cooperativa educacional de barreiras

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cooperativa educacional de barreiras
COOPERATIVA EDUCACIONAL DE BARREIRAS
Qualidade em Educação
 HANSENIASE
Características da hanseníase e os bacilos de Hansen
A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais
antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium
leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros
órgãos como
Com período
o
fígado,
de
os
testículos
incubação que
e
os
varia
olhos.
entre
Não
é,
portanto,
três
e
cinco
hereditária.
anos,
sua
primeiramanifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada
ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e
dor nas articulações podem ser outros sintomas.
Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os
nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e
impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que
determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.
O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de
sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames
laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.
Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador
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não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das
pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são
eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras
pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado,
desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor
forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.
O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas
podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do
paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.
Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições.
Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário
buscar auxílio médico.
 Importante saber:
Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi
assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a
eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos
tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.
Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia
Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.
“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como
psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e
também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma
destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode
piorar a saúde.
 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não
contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão
vetorial, que acomete pele e mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica
que afeta outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido
secundariamente.
Etiologia e sinonímia:
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Nas Américas, são atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmania
causadoras de doença humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No entanto, no
Brasil, já foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do subgênero Viannia e 1 do subgênero
Leishmania. As 3 principais espécies são:
• Leishmania (Leishmania) amazonensis – distribuída pelas florestas primárias e secundárias da
Amazônia legal (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão). Sua presença amplia-se
para o Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Centro-oeste (Goiás) e Sul
(Paraná);
• Leishmania (Viannia) guyanensis – aparentemente limitada à Região Norte (Acre, Amapá,
Roraima, Amazonas e Pará) e estendendo-se pelas Guianas. É encontrada principalmente em
florestas de terra firme, em áreas que não se alagam no período de chuvas;
• Leishmania (Viannia) braziliensis – foi a primeira espécie de Leishmania descrita e
incriminada como agente etiológico da LTA. É a mais importante, não só no Brasil, mas em toda
a América Latina. Tem ampla distribuição, dsde a América Central até o norte da Argentina.
Esta espécie está amplamente distribuída em todo país . Quanto ao subgênero Viannia, existem
outras espécies de Leishmania recentemente descritas: L. (V) lainsoni identificada nos estados
do Pará, Rondônia e Acre; L. (V) naiffi, ocorre nos estados do Pará e Amazonas; L. (V) shawi,
com casos humanos encontrados no Pará e Maranhão; L. (V.) lindenberg foi identificada no
estado do Pará.
 Hospedeiros e reservatórios:
A interação reservatório-parasito é considerada um sistema complexo, na medida em que é
multifatorial, imprevisível e dinâmica, formando uma unidade biológica que pode estar em
constante mudança, em função das alterações do meio ambiente. São considerados
reservatórios da LTA as espécies de animais que garantam a circulação de leishmanias na
natureza, dentro de um recorte de tempo e espaço.
Infecções por leishmanias que causam a LTA foram descritas em várias espécies de animais
silvestres, sinantrópicos e domésticos (canídeos, felídeos e equídeos). Com relação a esse
último, seu papel na manutenção do parasito no meio ambiente ainda não foi definitivamente
esclarecido.
 Reservatórios silvestres:
Já foram registrados, como hospedeiros e possíveis reservatórios naturais, algumas espécies de
roedores, marsupiais, edentados e canídeos silvestres.
 Animais domésticos:
São numerosos os registros de infecção em animais domésticos. Entretanto, não há evidências
científicas que comprovem o papel desses animais como reservatórios das espécies de
leishmanias, sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. A LTA nesses animais pode
apresentar-se como uma doença crônica, com manifestações semelhantes as da doença
humana, ou seja, o parasitismo ocorre preferencialmente em mucosas das vias aerodigestivas
superiores.
 Vetores:
Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem Diptera,
família Psychodidae, sub-família Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos
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popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira,
birigui, entre outros. No Brasil, as principais espécies envolvidas na transmissão da LTA são
L. whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata, e L. migonei.
 Modo de transmissão:
Picada de flebotomíneos fêmeas infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa.
 Período de incubação:
No homem, em média de 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (2 semanas) e
mais longos (2 anos).
 Suscetibilidade e imunidade:
A suscetibilidade é universal. A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente.
 Características gerais de sua distribuição no Brasil e no mundo:
A LTA tem ampla distribuição mundial e no continente americano há registro de casos desde o
sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina, com exceção do Chile e Uruguai.
Em 1909, foi descrita formas de leishmanias em úlceras cutâneas e nasobucofaríngeas em
indivíduos que trabalhavam na construção de rodovias no interior de São Paulo.
Desde então, a doença vem sendo descrita em vários municípios de todas as Unidades
Federadas. Em média, foram registrados cerca de 21.520 casos/ano no período de 2006 a 2010,
com coeficiente de detecção de 11,4 casos/100.000 habitantes. A região Norte apresenta o
maior coeficiente (55,9 casos/100.000 habitantes), seguida das regiões Centro-Oeste (25,7
casos/10.000 habitantes) e Nordeste (12,9 casos/100.000 habitantes).
 LEISHMANIOSE VISCERAL
O cachorro é o principal reservatório da leishmaniose visceral nas cidades
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre
dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeoLeishmania chagasi. É
transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis eL. cruzi; mosquitos de tamanho
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diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo
orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da
tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.
Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o
mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em
região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães
fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que
estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os
sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).
Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez
como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete
estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito
variável: entre dez dias e dois anos.
Doença endêmica em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3000 casos por ano, sendo
que mais de 5% dos acometidos vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos
sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento.
Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção - com
inoculação do material em cobaias - ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais
formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos,
distribuídos pelo governo em hospitais de referência.
Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos
surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de
leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do
mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que
diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes
especiais para cães, evitando que sejam picados pelos Lutzomia.
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O controle dos vetores e tratamento das pessoas doentes são outras importantes formas para
evitar a leishmaniose visceral. Quanto aos cães contaminados, muitos veterinários indicam a
eutanásia, sem frisar que existe tratamento para o cão, embora com ressalvas. Este não os cura,
mas promove melhor qualidade e tempo de vida. No entanto, não são todos os animais que
podem passar por tais procedimentos, uma vez que os fármacos utilizados são
significantemente fortes, podendo colocar em risco a vida do indivíduo. Assim, o tratamento é
indicado àqueles que não alcançaram a velhice e cujo rim não se encontra comprometido;
desde que o dono se responsabilize pela continudade do tratamento (caro e longo) e promoção
de cuidados específicos, orientados pelo médico veterinário. Dentre tais procedimentos, dois
muito importantes são a utilização semanal de inseticidas na residência, e o uso de repelentes
no cão, que impedem o contato de tais animais com os mosquitos transmissores da doença.
Assim, nota-se a grande e nobre responsabilidade que o dono de um cão portador de
leishmaniose tem perante seu animal e a sociedade.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode
piorar a saúde.
 LEPTOSPIROSE
Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do
gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies (roedores, suínos,
caninos, bovinos) para os seres humanos. Esse micro-organismo pode sobreviver
indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio
ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretado pela urina.
O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à
água contaminada pelaLeptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da pele
íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.
No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais
transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação das chuvas, por causa das
enchentes e inundações. Infelizmente, o risco não desaparece depois que o nível das águas
baixa, pois a bactéria continua ativa nos resíduos úmidos durante bastante tempo.
Sintomas:
A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre alta que começa de
repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na panturrilha, de cabeça e no tórax,
olhos vermelhos (hiperemia conjuntival), tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia,
desidratação, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite.
Em geral, a leptospirose é autolimitada, costuma evoluir bem e os sintomas regridem depois de
três ou quatro dias. Entretanto, essa melhora pode ser transitória. Icterícia, hemorragias,
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complicações renais, torpor e coma são sinais da forma grave da doença, também conhecida
como doença de Weil.
 Diagnóstico:
Na fase inicial, a leptospirose pode ser confundida com outras doenças (dengue, gripe, malária,
hepatite), porque os sintomas são parecidos. Por isso, é muito importante estabelecer o
diagnóstico diferencial por meio de exames sorológicos ou pelo isolamento da bactéria em
cultura, no sangue ou no líquor.
 Vacina e Tratamento:
Quanto antes for instituído o tratamento da leptospirose, maior será a chance de evitar a
evolução para quadros mais graves da doença, que sempre requerem internação hospitalar.
A conduta inclui cuidados com a hidratação, uso de antibióticos, entre eles a penicilina, e de
medicamentos para aliviar os sintomas. No entanto, devem ser evitados aqueles que contêm
ácido acetilsalicílico, porque aumentam o risco de sangramentos.
A vacina só está disponível para ser aplicada em animais. Mesmo assim, embora evite que
fiquem doentes, não impede que sejam infectados pela Leptospira nem que transmitam a
bactéria pela urina.
 Recomendações:
* Observe as medidas básicas de higiene. Embale bem o lixo, ferva a água ou coloque algumas
gotas de hipoclorito de sódio ou de água sanitária antes de beber ou cozinhar;
* Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas;
* Vacine seu animal e mantenha rigorosamente limpas as vasilhas em que são servidos
alimentos e água;
* Não deixe as caixas d’água destampadas;
* Use luvas e botas de borracha se trabalhar em ambientes que possam ser reservatórios da
Leptospira;
* Não se automedique, se suspeitar de infecção pela bactéria da leptospirose.
