Très Chic: DVF Franquias
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Très Chic: DVF Franquias
Foto: Carol Bertolo NEWS Publicação Periódica - Ano 4 - Nº 11 MAI/JUN/JUL/AGO/2015 - Venda proibida Très Chic: DVF Arthur Horton e Thomas Horton Franquias Foto: Carol Bertolo Très Chic Foto: Carol Bertolo A DVF não é, definitivamente, uma marca comum. Por trás de todo o sucesso comercial que acompanha suas coleções mundo afora, existe de fato uma empresa que valoriza a elegância, o glamour e sobretudo a essência da mulher, muito bem representada por sua fundadora, a estilista Diane von Furstenberg. Uma amostra dessa valorização do feminino é o DVF Awards, que completou seis anos em 2015. O prêmio foi criado por Diane e pela Fundação Família Diller-von Furstenberg para “honrar e apoiar as mulheres extraordinárias que tiveram a coragem de lutar, a força para sobreviver e a liderança para inspirar. Mulheres que têm transformado as vidas de outras pessoas com seu compromisso, recursos e visão”. Se a DVF reconhece e promove o papel da mulher fora das passarelas, em áreas como política, economia e direitos humanos (leia mais em Liderança feminina), por que seria diferente no universo da moda, que ela domina tão bem? A loja da grife no Shopping Iguatemi, em São Paulo, recém construída pela LAR Construtora, reforça essa premissa da marca, exibindo ao mesmo tempo delicadeza e personalidade marcante. “O novo projeto é um presente às clientes da marca. A DVF celebra cinco anos de presença no Brasil. Para comemorar, renovou sua loja localizada no Shopping Iguatemi, a primeira a abrir em solo brasileiro. O conceito segue a mesma linha de suas outras lojas no mundo, todas projetadas pelos headquarters da marca, e traz um ambiente sofisticado, moderno e muito receptivo”, explica a iRetail, representante da DVF no Brasil. 2 Foto: Carol Bertolo Foto: Carol Bertolo Capa Por dentro da loja, o piso de porcelanato branco polido (60x60 cm) conduz as clientes por uma área de 102 m² de gêneros de primeira necessidade para mulheres de bom gosto: vestidos, blusas, bolsas, sapatos e inúmeros acessórios, boa parte deles expostos em prateleiras acondicionadas em nichos e iluminados por trilhos de LEDs embutidos em sancas de gesso. O projeto de iluminação foi desenvolvido por um escritório especializado, indicado pela DVF, e o desejo de atingir a temperatura certa da luz demandou vários ajustes. A mesma discrição foi exigida do acabamento, a fim de ocultar os difusores do ar condicionado. Tudo ficou oculto por sancas. Uma nova loja Mais que uma simples reforma, a transformação da sua primeira loja paulistana (existe outra unidade no Shopping JK) foi praticamente uma obra nova. Embora todo o espaço seja considerado clean, marcado por um estilo do tipo “clássico-moderno”, o seu preparo envolveu um processo minucioso para que resultasse leve e limpo. A participação da LAR na obra envolveu, além da construção, o que se chama “shop drawing”. O termo define a produção de desenhos detalhados, necessários para a fabricação e construção das peças da unidade a ser instalada: materiais propostos, formas, tamanhos e modo de montagem. Trata-se de uma atividade importante para garantir que os padrões da marca, enviados da matriz e supervisionados por escritório de arquitetura brasileiro, sejam plenamente atendidos. A marcenaria, nesse sentido, foi o maior desafio. “A construtora submeteu ao cliente todos os materiais existentes no Brasil – latão, chapas metálicas, pintura em madeira – que poderiam substituir à altura as amostras enviadas de Nova York”, diz Vera. Dos EUA vieram: carpetes, cortinas de provadores, banquinhos e papeis de parede. A fachada é um bom exemplo. A sua montagem foi feita em seis camadas, desde a estrutura metálica que incorpora as bases da vitrine e do forro até, no exterior, o letreiro recortado em chapa de aço preta (logomarca), aplicado sobre um painel de laca branca. Essa