Capeia Arraiana – Sabugal

Transcrição

Capeia Arraiana – Sabugal
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
Capeia Arraiana é um new media on-line do Sabugal e do distrito da Guarda. Move-nos a
paixão pela Raia, pelas terras do forcão, pelas serras da Estrela, da Malcata e das Mesas, pelo
rio Côa e pelo povo valoroso que luta pelo futuro de uma região que alguns querem condenar ao
fracasso. Defendemos as nossas tradições e trabalhamos para que a informação, a opinião e o
debate de ideias estejam presentes no quotidiano dos que, como nós, amam as terras beirãs.
Suspensa obra do percurso na Barragem
Terça-feira, 27 Março, 2012 in Câmara e Juntas | Tags: albufeira sabugal, joaquim ricardo,
percurso, ps | by leitaobatista | 3 comentários
Erros insanáveis no projecto, descobertos poucos dias após o início dos trabalhos, levaram
à suspensão da obra camarária designada «execução de percurso de interpretação ao
longo da margem esquerda da albufeira do Sabugal», situação que levou os vereadores da
oposição a responsabilizar o presidente da Câmara pelo facto.
A obra fora consignada em Maio de 2011 à empresa
Albino Teixeira Lda, e os trabalhos iniciaram-se a 21 de Janeiro de 2012, logo que foi aprovado
o respectivo plano de segurança pela Câmara Municipal do Sabugal.
A suspensão aconteceu por decisão camarária tomada da reunião do executivo do passado dia
14 de Fevereiro, numa altura em que os trabalhos já estavam em pleno andamento,
nomeadamente ao nível da remoção de terras.
Só após o avanço desses trabalhos se verificou que os mesmos não poderiam continuar porque
parte do percurso a executar estava afinal projectado para terrenos submersos ou em terrenos
particulares. A necessidade de proceder a alterações significativas no projecto levarou os
serviços de fiscalização da Câmara a proporem a imediata suspensão dos trabalhos.
As falhas detectadas tornaram evidente a necessidade de mais estudos, de modo a corrigir as
falhas detectadas no projecto que o empreiteiro iria executar.
O vereador independente Joaquim Ricardo, mostrou-se indignado com a «falha monstruosa e
quiçá ridícula», que manifestaram os técnicos que elaboraram o projecto, da qual considera
primeiro responsável o presidente da Câmara. O vereador defendeu a abertura imediata de um
inquérito.
Já os vereadores eleitos pelo PS consideram que este caso vem confirmar «o desnorte e a
incapacidade do presidente e vereadores do PSD em gerir o Município».
Declaração de voto do vereador Joaquim Ricardo:
«Durante mais de um ano procedeu-se à elaboração do projecto que depois de feita a respectiva
apresentação (com toda a pompa e circunstância) abriu-se o respectivo procedimento concursal
(em 2010) que terminou com a apresentação do Plano de Segurança em 18 de Janeiro de 2012,
pelo adjudicante. Durante todo este espaço de tempo foram vários os técnicos responsáveis
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(externos e da câmara) que acompanharam o respectivo processo. Passados mais de três anos
que durou todo este procedimento e depois de garantido o respectivo financiamento e iniciados
os trabalhos, eis que recebemos a notícia de que os trabalhos teriam que ser suspensos porque o
percurso projectado está submerso pelas águas da albufeira. Confesso que fiquei incrédulo com
a notícia! Isto é, nenhum dos técnicos envolvidos no projecto e no seu acompanhamento
detectou esta falha monstruosa e quiçá, até ridícula, digna de divulgação pública para que o
exemplo não se repita noutras paragens.
E agora, brevemente, iniciar-se-á uma outra telenovela: Ao adjudicante será lícito solicitar
indemnização financeira e mais tarde teremos aqui uma proposta de aprovação de mais uns
tantos milhares de euros para trabalhos a mais. Este é só mais um exemplo, entre muitos, que
infelizmente acontecem regularmente na nossa autarquia.
Senhor Presidente, o mal está feito e infelizmente não temos outro remédio senão ultrapassar
mais este obstáculo. Mas a “culpa não há-de morrer solteira”. Por isso, proponho que seja
aberto imediatamente um inquérito para que se apurem responsabilidades. Mas seja qual for o
resultado desse inquérito, o responsável máximo está já identificado: É o senhor!»
Declaração de voto dos vereadores do Partido Socialista:
«A proposta de suspensão de uma empreitada consignada em Maio e apenas iniciada em
Janeiro, demonstra mais uma vez o que os vereadores do Partido Socialista vêm dizendo sobre o
desnorte e a incapacidade do Sr. Presidente e os senhores vereadores do PSD em gerir o
Município do Sabugal.
As razões invocadas para se suspender os trabalhos são tantas, que não percebemos como desde
o momento em que se iniciou a elaboração do Projecto, passando pelo concurso e consignação,
e, ainda, nos nove meses que decorreram até ao início das obras, não houve ninguém que tenha
percebido coisas tão evidentes como são, por exemplo, mandar reparar caminhos que estão
abaixo do nível do NPA da Albufeira, ou, pior ainda, são propriedade particular!
As razões da suspensão, e as alterações a que a empreitada vai ser sujeita, coloca-nos ainda a
dúvida sobre se o que realmente vai ser executado tem alguma coisa a ver com o que foi
concursado inicialmente.
Seria assim bom que o Sr. Presidente mandasse os Serviços Jurídicos analisar esta situação,
para não se cair, mais uma vez, na situação de serem colocados à aprovação deste Executivo
Municipal propostas feridas de ilegalidade!
Por tudo isto, e não deixando mais uma vez de lamentar a forma menos rigorosa com o que a
maioria relativa do PSD traz os assuntos para discussão e votação, abstemo-nos, e estaremos
atentos às alterações que venham a ser decididas, para, mais uma vez, não sermos coniventes
com qualquer tipo de ilegalidade.»
plb
Defesa pessoal para mulheres de Penamacor
Terça-feira, 27 Março, 2012 in Penamacor | Tags: defesa pessoal, idosas, mulheres | by
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A agência Lusa noticiou que na Aldeia de João Pires, concelho de Penamacor, aos
sábados, um grupo de mulheres esquece as limitações da idade e puxa pelo físico para
aprender técnicas de defesa pessoal.
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Nunca foram assaltadas, nem vivem com medo, mas «é uma forma de ganharem autoconfiança
e estarem activas», como diz à agência Lusa o instrutor Alberto Mariano, voluntário que guarda
os sábados para dinamizar actividades na região onde nasceu.
Além disso, praticam truques que podem usar «em último recurso», numa situação de risco.
Pode faltar agilidade «para fazer a espargata», mas «há técnicas específicas» que a população
sénior pode usar: «por exemplo, quem já não levanta bem o pé, pode magoar a canela de um
agressor».
Numa só tarde, Filomena Pires, de 74 anos, aprendeu a usar o movimento de braços com que
despe uma camisola para afastar os braços de um estrangulador.
Lado a lado com outras dez vizinhas, descobriu que basta girar o pulso para fugir de quem a
agarre e ficou a saber como dobrar o braço sobre o peito para travar algumas agressões.
plb (com Lusa)
Universidade Aberta recebe candidaturas
Terça-feira, 27 Março, 2012 in Ensino/Educação | Tags: uab, universidade aberta | by
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As candidaturas para licenciaturas na Universidade Aberta (UAb) para o Ano Lectivo de
2012/2013, via Acesso Específico e Acesso para Maiores de 23 anos decorrerão de 1 a 15 de
Abril de 2012.
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A candidatura é realizada online, com o envio da documentação solicitada no portal da UAb
aquando da publicação da notícia, sendo que os exames de acesso são efectuados
presencialmente no mês seguinte.
As licenciaturas da UAb decorrem integralmente em regime de e-learning, sendo as avaliações
(exames semestrais) o único momento presencial.
A informação sobre os cursos está disponível aqui.
A informação sobre Acesso Específico pode ser consultada aqui.
A informação sobre Acesso para Maiores de 23 (ACFES) pode ser consultada aqui.
As candidaturas para Reingressos, Mudanças de Cursos ou Transferências terão lugar mais
tarde.
plb (com UAb – CLA do Sabugal)
Crise? sim, para quem trabalha
Terça-feira, 27 Março, 2012 in Opinião, Passeio pelo Côa | Tags: antónio emídio, crise | by
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O meu artigo número duzentos, quero dedicá-lo aqueles que mais sofrem com esta crise,
os trabalhadores das classes mais desfavorecidas, das mais humildes, os trabalhadores
das classes médias, os pequenos empresários e os pequenos comerciantes. É nestas
classes que se apoia o poder económico, explorando-as e obrigando o Estado a explorá-
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las, conseguindo assim lucros fabulosos. Como não podia deixar de ser, este artigo
dedico-o também aos desempregados.
A crise não pode ser considerada Global, na medida em que há países como Portugal e
Grécia, entre outros, que devido à sua dívida externa e défice, vão empobrecendo,
sendo incapazes de pagar as suas dívidas, optando como solução, leis laborais que não
são mais nem menos do que uma brutal exploração. Noutros países onde a crise é
quase inexistente, aí os lucros das grandes empresas são conseguidos com idênticas leis
laborais, leis de exploração a que já chamam «contra-reforma laboral». Uma realidade
se constata, a crise é a do Mundo do Trabalho.
O nosso Pais querido leitor(a), com medidas ilegais que nos estão a ser impostas, está a
empobrecer, o crescimento do Produto Interno Bruto em 2011 foi quase nulo. O estado
e os grandes patrões impuseram drásticas reformas neoliberais, para quê? Para
lançarem milhares e milhares de portugueses no desemprego, este já atingiu uma percentagem
vergonhosa para qualquer governante, ainda não contentes, tanto um, como o outro, Estado e grande
patronato (o seu representantes como Ferraz da Costa), resolveram também fazer violentos cortes
salariais, que tudo indica ainda irão a mais irão presume-se que serão feitos cortes nos salários, entre
vinte e trinta por cento! Com esta «orientação» vinda da Alemanha, iremos superar a crise e depois
entrar num acelerado e «paradisíaco» processo de recuperação económica, não se sabe é quando…
Este processo neoliberal começa em 1973 com a ditadura militar no Chile, golpe de Estado de Pinochet,
aí foram aplicadas ferozes medidas neoliberais a favor do «livre mercado», outros países da América
Latina se lhe seguiram, também com ditaduras militares. Tudo foi imposto pelos Estados Unidos. Ainda
agora, passados trinta anos há países que nunca se recompuseram, nem enriqueceram, pelo contrário
ainda empobreceram mais. O mesmo irá acontecer a alguns países da Europa, muito me temo que entre
eles esteja Portugal…Alguém dirá: para isso não acontecer temos que trabalhar mais e melhor, com
menos salários e menos pão, mas quanto menos for o salário e menos o pão, menos enriquecemos, assim
só enriquecem dois ou três, veja-se o caso do empresário de sucesso português que já está na revista
Forbes. Isto é só um exemplo, se por acaso não recebermos salário nem pão, para onde vai a riqueza que
produzimos?
Como bem dizia, penso que um escritor «governar a Europa significa reduzir salários, cortar nas
prestações sociais, criar desemprego e eliminar obras públicas». Eliminar obras públicas para deixar
tudo nas mãos de privados! Pelo menos lembrem-se do New Deal ( Nova Ordem ) o plano de
recuperação económica dos Estados Unidos levado a cabo pelo Presidente Roosvelt, depois do
descalabro económico de 1929: intervenção e vigilância do Estado, execução de grandes obras públicas e
políticas de apoios sociais. Assim criou milhões de postos de trabalho e deu de comer a todos, mas para
isso contribuíram, o Estado, as empresas e os trabalhadores. Foi o Keynesianismo, que para os actuais
governantes europeus e grandes empresários, é considerado comunismo, sinais dos tempos…
O trabalhador nesta Europa é uma simples mercadoria que se usa até se tornar inservível, depois vai
para o lixo.
Há empregos na Neoliberal União Europeia de 500 euros mensais, com uma carga horária de 18
horas, mas se por acaso a empresa necessitar desse trabalhador para fazer mais horas!!! Paga-as a
5,60 euros à hora. Quantas horas tem para descansar? Para estar com a família?
Este tipo de exploração é mais notório nas grandes superfícies e nos centros comerciais – Os templos
do consumo.
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Aqueles que detestam os trabalhadores, que há muitos, aqueles que vêem nos trabalhadores uma
simples mercadoria, as mentalidades esclavagistas, pensem no seguinte: sem trabalhadores não se
criaria riqueza, não se pagariam impostos, não se pagaria segurança social. O Estado não se poderia
manter, o empresário também não. Sem os homens e as mulheres que trabalham, as máquinas
deterioravam-se, assim como as matérias primas, as ruas ficariam cheias de lixo, originando doenças.
Sem homens e mulheres que trabalhassem, os carros, os autocarros, comboios, barcos e aviões não
andariam, não haveria distribuição de água e luz, quem ensinava nas escolas, colégios e
universidades? Quem nos trataria nos hospitais? Em suma, não haveria vida!
Sem o capital humano, não existia o capital financeiro.
Aos desempregados quero dizer: o emprego está ligado ao sustento e à dignidade do homem. Em
Portugal, o sustento e a dignidade do homem têm pouco valor para os actuais governantes.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
[email protected]
Bismula – o teatro e seus actores
Terça-feira, 27 Março, 2012 in Bismula, Teatro | Tags: antónio alves
fernandes, Teatro | by leitaobatista | Publicar um comentário
Procurarei com este texto, no Dia Mundial do Teatro, que acontece
hoje, 27 de Março, prestar uma homenagem a todos aqueles que
com o seu trabalho dinâmico, sabedoria, empenho e talento na arte
de representar, que proporcionam tantos momentos culturais e
emocionais a um público que os admira e respeita.
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Viver é representar. Todos os homens escolhem as melhores
máscaras e saltam para ao palco do teatro com engenhosas
representações.
Shakespeare dizia que o mundo era um palco e Fernando Pessoa definia-se
como uma cena viva representando diversos actores em diversas peças.
Assim se explica a fome de teatro de todos os homens. A Vida é um Teatro.
Experimentem, por exemplo, tirar todas as máscaras nos sectores políticos,
religiosos, sociais e culturais, e, que outra consequência senão encontrar a
morte? Com efeito, é o Teatro que torna as pessoas mais livres e permite a
vida, ora autorizando verdades que, sem máscara, poucos ousariam dizer,
ora dissimulando os nossos reais defeitos e possibilitando a sã convivência.
O teatro vem dos clássicos gregos, atravessa séculos de culturas e
civilizações, passa pelo misticismo, pela farsa social, pelos testemunhos
heróicos, religiosos e tantos outros. A sua importância é milenar. Nas
tragédias gregas, por exemplo, as autoridades pagavam ao próprio público
para as ir ver.
Quando Molière bateu três vezes com a sua bengala nas «tábuas da
aristocracia francesa» do Século XVII, não imaginaria, por certo, que esses
sons ecoariam numa aldeia portuguesa recôndita, situada no Planalto do
Ribacôa, na alma do POVO anónimo Bismulense, a que com orgulho
pertenço, e que escolheu para acontecer Teatro representado em diversos
locais públicos: o Largo de Santa Bárbara, da Relva, da Praça, e quando o
tempo ameaçava chuva no Salão, ao cimo da Rua do Forno.
Através de um conhecimento baseado na transmissão oral, nos princípios
do Século XX já a Bismula fantasiava um jogo cénico com componentes
militares e religiosas, envolvente ao Mártir São Sebastião, que já abordei
num texto sobre a Irmandade com o mesmo nome, centenária e com
irmãos espalhados por todas as freguesias do Concelho do Sabugal.
Com a nomeação do Padre Ezequiel Augusto Marcos para Pároco da Bismula
e ali residente, as peças de Teatro levadas à cena atingiram o seu apogeu,
contando com o apoio de dois colaboradores e encenadores: José Joaquim
Fernandes e o seu parente José Maria Fernandes Monteiro, seguidos por um
elenco de actores populares, que hoje envergonhariam muitas vedetas de
pacotilha, que aparecem todos os dias nos ecrãs da televisão. Actores de
grande talento como Joaquim Firmino, António e Joaquim Videira, Iberte
Alves Ramos, José Augusto Vaz, Paulo Cardoso, José Maria Fernandes,
Manuel José Fernandes, as Irmãs Faustina, Trindade e Inês Alves Mendes,
Maria Bernardete Fernandes Lavajo, António Joaquim Lopes, Antero Leal,
Francisco dos Santos Vaz, e tantos outros.
Esta plêiade de homens e mulheres levaram à cena, na Bismula e nalgumas
freguesias limítrofes, peças de Teatro com a temática religiosa, histórica e
alguma mitologia popular; no final havia sempre uma rábula cómica, que
fazia rir o grande público. Para dar um ar festivo ao Teatro, muitas vezes
este era abrilhantado por uma Banda de Música, que vinha da Freguesia da
Malhada Sorda ou da Parada.
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Lembro-me da apresentação das peças de S. Sebastião, «A Bandeira
Roubada», «Santo Tarcísio», «Os Dois Jovens Cativos», «A Paixão de Jesus
Cristo», «Restauração de Portugal», «O Amor Descoberto», «O Fim do
Mundo»; nas peças mais cómicas apareceram «O Barbeiro de Sevilha»,
«Salsa e Parrilha» e outras que não tenho na memória.