 MENINGITE
Meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus, por
alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges, três membranas
que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso
central. Mais raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de
Koch, causador da tuberculose.
 Sintomas:
a) Meningites virais
Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham aos das gripes e
resfriados. A doença acomete principalmente as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um
pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas. Uma vez que os exames tenham
comprovado tratar-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho,
como acontece com as outras viroses.
b) Meningites bacterianas
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As meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Os principais
agentes causadores da doença são as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos,
transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por
exemplo.
Em pouco tempo, os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no
pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas
espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo
sangue e o risco de septicemia aumenta muito. Nos bebês, a moleira fica elevada.
Importante: os sintomas característicos dos quadros de meningite viral ou bacteriana nunca
devem ser desconsiderados, especialmente em duas faixas etárias extremas: nos primeiros
anos de vida e quando as pessoas começam a envelhecer. Na presença de sinais que possam
sugerir a doença, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência.
 Diagnóstico:
Todos os tipos de meningite são de comunicação compulsória para as autoridades sanitárias. O
diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do paciente e no exame do líquor, líquido que envolve
o sistema nervoso, para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido.
Se houver suspeita de meningite bacteriana, é fundamental introduzir os medicamentos
adequados, antes mesmo de saírem os resultados do exame laboratorial. O risco de sequelas
graves cresce à medida que se retarda o diagnóstico e o início do tratamento. As lesões
neurológicas que a doença provoca nesses casos podem ser irreversíveis.
 Prevenção e vacinas:
A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte
do calendário oficial de vacinação.
A vacina contra a meningite por pneumococo, embora tenha sido lançada na Europa e nos
Estados Unidos, onde as características da bactéria são um pouco diferentes, fornece boa
proteção também no nosso País.
A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo C faz parte do
Calendário Básico de Imunização. O esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios:
uma dose deve ser aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses e a dose de reforço, aos doze
meses.
 Tratamento:
O tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem perda de tempo, porque a
doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem,
comprometimento cerebral. Ele é feito com antibióticos aplicados na veia.
Assim como para as outras enfermidades causadas por vírus, não existe tratamento específico
para as meningites virais. Os medicamentos antitérmicos e analgésicos são úteis para aliviar os
sintomas.
Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado à
base de antibióticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa.
 Recomendações:
* Cuidados com a higiene são fundamentais na prevenção das meningites. Lave as mãos com
frequência, especialmente antes das refeições;
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* Alguns sintomas da meningite podem ser confundidos com os de outras infecções por vírus e
bactérias. Não fique na dúvida: criança chorosa, inapetente e prostrada, que se queixa de dor de
cabeça, precisa ser levada, o mais depressa possível, para avaliação médica de urgência.
 SIFILIS EM GESTANTE
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema
pallidum. No Brasil, a sífilis tem uma prevalência considerada alta. Um estudo realizado em
2004 com parturientes estimou que em média, no país todo, 1,6 por cento das mulheres têm a
doença no momento em que dão à luz.
Esse número é o quádruplo da incidência de HIV/Aids em gestantes no Brasil. E, assim como a
Aids, a sífilis pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez ou na hora do parto, na
chamada transmissão vertical.
O modo mais comum de pegar sífilis é por via sexual, seja sexo vaginal, anal ou oral. Mas
também é possível pegar a doença beijando uma pessoa que esteja com uma ferida de sífilis na
boca, ou com o contato direto entre esse tipo de ferida e um corte, por exemplo.
As estimativas do Ministério da Saúde são de que o Brasil tenha cerca de 50 mil gestantes com
sífilis por ano. O teste para a sífilis faz parte dos exames de sangue de rotina do pré-natal, e o
governo recomenda que o parceiro da gestante também seja testado.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da sífilis variam conforme o estágio da doença e também de pessoa para pessoa.
Em alguns casos, os sinais passam despercebidos, e a pessoa só descobre que tem a doença
quando faz um exame de sangue.
No estágio inicial, conhecido como sífilis primária, o sintoma característico é o surgimento de
uma (ou mais) ferida indolor e altamente contagiosa, com bordas elevadas, denominada cancro.
A ferida surge no lugar em que houve a infecção, normalmente cerca de três semanas depois do
contato com a bactéria, mas às vezes antes ou depois disso -- até três meses após a infecção.
Às vezes, o cancro fica dentro da vagina ou da boca, e acaba nem sendo notado. Esse tipo de
ferida pode surgir também nos lábios vaginais, no períneo, no ânus, nos lábios, e podem
aparecer ínguas (linfonodos aumentados) na área próxima ao cancro.
Se a pessoa for tratada nessa fase, há a possibilidade de cura. Sem tratamento, a ferida
desaparece sozinha em até um mês e meio. O problema é que as bactérias responsáveis pela
doença continuam se multiplicando no organismo, e entram na corrente sanguínea. Quando
isso acontece, a doença passa para o próximo estágio, a sífilis secundária.
No estágio secundário, a sífilis pode apresentar vários sintomas, que aparecem semanas ou até
meses depois do surgimento da ferida. Assim como os da sífilis primária, porém, eles podem
passar despercebidos. A maioria das pessoas apresenta uma erupção de pele que não coça,
principalmente na sola do pé e na palma da mão, mas às vezes em outros lugares do corpo.
Também podem surgir lesões na boca e na vagina, novas feridas indolores na área genital (que,
assim como o cancro inicial, são muito contagiosas), sintomas parecidos com a gripe e queda de
cabelo. Nesse estágio, a doença ainda é curável, se tratada.
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Sem tratamento, os sintomas costumam ir embora em alguns meses, mas a doença permanece
ativa. A bactéria continua se multiplicando nessa fase latente e pode causar problemas graves
anos depois. No chamado estágio terciário, a doença pode provocar anormalidades cardíacas,
lesões nos ossos, na pele e em vários órgãos, e a pessoa pode morrer.
Além disso, cerca de 20 por cento das pessoas com sífilis terciária apresenta a neurossífilis, ou
seja, o sistema nervoso é afetado pela doença. Nos estágios finais, a neurossífilis pode causar
convulsões, cegueira, surdez, demência, problemas na medula espinhal e a morte.
A neurossífilis também pode surgir nos estágios anteriores, causando problemas como a
meningite. Felizmente, a maioria das pessoas é diagnosticada antes disso e recebe o tratamento
adequado para não chegar à sífilis terciária.
Como a sífilis afeta a gravidez e a saúde do bebê?
A bactéria da sífilis pode passar para o bebê através da placenta ou ser transmitida durante o
parto. Mas, se a mulher é diagnosticada com antecedência, a chamada transmissão vertical
pode ser evitada.
Se a mulher não for tratada, há uma grande possibilidade de o bebê ser infectado,
especialmente se a doença estiver no estágio inicial, quando é mais contagiosa.
Cerca de 40 por cento das mulheres com sífilis primária não-tratada acabam perdendo o bebê,
ou a criança morre pouco depois de nascer. A sífilis também eleva o risco de parto prematuro e
de restrição do crescimento intra-uterino.
Alguns bebês que nascem com sífilis (sífilis congênita) não têm sintomas claros, mas podem
apresentar erupções de pele e lesões na boca, nos órgãos genitais e no ânus, além de linfonodos
aumentados, anemia, icterícia ou pneumonia grave nos primeiros meses de vida.
Já outros bebês apresentam alguns desses sintomas assim que nascem. E outros têm outros
problemas, como fígado e baço aumentado.
Se a doença não for tratada, os bebês podem sofrer graves sequelas anos depois, como
deficiência visual e auditiva, problemas ósseos e neurológicos. Por isso é importantíssimo que a
doença seja diagnosticada e tratada durante a gravidez, para que o bebê receba atendimento o
mais rápido possível.
Vou fazer exame para sífilis no pré-natal?
Vai. O teste faz parte dos exames de sangue de rotina do pré-natal. Se seu médico não tiver
solicitado, peça para ele. O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de DST e Aids,
possui um plano especial para reduzir a ocorrência de sífilis congênita.
O exame pode ser refeito a qualquer momento se surgirem sintomas da doença em você ou no
seu parceiro, e o governo recomenda que o exame no parceiro também faça parte da rotina do
pré-natal.
O exame de sangue só detecta a doença entre 1 mês e 1 mês e meio depois da infecção. Caso
você ache que possa ter sido contaminada, pode pedir ao médico para refazer o exame depois
de um mês. Se o teste inicial der positivo, você fará um exame de sangue mais específico para
confirmar o diagnóstico.
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O exame para detectar o vírus da Aids também faz parte da rotina do pré-natal, mas, se você for
diagnosticada com sífilis, terá de repetir o teste para a Aids depois de alguns meses, porque a
sífilis deixa a pessoa mais suscetível à infecção pelo HIV.
Como a sífilis é tratada?
O único tratamento seguro para a sífilis durante a gravidez é a penicilina, que trata tanto a mãe
quanto o bebê.
A mulher diagnosticada com a doença receberá uma ou mais injeções de penicilina,
dependendo do estágio da doença e de ter ou não neurossífilis. (No caso de haver algum
sintoma de neurossífilis, será necessário fazer uma punção lombar na mulher para analisar o
líquor).
Existe a possibilidade de o tratamento causar uma reação temporária que inclui febre, calafrios,
dor de cabeça e dor muscular e nas articulações. O tratamento também pode afetar o ritmo
cardíaco do bebê ou causar contrações, se a mulher tiver passado da metade da gravidez. Esses
sintomas costumam durar apenas um ou dois dias.