moldura, destacada para o público, está unida ao revestimento de ACM (alumínio composto), que por sua vez se encaixa na estrutura em MDF. Por fim, a última camada externa é completada pelo vidro. “Foi uma montagem complexa, uma camada por vez, com a iluminação feita por fita de LED, para que a futura substituição de lâmpadas não implicasse na necessidade de desmontar a estrutura”, explica Vera Hirata, da LAR, gestora do contrato da obra. O conjunto tem 28 m², sendo 8,15 m de frente por 3,35 m de altura. Ao todo, a novíssima casa da DVF no Iguatemi consumiu 70 dias de obras, entre meados de junho e final de agosto de 2015. A equipe da 3 Foto: Carol Bertolo Capa LAR, liderada pelo diretor Ilan Katalan, envolveu a própria gestora Vera Hirata e Nelson Machado (encarregado). A DVF avaliou positivamente a parceria: “Durante a obra, a LAR nos deu um suporte excepcional. Mostrou muita eficiência em se adequar aos ajustes e adaptações demandadas pelo projeto, sempre com profissionalismo e atenção ao cronograma. Este suporte também é visível no pós-obra. Essa foi a primeira obra que a LAR fez para a iRetail e ficamos muito satisfeitos com o resultado.” Essa foi a primeira obra que a LAR fez para a iRetail e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Foto: Carol Bertolo Foto: Carol Bertolo iRetail/DVF Liderança feminina caminho para a independência. Vestir mulheres é uma forma de ‘empoderá-las’. Quando elas compram um item da marca, procuram também absorver um pouco da personalidade confiante de Diane von Furstenberg. Através da sua marca, Diane, juntamente com diversos parceiros e personalidades, consegue angariar fundos e celebrar mulheres que fazem a diferença na vida de outras mulheres. O DVF Awards é o seu principal projeto filantrópico”, diz a iRetail. O DVF Awards, instituído em 2010, possui algumas categorias de reconhecimento ao trabalho e às conquistas femininas pelo mundo. Oferece, por exemplo, dois prêmios anuais internacionais a mulheres ligadas à rede Vital Voices, ONG internacional sediada em Washington, EUA, que promove o fortalecimento da liderança e dos direitos das mulheres. Nessa categoria do DVF Awards, já foram premiadas representantes de Haiti, Afeganistão, Índia, Quênia, Congo, Camarões, Israel, Samoa e Paquistão, além do Brasil, representado em 2012 pela artista e feminista Panmela Castro. A premiação possui ainda duas outras categorias: The Peoples Voice Award, em que as mulheres premiadas anualmente são escolhidas por voto popular, a partir de quatro candidatas com base nos EUA, e Inspiration Award, dado a mulheres que estejam usando sua experiência e influência para transformar positivamente a sociedade. Essas mulheres, que em geral desempenham um importante e anônimo trabalho de inclusão social, foram agraciadas pela DVF ao lado de figuras bem conhecidas, como a senadora colombiana Ingrid Betancourt, a ex-primeira dama Hillary Clinton, as apresentadoras Oprah Winfrey e Robin Roberts, a jornalista e ativista Gloria Steinem e a embaixatriz do governo Obama para as questões da mulher, Melanne Verveer, todas recebedoras do Lifetime Leadership Award. Cada homenageada – cinco mulheres por ano – recebe 50 mil dólares dos promotores para continuar seu trabalho na organização à qual é filiada, além de ser reconhecida em uma concorrida cerimônia. A premiação de 2015 foi realizada em abril na sede das Nações Unidas, em Nova York, durante a conferência “Mulheres no Mundo”. “Para Diane, fundadora da marca, a moda foi seu 4 Entrevista por Eder Santin Projeto artístico de uma das lojas Studio F As lojas de luxo estão por quase toda parte. Como reflexo da globalização, elas também chegam ao Brasil, onde consumidores não faltam. O que falta, mesmo, é uma ampla estrutura de produtos e serviços para atender às marcas desse segmento do varejo. Nesta entrevista, Arthur Horton, diretor da Horton Arquitetura, e seu sócio, o arquiteto Thomas A Horton Arquitetura vem