Press Release

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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | BANDA
LIXAS-ME OS DISCOS
A cinematografia nipónica da década de 1950 permite-nos
observar o Japão do Pós-Guerra, mergulhado no processo de
ocidentalização, depois de um conflito amplamente fracassado.
Se em Rôshomon de Kurosawa assistimos a um cinema denso,
um verdadeiro patchwork de personagens e das suas histórias
que deslumbraram os críticos europeus, o encanto de Ozu
reside na lucidez com que traduz uma crise de valores que
torna voláteis as tradições nipónicas neste período. Com
diferentes nuances, destacamos o processo de individualização,
a procura de uma identidade fora do núcleo familiar, a
ocidentalização do vestuário e o do comportamento,
inclusivamente dos hábitos de consumo, pelos quais hoje o
Japão é sobejamente conhecido.
Em “Lixas-me os Discos”, a BANDA lança um olhar irónico
sobre as convenções culturais e as suas metamorfoses. Parte
igualmente da necessidade de reflexão sobre a nossa
abordagem aos processos implícitos no ato de criar um projeto
como este.
As silhuetas periclitam entre a estrutura e a fluidez, mantendo o
aspecto escultórico alicerçado na desconstrução e na releitura ou síntese constantes de peças da indumentária
tradicional japonesa. As digital prints recriam espaços ilusórios onde o olhar do espetador serpenteia entre as
cenas lendárias de Kuniyoshi e a vida cortesã retratada por Kitao Masonabu.
CORES
Preto mate, preto brilhante, tinto, marsala, musgo, esmeralda, licor.
MATÉRIAS-PRIMAS
Acolchoados sintéticos e naturais, telas tecnológicas, jacquards de algodão, impermáveis, pele sintética, lamé,
tafetá de algodão.
PRINTS
Impressão digital (inkjet) sobre tafetá de algodão. Sublimação sobre viscose e tela impermeável.
APOIOS
Calçado: Nelson Oliveira | Acessórios: Tulpa
Grupo Diniz e Cruz, Inktex, Juvenália & Sá.
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | CRISTINA REAL
MINERALIS
A coleção denomina-se Mineralis. Este conceito partiu das
rochas e minerais – Turmalina e Pirite – para o meio ambiente
que as rodeia. A inspiração provém do impacto da rocha no seu
habitat natural e no seu estado mais puro, transportando-nos
para outras épocas como se tivéssemos parado no Tempo.
Tudo gira em torno da origem, do que jamais foi alterado (se
não pela própria natureza e as suas fases de transformação)
como se não existisse nada para além daquele lugar, nada para
além da beleza e da pureza, transmitindo-nos energia, luz,
formas, volumes e movimento, onde três dos quatro elementos
estão presentes (Terra, Água, Ar). A Natureza e os detalhes
que a circundam são base para as cores, formas, materiais e
pormenores da coleção.
Há uma brincadeira de cores que surge a partir da rocha. A
infinidade de cores, o degradé, os reflexos e transparências da
turmalina faz o nosso imaginário crescer e mergulhar nos tons
da natureza, como a turmalina verde que associamos aos tons
terra - as árvores, a relva, os troncos, a floresta – a turmalina
azul a água e as suas partículas e a semelhança da turmalina
preta com a madeira queimada; o brilho e os tons metálicos do
Pirite remetem-nos ao dourado e ao bronze. O contraste entre o
brilho - representa a cor brilhante e luz que a rocha emite - e o mate - representa o opaco das pedras.
A palete de cores presente na coleção é: preto, cinza, azul, verde, bege, castanho, bordeaux, bronze, dourado.
As formas presentes são volumosas devido a profundidade da pedra. Há um contraste entre o reto e afinado, o
Pirite em bruto faz secções quadradas e as formas ovais e irregulares da Turmalina.
Os vários materiais presentes representam as várias camadas e partículas da pedra como camurça, organzas
de seda, pele, pele envernizada, fazenda, feltro, veludo, denim, neoprene, o pelo (associado ao esvoaçar da
relva, dando a ideia de movimento) e aplicações de tubos metalizados e fios de malhas.
