Charles Robert Darwin
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Charles Robert Darwin
Charles Robert Darwin Ricardo R. C. Solar 21 de agosto de 2009 1 Sumário 1 O pensamento evolutivo pré-Darwiniano 4 2 A famı́lia Darwin/Wedgwood 5 3 Infância 5 4 Adolescência e vida adulta ”pré-Beagle” 4.1 Edinburgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Cambridge . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.1 A caminho do Beagle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 6 6 8 5 Enfim, Beagle! 5.1 Não seria tão fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2 A viagem do Beagle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.3 Galápagos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 8 9 9 6 O Retorno do Beagle 10 6.1 Charles Darwin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 6.2 Malthus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 6.3 A Origem das Espécies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 7 Recebimento das idéias Darwinianas 11 8 Bibliografia 12 2 Resumo Charles Robert Darwin é um dos pesquisadores de maior influência da história da Ciência. Em biologia, não há sequer uma questão de Por quê?, que não possa ser respondida, baseando-se em Evolução. Como já fora dito por Theodosius Dobzhansky: Nada em biologia faz sentido a não ser à luz da Evolução. Mas, como Darwin chegou ao desenvolvimento de tal teoria na forma que a conhecemos? Quais eram suas bases? Este texto tem o objetivo de delinear alguns dos pontos principais da vida de Charles Darwin que ajudam na resposta destas perguntas. 3 1 O pensamento evolutivo pré-Darwiniano Sim! Evolução é um conceito pré-Darwiniano! Entretanto, na Inglaterra Vitoriana, século XIX, falar sobre qualquer assunto que desafiasse o poder da criação Divina era algo fortemente combatido. Ao falar sobre Evolução, portanto, tirava-se de Deus o pleno mérito por toda a perfeição das formas vivas existentes! Porém, com os avanços culturais proporcionados pela Revolução Cientı́fica do século XVII, era impossı́vel impedir o pensamento crı́tico das pessoas. A ciência desta época fervilhava! Impulsionados pelas grandes descobertas sobre Astronomia de Copérnico, Galileu, Newton, Kepler, era inevitável que outros cientistas se sentissem compelidos a dar explicações naturais para os fenômenos observados. A Geologia era um dos ramos mais promissores. Disputas entre duas correntes fervorosas tomavam conta das Sociedades de Ciência. Alguns dos pensadores da época já notavam que a Terra era muito mais antiga do que os meros 6000 anos calculados pelos Teólogos. Isto incitava o pensamento sobre a origem da Terra, muito além dos dogmas religiosos. A Biologia, por outro lado era uma ciência quase morta. O Gênesis era interpretado literalmente e o criacionismo fixista1 era a regra da época. Contudo, alguns pensadores não deixaram escapar as inegáveis evidências de que ”o mundo vivo flui”. Ou seja, nada é estático. Os fósseis, morfologia comparada, embriologia, espécies mais semelhantes entre si não eram fatos que pudessem ser negados! Eles existem! Vários pensadores dedicaram extensos livros e cartas à idéia de que os animais podem compartilhar ancestrais comuns, ou seja, que o mundo vivo evolui! Mupertius, Erasmus Darwin2 e outros pensadores já propunham evolução. A principal diferença é que, nenhum deles lançava qualquer explicação de por que isso acontecia, tampouco porque espécies surgem ou desaparecem. Desta forma, a especulação dominou o conhecimento evolutivo desta época. Porém, o filósofo natural francês Jean Baptiste de Lamarck foi além. Em 1809 3 , Lamarck publica seu livro mais importante Philosophie Zoologique. Neste livro, Lamarck discute que as espécies são capazes de mudar no tempo, evoluirem! Entretanto, para Lamarck, todas as espécies foram criadas, e poderiam mudar para serem cada vez melhores. Lamarck não discute mecanismos de como a vida pode surgir, ou ser extinta. A Figura 1 exemplifica a diferença entre o pensamento de Lamarck (a) e o de Darwin (b). 