
Studies and advisory services7
435.1
827.7
512.0
5,540.3
8,706.4
10,037.2
Use of image4
Training5
TOTAL
1. Consists of the amount paid by the beneficiaries or by the Benevides Industrial Unit for the purchase of
raw materials used in our products. 2. Corresponds to the amounts paid by Natura in benefits shared
with communities where genetic heritage and/or traditional knowledge associated with a species of
Brazilian biodiversity was accessed. 3. Sustainable development funding agreements voluntarily
supported by Natura, for which disbursement is contingent on the implementation of projects or
sponsorship for infrastructure improvements. 4. Amounts paid by Natura for use of image of community
members in its institutional publicity or marketing materials. 5. Includes workshops and courses paid for
by Natura for the communities to improve their sustainable production techniques. 6. Amounts invested
in certification and stewardship plans for cultivated areas. 7. Includes all studies by anthropologists,
lawyers, economists, NGOs and other services commissioned by Natura. It also includes technical studies
contracted by the Bioagriculture department for the structuring of production chains.
Outlook
Brazil is still one of the world’s most prosperous cosmetic, toiletry and fragrance
markets. Although it grew less in 2011 than in previous years, it will no doubt continue
to expand faster than the industry as a whole.
In this environment in expansion, we are determined to assure that the service to our
sales consultants and end consumers achieves a standard of excellence, sharpening
the competitive edge of the Natura brand.
Given the sizable penetration of our products, which are present in the households of
nearly 100 million Brazilians, and the leadership of the Natura brand in consumer
preference, nearly double that of the second placed brand, we have the opportunity to
increase the frequency of purchases by customers and the variety of the products they
buy. This will drive the productivity gains of our sales consultants.
To achieve this, we are going to redirect our marketing mix and promote innovations
to occupy the spaces where our brand is still not present, among other initiatives.
We remain confident and enthusiastic about the expansion of our international
operations, which have proven to be a relevant and lucrative business platform,
capable of expressing the values of Natura in the region. In Latin American countries,
we are expanding the sales channel and increasing our local manufacturing, which will
allow us to speed up our growth in an equally large market in which we still have
plenty of room for development.
We have paid close attention to the changes taking place in the business environment,
with more demanding consumers, advances in digital technology and the connectivity
of social networks. We intend to use these tools to continue expanding our business,
generating income for our sales consultants and providing the best buying experience
for our customers.
Confident in the innovative spirit of our staff, we believe that these times of major
transformation will allow Natura to take its value proposition to new geographic
regions, thereby broadening the scope of its relationship network and its potential to
contribute to the construction of a business model for the future.
Adherence to the Market Arbitration Chamber
The company, its shareholders, administrators and members of the Fiscal Council
undertake to settle, through arbitration, in the Market Arbitration Chamber, any and all
disputes or disagreements that may arise among them, related to or deriving from, in
particular, the application, validity, effectiveness, interpretation, violation and its effects,
of the provisions in Law No. 6,404/76, the company’s bylaws, the rules issued by the
National Monetary Council, the Central Bank of Brazil and the Brazilian Securities
Commission (CVM), as well as other rules applicable to the operation of the capital market
in general and those contained in the stock exchange’s Novo Mercado (New Market)
Regulations, Arbitration Regulations, Sanctions Regulations and Listing Agreement.
Relationship with the independent auditors
In accordance with CVM Instruction No. 381/03, we confirm that the company and its
subsidiaries formally consult with the independent auditors Deloitte Touche Tohmatsu to
assure that any additional services it may provide do not affect its independence and
objectivity that are required to perform independent auditing services, as well as to obtain
the approval of the Audit Committee. The company’s policy for contracting the services of
independent auditors assures that there is no conflict of interests or loss of independence
or objectivity. In 2011, no such services were commissioned.
Additionally, in accordance with CVM Instruction No. 308/99, the company and its
subsidiaries hereby notify that they have contracted the independent auditors Ernst &
Young Terco Auditores Independentes S.S. to audit the company’s financial statements
for the fiscal year ending on December 31, 2012, replacing Deloitte Touche Tohmatsu
Auditores Independentes (“Deloitte”), which performed the audit that we present in
this Management Report. The decision was taken at the meeting of the Board of
Directors on January 10, 2012, following the recommendation of the company’s Audit
Committee.
Guidelines for sustainability reporting
In order to accurately and transparently portray our performance in the economic,
environmental and social arenas, we have adopted the guidelines of the Global Reporting
Initiative (GRI-G3.1), whose criteria will be developed extensively in our 2011 Annual
Report.
All social and environmental data contained in the GRI indicators are subject to external
verification by independent auditors from Ernst & Young Terco Auditores Independentes
S.S.. In the case of GHG emissions, a specific verification (limited assurance) of the 2011
inventory data was carried out by KPMG.
São Paulo, February 15, 2012 – Natura Cosméticos S.A. (BM&FBovespa: NATU3)
announces today its results for the fourth quarter of 2011 (4Q11). Except where stated
otherwise, the financial and operating information in this release is presented on a
consolidated basis, in accordance with International Financial Reporting Standards (IFRS).
INTRODUCTION
Consolidated net revenue in fiscal year 2011 was R$ 5,591.4 million, up 8.9% from
2010. EBITDA was R$ 1,425.0 million, representing growth of 13.4% and EBITDA
margin of 25.5% (24.5% in 2010). Net income in the year was R$ 830.9 million, for
growth of 11.7% and net margin of 14.9% (14.5% in 2010).