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | DAVID CATALÁN
NO SIGNAL
“No Signal” apresenta-se como uma coleção com um forte sentido estético relacionado com os meios de
comunicação e a tecnologia. A tecnologia e a sua evolução no tempo trazem consigo vulnerabilidade, erros,
perda de sinal. Estes inconvenientes tecnológicos surgem como a direção e o sentido desta coleção.
Os padrões de ruído afastam-se do preto e branco e tingem-se de vermelho, englobando vários tons da mesma
gama, criando, assim, uma cronologia cromática complementada pelo estampado fuel e tons cobre que lhes
confere o toque tecnológico. Os sinais da interferência que resulta da corrupção digital e os efeitos de secções
desfasadas da imagem danada estruturam e estão na origem de cada peça.
A coleção é completada com pequenos detalhes impressos em 3D de tomadas eléctricas cabladas em
elásticos, que conferem volume às peças.
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | DUARTE
ANIMAN
Esta coleção tem uma forte ênfase na mistura de texturas e na qualidade de peças que possam ser usadas no
dia-a-dia. O conceito de Natureza vs. Tecnologia é desenvolvido através do uso de materiais com diferentes
características. Explora-se o equilíbrio da fusão de materiais, os quais se destacam por terem qualidades
opostas.
As cores e formas pretendem transmitir o apelo sexual do Homem como animal, a sua luta pela sobrevivência,
onde o melhor macho consegue ter descendentes. Os reflexos metálicos representam o seu lado racional: a
necessidade para criar e construir, o elo entre o planeta Terra e o homem, chamado arquitetura. As cores
terrestres demonstram o seu lado físico, o contacto com a sua essência interior.
Existe um grande foco em técnicas clássicas de alfaiataria e bons acabamentos; estética de luxo com materiais
de alta qualidade.
PATROCÍNIOS:
João Carvalho
Acácio Pacheco Unipessoal, Lda
TenToes
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | INÊS DUVALE
DREAMERS
“Dreamers” surge inspirado no filme de Bernardo Bertolucci, “The Dreamers” (2003).
O mundo é Paris. A inércia é a de uma nova e apaixonada revolução. As partículas invisíveis e infinitas
proliferam e, mais longe ainda do que qualquer rua ou artéria, estas atrevem-se, e é no mais interior de cada
universo que encontram repouso, germinando no tecido da Alma, já contaminada.
Flutuando por de entre as deambulações emocionais e o provocador fervor revolucionário presentes na obra
ímpar de Bernardo Bertolucci, encontrei inspiração para desenvolver esta coleção que mais do que pretender
desafiar, é talvez um incentivo a que todos se atrevam a atrever.
“BOOKS NOT GUNS. CULTURE NOT VIOLENCE”
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | M HKA
LEMONADE
Desproporção. Visão desproporcional da realidade. O olhar da criança perante o mundo. O real e o imaginário.
“Lemonade” é a coleção zero by M HKA, o regresso ao mundo imaginário infantil e ao conflito das proporções
reais. Uma coleção onde o oversize e o extrasmall se fundem, numa consequência do olhar infantil sobre o
mundo, onde nada é suficientemente real nem suficientemente imaginário.
A linha é ténue entre ambos os universos, onde tudo é proporcionalmente desproporcional. Referências à
década de 90 e desenhos animados Japoneses estão fortemente presentes nesta coleção, onde a cor assume
um papel fulcral na sua forma mais primária em sinergia com uma mistura de materiais ricos em texturas.
FICHA TÉCNICA
Silhueta | Overlaying. Oversize/Extrasmall. Formas fluídas. Desproporção.
Tecidos | Mohair teddy bear. Flufly sheep curls. Mesh Jersey. Jersey de algodão. Parka microperfurada.
Japanese Nylon. Sarja de algodão.
Estampados | Lightning pied poule. Tipografia degradé.