1 Entenda por criacionismo fixista a visão de que o mundo é, e sempre será, da forma que fora criado por um Deus todo poderoso. Imutável 2 Avô de Charles Darwin. 3 Feliz coincidência, o ano de nascimento de Charles Darwin. 4 Figura 1: Formas de evolução da vida propostas (a) Lamarck e (b) Darwin. Lamarck não assumia ancestralidade comum, nem extinção. 2 A famı́lia Darwin/Wedgwood De ambos os lados da famı́lia, Charles 4 teve alguma ascendência pensadora. Seu avô materno, Josiah Wedgwood era dono de uma fábrica de vasos. Nas horas vagas, era pensador, formava o grupo dos ”Lunáticos”, interessados em questões do mundo natural. Deste mesmo grupo, fazia parte o avô paterno de Charles, Erasmus Darwin. Este sim, influenciaria Charles. Apesar de nunca tê-lo conhecido, Erasmus deixou uma considerável obra escrita sobre história natural e Evolução. O pai de Charles, Robert Darwin, foi um médico conhecido, que teve grande influência na vida do filho. Portanto, nota-se que Charles advém de uma famı́lia tradicional e rica. Este fato permite a Charles uma vida tranquila, com tempo e recursos para as investigações que fez. 3 Infância Charles Robert Darwin5 nasceu em 12.02.1809 na pequena cidade inglesa de Shrewsbury. Foi educado até os oito anos em casa, pelas irmãs. Durante toda a infância, foi um ávido colecionador. Conta-se que ele juntava tudo o que pudesse se pensar: ovos, pedras, conchas, selos postais e etc. Seguia sempre o jardineiro da famı́lia, com quem aprendeu a nomear coisas. Aos oito anos foi matriculado na escola local, bastante rı́gida, aonde aprendeu lı́nguas clássicas, como Latim e Grego. Neste mesmo ano, sua mãe morre. Durante a infância, Charles aprendeu equitação, caça e pesca, além de desenvolver várias atividades laboratoriais com o irmão Erasmus (Eras). Juntos, os dois montaram um laboratório de quı́mica, aonde Charles aprendeu a manusear vários instrumentos e alguns pontos de metodologia cientı́fica. Du4 5 Daqui em diante, apenas o nome Charles será usado em referência a Charles Darwin. O nome Charles foi uma homenagem ao tio, que morreu antes de se formar médico. 5 rante este tempo, Charles e Eras eram leitores inveterados, podendo comprar os livros que quisessem, leram de tudo. Com a ida do irmão para Cambridge, Charles se dedica menos ao laboratório e mais às caçadas, o que se tornou uma preocupação para seu pai. Charles era demasiadamente bagunceiro e desatento, ”muito deificente para um Darwin”! Assim, temendo um futuro trágico para o filho, Robert Darwin decide mandar o filho de 16 anos para estudar medicina na Universidade de Edinburgo. 4 4.1 Adolescência e vida adulta ”pré-Beagle” Universidade de Edinburgo, médico? Charles foi para Edinburgo, por vontade do pai, a fim de se tornar médico em 1825. Lá ele pode se juntar ao seu irmão, Eras, que seria uma ótima companhia. Entretanto, Medicina era a última coisa que Charles queria na vida! As aulas eram massantes, e nada o fazia gostar do curso. Além disso, aliado à fobia de Charles por sangue humano, a falta das anestesias tornava as aulas de cirurgia intoleráveis. Havia pontos positivos em Edinburgo. Lá, Charles aprendeu taxidermia a fundo com John Edmonstone, um ex-escravo, que também povoou a mente de Charles com histórias de florestas tropicais. O contato com Robert Jameson permite à Charles os primeiros aprendizados em Geologia. Ainda mais importante, em Edinburgo, Charles conhece Robert Grant, que havia lido os trabalhos do seu avô, Erasmus Darwin. Grant decide orientar Charles, e o apresenta à diversos autores como Lamarck e St. Hilaire. Nesta mesma época, Charles lê o livro Zoonomia, aonde seu avô discute suas idéias sobre Evolução. Ainda em Edinburgo, Charles junta-se à Plinian Society, aonde publica seu primeiro artigo, com o briozoário Flustra. Entretanto, apesar de ter passados bons momentos em Edinburgo, todos os seus amigos e mestres se foram. Em abril de 1827 Charles volta para casa e desiste do curso de medicina. 