Seu parceiro também precisará receber tratamento, se você for diagnosticada com sífilis, e
vocês não poderão manter relações sexuais enquanto não tomarem os remédios. Novos exames
de sangue vão confirmar se a infecção foi eliminada, e a gravidez deve ser acompanhada com
mais cuidado, com a realização de ultra-sons.
O que faço para não pegar sífilis?
O único meio seguro é manter um só parceiro sexual, que tenha se submetido ao exame. A
camisinha só previne a sífilis se a ferida estiver no pênis do homem, mas a doença pode ser
transmitida também por cancros que estiverem em outras áreas, como a boca.
Se você desconfia que possa ter tido contato com a sífilis ou outra doença sexualmente
transmissível durante a gravidez, converse com o ginecologista para fazer os exames
necessários.
 TETANO ACIDENTAL
Profissionais que trabalham com materiais de metal, madeira ou vidro devem ficar atentos aos
riscos que eles podem causar, caso acidentalmente perfurem a pele. Esses objetos podem
conter uma bactéria chamada clostridium tetani, que causa o tétano, infecção grave e não
contagiosa.
Trabalhadores que ficam em contato com o solo também devem redobrar o cuidado. A bactéria
pode estar presente em ferramentas agrícolas, pregos, latas, cacos de vidro, galhos de árvore,
espinhos e pedaços de móveis.
A vacina contra o tétano é a melhor forma de prevenção. O Sistema Único de Saúde (SUS) aplica
gratuitamente a vacina que oferece proteção por 10 anos. Durante a gestação, é indicado fazer
um reforço antecipado, caso a dose tenha sido tomada há mais de cinco anos. Os pais devem
consultar o Calendário Básico de Vacinação para a vacinação em crianças.
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Também para prevenir uma eventual contaminação por tétano, a atenção deve redobrar ao
transitar em áreas com entulhos de construção civil, destroços resultantes de deslizamento,
enchente ou vendaval.
Em janeiro de 2012, o Ministério da Saúde enviou 580 mil doses da vacina dupla bacteriana
(contra difteria e tétano) para as regiões afetadas por chuvas. O Estado de Minas Gerais
recebeu 400 mil, Espírito Santo, 30 mil e Rio de Janeiro, 150 mil doses.
Em 35% a 40% dos casos, o tétano mata. Por isso é necessário buscar atendimento médico ao
observar sintomas como contrações excessivas de alguns músculos faciais, do pescoço,
inflexibilidade muscular progressiva (barriga dura), insuficiência respiratória, dificuldade de se
alimentar e febre baixa ou ausente.
Em países da Europa e América do Norte, a doença já é considerada rara. No Brasil, vem
diminuindo a cada ano. De 1982 para 2006, os casos de contaminação por tétano reduziram
mais de 80%, de 2.226 para 415.
Fontes:
Ministério da Saúde
Cartilha Tétano Acidental
 TETANO NEONATAL
 Sintomas:
O tétano é uma infecção aguda e grave, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium
tetani), que entra no organismo através de ferimentos ou lesões de pele e não é transmitido de
um indivíduo para o outro. O tétano decorrente de acidentes se manifesta por aumento da
tensão muscular geral. Quando os músculos do pescoço são atingidos, há dificuldade de
deglutição. No caso de contratura muscular generalizada e rigidez muscular progressiva, são
atingidos os músculos reto-abdominais e os do diafragma, o que leva à insuficiência
respiratória. O doente pode sofrer de crises de contraturas, geralmente desencadeadas por
estímulos luminosos, sonoros ou manipulação da pessoa, podendo levar à morte. Já o tétano
neonatal é decorrente da contaminação do cordão umbilical em recém-nascido (criança com
até 28 dias de vida). Neste caso, o sistema nervoso é afetado e o tétano provoca fortes dores,
fazendo com que a criança tenha contrações, chore bastante e sinta dificuldade para mamar.
 Transmissão:
Ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente
perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Isso porque o
bacilo se encontra no intestino dos animais, especialmente do cavalo e do homem (sem causar
doença) e os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com
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esterco, como na pele ou na poeira das ruas, por exemplo. Queimaduras e tecidos necrosados
também são uma porta de entrada, o que favorece o desenvolvimento da bactéria. Não apenas
pregos e cercas enferrujados podem provocar a doença: a bactéria do tétano pode ser
encontrada nos mais diversos ambientes. Já a transmissão do tétano neonatal, também
chamado de “mal de sete dias”, ocorre pela contaminação do coto umbilical por esporos do
bacilo tetânico, que podem estar presentes em instrumentos sujos utilizados para cortar o
cordão umbilical ou em substâncias pouco higiênicas usadas para cobrir o coto.
 Prevenção:
O tétano não é contagioso, porém, mesmo aqueles que já contraíram a doença, não adquirem
anticorpos para evitá-lo novamente. A vacinação é a única forma de proteção. Para uma
imunização adequada, em caso de ferimento, é preciso ter tomado três doses de toxóide
tetânico (presente em todas as seguintes vacinas: DTP, DT e dT), tendo sido a última dose há
menos de dez anos. A manutenção de níveis adequados de cobertura vacinal é recomendada
para toda a população e não somente para os considerados grupos de risco: crianças e pessoas
da terceira idade; pessoas portadoras de úlceras de perna crônicas; trabalhadores como
agricultores e operários da construção civil; e pessoas com mal perfurante plantar decorrente
de Hansen. Com relação ao tétano neonatal, a prevenção deve ser feita a partir da vacinação de
todas as mulheres em idade fértil (entre 12 e 49 anos), com três doses da vacina. Antes do
parto, a mulher deverá ter tomado pelo menos duas doses da vacina e, caso sua última dose
tenha sido há mais de cinco anos, ela deverá tomar um reforço. Além disso, é importante a
melhoria da atenção ao pré-natal e ao parto, que deve ser prestada por pessoal capacitado em
vacinação e procedimentos higiênicos adequados. O esquema básico de vacinação na infância é
feito com três doses da vacina combinada contra DTP e Hib aos dois, quatro e seis meses. O
primeiro reforço é feito com a DTP aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. O
cuidado com a ferida inclui uma limpeza imediata e completa, especialmente nas feridas incisas
profundas, porque o pó e o tecido morto favorecem o crescimento das bactérias Clostridium
tetani.
 TUBERCULOSE
A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é provavelmente
a doença infecto-contagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou
menos 30% da população mundial estejam infectados, embora nem todos venham a
desenvolver a doença.
Na verdade, as pessoas se comportam como reservatórios do bacilo, ou seja, convivem com ele
porque não conseguem eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, passarão a ser
infectantes.
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A primo-infecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez.
Proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados
favorecem o contágio.
O bacilo de Koch é transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela
tosse. Para que a primo-infecção ocorra, é necessário que ele chegue aos alvéolos. Se não
alcançar os pulmões, nada acontece. A partir dos alvéolos, porém, pode invadir a corrente
linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do organismo.
A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula
em que está fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a
sua volta. O pulmão reage a essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva.
Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos
sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de
tosse com eliminação de catarro, muco e sangue.
Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges, etc.
 Sintomas:
Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito,
falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da tuberculose. Nos casos mais
avançados, pode aparecer escarro com sangue. Pessoas com esses sintomas associados ou
isoladamente devem procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é
gratuito e deve ser iniciado imediatamente.
 Diagnóstico:
Leva em consideração os sintomas e é confirmado pela radiografia do pulmão e análise do
catarro. Ajudam a confirmar o diagnóstico o teste de Mantoux, que consiste na aplicação de
tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo da pele, a broncoscopia e a biópsia
pulmonar.
 Tratamento:
O tratamento é feito com três drogas diferentes: pirazinamida, isoniazida e rifamicina. Durante
dois meses, o paciente toma os três medicamentos e, a partir do terceiro mês, toma só
isoniazida e rifampicina.
O bacilo da tuberculose cresce fora e dentro da célula de defesa. Quando está fora, não só se
multiplica muito rápido como adquire resistência também muito depressa. Para impedir seu
crescimento e divisão fora da célula se fazem necessárias as três drogas e o tempo mais
prolongado de tratamento.
Dentro da célula de defesa, ele cresce mais lentamente e a indicação é usar uma droga que
penetra na célula a fim de bloquear o crescimento da bactéria em seu interior. Por isso, os
remédios devem ser tomados por seis meses. Já se tentou reduzir para quatro meses, mas a
taxa de recidiva foi muito grande.
É fundamental seguir à risca o tratamento. O que se tentou fazer, e com bons resultados, para
facilitar a adesão dos pacientes foi prescrever doses mais altas para serem tomadas apenas dois
dias na semana.
 Recomendações:
* Não suspenda o uso da medicação antes do prazo previsto. Se você começar a tomar os
remédios e parar no meio do caminho, com certeza irá selecionar uma colônia de bactérias
resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil ser curado;
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* Lembre-se de que desnutrição, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e de medicação
imunossupressora aumentam o risco de contrair a doença;
* Familiares e pessoas próximas aos infectados devem manter certos cuidados básicos como
forma de afastar o risco de contágio durante a fase inicial da doença;
* Portadores do vírus HIV e de doenças como diabetes, por exemplo, podem desenvolver
formas graves de tuberculose. Por isso, devem manter-se sob constante observação médica;
 VARICELA
Catapora (ou varicela) é uma doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zóster. Altamente
contagiosa, mas geralmente benigna, era uma das enfermidades mais comuns da infância antes
do advento da vacina.
Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune por toda a vida. No entanto, ele permanecerá no
organismo e, futuramente, poderá provocar uma doença conhecida como herpes-zóster, ou
cobreiro.
 Sintomas da Catapora:
Os primeiros sintomas são febre entre 37,5° e 39,5°, mal-estar, inapetência, dor de cabeça,
cansaço. Entre 24 e 48 horas mais tarde, surgem lesões de pele caracterizadas por manchas
avermelhadas, que dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais,
posteriormente, se formarão crostas que provocam muita coceira.
 Contágio:
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da saliva ou secreções
respiratórias da pessoa infectada ou por contato com o líquido do interior das vesículas.
O período de incubação dura em média 15 dias e a recuperação completa ocorre de sete a dez
dias depois do aparecimento dos sintomas.
 Tratamento:
O tratamento visa basicamente a aliviar os sintomas. Como outras doenças transmitidas por
vírus, não há muito o que fazer. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias,
o que complica o quadro.
Não coçar as feridas diminui o risco de infecções e a formação de cicatrizes.
Adultos ou pessoas debilitadas, que se contaminem com o vírus da catapora, requerem
cuidados especiais.
 Vacinação contra Catapora:
É recomendada para crianças a partir de um ano, a adolescentes e adultos com baixa imunidade
ou que passarão por tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
 Recomendações:
* Vacine seu filho/a contra a catapora no primeiro ano de vida. Embora geralmente seja uma
doença benigna, os sintomas são muito desagradáveis;
* Procure evitar contato direto com pessoas doentes;
* Não deixe a criança coçar as lesões para evitar infecções por bactérias. Não é tarefa fácil,
porque a coceira é intensa;
* Não arranque as crostas que se formam quando as vesículas regridem;
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* Mantenha o paciente em repouso enquanto tiver febre;
* Ofereça-lhe alimentos leves e muito líquido.
 SINDROME DA RUBEOLA CONGENITA
É uma doença congênita, decorrente da infecção da mãe pelo vírus da rubéola durante as
primeiras semanas da gravidez, sendo mais grave quanto mais precoce for a infecção em
relação à idade gestacional. A infecção da mãe pode resultar em aborto, morte fetal ou
anomalias congênitas como diabetes, catarata, glaucoma e surdez, entre outras.
Qual o agente envolvido?
 Vírus do gênero Rubivirus, família Togaviridae:
Quais os sintomas?
Além da perda fetal, a infecção congênita pode se manifestar por uma variedade de sinais e
sintomas que vão do aumento do volume do baço e do fígado, icterícia, manchas ronchas na
pele, até anomalias congênitas como surdez, catarata, diabetes e glaucoma, que aparecem em
distintos estágios do desenvolvimento da criança. A surdez é o sintoma mais precoce da SRC.
Como se transmite?
 A mãe infectada transmite o vírus ao feto por meio da placenta:
Como trata?
Como não há um medicamento efetivo, o tratamento é voltado para as más formações
congênitas, de acordo com as deficiências apresentadas. A detecção precoce facilita os
tratamentos clínico, cirúrgico e de reabilitação.
Como se prevenir?
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. O esquema vacinal vigente é de uma dose
da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma dose de reforço entre quatro e seis anos.
Caso a mulher chegue à idade fértil sem ter sido previamente vacinada, deverá receber uma
dose da vacina tríplice viral.
 SINDROME DA ULCERA GENITAL (EXCLUIDO HERPES GENITAL)
Apenas a sífilis em gestante, sífilis congênita, a AIDS e a infecção pelo HIV em
gestantes/crianças expostas são doenças de transmissão sexual de notificação compulsória.
Para as outras DST, recomenda-se a notificação universal baseada em síndromes, via SINAN,
que aumenta a sensibilidade e a agilidade do sistema (WHO 1997).
Propõem-se atividades diferenciadas de Vigilancia Epidemiológica (VE) nos três níveis
hierárquicos do SUS:
1. Nível municipal/local: os dados de DST (usando abordagem sindrômica) devem ser
colhidos por meio da ficha do SINAN, sendo utilizados no nível municipal/local, para orientar as
ações.
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2. Nível estadual: os dados gerais de DST devem ser repassados para o estado, de forma
agregada, de modo que esse possa acompanhar, supervisionar e propor o redirecionamento das
ações de saúde a partir de seu nível de atuação.
3. Nível nacional: deve acompanhar os relatórios agregados dos Estados e promover estudos
periódicos para avaliar a magnitude das DST do país, em consonância com o nível estadual.
 OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO:
Embora não sejam agravos de notificação compulsória nacional, a notificação das
síndromes e condições clínicas pelo SINAN, utilizando-se os códigos apresentados no (Anexo
IV) e as definições abaixo:
 Síndrome da Úlcera Genital (Excluído Herpes Genital):
Presença de lesão anogenital ulcerada, de origem não traumática, excluída a evidência
clínica ou antecedente de pequenas lesões vesiculosas, em homem ou mulher, associada ou não
à bacterioscopia pelo Gram (com presença de bacilos Gram negativos sugestivos de H. ducreyi)
e/ou Treponema pallidum “em campo escuro” positiva, ou sorologia reagente para sífilis.
 Síndrome do Corrimento Uretral em Homem:
Presença de corrimento uretral verificado com o prepúcio retraído ou após compressão
da base do pênis em direção à glande (“ordenha”), associado ou não à bacterioscopia com
diplococos Gram negativos intracelulares ou cultura positiva para Neisseria gonorrhoeae e/ou
exame ELISA ou imunofluorescência direta reagente ou captura híbrida ou reação de
polimerase em cadeia (PCR) positiva para clamídia.
 Síndrome do Corrimento Cervical:
Presença de mucopus cervical associado ou não à hiperemia, friabilidade ou colpite,
verificada obrigatoriamente ao exame com espéculo vaginal.
 Sífilis (Excluída a Forma Primária):
Presença de sifílides papulosas disseminadas (principalmente palmo-plantares), e/ou
condiloma plano, acompanhados ou não por poliadenomegalia, e sorologia positiva (sífilis
secundária); ou sorologia positiva em portador assintomático de sífilis (sífilis latente); ou
presença de lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas), neurológicas (demência),
cardiovasculares (aneurismas) ou articulares (artropatia de Charcot) e sorologia positiva
(sífilis terciária).
 Herpes Genital (Apenas o Primeiro Episódio):
Evidência de pequenas lesões ulcerativas na região anogenital, que foram precedidas por
lesões vesiculosas isoladas ou agrupadas em “cacho”, sobre base eritematosa, cujo
aparecimento, por sua vez, foi precedido de ardor ou prurido, associado ou não à presença de
células gigantes com inclusões intranucleares de diagnóstico citológico Tzanck ao exame
microscópico direto do líquido vesiculoso.
 Condiloma Acuminado:
Presença de lesão vegetante característica, confirmada ou não por biópsia.
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 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS EM GESTANTE:
Definição de Caso de Sífilis em Gestantes para Fins de Vigilância Epidemiológica
Devem ser Notificadas:
• Todas gestantes com evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia não treponêmica
reagente, com qualquer titulação, mesmo na ausência de resultado de teste treponêmico,
realizada no pré-natal ou no momento do parto ou curetagem.
 Operacionalização:
Sistema de Informação – SINAN Gestante com Sífilis
• Instrumento de notificação/investigação: ficha de notificação padronizada.
 Locais de Notificação:
• Serviços de pré-natal e maternidades.
 Fluxo de Informação:
• Segue o mesmo fluxo dos outros agravos de notificação compulsória nacional.
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA:
A sífilis congênita tornou-se uma doença de notificação compulsória pela portaria 542 de 22 de
dezembro de 1986 (Brasil, 1986). Em 1993, os países latino-americanos propuseram a
Eliminação da Sífilis Congênita como um Problema de Saúde Pública. Embora os guias clínicos,
testes diagnósticos e terapia da sífilis na gestante estejam disponíveis, ainda não se atingiu a
incidência de 1 ou menos casos em 1000 nascidos vivos, compatível com o controle da doença
congênita proposto. Além disso, apesar de ser doença de notificação compulsória, há muita
subnotificação da sífilis congênita.
Os casos confirmados de sífilis congênita devem ser digitados no SINAN, depois de
preenchimento das fichas de investigação conforme modelo do (Anexo VII). A investigação de
sífilis congênita será desencadeada nas seguintes situações:
• todas as crianças nascidas de mãe com sífilis (evidência clínica e/ou laboratorial),
diagnosticadas durante a gestação, parto ou puerpério;
• todo indivíduo com menos de 13 anos com suspeita clínica e/ou epidemiológica de sífilis
congênita.
 Tratamento Inadequado para a Gestante:
É todo tratamento feito com qualquer medicamento que não a penicilina; ou tratamento
incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina; ou tratamento não adequado para a fase
clínica da doença; ou a administração do tratamento com menos de 30 dias antes do
parto; ou elevação dos títulos após o tratamento, no seguimento. Se o(s) parceiro(s) não
foi(ram) tratado(s) ou foi(ram) tratado(s) inadequadamente, define-se tratamento inadequado
para a gestante; o mesmo se aplica quando não se tem essa informação ou ausência de
documentação ou da queda dos títulos do parceiro após tratamento.