Cores | Preto carvão. Branco. Amarelo mostarda. Amarelo primário. Azul cyan. Magenta
Styling | Meias coloridas. Mochilas. Fanny pack. Teddy bears. Choker necklaces. Soothers. Bucket hats
Calçado | Flufly shoes
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | PATRÍCIA DA COSTA
PPDC | COLEÇÃO III
A visão para a coleção outono/inverno 15/16 foi concetualizada a partir das fotografias técnicas de Todd
McLellan no livro “Things Come Apart”. Esta fonte de inspiração levou à pesquisa de arte baseada em
componentes elétricos, bem como às estruturas sólidas encontradas na arquitetura Soviética e na Casa Batlló
de Gaudí. Estes detalhes podem ser encontrados na coleção, representados através de uma mistura de linhas
retas, formas curvilíneas e um jogo enigmático de reflexões. As cores primárias, expostas nos componentes
elétricos, e usadas por Jean Michel Basquiat nas suas pinturas, são unidas para criar elementos gráficos fortes.
Com base nestes incentivos visuais e na assinatura estilística de Patrícia da Costa, influenciada por detalhes e
linhas masculinas, esta estação combina o formal com o pronto-a-vestir, onde o design e as texturas permitem
coordenados sem esforço.
Nesta coleção, Patrícia da Costa conta com a colaboração dos designers de joias Carolina Brose e Romeu
Bettencourt, assim como da marca de calçado Felmini.
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | PATRICK DE PÁDUA
PROMISES
"Promises" parte do conceito de promessa e do que ele engloba – expectativas, laços, segurança, ruptura,
revolta, frustração, perda. A coleção explora a proteção em que as promessas envolvem o indivíduo e o
conforto para que o transportam, até ao momento em que essas promessas são quebradas e o indivíduo atinge
um estado de frustração, de perda, de sufoco.
A silhueta oversized e a sobreposição de peças é, simultaneamente, um símbolo da proteção, do sufoco e da
consequente autoproteção a que o indivíduo se remete. O homem "Promises" conjuga uma linha
assumidamente streetwear com elementos mais tradicionais, como o perfecto ou o trench coat, reinventados
com pormenores militares.
Com o preto, o branco e o cinza a servir de -condutor do processo, os momentos de exaltação e de tensão são
representados pelos tons de verde e de laranja.
AGRADECIMENTOS:
Modatex Lisboa / Rui Araújo
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | RÚBEN DAMÁSIO
MIST
De inspiração no fenómeno natural “Mist”, esta coleção retrata um acontecimento muito comum nas grandes
cidades. O aspeto acinzentado do ar, formado devido a inversões térmicas provocado pela condensação do
vapor da água, serviu de ponto de partida para a escolha da paleta de cores.
Esta é uma coleção com uma variedade têxtil extensa, onde as fazendas de lã e o algodão ganham vida em
peças clássicas e sóbrias, que contrastam com detalhes de streetwear em jersey, poliéster e outras fibras, para
ambos os sexos.
“Mist” é, desta forma, a inspiração para esta nova coleção que pretende transmitir um look atual, maduro, com
um design cuidado e que se distingue pelos seus detalhes inovadores.
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OUTONO/INVERNO 15/16
SANGUE NOVO | TÂNIA FONSECA
TAILORDROP
A origem do skateboard nos Estados Unidos foi o ponto de partida para a elaboração desta coleção. Imagens
dos anos 60, quando homens de fato clássico desciam as ruas de Nova Iorque nos seus skates de madeira
influenciam a silhueta e os detalhes das peças. Os famosos casacos sem gola popularizados pelos Beatles são
a base para o desenvolvimento dos casacos da coleção, assim como para detalhes como vivos e bolsos de
chapa.
O lado mais contemporâneo e desportivo do universo do skate praticado atualmente em skateparks no centro
das cidades remetem-nos para formas mais geométricas e peças com detalhes desportivos. As tampas de
saneamento das cidades servem de suporte para a criação de estampados geométricos e pontos de malha
com um look anos 60. Fitas com riscas em cores contrastantes dão à coleção um lado mais desportivo. Os tons
acinzentados presentes nas cidades modernas influenciam a paleta de cor, assim como o amarelo dos táxis
americanos.
AGRADECIMENTOS:
Maria Gambina, Alice Gonçalves, Paulo Cravo, Pedro Mourão, ESAD, Helena Sofia, Dolores Gouveia, Avenida
7, Fernando Valente, Margarida Carronda, Fiducia, Deolinda Guerrido.
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