Estas peças eram apresentadas com tanto realismo que numa peça, levada
à cena no Largo da Relva, com o palco assente nas pedras do mercado (já
desapareceu este património), um dos actores ficou com uma costela
partida. Também não posso deixar de dar o meu testemunho pessoal. Na
peça «A Bandeira Roubada», o meu pai é condenado à morte e com os
meus seis anos comecei a chorar compulsivamente no meio dos
espectadores, e só parei quando me agarrei ao pescoço do meu saudoso Pai
– José Maria Fernandes Monteiro – e confirmei que estava vivo e não tinha
sido morto.
Vivi esta e outras emoções que me acompanham até à morte. Devo-as ao
Povo Actor, aos Homens e Mulheres Bismulenses.
HONRA, GLÓRIA E LOUVOR AOS ACTORES ANÓNIMOS BISMULENSES,
CUJOS NOMES AINDA ESTÃO VIVOS NA MEMÓRIA DE TODOS AQUELES,
QUE ASSISTIRAM A MARAVILHOSAS PEÇAS DE TEATRO.
A TODOS OS HOMENS DO TEATRO.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
GNR deteve por incêndio, furto e posse de armas
Segunda-feira, 26 Março, 2012 in Casos de Polícia | Tags: gnr | by
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No dia 19 de Março, elementos do Núcleo de Protecção Ambiental
de Pinhel, da Guarda Nacional Republicana, detiveram um indivíduo
de 63 anos de idade, residente em Rabaçal – Mêda, por crime de
incêndio florestal por negligência. A GNR também deteve durante a
semana transacta um homem e uma mulher por furto e outros dois
homens por posse ilegal de armas.
Segundo o comunicado semanal do
Comando Territorial da Guarda da GNR, o
autor do incêndio realizava uma queima de
sobrantes agrícolas, numa propriedade
naquela localidade, que deixou
descontrolar, a qual se propagou aos
terrenos vizinhos, dando origem ao
incêndio que o mesmo confessou ser o
autor. Em consequência, ardeu um hectare
de pinheiro bravo e mato.
Os factos foram participados ao Tribunal Judicial da Mêda, ficando o detido
sujeito a Termo de Identidade e Residência.
No dia 22 de Março, militares do Posto Territorial de Foz Côa, detiveram em
flagrante delito, um homem de 28 anos de idade e uma mulher de 21 anos
de idade, residentes na Guarda, por crime de furto de metais não preciosos.
Os suspeitos foram surpreendidos junto a uma Quinta agrícola próxima de
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Foz Côa, após carregarem um veículo com cerca de uma tonelada de
aduelas de ferro utilizadas nas cubas de vinho.
No dia 20 de Março, militares do Núcleo de Investigação Criminal de Pinhel
e do Posto da Mêda, detiveram um indivíduo de 81 anos de idade, residente
Paipenela (Meda), por crime de posse ilegal de armas. A detenção ocorreu
após uma denúncia pelo crime de violência doméstica, tendo sido
efectuadas buscas domiciliárias à residência do suspeito onde foram
encontrados e apreendidos cinco aerossóis de defesa, com gás pimenta,
diversas e ainda uma réplica de uma arma de fogo (pistola).
No dia 24 de Março, o Núcleo de Investigação Criminal de Pinhel deteve um
indivíduo de 50 anos de idade, residente em Marialva (Meda), também por
crime de posse ilegal de armas. O suspeito detinha na sua residência duas
caçadeiras de 12 e 9 milímetros, o que foi verificado no decurso de uma
busca domiciliária, efectuada no âmbito de um Inquérito criminal.
plb
Pinhel recebe Estágio Nacional de Karate
Segunda-feira, 26 Março, 2012 in Desporto, Karate, Pinhel | Tags: rui
jerónimo, pkks | by leitaobatista | Publicar um comentário
A cidade de Pinhel acolheu o Segundo Estágio Nacional da Portugal
Kyokai Karate-Do Shotokan (PKKS) e a Segunda Fase de Exames de
Graduação da época desportiva 2011/2012.
O Estágio foi realizado durante a parte da manha, e foi orientado pelos
Treinadores da Associação Nacional PKKS, Rui Jerónimo, Carla Jerónimo,
José Jerónimo e Eduardo Rafael. Estiveram presentes mais de 80 karatecas
oriundos de diversos Clubes do Distrito da Guarda.
Na parte da tarde realizaram-se os Exames de Graduação, onde estiveram
presentes 45 karatecas. Parabéns a todos pelo empenho e dedicação
demonstrado durante todo o exame. Obrigado aos familiares que
acompanharam os atletas, e à Falcão Empresa Municipal por todo o apoio
que deram na organização deste evento.
Rui Jerónimo
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Casteleiro – «Os Italianos»: centro
cultural popular
Segunda-feira, 26 Março, 2012 in A Minha Aldeia, Casteleiro, Cultura,
Património, Teatro | Tags: centro cultural, josé carlos mendes | by
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No Casteleiro, desde meados dos anos 50 e durante todos os anos 60 e 70, um complexo
industrial desactivado, a que chamávamos «Os Italianos», serviu de centro de cultura
popular. Nem sabíamos disso. Mas era lá que havia teatro, comediantes, circo, bailes,
cinema.
Era um edifício esbranquiçado, com ar de fábrica abandonada, mas em muito bom
estado de conservação.
Vale a pena descrevê-lo, antes de mais porque muita gente se lembra, mas também porque a maioria dos
que me lêem nunca o viram: ou nunca foram ao Casteleiro ou tendo ido ou sendo de lá não têm idade
para se lembrar.
Para quem já foi ou sabe onde fica a Casa da Esquila, o novo restaurante de marca, saiba que os Italianos
eram aí mesmo, mas em frente, do outro lado da estrada, logo junto da curva.
O edifício
Era uma grande construção, bem sólida, mas já não era de pedra como era tradição no Casteleiro. Por
exemplo: a igreja, construída também nos anos 40, é toda de pedra.
«Os Italianos» tinham sido construídos com tijolo burro (julgo que era isso) e o bloco fora todo rebocado
com uma massa de cimento lisinha, pintada de quase branco e era enorme. Ou parecia enorme aos
nossos olhos de miúdos.
O edifício foi demolido lá pelos anos 80, julgo, para dar lugar a habitações e comércio.
Da estrada ao edifício, um grande largo de uns 30 metros de profundidade e que corria ao longo de todo
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o edifício.
Antes da entrada, um telheiro alto, gigantesco.
A porta de entrada era larguíssima. Mas tinha três degraus – o que significa que não era para entrada de
viaturas. Lá dentro, logo à entrada, um hall enorme com dois grandes blocos rectangulares altos e com o
tijolo à vista. Tinham sido construídos para serem os fornos. Depois, para a direita de quem entrava o
grande salão.
E, ao longo dessa sala grande, várias dependências, tudo em grande e com pé direito
impressionantemente alto. Isso era uma imagem de marca da construção: o telhado ficava lá muito em
cima… bem diferente das nossas casas: tipo dois ou três andares lá em cima. Era assim que eu via o
edifício. Se calhar era só o meu olhar de criança a ampliar a coisa…
Os bailes
Do que mais nos lembramos é dos bailes. Enormes bailes de domingo. Toda a gente rodopiava naquele
grande salão. De mim e dos meus amigos, só me lembro de andarmos a jogar à apanhada ou coisa assim
por entre as pernas dos dançantes…
O cinema
O cinema que se via nesse tempo na aldeia ou era projectado numa parede da casa senhorial do Largo de
São Francisco ou nos Italianos. Era cinema mudo ou lá perto, a preto e branco, naturalmente, e com
histórias de amor em profundidade e muitas lágrimas.
O Delfim
Outro frequente utilizador era o comediante Delfim e a sua «troupe»: Delfim Pedro Paixão – bem me
lembro do nome dele e da sua companheira e restante equipa de «actores» de rua. Muito nos ríamos com
as suas brincadeiras ingénuas. Quando a mulher era viva, havia trapézio e tudo (acho que morreu de
uma queda).
Volfrâmio
Já escrevi em tempos na Capeia que havia (há) volfrâmio no Casteleiro e que houve muita exploração de
minérios na minha terra. Pois bem: «Os Italianos» são fruto dessa euforia. Dois italianos, irmãos, vieram
para cá, instalaram-se e iam começar o seu negócio. Investiram, portanto. Ali seria uma fábrica
separadora de minérios. Mas não chegaram a tirar rendimento: logo, logo, a Itália é derrotada e o
negócio italiano e alemão dos minérios em causa acabou. O edifício lá ficou, entregue ao meu avô, que
acabaria por aceder à propriedade 30 anos depois por usucapião: os dois italianos nunca mais deram
sinais de vida. Tanto quanto se sabia na época, teriam fugido para a Argentina. Mas até hoje, nem um
telefonema…
O Casteleiro ficou assim com um equipamento inesperado, que bem utilizado foi durante duas décadas.
Foi o primeiro centro de cultura – mas sempre houve teatro no verdadeiro Centro (na imagem) e num
recinto junto do Largo de São Francisco.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
XXIII Capítulo Confraria Queijo Serra da Estrela
Domingo, 25 Março, 2012 in Beira Alta - Guarda, Beira Baixa, Confraria
Queijo Serra Estrela, Confrarias, Gastronomia/Bebidas, Portugal, Serra da
Estrela, Tradições | Tags: confraria, Luis Javier Del Valle Vega, queijo,
Serra da Estrela, xxiii capítulo | by jclages | Publicar um comentário
El 17 de marzo de 2012, Oliveira do Hospital, en Portugal, acogió los
actos del XXIII Gran Capítulo de la Cofradía Queijo Serra da Estrela.
Descripción, fotos y vídeo del mismo. Como cada año desde 2007,
en el que la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de
Asturias se hermanó con la Cofradía del Queijo Serra da Estrela,
acudo a Oliveira do Hospital, a celebrar con nuestros «hermanos
portugueses» su Gran Capítulo, su gran día del año.
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En esta ocasión a diferencia de los dos últimos años, en el
que acudimos solos Estela y yo, nos acompañaron los amigos
Jorge Martínez, Jesús Solís y Aquilino Suárez, por lo que la
Cofradía de Amigos de los Quesos y la del Quesu Gamoneu
estuvieron representadas por dos personas y Doña Gontrodo
sólo por Estela.
Siguiendo la costumbre de los últimos viajes, hemos
aprovechado para hacer un poco de turismo y conocer dos
ciudades que no conocíamos: Peso de Regua y Viseu. La una cabecera del
Alto Douro Vinhaterio y la otra la principal ciudad de la región Däo-Laföes.
Peso de Regua, fundada a la vera del río Duero, consiguió de su puerto
fluvial su sustento económico, del mismo salían los barcos rabelos, típico
barco portugués de vela, encargados de transportar las barricas de vino de
oporto de las bodegas sitas en la zona, hasta Vila Nova de Gaia y Oporto.
En la actualidad la creación de presas en diferentes zonas del río en los
años setenta, impide que los mismos sigan ejerciendo su función, obligando
a realizar el transporte por carretera. Hoy en día, la ciudad ha crecido
considerablemente, dependiendo prácticamente su economía de la actividad
vinícola, de la que es cabecera.
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Allí hemos comido estupendamente en uno de los restaurantes de
vanguardia de Portugal, “Castas e Pratos”, ubicado en unos antiguos
almacenes de graneles, pegados a la estación del ferrocarril, que cuenta
con unas modernas y acogedoras instalaciones integrados en un peculiar
marco. Su comida tradicional evolucionada de alta calidad y su amplía carta
de vinos elegida como la mejor de Portugal en 2011, lo han ubicado en
pocos años entre los grandes del país vecino.
Viseu, con más de 100.000 habitantes, es una de las ciudades más antiguas
de Portugal, cuya existencia se remonta a la época castreña y tuvo una
gran importancia en la época romana. Aglutina historia y modernidad, con
restos romanos, iglesias que marcan el paisaje urbano y casas solariegas de
arquitectura sobria, pero de imponente granito. Su Catedral, del siglo XVI
aunque comenzada en el XII, bien merece una visita, como la iglesia de la
Misericordia y el museo Grao Vasco, todo ello en la Adro de Sé, una de las
plazas más bonitas de Portugal. La Plaza de Rossio, dónde está ubicado el
Ayuntamiento y la cava de Viriato, con la escultura en honor del héroe
lusitano, que parece ser estuvo asentado largo tiempo en la ciudad, son
otras de las visitas obligadas.
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La modernidad de Visseu es palpable en el Centro Comercial Palacio de
Gelo, dónde esta ubicado el Bar de Gelo, abierto en el año 2008, es único
en Portugal y uno de los siete existentes en Europa. Tomarse un cóctel –
única posibilidad existente, con la variante de con o sin alcohol – en sus
instalaciones es una experiencia única, que no debe perderse.
La siguiente parada fue en Caldas de Senhorim, entre Nelas y Oliveira do
Hospital, dónde nos esperaban nuestros anfitriones. Este año, los actos del
Capítulo se ceñían al sábado, no habiendo la clásica cena de recepción de
los viernes. Ello no quitó para que disfrutáramos junto con Pedro Couceiro,
su esposa Fatima y su hijo Nuno y de Antonio Serra Amaral y su esposa
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Gracia, de una estupenda cena en el restaurante Zé Pataco y de la
gastronomía tradicional de la región Däo-Laföes, dónde no faltaron la
Chanfaina y los arroces con costela y con marisco, todo ellos regado con los
vinos de Däo, que para eso estábamos en el territorio de esta DOP.
A pesar de la gran sequía que hay en todo Portugal este año, la mañana del
sábado amenazaba lluvia en nuestra salida de Meruge, el bello pueblo
dónde Pedro y Fatima tienen su residencia, y antes de llegar al nuevo
recinto ferial de Oliveira la misma hizo su aparición, estando presente casi
toda la mañana, desluciendo en buena parte el amplio programa que la
Cámara Municipal tenía dispuesto para la XXI Festa do Queijo Serra da
Estrela e outros produtos locais de qualidade.
El programa de actos del Gran Capítulo, no contenía actos en la mañana del
sábado, lo que permitió una visita tranquila a los múltiples puestos de todo
tipo que había en el ferial, con largas paradas en los puestos de las cinco
queserías acogidas a la Denominación de Origen Protegida “Queijo da Serra
de Estrela” que tienen su sede en el municipio de Oliveira do Hospital, y
cuyos responsables son ya conocidos de nuestras visitas anteriores.
A la hora de la comida, nos desplazamos al centro de la localidad, al
restaurante Johnny´s, donde dimos cuenta de buenas carnes de vacuno. Al
amigo Pedro le gusta llevarnos a sitios diferentes en cada comida o cena, y
ello nos permite ir conociendo la diferente oferta gastronómica que existe
en el municipio.
Había tiempo para el descanso, que mis compañeros de viaje aprovecharon,
pero el que suscribe tenía trabajo. Un año más formaba parte del jurado del
Concurso gastronómico “Com queijo Serra da Estrela”, teniendo el placer de
ser el único de los miembros que ha estado en el mismo desde su inicio, en
el año 2010. Esta edición tenía como novedad el cambio de nombre de
concurso de dulcerías por concurso gastronómico, abriéndose a
elaboraciones saladas, y que había cuatro elaboraciones realizadas por
establecimientos profesionales, contando también con dos elaboraciones de
alumnos de la Escuela de hostelería local. Al concurso se han presentado 14
elaboraciones, en el que se ha vuelto de poner de manifiesto la versatilidad
del queijo, en sus diferentes elaboraciones, en la cocina.
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A las 17,30 horas comenzó el desfile de las veintisiete Cofradías españolas
y portuguesas asistentes al Capítulo, que previamente nos habíamos ido
concentrando en el recinto ferial, precedidos de la “banda Zambumbadas
dos Pastores de Unhais da Serra” y de la Cofradía anfitriona.
Las cofradías portuguesas del Almas Santas de Areosa e do Leitäo, As
Sainhas de Vagos, Barco Rabelo, Bucho de Arganil, Bucho Raiano de
Sabugal, Cabritu da Serra do Caramulo, Cäo da Serra da Estrela, Carolos de
Vila Nova de Oliveirinha, Chanfana, Doçaria de Tentúgal, Gastronómica de
Bacalhau, Gastronómica de Laföes, Gastronómica de Madeira, Gastronómica
do Norte Alentejano, Gastronómica de Pinhal do Rei, Gastronómica de Toiro
Bravo, Gastronómica de Sever do Vouga, Gastronómica e enofilos de terras
de Carregal do Sal, Leitäo de Barraida, Medronho de Tabúa, Ovos Moles de
Aveiro, Queijo San Jorge y Sardinhas doces de Trancoso; las españolas de
los quesos de Cantabria y del queso Manchego y las asturianas, formamos
el vistoso desfile desde el recinto ferial en la parte norte de la ciudad, hasta
la iglesia parroquial de la Exaltación de la Santa Cruz.
Allí se hicieron las fotos de familia, primero una sola de los miembros de la
Cofradía anfitriona y otra conjunta de todos los asistentes. Las escaleras de
esta iglesia de 1751, levantada sobre otra del siglo XIII y XIV, es el marco
perfecto para tener un bonito recuerdo de esta acogedora ciudad.
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El desfile continuó rodeando el parque “Ciudad jardín” dejando a la derecha
la bella capilla de Santa Ana, y concluir el vistoso desfile en la casa de
cultura César Oliveira, lugar dónde se celebraría el acto oficial del Capítulo,
volviendo de esta forma al recinto que nos había acogido hace años, ya que
los dos últimos se habían realizado en el salón noble del Ayuntamiento, aquí
llamada Cámara Municipal.