In the fourth quarter of 2011 (4Q11), consolidated net revenue was R$ 1,670.5 million,
representing growth of 7.3% in relation to the year-ago period. EBITDA was R$ 500.4 million
in the quarter, rising 39.8% from 4Q10, with EBITDA margin of 24.1%. Net income was
R$ 290.7 million, up 32.5% on 4Q10, with net margin of 17.4%.
In the Brazilian operations net revenue in the year grew 6.8% to R$ 5,087.6 million. EBITDA
margin was 29.0% in 2011, expanding from 28.0% in the previous year.
In the international operations net revenue in 2011 was R$ 503.8 million, representing growth
of 40.0% in weighted local currency. EBITDA1 in these operations was a loss of R$ 51.1
million, improving by R$ 27.3 million from the loss of R$ 78.4 million in 2010.
2011 highlights:
The total consultant base reached 1,421,000 in the year, expanding by 16.3% from
2010. In Brazil, we ended 2011 with 1,175,000 consultants, for growth of 14.3%, and
with 13,250 CNOs (Super Consultants). In the international operations, the number of
consultants was 246,000, for growth of 27.1% on a year earlier.
In Brazil, according to the survey conducted by Brand Essence/Ipsos, the Natura brand
remained at the top with 47% of consumer preference (49% in 2010). In the
international operations we obtained significant advances in our brand recall and
1
Based on pro forma EBITDA.
1
preference levels. In Argentina and Peru, we are among the top three brands in terms
of consumer preference in the Cosmetic, Fragrance and Toiletry (CFT) sector.
In Brazil, according to the latest data from Sipatesp/Abihpec2, Natura’s target market
grew by 7.7% in the first 10 months of 2011. Natura’s market share stood at 23.2% in
the year, for a decline of 36 basis points. The following table presents the growth in the
CFT industry and Natura’s market share.
ABIHPEC/SIPATESP – target market of cosmetic, fragrance and toiletry
products in Brazil and Natura’s market share
Core Market (R$ million)
10M11
10M10
Market Share - Natura (%)
Change %
10M11
10M10
Change %
Cosmetics and Fragrances
8,209.9
7,686.1
6.8%
33.7%
34.3%
(0.6)
Toiletries
8,579.5
7,910.0
8.5%
13.1%
13.1%
0.0
16,789.4
15,596.1
7.7%
23.2%
23.5%
(0.4)
Total
Source: SIPATESP
The innovation3 index stood at 64.8% in the year (65.7% in 2010), remaining stable in
relation to recent years. We launched 164 products in 2011, with the highlights the relaunch of the Natura EKOS line and the launch of the new lines Higeia and VôVó.
We invested regularly in infrastructure projects aimed at improving the quality of the
service provided to our consultants and final consumers in order to prepare the
company for growth and to capture efficiency gains. The main projects were:
o Expansion of the SAP4 system for billing and ordering processes, which
substituted 28 legacy systems;
o Inauguration of a new Distribution Center (DC) in the state of Paraná and
expansion of three existing ones, for a total of 8 DCs in Brazil;
o Reformulation of processes and systems for planning demand; and
o Launch of the expansion of our production capacity and the construction of a new
Distribution and Logistics Center in São Paulo, which will be concluded within the
next 15 months.
The high complexity of these projects and simultaneously implementing them
contributed to a temporary drop in the level of service provided to our consultants and
2
Sipatesp/Abihpec: São Paulo State Perfumery and Toiletry Association / Brazilian Cosmetic, Fragrance and Toiletry Industry
Association.
3
The innovation index is based on revenue in the last 12 months from products launched in the last 24 months.
4
SAP: system that offers an integrated set of modules for business management, which include: manufacturing, financial, sales,
distribution and human resources.
2
final consumers, which negatively impacted sales in Brazil in the second half of the
year.
The international operations, on the other hand, made an important contribution and
already account for 9.0% of consolidated net revenue (9.5% in 4Q11). The operations
in consolidation (Argentina, Chile and Peru) registered net revenue growth in weighted
local currency of 36.1% in 2011. EBITDA was a gain of R$ 43.0 million, for EBITDA
margin of 12.8% (R$ 13.1 million and EBITDA margin of 5.1% in 2010). In the
operations in implementation (Mexico and Colombia), net revenue in weighted local
currency grew by 55.6% in the year.
Still in the international operations, we made progress in our strategy of adapting our
activities to the local reality. In Mexico, we implemented a new sales model
(Sustainable Relations Network) and in Peru and Colombia we launched the CNO Super
Consultant model. The model based on local production using third parties, which has
been used in Argentina since 2010, was extended to the production of soaps in
Colombia.
Natura ended the year with a cash balance of R$ 515.6 million and net debt of
R$ 1,130.0 million, which corresponds to 0.4x EBITDA. Free cash flow5 was R$ 410.6
million, down 42.7% in relation to 2010. This reduction was due to the higher
investments in infrastructure projects (fixed assets) and the higher consumption of
working capital, in particular for the increased inventory coverage and higher
recoverable taxes.
In 2011, we launched the Programa Amazônia (Amazon Program) with the goal of
contributing to the region’s sustainable development, which involved creating a large
network that fosters the valuing of social and biodiversity and captures the business
potential that exists in the Amazon, while contributing to social and economic
development and the conservation of biodiversity.