4.2 Christ’s College, Cambridge Após desistir da carreira de médico, Robert Darwin fica ainda mais duvidoso do futuro de Charles. Sem idade para seguir carreira militar, Robert Darwin decide mandar o filho para o Christ’s College, em Cmabridge, para cursar Artes e formar-se clérigo da Igreja Anglicana. Na visão de Robert Darwin, aliar o gosto do filho por história natural com a atividade religiosa 6 era o correto. Nesta época, grande parte dos naturalistas respeitados também eram clérigos. Muito mais do que os ensinamentos Cristãos, em Cambridge, Charles acha o lugar perfeito para se estudar história natural. Junto ao seu primo, William Fox, Charles inicia a sua famosa coleção de Besouros. A caçada por besouros, ou Beetling torna-se uma paixão na vida do jovem Charles. Neste ponto, vale contar um pequeno caso sobre as caçadas a besouros de Charles. Um dia, durante uma das buscas, Charles descreve que: Após arrancar a casca de uma árvore, vi dois besouros, todos novos! Foi então que avistei mais um, ainda mais diferente ... sem pensar duas vezes, peguei um deles e coloquei na minha boca! Era um besouro-bombardeiro! Isto não abalou o gosto de Charles pelos besouros. Em Cambrige, Charles conhece o homem que talvez seja a pessoa que mais o influenciou em toda a vida, Jonh Stevens Henslow(Figura2). Henslow era Naturalista, principalmente dedicado à botânica. Charles então começou a frequentar os cursos ministrados por Henslow, e rapidamente tornou-se o ”pupilo favorito”de Henslow. A proximidade era tanta que Charles era conhecido como O homem que andava com Henslow. Neste meio tempo, Figura 2: John S. Henslow, tutor de Charles Darwin. Charles passou por seus dois exames de curso - Little go e Final exam 6 - para os quais se dedicou e foi aprovado. Nestes exames, Charles leu os livros de Paley,Evidences of Christianity e Principles of Moral and Political Phylosophy, que neste momento fizeram bastante sentido. Não havia dúvida que a vida necessitava de um designer. Nas palavras de Paley: Um relógio precisa ser construı́do por um relojoeiro! 6 Nas universidades Inglesas, estes exames são comuns, ao invés de provas 7 4.2.1 A caminho do Beagle Darwin terminou a graduação em Artes, agora poderia se dedicar integralmente à história natural. Neste momento, Henslow o aconselha a fazer um tour pelas florestas tropicais. Era o incentivo que Charles precisava. Florestas tropicais que ele leu nos livros de von Humboldt, e ficou maravilhado. Charles iniciou os preparativos da viagem. Convenceu seu pai a pagá-la; definiu o local, as ilhas Canárias e Tenerife; conseguiu um companheiro, Ramsay e tomou aulas de Geologia com Sedgwick. Tudo pronto? Não, Ramsay foi acometido de uma doença e foi a óbito. Todos os meses de preparação pareciam então, perdidos. Se não fosse um envelope, gordo, que encontrava-se a espera de Charles em Shrewsbury. Este envelope trazia uma indicação de Henslow para que Charles embarcasse no HMS (Her Majesty Ship) Beagle (Figura 3) Figura 3: Planta do HMS Beagle, navio no qual viajou Charles Darwin. 