El Capítulo estuvo presidido por el Gran Mestre de la Cofradía, Manuel
Freire Leal, escoltado por Diogo Albuquerque, Secretario de Estado del
Ministerio de agricultura, desarrollo rural, medio ambiente, marítimo y
ordenación del territorio del Gobierno de Portugal y el alcalde de la localidad
José Carlos Aleixandro. A los que acompañábamos el que suscribe como
representante de la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de
Asturias, Madalena Carrito presidenta de la Federación de cofradías
gastronómicas de Portugal (compuesta por 70 cofradías) y los cofrades
locales Joao Madanelo (Escribano) y Miguel Serra Amaral (Secretario),
ejerciendo como maestro de ceremonias, el Gran Conseillero y alma mater
de la Cofradía Pedro Couceiro.
Una vez más la Cofradía ha tenido el bonito gesto y amabilidad de situarnos
en la presidencia y cedernos la palabra en la celebración del Capítulo, y más
cuando estaban presentes otra Cofradía hermana (Queijo San Jorge) y la
que los había apadrinado en su momento (Quesos de Cantabria).
Como años anteriores mi intervención de agradecimiento fue en portugués
y en ella tuve un emotivo recuerdo para el difunto cofrade del Queijo,
Carlos Magalhanes, cuya viuda Rosé se encontraba entre nosotros. Carlos
era un enamorado de nuestra tierra asturiana, fue junto con Pedro Couceiro
de los primeros que he conocido, y con él mantenía continuo contacto,
siendo su fallecimiento fue un duro golpe. No fue posible devolvernos la
visita que le hicimos el año anterior, a su residencia en el bello lugar de
Mont´Alto en Arganil, con motivo de la celebración del Capítulo anterior.
Descanse en paz.
Las intervenciones del Gran Mestre, del Alcalde, del Secretario de Estado, la
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mía propia y de la Presidenta de la Federación, precedieron al juramento de
los numerosos cofrades de mérito y los de número – 8 más con lo que ya
suman 78 cofrades-, y a la presentaciones de María Eugenia Lemos sobre
como distinguir el queso con DOP.
Hélio Loureiro, cocinero reputado portugués, que presta sus servicios
profesionales en el Hotel Palacio de Oporto, tiene un programa de cocina en
la televisión portuguesa y es colaborador de la Festa do Queijo, en el que
en esta edición y en la anterior realizó en directo un “show-cooking” con
elaboraciones con el queso Serra, fue nombrado Cofrade de Mérito. Con
Hélio he tenido el placer de ser compañero suyo en la edición anterior y en
la presente del concurso gastronómico.
Este era un Capítulo para celebrar, si en del año anterior se había
presentado la candidatura con la que la Cofradía, presentaba al queso que
defienden como candidato a una de las 7 maravillas gastronómicas de
Portugal, este año tocaba reconocer a todos los involucrados por haberlo
obtenido, de diferente forma.
A las Cámaras Municipales de toda la comarca de la Serra de Estrela, se les
nombraba Cofrades de Mérito. Los alcaldes de Aguiar da Beira, Celorico da
Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Seia y Tabúa,
accedieron al estrado a recibir los honores y jurar como cofrades. Estas
ocho Cámaras fueron junto con la de Oliveira do Hospital – que no fue
nombrada, al serlo ya- las que dieron el apoyo oficial a la candidatura.
El otro reconocimiento se realizaba a los ganaderos suministradores de
leche y a las cinco queserías elaboradoras de queso, pertenecientes al
municipio de Oliveira do Hospital, acogidos y registrados en la
Denominación de Origen Protegida Queijo Serra da Estrela. Todos los
presentes recibieron su diploma “7 Maravillas de la Gastronomía” como
parte involucrada principal, en la obtención del galardón obtenido por
votación popular de todos los portugueses. Otros no lo pudieron recoger al
estar trabajando, y es que la hora de entrega coincidía con la hora del
ordeño de la tarde.
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El concurso “7 Maravillas de la Gastronomía” se celebro por iniciativa de la
RTP1 (Radio televisión portuguesa) siendo está la primera y única vez que
se realizaba. El 10 de septiembre, la ciudad de Santarém, acogió la entrega
de los reconocimientos a los productos premiados. Y allí estuvo una nutrida
representación de la Cofradía y de la Cámara Municipal, para recoger el
reconocimiento del Queijo Serra da Estrela como la maravilla gastronómica
de Portugal en la sección “Entradas”, recibiendo ni más ni menos que
900.000 votos.
Los otros seis nombramientos han correspondido, a:
– Sección de sopas: El caldo verde.
– Sección de pescado: Sardinha asada.
– Sección de mariscos: Arroz de marisco.
– Sección de carnes: Leitäo (lechón) da Bairrada.
– Sección de caza: Alheira de Mirandella, y
– Sección de repostería: Pastel de Belém.
Para celebrar que en el acto, estábamos presentes todas las Cofradías que
defendemos quesos en la península ibérica, en la que sólo faltaba la del
Idiazabal, no quisieron desaprovechar la ocasión para hacerlo ver al resto
de asistentes, y un representante de cada una de ellas subió al escenario,
dónde han entregado un recuerdo del encuentro y dado por concluido el
acto oficial. Los representantes de las portuguesas de San Jorge y Serra da
Estrela, las españolas del de Cantabria y Manchego, y las asturianas del
Principado de Asturias y del Gamoneu – que asistía por primera vez a este
Capítulo- subimos hermanados al estrado.
Cabe destacar que después del acto oficial, ha tenido lugar el encuentro
oficial entre dos de las tres únicas Cofradías de la península ibérica, cuyos
cofrades son únicamente mujeres, la portuguesa de As Saiñas, de Vagos,
en Aveiro y de Doña Gontrodo, de Oviedo. Ellas, junto con las Peralta de
Portugal y la de Venecia, son las cuatro únicas europeas compuestas
únicamente por mujeres. Seguro que de este encuentro, saldrán
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estupendas relaciones.
El Capítulo concluyó con la cena de hermandad realizada en la cercana Casa
dos Espíritos, bonita discoteca habilitada para recoger la misma, dónde el
catering del restaurante Visconde de Touriz (Taugá) fue el elegido para
servir el menú. Este estuvo compuesto por:
– Buffet de entradas, compuesto por: queso Serra da Estrela y Serra da
Estrela velho, queijinhos de oblea frescos pimenta e ervas, mantenga de
oblea do Monte Maior, queijo creme, iogurte das nossas obleas con mel,
henchidos das Beira, Leitöa da Bairrada y Chanfana. Estas dos últimas
gentileza de las Cofradías que defienden estos productos, presentes en el
acto.
– Crema de zanahoria con cubos de naranja y miel.
– Borrego Serra da Estrela al horno con castañas, y
– Requesón Serra da Estrela con dulce de calabaza, cosa dulce con queso
Serra (realizada con receta de Hélio Loureiro), otros dulces y frutas y
pastéis de Tentúgal y ovos moles de Aveiro, gentileza igualmente de otras
dos Cofradías presentes.
Estupenda cena, regada con los estupendos vinos de la D.O.P. Däo, que
abarca la zona limítrofe con Oliveira, a un precio muy razonable de //35// €
y que dio paso a una agradable velada de un buen grupo, con la discoteca
ya funcionando como tal.
De domingo, atendiendo la invitación del matrimonio Mendes –Carolina y
Joan- nos desplazamos a la localidad de Alvôco das Várzeas, perteneciente
al municipio de Oliveira, dónde disfrutamos de su hospitalidad y de su bello
pueblo.
Tocaba el almuerzo de despedida con toda la familia Couceiro, en Casa
Carlos, en la cercana localidad de Ponte de tres Brazos. Lo dicho Pedro, no
se cansa de mostrarnos ofertas gastronómicas diferentes, y nosotros
encantados.
Las compras en Oliveira, dónde aún es posible adquirir productos a precios
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más que interesantes, fueron la despedida a un espléndido fin de semana,
dónde un año más pudimos renovar nuestro hermanamiento y estrechar los
lazos de amistad que nos unen con una buena parte de los cofrades
queseros. En mayo, con motivo del Gran Capítulo de Doña Gontrodo,
tendremos ocasión de corresponderles todas sus atenciones.
«Vivir sin amigos, no es vivir.» Cicerón, Marco Tulio (106-43 a.C).
Luis Javier del Valle Vega
Concurso gastronómico «Queijo Serra da Estrela»
Domingo, 25 Março, 2012 in Beira Alta - Guarda, Gastronomia/Bebidas,
Beira Baixa, Turismo, Serra da Estrela, Tradições, Confrarias, Confraria
Queijo Serra Estrela | Tags: confraria, concurso, queijo, gastronomia, serra
estrela, luis javier valle vega, xxiii capítulo | by jclages | Publicar um
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El 17 de marzo de 2012, dentro de los actos de la XXI Festa do
Queijo Serra da Estrela, en Oliveira da Hospital, se ha celebrado
este III concurso, en el que he tenido el placer de ejercer de jurado.
O artigo junta recetas y fotografías de los platos.
Nuestra Cofradía hermana, del Queijo de la Serra da Estrela,
celebra su Gran Capítulo coincidiendo con esta festa o feria,
motivo por el cual me desplazo todos los años a esa
acogedora ciudad portuguesa. Dentro de los múltiples actos
que organiza la Cámara Municipal, se encuentra este
concurso, en el que he tenido el placer de estar invitado
como jurado en las tres ediciones del mismo, en el cuál he
compartido compañeros diferentes, siendo el único que ha
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asistido a las tres ediciones.
El concurso se realizó dentro del marco de la XXI Festa do Queijo de la
Serra da Estrela e outros produtos locais de qualidade, ante la presencia del
público asistente a la misma.
Las novedades de este año han sido básicamente dos, una la presentación
de platos salados, lo que ha motivado el cambio de nombre, pasando de ser
concurso de dolçerias a gastronómico, y la segunda la presentación de
profesionales y establecimientos de hostelería. Al igual que en la edición
anterior, se han presentado alumnos de la Escuela de hostelería del
municipio.
Los platos presentados a concurso tenían que contener Queijo Serra da
Estela, en algunas de sus variedades o algunos de sus derivados, es decir
Queijo Serra curado, Queijo velho de la Serra, fresco y requesón. Los
concursantes presentados han sido catorce, tres más que en la edición
anterior, suministrando la organización a los miembros del jurado un folleto
con las recetas de los platos presentados. Los premios, en metálico, para
los tres primeros clasificados de eran de 100 €, 75 € y 50 €,
respectivamente.
El jurado lo hemos formado cinco personas, el cocinero Helio Loureiro, que
cuenta con el programa Gostos y Sabores de la RTP, presta sus servicios
profesionales en el Hotel Palacio de Oporto y es colaborador de la Festa, en
el que realiza en directo un show-cooking; Soledad Abrantes, cocinera del
restaurante de la Cámara Municipal de Oliveira; Antonio Moniz Palme,
representando a la Cofradía del Queijo Serra da Estrela; Zacarías Puente,
representando a la Cofradía del Queso de Cantabria, y el que suscribe en
representación de la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de
Asturias. Estaba igualmente prevista la presencia de Mariana, de la quesería
Dos Lobos, en representación de los productores de quesos, que al final no
pudo asistir. La concejal de cultura de la Cámara Municipal, María Silvia,
coordinó el concurso.
La puntuación ha realizar total, comprendida entre 1 y 20 puntos, estaba
compuesta por 5 apartados, cada una con un porcentaje diferente. En
concreto, estos eran: degustación (40 %), presentación (30 %),
originalidad de la receta (15 %) otras consideraciones del jurado (10 %) y
viabilidad comercial (5 %). Aunque había que especificar entre salado o
dulce, los premios no distinguían unos de otros, ni si eran de profesionales
o de aficionados.
La prueba de los diferentes platos, se ha realizado delante del público
asistente y en un momento del mismo, nos han visitado las autoridades que
recorrían la feria, que no han dudado en degustar la que se estaba
evaluando en ese momento. El sobrante de cada elaboración podía ser
degustado por el público asistente.
Los tres primeros premios, han correspondido:
Primer Premio:
Categoría: Dulce.
Nombre plato: Delicia de la abuela serrana.
Nombre del participante: Restaurante Principe da Cidade.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 5 huevos.
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– 100 gramos de azúcar.
– 1 dl de agua.
– 4 dl de natas.
– 400 gramos de queso fresco de oblea.
– 1 bote de leche condensada.
– 100 gramos de galletas María.
Elaboración:
1 – En un tazo verter las yemas de los huevos, el azúcar y el agua.
2 – Poner a fuego, moviendo siempre, hasta que este ligado y retirar del
fuego.
3 – Batir bien las natas, junto con el queso y la leche condensada, hasta
que quede una mezcla homogénea.
4 – Batir las claras de los huevos y mezclar bien con las dos mezclas
anteriores.
5 – Triturar bien las galletas y decorar con ellas.
Segundo Premio:
Categoría: Salado.
Nombre plato: Hojaldre de queso.
Nombre del participante: Escuela Hostelería de Oliveira do Hospital.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Masa filo.
– Manteca de oveja.
– Queso da Serra.
– 1 dl de natas.
– 100 gramos de nueces.
– 2 hojas de gelatina neutra.
– Sal.
– Pimienta.
Elaboración:
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1 – Pintar la masa filo con la manteca y hornear a 180º C.
2 – Batir las natas y mezclar con la sal y la pimienta.
3 – Picar bien las nueces y mezclar con la gelatina previamente derretida.
4 – Colocar una base de masa filo con queso Serra y poner encima otra
base de masa filo. Encima colocar la mousse de nuez y terminar con otra
capa de masa filo.
5 – Decorar al gusto.
Tercer Premio:
Categoría: Dulce.
Nombre plato: Quesada de requesón con cabello de ángel.
Nombre del participante: María Isabel Mendes.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 330 gramos de requesón.
– 2 huevos.
– 8 yemas de huevos.
– 200 gramos de azúcar.
– 100 gramos de cabello de ángel.
– Canela.
Elaboración:
1 – Mezclar el requesón con el azúcar.
2 – Posteriormente añadir los 2 huevos, las 8 yemas, el cabello de ángel y
un poco de canela en polvo.
3 – Mezclar bien todos los ingredientes.
4 – Verter el preparado en moldes, previamente untadas con un poco de
manteca.
5 – Cocer en el horno a una temperatura de 180º C.
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El resto de participantes, han sido:
Categoría: Salado.
Nombre plato: Olibeiräo.
Nombre del participante: Joao Manuel Martins Quaresma.
Localidad: Santa Ovaia.
Ingredientes:
– 200 gramos de masa de pan de trigo o de centeno.
– 100 gramos de Aldeira Beira Alta. La Aldeira es un embutido de diferentes
carnes troceadas.
– 100 gramos de queso de oveja curado y seco.
– 100 gramos de manzana Bravo Esmolfe (es un tipo de manzana local).
– 1 yema de huevo.
Elaboración:
1 – Con un rollo de cocina, extender la masa de pan hasta obtener un
grosor de 0,5 cm, y cortar en cuadrados de 10 cm.
2 – Retirar la piel del embutido y cortarlo en rodajas.
3 – Pelar la manzana, quitarle el corazón y cortarlas en rodajas.
4 – Cortar el queso rodajas finas.
5 – Colocar encima de la masa, el embutido, la manzana y el queso.
6 – Hacer un bollo con la masa, cerrando bien los laterales.
7 – Pintar la masa con la yema del huevo, y cocer en el horno a 200º C
durante cerca de 10 minutos.
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Cascada de Estrela.
Nombre del participante: Isabel María Gouveia Ribeiro Neto.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes, para 4 personas:
– 1,5 dl de agua hirviendo.
– 50 gramos de manteca.
– 60 gramos de harina, tipo 55.
– 2/3 huevos de considerable tamaño.
– 1 requesón de unos 200 gramos.
– 200 gramos de dulce de frambuesa.
– 100 gramos de dulce de cabello de ángel.
– 100 gramos de geleatina de frambuesa
– Nueces y raspas de chocolate para decorar.
Elaboración:
1 – En un tazo verter el agua y la manteca, hasta que comience a hervir.
2 – Retirar del fuego y mezclar muy bien con la harina. Poner al fuego hasta
que quede la mezcla suelta.
3 – Echar la mezcla en una manga pastelera y hacer unos bollos pequeños,
que se meten en el horno, previamente calentado durante 20 minutos.
4 – Una vez cocidos, retirar y dejar enfriar.
5 – Mezclar bien el dulce de frambuesa y el requesón.
6 – Hacer un corte en los bollos y rellenar con la mezcla anterior.
7 – Disolver la gelatina de frambuesa con el cabello de ángel, las nueces y
el chocolate.
8 – Verter por encima de los bollos y meter al frigorífico a enfriar.
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Tarta de requesón con dulce de calabaza.
Nombre del participante: Restaurante típico Marques.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 1 base de masa hojaldrada.
– 3 huevos.
– 3 cucharas grandes de azúcar.
– 1 cuchara grande de harina.
– Dulce de calabaza al gusto.
– 20 cl. de natas.
– 1 requesón.
Elaboración:
1 – Colocar sobre la masa hojaldrada en una fuente y cubrirla con el dulce
de calabaza.
2 – Mezclar bien los huevos, con las natas, el azúcar, el requesón y la
harina.
3 – Verter sobre la fuente.
4 – Poner a cocer en el horno a 180º / 200º C.
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Quesada de requesón.
Nombre del participante: Silvio Antonio da Costa Lourenço.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
Para la masa de la quesada.