We reduced our greenhouse gas (GHG) emissions by 5.3%, bringing to 25.4% the
cumulative reductions in the period from 2007 to 2011. We launched a new bidding
process for selecting emissions-neutralization projects in 2011-2012 and we contracted
the first carbon-offset projects outside of Brazil, which are located in Colombia.
In our social investments, which are made through the Natura Institute, we are focused
on offering educational technologies that promote large-scale transformation in society
that contributes to the formulation of new public policies in the area of education. One
example is the Projeto Trilhas (Paths Project), which promotes reading and writing in
preschool education and was adopted by the Ministry of Education. Through the
5
Free Cash: (internal cash generation) +/- (variations in working capital and long-term assets and liabilities) – (acquisitions of
fixed assets).
3
Programa Crer para Ver – CPV (Believing is Seeing Project), we raised R$ 8.4 million
and reached 345 cities in Brazil, involving 4,900 schools and 940,000 people including
students, teachers, coordinators and principals.
The following table shows the final results of the indicators with the respective targets
for 2011:
Indicator
Greenhouse
gases
Water
consumption
2010 Result
2011 Commitment
2011 Result
-7.3%
(21.2% cumulative)
Reduce GHG emissions 33% by
2013, based on the inventory
we conducted in 2006.
-5.3%
(25.4% cumulative)
0.42 liter/unit
produced
*
Funds raised by
CPV program
R$ 10.0 million
Reduce
total
water
0.40 liter/unit produced
consumption per unit produced
(4.8% reduction)
by 4.8%
Raise R$ 13 million from
product sales under the
Believing is Seeing (CPV)
program
R$ 8.4 million
* The water consumption metric was changed from units billed to units produced to allow for adjusting the metric to inventories.
Natura Stock (NATU3)
In 2011, the price of Natura stock declined by 20.4%, while the Bovespa Index fell by 18.1%.
Average daily trading volume in the period was R$ 43 million.
The following chart shows the performance of Natura stock since its IPO:
1.000
NATU3
29/12/2011
R$36,21
900
Índice Bovespa
800
NATU3
588,0%
Follow On
31/07/2009
700
Base 100 = 25/05/2004
600
500
400
NATU3
25/05/2004
R$5,27
200,9%
300
200
100
0
2004
NATU3: +87.2%
Ibov: +33.0%
2005
+37.9%
+28.3%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
+51.1%
+29.1%
-41.4%
+47.4%
+18.0%
-41.4%
+101.6%
+82.7%
+37.0%
+1.3%
-20.4%
-18.1%
4
Recognition
In 2011, Natura received important awards for its recognized corporate behavior. The main
awards are listed below:
World’s 8th Most Innovative Company – Forbes Magazine
Brazil’s Most Admired Company for 3rd straight year – Carta Capital
World’s Most Ethical Companies, 1st place in Health and Beauty category – Ethisphere
World’s 2nd Most Sustainable Company - Corporate Knights Inc., Innovest Strategic
Value Advisors, Asset 4 and Bloomberg
Top Companies for Shareholders, Market cap over R$ 15 billion, 1st place for second
straight year - Capital Aberto
Outlook
Brazil remains one of the most prosperous cosmetic, fragrance and toiletry markets in the
world. Although in 2011 its growth slowed from previous years, Brazil’s CFT market will most
certainly continue to outpace the growth in the global CFT industry.
In 2011, we made the largest investment in our history, allocating some R$ 350 million
(capex) to production, logistics and technology projects, which are indispensable for
supporting our growth. We recognize that simultaneously implementing new systems for
capturing orders and developing our logistics model, with the inauguration of new DCs, led to
the instability of our operations, which in turn affected the quality of our service and
relationships. At the same time, we faced a reduction in the efficiency of our sales and
marketing areas. The combination of these two factors impacted our results and required
adjustments to our strategy during the year.
We are focused on ensuring the success of our promotions, by better balancing the processes
conducted in a centralized way and those managed regionally. We remain intently focused on
capturing efficiency gains in the company’s various processes, which will generate the funds
needed to operate effectively in an ever more competitive market.
We are certain that the shift to a new level in our infrastructure to ensure products reach
consultants as fast as possible, and with a lower cost per order, will allow us to achieve a new
standard in service quality that will further boost our brand’s competitive advantages.
Given the high level of penetration Natura products, which are present in around 100 million
Brazilian homes, and the Natura brand’s leadership in consumer preference, which is almost
twice as high as the second-ranked brand, we now have an opportunity to increase the
frequency with which consumers buy and the variety of products they acquire. And we expect
5
this new strategy to drive increases in consultant productivity. Therefore, among other
initiatives, we are shifting the focus of our marketing mix and working on innovations to fill
the spaces where our brand is not yet present.
We remain confident and enthusiastic about the expansion of our international operations,
which are consolidating their position as a relevant business platform that can express
Natura’s values in the region. In Latin America countries, we are expanding the sales channel
and advancing our manufacturing activities, which pave the way for accelerating our
expansion in a market as large as Brazil’s and in which there is still much room for growth.
At the same time in which we are promoting development on multiple fronts, we are
advancing towards a new outlook for the business. We are motivated in particular by the
future of direct sales. We have always believed in the entrepreneurial and transformational
capacity of people who are engaged in a common purpose. In a world ever more connected
digitally, in which the personalized treatment of each consumer gains greater relevance, direct
sales has an excellent opportunity to continue expanding. We see a future in which the
relationship between consultant and consumer will be supported by high technology and social
networks, which is an area in which services can evolve dramatically while leveraging the
creation of value for all involved.