projetando, na América Latina, lojas de importantes marcas internacionais. O que o escritório oferece a essas empresas? Horton, falam sobre a expectativa dessas grifes quando chegam ao país e os vínculos criados com os profissionais brasileiros. Horton Arquitetura - O leque de serviços depende de cada marca. Não é a mesma coisa trabalhar para a Apple, Louis Vuitton, Dior, Fendi ou Prada. Cada empresa tem seu approach, o seu story planning, e vê o Brasil de forma diferente, embora existam coisas em comum. No caso da Louis Vuitton, para a qual já fizemos 25 lojas na América Latina e na Africa do Sul, desenvolvemos os projetos técnicos, de arquitetura, e a coordenação das instalações. Mas a autoria do projeto e do conceito é sempre da marca. Somos o que se chama de architect on the record: assinamos legalmente o projeto e o aprovamos na prefeitura e demais órgãos. PERFIL Foto: Divulgação Arquiteto uruguaio naturalizado brasileiro, Arthur Horton está no Brasil há quase 40 anos. Chegou no fim dos anos 70, durante o “milagre econômico”, período de expansão urbana, grandes obras de infraestrutura e necessidade de bons profissionais. Recém-formado à época, estagiou com Carlos Bratke e em seguida trabalhou com os então sócios Marcos Tomanik e Ricardo Julião. “Tive a sorte de trabalhar com ótimos profissionais”, lembra. Depois de um período na Europa, voltou ao Brasil, onde conciliou projetos no Paraná com novas oportunidades no Uruguai. A especialização na arquitetura de varejo começou em 1998 e há cinco anos a Horton Arquitetura ganhou o reforço do arquiteto Thomas Horton. A Horton já desenvolveu o conceito para alguma marca? Projeto artístico de uma das lojas Studio F Horton Arquitetura - Sim, desenvolvemos o conceito para uma marca de roupas femininas da Colômbia chamada Studio F, que atua também no México e Centro América, onde faz grande sucesso. Apesar de vender muito bem, a rede percebeu que precisava melhorar a imagem de suas lojas quando decidiu se internacionalizar. Então nos chamou. 5 Foto: Divulgação Arthur Horton e Thomas Horton Foto: Divulgação Projeto artístico da fachada da loja Studio F Vocês têm ou tiveram projetos de clientes brasileiros? Em quais países a Horton Arquitetura atua? Horton Arquitetura - Para a Louis Vuitton, nosso primeiro cliente internacional (começamos por volta de 1998), atuamos na Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, Venezuela, Aruba (território holandês), Barbados, República Dominicana, Panamá, México e África do Sul. No Brasil, inauguramos para a marca, recentemente, uma loja totalmente reformada no Shopping Iguatemi (SP). Para outras marcas (Ermenegildo Zegna, Tiffany) fizemos lojas no México. Horton Arquitetura – Pouquíssimos. Os nossos clientes brasileiros são de incorporação predial, área em que atuamos nos anos 80/90, fase áurea dos imóveis a preço de custo. Quando esse sistema implodiu, nos voltamos para lojas. O que uma marca internacional espera ao se instalar no Brasil? Horton Arquitetura - Elas estão acostumadas a operar na Europa e nos EUA, onde existe há muitos anos a cultura do luxo. Lá, todo o mercado está preparado para isso. Os escritórios, a engenharia... existe uma variedade de materiais e uma indústria que não temos. Aqui, como não há mercado, é preciso importar quase tudo para montar uma loja dessas. A empresa de fora tem dificuldade para entender isso. O Brasil também é um país de barreiras burocráticas, alfandegárias. Isso não existe no resto da América Latina. A presença em tantos países não exige conhecimento das leis locais? Horton Arquitetura - O conhecimento da marca nos permite fazer os contatos necessários para o trabalho. Temos sempre uma assistência local, geralmente outro escritório de arquitetura, que se ocupa da parte legal, e dos construtores, que precisam ter o perfil certo para trabalhar com um cliente tão sofisticado. Encontrar essa empresa, aliás, é uma tarefa árdua. O que facilita