– 500 gramos de harina.
– 200 gramos de margarina.
– Agua.
Para el relleno.
– 300 gramos de requesón.
– 100 gramos de harina.
– 200 gramos de azúcar.
– 4 huevos.
– 50 gramos de margarina.
– Un poco de canela.
– 0,50 cl de leche.
Elaboración:
1 – Preparar una masa para la quesada, con la harina, margarina y agua.
2 – Mezclar el requesón con el azúcar, y luego con los huevos, la
margarina, la leche y la canela.
3 – Forrar moldes con la masa y verter la mezcla anterior.
4 – Cocer en el horno a una temperatura de 180º /200º C.
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Bizcocho de requesón con dulce de calabaza.
Nombre del participante: Anabela Lobo Osório.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 300 gramos de requesón.
– 200 gramos de azúcar.
– 4 huevos.
– 0,50 dl de leche.
– 50 gramos de margarina.
– 10 gramos de levadura en polvo.
– 350 gramos de harina.
– Dulce de calabaza al gusto.
Elaboración:
1 – Batir bien las claras con el azúcar, y juntar con las yemas, la leche, la
margarina y el requesón.
2 – Juntar la mezcla anterior bien con la harina y la levadura.
3 – Untar un recipiente redondo hondo con manteca.
4 – Verter la mezcla en el recipiente y meter a cocer en el horno.
5 – Una vez frío, partir por la mitad y rellenar con el dulce de calabaza.
Igualmente con el dulce decorar la parte superior.
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Categoría: Salado.
Nombre plato: Lazos de requesón con presunto.
Nombre del participante: Vitor Rafael Osório Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Harina, para hacer masa hojaldrada.
– Margarina, para hacer masa hojaldrada.
– 300 gramos de requesón.
– 3 huevos.
– 100 gramos de jamón serrano.
– Hierbas aromáticas.
Elaboración:
1 – Hacer una masa hojaldrada, con la harina, la margarina y agua.
2 – Preparar una mezcla con el requesón, los huevos, el jamón y las hierbas
aromáticas.
3 – Cortar la masa hojaldrada en rectángulos y rellenar con la mezcla
anterior. Enlazar los extremos con una tira de jamón.
4 – Cocer al horno.
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Categoría: Salado.
Nombre plato: Tartaletas con requesón y salmón ahumado.
Nombre del participante: Bárbara Marina Osório da Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Harina, para hacer masa hojaldrada.
– Margarina, para hacer masa hojaldrada.
– 300 gramos de requesón.
– Salmón ahumado al gusto.
– Hierbas aromáticas.
– 2 yemas de huevos.
Elaboración:
1 – Hacer una masa hojaldrada, con la harina, la margarina y agua.
2 – Hacer unas tartaletas con la masa, colocar en moldes y cocer al horno.
Dejar enfriar una vez sacadas.
3 – Mezclar bien el requesón, las hierbas aromáticas y rellenar las
tartaletas.
4 – Decorar con el salmón ahumado.
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Pudín de requesón.
Nombre del participante: Vitor Manuel Martins da Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 400 gramos de requesón.
– 500 gramos de azúcar.
– 12 huevos.
– 1 cuchara de licor de almendras.
– 300 gramos de harina.
– Canela al gusto.
– Corteza de 1 limón.
Elaboración:
1 – Mezclar bien el requesón con el azúcar, y luego con los huevos, el licor
de almendra, la corteza del limón y la harina.
2 – Verter la mezcla en un molde.
3 – Cocer al baño maría.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Categoría: Salado.
Nombre plato: Serrabulho doce con queijo da Serra.
Nombre del participante: Boutique Hotel Quinta de Geia.
Localidad: Aldeia das Dez.
Ingredientes:
– Medio bol de sangre de cerdo cocida.
– 1 bol de azúcar.
– 100 gramos de almendras laminadas.
– 1 palo de canela.
– 2 cucharadas de tocino de cerdo derretido.
– 2 bollos de pan.
– 1 bol de queso Serra
Elaboración:
1 – Hacer un almíbar con el azúcar y un poco de agua.
2 – Echar al almíbar, las almendras, el palado de canela y la sangre de
cerdo troceada.
3 – Una vez cocido un poco, añadir los bollos de pan cortados en láminas
finas y con el tocino de cerdo.
4 – Dejar hervir todo junto durante 2-3 minutos y echar el queso cortado
en tacos pequeños.
5 – Decorar con almendras laminadas, unos trozos de queso y palos de
canela.
Servir como un postre.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Queijatina.
Nombre del participante: Escuela de Hostelería de Oliveira do Hospital.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 3 yemas de huevos.
– 150 gramos de azúcar.
– 50 ml de miel.
– 1 requesón de unos 300 gramos.
– 2 hojas de gelatina.
– 250 ml de natas.
– Agua.
Elaboración:
1 – Batir las yemas de los huevos.
2 – Hacer un jarabe con las la miel, el azúcar y un poco de agua.
3 – Verter el jarabe sobre las yemas y batir y mezclar muy bien.
4 – Batir las natas y mezclar bien con la mezcla anterior.
5 – Mezclar bien todo lo anterior con el requesón.
Enfriar, y servir con en vasos con grosellas y galleta laminada.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Categoría: Dulce.
Nombre plato: Tentación serrana.
Nombre del participante: Carina Micaela Neto.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 1 requesón de unos 300 gramos.
– 6 yemas de huevos.
– 100 gramos de azúcar.
– 1,5 dl de agua.
– 100 gramos de galletas.
– 100 gramos de almendras laminadas.
– 1 palo de canela.
– 1 corteza de limón.
Elaboración:
1 – Preparar un jarabe, con el azúcar, el palo de canela, la corteza de limón
y un poco de agua.
2 – Mezclar bien las yemas con el requesón desecho y mezclar todo con el
jarabe anterior.
3 – Engordar la mezcla anterior con las galletas y las almendras, en el
fuego.
4 – Verter lo anterior en un molde y meter a cocer al horno.
5 – Decorar al gusto.
Observaciones: Esta mezcla se puede aprovechar para rellenar unos
pasteles de masa quebrada.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Una vez más se ha puesto de manifiesto la versatilidad del queso en cocina,
y que el concurso se va consolidando, si el primer año habían participado 7
concursantes, el año anterior fueron 10 y este 14, lo que significa un buen
incremento. También es positivo que al mismo se hayan sumado
profesionales, lo que igual a corto plazo deriva en realizar dos apartados,
uno para profesionales y otro para aficionados. Lo mismo ocurre con
preparaciones saladas, que es la primera vez que se presentan, al igual que
en el apartado anterior, haber si en próximas ediciones, es posible hacer
dos categorías.
Sin embargo, a mi entender, habría que ver la forma de potenciar el queijo
Serra curado, como ingrediente principal, en las tres ediciones hay un
exceso de elaboraciones que tienen como base el requesón (siempre de
oveja) en detrimento de otros tipos de producto como el queso fresco, el
amanteigado, el curado o el velho. En esta edición diez recetas (71,42 %)
tenían como base el requesón, por solamente una de queso fresco y dos
con queso curado, y uno ha echado en menos la fuerza tan peculiar del
queso Serra, sobre todo cuando esta amanteigado, como dicen allí.
Mi felicitación a la Cámara Municipal por llevar a cabo esta iniciativa, y
animarles a que la difundan entre sus ciudadanos y los asistentes a la festa,
es un complemento ideal y puede ser un buen soporte de la semana de
gastronomía “Paladares da Beira Serra, um outro sabor” que se desarrolla
en el municipio durante la semana de la festa.
Igualmente agradecerles, tanto a la Cofradía Queijo Serra da Estrela como
a la Cámara Municipal, que hayan pensado en mi persona, para formar
parte del jurado del mismo.
«Se gana por lo que se sabe, no por lo que se hace.» Larreta, Enrique
(1875-1961) novelista y diplomático argentino.
Luis Javier del Valle Vega
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Cânticos Quaresmais na Rapoula do Côa
Domingo, 25 Março, 2012 in Religião, Cultura, Património, Rapoula do Côa |
Tags: hélder lopes, quaresma, martírios | by leitaobatista | Publicar um
comentário
As pessoas da Rapoula, na sua maioria trajando roupa preta e
munidas de candeias de azeite, assistiram na noite de sábado, dia
24 de Março, a um encontro de oito grupos de cantores oriundos de
sete paróquias confiadas ao Padre Hélder Lopes.
A iniciativa, inédita no concelho do Sabugal, foi
precisamente organizada pelo pároco da Unidade Pastoral do Planalto do
Côa, possibilitando assim aos paroquianos a recuperação dos cânticos
populares quaresmais.
Os cânticos mais conhecidos são o dos Martírios e o da Encomendação das
Almas, os quais fizeram parte do «reportório» dos cantadores, que também
interpretaram o canto das estações da Via-Sacra e a ladainha de Nossa
Senhora.
Segundo nos informou o padre Hélder, a proposta foi feita aos paroquianos
no primeiro domingo da Quaresma. «Desde aí, foram muitas as pessoas,
sobretudo mulheres idosas, que colaboraram na recordação das letras
antigas e respectivas melodias musicais, e conseguiu-se reunir um acervo
literário/musical que será publicado numa brochura com 40 páginas».
O pároco tem dado grande importância a este reviver das tradições
populares antigas no que reporta à vida religiosa. Segundo o mesmo esta
iniciativa de reviver os cânticos na Rapoula do Côa «motivou muitos
paroquianos que desde há várias semanas se têm reunido nestas noites
gélidas para cantar estes cânticos tradicionais pelas ruas das diferentes
paróquias».
plb
UBI debate o desporto como aprendizagem
Sábado, 24 Março, 2012 in Desporto, Ensino/Educação, Covilhã | Tags: ubi,
desporto escolar | by leitaobatista | Publicar um comentário
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O Departamento Ciências do Desporto da Universidade da Beira
Interior (UBI) promove este ano a terceira edição das Actividades
Científicas na Escola, subordinadas ao tema «O desporto na
compreensão do homem», nos dias 13 e 19 de Abril e 4 de Maio.
A Professora Dulce Esteves, uma das coordenadoras
deste projecto educativo, informou que o mesmo pretende promover o
desenvolvimento integrado das crianças do 1º ciclo (Escola de Santo
António, Escola dos Penedos Altos e Conservatório da Covilhã), usando a
actividade física e o desporto como instrumento de aprendizagem.
Na edição deste ano serão abordados os conteúdos relacionados com o
balanço energético (Que calorias têm os alimentos? quantas calorias
ingerimos e como as gastamos? Quanto tempo tenho de correr para gastar
as energias de um chocolate? E de um hambúrguer?) e com o Movimento e
Equilíbrio (O que é o centro de massa?; Como fazemos força? Como nos
equilibramos? Como temos precisão?); Frequência Cardíaca (Como funciona
o Coração?; Será que a FC só aumenta com o esforço?; Como podemos
Controlar a nossa FC?)
Os docentes coordenadores são a Profª Kelly O’Hara; o Prof Rui Brás e Profª
Dulce Esteves, contando com a participação dos Alunos de Ciências do
Desporto.
plb
O galo vigilante
Sábado, 24 Março, 2012 in Aventuras de um contrabandista | Tags:
contrabandista, josé tosca | by leitaobatista | Publicar um comentário
Toda a minha vida aconteceu de volta com a bicheza doméstica. Tinha na corte o macho,
meu velho e fiel companheiro, a burranca, que era a montada da mulher e da canalha, e
a junta das vacas – duas jarmelistas de alma, preadas para o trabalho, capazes de
arrancar com uma carrada da mais funda ravina e de andar sem parar, de sol a sol, na
decrua de uma tapada.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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No cortelho mandava o marrano, cuja vida era ressonar e
emborcar viandas à espera da hora da matança. Na coelheira havia sempre laparotes prontos para o
panelo e no poleiro habitavam as pitas e o seu galaró reinante. Já cadelos e gatos eram gado de livre
andar, correndo a rua e os cantos da casa. Cheguei a ter toirão, no tempo em que corria os montes para
apanhar os saltantes bravos nas luras.
As galinhas eram do cuido da minha patroa, que nisso fazia grande preparo, no fito de ter fartura de ovos
e boa criação de frangas. No poleiro havia sempre um bom galo pedrês, daqueles que têm crista alta e
esporão alçado, e que guardam o bando das galinhas tal qual um cão cuida de uma piara de ovelhas. A
minha esmerava-se nisso, querendo ter galaró altivo e vigilante e ademais capaz de dar bom canto para
anunciar a hora do levanto.
Pois numa manhã, pelo tempo dos Santos, a Rosa do Lucas empurrou o cancelo do curral, de coisa feita
em nos agraciar uma gulodice da matança e entabular paleio. Entrou confiante e dava passos apressados,
já dentro da cerca, quando foi surpreendida pelo malvado galo pedrês que, largando as pitas, cresceu
para ela de penas eriçadas. A Rosa ainda lhe tentou mandar um biqueiro que o fizesse desandar, mas,
não lhe atinando, o cantador embraveceu e desatou a picar-lhe nas pernas.
- Ai, quem me acode! – urrou a desventurada mulher que foi cambaleando sem encontrar onde se
abrigar do feroz lutador.
A Belmira, ao ouvir a balbúrdia, saiu de casa com o razão do alqueire em punho e arrumou no galo uma
traulitada que o fez desandar.
- Mas que galo mais bravio aqui tem no curral! Capaz de me matar, o alma de seiscentos! – lamentou-se
a Rosa quando se viu a salvo.
- É levado da breca, não lhe posso abrir o poleiro! Não tarda que vá pró panelo.
- É pior que um cão! Não viesse vomecê e dava-me cabo das pernas. Isto é que é um guarda!
- Isso é, Ti Rosa. Ninguém é senhor de aqui entrar, basta ele dar fé!
- Assim precisava eu dum, que me guardasse as galinhas da raposa – aventou a Rosa do Lucas já melhor
refeita da escaramuça.
- Inda por isso é que tenho dó dele – concordou a minha – há dias fez daqui esgueirar o cão do Mourão,
que cá vinha ao fairo dos ovos. Não há melhano capaz de tocar num pito, nem vagabundo que meta pé
pra dentro do curral sem ter que tornar em correria, basta que ele ande à solta. Até de noite é vigilante!
Sinta raposa ou lobo ao redor dos casais que dá logo sinal.
- Dá-lhe um jeitão, Ti Rosa, dá-lhe um jeitão! Tem a casa resguardada!
A mulher do Lucas, que há muito não punha pé em nossa casa, largou ao que vinha. Trazia a prova da
matança, um pedaço de soventre e duas morcelas, que a minha recebeu por obrigação, pois seria mau
agradecimento rejeitar o que a generosidade nos trazia a casa.
O diabo é que a Rosa, que tem uma língua de palmo, espalhou pelo povo que o curral do Tosca era local a
evitar, por ali ter de guarda um galo selvagem que ninguém domava.
Foi a minha sorte, porque há coisas que nos vêm ao calhar. Primeiro fiquei danado com a boca laburda
da mulher, mas depois tomei fé de que o galo era cobiçado para padreador e passámos a receber no
nosso poleiro as pitas das demais pessoas de Bismula e até de gente de outras terras, que as queriam
galadas pelo cantante bravo para depois as porem no choco. A Belmira fez com isso uma dinheirama a
que no final adiu a nota de conto resultante da venda do famoso galo a um freguês da Rapoula que ali
veio de propósito para o comprar e fazer dele senhor de uma grande capoeira que produzia pitos,
galinhas e ovos para os mercados.
Paulo Leitão Batista, «Aventuras de um velho contrabandista»
[email protected]
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Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Os terríveis senhores feudais
Sábado, 24 Março, 2012 in Opinião, Politique d' Abbord | Tags: manuel leal
freire, senhores feudais | by leitaobatista | Publicar um comentário
A sociedade hodierna, saturada de preconceitos radicalmente igualitários, acolhidos
pelas massas, consciente ou subsconscientemente, vive impregnada na ideia dos
malefícios que terão decorrido dos direitos senhoriais.
A submissão a concepções dominantes que se apoiam apenas em modas
esquece contraditoriamente, por um lado, o relativismo histórico e, por
outro, que os elementos sociais que hoje pretendem ocupar ou ocupam
efectivamente o lugar deixado vago pelas antigas elites não melhoraram,
bem pelo contrário, os padrões de serviço à comunidade, vividos por
aqueles que tão asperamente censuram.
Felizmente que, ao lado dos que só se evidenciam pela força económiva e
ambição de poderio, se verifica, mesmo em países sem passado monárquico
ou nobiliárquico, a formação de elites, com tónus arisrocrático.
É que também nas democracias de recente data e que não têm atrás de si
qualquer passado feudal, se foi formando pela própria essência das coisas,
uma espécie de nova nobreza ou aristocracia. Tal é a comunidade de
famílias que se habituaram a por ao serviço da comunidade nacional, ou
seja do Estado, do governo e da administração, e sobretudo das populações,
as suas energias e sinergias…
Neste sentido, e estamos a seguir a lição de Pio XII, tambem as novas élites se podem afirmar como
propulsoras do verdadeiro progresso e guadiãs da tradição.
O nosso intento, hoje, cifra-se, todavia, unicamente no papel que o feudalismo assumiu na construção
europeia.
Os direitos senhoriais não podem, é certo, deixar de chocar a nossa mentalidade, com o c1ima de
violencia e extorsão, muitas vezes vivido nos limites do feudo, ou as constantes irrupções pelos
territórios vizinhos, domínios de irmãos e parentes muito próximos, quando não até de pais ou sogros.