Inspired by the permanent desire to see our brand move into new areas, we reaffirm our
enthusiasm with the prospect of moving forward together with all those who are part of the
Natura community and giving even more meaning to the network of relations we build.
6
1. consolidated results
(R$ million)
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
1,421.1
1,220.5
16.4
1,421.1
1,220.5
16.4
131.1
120.2
9.1
445.5
404.7
10.1
Gross Revenues
2,232.6
2,111.1
5.8
7,535.8
6,959.8
8.3
Net Revenues
1,670.5
1,557.5
7.3
5,591.4
5,136.7
8.9
Gross Profit
1,174.2
1,076.9
9.0
3,925.1
3,579.9
9.6
Sales Expenses
(543.2)
(500.7)
8.5
(1,952.7)
(1,704.3)
14.6
Administrative Expenses
(198.8)
(216.6)
(8.2)
(680.7)
(605.4)
12.4
Employee profit sharing
(5.1)
(17.5)
(70.7)
(30.2)
(70.4)
(57.1)
Management compensation
0.3
(4.2)
n/a
(9.4)
(14.4)
-34.5
Other Operating Income / (Expenses), net
42.1
(3.4)
n/a
63.1
(17.5)
n/a
Financial Income / (Expenses), net
(41.6)
(14.9)
179.6
(77.3)
(49.7)
55.5
Earnings Before Taxes
427.8
319.6
33.9
1,237.7
1118.2
10.7
Net Income (Losses)
290.7
219.3
32.5
830.9
744.1
11.7
EBITDA**
500.4
357.9
39.8
1,425.0
1,256.8
13.4
Gross Margin
70.3%
69.1%
1.1pp
70.2%
69.7%
0.5pp
Sales Expenses/Net Revenues
32.5%
32.2%
0.4pp
34.9%
33.2%
1.7pp
General and Admin. Expenses/Net Revenues
11.9%
13.9%
(2.0pp)
12.2%
11.8%
0.4pp
Net Margin
17.4%
14.1%
3.3pp
14.9%
14.5%
0.4pp
EBITDA Margin
30.0%
23.0%
7.0pp
25.5%
24.5%
1.0pp
Total Consultants - end of period*
(in thousands)
Units sold – items for resale
(in million)
(*) Positon at the end of the 18th sales cycle
(**) EBITDA = Income from operations before financial effects + depreciation & amortization.
Consolidated net revenue in 4Q11 reached R$ 1,670.5 million, for growth of 7.3% from
4Q10 (R$ 5,591.4 million in 2011, up 8.9% on 2010).
In Brazil, net revenue reached R$ 1,511.0 million in 4Q11, or 4.4% higher than in the same
quarter last year. In the year, net revenue in Brazil was R$ 5,087.6 million, for growth of
6.8% on the previous year.
7
In the international operations, net revenue in 4Q11 was R$ 159.5 million, for growth on the
year-ago period of 44.6% in Brazilian real and 42.7% in weighted local currency. Net revenue
from these operations was R$ 503.8 million in the year, representing increases of 35.4% in
BRL and 40.0% in weighted local currency.
Cost of goods sold remained in line with the result observed in the first nine months of the
year. In 4Q11, COGS corresponded to 29.7% of consolidated net revenue, for a cost reduction
of 120 basis points in relation to 4Q10. The gains from price increases and better cost
management were partially offset by the increased use of promotions by consultants and
consumers. In the year, COGS improved by 50 basis points on the previous year,
corresponding to 29.8% of net revenue.
The following table presents the main components of COGS:
4Q11
4Q10
2011
2010
RM/PM*
83.7
84.8
83.2
82.8
Labor
11.3
10.1
9.4
8.6
Depreciation
1.9
2.3
2.3
3.0
Others
3.1
2.9
5.0
5.6
100.0
100.0
100.0
100.0
Total
(*) Raw material and packaging material
Selling expenses corresponded to 32.5% of net revenue in 4Q11, for an increase of 30 basis
points from 4Q10. As observed in previous quarters, there was lower dilution of fixed costs
with logistics and the sales team. The international operations continued to invest more in
marketing, in line with the strategy. In comparison with the overall industry, our marketing
investments remain competitive. Selling expenses increased in the year, going from 33.2% in
2010 to 34.9% in 2011.
General and administrative expenses corresponded to 11.9% of net revenue in 4Q11
(13.9% in 4Q10). In 2011, G&A expenses corresponded to 12.2% of net revenue, versus
11.8% in the previous year. We continue to invest in product and marketing innovation and in
2011 we increased our investments in projects. In 4Q11, we intensified our efforts to capture
efficiency gains and prioritize expenses without compromising our growth strategy for the
future.
8
Expenses with profit sharing declined by 57.1% in relation to 2010, since the internal
targets for the year were not achieved.
Other operating revenue and expenses came to R$ 42.1 million in the quarter, driven by
the non-recurring impact from the recognition of PIS and Cofins tax credits on services
relative to other periods and by the negotiations to reduce the value added margin (MVA)6 in
the state of Paraná and in the Federal District. In the year, the R$ 63.1 million in revenue also
includes the non-recurring impacts from the recognition of a contingent PIS and Cofins asset
(credits from taxes on both financial income and storage operations).