5 5.1 Enfim, Beagle! Não seria tão fácil Após convencer o pai, totalmente contra a viagem, Charles vai para Londres, para aceitar o convite. Entretanto, ele não foi o único a ser convidado. Entretanto, Charles tinha todos os requisitos para o cargo, acompanhante do Capitão, Robert Fitz Roy. Nas palavras de Henslow ”Garanto que ele é o homem mais correto para o que procuram”. Muito mais do que isso, nesta altura Charles era um naturalista formado, completo para exercer muito mais 8 do que apenas companhia para Fitz Roy. Depois de muita insistência, e de uma semana de convı́vio experimental com o capitão, Charles é aceito para o cargo, pelo qual pagou uma valiosa quantia. 5.2 A viagem do Beagle É durante a tenebrosa viagem a bordo do HMS Beagle (Figura 4). Sim, tenebrosa pois Charles sentia náuseas terrı́veis no navio, sequer conseguia comer. Conseguia apenas ler os livros que levou. Um dos mais importantes foi Principles of Geology de Charles Lyel. Apesar disto, Chales consguiu observar algumas coisas durante a viagem. Por exemplo, ao observar o espetáculo de luzes criado nas águas pelo plâncton, se questionou da utilidade desta criação Divina, senão agradar e proporcionar ao homem tal visão. Após o desembarque na América do Sul, Charles passou dois terços da viagem em terra! No Brasil, Charles experimentou um ”Caos de Prazer”com a Floresta Atlântica e uma extrema reprovação à escravidão. Ainda na costa do Atlântico, Charles encontrou os primeiros grandes fósseis, próximos à Tierra del Fuego. Juntamente com as observaçãos geológicas (Charles presenciou um terremoto), a coleta dos fósseis proporcionou a Charles um vislumbre da força do Gradualismo na história da Terra e da vida. Figura 4: Mapa com os locais por onde passou o HMS Beagle. 5.3 Galápagos Na costa do Pacı́fico, Galápagos foi um dos pontos mais importantes da viagem. Todavia, não foi lá que Charles conseguiria fazer todas as associações devotadas a estas ilhas. Durante o tempo em Galápagos, ele as taxou de ilhas feias e pretas, com animais esquisitos (Iguanas) e bobos (Albatrozes). Coletou diversos animais, os quais não etiquetou devidamente. Coletaram tartarugas, porém principalmente como fonte de alimento. 9 Galápagos tem grande importância durante a fase de análise de material. Charles nota sua falha na etiquetagem, pois descobre que vários pássaros diferentes pertencem à um mesmo gênero, Geospyza, ou melhor dizendo, Tentilhões de Darwin. Por sorte, o naturalista da expedição havia coletado e etiquetado muito bem todos os pássaros. Impressionante, cada ilha tinha seu conjunto especı́fico de pássaros! Como poderia haver uma Criação especı́fica para cada ilha? 6 O Retorno do Beagle Cinco anos de viagem haviam gerado muito material de coleta. Agora, Charles era conhecido e respeitado como cientista. Durante grande parte dos anos posteriores, ele se dedicou a publicar livros sobre a fauna e flora da viagem do Beagle. Além disso, as várias contribuições em Geologia os tornaram ainda mais respeitado, principalmente a descrição da formação dos Atóis. Em segundo plano, cadernos intitulados ”A, B, C ...”foram escritos, nos quais Charles lentamente construiu suas idéias acerca de Evolução. Entretanto, estas idéias necessitavam muito mais suporte, pois carregavam uma mudança de paradigma muito grande, e seriam fortemente combatidas. Uma das primeiras idéias a serem expostas foi a de ancestralidade comum. As idéias de Paley, sobre design Divino não eram mais aceitas, como na época da faculdade. Não era mais necessário um relojoeiro, as leis naturais faziam esse papel! Parecia existir algum mecanismo capaz de governar a diversificação dos organismos vivos, e era gradual! E cada vez mais, a coleta de evidências continua. Charles percorreu vários breeders em Londres, um dos mais interessantes são os criadores de pombos. Quanta variação partindo de uma coisa simples! 