Mas não pode esquecer-se, que ao tempo, as ocupações correntes de grande número de indivíduos eram
saquear, devastar e matar, em que cada um dos agredidos e espoliados fazia repercutir sobre o que em
força e poder se lhe situava abaixo os agravos de cima recebidos.
O senhor, monopolizando a autoridade, violenta ou violentíssima até, adentro do seu limes, era a única
entidade capaz de obstar àquela série intermináveI de conflitos, repetidos em cada um dos degraus duma
escada de forças, com miríades de clivagens.
A autoridade real, tanto pelas dificuldades de intervenção, como pelas flutuações de fronteiras, como
pelo reduzido leque de matérias em que a coroa se propunha intervir, era escassa e precisava
efectivamente de ser complementada por quem actuasse sobre o terreno.
Cunhando moeda, administrando a justiça, assegurando o abastecimento das populações, desenvolvendo
a economia, preparando os seus próprios exércitos, os senhores feudais cumpriram uma missão ao
tempo essenciaI.
Através da cadeia de fidelidade ajudaram ainda a consolidar os tronos e as fronteiras das várias
monarquias que se foram estabelecendo a Ocidente.
Defeitos naturalmente que tiveram muitos, mas onde há homens, há condição humana.
A guerra impunha-se-lhes como paixão. Gostam mais de combater do que de ouro fino ou de comer. É o
que expressava a Canção de Antioco. E noutra parte, fala-se de um cavaleiro que confessava sem rodeios:
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Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Se estivesse com um pé num castelo e o outro no paraíso e me anunciassem um combate, logo fugiria
para o teatro de guerra.
A Igreja, sábia mesmo quando intervinha em relação as coisas deste mundo, procurou modificar o ânimo
dos senhores e conseguiu-o em benefício dos vilãos e servos indefesos.
Mas fê-lo também em favor dos próprios senhores feudais, vítimas uns dos outros. E foi mesmo contra a
guerra privada, exactamente a guerra entre senhores, que lançou a Trégua ou Paz de Deus.
Depois, os grandes senhores pensavam em nobilitar-se cada vez mais e os pequenos por emulação
sonhavam também com o ascenso.
Houve toda uma penosa escada a subir e as mais influentes famílias reinantes da Europa radicam em
humildes estirpes.
Caso, por exemplo, dos Hoenzolern, família imperial alemã provinda de guardadores de altas
montanhas: ou dos Habbsburgos, fronteiros do império.
Distinguindo-se por suas qualidades, começavam por comes (palavra latina que significava companheiro
e é o étimo do actual vocábulo conde. Marquês provém de marca, palavra que significava território
avançado sobre o inimigo ou no mínino fronteiro a ele. O Marquês era ali a autoridade suprema. Com
uma função essencial militar, corresponderia ao Marechal, étimo germânico; ou Condestável,
aglutinação, aliás de comes (conde, como vimos), e stabuli (lugar de guarda de cavalos).
Os grandes mosteiros resultaram muitas vezes também da influência de poderosos senhores feudais ou
de descendentes directores seus.
Sao Bernardo de Claraval, outro dos grandes construtores da Europa, bem poderá dar testemunho.
«Politique d’ Abbord – Reflexões de um Politólogo», opinião de Manuel Leal Freire
GNR lança a Operação Ibiza 2012
Sábado, 24 Março, 2012 in Casos de Polícia | Tags: gnr | by leitaobatista |
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Segundo um comunicado divulgado aos meios de comunicação
social, o Comando Territorial da Guarda realiza, entre os dias 23 e
24 de Março, acções de sensibilização junto de estudantes que se
deslocam em férias, para Espanha, nos acessos à fronteiras de Vilar
Formoso.
Tendo presente que, por ocasião das férias escolares
da Páscoa, milhares de jovens portugueses viajam até à Catalunha e sul de
Espanha, em viagens organizadas, militares do Comando Territorial Guarda
realizam, entre as 20 horas do dia 23 e as 20 horas do dia 24, uma
operação nos principais acessos à fronteira, com o objectivo de sensibilizar
os estudantes para os perigos que advêm do uso de produtos
estupefacientes.
No decorrer da operação, os militares, recorrendo a binómios cinotécnicos
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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de detecção de drogas, fiscalizarão os autocarros que transportam os
jovens aos destinos e respectivas bagagens.
Deste modo, pretende-se evitar comportamentos desviantes nestas faixas
etárias, nomeadamente o consumo e tráfico de produtos estupefacientes.
plb
Olhares de Fátima
Sexta-feira, 23 Março, 2012 in Religião, Fundão | Tags: fátima, antónio
alves fernandes | by leitaobatista | Publicar um comentário
Todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Outubro vou em
excursão, com as gentes de Aldeia de Joanes a Fátima, inserido na
Grande Peregrinação Franciscana, que se realiza a nível nacional. É
interessante que a veneração a S. Francisco de Assis, tem alguma
implementação na zona circundante do Fundão. Imagens, capelas e
conventos são sinais dessa presença. Na viagem e na Cova da Iria,
cruzamo-nos e encontramos oriundos de Aldeia Nova do Cabo, de
Alpedrinha, de Castelo Novo e do Fundão.
É interessante ir em comunidade, compartilhar e partilhar os
nossos farnéis, estarmos numa proximidade de uns com os outros.
Dormimos, descansamos na Casa de Nossa Senhora de Fátima, das Servas
de Jesus, da Diocese da Guarda. Ali temos a simpatia e simplicidade das
Irmãs e todas as condições para partilharmos as nossas refeições.
Chegados no Sábado, deslocámo-nos para a Igreja da Santíssima Trindade,
onde em conjunto com milhares de «Irmãos Franciscanos», da Família
Franciscana, assistimos à Eucaristia, presidida por um Bispo de
Moçambique, em que não faltou a pregação inflamada, interessante,
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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oportuna, mas curta do Padre Vítor Melícias, exaltando a mensagem
fraterna de Francisco de Assis e da Obra Franciscana em Portugal e no
Mundo.
O Grupo Coral das Irmãs Franciscanas com a sua música litúrgica e vozes
apuradas, convidam-nos para um ambiente de espiritualidade e de
fraternidade.
Á noite, com tempo de verão, milhares de pessoas incorporam-se na
Procissão das Velas, com um caudal comovente de luz e de fé.
No Domingo de manhã, percorri as proximidades da Igreja da Santíssima
Trindade. Fico sempre encantado com a sua beleza e grandiosidade. Paro
junto das diversas portas imponentes e trabalhadas com inscrições
evangélicas de salvação. No seu interior, admiro e medito no painel em
tons dourados, suavíssimo atrás do altar, obra com simbologia bíblica. Olho
para a figura simples, forte, escura e poderosa na sua agonia de um Cristo
Crucificado. Junto ao altar a imagem branca de Nossa Senhora, com muita
espiritualidade e leveza, fazendo-me lembrar uma jovem camponesa
trajada à moda das pastorinhas. No centro do altar, um relicário com um
pedacinho de uma pedra do túmulo de S. Pedro de Roma a dar-nos a
imagem da universalidade da mensagem de Fátima.
Cá fora, olho para aquela altíssima e estilizada cruz e mais à frente a
Estátua de João Paulo II. Aqui fico em silêncio alguns minutos. Não posso ir
a Fátima sem fazer uma visita obrigatória a este saudoso Papa. Desta vez
toquei-lhe acentuadamente no seu manto pontifício, como que o agarrei e
pedi-lhe muito baixinho uma graça muito especial, que só ele ouvisse,
porque há sempre muita gente junto dele. Foi-me concedida, bem-haja,
João Paulo II.
Ali está, numa escultura notável, repleta de piedade e comovente
autenticidade, concebida por um seu conterrâneo, com a anotação das
viagens ao Santuário de Fátima.
Terminadas as Cerimónias Dominicais, com o inesquecível adeus à Virgem,
regressamos a Aldeia de Joanes, num são e agradável convívio, numa
jornada franciscana muito feliz e de espiritualidade.
Regressámos às nossas normalidades da vida, com cadências, ritmos, com
altos e baixos, pressas e paragens e esperanças. São estes momentos de
espiritualidade que nos devem fazer mais fortes e seguros para resistir às
inúmeras dificuldades e austeridades. Porém, devemos estar sempre
vigilantes e activos.
Uma palavra de simpatia e agradecimento, para o Senhor Higino Serra Cruz
que todos os anos organiza esta Peregrinação da Família Franciscana, e
desta vez, me proporcionou escrever estes «OLHARES DE FÁTIMA» e a
todos os acompanhantes de Aldeia de Joanes.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
Vergonha
Sexta-feira, 23 Março, 2012 in Opinião, A Quinta Quina | Tags: eduardo
catroga, fernando lopes, vergonha | by leitaobatista | Publicar um
comentário
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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«Quem não tem vergonha não tem consciência»; Thomas Fuller.
Hoje, trago a esta página, três ou quatro assuntos, que me parecem relevantes para o
título desta crónica. Quando se aponta o dedo aos outros de falta de seriedade e
honestidade, esquecemos que outros três dedos, da mesma mão, apontam para nós.
Esta semana ouvimos o todo poderoso chairman Catroga dizer, engasgadamente, que
o valor que o estado paga às empresas energéticas, não era assim tanto, que era
preciso fazer as contas… Uma explicação que nada explicava e que deixava claro a
mentira e, acima de tudo, a falta de vergonha. Este foi o senhor que aconselhou,
representou e assinou o memorando da troika pelo PSD. Sabia obviamente, o que lá
estava estipulado quanto às rendas que o estado paga às empresas energéticas e que, com a sua
assinatura, concordava serem exageradas e que, portanto, deveriam ser reduzidas. Pois bem, este senhor
é agora chairman de uma dessas empresas e que, agora, considera errado o que há uns meses
considerava certo e correcto! Este assunto fez cair um secretário de estado. E este senhor, não? Não.
Porque este senhor não tem vergonha. Nem ele nem quem o lá colocou e se mantém calado.
Depois não estranhem os adjectivos com que os políticos são brindados.
Outro assunto é o dos estaleiros navais de Viana do Castelo. Numa altura em que tanto se fala do mar e
das suas potencialidades, da aposta que deve (ou deveria) ser feita nessa matéria, encontramo-nos
perante uma estranha situação com estes estaleiros. O governo PS passeou-se por ali com aquele amigo
do ex-primeiro ministro Sócrates, Hugo Chavez, anunciando a salvação dos estaleiros. Esse amigo
encomendou uns navios no valor de cento e tal milhões de euros, contudo, os navios ainda não
começaram a ser construídos porque… os estaleiros não têm dinheiro para comprar o aço e o ferro!
Parece que precisavam de três milhões de euros para tal. Este governo, quando tomou posse prometeu
resolver o problema, tido como prioritário. Já lá vão oito meses e parece, parece, que encontraram a
solução: privatizar. O que não consigo entender é que se existem milhões para o BPN, para o BIC,
«subsídios» chorudos para as empresas energéticas e para as PPP’s, não existem três milhões para os
estaleiros de Viana?! Três!?
Agora avança a privatização, o que vai implicar que o estado enterre mais uns milhões (muitos) para a
capitalizar e a poder vender. O mais certo é ser ao desbarato, como o BPN. Uma vergonha.
Falando PPP’s (Parcerias Público Privadas). Sabem que as primeiras PPP’s foram feitas, registadas, sem
haver legislação que as regulasse? Que só onze anos depois essa legislação foi criada? Por aqui se vê a
trafulhice com que foram criadas. O estado estabelece um acordo em que uma empresa faz uma obra e o
estado proporciona-lhes a sua exploração e ainda lhes paga uma renda durante trinta ou quarenta anos!
São negócios ruinosos para o estado, melhor, para os cidadãos e contribuintes. Pois são estes que pagam.
E, contudo, ninguém é responsabilizado. Aliás, são os ministros que, depois de o serem, vão para
administradores dessas empresas. Está bom de ver porquê! Uma vergonha.
Por fim, este espantar pela confirmação da derrapagem na execução orçamental. Vindo a explicar tal
fracasso com o falhanço dos pressupostos (arrecadação de impostos, aumentos das prestações sociais…).
Eu fico espantado com estes argumentos! Então não estava mais que visto que tal vinha acontecer? Não
percebo é como o governo, com tantos especialistas e um infindável rol de comissões e equipas de
trabalho, não viu que tal era inevitável com o rumo e as políticas que está a seguir. O seu espanto e a sua
ignorância são uma vergonha.
Infelizmente, assistimos a um desfiar, diariamente, de gente sem vergonha. Pois, como diz o provérbio,
«donde a vergonha sai, nunca mais lá entra».
«A Quinta Quina», crónica de Fernando Lopes
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28-03-2012
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Compromissos em atraso das entidades públicas
Quinta-feira, 22 Março, 2012 in Sabugal Melhor | Tags: ramiro matos | by
jclages | 2 comentários
O que vai ser exigido às entidades públicas no que diz respeito ao assumir de novos
compromissos financeiros e ao pagamento de faturas em atraso, vai obrigar os
Municípios a um conjunto de regras muito apertadas.
A legislação aprovada pela Assembleia da República no passado dia 3 de fevereiro
contem um conjunto de regras de gestão financeira que abrangem igualmente as
Autarquias Locais e que passo a apresentar sumariamente.
1 – Em primeiro lugar, os dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade não
podem assumir compromissos que excedam os fundos disponíveis.
Considera a lei aprovada que estes são constituídos pelas verbas disponíveis a muito
curto prazo, que incluem, desde que não tenham sido comprometidos ou gastos:
i) A dotação corrigida líquida de cativos, relativa aos três meses seguintes;
ii) As transferências ou subsídios com origem no Orçamento do Estado, relativos aos três meses
seguintes;
iii) A receita efetiva própria que tenha sido cobrada ou recebida como adiantamento;
iv) A previsão da receita efetiva própria a cobrar nos três meses seguintes;
v) O produto de empréstimos contraídos nos termos da lei;
vi) As transferências ainda não efetuadas decorrentes de programas e projetos do Quadro de Referência
Estratégico Nacional (QREN) cujas faturas se encontrem liquidadas, e devidamente certificadas ou
validadas.
Ou seja, e dizendo isto de forma clara, no âmbito desta Lei, os Municípios deixam de poder assumir
compromissos para os quais não se tenha a certeza de que venha a haver cobertura financeira nos 3
meses seguintes.
2 – Em segundo lugar, verifica-se um reforço do papel dos serviços de contabilidade pois estes são
obrigados a emitir um número de compromisso válido e sequencial que é refletido na ordem de compra,
nota de encomenda, ou documento equivalente, e sem o qual o contrato ou a obrigação subjacente em
causa são, para todos os efeitos, nulos.
isto é, deixa de ser possível assumir compromissos hoje para os formalizar quando tal for conveniente,
prática que tem conduzido ao crescimento da dívida de muitos Municípios, pelo assumir de
compromissos sem qualquer cobertura orçamental.
3 – A execução orçamental não pode conduzir, em qualquer momento, a um aumento dos pagamentos
em atraso, considerando-se pagamentos em atraso, as contas a pagar que permaneçam nessa situação
mais de 90 dias posteriormente à data de vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou
documentos equivalentes.
As entidades com pagamentos em atraso não podem beneficiar da utilização da previsão da receita
efetiva própria a cobrar nos três meses seguintes para efeitos de determinação dos fundos disponíveis.
4 – Os titulares de cargos políticos, dirigentes, gestores ou responsáveis pela contabilidade que assumam
compromissos em violação do previsto na presente lei incorrem em responsabilidade civil, criminal,
disciplinar e financeira, sancionatória e ou reintegratória, nos termos da lei em vigor.
Com já o havia dito anteriormente, nem se percebe como foi necessário elaborar e aprovar uma lei como
esta, pois a mesma parece tão evidente que se justifica por si mesma.
Infelizmente, sabemos como muitos Municípios (e, é claro, a quase totalidade da Administração
Pública), não agiram desta forma, atitude de que, infelizmente, os responsáveis políticos do nosso
Município não estão isentos, e de que resulta a elevada dívida que atualmente apresenta.
Sabe-se que o Governo e a ANMP têm vindo, no âmbito da regulamentação desta lei, a dialogar no
sentido de salvaguardar algumas especificidades do setor das finanças locais, o que, conhecendo como
conheço os mecanismos e atrasos nas transferências de verbas para os Municípios, considero
perfeitamente legítimo.
Uma outra questão que tem que ficar salvaguardada é a de como se podem assumir compromissos com,
por exemplo, obras cujos prazos de execução sejam superiores a 3 meses.
Mas espero que o resultado final vá no sentido de gastar o que se tem, controlar de forma, diria, rígida os
compromissos a assumir, que me parecem duas regras de ouro que deviam estar obrigatoriamente na
parede de todos os gabinetes de toda a Administração Pública.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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ps. Tenho em minha casa um queijo de cabra que faz as delícias dos amigos que me visitam, o que
significa que sempre que o dou a provar, lá fico encarregue de arranjar mais uns queijos para dar a esses
amigos.
O queijo a que me refiro e que já foi considerado o melhor queijo de cabra de Portugal em 2011, é feito na
LACTIBAR, em Rendo, e vivamente recomendo a todos os que ainda não o conhecem para o comprarem
e degustarem.