Consolidated net income was R$ 290.7 million in 4Q11, for net margin of 17.4% and
growth in relation to 4Q10 of 32.5%. In the year, net income was R$ 830.9 million, for net
margin of 14.9% and an increase of 11.7% from 2010.
Consolidated EBITDA in 4Q11 was R$ 500.4 million, growing by 39.8% from R$ 357.9
million in 4Q10. EBITDA margin expanded from 23.0% in 4Q10 to 30.0% in 4Q11. In 2011,
EBITDA stood at R$ 1,425.0 million, expanding by 13.4% from 2010. EBITDA margin was
25.5%, in comparison with 24.5% in 2010. Excluding other operational expenses and
revenue, EBITDA margin was 27.4% and 24.4%, respectively.
> EBITDA (R$ million)
(R$ million)
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
Net Revenues
1,670.5
1,557.5
7.3
5,591.4
5,136.7
8.9
(-) Cost of Sales and Expenses
1,201.0
1,223.0
-1.8
4,276.3
3,968.7
7.7
EBIT
469.4
334.5
40.4
1,315.1
1,168.0
12.6
(+) Depreciation/Amortization
30.9
23.5
31.5
109.9
88.8
23.7
EBITDA
500.4
358.0
39.8
1,425.0
1,256.8
13.4
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
Brazil
499.4
376.6
32.6
1,476.1
1,335.2
10.5
Argentina, Chile and Peru
24.2
8.5
184.7
43.0
13.1
227.2
Mexico and Colombia
(3.6)
(7.9)
(54.6)
(24.2)
(32.5)
(25.6)
Others Investments
(19.7)
(19.3)
1.8
(69.9)
(59.1)
18.3
Total
500.4
357.9
39.8
> EBITDA pro-forma by areas of operation (R$ million)
(R$ million)
6
1,425.0
1,256.8
13.4
The value added margin (Margem de Valor Agregado), or MVA, is used in the calculation of ICMS state VAT tax on direct sales.
9
2. cash flow (pro-forma)
> Consolidated cash flow – pro-forma (R$ million)
(R$ million)
Net income
(+) Depreciation and amortization
Internal cash generation
Cashflow (Increase) / Decrease
(+) Non-cash
Operating cash generation
Capex
Free cash flow*
2011
2010
Var %
830.9
744.1
11.7
109.9
88.8
23.7
940.8
833.0
13.0
(207.2)
99.6
na
23.3
20.7
12.6
756.9
953.2
(20.6)
(346.4)
(236.9)
46.2
410.6
716.4
(42.7)
(*) (Internal cash generation) +/- (changes in working capital and long-term assets and liabilities) – (acquisitions of property, plants, and equipment).
Internal cash flow in the year was R$ 940.8 million, registering growth of 13.0% on 2010,
which is in line with the 11.7% growth in net income in the period. Of this sum, R$ 207.2
million was invested in working capital and R$ 346.4 million in fixed assets. As a result, free
cash flow was R$ 410.6 million, declining 42.7% in relation to 2010.
We continue to observe an increase in inventory coverage, which was impacted mainly by
lower-than-expected sales. We also observed an increase in recoverable taxes due to the
review of PIS and Cofins taxes on services, financial income and freight, which will be
converted into cash in the first half of 2012.
We believe the planning model adopted will allow us to reduce inventory coverage over the
year. This initiative, as well as the conversion of recoverable taxes into cash, will make
possible significantly higher levels of working capital in 2012.
Investments in fixed assets reached R$ 346.4 million at the end of the year, surpassing the
initial guidance by 15%. We continue to invest in the logistics, manufacturing and information
technology areas.
10
Investments in fixed assets in 2012 are estimated at R$ 420 million and are concentrated in
continuous improvements in our information technology platform, the last phase of the
implementation of the logistics model and expanding industrial capacity.
We are working to achieve a new level for our infrastructure to ensure our products reach
consultants as fast as possible, accompanied by lower order costs and reductions in the gases
that cause global warming.
3. pro-forma income statement
11
The profit margin obtained on exports from Brazil to the international operations was
subtracted from the COGS of the respective operations in order to show the actual impact of
these subsidiaries on the company’s consolidated results. Accordingly, the pro-forma income
statement for the Brazilian operations considers only the sales made in the domestic market.
12
3.1 BRAZIL OPERATIONS (pro-forma income statement)
(R$ million)
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
1,175.5
1,028.7
14.3
1,175.5
1,028.7
14.3
117.7
110.3
6.8
410.5
378.7
8.4
Gross Operating Revenues
2,030.8
1,971.6
3.0
6,898.9
6,489.6
6.3
Net Operating Revenues
1,511.0
1,447.2
4.4
5,087.6
4,764.6
6.8
Gross Profit
1,072.3
1,009.6
6.2
3,611.3
3,356.4
7.6
Sales Expenses
(468.7)
(440.2)
6.5
(1,686.5)
(1,487.4)
13.4
General and Administrative Expenses
(170.7)
(190.3)
(10.3)
(577.9)
(516.2)
12.0
(5.1)
(17.5)
(70.7)
(30.2)
(70.4)
(57.1)
Management compensation
0.3
(4.2)
n/a
(9.4)
(14.4)
(34.5)
Other Operating Income / (Expenses), net
42.2
(2.7)
n/a
65.7
(15.7)
n/a
Financial Income / (Expenses), net
(40.0)
(14.3)
179.2
(73.5)
(47.9)
53.3
Earnings Before Taxes
430.4
340.4
26.4
1,299.4
1204.4
7.9
Net Income (Losses)
293.2
239.4
22.5
901.1
836.0
7.8
EBITDA
499.4
376.6
32.6
1,476.1
1,335.2
10.5
Gross Margin
71.0%
69.8%
1.2pp
71.0%
70.4%
0.5pp
Sales Expenses/Net Revenues
31.0%
30.4%
0.6pp
33.1%
31.2%
1.9pp
General and Admin. Expenses/Net Revenues
11.3%
13.1%
(1.9pp)
11.4%
10.8%
0.5pp
Net Margin
19.4%
16.5%
2.9pp
17.7%
17.5%
0.2pp
EBITDA Margin
33.1%
26.0%
7.0pp
29.0%
28.0%
1.0pp
Total Consultants - end of period*
(in thousands)
Units sold – items for resale
(in million)
Employee profit sharing
(*) Number of consultants by the end of the 18th cycle of sales
The sales channel continues to register solid growth, expanding by 14.3% to 1,175,000
consultants in Brazil.