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 SINDROME DO CORRIMENTO CERVICAL EM MULHERES
Corrimento vaginal é um sintoma que indica a presença de secreção vulvovaginal excessiva ou
anormal. A percepção do corrimento varia entre as mulheres, algumas, apesar de não terem a
queixa correspondente, podem apresentar uma secreção abundante. Assim, quase 50% das
pacientes com vaginose bacteriana não se queixam do corrimento, mas do cheiro (Halbe).
A região vulvovaginal normal apresenta um conteúdo líquido em pequena quantidade oriundo
das glândulas de Bartholin, sebáceas e sudoríparas do vestíbulo vulvar, do transudato vaginal
misturado com células descamadas do mucocervical e, raramente, do endométrio e das tubas. A
maioria dos componentes sofre influência dos hormônios ovarianos e da estimulação sexual. A
secreção vaginal normal geralmente é branca à semelhança da farinha de trigo molhada em
virtude das células descamadas, daí advém o nome leucorréia que significa corrimento branco.
Quando seca pode adquirir a cor amarelada devido aos pigmentos presentes, principalmente de
origem bacteriana. O colo do útero secreta muco de aspecto translúcido, sendo um dos
principais componentes da secreção vaginal, principalmente no meio-ciclo, pela influência dos
estrógenos, quando se torna mais abundante e fluido.
O pH da vagina varia entre 3,8 e 4,2, inferior ao do colo do útero cuja secreção é mais alcalina.
Fisiologicamente, as secreções vaginais têm odor característico devido à presença de
feromônios. Esse odor varia de acordo com a higiene da mulher, se usa roupas justas ou de
tecido sintético que não permite a evaporação da umidade e se faz uma higiene adequada após
as micções. Ao microscópio se observam células descamadas e bacilos de Döderlein; leucócitos
são vistos em pequena quantidade, ocasionalmente.
A secreção vaginal aumenta na época da ovulação, constituindo a base do método de Billings,
alguns dias antes da menstruação, durante a gravidez e durante a excitação sexual. Na infância
e na pós-menopausa não são encontrados lactobacilos de Döderlein que produzem ácido
láctico, causando a elevação do pH. Alguns investigadores questionam se o ácido láctico vaginal
é o resultado direto da conversão dos carboidratos por essas bactérias. Essa controvérsia tem
razão de ser porque a vagina é rica em glicogênio, mas o lactobacilo vaginal parece não ter
fosforilase nem glicosidase e por isso não tem a capacidade de fermentar glicogênio, embora
consiga fermentar a glicose para ácido láctico. Aparentemente, o glicogênio é transformado em
glicose pela fosforilase e glicosidase da camada muscular da vagina em glicose que, a seguir, é
fermentada pelos lactobacilos. Muitas espécies de lactobacilos fermentam glicose
predominantemente para ácido láctico, enquanto que outras produzem também dióxido de
carbono, álcool, ácido fórmico ou ácido acético. O meio vaginal ainda contém água oxigenada,
produzida pelos lactobacilos e outras bactérias igualmente produtoras de ácido láctico, que têm
peroxidase também existente no mucocervical. Além da acidez determinada principalmente
pelo ácido láctico, a inibição do crescimento de algumas espécies bacterianas é feito pela
liberação do peróxido de hidrogênio.
O fato de pouco mais de 30% das mulheres normais não apresentarem lactobacilos na vagina,
permite concluir que nem sempre a sua presença é indispensável para manter a vagina sadia.
Essa noção é importante porque há muito tempo a presença do lactobacilo é considerado como
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um índice de pureza vaginal. Mas, atualmente, sabe-se que algumas espécies de lactobacilos
podem agredir a vagina particularmente quando há diminuição da imunidade.
Do ponto de vista prático, às vezes, uma explicação simples da fisiologia das secreções vaginais
alivia uma queixa de corrimento ou odor vaginal.
 As secreções normais da vagina têm as seguintes características:
1. Inodoras;
2. Coloração clara ou branca;
3. Consistência viscosa ou não;
4. Aspecto homogêneo ou discretamente turvo com elementos grumosos;
5. pH menor do que 4,5;
6. Ausência quase completa de leucócitos.
O corrimento vaginal constitui o motivo da consulta em aproximadamente 50% das pacientes.
Às vezes, a paciente também apresenta a queixa de odor vulvovaginal, que pode simplesmente
corresponder ao odor normal das secreções vulvovaginais ou à presença de um processo
patológico. É importante atentar para as características físicas do corrimento; a idade da
paciente; relação com a época do ciclo menstrual e a atividade sexual; os hábitos higiênicos; e
as manifestações clínicas associadas: mau cheiro, prurido, disúria, dispareunia.
O desequilíbrio dos mecanismos de defesa da vagina é um fator importante para a instalação
dos processos patológicos bacterianos. Fumantes e pacientes com alterações do estado
emocional têm maior incidência dos corrimentos genitais, atribuída à queda da resistência.
Pacientes com hipoestrogenismo têm diminuição das secreções vulvovaginais, originando a
queixa de secura vaginal.
As colpites ou vaginites são as causas vaginais mais comuns do corrimento vaginal e
geralmente estão associadas com as colpocervicites e vulvites. Em geral, as vaginites estão
associadas às vulvites e nesse caso a denominação é vulvovaginites. A vaginose bacteriana é a
causa prevalecente das vulvovaginites.
 Cervicite:
Os corrimentos frequentemente têm origem na mucosa glandular do colo do útero. Cervicite é a
inflamação da mucosa glandular do colo e colpocervicite ou simplesmente colpite a inflamação
da mucosa escamosa. Em geral, assim como as vaginites se acompanham da vulvite, também
estão associadas à colpite. Na cervicite há edema e hiperemia da mucosa glandular e aparece
grande quantidade de exsudato mucopurulento. A cervicite aguda é causada principalmente
por gonococo, clamídia, herpesvírus e papilomavírus humano. A cervicite crônica é causada
pelos germes comuns da vagina que atuam sobre uma ectopia, mas também pode ser causada
pela micobactéria da tuberculose, pelo miracídio da esquistossomose, pelo papilomavírus
humano e pelo herpes vírus simples. O exame do colo do útero em pacientes com corrimento
vaginal evidencia frequentemente as sequelas de cervicite, ou seja, zona de transformação com
orifícios glandulares ou cistos glandulares. Em relação à ectopia, ela favorece os processos
inflamatórios de natureza infecciosa, traumática ou química (às vezes, o pH ácido da vagina é
suficiente para provocar inflamação na ectopia).
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A gonococcia tem predileção pelo epitélio colunar. É doença sexualmente transmissível, com
período de incubação geralmente de 2 a 4 dias. A cervicite aguda é a manifestação clínica mais
frequente na mulher. O corrimento é abundante e mucopurulento. Geralmente estão associadas
polaciúria, disúria e dispareunia. O colo se apresenta edemaciado e hiperemiado e sensível à
mobilização. No entanto, só 20% das pacientes têm cervicite. Na grande maioria dos casos são
portadoras assintomáticas. Os gonococos ficam albergados nas criptas glandulares e, apesar do
aspecto cristalino do mucocervical, essas mulheres poderão contaminar seus parceiros e
disseminar a infecção. Na fase aguda, a bacterioscopia corada pelo Gram é o melhor método
diagnóstico. A cultura é feita no meio de Thayer-Martin.
Chlamydia trachomatis é um organismo intracelular obrigatório. Os sorotipos D, E, F, G, H, I, J e
K são responsáveis pela infecção da endocérvice. O quadro clínico é semelhante ao da
gonococcia, sendo frequente a infecção concomitante. A colpocitologia oncológica pode sugerir
o diagnóstico, quando se observam aglomerados de corpúsculos esféricos paranucleares.
Atualmente, o melhor método diagnóstico da clamídia é através da PCR.
Estreptococos, estafilococos, Escherichia coli e outras enterobacteriáceas podem determinar
cervicite aguda em tudo semelhante àquela descrita para clamídia e gonococo, desde que as
defesas orgânicas estejam suficientemente debilitadas ou os agentes agressores
suficientemente fortes.
Acompanhando a cervicite, pode ocorrer a colpocervicite, inflamação da mucosa escamosa que
envolve o colo uterino. Pode ser difusa ou focal, descamativa ou hiperplásica. Quando a
descamação for acentuada, poderá haver a formação de úlceras, com ou sem material necrótico.
As úlceras podem correr por conta do herpes vírus simples. As hiperplásicas formam
papilomas, sendo geralmente devido ao papilomavírus humano.
O condiloma acuminado é determinado pelo papilomavírus humano. Posteriormente ao
primeiro contato dá-se a auto-inoculação. O corrimento determinado pelo papilomavírus pode
ser fétido e abundante, em geral devido à infecção secundária associada. O diagnóstico é feito
pelo teste de Papanicolaou, colposcopia, biópsia e pela captura híbrida do DNA do HPV. O teste
de Papanicolaou revela o padrão coilocitótico característico do condiloma. A colposcopia
evidencia as lesões características, por exemplo, o epitélio acetobranco e o pontilhado com
relevo.
Há correlação significativa entre o teste positivo para HPV de alto risco e o achado de CIN. A
colposcopia deve ser utilizada para separar as mulheres que deverão ser submetidas ao teste
da captura híbrida.