Aos proprietários e aos trabalhadores daquela empresa os meus parabéns e que continuem a fazer
queijos tão bons como este e a levar o nome do Sabugal um pouco por todo o lado.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
[email protected]
Porto de Encontro recebe Manuel António Pina
Quarta-feira, 21 Março, 2012 in Cultura, Manuel António Pina, Poesia |
Tags: encontro, porto | by leitaobatista | Publicar um comentário
O escritor sabugalense Manuel António Pina é o convidado da quinta
edição do ciclo literário «Porto de Encontro», que se realiza no dia
31 de Março, pelas 17 horas, na Biblioteca Almeida Garrett, na
cidade do Porto.
Com uma obra literária que atravessa a poesia,
literatura infanto-juvenil, crónica e teatro, Manuel António Pina foi
distinguido com o Prémio Camões no ano passado, o mais importante
prémio literário de língua portuguesa.
Ao longo dos anos foi ainda contemplado com vários outros galardões,
entre os quais os da Associação Portuguesa de Escritores, Associação
Internacional de Críticos Literários ou Casa da Imprensa.
No final do ano passado, regressou à publicação de poesia após um longo
hiato com a obra Como se desenha uma casa, editado pela Assírio & Alvim.
Como jornalista, o autor de O pássaro da cabeça trabalhou durante 30 anos
no Jornal de Notícias, periódico em que assina diariamente a crónica Por
outras palavras, seguida por milhares de leitores.
O ciclo literário regressa em Abril, com António Mega Ferreira, em data e
local a anunciar brevemente.
plb (com JN)
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Bismula – a poesia dos seus filhos
Quarta-feira, 21 Março, 2012 in Uncategorized | by leitaobatista | Publicar
um comentário
Sabemos que a Poesia é como o Pão e deve ser partilhada entre
todos, eruditos e camponeses, entre todas as nossas imensas,
fabulosas, extraordinárias Famílias do Povo»; Pablo Neruda.
Hoje, dia 21 de Março, comemora-se a nível mundial o Dia da
Poesia. Com o início da Primavera, não podia existir melhor comemoração.
Quando frequentava a Escola Primária na minha aldeia – Bismula – era
muito frequente as professoras falarem da poesia, nós que somos um País
de Poetas. Na Escola Apostólica de Cristo Rei, em Gouveia, tínhamos de
declamar muitos sonetos dos nossos maiores poetas portugueses: Camões,
Sá de Miranda, Bocage, Frei Agostinho da Cruz, Sá Carneiro, Florbela
Espanca, Sebastião da Gama, Augusto Gil, Guerra Junqueiro, Antero
Quintal, Miguel Torga, e tantos outros.
Desculpe-me algum bismulense que se sinta injustiçado, mas a Bismula
teve dois poetas irmãos: José Bárbara Leitão e Joaquim Bárbara Leitão. O
primeiro encantava com uma voz maravilhosa e o segundo com voz de
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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desafio e de provocação. Estes trovadores cantadores, que se inspiravam e
improvisavam versos, a partir dos Textos da Bíblia Sagrada, eram
acompanhados pelo acordeonista Raul dos Santos Tomé, e na sua
companhia, percorriam romarias, mercados, onde centenas de pessoas os
ouviam com muita admiração e entusiasmo, sobretudo todos os anos junto
à fogueira do Natal, na celebração do Nascimento do Menino Jesus.
Infelizmente a memória oral não se conserva tanto como a escrita. A seguir
temos três poetas, com obra publicada. No cimo da pirâmide está um dos
expoentes máximos nacionais e internacionais, o Dr. Manuel Leal Freire,
que no seu «Namoriscar» escreveu:
E se a sorte me não minar
Então arranco uma bula
E vou casar-me com uma prima
Que me espera na Bismula.
Manuel Leal Freire é homem de múltiplas atividades profissionais, mas tem
uma grande produção literária, tem milhares de textos em diversos jornais,
com um espaço no Jornal Nordeste, da Bismula, em Jornais Nacionais e
Regionais, em revistas e em alguns sites. As suas principais obras de Poesia
são «Sementes na Rocha Nua», «Pátria-Matria», «Terra Paterna»,
«Cantigas da Pátria Xica» e «Trovas de Escárnio em Vernáculo». Noutros
domínios literários, concretamente em prosa, também ali tem inscrita a sua
Poesia. É o caso da obra: «Contrabando delito mas não pecado». Na capa
principal do livro lemos:
Eu sou o coelho campal
Que em toda a parte faz a cama:
Anoiteço em Portugal,
Amanheço em Espanha.
Convidado em apresentações de livros ou tertúlias, é um encanto ouvi-lo
dissertar em verso sobre qualquer tema com muita graça e profundidade.
Manuel Leal Freire é um dos expoentes máximos da literatura portuguesa e
a Bismula tem na sua obra grandes motivos para se orgulhar.
Um segundo poeta, é José Maria Fernandes Monteiro, com diversas poesias
inseridas no Livro «Pater Famílias». Num dos seus poemas escreveu:
A Bismula me viu nascer
E juntamente com os meus;
Logo que comecei a crer
Ensinaram-ma a amar a Deus.
Num outro poema:
A Rua do Forno na subida
Ou a mesma a descer,
Faz-nos lembrar nesta vida
Subimos? Descemos a morrer.
Mário Tiago Bernardo Fernandes, no esmiuçar daqueles enigmáticos versos,
afirma que «alguém que pelo menos uma vez na vida teve uma ideia
própria e forte que abala tudo. E nestes simples quatro versos, ao saltar a
escatologia de uma Rua da Bismula, para uma escatologia existencial,
descreve em poucas palavras a condição humana».
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Também o escritor e jornalista Manuel da Silva Ramos, na apresentação da
segunda edição do «Pater Famílias», em Aldeia de Joanes, na presença de
centenas de pessoas, escreveu e leu: «Lembro-me do meu avô, fazendo
versos e rimando “MIM” com “ASSIM… ASSIM”».
Também o colaborador do Jornal Nordeste da Bismula, Professor José
Corceiro Mendes, tem apresentado muita temática poética.
Vou deixar vários textos de Poetas, que todos já conhecem, para recitando
poemas no Dia Mundial da Poesia, façamos a justa homenagem.
Um grande poeta, tem milhares de poemas com linguagem mundial, que
teimosamente não quer publicar, chamasse António Brás Ribeiro, exProvedor da Santa Casa de Alpedrinha, e para este Dia Mundial escreveu
este poema:
A POESIA, no Tempo
Ecoará…
E não se confundirá
Com o vento.
A POESIA, encontrará
A magia da Palavra
No seu próprio…
TEMPO.
Outros poetas:
Escrevo como quem quer ser escrito.
Jorge Reis Sá
Que por todos se faça POESIA.
Ruy Belo
A POESIA adora andar descalça nas areias do Verão.
Eugénio Andrade
Sei fazer VERSOS, mas doem.
Machado Assis Pacheco
A POESIA não é um dialeto
Para bocas irreais
Nem o suor concreto
Das palavras banais.
É talvez o sussurro daquele inseto
De que ninguém sabe os sinais
Silêncio incorreto.
José Gomes Ferreira
Eu não escrevo em Português
Escrevo eu mesmo.
Fernando Pessoa
A minha Homenagem vai para todos os POETAS PORTUGUESES,
principalmente aos BISMULENSES.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Política – Ideais – Ideias – Patriotismo
Terça-feira, 20 Março, 2012 in Opinião, Passeio pelo Côa | Tags: antónio
emídio | by leitaobatista | 5 comentários
A política foi das missões mais nobres que se podiam abraçar. Estava associada até aos
anos oitenta do século passado, a ideologia, patriotismo, valores e sacrifício pessoal na
defesa dos direitos dos cidadãos.
Porquê hoje esta animosidade e até ódio em relação à classe política? O Neoliberalismo
– Capitalismo Selvagem – tentou e conseguiu desprestigiar a política e os políticos, com
esta atitude, apoderou-se do poder económico e também do político, corrompendo
governantes até níveis intoleráveis, usando depois os seus órgãos de comunicação
social para os condenar publicamente e desprestigiar.
Serve-se o Grande Capital, o poderoso poder económico dos políticos medíocres e
desonestos, porque estes são os únicos a defenderem os seus interesses, não os
interesses de quem os elegeu. Este tipo de políticos tem mais lábia do que talento, mais
soberba que inteligência, arrastam os seus países e os seus povos para onde lhes
interessa a eles e ao Grande Capital, nunca houve tanta discordância entre eleitos e
eleitores. O desencanto para com os governos e os políticos está a níveis sem precedentes, o que interessa
ao poder económico, é uma colheita a seu favor.
Tudo isto leva-nos a concluir que a corrupção é já um pilar do sistema, com consequências indesejáveis
para a textura moral das sociedades e para a cultura democrática, fazendo com que estas sociedades cada
vez acreditem menos nos sistemas representativos.
Uma das coisas que mais repugnância me causa, é uma série de pessoas que muito ficam a dever à ética,
e que no seu dia a dia, enganam, falsificam, subornam e corrompem, mas que se acham no direito de
acusar os políticos, das mesmas coisas que elas fazem diariamente. Não o dizem! Mas só lamentam que a
sua imoralidade não seja tão rentável como a dos governantes corruptos e, só lhes traga uma milésima
parte do que eles, governantes, conseguem.
Há políticos com uma dedicação esmerada ao serviço público, com valores éticos elevadíssimos. Conheci,
e conheço, gente honrada – homens e mulheres – que com o seu exemplo diário de abnegação à causa
pública, se tornaram e tornam incómodos. O povo não os aceita porque não lhes enche os ouvidos de
promessas num amanhã Celestial, em que o maná cairá do Céu para todos por igual. Os governantes
honrados cansam, devem desaparecer o mais rápido possível, porque a sua honestidade aborrece as
pessoas.
Quero dizer uma coisa: cada vez que escrevo um artigo sobre a desonestidade de alguns políticos, sou
criticado severamente. Nunca me referi a ninguém em particular, mas a todos os desonestos em geral.
Os desonestos existem, não só no seu trabalho político, mas também na sua vida privada, a esses é que
chamo parasitas improdutivos.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
[email protected]
Encontro de sabugalenses residentes no Fundão
Terça-feira, 20 Março, 2012 in Fundão | Tags: convivio, sabugalenses | by
leitaobatista | Publicar um comentário
Alguns sabugalenses residentes no concelho do Fundão vêm
manifestando o desejo de saberem quantos conterrâneos imigraram
para a Cova da Beira. Até hoje, existiu apenas o desejo e nada mais.
Nesta data, António Alves Fernandes, natural da Bismula e António
Vicente Leal, natural da Bendada, vão concretizar esse desejo.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Assim, nada melhor que uma boa mesa. No
dia 1 de Maio, no restaurante Fernandes, sediado na estrada entre Aldeia
de Joanas e Telhado, no local da Borralheira, haverá um almoço extensivo a
todas as pessoas do concelho do Sabugal, extensivo às respectivas famílias,
residentes no Concelho do Fundão.
As inscrições estão abertas até 22 de Abril do corrente ano, para António
Alves Fernandes, com telefone 275752726/962820107 e António Vicente
Leal com o telefone 275771937/933635637.
Ementa do Almoço:
- Sopa das Festas
- Cozido à Portuguesa
- Salada de Frutas
- Bebidas – Refrigerantes – Água e Vinho
- Café
O Preço desta refeição será de 10 euros, para maiores de dez anos. Para os
menores de cinco a dez anos o preço será de 5 euros.
Inscreva-se e junte-se a nós – venha conviver!
Venha conhecer e recordar velhos tempos.
António Alves Fernandes
Transcudânia organiza caminhada na Malcata
Segunda-feira, 19 Março, 2012 in Ambiente, Caminhadas/Convívios,
Meimão, Serra da Malcata | Tags: caminhada, trancudânia | by leitaobatista
| Publicar um comentário
«Saída Patada da Mula» é o nome da caminhada que a associação
Transcudânia – Associação Cultural do Concelho do Sabugal – vai
realizar na Serra da Malcata, no dia 25 de Março.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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A Transcudânia esclarece que este será um «percurso pedestre
pelo trilho da Patada da Mula, pela Serra da Malcata, onde se pode observar
a fauna, a flora e a bela paisagem da Serra», dando assim o mote para um
dia diferente, a passar em contacto com a Natureza e os seus encantos.
O ponto de encontro será a entrada Norte da aldeia do Meimão, pelas 9
horas do dia 25 de Março.
A associação aconselha os participantes a não se esquecerem de
transportar consigo um almoço volante, água, calçado apropriado para
caminhadas, binóculos e câmara fotográfica.
Os interessados em participarem nesta aliciante «saída» deverão inscreverse até ao dia 20 de Março através do contacto de telemóvel 917906406.
O preço de inscrição é de 3 euros para não sócios, sendo porém gratuito
para os associados da Transcudânia.
A Associação informou ainda que apoia e aconselha igualmente à
participação na «Caminhada pelo Castanheiro do Guilhafonso», que terá
lugar no dia anterior, 24 de Março, organizada pelo Núcleo da Quercus na
Guarda.
Trata-se da caminhada do Dia da Árvore, pelo que seguirá o trilho que
conduz ao célebre Castanheiro do Guilhafonso, um dos mais belos
exemplares de Portugal. A partida para este passeio pela natureza
acontecerá na rotunda da Rasa, ás 9 horas.
plb
Centro Pinharanda Gomes vai ser inaugurado
Segunda-feira, 19 Março, 2012 in Câmara e Juntas, Cultura, Livros,
Quadrazais, Sabugal | Tags: centro de estudos, pinharanda gomes | by
leitaobatista | 1 comentário
No dia 9 de Junho vai ser inaugurado, no Sabugal, o Centro de
Estudos Pinharanda Gomes, local que reunirá o acervo documental
particular que o filósofo de Quadrazais doou à Câmara Municipal.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Depois de alguma delonga no avanço do
projecto, e atrasos na catalogação dos livros que Pinharanda Gomes cedeu
ao Município, o Centro de Estudos com o nome do escritor vai finalmente
tornar-se uma realidade.
O Centro de Estudos Pinharanda Gomes funcionará em paralelo à Biblioteca
Municipal do Sabugal, tendo contudo uma sala própria e independente, que
abergará o documental, tal como é a vontade expressa do escritor.
A catalogação dos livros, embora ainda incompleta, já foi remetida ao
doador, que reside em Santo António dos Cavaleiros, concelho de Loures. O
presidente da Câmara Municipal, António Robalo, deslocou-se já por duas
vezes a casa do escritor, em datas recentes, manifestando-lhe que a
Câmara está efectivamente apostada na implementação do projecto. O
presidente encarregou ainda o seu assessor Norberto Manso da
coordenação da instalação do Centro de Estudos e da sua inauguração
através da organização de uma cerimónia pública.
Por vontade expressa de Pinharanda Gomes o acto inaugural será uma
cerimónia simples, que contará com a sua presença e a de um ou dois
oradores que falarão sobre a obra escrita e o pensamento do filósofo.
Jesué Pinharanda Gomes doou os seus livros e documentos ao Município do
Sabugal através de um protocolo assinado em 3 de Outubro de 2008 com o
então presidente Manuel Rito Alves.
O documento prevê a doação da biblioteca completa do escritor, constituída
por cerca de três mil e quinhentos volumes e opúsculos, das mais várias
temáticas, bem como a sua correspondência particular, as insígnias
académicas e outros objectos pessoais.
Os livros ficarão à fruição pública logo com a inauguração do Centro de
Estudos, porém, nos termos do que foi acordado, a correspondência
particular apenas poderá ser consultada após a sua morte.
O Centro de Estudos terá por finalidade servir os estudantes e os estudiosos
das matérias de que faz parte o acervo de livros ali contidos, bem como o
estudo da obra monumental do escritor Pinharanda Gomes.
plb
Casteleiro sofre mais desde 1855
Segunda-feira, 19 Março, 2012 in A Minha Aldeia | Tags: concelho sabugal |
by jclages | 4 comentários
Hoje, nestes dias em que tanto se fala de uma reforma administrativa que basicamente
tende a «apagar» freguesias do mapa, estou sempre a recordar-me da reforma
administrativa de 1855, implementada por Fontes Pereira de Melo.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Nessa ocasião, as mudanças em todo o País e também aqui na nossa zona foram
gigantescas. Creio que o que aconteceu com o Casteleiro (mudar de concelho e de Distrito, passando da
Beira Baixa para a Beira Alta) foi do pior que se pode fazer a uma população.
À época, houve ainda muitas outras alterações.
No entanto, já antes, em 1836, uma primeira grande reforma, a do Liberalismo, conduzida pelo
legislador Mouzinho da Silveira, «dividiu o território nacional em províncias, comarcas, concelhos e
freguesias. Esta política provocou no Alto Côa a extinção dos concelhos de Alfaiates e Vila do Touro».
Agora, violenta… mesmo violenta, pelo menos para o Casteleiro, foi a Reforma Administrativa de 1855 de
Fontes Pereira de Melo e da Regeneração.
Nessa altura muita coisa mudou.
E muita coisa mudou para pior em termos de administração e de defesa de interesses locais.
A Regeneração foi muito dura contra esta nossa região
A Regeneração não foi generosa para com os habitantes desta zona.
Por exemplo:
– Caria
Era concelho. Deixou de o ser, passou a freguesia e foi integrada no concelho de Belmonte.
- Sortelha
Era concelho – e até do distrito de Castelo Branco. Deixou de o ser, passou a freguesia e foi integrada no
concelho do Sabugal, mas agora do Distrito da Guarda. Por arrasto, as freguesias do Casteleiro, Bendada,
Águas Belas, Urgueira, Aldeia de Santo António, Pousafoles, Lomba dos Palheiros, Malcata, Moita, Pena
Lobo, Santo Estêvão, Sortelha e… Valverdinho mudaram de concelho. Note que esta última «localidade»
de Valverdinho (que de há muito, desde toda a minha lembrança, mais não é de facto do que uma quinta
e com pouquíssima gente) deixou nessa altura de ser freguesia e passou a ser uma anexa do Casteleiro –
o que ainda hoje se mantém.