The aggregate productivity7 of our consultants declined 7.9% to R$ 8,808 in 2011,
versus R$ 9,559 in 2010.
7
Productivity measured at retail prices.
13
3.2 OPERATIONS IN CONSOLIDATION (Argentina, Chile
and Peru) pro-forma income statement
(R$ million)
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
157.3
130.5
20.5
157.3
130.5
20.5
9.1
5.0
80.2
32.9
23.6
39.3
Gross Revenues
141.1
97.3
45.0
441.5
335.9
31.5
Net Revenues
107.2
73.8
45.2
335.1
255.7
31.0
Gross Profit
69.5
46.3
50.2
212.5
157.3
35.1
Sales Expenses
(40.6)
(33.7)
20.4
(148.8)
(124.4)
19.7
General and Administrative Expenses
(6.4)
(4.2)
51.8
(23.2)
(21.5)
7.9
Others Income / (Expenses), net
0.6
(0.9)
n/a
(1.1)
(1.7)
(34.3)
Financial Income / (Expenses), net
(1.8)
(0.7)
159.9
(2.6)
(0.8)
211.8
Earnings Before Taxes
21.3
6.8
214.1
36.6
8.9
n/a
Net Income (Losses)
22.7
6.4
254.9
31.9
3.7
n/a
EBITDA
24.2
8.5
184.7
43.0
13.1
227.2
Gross Margin
64.8%
62.7%
2.2pp
63.4%
61.5%
1.9pp
Sales Expenses/Net Revenues
37.9%
45.7%
(7.8pp)
44.4%
48.6%
(4.2pp)
General and Admin. Expenses/Net Revenues
5.9%
5.7%
0.3pp
6.9%
8.4%
(1.5pp)
Net Margin
21.2%
8.7%
12.5pp
9.5%
1.5%
8.1pp
EBITDA Margin
22.6%
11.5%
11.1pp
12.8%
5.1%
7.7pp
Total Consultants - end of period
(in thousand)
Unit sold – items for resale
(in million)
In the operations in consolidation, net revenue was R$ 107.2 million in 4Q11, for
growth in relation to 4Q10 of 42.0% in weighted local currency and 45.2% in Brazilian
real. In 2011, net revenue reached R$ 335.1 million, for growth of 36.1% and 31.0%,
respectively.
The number of consultants grew by 20.5% to end the year at 157,300.
These operations posted positive EBITDA of R$ 24.2 million in the quarter and R$ 43.0
million in the year. The higher investments in marketing were offset by the dilution of
expenses with our administrative operations and sales team and by the higher
efficiency of our logistics operations.
14
3.3 OPERATIONS IN IMPLEMENTATION (Mexico and
Colombia) pro-forma income statement
(R$ million)
4Q11
4Q10
Change %
2011
2010
Change %
85.6
60.2
42.1
85.6
60.2
42.1
4.5
2.3
94.5
14.9
9.3
60.7
Gross Revenues
52.9
34.8
51.9
172.9
114.0
51.7
Net Revenues
45.6
30.0
52.0
149.2
98.3
51.8
Gross Profit
29.9
17.8
67.9
92.2
56.3
63.8
Sales Expenses
(28.1)
(21.9)
28.3
(99.8)
(76.0)
31.3
General and Administrative Expenses
(5.5)
(4.4)
24.1
(17.6)
(14.8)
19.0
Others Income / (Expenses), net
(0.4)
0.2
n/a
(1.1)
(0.1)
n/a
Financial Income / (Expenses), net
0.2
0.1
50.0
(1.2)
(1.0)
27.6
Earnings Before Taxes
(3.9)
(8.2)
(52.0)
(27.6)
(35.6)
(22.4)
Net Income (Losses)
(5.1)
(7.0)
(26.4)
(31.0)
(36.0)
(13.9)
EBITDA
(3.6)
(7.9)
(54.6)
(24.2)
(32.5)
(25.6)
Gross Margin
65.5%
59.3%
6.2pp
61.8%
57.3%
4.5pp
Sales Expenses/Net Revenues
61.6%
73.0%
(11.4pp)
66.9%
77.3%
(10.4pp)
General and Admin. Expenses/Net Revenues
12.1%
14.8%
(2.7pp)
11.8%
15.1%
(3.3pp)
Net Margin
n/a
n/a
-
n/a
n/a
-
EBITDA Margin
n/a
n/a
-
n/a
n/a
-
Total Consultants - end of period
(in thousand)
Unit sold – items for resale
(in million)
In the operations in implementation, net revenue in 4Q11 was R$ 45.6 million, for
growth of 54.0% in weighted local currency and 52.0% in BRL. In 2011, net revenue
was R$ 149.2 million, for increases of 55.6% and 51.8%, respectively.