 Outras causas:
O pólipo cervical geralmente é causado por um processo inflamatório na endocérvice e
pode acarretar corrimento vaginal, em geral sanguinolento. DIU e tratamento de reposição
hormonal podem determinar corrimento, em geral mucorréia. As pílulas contraceptivas
podem acarretar o mesmo tipo presente na gravidez. O câncer do colo do útero, as
complicações do tratamento radioterápico e as operações realizadas sobre o colo também
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podem originar corrimentos. A necrose pós-radioterápica com a eliminação de material
necrótico facilita a infecção por anaeróbio, provocando corrimento sanguíneo-purulento e
fétido.
 Diagnóstico:
O diagnóstico do corrimento é realizado seguindo-se o padrão rotineiro da anamnese,
exame físico e exames complementares. O uso de algoritmos para o diagnóstico,
principalmente para o diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis é controverso
(Costello Daly et al., Davis et al., Eckert et al., Moherdaui et al.). É comum haver uma
propedêutica falha nos serviços de pronto atendimento, propiciando a cronificação das
infecções genitais. Como já mencionado no início do capítulo, a presença de sangue,
produzindo o corrimento sanguinolento, deverá alertar para as causas de sangramento
genital anormal.
 SIFILIS EM ADULTO (EXCLUIDA A FORMA PRIMARIA)
 Sífilis Adquirida:
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa, sistêmica, de evolução crônica, com
manifestações cutâneas temporárias, provocadas por uma espiroqueta. A evolução da sífilis é
dividida em recente e tardia. A transmissão da sífilis adquirida é sexual e na área gênito-anal,
na quase totalidade dos casos. Na sífilis congênita, há infecção fetal via hematogênica, em geral
a partir do 4º mês de gravidez.
 Sífilis Adquirida Recente:
Esta forma compreende o primeiro ano de evolução, período de desenvolvimento
imunitário na sífilis não-tratada e inclui sífilis primária, secundária e latente. A sífilis primária
caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada cancro duro ou protossifiloma, que
surge em 1 a 2 semanas, ocorrendo adenite satélite. O cancro duro, usualmente, desaparece em
4 semanas, sem deixar cicatrizes. As reações sorológicas para sífilis tornam-se positivas entre a
2ª e a 4ª semanas do aparecimento do cancro. A sífilis secundária é marcada pela disseminação
dos treponemas pelo organismo. Suas manifestações ocorrem de 4 a 8 semanas do
aparecimento do cancro. A lesão mais precoce é constituída por exantema morbiliforme não
pruriginoso: a roséola (Figura 1). Posteriormente, podem surgir lesões papulosas e pápuloescamosas palmo-plantares (Figura 2), placas mucosas, adenopatia generalizada, alopécia em
clareira e os condilomas planos. As reações sorológicas são sempre positivas. No período de
sífilis recente latente, não existem manifestações visíveis, mas há treponemas localizados em
determinados tecidos. Assim, o diagnóstico só é obtido pelas reações sorológicas. Pode ocorrer
com freqüência polimicroadenopatia, particularmente de linfonodos cervicais, epitrocleanos e
inguinais
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Figura 1: Sífilis.
Figura 2: Sífilis palmo-plantar.
 Sífilis Adquirida Tardia:
É considerada tardia após o primeiro ano de evolução e ocorre em doentes que não
receberam tratamento adequado ou que não foram tratados. Suas manifestações clínicas
surgem depois de um período variável de latência e compreendem as formas cutânea, óssea,
cardiovascular, nervosa e outras. As reações sorológicas são positivas. A sífilis tardia cutânea
caracteriza-se por lesões gomosas e nodulares, de caráter destrutivo. Na sífilis óssea, pode
haver osteíte gomosa, periostite osteíte esclerosante, artralgias, artrites, sinovites e nódulos
justa-articulares. O quadro mais freqüente de comprometimento cardiovascular é a aortite
sifilítica (determinando insuficiência aórtica), aneurisma e estenose de coronárias. A sífilis do
sistema nervoso é assintomática ou sintomática com as seguintes formas: meningovascular,
meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, crise epileptiforme, atrofia do nervo óptico,
lesão do sétimo par, paralisia geral e tabes dorsalis.
 HERPES GENITAL (APENAS O PRIMEIRO EPISODIO)
O vírus HSV-2 , que causa a herpes genital, geralmente produz apenas sintomas leves ou não
mostram quaisquer sinais ou sintomas. No entanto, o HSV -2 pode provocar lesões genitais
dolorosas recorrentes em muitos adultos. O HSV-2 pode ser severa em pessoas com sistema
imunológico fraco. Independentemente da severidade dos sintomas, herpes genital
freqüentemente causa sofrimento psíquico em pessoas que sabem que estão infectadas.
A maioria das pessoas infectadas com HSV-2 não têm conhecimento da sua infecção. No
entanto, se sinais e sintomas ocorrem durante o primeiro episódio, pode ser muito óbvio. O
primeiro episódio ocorre geralmente dentro de duas semanas após a transmissão do vírus e
curar úlceras geralmente entre duas e quatro semanas.
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Outros sinais e sintomas durante o primeiro episódio podem incluir um segundo de feridas,
ou sintomas de gripe, entre os quais incluem febre glândulas e inchado. No entanto, a maioria
das pessoas infectadas com HSV-2 pode nunca ter feridas, os seus sintomas podem ser tão
leves que nem sequer percebem ou até mesmo ser confundido com picadas de insetos ou
erupções cutâneas.
A maioria das pessoas diagnosticadas no primeiro episódio de herpes genital pode esperar ter
recaída sintomática vários, normalmente 04:56 , por um ano. Essas recorrências geralmente
são mais visíveis durante o primeiro ano após o primeiro episódio.
O HSV-1 e HSV-2 pode produzir feridas área vaginal e em torno dela, sobre o pénis, em torno
da abertura anal, as nádegas ou coxas. Ocasionalmente, as lesões aparecem também em outras
partes do corpo onde o vírus foi introduzido através de uma abertura na pele.
Infelizmente, a maioria das pessoas que têm herpes genital não sabem disso, porque eles
nunca têm sintomas ou não reconhecer os sintomas que possam ter. Quando os sintomas
ocorrem, eles podem ser diferentes para cada pessoa. Muitas vezes, quando uma pessoa é
infectada com o herpes, pela primeira vez, os primeiros sintomas aparecem nos primeiros 10
dias. Estes primeiros episódios de sintomas duram geralmente duas a três semanas.
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Coceira ou sensação de ardor na área genital ou anal.
Dor nas pernas, nádegas ou órgãos genitais.
Descarga de líquido a partir da vagina.
Aperto no abdômen.
Em poucos dias, as feridas aparecem perto onde o vírus tenha entrado no corpo, tal como na
boca do pénis ou a vagina. Também pode ocorrer na vagina e cervix em mulheres, ou na
passagem urinária de homens e mulheres. Pequenas saliências vermelhas aparecem primeiro
são convertidas em ampolas e então se tornar dolorosas feridas abertas. Por vários dias, a
crosta feridas mais e curam sem cicatrizes. Alguns outros sintomas que podem ocorrer com o
primeiro episódio de herpes genital são febre, dor de cabeça, dores musculares, dor ao urinar
ou difícil, corrimento vaginal, e glândulas inchadas na área de Inglês.
Se você foi infectado com o HSV -1 e / ou HSV-2 , você provavelmente tem sintomas ou surtos
de tempos em tempos. Quando o vírus tenha acabado de ser activa, em seguida, viaja para os
nervos no final da coluna, onde se mantêm por algum tempo. Mesmo depois que as feridas
desaparecem, o vírus permanece nas células nervosas em um estado inativo e não apresentam
sintomas.
Na maioria das pessoas, o vírus pode se tornar ativo várias vezes por ano, mas os cientistas
ainda não sabem por que isso acontece. Quando reactivado, o vírus viaja através do sistema
nervoso para a pele, onde se multiplica perto do local da primeira infecção. Isto torna-os
reaparecer há novas úlceras.
Às vezes, o vírus pode tornar-se ativo, mas não causar feridas que podem ser vistos. Nestes
casos, pequenas quantidades do vírus pode derramar sobre o primeiro local de infecção ou
perto dela, nos fluidos da boca do pênis, vagina ou úlceras ou dificilmente visíveis.
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Você pode muitas vezes passam despercebidos porque não causar qualquer dor ou faz você se
sentir desconfortável. Apesar de não estar ciente disso, esses vírus podem infectar o parceiro
sexual da pessoa infectada.
Após o primeiro surto, possíveis surtos geralmente são leves e duram cerca de uma semana.
Uma pessoa infectada pode saber que ele está prestes a ter um surto por um formigamento ou
coceira na área genital, dor nas nádegas ou pernas. Para alguns indivíduos, estes primeiros
sintomas podem ser parte dolorosa e irritante de um episódio. Às vezes, só o formigamento e
coceira estão presentes e não há feridas visíveis desenvolver. Em outros momentos, aparecem
bolhas que podem ser muito pequeno e quase imperceptível, ou feridas abertas podem
aparecer que a crosta ao longo e depois desaparecem.
A frequência e a gravidade dos episódios recorrentes varia. Enquanto algumas pessoas têm
apenas um ou dois focos em toda a vida, outros podem ter vários surtos por ano. O número e
padrão dos surtos repetidos muitas vezes muda com a idade da pessoa. Os cientistas não
sabem o que faz com que o vírus para reativar novamente. Embora algumas pessoas
acreditam que seus surtos de herpes é causada por outra doença, estresse ou ter um período
menstrual, surtos muitas vezes não são previsíveis. Em alguns casos os rebentos podem ser
relacionados com a exposição à luz solar.