Sortelha era pois um concelho grande em território, disperso e diversificado. Foi extinto, transferido
para a «Raia», integrado no concelho do Sabugal e passou a ser mais uma das 57 freguesias com que o
Sabugal então ficou – já que se juntaram ao renovado e agora enorme concelho do Sabugal os concelhos
então também extintos de Vilar Maior, Sortelha e Castelo Mendo.
– Malcata e Urgueira
Li que com Malcata e com a Urgueira aconteceram mesmo algumas cenas escabrosas. A transferência
dessas duas freguesias do concelho de Sortelha para o do Sabugal ter-se-á dado já em 1851. Mas a
câmara de Sortelha não esteve pelos ajustes… e só quando extinta (1855) é que se consumou essa
alteração.
– Pousafoles
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Quanto a Pousafoles, li duas versões: que pertencia à Guarda e que pertencia a Sortelha antes de integrar
o Sabugal.
- Castelo Mendo
E quanto a boa parte das freguesias do antigo concelho de Castelo Mendo, 30 anos depois, em 1883,
estavam já entregues ao concelho de Almeida.
1855 – uma reforma nada positiva para o Casteleiro
Portanto, um século XIX cheio de alterações, instabilidades e flutuações.
Consequentemente, cheio de inoperâncias.
O Casteleiro, por exemplo, sofreu a dobrar e a triplicar e ainda hoje sofre:
- de maior freguesia fora da sede do concelho de Sortelha, passou a pequena freguesia do Sabugal;
- de freguesia limítrofe da sede do concelho, passou a freguesia afastada da sede;
- de uma freguesia num concelho de sete ou oito, passa a uma no meio de 60 e tal e, depois, uma de 57
até hoje;
- passa de um Distrito em desenvolvimento e industrialização, Castelo Branco, para um Distrito rural e
nada dinâmico nessa época, o da Guarda.
Portanto, uma reforma nada positiva para o Casteleiro, lamentavelmente.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
Exposição sobre o lince ibérico na Malcata
Domingo, 18 Março, 2012 in Cultura, Malcata | Tags: lince ibérico, rui
chamusco | by jclages | Publicar um comentário
Exposição temporária de banda desenhada sobre o «Lince Ibérico»
no Forno Comunitário da freguesia da Malcata.
Promovida pela Liga para a Proteção da Natureza
(LPN), está em exposição temporária, no Forno
Comunitário de Malcata, a Banda Desenhada sobre o
Lince Ibérico, que faz parte do Projeto «Life Habitat
Lince/Abutre».
A exposição poderá ser visitada até ao dia 15 de Abril,
nos seguintes horários: dias da semana das 15.00h às
17.00 horas, sábados e domingos das 14.00 às 18.00
horas.
Esta mostra destina-se em geral a todo o público, e
particularmente às escolas, com o objectivo de
sensibilizar os visitantes para a defesa e protecção desta espécie animal em
via de extinção.
A dupla de autores são nomes consagrados, a saber: José dos Santos
Garcês, ilustrador e pintor português, um dos mais notáveis autores da
banda desenhada; e Bruno Pinto, biólogo e especialista em biodiversidade,
nomeadamente em programas relacionados com o Lince.
Esta exposição em Malcata deve-se particularmente ao Ricardo Nabais e à
Mafalda Pereira, da associação Transcudânia, que a descobriram na
Exponor, e que depois de contatarem a Associação Cultural e Desportiva e a
Junta de Freguesia de Malcata providenciaram para que a mesma se
pudesse realizar. A eles um muito obrigado dos malcatanhos!
E já agora, a todos as que a visitarem, uma recomendação: Tenham «olho
de lince»!…
http://capeiaarraiana.wordpress.com/
28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Caminhada na Serra da Malcata
A Transcudânia – Associação Cultural do Concelho do Sabugal promove no
dia 25 de Março a caminhada «Saída Patada da Mula» (Serra da Malcata)
com inscrições obrigatórias até 20 de Março.
A organização explica que este será um «percurso pedestre pelo trilho da
Patada da Mula, pela Serra da Malcata, onde se pode observar a fauna e a
flora e a bela paisagem da Serra».
Ponto de encontro: entrada Norte da aldeia do Meimão, às 9:00 horas de
domingo, 25 de Março.
O que levar: almoço volante, água, calçado apropriado para caminhadas,
binóculos e câmara fotográfica
Preço: 3 euros para não sócios; gratuito para sócios.
Contactos: Telem: 91.790.64.06; email: [email protected]
Rui Chamusco
Ampliação do quartel dos Bombeiros do Soito (14)
Domingo, 18 Março, 2012 in Bombeiros, Soito | Tags: Bombeiros, quartel,
Soito | by jclages | Publicar um comentário
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Soito
iniciou em 16 de Setembro de 2011 a ampliação das instalações do
quartel. O projecto é um grande salto na melhoria das condições da
corporação e uma das maiores iniciativas da actual Direcção
presidida por Maria Benedita Rito Dias.
http://capeiaarraiana.wordpress.com/
28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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(clique nas imagens para ampliar.)
Nas reuniões semanais entre a Associação e os Responsáveis pela obra,
tem-se verificado sempre a máxima retidão no esclarecimento de todos os
pormenores decorrentes, dando conta dos mesmos à ADES e ao MAI. A
Associação conta com a Vossa ajuda.
Quem pretender ajudar os bombeiros pode transferir o seu donativo para:
NIB: 003507020001137293062
ou, se for no estrangeiro, através do:
IBAN: PT50003507020001137293062, código CGDIPTPL.
A Direção e os Bombeiros Voluntários do Soito agradecem.
jcl
O praticante de Alamedilla
Sábado, 17 Março, 2012 in Aventuras de um contrabandista | Tags:
contrabandista, josé tosca | by leitaobatista | 2 comentários
Sem bem que a saúde me venha acompanhando, pois ando no mundo há um boa tulha de
anos, a verdade é que nem sempre me senti sadio, muito por mor dos meus afazeres de
homem aventureiro, que a nada me neguei ao longo da vida, na ideia de ganhar o meu
sustento e o dos que mantinha de portas adentro.
Há muito tempo, tive a minha hora minguada e caí numa
modorra infernal. Não sentia as forças, tomava-me da fadiga e abancava à roda da borralheira. Se
emborcasse sustância largava arrotos descomunais, rugiam-me os intestinos e atirava sonoras
ventosidades, que pareciam os estrondos dos canhões dos franceses do tempo do general Maneta. Sentia
fastio, doía-me o toutiço e quedavam-me dormentes os braços e as carranchas.
Toda a populaça da Bismula e dos povos em redondo sentiu dó quando tomou fé que o Zé Tosca, preado
contrabandista e feirão errante, deixara de cruzar os caminhos da raia e de tomar lugar no terreiro dos
mercados. E a falta que eu fazia nas levas da candonga! Era nesse tempo o cortador mais afamado da
raia, capaz de conduzir ao Inferno um grupo de homens carregados, se disso houvesse precisão.
A Belmira ao ver-me assim, desacorçoado e pejado de dores, mandou chamar o barbeiro do povo, o Ti
João Vasco. Foi contra a minha vontade, pois tinha de há muito uma desavença com o dianho do
barbeiro, motivada por uma divisão de águas, em que me vira obrigado e mandar-lhe dois bofetões nas
fuças. Mas o homem lá veio, cioso do seu ofício, recomendando mezinhas e cortando-me os pulsos.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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¬- Olha-me para este sangue estragado, mais negro que um chapéu – disse-me o barbeiro Vasco, ao
mesmo tempo que me apulava o sangue para um alguidar, como quem o colhe a um marrano para fazer
as morcelas.
Mas o tratamento do mestre em curas não tomou efeito e o mesmo sucedeu com os responsos e
feitiçarias da Ti Páscoa, a benta lá da terra. Ia definhando a olhos vistos, caminhando-me para a morte,
já quase resignado ao triste destino. Olhava para a catraiada mais nova pensando em como se criaria sem
o concurso do pai, que era afinal o arrimo da casa.
– Vá ao praticante de Almedilha, homem de Deus! – atirou-me a nossa vizinha, a Ti Rosalina, muito
combalida com o avanço da moléstia.
– Ando farta de andanças. Não há modo de lhe atalharem o mal – lamentou-se-lhe a minha Belmira.
Porém, na manhã chegante, ainda ao lusco-fusco, a Belmira, mulher de um raio, atirou-me para riba da
albarda do macho, e botámo-nos ao caminho. Atravessámos as Batocas sob o olhar curioso daquelas
gentes que me conheciam e que nunca me houveram visto em tais preparos, qual farrapo engelhado, que
parecia seguir para ao encontro da morte. Passada a raia entrámos no povoado castelhano, onde o
praticante dava consultas. Vivia numa casinha modesta, em cuja sala, forrada de armários com
remédios, nos recebeu e me mandou sentar. A Belmira largou o rol das queixas e dos achaques que me
apoquentavam e me não deixavam dar carreira direita.
Ouvidos os sinais da malina, o praticante sentenciou:
– É embaraço intestinal. Há quanto não desorga?
– Já lá vão aquase duas semanas – respondeu a zelosa mulher.
O curador consultou um livro, grosso como um missal, e ditou a prescrição:
– Faça-o emborcar leite, muito leite. Encharque-o de limonadas e meta-lhe às golas cozimentos de arroz
ou de cevada. Que beba chá de marcela e arrume-lhe com pungentes de cene e de ruibardo.
Botadas contas, a mulher desembolsou dois duros, e volvemos a casa, amargurados com a avultada
despesa e pouco ou nada esperançosos com a receita.
Ainda falei em deitar as indicações do praticante aos quintos dos infernos, mas a patroa, zelosa como
nunca, tratou nesse mesmo dia de iniciar os tratamentos, seguidos com todo o rigor, após a recolha das
ervas pelas casas das vizinhas.
O certo é que às primeiras tomadas, me deu uma desintéria do catano, que quase me deixava sem
entranhas. Arribei ao cabo de uma semana e senti-me voltar a ser um homem sadio. Perdi as dores,
recuperei a força e o génio para a vida e botei-me de novo à faina, passando mercancias de um para o
outro lado da fronteira e correndo os mercados da redondeza, em rebusca do meu ganha pão.
Paulo Leitão Batista, «Aventuras de um velho contrabandista»
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Sé, sìmbolo do poder episcopal e da Europa unida
Sábado, 17 Março, 2012 in Opinião, Politique d' Abbord | Tags: europa,
manuel leal freire, sé | by leitaobatista | Publicar um comentário
Quando hoje se fala da Europa das regiões não pode esquecer-se o papel dessas
pequenas unidades territoriais que foram as dioceses.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Os bispos fizeram a França, escreveu José Maistrel (e nós poderemos
generalizar a afirmação a toda a Europa Cristã) como as abelhas constóiem as
colmeias.
Efectivamente, tudo o que fica para aquém da planície polaca foi
administrtivamento moldado pelas dioceses, de criação logo imediata à
romanização.
Vejamos:
Na Itália encontramos esta forma de organização político-religiosa em Roma
(o Papa era e continua a ser também bispo da cidade eterna), Milão, Ravena,
Aquileia, Capua, Benevento, Salerno, Nápoles e Amalfi. O reino da Borgonha
(de onde há-de provir a nossa primeira casa reinante) seccionava-se em 35
dioceses, especialmente representadas pelas de Lião, Viena, Arnes e Besonção.
Noutras partes da actual França, vamos encontrar as de Sena, Reims, Ruão e
Tours, ao Norte; e as de Bordéus, Narbona e Auch, ao sul.
A Lotaríngia e a Germânia dividiam-se ao tempo em quarenta dioceses.
A Hispânia (nome comum na terminologia da época a toda a Península Ibérica) foi das primeiras
parcelas a ser cristianizada.
Efectivamente aparece já mencionada numa epístola de São Paulo aos romanos (datada de Fevereiro do
ano cinquenta e oito da escrita de Corinto) onde se assinala:
Quando me dirigir à Hispânia, espero ver-vos de passagem e ser, de lá, encaminhado por vós, depois de
gozar algum tempo na vossa companhia.
A cristianização, iniciada como se vê sob o impulso do Convertido de Damasco, foi avançando com os
progressos da romanização, sendo natural que a organização eclesiástica seguisse territorialmente a
divisão administrativa.
Ora, recuando a Dioc1eciano, este criou aqui cinco províncias: a Lusitânia, com a capital em Merida; a
Bética, com a capital em Sevilha; a Cartaginense, com a capital em Cartagena; a Galécia, com a capital
em Braga; e a Tarraconense, corn a capital em Tarragona.
Não se sabe a data exacta (assim informa o erudito Padre Miguel de Oliveira, in História Eclesiástica de
Portugal) em que a cada uma delas veio a corresponder também uma província eclesiástica e se atribui a
categoria de metropolita ao bispo da capital civil.
Nesta fase, os territórios de Entre Douro e Guadiana pertenciam todos à metrópole sediada em Mérida,
os de Entre-Douro e Minho a Braga.
Sufragâneas de Mérida, ao tempo dos visigodos, eram as dioceses de Pax Júlia (a actual Beja), Ulissipona
(Lisboa), Ossonoba (nome correspondente, agora, a uma modesta freguesia do Algarve, Estoi), e, além
de outras, que não importa referir, as de Egitânia, Viseu, Salamanca e Coria…
Egitânia, povoação de grande importância nas monarquias bárbaras e capital no tempo de Vamba V,
disputava com Dume, capital de outra monarquia bárbara, a dos suevos, primazias de metropolita…
Enfim, ainda sob o império, ou logo nos primeiros tempos do furacão bárbaro, a Hispania, ou sejam os
actuais teritórios continentais de Portugal e Espanha cobriam-se já de uma completa rede de dioceses e
de paróquias, organizações em que através dos arcedíagos ou arciprestados aquelas se dividiam.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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As dioceses tinham a sua capital na cidade que lhes dava o nome. Sedes se lhes chamava então.
A palavra evoluiu e acabou por, depois de uma síncope e duma crase dar em sé, termo actual.
A capital da diocese, a sua sede ou sé acabariam por se materializar na catedral, símbolo se não do poder,
pelo menos da magnificência episcopal.
Catedral, cabido, báculo, passam a ser vocábulos de uso comum.
O primeiro liga-se à ideia de cadeira ou cadeirão:
Ali se achava sentado
Em funda meditação
Aquele grande prelado
Frei Nuno da Conceição
Cabido é forma divergente de capítulo, quer dizer exactamente corpo de cónegos duma cúria diocesana.
Do latim capitulum, diminuitivo de caput começou par significar divisão duma obra literária, mas na
Idade Média tomou também o sentido de curta leitura do ofício divino ou o do lugar onde os religiosos
procediam àquela leitura ou até o próprio corpo de religiosos…
Por seu turno, báculo, inicial e propriamente bastão alto, bordão ou cajado, tornou-se o símbolo da
autoridade episcopal, chamando-se mesmo à posse conferida, investidura por báculo e anel.
Mas foram as catedrais que ficaram a eternizar materialmente a acção dos bispos dos anos mil…
«Politique d’ Abbord – Reflexões de um Politólogo», opinião de Manuel Leal Freire
Padre Alfredo Brito
Sexta-feira, 16 Março, 2012 in Fundão, Religião | Tags: antónio alves
fernandes, padre alfredo brito | by leitaobatista | 1 comentário
Nasce na Primavera de 1923, em Terras Beirãs, na Freguesia de Vila
Cova à Coelheira, num ambiente rural, de uma família de
agricultores, a dois passos da sede do Concelho – Seia – já com
indústrias ligadas à manufactura dos tecidos, da lã, do queijo e do
turismo da Serra da Estrela.
Feito o exame da 4ª Classe ingressa no Seminário do Fundão
no ano de 1936. Em Agosto de 1946, um ano depois do fim da II Grande
Guerra é ordenado sacerdote, vivendo o País uma grave crise económica,
como a de hoje, talvez com diferenças, havia a cultura dos valores, da
palavra, da ética, da honra e da dignidade.
Inicia a sua missão sacerdotal nas Minas da Panasqueira, em S. Jorge da
Beira, onde vive e convive com a problemática social e humana das gentes
mineiras, dos seus dramas, das mulheres viúvas, dos filhos órfãos, da
exploração desenfreada e da maldita doença da silicose.
Regressa ao Fundão, sendo Pároco nas Donas, onde baptizou um menino,
que mais tarde foi Primeiro-Ministro de Portugal, em Valverde, apoia o
Seminário Menor do Fundão e os rapazes do Abrigo de S. José.
Em 1959 é convidado para ir trabalhar com os Jovens do Patriarcado de
Lisboa, saindo da Diocese da Guarda, como aconteceu a muitos outros
dinâmicos sacerdotes.
Em 1968 é nomeado Pároco em Venda do Pinheiro onde tem o seu nome
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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inscrito na toponímia e em Torres Vedras. Sei, conheço uns medíocres e
míopes que não vêem com bons olhos estas distinções, mas deve fazer-se
justiça a quem a merece, fruto de trabalho, de missão evangelizadora, não
se acomodam.