The number of consultants expanded by 42.1% to close the year at 85,600.
These operations continued to post EBITDA losses, of R$ 3.6 million in 4Q11 and
R$ 24.2 million in the year, reflecting the ongoing investments made.
15
Other international investments, namely our operations in France and expenses with
projects and corporate structures dedicated to the international operations, posted EBITDA
losses of R$ 19.7 million in 4Q11 and R$ 69.9 million in 2011 (versus R$ 19.3 million in 4Q10
and R$ 59.1 million in 2010). In 2011, the nonrecurring expenses related to the new sales
model in Mexico, which are allocated in this line, came to R$ 8.6 million.
4. DIVIDENDS AND INTEREST ON EQUITY
On February 15, 2012, the Board of Directors approved the proposal to be submitted to the
Annual General Meeting to be held on April 13, 2012, for the payment of dividends and
interest on equity relative to fiscal year 2011, in the amounts of R$ 762.6 million and R$ 61.1
million (R$ 51.9 million net of withholding tax), respectively.
On July 20, 2011, dividends of R$ 295.3 million and interest on equity of R$ 31.9 million net
of withholding tax were paid, ad referendum the Annual Shareholders Meeting. The balance
remaining to be paid on April 18, 2012, following ratification by the Annual General Meeting, is
R$ 467.3 million as dividends and R$ 20.1 million as interest on equity net of withholding tax.
These dividends and interest on equity relative to fiscal year 2011 represent net remuneration
of R$ 1.89 per share (R$ 1.65 per share in 2010) and correspond to 99% of net income in
2011.
16
CONFERENCE CALL & WEBCAST
Portuguese:
Friday, February 17, 2012
10:00 a.m. (Brazil Daylight Time)
English:
Friday, February 17, 2012
12:00 p.m. (Brazil Daylight Time)
From Brazil: +55 11 4688-6341
From the U.S.: toll free +1 800 700 0802
From other countries: +1 412 824-6977
Code: Natura
Live webcast: www.natura.net/investidor
INVESTOR RELATIONS
Tel: +55 11 4196-1421
Helmut Bossert, [email protected]
Fabio Cefaly, [email protected]
Patrícia Anson, [email protected]
Taísa Hernandez, [email protected]
17
> BALANCE SHEET AT DECEMBER 31, 2011
(in thousands of Brazilian real - R$)
ASSETS
2011
2010
LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY
CURRENT ASSETS
2011
2010
CURRENT LIABILITIES
Cash and cash equivalents
515.6
560.2
Borrowings and financing
169.0
226.6
Trade receivables
641.9
570.3
Trade and other payables
489.0
366.5
Inventories
688.7
571.5
Payroll, profit sharing and related taxes
132.0
162.7
Recoverable taxes
201.6
101.5
Taxes payable
446.8
366.0
28.6
-
126.8
66.4
2,203.3
1,869.9
Derivatives
Other receivables
Total current assets
NONCURRENT ASSETS
Derivatives
Other payables
Total current liabilities
-
4.1
37.9
52.1
1,274.7
1,178.0
1,017.7
465.1
140.5
215.1
73.8
NONCURRENT LIABILITIES
Long-term assets:
Borrowings and financing
Recoverable taxes
111.2
109.3
Taxes payable
Deferred income tax and social contribution
189.6
180.3
Provision for tax, civil and labor risks
65.0
Escrow deposits
295.8
337.0
Others provisions
44.8
32.4
29.9
44.9
1,268.0
786.4
Property, plant and equipment
800.4
560.5
Intangible assets
162.8
120.1
1,589.8
1,352.0
Capital
427.1
418.1
Capital reserves
160.3
149.6
Earnings reserves
292.5
282.9
Treasury shares
(102.8)
Other noncurrent assets
Total noncurrent assets
Total noncurrent liabilities
SHAREHOLDERS' EQUITY
Proposed additional dividend
Other comprehensive losses
Total equity attributable to owners of the Company
TOTAL ASSETS
3,793.0
3,221.9
TOTAL LIABILITIES AND SHAREHOLDERS' EQUITY
490.9
(17.6)
(0.0)
430.1
(23.2)
1,250.2
1,257.5
3,793.0
3,221.9
18
> INCOME STATEMENT FOR THE PERIOD ENDED
DECEMBER 31, 2011
R$ million
2011
2010
NET REVENUE
5,591.4
5,136.7
Cost of sales
(1,666.3)
(1,556.8)
GROSS PROFIT
3,925.1
3,579.9
(1,952.7)
(1,704.3)
(680.7)
(605.4)
(30.2)
(70.4)
Management compensation
(9.4)
(14.4)
Other operating income (expenses), net
63.1
(17.5)
OPERATING (EXPENSES) INCOME
Selling expenses
Administrative and general expenses
Employee profit sharing
INCOME FROM OPERATIONS BEFORE FINANCIAL (EXPENSES) INCOME
Financial income
Financial expenses
INCOME BEFORE INCOME TAX AND SOCIAL CONTRIBUTION
1,315.1
1,167.9
122.7
53.6
(200.0)
(103.4)
1,237.7
1,118.2
Income tax and social contribution
(406.8)
(374.1)
NET INCOME
830.9
744.0
19
> CASH FLOW STATEMENT FOR THE PERIOD ENDED
DECEMBER 31, 2011
(in thousands of Brazilian real - R$)
R$ million
2011
2010
CASH FLOW FROM OPERATING ACTIVITIES
Net income
830.9
744.0
Depreciation and amortization
109.9
88.8
Provision for losses on swap and forward transactions
(14.3)
Adjustments to reconcile net income to net cash provided by operating activities:
Provision for tax, civil and labor contingencies
(8.0)
8.8
3.5
Interest and inflation adjustment of escrow deposits