Os principais sintomas da infecção por herpes são bolhas dolorosas ou feridas abertas na área
genital. Essas lesões podem ser precedido por um formigamento ou sensação de queimação
nas pernas, nádegas ou região genital. Herpes lesões desaparecem geralmente dentro de duas
a três semanas, mas o vírus permanece no corpo para toda a vida e as lesões podem ocorrer
ao longo do tempo.
Os sintomas da herpes genital em mulheres
O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) que afeta os membros de
ambos os sexos, mas é mais comum entre as mulheres. Um em cada seis adolescentes está
infectado com herpes genital, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de
Doenças. As mulheres têm sintomas de herpes genital externa áreas, porque, quando o virus
penetra no corpo, mantém-se próximo à área de transmissão. A maioria das pessoas passam
por períodos de exacerbação e remissão do vírus. Os surtos podem ocorrer várias vezes ao
ano. Mesmo uma pessoa que não está experimentando sintomas, você pode espalhar o vírus
para outra pessoa.
 As alterações da pele:
Além da sensação geral da doença, as quais incluem uma diminuição do apetite e dor
muscular, as mulheres experimentam sintomas de herpes genital na labia. Labia são áreas
internas e externas da pele que estão localizados em cada lado da abertura vaginal em
mulheres. Essas áreas são chamadas de pequenos lábios e grandes lábios. Quando um surto de
herpes na região genital, a pele dos lábios podem experimentar diferentes sensações. Alguns
destes sintomas podem incluir uma sensação de formigamento ou sensação de queimação.
Também é comum a comichão e dor na área.
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 Blisters:
Quando as mulheres sofrem um surto de herpes, eles começam a formar bolhas ao longo dos
lábios. As bolhas formam-se no mesmo local onde ocorre a queima sensações dolorosas e
comichão na pele. O período de tempo entre as sensações e a formação de bolhas varia de
algumas horas a vários dias. Pequenas bolhas contendo um líquido cor de palha. A pele em
torno das bolhas torna-se vermelho e inflamado. As bolhas podem ser dolorosas para a
pessoa. Durante a micção, a urina pode irritar as bolhas que causam mais dor. As bolhas
duram cerca de uma semana durante cada surto.
 Úlceras:
As bolhas de infecção de herpes genital pode ser aberto. A ampola quebrada deixa a pele
exposta ulcerada. Roupas e urina pode irritar as feridas. Úlceras podem exalam um líquido cor
de palha ou pode até sangrar. Quando as úlceras podem começar a secar crosta, este é um
sinal de que eles estão se curando. O tempo de cura da úlcera e crostas pode durar de uma a
duas semanas. Nas zonas ulceradas pode ocorrer uma infecção bacteriana. Os sintomas de
uma infecção da pele incluem secreção purulenta úlcera amarelada ou esverdeada e dor
crescente e vermelhidão na área.
 Lista dos sintomas do herpes genital:
Os principais sintomas do herpes genital, obtido a partir de várias fontes, incluindo:
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Falta de sintomas - você pode ser infectado sem saber;
Úlceras em diferentes áreas do corpo que podem aparecer em um recorrente;
Inchaços vermelhos - feridas começam como pequenas saliências vermelhas;
Bolhas - feridas podem evoluir para úlceras e vice-versa;
Feridas vaginais;
Feridas no pênis;
Feridas no ânus;
Feridas nas nádegas;
Feridas nas coxas;
Internos feridas vaginais;
Feridas cervicais;
Feridas ou do trato urinário;
Infecção oral - infecção e o sexo oral;
Coceira genital;
Queima nos órgãos genitais;
Coceira;
Prurido anal;
Queimação anal;
Dor na perna;
Dor na nádega;
Dor na área genital;
Corrimento vaginal;
Pressão abdominal;
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Febre ligeira;
Dor ao urinar - devido a úlceras.
 CONDILOMA ACUMINADO (VERRUGA ANOGENITAS)
Verrugas são tumorações benignas de pele causadas pelo papiloma vírus humano (HPV). Esse
vírus ativa o crescimento anormal de células da epiderme, que são lançadas para a superfície
do corpo formando as verrugas. O aspecto, tamanho e forma dessas lesões estão diretamente
ligados a um ou vários dos diferentes sorotipos de HPV responsáveis pela infecção.
O contágio pode ocorrer por contato direto com pessoas e objetos infectados, por
autoinoculação através de pequenos ferimentos que servem de porta de entrada para o vírus,
nas relações sexuais e por via materno-fetal no momento do parto.
Pacientes imunodeprimidos são os mais vulneráveis ao aparecimento de verrugas causadas
pelo HPV.
 Classificação:
As verrugas podem ocorrer em qualquer região do corpo. Conforme sua localização e formato,
são classificadas em:
1) Verrugas vulgares: é o tipo mais comum. Em geral, as lesões arredondadas ou irregulares,
endurecidas e ásperas podem guardar alguma semelhança com o aspecto de uma couve-flor. No
inicio, elas costumam ser claras, esbranquiçadas, com pontos escuros, mas podem mudar de cor
com o passar do tempo. As verrugas vulgares aparecem especialmente nas áreas expostas a
maior atrito, como mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ao redor das unhas (verrugas
periungueais), isoladamente ou em placas. Apesar de a infecção ocorrer em qualquer idade, é
prevalente na infância e na adolescência.
2) Verrugas planas: sua principal característica é a confluência de múltiplas pequenas pápulas
amareladas ou acastanhadas, de no máximo 5mm, pouco proeminentes e mais macias do que as
verrugas vulgares. Elas surgem preferencialmente na face.
3) Verrugas plantares: as lesões dolorosas desenvolvem-se na planta dos pés e, muitas vezes,
são confundidas com os calos. Sua área central irregular é circundada por uma camada
endurecida da epiderme. O peso que o corpo exerce sobre elas faz com que cresçam para
dentro da sola do pé, o que provoca dor quando a pessoa anda. A confluência de verrugas
menores pode favorecer a formação de placas que caracterizam as verrugas plantares em
mosaico. A presença de pequenos pontos escuros no centro das lesões sugeriu o nome popular
de “olho de peixe” pelo qual também são conhecidas.
4) Verrugas filiformes: são lesões finas e alongadas que se projetam para fora da epiderme da
face, pescoço, pálpebras e lábios especialmente nas pessoas mais velhas.
5) Verrugas anogenitais ou condilomas acuminados: essas verrugas podem ser precursoras de
tumores malignos, como o câncer de colo de útero e de pênis. As lesões se formam nas mucosas
das regiões genital, perianal, oral e na uretra. São pápulas macias, rosadas e vegetantes, isto é,
com a aparência de uma couve-flor, que podem unir-se formando blocos e ocupar áreas
extensas. Quando isso acontece, as lesões chegam a obstruir a vulva e o ânus e o quadro recebe
a denominação de condiloma acuminado gigante de Buschke e Lowoenstein.
 Sintomas:
Exceção feita às verrugas plantares, que doem quando a pessoa caminha e podem sangrar, e às
anogenitais, que podem coçar um pouco, as verrugas costumam ser assintomáticas.
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 Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico, tomando como base o aspecto e localização das lesões. Exames
laboratoriais, como o Papanicolaou, a colposcopia, e a biópsia são úteis para identificar os
sorotipos de HPV envolvidos e estabelecer o diagnóstico diferencial com outras patologias.
 Prevenção:
Como a transmissão dos vários sorotipos de HPV, que são a causa das verrugas anogenitais
ocorre por via sexual ou da mãe para o filho na hora do parto, o uso de preservativos em todas
as relações sexuais é a melhor forma de prevenir esse tipo infecção.
Da mesma forma, o fato de ela ser transmitida por autoinoculação, é importante não coçar nem
ferir as lesões para que o vírus não penetre por escoriações na pele.
 Tratamento:
Grande parte das verrugas comuns desaparece espontaneamente depois de algum tempo. Nos
outros casos, o tratamento pode consistir no uso local de medicamentos específicos que
promovem a cauterização química, ou na remoção cirúrgica das lesões por meio da
eletrocauterização, crioterapia (destruição das lesões com nitrogênio líquido), laser ou cirurgia
convencional em casos de câncer instalado.
 Recomendações:
* Não tente acabar com as verrugas sem o acompanhamento de um médico dermatologista.
Nessa tentativa, você pode provocar infecções e reinfecções com consequencias graves;
* Vale sempre lembrar que, quanto antes for instituído o tratamento, melhor será o
prognóstico. Embora longo, ele costuma apresentar bons resultados, desde que corretamente
orientado.
 SIFILIS NÃO ESPECIFICADA
CID 10 – A53 – Outras formas e as não especificadas da sífilis:
A53 – Outras formas e as não especificadas da sífilis
 Classificação: Única
 Restrição do Sexo: Nenhuma
 Causa Óbito: Sim
A53.0 – Sífilis latente, não especificada se recente ou tardia
 Classificação: Única
 Restrição do Sexo: Nenhuma
 Causa Óbito: Sim
A53.9 – Sífilis não especificada
 Classificação: Única
 Restrição do Sexo: Nenhuma
 Causa Óbito: Sim
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 TOXOPLASMOSE CONGENITA
Toxoplasmose congênita: a contaminação do feto por esporozoários parasitas.