o trabalho é atuar, na maioria das vezes, em shopping centers, que estão acostumados a receber marcas internacionais. O escritório de arquitetura funciona então como um facilitador? Horton Arquitetura - Sim. As empresas de fora precisam de alguém que tenha os contatos com os brokers, prefeituras, despachantes. Procuramos explicar qual é o caminho das pedras e trabalhamos com outras empresas, como a própria LAR, acostumadas a esses clientes. Existe diferença entre trabalhar para um cliente internacional e um brasileiro? Horton Arquitetura - São formas totalmente diferentes. Muitos escritórios brasileiros tiveram problemas no relacionamento com clientes americanos e europeus. Mesmo com dificuldades, o consumidor brasileiro é atraente para essas empresas? 6 Foto: Divulgação Entrevista Projeto artístico de uma das lojas Studio F Fachada diurna O que significa a nacionalização tropicalização do projeto? Fachada noturna Foto: Divulgação Horton Arquitetura - Sim, o Brasil tem 200 milhões de habitantes e o público dessas marcas é uma parcela de 1% ou 2% disso. É um mercado interessante, mas não tanto quanto as pessoas pensam. Costumo ir a Nova York para assistir a workshops estratégicos. Neles, mostram-se os investimentos previstos para os próximos dois anos. O Brasil tem só 2% dos recursos aplicados nas Américas. Hoje, uma loja grande nos EUA equivale a todo o faturamento do Brasil junto. ou Horton Arquitetura - Como eu disse, a oferta de produtos pela indústria instalada no Brasil é limitadíssima. Como as marcas de luxo usam materiais e tecnologias extremamente sofisticados, somos obrigados a trazer tudo de fora. Mas a importação tem uma taxação absurda e a montagem requer mão de obra especializada e cara. Por isso, as marcas democráticas (ou acessíveis) já admitem usar produtos nacionais. Com isso, o custo dessas lojas é 10% do que custam as lojas de luxo. Projeto artístico da fachada da loja Studio F sempre com as mesmas, porque a partir da segunda obra o cliente prefere ficar com aquela que deu certo. Existe então uma parceria informal. Ocorre o mesmo com fornecedores de serviços e materiais. Mas é difícil para eles, pois os clientes exigem bastante em termos de viagens, amostras, protótipos. Qual é o impacto da economia do país sobre o segmento luxo? Qual é a dinâmica da parceria escritório de arquitetura / construtora? Horton Arquitetura - Existe uma retração. Mas veja, eu trabalho para algumas marcas, não para todas. E o mercado também tem um ponto de saturação. Quantas lojas de uma determinada marca de luxo pode ter em São Paulo? Mas há espaço sim para as marcas mais democráticas. Horton Arquitetura – Varia de acordo com o cliente. De forma geral, desenvolvemos o projeto e selecionamos a construtora por meio de concorrência. Existem no Brasil poucas construtoras - talvez umas cinco - capazes de oferecer um atendimento classe “A” para as marcas estrangeiras. Acabamos trabalhando 7 Mercado Franquias mostram resiliência número de unidades, foram: Acessórios Pessoais e Calçados (14%) e Comunicação, Informática e Eletrônicos (13%). A vida não está fácil para ninguém, mas a indústria de franquias pode reclamar menos da crise. Uma pesquisa realizada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) indica que o setor ampliou seu faturamento nominal em 9,2% no primeiro trimestre de 2015, se comparado com o mesmo período do ano passado. Em valores, o faturamento saltou de R$ 28,7 bilhões para R$ 31,3 bilhões no período, sendo que o faturamento total de 2014 foi de R$ 128,876 bilhões – aliás, um crescimento constante desde 2003. Até o fim de agosto último, a entidade não havia divulgado dados sobre o segundo trimestre de 2015 que pudessem ratificar a tendência. Sidney Cohen, palestrante e diretor da Bit Partner Consultoria Empresarial, observa que o setor de franquias beneficia-se de algumas características particulares, como por exemplo: a abertura de novas oportunidades