Em 1973 é professor no Montijo, e nomeado Assistente
Regional do CNE de Setúbal, conforme ordem de serviço da Junta Central
nº323 de Abril, desse ano, mantendo-se até 1994, isto é durante vinte e
cinco anos, digo bem, vinte e cinco anos ao serviço dos jovens escuteiros
Durante este percurso e nos anos de 1975 a 1980 é Director do Externato
Diocesano Manuel de Mello, no Barreiro, nos anos de 1980 – 1993 Director
do Colégio Frei Luís de Sousa de Almada e Director Espiritual do Seminário
Diocesano de Setúbal.
Em 1993 é nomeado por essa figura impar do episcopado português – D.
Manuel Martins, Vigário Geral da Diocese de Setúbal.
Conheci o Padre Alfredo Brito nos anos oitenta em diversas actividades
escutistas da Região de Setúbal, e nos convívios que mantinha com os
meus familiares. Marcou-me muito pela proximidade que mantinha com o
movimento escutista, não faltando às reuniões e eventos que exigiam a sua
presença. Também vi sempre neste sacerdote uma grande liderança e de
diálogo construtivo, não se perdendo com banalidades, futilidades,
enfrentado com rigor, disciplina, autoridade e aprumo os problemas e
tomada de decisões.
Não há jovem escuteiro da Região de Setúbal que não conheça a acção, a
missão deste Assistente Regional, do Padre Alfredo Brito.
Em 1986 pelos importantes serviços prestados ao Escutismo, é o primeiro
elemento deste movimento da Região de Setúbal, a receber a máxima
condecoração daquela instituição, O Colar Nuno Álvares.
Ao Centro de Educação e Ambiente da Arrábida, propriedade da Junta
Regional de Setúbal é-lhe atribuído o nome de Padre Alfredo Brito.
O Livro «A História do Escutismo em Setúbal e na Região», de Francisco
Alves Monteiro, um escuteiro que fez caminhada com o Padre Alfredo Brito
ilustra muito bem através de fotografias e de textos a obra impar, deixada
por aquele inesquecível Assistente Regional.
Há oito anos o Divino Chefe chamou-o para o eterno acampamento e
regressou á terra que o viu nascer, às suas origens graníticas e serranas.
Bem-haja Padre Brito pelo que fez na formação da Juventude. Este texto é
para MEMÓRIA FUTURA!
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
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Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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Prefácio
Sexta-feira, 16 Março, 2012 in A Quinta Quina, Opinião | Tags: cavaco
silva, fernando lopes | by leitaobatista | Publicar um comentário
Um prefácio é um resumo do conteúdo de um livro. Uma introdução. Um prefácio
eventualmente contém algumas impressões de terceiros sobre a obra. Estas definições
servem para contextualizarmos a crónica.
O livro «Roteiro VI», ou melhor, o seu prefácio, tornou-se esta semana na obra
mais citada cá pelo burgo. Não porque seja uma marca literária ou um ensaio
científico mas, porque expressa a visão da história do Sr. Presidente da República.
Dito desta forma nada haveria de novo. Só que este texto, vem falar de lealdade ou
de falta dela. Este texto, vem falar das relações institucionais entre o Presidente da
República Cavaco silva e o Primeiro – Ministro José Sócrates. Este texto, expressa
uma vingança.
Cavaco Silva acusa José Sócrates de não lhe ter contado a verdade sobre a situação
do país. Violando, desta forma, a Constituição, concretamente o artigo 201. Pois bem, Cavaco Silva,
Presidente da República, tem como obrigação e dever (foi isso que jurou quando tomou posse) de
cumprir e fazer cumprir a constituição. Se nada fez, quem está a faltar ao compromisso? E, então, o
homem que fez toda uma campanha eleitoral assente no facto de ser economista e, portanto, conhecedor
desses meandros, não sabia, não se apercebia, do que se estava a passar, quando o cidadão, dito comum,
sabia?!
Quanto à lealdade, Cavaco Silva não tem autoridade moral para esgrimir tal conceito. Recordo
telegraficamente alguns episódios: aquando da sua passagem pelo governo como ministro das finanças e
a sua chegada à presidência do PSD (aliás, até com o nome do partido, mudou-lhe o nome) e a
conspiração contra o Bloco Central e a “lealdade” para com o Dr. Mário Soares e o Dr. Hernani Lopes
aquando da assinatura da adesão à então CEE. Outros exemplos haveria desse tempo. Mas, voltando a
estes tempos, vejamos a lealdade de Cavaco Silva, as célebres escutas em Belém, acusando o governo de
o estarem a espiar. Vindo-se a saber que tinha sido uma orquestração da própria presidência. Depois,
aquele discurso na tomada de posse do último governo de Sócrates. Foi um discurso de uma lealdade
impressionante!
Cavaco Silva passou o primeiro mandato calado. Começou o segundo a falar de mais, agora, brinda-nos
com uma vingança sobre Sócrates oito meses depois. E faz isto, sacudindo a água do capote, como se o
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Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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estado em que o país está não tivesse nada a ver com ele. É caso para dizer que a «vingança se serve
fria»! Tudo isto mostra um homem mesquinho, medíocre e ressabiado. O que lamento, é que é isto que
temos como presidente da República.
Esta semana ficámos, também, a saber que, o programa da troika, tem servido, somente, para que este
governo aplique as medidas de austeridade aos mais pobres e aos fracos. Com a demissão do Secretário
de Estado das energias, ficámos a saber que, é uma imposição da troika, reduzir às empresas energéticas
o «subsídio» que o estado lhes paga. Mas esta medida troikiana ainda não foi aplicada (fala-se em quatro
mil milhões…). Contudo, o corte nos salários, na saúde, na educação e por aí fora, foram imediatos. E os
subsídios nem sequer eram imposição da trioka! Por aqui se vê as mentiras que se vão dizendo e
contando, recorrendo ao famigerado memorando para justificar uma acção política que levará
infalivelmente à miséria a maior parte da população portuguesa.
O que me deixa perplexo, é o facto de todas estas medidas apontarem para um mesmo resultado – a
falência das pessoas, das empresas e dos países. E desconfio que não passamos de cobaias em
experiências de soturnos iluminados das economias que, em gabinetes fechados e desconhecendo a
realidade, vão experimentando as suas teorias.
P.S. Afinal, o célebre acordo de concertação social, que tanto regozijo deu ao governo e patrões e
enfeitiçou a UGT e outros sindicalistas, acaba de ser mandado às malvas pelo governo no que concerne
aos trabalhadores de recibo verde. Quanto querem apostar, em como outras se lhes seguem?
«A Quinta Quina», crónica de Fernando Lopes
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Ruta de los Castillos – Belmonte
Sexta-feira, 16 Março, 2012 in Turismo, Belmonte, O Cheiro das Palavras,
Poesia, Aldeias Históricas | Tags: belmonte, teresa duarte reis | by jclages |
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Belmonte, castelo que conheço desde jovem, Senti sempre, aquele respeito
devido, pela paz que me inspirava, pela altivez que mostrava, mesmo
quando o visitava com os alunos. Também o vi melhorar e revalorizar
com um anfiteatro que o tornou palco de atuações e festas. Sinto sempre
ali o espírito dos «Cabral», a força das memórias Sefarditas – agora com
Museu Judaico e Sinagoga – a magnitude das muralhas, atualmente
enriquecidas e vivas com as Feiras que nos transportam aos tempos
medievais, onde ele se impunha alerta, como guarda das gentes e dos
povos beirões.Centum Cellas parece continuar essa vigia, quer tenha sido ela prisão,
albergaria ou residência. A sua imponência gera também o respeito que devemos a estes
guardiões de pedra que distinguem fortemente épocas longínquas, mas de qualquer
forma marcantes na vida dos povos.
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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BELMONTE
Ó Belmonte, agora és tu
Que eu canto em simples voz
O teu coração é serrano
Tua raiz medieval
Viveste com as descobertas
Dos navegadores de Portugal.
Existias com a estrada Romana
Entre Bracara e Emerita Augustas
Fala-se de Afonso Henriques
E em Centum Cellas sua história
Em 1199 o rei D. Sancho
Deixou no foral sua memória.
Pertenceste à Sé da Guarda
Pela doação dum Papa Alexandre
Com os devidos direitos episcopais
Castelo e torre com Dinis construídos
Como em XII ou XII se confirma
O castelo e torre de menagem erguidos.
Alcanizes também viveste
Como tantos teus congéneres
Alargando fronteiras oeste
Mas perdeste com o tratado
O povo extramuros, segundo lemos
Ter-se-ia então alargado.
Na crise da independência
Perdeste parte das muralhas
E por D. João primeiro
Foste depois confiscado
Aberta a Porta da Traição
Quando a Luís A. Cabral doado.
Doado depois por Afonso V
A um Cabral de nome Fernão,
Pai do conhecido Pedro Álvares
Foste Residência Senhorial
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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E nunca mais deixaste de ser
Da família dos Cabral.
Com baluartes modernizado
Um incêndio te danificou
E ainda em XVIII arruinado
E em XX eras prisão
Mais tarde Monumento Nacional
O IPPAR abriu-te aos espetáculos
Mas não esqueceram os Cabral.
Teu traçado ovalado
De forte pedra granítica
Com vários estilos marcado
E com as armas de Cabral
Não desmereces, ó Belmonte,
Por tudo (o que viveste), castelo de Portugal.
O meu abraço a Belmonte
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
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Meirinho explica reforma local a jovens autarcas
Quinta-feira, 15 Março, 2012 in Política | Tags: manuel meirinho, psd,
reforma autárquica | by leitaobatista | Publicar um comentário
Manuel Meirinho, deputado do PSD, eleito pelo círculo da Guarda,
juntamente com os colegas de bancada Carlos Abreu Amorim e
António Leitão Amaro, explicaram aos jovens autarcas sociaisdemocratas as implicações da reforma do poder local preconizada
pelo governo, no decurso da 4ª edição da Academia de Jovens
Autarcas, acontecida na Batalha, no passado fim de semana.
Organizada pela Juventude do PSD de Leiria, a
«Academia» deu formação aos jovens autarcas do distrito, contando com
um conjunto de oradores com posição de relevo no Partido, no Governo e
na Assembleia da República, como foi o caso do deputado Manuel Meirinho,
natural do Soito, concelho do Sabugal.
Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, defendeu a reforma
autárquica em curso, na medida em que detém aspectos positivos que
serão traduzidos em ganhos de eficácia e eficiência na gestão das
autarquias.
Falaram ainda outros presidentes de Câmara do partido, como Fernando
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28-03-2012
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Seara, de Sintra, Fernando Costa, das Caldas da Rainha, e Telmo Faria, de
Óbidos, dando conta da sua experiência enquanto autarcas.
Marcaram também presença os secretários de Estado do Desporto e
Juventude, Alexandre Mestre, da Administração Local, Paulo Júlio, e o
Adjunto do Ministro Adjunto e Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras
Duarte. Intervieram também outros deputados do partido, como Paulo
Batista (presidente do PSD Batalha), Bruno Coimbra e Conceição Pereira.
Coube porém aos deputados e professores universitários Carlos Abreu
Amorim, Manuel Meirinho e António Leitão Amaro, explicarem os vários
quadrantes da reforma do poder local em curso tendo em vista a
modernização do poder autárquico.
plb
Câmara reforça critérios de apoio
ao associativismo
Quinta-feira, 15 Março, 2012 in Câmara e Juntas | Tags: associativismo,
regulamento | by leitaobatista | Publicar um comentário
A Câmara Municipal do Sabugal decidiu quais os factores mais
importantes e de maior ponderação para a definição do valor a
atribuir às associações concelhias que solicitem apoios para o
desenvolvimento das suas actividades.
A Câmara Municipal do Sabugal, depois de aprovar o Regulamento de Apoio
ao Associativismo Concelhio, definindo critério rigorosos sobre a atribuição
de subsídios, subvenções, ajudas, incentivos, bonificações e donativos,
decidiu agora, na reunião de dia 14 de Março, reforçar esses critérios,
definindo ponderações consoante o interesse público de cada associação do
concelho.
O Regulamento foi publicado no Diário da República, em Outubro do ano
passado, e foi aplicado para os apoios que a edilidade entretanto concedeu
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28-03-2012
Capeia Arraiana – Sabugal – Guarda – Portugal
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às associações, porém para o futuro a mesma entendeu aprovar factores de
ponderação mais precisos do que aqueles que são definidos no regulamento
a ter em conta durante o corrente ano de 2012.
Aos factores de ponderação genérica como a actividade regular da
associação, a regularidade das actividades desenvolvidas, a história, a
implantação social, o número de associados, acrescem factores mais
concretos que condicionam a concessão de apoios às associações que os
requeiram junto do Serviço de Cultura, Juventude, Desporto e
Associativismo.
A capacidade de uma associação em estabelecer parcerias com outras
entidades e a capacidade de obter financiamento adicional estão entre os
factores mais preponderantes. O mesmo ocorre com o facto de uma
associação desenvolver acções de formação efectivamente concretizadas, e
o facto de desenvolver actividades regulares ao longo do tempo. Participar
nas iniciativas promovidas pela Câmara também ajuda a majorar as
possibilidades de receber apoios mais relevantes. Outros factores
preponderantes são a capacidade de divulgar as iniciativas realizadas, o
impacto que as mesmas tenham na comunidade, a análise dos relatórios de
contas, bem como dos planos de actividades.
As associações de natureza desportiva têm uma ponderação especial,
baseada em factores mais apropriados ao tipo de actividade desenvolvida.
O número de escalões de formação em cada modalidade desportiva é o
mais preponderante. Tasmbém terá importância relativa o facto de uma
associação apresentar um bom nível competitivo, ao participar em provas
internacionais, nacionais, regionais ou locais. O número de atletas
federados que praticam as modalidades promovidas pelas associações
também terá peso, assim como o número de modalidades praticadas e a
duração temporal dos campeonatos em que participa.
plb
A questão da reforma administrativa
Quinta-feira, 15 Março, 2012 in Política, Portugal, Sabugal Melhor | Tags:
extinção freguesias, ramiro matos, reforma administrativa | by jclages | 3
comentários
É a altura de cada um se definir…
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Numa resposta a este blogue, o vereador Joaquim Ricardo afirma, e cito «salvo melhor
opinião, a autarquia, por iniciativa do presidente da Assembleia Municipal, que é o órgão
efetivamente representativo de todos os eleitores do concelho já deveria ter tomado a
iniciativa de um amplo debate a este respeito. A passividade com que se aguarda o
desenrolar do processo, impressiona-me!»
A prudência é, quase sempre, uma boa atitude, quando «os aviões ainda não pousaram». E
esta é uma das alturas em que se deve ser prudente.
O Documento Verde apresentado pelo Governo em novembro do ano passado, levava a que o Concelho
do Sabugal perdesse, no mínimo, 20 freguesias.
A nova versão de fevereiro, aprovada na generalidade na Assembleia da República, imporia a agregação
de, pelo menos, 11 freguesias.
Ainda não se sabe qual será a versão final, resultante da discussão na especialidade.
E não se sabe também qual o papel que o Presidente da República irá ter no final.
Para alguns, eu, enquanto Presidente da Assembleia Municipal, já deveria andar a promover amplos
debates desde novembro de 2011.
Pois eu, enquanto Presidente da AM, penso que não se deve andar em amplos debates sobre algo que não
se conhece.
Há quatro meses havia freguesias que não eram extintas, e agora parece que vão ser, e o contrário
também é verdade, freguesias que eram extintas e agora não vão ser.
Então debater o quê e com quem?
Não será preferível estar atento, que é o que venho fazendo, e não levantar falsas expectativas ou reações
extemporâneas de populações e executivos autárquicos de freguesia, agindo apenas quando se conhecer
o documento final?
Para mim, esta é a atitude mais sensata e mais correta e é esta que venho tomando.
Naturalmente, enquanto Presidente da Assembleia Municipal cumprirei tudo o que a lei me exigir, quer
na realização das reuniões que deverem ser feitas, quer na condução dos trabalhos da AM onde o assunto
será discutido e votado.
Mas neste momento, o que interessa é que cada um diga, sem rodeios, se é a favor ou contra a redução
do número de freguesias no Concelho.
E, do meu lado, aqui deixo, enquanto cidadão e enquanto sabugalense, de forma clara a minha posição;
sou contra a extinção ou a fusão de qualquer freguesia do Concelho do Sabugal, salvo se a população de
alguma delas estiver de acordo em se juntar a outra freguesia.
E sou contra, não porque esta é uma proposta de um Governo no qual não me revejo, mas pelas mesmas
razões que sou contra o encerramento de qualquer serviço público, como de forma clara aqui defendi há
uma semana.
Sou contra, porque nas freguesias que entram no lote das a agregar, a Junta é hoje a única representação
do estado português.
Só lá vivem poucas dezenas de cidadãos, mas essas poucas dezenas são tão portugueses como eu, e são
eles que permitem dizer que se está em terra pátria. São esses conterrâneos que ainda mantêm viva a
terra que os viu nascer e crescer e todos os portugueses vivendo em aldeias, vilas e cidades com
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infinitamente melhores condições, lhes devem respeito e reconhecimento.
Tirar-lhes tudo, até o orgulho de dizerem «esta é a minha freguesia!» é uma atitude cobarde e prepotente
de quem detem o poder.
E, para mim, não há posições intermédias. Ou se é a favor ou se é contra!
E será esta a posição que, enquanto cidadão e enquanto deputado municipal defenderei.
Por tudo isto, reafirmo que este não é ainda o momento dos amplos debates.
Este é, isso sim, o momento de todos nos definirmos.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
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28-03-2012

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