(51.2)
(18.1)
Income tax and social contribution
406.8
374.1
13.5
32.6
(Gain) loss on sale on property, plant and equipment and intangible assets
Interest and exchange rate changes on borrowings and financing and other liabilities
121.7
Exchange rate changes on other assets and other liabilities
(7.8)
Stock options plans expenses
13.4
Provision for discount on assignment of ICMS credits
(5.1)
11.3
0.3
0.5
9.1
Allowance for doubtful accounts
(0.7)
Allowance for inventory losses
19.7
30.1
Provision for healthcare plan and carbon credits
12.4
10.4
Recognition of untimely used tax credits
(16.9)
Recognition of tax credits related to lawsuit
(40.4)
1,389.4
1,290.1
(INCREASE) DECREASE IN ASSETS
Trade receivables
Inventories
Recoverable taxes
Other receivables
Subtotal
(70.9)
(126.6)
(136.9)
(92.1)
(45.2)
45.1
(158.0)
(41.4)
(411.0)
(215.0)
INCREASE (DECREASE) IN LIABILITIES
Domestic and foreign suppliers
121.8
Payroll, profit sharing and related taxes, net
(30.7)
111.2
32.0
Taxes payable
24.1
50.8
Other payables
(14.1)
34.5
Provision for tax, civil and labor contingencies
(0.8)
(2.7)
Subtotal
100.1
225.9
CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES
1,078.5
1,301.1
Payments of income tax and social contribution
Payments of derivatives
Payment of interest on borrowings and financing
(319.6)
(18.4)
(76.7)
(269.0)
(13.4)
(44.9)
NET CASH GENERATED BY OPERATING ACTIVITIES
663.8
973.8
OTHER CASH FLOWS FROM OPERATING ACTIVITIES
20
CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES
Acquisition of property, plant and equipment and intangible assets
(346.4)
Proceeds from sale of property, plant and equipment and intangible assets
3.7
Withdrawal (payment) of escrow deposits
NET CASH USED IN INVESTING ACTIVITIES
92.3
(236.9)
9.9
(86.5)
(250.3)
(313.5)
(648.7)
(781.9)
CASH FLOW FROM FINANCING ACTIVITIES
Repayments of borrowings and financing - principal
Proceeds from borrowings and financing
1,045.7
Payment of dividends and interest on capital
819.3
(430.1)
(357.6)
Interim dividends and interest on capital
(332.8)
(289.4)
Repurchase of treasury shares
(104.5)
-
Sale of treasury shares due to exercise of stock options
1.2
-
Capital increase through subscription of shares (353,289 common shares at average price of R$39.69)
9.0
13.8
NET CASH USED IN FINANCING ACTIVITIES
Gains (losses) arising on translating foreign currency cash and cash equivalents
INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS
Cash and cash equivalents at beginning of year
Cash and cash equivalents at end of year
INCREASE (DECREASE) IN CASH AND CASH EQUIVALENTS
(460.1)
(595.8)
1.9
(4.5)
(44.6)
59.9
560.2
515.6
500.3
560.2
(44.6)
59.9
NON-CASH TRANSACTIONS:
Capital lease of property, plant and equipment
Offseting of tax liability and escrow deposit
56.7
-
114.3
-
6.8
6.2
235.5
265.5
ADDITIONAL INFORMATION TO THE STATEMENTS OF CASH FLOWS
Restricted cash
Bank overdrafts - unused
The accompanying notes are an integral part of these financial statements.
21
EBITDA is not a measure under BR GAAP and does not represent cash flow for the periods presented. EBITDA should not be
considered an alternative to net income as an indicator of operating performance or an alternative to cash flow as an indicator of
liquidity. EBITDA does not have a standardized meaning and the definition of EBITDA used by Natura may not be comparable with
that used by other companies. Although EBITDA does not provide under BR GAAP a measure of cash flow, Management has
adopted its use to measure the Company’s operating performance. Natura also believes that certain investors and financial
analysts use EBITDA as an indicator of performance of its operations and/or its cash flow.
This report contains forward-looking statements. These forward-looking statements are not historical fact, but rather reflect the
wishes and expectations of Natura’s management. Words such as "anticipate", "wish", "expect", "foresee", "intend", "plan",
"predict", "project", "desire" and similar terms identify statements that necessarily involve known and unknown risks. Known risks
include uncertainties that are not limited to the impact of price and product competitiveness, the acceptance of products by the
market, the transitions of the Company’s products and those of its competitors, regulatory approval, currency fluctuations, supply
and production difficulties and changes in product sales, among other risks. This report also contains certain pro forma data,
which are prepared by the Company exclusively for informational and reference purposes and as such are unaudited. This report
is up-to-date as of its publication date and Natura is under no obligation to update it in light of new information and/or future
events.
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