para executivos que deixam seus postos de trabalho e investidores que temem aplicar em dólar ou na bolsa de valores; ampla variedade de atividades, pois se um setor vai mal, podem surgir oportunidades em outros; baixo investimento, principalmente no nicho das micro franquias (até R$ 80 mil), que vêm crescendo e já representam, segundo o consultor, 5% do mercado brasileiro; e, finalmente, inovação: o setor de franquias acompanha a tendência e negócios inovadores, além de ser facilmente adaptável. Basta ver a explosão do negócio com food trucks. “É importante destacar que grande parte das franquias são sólidas no apoio à gestão, incluindo programas de capacitação aos colaboradores e executivos franqueados, contribuindo para a prevenção de ameaças externas, a exemplo da crise”, avalia Cohen. Segundo a presidente da ABF, Cristina Franco, o resultado no primeiro trimestre da Pesquisa de Desempenho Trimestral do Franchising é um indicativo da resiliência do setor. “Pela natureza em rede e de constante capacitação técnica e motivacional do franchising, conseguimos enfrentar melhor o atual cenário. Em um trimestre que costuma ser mais difícil, ao menos recuperamos a inflação, e com alguma sobra”. A presidente da ABF atribui tal desempenho à abertura de novas lojas (mesmo que em ritmo menor), à manutenção em níveis relevantes de emprego e renda e a mudanças comportamentais que vêm ocorrendo há alguns anos, como a busca por qualificação profissional, necessidade de se alimentar fora de casa e presença da mulher no mercado de trabalho. “Embora já não tenhamos o crescimento do país como um todo de forma mais acelerada, certas conquistas da estabilidade econômica não devem regredir. Além disso, não podemos esquecer que o Brasil continua forte em áreas como o agronegócio e, onde há renda, o franchising também está lá”, ressalta. Evolução do Número de Unidades Franqueadas do Setor de Franchising Brasileiro 125.641 114.409 104.543 93.098 86.365 56.564 Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 3,7% de novas lojas e fechadas 1,1%, ficando o mercado com um saldo positivo de 2,6% de novas lojas. Tendo como base o dia 31/03/2015, segundo a ABF, operam no Brasil 128.809 unidades de franquias. Os segmentos que mais cresceram, em 59.028 61.458 62.584 65.553 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 8 Fonte: ABF 79.988 71.954 Técnica e Arte Foto: Carol Bertolo Forever 21 O projeto compreendeu, basicamente, duas fileiras de contêineres, dispostas em linhas paralelas, e ao fundo uma terceira fileira perpendicular, de fechamento, para formar uma grande área livre central com 12 m de vão. Os módulos são de aço patinável, com tratamento anticorrosivo, do tipo High Cube (HC) de 40 pés, medida que segue o padrão internacional ISO, fornecidos pela empresa Delta Terminais. Suas dimensões alcançam 12 m de comprimento, 2,44 m de largura e 2,90 m de altura. O conjunto é apoiado em fundação radier de 17 cm e coberto por um telhado de zinco. A mesma projeção se repete no pavimento superior, acessível por escadas laterais, que abriga ainda um deck para a observação da região de entorno ao shopping. O comércio varejista é um setor econômico extremamente criativo. Contam-se às centenas os exemplos de marcas que fazem sucesso ao aliar originalidade, ousadia e bons preços. Este é o caso da norte-americana Forever 21. A marca de fast fashion não decepcionou o público brasileiro ao abrir em março de 2014 sua primeira unidade por aqui, no Morumbi Shopping, em São Paulo. Na inauguração, centenas de clientes formaram fila em frente à loja. O primeiro outlet da Forever 21 no Brasil, é surpreendente. Trata-se da unidade do Outlet Premium, na Rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva (SP), inaugurada em 27 de junho. São 1.310 m² distribuídos em contêineres metálicos, os mesmos usados para o transporte de mercadorias em trens e navios cargueiros. O espaço possui ainda mezanino