Resúmenes para la edición internacional

n° 73 - janeiro-fevereiro-março 2014
Le journal de l'IRD
Traductora: Technicis
Resúmenes para la edición internacional
C
p. 4 Parceiros
Vietnã: medição
da erosão do litoral
O
tristemente famoso tufão Hayan que
devastou as Filipinas em novembro
de 2013, também atingiu o Vietnã. Em
um único dia, a costa sul do país recuou
8 metros, tornando este tufão um dos mais violentos já registrados. Esta observação
pôde ser feita graças a um sistema de monitoramento contínuo da costa, simples e
inovador, desenvolvido pelo ird em parceria com equipes vietnamitas. Com base no uso
de duas câmeras convencionais de monitoramento cujo custo não chega a mil euros,
fornece aos pesquisadores dados sobre batimetria, correntes, ventos, altura de ondas,
magnitude das marés ou ainda o movimento da costa em 4 quilômetros.
Madagascar, a grande ilha misteriosa
E
© IRD / G. Gillot
mbientes naturais extremos podem
inspirar soluções ambientais inovadoras.
a jeai tunisiana halobiotech aposta em bactérias
coletadas no Chott El-Jerid, uma imensa
planície árida e salgada no sul do país, para
descontaminar dejetos líquidos poluentes.
Num contexto em que os recursos hídricos
são limitados e onde indústrias geram
efluentes salinos e hipersalinos, a equipe
procura soluções para tratá-los, a fim de
reutilizá-los ou devolvê-los sem impacto
para o meio ambiente.
erivada de uma bactéria da mesma
família que as da hanseníase e da
tuberculose, a úlcera de Buruli assola
principalmente a África e a Austrália.
Pela primeira vez, o agente responsável
foi identificado em ambiente natural
na América Latina. Alguns casos desta
infecção necrosante da pele estão
sendo recenseados desde o final dos
anos 1960, principalmente na Guiana.
Mas os nichos ecológicos da bactéria
responsável e as fontes de contaminação para o homem continuam pouco
conhecidas.
E
ndêmica da Nova Caledônia, o Amborella trichopoda
ficou famoso além do arquipélago. Este arbusto é
o único representante de uma linhagem ancestral
de plantas florais. Seu genoma, decodificado no final
de 2013, pode desvendar o “abominável mistério”
de Charles Darwin.
© IRD / G. Gillot
A
D
Amborella: de livro aberto sobre a
evolução
p. 11 Valorização
Medicina alternativa
na indústria de frango
D
urante décadas os antibióticos foram
usados na criação industrial. Adicionados à alimentação animal, melhoram o
crescimento. Mas o surgimento de micróbios
resistentes, ameaçando a saúde humana e
animal, demonstrou os limites do uso não
terapêutico dos antibióticos. Em 2006, a
Europa proibiu seu uso na criação. No Peru, como em todo o continente americano,
continuam sendo usados. Líder do mercado avícola no Peru, a empresa San Fernando
decidiu se antecipar. A empresa contatou então a Universidade peruana Cayetano Heredia
(upch), que desenvolve pesquisas sobre as propriedades medicinais das plantas. A San
Fernando estava à procura de um promotor de crescimento natural, a fim de reduzir o uso
de antibióticos e se preparar para uma evolução da legislação peruana e, eventualmente,
desenvolver a exportação. Aproveitando-se da política do estado peruano, que incentiva
uma aproximação público-privada, nasceu a parceria tripartite entre upch, ird e San Fernando.
p. 11 Valorização
Micobactérias:
kit de diagnóstico à vista
D
os peixes de aquário ao homem, é apenas um
passo... pelo menos para alguns patógenos! Este
é o caso das micobactérias não tuberculosas que dizimam
as criações de peixes, incluindo aqueles preferidos pelos
aquaristas, e acabam infectando também os seres
humanos. Face a este desafio de saúde animal e
humana e suas consequências econômicas, pesquisadores
do ird e seus parceiros vietnamitas estão empenhados
no desenvolvimento de um teste de diagnóstico.
p. 13 Planetaso
p. 6 Formação
CoForChange
Trabalho e empoderamento
das mulheres
O
programa científico CoForChange explora a história, o patrimônio e os ecossistemas
florestais da África Central. Para preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade do recurso, faz recomendações sobre a gestão e a exploração florestais, incluindo
a inesperada de ampliar as parcelas exploradas.
À
s vezes a globalização tem efeitos colaterais
um tanto inesperados... Em Marrocos, que
virou o ateliê de confecção da Europa, ela poderia
ter como “virtude” acidental incentivar um certo
grau de independência das mulheres assalariadas.
A industrialização contribui casualmente para o
empoderamento das trabalhadoras, que se apropriam
do sistema para se tornarem protagonistas de suas
vidas e desenvolver áreas de liberdade, apesar de
fortes restrições. Este programa de pesquisa comporta
um forte componente de formação para pesquisa,
apoiado por um dispositivo peers, destinado a desenvolver a metodologia e os conhecimentos teóricos
em ciências sociais dos estudantes da Universidade
de Rabat. Ele se esforça a incentivar a sua participação
no campo, mas também durante um colóquio de
escola de verão.