Toxoplasmose congênita
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma Goondi. A transmissão
ocorre através da carne mal-passada, ou do contato com fezes de gatos contaminados. Outros
animais domésticos, como cães ou pássaros, não transmitem o parasita, pois somente no gato o
parasita completa seu ciclo evolutivo e torna-se capaz de infectar o homem. Sintomas
inespecíficos como febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos podem ocorrer. A
maioria dos adultos permanecem assintomáticos. Na maioria dos casos, uma vez tendo
adquirido a doença, a infecção não ocorre novamente.
Mulheres que criam gatos, que costumam comer carne mal-passada e que apresentarem os
sintomas citados acima têm um risco aumentado para a infecção.
Nos Estados Unidos, aproximadamente dois-terços das mulheres nunca tiveram a doença e
correm o risco da infecção. Um exame de sangue pode determinar se a pessoa já foi afetada. O
ideal seria que as mulheres realizassem o exame antes da gestação. Se a infecção for
diagnosticada durante a gestação, outros testes serão necessários para determinar se a infecção
é recente ou não. Muitas vezes, o teste é de difícil interpretação e pode ser necessário mandá-lo
a um laboratório especial.
O Toxoplasma Goondi pode ser encontrado em carne mal-cozida, ovos crus e leite não
pasteurizado. Gatos que comem carne crua e roedores podem ser infectados, e o parasita
permanece vivo nas fezes dos gatos por duas semanas. Desta forma, gestantes e mulheres que
desejem engravidar não devem limpar ou trocar objetos com esses dejetos. Os ovos do parasita
permanecem nas fezes dos gatos por 18 meses. Para evitar a infecção em gestantes deve:
- cozinhar bem a carne;
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- usar luvas quando mexer no jardim;
- lavar todas as frutas e vegetais;
- lavar bem as mãos após manusear com carne crua, frutas e vegetais;
- não mexer ou limpar as fezes dos gatos.
A toxoplasmose congênita ocorre apenas quando as mulheres apresentam a infecção ativa
durante a gestação. Em geral, não há risco para o feto quando a infecção ocorre mais de 6 meses
antes da gestação. Mulheres com algum grau de imunodeficiência podem desenvolver a doença
mais de uma vez.
O parasita da toxoplasmose é conhecido por atravessar a placenta. Em cerca de 40% dos casos
nos quais a gestante tem toxoplasmose, o bebê é infectado. As crianças que são infectadas
durante a gestação apresentam toxoplasmose congênita. Dentre os agravos anatômicos e
funcionais decorrentes dessa afecção, podem ser observados restrição de crescimento intrauterino, morte fetal, prematuridade, bem como lesões em órgãos como coração, cérebro, olhos,
baço e fígado. Os efeitos a longo prazo incluem convulsões, retardo mental, paralisia cerebral,
surdez e cegueira. Muitas crianças infectadas não terão problemas ao nascimento.
Quando a mãe é infectada entre 10 e 24 semanas de gestação, o risco de seqüelas importantes
para o recém-nascido é de 5-6 %. Quando a mãe é infectada em um período mais tardio da
gestação, a chance de o bebê apresentar seqüelas é muito pequena.
Sabendo-se que a infecção da gestante é recente, há muitas formas de verificar se o feto foi
afetado. O líquido que envolve o feto ou o sangue fetal podem ser examinados para determinar
a presença da infecção. Entretanto, se o feto estiver infectado, estes exames não demonstram a
gravidade da doença. Cerca de um terço dos bebês com toxoplasmose congênita apresentam
problemas que podem ser diagnosticados pela ecografia (microcefalia com hidrocefalia,
calcificações cerebrais, ascite fetal e alterações de ecotextura hepática e esplênica). Após o
nascimento, um exame de sangue deve ser realizado pelo bebê.
A toxoplasmose materna pode ser tratada com sucesso com determinados antibióticos. O
diagnóstico precoce e o tratamento diminuem as chance de infecção fetal. Caso o bebê já tenha
sido infectado, o tratamento com outras medicações podem tornar a doença menos severa.
Entretanto, o tratamento pode não prevenir os efeitos no bebê. O tratamento durante o
primeiro ano de vida pode ser muito útil.
Bebês com toxoplasmose congênita geralmente não apresentam nenhuma alteração ao
nascimento. Ainda assim, estudos a longo prazo mostram que mais de 90 % desenvolvem
problemas de cegueira, surdez, e retardo de desenvolvimento. Estes sintomas podem surgir
meses ou anos após o nascimento. Por esta razão, crianças com toxoplasmose congênita devem
ser tratadas durante o primeiro ano de vida e periodicamente examinadas.
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 SINDROME DO CRESCIMENTO URETRAL EM HOMEM
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são doenças causadas por vários tipos de
agentes. São transmitidas, principalmente, devido à falta de camisinha, e geralmente se
manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Só neste ano, mais de 60
pessoas em Limeira foram notificadas.
Ou seja, a cada dois dias, ou pouco mais, o órgão registra um diagnóstico positivo de doença
sexualmente transmissível. Um grande problema, de acordo com a coordenadora
administrativa do Ambulatório DST/Aids de Limeira, Raquel Cristina Miguel Grassi, é que
muitas pessoas se preocupam apenas com a gravidez indesejada e a Aids. ?Mas não é
só Aids que é considerada grave. Outras doenças, se não tratadas, também podem gerar
conseqüências muito sérias?
Entre as doenças mais freqüentes na cidade, registradas pelo Sistema de Informação de
Notificação de Agravos (Sina) do Ambulatório, estão a Síndrome do Corrimento Uretral
(homem),
Síndrome
do
Corrimento
Cervical
(mulher), sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, cancro mole, além da própria Aids,
que neste primeiro semestre foi descoberta por mais 14 pessoas.
São oito homens e seis mulheres. Todos foram infectados através do sexo desprotegido. Dois
têm entre 20 e 30 anos; cinco, sendo três mulheres, têm idade entre 31 e 40 anos; seis, entre 41
e 50 anos (metade é mulher) e um com idade acima de 61 anos. O coordenador do Ambulatório,
Marco Antônio Pereira Francisco, já havia falado sobre o aumento da incidência na terceira
idade. ?O estimulante sexual, como o Viagra, é um dos motivos?. Duas pessoas que descobriram
a Aids neste ano já morreram.
 Outras DSTs:
O próprio Ministério da Saúde afirma que as DSTs são tidas como um grave problema de saúde
pública por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil
identificação e, o acesso ao tratamento correto, também. Contudo, o Ambulatório de Limeira
forneceu à Gazeta a quantidade dos últimos registros, para que a população pudesse se
conscientizar mais, além de conhecer as outras doenças.
Síndrome do Corrimento Uretral: Dois casos neste ano em Limeira e nove no ano passado. Esta
é uma das mais comuns entre as doenças transmitidas sexualmente. De seis a oito dias após o
sexo desprotegido, começa uma ardência e dificuldade ao urinar, além de apresentar
corrimento. Se não tratada, tanto no homem quanto na mulher, pode haver sérias
conseqüências como causar esterilidade, que é a incapacidade de ter filhos; pode atacar o
sistema nervoso, causando meningite; pode afetar os ossos e até o coração.
Todos esses sintomas são os mesmos para a Síndrome do Corrimento Cervical, que é na mulher,
porém, é mais complicado o diagnóstico, o que exige a freqüência ao médico. Foram 12 casos
desde o início do ano e 57 em 2006.
Sífilis: O diagnóstico da doença neste ano, já passou do dobro da quantidade no ano passado.
13 em 2006 e 29, em 2007. Se manifesta inicialmente como pequena ferida nos órgãos sexuais
(cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª e 3ª semana após a
relação sexual desprotegida. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não
apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa
a falsa impressão de estar curada. Pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o
momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral,
problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.
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CASOS DE DOENÇAS
NOTIFICADOS EM BARREIRAS
 A309 - HANSENIASE
 B551 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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 B550- LEISHMANIOSE VISCERAL
 A279- LEPTOSPIROSE
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 G039- MENINGITE
 O981- SIFILIS EM GESTANTE
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 A35- TETANO ACIDENTAL
 A33- TETANO NEONATAL
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 A169- TUBERCULOSE
 B019- VARICELA
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 P350- SINDROME DA RUBEOLA CONGENITA
 A379- COQUELUCHE
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 A509- SIFILIS CONGENITA
 N485- SINDROME DA ULCERA GENITAL (EXCLUIDO HERPES GENITAL)
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 N72- SINDROME DO CORRIMENTO CERVICAL EM MULHERES
 A53 - SIFILIS EM ADULTO (EXCLUIDA A FORMA PRIMARIA)
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 A60 - HERPES GENITAL (APENAS O PRIMEIRO EPISODIO)
 A630 - CONDILOMA ACUMINADO (VERRUGA ANOGENITAS)
AULA DE BIOLOGIA – 2º ANO – ENSINO MÉDIO.
 A539 - SIFILIS NÃO ESPECIFICADA
SIFILIS NÃO ESPECIFICADA
 P371- TOXOPLASMOSE CONGENITA
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 R36 - SINDROME DO CRORRIMENTO URETRAL EM HOMEM
SINDROME DO CORRIMENTO URETRAL EM HOMEM
Fontes: www.ministeriodasaude.gov.br
www.medicinanet.com.br/
www.drauziovarella.Com.Br/
www.brasilescola.com
25º DIRES- Barreiras-BA
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