e estoque, elevando a área disponível para 1.590 m². A LAR Construtora foi a responsável pela execução das obras que deram funcionalidade e acabamento à loja, que já é considerada uma das maiores do mundo neste tipo de solução. Os trabalhos da LAR começaram em abril de 2015, depois de posicionados os contêineres, e consumiram cerca de dez semanas. A construtora coordenou a execução de toda a infraestrutura auxiliar, subsistemas (ar condicionado, iluminação, hidrossanitário etc.) e acabamento. Aliás, a obra se destacou principalmente pela dificuldade em aliar o acabamento rústico dos contêineres com 9 Fotos: Carol Bertolo Técnica e Arte o alto padrão exigido pela Forever. Na instalação aparente, por exemplo, os trilhos de iluminação, situados em calhas pretas a 3 m de altura, foram todos alinhados com precisão, suportando mais de 700 luminárias de vários tipos sem revelar nenhuma emenda. A aplicação de porcelanato (ônix gray, cinza claro, 80x80 cm) na área central responde pelo acabamento no piso da loja, que possui 13 provadores ao fundo. Esses espaços possuem paredes de tijolos pintados de branco (fornecidos pela própria Forever), divisórias de MDF, piso de madeira e iluminação aparente. O espaço interno conta com colunas revestidas por espelhos e perfis de alumínio. A marcenaria constitui um diferencial da obra. A LAR foi responsável pela montagem de todo o mobiliário, tendo lidado nesta etapa com o manuseio de peças de várias procedências, como China, Coreia do Sul e Brasil. Destacam-se aqui os balcões-caixa de 12 m, o mobiliário de parede e a marcenaria nas áreas de gerência, divisórias de MDF, portas e rodapés. A fachada da unidade também merece destaque. No pavimento inferior, ao nível do chão, são cerca de 40 vidros com 3 m de altura emoldurados por caixilhos no perímetro da loja. Foi preciso retirar os fechamentos laterais dos contêineres que receberam as vitrines e reforçar as caixas com perfis metálicos verticais, posicionados a intervalos de 4 m. Esses perfis têm constituição similar à dos corner posts existentes nas extremidades das caixas, sendo soldados às longarinas inferior e superior. No piso de cima, os contêineres mantiveram o fechamento em aço. Por seu porte, projeto, tecnologia e qualidade de construção, a Forever 21 tornou-se um dos atrativos do Outlet Premium, que reúne mais de 90 lojas em uma área de 25 mil m², vizinha dos parques Hopi Hari e Wet’n Wild. Atualmente, a LAR vem executando outras obras da Forever 21: a loja no Plaza Niteroi, Amazonas Shopping e Shopping Tamboré. 10 Foto: Divulgação Foto: Divulgação Social Aula especial na inauguração da Nike Leblon Foto: João Sal - Divulgação Foto: Divulgação Aula especial na inauguração da Nike Leblon Aula especial na inauguração da Nike Leblon Foto: João Sal - Divulgação Foto: João Sal - Divulgação Ticiane Pinheiro na inauguração da MAC Top Center Ana Hickmann, Edith Meirelles, Elke Maravilha, Fabiana Gomes e Jake Falchi na inauguração da MAC Top Center Foto: Celso Jr. Foto: Celso Jr. Isis Valverde na inauguração da MAC Top Center Giovanni Frasson, Michel Sarkis, Marina Ruy Barbosa, Suzana Schermann e Yran Soares na inauguração da Bobstore Brasília Marina Ruy Barbosa na inauguração da Bobstore Brasília 11 Foto: Lar Construtora Foto: Lar Construtora Handbook Palladium (PR) Foto: Carol Bertolo Foto: Marcos Campagnolo Bobstore Brasília (DF) Forever 21 Itupeva (SP) Tok Stok Camburiú (SC) Portfolio Obras recentes da LAR Construtora Expediente www.larconstrutora.com.br Ano 4 - nº11 MAI/JUN/JUL/AGO 2015 LAR News é uma publicação periódica da LAR Construtora São Paulo/SP - Brasil Diretor Responsável: André Giusti Coordenação: Eliana Taniguti Diagramação e Direção de Arte: Luana Quinta Editor: Cidadela | Eder Santin MTB 16.439 Foto: Arnaldo Kikute Foto: André Nehmad QR-CODE 12 Escritório G Padilha Advogados (SP) Riachuelo São José dos Campos (SP)
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