6.1 A vida privada de Charles Darwin Entre vários livros publicados, a saúde de Charles não ia tão bem assim. A viagem pelo mundo cada vez mais cobrava seu preço. Temendo a morte, Charles deixa em seus cadernos instruções para a publicação post-mortem de suas idéias sobre Evolução. Se casa com sua prima, Emma Wedgwood, com quem teve dez filhos. A morte de uma de suas filhas o fez duvidar da bondade Divina. 10 6.2 A leitura de Malthus Com a leitura do livro An Essay on the Principle of Population do economista Thomas Malthus, Charles nota como pode haver extinção das espécies. Ele realiza que o potencial biótico tende a ser maior que a disponibilidade de recursos. Na luta por estes recursos, apenas os mais aptos são capazes de sobreviver. 6.3 Toma corpo o Origem das Espécies Em 1842, uma primeira versão secreta do Origem das Espécies é feita. Diversos motivos, principalmente sociais e religiosos o fazem relutar em publicar o livro. Aumenta o desejo de publicação após a sua morte. Para apóiar suas idéias, decide ele mesmo experimentar algumas teorias. Darwin começa a criar pombos e publica um artigo sobre viabilidade de sementes e colonização de ilhas oceânicas. Após se sentir seguro para conversar com alguns poucos amigos sobre suas idéias, o livro avança bastante. Hooker, Asa Gray, Lyel e Huxley são alguns dos principais amigos com quem Charles conversava. Entretanto, o tempo de espera é atacado. Charles Lyel recebe uma carta de um naturalista inglês, que trabalhando na Ásia apresenta idéias muito parecidas às de Charles. Logo após, Alfred Russel Wallace escreve uma carta à Charles, um choque! Ambos diziam basicamente a mesma coisa. Agora a publicação é inevitável. Em 1 de julho de 1858 o primeiro artigo de Origem das Espécies é apresentado à Sociedade Lineana de Londres, por Lyel e Hooker. Em 22 de novembro de 1859, finalmente, é publicado o livro On the Origin of Species by Means of Natural Selection , or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life. O livro apresentou 6 reedições durante a vida de Charles, sendo no final renomeado ao seu tı́tulo mais conhecido, The Origin of Species. 7 Recebimento das idéias Darwinianas Com sua obra, Charles explica de uma só vez como as espécies surgem, modificam e são extintas! Suas idéias certamente mudaram para sempre a forma como a Biologia seria vista! Seu livro, agora publicado, passa a ser campo de guerra! O livro foi um sucesso de vendas. A teoria, nem tanto. Vários pontos careciam de explicações e, o pensamento religioso da época barrava uma série de desdobramentos. As duas principais idéias contidas no texto: Evolução e Seleção Natural apresentaram aceitações distintas. Enquanto as proposições sobre Evolução e Ancestralidade comum encontraram um forte apoio entre os 11 cientistas da época, Seleção Natural foi fortemente combatida. Não haviam evidências de um mecanismo de transmissão de caracateres que fosse compatı́vel com o mecanismo selecionista. Duas idéias eram vigentes, a teoria Lamarckiana e a teoria de ”Herança por Mistura”, ambas incompatı́veis. Desta forma, somente depois de 1930, com a reformulação da teoria Darwiniana, incluindo o mecanismo de herança proposto por Mendel, a Seleção Natural foi finalmente aceita como mecanismo de evolução. Esta reformulação é amplamente conhecida como Nova Sı́ntese. 12 8 Bibliografia Darwin, C. 1859 The Origin of Species. London: John Murray. Desmond, A. and Moore, J. 1991. Darwin London: Michael Joseph, Penguin Group. Mayr, E. 2001. What evolution is. New York: Basic Books. Ridley, M. 2004. Evolution. London: Blackwell Publishing. Wikipedia. www.wikipedia.org. keywords: Darwin; Origin of Species. LATEX 13