© IRD / R. Oslisly
© IRD / R. Gozlan
xiste um mistério malgaxe do desenvolvimento econômico? A grande ilha tem de fato
um destino dos mais singulares nesta área. Pesquisadores do ird, em parceria com
o Instituto Nacional de Estatística de Madagascar, falam inclusive de “um enigma e um
paradoxo” num estudo recente, realizado dentro de um programa internacional
coordenado pela afd. Nos anos 1970, 1980, 1990 e 2000, cada ciclo de crescimento
promissor resultou em um bloqueio político, mais ou menos prolongado, acabando com
as perspectivas de uma arrancada econômica sustentável. Concretamente, o poder de
compra da população malgaxe foi reduzido de um terço entre 1950 e 2010, embora tenha
quase triplicado nos países da África Subsaariana, mesmo com desempenho econômico
modesto. As teorias do desenvolvimento, usadas para explicar essas dificuldades, são
impotentes para justificar essa queda de desempenho de Madagascar no longo prazo.
O país tem todas as qualidades necessárias para se desenvolver, uma geografia vantajosa,
fatores de produção favoráveis, recursos humanos e sem obstáculos insuperáveis
relacionados às políticas econômicas ou às instituições. É preciso procurar em outro
lugar a causa destas crises recorrentes...
JEAI HALOBIOTECH
Úlcera de Buruli
p. 10 Pesquisa
© IRD / M. Sauvain
p. 5 Parceiros
p. 6 Formação
p. 2 Notícias
passado pode acompanhar o presente
com vantagem e até mesmo guiar o
futuro dos países do Sul, segundo a perspectiva de pesquisadores do ird, entusiastas
há muitos anos de uma “arqueologia para o
desenvolvimento” engajada. Esta abordagem,
bastante original, se destaca das práticas
convencionais da disciplina, que reluta em
se antecipar demasiado nas sociedades estudadas. O medo de instrumentalizações,
interferências com assuntos contemporâneos, costuma limitar suas intervenções à conservação ou valorização expositiva do patrimônio revelado. Em contraste, os arqueólogos que
exploram a Indonésia, os Camarões, a África do Norte, a Melanésia, o Equador ou Ilhas
Marquesas estão com pé firmemente plantado em seu tempo, para responder às questões
atuais. E, sem arbitrar as eventuais construções ideológicas elaboradas em torno de seus
resultados de pesquisa, assumem as implicações e as aplicações. Certamente, não se trata
de simples postura atípica, mas de responder a uma solicitação muito explícita formulada
pelas comunidades e países do Sul, com os quais o ird trabalha há muito tempo.Porque o
legado do passado, dos ancestrais, é frequentemente muito específico nessas terras do Sul.
Onde o Ocidente vê uma simples herança histórica, as populações de algumas regiões, mais
marcadas por sua inscrição no tempo, no espaço e por suas interações com o território,
veem um patrimônio, cuja transmissão pressupõe uma gestão equitativa e refletida.
© IRD / M. Razafindrakoto
om 130 vulcões ativos, a Indonésia
paga um preço alto, o do país
mais exposto no mundo. “O arqui
pélago sofre dez erupções por ano
em média e, este ano, eventos bastante notáveis ocorreram”. O monte
Sinabung, na ilha de Sumatra, inativo
há cerca de mil anos, despertou em
2010 e também no final de 2013.
A erupção já dura meses e forçou o
abandono de um grande número de
aldeias vizinhas. Ao mesmo tempo,
em Java, o Kelut, um dos vulcões
mais perigosos do mundo, explodiu.
Depois de um sequência de terremotos, sua cúpula desapareceu,
projetando uma coluna de cinzas
de 20 km de altura, com partículas
chegando em Yogyakarta, uma cidade
de mais de 700 mil habitantes a
150 km da cratera. Cerca de 70 mil
pessoas foram evacuadas. Também
em Java, o Merapi mostra sinais de
atividade desde novembro último.
Os pesquisadores do ird, em parceria
com os seus homólogos indonésios
do Centro de Redução de Riscos
Geológicos e Vulcânicos (cvghm) e o
Instituto de Tecnologia de Bandung
(itb) desenvolvem novos métodos de
pesquisa dos sinais precursores nos
vulcões de Java e das ilhas Molucas.
As equipes utilizam uma plataforma de
instrumentação geofísica para melhor
compreender os processos que levam
aos diferentes estilos eruptivos.
O
© IRD / R. Oslisly
© IRD / R. Almar
O humor do vulcão
Arqueologia para
o desenvolvimento
© IRD / Y. Pillon
T
rabalhos em palinologia contrariam a
ideia de que a agricultura bantu teria
devastado as florestas da África Central no
Holoceno. A comparação entre os dados
páleo-ambientais dos pesquisadores e as
datações arqueológicas enfraquece esta
hipótese.
Consulte el texto integro de los articulos en el sitio Internet del IRD : http://www.ird.fr
© IRD / J. Slembrouck
Holoceno, bantus e pólen
p. 1 Notícias
p. 8 e 9 Pesquisa
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© Rudy Tanjung
p. 3 Notícias
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